Revista
Pará+ JANEIRO 2015
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
EDIÇÃO 155
Editora Círios
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BELÉM
RUMO AOS 400 ANOS PARÁ TERÁ SEGUNDA OBRA DE OSCAR NIEMEYER CAPA 155.indd 1
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Revista
N E S TA E D I Ç Ã O EDIÇÃO 155 - JANEIRO/2015
PUBLICAÇÃO
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
Andar só faz bem
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Empreender: plano A para 2015!
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Ginásio poliesportivo deverá ser inaugurado em julho
Arte e história falam de vida e morte no cemitério da Soledade
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Aniversário da cidade teve bolo, atos religiosos, chuva e muita música
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Pará terá a segunda obra projetada por Oscar Niemeyer
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O nascer de um ciclo de vida transformador
Carnaval de danças e bailinhos nos Açores
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Política de incentivos fiscais do Estado beneficia empresas e impulsiona o desenvolvimento
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Epifania - A Festa dos Reis Magos
Como deveria ser a lição de casa na era da internet? Aplicativos em sala de aula: evolução ou modismo? Os desafios para os novos desenvolvedores no Brasil Alertas de desmatamento tiveram aumento de 9% em um ano
Cirurgia plástica o que levar em conta antes de tomar uma decisão?
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BELÉM-PARÁ
JANEIRO 2015
EDIÇÃO 155
R$ 8,00
OS S 400 AN RUMO AO SEGUNDA Á R E T PARÁ MEYER OSCAR NIE OBRA DE Farol de Belém, no Mangal das Garças – uma torre de metal de 47 metros de altura, onde os visitantes podem ter uma vista panorâmica da cidade. O que era antes uma área alagada tornou-se, a partir de um complexo projeto de revitalização, um dos principais pontos turísticos da cidade. Foto: Celso Lobo - www.celsolobo.com
FAVOR POR
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* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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Casos de pedra nos rins aumentam durante meses quentes do ano
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Zenaldo Coutinho, o prefeito dos 400 anos de Belém
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ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Claudina Santos DRT 1310, Anete Costa Ferreira, Claiton Fernandez, Dolores Affonso, Dr. Alieksiéi Carrijo, Lucirene Gomes, Henrique Mol, Juliana Pinheiro, Marcos, Abellón, Paula Adamo Idoeta; FOTOGRAFIAS: Carlos Sodré/Ag.Pa, Celso Lobo, Divulgação, Igor Fonseca, Isis Fonseca, João Gomes/ Comus, Tássia Barros/Comus, Samdy Mendes; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
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Belém em preparativos para os 400 anos
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A caminhada é uma das principais formas de começar a sair da sua zona de conforto e que trás saúde, alegria e bem estar.
Andar só faz bem A ndar é o mais básico dos exercícios e tudo o que você precisa para cuidar da sua saúde de forma fácil e prazerosa é um par de tênis e a determinação de caminhar. São impressionantes as vantagens de caminhar por apenas 30 minutos diários. E o mais incrível: esse tempo ainda pode ser dividido em dois períodos de 15 minutos! Pesquisas comprovam que meia hora de caminhada por dia reduz o risco de diabetes, enfarto e hipertensão e a incidência de câncer. Melhora o sistema circulatório, evitando inchaços e edemas, e fortalece os ossos, diminuindo as chances de ter osteoporose. Também eleva no sangue o nível de HDL, o bom colesterol, e diminui o de LDL, o mau colesterol. Ainda previne a depressão, na medida em que produz endorfina, conhecida popularmente como “hormônio da felicidade”. Não há desculpa portanto, para não adotar já uma atividade que tem o poder de nos colocar rumo ao completo bem-estar físico, mental e emocional, como definido pelo ayurveda, o mais antigo sistema de cura do mundo, e pela Organização Mundial da Saúde. A caminhada ajuda também a perder peso e reduzir medidas sem qualquer dieta. Para obtermos os benefícios completos da caminhada, precisamos começar com a postura correta. Mantenha a cabeça ereta, o queixo alinhado com o chão e os pés paralelos. Fixe o olhar à frente e deixe os braços livres, movimentando os ombros naturalmente. Quando caminhamos, nosso corpo trabalha melhor, se torna mais forte e se cura naturalmente com maior rapidez. Uma hora de caminhada queima em média 5 calorias por minuto ou 550 calorias. Devemos ainda lembrar a importância da caminhada para a manutenção natural do peso em um mundo no qual o índice de obesidade aumenta vertiginosamente. Coá-
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Caminhar só faz bem para a saúde
gulos nas pernas e tromboses passam longe de quem caminha. Pessoas que possuem problemas de circulação, principalmente quem tem algum problema cardíaco ou problemas com varizes, não podem fazer exercícios físicos de impacto como corrida ou pegar peso, por isso a caminhada além de ser boa pra manter o peso em dia, ainda consegue manter a circulação fluindo perfeitamente nos vasos e artérias.
Exemplos dos benefícios das caminhadas:
Uma bela caminhada pela praia é muito reconfortante
- Ajuda na luta contra a obesidade, diminuição da celulite e redução da flacidez - Aumenta a autoestima - Aumenta a vitalidade - Aumenta a eficiência do sistema imunológico - Auxilia no contrôle do colesterol - Auxilia no contrôle da diabetes - Auxilia na prevenção à osteoporose - Diminui o estress e combate a depressão - Elimina toxinas e impurezas através do suor - Estimula o funcionamento dos pulmões - Fortalece o coração, diminui os problemas cardíacos e ajuda no combate à hipertensão - Fortalece os músculos - Melhora a respiração - Mantém as pessoas saudáveis e integradas na sociedade Sem dúvida um santo remédio!
Leve também seu cachorro para caminhar… Pará+
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Belém, a beira do rio mar... banhada pelo Rio Guamá ao sul e pela Baía do Guajará a oeste
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400 anos Eu escolhi Belém - Essa gente que chega, �ica e ama a cidade 06
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os versos do saudoso Chico Senna que tão bem retratam a terrinha com seus espaços traçados pela natureza amazônica, pela maestria de nomes como arquiteto Antônio Landi e pelo calor hospitaleiro de sua gente, vão invadindo o ar e expondo o corpo e alma da cidade. Seguindo os passos de uma antiga tradição que identifica a mulher pelo nome do marido - a Rosa, do Zé; a Fátima, do João e tantas outras- ela é Belém, do Pará. Quando no século XVII o colonizador português Francisco Caldeira Castelo Branco se deslocou para o norte do Brasil por via marítima, chegou a um “Rosa flor, vê quanta mangueira espaço de terra banhado e o cheira-cheira do tacacá. por uma baía, que os ínMeu amor, ata a baladeira, dios Tupinambás residenembalança a beira do rio mar...” tes no local chamavam de Paraná-Guaçu (rio muito grande, parecido com o mar). O local era estratégico para a defesa do litoral norte da então colônia portuguesa e ao mesmo tempo uma porta que se abria para exploração das chamadas drogas do sertão. Os portugueses fincaram ali sua bandeira. A colônia, fundada em 12 de janeiro de 1616, recebeu o nome de Feliz Lusitânia, depois Santa Maria de Belém do Grão Pará e, www.paramais.com.br
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Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – Faepa
da terra – e acrescentaram seus costumes. Hoje, Belém agrega uma grande diversidade cultural, sem perder suas características de origem. Parece haver lugar para tudo e para todos. E essas pessoas que adotaram Belém estão aqui ou ali, gente que não perdeu o sotaque gaúcho, mineiro ou nordestino, mas costuma incluir no seu cardápio, por exemplo, uma boa caldeirada de filhote. Da terra do sol nascente, da pátria de Camões e de outras regiões. Natural da cidade de Kotohira, na província de Kagawa, Japão, o empresário Yozo Yamamoto mora há 45 anos em Belém. “Meus pais decidiram trazer toda a família para este grande e promissor país. Desem-
anos depois, acabou se resumindo a Belém. E lá se vão 399 anos. Atraídos em uma época pela riqueza da borracha, em outra época para ficar longe de alguma guerra, para escapar de tem-
Uma Homenagem
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ATA C A DO
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pos difíceis em outras regiões, ou apenas porque se identificaram com o local, foram chegando os imigrantes. Muitos deles vieram pelo espírito aventureiro de mudança. Criaram laços, aprenderam os costumes
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Rod. Br-316, km2,1500-Ananindeua-PA www.paramais.com.br
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Yozo Yamamoto, empresário
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barcamos em julho de1954. Fomos diretamente para a colônia de Tomé-Açu (PA), onde iniciei como agricultor. Entretanto, como eu sempre gostei do comércio, em 1970 resolvi vir pra Belém com meus pais, minha esposa e outros familiares para desempenhar essa paixão. Foi quando fundamos a 1ª loja Yamcol, no Terminal Rodoviário de Belém”. Os negócios da família foram crescendo e Yozo foi ficando. Nestes 45 anos de residência na capital do Pará, retornou pelo menos 10 vezes ao Japão, sempre a passeio. Aqui, aprendeu a gostar de pato no tucupi e de tacacá, iguarias tipicamente paraenses. Como não poderia deixar de ser para um filho da terra do sol nascente, Yozo considera como um dos grandes atrativos em Belém o nascer e o por do sol vistos em seus reflexos na baía do Guajará. Mas, enfatiza ele, o principal atrativo de Belém são as pessoas, “sempre muito simpáticas, receptivas e calorosas”, define.
Belém é que me escolheu
Fazendo um trocadilho brincalhão quando questionado de por que escolheu Belém para morar, o empresário Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – Faepa, segreda: “Belém é que me escolheu”. Natural do Estado da Bahia, Xavier veio para a capital paraense no ano de 1970, transferido pelo Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais S.A. “Encontrei em Belém pessoas acolhedoras, uma cidade em expansão econômica e com um ótimo potencial de crescimento nas áreas do agronegócio, onde constituí minha família e criei meus filhos com toda a infraestrutura necessária para torná-los pessoas de boa índole, de caráter irrefutável. Sempre trabalhei com afinco por esta cidade, que muito faz por mim e à qual muito devo, contribuindo para o seu desenvolvimento e qualidade de vida do seu povo”. Ele termina seu relato com palavras de agradecimento, promessa e uma mensagem para a cidade: “Quão grato sou a Deus por tudo isto. Obrigado, Belém!
Fábio Lucio Costa - presidente da Associação Comercial do Pará – ACP
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O amor pela Amazônia
José Oliveira, presidente da ASPAS (Associação Paraense de Supermercados) e presidente do Grupo Formosa
Seguimos sempre firmes no afã de produzir e acertar, apoiando sempre que possível todas as obras, ações e projetos, que deixem lastros de prosperidade na história da capital e do estado do Pará. Que os 400 anos de Belém nos tragam paz, alegrias e realizações e que todos nós caminhemos para um mundo melhor a partir da nossa querida Santa Maria de Belém do Grão Pará”
Aprendi a gostar de Belém Formosa
A gastronomia paraense, de marcada origem indígena, pode até não conquistar de imediato, mas aos poucos vai se insinuando na mesa daqueles que chegam, ou como visitantes, ou dispostos a fixar residência na metrópole da Amazônia. “Falando da culinária, o pato no tucupi é imbatível. E o açaí antes eu não gostava, mas agora aprendi a gostar”, confessa José Oliveira, presidente da ASPAS (Associação Paraense de Supermercados) e presidente do Grupo Formosa. Ele veio para Belém do Pará em 1961. “Minha cidade natal é uma aldeia distante 40 km do distrito de Coimbra, em Portugal. Decidi vir para Belém por dois motivos: fugir da guerra de Angola (na época quando um jovem completava 18 anos era recrutado a ir para guerra) e porque aqui eu já tinha parentes, entre eles tios, primos e um irmão”. Logo que chegou, começou a trabalhar como balconista num estabelecimento na esquina da travessa Lomas Valentina com a avenida Pedro Miranda, bairro da Pedreira. Depois, abriu uma padaria com um amigo - a Formosa, que depois deu origem à rede de supermercados. “Por sinal, Belém também é uma cidade muito Formosa”, elogia ele, completando que gosta de tudo na cidade, mas admira especialmente os túneis verdes. “As mangueiras são frondosas, dão frutos e ainda transformam as ruas com seus túneis. Acho que Belém deveria ter muito mais mangueiras e não os ficus e castanholas”, sugere.
Também vindo da terra de Camões, o empresário Carlos Limão, vice-presidente da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) e da ASPAS, e presidente do supermercado Amazônia, começou a declarar oficialmente seu amor pela cidade quando denominou seu empreendimento com o nome da região na qual decidiu viver. Natural de Beira Alta capital, guarda concelho de Almeida, da freguesia de Vale da Mula, em Portugal, Limão veio em 1975 passar as férias e conhecer a cidade de Belém do Pará, onde já moravam alguns familiares seus. Decidiu ficar. “Minha terra natal agora é para passar férias”, diz. Dos atrativos de Belém, ele destaca as comidas típicas, sua gente, o clima e a alegria do povo. “Gosto muito da beleza do Complexo Feliz Lusitânia e da Estação das Docas. E na gastronomia afirma “não dispensar” uma caldeirada de filhote no tucupi.
Encantos da Metrópole
“Escolhi Belém atraído pelos encantos da Metrópole da Amazônia , foi um encontro perfeito, que resultou numa relação de amor, principalmente pelo povo acolhedor e pela cidade, que me abraçou e deu oportunidades para meu crescimento pessoal e profissional”, expõe Fábio Lucio Costa - presidente da Associação Comercial do Pará - ACP.
Uma cidade de muitos
E Belém vai crescendo. Os poetas que cantam seus costumes, sua gente e seus traços são muitos. E nesse mar de estrofes (ou baía de estrofes) muitas dessas pessoas que não nasceram aqui, mas que para cá vieram e aqui construíram suas vidas, se identificam. Afinal, um pedacinho de verso da bela composição de Ruy e Paulo André Barata entrega a receptividade do belenense: “Esse rio é minha rua/ Minha e tua...”
Carlos Limão, vice-presidente da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) e da ASPAS, e presidente do supermercado Amazônia www.paramais.com.br
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Visite as Feiras do Empreendedor do SEBRAE
Empreender: plano A para 2015! Texto Henrique Mol*
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virada de ano é sempre uma opção para rever planos e traçar novas metas. Certamente, empreender povoa os objetivos de muitos, mas tirar o plano do papel, exige muita força de vontade e foco. As franquias são opções estratégicas para quem quer iniciar o ano de 2015 como empreendedor. Não é qualquer iniciativa privada que inclui em sua cartilha: assistência em relação ao mercado, direcionamentos estratégicos, respaldo jurídico e cursos de especialização, o que, normalmente, as franquias asseguram. Para o investidor iniciante é uma opção providencial. E o mercado ainda tem indicativos favoráveis. Segundo dados da ABF - Associação Brasileira de Franquias, o faturamento do setor ultrapassou o PIB do País em 2013, alcançando 11,9%. No entanto, é necessário cautela. Como qualquer investimento, as franquias não fogem ao risco. A equipe do “Empreendedores Web” listou algumas opções de franquias em que as perspectivas para 2015 são animadoras, no segmento de baixo investimento. Entre elas, estão os setores de beleza e estética, microfranquias, serviços, franquias virtuais e marketing digital. Nessas propostas considere, essencialmente, um aprofundamento a respeito das franquias virtuais, detentoras de uma tríade tentadora: baixo investimento inicial, e pequena necessidade de capital de giro diretamente relacionada à possibilidade de criação do negócio em uma home-of�ice. Esse
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O ideal é extrair o máximo de informação a respeito daquele negócio
segmento exige, fundamentalmente, um papel ativo do franqueado, por se tratar de um modelo de negócio que demanda pouca mão de obra e não exige, a curto prazo, o estabelecimento de um ponto comercial. Se você tem interesse em empreender nessa área, insira entre seus planos de 2015 a visita às Feiras do Empreendedor, levadas a cabo pelo SEBRAE, todos os anos, em várias regiões do País. A programação de 2015 já está disponível no site da instituição. Além disso, considere um plano B de renda no tempo médio de maturação das microfranquias, entre 18 e 24 meses. Quando em contato com o idealizador da marca nas Feiras do Empreendedor, o ideal é extrair o máximo de informação a respeito daquele negócio. Qual o capital de giro ne-
cessário para inserir-se no mercado? Qual o respaldo oferecido pela companhia? Realize, também, um exercício de autoconhecimento para avaliar a sua identi�icação com aquele negócio, se você compartilha dos valores da empresa, de que forma você pode melhor utilizar as ferramentas de marketing fornecidas pela organização, etc. As franquias são excelentes vias de acesso ao empresariado por aqueles que não tem experiência no mercado e dispõe de capital. No entanto, nenhum segmento se identi�ica tanto à célebre frase de Thomas Edison: “A genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração” como as franquias. Arregace as mangas e mãos à obra em 2015! (*) Especialista em turismo e sócio-fundador da Encontre Sua Viagem, franquia de turismo
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Zenaldo Coutinho, o prefeito dos 400 anos de Belém Fotos Tássia Barros/Comus
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belenense Zenaldo Rodrigues Coutinho Junior declara seu amor por Belém quando fala da cidade, citando a exuberância de sua natureza amazônica aliada ao patrimônio histórico de traços europeus. Ele, entretanto, confessa, gosta mais do período de sol do que da época chuvosa. “Sou do verão”, se declara. Como ele convida alguém para conhecer a cidade? expondo toda a geografia da capital paraense, suas ilhas, sua bacia hidrográfica, propagando a gastronomia local, a diversidade das frutas e a forma acolhedora com que o paraense costuma receber os visitantes. Pelo período de mandato a ser cumprido, Zenaldo Coutinho, prefeito de Belém, será o privilegiado gestor municipal dos 400 anos de Belém. Então é o senhor o cavalheiro que vai dançar a valsa de um aniversário tão importante com esta dama? Ele ri. Prefere mesmo destacar o trabalho que vem desenvolvendo e com o qual, afirma, vai presentear a cidade. P+: Teremos algum mascote para identificar os 4 séculos da cidade? Z.C: Sim, vamos ter uma marca que vai ser símbolo dos 400 anos. A Prefeitura promoverá um concurso para a escolha desta marca. Já estamos em fase de preparação para o lançamento deste concurso. O Ver-o-Peso está na lista de projetos do PAC Cidades Históricas
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Prefeito menciona as obras com as quais sua gestão vai presentear a cidade
P+: Belém ainda é reconhecida como cidade das mangueiras. Como sua gestão vem trabalhando o quesito arborização? Z.C: Estamos expandindo a arborização em toda a cidade usando espécies nativas de nossa região. A mangueira não é desta região e nem é a espécie mais adequada para se arborizar a cidade. Entretanto, para que não se perca a caracterização histórica, as mangueiras que já existiam serão preservadas e, quando necessário, serão - ou já estão sendo - substituídas por outras manguei-
ras. Mas, por que não ampliar para outras espécies como, por exemplo, o ipê? Nossa cidade precisa de árvores que causem menor impacto nas calçadas para evitar a destruição desses espaços e também que não provoquem danos materiais e pessoais. (o prefeito se refere a registros de acidentes consequentes de queda de frutos das mangueiras - principalmente nesta estação do ano, quando é época de produção de frutos e, ao mesmo tempo, período das fortes chuvas). Temos o grande desafio de plantar mais árvores e também de florir a cidade. P+: Como serão trabalhados os recursos provenientes do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento - Cidades Históricas?
Z.C: Estamos na fase final de ajustes dos projetos para poder iniciar os trabalhos. A Prefeitura de Belém fez, digamos assim, o seu ‘dever de casa’. Esperamos iniciar as obras nos núcleos que tiveram seus projetos contemplados até o segundo semestre deste ano de 2015. O PAC vai permitir trabalhos de restauração, revitalização e requalificação em quinze espaços: Feira do Ver-o-Peso, Palácio Antônio Lemos – Museu de Arte de Belém, Mercado de Peixe do Ver-o-Peso, Praça Dom Pedro, Praça do Relógio, Praça do Carmo, Praça Visconde do Rio Branco, Casarão do Fórum Landi, Palácio Velho – Teatro Municipal, Cemitério da Soledade, www.paramais.com.br
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Túnel de mangueiras no centro da cidade
Nosso trabalho visa sempre a qualidade de vida da população
Cinema Olímpia,Palacete Bolonha – Centro Cultural, Sede da Fundação Cultural do Município de Belém, Casarão do Arquivo Público do Pará e Capela Pombo.
P+: Que avanços a cidade tem para comemorar na área de educação? Z.C: Os avanços são muitos A educação foi o setor onde mais fizemos investimentos. Entre estes, a reforma de escolas. O município mantém 72 escolas de ensino infantil e fundamental, mais 60 anexos e 28 subvenções sociais (escolas em regime de convênio). Trabalhamos pela implantação de bibliotecas e hoje todas as escolas têm biblioteca e sala de leitura e, ainda, 91% destas instituições de ensino têm quadra esportiva. Até o início de 2016, estaremos concluindo a construção de quadras no percentual restante das escolas. É importante destacar que estes espaços para a prática de esporte e lazer são utilizados pelos estudantes durante os turnos escolares e, nos finais de semana, também pela comunidade. Estamos ampliando algumas escolas e vamos construir outras para abertura de mais vagas. P+: E na área da saúde, que investimentos vêm sendo feitos?
Z.C: De início, reformamos 19 unidades de saúde. Também inauguramos a primei-
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Vamos ter muito o que comemorar. O PAC vai permitir trabalhos de restauração, revitalização e requalificação em quinze espaços…
semestre. Entregamos dois novos CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Até o final de 2016 estaremos entregando mais quatro UPAs – Unidade de Pronto Atendimento, que vão se somar à unidade já existente, localizada no distrito de Icoaraci. P+: Em se tratando de mobilidade urbana, uma das principais questões é o BRT. Quando será concluída esta obra, com implantação de bilhete único e integração de linhas?
ra unidade de acolhimento de dependentes químicos da Região Norte, com sistema de internação. Entregamos a nova Casa de Saúde do Idoso, com instalações amplas e adaptadas ao público a que se dispõe a atender. Estamos reformando o local onde funcionava a clínica Socor (Tv. João Balbi, bairro de Nazaré) para que ali seja a sede da Casa de Saúde da Mulher, um local de alto nível que deverá ser inaugurado ainda neste primeiro
Z.C: Vamos partir para a segunda etapa de construção do BRT, no trecho que vai do Entroncamento até o Mangueirão. As obras devem iniciar agora em fevereiro. Após a conclusão de mais esta etapa, inclusive com a colocação das cabines de estação, vamos trabalhar nas outras frentes. Belém ganhará a primeira linha fluvial entre Icoaraci e o mercado do Ver-o-Peso, integrado com o sistema rodoviário. O BRT concluído será mais um presente de aniversário nos 400 anos de Belém. A Avenida Duque de Caxias vai ganhar uma ciclovia?
Z.C: Sim, passará pelo canteiro central, compreendendo toda a sua extensão e incluindo também a Brigadeiro Protásio até a
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Belém está sendo preparada para seus 400 anos
Júlio César. As ciclovias precisam estar integradas para permitir a funcionalidade a que se propõem. Também construiremos ciclovia na Avenida Romulo Maiorana e vamos reformar a que já está em funcionamento em Icoaraci.
A Prefeitura promoverá um concurso para a escolha da marca/logo dos 400 anos
P+: Qual será o ponto alto da festa dos 400 anos de Belém?
Z.C: Já temos muito o que comemorar. Na verdade, não vamos ter uma única obra para dar de presente à cidade, mas um conjunto de obras que já estamos realizando. Nosso trabalho visa sempre a qualidade de vida da população. Quanto a show artístico, com certeza haverá. Teremos uma espécie de prévia agora em janeiro, no aniversário de 399 anos. Uma grande apresentação das cantoras Fafá de Belém e Gaby Amarantos.
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A Cidade Limpa, empresa de proteção ambiental opera a +10 anos no Estado do Pará e está devidamente licenciada pelos órgãos competentes: SEMA, IBAMA, ANVISA, CAPITANIA DOS PORTOS, CREA-PA, Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal de Belém. A empresa está apta a dar destinação final, de forma correta a resíduos industriais líquidos, pastosos e sólidos, além de resíduos hospitalares. Rod. 316 - Estrada Santana do Aurá, s/n - Belém-PA 55 (91) 3265-4700 / 3265-0088 / 3265-4148
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Ginásio poliesportivo deverá ser inaugurado em julho Fotos Carlos Sodré/ Ag. Pará
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uem trafega pela rodovia Augusto Montenegro e observa a construção que se ergue bem em frente ao gigante Mangueirão não deixa de se questionar sobre a data de inauguração do novo espaço esportivo idealizado pelo governo do Estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que juntamente com a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), está responsável pelos trabalhos no local, se o andamento não sofrer nenhum imprevisto, a finalização deverá acontecer em julho de 2015. A obra em questão é o Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará, o “Mangueirãozinho”, como vem sendo chamado pela população. O ginásio, está sendo construído em área onde também está localizado o Estádio Estadual Jornalista Edgar Augusto Proença, o Mangueirão, no km 3 da rodovia Augusto Montenegro. A denominação Mangueirãozinho faz alusão à semelhança de arquitetura entre o ginásio e o estádio, que assim foi batizado pelo cronista esportivo Moacir Calandrini para homenagear a fruta símbolo da capital paraense, a manga. O Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará ganhou traços e formas pelas mãos do arquiteto Alcyr Meira, também o autor do projeto do Mangueirão. Três empresas formaram o consórcio responsável pela construção, iniciada em junho de 2013, com recursos obtidos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como informa a Seel, a obra está em fase de instalação do sistema de climatização, bem como as tubulações elétricas, hidráulicas e de esgoto; os vestiários estão em fase final de acabamento do piso e parede; a tor-
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Em primeiro plano a maquete do Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará
re do elevador está sendo revestida internamente e externamente. A última das cinco vigas de sustentação do sistema de cobertura – peças de perfil metálico - foi erguida em dezembro. A cobertura do ginásio, que utilizará telhas termoacústicas, deverá ser concluída no final de janeiro.
Esporte e Cultura
A construção segue os padrões internacionais de infraestrutura e tem capacidade para um público de cerca de 12 mil pessoas, com espaço para cadeirantes. Devido sua característica multiuso, o ginásio poderá sediar eventos esportivos de diversas modalidades, tais como: basquete, futsal, vôlei, tênis de mesa, ginástica rítmica e artística e várias modalidades de luta, todas dentro dos padrões do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Além de eventos esportivos, haverá também a possibilidade da realiGinásio Poliesportivo do Estádio zação de grandes eventos cultuOlímpico do Pará, localizado na rais, como shows, apresentações rodovia Augusto Montenegro, em fase final de construção artísticas e festivais. O local terá dois elevadores, camarins, oito cabines para os profissionais da imprensa e também vai oferecer serviços de bar e restaurante. O Ginásio Olímpico ocupará onze mil metros quadrados de área construída. Sua arena será toda climatizada. O espaço como um todo foi mesmo projetado para primar pelo conforto e qualidade, como destacam os
Ginásio poliesportivo deverá ser inaugurado em julho.indd 13
responsáveis pela construção. O piso será revestido do mesmo material que já vem sendo utilizado em quadras de muitos países, com grande capacidade de receber impactos. O placar eletrônico segue o modelo que é usado pelos ginásios de esporte americanos da liga de basquete NBA. Trata-se de um painel em forma circular que ficará no centro do ginásio, se constituindo de quatro telas. Este formato permite ao expectador uma visão completa da pontuação do jogo em qualquer lugar do ginásio onde ele estiver.
Mesmo padrão arquitetônico
Para não destoar da arquitetura do estádio Edgar Augusto Proença, inaugurado em 1978, o Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará, foi projetado no mesmo padrão arquitetônico do Mangueirão. O público terá acesso ao interior do ginásio por meio de duas rampas, já concluídas, construídas dentro dos padrões de acessibilidade recomendados pelo Ministério Público do Estado. Com tantos predicativos, o que se espera é que o público paraense, torcedor e participante dos grandes eventos esportivos, não apenas ganhe um estádio para seu lazer, mas também brilhe, tal como naquele 29 de setembro de 2011, quando de dentro do Mangueirão, emocionou boa parte do mundo cantando pela primeira vez na história do futebol brasileiro o Hino Nacional à capela. Pará+
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Aniversário da cidade teve bolo, atos religiosos, chuva e muita música Fotos Igor Fonseca, Isis Fonseca, João Gomes / COMUS; Samdy Mendes
taria do Pará (Sindipan), o bolo de aniversário já é uma tradição que se estende há 16 anos. A primeira fatia foi dada para a menina Rhaina Nicolly, também aniversariante do dia. Na ocasião, Zenaldo se pronunciou pedindo bênçãos para as famílias e para a cidade. Ainda pela manhã, no Palácio Antônio Lemos, sede da prefeitura, foi inaugurada a exposição “Ver-o-Peso: Registros e Memórias”, com fotografias, documentos e um vídeo sobre a feira, considerada uma das maiores da América Latina. As visitações podem ser feitas até o dia 27 de abril, de terça a sexta-feira, sempre no horário de 10h às 18h e sábados, domingos e feriados de 9h às 13h. Outro aniversariante do dia, o Parque Ambiental Mangal das Garças, presente que a cidade e o Estado receberam em 2005, em ritmo festivo, promoveu uma programação especial. Um dos destaques foi o plantio de espécies de Pau-Brasil. A primeira muda, simbolizando o aniversário de 399 anos de Belém, foi plantada pelo prefeito Zenaldo Coutinho.
Redes sociais, chuva e música
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s 399 anos da capital paraense foram comemorados com uma programação que começou logo nas primeiras horas da manhã do dia 12 de janeiro, com missa celebrada pelo arcebispo metropolitano, Dom Alberto Taveira, na Catedral da Sé. O ato religioso contou com a presença do prefeito Zenaldo Coutinho e da vice-prefeita Karla Martins, entre outras autoridades e cidadãos que foram ao local manifestar seu amor pela cidade por meio de orações. Há poucos passos da igreja, no Ver-o-Peso, em frente ao Solar da Beira, um bolo de 20 metros aguardava o prefeito, sua comitiva, feirantes e as centenas de pessoas ansiosas para cantar os parabéns para a cidade – e degustar um pedaço do gigantesco bolo. Confeccionado pelos trabalhadores do Sindicato da Indústria da Panificação e Confei14
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Enquanto a programação da Prefeitura Municipal seguia seu trilho de comemorações, enfatizando pelas palavras do prefeito Zenaldo os preparativos para os 400 anos, No Ver-o-Peso, em frente ao Solar da Beira, um bolo de 20 metros
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Na Missa do Aniversário de Belém
foram feitas homenagens. Em um shopping no centro de Belém, a cantora Lucinha Bastos interpretou um repertório especialmente selecionado para a ocasião. Foi acompanhada em coro por centenas de pessoas que fizeram questão de homenagear a aniversariante, Belém, cantando músicas que falam de suas ruas, seu povo e sua natureza.
Culto, comendas e show no Hangar
Zenaldo Coutinho planta primeira árvore de Pau-Brasil no Mangal das Garças
nas redes sociais, os internautas postavam homenagens à aniversariante, com frases e fotos. Algumas decantando as belezas da terra, outras, reclamando de situações que contribuem para uma imagem negativa sobre a capital, como falta de segurança, acúmulo de lixo e falta de comprometimento dos próprios moradores com o bem estar na cidade. No início da tarde, sem ser convidada, chegou a chuva. Veio, lavou tudo e se foi. No Centur e nos shoppings, também
No final da tarde, foi realizada uma celebração evangélica no Templo Central da Assembleia de Deus. O culto, ministrado pelo pastor e também presidente da Casa, Samuel Câmara, teve apresentação da orquestra sinfônica da Assembleia e do coral formado por membros da igreja. Desta celebração, o prefeito e sua comitiva seguiram para o Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. No local, o gestor municipal promoveu a outorga da mais alta honraria do município, a medalha Francisco Caldeira Castelo Branco – fundador da cidade - para personalidades que trabalharam de forma positiva elevando o nome da cidade em vários setores, tais como, político, cultural e educacional. Entre os agraciados com a comenda, a estudante Sara Rebecka de Araújo Sousa, de 10 anos. Ela se destacou
Gaby Amarantos canta no Hangar
ao obter a melhor pontuação no Índice pelo Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em Belém no ano passado. As comemorações de aniversário terminaram com um grande show no Hangar. Esta parte da festa de 399 anos ficou por conta da alegria, encanto e simpatia de artistas como as cantoras Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Gabriella Florenzano e Dona Onete, a pianista Leandra Vital, e, ainda pelos acordes da banda da Guarda Municipal de Belém.
Fafá de Belém e Dona Onete cantam no Hangar
399 ANOS DE BELÉM. A FIEPA DÁ OS PARABÉNS POR ESTE ANO. E PELOS PRÓXIMOS CINCO TAMBÉM.
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G RI FF O
A indústria que produz, aperfeiçoa e agrega valor aos bens materiais é a mesma que contribui para a criação de uma nova Belém, onde seu povo possa contar com um desenvolvimento socialmente justo, economicamente igualitário e ambientalmente responsável. De acordo com a publicação “Pará Investimento 2015-2020”, da FIEPA, a Região da Grande Belém receberá nos próximos cinco anos, mais de R$ 7.5 bilhões em novos investimentos, o que irá criar milhares de oportunidades para a população local. Parabéns, Belém. Motivos não faltam pra gente se orgulhar e continuar investindo em você.
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O templo está sendo construído em Paricatuba, no município de Benevides, Região Metropolitana de Belém, no terreno onde está localizada a Faculdade Adventista da Amazônia
Pará terá a segunda obra projetada por Oscar Niemeyer
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ó mais alguns ajustes na documentação do projeto, o que já está sendo providenciado, e o campus da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA), instituição localizada no município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, sediará uma igreja desenhada por ninguém menos que Oscar Niemeyer. Trata-se da última igreja projetada pelo símbolo maior da arquitetura moderna no Brasil e a única destinada ao culto evangélico. O projeto está incluído no livro “As igrejas de Oscar Niemeyer”, lançado em 2011. A construção deste templo é a concretização de um sonho do empresário Milton Afonso. Ele fez o pedido ao arquiteto, mas a solicitação não foi aceita de imediato. Só algum tempo depois Milton recebeu a resposta com sinal positivo. O desenho foi o último a ser colocado no livro sobre igrejas, que já estava sendo editado. “Quando disse que sou adventista do 7º Dia, Niemeyer perguntou o que difere dos judeus, que também guardam o sábado. Contei que acreditamos na primeira e segunda vinda de Jesus, o Messias Salvador. Niemeyer pediu um tempo para pensar e logo diria se aceitaria meu 16
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Pará terá a segunda obra projetada por Oscar Niemeyer.indd 16
Vista frontal
convite para projetar um Templo Adventista. Aguardei a resposta em oração”, expôs Milton em entrevista concedida por ocasião de sua visita ao local onde será erguida a obra. Niemeyer não só aceitou o desafio, como também não cobrou nada pelo feito. Doou o projeto. A edificação da segunda obra de Niemeyer no Pará ocupará uma área de 2.100 metros quadrados e terá 22 metros de altura, com capacidade para abrigar mil pessoas. É apoiada em uma cruz frontal de aço e concreto que s estende em formas arredondadas, uma das características marcantes das obras de Niemeyer. As laterais são todas de vidro. O custo será de R$ 10 milhões.
Depois de inaugurado, informa a direção da Faculdade, o templo poderá ser visitado por qualquer pessoa. O campus da FAAMA fica distante cerca de 40 quilômetros de Belém. A edificação da segunda obra de Niemeyer no Pará ocupará uma área de 2.100 metros quadrados e terá 22 metros de altura, com capacidade para abrigar mil pessoas. É apoiada em uma cruz frontal de aço e concreto que s estende em formas arredondadas, uma das características marcantes das obras de Niemeyer. As laterais são todas de vidro. O custo será de R$ 10 milhões. Depois de inaugurado, informa a direção da Faculdade, o templo poderá ser visitado por qualquer pessoa. O campus da FAAMA fica distante cerca de 40 quilômetros de Belém.
Monumento à Cabanagem
A igreja no campus da FAAMA será a segunda obra de Oscar Niemeyer no Pará. A primeira foi projetada em 1984, o Memorial da Cabanagem. O monumento, erguido na entrada de Belém, faz uma representação histórica da revolta popular que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840 no Pará. O www.paramais.com.br
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Oscar Niemeyer: projetos de igrejas inspirados pela fé no concreto como o principal material de trabalho
As igrejas de um ateu
memorial foi inaugurado em 7 de janeiro de 1985 em homenagem ao sesquicentenário do início do movimento cabano. Ao apresentar as formas de sua obra, uma inclinação em concreto com uma ruptura ao centro, alcançando 15 metros de altura e 20 metros de comprimento, o arquiteto explicou que demonstrava ali a ascensão da luta heróica empreendida pelos paraenses. A fratura que se destaca no centro da inclinação simbolizava a aniquilação pelas forças repressoras e a continuidade a partir desta interrupção mostrava que a luta continua de pé na memória do povo. O projeto se completa com um museu cripta, inaugurado no ano seguinte, onde há documentos referentes ao movimento e os restos mortais dos principais líderes da revolta. Assim como o projeto da Igreja Adventista, o Memorial
>> Apesar de ter sido criado em uma família de católicos praticantes, Oscar Niemeyer não seguiu nem esta religião e nenhuma outra. Se declarava ateu. Afirmava que suas projeções de templos religiosos vinham da familiaridade com as missas e as comemorações que presenciava quando criança em sua própria casa. Além de muitas outras edificações, projetou cerca de três dezenas de igrejas, no Brasil e no exterior. O livro As Igrejas de Oscar Niemeyer, publicado pela editora Nosso Caminho, apresenta imagens coloridas de 16 catedrais, igrejas e capelas. A última imagem é da igreja que será erguida no Pará. Tal como o precioso desenho, o livro foi dado de presente para os adventistas da FAAMA. Niemeyer trabalhou até bem pouco tempo antes de falecer, em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos.
da Cabanagem foi uma doação de Niemeyer para o povo do Pará. De acordo com publicações da imprensa na época, ele se declarou “honrado” em contribuir para a festa que homenagearia os heróis cabanos.
Aguardando liberação para iniciar
Sobre a demora para o início da obra, marcada inicialmente para 2012, Juliano
Almeida, diretor administrativo da FAAMA, explica que o projeto teve que ser encaminhado de volta para as mãos da equipe que trabalhou com Niemeyer, pois algumas incorreções de dados foram detectadas pelos órgãos municipais responsáveis pela liberação da construção no território de Benevides. Segundo Juliano, tudo será resolvido em breve e o segundo trabalho no Pará do mestre da arquitetura logo poderá ser visitado, ou, como esperam os executores do projeto, frequentado.
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O Soledade na Avenida Serzedelo Corrêa, é o cemitério público mais antigo da cidade e resiste à virada dos séculos
Arte e história falam de vida e morte no cemitério da
Soledade
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Cemitério de Nossa Senhora da Soledade, na Avenida Serzedelo Corrêa, é o cemitério público mais antigo da cidade e resiste à virada dos séculos, guarda traços e formas que contam a história da cidade naquela época. Mausoléus, lápides e capelas majestosas dividem espaço com covas rasas e túmulos simples. O contraste marca a desigualdade social até na hora da morte, segregando as mais de 30 mil pessoas, entre ricas e pobres, enterradas ali. Em um período em que não bastava ser rico, era preciso parecer rico, os sepulcros são como obras de arte em diversos estilos, que vão do neoclássico ao neogótico. Mas a beleza está coberta pelo mato e o esquecimento. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1964, o Soledade tem um valor histórico e cultural imensurável. Hoje, o espaço aguar-
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da munícipio e Estado concluírem as etapas do processo que deverá transformá-lo, finalmente, em cemitério-parque, a partir de recursos federais do PAC “Cidades Históricas”. Enquanto as obras não começam, o Iphan tomou uma iniciativa para aproximar a população do espaço e difundir a importância de preservá-lo. Foi lançada uma cartilha especial, contando a história do cemitério e suas especificidades. A publicação é como um roteiro detalhado para enriquecer as visitas monitoradas. Elas podem ser agendas por qualquer escola ou grupo interessado em conhecer melhor o Soledade. A arquiteta e urbanista Paula Rodrigues, mestranda em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Iphan, realizou uma pesquisa de campo entrevistando os frequentadores do Soledade. “Ele é um símbolo do início do maior período de prosperidade econômica da cidade, a Belle Époque, coincidindo com o ciclo da borracha. O cemitério foi proje-
tado pelo arquiteto favorito do Imperador Dom Pedro I (o francês Pierre Joseph Pézerat) e segue os moldes dos cemitérios monumentais europeus, com forte influência do período artístico do romantismo. Por sua localização central, é um local importantíssimo que, além de seu valor patrimonial, compõe a visualidade e a ambiência da cidade”, explica Paula. O Soledade é aberto à visitação às segundas-feiras. Mas para a maioria dos visitantes, a história é desconhecida. As pessoas sabem apenas que é um cemitério antigo. A falta de conhecimento é um obstáculo à preservação do Soledade. “As pessoas só preservam o que conhecem e valorizam. Não basta o poder público tomar iniciativas para preservar o Soledade se a população não enxergar seu valor”, avalia. O tempo e a pedra- Foi o primeiro trabalho feito pela arquiteta sobre o Soledade. O levantamento imagético e simbólico é o rewww.paramais.com.br
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O Soledade é aberto à visitação às segundas feiras
gistro de um espaço ameaçado, em estado de degradação, mas mostrapeças valiosas como o pórtico de entrada, que veio de Portugal, e o gradio no entorno do campo santo, que foi feito em Liverpool, Inglaterra.
CEMITÉRIO-PARQUE
Transformar o Soledade em um cemitério-parque depende de uma articulação que ocorre desde a década de 1990 e não tem data terminar. A expectativa é o projeto andar para que o Soledade seja restaurado e as ações culturais e educativas intensificadas no local. Mas a iniciativa é fundamental para guardar a simbologia do cemitério típico do século XIX. “O cemitério da Soledade surgiu nos mesmos moldes dos cemitérios monumentais europeus, seguindo as linhas
do período artístico do romantismo, com a adoção de materiais, obras de escultura e cantarias vindas de Portugal e Itália”, descreve Paula. “O cemitério apresenta uma simbologia funerária tão rica, que revela os ideais da época, os aspectos socioeconômicos, profissões, valores conjugais, filiais e de gratidão”, enumera ela. Uma curiosidade é em relação aos quadrantes do Soledade. “Os quatro cantos da necrópole foram destinados às irmandades religiosas: Irmandade da Santa Casa, a Ordem do Santo Cristo, Ordem Terceira de São Francisco e a Ordem terceira do Carmo”, conta. Uma volta pelas alamedas do cemitério e podemos ver as estátuas neoclássicas com coroas de louros, símbolos da vitória. Algumas tem uma rosa quebrada na mão, ou uma tocha deitada, simbolizando a morte. “Vi túmulos semelhantes no Cemitério dos Prazeres, em Portugal”, lembra Paula Rodrigues. Outros elementos também são presentes. As Cariatides em colunas com lenços nas mãos, que representam o pranto; a ampulheta alada, demonstrando a passagem do
Identificamos mais de 20 sepulturas devocionais no Soledade
tempo, a cobra que morde a própria cauda, marca da eternidade; e as flores de Cardoperpétuas. Paula Rodrigues lembra que antes da criação do Soledade, os mortos eram enterrados nas igrejas da cidade, “mas passaram a ser feitos em cemitérios públicos por causa do advento das pestes”, explica. “Por isso, quando surgiu o Soledade, os jazigos tentavam reproduzir as capelas”, destaca. “A capela no cemitério é que fazia dele um campo santo”. No ano de sua inauguração oficial, em 1850, a população de Belém era de cerca de 75 mil habitantes, sendo quase 20 mil escravos. Com as epidemias de febre amarela, em 1850, e cólera, em 1855, o cemitério foi ocupado rapidamente. Depois, os enterros passam o ocorrer no Cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá.
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Paula Rodrigues, arquiteta e urbanista, mestranda em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Iphan
Mausoléu no Soledade
Devoção popular Mesmo depois do encerramento de suas atividades, o cemitério desativado em 1880 não deixou de ser visitado. Surgiu uma nova apropriação do espaço a partir de manifestações da “Devoção às Santas Almas do Purgatório”, em frente ao cruzeiro, e outras devoções populares em túmulos específicos. Com o tempo, a devoção popular foi cres-
cendo. “No levantamento que fizemos, identificamos mais de 20 sepulturas devocionais no Soledade. Essa fé popular precisa da materialidade, as esculturas são representativas e isso gera empatia com as pessoas para criar o imaginário dos santos populares”, avalia Paula. “Alguns desses ‘Santos’ tem registro de devoção com mais de 50 anos,
passada de uma geração a outra”, diz Paula Rodrigues. Através da análise de catálogos da época, ela fez um levantamento que possibilitou o estudo da simbologia dos túmulos. A devoção popular atribuída a determinado morto tem origem em algum suposto milagre ou na história de vida da pessoa.
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Símbolos funerários
Em estado de degradação, mas mostra peças valiosas
• Ampulheta alada - A passagem inexorável do tempo, o fim do tempo de vida na terra. • Âncora - Indicava a profissão (marinheiro) ou a virtude teologal da esperança. • Anjos entre as nuvens - Representa o céu, o paraíso almejado. • Anjo com trombetas - Anúncio do juízo final. • Anjo que aponta para o céu - Indica que o falecido era uma boa pessoa e certamente o paraíso o esperava. • Anjo da morte - geralmente era representado com longas asas para baixo, tocando o chão. • Árvore - representa a árvore da vida ou a árvore da verdade. • Cabeças de querubins - representavam a alma. • Caveira - Representava a morte. • Caveira e ossos cruzados - representava a dualidade entre a morte e a imortalidade. • Colunas - Quatro colunas juntas representavam o eixo do mundo; uma coluna quebrada pode ser a morte precoce ou a perda de um chefe de família. • Coração - Simboliza a virtude teologal do amor e da caridade, é associado ao Sagrado Coração. • Coroa - Simboliza a vida eterna, a coroa de louros é a vitória sobre a redenção. • Criança - representa a morte prematura de um inocente. • Cruz - Virtude teologal da fé, símbolo do sacrifício perfeito de Cristo. • Flor do Cardo/ Perpétuas - simbolizam a saudade. • Flor quebrada - simboliza a vida que terminou. Se for uma flor em botão, é uma vida que não desabrochou. • Foice - Morte, tempo que foi ceifado. • Folhas de acanto - simbolizam as provações (espinhos) que foram vencidas. • Guirlanda de flores - merecimentos e homenagens póstumas, a vitória sobre a morte. • Leão - Chefe de família, poder. • Livro - Simbolizam a profissão (orador ou escritor), a bíblia, o livro da vida ou memórias. • Mão segurando um coração - Representa entidades beneficentes, misericórdia, caridade. • Obelisco - é um marco comemorativo de influência egípcia. • Panos - representam o luto. • Patas de leão - O falecido era responsável pelo sustento da família, símbolo de nobreza. • Pranteadora - figura geralmente feminina que chora a morte do ente querido. • Salgueiro - chorão- Símbolo das lamentações. • Serpente - Profissão (*médico), quando morde a própria cauda simboliza a eternidade, também é símbolo da maçonaria. • Tocha - Fogo da vida. Quando invertida, é a morte. • Urna - representa a imortalidade. • Urna com anjo cuidando ou segurando - represneta a lamentação. • Urna com panos - A vida está encerrada e o pano do luto “aquece” o reservatório. • Vaso vazio - O corpo separado da alma. • Vaso com chamas - O fogo eterno ou o espírito eterno do homem.
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A falta de conhecimento é um obstáculo à preservação do Soledade
Os Gêmeos
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Túmulos mais visitados Os Gêmeos: Estilo neoclássico em mármore de lioz. Túmulo cercado por gradil de ferro trabalhado, imitando um berço. Imagens infantis representando a morte prematura de inocentes gêmeos. A escultura apresenta dois bebês adormecidos, simbolizando o sono eterno, em uma almofada bordada. As cabeças estão apoiadas em delicados travesseiros, denotando técnica rebuscada inexistente na região. É mais um dos túmulos que recebem muitos devotos e, especificamente, oferendas infantis. José (Menino Zezinho): Estilo neoclássico em mármore de lioz. Criança que faleceu aos sete anos de idade simbolizada por um menino nu sentado que segura um pergaminho com seu nome e data de falecimento. Túmulo mais visitado do Soledade, ele vem sendo objeto de devoção popular há décadas. Fiéis atribuem milagres e graças recebidas por meio do intermédio do “Menino Zezinho”. Em retribuição, costumam deixar oferendas, que vão desde balas, doces, refrigerantes, até camisetas e bonés para vesti-lo. D. Antônia Joaquina Roiz dos Santos: Escultura de baixo relevo de estilo neoclássico. Casal abraçado em atitude de lamentação. A mulher apoia a cabeça no ombro do homem, que segura nas mãos um galho, provavelmente de uma flor quebrada em associação à vida interrompida. Nota-se uma coluna adornada por guirlanda, que significa merecimentos, com uma tocha deitada ainda queimando. A tocha representa a vida que se extingue, mas como permanece acesa, faz alusão à chama da vida eterna, que ainda é uma esperança. Na cabeça do homem há uma coroa de louros, simbolizando vitórias e conquistas. C. A. J. Chermont: Estilo neoclássico em mármore de Carrara. Mausoléu com escadarias, vitrais, colunas coríntias de fuste estriado e frontão triangular que guarda as iniciais C. A. J. Elas correspondem ao nome da filha do senador Justo Chermont, Cecília Augusta de Assis Chermont, falecida ainda jovem. O portão de bronze trabalhado traz detalhes em espigas. Dentro, há um busto de mulher e três urnas funerárias. O rico senador era filho do Visconde de Arary e chegou a ser governador do Estado e ministro das Relações Exteriores do governo Deodoro da Fonseca. Preta Domingas: Estilo neoclássico em mármore de lioz. Coluna de secção quadrada encimada por uma urna flamejante, simbolizando o fogo eterno. As ampulhetas aladas representam a passagem implacável do tempo, já a representação da flor do cardo/perpétua, na base da urna, fazem referência à saudade. No epitáfio, lê-se: “Aqui jazem os restos mortaes da Preta Domingas. Faleceu em 25 de março de 1871. Signal de gratidão”. A gratidão explica o fato de uma escrava estar entre os mausoléus de ricos e poderosos. Provavelmente, seu último senhor lhe concedeu esta homenagem. O túmulo da escrava é objeto de devoção popular. Mariana Isabel: Estilo neoclássico em que uma coluna baixa sustenta um obelisco, símbolo da influência egípcia, da onde se ergue uma cruz. Na base, consta a inscrição: “Aqui jaz D. Marianna Izabel Leite da Silva. Fallecida n’esta cidade de Belém a 06 de julho de 1880. Amor conjugal”. Provavelmente, por ser homenagem de um esposo apaixonado, este túmulo recebe grande devoção popular, especialmente, em casos matrimoniais. No ano da morte de Marianna, o Soledade seria oficialmente desativado para enterros. Escrava Romana/Anastácia: Sepultura simples delimitada por um gradil de ferro. É um túmulo emblemático, pois pertence a uma escrava reverenciada como a santa popular Anastácia. Na verdade, a escrava Anastácia é alvo de devoção no Rio de Janeiro, onde supostamente está enterrada. No caso do Soledade, o túmulo pode ser de uma mulher homônima ou de uma escrava que era considerada propriedade de Joaquim Francisco Corrêa. O sepultamento da escrava Romana é tido como o primeiro enterro do Soledade. Capitão de Mar e Guerra José Joaquim da Silva: Estilo eclético em mármore de Carrara. Acima, há uma urna flamejante, simbolizando a chama eterna. O frontão é sustentado por cariátides, mulheres no lugar de colunas. A ampulheta alada, representando a passagem do tempo, está acima de uma âncora, que faz alusão à profissão do falecido e é sinal de esperança. As decorações com folhas de acanto representam provações vencidas, já a cobra que morde o próprio rabo nos remete à eternidade. A flor do cardo/perpétua significa perpétua saudade. O capitão foi Comendador da Ordem de São Bento de Aviz e prático das costas do Pará, Maranhão e Cayenna.
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O nascer de um ciclo de vida transformador Texto Claiton Fernandez*
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ano de 2014 e os que o antecederam já ficaram para trás. E o que restou dessa trajetória de vida? Muitas lutas com erros e acertos, derrotas e vitórias, mas o importante é que você fez de tudo para chegar ao ano de 2015 e conseguiu. O iniciar de um ano traz ares novos, a perspectiva de doze meses pela frente com muita esperança, a possibilidade de viver de uma forma diferente, dentro de um modelo de vida simples, saudável, no entanto, eficaz. Tudo em busca da felicidade, de alegrias, da sabedoria e de muita luz. Recomeçar, renovar, fazer diferente e melhor, requerem muita determinação, fé, disciplina, atitude e comprometimento. Então, que tal colocar a mão na massa, fazer acontecer e não esperar mais por nada e por ninguém? Comece fazendo por você e acredite sempre em si! Começar um ano novo representa para muitos de nós: - Iniciar um novo ciclo de vida, um conjunto de ações transfor-
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madoras que nos levarão a patamares mais elevados na vida pessoal e profissional; - Uma nova oportunidade para revisitarmos e firmarmos nossa missão, propósito de vida maior, que nos levará a níveis de valores superiores; - Sonhos a serem realizados, amor verdadeiro a ser encontrado, luz para iluminar nosso caminho, metas e objetivos para alcançarmos. Gostaria de lhe desejar tantas coisas... Mas, nada seria o bastante. Sabe por quê? Porque você é muito maior do que tudo que se possa aqui escrever e sugerir... Porque você é único, escolhido dentre milhões no processo seletivo da vida. Então, vá à luta, em busca da sua felicidade, transforme-se, reinvente-se, acredite que você pode, que vai alcançar e subir novos degraus de maior valor neste ano novo. E, quando fizer seu balanço em 31/12/2015, finalmente poderá dizer que chegou ao ápice da sua vida, porque não faltou luta. Aconteceram erros, sim, porque você tentou; acertos ocorreram também, pois você arriscou mais. Enfim, você foi um leão incansável e indomável e tudo isso valeu a pena. Olhando para trás, você verá que foi maior do que as adversidades, fraquezas, tristezas e que tudo isso foi fruto da sua transformação como pessoa. É o nascer de um ciclo de vida transformador. Finalmente, desejo que você tenha grandes sonhos, inúmeras realizações, o firme propósito do que deseja alcançar e sempre presente a máxima: “o que mentalizar irá materializar”. (*) Palestrante, consultor e educador. Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”
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Epifania
A Festa dos Reis Magos Texto Anete Costa Ferreira*
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ecorridas as festas do nascimento do Menino Deus, seguese outra em volta de alegrias e esperanças, conduzindo os fies à manjedoura do Salvador para celebrar a Epifania, considerada a manifestação do seu amor e caridade aos homens. Na vigília dessa festa os primeiros cristãos orientais costumavam jejuar, pois consideravam que o Batismo os preparava para o “Dia das Santas Luzes”. No século XI, os ocidentais supriram esse hábito, pois entendiam não ser compatível com as alegrias da Natividade do Senhor que se prolongavam até a Epifania. No século XIII, o Bispo Guilherme, de Paris informa que o contentamento era tão grande que o povo acendia fogueiras nas praças públicas, como Vigília da Festa, semelhante às de véspera de São João Batista. A Festa da Epifania tem a característica primordial de registrar a visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Os Magos eram designadamente homens sábios e conhecedores da astronomia, além de ricos e poderosos. Por essa razão estudiosos entendiam ser correta a atribuição do título de reis a esses senhores. Atitude justificada pela Igreja para a apresentação da Adoração dos Magos como cumprimento da profecia de David: ”Os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes, os reis da Arábia e de Sabá oferecerão seus dons.” O estudioso Sandini ressalta:” … com seus camelos, os Magos puderam viajar da Ará-
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No estábulo onde repousava Jesus, os Reis se ajoelharam, pediram bênçãos para si e a todos os povos da gentilidade
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bia a Jerusalém num prazo de oito Com seus camelos, os Magos puderam viajar da Arábia a Jerusalém num prazo de oito dias; os cinco dias que dias; os cinco dias que faltaram faltaram para chegar à data da Adoração – o qual, segundo para chegar à data da Adoração – Santo Agostinho e São Tomás, ocorreu no 13º dia após o o qual, segundo Santo Agostinho nascimento do Menino Deus e São Tomás, ocorreu no 13º dia após o nascimento do Menino Deus -, prazo mais que suficiente para os preparativos da viagem e o encontro com o rei Herodes. A Igreja concorda com essa opinião e fixa o 6 de Janeiro como o Dia da Epifania. Os Magos iluminados pela Graça Divina seguiram o caminho para conhecer o Rei dos Judeus, uma vez que a notícia de um rei recém nascido pôs Jerusalém em polvorosa. Sacerdotes e doutores da Igreja consultaram as profecias e designaram Belém como a cidade natal do “Desejado das Nações”. Felizes com essa informação os Magos sentiram redobrar a sua Fé. Ao ultrapassar as muralhas da Cidade Santa, a estrela precedeu- os no caminho para guiá-los até onde estava o Menino Deus. tra-se a narração de como era representaNo estábulo onde repousava Jesus, os Reis da a Epifania. Consistia numa festa onde os se ajoelharam, pediram bênçãos para si e a cônegos escolhiam um dentre eles ao qual todos os povos da gentilidade. davam o nome de “rei”, que deveria desemHá registros de que a Catedral de Colônia penhar o papel do “Rei dos Reis”. Sentavamse ufana de possuir as relíquias de Melchior, no num trono colocado no coro, segurando augusto ancião que ofereceu ouro ao Rei uma palma como cetro, passando a ser o ceJesus; de Gaspar, que ofertou incenso para lebrante a partir daquele momento. proclamar a sua divindade, e Baltazar, doou Na missa, três cônegos integravam a ao Salvador, mirra, testemunho da sua imor- celebração: o primeiro vestia, a dalmátitalidade. ca branca, o segundo uma vermelha e o Segundo a História, na Igreja de Santa terceiro uma negra. Cada um ostentava na Madalena, em Besançom (França) encon- cabeça uma coroa e uma palma na mão, e
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seguidos de três pajens que carregavam os presentes, saiam da sacristia e, cantando o Evangelho, desciam para a parte inferior da Igreja, precedidos por uma estrela de fogo. Depois subiam ao coro e, ao chegar a passagem do Evangelho na parte onde menciona que os Magos adoravam o Salvador, iam até ao altar, ajoelhavam-se diante do celebrante e entregavam os seus presentes. Retiravam-se em seguida pelo lado oposto àquele pelo qual haviam entrado. Tanto na véspera como no dia da Epifania, terminado o Ofício, o cônego - rei ofertava aos seus confrades, que compunham a sua corte, uma refeição durante a qual ele era tratado como “Rei”. Os leigos também entendiam que deveriam escolher o seu “Rei”. Assim cada família escolhia o seu reinante, por sorteio. Como os bolos integravam o banquete, inventaram um especial para a Epifania, contendo uma fava. Aquele que recebesse a fatia na qual se encontrava a referida fava era proclamado “Rei”. O monarca de um dia tinha por corte a sua família e os amigos. E como a sua soberania se exercia à mesa, tornouse imperioso atribuir-lhe alguma distinção durante a refeição. Então quando todos bebiam em sua honra, aclamavam: “O Rei bebe, viva o Rei”. Na atualidade, o povo português através das Janeiras mantém a tradição de festejar a Epifania. Em todo o país os grupos percorrem as ruas e as residências, entoando cânticos sacros em louvor aos Santos Reis. O governante, o chefe de estado e os funcionários das repartições dedicam algumas horas para reverenciar a memória do Salvador do Mundo, na Festa dos Reis Magos. (*) Correspondente em Portugal
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Nas Ilhas há a tradição das escolas públicas de ensino festejarem o carnaval com apoio das autoridades locais
Carnaval de danças e bailinhos nos Açores
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Texto Anete Costa Ferreira*
Arquipélago dos Açores descoberto em 1432 por portugueses, geogra�icamente é o ponto no Oceano que �ixa 1/3 do caminho entre a Europa e as Américas, comprovando desde então a presença humana na localidade. As Ilhas foram habitadas inicialmente pelos cristãos novos, como judeus, sefardistas e outros que se converteram obrigatoria-
mente para se libertarem das perseguições da Igreja Católica. As Ordens Alfonsinas acolheu-os dando em troca, terras para cultivarem, originando a partir daí a reforma agrária, pois entendiam ser essa a forma de mantê-los distantes da Europa Continental, livres das torturas religiosas. As nove Ilhas vulcânicas têm cada uma a sua identidade própria. Escolhemos três para referência: a do Pico onde durante séculos foram caçadas baleias, por métodos artesanais. O estilo foi extinto e as autori-
dades decidiram criar o Centro de Estudos Cientí�icos desses cetáceos. A de São Miguel por estar sempre em ebulição com seus sismos constantes, recebe grande número de turistas atraídos pela curiosidade de saborearem o cozido preparado no interior das furnas ali existentes. A Ilha Terceira, após a quadra natalina, juntam-se os carnavalescos para tratar das fantasias e dar início aos ensaios das “Danças do Entrudo” que divide-se em “Danças Diurnas ou de Espada”, onde são encenadas as peças de teatro mais
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sérias; as “Danças da Noite ou de Pandeiro” estas as mais concorridas por serem humorísticas. Tem maior número de dançarinos, personagens e músicos. Cerca de uma centena de foliões componentes dessas Danças, dos “Bailinhos” e da “Comedia” percorre todos os recantos da Ilha Terceira, homenageando o Rei Momo. A Câmara Municipal de cada Ilha organiza seu carnaval a que chama “Danças ou Bailinhos”. São formados grupos que compõem a sua música com letra e arranjo próprios; ensaiam a coreogra�ia semelhante a uma comédia; desenham e confeccionam suas fantasias e saem às ruas de dia ou de noite para homenagear Rei Momo. Esses grupos participam de concurso nas categorias de “Danças de Pandeiro”, “Danças da Varinha” e os “Bailinhos”. As fantasias são confeccionadas por costureiras que utilizam em profusão galões e �itas brilhantes, ricamente bordadas e enfeitadas com plumas que sobressaem ao ritmo das coreogra�ias. Nos des�iles ou nos palcos o povo diverte-se com as personagens: do bêbado, do velho e do tolo, consideradas as mais engraçados por representarem humoristicamente as situações políticas ou sociais do quotidiano. Paralelo aos des�iles populares, há os tradicionais bailes de gala, nos clubes sociais com os participantes trajados a rigor ou ricas fantasias da época momesca. Realiza-se, também o “Baile de Fantasia” com premiações para as melhores. O júri atribui classi�icações aos trajes masculinos e femininos considerados os mais bonitos, que recebem valiosos prêmios dos patrocinadores da festa. Nas Ilhas há a tradição das escolas públicas de ensino festejarem o carnaval com apoio das autoridades locais. Pelas ruas des�ilam alunos, professores, auxiliares e membros do Conselho Diretivo dos estabelecimentos de ensino, trajados a carater, prestando homenagem ao Rei da Folia. Há a gastronomia da época, destacando-se o famoso “Bolo de Malassada”, o preferido pelos brincantes da quadra carnavalesca; saboreiam também os coscorões, os �ilhões e as fatias fritas, além das bifanas, frango e coelho frito. Nesse clima de festa os foliões divertem-se homenageando o Rei Momo no famoso Carnaval de Danças e Bailinhos nos Açores. (*) Correspondente em Portugal da Pará+
Bolo de Malassada ou Filhoses fritas Ingredientes: -1 colher de sopa bem cheia de açúcar -500 g de farinha -1 pitada de sal -15 g de fermento de padeiro -0,5 dl de aguardente -Sumo de uma laranja grande -4 ovos -Óleo, açúcar, leite e canela q.b. Preparação: Misture o açúcar com a farinha e um pouco de sal; peneire. Dissolva o fermento num pouco de água morna e verta sobre a farinha. Envolva. Junte-lhe a aguardente e o sumo da laranja. Adicione agora os ovos um a um, amassando sempre entre cada adição de ovo. Continue amassando até homogeneizar e se for necessário, junte um pouco de leite. Tape com um pano e coloque em local quente. Deixe levedar durante três horas. Estique depois a massa e frite em abundante óleo quente. Escorra sobre papel absorvente e passe as malassadas por açúcar e canela.
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Casos de pedra nos rins
aumentam durante meses quentes do ano O risco de pedras é maior em indivíduos com histórico na família. Há casos em que são necessárias cirurgias
tada é observar a cor da urina. “Quanto mais transparente, melhor”. O consumo em excesso de sal e proteína também favorece a formação de cálculos. Produtos de origem animal, como manteigas, especialmente para pessoas com histórico familiar da doença ou que já tenham manifestado o problema, devem ser consumidos com prudência. Nesses casos, o leite desnatado é melhor opção em relação ao integral, informou a secretaria. Alimentos embutidos como presunto, bacon e linguiça, além de serem proteína, são ricos em sódio e, portanto, devem ser evitados. “Uma dieta balanceada vai ser boa para tudo, inclusive para os rins”, explicou Vicentini. O urologista lembra que no período de maior calor é suficiente para a formação da pedra. “Ela pode se formar em pouco tempo, de 15 a 20 dias. O crescimento dela vai variar. Às vezes continua pequena, mas pode crescer rápido”, alertou. De acordo com o médico, pedras a partir de 4 a 5 milímetros (mm) podem causar dor. O risco de pedras é maior em indivíduos com histórico na família. A doença atinge 10% dos homens e 7% das mulheres, conforme dados da secretaria. O tratamento varia de acordo com cada paciente - o tamanho e a posição da pedra são considerados. “Normalmente, 70% das pedras são eliminadas”, observou. Uma das formas de tratamento menos invasiva é a litotripsia, uma terapia sem cortes que bombardeia as pedras. Cerca de 800 procedimentos como esse são feitos por ano no Centro de Referência em Saúde do Homem. Há casos em que são necessárias cirurgias. Uma média anual de 400 procedimentos desse tipo são feitos na unidade.
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o período mais quente do ano, a desidratação provocada pelo forte calor aumenta os casos de pedra nos rins. O alerta, aponta crescimento de 30% no atendimento de pacientes com o problema no Centro de Referência em Saúde do Homem. A ingestão de água, a diminuição de sal e uma dieta rica em frutas e legumes contribuem para a prevenção da doença. Quando não tratadas corretamente, as pedras podem levar à perda do órgão. “Um ou dois meses depois da época de maior calor, temos o aumento desses casos no pronto-socorro. Nesse período, as pessoas acabam desidratando, transpiram mais e o rim tem menos líquido para filtrar. As impurezas do rim ficam concentradas na urina, o que pode levar à formação de cristais que vão formar os cálculos”, explicou o urologista Fábio Vicentini. Tendo em vista que estamos nos meses mais quentes do ano, ele lembra: “agora é a hora da prevenção”. Vicentini diz que algumas pessoas reclamam de beber água durante todo o dia e, por isso, é importante considerar outros 28
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Casos de pedra nos rins aumentam durante meses quentes do ano.indd 28
O consumo em excesso de sal e proteína também favorece a formação de cálculos
alimentos que auxiliam na prevenção. “Não é só água. O líquido que ajuda também são os sucos cítricos, como laranja, limão. Eles contêm uma substância, o citrato, que ajuda a não formar a pedra”, destacou. Além disso, lembra que frutas como a melancia e a maçã têm bastante água. Um jeito simples de saber se a pessoa está suficientemente hidra-
Alimentos que auxiliam na prevenção: “Não é só água, também ajudam, os sucos cítricos, como laranja, limão. Eles contêm uma substância, o citrato, que ajuda a não formar a pedra
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Política de incentivos fiscais do Estado beneficia empresas e impulsiona o desenvolvimento
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Texto Juliana Pinheiro*
comissão de políticas de incentivos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet) promoveu recentemente a primeira reunião de 2015, com a participação de representantes de todas as novas secretarias ligadas ao setor produtivo, para analisar a pauta das empresas das empresas beneficiadas com a política fiscal e financeira do Estado, adotada para apoiar a realização de investimentos no Pará, fomentando a implantação de novos projetos e a ampliação ou diversificação dos empreendimentos já existentes. Cargill, Concrem Wood, Estaleiro Amazônia, Esco Supply Carajás, Sertanorte, Maqmóveis, Brasil Tropical e B&B Fosfato Mineração foram as oito novas empresas que receberam a concessão de benefícios fiscais do governo para expandir seus negócios, contribuindo, dessa forma, para o crescimento econômico do Estado. Outras duas empresas, Alubar e Floraplac, já contempladas, tiveram seus projetos alterados para receberem mais incentivos. A reunião com a comissão, composta pela Sectet, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Secretaria da Fazenda (Sefa), Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Banpará, foi convocada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki. Compete à essa comissão dispor sobre a política
fiscal e financeira do Estado e ainda fazer a gestão e monitoramento dos benefícios concedidos. O incentivo promove a industrialização de produtos do setor primário, estimula a transformação de insumos do segmento mineral, induz o desenvolvimento de A Cargill está entre as oito novas atividades inovadoras empresas que receberam a concessão e ainda apoia ativida- de benefícios fiscais do governo para des sustentáveis asso- expandir seus negócios ciadas à indústria leve e ao turismo. Interestadual e Intermunicipal e de ComuniEm 2014, a atuação da Secretaria Ope- cação (ICMS), a partir do consumo dos saláracional da Comissão das Políticas de In- rios e das compras locais, saltou de R$ 542,6 centivos, ligada à Sedeme, acompanhou e milhões para R$ 713,6 milhões no período, monitorou todos os 138 empreendimentos um ganho líquido que o Estado não teria se produtivos que recebem incentivos fiscais não houvesse a concessão dos incentivos. do Estado. Com a intervenção do órgão, o De 2011 a 2014, o número de municípios número de empresas incentivadas passou contemplados por projetos incentivados de 125 para 138, os empregos diretos de passou de 40 para 47, e o número de novos 26.900 para 31 mil; a massa salarial criada a projetos aprovados no período para 42. partir dessas empresas incentivadas passou Para 2015, a comissão de políticas de inde R$ 320,5 milhões para R$ 553,2 milhões; centivos da Sectec prevê a implementação o valor das compras feitas localmente de R$ do sistema de acompanhamento via web e a 1.398 milhões para R$ 1.797 milhões, e o proposição de uma nova política de incentivalor do faturamento de R$ 4.917 milhões vos que estabeleça critérios de concessão de para R$ 6.628 milhões. benefícios fiscais que venham ao encontro Com base nesses números a estimativa dos grandes desafios do Estado. de arrecadação de Imposto sobre Opera(*) Secretaria de Estado de Desenvolvimento << ções relativas à Circulação de Mercadorias e Econômico, Mineração e Energia sobre Prestações de Serviços de Transporte
O incentivo promove a industrialização de produtos do setor primário e estimula a transformação de insumos do segmento mineral
O incentivo promove e ainda apoia atividades sustentáveis, para beneficiar empresas e impulsionar o desenvolvimento www.paramais.com.br
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A escolha do hospital também é muito importante, devendo contar com bons anestesistas, enfermeiros e médicos intensivistas
CIRURGIA PLÁSTICA O QUE LEVAR EM CONTA ANTES DE TOMAR UMA DECISÃO? Texto Dr. Alieksiéi Carrijo*
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os implantes de silicone até o afilamento do nariz ou uma lipoescultura, milhares de pessoas devem investir em cirurgia plástica em 2015. A lipoaspiração ainda ocupa o primeiro lugar, seguida da mamoplastia de aumento, abdominoplastia, blefaroplastia (olhos), redução da mama, rinoplastia (nariz), facelift, otoplastia (orelhas) e queiloplastia (aumento ou reconstrução dos lábios). Por mais que alguns procedimentos tenham como principal objetivo melhorar a saúde e o bem-estar do paciente, outros estão diretamente ligados à vaidade dos brasileiros - que já perceberam o bem que o ganho de autoestima faz para vários aspectos da vida. Mas, o que levar em consideração antes de se decidir por se submeter a uma cirurgia estética? De acordo com Alieksiéi Carrijo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, todo procedimento
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Cirurgia plástica é coisa séria e o paciente deve saber que estará se expondo a riscos, independentemente da qualidade do profissional
cirúrgico tem potencial para complicações. Sendo assim, a primeira medida a tomar é escolher um bom profissional e checar todos os pontos positivos e negativos com ele,
pesando bem tudo o que envolve o período pós-cirúrgico - como tempo de recuperação, uso de cintas ou ainda a necessidade de fazer drenagem linfática, por exemplo. www.paramais.com.br
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“Uma das principais questões antes de considerar se submeter a uma lipoaspiração é avaliar se alternativas não-cirúrgicas já foram tomadas. Afinal, esse procedimento não visa ao emagrecimento. Ao contrário, é importante desenvolver um plano alimentar para antes e depois do procedimento, a fim de manter os resultados de forma satisfatória por muito tempo. Exercícios regulares e dieta contribuem efetivamente para um corpo firme e tonificado. Substituir esses hábitos saudáveis por um procedimento cirúrgico não é o melhor caminho a seguir”, diz Carrijo. Outro ponto importante destacado pelo especialista é o quanto uma cirurgia plástica pode mudar a vida de uma pessoa. “Claro que, com bons resultados, os ganhos de autoestima são bastante consideráveis. Mas as pessoas costumam exagerar nas expectativas, imaginando que a vida vai mudar muito depois de diminuir o tamanho das orelhas, do nariz ou aumentar os seios. Nesse momento, é fundamental que o profissional use todos os recursos – incluindo os tecnológicos - para mostrar ao paciente de forma realista em que exatamente sua aparência vai mudar, ponderando o que será necessário fazer e se vale mesmo a pena o investimento.” Quanto mais transparente e esclarecedora for a relação entre o médico e o paciente, maiores são as chances de sucesso nos resultados. Por isso, antes de tudo é importante saber escolher um bom cirurgião plástico.
Ponto importante destacado pelo especialista é o quanto uma cirurgia plástica pode mudar a vida de uma pessoa
Cirurgia plástica não faz milagres, apenas aperfeiçoa as formas do corpo como um todo
Na opinião de Alieksiéi Carrijo, diretor da clínica Plástica BR, em São Paulo, são seis as dicas para escolher bem um profissional: 1. Jamais escolha um cirurgião plástico por meio de anúncios. “Inserções na mídia não qualificam um profissional. Fuja das clínicas que prometem resultados milagrosos, expondo fotografias de antes e depois em anúncios sensacionalistas. Esse tipo de conduta passa longe da ética profissional.” 2. Entre em contato com profissionais que já fizeram um ótimo trabalho em amigas ou parentes. “Tome nota de alguns nomes. Pedir referência para a amiga que ficou muito satisfeita com sua cirurgia é válido, mas não é aconselhável esperar que os resultados sejam iguaizinhos. Sendo assim, é bom consultar mais de um cirurgião plástico antes de tomar a decisão.” 3. Entre em contato com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “A SBCP pode ser acessada por telefone, fax, e-mail, mídias sociais ou através do site http://www2. cirurgiaplastica.org.br/ para obter informa-
Dr. Jorge Puga Rebelo
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ções sobre o cirurgião que você escolheu ou solicitar mais indicações dos profissionais de sua cidade. Em caso de dúvida, também vale a pena entrar em contato com o Conselho Regional de Medicina.” 4. Procure se cercar de boas informações sobre o profissional escolhido. “Saber a formação acadêmica do profissional, tempo de experiência, se o médico tem título de especialista ou é membro de alguma entidade contribui muito para uma tomada acertada de decisão. Certamente, o profissional com titulação acadêmica estará melhor preparado para tratar alguma intercorrência que porventura possa existir.” 5. Tire o maior número possível de dúvidas já na primeira consulta. “A primeira consulta é, na verdade, a última fase antes da escolha. Nessa etapa, deve-se levar em conta não apenas a empatia com relação ao profissional e o grau de confiança que ele desperta, mas o modo como ele esclarece suas dúvidas, explica o procedimento e discute possíveis resultados. Faz parte da medicina explicar toda a indicação de um tratamento, seus prós e contras, e quais os resultados que se pode alcançar-ressaltando que cirurgia plástica não faz milagres, apenas aperfeiçoa as formas do corpo como um todo.” 6. Tome todos os cuidados necessários para minimizar riscos. “Se o cirurgião plástico escolhido prescrever uma dieta, solicitar a suspensão de determinados medicamentos ou ainda exigir que o paciente pare de fumar por um período minimamente razoável, é importante que seja ouvido atentamente. Cirurgia plástica é coisa séria e o paciente deve saber que estará se expondo a riscos, independentemente da qualidade do profissional. Por isso, a escolha do hospital também é muito importante, devendo contar com bons anestesistas, enfermeiros e médicos intensivistas.” (*) Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS)
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Como deveria ser a lição de casa na era da internet?
Escolas públicas têm adotado jogos – em sala de aula e em casa – como parte do aprendizado
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Texto Paula Adamo Idoeta*
m vez de memorização e cópia de palavras, um jogo de raciocínio para ser completado pelos estudantes com a ajuda dos pais. Em vez de pesquisar e copiar informações sobre um tema de história, o aluno grava um vídeo com a interpretação dele dos conceitos estudados e publica-o no YouTube. As ideias acima são parte de uma nova forma de encarar as lições de casa, e algumas começam a ser aplicadas no Brasil. Num momento em que a tecnologia muda o acesso à informação e novas habilidades são exigidas dos estudantes, educadores e especialistas têm repensado os formatos e objetivos das tarefas extraclasse. “Quando a informação era muito restrita à sala de aula, a lição de casa era voltada apenas a exercícios de fixação e de prática do conteúdo”, diz Claudio Franco, diretor de novos negócios da Mindlab, empresa de tecnologias educacionais provedora de escolas públicas e privadas. Hoje, ante a informação inesgotável da internet, “o dever de casa deve estar mais ligado ao aluno pesquisando e construindo conhecimento, para que a sala de aula seja um 32
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Como deveria ser a lição de casa na era da internet.indd 32
espaço de debate e síntese de conceitos”. A empresa aplica, como tarefas de casa, jogos de raciocínio (online ou de tabuleiro) que reforcem conceitos estudados em classe. Também estimula a produção de vídeos por parte dos alunos, em que eles sintetizem o que aprenderam na aula. Em Natal (RN), por exemplo, escolas públicas têm adotado jogos – em sala de aula e em casa – como parte do aprendizado. A Clickideia, provedora de conteúdo e metodologia pedagógica, também tem deA lição de casa era voltada apenas a exercícios de fixação e de prática do conteúdo
senvolvido exercícios de casa que envolvam jogos virtuais e atividades lúdicas. A ideia é que as atividades tenham, ainda, a função de avaliar o aprendizado – forçando o aluno a refazer etapas que tenha errado e avisando ao professor o que foi acertado. A escritora e jornalista Ana Kessler, mãe de Ana Beatriz, 9, aluna da rede privada em São Paulo, diz que, na prática, muitas das lições de sua filha ainda são parecidas com as de antigamente. “E o básico tem de ter mesmo, tabuada ainda é aprendida na memorização. Como as crianças de hoje são muito dispersas e fazem tudo ao mesmo tempo, tarefas que ajudem a fixar são importantes.” Ao mesmo tempo, Ana vê Bia mais entusiasmada com tarefas extraclasse diferentes, que também são passadas pela escola: “A classe dela já faz apresentações em PowerPoint, algo que eu só fui fazer quando mais velha. Ou monta uma maquete de pulmão usando garrafas PET. São projetos mais interativos, interessantes e ligados ao dia a dia dela.”
Lição ou não?
Em diversos países, o dever de casa tem sido tema de debate nos últimos anos. Tarefas devem ser aplicadas todos os dias,
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sempre? Qual o volume adequado de lição? Na China, a pressão excessiva sobre os estudantes levou o Ministério de Educação a ordenar a redução, no ano passado, da quantidade de atividades extraclasse impostas. “Projetos como cortar e colar ou desenhar muitas vezes são ineficientes (para a assimilação de conteúdo), mesmo que os professores os tenham indicado com a melhor das intenções”, opina. “Há formas mais eficazes de demonstrar o aprendizado: em vez de construir um modelo do Sistema Solar, estudantes podem representar os extremos de temperatura dos planetas, os períodos de rotação da Terra, a importância da inércia e gravidade ou criar um vídeo para mostrar seus conhecimentos de cada passo.” Ana Kessler, mãe da Ana Beatriz, não se incomoda tanto com o fato de sua filha ter bastante lição para fazer - apesar de muitas atribuições, como comprar e imprimir materiais diversos - recaírem sobre os pais. “Para muitas crianças de cidades grandes, não estar fazendo lição de casa muitas vezes significa estar diante da TV. E aprender a fazer muitas tarefas faz parte da vida.” Já Alfie Kohn, outro pesquisador do assunto nos EUA – e duro crítico da lição de casa em geral –, sugere, em artigo, uma participação mais ativa dos alunos na hora de decidir
que tarefas devem ou não ser aplicadas. “Use a lição como uma oportunidade de envolver os estudantes”, diz ele em artigo. “Uma discussão a respeito pode ser válida por si só. Se as opiniões forem distintas, a decisão sobre o que fazer – votar? Conversar até se chegar num consenso? Buscar um meio-termo? – desenvolverá habilidades sociais e crescimento intelectual.”
Participação dos pais
No Brasil, onde deficiências de educação em geral ainda são graves, pesquisadores, como o Instituto Ayrton Senna, veem a lição como um aliado importante para a fixação do conteúdo aprendido em aula e como um elo entre a escola e a família dos alunos. “A lição serve para continuar o desenvolvimento do jovem, trabalhar conceitos e criar um vínculo com as famílias”, diz San-
Ao jogar com o filho um jogo pedagógico, “os pais verão como os filhos pensam, resolvem desafios, lidam com a perda”
Exercícios que envolvam jogos virtuais e atividades lúdicas
dra Garcia, diretora pedagógica da Mindlab. Ao jogar com o filho um jogo pedagógico, “os pais verão como os filhos pensam, resolvem desafios, lidam com a perda”, opina Garcia – para quem esse momento qualifica o tempo passado entre pais e filhos. Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do movimento Todos Pela Educação, elogia exercícios que envolvam os pais, mas ressalta que a participação destes na lição de casa dos filhos deve ser cuidadosa e limitada. “A função principal da lição é diagnosticar a autonomia dos alunos em relação ao conteúdo”, diz. “A família tem que estar perto, perguntar se o filho fez a lição ou teve dúvidas, oferecer um ambiente com iluminação e silêncio, ajudar desde que não de forma recorrente, mas não dar a solução da tarefa.” (*) Em BBC/SP
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Com aplicações ilimitadas desde a educação infantil, apresentações, sala de reuniões e colaboração sala de conferências para ser utilizado como informação interativa. Para estimular o interesse dos alunos por conteúdos e matérias que antes eram vistas como “chatas” pela maioria, como o inglês por exemplo
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Escola
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Aplicativos em sala de aula:
evolução ou modismo?
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Texto Marcos Abellón*
ousa, giz, caderno e caneta. Alunos sentados e professores de pé conduzindo a aula. Já parou para pensar de onde surgiu esse método de ensino que utilizamos até hoje desde as mais tradicionais até as mais inovadoras escolas? Pelo que se sabe, o modelo educacional que conhecemos surgiu na Europa, em meados do século XII. Antes disso, sabe se que existiram outros métodos de estudo, alguns mais informais, como na Grécia antiga, onde os alunos eram educados sem divisão em séries e salas de aula, e outros mais ligados a divisões sociais, como 34
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acontecia na Europa medieval, onde só estudava quem era ligado à igreja. Fato é que não podemos negar que o ensino hoje é um dos modelos mais democráticos já conhecidos, pois permite ao aluno expor suas dúvidas e participar de discussões sobre os mais variados assuntos. Essa “liberdade” que permeia a sala de aula também é relativamente nova, e pelo menos no Brasil, não era vista até há algumas décadas. Ou seja, já passamos por muitas mudanças para chegar até o método de ensino que conhecemos hoje. Considerando todo o trajeto histórico que percorremos para popularizar o sistema educacional que é vigente na maioria
dos países, podemos concluir que a educação, assim como todas as outras esferas sociais, também é passível de mudanças. E isso se deve principalmente às transformações sociais, ou seja, ela precisa atender às expectativas das novas gerações que obviamente têm necessidades de aprendizado diferentes das antigas. É claro que certas coisas dificilmente mudarão. É bem provável que os nossos bisnetos ainda estudarão a Língua Portuguesa e frações matemáticas, mas a metodologia adotada até lá com certeza será mais tecnológica do que a praticada hoje. E não estou falando apenas do uso de lousas digitais e tablets em sala de aula. Um exemplo de novos recursos que estão www.paramais.com.br
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sendo adotado por algumas escolas são os aplicativos voltados ao ensino de matérias ou temas específicos. Infelizmente as escolas que as utilizam ainda são minoria, já que é preciso ter certa infraestrutura para que todos os alunos possam interagir com essas novidades. Mas elas estão ampliando, e acredito que em um futuro não muito distante elas serão maioria. Como era de se esperar, o surgimento dessas tecnologias também refletiu em discussões sobre o tema, que abordam basicamente os benefícios e malefícios do seu uso pelos alunos. Alguns especialistas acreditam que as tecnologias em geral podem mascarar a reflexão sobre os conteúdos transmitidos nas aulas, já que distraem os alunos que ainda não estão prontos para lidar de forma didática com dispositivos móveis e aplicativos, pois os associam a entretenimento. Em contrapartida, outros especialistas afirmam que a tecnologia pode até mesmo contribuir para o aumento da atenção dos estudantes. Inseridos nesse fogo cruzado, muitos profissionais do ensino, como diretores, acadêmicos, professores e pedagogos ficam em dúvida sobre o que é melhor para seus alunos. Se pararmos para pensar em todas as mudanças que o sistema pedagógico já sofreu nos últimos anos, vamos ver que a maioria delas foi para benefícios dos alunos. O ensino de idiomas é um bom exemplo. Se há alguns (muitos!) anos o latim era a prioridade nas salas de aula, hoje com certeza é o inglês. Isso se deve a mudança de prioridades, já que este idioma tem Lousa, giz, caderno e caneta. Alunos sentados e professores de pé conduzindo a aula
E não estou falando apenas do uso de lousas digitais e tablets em sala de aula
sido muito mais exigido pelo mercado que o outro. Seguindo essa linha de raciocínio, como o aprendizado através de tecnologias seria prejudicial quando a tendência é exigir cada vez mais que os jovens sejam heavy users delas? Não seria contraditório manter os recursos digitais afastados da educação quando os alunos estão totalmente adaptados ao seu uso? Certa vez o ex-presidente norte americano John Kennedy disse que “a mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro”. Acredito que não podemos subestimar o papel do professor em sala de aula e tornar a tecnologia o centro de tudo. Mas no atual contexto do crescimento da mobilidade no mundo todo, não podemos ignorar os benefícios que alguns recursos podem trazer para o âmbito escolar. Tapar os olhos para isso pode significar uma grande perda em termos de capacitação para o mercado de trabalho. Venho acompanhando algumas escolas que usam aplicativos em dispositivos móveis para estimular o interesse dos alunos por conteúdos e matérias que antes eram vistas como “chatas” pela maioria, como o inglês por exemplo. Os resultados têm sido majoritariamente positivos, não só para os estudantes como para o corpo docente,
que têm nas mãos ferramentas que não só os ajudam a fixar o conteúdo durante as aulas, como também apresentam um feedback quanto ao aprendizado da turma. Em suma, acredito que ainda teremos um longo caminho pela frente até que todos tenham acesso e bom aproveitamento de recursos como esses. Entretanto, não podemos desistir de oferecer às crianças e aos jovens de hoje, que serão nada mais, nada menos que o futuro de amanhã, uma educação de qualidade que respeite as suas mudanças de comportamento. Quem tem filho em casa sabe que o tempo que ele passa em frente ao celular é muito maior do que o tempo na frente da TV. Estamos assistindo a uma transformação e o sistema pedagógico precisa saber se comunicar com esse novo perfil de estudante. Isso não implica a quebra das relações humanas que há entre professor, aluno, pais e comunidade. Mas sim em adaptá-los, em torná-los hábeis para saber lidar com os desafios que lhe serão colocados lá na frente, quando se tornarem profissionais aptos a protagonizarem as próximas mudanças sociais. (*) Diretor geral da Q2L - ferramenta multiplataforma de aprendizado, que utiliza conceitos de gamification para apresentar seu conteúdo ao jogador. Mais informação em: www.q2l.com.br
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OS DESAFIOS PARA OS NOVOS DESENVOLVEDORES NO BRASIL
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ua chance de ganhar dinheiro pode estar no seu bolso. Mas não falamos na carteira. Dê uma olhadinha no seu smartphone. Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso ser um Steve Jobs para conseguir tirar algum lucro do iPhone e dos outros aparelhinhos que fazem de um tudo, inclusive telefonar. Além de facilitar a vida do homem comum, os celulares inteligentes criaram um ambiente no qual não é preciso ser o gênio da programação para desenvolver um software. Os aplicativos (ou apps) são mais fáceis de produzir e comercializar que aqueles usados em computadores de mesa. Um olhar atento em volta e já podemos a�irmar, sem medo: O Brasil é um mercado imenso para a telefonia móvel – são mais de 250 milhões de linhas de celular por aqui, mais linhas do que habitantes no país. Portanto, não só o mercado de aparelhos móveis é grande no Brasil, como o Brasil é grande para esse mercado. E o Google sabe muito bem disso. Em 2013, o Google disse que o Brasil era importante para seus planos, e não era apenas uma frase para agradar o pessoal daqui. O Google trabalha nos bastidores para melhorar a experiência do uso de celulares com o sistema Android para os brasileiros. E isso envolve conversar diretamente com os desenvolvedores. Assim, foi criada uma Rede com os Grupos de Desenvolvedores do Google- GDG onde a troca de informações é incentivada.
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Google Developers Group, os desafios para os novos desenvolvedores no Brasil
O que é o Google Developers Group É um grupo independente de pessoas interessados em aprender mais sobre as ferramentas Google voltadas para o desenvolvimento de tecnologias. O grupo se encontra periodicamente para palestras, discussões eestudos focados no desenvolvimento. Em centenas de cidades ao redor do mundo programadores se encontram para aprender mais sobre plataformas e APIs do Google. Um GDG pode ter várias formas; desde um grupo pequeno de pessoas que se reúnem para assistir aos vídeos mais recentes do Google Developers, grandes encontros com demonstrações e palestras sobre tecnologia, eventos como code sprints e hackathons. No entanto, fundamentalmente, os GDGs se destinam a conteúdo técnico e o público-alvo principal deve ser os desenvolvedores. “O Google oferece várias tecnologias e ferramentas. Nós, desenvolvedores, nos juntamos para estudar essas tecnologias e aprender como usar essas ferramentas nas diversas plataformas”, explica Felipe Araújo. Ele faz parte do primeiro grupo a se ins-
crever no programa da Google e trazer o GDG para a cidade. Desde agosto deste ano, o Tá Safo é um grupo reconhecido o�icialmente pelo Google dentro desta rede mundial. “O grupo é muito forte em plataforma móbile e web”, diz Felipe. Belém (como muita outras cidades no mundo) carece de mais pro�issionais com bom nível de conhecimento em programação. Um bom exemplo disso é a altíssima demanda por desenvolvimento móbile na cidade, e escassez de desenvolvedores aptos. Temos muitos estudantes das áreas de tecnologia na cidade e centenas de jovens se formam todos os anos em nossas faculdades, porém, todo dia existem novidades neste segmento e não é simples se manter atualizado. Faltava em Belém um ponto de encontro para falar de programação, discutir projetos, estudar em grupo, trocar experiências e até mesmo fazer negócios. O objetivo principal do Google Developers Group é compartilhar conhecimento, trazendo para os programadores da cidade mais informações acerca de novas técnicas e metodologias oferecidas pelo Google e outros players. Pretendo incentivar as pessoas a criarem grupos de estudos de programa-
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ção focados em linguagens ou tecnologias distintas, com encontros periódicos. A união faz a força funciona mesmo no GDG. Organizados e com apoio de grandes industrias de internet e telefonia móvel, eles fazem palestras, distribuem material didático e trazem desenvolvedores de fora para ensinar como aproveitar mais a tecnologia. “Tem um site onde acompanhamos as novidades. A ideias é fazer com que as pessoas tivessem mais acesso e facilidade para entender essas informações. Em novembro, o GDG paraense conseguiu realizar em Belém o o primeiro GDG DevFest da região Norte, o maior evento de tecnologias das Comunidades de Desenvolvimento Google, reunindo cerca de 400 participantes de quatro estados e de vários municípios paraenses. Todo o evento foi bancado por patrocinadores e pela própria Google. “A ideia do GDG é ser gratuito para os participantes para fomentar o mercado na comunidade”.
Basta uma boa ideia
Por ser uma área muito digital e que domina as novas gerações, onde qualquer criança já nasce e cresce sabendo mexer em celulares e tablets, o mercado de desen-
Apps mais bonitos
Felipe Araújo, um dos desenvolvedores aqui do Pará
volvedores cria possibilidades in�initas e não tem mais obstáculos. “Basta a pessoa, o cérebro, para ter a ideia e desenvolver o produto. Pode ser até na praça de alimentação de um shopping, se ligar o notebook e acessar a internet para trabalhar”, garante Felipe.
Felipe Araújo ainda é estudante de engenharia elétrica, mas já está começando a ganhar dinheiro com o que aprende no GDG. Desenvolveu dois websites para empresas e agora trabalha na criação de dois aplicativos para celular, um na área de saúde e outro para turismo na cidade. Em breve, ele vai criar a própria start up, na incubadora de empresas da UFPA. Ele garante que o interesse em novos aplicativos tem um futuro promissor. Os smartphones estão nos bolsos e nas bolsas de 14% dos brasileiros. E cada um deles tem, em média, 14 aplicativos instalados no aparelho. Os dados são de recente pesquisa publicada pelo Google (thinkwithgoogle.com/mobileplanet). E o Pará possui o 4º mercado de telefonia celular no Brasil. “Uma boa ideia pode deixar o criador do App rico”, sonha. “Se não der para ganhar dinheiro com a venda do aplicativo, sempre tem espaço no mercado para trabalhar nas áreas de desenvolvimento de empresas”, avalia ele. Um layout mais bonito, que dê vontade de usar o app. Esse é um grande desa�io dos desenvolvedores.Criar uma interface de usuário agradável, intuitiva, que deixe claro como usar o app e o que ele oferece. Fazer um app bonito e funcional. A di�iculdade nesse ponto está no fato de que programadores não necessariamente são designers, então muitas vezes é preciso uma equipe um pouco maior – que inclua ao menos um designer – para criar um app bonito. “Tive o apoio de um webdesigner nos meus primeiros trabalhos”, destaca Felipe.
O Google está de olho
Visão do Google Grass em funcionamento durante uma cirurgia
O Google acompanha de perto os eventos que reúnem todos os tipos de desenvolvedores. Desde os freelancers, como Felipe, como os com ótimos exemplos de apps bem sucedidos – como o pessoal do Kekanto, um dos primeiros apps brasileiros a ser coloca-
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Google glass, o projeto que já é realidade
do Google Plays, de graça, e assim vender para os usuários. “Se conseguir fazer seu aplicativo se destacar e atrair a atenção dentro de centenas que são ofertados, o retorno é bom”, avalia ele. “O usuário não se incomoda em pagar centavos para ver como o aplicativo funciona. Imagina se milhares de pessoas baixarem o aplicativo, os centavos podem virar um bom montante de dinheiro”.
Curiosidade
do entre os destaques da Google Play Store. Isso deixa bem claro uma coisa: há um potencial enorme entre os desenvolvedores nacionais, e, mesmo com tantas di�iculdades, há quem se destaque. E está bem claro que o Google entende perfeitamente isso e está interessado em contribuir para o desenvolvimento dos programadores brasileiros – a�inal, quem mais vai se bene�iciar com isso é o próprio Android. Felipe Araújo explica que os Apps desenvolvidos pelos integrantes do grupo podem ser comercializados dentro da loja virtual
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A loja virtual Google Play foi lançada em outubro de 2008 e já possui 500 mil Apps disponíveis. Até maio de 2012, foram feitos 15 bilhões de Downloads 15 bilhões. 73% dos aplicativos disponíveis são gratuitos.
14% dos brasileiros têm smartphones; 73% deles acessam a internet diariamente em seus smartphones; 51% esperam usar mais a internet em seus smartphones no futuro; 88% usam seus smartphones durante outras atividades, como assistir à TV; 27% dos usuários de smartphones preferem ficar sem TV do que sem celular; 86% dos usuários de smartphones usam o dispositivo para se comunicar (redes sociais, e-mails), 61% para se manter informado e 92% como fonte de entretenimento; 14 é a média de aplicativos instalada em um smartphone no Brasil, dois deles pagos; 30 bilhões de downloads de aplicativos móveis foram realizados no mundo, em 2011.Isso representa crescimento de 230% em relação a 2010; A expectativa é de que em 2016 a receita de aplicativos mobile seja de 46 bilhões de dólares (R$ 93,3 bilhões).
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A área devastada: mão de ferro contra desmatadores
Alertas de desmatamento tiveram aumento de 9% em um ano Presa quadrilha que desmatava em assentamentos, terras indígenas e em duas �lorestas nacionais para lotear e vender terras públicas
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ntre julho de 2013 e agosto de 2014, a área dos alertas de desmatamento na Amazônia Legal aumentou 9%. Os dados são do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A ferramenta registra, em tempo real, as áreas possivelmente desmatadas ou degradadas no bioma e serve para orientar as ações de �iscalização. O Pará é o Estado com a maior área de alertas. A região do Município de Novo Progresso responde por 20% das detecções em toda a Amazônia Legal e 63% no Estado.
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Alertas de desmatamento tiveram aumento de 9% em um ano.indd 40
Rondônia e Amazonas também registraram aumento nos alertas. No Mato Grosso, houve queda de 17%. O Município foi alvo da maior operação de repressão ao desmatamento de 2014. Ação da Polícia Federal em conjunto com o Ibama, o Ministério Público e a Receita Federal desarticulou, recentemente, a maior organização criminosa que explorava o desmatamento no sul do Pará, de acordo com o Departamento de Proteção Ambiental do Ibama. A ação ocorreu por meio da Operação Castanheira, iniciada em março. A quadrilha desmatava em assentamentos, terras indígenas e em duas �lorestas nacionais para lotear e vender terras públicas. Oito integrantes da organização criminosa foram detidos em três Estados, bens e contas bancárias bloqueados e seis ainda estão foragidos. O Ministério a�irmou que já foram realizadas outras ações contra os desmatadores, mas eles se reorganizavam e voltavam a desmatar.
Impactos
Segundo a Polícia Federal, os prejuízos
para a União chegam a R$500 milhões. Os presos vão responder por sonegação �iscal, lavagem de dinheiro, invasão de terras públicas e falsi�icação e podem pegar até 50 anos de prisão. O trabalho de investigação que desmontou a espinha dorsal da organização criminosa começou em março e teve seu desfecho esta semana, mas o Ibama manterá a �iscalização rigorosa em Novo Progresso. O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, explica que, no eixo da rodovia, no município de Novo Progresso (PA), há a �iscalização em parceria com os indígenas da etnia caiapó, que denunciam a ação de madeireiros ilegais em suas terras. Em uma das operações, foram destruídos 11 acampamentos e 26 motosserras. “Cada motosserra custa cerca de R$ 3 mil e desmata 2,42 hectares por dia, então além da descapitalização do grupo evitamos o desmatamento”, a�irmou Evaristo.
Queimadas
De acordo com o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, a contratação de bri-
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Contratação de brigadas indígenas vão reforçar o trabalho de combate às queimadas
gadas indígenas vão reforçar o trabalho de combate às queimadas em períodos de estiagem.
Deter/Inpe
O Deter - Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Inpe, detecta áreas maiores que 25 hectares, mas sem diferenciar áreas onde a supressão da vegetação é autorizada pelo governo ou ilegal. O sistema não se destina a medir as taxas de desmatamento, o que é feito pelo Prodes anualmente.
A região do Município de Novo Progresso responde por 20% das detecções em toda a Amazônia Legal e 63% no Estado
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Líder - Coach ou mentor ? Texto Dolores Affonso*
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a atualidade, empresas competem globalmente por mercados, parceiros de negócios e até por colaboradores. Não basta mais ter um produto de qualidade ou uma campanha de marketing bem feita, é preciso pessoas certas nos lugares certos. O capital humano passou a ser o maior ativo de qualquer organização, e muitas pessoas me perguntam qual o principal diferencial que estas pessoas precisam ter. Bom, pessoas precisam gostar de pessoas, lidar com pessoas e estarem prontas para esta nova realidade. Mas como as empresas podem obter as pessoas certas, ter colaboradores proativos, criativos e que gerem resultados? Claro que gostar do que faz, ser remunerado de maneira justa e trabalhar num ambiente amigável faz diferença, e muita! Mas, além disso, é preciso aquele algo a mais, admiração pela organização, interesse pelas pessoas e consciência de suas responsabilidades. A equação parece complexa, mas é simples: pessoas capacitadas e satisfeitas = melhores resultados. Estudos revelam que 80% das pessoas se demitem de seus líderes e não das empresas. Percebe-se, então, a importância do líder na gestão de pessoas, redução do turn-over, influência e satisfação dos colaboradores e, consequentemente, nos resultados organizacionais. Empresas de sucesso precisam de lideranças efetivas! Para isso, é fundamental uma liderança diferenciada. E aí reside o maior problema das organizações: Lideranças efetivas! A maioria dos líderes ainda não se tornou um líder de fato. Normalmente, são líderes de direito, ou seja, são chefes, foram promovidos, estão numa posição de Liderança Efetiva = Gente Satisfeita = Clientes Satisfeitos = Resultados Extraordinários!
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O capital humano passou a ser o maior ativo de qualquer organização …
liderança, mas não sabem liderar. E muitas organizações me perguntam como podem tornar seus líderes, líderes efetivos. Bom, isso não é fácil, claro, pois pessoas são únicas e não há uma receita de bolo para isso. Com esta onda de termos e modismos, empreendedores, líderes e liderados se perguntam se o líder deve ser coach ou mentor. Eu acredito que os dois! Sim! Pense: Coach, segundo o IBC (Instituto Brasileiro de Coaching) é aquele que desenvolve capacidades e habilidades num processo de mudança através do desenvolvimento de competências pessoais, emocionais, comportamentais etc. Neste processo, o coach, ou melhor, o líder coach, ajuda seus liderados a compreenderem-se melhor, a definirem seus objetivos, repensarem ou redescobrirem seus sonhos, a encontrarem seu espaço, a entenderem e aproveitarem seu potencial, habilidades, competências e a superarem suas limitações. Já o mentor, orienta, acompanha, ensina desde competências e habilidades para as funções, melhores práticas e outros detalhes da função, das atividades e da orga-
nização, até a situações sobre sua carreira, posicionamento, formação. Muitas vezes, apoia em momentos difíceis e serve como exemplo e inspiração. A grande diferença entre mentoring e coaching é que no coaching, o coach ajuda seu coachee a se descobrir, indicando reflexões, exercícios e pesquisas internas e externas para auxiliar no seu processo de autoconhecimento e mudança. Já o mentor, ajuda seu mentorado indicando possíveis caminhos, ensinando “o caminho das pedras”. Pense comigo: um líder deve ser capaz de realizar estes dois papéis em momentos específicos com seus liderados, não acha? Organizações, transformem seus líderes e vejam seus resultados se transformarem! Pensem na fórmula: Liderança Efetiva = Gente Satisfeita = Clientes Satisfeitos = Resultados Extraordinários! Líder, torne-se coach e mentor e transforme as pessoas ao seu redor, ao mesmo tempo em que transforma a si mesmo, sua carreira e a sua vida para melhor! (*) Coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade
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