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Revista

ParĂĄ+ AGOSTO 2014

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ISSN 16776968

EDIĂ‡ĂƒO 150

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A força do agronegócio para o desenvolvimento

Tem Arte na Praça da República

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AssistĂŞncia para pequenos e micro produtores rurais

Revista

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Revista

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* Os artigos assinados sĂŁo de inteira responsabilidade de seus autores.

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AGOSTO 2014

EDIĂ‡ĂƒO 150

ISSN 1677

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Projeto Turismo na Escola retoma atividades com visita ao Theatro da Paz

Ă?NDICE DIRETOR: Rodrigo HĂźhn; EDITOR: Ronaldo Gilberto HĂźhn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo HĂźhn; DISTRIBUIĂ‡ĂƒO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAĂ‡ĂƒO: Ronaldo G. HĂźhn; COLABORADORES*: Ana Claudina Santos DRT 1310, DedĂŠ Mesquita, Fabio Arruda Mortara, Gustavo Sobrange, Marta F. Ruas, Ronaldo HĂźhn e Sylvio Fagundes; FOTOGRAFIAS: Ascom Semma, Carlos SodrĂŠ, Claudio Santos, Flavya Mutran, Sidney Oliveira/ Ag. ParĂĄ, Divulgação, DM Comunicação, frank Jean Barbosa, JoĂŁo Gomes/Comus/PMB, Julio Momonuyi, Oswaldo Forte e Ray Nonato; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAĂ‡ĂƒO GRĂ FICA: Editora CĂ­rios

E D I TO R I A L

Recentemente, tem aparecido uma nova tendĂŞncia no mundo editorial de periĂłdicos, sĂŁo os: veĂ­culos especializados nas good news ou positive news, apostando nas boas notĂ­cias. As boas notĂ­cias estĂŁo “na modaâ€?. O foco das pautas das boas notĂ­cias – meio ambiente/ecologia, sustentabilidade, tecnologia e saĂşde, no chamado “empreendorismo verdeâ€?, mostrando os fatos relevantes de uma forma integral: com seus problemas e suas possĂ­veis soluçþes, estĂĄ em crescimento contĂ­nuo. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e por todo mundo, as “ boas notĂ­ciasâ€? estĂŁo se tornando febre e solução, pois os veĂ­culos das “mĂĄs notĂ­ciasâ€? estĂŁo em desuso – a cada dia, perdem espaço. O motivo foi descoberto: “A mĂĄ notĂ­cia acaba com a alegria, causa desânimo, abre caminho para o ĂĄlcool e para a dependĂŞncia quĂ­mica, adoece o corpo e a alma, provoca revolta contra tudo e contra todos, gera traumas de difĂ­cil cura, afasta a criatura do Criador, cria uma espĂŠcie de cinismo frente Ă vida, fomenta o suicĂ­dioâ€?. Mesmo assim e estranhamente, as mĂĄs notĂ­cias vendiam mais do que as boas notĂ­cias, talvez, parece, que estĂĄvamos acostumamos de tal modo com as mĂĄs notĂ­cias que nĂŁo podiamos viver sem elas. Começo da mudança: “as boas tĂŞm alĂŠm de potencial muito grande, nĂŁo sĂł no momento, como tĂŞm apelo mais duradouro. Seus conteĂşdos, mesmo depois de divulgados, continuam atraindo atenção em um perĂ­odo mais longoâ€?, segundo Ricardo AnderĂĄos, diretor de jornalismo da versĂŁo brasileira do Huffington Post. Para a ParĂĄ+, a mais longeva das revistas paraenses e do Norte, isso nĂŁo ĂŠ nenhuma novidade, estamos desde a nossa primeira edição vivendo e sĂł veiculando “boas notĂ­ciasâ€?. Adotamos e sempre iremos adotar essa linha editorial! Todas as ediçþes da ParĂĄ+, estĂŁo na nossa biblioteca virtual www.paramais.com.br gratuitamente, inclusive para impressĂŁo total ou parcial. Que nas prĂłximas 150 ediçþes, a despeito de tudo, possamos ser felizes, transmitindo boas notĂ­cias e Felicidades, pois acreditamos que a Felicidade, como as boas notĂ­cias, sĂŁo bens que se multiplicam ao serem divididos.

PUBLICAĂ‡ĂƒO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA C�RIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 BelÊm-Parå-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

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EDIĂ‡ĂƒO 150 - AGOSTO/2014

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Entrevista com Carlos Xavier

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Paragominas mantÊm a tradição com a 48º Agropec

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Munduruku ĂŠ campeĂŁ do XX Festribal em Juruti

SantarĂŠm terĂĄ indĂşstria de fitoterĂĄpicos

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30Âş Grande PrĂŞmio Brasil Caixa ParĂĄ de Atletismo

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Pesquisadora do Instituto Evandro Chagas recebe tĂ­tulo de Doutora Honoris Causa

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13 motivos para você consumir o açaí!

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Certificação Fair trade estimula as pråticas sócio-ambientais para valorizar o açaí

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Projeto Turismo na Escola retoma atividades com visita ao Theatro da Paz Fotos Ascom Semma

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m grupo de alunos da Escola Municipal Alzira Pernambuco, recentemente, quebraram a rotina da sala de aula, dando lugar a uma atividade que uniu diversão e conscientização. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer o mais antigo espaço de espetáculos do Pará: o Theatro da Paz. A visita fez parte do Projeto “Turismo na Escola: descobrir, entender e cuidar de Belém”, que visa incentivar crianças de escolas municipais a descobrir a sua cidade de maneira descontraída e pedagógica, aprendendo a valorizar a importância da preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental da capital. O city tour marcou a retomada das atividades do projeto, que vai contemplar, só nos dois primeiros meses do segundo semestre desse ano, aproximadamente 700 alunos da rede pública de ensino. “Esperamos alcançar resultados melhores nesse segundo período, pois teremos mais tempo para sensibilizar esses alunos quanto à importância de preservar o nosso patrimônio históricocultural”, explica o coordenador da Belemtur, Maikken Souza. Adrian Lucas, de apenas 12 anos, pisou no Theatro da Paz pela primeira vez, assim como os colegas de classe. O menino ficou

Alunos da Escola Alzira Pernambuco em visita ao Theatro da Paz

impressionado com a história do prédio. “Fiquei sabendo que essas pedras dos detalhes do piso foram coladas uma a uma com óleo de Gorijuba. Tudo aqui é cheio de história e conhecer melhor essas coisas só me faz querer saber ainda mais da nossa cultura e preservar o que temos”, comentou o estudante. Para a coordenadora pedagógica da E. M. Alzira Pernambuco, Solange Cristina, o projeto irá reforçar o que os alunos aprendem

na escola. “É como uma aula prática, sendo que aqui eles aprendem mais rápido e de forma dinâmica. É uma maneira também de incentivá-los nos estudos e também a conhecer a cidade onde moram”, ressalta. Ao final do City Tour cada aluno desenvolve uma redação pontuando o que aprendeu durante o passeio e o que mais lhe chamou a atenção. No final do ano letivo, em dezembro, será organizado um coquetel para premiar as três melhores redações que serão escolhidas segundo os critérios dos professores de cada escola. Além do Theatro da Paz, os alunos também puderam visitar o Parque Ambiental Mangal das Garças. “Esse projeto mostra que as escolas públicas da cidade também podem trabalhar com a educação utilizando ferramentas de lazer, como o turismo. As crianças se sentirão mais incentivadas a ir para a escola e a aprender coisas novas”, relata o guia de turismo do parque, Andrew Souza.

Serviço As visitas monitoradas incentivam os alunos a valorizar a importância da preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental da capital 06

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O projeto acontece todas as terças-feiras no horário de 8h as 12h e de 13h as 17h, envolvendo escolas diferentes em cada período. www.paramais.com.br

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Tem Arte na Praça da República Fotos João Gomes / COMUS, Oswaldo Forte

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epois das festas juninas e das férias de julho, a volta do projeto Tem Arte na Praça, aos domingo, coordenado pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) na Praça da República. A programação garante diversas atrações culturais, como música, dança e teatro, sempre a partir das 10h da manhã. O projeto já tem famílias que fazem questão de assistir às apresentações que animam crianças e adultos. A advogada Aline Cavalcante, relata que já visitou o local algumas vezes só para se conferir a programação. “Gosto de ver esses tipos de eventos que abrilhantam nossa cultura e destacam nossos artistas. Com certeza estarei prestigiando a volta do projeto neste domingo”, afirma. Nazaré Morais, Diretora Cultural em exercício da Fumbel, ressaltou a importância do projeto para a movimentação artística na Praça da República – o projeto é completo, Fumbel leva apresentações culturais à Praça da República, das 9h às 14h

“Tem Arte na Praça” no anfiteatro da Praça República

com dança, musica e teatro. “Damos o apoio necessário para todos os grupos que queiram se apresentar na Praça da Republica. O Vitrine Cultural e o Em Cena são espaços voltados para nossos artistas”, explica Nazaré.

Dança, musica e teatro na Praça da República

Serviço

O ‘Tem Arte Na Praça’ acontece todo domingo na praça da República de 9h da manhã às 14h. Quem tem grupo de teatro, dança ou banda, que queira se apresentar no ‘Vitrine Cultural’, basta se inscrever gratuitamente na sede da Fumbel, que fica na Avenida Governador José Malcher, 295, Memorial dos Povos.

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Com 435.775 bubalinos, o Pará ocupa o primeiro lugar no ranking nacional

A força do agronegócio para o desenvolvimento do Pará

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Fotos Flavya Mutran/ Ag. Pará, Jean Barbosa

setor mais importante da economia nacional brasileira é o agronegócio representando em torno de um terço do Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil possui perspectivas satisfatórias para o se-

tor por conta das características e diversidades favoráveis, a exemplo do clima e solo fértil; da extensão territorial e muitas áreas ainda inexploradas e entre tantos e outros fatores, por conta de inúmeros cultivos de culturas de interesse nacional e internacional. O aumento populacional e a consequente demanda por alimentos são fatores que

levam a crer que o caminho da agropecuária e do agronegócio no Brasil está aberto e ano de 2014 sugere boas perspectivas para o país, em especial para o estado do Pará. Estudiosos acreditam que o Brasil ainda alcançará o patamar de líder mundial no fornecimento de alimentos commodities ligadas ao agronegócio, contribuindo, assim,

CAMISAS BORDADAS DO CÍRIO DE NAZARÉ

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DAS ARÉ

cada vez mais, com a solidificação da economia nacional. O agronegócio no Pará tem grande destaque no cenário da agropecuária brasileira. Além de ser o segundo maior PIB, perdendo apenas para extração de minérios, apresenta perspectivas de aumento de produtividade. Entretanto, em relação à geração de empregos diretos e indiretos, a agropecuária tem uma maior importância social para o estado do Pará. Embora a indústria e o setor de serviços também contribuem com importante percentual na forma do PIB paraense, essas atividades estão localizadas em pequenas áreas de concentração do território paraense, constituindo-se a agropecuária a atividade econômica de maior capilaridade, abrangendo, praticamente todos os municípios do Estado. “É a única atividade geradora de divisas no mundo”, afirma Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará. “É o agronegócio que move todos os outros segmentos do setor produtivo. Fora disso, o que vemos é extrativismo”, explica ele. A área agrícola plantada está estimada em mais de 3.000.000 de hectares, com destaque pala as lavouras de cacau, dendê, grãos de milho, arroz, feijão e mandioca – florestas plantadas, coco, cupuaçu, abacaxi, citros, pupunha, pimenta-do-reino, cana de açúcar entre outros produtos. No Pará, que constitui área de expansão de fronteira agrícola, as políticas de desenvolvimento para o meio rural são importantes e necessárias, já que o crescimento proveniente da agricultura é pelo menos duas vezes mais eficaz na redução da pobreza do que o crescimento do PIB gerado fora da agricultura, segundo estimativas realizadas em vários países, além de ser inquestionável o seu papel para a segurança alimentar da população. Quanto à pecuária, cerca de 20 milhões de cabeças no efetivo bovídeo do estado do Pará, ocupa uma área de pastagem de aproximadamente de 27 milhões de hectares. O estado possui o 4º maior rebanho do país e

O gado paraense possue certificação de livre de febre aftosa. O reconhecimento internacional trará muitos benefícios para o setor

é o maior produtor do norte e nordeste de grãos e fruticultura.

Potencial para a riqueza

No Pará, o agronegócio paraense tem participação superior a 30% na geração do PIB estadual, e, particularmente, o setor agropecuário é o que apresenta a melhor distribuição de atividades no Estado, constituindo a atividade econômica mais importante em 34% dos municípios, e a principal fonte de trabalho em 57 municípios e absorvendo mais de 50% da população ocupada. Contribui, em média, com mais de 21% para a composição do PIB dos municípios, representando a base econômica de grande parte deles e da própria indústria de transformação, estruturada, principalmente, no processamento de produtos agropecuários.

de, aproximadamente, 18,8 milhões de bovinos e 435.775 bubalinos, que ocupam, respectivamente, o quinto e o primeiro lugar no ranking nacional, esse segmento constiCarlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará

Criação de gado gera divisas

No agronegócio paraense, a pecuária sobressai como principal atividade do setor, contribuindo com mais de 60% do produto interno bruto nele gerado. Com um rebanho

A DISTRIBUIDORA SÃO PAULO POSSUI VARIEDADE DE GRANDES MARCAS E FABRICANTES

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O estado é o maior produtor do norte e nordeste de grãos e fruticultura

mais restritivas”, avalia. “Porque outros estados como São Paulo e Bahia já possuem isenção de licenciamento para o plantio de florestas, e aqui no Pará não pode?”, questiona. “Assim, criamos um estado pobre. Não é à toa que temos a 2ª pior renda per capita do Brasil”, lamenta. Assim, na estratégia da política agrícola, a intensificação da pecuária é pré-requisito essencial para elevar seus níveis de produtividade e promover a liberação de áreas em favor da agricultura e silvicultura.

Sem febre aftosa

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Certificação como área livre de aftosa está aumentando investimentos na pecuária do Pará

Exportação de grãos do Pará deve crescer quatro vezes em 10 anos

Geral da Assembleia Mundial de Delegados, promovida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em Paris, na França. O evento, que reuniu representantes de 178 países signatários, debateu assuntos de interesse mundial, a exemplo da adoção de resoluções acerca das principais doenças animais, principalmente as de maior impacto para o ser humano e para a economia mundial; as normas internacionais para o comércio de animais e seus produtos e a qualidade dos serviços veterinários. Com isso, o Brasil tem uma nova zona reconhecida como livre de febre aftosa com vacinação, o que significa um avanço ao país, pois abrirá novas perspectivas para o

Ivo Amaral

tui a principal atividade econômica em 51% dos municípios paraenses, está presente em 34% dos estabelecimentos agropecuários registrados pelo IBGE, envolve um grande número de pequenos produtores, demanda quantidade significativa de insumos, possui estrutura industrial e lidera o PIB e as exportações do setor. “No Pará, a pecuária tem força porque consegue produzir gado mais precoce para o abate”, avalia Carlos Xavier. “Nós exportamos 95% de animais vivos pela qualidade da produção. No Brasil. A média é de apenas 5%”, compara. Carlos Xavier continua a análise, apontando mais vantagens da pecuária paraense. “Nossa carne é considerada a melhor do mundo, porque tem menos musculatura”. Para ele, as dificuldades do setor não se referem à produção, “mas sim nas decisões dos gestores públicos”, conclui. Para ele, a experiência de subordinar o setor produtivo é ruim. “Queremos trabalhar na legalidade e com sustentabilidade, mas é difícil atender legislações cada vez

As regiões do Marajó, oeste do Pará e nordeste paraense receberam a certificação internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, juntamente com outros sete Estados do Nordeste: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A certificação aconteceu em junho, durante a 82ª Seção

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O crescimento proveniente da agricultura é pelo menos duas vezes mais eficaz na redução da pobreza. A área agrícola plantada está estimada em mais de 3.000.000 de hectares

comércio interno e externo de produtos pecuários.

Mercado

A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil é dono, segundo o Minis-

tério da Agricultura, do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças, e desde 2004 assumiu a liderança das exportações com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, pois a carne é o segundo produto na composição do Produto Interno Bruto (PIB), e a maioria dos municípios paraenses tem a pecuária como principal atividade. A partir da certificação os animais poderão ser comercializados dentro e fora do Estado. O Pará tem o quinto maior rebanho do país e ocupa a quarta posição em produção e exportação de carne. Mesmo com características peculiares ao Estado – que incluem o tamanho, a geografia e o fato de, por um longo período, ter regiões com diferentes status sanitários –, o Estado conseguiu cumprir etapas e garantir êxito em torno do objetivo de alcançar a unidade de uma área totalmente livre de febre aftosa com vacinação. O reconhecimento internacional trará muitos benefícios para o setor. Além da abertura do mercado exportador da carne, o trânsito do boi em pé também terá redução de restrições, a exemplo do término do período quarentenário por ocasião do transporte do gado de uma região sanitária

No Pará, o agronegócio paraense tem participação superior a 30% na geração do PIB estadual

para outra até a chegada nos portos do Pará. Outro item que será beneficiado é o trânsito do gado paraense para outros estados brasileiros que já possuem a certificação de livre de febre aftosa, a exemplo de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

CRESCER É AJUDAR A CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR PARA TODOS E TAMBÉM PARA O PLANETA. A indústria mineral paraense não para de crescer. Exportou US$ 13 bilhões, em 2013, respondendo por 88% das exportações paraenses. Também o que não para de crescer é a responsabilidade socioambiental das empresas filiadas ao Simineral. Cada dia veem investindo na preservação do meio ambiente, em ações de conscientização e levando benefícios econômicos e sociais às comunidades onde são desenvolvidos os seus projetos. Pensar no futuro. É fazer o melhor para todos.

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ASSISTÊNCIA PARA PEQUENOS E MICRO PRODUTORES RURAIS

Fotos Carlos Sodré/Ag. Pará

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Sebrae possui longa e rica experiência em projetos para o desenvolvimento de pequenos negócios. Essa expertise foi levada para outros setores como indústria, comércio, serviços e ao campo com o intuito de estimular a capacitação técnica, o associativismo e a formação de grupos setoriais com a comercialização coletiva e a realização conjunta de atividades. No agronegócio não é diferente. O objetivo principal é agregar valor à produção do micro e pequeno empreendedor rural por meio de práticas agrícolas sustentáveis e gestão empresarial, buscando novos canais de comercialização, respeitando a cultura e as vocações econômicas da região. As iniciativas do SEBRAE nesse segmento têm resultado no incremento da organização social e do desenvolvimento econômico local, com evidentes vantagens para o empreendedor e para a sociedade. No agronegócio, o Sebrae atua por meio de projetos coletivos e atendimentos individuais aos empresários / produtores rurais das diversas cadeias produtivas, como a bovinocultura de corte, bovinocultura

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Oficina de planejamento do programa estadual de qualidade do açaí, ministrada na sede do Sebrae/PA

de leite, ovinocultura, fruticultura, vitivinicultura, agroindústrias, entre outros. As iniciativas são direcionadas para a melhoria dos processos produtivos, qualificação tecnológica e gerencial dos produtores rurais, além da agregação de valor às mercadorias priorizadas, de forma a maximizar a competitividade empresarial, a perenização dos negócios e a rentabilidade dos empreendimentos. Vilson Schubert, superintendente do Sebrae

O Sebrae no Pará apoia os produtores rurais de todas as regiões do estado, em especial dos setores de Agroecologia, Fruticultura, Leite e derivados, Mandiocultura, Aquicultura e Pesca. Diante das modernas demandas do século XXI, o Sebrae, através da difusão da informação e inovação tecnológica, pauta suas ações com base nos preceitos da sustentabilidade. O agronegócio no Pará tem grande destaque no cenário da agropecuária brasileira. Além de ser o segundo maior PIB, perdendo apenas para extração de minérios, apresenta perspectivas de aumento de produtividade. O agronegócio paraense tem participação superior a 30% no PIB estadual e o setor agropecuário contribui em média com cerca de 20% para a composição do PIB dos municípios. O desafio é a evolução do setor, propiciando um alimento seguro e saudável para os consumidores, assegurando uma pecuária saudável, bem como, a qualidade e a inocuidade dos alimentos produzidos. O superintendente do Sebrae/Pa, Wilson Shubert, faz uma avaliação positiva sobre o panorama do agronegócio no Pará. “O agronegócio está em franco crescimento no Pará, que cada vez mais se apresenta como uma das principais fronteiras agrícolas do Brasil. Nossos agricultores têm feito cada vez mais investimentos na tecnificação e no melhor aproveitamento da www.paramais.com.br

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terra, o que tem impactado no aumento da produtividade. Na pecuária, tem havido uma melhor utilização da pecuária intensiva, com uma carga maior de bovinos por hectare”, destaca ele. Para ele, os pequenos produtores rurais têm uma participação bastante intensa no agronegócio paraense, afinal estão presentes em todos os municípios do estado. “Produzem dentro de suas possibilidades, seja em áreas de loteamento ou nas pequenas propriedades. Eles atuam tanto na agricultura quanto na pecuária de forma equilibrada, pois geralmente os pequenos produtores que cultivam feijão, arroz, milho e mandioca, por exemplo, costumam ter bovinos em suas propriedades’, avalia. O Sebrae apoia os produtores rurais na gestão dos seus negócios. Com treinamentos e consultorias, esses produtores conseguem ter mais eficiência na gestão de suas propriedades e na produtividade do próprio negócio. O Sebrae no Pará incentiva as várias modalidades de produção do agronegócio, apoiando os produtores rurais de todas as regiões do estado.

Agricultura familiar tem atenção especial do Sebrae

Técnicos do Sebrae apoiam pequenos produtores

Alcance

Hoje, o Sebrae atende mais de 600 pessoas na área do agrobionegócios, dos setores de agroecologia, fruticultura, leite e derivados, mandiocultura e aquicultura e pesca. Este número deve aumentar em 2015, com os novos projetos que estão em fase de análise. “Entre as nossas diversas ações para o setor, destacamos a solução No Campo, que trabalha de forma simples os aspectos de gestão, empreendedorismo, associativismo, liderança e comercialização e o trabalho na melhoria da cadeia produtiva do açaí, com a aplicação do Programa Alimento Seguro – PAS Açaí, que já trouxe certificações importantes para produtores do estado como o fairtrade (Comércio Justo) e a certificação orgânica”, enumera Shubert. Os resultados desse trabalho têm sido

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Programa Alimento Seguro – PAS Açaí

positivos. Os produtores rurais envolvidos nos projetos do Sebrae, com a melhoria da gestão dos seus negócios e melhor acesso ao mercado, conseguem obter crescimento nas suas receitas, além de uma oferta de produtos com qualidade diferenciada, mais seguros e saudáveis para os consumidores. Como 2014 é o ano internacional da agricultura familiar, a atenção para este setor do agronegócio foi reforçada. “O Sebrae continua seu trabalho voltado fortemente para agricultura familiar, pensando sempre na expansão dessas atividades”, garante o superintendente do Sebrae/PA. Mas as dificuldades também existem. Wilson Shubert aponta como principal entrave para o desenvolvimento dos mi-

cro e pequenos produtores rurais a falta de capacitação para o desempenho da sua atividade e para a gestão de suas propriedades. “A expectativa para os próximos anos é de forte crescimento, com o aumento do uso da tecnificação aliada à ciência, pois esse crescimento é fortemente ancorado na utilização de novas tecnologias, tanto na agricultura quanto na pecuária”, avalia Shubert. “Daí a importância das parcerias nas ações do meio rural entre as diversas entidades que apoiam os produtores, promovendo o acesso às inovações tecnológicas como a Embrapa e assistência técnica da Emater, da Secretaria de Estado de Agricultura e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar”, conclui. Pará+

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Feiras agropecuárias, as vitrines do agronegócio

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os últimos anos, acompanhamos notícias sobre as grandes safras e resultados positivos do agronegócio na economia brasileira, porém dificilmente a maioria já parou para pensar no trabalho dos produtores, da solicitação de crédito, compra de insumos a colheita. Assim como os agricultores, os pecuaristas também têm muitas dificuldades a ser superadas ao longo dos meses, porém a dedicação é a mesma para levar aos consumidores um produto final com qualidade. O resultado da dedicação pode ser visto pela população não só na hora do consumo, mas também nas feiras e exposições agropecuárias, eventos que são verdadeiras vitrines para os produtores rurais. São eventos técnicos, voltados ao homem do campo, e que preveem negócios que envolvem cifras consideráveis. Mas para que estas exposições tenham o resultado é preciso investimento por parte de que realiza e muita organização. As exposições feiras retratam a força do agronegócio, atividade de extrema importância, pois os agricultores e pecuaristas têm a missão de alimentar o mundo, produzindo cada vez mais e enfrentando os problemas climáticos.

Vitrines do agronegócio

mas o enfoque principal está voltado para os setores da agricultura, pecuária e outros segmentos do agronegócio, que é a principal atividade econômica dos municípios paraenses. Durante as exposições, realizadas pelos sindicatos rurais, os produtores rurais tem

Promoção de produtos e tecnologias

Feiras são oportunidades de negócio

As feiras agropecuárias, denominadas de “exposições”, trazem atrações especiais como rodeios, show para atrair o público, Técnicas para melhorar a produção de alimentos

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acesso a exposições de animais equipamentos, a palestras com informações sobre novas tecnologias e técnicas nos setores de agricultura e pecuária, para garantir o aumento da produtividade e conseqüentemente do lucro no campo, bem como acesso a boas oportunidades de negócios, através de leilões e ofertas de produtor e serviços.

Torneio leiteiro durante a Expofac em Castanhal

O ambiente dos eventos é sem dúvida o espaço certo para divulgação da constante (e necessária) inovação da biotecnologia, da tecnologia agrícola e pecuária além dos últimos lançamentos para as diferentes cadeias do agronegócio, tais como, leite, carPromoção de novos produtos e tecnologias

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ne, alimentos e biocombustíveis. O setor de insumos agropecuários por meio das várias “multis” é o exemplo mais notório deste vetor de participação. No entanto, paralelo aos vultosos investimentos multinacionais, inclusive no que tange a divulgação das descobertas, muita tecnologia nova adaptada às necessidades da agricultura nacional veio de fabricantes locais de implementos agrícolas, que merecem espaço promocional em eventos.

Oportunidades de negócios integrados na cadeia de valor

Boas idéias de negócios surgem em conversas dentro de salas adaptadas com arcondicionado para fornecedores, distribuidores, clientes e parceiros comerciais terem reuniões regadas a copos de água e café. É comum nas grandes feiras a promoção de congressos e seminários paralelos convidando os diversos atores da cadeia produtiva da carne - genética, criação, articulação, confinamento, agricultura, transformação, financiamento, consultoria, comércio internacional, divulgação, etc.. Todo este pessoal circulando no mesmo ambiente e discutindo as soluções para a atividade é um terreno fértil para bons negócios.

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Feiras agropecuárias, as vitrines do agronegócio.indd 15

Agricultura sustentável na Expoagro de Itaituba

Viabilidade de participação Para eventos de negócios a relação custo/ benefício, expresso em vendas e margens de lucro fica mais evidente. Entretanto, os participantes estabelecem objetivos claros e mensuráveis também para os eventos preponderantemente promocionais. Número de clientes potenciais visitantes da feira (com cadastro) e nível de conscientização (recall) do seu produto recém lançado antes e depois do

evento são práticas dos grandes expositores. Com seus altos e baixos, porém gradual e consistentemente, feiras e eventos vão se consolidando no palco do agronegócio brasileiro. Fruto desta tendência, organizadores, expositores e visitantes saem beneficiados. Sendo criterioso para decidir, baseado em seus objetivos e nas respectivas estratégias empresariais e de negócios, o gestor responsável terá uma ótima colheita do investimento plantado nas feiras e eventos do agronegócio do Brasil.

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Entrevista com Carlos Xavier

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Fotos Cláudio Santos/ Ag.Pará

Pará está pronto para aproveitar todo o potencial do estado para o agronegócio e a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) aposta na união da produtividade com sustentabilidade para isso. O presidente da Faepa, Carlos Xavier defende propostas como o Projeto Preservar, que une o setor produtivo em favor do desenvolvimento. A Faepa reúne hoje 131 sindicatos rurais em 137 municípios paraenses.

Pará +: Como o senhor vê o agronegócio no Pará atualmente?

Carlos Xavier - O Pará é o segundo maior estado da federação. Temos 24% do nosso território antropizados e 76% preservados. Esses 24% correspondem a 30 milhões de hectares. Comparando, o Paraná só possui 19 milhões de hectares disponíveis para a agropecuária. Então, é nessa fronteira aberta que os produtores trabalham com a premissa de desmatamento zero.

Pará +: Como é a utilização dessa área antropizada?

Carlos Xavier - Estamos falando de 30 milhões de hectares. Hoje são 90% de pastagens. Quer dizer, são 27 milhões de pastos e apenas 3 milhões utilizados pela agricultura.

Pará +: É uma diferença significativa. A Faepa tem propostas para mudar esses índices?

Preservar CA

PROJETO

Pacto da sociedade paraense para a consolidação da fronteira aberta

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Entrevista com Carlos Xavier.indd 16

Carlos Xavier, presidente da Faepa - Federação da Agricultura e Pecuária do Pará

Carlos Xavier - Sim, temos uma proposta para o agronegócio, que é o Projeto Preservar. Já apresentamos esse projeto ao governo e agora estamos apresentando esse projeto também aos candidatos ao governo, para a próxima gestão.

Pará +: O que o Projeto Preservar propõe?

Carlos Xavier - Nossa expectativa é manter apenas 16 milhões de hectares para pastagens, sendo 8 milhões com tecnologias desenvolvidas pela Embrapa. Os outros 14 milhões de hectares serão destinados para a agricultura, sendo 4 milhões de hectares para florestas plantadas. O restante, dividido em 3 milhões de hectares para a cultura de palmas; 3 milhões para grãos; 1,7 milhão de hectares para o cultivo da mandioca; 900 mil hectares para fruticultura e mais 100 mil hectares específicos para a citricultura; 900 mil hectares para a produção de etanol, 50 mil hectares para plantações de pimenta e mais 50 mil para a cultura do café. Com isso, atenderemos a demanda do setor produtivo e poderemos dinamizar a indústria e indiretamente os setores de comércio e serviços, com impacto em toda a economia.

Pará +: As pessoas falam muito sobre a vocação para o agronegócio no Pará, mas qual é esse potencial, quais as vantagens e desvantagens do estado nesse setor?

Carlos Xavier - O Pará tem grandes vantagens comparativas, como 3,2% da água doce do mundo, luz natural com sol e temperatura média de 24 graus no ano todo. São condições que viabilizam o agronegócio em qualquer área. Mas temos dificuldades ambientais, fundiárias e de logística insuficiente. A geração de conhecimento é o 4º item limitador do nosso desenvolvimento. www.paramais.com.br

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Pará +: Esses problemas se repetem há décadas. Como resolver isso? Carlos Xavier - Nós temos potencialidade para superar os mais baixos índices de desenvolvimento humano.

Pará +: O setor produtivo conta com a parceria com a administração pública nisso?

Carlos Xavier - De um modo geral, a administração pública não tem correspondido às demandas do setor. A burocracia é o maior entrave, com legislações tão proibitivas que inviabilizam a implantação de projetos. O Brasil é o único país n mundo que considera a atividade agropecuária como poluidora e o Pará tem legislação mais rigorosa em alguns aspectos do que em outros estados vizinhos.

temos sempre buscado apresentar propostas que não saem do papel.

Pará +: O Projeto Preservar é uma dessas propostas?

Carlos Xavier - Sim. Queremos trabalhar na legalidade e com sustentabilidade. Dentro da visão que o início de tudo parte do agronegócio, temos que lembrar que o mundo precisa da produção de alimentos e estados que possuem essa capacidade ganham mais importância.

Pará +: A certificação internacional do Pará livre da febre aftosa Sá teve impacto no setor?

Carlos Xavier - Eu acredito que o Pará poderia estar em outro patamar, apesar de termos avançado bastante.Um exemplo disso é a cadeia produtiva da palma, uma das principais porque deriva não só o alimento, mas também o biocombustível, mas não conseguimos avançar nisso.

Pará +: Esse impacto é mais relevante para o mercado interno ou externo?

Pará +: O Pará pode ser considerado referência no agronegócio?

Pará +: Este é um ano de mudanças, com as eleições. Como o setor produtivo encara este momento? Pará +: E na pecuária? Carlos Xavier - É um momento crucial, o voto tem importância muito grande. A sociedade bem informada pode escolher os melhores candidatos. O setor produtivo está unido para contribuir nisso. Infelizmente,

milhões, dos quais R$ 110 milhões vieram dos produtores rurais e a menor parte veio do serviço público, que é quem tem a obrigação legal de combater questões como a febre aftosa.

Carlos Xavier - A pecuária tem força aqui. Um exemplo foi a participação fundamental na erradicação da febre aftosa no Pará. Isso é resultado de um investimento de R$ 143

Carlos Xavier - Sim, isso deu um impulso ao setor. Em dois meses de certificação, não há mais limitação de fronteiras para a comercialização. Antes, nós tínhamos 25% do nosso rebanho com essa restrição e agora isso representa 5 milhões de animais a mais que podem ser comercializados livremente.

Carlos Xavier - A certificação facilita o comércio interno e externo, os produtores de seleção genética estão mais estimulados. Os grandes produtores que haviam deixado o Pará atrás de melhores condições agora podem retornar, mesmo que demore um pouco. O Pará está pronto para recepcionar esses grandes empresários, mas o estado tem que garantir as condições para o desenvolvimento.

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Paragominas mantém a tradição com a 48º Agropec Julgamento de animais

Agropec e a expectativa dos organizadores é que o evento movimente mais de R$ 25 milhões em negócios. Espera-se que mais de 300 mil pessoas passem pelo Parque de Exposições. E não é para menos. Os negócios envolvem não só a comercialização de animais, mas também de máquinas e implementos agrícolas. A disseminação de conhecimento e tecnologia é outro objetivo importante. Na programação da Agropec estão previstos vários eventos, com um circuito intenso de palestras. A organização buscou atrativos para fomentar maior participação da população na feira. Apenas os shows musicais e o circuito de rodeio serão pagos. Para a realização do circuito de rodeio e apresentação de atrações musicais foi construída uma estrutura imponente,com uma arena de eventos com

Fotos Júlio Momonuki e DM Comunicação

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Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP) realizou neste mês de agosto, a 48ª Feira Agropecuária de Paragominas (Agropec). O evento é considerado o maior do município e região, com a expectativa de repetir o sucesso de 2013, que atraiu um público de aproximadamente 200 mil pessoas. “As feiras surgiram para celebrar as colheitas e hoje são a oportunidade de mostrar para a sociedade o trabalho do produtor”, destaca Mauro Lúcio Costa,presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas. “É uma festa da sociedade de Paragominas, já é tradição ter a Agropec. São dez dias lotados de visitantes”, comemora Mauro Lúcio Costa. O impacto na economia também é apontado por ele. “A importância da feira se reflete também em outros segmentos da economia local, como hotéis, restaurantes, comércio em geral”, afirma ele. A Agropec é tida como uma das maiores No lançamento da Feicorte

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Arena de Shows e Rodeio

feiras agropecuárias do Estado. Na sua última edição do movimentou mais de R$ 50 milhões em negócios diversos. E este ano, o objetivo é ampliar ainda mais os resultados positivos. “Queremos aumentar em 25% os valores negociados e temos condições para isso. O ano foi de colheitas muito boas e a pecuária passa por um momento de mercado aquecido”, enumera o presidente do SPRP, Mauro Lúcio Costa.“É muito importante para nós um evento da envergadura da Agropec. E nós temos potencial para crescer ainda mais”, afirmou. Cerca de 500 animais, entre equinos, bovinos e caprinos foram expostos na 48ª

capacidade para 25 mil pessoas. Mauro Lúcio lembra que Paragominas tem como marca o pioneirismo. “Temos tradição com pecuária no Pará. O município também foi o maior polo madeireiro do estado e depois, o 1º município verde, o maior em reflorestamento com essências nativas. Na agricultura, as culturas de soja e milho começaram aqui. No cenário paraense, Paragominas sempre saiu na frente”, destaca. “Tudo isso justifica a importância de um eventio como a Agropec”, avalia ele. Paragominas possui hoje 910 propriedades rurais cadastradas pela ADEPARÁ. As propriedades com criação de até 500 animais chegam a 700 no cadastro oficial do estado. “Estar na vanguarda com esse universo é sempre um desafio. Para isso, lançamos o projeto Pecuária Verde, uma proposta do Sindicato dos Produtores Rurais para modernizar a produção com tecnologia ambiental, revitalização de pastagens e a preocupação com a capacitação e treinamento da mão de obra para garantir o bem estar na propriedade, tanto para as pessoas quanto para os animais”, conclui.

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Feira Agropecuária de Castanhal

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agronegócio de Castanhal e região terá em setembro a 46ª Exposição Feira Agropecuária de Castanhal (Expofac), na rodovia BR-316, Km 68, distante 70 quilômetros da capital paraense. A Expofac, que deve acontecer de 5 a 14 de setembro deste ano, deverá funcionar em um espaço de 120 mil metros quadrados, com expectativa de faturamento de R$ 10 milhões em negócios, com venda de gado de todas as raças, máquinas, equipamentos agrícolas, caminhões, utilitários e veículos de passeio, informa o diretor de pecuária do Sindicato Rural de Castanhal, Eduardo Kataoka. Da programação do evento fazem parte, ainda, leilões, cursos, seminários, premiação dos melhores empresários do agronegócio, julgamento de grandes animais, além da comercialização de máquinas, equipamen-

No lançamento da 46ª Exposição Feira Agropecuária de Castanhal (Expofac)

tos e veículos. Kataoka destaca os seminários sobre questões trabalhistas, cultura da mandioca, piscicultura, plantio de dendê,e palestras sobre a perspectiva do agronegócio no Brasil devem ter bastante procura por parte dos produtores. Na área cultural, haverá shows com Leo Magalhães, Thalles Roberto, Garota Safada e Ivete Sangalo. A Expofac já faz parte do

calendário de eventos do município de Castanhal e é um dos eventos oficiais do agronegócio paraense. A feira também terá destaque para o leilão de animais, e o modelo rural, um estande de 20 mil metros quadrados com uma mini fazenda, onde o público poderá ver como são feitas as diversas atividades dos produtores rurais.

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30º Grande Prêmio Brasil Caixa Pará de Atletismo

Prova 400 metros com barreira

A 30ª edição do Grande Prêmio Brasil Caixa Pará reuniu atletas de 20 países Texto Dedé Mesquita* Fotos Carlos Sodré e Sidney Oliveira/Ag.Pará, Ray Nonato

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segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, em Belém, além das celebrações de praxe, foi também para que o público paraense pudesse ver a garra, força, esforço e técnica de integrantes da modalidade atletismo do Brasil e do exterior, durante a realização do 30º Grande Prêmio Brasil Caixa Pará de Atletismo, realizado no Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão). Mais uma vez, Belém apoiou o atletismo, com a presença de 17.513 torcedores no Mangueirão. O Grande Prêmio de Atletismo é uma organização da Confederação Bra-

sileira de Atletismo (CBAt), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) e da Federação Paraense de Atletismo (FPAt). É a 13a vez em o que evento ocorre em Belém, sempre com entrada gratuita. Este ano, a grande atração do GP de Atletismo foi o atleta jamaicano Asafa Powell, especialista na prova do 100 metros rasos, na qual já foi recordista mundial. Foi a primeira vez que o atleta concorreu no Brasil. E ele correspondeu às expectativas, sendo o vencedor na prova com o tempo 10.02, baixando o último tempo dele que fora de

Anastasia Bazdyreva campeã dos 800 metros rasos feminino

10.15, em 2013. “Foi muito bom competir aqui, com o apoio do público”, disse Powell, de 31 anos.

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Keila Silva foi medalha de prata na prova de salto triplo. Ela saltou com 14,13 metros

Asafa Powell, especialista na prova do 100 metros rasos, correspondeu às expectativas, e baixou seu tempo para 10.02

Anderson Freitas campeão dos 400 metros rasos, com sua medalha

“Estava preocupado com o Marvin Bracy, que é jovem e vem conseguindo boas marcas”, prosseguiu o velocista, a respeito do norte-americano que ficou em segundo lugar com 10.14. O terceiro foi Dentarius Locke, também dos Estados Unidos, com 10.17. “Estou gostando muito de Belém e ainda hoje quero experimentar açaí”, brincou, ao responder a pergunta de jornalistas locais, na zona mista do estádio. “Agora quero melhorar minha marca este ano e iniciar uma séria preparação para buscar um lugar na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro”, completou Asafa.

Provas

O paulista Fábio Gomes da Silva comemorou muito a conquista da medalha de ouro no salto com vara no GP. Ele saltou 5,50 m, seu melhor resultado de 2014. “Estou de volta”, resumiu, feliz, com a vitória.

No GP Brasil do ano passado, também no Mangueirão, Fábio sofreu uma grave lesão no tendão calcâneo. Precisou passar por uma delicada cirurgia e ficou fora da temporada 2013, inclusive do Mundial de Moscou, para o qual estava qualificado. Outra boa prova foi a do salto triplo feminino, que teve a vitória da colombiana Yosiri Urrutia, com 14,24 metros. Ela já havia vencido na semana passada a prova no Campeonato Ibero-Americano, em São Paulo. “Estou muito feliz com a minha sequência de resultados”, lembrou. O pódio foi completado pelas brasileiras Keila Costa, com 14,13 metros, e Tania Ferreira da Silva, com 14,04 m. Elas conseguiram as melhores marcas do ranking nacional deste ano. Nas provas dos 200 metros, tanto no masculino como no feminino, o vento contra impediu melhores marcas. No masculino, Antoine Adams, de São Cristóvão e Nevis, venceu por 20.79 segundos, enquanto que no feminino a vencedora foi a norte-americana Tiffany Towsend, com 23.17. “A prova foi difícil, mas a marca acabou não sendo boa. Estou feliz, porém, com a vitória”, comentou Antoine Adams, que treina em Houston, nos Estados Unidos. A brasileira Ana Cláudia Lemos ficou com a prata nos 200 metros rasos. “Estou voltando depois de algum tempo parada e preciso ter paciência para alcançar os resultados desejados. Acho que isso é questão de semanas”, afirmou a cearense. Ana perdeu a prova dos 100 metros para a americana

Nos 400 m, o gaúcho Anderson Henriques comprovou a boa fase fechando a prova em 45.52

Bárbara Pierre, mas foi uma das mais festejadas pelo público que a parava para fotos e autógrafos. Nos 400 metros, o domínio foi brasileiro. O gaúcho Anderson Henriques, finalista no Mundial de Moscou, foi o vencedor, com 45.52, comprovando a boa fase, já que ganhou na semana passada o Ibero-Americano no Ibirapuera. “Tenho certeza de que estou no caminho certo”, disse. “O objetivo é voltar a correr abaixo dos 45 segundos.”

Evento

A 30ª edição do Grande Prêmio Brasil Caixa Pará, que foi assistida pelo presidente da Diamond League, o principal circuito de competições da IAAF, o tcheco Petr Stastny, reuniu 120 aletas - sendo 75 homens e 45 mulheres - de 20 países. Representantes de 15 nações foram ao pódio, sendo que de nove deles conquistaram a medalha de ouro. O vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho, que representou o presidente da entidade, José Antonio Martins Fernandes, mostrou-se satisfeito com o nível da competição. “Tivemos mais uma vez uma excelente organização e o fundamental apoio da Caixa, nosso patrocinador, e do Estado do Pará. Com isso, os resultados foram muito bons”, comentou. Para a secretária de Esporte e Lazer do Pará, Renilce Lobo Nicodemos, a realização do GP de Atletismo lhe deu uma grata satisfação. Ela fez pessoalmente todas as entre-

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gas de medalhas. “Ver o Mangueirão, o qual estamos revitalizando, receber esse povo paraense que é famoso por sua hospitalidade e calor, nos traz uma satisfação do dever cumprido. Todos na Seel, e com apoio de outras secretarias, fomos incansáveis para o sucesso que estamos vendo aqui no evento”, disse a secretária.

Sorteio

O GP de Atletismo, como reza a tradição do evento, foi encerrado com o sorteio de um carro zero quilômetro. E o automóvel saiu no primeiro número sorteado, o 71811. O Corsa Classique de cor branca foi para o senhor Reginaldo Teixeira Araújo, morador do bairro do PAAR, em Ananindeua.

Reginaldo Teixeira Araújo, morador do bairro do PAAR, foi o ganhador do Corsa Classique

Ele demorou alguns minutos até chegar ao centro do gramado do Mangueirão. Estava acompanhado dos dois filhos, um de 7 anos e outro de 11. ‘Seu’ Reginaldo é taxista e estava muito emocionado. “Quase não acreditei. Aliás, ainda não estou acreditando. Eu sempre vim ao GP de Atletismo, gosto de prestigiar os atletas, e acho que hoje a sorte esteve do meu lado”, disse Reginaldo, que recebeu as chaves do carro das mãos da secretária Renilce Nicodemos e do coordenador técnico da CBAt Martinho Nobre dos Santos.

Pódio 30º Grande Prêmio Brasil Caixa Pará 2014

Lançamento do dardo feminino: 1º Jucilene Sales de Lima (BRA) 61,99 m – RB; 2º Rafaela Torres (BRA) 56,60 m; 3º Laila

Ferrer (BRA) 55,91 m. Salto em distância masculino: 1º Mauro Vinicius (BRA) 7,74 m; 2º Higor Alves (BRA) 7,72 m; 3º Paulo Oliveira (BRA) 7,62 m. Salto com vara masculino: 1º Fábio Gomes da Silva (BRA) 5,50 m; 2º João Gabriel Sousa (BRA) 5,40 m; 3º German Chiaraviglio (ARG) 5,35 m. 400 m com barreiras masculino: 1º Mahau Suguimati (BRA) 49.09; 2º Eric Alejandro (PUR) 49.11; 3º Justin Gaymon (USA) 49.53. 100 m feminino (vento de 0.7): 1º Bárbara Pierre (USA) 11.29; 2º Tiffany Townsend (USA) 11.39; 3º Rosangela Santos (BRA) 11.47. Arremesso do peso feminino: 1º Cleopatra Borel (TTO) 18,29 m; 2º Natalia Ducó (CHI) 17,55 m; 3º Geisa Arcanjo (BRA) 17,54 m. 100 m masculino (vento de 0.6): 1º Asafa Powell (JAM) 10.02; 2º Marvin Bracy (USA) 10.14; 3º Dentarius Locke (USA) 10.17. 3.000 m masculino: 1º John Kipkoech (KEN) 7:56.36; 2º Younés Essalhi (MAR) 7:56.50; 3º Marvin Blanco (VEN) 7:58.13. Lançamento do disco masculino: 1º Maurício Ortega (COL) 59,75 m; 2º Markus Munch (GER) 59,00 m; 3º Ronald JulIão (BRA) 57,68 m. 3.000 m com obstáculos feminino: 1º

Pódium da Milha Sul-Americana. Leandro Prates,(2), com a secretária da Seel Renilcce Nicodemos e o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo José Antônio Martins Fernandes

Buzuayeauhu Mohamed (ETH) 9:55.22; 2º Muriel Coneo (COL) 10:00.01; 3º Angela Figueiroa (COL) 10:13.47. Salto triplo feminino: 1º Yosiri Urrutia (COL) 14,24 m; 2º Keila Costa (BRA) 14,13 m; 3º Tania da Silva (BRA) 14,04 m. 400 m masculino: 1º Anderson Henriques (BRA) 45.52; 2º Pedro Luiz Burmann (BRA) 45.73; 3º Peterson dos Santos (BRA) 46.68. 800 m feminino: 1º Anastasia Bazdyreva (RUS) 2:03.83; 2º Jessica dos Santos (BRA) 2:05.56; 3º Tatiana Raquel da Silva (BRA) 2:07.03. 800 m masculino: 1º Rafith Rodriguez (COL) 1:45.81; 2º Job Kinyor (KEN) 1:46.05; 3º Sammy Kirongo (KEN) 1:47.30. 200 m feminino (vento -1.6): 1º Tiffany Townsend (USA) 23.17; 2º Ana Claudia Lemos (BRA) 23.28; 3º Miki Barber (USA) 23.63. 200 m masculine (vento -3.4): 1º Antonie Adams (SKN) 20.79; 2º Maurice Mitchell (USA) 20.93; 3º Aldemir Gomes Junior (BRA) 21.04. (*) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer

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Moana Barbosa (Guardiã Tribal) Polyana Vieira (porta estandarte) Thaís Sampaio (Índia Guerreira), da tribo Munduruku

Munduruku é campeã do XX

Festribal em Juruti As alegorias e coreografias foram feitas por artistas do próprio município, com a ajuda de alguns artistas de Parintins

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Fotos Divulgação, Frank Wallace

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tribo Munduruku venceu a 20ª edição do Festribal, em Juruti, no oeste paraense. As tribos Munduruku e Muirapinima se apresentaram no Tribódromo, para um público estimado em mais de 25 mil pessoas. A apuração teve o seguinte resultado:Tribo Munduruku , 480 pontos; Tribo Muirapinima, 479, 5 pontos. A tribo Munduruku interrompeu uma sequência de três títulos seguidos da Muirapinima. Após o anúncio da vitória, a tribo Munduruku fez carreata pela cidade e a festa prosseguiu no Universo Munduruku até as primeiras horas da manhã A Munduruku levou para o Tribódromo o tema “Da iniciação Xavante ao mito Mushabo”. O enredo da apresentação se resume numa viagem pelos maiores rituais indígenas existentes no Brasil. Os 16 itens da agrewww.paramais.com.br

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Polyana Vieira em uma das maiores manifestações culturais do oeste paraense

A galera Munduruku no Tribódromo

miação foram aplaudidos pelo público de pé durante toda a apresentação. A torcida coloriu o Tribódrmo de vermelho e amarelo e cantou as canções que levaram a tribo a conquistar seu 13º título. “Um trabalho de meses que foi reconhecido. Estamos muito felizes com mais esse título e vamos comemorar com a torcida em nossa aldeia”, disse Edom Batista, presidente da Associação Folclórica Munduruku. Batista conta que as alegorias e coreografias foram feitas por artistas do próprio município, com a ajuda de alguns artistas de Parintins. “É uma parceria que temos com

eles. Uma troca de experiência. Mas nossos artistas são todos de Juruti e o trabalho mostrou que deu certo”, emendou o presidente. A direção da Muirapinima acompanhou a divulgação das notas dos jurados e acreditou na vitória todo tempo, mas não conseguiu superar a tribo adversária. A tribo defendeu o tema “Cosmogoni” e foi a primeira a se apresentar. O tema refere-se à visão de criação do mundo que cada etnia indígena tem no Brasil. “Infelizmente não foi dessa vez, mas vamos trabalhar para conquistar o próximo Festribal”, lamentou Gilvan Gomes, presidente da Muirapinima.

Pajé- Rafael Mesquita, da tribo Munduruku

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Guardiã Tribal Roberta Borges, Muirapinima

Pelas ruas de Juriti, em comemoração

O Festribal iniciou com a festa dos visitantes e encerrou com a apresentação principal das tribos. Cada tribo teve 2h30min para se apresentar e desenvolver seus temas. O julgamento foi feito por um corpo de jurados oriundos de vários estados do país, visando a imparcialidade do julgamento dos 16 itens. O Festribal desponta como uma das maiores manifestações culturais do oeste paraense. Todos os anos a Companhia Paraense de Turismo (Paratur) concede apoio promocional e de divulgação ao festival, que também faz parte da Incubadora de Eventos Alegoria da tribo Muirapinima

da Secretaria de Estado de Turismo (Setur). A construção das aldeias das tribos recebeu investimento do Governo do Estado. Apenas na construção da Aldeia Muirapinima foram investidos mais de R$ 300 mil. Nas aldeias, as tribos realizam seus ensaios e confeccio-

A galera Muirapinima

nam e guardam suas alegorias. Após a divulgação do resultado, centenas de simpatizantes, brincantes e torcedores da Munduruku saíram pelas ruas de Juruti em carreata e ostentando uma bandeira de mais de cem metros nas cores da tribo, amarelo e vermelho. “Sou torcedora e estou muito feliz por mais esse título da Munduruku. Agora é só alegria e comemorar bastante”, disse a turista Daniela Caroline, 34 anos, que veio de Manaus para prestigiar o Festribal. Em uma avaliação popular, em 20 anos de Festribal, esse foi considerado o melhor de todos os tempos, em todos os aspectos.

EXPRESSO VAMOS + LONGE POR VOCÊ ! 26

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Munduruku é campeã do XX Festribal em Juruti.indd 26

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Santarém terá indústria de fitoterápicos

O

conhecimento tradicional sobre plantas medicinais e o uso dessas plantas para combater doenças faz parte da cultura dos brasileiros. Quem nunca recorreu a um chazinho para tratar dor de barriga ou ao óleo de copaíba como antinflamatório? A novidade é que, nos últimos anos, a Fitoterapia vem sendo retomada, com consequente necessidade de se conhecer e valorizar as potencialidades das plantas medicinais em toda a cadeia produtiva. Nesse cenário, a Bacia Amazônica destaca-se como a região com maior potencial para aproveitamento econômico e sustentável dos insumos naturais voltados à produção de fitomedicamentos. O Pará se destaca como único estado na região norte a receber recursos do Ministério da Saúde para a implantação e fortalecimento do Programa Paraense de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que integra o Programa Paraense de Incentivo ao Uso Sustentável da Biodiversidade (Biopará).

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Em fase de manipulação

Santarém foi escolhida para ter a construção da primeira de três Farmácias Vivas, destinadas à produção de medicamentos à base de plantas de seis hortos para produção de mudas com certificação. A expectativa é que o projeto FarmaViva seja uma experiência piloto capaz de ser expandida para diversos municípios do estado. Belém e Paragominas também deverão receber in-

vestimentos do projeto. O primeiro edital para a participação no programa do Ministério da Saúde foi em 2012, com a liberação de R$ 160 mil. O dinheiro foi usado para estimular a criação de um pólo produtor de plantas medicinais. Das 16 comunidades da área Rede Eixo Forte, em Santarém, três foram escolhidas como áreas modelo para a produção das Etapa do beneficiamento de Fitoterápicos

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Plantação de ervas medicinais

ervas. “30 famílias estão diretamente envolvidas na produção dos fitoterápicos nas comunidades.O controle de qualidade e produção primária é feito pela UFOPA, e os fitoterápicos são distribuídos na rede municipal de saúde”, explica Mariana Leite, que coordena o projeto Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Santarém. Em junho deste ano, o convênio foi renovado para dar continuidade ao trabalho, com a construção do laboratório, aproveitando a estrutura da Universidade. “Vamos usar containers como laboratórios de beneficiamento primário e produzir, além do saches para chás, xaropes, pomadas e comprimidos”, enumera Mariana Leite. As comunidades envolvidas já plantam e beneficiam quatro ervas: cumaruzinho, erva cidreira, gengibre e babosa. Este ano, serão incluídas unha de gato e capim santo. “Nesta segunda etapa, esperamos receber R$700 mil para montar a estrutura dos laboratórios”, antecipa Mariana. Ela destaca que o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede municipal de saúde teve boa aceitação. “As pessoas sabem que além do conhecimento tradicional, os fitoterápicos tem segurança terapêutica, que vão receber ervas para os tratamentos na dosagem adequada”, comemora Mariana. Dentro do contexto do Programa Nacio-

de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) na execução do Projeto em Santarém. A criação de uma unidade de manipulação no município contribui para elevar a qualidade das instituições de ensino e pesquisa da região, fixar pesquisadores e atrair novos investimentos.

Mercado em potencial

nal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), instituído em 2006, cada Farmácia Viva implantada deverá realizar todas as etapas de produção dos fitomedicamentos, as quais incluem cultivo, coleta, processamento, armazenamento de plantas medicinais, manipulação e a distribuição dos fitoterápicos. A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) é parceira da Secretaria Estadual Em processamento ...

Pesquisas bibliográficas revelam que, na região, há cerca de 530 espécies botânicas portadoras de princípios ativos para uso medicinal, entre introduzidas e nativas, de ocorrência espontânea ou cultivadas. No Estado do Pará, apesar de contar com enorme vocação para o desenvolvimento da bioindústria, os benefícios em termos econômicos da exploração comercial dos produtos florestais não-madereiros, inclusive os medicinais, ainda são pouco significativos. Um dado dimensiona o desafio: em todo o território paraense, somente 30 empresas atuam nos setores de alimentos, cosméticos e fitoterápicos. Estimativa da Associação Brasileira de Fitoterapia calcula que, somente no Brasil, a indústria de fitoterápicos movimente, em média, cerca de US$ 500 milhões por ano. Contudo, essa indústria, tal qual a de medicamentos sintéticos, segue um padrão de desenvolvimento e distribuição marca-

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Canteiros com ervas medicinais

do pela concentração. Pesquisa da Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que 90% das empresas detentoras de registros de fitoterápicos estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste do País. Apesar do enorme potencial, a participação da região Norte nesse setor é de apenas 2%. Números como esses revelam a urgência de se investir na aplicação da ciência e da tecnologia com vistas a inovar em processos e produtos e gerar uma economia pautada na exploração racional dos recursos em nossa região.

Pesquisar para conhecer

Investir no estudo das espécies de plantas medicinais mais utilizadas localmente é fundamental para fortalecer a Fitoterapia e consolidá-la como terapia complementar e integrada ao tratamento oferecido pelo SUS. Apesar do enorme avanço do setor nos últimos anos, ainda há muito o que ser feito pela tríade Poder público - Instituições de Ciência e Tecnologia - Setor produtivo. Apesar de possuir a maior biodiversidade do planeta, vasto conhecimento tradicional das plantas medicinais e ainda de deter parque científico e tecnológico para desenvolvimento de fármacos, contraditoriamente, o Brasil representa o oitavo mercado farmacêutico mundial e importa fármacos e medicamentos muito mais que exporta, principalmente, da Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. Atualmente, as pesquisas financiadas pelo Governo Federal estão direcionadas às espécies já identificadas e listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus), composta por 71 espécies. “Entre 2003 e 2010, o governo federal apoiou 119 projetos, totalizando as 71 espécies reconhecidas pela Renisus. A expectativa é ampliar esse número, inserindo novas espécies amazônicas na lista oficial. Atualmente, existem diversos grupos de pesquisa de instituições amazônicas de C&T que têm como objeto de estudo as plantas

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Fitoterápicos produzidos pelas comunidades em Santarém

Mariana Leite e equipe responsável pelo projeto em Santarém

medicinais e os fitoterápicos. Um levantamento realizado em 2010 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde identificou 77 grupos de pesquisa nos nove estados localizados no Bioma Amazônico. Esses grupos são compostos de 432 linhas de pesquisa e por um total de 711 pesquisadores, 738 estudantes e 91 técnicos. Mas ainda é necessário investir no forta-

lecimento das relações entre a pesquisa e a indústria, pois apenas 10% dos grupos têm alguma relação com o setor produtivo.

Regulamentação

Os povos e comunidades tradicionais conhecem bem as espécies úteis disponíveis na floresta e todo esse patrimônio simbólico desperta o interesse de instituições de pesquisa, organizações não-governamentais, Plantas Medicinais e Fitoterápicos nas comunidades de Santarém

indústrias farmacêuticas nacionais e internacionais, entre outros. Advém daí o desafio de garantir que as ferramentas legais que dispõem sobre a repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos recursos genéticos de plantas medicinais e ao conhecimento tradicional associado sejam, de fato, implementadas. Para subsidiar a elaboração de um marco legal sobre o tema, o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, por meio de um Grupo de Trabalho sobre Uso Tradicional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do MS, está buscando estruturar pesquisas para identificar e sistematizar as experiências de uso tradicional e popular de plantas medicinais e sua dinâmica, no contexto da sociobiodiversidade brasileira. Ainda no que diz respeito à regulamentação, o poder público estadual, com o envolvimento direto do setor produtivo e da academia, têm trabalhado na elaboração da Lei Estadual de Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional. No texto da lei, consta a criação do Fundo Paraense de Apoio ao Conhecimento Tradicional destinado a apoiar as iniciativas das comunidades tradicionais. O Fundo será composto, principalmente, de parte do ICMS de empresas paraenses que desenvolvem atividades utilizando recursos oriundos da biodiversidade regional.

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Pesquisadora do Instituto Evandro Chagas recebe título de Doutora Honoris Causa

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corpo miúdo e as marcas do tempo podem dar uma impressão de fragilidade. Mas bastam alguns minutos de conversa para reconhecer em Gilberta Bensabath a energia de quem trabalha com amor ao que faz. Aos 89 anos, a médica e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas recebeu da Universidade do Estado do Pará o título de Doutora Honoris Causa, em reconhecimento a sua trajetória e inestimável contribuição à saúde pública na Amazônia. O título é justo. Foi Gilberta que, após muitos estudos, descobriu que a febre negra de Lábrea era uma combinação feroz de duas formas de hepatite B e D e que os indivíduos não portadores da Hepatite B não desenvolviam a forma agressiva da doença. Então, sob seu comando, uma campanha de vacinação contra a hepatite B reduziu o número de casos. Hoje, já são cinquenta e três anos dedicados à pesquisa sobre viroses regionais. “É um trabalho para a vida toda, adoro o que faço. Antes, atuava em pesquisas de campo, hoje trabalho mais em laboratório, revendo coisas que fiz, dando palestras para compartilhar conhecimentos e me atualizar sempre”, conclui.

Trajetória

Na língua hebraica, Bensabath significa “filho do sábado”. Mas, se tem algo que GilbertaBensabath não conhece é o descanso. Desde que se formou em medicina pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará (mais tarde incorporada à UFPA) aos 25 anos de idade, Gilberta se engajou em uma jornada de dedicação à saúde pública na Amazônia. Nos onze primeiros anos de sua carreira, ela atuou como médica do extinto Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) do Governo Federal. Durante a sua atuação como médica do Sesp, atendeu à população de Alenquer, nordeste do Estado, de 1951 a 1954. O maior legado da médica ao município foi a redução da mortalidade infantil e um plano para implantar o sistema de água encanada, problema denunciado por ela ao então governador, Magalhães Barata Logo após, Gilberta foi transferida para 32

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Gilberta bensabath recebe o título de doutora honoris causa

Igarapé Açu, onde trabalhou por 5 anos. “Tinha a ideia de que trabalhava no interior com saúde preventiva, no acompanhamento de gestantes e crianças, e também no atendimento em clínica geral. Era muito difícil, não havia estrutura”, lembra a médica. “Não adianta apenas levar médicos para o interior, se não houver condições para trabalhar e cuidar da população”, avalia. Foi durante esse período no município que ela atendeu um menino que mais tarde também seria médico e ídolo dos brasileiros: o jogador de futebol Sócrates, ídolo do Corinthians e capitão da Seleção Brasileira de Futebol.

Da saúde infantil às pesquisas

Em 1959, Gilberta cursou uma especialização em saúde da criança e da mãe na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi após uma aula sobre vacinas, que ela decidiu se dedicar à pesquisa científica. “Vi a importância das vacinas e quis voltar para Belém para estudar mais. Foi uma mudança de vida”, conta Gilberta Bensabath. No retorno ao Pará no ano seguinte, ela foi integrada à equipe do Instituto Evandro Chagas, na época, centro de pesquisas e de apoio laboratorial da Fundação Sesp. No IEC, Gilberta começou a realizar investigações sobre viroses regionais. “Havia uma

Pesquisadora do Instituto Evandro Chagas recebe título de Doutora Honoris Causa.indd 32

oportunidade para trabalhar em parceria com o instituto Rockfeller e estudar os vírus transmitidos por mosquitos nas áreas de florestas. Sabíamos que haveria muito mais doenças perigosas que precisavam ser conhecidas, além da febre amarela”, lembra. Durante sua atuação na Seção de Arbovirologia do IEC, Gilberta envolveu-se nas pesquisas da “febre negra de Lábrea”, mal até então desconhecido que acometia indivíduos de uma mesma família e matava, principalmente, crianças em um período de cinco dias. “Fizemos várias expedições de pesquisa em campo até adquirir mais conhecimento sobre a doença”, destaca a médica. Após quinze anos de trabalhos no Instituto, Gilberta foi nomeada diretora e exerceu o cargo entre 1975 e 1979. Durante sua gestão, o IEC enfrentou uma crise de financiamento ao perder a verba da Fundação Rockfeller dos EUA. Diante dessa situação, graças à insistência da médica, o governo federal garantiu que o Instituto Evandro Chagas se mantivesse vinculado ao SESP e não fosse incorporado à Fundação Oswaldo Cruz. Em 1994, Gilberta se aposentou oficialmente, mas continua desenvolvendo estudos na área de Hepatologia Viral, inclusive vacinação, e Epidemiologia. “Ainda há muita coisa desconhecida na Amazônia, precisamos ter garra, conhecimento, tecnologia e

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doenças é preciso investir nos institutos de pesquisa para chegar também a tratamentos e prevenção das doenças já conhecidas. “Isso é importante e as duas linhas de trabalho são inseparáveis. Ainda não nos livramos de males como a malária. Temos um alto índice de hanseníase e casos novos continuam a surgir. É possivel descobrir coisas novas a cada dia sobre doenças qwue estão entre nós há anos”, garante.

A febre negra de Lábrea

Gilberta Bensabath, médica e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas recebeu da Universidade do Estado do Pará o título de Doutora Honoris Causa, em reconhecimento a sua trajetória e inestimável contribuição à saúde pública na Amazônia

recursos financeiros para descobrir novas doenças”, avalia Gilberta Bensabath. Para ela, além da descoberta de novas

Há 30 anos, uma rara doença apareceu na remota aldeia de Lábrea, no Estado do Amazonas, deixando em questão de dias, dúzias de mortos e um mistério que dura até o dia de hoje. A febre negra de Lábrea foi uma mortífera conjunção do vírus da hepatite D em portadores crônicos da hepatite B, que é endêmica na vasta região da Amazônia. A origem desta combinação tão mortífera quanto o Ebola nunca ficou clara. Continua sendo uma lembrança de outras ameaças latentes na Amazônia, onde a natureza às vezes traz revanches. Há outros desconhecidos, como os arbovírus, chamados assim não porque venham das árvores, mas porque são transmitidos por artrópodos como ancudos, mosquitos e carrapatos. O dengue, a malária, a febre amarela, o

A melhor comida caseira da cidade

Aos 89 anos, Gilberta Bensabath ainda se desica à pesquisa médica

tifo, e a leishmaniose, estão entre as mais conhecidas doenças com esta origem. De acordo com os cientistas, muitas outras doenças de origem desconhecida podem estar latentes na profundidade da selva, para ativar-se em um futuro próximo e atacar centros urbanos, como faz hoje em dia o HIV, saído das selvas africanas. A Amazônia esconde milhares de formas de vida animal e vegetal ainda não descobertas pela ciência. Somente o Instituto Chagas isolou mais de 183 novos arbovírus, incluindo o Rocio vírus, causador de uma forma de encefalite, e o vírus Sabiá, que causa febre hemorrágica.

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açaí! Além de um sabor irresistível, o açaí traz uma infinidade de motivos para quem busca mais saúde e disposição para o diaa-dia.

1) Fruta mais completa da natureza Fruta mais completa da natureza

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Cada 100ml de açaí contém aproximadamente

Valor Energético: 106 Kcal = 449 Kj

Proteínas: 0,9g

Carboidratos: 18g

Açúcares (Mono e Dissacarídeos): 17g

Gorduras totais: 3,4g

Gordura saturadas: 0,9g

Gordura trans: 0

Colesterol: 0

Fibra alimentar: 2,4g

Cálcio: 20,5mg

Sódio: 0

Ferro: 0,9mg

Vitamina C: 17mg

Vitamina E: 45mg Pará+

13 motivos para você consumir o açaí!.indd 34

O açaí pode sustentá-lo mais que qualquer outro alimento do mundo. Cientistas chamam de “Superfood”.

2) Açaí, o fruto rejuvenescedor

Fruto rejuvenescedor, capaz de retardar o envelhecimento por sua alta dose de antioxidantes. Se comparado ao melhor VINHO TINTO, o Açaí contém 33 vezes mais antioxidantes, e 50 vezes mais do que a MANGA. O açaí contém antioxidantes, conjunto heterogêneo de substâncias composto por vitaminas, minerais, pigmentos e enzimas que combatem radicais livres. Em estudo realizado pela Universidade da Flórida, pesquisadores mostram que o açaí tem a capacidade de combater células cancerígenas em até 86% de eficácia. O consumo regular do açaí pode reduzir drasticamente doenças cancerígenas e entre outras causadas por radicais livres.

3) Açaí, como acelerador muscular

O fruto do açaí possui alto teor de proteínas, semelhante à proteína do ovo. Se comparado com Leite de Vaca: possui mesmo teor de Proteínas e Cálcio; 0 4 vezes mais Energia; 07 vezes mais Carboidratos; 08 vezes mais Vitaminas B1 e C; 118 vezes mais Ferro. As proteínas têm como uma de suas funções a formação de aminoácidos, o principal construtor muscular. Outra importante função das proteínas é a contribuição para a produção de anticorpos (células de defesa do organismo), fortalecendo o sistema imunológico e aumentando a capacidade de combater infecções.

4) Açaí, como redutor de colesterol

Em estudo realizado pela Universidade Federal do Pará, pes-

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Ali dese

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(91)


quisadores apontam diminuição de colesterol em pessoas com consumo regular de açaí, se comparadas a não consumidores. A diminuição do mau colesterol deve-se ao corante do açaí, a antocianina, também presente em uvas e alimentos com a coloração roxa. Se comparado a um litro de vinho tinto, um litro de açaí tem até 35 vezes mais antocianina. Contém, também, 60% Oléico (Ômega 9), ácido graxo monoinsaturado essencial, que auxilia na redução dos níveis do LDL (colesterol ruim) enquanto eleva os do HDL (colesterol bom), contém substâncias que ajudam a impedir coágulos que provocam entupimentos das veias.

Com sabor irresistível, o açaí traz uma infinidade de motivos para quem busca mais saúde e disposição para o dia-a-dia

5) Açaí = + Cálcio = + Ossos Fortes

O açaí possui alta concentração de cálcio, essencial para formação dos ossos e dentes, portanto muito recomendado para crianças. Para os adultos a quantidade diária recomendada ajuda a prevenir doenças como a osteoporose e a hipertensão.

6) Açaí, fonte de energia para atletas

Muito consumido por atletas, o açaí contém alta concentração de carboidratos, essenciais para pratica de qualquer esporte. Aliado ao aminoácido o açaí tem a função de regeneração muscular, ideal para manter o condicionamento físico apôs a atividade. É rico em vitaminas do complexo B que são fundamentais à produção de energia, crescimento muscular, melhora do funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração, ajuda no estímulo do apetite, garante o bom funcionamento do sistema nervoso.

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É recomendado para todas as pessoas, inclusive as que fazem dieta e perda de peso. A fruta supre praticamente todas as necessidades do corpo humano com grandes benefícios. Reduz o mal colesterol, acelera o metabolismo, ajuda a manter seu sistema digestivo limpo e isso resulta em movimen-

Alimentando o seu desejo de comer bem

tos regulares do intestino que eventualmente leva ao objetivo final de perda de peso. Para isso precisa combinar com estilo de vida ativo.

8) O açaí é afrodisíaco

Nativos da região Amazônica garantem

que o açaí pode e deve ser usado como afrodisíaco. Pesquisa já realizada, receita o açaí para casais com dificuldades em engravidar, bem como homens com problemas de impotência. Para homens nada melhor que regularmente consumir um copo ou tigela de açaí, para manter em dia seu apetite sexual.

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9) Evite cãibras, tome açaí Com alta concentração de potássio, o açaí pode ser fundamental ao combate a câimbras. Em conjunto com boa ingestão de líquidos durante a atividade física, este alimento energético pode reduzir por completo, as dolorosas câimbras causadas por desidratação.

10) Ajuda no trânsito intestinal

É rico em fibras e dessa forma, ajuda no trânsito intestinal. As fibras promovem um sistema digestivo saudável. Acredita-se que o baixo teor de fibras na dieta americana seja fator que contribui para a alta incidência de câncer e de doenças cardíacas. Fibras solúveis podem ajudar a reduzir o colesterol sanguíneo; e acredita-se que fibras insolúveis possam ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer.

11) Estimula o apetite

Rico em Vitamina B1. Possui um papel importante no funcionamento do sistema nervoso, na regulação do metabolismo de

Amassando o açaí

hidratos de carbono, gorduras, proteínas e ácidos nucleicos e transformação da energia, na manutenção e estímulo do apetite.

13) Combate a hipertensão

O Açaí ajuda você a dormir melhor, isso porque contém nutrientes como vitamina B e outros, o açaí é capaz de diminuir o seu nível de estresse e auxilia na comunicação

Contém 12% Linoléico (Ômega 6), ácido graxo poliinsaturado essencial, que comprovadamente reduz o nível do LDL, proteje contra a pressão arterial alta (hipertensão), combate o excesso de glicose.

12) Açaí no combate á insônia

entre suas células cerebrais. O Açaí favorece seu bem estar físico e mental.

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Certificação Fair trade estimula as práticas sócio-ambientais para valorizar o açaí

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Fotos Elcimar Neves/ Ag. Pará

uando os produtores rurais de São Sebastião da Boa Vista começaram a participar, em 2008, do projeto do Sebrae para diagnosticar os elos da cadeia produtiva do açaí na região metropolitana de Belém e no Marajó, não imaginavam que era o primeiro passo para conquistar o mercado internacional. A COPAVEM- Cooperativa Agroextrativista da Veneza do Marajó foi a primeira a aderir ao projeto. Hoje, os 53 produtores rurais de açaí cooperados da COPAVEM desenvolvem a pesca, a produção de hortaliças e a produção de farinha de mandioca voltadas para o consumo familiar. Mas o açaí é o carro-chefe do trabalho desde 2010. A escolha do açaí foi feita a partir da demanda no mercado internacional para açaí certificado Fair trade. “Em 2010, houve uma missão internacional na Europa, realizada pelo Sebrae Nacional. Em todas as empresas que foram visitadas, havia perguntas sobre o açaí e a certificação fair trade - muito valorizada no continente Europeu. Diante dessa demanda, foi realizado um diagnóstico sobre a potencialidade desses produtores para a certificação fair trade, com resultados positivos”, explica o gestor do projeto, Mauro Roberto. A partir de então, os técnicos do SebraePA promoveram palestras e reuniões com os produtores para que eles entendessem como funcionava a certificação e quais as vantagens da mesma. “Foram feitas diversas visitas e consultorias de orientação para os produtores. Em torno de 60% dos critérios fair trade tratam-se de questões ambientais, como uso de agrotóxicos, fertilizantes e defensivos químicos, destinos de efluentes de produção, desmatamento entre outros. Como estamos tratando de produção extrawww.paramais.com.br

Certificação Fair trade estimula as práticas sócio-ambientais para valorizar o açaí.indd 37

O produto Fair Trade é certificado por uma instituição na Alemanha e para obter a certificação é necessário cumprir alguns requisitos sociais e ambientais

Não há custo extra, apenas um cuidado maior com a produção. O foco central é desenvolver a comunidade rural

tivista, esses produtores naturalmente não fazem uso dessas substâncias ou práticas nocivas ao meio ambiente, pelo contrário, foram capacitados para entender que quanto mais o mesmo preservar a sua área, mais produção ele terá”, lembra Mauro Roberto. Através de consultorias realizadas pelo Sebrae os produtores foram orientados a desenvolverem suas atividades produtivas e a estabelecerem relações sociais com base em normas (Estatuto Social) e regulamentos técnicos (Inventário Sustentável e Manual de Procedimentos) criados para esse fim. Os benefícios para os produtores da cooperativa já estão aparecendo. A certificação fair trade, como o próprio nome diz – comércio justo – preza principalmente pelas relações justas entre compradores e produtores, de forma onde todos ganhem. “Dentre os princípios do fair trade está o preço justo, ou seja, todo o trabalho de adequação aos critérios estabelecidos precisa ser remunerado de forma adequada. Então, enquanto Pará+

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Gerson Melo

os produtos são produzidos sem agressão ao meio ambiente, sem uso de mão de obra infantil, sem discriminação de qualquer natureza, esse produto não pode ter o seu preço comparado com outros produtos produzidos sem esses cuidados”, explica Mauro. “Por isso, no primeiro momento os produtores vão ganhar com a abertura de novos mercados, pois o fair trade é uma certificação bastante valorizada em outros países, além de que no fair trade temos o chamado bônus, que é um valor que é adicionado ao preço de venda do produto e que deve ser aplicado em benefícios para a comunidade onde os produtores estão inseridos”. Em algumas culturas, como o café, o certificado fair trade trouxe uma valorização de 70% ao produto. Mas ainda não é possível prever quanto deve ser a valorização do açaí com o certificado, porque não há nenhum outro grupo de produtores de açaí certificados para fazer o comparativo. “No caso do Açaí, não existe um histórico. Nesse caso, precisamos apoiar os produtores para definir um preço que seria interessante para eles e para o consumidor. Tudo depende da demanda do mercado e aceitação do produto no mercado, no final quem decide é o comprador final, não faz sentido inserir no mercado um produto a preço muito elevado, isso pode limitar o volume da venda e acaba não dando retorno para o produtor”, avalia o

Manipulação correta

gestor do projeto. A certificação já atraiu compradores para a produção do açaí. “Temos empresas de países como a Áustria e Itália que já souberam da certificação e já estão procurando pelo produto”, comemora ele. “Nesse primeiro momento o apoio do Sebrae vai ser na prospecção de mercado, participação em feiras nacionais e internacionais para apresentação do produto, além de apoio no momento da formação do preço de venda e claro, nas negociações futuras”, garante. Outras comunidades podem receber esse atendimento do SEBRAE e conseguir a certificação, desde que estejam organizadas em

associações, cooperativas ou outras formas de organização e se enquadrem nos critérios fairtrade. A certificação pode ser dada a produtos como o cacau, castanha do Pará, mel e etc, e tem validade por 12 meses. Após esse tempo, os produtores passam por uma auditoria para a renovação da certificação.

A lógica do preço justo

Fair Trade é um termo inglês que, em português, significa mercado justo. A certificação Fair Trade, bastante difundida nos países da Europa e América do Norte, ainda é novidade para muitos produtores aqui no

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Princípios que regem uma relação comercial justa e solidária: - Pagamento de preço justo no ato do recebimento do produto; - Transparência e a corresponsabilidade na gestão; - Relação de longo prazo, na qual o comprador (distribuidor) oferece treinamento e outras formas de apoio aos produtores, além do acesso às informações do mercado; - Produtores organizados em cooperativa ou associação, por exemplo; - As legislações ambientais e de trabalho e as normas nacionais e internacionais devem ser respeitadas; - O ambiente de trabalho deve ser seguro e crianças devem estar frequentando a escola; - O meio ambiente deve ser respeitado. Benefícios para os consumidores Ao optar por um produto de origem do Comércio Justo e Solidário, o consumidor contribui para a inclusão social e econômica de pequenos produtores, para a sustentabilidade ambiental e social, e apoia ações de responsabilidade social. Benefícios para os comerciantes - Pioneirismo; - Novo nicho de mercado com consumidores qualificados e formadores de opinião; - Coerência com as atividades de responsabilidade social; - Garantia de qualidade do produto; - Garantia de fornecimento do produto, - Relações comerciais de longo prazo; - Reputação, ganho de imagem; - Sustentabilidade.

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Brasil. O certificado valoriza o produto porque estabelece um preço mínimo pelo qual deve ser vendido e é um meio encontrado para inserir as cooperativas de pequenos produtores no mercado internacional, desenvolvendo as comunidades rurais. Somente agricultores familiares podem obter o certificado. Eles devem cumprir exigências que vão desde regras sobre o uso de pesticidas até a obrigação de os filhos estarem matriculados na escola. Os produtos com certificação Fair Trade são mais caros porque valorizam práticas ambientais e projetos sociais. De cada saca do produto Fair Trade vendida, é destinado um percentual do valor para beneficiar a comunidade como um todo. Este dinheiro deve ser investido em melhorias e projetos sociais para a região. O preço justo é o mínimo para cobrir a produção sustentável das cooperativas. São feitos estudos muito sérios com diversas variáveis por um instituto alemão, que determina um preço único para o mundo todo. O Fair Trade é uma tendência mundial que também existe em várias outras culturas, como o açaí, o milho, a soja e até na indústria têxtil. O mercado não pára de crescer e é uma excelente oportunidade para produtores familiares que vão se destacar, ganhar mais e conseguir benefícios para a comunidade. No Brasil, a ideologia do Fair Trade ainda não é difundida e, como o produto é mais caro, o mercado interno ainda não absorve o café diferenciado. Toda a produção é destinada ao mercado externo. O produto Fair Trade é certificado por uma instituição na Alemanha e para obter a certificação é necessário cumprir alguns requisitos sociais e ambientais. Não há custo extra, apenas um cuidado maior com a produção. O foco central é desenvolver a comunidade rural.

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Para eliminar as toxinas do corpo

Para emagrecer e ajudar a eliminar as toxinas do corpo Certos alimentos ajudam a eliminar as toxinas do organismo. O resultado é uma aparência mais magra e saudável 40

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aparência de quilos extras de muita gente pode não ser exatamente gordura, mas inchaço. Inflamatórias, algumas substâncias chegam a adicionar de 5cm a 10cm no abdome de uma pessoa, garantem nutricionistas. “O leite, rico em gordura saturada, os alimentos industrializados (que têm sódio e acidulantes), o café e o álcool favorecem inflamações”, exemplifica o nutricionista Fábio Bicalho. Além de evitar a ingestão desses produtos, vale a pena incrementar o consumo daqueles de efeito oposto: os anti-inflamawww.paramais.com.br

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Comemorando os resultados de sua força de vontade, a dieta a levou a perder 15kg em um ano

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tórios. O senso comum os chama de “emagrecedores”, mas o que fazem é eliminar substâncias tóxicas que inflamam o organismo. “Todos os sucos detox, dos quais se fala muito, levam ingredientes anti-inflamatórios. Eles proporcionam uma verdadeira faxina nas células”, explica a nutricionista Maria Matos. Se os ingredientes desses sucos, portanto, forem adicionados à dieta, a limpeza vai ser diária, evitando o inchaço e causando bem-estar. Antes de adotá-los, porém, deve-se consultar um profissional, já que pessoas hipertensas ou com gastrite podem não se adaptar. Eduardo Camargo, 20 anos, estudante e representante de vendas, comemora os resultados de sua força de vontade. Combinada a exercícios físicos, a dieta o levou a perder 15kg em um ano. Seu percentual de gordura reduziu de 18% para apenas 4%. “O que me ajudou foi o fato de gostar de pedalar e de consumir frutas”, conta. Hoje, o único alimento com lactose que consome é queijo branco. A nutricionista sugeriu a mudança devido ao inchaço que a substância causa. Ele deixou de tomar bebidas alcoólicas quando começou a dirigir, há dois anos, mas hoje, mesmo que não esteja dirigindo, não bebe por causa da dieta: “Tem a questão do inchaço, mas senti também que beber na sexta-feira e malhar no sábado não dá certo. Eu perdia em resistência”, explica. O chocolate, que ele não conseguia largar, acabou trocado por uma versão sem açúcar e lactose. “Não tem o mesmo gosto”, reconhece. O estudante malha de segunda a sexta-feira e corre ou pedala aos sábados. Quanto à dieta, está cheia de alimentos que limpam suas células e impedem o inchaço, entre eles a maçã, o abacaxi e o mel, que ainda evita que ele tenha hipoglicemia, caracterizada pela queda de glicose no sangue, uma vez que consome pouco carboidrato e nada de açúcar. “Mel com abacaxi é, geralmente, minha sobremesa”, conta.

Alimentos “do bem” Chá verde Além da catequina, substância antioxidante, contém a glutationa, que trabalha na ação detox. No entanto, não é recomendável a hipertensos. Quem tem problemas para dormir não deve tomá-lo depois das 17h, porque tem muita caféina.

Chá de hibisco Pode ser uma alternativa ainda melhor do que o chá verde, pois tem muito mais antioxidantes. Fábio Bicalho sugere adicionar canela a fim de potencializar o efeito termogênico.

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Mel Ajuda na digestão e na eliminação de toxinas e ainda conta com propriedades antibacterianas, fungicidas, cicatrizantes, expectorantes e anti-inflamatórias.

Maçã Contém quercetina, um flavonoide antioxidante que atua na digestão da gordura.

Casca de limão Contém antioxidantes que estimulam a produção de bile, que ajuda na digestão.

Abacaxi Contém bromelina, que pode ser extraída do caule e do núcleo do fruto do abacaxi. Proporciona vários benefícios à saúde, evitando, inclusive, a coagulação excessiva do sangue.

Alho “O alho é um alimento padrão-ouro”, Fábio Bicalho ressalta. Ele tem ação bactericida, anti-inflamatória e desintoxicante.

Morango Bloqueia as enzimas responsáveis pela promoção de inflamações.

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Açafrão Contém curcumina, um potente antioxidante. Pode ser usado na preparação de chás ou no tempero de alimentos.

Beterraba Contém betaína, que ajuda na velocidade com que o fígado desfaz os ácidos gordos e reduz os níveis de substâncias inflamatórias nas células.

Couve Colabora com o fígado na eliminação de toxinas devido a compostos enxofrados.

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