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Revista

Pará+ JUNHO 2013

BELÉM-PARÁ

WWW.PARAMAIS.COM.BR

ISSN 16776968

EDIÇÃO 136

Editora Círios

R$ 8,00

ARRAIÁ DA CAPITÁ INCUBADORAS ESTIMULAM INOVAÇÃO AÇAÍ, A SUPERFRUTA CAPA.indd 1

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Revista

N E STA E D I Ç ÃO EDIÇÃO 136 - JUNHO/2013

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Revoada dos Pássaros e Bichos Juninos

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TCE-PA promove VI Fórum com recorde de público

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Incubadoras estimulam novas empresas com mais inovação

PUBLICAÇÃO

XI Feira da Indústria do Pará

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O Arraiá da Capitá

Açaí é carro-chefe entre as superfrutas...

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Nova era no SINAD

C A PA

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Círio Editora

AIS.COM.BR AMAIS PARAM WWW.PAR WWW.

BELÉM-PARÁ

013 2013 HO 2 HO NHO UN JUNHO JJU

EDIÇÃO 136

R$ 8,00

O consumo que nos faz feliz: uma reflexão sobre Ética e complexidade

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O pucuru temperado

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Dia dos Namorados: condição financeira é requisito para iniciar relacionamento sério

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O valor da identidade cultural na gastronomia paraense

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O maior elogio que você poderia receber de uma pessoa

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Arcos, tronos e danças no antoniano lisboeta

ÇÃO CAPITÁ ARRAIÁ DA AS ESTIMULAM INOVA R O D A B CU IN PERFRUTA AÇAÍ, A SU No desfile das misses caipiras do Arraiá da Capitá, no Portal da Amazônia. Foto: Fernando Araujo

Editora Círios, a única Editora do Norte associada a Associação Nacional de Editores de Revistas

FAVOR POR

RE

CIC

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Quilombolas do rio Genipaúba articulam saberes em prol da sobrevivência Nesta Edição (136).indd 4

ST A

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Patentes o ar que a pesquisa respira

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Claudina Santos, Anete Costa Ferreira, Dani Franco, Danielle Ferreira, Camillo Martins Vianna, Cláudio Franco Araujo, Dinna Santos, Garibaldi Nicola Parente, Maurila Freitas, Ricardo Jordão Magalhães, Solange Campos, Vivian Blaso e Walter Chileo; FOTOGRAFIAS: Alessandra Serrão – NID/ Comus, Arquivo Hangar, Ana Paula Correa, Arthur Barroso, Bruno Carachesti, Cláudio Santos, Cristino Martins, Elcimar Neves,Eliseu Dias, Fernando Nobre, Flavya Mutran, Lucivaldo Sena/ Ag. Pará Fernando Araujo, Rita Abitbol, Hellen Lobato, Jean Barbosa/Paratur, Roberto Ribeiro, Roberto Stuckert Filho/PR, Rodrigo Lima e Valéria Barros; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

ISSN 16776

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Competitividade: desenvolver lideranças é a ferramenta escolhida por empresas do estado

ÍNDICE

Revista

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

I LE ESTA REV

PA-538

Portal Amazônia

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Os 15 grupos de pássaros e bichos juninos percorreram o entorno do IAP, na volta da Revoada às ruas da cidade

a d a o v e R e s o r a s s á dos P

s o n i n u J s o Bich

Texto Dani Franco* Fotos Cláudio Santos/ Ag. Pará

“E

u nem sei o que é, mas ‘tô’ achando tudo lindo, e já quero participar”. A alegria e a surpresa da universitária Simone Teixeira, mostra o impacto que a Revoada dos Pássaros causou nos moradores do entorno do Instituto de Artes do Pará (IAP), IAP, u no anfiteatro do O cortejo termino tes comemorando o an com os particip dição popular resgate dessa tra

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Revoada dos Pássaros e Bichos Juninos.indd 5

a Durante a a Revoad dos Pássaros

que presenciaram o cortejo realizada por 15 grupos de pássaros e bichos juninos. Reconhecidos como uma tradição folclórica que nasceu em Belém, os grupos de pássaros e bichos são consideradas genuínas operetas, realizadas por brincantes da cultura popular. Sabendo desta importância, o IAP vem buscando resgatar a manifestação e, desde 2012, trabalha com os grupos em oficinas, que culminaram com a revoada deste sábado. Idealizada pelo professor e escritor João de Jesus Paes Loureiro, a Revoada dos Pássaros foi às ruas pela última vez em 2009. Para ele, vê-los em cortejo novamente é motivo de grande entusiasmo, e principalmente esperança na retomada do pássaro junino. “A revoada é

uma valorização da cultura, não apenas para a população, que tem a possibilidade de ver a manifestação nas ruas, mas também para o artista, o brincante, que sente o reconhecimento”, ressaltou Paes Loureiro. Registro De acordo com o presidente do IAP, Fábio Souza, o objetivo é que este momento não se perca, e a revoada passe a fazer parte do calendário junino. “Este cortejo é só o início. Nossa intenção é que isso se perpetue, e fique registrado não apenas na memória das pessoas”, afirmou. Para Iracema Oliveira, guardiã do Pássaro Tucano, um dos mais antigos em atividade, foi um momento só de agradecimento. “Nós só temos a agradecer por este espaço. Muito obrigada, mesmo”, declarou. A Revoada dos Grupos de Pássaros e Bichos Juninos percorreu a Rua Dom Alberto Ramos, as avenidas Generalíssimo Deodoro e Gentil Bittencourt, e a Travessa 14 de Março, e foi encerrada no anfiteatro do IAP. (*) IAP

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No palco central montado na orla, mais de 100 atrações musicais se apresentaram

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Fotos Comus PMB e Fernando Araujo primeiro “Arraiá da Capitá” que aconteceu no Portal da Amazônia, na orla de Belém, foi sucesso de público e de animação. O evento, uma realização da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), apresentou ao público grupos folclóricos, artistas da terra, além do tradicional concurso de quadrilhas. O concurso de quadrilhas juninas teve 85 quadrilhas adultas e 30 mirins inscritas. Cada quadrilha tinha 20 minutos para se apresentar e encantar o público e os jurados. No palco central montado na orla, mais de 100 atrações musicais se apresentaram ao ritmo de sertanejo, forró, brega, carimbó

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Arraiá da Capitá recebeu o Prefeito Zenaldo Coutinho

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e até pop rock. Os shows aconteciam simultaneamente ao concurso de quadrilha. O brega também embalou as noites do Arraiá da Capitá. O cantor Edilson Moreno foi uma das atrações junto com as bandas “Quero Mais” e “Xeiro Verde”. O encerramento da festa será marcado pela gravação do novo DVD do mestre do carimbó Pinduca. Serviço: O Arraiá da Capitá, de 14 a 30 de junho, no Portal da Amazônia.

Durante o festival de quadrilhas juninas no Portal da Amazônia

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TCE-PA promove VI Fórum com recorde de público

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Fotos Rodrigo Lima

uditório lotado. Mais de 1.500 pessoas vindas de várias cidades do Pará, dentre prefeitos, secretários, jornalistas, profissionais liberais e estudantes, participaram do VI Fórum TCE e Jurisdicionados, nos últimos dias 12, 13 e 14 de junho, no Hangar, em Belém. Após anunciados os integrantes da mesa oficial, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA), conselheiro Cipriano Sabino, declarou aberta a sexta edição do Fórum. “Primeiramente agradeço a todos os parceiros do TCE, e, claro, a esse público que se encontra aqui no auditório. O objetivo deste evento é orientar e prevenir os gestores que lidam com o recurso público estadual, pois

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muitas falhas ou irregularidades acontecem pela falta de conhecimento sobre a correta aplicação do dinheiro público. Sejam todos bem-vindos”, resumiu o presidente. Os conselheiros do TCE-PA, Luis Cunha, vice-presidente e coordenador do VI Fórum TCE e Jurisdicionados; o idealizador do evento, conselheiro Nelson Chaves, o conselheiro André Dias, corregedor do TCE e a conselheira Lourdes Lima participaram da solenidade de abertura. O conselheiro Cipriano Sabino, presidente do TCE-PA, afirmou que os resultados práticos do fórum se revelam tanto na crescente presença dos jurisdicionados a cada edição, quanto na melhoria em vários aspectos das prestações de contas, como fruto da ação orientadora do tribunal. Por sua vez, o conselheiro Nelson Chaves disse estar feliz com o êxito do evento. Afir-

mou também que quem cria os recursos é a sociedade, enquanto os gestores os aplicam e outros fiscalizam. Para Chaves, “a sociedade tem o direito de saber como e onde está sendo usado o dinheiro que é dela, por isso o controle social é indispensável.” E esse fato, observa, “obriga-nos a buscar o aperDurante o credenciamento. Cerca de mais 1.500 pessoas participaram do VI Fórum TCE e Jurisdicionados

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Auditório do Hangar lotado, durante o VI Fórum TCE-PA

Mesa Oficial de Abertura

feiçoamento de nossa função fiscalizadora.” Ele citou também o projeto TCE Cidadão, que tem como norte principal a construção de uma cidadania consciente a partir dos bancos escolares – o projeto prevê a entrega de material explicativo às escolas estaduais sobre a atuação do tribunal, além de palestras de técnicos do órgão para alunos e professores do ensino médio no estado.

Mesa oficial

Além dos conselheiros, compuseram a mesa oficial o Auditor Geral do Estado, Roberto Paulo Amoras (representando o governador do Estado, Simão Jatene); Deputada Ana Cunha (representando o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Márcio Miranda); o Ministro-Substituto do Tribunal

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de Contas da União (TCU), Marcos Bemquerer Costa; o Defensor Público Geral do Estado em exercício, Adalberto da Mota; a Procuradora de Justiça, Maria Célia Filocreão e o Procurador Geral do Ministério Público de Contas (MPCE), Antônio Maria Cavalcante.

Cons. Luis Cunha, coordenador do VI Fórum TCE-PA

Palestra Magna: Ministro Marcos Bemquerer Costa (TCU) abre programação

Na palestra que marcou o início oficial do VI Fórum TCE – Jurisdicionados, o ministro substituto do TCU, Marcos Bemquerer Costa, parabenizou o tribunal de contas estadual pela realização do evento, que, segundo ele, sempre causa impacto na ação dos participantes. Em seguida, Bemquerer apresentou as ações de controle externo do TCU que analisam a gestão pública federal, em itens como a responsabilidade fiscal e a estabilidade monetária. Conceituando que as políticas públicas são a soma das atividades de governo que influenciam a vida das pessoas, e que através delas o governo busca atender

os anseios e necessidades da sociedade, empregando os recursos a eles destinados, o ministro afirmou que a principal ferramenta do Tribunal de Contas da União na fiscalização são as AOP’s (auditorias operacionais). As AOP’s têm como principal objetivo avaliar a efetividade, a eficiência, a equidade e a qualidade das políticas públicas. Citando o art. 71 da CF que diz ser ação própria do poder legislativo o controle externo da administração pública federal, com o auxílio Ministro do TCU, Marcos Bemquerer e conselheiros do TCE-PA

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do TCU, Bemquerer citou auditorias efetuadas pelo órgão em algumas ações do governo federal, com o objetivo de contribuir para aumentar a eficiência dos seus objetos. Após auditoria realizada no PROUNI, o TCU constatou que entre 2005 e 2009, 29% das bolsas não foram preenchidas. Tal constatação levou o Congresso Nacional a criar uma lei para garantir os 100% de preenchimento dentro dos critérios estabelecidos pelo próprio governo federal. Outra ação do TCU analisou a Política Nacional de Atenção Oncológica. Como resultado, afirmou Bemquerer, o Congresso Nacional criou lei diminuindo de 113 para 60 dias o início do tratamento a partir do diagnóstico da doença. Na visão do ministro Marcos Bemquerer Costa, a grande virtude do fórum realizado

Vice-governador Helenilson Pontes, participa do último dia da programação

contexto que se insere a auditoria operacional, como instrumento de avaliação dos aspectos gerenciais, de resultado, das políticas públicas. Para o auditor do TCE “se uma política pública gera os impactos esperados em face das demandas sociais, atingindo os objetivos para os quais foi realizada, ela atende a esse novo paradigma de controle, instrumentalizado pelas auditorias operacionais, com ênfase na efetividade dos resultados na melhoria das condições de vida de uma sociedade.”

Cons. Nelson Chaves, o palestrante Jorge Jacoby e o Procurador Geral do MPCE, Antônio Maria Cavalcante

pelo TCE-PA é tentar corrigir os problemas, atacando-os na raiz, que é o desconhecimento dos gestores sobre como devem contratar, executar e prestar contas dos recursos públicos. Agindo assim, “o tribunal quer evitar a repetição de erros que causam danos ao erário e prejuízo à população”, afirmou Bemquerer Costa.

Segundo dia: Fórum reúne palestras

A programação do segundo dia do VI Fórum iniciou com a palestra do professor e doutor Carlos Alberto Maciel, da UFPA. O ministrante falou sobre “Avaliação das Políticas Públicas: Perspectivas do Desenvolvimento e Inclusão Social”. “O debate sobre a avaliação das políticas públicas compreende muitos desafios, porém esses desafios dizem respeito a todos nós. É preciso criar mecanismo para os diferentes lugares, pois assim teremos melhores planejamentos das políticas públicas”, destacou Maciel. A palestra com o tema “O Controle Externo como fator de aperfeiçoamento da Gestão Pública” foi ministrada pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Mato Grosso (TCE -MT), Valter Albano da Silva. O conselheiro destacou especialmente a importância da gestão pública. Segundo ele, é preciso que 10

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haja harmonia entre gestão e controle, pois a gestão cria, planeja e executa, enquanto o controle externo orienta, fiscaliza, avalia e julga. Na parte final das atividades da manhã de quinta 13, segundo dia do Fórum TCE e Jurisdicionados, o auditor do TCE, Odilon Teixeira, proferiu a palestra da “As funções dos Tribunais de Contas no Controle das Políticas Públicas”. Odilon enfatizou que a atuação de um órgão de fiscalização e controle, como um tribunal de contas, deve provocar o poder público, no sentido positivo, fazendo com que a agenda social se inclua na agenda política. Analisando o histórico da atuação dos tribunais de contas no Brasil, o auditor do TCE-PA apresentou um panorama das mudanças ocorridas no modo como o controle externo tratava a administração pública. Odilon observou, quanto a isso, que o Estado inicialmente era avaliado sob uma visão meramente patrimonialista, que evoluiu para uma visão burocrática, de conformidade, até chegar ao atual estágio, em que as políticas públicas passaram a ser avaliadas sob o ponto de vista gerencial, com foco nos resultados. Odilon fez menção à accountability, ou seja, o dever/obrigação de um gestor público prestar contas de suas ações, sendo o responsável pelo resultado delas. É nesse

TCE-PA reúne participantes nos minicursos

Como ocorre desde a primeira edição, o Fórum do TCE com seus jurisdicionados apresenta momentos distintos em sua programação. Se nas palestras há uma ênfase maior no elemento informativo, no sentido da apresentação de teses ligadas à ação institucional do tribunal, os minicursos oferecem uma dinâmica mais adequada à interação e à troca de informações entre os participantes, oportunidade em que os teO Conferêncista Jorge Jacoby

mas podem ser aprofundados, permitindo, assim, que o jurisdicionado tenha a oportunidade de tirar dúvidas inerentes à prática do dia a dia de um gestor público. Com ampla participação dos jurisdicionados, os minicursos foram bastante produtivos quanto à discussão de temas que

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interferem diretamente na prática dos gestores, bem como suscitaram debates sobre o papel do cidadão na construção de uma gestão pública responsável e submissa aos ditames legais. Nesta sexta edição do fórum cinco minicursos foram realizados durante os dois primeiros dias: “Reconhecimento da Receita e da Despesa”, ministrado pelo Dr. Paulo Feijó, “Transparência e Controle Social”, dirigido pelo auditor Julival Rocha, “Responsabilidade Civil, Penal e Ética dos Agentes Públicos”, proferido pelo Pós-Dr. Silvio Parodi Oliveira Camilo, e “A Efetividade das Contas Públicas Frente às Políticas Públicas e o Controle Externo”, orientado pela auditora Milene Cunha. Na avaliação do auditor do TCE, Julival Rocha, os temas tratados no minicurso que dirigiu, a transparência e controle social, são fundamentais para melhorar a gestão pública, “pois a transparência ocorre quando o cidadão participa na fiscalização das obras públicas, cobrando do gestor a melhor aplicação possível dos recursos, e isso diminui a corrupção e fortalece a democracia”. A importância desse tema pôde ser evidenciada também nas palavras da servidora pública do município de Santa Bárbara, Crislene Pantoja, para quem os assuntos tratados no minicurso “favoreceram o entendimento sobre o que podemos cobrar das administrações públicas”. O servidor da Sepof, Edvaldo Souza, considerou pertinente a observação da auditora Milene Cunha, no minicurso A Efetividade das Contas Públicas Frente às Políticas Públicas e o Controle Externo. “A Dra. Milene deixou bem claro que os cidadãos precisam sim acompanhar se os recursos estão sendo utilizados de forma correta, porém, mais importante que isso, é saber o quanto esse bem público será útil à sociedade, obedecendo ao princípio da efetividade”, resumiu Edvaldo. Durante o minicurso sobre receita e despesa, o Dr. Paulo Feijó afirmou que a contabilidade não cria, ela evidencia; segundo ele “quando o gestor aplica todas as regras e princípios exigidos por uma boa contabi-

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Presidente Cipriano Sabino encerra evento

lidade, a população passa a ter uma noção mais clara e fidedigna a respeito da situação patrimonial e fiscal da administração pública”. Como exemplo de uma boa contabilidade, Feijó usou um caso hipotético envolvendo a gestão na saúde. “Se uma boa contabilidade dá condições de um hospital saber que há quatro formas de se tratar um câncer com a mesma eficiência, o gestor pode escolher a que for mais econômica para o hospital.” Após o encerramento dos minicursos, o coordenador do VI Fórum TCE e Jurisdicionados, conselheiro Luis Cunha, entregou o certificado aos ministrantes; em seguida, houve sorteio de livros entre os participantes.

Programação: Palestra marca o último dia do Fórum

O último dia do VI Fórum TCE e Jurisdicionados, na manhã de sexta-feira 14, o professor e mestre Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, falou sobre “O Ordenador de Despesas e a Lei da Responsabilidade Fiscal”. Jacoby abordou de uma forma bem dinâmica o tema, e parabenizou o TCE pela iniciativa. “O TCE além de punir, tem o papel de orientar, e eventos como o Fórum, o TCE CiA sociedade paraense estava muito bem representada no fórum

dadão e o Programa de Interiorização, mostram o trabalho preventivo e pedagógico do tribunal. Estou muito emocionado e honrado de participar deste VI Fórum”, ressaltou o professor e mestre.

Cerimônia de Encerramento

Após a palestra, os conselheiros do TCE, além de outras autoridades estaduais e municipais participaram da solenidade de encerramento. O vice-governador, Helenilson Pontes, manifestou sua alegria pela participação no evento. “Parabenizo a todos. Pude constatar que houve um aumento da participação do público no Fórum, evento que já faz parte do calendário do governo do Estado. Podemos afirmar que o TCE cumpre o seu papel constitucional, preocupando-se com a eficiência da aplicação do dinheiro público. O governo do Estado se associa a esta iniciativa, com objetivo da melhoria da qualidade de vida do povo do Pará”, destacou o vice-governador. A vice-prefeita de Belém, Karla Martins também participou da cerimônia. Em seu discurso, o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino, agradeceu ao público pela participação. “Sem vocês, nada seria válido. Estamos cumprindo nosso papel constitucional, com objetivo de melhorar a aplicação do recurso público, em benefício da população”, finalizou. Para o coordenador do fórum, conselheiro Luis Cunha, o evento tem um forte apelo social, traduzido no objetivo de fortalecer a relação entre o TCE e os jurisdicionados, representantes da sociedade. A presença de agentes públicos como o vice-governador do estado, prefeitos, vereadores, secretários estaduais e municipais, presidentes de ONG’s, profissionais liberais e estudantes, revela que a sociedade paraense está muito bem representada no fórum. Após o encerramento, houve sorteio de brindes aos participantes. Pará+

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As grandes empresas ocuparão lotes dentro da área do parque

Incubadoras estimulam novas

empresas com mais inovação Fotos Roberto Ribeiro, Roberto Stuckert Filho/PR

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modelo de desenvolvimento empreendedor sustentável, com forte atuação nos principais mercados mundiais como os Estados Unidos e a China, tem movimentado a criação de novos negócios, com o desenvolvimento de tecnologias pioneiras e o crescimento firme de uma economia direcionada para a inovação. As Start-ups, empresas que nasceram de incubadoras de instituições de pesquisa e ensino superior, são a prova de que a aliança entre conhecimento e negócios é viável, e fortalecem a parceria entre universidade e mercado. Nessas empresas, o desafio é fazer andar lado a lado a produção de conhecimento inovador com a gestão empresarial eficiente. É o capital intelectual aplicado em negócios inovadores e sustentáveis. O Brasil tem mais de 400 incubadoras

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Marco Antonio Raupp, ministro do MCTI, no lançamento do programa Start Up Brasil

de empresas – em 25 unidades da federação – que abrigam cerca de 8 mil micro e pequenos negócios, segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Em-

preendimentos Inovadores (Anprotec). No Pará, são apenas três instituições que mantém incubadoras para pequenas empresas que atuam na área de inovação – o maior dewww.paramais.com.br

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las e pioneiro na área- o Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará (PEBT-UFPA), que ajuda na criação e desenvolvimento de empresas desde 1995. Atualmente, trabalha em conjunto com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec), criada há quatro anos. A atuação é em três frentes: propriedade intelectual, incubação de empresas e consultoria e serviços tecnológicos. Na incubadora, estão abrigadas hoje nove empresas que estão iniciando, mas não têm capital significativo e sede. “Todas foram selecionadas por edital e uma vez escolhidas, passam a dispor de um espaço físico com toda a estrutura, além de treinamentos e programas de capacitação. A Universitec também financia viagens e participação em premiações, e estimula o contato com o mercado”, explica a coordenadora da incubadora de empresas Iara Neves. A seleção prioriza as empresas das áreas de Tecnologia em Informação, energia, biotecnologia e produtos naturais. Iara destaca que um dos diferenciais do trabalho é a orientação às empresas para a elaboração de um plano de negócios. “É como transformar a boa idéia em um produto viável e sustentável. É isso que vai atrair os investidores e garantir o sucesso do empreendimento”, avalia ela.

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Antônio Abelém, diretor-presidente PCT Guamá

O sucesso deste modelo é comprovado. Segundo pesquisas feitas pelo Sebrae, a taxa de sucesso das empresas apoiadas por incubadoras e parques tecnológicos é de 80%, com índice de mortalidade de 20%, em um período de cinco anos. Se as empresas estivessem desde o início no mercado, sem o suporte da incubadora, a realidade seria o oposto. Nesses casos, o índice de mortalidade das empresas é de 80%.

Inovação em ambientes favoráveis

O tema da inovação está ganhando um espaço importante tanto na agenda pública como na estratégia das empresas no Brasil. Processo semelhante ocorre em alguns outros países. Existe uma significativa correlação entre desenvolvimento, o nível de investimento de um país no tema da inovação,

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um modelo econômico orientado à inovação e ao desenvolvimento sustentável na região. O Parque Tecnológico do Pará já está em fase de implantação, as obras estão avançadas. “A idéia é que o parque seja um ambiente de inovação, de estímulo e apoio ao empreendedorismo, apoiar as empresa desde o nascimento até a consolidação no mercado”, explica Antônio Abelém, diretor presidente do PCT-Guamá. O PCT oferece vários serviços, que vão desde a orientação aos empreendedores (pré-incubação), a incubação das empresas que depois do período estipulado, poderão continuar no parque junto com as empresas – âncoras. “Será como um grande condomínio de inovação”, diz Abelém. Esse espaço fica pronto ainda neste ano, para abrigar as empresas menores. As grandes empresas ocuparão lotes dentro da área do parque. Já estão confirmadas empresas comno o Instituto Tecnológico Vale, IMPE-Região Nor-

O Parque Tecnológico do Pará já está em fase de implantação, as obras estão avançadas

com o grau de exposição e de inserção de suas empresas no mercado internacional. A abertura de novos mercados e a capacidade de ampliar participação nos mercados existentes dão à inovação uma posição estratégica na concorrência entre as empresas. Na busca pelo aumento da competitividade, são estabelecidas políticas de estímulo e apoio ao aumento da capacidade inovadora das empresas. A combinação acertada de políticas governamentais e de estratégias empresariais possibilita a criação de um ambiente propício à geração de inovações. A criação de Parques Tecnológicos, que

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Equipe Amazon Dreams recebendo o prêmio Finep

abrigam empresas de vários portes, se mostrou uma necessidade . Mais que isso, já é uma realidade que chegou para ficar e crescer. Atualmente 25 parques operam no Brasil. Dezessete estão em processo de implantação e outros 32 encontram-se em fase de estudo. Em 2010, foi criado o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT-Guamá), com a missão de estimular o empreendedorismo inovador e a transferência de tecnologia para o desenvolvimento de produtos e serviços de maior valor agregado e que sejam fortemente competitivos, contribuindo com

O PCT- Guamá funciona com um modelo de governança diferenciado

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A Amazon Dreams foi a vencedora da 15ª edição regional do Prêmio Finep de Inovação 2012, na categoria Micro e Pequena Empresa. Na foto, Herve L. G. Rogez, um dos sócios da vencedora, recebendo o troféu da presidenta Dilma Rousseff

te, SENAI, Parafarma ( em biotecnologia) e Centro de Metrologia do IMEP/INMETRO. As empresas adquirem os lotes por meio

da concessão onerosa para um prazo de 30 anos, com toda a infraestrutura básica. Também contam com apoio à gestão da inova-

ção para os empreeendedores e suporte às empresas para realizar negócios, facilitar a conexão com o mercado e a criação de networking. O PCT- Guamá funciona com um modelo de governança diferenciado. Para isso, foi criada a Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá, que está cadastrada como uma Organização Social (OS). É esta fundação que vai administrar todo o parque, com contrato de cinco anos, por meio de um convênio entre Secretaria de Estado, Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a UFPA e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), e conta com aporte financeiro da Secti, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Também tem o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, da Eletrobrás/ Eletronorte, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE-PA),

Amazon Dreams – Da academia para o mercado

A tecnologia de química fina de produtos naturais na produção de compostos ricos em antioxidantes é a expertise da Amazon Dreams, empresa criada em 2002 por pesquisadores da Universidade federal do Pará. “Começamos a partir das pesquisas desenvolvidas no laboratório de engenharia de alimentos da UFPA, para desenvolver extratos a partir de frutas e folhas da floresta amazônica”, lembra a pesquisadora Christelle Herman. Os compostos antioxidantes são usados pela indústria farmacêutica, de alimentos funcionais e de cosméticos. O vínculo com a universidade é forte. “Nossa equipe é formada por pesquisadores com bolsas do CNPq, desenvolvendo três projetos de pesquisa aplicada”, explica Christelle. “A empresa trabalha esse conhecimento no mercado, de acordo com as demandas que se apresentam”. O resultado é que a Amazon Dreams já é referência global na atividade, com certificações em segurança alimentar e forte controle de qualidade, além de várias premiações no setor de inovação. “Em 2011, ficamos em 3º lugar no Prêmio Finep regional. No ano passado, ganhamos a premiação, ficamos em 1º lugar tanto no regional quanto no nacional”, comemora Christelle Herman. A empresa também apareceu entre os cinco cases de sucesso de ino-

vação em biotecnologia apresentados na Convenção Internacional Bio 2011, realizada em Washington (EUA). Foi eleita a segunda melhor empresa incubada no Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador 2011 em 2010, ganhou o prêmio Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente na categoria Empresas para a Amazônia. A parceria com o PIEBT-UFPA, via agência de inovação- a Universitec, foi importante. “Saímos de um laboratório acadêmico e precisávamos de um espaço maior e condições para trabalhar”, diz Christelle. A incubadora de empresas da UFPA ofereceu toda a estrutura necessária, além de ser co-autora no desenvolvimento das patentes industriais. Aproveitando as políticas públicas de apoio às start-ups, a Amazon Dreams foi a primeira empresa da região norte a ser contemplada pelo Criatec, fundo de investimentos de capital semente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Nordeste do Brasil (BNB). A Amazon Dreams agora se prepara para deixar as instalações na universidade, depois de quase três anos como empresa incubada. “A saída do programa de incubação é uma consequência natural de todo o trabalho desenvolvido até aqui. A ansiedade hoje é com os rumos que a empresa vai tomar, nosso foco é com o futuro”, avalia Christelle Herman. Alguém tem dúvidas do que esse futuro promete?

CONSERTAMOS E DESTRAVAMOS SEU PS

23

anos

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da Universidade do Estado do Pará (UEPA), do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Programas apoiam movimento start-up

As empresas start-ups estão na mira do governo federal. Há pelo menos dois programas pensando no fomento ao ambiente empreendedor e no estímulo ao investimento nesse tipo de empresa. Dentro do Plano Brasil Maior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), existe um projeto tanto para capacitação de empresários quanto para de incentivo financeiro aos investidores. Já

Com objetivo de estimular a inovação, o Plano Brasil Maior quer incentivar o desenvolvimento das start-ups por meio dos investimentos do capital de risco e de juros reduzidos

o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)lançou no final de 2012 o Start-up Brasil, que destinará R$ 40 milhões a quatro aceleradoras nacionais. Com objetivo de estimular a inovação, o Plano Brasil Maior quer incentivar o desenvolvimento das start-ups por meio dos investimentos do capital de risco e de juros reduzidos. A preocupação é que todo o investimento feito durante o período de incubação das empresas não se perca quando elas precisam sair desses ambientes. Por isso, dentro do Brasil Maior, também são desenvolvidos projetos de capacitação com o objetivo de aumentar o número de empreendedores apoiados pelo capital de risco. É necessário capacitar o empresário das start-ups, levando a ele conteúdos práticos e o auxílio de coaches . O investimento do governo é de R$ 40 milhões. Até 2015, serão contempladas 150 start-ups com apoio em marketing e vendas, suporte legal e financeiro.

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Remo Magalhães de Souza, diretor técnico da Dynamis Techne

Dynamis Techne – Segurança assegurada pela tecnologia A idéia parece simples: aplicar a tecnologia da informática para fazer a avaliação da integridade de grandes estruturas em segurança e evitar que acidentes aconteçam. Comparando com um hospital, a empresa faz o monitoramento da saúde das estruturas, com os exames necessários para fazer o diagnóstico da segurança, identificando os sintomas do problema e indicando o melhor tratamento. Foi assim que nasceu a Dynamis Techne, como uma Spin Off de um grupo de pesquisa da UFPA com 10 anos de atuação. Os pesquisadores estavam acostumados a serem procurados por empresas para prestar consultorias e fazer o diagnóstico de segurança para grandes projetos. “Foi assim até chegar ao ponto em que o melhor seria entrar no mercado como empresa”, lembra o diretor técnico Remo Magalhães de Souza. “Como empresa, ganhamos agilidade nos processos de contratação pelos

clientes”, avalia. O processo para transformar o grupo de pesquisa em negócio foi rápido. Em agosto de 2012, foi feito o registro na Junta Comercial. Em dezembro do mesmo ano, a empresa foi selecionada pela incubadora da UFPA. “Participar do edital de seleção foi uma grande oportunidade, porque nos deu a vantagem de ter toda a estrutura da empresa dentro da própria universidade, com acesso à produção desse centro de pesquisas, além de contar com o respaldo de uma instituição reconhecida, o que dá mais credibilidade”, garante Reno Souza. A empresa já começou com três clientes de peso: Vale, Alunorte e Companhia Docas do Pará-CDP. “Em pouco tempo de empresa, os resultados vem superando nossa expectativa. Já éramos conhecidos no mercado como grupo de pesquisa e agora, como empresa, somos referência. Não há concorrência na região”, avalia.

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XI Feira da Indústria do Pará

Fotos Arquivo Hangar, Bruno Carachesti, Cristino Martins, Eliseu Dias, Fernando Nobre/Ag. Pará e valéria Barros

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vice-governador, Helenilson Pontes, representando o governador Simão Jatene e o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado Santos, abriram a XI Feira da Indústria do Pará (Fipa), no Hangar Centro de Convenções, com a presença de empresários, políticos, secretários de Estado e representantes de entidades de classe. Na abertura, Helenilson Pontes anunciou que haverá uma reformulação das nossas leis de incentivos fiscais, pois a nossa legislação já não atende mais as necessidades do mundo contemporâneo e do Pará do futuro. Segundo Helenilson, a atual política de incentivos fiscais praticada pelo Pará está defasada em relação ao atual momento histórico e aos outros entes da federação. Por isso, uma nova lei urge, no sentido de ampliar a possibilidade de atração de investimentos ao Estado, nos mais diferentes setores. “É lamentável que o Pará tenha sido historicamente tão tímido na sua política de incentivos fiscais, comprometido com princípios de respeito à federação, que outros Estados não tiveram e, que, hoje, vêm discutindo o recebimento de compensações milionárias por parte da União em função dos incentivos fiscais que sempre deram, mesmo ao arrepio da Constituição. Nessa conta, o Pará recebe muito pouco porque sempre foi tímido no campo da atração de empresas via incentivos fiscais. Mas esse momento acabou, nós temos que ser ousados, tanto na discussão com a União sobre as compensações necessárias quanto no debate em torno da nova política do ICMS”, explicou. Helenilson Pontes completou que o Estado

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Helenilson Pontes abriu oficialmente a programação da Fipa ao lado do presidente da Fiepa, José Conrado, do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e do presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi

também continuará lutando pelas compensações financeiras relacionadas à Lei Kandir: “Para se ter uma ideia, o Pará tem direito a dois bilhões de reais de compensações pela Lei Kandir, mas recebeu apenas 180 milhões, o que não chega nem a 10% do valor total. Enquanto isso, a União abre mão de 20 bilhões de reais por ano para a Zona Franca de Manaus em incentivos fiscais”. Ao final, Helenilson Pontes convocou os setores produtivos, em particular o industrial paraense, para reivindicar tratamento fiscal mais justo da União para com o Estado. José Conrado Azevedo Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, propôs uma grande aliança de toda a sociedade paraense com vistas à superação do que ele considera ser o maior desafio que se

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antepõe ao Estado para os próximos anos, que é promover e aprofundar a verticalização da produção mineral. Felizmente, segundo José Conrado, já existe hoje, em defesa da verticalização mineral, um alinhamento muito forte não somente da indústria, mas de todas as entidades empresariais representativas da produção. Apesar desses problemas, o presidente da Fiepa, José Conrado Santos, destacou que o Pará vem conseguindo se constituir em um ambiente cada vez mais favorável à implantação de novos negócios. Segundo ele, até 2016, o Estado deverá receber 150 bilhões de reais em investimentos, dos quais 90% oriundos da iniciativa privada, e, assim, gerar algo em torno de 120 mil novos empregos. “Nesse sentido, a Fipa é extremamente importante, porque ela também tem o papel de aproximar os pequenos e médios empresários aos grandes projetos, para que eles possam ser fornecedores desses projetos. Além disso, temos aqui todas as entidades financeiras trazendo para os empresários oportunidades financeiras a um custo diPará+

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equipamentos e serviços em geral até a mineração, setor com maior participação na balança comercial paraense.

Simineral e Sinjor lançam prêmio de jornalismo sobre desenvolvimento e mineração ferenciado. Ou seja, um ambiente extremamente agradável para novos investimentos”, frisou. O prefeito Zenaldo Coutinho, defendeu as parcerias entre poder público e privado e frisou a importância da geração de renda no município e no Estado. “Nos sentimos comprometidos com a economia, pois só com iniciativas econômicas é que conseguiremos reduzir as desigualdades sociais. Belém estará engajada, junto com o Estado do Pará nesse processo de desenvolvimento”, ressaltou o prefeito. Após a abertura da Feira, as autoridades visitaram vários dos estandes das 100 empresas que mostravam um pouco da sua produção no evento. A XI Feira da Indústria do Pará (Fipa), apresentou ao público um perfil da cadeia industrial no Pará – da pesca, pecuária, alimentação, bebidas, produtos florestais,

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a finalidade de contribuir para o melhor entendimento, pela sociedade e pelo poder público, sobre a importância das atividades e da função social da Imprensa. “É nossa missão promover ações que sirvam de estímulo à produção jornalística no estado. E o casamento com o Simineral para a promoção dessas ações foi perfeita. Espero que seja duradouro e que o prêmio entre para o calendário das duas instituições”, complementa a jornalista Sheila Faro, presidente do Sinjor. O regulamento está dísponivel no site www. simineral.org.br e foi assinado pelo vice-governador Helenilson Pontes, o presidente

Será o I Prêmio Hamilton Pinhheiro de Jornalismo, que vai premiar os melhores trabalhos jornalísticos que valorizem o desenvolvimento do Estado do Pará. “Temos muito orgulho, junto com o Sinjor, de lançarmos de forma pioneira esse prêmio para o setor da mineração. Com isso, objetivamos estimular, divulgar e prestigiar matérias jornalísticas veiculadas na imprensa brasileira que abordem assuntos da atividade mineradora, com foco no crescimento econômico, produção, sustentabilidade, projetos sociais, geração de emprego e renda, exportação e filantroDurante o lançamento do I Prêmio Hamilton Pinheiro de Jornalismo, pia”, ressalta José Fernando Helenilson Pontes, o presidente do Simineral, José Fernando Gomes, José Conrado Santos, Sheila Faro, familiares de Hamilton Pinheiro e Gomes Júnior, arrematando Helder Barbalho que o prêmio tem também

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No lançamento do I Prêmio Hamilton Pinhheiro de Jornalismo, Helenilson Pontes

do Simineral, José Fernando Gomes, pela presidente do Sinjor, Sheila Faro, e familiares de Hamilton Pinheiro, o “HP” como era conhecido. O I Prêmio Hamilton Pinheiro de Jornalismo contemplará matérias jornalísticas cujas pautas estejam relacionadas aos temas da atividade mineral e atendam ao tema “Minérios da Nossa Terra. Riquezas para nossa gente”, o mesmo da segunda edição do Anuário Mineral do Pará, lançado em março pelo Simineral.

Desfile de jóias

Em uma das atrações da abertura, as autoridades conferiram um desfile de beleza, inovação, sofisticação e criatividade com as joias do Polo Joalheiro do Pará. Joias do Polo foram atração na abertura da Fipa 2013

A Feira da Indústria do Pará reuniu quase 100 empresas de diferentes segmentos

Para Vilson Shuber, diretor superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA), o desfile uniu a verticalização do minério com a arte, que transforma o minério em joias e outros produtos da Amazônia. Segundo ele, esses produtos são transformados, de forma interessante, em biojoias, aliadas com a produção mineral, como o ouro e a prata, numa “verticalização muito intensa”. As joias foram produzidas em ouro e prata com gemas minerais diversas - como ametista, quartzo hialino, citrino, green gold, jaspe e topázio azul – e matéria prima orgânica, como fibras e chifre de búfalo.

Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo

entre setores de grande visibilidade e relevância para a sociedade paraense: setor produtivo e imprensa. Tão relevantes que, caminhando juntos, podem ajudar a construir um Pará mais forte e sustentável”. A iniciativa é desenvolvida e coordenada pela Temple Comunicação, agência do Sistema Fiepa. A fim de contemplar trajetórias profissionais e produções de sucesso, o prêmio será dividido em três modalidades distintas. Primeiro, o mercado de comunicação (jornalistas, assessores de imprensa, publicitários e a academia) escolherão 13 comunicadores de destaque ao longo do ano por meio de votação online, no site www.premiosistemafiepa.com.br, que esta-

José Conrado Santos, presidente da Fiepa, lançou durante a realização da XI Fipa, o 1º Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo, que irá reconhecer e estimular o trabalho da imprensa na divulgação de pautas que destaquem o setor produtivo paraense. Segundo Conrado, “o prêmio promove a interação

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José Conrado, presidente da Fiepa

Helenilson anunciou que haverá uma reformulação das leis de incentivos fiscais no Pará

O prefeito Zenaldo Coutinho defendeu a união do Poder Público e da iniciativa privada por novos empreendimentos no Pará

Durante o lançamento da Cartilha de Licenciamento Ambiental Industrial

rá acessível a partir do dia 24 de maio. As indicações serão feitas pelos veículos. Todo o processo de votação será acompanhado pelo escritório de advocacia Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff Advogados. Haverá também o Prêmio Especial “Jornalista Raimundo Pinto”, para as melhores reportagens que abordem temas da indústria paraense nos meios de impresso jornal/revista; televisão, rádio e web. Raimundo Pinto foi grande aliado na cobertura de pautas econômicas e na divulgação dos temas de maior interesse do estado. Poderão participar da disputa quaisquer trabalhos publicados em meios de comunicação do estado entre 1° de agosto de 2012 a 1° de agosto de 2013. Por fim, o Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo, para homenagear a Personalidade de Comunicação do ano. A diretoria da Fiepa dará uma comenda de honra ao mérito para o profissional atuante na área de comunicação que mostrar um trabalho formado por três vértices: qualidade, relevância e ética profissional. Os vencedores vão receber, além do certi-

ficado, um troféu em reconhecimento ao conjunto de seus trabalhos em 2013. Já as equipes vencedoras das categorias Prêmio Jornalista Raimundo Pinto “Melhor Reportagem” recebem R$ 40 mil em prêmios.

biente (Sema) para esclarecimentos básicos a respeito da legislação específica voltada ao licenciamento ambiental, desde a fase que antecede a instalação de empreendimentos industriais no estado. O lançamento reuniu empresários, executivos e autoridades estaduais das áreas de indústria, mineração e meio ambiente. A edição, em linguagem simples e objetiva, dá ênfase aos benefícios da regularização ambiental, a outorga dos recursos hídricos, o cadastro ambiental rural, a supressão vegetal e a autorização para o inventário da fauna terrestre, entre outras matérias relevantes para orientação dos empresários que tenham interesse em instalar empreendimentos.

Competitividade

Governo lança Cartilha de Licenciamento Ambiental Industrial do Pará

Durante o lançamento da Cartilha, no painel “Indústria Competitiva : Fortalecendo o Ambiente de Negócios no Pará”, o secretário David Leal mencionou as potencialidades e peculiaridades do estado. “O Pará é um grande exportador de matérias-primas, mas isso pode ser tanto uma benção, por con-

No encerramento teve o sorteio de um carro Renault Logan

David Leal no painel “Indústria Competitiva: Fortalecendo o Ambiente de Negócios no Pará”

Durante a programação oficial da XI FIPA, foi lançada, a Cartilha de Licenciamento Ambiental Industrial. Elaborado por técnicos das secretarias de Indústria, Comércio e Mineração do Pará (Seicom) e de Meio Am-

O estande do Senai

Estande do Polo Joalheiro na Fipa 20

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A sagrada Família estava presente www.paramais.com.br

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ta do potencial e das riquezas que temos, quanto uma maldição, porque não existe nação que consiga se desenvolver somente exportando matérias-primas”, destacou. O titular da Seicom mencionou, ainda, a agregação de valor como um dos pilares para o desenvolvimento da indústria paraense. “E dentro desse preceito há um tripé formado pela verticalização, atração de fornecedores estratégicos e a compra de fornecedores locais”, acrescentou. Além de José Colares e David Leal, participaram como debatedores do painel, o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral), José Fernando Filho, que representou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado, o diretor da Rede de Atração de Fornecedores (REDES), Luis Pinto, e o representante da Diretoria de Fiscalização da Secretaria da Fazendo do Pará (Sefa), Márcio Carvalho.

O encerramento

A XI Feira da Indústria do Pará (Fipa) terminou com seu objetivo principal alcançado em um ambiente extremamente agradável para novos investimento, para as 100 empresas que participaram da programação. Foram cerca de 35 mil pessoas que visitaram os 67 estandes de expositores, que mos-

Foram cerca de 35 mil pessoas que visitaram os 67 estandes de expositores, que mostravam o trabalho e a pujança da indústria paraense

travam o trabalho e a pujança da indústria paraense. Para a Fiepa, um dos destaques foi a programação paralela com seminários,

SOLUÇÕES INTELIGENTES E COMPETITIVAS PARA DIFERENTES ÁREAS

palestras e painéis, com temas variados, onde todos abordavam a competitividade e o fortalecimento da indústria local. Como destaque, o Banco da Amazônia assinou a concessão de crédito a 10 empresas de Belém, num total de RS 2,5 milhões. O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado Santos, destacou o sucesso de mais uma edição da FIPA e contou que empresários do Amazonas, Maranhão e Rio Grande do Norte visitaram a Feira do Pará com o objetivo de levar a ideia para seus estados. “Além de ser um sucesso para os empresários daqui da região, na medida que serve como vitrine para os produtos paraenses, a Feira também é um sucesso fora dos limites do nosso território. Fomos procurados por presidentes de federações das indústrias de outros três estados do nordeste. Eles querem que ajudemos a montar as feiras, levando essa ideia para outros cantos do Brasil”, comentou José Conrado. O coordenador da Fipa, Ivanildo Pontes, ficou animado com os resultados do evento por ter superado a expectativa de público, aumentando a exposição das empresas participantes e possibilidades de negócios. Após quatro dias de evento, o encerramento teve o sorteio de um carro Renault Logan. A sortuda foi a administradora Paula Maria Ponte Modesto.

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Competitividade: desenvolver lideranças é a ferramenta escolhida por empresas do estado

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elhorar o desempenho da organização, motivar equipes e estar preparado para lidar com diferentes papéis. São algumas das habilidades que empresas de todo o mundo exigem de seus profissionais e que estão desenvolvendo neles. Estas características estão além dos limites de atuação de um gestor e alcançam o papel de liderança. Dentro de uma empresa, o líder deve estar apto ao contexto moderno e adequado às exigências multifuncionais do mercado. É por meio da atuação deste profissional que as empresas discutem temas relevantes para o mundo corporativo, como sustentabilidade, valorização e qualificação de pessoas, respeito e ética. “As empresas já entenderam que a força empresarial vai além dos investimentos em tecnologia, mas também está no incentivo ao desenvolvimento social, no profissional que dedica seu tempo ao trabalho. São as pessoas que fazem a empresa”, explica Eliana Cardoso, coordenadora de projetos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), integrante do Sistema Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Pará já começa a se adequar a esta nova realidade. Empresas locais entenderam que o investimento em pessoas também gera

Pesquisa aponta um nível de investimentos em treinamento ainda pequeno dentro das organizações

valor agregado ao que é produzido aqui, movimentando a economia paraense. A coordenadora do Instituto Evaldo Lodi (IEL) explica que o desenvolvimento da liderança é uma ferramenta que objetiva mudanças no setor empresarial para alcançar metas e influenciar de forma positiva no resultado das organizações. O IEL é um dos órgãos voltados para o aperfeiçoamento e capacitação da gestão. Para isso, promove cursos que buscam desenvolver líderes. “Os cursos con-

Empresa investe em curso para gestores

>> Em busca deste salto de qualidade, a refinaria Hydro Alunorte, localizada no polo industrial de Barcarena, lançou neste mês de maio o Programa de Desenvolvimento de Líderes. O curso terá a duração de seis meses e uma carga horária de 16 horas semanais. Ao todo, o treinamento reúne 140 gestores. O foco é o de capacitar e alinhar os profissionais em busca de uma gestão de alta performance. “A ideia é dar suporte às pessoas comprometidas com o resultado da empresa. Queremos trabalhar em suas necessidades enquanto gestores”, explica Nilcy Martins, gerente da Área de Recursos Humanos da refinaria. O curso, no geral, vai tratar de liderança no contexto moderno. “Precisamos mudar, crescer e superar. Foi-se o tempo em que um líder deveria ser autoritário. Esta característica não existe nem mais no seio da família. Vamos começar a mudança por nós mesmos, com muita paixão”, foi o que disse o diretor industrial da refinaria, Geraldo Brittes 22

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tribuem com a empresa para que ela venha a aumentar a sua competitividade e desenvolver competências de acordo com suas necessidades”, conclui. A coach e corporate partner da Sociedade Brasileira de Coaching, Raquel Conde, explica que para desenvolver líderes dentro das organizações é necessário identificar gaps de competências para minimizar riscos. Mas, além disso, é necessário saber onde está o potencial para reforçar, para ser capaz de resolver problemas e atingir objetivos com muito mais rapidez, eficácia e com

Formação de lideranças na Hydro

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Academia de liderança Investimento em pessoas também gera valor agregado, resultados e muita satisfação

menos desgaste e estresse. As empresas não querem só aquele gerente ou supervisor que fica em cima de relatórios ou que faz o trabalho pela equipe. Elas querem uma pessoa que tenha foco para acompanhar os Indicadores de Performance, mas que também consiga traçar os caminhos para atingi-los e motivar a equipe a caminhar junto nesta rota. “Para se atingir resultados com equipes é preciso ser capaz, inspirar e liderar pelo exemplo, ser um modelo de excelência”, diz Raquel Conde.

>> Com foco em Excelência Organizacional, a Imerys, empresa de beneficiamento de caulim, lançou este ano a Academia de Desenvolvimento de Líderes (ADL). O projeto é voltado para a equipe de supervisores da empresa – funcionários que são a ponte entre gerência e operador – com o objetivo de desenvolver competências técnicas e comportamentais nessa liderança. “O treinamento é voltado para a formação desses profissionais, que são essenciais não só para desenvolver habilidades e técnicas, mas também para reforçar o papel de gestores e líderes, fundamental para a organização e para os resultados que a Imerys pretende alcançar”, reforça o diretor-presidente da empresa, Marcos Moreira. Além dos supervisores, a Imerys entende que os gerentes também devem estar prontos para esse salto. “Precisamos ser preparados para trabalhar com uma equipe ainda mais forte. Dessa forma, enquanto os supervisores estiverem na Academia de Desenvolvimento de Líderes, nós passaremos por uma espécie de treinamento paralelo, um aconselhamento”, explica o gerente de produção, Neilton Silva. Academia de líderes na Imerys

Formação de líderes em números

Uma pesquisa realizada pela ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) aponta em média 44% das empresas destaca que a implementação de programas de desenvolvimento de lideranças como a maior prioridade para os próximos anos. O cenário positivo das expectativas de crescimento econômico do país faz da área de treinamento e desenvolvimento (T&D) a grande tendência do mercado a fim de suprir as lacunas de qualificação de mãode-obra que ainda separaram os funcionários das oportunidades de mercado. Por outro lado, a pesquisa aponta um nível de investimentos em treinamento ainda pequeno dentro das organizações. Em função dos impactos do cenário econômico em 2010, mais de dois terços das empresas protelam os grandes investimentos no setor. Porém, apenas 26% das organizações consideram que terão aumento real nestes investimentos. O desenvolvimento de funcionários através de coaching (treinamento pessoal para melhoria de performance) foi destacado por

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9% das 287 empresas entrevistadas pela ABTD. O dado mostra ainda a preocupação com a capacitação pessoal dos funcionários. Encabeçando a lista dos principais focos para o próximo ano, elencados pelas 287 empresas entrevistadas pela ABTD, estão a formação de líderes, o desenvolvimento de pessoas e carreiras, a gestão de pessoas e a gestão do conhecimento. Isto aponta para a crescente demanda de capacitação, que normalmente nas empresas é feita em formato de cursos, treinamentos externos e workshops. O número de horas investidas por funcio-

nário aumentou para 45, ante 38 horas por pessoa ao ano, registrado pela pesquisa da entidade. O número de horas investidas elevou também o percentual de investimentos em T&D em relação à folha de pagamento. A pesquisa da ABTD apontou ainda uma predominância de treinamentos externos nas empresas, em média 55%. Os investimentos em treinamentos à distância, em função deste cenário, têm crescido bastante. Por outro lado, segundo a ABTD, ainda existe uma fatia de 42% das empresas do país que não usam soluções que envolvam tecnologia para a realização dos treinamentos.

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Patentes: o ar que a pesquisa respira!

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opiar é fácil. Não exige recursos humanos altamente capacitados nem muita infraestrutura. Quem copia não arca com os gastos de pesquisa e desenvolvimento, e mesmo assim consegue lucrar com o mesmo produto que a pesquisa demorou anos para desenvolver. É, portanto, num ambiente livre de patentes que copiar é um negócio mais lucrativo que pesquisar e desenvolver novos produtos e processos. É assim, sem patentes, que a inovação nas indústrias torna-se um negócio pouco atraente. Resultado: estagnação industrial. Portanto, patentes e desenvolvimento industrial andam juntos, lado a lado. A patente garante que a pesquisa seja um investimento que dê um retorno financeiro interessante. Para a maioria dos pesquisadores, a patente é o resultado do seu trabalho. Para a maioria dos homens de negócio, a patente é a pedra fundamental de seu trabalho. Seja como for, fato é que as patentes são a proteção da inovação industrial. A patente é um bom negócio, pois além de dar proteção e legitimidade, ainda vem carregado de um alto teor de agregação de valor à empresa ao serviço prestado. A patente é um documento de propriedade, concedido pelo Estado, por meio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão governamental responsável por conceder as autorizações, que garante a exclusividade de exploração do objeto protegido por um tempo em determinado território. Podem ser objeto de patente: produ-

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to, processo e meio. Atualmente, também é possível se obter patente de método e sistema. Quanto à marca, esta se traduz num sinal visualmente perceptível para distinguir produtos ou serviços. Para que o objeto seja passível de proteção de patente é necessário que o mesmo seja novo, possa ser industrializado, contenha atividade inventiva e possa ser descrito de forma clara e suficiente para um técnico no assunto. Mas não é qualquer idéia que pode ser patenteada. “A ideia não é objeto de proteção pelos direitos de propriedade intelectual. A ideia é livre. O que se protege é a expressão da ideia. Não há necessidade de se comprovar a viabilidade técnica ou econômica. Contudo, estes aspectos devem ser considerados pelos inventores”, explica a professora Maria Brasil, Coordenadora de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA - UNIVERSITEC. Na UFPA, a Coordenação de Propriedade Intelectual orienta o pesquisador sobre a proteção e quais os documentos técnicos necessários, protocolizando o pedido e acompanhando o processo administrativo junto ao INPI. Além do atendimento à comunidade acadêmica apoiamos o inventor independente que queira requerer a obtenção de sua patente. No Brasil, o processo é muito demorado. Atualmente o INPI tem um atraso de 9 anos

no exame do pedido. “Este fato desestimula a proteção dos direitos. A Lei de Propriedade Industrial assegura uma exploração exclusiva mínima de 10 anos para as patentes de invenção e 7 anos para os modelos de utilidade. O custo do pedido para instituições sem fins lucrativos é de R$95,00 e R$235,00 para os demais. Os demais custos do processo administrativo dependem de seu andamento”, explica a professora.

Como registrar Patentes

O pedido para registrar patente deve ser encaminhado, acompanhado de toda a documentação necessária, ao INPI para devido registro. Será necessário pagar algumas taxas para o processamento de seu pedido. Mas cuidado! Simplesmente dar entrada no pedido de registro de marca ou patente não é garantia alguma que o mesmo será aceito. É necessário acompanhar o processo junto ao INPI, observar novos pedidos, encaminhar oposições a pedidos similares aos seus. Se você não seguir todos os passos corretamente, seu pedido para registrar marca ou patente pode ser cancelado e outros poderão utilizar sua criação. Ao depositar um pedido de patente no INPI, o interessado receberá um número de protocolo. O depósito do pedido de patente será analisado em aproximadamente 60 dias. Todas as informações sobre o projeto são www.paramais.com.br

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mantidas em sigilo durante 18 meses contados da data de depósito ou da prioridade, para pedidos do exterior. Depois desse período, a patente é publicada e inicia o processo de análise e exames dentro do INPI. Pela nossa legislação (a Lei da Propriedade Industrial brasileira é a 9.279/96), a proteção da patente se dá a partir da data do depósito no INPI. A partir daquele momento a inovação já tem proteção garantida pela lei. Se alguém copiou e o titular não tem a carta patente, deve ser enviada uma notificação extrajudicial a quem está copiando. Deve-se comunicar a ele quem é detentor do pedido da patente daquela tecnologia e que se continuar copiando, se responsabilizará pelas conseqüências. Coloca-se também um prazo para o infrator interromper ou se responsabilizar. O titular da patente só pode tomar uma medida judicial quando sair a carta patente. No Brasil, a expedição de uma carta está demorando em torno de cinco a sete anos. É o tempo que o INPI leva para concluir o processo de exame. Nos países desenvolvidos isso leva em torno de três anos.

ciamento a empresas. Segundo o Ranking Universitário da Folha que utiliza os dados do INPI para medir o ranking das Universidades que requerem a proteção de patentes, divulgado, em outubro de 2012, a UFPA ficou em 19º lugar no ranking nacional que inclui 191 instituições brasileiras. De acordo com os registros no INPI, os pedidos de patentes aumentaram a partir de 2009, culminando com um crescimento de 14% entre 2010 e 2011. “No Pará existem pouquíssimos pedidos de obtenção de patentes. A UFPA é a instituição que até o momento requereu o maior numero de pedidos”, destaca a professora Maria Brasil. “No entanto, a partir da promulgação da Lei de Inovação, no ano de 2004, as instituições Segundo a professora Maria Brasil, os pedidos de obtenção de patente está aumentando e as pessoas se conscientizando da importância da proteção aos direitos de propriedade intelectual

Ranking aponta universidades como maiores patenteadoras

Se é papel das universidades desenvolver produtos para o mercado, não há consenso. Mas, hoje, 5 dos 10 maiores patenteadores do país são instituições de ensino. Por isso, um dos indicadores do RUF são os pedidos de patentes ao Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) na última década. As universidades do topo da lista no quesito inovação do RUF são aquelas que criaram recentemente escritórios, dentro do campus, voltados para o assunto. Esses escritórios, inspirados em modelos que existem há décadas nas grandes universidades dos EUA, têm profissionais especializados em escrever pedidos de patentes e em introduzi-las no mercado por meio de licen-

de ciência e tecnologia situadas no Estado iniciaram o processo de criação dos seus Núcleos de Inovação Tecnológica - NIT, o que nos aponta um aumento dessa demanda no futuro” avalia ela. A proteção dos direitos de propriedade intelectual na UFPA teve início em 1999 quando foi criado no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPESP o Setor de Propriedade Intelectual. Em 2009 foi criada a Agência de Inovação Tecnológica, composta por três coordenadorias: a

A patente é um documento de propriedade, concedido pelo Estado, por meio INPI

Incubadora de Empresas e Parcerias com Parques Tecnológicos, a Consultoria de Serviços Tecnológicos e a de Propriedade Intelectual, que absorveu o antigo Setor de Propriedade Intelectual. O trabalho é difundir a necessidade de proteção pelos direitos de propriedade intelectual dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos pesquisadores e comunidade em geral oferecendo cursos, palestras e demais formas de divulgação. “A procura está aumentando e as pessoas se conscientizando da importância da proteção aos direitos de propriedade intelectual, em especial, as patentes. Um fator que estimula a proteção é o incentivo por parte das instituições, como premiações, valorização do CurriculumVitaee disponibilidade de recursos para a pesquisa e inovação” diz Maria Brasil. Segundo a professora, “os primeiros pedidos de obtenção de patente foram protocolizados junto ao INPI em 2001. Todos em nome da UFPA e/ou em regime de cotitularidade com instituições parceiras. Atualmente temos 71 pedidos de obtenção de patente no Brasil e 13 no exterior, além de 63 pedidos de registro de marcas da Instituição”, calculaMaria Brasil. “Mas a procura está aumentando e as pessoas se conscientizando da importância da proteção aos direitos de propriedade intelectual, em especial, as patentes. Um fator que estimula a proteção é o incentivo por parte das instituições, como premiações, valorização do CurriculumVitaee disponibilidade de recursos para a pesquisa e inovação”, conclui.

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Açaí é carro-chefe entre as superfrutas regionais e grife do Pará Colheita de açaí

Texto Danielle Ferreira* Fotos Alessandra Serrão, Elcimar Neves, Flavya Mutran, Lucivaldo Sena/ Arquivo Ag. Pará

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açaí é um alimento indispensável na alimentação do paraense e um dos principais frutos exportados para outros Estados. O apelo é tanto que a Secretarria ia de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) pretende transformar a iguaria na grife do Pará. Ela é o carro-chefe das chamadas “superfrutas paraenses”, denominação atribuída às frutas que reúnem cor, sabor e componentes diferenciadamente nutritivos.

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Na Feira do Açai, no complexo Ver-o Peso

O grande desafio é garantir a verticalização do açaí no Pará, atraindo investimentos na área, com foco na geração de emprego e renda

Ao lado do “petróleo negro”, como é conhecido o suco do açaí, outras frutas também estão na mesma classi�icação, entre elas cupuaçu, bacuri, cacau, acerola, mangustão e outras espécies típicas da região amazônica. Segundo a diretora de Mercado e Atração de Investimentos da Seicom, Fátima Gonçalves, a ideia é fazer do açaí o símbolo do Pará, o primeiro da lista A diretora de Mercado e Atração de das superfrutas paraenses. investimentos da Seicom, Fátima “Assim como o champanhe Gonçalves: ideia é fazer do açaí o símbolo do Pará e a primeira é um dos símbolos da França e superfruta paraense o vinho é referência no Chile, o açaí será a grife do Pará. É um alimento com alto consumo interno, elevado valor nutritivo e com ampla aceitação em outras regiões do Brasil e até no exterior”, explica. Com a produção e o consumo do açaí consolidados, o grande desa�io, segundo Fátima Gonçalves, é fazer a verticalização da produção, atraindo investimentos na área, com foco na geração de emprego e renda. Para isso, é preciso manter o alimento processado no Estado e atrair investimentos em outras instâncias, além da coleta e o processamento.

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“O açaí sai do Pará na forma de suco. A proposta é atrair investidores que possam trabalhar essa matéria-prima dentro do Estado, usando fontes bené�icas em outras áreas além da alimentação. Um exemplo é a indústria de cosméticos”, observa. Para atrair investimentos na área de fruticultura, em especial nas superfrutas, o governo do Estado lança mão de parcerias e capacitações. Estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi apresentado por técnicos da Seicom à representantes do Conselho Nacional de Agricultura e Ministério da Agricultura com o objetivo de informar as vantagens que o Estado oferece aos investidores.

Processamento do açaí

cacau, acerola, Cupuaçu, bacuri,tras espécies mangustão e ou amazônica típicas da região perfrutas estão entre as sundo a Seicom paraenses, segu

De origem genuinamente brasileira, é o nosso petróleo negro 28

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Açaí da beleza A fruta, cuja origem é genuinamente brasileira pode ser reconhecida por lei, se firma no mercado como poderoso antioxidante

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nquanto dermatologistas e nutricionistas absorvem as mais recentes pesquisas que ressaltam o poder do açaí para a saúde e a beleza, um projeto de lei, já aprovado pelo Senado Federal, entra na fase final de tramitação em Brasília para dar a ele o título de fruta nacional. Que o açaí é coisa nossa, não há dúvidas: a roxinha que cresce numa palmeira é típica do Norte, um alimento tradicional na Amazônia O objetivo da proposta é evitar que empresas estrangeiras registrem o açaí como uma “patente” delas. Já aconteceu. Em 2003, uma empresa japonesa patenteou o açaí, e o governo brasileiro só conseguiu cancelar o registro quatro anos depois. Autoridades brasileiras do Itamaraty já entraram na Justiça contra a exploração da fruta por empresas americanas, alemães e inglesas. Não faltam motivos para afastar o olho grande do açaí. Em estudos publicados em revistas científicas internacionais, ele saiu consagrado como um poderoso antioxidante, capaz de ajudar a mexer nas taxas de colesterol, além de ser fonte de proteínas, vitamina E, ferro, cálcio, fósforo e potássio.

O segredo da fruta se chama antocianina, pigmento antioxidante que dá a cor vermelha arroxeada aos alimentos. Apesar de estar presente em cerejas, morango, ameixa, uva vermelha etc., no açaí a quantidade é bem maior. Um litro de açaí tem 33 vezes mais antocianina do que a mesma quantidade de vinho tinto, como compara a nutricionista Gabriela Maia. “Uma dessas pesquisas, da publicação americana “Journal of Agricultural and Food Chemistry”, mostra que o organismo consegue aproveitar melhor as moléculas antioxidantes do açaí”, explica Gabriela. Além disso, ele é formado por mais de 50% de gordura monoinsaturada, a “gordura do bem” para o coração e a manutenção dos níveis de colesterol. O açaí pode dar uma força na dieta, já que é rico em fibras e ajuda no funcionamento do intestino. Mas nada de sair empolgado e devorar uma dessas tigelas servidas em lojas de sucos pela cidade. A fruta, é calórica (cem gramas têm 247 calorias), e com quase mil calorias, quando é misturada a xarope de guaraná, banana, granola e mel, como se costuma fazer nesses estabelecimentos.

O açai tem quase mil calorias, quando é misturada a xarope de guaraná, banana, granola e mel

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O Açai no mundo

MonaVie, bebida energética de Açai, custa cerca de US $ 31 a garrafa

Cedilha, licor de Açaí

Açaí Berry Wheat Ale, a primeira cerveja de açai do mundo, em Fortuna – Califórnia, custa só US $ 10 por garrafa

O Pará também está entre os três Estados brasileiros (ao lado da Bahia e de Pernambuco) que têm apoio técnico oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), com a pro�issionalização da atração de investimentos. “Somos os maiores produtores de açaí, temos um parque tecnológico, uma secretaria de Estado especi�ica na área, temos mestres e doutores – tudo isso faz do Pará um Estado potencialmente propício a investimentos de ponta. Hoje temos conhecimento para atrair, atender e �ixar o investidor, gerando renda e emprego”, conclui. (*) Secom

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Nova era no SINAD

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Sindicato dos Administradores do Estado do Pará esta com nova diretoria e o Presidente Hinton Bentes tem como principais objetivos equacionar as desigualdades regionais tanto salariais como de conhecimento dos administradores dentro do Estado do Pará. O exercício da profissão de administrador é regulamentada pela Lei Federal n.º 4769, de 09 de setembro de 1965. O Sindicato de Administração do Estado do Pará têm, entre outras finalidades, a de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão. “O administrador é o profissional responsável pelo planejamento das estratégias e pelo gerenciamento do dia a dia de diversas empresas paraenses. Ele ajuda a definir, a analisar e a cumprir as metas da organização e este profissional fica cada vez mais requisitado no Estado do Pará.” Afirma Hinton Bentes. Durante o evento houve a palestra do Adm. Rafael Moura que falou sobre “Mercado Financeiro Internacional e as Oportunidades de Negócios no Brasil”, o Diretor da Associação Comercial do Pará, Adm. Miguel Sampaio durante seu discurso de boas vindas comentou sobre a necessidade que existe entre a profissão do administrador e as ações empreendedoras do mercado que muitas vezes ao longo do curso existe certa distancia e dai se cria a necessidade de se diminuir isso. O Conselho Regional de Administração do Pará também esteve presente com o Adm. Mizael Lima que comentou sobre a importância de se estreitar os laços entre o sindicato dos administradores e o conselho de administração para que ambos possam trabalhar em beneficio dos administradores do Estado do Pará. O Dr. Samir Tadeu Moraes Dahás Jorge, Presidente da Associação do Ministério Publico do Estado do Pará esteve presente e falou sobre a importância das ações sindicais no Brasil e no Estado do Pará. Durante o evento o vice-presidente Leo Magno comentou sobre a importância campanha contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 que segundo ele ganhou

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Hinton Bentes discursa já como presidente do Sinad, na Associação Comercial do Pará

muita força nos últimos dias anteriores à votação da proposta na Câmara dos Deputados. Hinton Bentes apresentou em seu discurso de posse a necessidade de equacionar as desigualdades regionais dentro do Estado do Pará, promover a capacitação com inovação, tecnologia de forma sustentável a integração entre os estudiosos da gestão dentro da Amazônia Legal e com isso implementar a gestão eficiente, eficaz e efetiva voltada para resultados. O Vice-presidente do Conselho de Jovens Empresários do Estado do Pará, Fernando Severino falou da importância de termos um sindicato dos administradores forte, pois as ações de empreendedorismo os pro-

fissionais de administração podem dinamizar ainda mais a economia do Estado. O Vereador Ary Sérgio de Almeida Santos, Presidente da Câmara Municipal de Barcarena, falou sobre a necessidade de promover a consciência de classe, a prática democrática, a valorização social, política dos trabalhadores da gestão no Estado do Pará. A posse ocorreu na Associação Comercial do Pará o dia 14 de junho “Promover a capacitação com inovação, tecnologia de forma sustentável é uma de nossas metas e a integração entre os estudiosos da gestão dentro e fora da Amazônia Legal é uma das principais ações que desejamos implementar” completa o Presidente Hinton Bentes. Pará+

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O consumo que nos faz feliz:

uma reflexão sobre Ética e complexidade

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Texto Vivian Blaso*

Felicidade”, que traz a promessa do consumo da felicidade por meio do consumo do refrigerante. Nestes dois casos – poderiam ser outras marcas e outros produtos quaisquer, mas escolhi estas por estarem no auge das visibilidade de suas campanhas publicitárias – não estamos falando exatamente de alimentos ligados à saúde e à boa alimentação, como indicaram os consumidores brasileiros na pesquisa Akatu, que trariam felicidade Pelo contrário, a leitura das campanhas publicitárias nos mostra que o que interessa é consumir tais produtos para sermos felizes. E aqui é que está o grande paradoxo da sociedade contemporânea que deseja a saúde o bem estar, mas que é incentivada a comprar produtos que não são benéficos a saúde e qualidade de vida, principalmente na atual epidemia de obesidade pela qual o mundo passa.

egundo recente pesquisa divulgada pelo AKATU 2012 a maioria dos entrevistados afirma que a felicidade estaria atrelada à saúde e à boa alimentação. Mas, parece que algumas marcas ainda não perceberam isso, pois vemos que, para eles, a felicidade não tem nada a ver com a saúde e nem com a boa alimentação. A Kibon, por exemplo, por meio do Facebook, apresenta a sua “Receita para felicidade” ou pede para os internautas compartilhar a Felicidade, acredita os consumidores mais felizes são queles que compartilham mais porque consomem mais de seus produtos. Ao seu lado, numa releitura do valor calórico dos refrigerantes, a felicidade da Coca Cola está embutida numa lata ou garrafa, como mostra a campanha “Abra a

Adesão a comportamentos indicadores de consumo consciente

Gráfico 1: Adesão a comportamentos indicadores de consumo (2006, 2010 e 2012) consciente (2006, 2010 e 2012)

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Espero os alimentos esfriarem antes de guardar na geladeira

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Costumo planejar as compra de roupas Costumo pedir nota fiscal (cupom fiscal) quando vou às compras, mesmo que o fornecedor não a ofereça espontaneamente

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Costumo ler atentamente os rótulos antes de decidir uma compra

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Questão: Eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse se faz isto sempre, às vezes, raramente ou nunca.

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Compra Sustentável

Comprei produtos feitos com material reciclado nos últimos 6 meses

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Reciclagem

Comprei produtos orgânicos nos últimos 6 meses

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Quando possível, utilizo também o verso das folhas de papel.

Procuro passar ao maior número possível de pessoas as informações que aprendo sobre empresas e produtos.

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Planejamento

Costumo planejar as compras de alimentos

Em minha casa, separo o lixo para reciclagem

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Desligo aparelhos eletrônicos quando não estou usando

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Economia

Evito deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados

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2006

2010

ade Social Responsabilid Percepção dapelo Consumidor Brasileiro rial e Perspectivas Assimilação nte no Brasil Empresa Conscie do Consumo

Na recente pesquisa divulgada pelo AKATU 2012 a maioria dos entrevistados afirma que a felicidade estaria atrelada à saúde e à boa alimentação

As origens do consumismo

Percentual de resposta “sempre” ou “sim” Costumo fechar a torneira enquanto escovo os dentes

ATU 2012: PESQUISA AK BEM-ESTAR CIEDADE DO SO À O M RU

2012

Foi a partir da década de 90 que o consumismo passou a ser o alvo dos documentos elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das raízes da crise ambiental em que vivemos. Zigumum Bauman define o “consumismo” como um tipo de arranjo social resultante da reciclagem de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros, que impulsiona e coordena a estratificação social, definindo grupos e políticas de vida individuais, e assim, o consumismo é a principal força propulsora e operativa da sociedade, um atributo. Dessa maneira, o autor já apontava a sociedade consumidora como a aquela que desvaloriza a durabilidade, igualando “velho” a “defasado”, impróprio para continuar sendo utilizado e destinado à lata de lixo. Ao discutir o bem estar, a pesquisa do AKATU, aponta uma questão em jogo na sociedade de consumidores seria: como desacoplar a relação de consumo a felicidade uma vez que a felicidade vem sendo trazida www.paramais.com.br

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Gráfico 4: Adesão total ou parcial a comportamentos indicadores de consumo consciente (2010 e 2012) Percentual de respostas “sempre” e/ou “às vezes”

Adesão total ou parcial a comportamentos indicadores de consumo consciente (2010 e 2012)

Desligo lâmpadas Fecho torneiras Esfrio alimentos Desligo eletrônicos Planejo compra de alimentos Planejo compra de roupas Peço nota fiscal Uso verso de papel Leio rótulos Compartilho informações Separo lixo

Questão: Eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse se faz isto sempre, às vezes, raramente ou nunca.

Os comportamentos referentes a compra de produtos orgânicos ou feitos com material reciclado não foram incluídos neste gráfico, pois têm outras opções de resposta (“sim” ou “não”).

Classe C Para complicar ainda mais o debate, um outro ponto relevante a ser colocado em discussão a partir da pesquisa do AKATU3 seria a preferência da Classe C ao optar pelo caminho do consumo – de todos os tipos de pordutos e serviços – em detrimento ao caminho sustentável, pois há uma crescente massificação do consumo no Brasil. Isso traz consequências imediatas ao comprometimento das melhorias das condições de vida das pessoas nas cidades uma vez que o resultado direto do consumo é o aumento na produção de resíduos; na intensidade do consumo energético e, consequentemente, uma significativa majoração nas emissões dos gases causadores do efeito estufa. Isso tudo, sem contar nos impactos diretos à saúde das pessoas ao consumirem mais alimentos processados como, no caso, sorvetes ou refrigerantes, em excesso. O filósofo francês Serge Latouche, aponta que será preciso combater o “desenvolvi-

como tema do discurso publicitário? É este o discurso que vem sendo alvo dos documentos da ONU sob o chapéu “Rumo a Sociedade de Bem Estar”. A aposta estaria sendo colocada na sustentabilidade como promessa da melhoria da qualidade de vida das pessoas no planeta. Mas quando se introduz a sustentabilidade, surge uma contradição entre o que é necessário e o que se coloca em prática, tanto do ponto de vista das empresas como do ponto de vista do consumo. No fundo sabemos que tais produtos, como o refrigerante ou sorvete, além de não resolverem a questão da felicidade, são altamente processados e, no geral, não são considerados benéficos à saúde. A própria natureza dos produtos já estaria em completo descompasso com a proposta de felicidade se os consumíssemos na frequência e velocidade que necessitaríamos para mantermo-nos felizes.

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mento sustentável”, ele acredita no “futuro sustentável da vida” e para isso será necessário reavaliar, reconceituar, reestruturar, realocar, redistribuir, reduzir, reutilizar e reciclar. Para ele, a via mestra para tal feito seria a felicidade e consequentemente o decrescimento, porque, se somos felizes, seremos menos suscetíveis à propaganda e à compulsividade do desejo. Essas opções implicam uma mudança de atitudes com relação à natureza, buscando a condição necessária para evitar um destino de obsolescência programada da humanidade. Portanto, devemos nos perguntar: Se estamos condicionados em uma sociedade de consumo, como reinventar processos, inovar arriscando os métodos tradicionais de produção, para nos aventurarmos em novos métodos que sugerem produções mais limpas? É aí que surge a inovação: será que para ser feliz precisamos cultuar a cultura do “ter”, justamente a cultura que nos coloca no centro de tudo? No fundo, estas indagações trazem refle-

Perfil socioeconômico - comparativo entre mais e menos conscientes

xões sobre os valores, a ética, a responsabilidade social, ambiental e comportamental. É um resgate da moral. Entretanto, será necessário se permitir sair da fôrma, para inovar e criar novos mecanismos de sobrevivência, sem necessariamente precisar do “ter” para ser feliz. E, ao falar em Ética, exige-se uma reflexão, ou religação, como diz Edgar Morin, entre o indivíduo, a espécie e a sociedade. E, A Coca Cola mostra a campanha “Abra a Felicidade”

para que essa religação ocorra, é necessário o autoconhecimento. A dominação dos objetos materiais, o controle das energias e a manipulação dos seres vivos foram importantes para o avanço da humanidade, mas se tornou míope para captar as realidades humanas, convertendo-se numa ameaça para o futuro humano. Por isso, se faz necessário “Hominescer”, como aponta Michel Serres6, que aposta na inventividade do homem para poder construir uma nova humanidade capaz de religar cultura, ciência e filosofia. Na perspectiva da complexidade apontada por Serres e Morin, podemos considerar a dificuldade de encontrar mecanismos capazes de unir o que está separado, separar o que está junto, uma vez que esse processo também vem ocorrendo nas escaladas de produção e consumo, que são tratados de maneira separadas, e, para religá-las, será necessário reconectar o individuo, a espécie e a sociedade, não separando a ciência da técnica, e nem a natureza da cultura. Será necessário, sobretudo reestabelecer a Ética. E isto se faz por meio de diálogo entre todos sem fazer caças as bruxas já que o processo e mudança requer a complexidade em si. (*) Profa. Vivian A. Blaso S. S. Cesar, Doutoranda e Mestre em Ciências Sociais, Especialista em Marketing e Sustentabilidade, Presidente da Organização do #Ciis2013

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Para atenuar os males da vida ou aplacar sofrimentos, vale muito o uso de ervas medicinais

Texto Garibaldi Nicola Parente

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saúde das mulheres ribeirinhas ainda depende, em grande monta, de práticas populares de cura. Vinculado à tradição cultural, o tratamento das doenças é um desafio informal, naturalmente presente no cotidiano social. Para atenuar os males da vida ou aplacar sofrimentos, vale muito o uso de ervas medicinais. As mulheres conhecem uma infinidade de recursos, soluções e preparos dos salvatórios caseiros. Afinal, a boa disposição con-

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O pucuru temperado

siste em manter-se saudável, em equilíbrio dinâmico com o meio ambiente. Sobreviver é resistir a todo e qualquer intempérie. É acompanhar o ritmo da maré em fluxo e refluxo de influências telúricas. A mulher vibrátil está sempre a rejuvenescer, nas águas vivas ou nas águas mortas, não faltam fluídos cósmicos para o enlevado desfrutar gozo da vida. As doenças são alterações biológicas ou espirituais do estado de saúde. Por exemplo, as doenças do mundo provocam uma espécie de letargia do ânimo e do humor das pessoas. Dizemos que existem doenças

naturais, cujos agentes são da natureza e doenças não-naturais causadas por agentes humanos e não-humanos. Essas doenças provocam padecimentos, amarguras e angústias. Dentre as doenças não-naturais importa citar o olho-gordo, o mau-olhado, os maus-espíritos… e os encantados. O mundo ribeirinho é encantado por excelência. A mata e a ribeira desfrutam de encantos naturais e sobrenaturais. Elementos mágicos e simbólicos povoam o mundo racional e o pensamento das gentes - a lógica do mundo e a lógica da magia completamse para explicar nos enigmas os milagres

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das coisas improváveis. O caso não existe, é no interior dos fenômenos impossíveis que se realizam as trocas simbólicas. O efeito do imponderável é determinante, o milagre parece promover na realidade o justo equilíbrio das forças opostas no âmago dos eventos incomuns. O natural e o sobrenatural se entrelaçam nos diversos significados que ambos expressam nas relações existenciais, na interpretação das experiências e na salvaguarda das tradições. Nos sentidos dessa teia, a cura de doenças segue caminhos ritualísticos com os objetivos de vencer as limitações, de adquirir poderes e recursos que ajudem no controle de qualquer tipo de sofrimento: o saber místico, pela intercessão dos santos; magia, pelo trabalho do curador ou do experiente, ou do benzedor; a farmacopéia popular, pelos saberes acerca da eficácia específica das ervas, das puçangas… Os encantados são seres invisíveis que habitam o “fundo” do rio, nos lugares do “encante”. As mulheres são susceptíveis de serem encantadas quando mundiadas, atraídas pelos encantados por alguma razão de agrado. Os encantados mais importantes habitam os rios, lagos e igarapés e são chamados de “bichos do fundo”. Manifestam-se nas formas de cobras, peixes, botos… Essas entidades são essencialmente ambíguas, o que lhes confere também a manifestação como seres humanos e a incorporação, do espírito e matéria, nas pessoas comuns. No período menstrual as mulheres são mais vulneráveis à malineza de outros bichos das encantarias: o uruá, o ambuá, o aruanã, a anhangá… Acontece que o mundo vegetal é vasto e de muitos significados. Nele, interativamente, a mulher se entrelaça a modo de um convívio perfeito com a natureza, de cuja intimidade dela, usufrui da flora, da fauna e dos minerais da terra. O mundo, então, parece paralisado e inserido em mistérios os espíritos vem dos rios e da floresta, e se imiscuem

Não há paladar que resista, tudo fica muito gotoso.

A casa está protegida pelo tambatajá guardião

Infinidade de recursos, soluções e preparos dos salvatórios caseiros

na vida cotidiana contribuindo dessa forma na constituição de valores, crenças e saberes de grande importância no ajuntamento à diversidade biológica das ribeiras. A natureza constitui ordem e razão, verdades existenciais que se encarnam no entendimento da vida e no discernimento das relações de usufruto. O conhecimento da flora medicinal suporta a cura das mais variadas doenças, e no processo terapêutico participam práticas mágicas, religiosas e profanas para maior eficácia. Nessa concepção a crença de que a cura será alcançada é benéfica e útil para o consenso de que a verdade e o bem devem prevalecer acima de todos os males. A farmacopéia popular compõe-se de raízes, miolos, folhas, sementes, frutos, leites, óleos, resinas, flores, cipós; uma parafernália cujo dote precisa de muito saber: Capim santo, Andiroba, Preciosa, Malva, Priprioca, Copaíba, Sacaca, Salva, Cabacinha, Jurubeba, Vassourinha, Caapeba, Curare, Cumaru, Quebra-pedra, Sucuriju, Boldo, Jucá, Bergamota, Jatobá, Manjerona, Chama, Barbatimão, Japana, Coramina de planta, Arruda, Cana fístula, Abuta, Catinga de mulata, Amapá, Canela, Patauá, Oriza, Amor-crescido, Sabugueiro, Pariri, Mastruz, Vindecáá. O mundo se abre à lição do semear; e vozes n’alma rebrotam para anunciar que os poderes ocultos do mal estão mantidos à distância por força do poder fecundo das infusões, dos banhos, dos asseios, das defumações, das proteções… Ademais os cuidados curativos e preventivos, a boa disposição anuncia porções estimulantes da atração sexual, despertar o fascínio dos homens é essencial, indispensável ao equilíbrio do corpo e do espírito. Em tal alteza, as mulheres vão trabalhar na roça, coletar materiais para a confecção do artesanato, despescar matapis… Estão

A farmacopéia popular, pelos saberes acerca da eficácia específica das ervas, das puçangas… 36

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livres de serem bolinadas pelos caruanas malinos, pela panemeira, pela flechada de bicho, corrente do fundo… Estão livres das “vozes venenosas”, dos “olhares violentos”, ou de serem vítimas de influências dos espíritos trevoso. A casa está protegida pelo tambatajá guardião. Nos afazeres domésticos reinam a paz e a concórdia. E no preparo dos manducados, o peixe da maré é lavado no suco de toranja e cozinhado em caldo baixo com limão caiana em fogo de brasa mansa, temperado com condimento da terra: chicória, alfavaca, cipó-de-alho… Não há paladar que resista, tudo fica muito gotoso. Ter amor à pele é ter amor ao destino. O corpo está sadio, a carne está sadia, o ventre está livre. A afetividade e o desejo interagem nas atrações – as mulheres para ficarem mais gostosas, apertadinhas não se descuidam. Trazem sempre o pucuru delas com preparo de asseio; é só colocar água de verônica com fragmentos de pedra-ume e assear. O pucuru está sempre temperado. A outra comida deve estar sempre no jeito, nem fale!

Trazem sempre o pucuru delas com preparo de asseio; é só colocar água de verônica com fragmentos de pedra-ume e assear. O pucuru está sempre temperado

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Dia dos Namorados: condição financeira é requisito para iniciar relacionamento sério É o que revela uma pesquisa do ParPerfeito, maior site de relacionamento do Brasil. Para 74% das mulheres entrevistadas, o homem precisa ser bem-sucedido para namorar com elas

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om o objetivo de conhecer cada vez mais seus usuários, o ParPerfeito (www.parperfeito.com.br), maior site de relacionamento do Brasil, realizou uma pesquisa com 1.100 pessoas para saber até onde a condição financeira influencia na hora de tornar a paquera em um relacionamento sério. Ao questionar homens e mulheres se o fato de ser bem-sucedido era um pré-requisito para iniciar um namoro, a enquete revelou que para elas essa é uma questão mais importante do que para eles. Enquanto para 74% das mulheres o homem precisa ter uma boa condição financeira, este só é um pré-requisito para 51% deles. No entanto, ambos os sexos concordam em uma questão: a maioria dos homens e das mulheres, 78% e 61%, respectivamente, diwww.paramais.com.br

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O homem ser bem-sucedido é um pré-requisito para iniciar um relacionamento sério com você? Sim Não

74% 26%

Em sua opinião, quanto deve ser o salário de um homem para que ele seja bem-sucedido? De R$ 7 a R$ 14 mil reais De R$ 15 a R$ 20 mil reais De R$ 21 a R$ 25 mil reais Acima de R$ 25 mil reais

61% 22% 6% 11%

O que um homem bem-sucedido representa para você? zem que para ser bem-sucedido o parceiro precisa ter um salário entre R$ 7 e R$ 14 mil reais. Ao serem questionados sobre o que representa ter um relacionamento sério com alguém que tenha uma boa condição financeira, os homens se dividem quase que, praticamente, em três respostas: 37% diz que significa “segurança no relacionamento”, 32% escolheu a opção “estabilidade financeira” e 31% votou em “vida social agitada”. Já a mulherada se dividiu da seguinte forma: 41% delas acreditam que um homem bemsucedido representa “estabilidade financeira”, 40% diz que traz “segurança financeira” e 19% escolheu a opção “vida social agitada”. Confira ao lado os resultados completos da pesquisa realizada pelo ParPerfeito:

Estabilidade financeira Segurança no relacionamento Vida social agitada (passeios, viagens, jantares, eventos etc)

41% 40% 19%

A mulher ser bem-sucedida é um pré-requisito para iniciar um relacionamento sério com você? Sim Não

51% 49%

Em sua opinião, quanto deve ser o salário de uma mulher para que ela seja bem-sucedida? De 7 a 14 mil reais De 15 a 20 mil reais De 21 a 25 mil reais Acima de 25 mil reais

78% 12% 3% 7%

O que uma mulher bem-sucedida representa para você? Segurança no relacionamento Estabilidade financeira Vida social agitada (passeios, viagens, jantares, eventos etc)

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O valor da identidade cultural na gastronomia paraense

Filhote com jambu

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Texto Solange Campos* Fotos Ana Paula Correa, Rita Abitbol, Hellen Lobato, Jean Barbosa/Paratur

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egustar a autêntica culinária do Pará é também uma oportunidade para conectar-se à identidade cultural da região. Pratos típicos como o açaí, a maniçoba, o pato no tucupi e o filhote, que também são servidos em combinações inovadoras com ingredientes locais como o jambu, o arubé e a semente de cumaru, podem conduzir os paladares a uma saborosa imersão sensorial e imaginária. Atravessar de barco, em 15 minutos, a cidade urbana de Belém para sentar à mesa na Ilha do Combu, apreciar o Rio Guamá e a vida ribeirinha que corre neste ambiente enquanto aguarda um filhote guarnecido no tucupi com jambu e acompanhado de farofa molhada é uma das experiências culturais gastronômicas do Pará. Na pesquisa Gastronomia e Identidade Cultural Amazônica: Aspectos de um Potencial Produto Turístico da Cidade de Belém do Pará, realizada no período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, foram identificados 29 espaços gastronômicos que valorizam a identidade cultural na culinária em Belém, na Ilha do Combu e nos distritos de Icoaraci e Mosqueiro, que ficam na Região Metropolitana de Belém. Estes ambientes estão colocando o estado na rota do turismo gastronômico, conquistando paladares nacionais e internacionais. Cada um dos 29 espaços gastronômicos reconhecidos como regionais por publicações e públicos entusiastas da culinária local tem sua estratégia para valorizar seus respectivos cardápios. As experiências oscilam entre o tradicional e o criativo inovador. De barracas, passando por lanchonetes, restaurantes tradicionais e de alta gastronomia, a culinária paraense é democrática e aberta à criatividade daqueles que empreendem com ousadia. Na maioria dos ambientes (26) identificou-se a predominância dos peixes regio-

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nais nos cardápios em diversos preparos como na brasa, caldeirada, moqueca, frito, defumados, grelhados, empanados e complementados com outros aperitivos regionais como o caldo do tucupi, o pirão, a farinha de macaxeira, as folhas do guarumã e de bananeira, o arubé, o risoto de jambu e o molho de castanha-do-Pará. Pratos típicos como a maniçoba, o tacacá e o pato no tucupi aparecem em recheios de salgados como bolinhos com massa de macaxeira e em pastéis ou são incorporados à cultura gastronômica de outros países como o Japão (sushi de pato) e a Itália (lasanha paraense). Nas lanchonetes, destaque para recheios regionais em iguarias globais como sanduíches e esfihas. Os primeiros ganham carnes temperadas com ervas da região, como o jambu e o tradicional molho arubé. As segundas ganham recheios de pato no tucupi ou pirarucu com jambu. As sobremesas regionais também são servidas em misturas inovadoras como o pastel com recheio de doce de cupuaçu, o mousse de chocolate com esponja de cupuaçu, a torta quente de biscoito de castanhado-pará com doce de cupuaçu e coberta com sorvete de tapioca e o chocolate da Ilha do Combu com purê de taperebá.

Histórico

A história da gastronomia mundial associada à identidade cultural foi o ponto de partida deste estudo. Por meio da trajetória histórica, identificou-se que os pratos típicos envolvem mais os apreciadores de uma boa mesa porque remetem a uma experiência mais genuína e, em alguns casos, também exótica, podendo aproximar sensorialmente o turista gastronômico do território visitado. “A degustação de uma iguaria típica pode constituir uma forma de consumo simbólico, de aproximação com a realidade visitada, tornando esta realidade também passível de uma ‘degustação’”, menciona a pesquisadora Maria Henriqueta Sperandio Garcia Gimenses na publicação “Patrimônio

Pirarucu com purê e molho de tomate

gastronômico, patrimônio turístico: uma reflexão introdutória sobre a valorização das comidas tradicionais pelo IPHAN e a atividade turística no Brasil (Caxias do Sul – RS, 2006)”, consultada para a pesquisa. O turismo culinário recebeu esta denominação apenas no final dos anos 90, apesar de já ser praticado anteriormente. Considerada como uma estratégia de motivação turística, a gastronomia é um elemento cultural que apoia a divulgação da tradição de uma localidade. Paralelamente aos roteiros específicos de turismo gastronômico, o estímulo a conhecer a culinária também está presente nos demais roteiros turísticos, pois, geralmente, visitantes tendem a experimentar os sabores das regiões visitadas. No ano de 2011, o Ministério do Turismo do Brasil apresentou uma pesquisa realizada em 2010 pela Fundação Instituto Pesquisas Econômicas (FIPE) sobre a demanda turística internacional envolvendo 39 mil turistas estrangeiros. Nesse estudo, os turistas avaliaram diversas vertentes do destino como os serviços turísticos ofertados, em que foi revelado um alto grau de positividade em relação à experiência com a gastronomia brasileira, registrando 95% de aceitação. Para atender esta demanda, são feitos investimentos em novas infraestruturas. Empreendedores do setor constroem hoCasquinha de Caranguejo

Maniçoba

téis e restaurantes com foco em tradições culinárias locais com destaque aos pratos típicos e ao fazer gastronômico. A proposta é que o turista experimente a hospitalidade da vida nas fazendas, nos vinhedos ou na comunidade local, onde o alimento é produzido, e que, ao degustar deliciosos pratos, ele também contemple músicas regionais num ambiente decorado tipicamente com os artesanatos da cidade visitada. Estados brasileiros como a Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Pará investem, em maior ou menor escala, em peças de publicidade que associam as iguarias gastronômicas locais a selos turísticos para seus respectivos territórios. A presença de elementos visuais que fazem referência a um dos alimentos mais populares do Pará, o açaí, como símbolo da cultura do estado em logomarca oficial da Companhia Paraense de Turismo (PARATUR) na promoção turística exemplifica a relevância da gastronomia para o turismo amazônico. Peças publicitárias específicas que ressaltam os ricos sabores paraenses também são distribuídas em estandes montados pela PARATUR em eventos no Brasil e exterior assim como o Guia de Bares e Restaurantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) Seção Pará, onde estão os principais espaços gastronômicos formais do estado.

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Caldeirada

Influências A gastronomia brasileira tem influências culinárias, principalmente dos povos africanos, indígenas e dos europeus. Os africanos contribuíram principalmente com o azeite de dendê; os índios com a mandioca; e os portugueses com o trigo. Estas referências somaram-se a experiências intercambiadas com outros países, que contribuíram para construir a diversidade da culinária do Brasil, que envolve preparos universais: crus, grelhados, cozidos, avinhados, apimentados, quentes, frios, refogados, empanados,

Segurança 2 horas

caramelados, tostados, flambados, entre outros. No artigo “Gastronomia internacional e hábitos alimentares amazônicos: expansão e transformação” (Belém, 2010), os pesquisadores Aldo Lisboa e Ligia Simonian defendem que a originalidade da cozinha feita no Pará está na interface entre os elementos legado cultural e o saber fazer das comunidades autóctones: “A simplicidade no preparo dos alimentos, a combinação de sabores e textura, ainda inéditos ao público nacional e internacional, deram-lhe esse título.” Segundo Lisboa e Simonian, a pe-

culiaridade das principais matérias-primas, geralmente colhidas de fontes naturais e o ritualístico preparo - inspirado em valores indígenas - misturam-se a novas experimentações técnicas, que têm influências externas intercambiadas com profissionais de outros estados e países. Deste intercâmbio surgem componentes novos, mudam-se texturas e misturam-se sabores, diversificando mais a gastronomia paraense: “Técnicas novas aliam-se às antigas para elaboração de pratos novos, os quais chegam rapidamente à outra região [...], ultrapassando barreiras territoriais e culturais.”

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Os resultados positivos da relação entre gastronomia e identidade cultural aparecem na ampla divulgação de veículos de comunicação do Brasil e do exterior, através das experiências dos chefs locais, repassadas por meio de intercâmbio em eventos, e dos relatos dos turistas e públicos internos conquistados pela culinária regional. Iniciativas locais de divulgação do setor em Belém como o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, o Concurso Veja Belém Comer & Beber e o Concurso Comida Di Buteco também fortalecem a imagem da gastronomia paraense mundo afora. A concorrida procura de públicos internos e turistas por espaços gastronômicos regionais gera o crescimento econômico do setor, que, por conta disso, estimula a criação de novos empreendimentos que buscam este nicho de mercado. Dos sete empreendedores entrevistados na pesquisa

Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense

Sirva-se a vontade...

Filhote, pratiqueira e pescada

Gastronomia e Identidade Cultural Amazônica: Aspectos de um Potencial Produto Turístico da Cidade de Belém do Pará, dois deles representavam negócios gastronômicos regionais criados há 1 ano. Ser regional é apenas uma base do tripé para manter-se no turismo gastronômico que valoriza a cultura local: o relacionamento responsável com os profissionais da cadeia produtiva e com a comunidade local e a hospitalidade são fundamentais para garantir a excelência no setor. Apesar de ainda ocorrer entre a minoria dos empreendedores entrevistados, identifica-se um intercâmbio de experiências entre chefs e fornecedores em relação ao melhor preparo dos insumos bem como o repasse de conhecimento dos chefs para estes fornecedores garantirem um melhor padrão de qualidade no plantio, na colheita e na pesca. A hospitalidade está na base da formação das comunidades, envolvendo compromissos que implicam, primeiramente, os grupos sociais dos destinos roteirizados e o seu bom relacionamento com os empreendedores do setor, que devem respeitar e inserir as características culturais locais no pacote turístico e apoiar o melhoramento da infra-

Alice’s

estrutura do destino, o que refletirá positivamente no atendimento dos anfitriões aos visitantes. As experiências de roteiro gastronômico em Belém ainda são pontuais e intuitivas. Devem ser vencidos desafios como garantir a sustentabilidade dos produtos naturais que abastecem este mercado e a capacitação técnica para os profissionais da cadeia produtiva. Paralelamente, deve-se caminhar para um roteiro planejado e integrado, que envolva os empreendedores do setor, as comunidades locais e as agências de turismo receptivo na montagem de pacotes segmentados, direcionados aos viajantes que buscam o prazer de experimentar a peculiar culinária paraense. (*) Jornalista que escreveu este artigo baseado na monografia Gastronomia e Identidade Cultural Amazônica: Aspectos de um Potencial Produto Turístico da Cidade de Belém do Pará, apresentada no dia 12 de março ao Programa de Formação Interdisciplinar de Meio Ambiente (PROFIMA) do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) para a obtenção do título de Especialista em Gestão Sustentável de Municípios

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O maior elogio que você poderia

receber de uma pessoa

Existem os malucos que vivem no mundo dos sonhos, existem aqueles que encaram a realidade - e existem aqueles que fazem os dois se encontrarem. Eu quero ser esse terceiro cara! Texto Ricardo Jordão Magalhães*

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odos os dias eu recebo presentes das pessoas que lêem as coisas que eu escrevo. Um dos melhores presentes que eu recebi nos últimos tempos veio do interior da Bahia. Uma carta escrita por uma mãe cujo o único filho está preso. “Ricardo, ano passado eu estava procurando na internet por alguma coisa para melhorar a minha vida e tive a incrível felicidade de descobrir você. Foi Deus! As coisas que você escreve trouxeram uma nova esperança para a minha vida. Você mudou tudo. Eu comecei a devorar tudo que você fala, os textos, os vídeos, as palestras, e comecei a falar de você para o meu filho; ele ficou empolgado e pediu para ler os seus textos, eu imprimi tudo que eu podia na Lan House

perto da minha casa e passei a levar para ele aos domingos. O meu querido e único filho cumpre pena de quinze anos de prisão por tráfico de drogas e assalto a mão armada. Ele começou a ler os seus textos e virou seu fã tanto quanto eu ou mais, e agora, depois de conhecer as suas idéias, ele abriu uma empresa na prisão. Ele e outros detentos conseguiram permissão para ter acesso a materiais recicláveis e estão fazendo artesanato durante a semana. Nos finais de semana eles passam os produtos para nós as mães que vendemos aqui fora e guardamos o dinheiro das vendas para eles usarem quando saírem da prisão. Daqui alguns anos, o meu filho e os seus amigos não precisarão mendigar para conseguir um bom emprego. Eles já tem uma empresa, uma arte, um produto, vários clientes, uma nova esperança para a vida

Incentive o maridão ou a esposa a fazer uma academia ao invés de culpa-lo por não chegar cedo em casa 44

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deles, e as coisas estão cada vez melhores. O meu filho é outra pessoa depois que te conheceu. Muito obrigada por tudo que você fez por mim. Você não faz idéia do impacto que você teve sobre a gente. Obrigada de coração!” O maior elogio que você poderia receber de uma pessoa é ouvir da boca dessa pessoa que ela quer ser um melhor Ser Humano porque te conheceu. O maior elogio que você poderia receber de uma pessoa não é sobre algo que você é, mas sobre aquilo que você faz as pessoas se sentirem sobre elas mesmas. O verdadeiro líder desenvolve líderes e não seguidores, baba-ovos, puxa-sacos ou pessoas que tem medo de se expressar. A empresa que tiver o maior número de líderes independente do nível hierárquico vence! A empresa que tiver o maior número de pessoas com um sentimento verdadeiro de empurrar as pessoas para descobrirem seus verdadeiros potenciais vence! Se tem uma única coisa que você poderia começar a fazer AGORA para melhorar o mundo ao seu redor é triplicar o número de vezes que você incentiva as pessoas a melhorar. Incentive o maridão ou a esposa a fazer uma academia ao invés de culpa-lo por não chegar cedo em casa. Incentive o seu filho a ir atrás dos seus sonhos ao invés de dizer a ele que ser músico ou fazer artes plásticas não dá dinheiro. Forneça feedbacks freqüentes e consistentes sobre o seu trabalho para o seu chefe, ao invés de culpá-lo por não entender o que você faz. Inaugure a biblioteca da sua empresa doando os livros que você tem na sua casa; empreste as revistas que você assina para os colegas do escritório, faça buscas na interwww.paramais.com.br

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net pensando nas pessoas que você conhece, e encaminhe pelo menos cinco artigos por dia para diferentes pessoas que possam se interessar. Porque não existe essa conversa sobre pessoas que não querem se desenvolver; o que existe são pessoas que ainda não foram tocadas pela história correta. Se você não desistir dessas pessoas e continuar a contar diferentes histórias, um dia a história correta vai fazer o cara sorrir, chorar, pensar, se engajar; e quando isso acontecer o cara nunca mais será o mesmo. Hoje nós vivemos em um mundo cheio de pessoas arrogantes que fazem questão de afirmar que não tem ídolos. Eu fico p da vida com isso. Quando eu era criança todas as paredes do meu quarto eram cobertas de fotos dos meus ídolos, na juventude o número de ídolos só aumentou, hoje eu tenho centenas de ídolos para todas as coisas que eu faço. Eu tenho mentor para tudo, na maioria das vezes eles nem sabem que são meus mentores, mas são. Eu não solto um e-mail marketing sequer sem olhar primeiro o que os melho-

Inaugure a biblioteca da sua empresa doando os livros que você tem na sua casa

res do mundo estão fazendo com e-mail marketing, eu não desenho um novo web site sem descobrir primeiro os melhores web sites do mundo; a grande verdade é que

Poxa, se você é marketeiro, quem são os melhores marketeiros do planeta que você - uma criança - se apoia para ver as coisas lá na frente?

todas as decisões que eu tomo na vida são baseadas na opinião de centenas de ídolos a qual me sinto conectado. Na grande maioria das vezes tudo que você fala NÃO é resultado dos seus próprios pensamentos mas daqueles que te cercam. Portanto, é super importante vigiar as suas opiniões porque quase sempre você defende idéias de outras pessoas e não as suas próprias. Mas como melhorar de vida se muitas vezes a grande maioria das pessoas tem o prazer em dizer que não tem ídolos ou não consideram ninguém dignos da sua idolatria? Existe uma expressão muito antiga da qual eu sou completamente apaixonado que diz “If I have seen further it is only by Standing in the Shoulders of Giants”, que significa “Se eu consegui enxergar longe é porque eu me vi sentado nos ombros de gigantes”, ou melhor, “Aquele que desenvolve as suas buscas intelectuais ao entender e construir as suas pesquisas e trabalhos baseado em FODÁSTICOS pensadores do passado vai longe”. Poxa, se você é marketeiro, quem são os melhores marketeiros do planeta que você - uma criança - se apoia para ver as coisas lá na frente? Se você é empresário, quem são os empresários incríveis e audaciosos que você tem como referência? Se você é do financeiro, quem são os financistas animais de onde você busca inspiração para tomar suas decisões? Eu fico p da vida com as pessoas que não buscam melhores referências antes de tomar uma melhor decisão. Aquele que toma uma decisão baseado nas premissas do ano passado nunca viverá um feliz ano novo. Então, a pergunta é, “Em QUAIS OMBROS de GIGANTES - você, uma criança, um zé mané, que ainda tem muito para aprender - está apoiado?!?!” Fala ai!!! QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim. E Você? (*) Nas Costas dos Gigantes ricardom@bizrevolution.com.br

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Quilombolas do rio Genipaúba articulam saberes em prol da sobrevivência Texto Maurila Freitas, Walter Chile, Camillo Vianna*

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erdada possivelmente de nossos ancestrais mais próximos, os indígenas do vale amazônico e dos negros trazidos a contragosto da África, a confecção de artefatos para ornar o corpo com a utilização de sementes, cascas, raízes, folhas, penas, fibras e outros, conhecidas comercialmente como biojóias, vem oportunizando que comunidades amazônicas, especialmente as do rio Genipaúba, em Abaetetuba – Pará encontrem alternativas de sobrevivência e desenvolvimento local. A utilização das biojóias são, em sua maioria demandada por sociedades urbanocêntricas, que as utilizam, como acessórios para ornamentar o corpo em decorrência da beleza das peças e do efeito sócio-estético que causam em quem as usa e contempla, uma vez que o exótico amplamente veiculado pelas mídias contemporâneas está em voga no mundo urbano.

Biojóias confeccionadas pelas Mulheres Quilombolas do rio Genipaúba, Abaetetuba – Pará

Sociedades historicamente marginalizadas, desqualificadas e inferiorizadas pelo pensamento colonizador como as socieda-

Grupo de produtores de biojóias do rio Genipaúba e a Profa. Maurila Freitas (de blusa amarela, em pé) instrutora do Curso de Produção de Biojóias 46

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des indígenas, negras, mestiças e brancas pobres se organizam e respondem ao dominante que “a coisa não é bem assim”. Um maravilhoso exemplo de rebatimento ao pensamento desqualificador, de superação, de busca de sobrevivência e manutenção da floresta amazônica vem da Associação de Mulheres Quilombolas do rio Genipaúba. Esse grupo de mulheres vive em verdadeira simbiose com a floresta, produzindo biojóias que abastecem o mercado local e nacional, utilizando em sua maioria insumos extraídos de seus quintais florestais sem comprometer o funcionamento do ecossistema local. Postura essa em relação à floresta, se reproduz no seio das populações interioranas locais há séculos, ao contrário do que propalam e praticam os novos xilófagos (cupins) amazônicos. Para a concretização da atividade as Mulheres Quilombolas do rio Genipaúba tiveram capacitação na área de beneficiamento, confecção e comercialização de biojóias, utilizando sementes, cascas e fibras naturais encontradas na própria localidade. Esta ação é possibilitada pela colaboração entre a www.paramais.com.br

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Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia – SOPREN, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, Prefeitura de Abaetetuba e Fundação Curro Velho, que além do conhecimento técnico oportuniza a reprodução e ampliação do saber sobre o ambiente local, o autoreconhecimento e a autovalorização. Os encontros de capacitação tiveram início no ano de 2007 e no ano de 2009 elas já haviam criado a associação local para representar-lhes e dialogar com outras culturas “em pé de igualdade”, é claro. Além da produção de biojóias, a associação está também se preparando para beneficiar insumos das biojóias, com vistas a abastecer o comércio local e possibilitar que outros sujeitos pos-

sam adquirir a matéria prima e produzir seus artefatos. Os maridos, irmãos e filhos não são excluídos do processo de produção, eles também colaboram com a atividade, especialmente na seleção e coleta do material na mata e em seu beneficiamento, e demonstram ser hábeis no lidar com os maquinários e eficientes no acabamento dado à matéria, como se pode verificar na Figura 3. Objetivando dar maior visibilidade ao trabalho, a participação em exposições e feiras de artesanato no âmbito municipal e nacional é uma das atividades que tem se tornando rotineira para as Mulheres Quilombolas do Genipaúba. A próxima investida do grupo será no mês de março de 2013,

que a convite da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura - FETAGRI deverá participar da Feira das Margaridas em Brasília – DF. O trabalho dessas mulheres mostra ao mundo que o pensamento que desqualifica o outro, seus feitos e formas de se relacionar com o meio físico e social é um grande equívoco demandado pela racionalidade eurocentrista. Mostra que é possível viver com qualidade e dignidade. Que é possível conviver pacificamente com as diferenças de gênero, cor, raça e religião e, isso tudo em harmonia com a floresta. (*) SOPREN/PMA, SOPREN/UFPA/GECA, SOPREN/SOBRAMES

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Produtores de Biojóias do rio Genipaúba beneficiando sementes

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Arcos, tronos e danças no antoniano lisboeta Texto Anete Costa Ferreira*

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s cultos para celebrar as divindades remontam à Grécia Antiga nos festejos lunares geralmente realizados nas florestas e vales com a participação das sacerdotisas de Baco. Tais comemorações tinham como ponto principal as danças ao som de instrumentos ruidosos que provocavam ecos eletrizantes aos ritmos desenfreados, levando os participantes ao transe. A prática chega à Itália sendo proibida por Diploma Legal do Senado Romano em 186 a.C., mas a corrente mística de Dionísio mantém a tradição até à época imperial, difundindo-se pelo Ocidente, influenciando a arte, a religião e as festas tradicionais. Com os descobrimentos a novidade chega a Portugal, e o primeiro registro da referida festa acontece a 25 de outubro de 1147. Muito embora vista como profana tinha o privilégio de culto religioso, uma vez que a festividade genuína era a procissão, que no dizer de alguns historiadores:” serviam para entreter e divertir o povo, sem o prejudicar”, Os portugueses comemoravam o “Dia das Maias” (flores ou giestas), entoando cânticos litúrgicos em louvor à Virgem Maria, dando origem as festas dos três Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. Porém, El-Rey D. João I, no século XIV proibiu as manifestações por serem consideradas pagãs. A partir de então o povo passou a celebrar a festa da “ Benção dos Primeiros Frutos” na Quinta Feira da Ascensão de Jesus Cristo, denominando o “Dia da Espiga”. Todos iam para os campos e recolhiam folhagens de rosmaninho, de oliveira, mal me

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quer , papoula e trigo que guardavam até ao ano seguinte, cumprindo a tradição. Mas as festas mundanas persistiam. Já no século XV, D. João II reprovava o estilo sempre que lhe chegavam informações dos excessos cometidos. Visando acabar com os exageros resolve através da Carta Régia de 31 de agosto de 1487, proibir toda manifestação extra integrada nas cerimônias religiosas. O povo entendeu que o assunto era meramente formal e as danças, jogos, folias, corridas de touro e outras mantiveram-se ainda por muitos séculos. No ano de 1720, na Sé de Elvas, o Bispo D. João de Castelo Branco, manifesta a sua inquietação com os costumes e decide apelar à intenção das autoridades para pôr termo aos habituais exageros. Foi mais uma tentativa falhada como se verifica na opinião do Lord William Beckford que em 1787 declarava-se espantado com os alvoroços dos festejos antonianos em Lisboa. Os franceses pelos meados do século Os tronos ou altares de Santo António vê-se pelas ruas dos bairros populares de Lisboa

XVIII, no período napoleônico criaram a moda de dançar as marchas militares, nas celebrações da Tomada da Bastilha, a que chamavam “ Marche aux Flambreaux”, onde o povo levava archotes acessos na mão. Os portugueses adotaram o costume, passando a denominar de “Marcha ao Flambó”, substituindo os archotes por balões de papel e fogo de artifício que haviam trazido da China no século XVII, e que já usavam nos arraiais e nas feiras em todo o país, e assim as antigas danças e cantares em louvor de “Maio à Virgem Maria” foram transferidos para o mês de junho, quando passam a celebrar os Santos Populares. Por outro lado a Igreja Católica para acabar dentre outras coisas com aquilo que entendia ser uma festa pagã decide opinar sobre a “Festa do Fogo”, considerando que a fogueira era acesa em regozijo ao nascimento de João Batista. No ano de 1932 para festejar Santo António entidades e governo decidem criar as “Marchas Populares” com desfiles coletivos dos moradores de cada bairro da capital, ao som de músicas alegres, onde a letra correspondesse aos trajes dos brincantes assim como a ornamentação dos arcos enfeitados com balões. O tema tanto podia ser histórico como evocativo às características de cada bairro. Eram formadas por pequenos grupos que desfilavam sob a orientação de um ensaiador que os orientava ao som de um apito. Os desfiles realizavam-se sempre “às portas e em frente das janelas dos Paços Reais dos palácios da nobreza ou das casas ricas”. Eram denominados de “Ranchos”. Mas no ano seguinte juntaram-se oito bairros quan-

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Uma breve visão do Arraial de Alfama em Lisboa, na Festa de Santo António

do é iniciado o desfile na Avenida da Liberdade. Os jornais referiam:” Lá iam as marchas…” Daí a tradição do nome. A partir de 1934 com doze bairros participando, o desfile perpetuou-se na Avenida da Liberdade. As marchas são o prolongamento do “Folgar das Hortas”, que outrora alimentaram retiros famosos até ao século XIX, repletos de danças sensuais e festins noturnos. Elementos indispensáveis são os arcos desenhados por arquitetos, artistas plásticos e estilistas que compõem o grupo com os figurinos e os adereços na mistura de cores, ressaltando harmoniosamente a coreografia do conjunto. Nos arcos são colocados no centro sobre uma base quadrada, a imagem de Santo António. São adornados com flores multicoloridas, arrematadas com fitas de várias cores, resultando bonito visual ao ritmo das músicas e dos bailados. Os tronos ou altares de Santo António vê-se pelas ruas dos bairros populares de Lisboa, em qualquer canto de rua, canto de uma casa, porta ou outro recanto qualquer conforme a preferência do devoto. Geralmente de acordo com a condição financeira das pessoas, são armados sobre um banco onde os degraus são feitos de caixas, forra-

Manjericos nos vasinhos com uma quadra exaltando a cidade ou pedindo casamento

dos com pano branco ou de outra cor. Na parte superior colocam em destaque a imagem do santo. Enfeitam com papel colorido, fitas, velas, vasinhos de manjerico e objetos pequenos ao gosto do dono. Nos espaços públicos e de maiores dimensões armam-se os tronos com mais sofisticação simbolizando

a devoção pessoal dos moradores de cada rua e pátios dos bairros antigos de Lisboa. A tradição popular dos tronos é resultado dos devotos haverem instalado nas ruas os mesmos, após o terremoto de 1755 que destruiu a igreja dedicada ao santo milagreiro. Anualmente, a 12 de junho dia consa-

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Em 12 de junho as Marchas Populares de Santo António em Lisboa

grado a Santo António, o mais evocado no imaginário popular Lisboa se engalana de balões, flores, trepadeiras, manjericos nos vasinhos tendo a haste com uma quadra exaltando a cidade ou pedindo casamento. Os estabelecimentos comerciais, bancários e mercados municipais fazem decorações alusivas à época. Nos arraiais espalhados por toda parte as músicas divertem os dançarinos que entre uma e outra parte saboreiam as sardinhas assadas na brasa, acompanhadas de broa de milho e salada

de pimentão, arrematando com o saboroso vinho português. O povo presta sua homenagem nos cultos, nas procissões enaltecendo o lado religioso, sem esquecer o profano. Prestigia os desfiles das marchas aplaudindo a beleza dos arcos, elogiando os tronos e movimentando-se nas danças ao ritmo das músicas na tradicional festa antoniana. (*) Correspondente da Editora Círios em Portugal

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Os tronos ou altares de Santo António vê-se pelas ruas dos bairros populares de Lisboa

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