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Revista

Pará+ NOVEMBRO 2014

BELÉM-PARÁ

WWW.PARAMAIS.COM.BR

ISSN 16776968

EDIÇÃO 153

EDITORA CÍRIOS

R$ 8,00

PAULO ROCHA, SENADOR ELEITO AEROMODELISMO NO PARÁ PARÁ NEGÓCIOS MARKETING POLÍTICO PARAENSE CAPA 153.indd 1

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Revista

N E STA E D I Ç ÃO EDIÇÃO 153 - NOVEMBRO/2014

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

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Círio de Nazaré 2014

ÍNDICE

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Círio de Nazaré, quando a fé une todas as crenças

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Recírio

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Entrevista com Paulo Rocha, senador eleito

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Caixa promove o desenvolvimento sustentável do Marajó

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Vale atinge recorde de produção de minério de ferro

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Parceria Governo/Eletronorte amplia capacidade de transmissão de dados no oeste do Pará

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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2014 NOVEMBRO

EDIÇÃO 153

ISSN 1677

Pará Negócios 2014

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Romeiro de Nazaré

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DIRETOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Claudina Santos DRT 1310, Anete Costa Ferreira, Beatriz Bernardes, Camillo Martins Vianna, Nátia Machado, Mário Fagundes, Ronaldo Hühn, Ruy Fernando Ribeiro da Fonseca, Sylvio Fagundes, Wilson S. Portela Jr; FOTOGRAFIAS: Arquivo Pará+, Brenda Nunes, Cristino Martins, Nailana Thiely, Sideney Oliveira/ Ag. Pará, Divulgação, Everaldo Nascimento / Ascom OS Pará 2000, Larissa Yasmim Luz e Silva, Marcello Casal Jr/Agência Brasil,Marcelo Martins, Paulo Roberto Almeida, Tânia Rego/Ag.Brasil, Vantoen Pereira Jr - Agencia Vale; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

R$ 8,00

TO ADOR ELEI RÁ CHA, SEN PAULO RO ODELISMO NO PA OS ÓCI AEROM PARÁ NEG ENSE PARA POLÍTICO G IN ET MARK

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A esquadrilha do controle remoto

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Estudantes criam biscoito e ganham prêmio internacional

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A “medicina do futuro” já faz parte do presente

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FAVOR POR

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Uma campanha de marketing político feito em casa

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Bailarino paraense é selecionado para estudar na Escola Bolshoi RE

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Arranjo artistíco com aeromodelos em montagem e colagem livre de fotos

I LE ESTA REV

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Portal Amazônia

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Hoje romeiro, eu só agradeço

Romeiro de Nazaré Texto Ruy Fernando Ribeiro da Fonseca*

Senhora, pedi o ano inteiro, hoje só agradeço. Valei-me Nossa Senhora de Nazaré, me ajude a conseguir… pedidos feitos quase diários. No Círio, se eu for na corda, não considere um sacri�ício, mas a demonstração da minha Fé. Se eu levar na cabeça uma casa em miniatura, ou alguns tijolos, foi graça alcançada. Uma melancia, foi safra salva de enchente ou chuva forte. Se eu somente acompanhar, rezando, sou mais um na multidão agradecendo. Me envolvendo … e forti�icando minha Fé na dos outros romeiros. Sim, Senhora de Nazaré, hoje eu só agradeço. (*) 45 anos longe de Belém. Hoje, romeiro. www.paramais.com.br

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Círio de Nazaré 2014 2 milhões de pessoas nas ruas de Belém Fotos Larissa Yasmim Luz e Silva, Marcello Casal Jr/Agência Brasil, Paulo Roberto Almeida

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om uma missa às 5 horas, em frente à Catedral Metropolitana, celebrada por Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém, concelebrada pelos: arcebispo emérito Dom Vicente Joaquim Zico, do bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, Dom Teodoro Mendes Tavares, Dom

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José Luiz Azcona, bispos do Marajó, Dom José Maria, de Abaetetuba, Dom Jesús Maria Berdonces de Cametá, dezenas de padres de Belém e do interior, e com a praça Dom Pedro II tomada por devotos e admiradores de Nossa Senhora de Nazaré, foi iniciado a procissão do Círio 2014. A celebração teve cânticos marianos enSalve Nossa Senhora

Dom Alberto iniciou a homilia lembrando que o Brasil inteiro, comemorava a padroeira dos brasileiros, Nossa Senhora Aparecida, que no Pará é celebrada com o título de Nossa Senhora de Nazaré

toados ao vivo pelo Coral da Sé. Às 6h20, o coordenador geral da Diretoria da Festa, Jorge Xerfan colocou a imagem de Virgem de Nazaré na Berlinda, ornamentada com 12 mil flores, a maioria nas cores azuis e lilás para combinar com o manto da Santa, sob o som de aplausos, fogos e dos sinos da Sé. Por volta das 6h30, a imagem de Nossa Senhora recebeu sua primeira grande homenagem, em frente à pedra do Ver-o-Peso, com uma barulhenta queima de fogos de 12minutos, patrocinada pelos pescadores e barqueiros do Ver-o-Peso. Logo depois, às 6h45, houve o atrelamento da corda, em frente ao primeiro portão da Estação das Docas. Às 7 horas, Nossa Senhora recebeu uma das mais tradicionais homenagens, a do Sindicato dos Estivadores do Pará, que por segurança, houve uma redução de 20% no foguetório. Talvez esse tenha sido o último ano desse espetáculo pirotécnico, que passará a ser em balsas, frente à Estação das Docas. Além dos promesseiros da corda, eram constante os com objetos (imagens de Nossa Senhora, cruzes, miniaturas de casas, terços, livros) nas mãos, retratando graças ou pedidos alcançados, os tradicionais - crianças vestidas de anjos, em menor quantidade, foram alguns dos promesseiros que mais chamaram a atenção durante a procissão. A partir daí a procissão seguiu seu percurso de forma rápida, surpreendendo muitos fiéis. Da varada do 3º andar do edifício Manoel Pinto da Silva, a tradicional bênção do arcebispo emérito de Belém, dom Vicente Zico, acompanhado do também emérito Cardeal Dom Frei Cláudio Hummes, vários sacerdotes, convidados especiais vindos da Escócia, Colômbia, Itália e Brasil e um grupo de idosos. Para dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão de Bispos à Amazônia, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Essa é uma festa única, extraordinária, é a maior festa mariana do mundo que reúne milhares de pessoas no mesmo dia. É muito emocionante e mostra que Nossa Senhora é a mãe de todos nós e reforça o que o Papa Francisco disse: “um cristão que não tem Nossa Senhora é órfão, porque ela é a grande mãe”. Apesar dos apelos do arcebispo metropolitano e da Diretoria da Festa, a tranquilidade da romaria foi prejudicada, por volta www.paramais.com.br

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Frente ao palanque montado na Estação das Docas

Promessa e corda

A alegria de Dom Alberto na corda

das 10h30 da manhã, quando a corda foi cortada entre as travessas Doutor Moraes e Benjamin Constant, próxima a TV Liberal, e passou a ser disputada por vários grupos de pessoas. Nesse trecho foi cortado o núcleo da cabeça da corda e as estações quatro e cinco, fazendo com que a berlinda tivesse que ser atrelada à estação três. Esse problema, ocasionou um grande tumulto, e a procissão, que caminhava com rapidez, passou a seguir de forma mais lenta. Em frente a sede do Clube do Remo em Nazaré, arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, abençoou os muitos promesseiros levaram pedaços da corda. O arcebispo lamentou o corte esperando que no próximo ano o ato não volte a acontecer.

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Anjinhos

“Nós lamentamos e esperamos mais gente respeite até o final o corte da corda. Mas, isso não tira o brilho da celebração do Círio”, avaliou Dom Alberto. A chegada na Praça Santuário foi uma explosão geral de emoção e fé. A Santa chegou à Praça Santuário, final da mais importante das 12 romarias oficiais do Círio. A imagem então foi retirada da berlinda pelo coordenador geral da festividade, Jorge Xerfan, e entregue ao bispo auxiliar de Belém Dom Teodoro Mendes. Ele a ergueu e abençoou os presentes por cada lado do altar da Praça Santuário. Este foi um dos Círios mais rápidos e com menos incidentes graves da história.

Carro Dom Fuas Roupinho de promessas O Círio chegando ao fim, na Praça Santuário

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Círio de Nazaré, quando a fé une todas as crenças

A fé e a emoção coletiva que falam mais que as dúvidas e a intolerância

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m Belém do Pará, a mais impressionante manifestação de fé e tolerância religiosa acontece em outubro: trata-se do Círio de Nossa Senhora de Nazaré - provavelmente, a maior festa cristã em louvor a Vigem Maria que acontece em todo o Mundo. Mais do que uma manifestação religiosa, a procissão é a prova de que é possível a convivência respeitosa entre credos diferentes, numa tendência entre igrejas cristãs em desenvolverem atividades conjuntas no sentido de formar uma universalidade. É a busca das igrejas em formar um só rebanho. Em Belém, no mês de outubro, isso não é apenas uma utopia. O que se percebe são atividades ecumênicas, onde elementos de diversas igrejas se congregam para desenvolverem atividades religiosas respeitando-se as diferenças para uma convivência fraterna entre os irmãos. Há muito mais por trás do Círio de Nazaré. Quantas são as oportunidades de visualizarmos uma manifestação religiosa de prática do catolicismo reunindo não apenas católicos, mas evangélicos, espíritas, umbandistas, etc.? Até os que não tem religião determinada, comparecem todo ano ao encontro com a festa religiosa. O Círio para os paraenses é tão importan-

No centro, Dom Alberto Taveira e o pastor Zildomar Campelo, que abre o templo da Assembleia de Deus para receber fiéis durante a passagem do Círio

te quanto o natal. O Círio é de todos. Nele, não existe distinção de raças, de pobre ou rico, negro ou branco. Todos indistintamente querem contribuir no percurso em que a berlinda com a imagem de Maria percorre e homenageá-la. Tal fato nos revela que é possível convivência sem agressões ou querelas, sem acusações ou imposições, basta apenas que algo acima se manifeste: A Fé! Junto a tantos fenômenos sociais, costumes e lendas que envolvem o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, uma impressionante massa humana – como que se estivesse abrindo mão de sua própria individualidade – uniu-se em torno de um desejo único: a

paz de todos os povos e entre todas as religiões. Todos parecem querer compartilhar dessa vontade de mostrar ao mundo que a coincidência do amor depende apenas de alguma disposição e empenho pessoal. O Círio transcende religiões. Na Avenida Nazaré, esquina com a Doutor Morais, fica um Templo da Assembleia de Deus. É a partir dali que evangélicos distribuem água para devotos do Círio de Nazaré, servem café da manhã e ainda prestam assistência médica aos romeiros que passam em frente ao templo evangélico, localizado no trajeto da procissão e precisam de apoio. “Nossa igreja está de portas abertas, com o propósito de estabelecer o mandamento de Deus, que é amar a Ele e ao próximo, independente de religião”, explicou o pastor Zildomar Campelo, do grupo “Blindados do Senhor”, da Assembleia de Deus. O grupo reúne 300 voluntários, que distribuíram neste ano 10 mil copos de água aos devotos, além de servir café da manhã, com direito a bolo, sanduíches, pães e sucos para 2 mil pessoas. “Não temos preconceito. Deus ressuscitou Jesus para que as pessoas viessem se agregar a Ele, e nosso intuito é esse”, completou Campelo. O Pastor Zildomar lembra que “Deus não veio para as instituições, mas para as pessoas que se amam. Deus é inclusivo e não pertence apenas a uma denominação A, B ou C. Por isso fazemos o que Jesus faria”, avalia. O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igrejas cristãs. A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs. “Por isso, não poderíamos ficar comnossa igreja fechada em um dia como o Círio de Nazaré”, explica o pastor Zildomar. “Temos amigos e parentes nossos na procissão, existe a necessidade de nos relacionarmos com as pessoas, então temos que estender as mãos. As pessoas deveriam multiplicar isso e é o que temos praticado”, completa.

A diversidade de crenças e ideologias O Círio transcende religiões, movidos pela fé e o amor ao próximo

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A multidão não reúne apenas promesseiros e devotos da Santa, nem tampouco apenas católicos. A mistura de crenças caminha www.paramais.com.br

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Testemunhos

Grupo de evangélicos escoteiros ajuda fiéis que pagam promessa

no asfalto movida pela fé e o amor ao próximo. Famílias formadas por espíritas, evangélicos e umbandistas participam unidas da caminhada. A força simbólica de Nossa Senhora de Nazaré é capaz de superar possíveis barreiras entre os devotos. Mais do que uma expressão de fé, o Círio é um fenômeno cultural. O Círio tem uma vida própria quanto evento cultural que define a identidade paraense, por conta disso ele é um evento aglutinador de pessoas das mais variadas ideologias. As famílias se reúnem no Círio muito mais do que no Natal. Motivados pela nova linha de conduta adotada pelo Papa Francisco, que prega a tolerância e a aceitação entre a humanidade, católicos cada vez mais compartilham do sentimento de aceitação ao próximo. Representantes de outras religiões falam sobre inclusão social e o combate aos preconceitos e lembram: tolerar é premissa da fé, a aceitação das diferenças é fundamento das religiões. Das muitas páginas da Bíblia, com provérbios, histórias de um povo e alicerces da fé cristã, uma lição deixada por Jesus Cristo se sobressai: “Amar ao próximo como a si mesmo”. O ensinamento, traduzido a situações cotidianas, diz sobre respeito e tolerância. Para Edinaldo de Souza Calixto, que faz parte da Diretoria da União Espírita Paraense, a tolerância é parte preponderante do cristianismo: “Não se pode dizer que se ama alguém e não se buscar o entendimento de

que não se pode pregar o amor, excluindo as pessoas. Ser cristão é indissociável de ser tolerante”. A postura de aceitar todas as diferenças é compartilhada pela doutrina espírita. “Alan Kardec aponta como premissas do Espiritismo o trabalho, a solidariedade e a tolerância”, opina. Edinaldo avalia que no mundo, essas práticas tem sido cada vez mais comuns, principalmente entre os povos ocidentais. “Temos respeito e serenidade em qualquer ação de atendimento ao ser humano”, afirma ele e elogia a postura dos evangélicos que participam do grupo Blindados do senhor. “Deus é uma unanimidade e vemos com muita alegria esses exemplos. A União Espírita também coloca à disposição a estrutura do prédio da rua Oswaldo Cruz, no percurso da procissão, para a Cruz Vermelha atender os necessitados. Precisamos dar essa contribuição no atendimento da pessoa humana, independente do credo que ela professe”, avalia. Para ele, “as religiões deveriam se prender ao que nos une, que são as bandeiras de solidariedade, tolerância e fraternidade. Queremos essa postura demonstrada pelo Papa Francisco, de acolhimento”, conclui. “Afinal, toda religião tem sua doutrina e todas são belas, basta que as pessoas coloquem em prática”. O Círio é fruto da fé dos povos e das religiões ali manifestas, sob a égide e amparo de Deus e, naturalmente, sob as bênçãos da mãe do Cristo, da mãe de todos.

>> Olga Bongiovanni: “Entrevistei católicos, evangélicos, espiritas, judeus, budistas e todos unidos no mesmo sentimento: Aqui se respira AMOR, independentemente de religião”. Hoje faço parte deste Mar de Gente, em ondas caminhamos com Fé. O Círio é o Coração do Paraense, nenhuma explicação pode explicar. Inesquecível. Abraços carinhosos, a fé de um Mar de Gente, as cores e os deliciosos sabores que provei, o respeito de um povo a todos os povos e credos do Brasil e de outros países. Belém do Pará, Norte Brasileiro para sempre em meu coração. Gratidão a todos. Quando puder, visite, vocês vão querer voltar, porque eu voltarei.

>>Nosso amigo, Josue Costa, dentro do templo da Assembléia de Deus, na Avenida Nazaré, com Doutor Morais, tomando café ofertado pelos irmãos evangélicos aos romeiros do Círio. Impressionante! O pastor Zildomar é um pastor mesmo, disse Josue.

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Recírio Fotos Cristino Martins - Ag.Pará

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pós a subida da imagem original de Nossa Senhora de Nazaré ao Glória, a imagem peregrina foi conduzida ao altar da Praça Santuário, em procissão pelos celebrantes e diretores do Círio. Em seguida, uma missa presidida por dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico para o Brasil, concelebrada por Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém, pelos bispos auxiliares, dom Teodoro Mendes Tavares, dom Irineu Roman, e dom Vicente Zico, o Arcebispo emérito, às 8h, abrindo a última das 12 romarias oficiais do Círio 2014. Ao término da missa, cerca de 50 mil fi-

Em frente ao Colégio Gentil Bitencourt a Benção final

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Na missa celebrada por Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém, concelebrada por dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico para o Brasil, e pelos bispos auxiliares, dom Teodoro Mendes Tavares e dom Irineu Roman, às 8h, abriu a última das 12 romarias oficiais

Cerca de 50 mil fiéis acompanharam a Imagem por um percurso de 650 metros, o menor trajeto de todas as romarias oficiais

éis acompanharam a Imagem por um percurso de 650 metros, contornando a Praça Santuário, seguindo pelas avenidas Generalíssimo Deodoro, Nazaré e Magalhães Barata, até chegar à Capela do Colégio Gentil Bittencourt, no menor trajeto de todas as romarias oficiais, cumprido em cerca de 45 minutos. Para o Núncio Apostólico do Brasil, um momento muito especial: “Fico feliz em ver essa manifestação de fé, e sobretudo, essa continuidade que durante quinze dias permanece a mesma e se Deus quiser vai fortalecer mais a fé em cada um de nós”. Dom Giovani D’Aniello também ressaltou a presença da Vir¬gem Maria na celebração, “cau¬sa de alegria” para os católicos. “Com Maria, somos hoje mis¬sionários de Deus”, afirmou, encerrando a pregação com a bênção ao público considerado por ele “família da Igreja”. A recondução da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré á capela do Colégio Gentil marcou o encerramento de mais um Círio

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Feira de Artesanato do Círio Fotos Marcelo Martins

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rganizada há 15 anos pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará – SebraePA, a feira reuniu 54 estandes de artesão vindos de diversos municípios do Pará, distribuídos numa área de 655 m², na Praça Waldemar Henrique. Oficialmente foi aberta com a presença do arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, dando uma bênção sobre os artesãos e levando a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré a cada estande da feira, repletos de objetos típicos da cultura Nazarena. “A fé gera cultura, que também está expressa na arte. O que vemos aqui são artistas se expressando também pela fé”, disse o arcebispo. Para o superintendente do Sebrae-PA, Vilson Schuber, a exposição é uma vitrine de comercialização de produtos regionais que tem como objetivo mostrar e incentivar a beleza do artesanato paraense ao público que vem de fora para participar do Círio e também gerar renda para os trabalhadores artesanais do Estado. “A feira dá ênfase às O objetivo é divulgar e comercializar os trabalhos de artesãos, que se inspiram nessa época do ano para produzir produtos com materiais regionais

Organizada pelo Sebrae-PA, a feira reuniu 54 estandes de artesão vindos de diversos municípios do Pará

diversas temáticas criadas pelos artesãos paraenses desde o miriti tradicional até o artesanato decorativo e utilitário”. Para os artesãos, a feira é um momento raro de divulgar o trabalho e atrair a atenção dos clientes com artesanato reunindo temas paraenses.

Na Feira de Artesanato, o público visitante podia comprar e contemplar além dos tradicionais brinquedo de miriti, artesanatos em madeira, cerâmica, balata, fibras variadas, cuias e outros, todos vinculados à festividade do Círio. Os preços variavam entre R$5,00 à R$90,00.

O público visitante podia comprar e contemplar além dos tradicionais brinquedo de miriti, artesanatos em madeira, cerâmica, balata, fibras variadas, cuias e outros, todos vinculados à festividade do Círio

amovivi.com.br Av. Generalíssimo, 1533 (entre Bráz e Gentil) 91 | 3224-4470 www.paramais.com.br

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Entrevista com o senador eleito

Paulo Rocha Paulo Rocha, do PT, foi eleito senador do estado do Pará com 46,30% dos votos válidos nas eleições de cinco de outubro. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA), os votos computados para o candidato somaram 1.566.350, mais que o dobro do segundo colocado na disputa eleitoral para o senado

O senhor teve um resultado positivo nesta eleição, com uma votação expressiva. Qual a sua avaliação desse processo? P.R - Vejo como uma vitória pessoal e política, esta eleição resgata a minha história e uma história política importante para os trabalhadores. É a força do PT com uma acertada Coligação. Perante a sociedade, com esta vitória eu consegui provar realmente o que sou e quem eu sou. Depois, quando a gente conquista um mandato de senador como este, recuperamos a importância da força política que o Pará precisa ter em Brasília.

O senhor acha que sua eleição dá um equilíbrio à representação do Pará no Senado? P.R - Bom, agora temos um senador do PMDB, um do PSDB e eu, do PT. Isso representa um equilíbrio de forças, de fato, a representação política do Pará perante o Senado está bem equilibrada e bem representada pelas forças políticas principais no Estado.

Qual a expectativa do seu mandato, de realmente conquistar coisas boas para o Estado? P.R - Eu acredito realmente que tenho todos os elementos para fazer um grande mandato para o nosso Estado. Tenho a capacidade de diálogo com todos os setores no Pará, desde o governo do Estado, passando pelos empresários, pelos trabalhadores, por todos os setores. Essa capacidade de diálogo reforça mais ainda a força política que eu tenho em Brasília, que é outro elemento fundamental, reforça a minha relação com os ministros, com a própria presidenta Dilma Roussef e com o ex presidente Lula, e isso me credencia para ter força política em Brasília para que eu possa, junto com a força da bancada, “arrancar” no bom sentido, da união, do governo federal, os investimentos para o nosso Estado.

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Todos os senadores, com raras exceções, foram meus colegas como deputados ou senadores, nesses 20 anos

O senhor tem um foco específico para conseguir esses investimentos? P.R - Acho que a questão principal é a logística, a infraestrutura do Estado, que são as ferrovias, hidrovias, estradas, portos... Depois, ajudar o Pará, a partir do desenvolvimento das regiões, a atrair investidores, atrair grupos que queiram se implantar no Pará.

Isso é importante, mas como vai ser esse atrativo? P.R - Na minha visão, temos que atrair grupos que ajudem a fechar as cadeias produtivas das principais riquezas do nosso Estado. Por exemplo, a verticalização do minério. Temos que atrair grupos e dialogar com os que já estão aqui para fortalecer a cadeia da verticalização do minério, como as siderúrgicas e etc. Outro exemplo é a verticalização da cadeia da pecuária. Somos grandes produtores de gado, mas não podemos apenas vender boi em pé, temos que verticalizar essa produção atraindo pra cá frigoríficos, indústrias

do couro... Mas não podemos ser apenas um estado exportador de matéria-prima e não se beneficiar com isso. A questão das exportações e como são tarifadas no Pará é outro ponto que merece atenção? P.R - Outra bandeira importante é a questão da exportação. Por exemplo, somos um grande produtor de energia. Vamos exportar para o centro sul se desenvolver e o que fica aqui? O que volta em troca disso para o Pará? Aí, a discussão da reforma tributária fiscal, a questão do consumo, como fica? Será pago pelo consumidor ou quem produz a energia ganha o que?

Passa pela questão da lei Kandir essa discussão? P.R - É uma bandeira fundamental e importante para mim e para todos os senadores do Pará. Eu me somarei a essa força política nesse processo. www.paramais.com.br

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O senhor foi eleito na coligação adversária ao governador Jatene. Acha que nesse período pós-eleição fica algum estranhamento? P.R - Espero que não, embora eu ache que o estado e o governo precisa estabelecer relação com os três senadores. A eleição é o momento, se acirram as divergências, mas a democracia está aí para garantir que após a campanha cada um vai desempenhar seu papel. O governador vai governar e o senador vai legislar e todos tem que trabalhar juntos.Eu quero ser o senador de todos e estou à disposição para isso.

O senhor é um senador que no âmbito estadual não é base política do governo, mas é na esfera federal. Está próximo à presidenta Dilma, que se elegeu muito bem no Pará e região Norte. O senhor acha que esse resultado positivo nas urnas vai se refletir em uma atenção maior para o nosso estado? P.R - Pode ser, mas a atenção maior vai se dar exatamente através da capacidade e da força política que tivermos lá para que o governo federal cumpra seu papel de processar o desenvolvimento da nossa região e, nesse sentido, o Pará se destaca perante o projeto do governo por ser uma área estratégica no diálogo com o mercado internacional. Então, o direcionamento de infraestrutura e investimentos federais pra cá também vem disto, porque o estado do Pará é estratégico para o desenvolvimento do Brasil e os senadores tem que fazer valer isso perante o governo federal.

Paulo Rocha entre o vice-governador do Pará, Helenilson Pontes e Fernando Gomes Jr, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), na abertura da exposição Internacional de Mineração da Amazônia

Agora, sem duvida nenhuma a presidenta tem simpatia pelo estado e vai valorizar mais ainda o Pará, que a ajudou a ganhar bem, esse aspecto é importante, mas é mais importante fazer valer o papel estratégico do Pará no desenvolvimento nacional. Este é o grande lance e o papel da bancada federal como um todo.

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Brasília, porque eu quero consolidar uma organização de um senador que tenha relação política com todos os setores políticos no Pará e todas as regiões.

Sem duvida nenhuma a presidenta tem simpatia pelo estado e vai valorizar mais ainda o Pará

Essa capacidade de diálogo reforça a minha relação com os ministros, com a própria presidenta Dilma Roussef e com o ex presidente Lula

O senhor exerceu o mandato de deputado federal cinco vezes, em 20 anos. Sempre esteve entre os parlamentares de mais influência na Câmara, a expectativa é que isso se repita no Senado. Há possibilidade até de ocupar um lugar na mesa? P.R - Eu acho que tenho tudo pra fazer um grande mandato de Senador, não só pelo meu compromisso, mas por minha vontade pessoal de fazer “o melhor” mandato de todos, porque eu tenho que fazer valer essa minha história, o resgate dessa história. Como eu fiz um bom trabalho nos cinco mandatos de deputado federal, eu me credencio a ser também um bom Senador e aí, a ocupação de espaços em Brasília é automática. Por exemplo, tem espaços que eu estou credenciado até pela minha experiência e capacidade como articulador. Todos os senadores, com raras exceções, foram meus colegas como deputados ou senadores, nesses 20 anos. As principais figuras que lá estão foram deputados ao mesmo tempo em que eu. Então, espaços com certeza vão surgir e eu vou ser solicitado... Seja na Liderança do PT, do governo, espaço na mesa, ou como presidente em comissões importantes. É um processo natural. O senhor tem alguma preferência pessoal, onde considera que pode ter um desempenho e colaboração maior? P.R - Minha preferência é no primeiro ano não ter cargos que me segurem muito em

Como seria essa organização? P.R - Eu vou criar um conselho do mandato de senador, com reuniões trimestrais. O conceito é ter reuniões com representação dos presidentes de associações, de prefeituras, de federações empresarias, dos trabalhadores, de todos os setores, representações dos movimentos populares, para que eu tenha uma relação normal de consulta, para que eu realmente reflita a demanda do Pará no Senado.

Então não deverá assumir cargos agora? P.R - O mandato é de oito anos, tenho tempo para isso. É claro que a escolha da Mesa Diretora do Senado será agora, e eu não me furtarei caso seja chamado. Eu tenho experiência e capacidade, não me furtarei a ocupar espaços importantes, e para o nosso Estado isso é bom porque confirma a força política do Pará. No senado, por suas características, a mesa é importante, lógico. Mas o lugar de presidente de comissão também é um papel importante. Atuar na área do orçamento é fundamental, é onde se articulam os grandes investimentos no estado. Já foi sondado para algum cargo, depois da posse? P.R - Agora estamos em um processo de discussão de composição de governo e estou nessa base de articulações. No Senado, as articulações acontecerão depois. Na sua avaliação, qual será seu principal papel como representante do Pará no Senado? P.R - Acho que o meu papel dentro da bancada federal do Pará vai ser cumprir um papel que sempre fiz, que é unir a bancada em torno dos interesses do Pará, para não ficar mandatos individualizados batendo ali e acolá, mas essa capacidade de unificar será meu maior destaque. Como eu coordenei bancadas na Câmara por muito tempo, eu vou cumprir também esse papel muito importante para potencializar a força política no parlamento, e a força é a unidade de ação pelo Pará.

Eu acredito realmente que tenho todos os elementos para fazer um grande mandato para o nosso Estado Pará+

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Caixa promove o desenvolvimento

sustentável do Marajó Autoridades presentes no acordo de cooperação

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Caixa Econômica Federal assinou recentemente, em Belém (PA), com o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), acordo de cooperação financeira para execução do projeto “Fortalecimento Institucional para o Desenvolvimento Sustentável no Marajó”. O projeto tem por objetivo implementar ações de desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentáveis que visem ao desenvolvimento regional integrado a políticas públicas, nos municípios paraenses por onde trafega a agência Barco Ilha do Marajó, da Caixa. A origem dos recursos será do Fundo Socioambiental Caixa, que é de até 2% do lucro da instituição, ficando a execução do projeto sob a responsabilidade do IEB, em parceria com o Instituto Peabiru e com o Instituto Vitória Régia. O projeto atenderá os 10 municípios trafegados pela Agência Barco Ilha de Marajó, entre os quais se

Representante do Instituto Peaberú João Meireles

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Diretora Executiva do IEB, Maria José Gontijo

encontra Melgaço, o município com o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Brasil. No total serão disponibilizados R$ 3,6 milhões, para implementação de ações socioeconômico e ambientais sustentáveis, que visem o desenvolvimento regional integrado de políticas públicas na Ilha, ao longo de 2 anos. A solenidade de assinatura aconteceu na Ag. Barco Ilha do Marajó, que estava ancorada no terminal fluvial da Estação das Docas, no Centro, em Belém. O Superintendente Regional, Evandro Lima, abriu o evento, saudando a todos e parabenizou pela finalização do projeto e celebração do acordo de cooperação. Segundo ele, “o acordo permitirá a promoção da qualidade de vida e a diminuição das diferenças, através do barco Ilha do Marajó”. De acordo com o Gerente Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental, da Caixa, Jean Rodrigues, a ação faz parte da estratégia denominada Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Territórios, que visa o desenvolvimento econômico e fortalecimento da governança na região.“Iniciamos com a Ag. Barco Ilha do Marajó, depois vamos estender a ação para a Ag. Barco Chico Mendes, que atende o rio Solimões, no Amazonas. A Ag. Barco Ilha do Marajó foi inaugurada em janeiro

e já presta muitos serviços de inclusão social a população, como serviços bancários e benefícios ao cidadão. Uma Ag. Bancária flutuante é um importante instrumento de desenvolvimento à região e o projeto visa potencializar ainda mais esse mecanismo de inclusão, por meio da assinatura de acordos de cooperação, levando ações de promoção sociocultural, desenvolvimento econômico, promovendo a geração de emprego e renda e o fortalecimento da governança”, finalizou o Gerente. Manuel Amaral, coordenador do IEB, destacou que o acordo possibilitará o fortalecimento de cadeias produtivas no Marajó, e a melhoria da qualidade de vida e renda da população local. “Nós do IEB, estamos muito felizes com a parceria, somos 3 ONG’S e um órgão público federal, como a Caixa, buscando alternativas para a melhoria da população do Marajó”, destacou. Para Alice Acíole, Coordenadora de Projetos Técnicos Sociais da Caixa, a assinatura do acordo representa o início de uma grande mobilização social e de geração de renda nos municípios do Arquipélago de Marajó atendidos pela Agência Barco. “Mais uma vez a Caixa mostra que é muito mais que um banco e vai promover junto com as instituições parceiras o desenvolvimento integrado e sustentável do território. Até chegarmos a esse momento foram muitas reuniões e articulações para possibilitar a execução de um projeto que irá promover a melhoria da qualidade de vida dos habitantes em uma região tão carente de atenção. Os gestores www.paramais.com.br

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Assinatura pelo superintendente regional Evandro Narciso de Lima

Representantes dos Institutos Parceiros e da Caixa

feitura de Belém, João Claúdio Klautau, a Presidente da Assoc. dos Municípios do Arquipélago do Marajó e Prefeita de Ponta de Pedras, Consuelo Castro, a Chefe de Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário do Ministério da Agricultura, Martha Parry de Castro Diretor de Planejamento da SUDAM, Armando Mendonça, além de empregados da Caixa e demais autoridades local.

Alex Coiffer diretor-presidente do Instituto Vitória Régia, na assinatura do acordo

Agência Barco Ilha do Marajó, ancorada no terminal fluvial da Estação das Docas, no Centro, em Belém

municipais também serão envolvidos por meio de articulação de políticas públicas com as ações do projeto”, finalizou. Participaram também do evento, a Diretora Executiva do IEB, Maria José Gontijo, o Diretor Substituto da Secretaria Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, João Mendes da Rocha, o Diretor Presidente do Instituto Vitória Régia, Alex Keuffer, o Diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles, o Secretário de Habitação da Pre-

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Governador Simão Jatene recepcionado no estande da ACP

Pará Negócios 2014 Promoção multissetorial da Associação Comercial do Pará (ACP) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA), visando integrar empresas de diversos setores da Região Norte em um intercâmbio de negócios e de tendências de mercado em níveis nacional e internacional Fotos Brenda Nunes, Everaldo Nascimento / Ascom OS Pará 2000; Sideney Oliveira/ Ag. Pará

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abertura oficial da terceira edição da Pará Negócios teve a presença do governador do Estado, Simão Jatene, empresários de diversos setores da economia, personalidades políticas e culturais. O governador Simão Jatene na abertura da Pará Negócios 2014, destacou a importância do evento, que incentiva o mercado empresarial e a geração de empregos no Pará. “Um evento como esse tem vários significados. Primeiro é uma oportunidade

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fantástica de pessoas das mais diversas regiões, das mais diversas áreas do setor do comércio, trocarem experiências. Segundo, é uma oportunidade também fantástica da nossa gente ver o que nós já alcançamos em termos de prestação de serviços, de qualidade para a própria sociedade. Então, é sempre um momento que nos enche o coração de alegria”. Disse ainda que o evento traduz a “autoestima do paraense” por superar desafios e se constituir como sociedade. “O Pará é um Estado desafiador e tem uma gente que encara e supera desafios”, ressaltou.

Depoimentos

Fábio Lúcio Costa, presidente da ACP:“A Feira incentiva negócios e oportuniza a aquisição de produtos para o público nas áreas do comércio, indústria e serviços”. Para o diretor-superintendente do Sebrae Pará, Vilson Schuber, a participação da instituição como realizador, juntamente com a ACP, é uma mudança positiva. “O Sebrae, que sempre apoiou a feira, desde a primeira edição, agora entrou como co-rewww.paramais.com.br

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Fábio Lúcio Costa, presidente da ACP

Abertura da Pará Negócios 2014

alizador. Com isso, nós procuramos trazer também os micro e pequenos empresários, para que tenham acesso a bens, serviços, comércio e mesmo uma amostra da indústria, como forma de incentivo aos pequenos empreendedores, aos microempresários e aqueles empresários que atuam como fornecedores”. Para José Conrado Santos, presidente da Fiepa e do Conselho Administrativo do Sebrae-PA: “a Pará Negócios é um evento estratégico para a economia do Estado e uma arrancada para oportunidades de negócios para o Natal e em nichos de mercado”. Ciane Barros, secretária adjunta da Se-

cretaria de Estado de Comércio, Indústria e Mineração, destacou a parceira entre o governo do Estado e a iniciativa privada para viabilizar projetos estruturais nos municípios paraenses. Olavo das Neves, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), que reúne 73 associações empresariais, disse que esse megaevento tem uma particularidade, pois marca o processo de expansão dessa iniciativa da ACP a partir do funcionamento do espaço Pará de Oportunidades, organizado em parceria com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) com estandes

O governador Simão Jatene e Fábio Costa, presidente da ACP, em visita ao estande das Amazônia e Pará+

O diretor-superintendente do Sebrae Pará, Vilson Schuber, informou que a instituição este ano entrou como co-realizadora do evento

das associações comerciais do interior do Estado. Esse projeto-piloto mostrou a produção de Santarém, no oeste do Estado, e de Marabá, no sudeste paraense, e com a presença de dirigentes de outras entidades de classe de municípios paraenses

Rodrigo Hühn, com Afonso Monteiro, atual presidente da FCDL, com a recepcionista da Pará+, com Marlan Barros e seu pai Manoel Barros, da Eletromóveis e próximo presidende da FCDL

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Elizabete Grunvald, presidente do Conselho das Câmaras Setoriais da ACP, destacou os desfiles de moda masculino/feminino; desfiles pet e concurso de penteados e tosa; concurso de maquiadores, para maquiar os visitantes no palco da Feira; danças regionais, talk show e a presença dos ex-BBBs, a paraense Kamila Salgado e o modelo Eliézer Ambrósio; dos atores da Rede Globo, Carlos Casagrande, que conversou sobre beleza masculina, e Luigi Baricelli, com a palestra sobre “Paixão por Empreender”. A jornalista e consultora de moda Cristina Franco abordou o tema “Moda Criativa”.

Eventos/atrações

Com quatro dias de programação, a Pará Negócios 2014 reuniu quatro eventos: 1ª

Todos bem na foto

Ponto de referencia Ruy Jorge Correa da Multifisio Saúde

Beauty Fair, com produtos e serviços de beleza e bem-estar; 4ª Pará Óptica, reunindo novas tecnologias em produtos e serviços da área; 5ª Pet Fair, feira de artigos e serviços veterinários, e a 12ª Outlet, feira de ponta de estoque de moda masculina e feminina. Uma programação técnica, com 4 mil inscritos e 40 eventos, será realizada na Feira, envolvendo 13º Encontro de Educadores e Gestores; 2º Ciclo de Palestras de RH; 3º Fó-

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O estande da Bavieka estava sempre lotado

rum Empresarial e um Simpósio de Beleza & Bem-Estar; Fórum Empresarial de Varejo Óptico; Workshop Saber Abióptica; Fórum de Saúde e Segurança do Trabalho; Fórum Sped Social e outros. O Banco da Amazônia com seu estande na Feira ofertava linhas de crédito do Fundo Constitucional do Norte (FNO) a empreendedores interessados. O evento que recebeu o apoio do Conselho de Jovens Empresários (Conjove), Conselho da Mulher Empresária (CME) e do Estandes da Pará+ e da ADVB

Conselho das Câmaras Setoriais da ACP, teve este ano 160 estandes montados no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, e uma movimentação de cerca de R$ 7 milhões em negócios fechados e encaminhados.

A Pará Negócios 2014 com 160 estandes montados no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia

160 estandes montados no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia Carlos Alberto Tapajos Pereira Filho da Karprisatur Turismo

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Os estoques de minério de ferro da Vale aumentaram em 9,3 Mt ao longo da cadeia de produção

Vale atinge recorde de

produção de minério de ferro Fotos Divulgação e Vantoen Pereira Jr - Agencia Vale

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Vale registrou a melhor performance de produção da sua história no terceiro trimestre deste ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas de minério de ferro, expandindo as atividades para enfrentar preços de seu principal produto em mínimas de vários anos. O volume produzido pela Vale foi 3,1% superior ao registrado entre os meses de julho e setembro de 2013 e 7,9% acima da produção do segundo trimestre deste ano. O resultado da Vale, maior produtora global de minério de ferro, surpreendeu o mercado, que esperava produção menor para a mineradora no trimestre. Segundo Murilo Ferreira, Diretor Presidente da Vale, “a empresa entregou um forte de desempenho operacional no terceiro trimestre, nós tivemos um recorde tanto na produção de minério de ferro como de cobre, e uma excelente produção de níquel”, enumera. “Nós continuamos na nossa trajetória de austeridade, alcançamos economia nos custos e nas despesas, de mais de US$

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500 milhões, nesses nove meses de 2014, comparados com os nove meses de 2013”, avalia ele. O resultado positivo se refletiu na valorização da Vale na Bolsa. No dia do anúncio do recorde de produção, as ações preferenciais da Vale operavam em alta 0,3%, enquanto o Ibovespa caía 2,8%. Os papéis da mineradora abriram em baixa. A Vale atribuiu o bom desempenho operacional ao aumento da produção da Planta 2, em Carajás, no Pará, e de Conceição Itabiritos, em Minas Gerais, no Sistema Sudeste. Somente Carajás alcançou um nível histórico de produção no período, de 32,2 milhões de toneladas, alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2013. ”Continuamos investindo forte, os nossos projetos eles estão sendo seguidos de acordo com o cronograma de implantação, e felizmente estamos

dispendendo menos recursos, face a uma posição mais competitiva no momento”, destaca Murilo Ferreira. “A empresa continua com balanço muito saudável, com baixa alavancagem e a dívida líquida diminuiu em quase US$ 2,2 bilhões, desde o final de junho, é uma redução de dívida extremamente importante mostrando a saúde financeira da Vale”, avalia. De janeiro a setembro, as importações chinesas de minério de ferro do Brasil – em sua maioria da Vale – cresceram 13%, enquanto os desembarques do produto da Austrália na China aumentaram 33,5%, segundo dados publicados pela alfândega da China.” Nós estamos vivendo no mercado de minério de ferro um momento de excesso de oferta. Quer dizer, a demanda cresceu menos que o esperado e a oferta tem

Carajás alcançou um nível histórico de produção no período, de 32,2 milhões de toneladas, alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2013

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A Vale prevê produzir 312 milhões de toneladas neste ano de minério de ferro, alta de 4% frente o ano anterior

crescido acima da expectativa. Esses dois fenômenos afetam o preço como seria lógico. Nós acreditamos que esse é um fator, até que haja um ajuste, é um fator de efeito temporário e será ajustado em um período que vai depender dessas variáveis de oferta e de demanda. Não tem uma previsão para esse ajuste, a nossa expectativa é que seria um ajuste num período mais curto. Mas devido a continuidade do crescimento da oferta e uma menor demanda esse ajuste tem se demonstrado um pouco demorado.

Nós tivemos um crescimento importante da nossa produção nesse trimestre, mas como foi visto, nem todo ele foi a mercado, o que deverá acontecer nos próximos meses”, afirma o presidente da Vale. Apesar dos esforços da empresa em corrigir a falta de crescimento da produção, nem tudo é um mar de rosas. No relatório da Vale, a empresa admite que os embarques foram reduzidos em 3,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, principalmente devido à interdição da Estrada de Ferro Carajás (EFC), no fim de setembro. “Incluindo os 3,6 Mt que não foram embarcados, os estoques de minério de ferro da Vale aumentaram em 9,3 Mt ao longo da cadeia de produção”, destaca o documento. O aumento da produção da Vale chega também para amenizar as perdas com a renda das exportações, em um período em que o preço do produto embarcado pelo Brasil atingiu mínimas de mais de quatro anos, sob influência do mercado global, pressionado pelo aumento expressivo da oferta, especialmente das companhias australianas. A Vale também apresentou volumes de produção importantes para outros produtos. O segmento de metais básicos da Vale foi sólido, com volumes de produção recorde para um terceiro trimestre em cobre e níquel, o que sinaliza que a intenção da Vale de diversificar de minério de ferro com me-

tais básicos pode começar a se materializar. A Vale produziu 72,1 mil toneladas de níquel no trimestre, alta de 16,4% sobre o mesmo período de 2013. O volume foi o maior para um terceiro trimestre desde 2008. A produção de cobre da mineradora foi de 104,8 mil toneladas, alta de 10,8%o na mesma comparação, registrando um marco histórico de produção, segundo a Vale. Já a produção de carvão foi de 2,34 milhões de toneladas, queda de 1,5 por cento frente o ano anterior.

Metas para o ano

A Vale prevê produzir 312 milhões de toneladas neste ano de minério de ferro, alta de 4% frente o ano anterior. Nos últimos doze meses até 30 de setembro de 2014, a produção de minério de ferro alcançou 317,5 milhões de toneladas. Nos primeiros nove meses do ano, a Vale produziu 236,2 milhões de toneladas, outro recorde de produção, contra os 232,2 milhões de toneladas obtidos no mesmo período de 2013. “A Vale é uma empresa com grande inserção Brasil, é responsável por uma grande parte do saldo da balança comercial brasileira, sempre foi uma geradora de divisas e impostos e esperamos continuar contribuindo para que o Brasil seja um país cada vez melhor e com a disparidade reduzida”, disse Murilo Ferreira.

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Aeromodelos permitem manobras radicais nos ares

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oda semana, em Benevides, acontece um encontro de amigos apaixonados pelo aeromodelismo. As reuniões não tem finalidade competitiva ou algo assim, sendo mais uma oportunidade de rever amigos e falar sobre as últimas novidades deste hobby que vem crescendo em número de adeptos e faz adultos parecerem crianças quando pilotam seus aviões e he-

licópteros, por meio dos controles remotos. Vistos do chão, todos os aviões parecem pequenininhos. Mas não se assuste se os aviões que por acaso observar riscando o céu em Benevides, município próximo a Belém, lhe parecerem menores do que o esperado: são apenas os aficionados do Clube de Modelismo do Pará dando asas para uma sensação de liberdade que, eles juram, o hobby só faz aumentar. Basta uma pesquisa rápida pelas redes sociais e ver como o assunto desperta paixões. Em apenas um dos grupos, já são

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Antônio Jorge e outros praticantes na pista do Clube de Modelismo

mais de 300 membros e o número continua crescendo. Os participantes publicam fotos, compartilham experiências e curtem cada novidade divulgada. Quem ‘comanda’ o céu com aviões a controle remoto – os aeromodelos – carrega a paixão pela prática conhecida como aeromodelismo. São diversos modelos, motores potentes e uma gama de detalhes que chamam a atenção pela minuciosa estrutura. O aeromodelo de rádio-controle é uma verdadeira febre entre seus praticantes. Que o diga o empresário Antônio Jorge Vidigal de Souza, que aprendeu a gostar dos aviõezinhos desde garoto.

Prontos para decolar

Brincadeira cara

Cada vez mais popular e acessível, aeromodelismo se tornou um hobby para todos os bolsos. O preço dos aviõezinhos começa a partir de R$ 1.500, mais as despesas de manutenção e mensalidade do clube. O aeromodelismo conseguiu se popularizar um pouco mais no Brasil depois da queda da cotação do dólar. Como as inovações acontecem num ritmo muito rápido, o mercado oferece hoje helicópteros com turbina que custam de R$ 40 mil a R$ 50 mil. Além do custo e do preparo – aviões podem ser comprados prontos, semi-montados ou serem manufaturados a partir do zero –, regras de segurança rígidas são adotadas no clube. “Quando entramos para o clube, sabemos que os procedimentos de segurança que devem ser seguidos à risca”, explica Antônio Jorge. Mesmo com todos os cuidados, acidentes ocorrem, e o aeromodelista precisa estar preparado para sofrer algumas baixas na frota. “É uma sensação horrível de perda. Inclusive perdi um no último sábado”, conta o gerente Roberto Caldeira Filho, 58 anos. “Tive uma falha eletrônica que não dava para prever, ele entrou em parafuso e foi de bico no chão. Só sobrou a cauda”, lamenta. Restaurar os aviões danificados também faz parte da diversão. “Os modelos exigem manutenção quase semanal. Quando não estão voando, estão sendo reparados.”

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Paixão pelo aeromodelismo De acordo com o presidente do Clube, Antônio Jorge Vidigal, o aeromodelismo começou em Belém na década de 60, quando chegaram os primeiros modelos importados dos Estados Unidos. Como a cidade ainda não era tão movimentada como hoje, os voos eram feitos nas ruas e praças, onde o espaço permitia. Na década de 80, o point era o estacionamento do Mangueirão, mas por questões de segurança, o espaço também não era o adequado. “A prática era marginalizada, usávamos espaços improvisados”, lembra o empresário. “Chegamos a usar a pista do aeroclube, mas havia sempre o risco de acidentes por causa dos pousos e decolagens dos aviões de verdade”. A necessidade levou um grupo de 22 praticantes a se organizar e comprar um terreno próprio para construir uma pista especifica para a prática de aeromodelismo. O Clube de Modelismo do Pará foi fundado em janeiro de 2009.

Ligado à Confederação Brasileira de Aeromodelismo, o clube tem reconhecimento oficial. O grupo se mantém com as mensalidades dos associados. “Com isso, a área de segurança, que é o principal, já está feita”, afirma ele. “Temos uma pista de 250 metros, depósito, área para montar as aeronaves e uma estrutura mínima para oferecer conforto aos frequentadores”, conclui. Como o clube não promove encontros com caráter competitivo, ou seja, não há disputa de títulos ou de melhores colocações, os competidores atuam apenas na demonstração. “Viajamos para outros estados para participar dos eventos e festivais, mas não temos ainda um representante qualificado para disputar os troféus”, avalia Antônio Jorge. “Mas vamos chegar lá e organizar um evento nosso, para exibição e competição em breve”.

Coisa séria

Mais que um hobby, a prática é um divertido exercício de aerodinâmica, mecânica, entre outros aspectos. Praticado em quatro Pará+

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Como o Clube de Modelismo é praticamente um clube do Bolinha, não há reclamações das famílias

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modalidades, o aeromodelismo vai de acordo com a opção de cada um: voo livre, voo circular, voo radiocontrolado e escala. Aeromodelistas que iniciam a prática na juventude, podem se tornar pilotos profissionais e seguir carreira na aviação. “Eu sei pilotar, mas não posso comprar um avião e arcar com os custos de manutenção de uma aeronave em tamanho real, mas posso ter meus aviões de aeromodelismo e voar com eles”, exemplifica o empresário. A prática pode começar de forma amadora, mas é necessário frequentar aulas com instrutores para obter a carteira da Confederação Brasileira de Aeromodelismo. Entre os aeromodelos utilizados, alguns chegam a mais de três metros de envergadura com motor de 200 cilindradas. A energia vem de combustíveis ou da eletricidade. “Não podemos descuidar da segurança, porque um aeromodelo mal pilotado pode provocar

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acidentes sérios e machucar gravemente alguém, se for atingido”, alerta Antônio Jorge. Para quem pensa que praticar o aeromodelismo pode ser feito apenas como hobby, está enganado. O exército também utiliza o aparelho, assim como organizadores de eventos para coletarem imagens aéreas. Além do custo e do preparo – aviões podem ser comprados prontos, semi-montados ou serem manufaturados a partir do zero –, regras de segurança rígidas são adotadas no clube. “Quando entramos para o clube, sabemos que os procedimentos de segurança que devem ser seguidos à risca”, explica Antônio Jorge. “Se o piloto consumiu álcool, o acesso á pista é proibido. Também há lugares onde não se pode transitar com o motor ligado, manobras que não se podem realizar com mais de cinco aviões voando ao mesmo tempo no espaço, e por aí vai”, explica. Mesmo com todos os cuidados, acidentes ocorrem, e o aeromodelista precisa estar preparado para sofrer algumas baixas na frota. “É uma sensação horrível de perda. Dói quando isso acontece, não só pelo preju-

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ízo financeiro, mas também pelo amor que todos temos por nossos modelos”, conta o presidente do clube. Restaurar os aviões danificados também O Clube de Modelismo do Pará é como uma família…

faz parte da diversão. “Os modelos exigem manutenção quase semanal. Quando não estão voando, estão sendo reparados”, diz ele. “Os mais experientes ajudam os novatos e sempre mexemos nos modelos um do outro, para consertar algo ou melhorar a performance”. Essa proximidade resulta em amizades duradouras. “O mais importante no aeromodelismo são as amizades geradas nos diversos encontros realizados. É como uma família, nos encontramos na pista e durante a semana também”, conta Antônio Jorge. Como o Clube de Modelismo é praticamente um clube do Bolinha, não há reclamações das famílias. “Em Belém, não conheço nenhuma mulher que pratique o aeromodelismo e as poucas que frequentam nosso clube vão acompanhando namorados e maridos. Nossas mulheres ficam tranquilas quando estamos lá”, garante ele. E é bom que seja assim. “Não pode ter brigas com a mulher antes de sair para pilotar, porque o aeromodelo cai. Já comprovamos essa superstição com vários acidentes ocorridos na pista depois que o casal discute”, brinca Antônio.

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Parceria Governo/Eletronorte amplia capacidade de transmissão de dados no oeste do Pará Texto Nátia Machado* Fotos Nailana Thiely/ Ag. Pará

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s municípios do oeste do Pará têm sofrido constantes interrupções no serviço de telefonia fixa e móvel e no acesso geral à Internet devido a falhas no sistema de transporte de dados instalado pela Eletronorte e que atende a operadoras telefônicas e provedores de Internet, desde o final de 2013. Apesar das falhas na Internet comercial e telefonia na região não impactarem o Navegapará e nem os circuitos de Governo, a Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), em parceria com a Eletronorte, está duplicando parte da capacidade de transmissão, com o intuito de minimizar os impactos para a sociedade. A ampliação que o Governo está fazendo, promovendo melhorias na rede do Estado, substituindo equipamentos antigos por outros mais modernos de forma a reduzir os problemas de interrupção de sinal, vai beneficiar diretamente os municípios de Altamira, Uruará, Rurópolis, Santarém e Itaituba. O governo está investindo na rede compartilhada do Estado, que vai poder atender a região em caso de falha do sistema comercial da Eletronorte. “Ambas as redes ficarão mais seguras, tanto a compartilhada quanto a comercial. O objetivo maior é garantir que, em caso de falha em um dos sistemas, o outro o substitua automaticamente sem que

Leila Daher, diretora de Projetos Especiais da Prodepa

haja interrupção de sinal nos municípios do oeste do estado”, diz Leila Daher, diretora de Projetos Especiais da Prodepa. A infovia que vai de Belém à Itaituba passando por Barcarena, Tailândia, Tucuruí e Pacajá até chegar à Altamira, no oeste do estado -, foi implantada utilizando os feixes de fibra óptica que acompanham o cabo para-raios do sistema Tramoeste da Eletronorte. A Prodepa comprou os equipamentos e iluminou as cidades. Hoje existe um cabo com várias fibras, um par de fibras é de uso

A Prodepa, em parceria com a Eletronorte, está duplicando parte da capacidade de transmissão na região, para garantir melhor serviço à população

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compartilhado Prodepa/Eletronorte. A capacidade dessa fibra é de 1 Gbps. A ideia é aumentar a capacidade para 10 Gbps tanto para a Prodepa, quanto para a Eletronorte. Apesar de utilizar o mesmo cabo do sistema comercial da Eletronorte, o Navegapará usa feixes de fibra diferentes, e criará um caminho alternativo, que poderá ser utilizado pela Eletronorte em caso de falha no sistema principal que ela utiliza para atender os municípios da região, já que os problemas recentes enfrentados no oeste do estado estão ligados ao sistema de transmissão da Eletronorte e não ao cabo. “Quando ocorrer qualquer problema na fibra da Eletronorte na região, ela vai poder transferir a rede para o nosso sistema e vice-versa. Com essa maior capacidade, será possível fazer isso, o que hoje ainda não é possível com apenas 1 Gbps”, afirma Leila. O sistema de alta densidade óptica em uso e que atende o Navegapará será atualizado. Através da substituição de equipamentos será aumentada a capacidade de transmissão da rede de 1 para 10 Gbps. “O projeto vai ao encontro da necessidade de diminuir a possibilidade de interrupção do sinal da internet na região oeste de maneira mais rápida, já que o lançamento de outro cabo requer a duplicação da linha de transmissão até Santarém”, explica Theo Pires, presidente da Prodepa. Como resultados da atualização do siswww.paramais.com.br

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tema, espera-se a ampliação da capacidade de transmissão de dados dos órgãos públicos estaduais até a capital; a atenuação dos problemas de interrupção do serviço de telefonia e acesso à Internet nos municípios do oeste do Pará e a ampliação do acesso à Internet nesses municípios. “Nosso interesse maior é trabalhar com redundância, ou seja, levar mais segurança para a rede, para os usuários da rede. A melhora será sentida em toda a região, em todos os municípios que estão no linhão. No total serão 10 municípios beneficiados na infovia leste-oeste”, revela Leila. Para garantir a ampliação da capacidade de transmissão, o governo do Estado deverá investir R$ 1.038.691,00. A rede 1 será expandida tanto para a Prodepa como para a Eletronorte, de forma a suportar a demanda em caso de falhas no sistema 2. Esta expansão garantirá ao governo do Estado o aumento da banda de 1 para 4 Gbps, na rota leste-oeste; e de 4 para 8 Gbps, na rota norte-sul. O compartilhamento das redes 1 e 2 entre Eletronorte e Prodepa garantirá como contrapartida o uso da rede como backup em um sistema (1+1). Assim, haverá ganhos significativos na confiabilidade dos sistemas. Acarretando em um menor índice de falhas, diminuindo sobremaneira os problemas de telecomunicações na região. “Devemos aumentar o que chamamos de tempo de ‘up’, ou seja, devemos diminuir as paradas. O aumento da capacidade é para podermos fazer esse intercâmbio, essa troca. A motivação para o investimento é a

Utilização do sinal do Navegapará em Alter do Chão, Santarém

Diagrama geral do backbone óptico e sua integração com as redes Metrobel e Sem Fio do Governo do Estado

Distribuição regional das estações da rede de transporte, as quais são interligadas por cabos OPGW da Eletronorte

segurança da rede, levar uma estabilidade maior para a rede compartilhada”, informa. Um termo aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o governo do Estado e a Eletronorte deverá ser assinado para viabilizar a implantação da solução. “Devemos ir à Brasília para fechar essa parceria,

mostrar o acordo que nós já elaboramos. Se tudo correr bem, a previsão é que até o final do ano o trabalho seja concluído”, conta Leila. (*) Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará

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ISI em Tecnologias Minerais investe em inovação industrial para mineração

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implantação do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI) no Pará é um passo muito importante em um estado onde há uma grande vocação mineral. O aproveitamento da riqueza do solo passa por investimentos em pesquisa aplicada, que possa garantir o desenvolvimento de projetos importantes para nossa economia e, ao mesmo tempo, mostrar à sociedade a devida importância que o setor merece como um dos principais geradores de divisas no Estado. O Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI) se apresenta como um importante agente de inovação para a área mineral e fundamental para aumentar a competitividade da indústria paraense no setor. Previsto para iniciar suas atividades em 2015, o instituto já começou a funcionar no centro de Belém. A sede fica próxima a duas importantes referências do setor produtivo: a federação das Indústrias do Pará (FIEPA) e o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado (SIMINERAL), que também abriga a representação do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O ISI irá trabalhar com pesquisa aplicada, buscando soluções viáveis para o processo produtivo industrial, tendo por base os trabalhos já desenvolvidos pelos centros de conhecimento das universidades. Além

Stand do ISI em feira de Inovação promovida pela Fiepa

de atender as demandas das mineradoras instaladas em território paraense, o ISI também será referência no desenvolvimento de pesquisas para o aperfeiçoamento produtivo das indústrias de todo o Brasil. “Nosso foco é tirar as idéias do papel e levar para a indústria pesquisas direcionadas, que atendam as empresas de forma diferenciada”, explica o diretor do ISI, Joner Oliveira Alves. Senai aprensenta ISI

Segundo Joner, alguns projetos já estão em andamento. “A área principal é o tratamento de resíduos em indústrias de mineração, mas o conhecimento que estamos desenvolvendo poderá atender qualquer segmento industrial em outras áreas e processos que demandem o elemento mineral”, diz o diretor. A equipe está em fase de seleção e contratação. “Até janeiro de 2015, teremos cerca de 30 pessoas capacitadas em gerir grandes projetos”, garante ele. “Também teremos um fluxo transitório de mestrandos, doutorandos e pesquisadores de iniciação científica atuando em parceria com o instituto”, avalia.

Estrutura diferenciada

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Com investimento de R$ 51 milhões, o ISI em Tecnologias Minerais ficará sediado no centro da cidade, mas a previsão é em curtoprazo ocupar uma área de 5.271m² no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCTGuamá), ao lado da Universidade Federal do Pará (UFPA). Com isso, o ISI poderá disponibilizar às empresas-clientes uma planta-piloto para a simulação em escala industrial de todos os processos da cadeia mineral. “O investimento por parte de uma empresa em uma planta-piloto requer altos custos, o que www.paramais.com.br

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Joner Alves dirige o ISI no Pará

Temos consciência da vocação mineral e da riqueza do nosso solo, disse José Conrado Santos, presidente do Sistema FIEPA

muitas vezes desestimula o desenvolvimento de novos processos. O instituto atuará diretamente neste ponto, dispondo de equipamentos e mão de obra qualificada para atender às demandas de todos os tipos de minerais”, destaca Joner. O ISI conta com a parceria fundamental de universidades, centros de pesquisas, instituições internacionais e setores industriais que darão o suporte na implantação da Rede de Institutos do Senai, a exemplo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, e a sociedade Fraunhofer, da Alemanha, ambas referências mundiais em inovação. “A implantação do ISI é um passo muito importante nesse horizonte que vislumbramos para o estado do Pará. Temos consciência da vocação mineral e da riqueza do nosso solo. Queremos investir em pesquisa aplicada, que possa garantir o desenvolvimento de projetos importantes para nossa economia e, ao mesmo tempo, mostrar à sociedade a devida importância que o setor merece”, disse José Conrado Santos, presidente do Sistema FIEPA.

Rede de conhecimentos Os Institutos Senai de Inovação (ISI) terão uma cobertura nacional e irão trabalhar com pesquisa aplicada, buscando soluções viáveis para o processo produtivo industrial, tendo por base os trabalhos já desenvolvidos pelos centros de conhecimento das universidades. São 22 centros espalhados pelo Brasil, além deste que fica no Pará. O Instituto Senai de Inovação em Tecnologias Minerais, além de atender as demandas das mineradoras instaladas em território paraense, será referência no desenvolvimento de pesquisas para o aperfeiçoamento produtivo das indústrias de todo o Brasil. O conceito surgiu da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que reuniu lideranças executivas das 250 maiores empresas do Brasil, de diferentes segmentos, para decidir como agilizar o pólo industrial brasileiro com inovação. “Um dos pontos mais importantes foi a melhora da infraestrutura e nesse ponto o Senai entrou no processo, para atender as demandas apontadas pelas empresas”, explica Joner Alves. “Já temos a

capilaridade do Senai em todo o território nacional, atuando muito bem na formação tecnológica. Com o ISI, vamos implantar um novo modelo”, avalia. O centro de inovação vai desenvolver, de forma transversal, o conhecimento e atender cientificamente a indústria brasileira, de forma inovadora e moderna. Vai trabalhar com pesquisa, desenvolvimento e inovação de minerais estratégicos e de alto valor agregado para o Pará, aqueles em que o país é dependente ou é exportador; e também com os óxidos extraídos das terras raras. Elementos importantes como o imã de alta qualidade, utilizado na fabricação de geradores, motores elétricos e turbinas eólicas, por exemplo. A metodologia do trabalho é baseada na identificação das principais empresas que participarão efetivamente dos trabalhos do ISI e o entendimento dos participantes do que e para quem trabalhará o instituto. O Instituto Senai de Inovação (ISI) em Tecnologias Minerais é um dos principais empreendimentos previstos para o Estado do Pará, dentro do Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira.

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Uma campanha de marketing político feito em casa Fotos Tânia Rego/Ag. Brasil

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Marketing Político vem se consolidando cada vez mais como peça fundamental no processo eleitoral. É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado. Afinal, propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato. As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional. Mas quando se fala em campanha política no Pará, o nome do publicitário Orly Bezerra desponta como o responsável por grandes vitórias. Este ano, ele acrescentou mais uma à lista, com a reeleição do governador Simão Jatene no segundo turno, derrotando Helder Barbalho que despontava como uma promessa política após ganhar no primeiro turno. Com 58 anos, dos quais 42 de trabalho, Simão Jatene e Orly Bezerra

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Orly conta que começou a trabalhar aos 16 anos, ainda no tempo de “A folha do Norte”, A Província do Pará, Jornal Liberal, Jornal O Estado do Pará e só depois constituiu a agência Griffo, em sociedade com o jornalista Antonio Natsuo. A experiência na área do jornalismo ajudou a entrar na área do marketing, quando passou a ser valorizada no Pará, no final da década de 80 e início da década de 90. “Na verdade é um trabalho que é desenvolvido do jornalismo e da propaganda, e como a gente tem uma experiência de jornalismo isso nos ajuda muito, até essa compreensão de como apresentar o candidato à população, ter o conhecimento e a voz do candidato dentro das propostas que ele apresenta no processo eleitoral”, explica Orly. “É uma ciência, claro, é um trabalho que tem estudo, muita leitura, e uma coisa muito importante na nossa vida que é a sarjeta, como se diz, é o cotidiano, é a vida que a gente construiu e não é uma vida fácil, simples, mas com muito trabalho e dedicação em que a gente vem se aprimorando a cada ano”, avalia. As campanhas são feitas com profissionais de confiança, que ele mesmo chama de equipe “Açaí”. “É uma equipe que trabalha com a gente há muito tempo, que nos ajuda muito, é muito importante, e eu não faria nada do que eu faço sem sombra de dúvida se eu não tivesse essa equipe que tenho. E essas pessoas, elas são fundamentais dentro do tra-

balho que a gente desenvolve, a gente tem a capacidade de liderar essa equipe”, destaca. ”Um trabalho coletivo é sempre muito melhor, ninguém ganha nada sozinho e a gente ajudou o governado Simão Jatene a se eleger, isso a gente tem certeza, mas o grande vitorioso da eleição é o governador Simão Jatene, foi ele que conduziu esse processo todo, foi ele que colocou a cara dele para falar, foi ele que colocou a cara pra bater”.

Concorrência de fora

Se por um lado, Orly Bezerra gosta de trabalhar com o mesmo grupo de profissionais formados aqui na região, ele também já comprovou ser essa a melhor estratégia. É comum adversários trazerem “estrangeiros” para coordenar as campanhas. Foi assim em outubro, quando enfrentou profissionais de marketing trazidos da Bahia e de São Paulo. “Eu não me preocupo muito com isso, eu me preocupo com meu trabalho, com o trabalho da nossa equipe e com o trabalho do nosso candidato. Mas, independente de qualquer um, de qualquer lugar, pode vir dar certo e fazer um bom trabalho, é sorte nossa e ainda bem que o resultado tem sido muito positivo pra turma daqui do Pará”, garante. Mas o resultado não é apenas sorte. Na campanha do plebiscito que decidiria a divisão ou não do Pará, Orly Bezerra enfrentou Duda Mendonça, um dos melhores marqueteiros do Brasil. “Lembro que em uma entrevista, respondi sobre comentários do Duda na campanha. Na hora eu disse, olha, ele está dizendo isso, ele é o papa do marketing e eu sou o papa chibé. Então eu, com muito orgulho sou paraense e sou realmente papa chibé, carrego esse sentimento paraense muito perto, valorizo muito isso e fico feliz do resultado da turma daqui sim. Quando eu chamo equipe “Açaí” é justamente por conta disso, da tradição nossa. E essa é a 3º eleição que a gente vence enfrentando adversários no ponto de vista do marketing, vindo de fora, da Bahia”, comemora. Questionado sobre qual o segredo do sucesso nas campanhas que ele coordena, Orly é humilde e fala apenas do trabalho técnico. “Claro que pra isso precisa de um trabalho técnico, um trabalho elaborado e que se foi construindo paralelo à campanha em si, a da construção da imagem do candidato Simão Jatene como governante pra população, pra sociedade entender primeiro que ele estava sim, fazendo um bom governo, as obras ainda não estavam de conhecimento da sociedade, nós passamos a mostrá-las e aí, na medida que a população foi identificando, ela foi evidentemente aderindo à campanha e aderindo com voto. Isso fez com que o Jatene equilibrasse as forças dentro do processo eleitoral do primeiro turno”, avalia. www.paramais.com.br

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A equipe “Açaí” com Simão Jatene, governador eleito do Pará, único na História do Pará a ser eleito três vezes governador do Estado (em 2002, 2010 e 2014)

Orly Bezerra, 58 anos, dos quais 42 de trabalho, é sócio da agência Griffo, em sociedade com o jornalista Antonio Natsuo

Os dois lados da balança Orly Bezerra aponta que a decisão do voto tem praticamente três situações: uma é a razão, você tem que dar argumento para o eleitor, pra ele justificar com seu colega de trabalho, com seu vizinho, amigo, ou parente, o que pra ele justifica o voto naquele candidato. “Se o eleitor não tiver a razão, se não tiver o argumento, ele pode mudar de voto. Então você tem que dar a razão e a razão se dá pela experiência, pelas propostas, pela

história de vida que o candidato tem”, diz ele. “Da mesma forma como tínhamos, também, como apresentar para o eleitor a razão para não votar no outro. Isso faz parte, eu digo sempre que o marketing você passa uma linha no papel no meio e bota um sinal de positivo e de negativo, evidentemente que nós vamos explorar de maneira positiva aquilo que o nosso candidato tem. Quem tem que procurar explorar o aspecto negativo contra ele é o adversário, nós temos que minimizar isso e o inverso em relação

ao adversário. O que o adversário tem de negativo, nós vamos explorar evidentemente. Esse é o nosso trabalho, é o trabalho do marketing”, pondera. Só isso basta? Não, porque o voto também se decide pela emoção. “Nós trabalhamos com faixas de público diversas, de grau de instrução, de comportamento, de cultura diferentes. A campanha tem que ter o aspecto emocional capaz de levar o eleitor a decidir o seu voto, principalmente aquele indeciso”, ressalta o publicitário.

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Neste ponto, a divisão do estado foi a principal ferramenta. “Tivemos aí uma estratégia de trabalho muito bem definida, não no programa, porque o programa tem uma geração só, quanto o programa de rádio, quanto o programa de televisão, o programa em bloco tem uma geração só para todo o Estado. Então você não pode tratar de um assunto desses, delicado e sensível, como é a divisão, para não passar uma mensagem que satisfaz a Região Metropolitana de Belém e o Nordeste, mas deixa problema no Sudeste e deixa problema no Oeste”, exlica Orly. “optamos por tratar essa questão nas inserções. Então nós trabalhamos em Belém um tipo de inserção, outra mensagem para o nordeste, outra para o sudeste e outra para o oeste. Assim, tínhamos comerciais diferentes para cada região. Eu não sei se eles trabalharam assim, se eles viram isso, se perceberam isso, eu percebi, eu conheço o meu Estado, sei o sentimento e sei a forma como as pessoas sentem e quer ouvir em relação a uma eleição, principalmente uma disputada como essa”, diz ele. O terceiro ponto, também importante, que Orly Bezerra mostrou foi o nome Barbalho. “Inventamos alguma coisa? Colocamos um nome que não tem? Não, mostramos quem é, qual é a família, qual é a participação dela na política e o que é que representava isso dentro dum processo eleitoral, e acho que isso foi valorizado na medida em que eles mesmos procuraram esconder, talvez isso possa ter sido um equivoco. Se tivessem assumido o nome completo desde o inicio isso, seria visto com naturalidade”. A diferença de resultados entre o primeiro e o segundo turno também foi avaliada por Orly. “O Helder quase ganha a eleição no primeiro turno, embora ela tenha sido quase empatada, que a diferença foi de 50 mil votos, mas como era uma eleição muito disputada qualquer voto a mais poderia dar o resultado para um ou para outro. E o que é que modifica, o que é que alterou no segundo turno?”, questiona. Para ele, os apoios de segundo tempo podem ter influenciado os eleitores. “O povo não aceita traição. Deus,

Comemorando a Vitória

eu diria, até que me iluminou quando colocamos um depoimento do Jefferson Lima dando apoio ao Jatene e depois mudando de lado. Foi um tiro no pé”. Sobre o uso das mídias sociais, Orly reconhece a importância, mas lembra que também é importante não descuidar das mídias tradicionais. “Eu sou do tempo do jornal impresso, do papel, e eu gosto de manhã, no café da manhã, tá folheando o papel e ouvindo rádio. Então eu acordo e ligo o rádio, ouço a televisão, leio jornal e me informo com as mídias sociais, evidentemente os blogs, os sites, então, gente, eu queria dedicar essa mensagem a esses jovens. É muito importante a informação, mas que você não fique só com um tipo de informação,estamos num momento em que a questão da comunicação está se redefinindo, então é muito importante, eu vou usar uma palavra que ela está no meio jovem, está antenado a todas essas formas e a todos esses meios, vamos valorizar sim, as mídias novas, as mídias eletrônicas, as mídias da internet, evidente essa aí ponto número um, mas não vamos esquecer as tradicionais, e o rádio está dentro deste processo, porque o rádio ele constrói uma vida da relação das pessoas por mais distante que estejam, correto?” Orly garante que agora é hora de descansar, mas já de olho na próxima campanha daqui a dois anos. “Estou trabalhando

em campanha política, comecei em 88, então já tem 26 anos, né? A cada dois anos uma campanha, nesses últimos três anos foram três: plebiscito, prefeito e governador. Mas eu acho que tem que ter renovação, eu acho que a minha equipe, essa equipe “Açaí” ,tem gente tão antiga quanto eu. Quer dizer que já vem com a gente há muito tempo, mas tem gente nova entrando, eu sou um incentivador à renovação, incentivador ao público jovem que a gente tem que dar espaço, a gente tem uma fase a cumprir na vida, depois vamos passando o bastão pra outro, é assim mesmo a gente passa de pai pro filho, passa pra outra pessoa dentro do seu trabalho, porque são novas ferramentas, novas formas de comunicar, nova forma no trabalho. Assim como na comunicação, como em qualquer outra é assim, e dessa forma, acho que a gente contribui para que novas pessoas surjam, com novas ideias e aprimore o processo. Eu sou sempre solidário e pronto para ensinar, para passar experiência que a gente tem, que outros, evidentemente sigam. Então não quero pensar daqui a dois anos, vamos ver o que possa acontecer, eu quero agora só descansar, porque eu passei quatro meses dormindo numa média de quatro horas por dia, e na última semana foram duas, e até agora não deu para recuperar tudo”, conclui.

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A proteção de sua marca! Texto Wilson S. Portela Jr*

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á passamos da época em que o empresário acreditava que o simples fato de estar usando sua marca já lhe dava o direto ao registro. O sistema de proteção marcaria adotado pelo Brasil é o atributivo e não o declarativo, ou seja, se você possui uma marca, utiliza ela há muitos anos e nunca requereu o devido registro, para nossa legislação quer dizer que você não possui interesse sobre ela, assim, consequentemente, um empresário que também utilize essa marca (nome) e no mesmo segmento de atuação pode solicitar o registro e, automaticamente, a proteção será a ele garantida. Também há muito anos, o empresário comumente imaginava “Mas quem irá querer registar a minha marca? Se alguém fizer isso eu a troco!”, quanto à primeira pergunta o passar dos anos mostrou que 99% dos casos de registo colidente ocorre de boa fé, ou seja a empresa que requereu o registro da marca, muitas vezes não tinha o conhecimento de uma outra empresa que também utilizava a expressão em seu segmento. Essa

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situação é logicamente comum se observamos que nosso país possui dimensão continental. A segunda questão é pior ainda, o empresário que dizer “se alguém registrar minha marca eu troco por outra” não conhece o cenário atual econômico, visto que as ferramentas de produção, comercialização e execução de serviço possuem um acesso mais fácil, portanto, a marca passou a ser o elemento de ligação e fidelização dos consumidores e tornou-se o maior patrimônio construído ao longo dos anos pelo empresário. Atualmente existem diversos exemplos de marcas que superam todo o patrimônio físico da empresa, sempre utilizávamos como exemplo a marca “Coca-Cola”, porém, atualmente, a marca mais valiosa do mundo, desde 2013, é a “Apple” que atualmente vale 98,316 bilhões de dólares, lembramos que isso é somente o valor da marca! Antes de lançar uma marca nova, seja ela de um produto ou serviço, deve-se realizar uma pesquisa de anterioridade, isso vai evitar transtornos futuros, não somente com a perda de todo o investimento realizado, a necessidade de suspensão de uso e, tam-

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bém ressaltado, a obrigatoriedade de ainda ter que indenizar o verdadeiro proprietário da marca, isso porque, legalmente independe se você tinha ou não intenção de usurpar a marca, o simples fato de fazer uso, já gera o direto a indenização. Lembramos ainda, que o Certificado de Registro de Marca, possui cobertura nacional, específico para a atividade/produto requerido e com 10 (dez) anos de validade. Por fim, uma dica importante, se você é empreendedor, encontra-se em fase inicial e, por isso, não possui recurso suficiente para requerer o registro de marca, realize pela pesquisa de anterioridade, isso vai possibilitar saber se no momento já existe registro ou pedido requerido por terceiro, para a mesma marca, no mesmo ramo de atividade, por mais que não venha requerer o registro, isso vai diminuir consideravelmente a probabilidade problemas futuros a curto, até médio prazo.

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Bailarino paraense é selecionado para estudar na Escola Bolshoi

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istórias de vida comoventes que resultaram em muito esforço, dedicação e sucesso rendem mais do que bons roteiros para livros e filmes de cinema. Servem também de exemplo para as pessoas. Ainda mais quando acontecem perto de nós. Davi Gabriel Franco, um garoto de 13 anos de idade está vivendo o momento do sonho realizado. Ele é o único paraense selecionado para estudar na Escola de Dança do Ballet Bolshoi, em Santa Catarina. Mas antes disso, ele passou dificuldades com a família. Aos 9 anos de idade começou a frequentar o Teatro Cuíra, em Belém, que desde a abertura desenvolve um trabalho de inserção social através da arte. Ali, Davi conheceu Edyr Proença e Zê Charone e o casal se encantou pelo garoto. Foram muitas visitas e férias na residência do Edyr e Zê, até Davi se mudar para a casa, como um filho. Os dois artistas experientes logo perceberam que o menino tinha vocação e o perfil físico de um bailarino. “Estranhei um pouco quando eles perguntaram se eu não gostaria de dançar ballet. Eu nem sabia que existia bailarino”, lembra o menino. Da sugestão para o exemplo, foi um pulo. Zê Charone mostrou a Davi o filme “Billy Elliot”, que conta história de um garoto de 11 anos que vive em uma pequena cidade da Inglaterra e é obrigado pelo pai a treinar boxe. Porém, na mesma academia onde ocorrem os treinos, Billy assiste a uma aula de balé e fica fascinado. Na obra cinematográfica, é a professora de balé quem ela vê em Billy um talento nato para a dança, o ajuda a enfrentar o pai machista e o conduz a seguir rumo a uma carreira brilhante. “O que mais me atraiu para o balé depois de assistir ao filme foi mesmo o final, quando, depois de tudo que ele passou, acabou se tornando o primeiro bailarino de uma grande companhia. Ele também me preparou para o preconceito, então fiz a escolha sabendo que passaria por isso, como o

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personagem passou”, conta Davi. Davi começou a estudar dança em uma academia de ballet . “Fez eu me sentir diferente, importante… Saber que existem poucos bailarinos aqui mesmo na academia me faz sentir especial”, avalia o rapaz, que ainda ri ao lembrar dos olhares curiosos em sua primeira aula. “Foi engraçado, as bailarinas da minha turma nunca tinham visto um menino na sala”. Outro professor ajudou a desenvolver o talento de Davi com aulas particulares. “Nas aulas com a turma não dava para treinar movimentos próprios dos bailarinos, porque a maioria era de meninas. Então, eu ficava só no básico”, lembra ele. “Nas aulas particulares, comecei a treinar os saltos e a carregar as parceiras de dança. Os homens são muito mais exigidos fisicamente no ballet”, avalia.

Bolshoi

É claro que depois de conhecer o universo da dança, Davi também conheceu a história dos grandes bailarinos e as principais academias de ballet no mundo. Soube que o Bolshoi, da Rússia, mantinha desde 2002 uma escola em Santa Catarina e seleciona-

Volta as aulas

va crianças para a formação de bailarinos. “Mesmo com apenas quatro anos dançando, achei que podia participar e me inscrevi para os testes de seleção”, conta Davi. “Não fiquei pensando se seria capaz de conquistar uma vaga ou não, só quis ir lá e mostrar o que eu sabia fazer”, garante. A audição aconteceu em julho deste ano. Davi enfrentou a concorrência de 559 candidatos de todo o Brasil. Mas o menino franzino de Belém foi passando etapas: a seleção artística, com aulas de ballet clássico para avaliar a técnica e o desempenho físico com saltos. Apenas ele e mais dois meninos conseguiram passar para o exame fisioterápico, para verificar se não tinha nenhum problema ortopédico e avaliar o condicionamento físico e a flexibilidade do jovem bailarino. De todos os candidatos, apenas 15 foram aprovados, sendo três meninos. Davi é um deles. “Foi tudo muito sério, com muita disciplina. Fiquei muito feliz e sei que minha vida vai mudar a partir de agora”, comemora Davi Gabriel Franco.

Mudança

E vai mudar mesmo. Em fevereiro de 2015, Davi vai morar em Joinville (SC), em

e dos apelaria Estudantes

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Foi engraçado, as bailarinas da minha turma nunca tinham visto um menino na sala

uma “casa social”. “Os alunos que não têm família lá moram na casa de outros bailarinos. As mães que conseguem acompanhar os filhos nessa mudança sabem que é difícil crianças e adolescentes ficarem sozinhos em outra cidade e acolhem a gente”, explica. A ansiedade em chegar logo o início das aulas na escola Bolshoi é grande. “Nos dias de audição, conheci o Dênis Vieira, que foi estudar lá com 8 anos e se formou pelo Bolshoi. Depois, ele virou solista no Ballet do Rio de Janeiro e seguiu carreira no exterior”, conta Davi. “Sei que o Bolshoi vai me proporcionbar uma formação técnica que vai me abrir portas e criar boas oportunidades de carreira”, sonha o menino. Mas até lá, Davi vai ter que fazer como tantas histórias comoventes que ouvimos falar, com muito esforço e dedicação até alcançar o sucesso. “Vamos ter em média seis horas de aulas de ballet por dia, aprender a tocar piano, teatro, música e inglês, para termos uma formação completa para a vida de um bailarino profissional. Isso sem contar ainda com a escola, né?”, conclui o bailarino paraense.

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Estudantes criam biscoito e ganham prêmio internacional

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ara os estudantes da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA/UFPA) Ana Clara Vasconcelos, Ed Junior, Lívia Martins e Thais Andrade, desenvolver um produto para participar de uma competição internacional, viajar para outro país e vencer não era uma hipótese cogitada. O foco deles era estudar e concluir o curso em Belém. Mas com a orientação da professora Luciana Centeno, o que parecia apenas uma ideia virou realidade. Desde março, eles trabalharam na pro-

A professora Luciana Centeno e os estudantes vencedores do prêmio

dução de um biscoito nutritivo para crianças em idade escolar, utilizando Mandioca e outras matérias-primas da Amazônia. Em agosto, conquistaram o primeiro lugar na Food Science Students Fighting Hunger (Estudantes de Ciência de Alimentos Combatendo a Fome). A competição foi realizada durante o maior evento internacional da área de Ciência e Tecnologia Alimentos, o Congresso Mundial da International Union of Food Science and Technology (IUFoST), em Montreal, Canadá. O prêmio internacional é uma conquista

inédita para o curso de Engenharia de Alimentos e representa mais do que um impulso à vida acadêmica e ao futuro profissional dos estudantes. É também um incentivo para os outros alunos. Segundo a professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UFPA e PhD em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Cornell University, Luciana Centeno, o evento é oportuno para estimular estudantes da área de Ciência e Tecnologia de Alimentos para aplicarem o conhecimento adquirido na universidade. “No intuito de estimular os estudantes a pro-

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Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (Fapespa). A Rede Mani é filiada, também, ao Instituto de Tecnologia (ITEC) da UFPA. “A Rede de Pesquisa Mani envolve várias instituições do Brasil e até internacionais”, explica a professora Luciana Centeno. “Foi selecionada por edital e recebe recursos do CNPQ e da Fapespa”, diz ela. A professora Luciana explicou que o grupo decidiu desenvolver um produto com base em mandioca para vincular o trabalho à Rede Mani, que já oferecia a estrutura necessária para a criação do biscoito. “A competição também exigia que na base da criação estivesse algum elemento que remeduzirem soluções para o risco alimentar, as tesse à origem da população, como um elecompetições envolvendo o desenvolvimen- mento indígena. A mandioca era adequada a to de produtos alimentícios têm sido cada isso”, lembra Luciana. vez mais utilizadas em congressos da área A escolha do que apresentar seguiu a de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Isso linha de nutrição infantil para ter o apelo permite a abordagem aos conhecimentos emocional que agradasse aos jurados e que adquiridos de forma integrada”, pontuou. teria um marketing mais viável. Por isso, foi “Sendo assim, a conquista desse prêmio feito o Cookitos, um biscoito nutritivo, direserve tanto de inspiração para futuras ge- cionado ao público infantil e em idade escorações de estudantes quanto para mostrar lar para veiculação por programas governaque a UFPA tem qualidade suficiente para mentais. “Além de escolher um público cuja desenvolver grandes soluções importantes veiculação é facilitada, a equipe desenvolpara a sociedade”, complementa. veu um produto viável social e economicamente”, comentou. A criação do biscoito passou por todas as fases, desde a concepção do produção, O Projeto Cookitos faz parte da Rede de desenvolvimento da receita de acordo com Pesquisa para o Desenvolvimento Tecno- as regras da competição e às exigências nulógico da Cadeia Produtiva da Mandioca, tricionais da ANVISA, até o conceito da ema Mani, que é vinculado ao Programa de balagem. As etapas de produção do biscoito Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de foram: avaliar as possibilidades dentro do Alimentos (PPGCTA/UFPA), ao Conselho tema da competição, no caso, o uso das matérias-primas regionais; depois, trabalhar a conceituação do produto, construindo a “A proposta de participar da competipersonalidade, a embalagem e a imagem do ção foi ideia da professora Luciana e foi produto; a partir disso, desenvolver o proalgo inovador para nós. A importância duto semiacabado, finalizando com os apridisso é que não fomos os únicos benefimoramentos e testes de análise sensorial ciados e isso valeu demais! Não esperava com degustação e avaliação para chegar ao ganhar, mas aprendemos muito com toda produto final. a experiência”. A receita-base foi adequada para atender Thaís Andrade todos esses critérios. Além da mandioca, os estudantes também usaram corantes e Experimente nossos diversos espetos. adoçantes naturais Funcionamos aos domingos da Amazônia e com de 11h às 16h somente na uma ampla possibiVileta inclusive DELIVERY lidade de sabores. “Podemos produzir um biscoito ou uma ANTECIPE RESERVAS linha completa, se PARA EVENTOS quisermos”, diz a estudante Lívia Martins. Mas a receita final é mantida em segredo. “Queremos Tavares Bastos Av. Conselheiro Furtado, 1864 Vileta próximo a Duque patentear o produto (91) 3242-5521 (91) 3246-2124 (91) 3252-5202 antes de disponibili-

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Alunos de Engenharia de Alimentos da UFPA conquistam 1º lugar em evento mundial no Canadá

zar para o mercado e as indústrias que possam se interessar em produzir os biscoitos”, conclui a professora.

A competição

Para apresentar o produto, os quatro estudantes viajaram para o Canadá. “Foi difícil conseguir levar a equipe completa. Tínhamos a inscrição e a hospedagem garantidas, mas tivemos que correr atrás das passagens aéreas para o Canadá, num voo direto porque nenhum de nós tem visto americano e não poderíamos fazer escala nos EUA”, lembra Clara. No Canadá, mais surpresas esperavam a equipe. Sem falar outras línguas, foi difícil conseguir informações de como proceder durante o evento. “No primeiro dia, nossas amostras de biscoito foram entregues e depois desapareceram”, conta Thaís. “Encontramos as embalagens perdidas junto com o lanche que seria servido aos participantes do congresso. Foi um sufoco”, conta a estudante. Mas no final, deu tudo certo. Os paraenses enfrentaram outras sete equipes concorrentes, uma da Universidade de São Paulo e as demais de outros países. “Foi uma correria, mas a experiência serviu para nos mostrar que não estamos distantes de outros centros de pesquisa acadêmicos no mundo. Disputamos em pé de igualdade e ainda tivemos a vantagem de contar com a nossa biodiversidade, rica em opções alimentares”, comemora Lívia. “A competição contribuiu para nossa vida acadêmica e para a faculdade, porque depois que ganhamos percebemos que as pessoas não sabem bem o que fazemos, confundem com nutrição. Assim, pudemos divulgar e estimular outros colegas. A gente só tem a ganhar colocando em prática o que aprendemos”. Clara Vasconcelos

“Participar da competição foi uma experiência nova, porque eu só pretendia concluir o curso. Mas foi legal trazer essa conquista para nós e para a universidade”. Edvaldo pena Jr. Pará+

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Angelina Jolie, atriz, se submeteu a uma cirurgia para a retirada dos seios

A “medicina do futuro” já faz parte do presente

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arece coisa de cinema, ainda mais envolvendo uma atriz famosa. Mas não foi ficção. Em 2013, a atriz Angelina Jolie se submeteu a uma cirurgia para a retirada dos seios e agora cogita uma nova cirurgia, para a retirada dos ovários. A decisão foi tomada depois que um teste genético indicar que ela tinha até 85% de probabilidade de desenvolver um câncer de mama e 50% de ter um câncer no ovário, ao longo da vida. No Brasil, os serviços médicos para diagnóstico genético não são disponíveis para toda a população. Além dos custos elevados, o país conta com cerca de 150 profissionais especializados, muito pouco para garantir a cobertura. O mais comum é ter serviços de referên38

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cia para diagnósticos genéticos de doenças consideradas raras, aquelas que acometem um caso para mais de 2 mil indivíduos. Em todo o mundo, os médicos já identificaram cerca de 8 mil doenças raras, 80% delas de origem genética. Em Belém, o Serviço de Desenvolvimento e Crescimento Caminhar do Hospital Universitário Bettina Ferro (HUBFS) da Universidade Federal do Pará (UFPA), é uma dessas referências em diagnóstico genético. Criado em outubro de 2002, atende crianças de até doze anos de idade com problemas de crescimento e desenvolvimento. Os pacientes são encaminhados para o ambulatório de genética pela rede de saúde pública. “O diagnóstico genético parece fora da nossa realidade, mas não é”, afirma a coordena-

dora do serviço Caminhar, Isabel Neves de Souza. A genética médica ganhou espaço nos últimos 40 anos, a decodificação do genoma humano foi feita há apenas 20 anos, por isso, o conhecimento científico ainda é pequeno. “Em 60% das doenças, ainda não é possível determinar a causa”, diz Isabel. Ela explica que nem sempre a doença genética é herdada através dos genes dos pais. “Pode acontecer um erro genético durante a concepção ou no desenvolvimento do feto na gestação”. A pediatria é o ramo da medicina que mais demanda esse tipo de diagnóstico. O Serviço Caminhar atende hoje dois mil pacientes. No Pará, dos 150 mil nascimentos ocorridos por ano, a estimativa é que 5% www.paramais.com.br

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O público-alvo do IPAT são as crianças atendidas no Serviço Caminhar do HUBFS

Drª Isabel Neves – HUBFS, coordenadora do Caminhar

Dr Luís Heredero professor visitante na UFPA

dos nascidos tenham algum problema. Por isso, ela defende que é preciso investir na formação dos médicos para que eles possam identificar a possibilidade de enfermidades genéticas. “É importante fazer o diagnóstico precoce não só para dar o tratamento adequado, mas também para investigar entre os parentes mais próximos se há a possibilidade de novos casos”, avalia. Neste sentido, a Universidade Federal do Pará ganhou um reforço neste ano, com a chegada do professor visitante espanhol

Luiz Heredero, que vem desempenhando um papel importante no programa de pósgraduação da UFPA. A experiência do médico geneticista é aproveitada nas disciplinas de genética médica para graduação, o que vai permitir que os novos médicos que serão formados possam identificar as ocorrências, independente da especialidade deles. Heredero também atua no internato de pediatria. “Acompanhamos e orientamos os estudantes dos dois últimos anos do curso de medicina em treinamento prático no

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atendimento aos pacientes”, destaca Luiz Heredero. O intercâmbio com profissionais de outros países também permite uma troca de experiências com as equipes de laboratórios para aumentar o conhecimento de diagnóstico genético. “Estamos estudando como

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montar um programa de capacitação voltado aos profissionais da atenção básica em saúde para o diagnóstico genético”, antecipa Luiz Heredero. “É muito importante que esse profissional saiba identificar se a doença é genética ou se é congênita, provocada pela má formação do feto”. Ele enumera o uso de drogas, de remédios não prescritos com acompanhamento médico e o consumo de álcool como os principais causadores de anomalias. “A genética é uma ciência que está no limite entre a investigação e a prática. Não há cura para as doenças genéticas, apenas tratamentos para amenizar os efeitos”, conclui o médico espanhol.

Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza-HUBFS

Atendimento

O Serviço Caminhar conta com equipe multidisciplinar nos seus Ambulatórios de Genética e Neurogenética, que realizam o diagnóstico clínico e laboratorial de diversas doenças raras, em parceria com o Laboratório de Erros Inatos e Metabolismo da UFPA. Hoje, existem cerca de dois mil pacientes cadastrados nos ambulatórios que apresentam Síndromes de Williams, de Marfan, de Turner, entre outras, além de osteogênese imperfeita, ataxias e doenças neuromusculares. “Porém não podemos deixar de diagnosticar a mais conhecida delas: a Síndrome de Down. Esta não é considerada uma doença rara pela frequência em que ocorre (é um caso para cada 600 pessoas nascidas vivas). Para se considerar doença rara, é um caso para cada duas mil pessoas nascidas vivas. Para todos esses grupos, dispomos, na UFPA, do diagnóstico clínico e laboratorial, além de atender a outras patologias”, afirma a coordenadora do Caminhar, a geneticista Izabel Neves.

Portaria

Uma das maiores conquistas foi a Portaria do Ministério da Saúde, nº 199, de 30 de janeiro deste ano. O documento institui a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas

com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e incentivos financeiros de custeio. Entre outras providências, a normativa prevê a organização de uma rede de atendimento para diagnóstico e tratamento às patologias, além da oferta do aconselhamento genético no SUS e da incorporação de novos exames de diagnóstico. O Ministério da Saúde incluirá na assistência a pacientes com doenças raras o acompanhamento por especialistas que atuam nos principais centros de referência do País. Profissionais de saúde da Atenção Básica poderão utilizar a ferramenta Te-

lessaúde, que permite a troca de dados e orientações com especialistas sem sair dos postos de atendimento e em tempo real. Esta ferramenta será implantada neste ano e auxiliará no conhecimento sobre sinais e sintomas dessas doenças. A medida integra a política de atenção às doenças raras implementada pelo Ministério da Saúde como mais uma ação para estruturar a rede de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). O Telessaúde já é utilizado pelo Ministério da Saúde para auxiliar no atendimento a pacientes com hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas. É uma ferramenta presente em todas as regiões do País, que utiliza a internet, telefone e videoconferência como ferramentas para trocar informações entre profissionais. Atualmente, o programa Telessaúde Brasil Redes está em funcionamento em mais de 3 mil municípios, com mais de 5 mil pontos em todo o País. Com isso, o Telessaúde garante o acesso à ferramenta a mais de 30 mil profissionais vinculados a equipes de saúde da Atenção Básica. Também foram incorporados 15 novos exames de diagnóstico em doenças raras, além da oferta do aconselhamento genético no SUS, e o repasse de recursos para custeio das equipes de saúde dos serviços espe-

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cializados. Para isso, o Ministério da Saúde investirá R$ 130 milhões. Atualmente, existem mais de 240 serviços para promover ações de diagnóstico e assistência completa, com a oferta de tratamento adequado e internação nos casos recomendados. A capacitação de profissionais do SUS está prevista na Portaria, para que eles saibam reconhecer a possibilidade. Mesmo que a doença rara não seja diagnosticada no atendimento primário, os médicos devem ficar atentos para os casos suspeitos e encaminhar para uma investigação mais profunda por especialistas. São duas as dificuldades que atrapalham o diagnóstico. A primeira é o médico suspeitar da doença. Ele precisa conhecer um pouco sobre ela para poder suspeitar. A segunda, e talvez a mais complicada, é a inexistência de testes diagnósticos acessíveis para a população. A portaria contempla, pela primeira vez, que os serviços e os procedimentos para construção do diagnóstico sejam pagos pelo SUS. Então, se o médico quiser solicitar um exame diagnóstico sobre doença rara, ele terá o exame disponível.

Pezinho

A Triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho, permite a detecção precoce de doenças metabólicas, genéticas e raras que muitas vezes não apresentam sintomas claros. Começou na década de 60, nos Estados Unidos. Um médico com três filhos portadores de deficiência mental pesquisou e descobriu a fenilcetanúria, uma doença genética. Ele conseguiu desenvolver um método para identificar o problema em recém nascidos e definir uma dieta alimentar que ameniza os sintomas. As restrições dietéticas ajudam a evitar a evolução dos problemas mentais causados pela doença genética. Assim foi criado o teste do pezinho. Os bebês são submetidos a uma bateria de exames logo que nascem, com o intuito de identificar quaisquer anormalidades e prevenir uma série de doenças. A triagem neonatal, mais conhecida como teste do pezinho, é um dos exames mais importantes na hora de detectar irregularidades na saúde da criança. Com apenas algumas gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, o teste permite diagnosticar precocemente oito doenças, entre metabólicas, congênitas e infecciosas. A triagem deve ser feita entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê, já que antes disso os resultados podem não ser muito precisos. O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Em 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o território nacional

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CONHEÇA AS OITO DOENÇAS IDENTIFICADAS NO TESTE DO PEZINHO: *Anemia falciforme Doença hereditária que altera a formação da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte do oxigênio no sangue. Em decorrência dessa alteração, as hemácias ficam com forma de foice (daí o nome “falciforme”), o que dificulta sua locomoção e acaba lesionando tecidos. *Deficiência de biotionidase É a falta da vitamina biotina no organismo. Sua deficiência resulta em convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade. *Fenilcetonúria É uma doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolizar a enzima fenilalanina, responsável pela produção do aminoácido tirosina. A ausência de tirosina pode acarretar retardo mental. *Galactosemia É uma doença genética que dificulta a conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose. O resultado é o acúmulo de galactose no organismo, causando problemas de coagulação, icterícia (pele amarelada), hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), glicosúria (excesso de glicose na urina), acidez do sangue e catarata. *Glicose 6-fosfato desidrogenase Distúrbio metabólico que causa alterações das enzimas fundamentais para proteção das células, especialmente das hemácias. Sem estabilidade, os glóbulos vermelhos podem morrer, causando anemia hemolítica. *Hipotireoidismo congênito Doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental. *Hiperplasia congênita da supra-renal Provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas glândulas supra-renais ou adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que estimulam as supra-renais, que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no organismo e vômitos. *Toxoplasmose É uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode causar calcificações cerebrais, malformações, doença sistêmica grave. Tardiamente, pode se expressar causando doenças da retina. Triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho, permite a detecção precoce de doenças

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teoria de dois gigantescos meteoros. Quem criou as perguntas de onde viemos que tanto inquietam a humanidade e para onde estamos indo?

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ão é nada fácil chegar a um denominador comum neste estado de coisas. Finalmente depois de longas e infindáveis perorações chegou-se a uma assertiva comum. São duas as teorias sobre a criação do mesmo Universo: A teoria do Big Bang e a teoria Divina. Queremos questionar as duas teorias: Quem criou a teoria da criação do Universo pelo Big Bang? Quem criou a teoria sobre a

criação do Universo? Perguntas subsequentes serão feitas singelamente: quem criou o criador da teoria do Big Bang e Divina do mesmo Universo? Quantos Universos existem? Com a teoria que tudo veio do nada, o que existia antes do nada? Na cosmologia indígena da tribo Urubu, cujo cacique do mesmo nome informou ao autor que tudo foi gerado do ovo de uma grande serpente. Quem criou a teoria do microcosmo, que criou a teoria da célula prima, quem criou a

Tudo foi gerado do ovo de uma grande serpente…. (*) Sobrames e Presidente da SOPREN

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