+LAZER +INFORMAÇÃO +CULTURA +TURISMO 12
Boa ou ruim, viva a Imprensa Paulo Rocha
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Faça um velhinho sorrir
Confraria da juventude
Celeste Proença
Daniel Leite
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06 Símbolos Nacionais Dia do Ancião
Esta Nossa Pátria Amada Acyr Castro
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Imprensa, uma força que se impõe Lucy Gorayeb
Rejane Jatene
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Propriedade Intelectual e Biodiversidade Carla Arouca
O Auto do Círio Noely Lima
18 Artesanato Celso Freire
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O Deserto
Valerry Dreams Hotel
Helio Titan
Símbolos Nacionais A constituição de 1988, em seu artigo 13, Bandeira Nacional estabelece que a Bandeira bandeira do Brasil foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. Ela é inspirada na bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, com a Nacional, esfera azul-celeste e a divisa positivista “Ordem e Progresso” no lugar da coroa do imperial. Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a o Hino Nacional, constelação do Cruzeiro do Sul, as 8hs30 de 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da República. Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que as Armas todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal estejam representados por estrelas. O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro, data em que ela foi Nacionais adotada em 1889. Como símbolo da pátria, a bandeira nacional fica permanentemente hasteada na e o Selo Nacional Praça do Três Poderes, em Brasília. Mesmo quando é substituída, o novo exemplar deve ser hasteado antes que a bandeira antiga seja arriada. O hasteamento e o são os símbolos arriamento podem ser feitos a qualquer hora do dia ou da noite, mas tradicionalmente a bandeira é hasteada às 8hs e arriada às 18hs. Quando permanece da República exposta durante a noite, ela deve ser iluminada. Federativa do Hino Nacional Hino Nacional Brasileiro tem a letra de Joaquim Osório Duque Estrada e a Brasil. música de Francisco Manuel da Silva. em continência à bandeira nacional e ao presidente da Os símbolos república,É eexecutado nos demais casos determinados nos regulamentos de continência ou nas cerimônias de cortesia internacional. Sua execução é facultativa nas sessões nacionais cívicas, ocasiões festivas e cerimônias religiosas de cunho patriótico, iníciou ou encerramento da programação de rádios e televisões. Por lei, é sempre executado representam no mesmo andamento (semínima igual a 120), cantado em uníssono e completo (as duas estrofes). Quando a execução é instrumental, toca-se a peça na íntegra, mas a nossa Pátria. sem a repetição correspondente à segunda estrofe. ORDEM E PROG
RE SS O
A
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Cléo Bernardo
Esta Nossa
Pátria Amada
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*Acyr Castro
A inveja é maior que a floresta, que a traição e a covardia (por que não a maldade) são inatas, que a amizade que não supera divergência é tudo menos amizade.
independência do Brasil se fez no grito, todo mundo sabe. E, por um príncipe português, às margens plácidas de um riacho. Independência política, naturalmente, que a economia e financeira, esta não saiu até agora. E, no nosso Grão-Pará, o eco daquele grito ocorreu bem depois, tendo Dom Pedro I de usar a força para aqui se gritasse junto com ele. Para mim, o 7 de setembro ficou sendo, desde 1984, a cara do Cléo Bernardo. Explico: foi no dia da Pátria (em 84 do século vinte) que o meu amigo se foi; e ninguém, como ele, se bateu até morrer, para o país se libertar também financeira e economicamente. Luta árdua, difícil, complexa, em que, contra todo tipo de munição e de artilheiro, Cléo usou apenas os talentos extraordinários que tinha como orador, poeta e jornalista. Terminei de escrever, agora aguardo editora, minhas memórias de Cléo Bernardo de Macambira Braga, “A Falta Que Faz”, brasileiro de duas cidades, esta
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”
Santa Maria da Graça de Belém, em que nasceu e morreu, e a Santarém de suas origens de sangue e coração; quem amou todas as aldeias e metrópoles desta nação que queria justa, fraterna, democrática e grande. A voz que empolgava multidões, que fazia tremer a Assembléia Legislativa, se espraiava igualmente em artigos de jornal ficaram celebres seus rodapés na “Folha do Norte” e em “O Liberal”, a colaborar por sua vez em “A Província do Pará” e no “Jornal do Dia” sempre corajoso e eloqüente e, bissextamente, em versos emocionados e emocionantes. Travou o bom combate, eleito dos deuses, cavalheiro sem medo e sem manchas, a encarar pequenos e grandes ditadores, até que a “indesejada das gentes” (de Manuel Bandeira) o arrebatar de nós. Ex-pracinha da Força Expedicionária Brasileira na segunda Guerra Mundial, a de 1939/1945, foi Cléo Bernardo advogado trabalhista praticamente sem cobrar nada dos operários e trabalhadores de classe
Edição 17
IMPRENSA uma força que se impõe *Lucy Gorayeb Mourão
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eio de Comunicação baseado na palavra escrita, a imprensa é, hoje, um dos maiores meios de formação de opinião em massa. Seu poder é tanto que é capaz de destruir algo sobre o qual tenha opiniões contrárias, suscitar movimentos sociais, mudar o curso da historia. E ninguém fica imune ao seu poder, capaz de globalizar opiniões e fatos, tal a rapidez com que são divulgadas as noticias. Tendo como aliados outros meios de comunicação moderníssimos, como a Internet e a televisão, a imprensa matém-se firme, depois de ter conquistado o seu espaço, ao longo do século XX, e se tornado um meio de comunicação imprescindível. No final da década de 80 e início da de 90 o exemplo mais marcante que se tem do seu poder, no Brasil, foi a ascensão do futuro presidente Fernando Collor, incentivado pela imprensa, e, anos mais tarde, sua fragorosa queda, derrubado por denúncias sérias de corrupção e abuso de poder, feitas através da imprensa. Embora só no século passado a imprensa tenha conseguido se tornar, realmente, um meio de comunicação de massa, ela é o mais antigo meio de comunicação que se mantém vivo até hoje. A propagação dos meios de comunicação impressos começou ainda no século XII, época em que o papel passou a ser utilizado na Europa. Antes disso, de forma artesanal, eram utilizados outros materiais, como papiro, o pergaminho, os tecidos e a madeira. Foi na madeira, por exemplo, que se redigiu o mais antigo jornal de que se tem noticia, o mural Acta Diurna, em 50 AC. Já a imprensa moderna surgiu por volta de 1450 com a invenção da tipografia por
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Johann Gutenberg. A partir daí, começaram a ser usados tipos móveis de metal, o que revolucionou os processos de composição, ao permitir o reaproveitamento dos caracteres na produção de diferentes páginas. A partir da Revolução Industrial, começaram os avanços nas técnicas de impressão, propiciando rapidez e qualidade, além de progressivos aumentos de tiragens. O passo decisivo na modernização da imprensa aconteceu em 1884, com a invenção do linotipo, pelo alemão Ottmar Mergenthaler, que dá início à composição mecânica dos caracteres. Com o linotipo, a impressão de jornais tornou-se muita mais veloz. Mais foi na segunda metade dos século XX que o modo de produção da mídia impressa mudou radicalmente, com a informatização das empresas jornalísticas. A partir daí, todas as etapas do jornal tornaram-se digitalizadas. Os textos, produzidos no computador, aposentaram para sempre as velhas máquinas de escrever. E, no final do século, numa diversificação e modernização ainda maiores, os jornais e revista aliaram-se à Internet e passaram a veicular versões on-line e eletrônicas (CD-ROM) de suas publicações. No Brasil, o primeiro jornal circular foi o Correio Braziliense, lançado em 1808, por Hipólito da Costa. O jornal, escrito e
Edição 17
Boa ou ruim,
viva a Imprensa!
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Albert Camus, escritor da cepa francesa, certa vez, escreveu: A imprensa pode ser boa ou ruim, mas sem liberdade certamente nunca será nada além de ruim.
Um brasileiro chamado Hipólito José da Costa, considerado patrono da nossa imprensa, produziu em Londres, mas em língua portuguesa, entre os anos de 1808 a 1822, o jornal Correio Braziliense, com pauta voltada para os problemas brasileiro, nas suas relações com Portugal. Nascia assim a imprensa brasileira. Hipólito da Costa, lá de longe; e a oficialesca Gazeta do Rio de Janeiro, cá pertinho.
Atravessando o Atlântico e chegando à águas equatoriais, O Paraense foi o primeiro jornal impresso no Pará e na Amazônia. Da troca de idéias entre Felipe Patroni e mais três amigos surgiu, em março de 1822, a imprensa “pato no tucupi”.
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A atitude do periódico, em luta aberta contra a prepotência do governador das Armas da Província, deu lugar à prisão de seu redator, Felipe Patroni e a do cônego Batista Campos (guia ideológico da Cabanagem), que o substituíra, também encarcerado pouco dias depois. A resistência de O Paraense durou um ano. Despedia-se, em março de 1823, com a edição número 70.
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*Paulo Rocha
Neste 10 de setembro é comemorado o Dia da Imprensa. Quem, dentre nós, pobres mortais, teria 10 bons motivos para lembrar a data?
Bem mais distante, Paulo Maranhão herda a Folha do Norte de Enéas Martins e o transformaria no maior e mais combativo jornal do norte do País. Na outra ponta, depois de incendiada pelos adversário de Antônio Lemos, o jornal A Província do Pará encontra seu lugar no comando do saudoso Frederico Barata. Depois de muitas disputas políticas no início do século passado, Justo Chermont fundou O Estado do Pará, que na metade do século ganhara notoriedade nos artigos de Santana Marques.
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O jornalista e parlamentar Cipriano Barata é outro bom exemplo de combatividade. Foi eleito deputado pela Bahia para a primeira Assembléia Constituinte do Brasil, mas se recusou a tomar posse por julgá-la “cercada de mais de sete mil baionetas de nossos inimigos”, assegurou ainda que fora do Parlamento, defenderia melhor os seus “ideais políticos e a causa da pátria”.
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Barata estava certo. A Constituinte durou apenas seis meses, fechada por um golpe de dom Pedro I apoiado pelos militares. Mesmo preso até 1833, o sexagenário jornalista continuou editando o seu jornal Sentinela da Liberdade.
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Edição 17
CONFRARIA DA
JUVENTUDE *Daniel da Rocha Leite
jovens senhores nessa faixa de idade e uma jovem senhora de 81 a n o s , t o d o s professores leigos (melhor seria natos), que me haviam convidado para falar sobre “Poesia e Vida” para um grupo da melhor idade. Meu Deus, falei pouco, muito pouco tinha pra falar daqui desses meus parcos 37 anos. Mas aprendi muito, aprendi “novas palavras e tornei outras mais belas” com essa luz nos olhos que têm essas moças e rapazes da terceira idade. Nossa Senhora, quanta vida se tem... Espia só, meu irmão: era pra eu escrever sobre juventude e estou aqui encantado com essa juventude da melhor idade. O meu professor de redação diria que eu cometi o “descuido” da digressão. Que bom que foi assim porque a juventude é mais um estado de espírito do que o
A c r e d i t a r. . . E
is o verbo tradução do ser humano. “No início era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus.” Palavras ilumin adas de São João que nos fazem ter fé na vida e seguir na estrada. Acreditar é um verbo juvenil, que mantém acesa a chama das nossas existências. Talvez a juventude seja a fase da vida em que mais acreditamos na força das mãos, na vitalidade da palavra e sua realização. Acreditamos, quando Ora direis ouvir estrelas! Certo mantemos vivo o espírito da juventude em nossos perdeste o senso!” (...) corpos, que a força de (...) vontade e a solidariedade são capazes de transformar o mundo e E eu vos direi;”Amai para entendê-las isso semeia felicidade em nosso caminho. Pois só quem ama pode ter ouvido Certo dia, conheci no interior desse nosso abençoado Pará, Capaz de ouvir e entender estrelas (Olavo Bilac Via Láctea) jovens de 70 anos de idade: dois
“
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Edição 17
Dia do
ANCIÃO *Rejane Olga Jatene
N
o dia 27 de Setembro, comemora-se o “Dia do Ancião”, a Organização Mundial de Saúde, preconiza que nos próximos 20 anos, o planeta terá 14,7% da população constituída por idosos. Cada um de nós tem um idoso interno, que são as imagens que vamos registrando no decorrer da vida, a idade biológica, psicológica e cronológica estão interligadas e influenciam a pessoa direta e indiretamente, fazendo com que se sinta mais ou menos velha. Rui Barbosa dizia: “Eu não me sinto velho senão quando não tenho o que fazer, em me sobrando tarefa, sempre me achei moço. E quantas mocidades não vejo, que não trocaria pela minha carga idade, fosse por que preço fosse. Passam-se elas à porta, cansadas, inúteis, descridas, gastas, vazias.Não resistem, não lutam, não esperam, não admiram, não se entusiasmam. Vegetam e consomem.....” O idoso é uma pessoa que continua crescendo, aprendendo, que ainda tem potencial, e cuja vida ainda contém promessas para o futuro e está ligado ao futuro. O idoso continua buscando a felicidade, a alegria e o prazer, e seu direito inato a esses dons da vida permanece inalterado. Ele merece respeito e dignidade, e sua missão é sintetizar a sabedoria e toda uma longa experiência de vida e formulá-la como legado para as futuras gerações. Em algumas civilizações o idoso era reconhecido e servia a todos, com seus conselhos e sabedorias que só a idade é capaz de conceder às pessoas. Na Roma antiga criouse o Senado, ao qual somente os idosos, aqueles com mais sensatez e experiência, podiam pertencer. Infelizmente, isto não acontece em algumas culturas principalmente ocidentais.
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Por que então esquecer os anciões? Por que negar aos mesmos o direito de participação, o calor da amizade, o afeto fraterno e, acima de tudo, o respeito e a consideração? Ser observarmos um ancião, veremos que a sabedoria veio devagar, deixando nos joelhos as marcas e a dor de tantas caídas. Nunca deixou de sonhar, mas sabe que para tudo existe medida então não pode se afobar.A sabedoria lhe embranqueceu os cabelos, franziu a testa, ensinou-o a olhar sem cobiça, ficando só com o que necessita; pois necessita tão pouco na hora da partida. Seu andar é devagar sabe que não adianta pressa, pois quando for a hora, tudo há de se realizar. Observa tudo mas fica mudo, porque sabe qual é a melhor hora de falar. Não devemos esquecer que o que sucede a mocidade é a velhice, pois somos da mesma essência. Então tenhamos mais carinho, mais amor, mais respeito para com aqueles que prepararam as estradas por onde hoje transitamos. Um pequeno gesto de amor sempre tem um grande significado, principalmente para aqueles que hoje sentem-se fragilizados..
Edição 17
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Auto do
C í rC i o PROJETO GRÁFICO: ALEXANDRE SEQUEIRA
*Noely Lima
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riado pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Núcleo de Artes, o Auto do Círio está completando neste 2003, dez anos de realização, ganhando repercussão nacional, pois o cortejo dramático estará presente na Marques de Sapucaí, representado no desfile da Escola de Samba carioca Viradouro, no carnaval de 2004.
Edição 17
Sé; música, na Igreja de Santo Carros Alegóricos pelas ruas de Belém Alexandre; teatro, no Solar do Barão do Guajará; e cultura popular, na Capela de São João, terminando na Apoteose, entre os palácios Antônio Lemos e Lauro Sodré. Uma platéia ambulante acompanha a dramatização das cenas, exercitando a prática do teatro nas ruas de Belém. De acordo com a coordenação do evento, este ano o número de atores deve dobrar, pois há uma procura muito grande de pessoas interessadas em participar do elenco dessa grande manifestação artística que acontecerá dia 10 de outubro. Segundo Miguel Santa Brígida, diretor de teatro e professor da Escola de Teatro e Dança da UFPA, o mais importante é a homenagem que é feita ao Círio, mostrando a dimensão da fé do outubro, só vem a contribuir cada vez mais para o devoto, da religiosidade do povo paraense, e o Auto desenvolvimento de nossa cultura. “A Universidade do Círio é a representação dessa força de fé. Para ele, Federal do Pará, através deste projeto, presta um o fato do Auto do Círio ganhar mais espaço e importante trabalho de extensão, dando ao repercussão na programação local, no mês de espetáculo um salto qualitativo”, diz Miguel, que resolveu unir o amor pelo espetáculo com os estudos, O carnaval devoto
A carnavalização da fé
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Edição 17
*Celso Freire
NATO Entre as olarias está a dos artesãos Genivaldo Martins e José Luis, que trabalham juntos há mais de cinco anos. Mas, é também da casa humilde que sai o outro tipo de artesanato, mais elaborado e sofisticado: as réplicas das peças arqueológicas da cultura marajoara e tapajônica. O destaque do artesanato da Amazônia é a cerâmica marajoara, típico dos indígenas que habitavam a Ilha de Marajó. Estudos mostram que essa cerâmica tem 7 mil anos. Elas formam figuras geométricas em forma de animais, humanos ou mesmo as duas juntas. A cerâmica marajoara conta ainda com uma grande variedade de peças. São produzidos vasos de vários tamanhos, cumbucas, jogos de mesa (feijoada, salada, chá, bolo), cinzeiros, jarras, peças ritualistas,
Edição 17
estátuas, entre muitas outras. Genivaldo explica que as peças têm diversos usos. Serve para decoração ou mesmo para serem utilizadas abrigando flores, arranjos e ainda outras que vão à mesa. O primeiro a resgatar essa tradição marajoara foi o conhecido mestre Cardoso. Até meados dos anos 60, em Icoaraci, se produziu a cerâmica de olaria - telhas, tijolos, alguidares, potes e filtros, entre outras peças. Antes, havia apenas dois ou três ceramistas fazendo trabalhos artísticos. Mais tarde os artistas da região aderiram à arte propriamente dita. Nos anos 70, finalmente, verificou-se no distrito o começo de uma fase de grande produção de réplicas imitando o estilo das obras pertencentes ao Museu
Pará+ 33
Genivaldo diz que este é um dos mais importantes instrumentos do ceramista. Outra técnica é a do pavil, onde o profissional tem que moldar a peça com a chama do fogo. É aí que o artesão começa a dar forma às peças, que já estão secas. Vão ser lixadas para deixar a superfície plana, sem imperfeições. Já em sua forma definitiva, a peça sofre um processo de pré-endurecimento, com a secagem natural. Nessa fase a peça é tingida com uma mistura de corantes naturais: extrato Nogueiraria, betume, engobe
Edição 16
Pará+ 35
seis de Ford Plantation, que mesmo de dia já assustou padres, professores, pastores, doutores e outros, guardando certa parecência com a mãe do campo da fazenda São Sebastião do Araçateua, no Marajó, apenas para lembrar alguns da tropa de choque do Curupira que é o maioral de todos eles. A Curupira ou o Curupira tem muito a ver com a Matinta Pereira e faz parte do Amazonário Hileiano, que é parcialmente conhecido. Fato recente , mas já incorporado é o caminhão da reta do Itaqui, na zona da Estrada, antiga estrada da ferrovia de Belém-Bragança. A bem da verdade, às vezes vem sendo possível associar o aparecimento da visagem com algum fato real, como foi o caso do Bicho Folharal da antiga Boa Vista Velha, agora Fordlandia ou o lobisomem de Taciateua, na região Bragantina, ambos de responsabilidade de conhecidos alcoólatras. Outras vezes, tudo fica na base da especulação e passa a fazer parte da história da própria comunidade. Do jeito que as coisas tão indo só a interferência das divindades silvestres impedirá o desparecimento da Magestosa Floresta Amazônica, que corre severo risco como decorrência da ação de humanos. *Médico e Escritor Sopren
Edição 17
Pará+ 39
ICOS CURIOSOS NIAL *Sérgio Martins PANDOLFO
estagiado em degraus. O preso era a ele atado pela cintura e cingido ao pescoço por uma gargalheira (espécie de coleira de ferro), para expô-lo à vergonha, açoitá-lo ou deixá-lo sujeito à execração pública ou vilipêndio. Algumas vezes o mastro principal era provido, no cimo, de peça transversal , à moda de cruz, a fim de servir, também, de suporte para o enforcamento dos condenados, ou, então, de uma roda de madeira e ferro, com abertura para os membros e cabeça, que girava sobre um fulcro, à qual o infeliz era atado e posto a rodar, por vezes tão célere e demoradamente, que amiúde redundava em morte do apenado. Nessas verdadeiras torres de seviciamento eram justiçados bandidos de má catadura, criminosos contumazes ou que perpetravam crimes hediondos, mas também os que cometiam “crimes” políticos graves, escravos fujões ou insubmissos, e enforcados os condenados à morte. Triste realidade das severas leis d'antanho. Mas para além dessas situações de atrocidades, o pelourinho tinha outras serventias sociais, como a fixação de éditos reais, decisões das autoridades comunais a pleitos dos cidadãos ou informações de interesse da comunidade. Alguns desses monumentos de tortura eram de tal forma imponentes, rebuscados de adornos e ornatos brasonados, que ofuscavam os demais prédios da comunidade, ou tamanha era a assiduidade de sua utilização, que acabavam por dar nome ao local: Largo ou Praça do Pelourinho, ou, como em Salvador, na Bahia, tão-somente Pelourinho (conquanto ele próprio já lá de há muito não mais esteja), a nomear quadra tão importante do Centro Histórico, que é quase o “exlibris” da capital baiana. A imponência e
Edição 17
Marco da Légua e um marco fálico
Pará+ 41
de março de 1928 tal marco, devidamente restaurado e com acréscimos ornamentais mandados realizar pela intendência municipal (prefeitura), presidida pelo intendente Antônio Crespo de Castro, era governador do Estado o Dr. Dionísio Auzier Bentes -, foi solenemente reassentado e inaugurado. A lamentar, esse belo monumento esculPelourinho de Alcântara, à frente tórico e de grande da Igreja Matriz de São Matias. importância para Raro exemplar ainda existente no Brasil nossa história está hoje parcialmente ocultado pelos gradis de ferro da ciclovia d a Av. Almirante Barroso, e pouca gente dele se apercebe proximidades ou em um dos cantos do imóvel ou lhe conhece o significado, além de exibir sinais residencial da família aquinhoada com o rebento evidentes de desleixo de sua conservação. Apegado varonil, que era, muita vez, a garantia da sucessão da a ele, a comuna belenense fez chantar, em data que nobre estirpe familiar. Em nossa cidade ainda se pode desconhecemos, um marco em forma de falo ver , além do já aludido no parágrafo precedente, um humano, de que nos ocuparemos a seguir, outro, no ponto esquinado pela rua Dr. Assis com a ignorando-se o local de onde terá sido removido. Trav. Dom Bosco, apenso ao imóvel conhecido O marco fálico é um dos mais curiosos - pitoresco como “Palacinho”, na Cidade Velha , não se sabendo mesmo - da tradição portuguesa que nos chegou, e que personalidade, ao nascer, ensejou, ali, sua estava ligado simbolicamente, pelo geral, ao colocação. nascimento de filhos varões nas famílias de nobres e fidalgos. Trata-se de representação do membro viril, símbolo da fecundidade, da reprodução, para os *Da Sociedade Brasileira antigos, esculpido em pedra granítica ou marmórea de Médicos Escritores - SOBRAMES . (mormente lioz), de proporções variáveis, oscilando Da Academia de Imprensa de Belém. a altura de 1 m a 1,5 m e faziam-no fixar às
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Pará+ 43
Semana Nacional de
TR ÂNSITO *João Fábio Therezo
uito se fala em educação para um trânsito seguro, mas pouco se vê de medidas concretas que possam modificar o quadro de estatísticas que todos os anos se vêem divulgados nos mais diversos órgãos da mídia paraense e brasileira. Na verdade o que temos percebido nestes últimos anos, desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro em 1997, embora só houvesse entrado em vigor em janeiro de 1998, é que há uma omissão muito grande dos administradores de nossos órgãos executivos de trânsito, priorizando interesses políticos em detrimento da única forma conhecida de se educar no trânsito: Campanhas fortes associadas a uma fiscalização rigorosa em cima principalmente de pequenos infratores, evitando com isso que estes condutores se tornem contumazes, além da aplicação literal das penalidades aos que praticam uma direção agressiva e perigosa, como por exemplo, suspensão do direito de dirigir aos que são flagrados conduzindo veículos automotores sob o efeito de bebidas alcoólicas. Neste mês de setembro comemoramos a Semana Nacional do Trânsito que se iniciará no próximo dia 18. Certamente muitas entidades realizarão programação alusiva ao evento tentando colaborar de alguma forma na conscientização de nossos condutores na busca de um trânsito mais humano e solidário. Apesar de meritória, tais programações não irão produzir um efeito mais efetivo, pelo simples fato de não terem continuidade, ou seja, são como uma lembrança de que trânsito é vida e, portanto, uma coisa séria, porém logo serão esquecidas, pois a vida precisa continuar até mesmo para aqueles familiares de alguma vítima fatal do trânsito. A realidade é que se aplica uma administração
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Edição 17
equivocada, impondo cursos de reciclagem somente aos condutores infratores, esquecendo que qualquer cidadão está sujeito a cometer infrações, pois estamos convivendo no que podemos chamar de maior meio social existente, em um mundo agitado e cheio de dificuldades para todos e, quer queiramos ou não, somos afetados pelo embrutecimento de nossos sentidos reforçados diariamente pela divulgação de novos casos de vítimas de acidentes e impunidade aos seus algozes. Caso houvesse o cumprimento do que determina o artigo 150 do Código de Trânsito Brasileiro, que obriga a todos os condutores habilitados antes de 1998 a fazerem um curso de reciclagem para se atualizarem quanto às novas prioridades do trânsito, certamente poderíamos esperar uma considerável melhoria no comportamento usual de nossos condutores, refletindo saudavelmente na qualidade de vida de nossa cidade, afinal é sempre melhor prevenir do que remediar e, no caso específico do trânsito, alguns males não tem remédio.
*Educador de Trânsito Proprietário do Centro de Formação de Condutores Educatran.
Pará+ 45
V CONGRESSO INTERNACIONAL DE TURISMO DA REDE MERCOCIDADES “Carta de Princípios de Belém do Pará” Da esquerda para a direita: Joacir Rocha - pres. Do Comtu indica alternativas para desenvolvimento do (Cons. Municipal de Turismo); Murutschka Martini Moesch turismo nas cidades do Mercosul. Dir. Da Rede Mercocidades; Edmilson Rodrigues - Prefeito
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paradigma da sustentabilidade com o desenvolvimento local é uma opção política que deve ser adotada pelas cidades do Brasil, da Argentina do Paraguai e do Uruguai (países membros do Mercosul), além da Bolívia e do Chile
O Prof. Mario Carlos Beni (USP) proferindo sua palestra e Eduardo Brandão (países associados) que queiram desenvolver um turismo, cujo jogo de sedução é tramado pela heterogeneidade cultural e pela diversidade natural. Essa foi a principal conclusão do V Congresso Internacional de Turismo da Rede Mercocidades, que encerrou domingo, no Hotel Sagres, descrita na “Carta de Princípios de Belém do Pará”. O documento foi elaborado a partir de propostas de 590 participantes e convidados do evento, e reforça a estratégia de um fortalecimento dessas cidades para um diálogo não submisso ao global. A formatação de uma gestão compartilhada entre público e privado, levando em consideração a importância econômica do turismo, deve ser um dos caminhos para o desenvolvimento sustentável. “As categorias tempo e espaço, tão caras ao turismo, foram maculadas nas suas proposições de limite tirando os muros fiscos das fronteiras e com isso os mercados passam a ter novos movimentos e o turismo, com certeza, tem e terá uma parcela bem grande de responsabilidade no jogo do poder econômico”, constataram os representantes das cidades. A gestão compartlilhada decorre da solidariedade entre sociedade civil, setor empresarial, instituições públicas, universidades e ONGs. Os novos modelos de gestão devem representar as democracias participativas. “As políticas de turismo das cidades Edição 17
de Belém; Eduardo Brandão - presidente da Belemtur; Regina Célia - Banco do Brasil; José Francisco - Embratur devem estar articuladas com as demais políticas de governo que sustentem uma prática de turismo contínua e qualificada, evitando o casuísmo neste setor, notadamente verificado em muitos municípios pertencentes à Rede Mercocidades”, observou Eduardo Brandão, diretor-presidente da Companhia de Turismo de Belém (Belemtur). As cidades assumiram o desafio de construir projetos de desenvolvimento turístico alternativos ao modelo imediatista e predatório, que geralmente deixa como saldo perverso a exclusão das comunidades e, não raro, déficit ambiental e cultural. Portanto, o que os participantes e convidados do V Congresso Internacional de Turismo da Rede Mercocidades propõem, segundo Brandão, é uma prática de turismo sustentável voltado tanto para o turista como para o cidadão, que visa a geração de renda e postos de trabalho, preservação da memória cultural e conservação ambiental, proporcionando vivências hamônicas entre o homem e a natureza e, assim, promovendo a qualidade de vida das localidades para todos. A realização do evento em Belém representou a preocupação da Unidade Temática de Turismo com a inserção dos povos amazônidas no processo de discussão das questões do Mercosul. Na “Carta de Princípios de Belém do Pará”, foi reafirmado ainda o compromisso com a solidificação do Mercosul como bloco político-econômico, cultural e social na construção da soberania dos povos latinoamericanos.
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AVEIRO 2ª quinzena
ANANINDEUA 11
ANANINDEUA 09 a 12
3º Torneio de Pesca Esportiva Romaria Rodofluvial de Nossa Senhora de Nazaré Brasília Legal, Tabuleiro Monte Cristo Principais ruas da cidade, BR 316, Fone: 0(xx) 91 518-3308 Rodovia Augusto Montenegro até Icoaraci Fone: 0(xx) 91 255-0036 Fax: 0(xx) 91 255-3140
Arraial do Tucupi Estacionamento do Ginásio Poliesportivo Dr. Almir Gabriel Fone: 0(xx) 91 255-3140 Fax: 0(xx) 91 255-3140
BELÉM 10
BELÉM 05 a 12
BELÉM 01 a 10
Art Pará Fone: 0(xx) 91 213-1169 Fax: 0(xx) 91 224-3661
XXXII Expo - Pará Nacional de Zebu Parque de Exposições Fone: 0(xx) 91 226-1363 / 8909
“Dança Pará 2003" Teatro do SESI Fone: 0(xx) 91 276-3312 Fax: 0(xx) 91 276-3667
BELÉM 10
BELÉM 10
BELÉM 10
III Mostra Amazônica do Círio Auto do Círio Principais ruas do bairro de Nossa Senhora de Nazaré Complexo Turístico Ver-O-Rio da Cidade Velha Fone: 0(xx) 91 241-5801 Fone: 0(xx) 91 242-0900 / 0033 Fax: 0(xx) 91 241-8369
Romaria Rodoviaria do Círio de Nossa Senhora de Nazaré Principais ruas da cidade e BR 316 Fone: 0(xx) 91 222-0921 Fax: 0(xx) 91 225-4479
BELÉM 10 a 25
BELÉM 10 a 11
BELÉM 11
VI Feira do Círio Festival do Artesanato de Miriti Praça Santuário de Nazaré Praça da Sé Fone: 0(xx) 91 242-2000 Fone: 0(xx) 91 3751-1659 Fax: 0(xx) 91 241-3252 Fax: 0(xx) 91 3751-1659
Romaria Fluvial Baia do Guajará Fone: 0(xx) 91 223-1932
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BELÉM 11
BELÉM 11
Trasladação de Nossa Senhora de Nazaré Principais ruas da cidade Fone: 0(xx) 91 241-8894
Moto Romaria do Círio de Nossa Senhora de Nazaré Principais ruas da cidade Fone: 0(xx) 91 212-1144 Fax: 0(xx) 91 212-1144
BELÉM 12 a 28
BELÉM 12
Festa do João Teimoso Círio de Nossa Senhora de Nazaré Praça de Nazaré Principais ruas da cidade e Waldemar Henrique Fone: 0(xx) 91 241-8894 Fone: 0(xx) 91 242-5742 / 225-4656
BELÉM 18
Festa da Chiquita Praça da República - Bar do Parque Fone: 0(xx) 91 242-5742
BELÉM 13 a 16 VI Feira Supermercadista de Fornecedores do Estado do Pará e Amapá - SUPERNORTE Centur Fone: 0(xx) 91 249-4268 / 249-0024
BELÉM 28 a 02/11
Corrida do Círio Principais ruas da cidade Fone: 0(xx) 91 213-1169 Fax: 0(xx) 91 224-3661
BELÉM 31 Seresta do Carmo Praça do Carmo Fone: 0(xx) 91 242-5990
BELÉM 13 a 19 XXX Encontro de Arte de Belém Teatro da Paz Fone: 241-5801/241-8369/249-6400
OUT UBR O
X FIDA - Festival Internacional de Dança da Amazônia Theatro da Paz Fone: 0(xx) 91 223-2779 / 1744 Fax: 0(xx) 91 223-2779