Pará+ 193

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Revista

Pará+ BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

EDIÇÃO 193

R$ 8,00

O NOVO PARQUE DO UTINGA 7º ANUÁRIO MINERAL DO PARÁ ESPAÇO EMPREENDEDOR DO PCT GUAMÁ Capa 193.indd 1

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EDIÇÃO 193 - MARÇO - 2018

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

SIMINERAL LANÇA 7º ANUÁRIO MINERAL DO PARÁ

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

PARQUE DO UTINGA

10 PCT GUAMÁ INAUGURA ESPAÇO EMPREENDEDOR

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Alfredo Carvalhaes, Benjamim Furtado, Carlos A. Frazão, Fernanda Graim, Heloá Canali, Lidiane Sousa, Leni Sampaio, Ronaldo Hühn, Simone Romero; FOTOGRAFIAS: Ascom / Emater, Ascom SECTEC, CDP, Divulgação, Claudio Santos, Cristino Martins, Igor Brandão Luiz Carlos Santos, Mácio Ferreira, Thiago Gomes / Ag.Pará, Rui Pontes/Ascom Seduc, S3A Fotografia, Vinicius Kuromoto; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

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BELÉM PORTO FUTURO

26 XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE MANDIOCA E O II CONGRESSO LATINOAMERICANO E CARIBENHO DE MANDIOCA

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Parque do Utinga. Foto de Mácio Ferreira / Ag Pará

Simineral e Seduc lançam sétima edição do concurso de redação

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Laboratório de Biodiversidade trabalhará a preservação e valorização da Amazônia

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1ª Mostra de Bio-Invenções da Amazônia

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Depressão 5% da população mundial sofre da doença

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Simineral e Seduc lançam sétima edição do concurso de redação Fotos Rai Pontes/ Ascom Seduc

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á estão abertas desde sexta-feira (16/03) as inscrições para a sétima edição do Concurso de Redação da Mineração. Voltado para os estudantes da rede pública de ensino do Estado, o certame traz como tema “Conexões: somos uma só rede”. Promovido pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Concurso ficará com inscrições abertas até o próximo dia 10 de abril. O secretário Adjunto de Ensino da Seduc, José Roberto Silva participou do lançamento do Concurso no Espaço São José Liberto, durante a festa de lançamento do 7º Anuário Mineral do Pará 2018, quando falou sobre a importância do certame para o estímulo à produção do conhecimento. “Ele potencializa a leitura e a escrita do estudante da capital e do interior. Este ano, vamos intensificar ainda mais a divulgação nas escolas para que um maior número de estudantes participem de mais essa edição” adiantou. Agora no formato totalmente digital, a publicação traz como tema “Conexões: somos uma só rede”, o mesmo da redação. O concurso premiará as melhores redações com tablet, notebook e vale-livro. Podem participar alunos do 6º ano a 8ª série do Ensino Fundamental Regular, Educação de Jovens e Adultos e Profissionalizante, e do Ensino Médio Regular, Educação de Jovens e Adultos e Profissionalizante e Sistema Modular de Ensino, regularmente matriculados na rede pública estadual no ano letivo de 2018.

Também serão premiados os professores-orientadores dos estudantes e as escolas que conquistarem o primeiro lugar, com um tablet e um projetor multimídia (datashow), respectivamente.

José Fernando Gomes Júnior, Zequinha Marinho-vice-governador e o secretário Adjunto de Ensino da Seduc, José Roberto Silva, lançando o 7º Concurso de Redação da Mineração www.paramais.com.br

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O presidente do Simineral, José Fernando Gomes Júnior comemora o sucesso do concurso em todas as suas edições. Atualmente, mais de 30 mil estudantes já participaram do concurso. “É fundamental está formando uma nova geração da mineração aqui dentro do estado. Essa parceria com a Seduc é imprescindível para criarmos a geração da mineração e ainda possamos deixar um legado. E qual é o legado do setor mineral para o estado do Pará? A educação. E pra nós, a parceria é fundamental para construirmos o Pará dos nossos sonhos. Ao longo destes seis anos, já tivemos milhares de inscrições, dos quatro cantos do estado e vamos rumo à sétima edição no ano que vem. Importante dizer que não é um concurso de Belém, ele abrange todos os municípios do Pará”, destacou. O edital e a ficha de inscrição do concurso estão disponíveis no site da Seduc: www.seduc.pa.gov.br. Pará+

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Simineral lança 7º Anuário Mineral do Pará A Mesa oficial da Cerimônia

Fotos S3A Fotografia

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Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), lançou recentemente o 7º Anuário Mineral do Pará 2018, com uma belíssima cerimônia, no Espaço São José Liberto, com a presença de autoridades, empresários, fornecedores do setor mineral e influenciadores do mundo digital. Agora no formato totalmente digital, a publicação traz como tema “Conexões: somos uma só rede”. Durante o evento, José Fernando Gomes Júnior, presidente do Simineral, também lançou o 7º Concurso de Redação da Mineração e o Prêmio Simineral de Comunicação – Ano II.

Já com a Comenda disse Helder: “Um Pará mais rico com a atividade da mineração, mais humano com emprego pros paraenses e mais sustentável com o respeito à nossa terra e nossa gente”

Conexões: somos uma só rede

José Fernando Gomes Júnior, presidente do Simineral, apresentando o 7º Anuário Mineral do Pará

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José Fernando Gomes Júnior, presidente do Simineral, apresentou o 7º Anuário Mineral do Pará – mais um passo em direção ao compartilhamento da nossa história, ressaltando que o sindicato teve o desafio de fazer esta edição totalmente interativa, sem deixar de ser informativa. “Foi um trabalho de pesquisa de meses, para tornar a edição atraente, interativa, de fácil leitura e acesso. Conexão é uma palavra que está no dia a dia de nosso sindicato. Nós fazemos conexões com nossos associados, com a sociedade, com nossos colaboradores, com a classe política, com a classe empresarial e também com a imprensa, para que possamos ter as informações mais relevantes sobre a mineração no estado do Pará”, afirmou José Fernando Gomes Júnior. www.paramais.com.br

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Pela primeira vez, essa plataforma foi pensada para ser inteiramente digital. também vem em duas versões, português e inglês, com o objetivo de facilitar a consulta através do tablet ou smartfone, as plataformas mais utilizadas atualmente como fonte de informação. As informações que consagraram o Anuário como o único produto que condensa todos os dados sobre a mineração no Pará permanecem, assim como o desempenho do setor mineral na balança comercial, saldo das exportações, geração de empregos, projetos de responsabilidade social, empreendimentos na região e participação das mulheres na mineração. Você encontrará hiperlinks, vídeos e galerias de imagens que tornam a sua leitura mais dinâmica e interativa. Com o Anuário digital, fica mais interessante conhecer a força da mineração no Pará e fica mais compartilhar essa informação nas redes sociais, divulgando as boas práticas, os exemplos de inovação e as opiniões retratadas nesta publicação. Em um mundo cada vez mais conectado, no qual aplicativos, likes e compartilhamentos fazem parte do dia a dia, o Simineral relembra da sua primeira finalidade e missão de trabalho: a união. Queremos escrever junto com você, um amanhã melhor, cada vez mais partilhado e sustentável. Você tem em http://www.simineral.org.br/nossas-acoes/ anuarios/anuario-digital , uma versão inédita do Anuário Mineral do Pará. Boa leitura!

Homenagens

Menção honrosa para a Vale pelos 50 anos do início da pesquisa em Carajás. Da esq. p/ dir: Joaquim Passarinho- Dep. Fed, João Coral (Vale), Luís Siqueira (Vale), Ministro Helder, Maria de Lourdes de Oliveirapresidente do TCE, Zequinha Marinho-vice-governador, Nelsindo Gonzales (Vale), Luiz Ricardo Santiago (Vale), Orlando Reis e José- vice-prefeito de Belém e Fernando Gomes Júnior-presidente do Simineral

Breno dos Santos, homenageado pelos 50 anos do início da pesquisa mineral em Carajás

Menção honrosa O sindicato homenageou Breno dos Santos e a Vale pelos 50 anos do início da pesquisa mineral em Carajás, com menção honrosa, além de outras menções honrosas para os 200 anos da Polícia Militar do estado, os 35 anos da FACIAPA – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará e

O ministro Helder Barbalho, recebendo a Comenda do Mérito Minerador, de José Fernandes Gomes Junior

Durante a cerimônia de lançamento, o sindicato entregou a homenagem Comenda do Mérito Minerador Honorário, concedida uma vez por ano a apenas uma pessoa pelo Simineral. José Fernandes Gomes Junior enfatizou a atuação de Helder como ministro e o incentivo ao setor. “É uma alegria e satisfação receber este reconhecimento, me sinto muito honrado. Destaco a importância do geólogo Breno dos Santos. A partir de Carajás, o mundo descobriu o Pará e o Pará desenvolveu sua vocação mineradora, trazendo oportunidades para o Estado e para as pessoas. E preciso responsabilidade social e desenvolvimento sustentável para que o crescimento continue”, disse Helder Barbalho.

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para o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, que foi representado pelo grande homenageado da noite, o ministro da Integração Nacional Helder Barbalho, com a Comenda do Mérito Minerador Honorário. Há 50 anos – em 14 de março de 1968 – iniciavam-se as pesquisas minerais na região que hoje produz o minério de ferro de maior qualidade do planeta, a região de Carajás. Na década de 1960, a região era isolada do restante do país e estava fora da mídia, representando um mundo vasto e desconhecido. Breno dos Santos era um jovem geólogo que desbravou esta região com ferramentas de trabalho rudimentares, como um martelo, um caderno de anotações e o espírito de aventura para adentrar a mata. Não por acaso Breno descreve Carajás como a última descoberta romântica da história da geologia. Estiveram presentes no evento o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Walter Alvarenga, e o diretor de comunicação do IBRAM, Paulo Henrique Soares.

Menção honrosa para o ministro de Minas e Energia Fernando Coelho representado pelo ministro Helder Barbalho Pará+

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A terceira iniciativa – a Associação dos Apicultores de Canaã dos Carajás, vem sendo beneficiada pela Vale e sua fundação para fortalecer a agroindústria do mel na região e diversificar outras atividades produtivas além da mineração. Mais de 50 apicultores participam da Associação. Com o apoio da mineradora, a associação recebeu equipamentos e maquinários para alavancar a produção do mel. Para o presidente, Luiz Pereira Rodrigues, “os equipamentos tornaram a extração do mel ainda mais adequada à legislação e fortaleceram a atividade”, declara. Os presentes ao lançamento do 7º Anuário, receberam um pão de mel, como brinde.

Crianças e jovens do Vale Música, abrilhantaram a cerimônia

Menção honrosa à Vale A Vale, homenageada pelos 50 anos da descoberta de Carajás, no evento de lançamento do 7º Anuário Mineral do Pará, apresentou três iniciativas para mostrar como elas estão conectadas e contam com o apoio da mineração: o talento musical de crianças e jovens do Vale Música, de Belém; as aptidões artísticas de artesãs do Centro Mulheres de Barro, de Parauapebas; e as habilidades dos apicultores de Canaã dos Carajás, durante o lançamento do 7º Anuário Mineral do Pará. O Vale Música, que existe há 14 anos no Pará, nasceu da parceria entre a Fundação Vale e a Fundação Amazônica de Música. A iniciativa, beneficia mais de 200 estudantes, e promove a formação musical de crianças, adolescente e jovem da rede pública de ensino da Grande Belém. O Vale Música já beneficiou mais de mil alunos. O programa é patrocinado pela Vale, via Lei Rouanet. Outra iniciativa – o projeto Mulheres de Barro, como ficou conhecido em Parauapebas, nasceu como resultado das oficinas do Programa de Educação Patrimonial da empresa, na fase de construção do Salobo, empreendimento de cobre, localizado em Marabá. Com a criação da Cooperativa Mulheres de Barro, a Vale, vem fortalecendo a atividade, com a produção, venda e divulgação de produtos cerâmicos inspirados em artefatos encontrados na fase de pesquisas arqueológicas. A iniciativa também conta com o patrocínio da Vale, via Lei Roaunet.

A homenagem aos 200 anos da Polícia Militar do estado

Sérgio Bitar, recebendo a homenagem pelos 35 anos da FACIAPA – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará

Nosso diretor Rodrigo Hühn, com José Fernandes Gomes Junior

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Durante a cerimônia de lançamento, no Espaço São José Liberto

O Espaço São José Liberto, estava repleto com a presença de autoridades, empresários, fornecedores do setor mineral e influenciadores do mundo digital www.paramais.com.br

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Durante a cerimônia de lançamento

Breno dos Santos e esposa com José Fernandes Gomes Junior

José Fernando Gomes Júnior e Ivo Amaral com o cartaz do Prêmio Simineral de Comunicação – Ano II

Lançamento do 7º Concurso de Redação, destinado às escolas de Ensino Fundamental e Médio da rede estadual de ensino

7º Concurso de Redação da Mineração

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O 7º Concurso de Redação é destinado às escolas de Ensino Fundamental e Médio da rede estadual de ensino, com o tema “Conexões. Somos uma só rede”. Também serão premiados os professores e escolas dos alunos classificados do 1° ao 5° lugar em cada categoria (Ensino Fundamental e Médio. O Concurso ficará com inscrições abertas até o próximo dia 10 de abril. A premiação está prevista para 6 de junho, às 9h, na Estação Gasômetro. O concurso premiará as melhores redações com tablet, notebook e vale-livro. Podem participar alunos do 6º ano a 8ª série do Ensino Fundamental Regular, Educação de Jovens e Adultos e Profissionalizante, e do Ensino Médio Regular, Educação de Jovens e Adultos e Profissionalizante e Sistema Modular de Ensino, regularmente matriculados na rede pública estadual no ano letivo de 2018.

Também serão premiados os professores-orientadores dos estudantes e as escolas que conquistarem o primeiro lugar, com um tablet e um projetor multimídia (datashow), respectivamente. O edital e a ficha de inscrição do concurso estão disponíveis no site da Seduc: www.seduc.pa.gov.br

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Com uma área total de 1.340 hectares, o Parque Estadual do Utinga concentra uma grande diversidade de flora e fauna, incluindo várias espécies de peixes

Compromisso do Governo com a preservação ambiental. Convívio harmônico entre homem e meio ambiente Fotos Igor Brandão/ Ag.Pará, Mácio Ferreira, Thiago Gomes / Arquivo Ag. Pará

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som da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, entre outras atrações culturais, marcou a reabertura oficial do Parque Estadual do Utinga (Peut). O novo espaço de lazer do Estado representa um investimento de cerca de R$ 36 milhões que possibilitou uma reestruturação especial para receber, de forma segura e adequada, praticantes de esporte ou aqueles que buscam apenas contemplar a natureza. A cerimônia contou com a presença do governador Simão Jatene, parlamentares, prefeitos da região metropolitana, entre outras autoridades.

“Este é um momento muito importante. Esse é o tipo da obra que simboliza a relação entre os homens, e entre os homens e a natureza. Ela foi construída com muitas mãos e muitos corações, e com o imposto que cada paraense paga. No momento em que o país vive histórias tão tristes e o mundo um tempo de profunda intolerância, essa é uma obra que faz a apologia à celebração da vida”, afirmou o governador. Simão Jatene ressaltou ainda a questão do pertencimento e dos verdadeiros donos do espaço. “Esse Parque não é do governador, muito menos do governo do Estado, é de todos os paraenses e

O secretário executivo do Fórum, acompanhado de Justiniano Netto (falando), secretário Extraordinário do Programa Municípios Verdes (PMV)

Faça desta Páscoa, a tua Páscoa. Faça desta ressurreição, tua ressurreição. Nunca se entregue, pois é somente a cada adversidade que poderemos vislumbrar uma nova oportunidade. Uma Homenagem:

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O governador Simão Jatene, parabeniza o secretário de Cultura, Paulo Chaves

O governador Simão Jatene, ladeado pelo secretário de Cultura, Paulo Chaves, pelo presidente da Assembleia Legislativo, Márcio Miranda e pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho

de todos que acreditam que é possível uma convivência saudável, correta e harmônica com a natureza. É um espaço que todos podem usufruir, mas têm também o dever de cuidar. O governo trabalha neste sentido, de desenvolvimento do Estado por meio da valorização e preservação da biodiversidade”, acrescentou Jatene. O Parque foi criado em 1993 para preservar a biodiversidade local, que compreende os lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pelo abastecimento de cerca de 70% da população de Belém. Entre as melhorias na Unidade de Conservação (UC) estão quatro quilômetros de pistas, preparados para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skates, um centro de recepção aos visitantes, equipado com auditório para 50 lugares e café, além de um grande estacionamento com capacidade para 400 veículos. O projeto arquitetônico e paisagístico do Parque é assinado pelo secretário de Estado de Cultura, o arquiteto Paulo Chaves. “Este é um momento de extrema felicidade. Tenho o sentimento de missão cumprida, de entregar ao povo paraense essa obra. Esse é um espaço com um grande potencial turístico que reúne exemplares da biodiversidade amazônica e que, a partir de agora, a população vai poder usufruir com uma infraestrutura única, tendo em mente sempre a relação harmoniosa entre homem e natureza”, comemorou Paulo Chaves.

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O Peut possui uma área de 1.393,088 hectares, que equivale a 1.340 campos de futebol. Nela é possível encontrar representantes de várias espécies da fauna e flora amazônica, entre elas mais de 200 espécies de aves e a maior biodiversidade de peixes em parques em todo o mundo, com 90 espécies de peixes catalogadas. O espaço ainda mantém uma grande quantidade de insetos, além de mamíferos como preguiças e capivaras e répteis como tartarugas, jacarés e serpentes. A administração é feita pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio). “Essa revitalização vai permitir uma maior proximidade das pessoas com a natureza, com a fantástica biodiversidade amazônica que aqui no Parque do Utinga encontra a sua síntese. Uma floresta dentro da cidade e que agora pode ser usufruída por todos. Esta é uma obra que demonstra que o dinheiro não do governo, mas do povo, foi bem aplicado, bem devolvido à população”, destacou o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho. Para o presidente da Assembléia Legislativa do Estado (Alepa), deputado Márcio Miranda, o Peut é um perfeito exemplo de intervenção do homem na natureza com harmonia, fruto de uma boa gestão. “A gente tem que agir na Amazônia desta forma, respeitando a natureza e a protegendo para que a população possa usufruir deste grande patrimônio. Fica para nós este exemplo de fazer a intervenção necessária tendo a coragem de lidar com a biodiversidade e com o nosso patrimônio, sob críticas”, disse o deputado Márcio Miranda.

Mais um espaço de lazer, preservação ambiental e contato direto com a biodiversidade da Amazônia. O novo Parque Estadual do Utinga já está à disposição de todos os públicos O espaço é uma mostra significativa do ecoturismo e um parque estruturado

“Esse é mais um espaço para o fomento do nosso turismo e é para nós motivo de orgulho. Ao provarmos no parlamento projetos interessantes como este, nós deputados estaduais dizemos que vale a pena estarmos juntos. São obras como esta que tornam Belém mais atrativa para o turismo”, finalizou o deputado.

A população compareceu em peso para reencontrar o parque no primeiro dia após a reabertura do espaço

Bastante aguardado pelo público e, principalmente, pelos amantes da natureza e das atividades de lazer ao ar livre, o novo Parque Estadual do Utinga foi aberto pelo governo do Estado

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O parque foi reaberto pelo Governo do Estado, como o mais importante espaço de preservação e estudo da biodiversidade dentro da Região Metropolitana de Belém, com uma grande caminhada com a população, com paradas para informações educativas sobre a fauna, flora e os novos espaços.

Fauna

Com uma área equivalente a 1340 campos de futebol (1.340 hectares) o Parque Estadual do Utinga possui uma fauna exuberante com mais de 200 espécies de aves registradas e a maior biodiversidade de peixes em parques em todo o mundo, com 90 espécies de peixes catalogadas. O espaço ainda mantém uma quantidade enorme de insetos com muitas espécies ainda desconhecidas, além de mamíferos como preguiças e capivaras e répteis como tartarugas, jacarés e serpentes. Esse é o mais importante projeto de preservação da biodiversidade na Região Metropolitana de Belém e consiste em uma unidade de conservação criada, em 1993, para preservar ecossistemas e mananciais lá guardados - como os lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem cerca de 70% da população de Belém. Avalia-se como alta a diversidade de fauna e de flora encontradas na área florestal protegida. Estima-se que, apenas no lago Água Preta, esteja abrigada a maior diversidade de peixes em parques ambientais de todo o mundo. Entre as espécies de peixe estão os ornamentais e até o pirarucu. www.paramais.com.br

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“A gente tem uma missão mais importante, já que se trata da unidade mais visitada. A gente tem a responsabilidade de apresentar um pouco da Amazônia com toda sua biodiversidade para o morador da Região Metropolitana e para os visitantes de forma geral”, destaca.

Os serviços do mais importante espaço de preservação e estudo da biodiversidade dentro da Região Metropolitana de Belém serão oferecidos em caráter experimental.

Ararajubas

O gerente do parque, Julio Meyer explica que grandes rios das regiões sul e sudeste registram apenas uma média 10 espécies. “A nossa biodiversidade é um verdadeiro tesouro”, ressalta. Em 1993, foram realizadas observações para a criação do Plano de Manejo do Parque. De acordo com o documento, no local foram observadas 25 espécies de peixes, 7 espécies de anfíbios e 26 de répteis, 193 espécies de aves, 4 espécies de pequeno porte e 23 espécies de médio e grande porte de mamíferos, 48 espécies de invertebrados aquáticos, 8 espécies de mosquitos. O gerente ressalta que apesar de exuberante, o avistamento de fauna não é uma coisa tão ocorrente na Amazônia, sendo mais comum em regiões como o serrado e pantanal onde há a ocorrência de áreas abertas e onde é possível avistar a fauna com maior frequência. “Na Amazônia observar a fauna é mais difícil, devido suas características de mata fechada. No parque, estamos tomando todas as providências para que esta observação da fauna possa ser realizada. Este é um desafio: a prestação de serviços com a preservação da biodiversidade”, comenta.

O Parque do Utinga é uma das 25 unidades de conservação dentro desta área de endemismo e é gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – Ideflor-bio.

A Cidade Limpa, empresa de proteção ambiental opera a 19 anos no Estado do Pará e está devidamente licenciada pelos órgãos competentes: SEMA, IBAMA, ANVISA, CAPITANIA DOS PORTOS, CREA-PA, Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal de Belém. A empresa está apta a dar destinação final, de forma correta a resíduos industriais líquidos, pastosos e sólidos, além de resíduos hospitalares.

Dentro do parque existe um projeto voltado para a reintrodução das ararajubas, aves que há mais de 60 anos não se tinha nenhum registro de aparição na Região Metropolitana de Belém por conta de um processo de extinção, e que agora já podem voar livremente pelas árvores do Parque Estadual do Utinga. No mês de janeiro, as araras de cores amarelo e verde vibrantes foram soltas de seu cativeiro em mais uma etapa do processo de reintegração da espécie ao seu habitat natural. Em outubro do ano passado, 12 exemplares de Ararajuba chegaram ao parque vindas de São Paulo. Julio Meyer destaca que o último registro científico das ararajubas se deu há 150 anos e, avistamento, há mais de 60. Ele explica que a reintrodução já atinge os primeiros resultados positivos.

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O centro de acolhimento do Parque do Utinga, acessado pela avenida João Paulo II, conta com café, auditório, área de alimentação, banheiros e outros equipamentos para o conforto dos visitantes

Os atrativos da maior área de conservação dentro da RMB. Laboratório para a biodiversidade Amazônica A Floresta amazônica abriga aproximadamente 30 milhões espécies de vegetais, dentre esses as de maior destaque são a castanheira, a seringueira, o cacaueiro e um dos símbolos da Amazônia, a vitória-régia. No Parque Estadual do Utinga (Peut) -reaberto ao público pelo governo do Estado nos próximos dias 16 e 17 de março – em uma área de 1.393,088 hectares, é possível encontrar representantes dessas mesmas espécies. Criado para proporcionar um espaço de lazer à comunidade, o Peut é um verdadeiro laboratório desta biodiversidade. No parque existem nove classes de paisagem e, no seu entorno, há oito dessas classes. Em seu interior, predomina a floresta ombrófila densa de terra baixa, onde as classes vegetais abundantes são a floresta de terra firme (54,15%), a floresta inundável de igapó (6,78%), a floresta secundária (4,33%), a vegetação aquática (7,31%), a vegetação de igapó em regeneração (1,31%) e o fragmento florestal isolado (0,18%).

A nova estrutura do Parque não permitirá mais a entrada de veículos no circuito do Utinga. A pista estará disponível apenas a passeios de ciclistas e pedestre

A floresta de terra firme é predominante no local, ocupando uma área de 754,75 hectares (54,15%). Essa cobertura possui característica de floresta com mais de 40 anos, sem sinais de degradação. O Peut está totalmente inserido na Área de Proteção Ambiental da Região Metropolitana de Belém (RMB) e faz limite ao norte com os bairros Guanabara e Castanheira; a oeste com o bairro Souza; a leste com os bairros Aurá e Águas Lindas; e ao sul com o bairro Curió-Utinga. Para o engenheiro florestal e diretor de Gestão da Biodiversidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – (Ideflor-bio), Crisomar Lobato, o Parque Estadual do Utinga tem grande importância biológica porque contém testemunhos das florestas originais e dos ecossistemas vegetais originais da RMB.

O PEUt foi a primeira área de conservação da região metropolitana de Belém a receber exemplares de ararajubas, este ano, por meio de um programa de reintrodução dessa espécie ao seu habitat natural após seu quase desaparecimento

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Conservação O Peut faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da RMB. O Refúgio de Vida Silvestre Metrópole (Revis) da Amazônia e a Área de Proteção Ambiental Ilha do Combu são as Unidades de Conservação Estaduais que formam a Região Administrativa de Belém. Entre os mais de 16 mil hectares de área protegida, 7.760 hectares (47%) correspondem a Unidade de Conservação (UC) e de Proteção Integral – o Parque Estadual do Utinga e o Revis. O Parque, formado por florestas de terra firme e inundadas, abriga os principais mananciais de água doce da região. Os Lagos Bolonha e Água Preta distribuídos em quase 400 hectares de lâmina d’água, com volumes de 2 e 10 bilhões de litros de água, respectivamente, são responsáveis pelo abastecimento, de forma direta ou indireta, a 70% da população da RMB. Aproximadamente 150 mil pessoas moram no entorno dessas terras, sendo uma das principais ameaças às áreas de proteção (Apas) do meio ambiente, explica o diretor. Juntas estas Apas formam um imenso corredor ecológico e um inestimável laboratório da biodiversidade amazônica.

No lago Água Preta, situado dentro da área do PEUt, está abrigada a maior diversidade de peixes em parques ambientais de todo o mundo. São quase 90 espécies catalogadas

Conforto O pesquisador do Museu Emílio Goeldi e coordenador da Estação Científica Ferreira Pena, Leandro Ferreira ressalta que por associar diversas formas de vegetações, o Peut é um tesouro próximo à população e responsável pelo conforto térmico na cidade.

Com uma área equivalente a 1340 campos de futebol, o Parque Estadual do Utinga possui uma fauna exuberante com mais de 200 espécies de aves registradas

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Em artigo publicado pelo pesquisador, ele descreve que o desafio das grandes cidades atualmente é propiciar um crescimento e um desenvolvimento urbano, que proporcionem geração de riqueza, qualidade de vida e qualidade ambiental para seus atuais e futuros habitantes. “As áreas verdes são essenciais na vida dos cidadãos, pois, além de se constituírem em espaços de lazer, reduzem a poluição atmosférica e contribuem para a regulação do micro-clima urbano, diminuindo a temperatura”, explica Leandro Ferreira. Além disso, completa: “as áreas verdes aumentam a circulação do ar e retêm até 70% da poeira em suspensão”, diz. A Grande Belém concentra 1,8 milhões de habitantes (quase um terço da população do estado do Pará), sendo representada pelos municípios de Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara, Benevides e Belém. Nos últimos 15 anos, toda essa área perdeu cerca de 200 km2 de sua cobertura vegetal, resultado do crescimento urbano acelerado, sem planejamento e controle normativo do uso do solo. “A perda de áreas verdes urbanas implica na perda de qualidade de vida na capital paraense.”, ressalta o pesquisador.

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Ele destaca ainda outro diferencial do Peut. “Lá estão as melhores condições entre os parques urbanos de Belém em relação a tamanho, forma e grau de isolamento dos fragmentos florestais. Este parque e os outros fragmentos estão localizados na região Sudoeste de Belém, uma região com os melhores fragmentos florestais urbanos, portanto os mais indicados, por exemplo, para a soltura de animais e também para a manutenção da flora e da fauna da área metropolitana de Belém”,afirma o professor. Para Leandro, este corredor ecológico equilibra o microclima da cidade de Belém, onde está a maior concentração populacional da região Amazônica, que vem atuando através de séculos de atropismo e de modificação da vegetação. “Este cinturão de áreas verdes também influencia e é responsável pelo conforto térmico da Região Metropolitana de Belém”, comenta.

A área verde do Utinga dispõe de mais de nove quilômetros de trilhas abertas e recuperadas na mata, o que se transforma numa grande atração para passeios guiados O espaço ainda mantém uma quantidade enorme de insetos com muitas espécies ainda desconhecidas...

O Parque do Utinga abriga os principais mananciais de água doce da região, os lagos Bolonha e Água Preta

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Fauna X Flora Para Crisomar, a fauna não sobrevive sem a flora. Neste sentido, o parque desenvolve projetos que estimulam essa relação, como a reintrodução das ararajubas, uma espécie localmente extinta. Elas se alimentam de frutos como a açaí e o muruci que fazem parte da fauna do parque. “Isso equilibra o ecossistema da região”, destaca. Outro projeto para o equilíbrio do ecossistema envolve a vegetação macrófita flutuante (representadas pela classe vegetação aquática) e o peixe-boi em ameaça de extinção. Na superfície dos lagos Bolonha e Água Preta são visualmente perceptíveis este tipo de vegetação. Crisomar Lobato ressalta ainda que, o trabalho de introdução de peixes-boi no Lago Bolonha, que se alimentam das macrófitas aquáticas, fortalecerá a cadeia alimentar e esta relação entre a flora e a fauna. Ele comenta também que as florestas e matas do Parque do Utinga não possuem só árvores e, sim muito conhecimento sobre a biodiversidade amazônica. ”Precisamos estudar e colocar este conhecimento a disposição da população”, destaca.

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Presente para os esportistas O espaço é uma mostra significativa do ecoturismo e um parque estruturado, que será o maior portal turístico da Amazônia, com opções de lazer e esporte como: rapel, canoagem, trilhas e outros. Os serviços serão oferecidos em caráter experimental. Para a obra do novo parque foram investidos cerca de R$ 36 milhões. Entre as novidades estão o circuito de quatro quilômetros de pistas, preparado para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skate, além de um grande estacionamento de 400 lugares para veículos e de um centro de recepção aos visitantes, equipado com auditório para 50 lugares e café.

A flora do Parque Estadual do Utinga abriga espécies que estão em processo de extinção, como um dos últimos remanescentes de florestas nativas da região Dentro do ecoturismo, o parque tem um trabalho de educação ambiental voltado à população de Belém para preservação dessas unidades de conservação

Trilhas interpretativas do Parque do Utinga Para o público conhecer toda essa natureza: o parque possui nove trilhas ecológicas interpretativas, onde estão diferentes tipos de ecossistemas vegetais, sendo possível conhecer, estudar e apreciar esses ecossistemas. Para realizar as trilhas é necessário estar vestido adequadamente, utilizando chapéu, camisa de manga comprida ou casaco ou jaqueta, calça comprida, calçado adequado (bota ou tênis).

»» Trilha do Acapu – Grau de Dificuldade: Médio »» Trilha da Água Preta – Grau de Dificuldade: Difícil »» Trilha do Amapá - Grau de Dificuldade: Fácil »» Trilha do Bolonha - Grau de Dificuldade: Fácil »» Trilha da Castanheira - Grau de Dificuldade: Médio »» Trilha do Patauá - Grau de Dificuldade: Fácil »» Trilha do Macaco - Grau de Dificuldade: Médio »» Trilha da Paxiuba - Grau de Dificuldade: Fácil »» Trilha da Mariana e do Bolonha Grau de Dificuldade: Médio

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PCT Guamá inaugura Espaço Empreendedor

Com cerca de 3,5 mil metros quadrados de área interna e investimentos de mais de R$ 11 milhões, o prédio abriga 36 salas para a instalação de pequenos e médios empreendimentos. O Espaço Empreendedor, irá solidificar ações de incremento ao desenvolvimento socioeconômico do Estado

Texto Lidiane Sousa Fotos Claudio Santos, Cristino Martins, Mácio Ferreira/ Ag.Pará

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Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), em Belém, ganhou recentemente um novo prédio para solidificação das ações de incremento ao desenvolvimento socioeconômico do Estado, o Espaço Empreendedor. A cerimônia de inauguração, foi conduzida pelo governador Simão Jatene e o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Alex Fiúza de Mello. O Espaço Empreendedor representa um investimento de mais de R$ 11 milhões, fruto do Tesouro Estadual através de uma operação de crédito com Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele servirá de apoio à instalação de empresas de base tecnológica e startups, junto com o Espaço Inovação, que abriga laboratórios de ponta para pesquisa em diversos segmentos e empresas de base tecnológica mais madura, inaugurado em junho de 2016. 18

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“O Século 21 é sem dúvida o século do conhecimento. Nenhuma nação vai se desenvolver sem avançar no conhecimento. E esse espaço tem exatamente esse princípio. Eles (Espaço Empreendedor e Inovação) se completam e criam um ambiente necessário para a que as pessoas, sobretudo jovens, possam fazer valer suas ideias, criar, inovar e, a partir daí, despertar no seio do próprio setor produtivo, interesse por aquilo que eles estão propondo”, avaliou o governador. A intenção é a de que ao se instalarem no espaço, os empreendedores possam interagir com as instituições de ciência e tecnologia gerando novos produtos e processos, abrindo possibilidades de investimento, com base na sustentabilidade. Com a implantação do novo ambiente de empreendedorismo, o Estado dá mais um passo na política de desenvolvimento socioeconômico, inserida nas ações-base do programa “Pará 2030”, como o apoio à verticalização de cadeias produtivas estratégicas. “Queremos através do que é produzido nesse espaço melhorar não só o PIB (Produto Interno Bruto), a geração de renda e emprego de qualidade, mas fazer com que o Estado passe desse modelo econômico meramente extrativista para o modelo exportador de produtos beneficiados, semi-elaborados e até industrializados das várias cadeias produtivas estratégicas”, explicou o titular da Sectet.

A cerimônia de inauguração, foi conduzida pelo governador Simão Jatene e o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Alex Fiúza de Mello www.paramais.com.br

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O Espaço Empreendedor servirá de apoio à instalação de empresas e startups

“Não falta matéria-prima, falta conhecimento para transformá-la em produtos inovadores que ganhem pela qualidade e certificação o mercado mundial, gerando oportunidades para os paraenses”, acrescentou Alex Fiúza de Mello. Para o governador Simão Jatene, esse tipo de investimento é fundamental para o incremento de atividades gerando a melhoria das condições de vida da população em todo o Estado. “A tripla revolução (produção, conhecimento e gestão) é o caminho para reduzir a pobreza e a desigualdade. A Amazônia precisa disso e esse espaço é uma das sementes dessa revolução pelo conhecimento. Estou muito feliz em poder estar contribuindo e ser uma peça nessa engrenagem, pois esse é um espaço construído com muitas mãos”, acrescentou. A implantação do espaço fortalece a infraestrutura de pesquisa relacionada ao estudo da biodiversidade.

E entre os empreendedores instalados no espaço que já pensam nessas possibilidades está a Ver-o-Fruto.

A startup criada no final de 2017 trabalha com o projeto de produção de carvão ativado, a partir da utilização de resíduos da agroindústria, em especial o caroço de manga, fruto abundante no Estado. “Trabalhamos com o beneficiamento desse resíduo e agregamos valor. O que antes era lixo transformamos em algo de alta qualidade e que temos como comprovar o efeito. Com o carvão ativado nós fizemos um filtro. Testamos com a água da baía do Guajará e ele foi muito eficiente, eliminando coliformes totais e bactérias. Também estamos iniciando uma linha de sabonetes artesanais produzidos com o carvão ativado da manga, excelente para tirar oleosidade e fazer limpeza da pele”, contou a engenheira de produção, Ingrid Teles, 24 anos, que desenvolve o projeto com mais duas pesquisadoras. Para ela, esse novo ambiente é importante para a troca de conhecimento, experiências e prospecção de novas oportunidades de negócio. “Conseguimos fazer importantes contatos e parcerias para expandirmos o nosso projeto e, investirmos inclusive em outros ramos, porque o carvão ativado é muito abrangente e pode ser utilizado em várias áreas. Crescemos juntos”, comemorou a engenheira.

De acordo com o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, nos últimos três anos e meio, o Governo do Estado, por meio da Fundação, vem intensificando os investimentos na descentralização da pesquisa

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(USP) também participaram do evento e, em suas palestras, ressaltaram a condição do Estado neste cenário empreendedor. “O Pará tem uma grande potencialidade na utilização de sua biodiversidade para impulsionar seu desenvolvimento”, disse Barreto. “A pesquisa e o conhecimento são investimentos importantes nesse sentido e o Estado só tem a ganhar”, complementou Ferfeman.

Segundo o titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello. “O Espaço Empreendedor é destinado a gerar uma economia do conhecimento no Pará, em apoio à verticalização de cadeias produtivas estratégicas”

Investimento

Estrutura O novo prédio do PCT Guamá possui cerca de 3,5 mil metros quadrados de área interna. Abriga 36 salas que variam de 36 a 100 metros quadrados, para a instalação de pequenos e médios empreendimentos. O espaço faz parte do Parque Tecnológico Guamá, onde também está o Espaço Inovação, principal prédio do complexo, construído pelo Governo do Pará, por meio da Sectet. O espaço, que recebeu um investimento de cerca de R$ 20 milhões, é composto por seis laboratórios avançados de pesquisa e desenvolvimento, quatro ligados à Universidade Federal do Pará (UFPA) e dois à Empresa Brasileira de

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Pesquisa Agropecuária (Embrapa), divididos em quase oito mil metros quadrados.“ O PCT Guamá é o primeiro dessa natureza em toda Amazônia brasileira e está voltado a criar um ambiente com laboratórios de alta qualidade e de suporte científico a empresas que precisam certificar seu produto e, o mesmo tempo, abre espaço para acolher pequenos, médios e grandes empreendedores através de editais públicos realizados ao longo do tempo”, detalhou o secretário. O parque foi construído em uma área de 73 hectares cedida pela UFPA e pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Os pesquisadores Luiz Antônio Barreto de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Israel Ferfeman, da Universidade de São Paulo

O desenvolvimento do Estado passa por investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação. Neste sentido, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) lançou um pacote de editais de fomento e amparo à pesquisa no Estado no montante superior a R$ 15 milhões. Deste montante, R$ 9 milhões para bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado e R$ 6 milhões para interiorização da pesquisa no Pará e editais Inter Pará. De acordo com o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, nos últimos três anos e meio, o Governo do Estado, por meio da Fundação, vem intensificando os investimentos na descentralização da pesquisa. “Nesse período foram investidos R$ 74 milhões em mais de 4.200 bolsas desde iniciação científica até doutor recém-contratado e professor doutor visitante sênior. Esse é o momento de pensarmos que estamos em uma era do conhecimento e ela pressupõe cérebros e investimentos no que podemos aproveitar com biodiversidade nesse Estado tão rico e tão vasto”, destacou Eduardo Costa. No mesmo período, também foram investidos cerca de R$ 42 milhões em projetos ligados ao “Pará 2030”, em buscam da verticalização da produção, agregação de valor a internalização da riqueza, da renda e da diversificação da base produtiva. Ainda durante a cerimônia, o governador Simão Jatene assinou o decreto sobre a concessão de apoio financeiro, na forma de subvenção econômica pelo Estado do Pará, a empresas nacionais, públicas ou privadas, voltadas às atividades de inovação tecnológica.

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Laboratório de Biodiversidade trabalhará a preservação e valorização da Amazônia Texto *Heloá Canali Fotos Mácio Ferreira / Ag. Pará

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enovar, reinventar, repensar e preservar a Amazônia e sua extensa biodiversidade serão as principais funções do Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade (Ceabio), o primeiro da região Norte e um dos pioneiros do país. Inaugurado recentemente, o laboratório faz parte do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), sediado em Belém. A implantação do Centro vai fortalecer a infraestrutura de pesquisa relacionada ao estudo da biodiversidade, ao ampliar o espaço físico à disposição do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), reunindo grupos de pesquisa da UFPA. Tudo isso vai permitir o desenvolvimento de um volume muito maior de estudos e melhores condições de biossegurança, além de entregar para a região amazônica um ambiente equipado e adequado à utilização não predatória do seu imenso capital natural, conferindo valor econômico à floresta em pé. De acordo com Alex Fiúza de Melo, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), o novo laboratório se somará aos outros para criar uma retaguarda laboratorial e de serviços para atender demandas que partem dos empreendedores. “Queremos gerar e certificar novos produtos de qualidade que serão levados a mercados mais exigentes, pensando na verticalização da economia e dando retaguarda científico-tecnológica para que nossa riqueza potencial na biodiversidade seja colocada a serviço

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da inovação para as empresas e futuramente para as pessoas”, explicou. Todos os laboratórios que integram o PCT Guamá são aprovados pelo seu Conselho, composto por membros do governo estadual, empresários e instituições de pesquisa. Hoje, além das atividades acadêmicas, o laboratório se coloca à disposição para trabalhar com o setor empresarial, gerando essa inovação. “Temos aqui um equipamento complexo, que irá se solidificar com a presença de cientistas de mentalidade aberta e com compromisso de servir também a quem tem interesse, geran-

do emprego, renda, desenvolvimento e combatendo a pobreza e desigualdade em nossa região”, complementou o titular da Sectet. O coordenador do Centro, professor Júlio César Pieczarka, detalha a estrutura do local. “É um centro de pesquisa com laboratórios, salas para alunos e docentes, um espaço aonde estudantes da graduação e profissionais da pós-graduação irão desenvolver suas pesquisas, teses e suas aplicações, testando organismos vivos, culturas celulares, realizando análise molecular, tudo para valorizar a biodiversidade da Amazônia”.

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Entre os laboratórios, destaque para os de análise molecular, cultura celular, análise cromossômica, estudos ambientais e ecotoxicidade

De acordo com Alex Fiúza de Melo, titular da Sectet, o novo laboratório se somará aos outros para criar uma retaguarda laboratorial e de serviços para atender demandas que partem dos empreendedores

O coordenador do Centro, professor Júlio César Pieczarka, diz que no espaço será possível formar profissionais e valorizar o ponto de vista econômico, gerando riqueza para o Estado

A instituição tem papel estratégico para o desenvolvimento do Estado e da Amazônia e esse laboratório vai servir para alavancar isso”, resumiu o vice-reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva

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O Centro desenvolve suas pesquisas nas linhas: sistemática de vertebrados, ecologia de florestas tropicais e bioprospecção de espécies vegetais com potencial para fármacos; propagação de espécies lenhosas nativas da Amazônia; etnofarmácia; fitoquímica de derivados de espécies vegetais de uso medicinal; citogenética da biodiversidade amazônica; genética molecular da biodiversidade; cultura celular; mutagênese ambiental e testes com extratos vegetais com potencial para fármacos; estudo reprodutivo de biomarcadores; epidemiologia genética aplicada e metodologias de alerta para contaminação ecotoxicológica; mutagênese ambiental utilizando metodologias de avaliação molecular; mutagênese ambiental utilizando teste cometa e micronúcleos; biologia aquática (plâncton); educação ambiental e interação patógeno-hospedeiro. À frente dos laboratórios estão nove professores pesquisadores com formação em áreas de ponta do estudo da biodiversidade. As técnicas em uso são as mais modernas, tendo sido treinados em grandes universidades europeias e americanas. Os laboratórios são voltados para a análise celular e molecular da biodiversidade amazônica. Entre os laboratórios, destaque para os de análise molecular, cultura celular, análise cromossômica, estudos ambientais e ecotoxicidade. Além das pesquisas, o Centro irá entregar serviços mercadológicos nas áreas da saúde, fitoterápicos, cosméticos e dermocosméticos e realizar serviços tecnológicos para empresas que precisem ampliar suas pesquisas e colocar produtos de alto valor agregado no mercado nacional e internacional. “Temos uma importância estratégica essencial que trata da biodiversidade e da sua conservação em perspectiva avançada. A instituição tem papel estratégico para o desenvolvimento do Estado e da Amazônia e esse laboratório vai servir para alavancar isso”, resumiu o vice-reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva.

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O Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade (Ceabio) é o primeiro da região Norte e um dos pioneiros do país

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Ainda segundo ele, no Centro será possível criar novos produtos, formar profissionais e valorizar o ponto de vista econômico, gerando riqueza para o Estado. “Vamos suprir a dificuldade que existe na relação academia x empresariado, levando conhecimento de dentro da universidade para fora, além de garantir nosso intercâmbio com pesquisadores de outras universidades do país e do mundo, como por exemplo, com a Unesp, em São Paulo; Universidade de Cambridge, na Inglaterra; do Texas, nos Estados Unidos e da Argentina”, complementou o professor. O empreendimento foi construído em uma área de dois mil metros quadrados, no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT-Guamá). A UFPA investiu cerca de R$ 856.000,00 e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantiu o repasse de R$ 3.333.270,00 do Fundo Amazônia, programa voltado à captação de recursos de doações voluntárias para o apoio não reembolsável a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e para a promoção da conservação e do uso sustentável das florestas na Amazônia.

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1ª Mostra de Bio-Invenções da Amazônia Caminhos para a Inovação na Amazônia Mesa composta por membros da BioTec, Sectet, Setores produtivos, empresarial e pesquisadores

O pesquisador Carlomagno Bahia disse que eventos como a Mostra de Bio-Invenções são muito importantes para expor produtos e trabalhos

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epresentantes da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) participaram recentemente, da 1ª Mostra de Bio-Invenções - Caminhos para a Inovação na Amazônia, realizada pela Organização Social BioTec-Amazônia. O evento reuniu ainda pesquisadores, setor produtivo e empresarial, com o objetivo de divulgar pesquisas e projetos que aplicam o uso da biodiversidade da região de forma sustentável. “Este é um evento de grande significado para todos nós. Juntamos invenções muito interessantes que podem gerar patentes, além de se transformarem em produtos e processos”, destacou o diretor-presidente da BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço. O pesquisador Carlomagno Bahia compartilha da mesma opinião. “Eventos são muito importantes para que possamos expor nossos produtos e trabalhos e acessar, efetivamente, as cadeias produtivas e as áreas de investimento. Isso é fundamental para a sobrevivência do que a gente faz atualmente na Amazônia”, ressaltou. “Hoje em dia, só se evolui em rede, não dá pra falar que a empresa, a indústria ou a pesquisa vão trabalhar sozinhas, isoladas. Isso já não funciona. Então, esse é um contato fundamental para que sejam criadas pontes, para que sejam criados laços, e haja um diálogo entre grupos distintos para um caminho único em que todos ganham”, complementou a gerente de Pesquisa em Desenvolvimento da Agropalma, Isabel Manso. A 1ª Mostra de Bio-Invenções faz parte da programação da reunião de alinhamento realizada pela BioTec-Amazônia que, ao longo da semana, mobilizou sua equipe, servidores da Sectet e consultores, com o objetivo de ajustar as informações a respeito do trabalho a ser desenvolvido pela organização social.

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Sustentabilidade A BioTec-Amazônia foi selecionada, no final de 2017, por meio de edital de chamamento público, para gerir o programa paraense de incentivo ao uso sustentável da biodiversidade amazônica, o BioPará. Considera-se “gestão do BioPará” um sistema inteligente de governança, voltado ao estímulo e apoio ao planejamento e desenvolvimento de uma economia dinâmica, fundada no uso sustentável da biodiversidade, com a devida e adequada base científica e tecnológica. “Um dos objetivos e metas do plano de trabalho que nos foi apresentado era fazer com que essa organização se desenvolvesse internamente, gerando uma compreensão profunda do Programa BioPará, pelo qual a OS foi contratada pela Secretaria. Então, ela está fazendo uma imersão com sua equipe, e acordamos que alguns servidores da Sectet também viriam para que haja um entrosamento, a fim de internalizar não só os valores, como os objetivos do Programa”, explicou o titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello. O Programa BioPará é uma ferramenta que norteia a elaboração de políticas públicas voltadas à agregação de valor às cadeias produtivas da biodiversidade estadual e regional, por meio de pesquisa e desenvolvimento e de prospecção de negócios inovadores no setor.

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Serviços começam um mês antes do cronograma previsto. Primeira etapa de revitalização deverá ser concluída em dez meses Mesa oficial da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para o início idos trabalhos de revitalização da área portuária, assinada pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho

Fotos CDP, Divulgação

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s obras da primeira etapa do Projeto Belém Porto Futuro já são realidade e deverão ser concluídas nos próximos dez meses. A ordem de serviço para o início imediato dos trabalhos de revitalização da área portuária, na capital paraense, foi assinada pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, recentemente, 14/03. Os serviços começam com um mês de antecedência em relação ao cronograma previsto. Os recursos estão totalmente empenhados, os projetos básico e executivo, prontos e os licenciamentos junto à Prefeitura ao Instituto do Patrimônios Histórico e Artístico Nacional (Iphan), viabilizados. Os investimentos do Ministério somam R$ 31,5 milhões e vão garantir a construção de um parque urbano com serviços de entretenimento, cultura e lazer.

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Os investimentos do Ministério vão garantir a construção de um parque urbano com serviços de entretenimento, cultura e lazer

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O projeto inclui ainda outras obras de urbanização como estacionamentos, a recuperação da Praça General Magalhães e a construção da Praça do Futuro. “Este é um empreendimento que vai promover a integração do Porto à cidade, impulsionando o desenvolvimento econômico regional. Transformaremos o que hoje é uma área degradada num dos espaços mais modernos de Belém, com capacidade para atrair investimentos, gerar emprego e renda e estimular o turismo”, destacou o ministro Helder Barbalho. O projeto também prevê a implantação de uma bacia de escoamento das águas pluviais do rio para evitar alagamentos na região em época de chuvas fortes. A expectativa é de que sejam criados 200 empregos diretos durante as obras e serviços de revitalização. “Depois, por meio de concessão, os espaços vão possibilitar a instalação de bares e restaurantes, preservando a arquitetura, a história da capital paraense, e servindo como mecanismo de receita para custeio deste espaço que será entregue à cidade”, explicou o ministro.

A arquitetura do Belém Porto Futuro será moderna e inovadora

Estratégias para o desenvolvimento

Investir no desenvolvimento regional é uma das prioridades do Ministério da Integração, como forma de garantir o avanço de indicadores socioeconômicos. A localização do Porto Futuro é estratégica: ele está a cerca de 120 quilômetros do Oceano Atlântico, por exemplo. A capital paraense está entre as 20 principais cidades brasileiras em relação a conexões empresariais com três metrópoles nacionais Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Com cerca de 1,4 milhão de pessoas, é uma das 40 áreas de concentração populacional do País. O senador Jader Barbalho (MDB) disse que em várias partes do mundo, como Buenos Aires, Barcelona e até no Rio de Janeiro, os espaços portuários sofreram transformações importantes e se agregaram à nova realidade dos centros urbanos. “Fico muito feliz porque passei grande parte da minha infância e juventude no bairro do Reduto e estar testemunhando o início dessa obra é uma honra”. Belém Porto Futuro compreende a área do Centro, próximo à Avenida Visconde de Souza Franco, e do Porto de Miramar

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Consultas públicas

Sobre o projeto

Para as formalidades legais, o projeto Belém Porto Futuro, procedeu consultas públicas com a comunidade, empresários, empreendedores e investidores, oportunidade que mostraram e deram suas ideias e contribuições sobre o que deve estar presente no projeto. De farmácia à pista de jogging. De shopping à via expressa. Porque ser cada vez mais democrático também está no futuro de Belém. Veja o Projeto Belém Porto Futuro em: https://www.youtube.com/watch?v=L9ahXLp9Hb0&feature=youtu.be

A arquitetura do Belém Porto Futuro será moderna e inovadora, com espaço de exposição de artesanatos, shows, teatros, quiosques com opções de comidas e bebidas típicas, espaço para lazer infantil, centro de convenções e estacionamento. Além disso, será implantado o conceito ‘conforto’, com Wi-Fi, bancos para descanso, paisagismo e pontos para uso de energia gratuita. Também há a preocupação com a segurança, que será garantida com a instalação de posto policial, gradil ao redor do parque e sistema de monitoramento. A segunda etapa do empreendimento está em processo de elaboração de projeto.sista ao vídeo do Projeto Belém Porto Futuro.

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XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e o II Congresso LatinoAmericano e Caribenho de Mandioca Autoridades, cientistas, empresários e produtores rurais participaram da abertura do XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e do II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca

O XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e o II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca, no Hangar

Fotos Ascom / Emater, Luiz Carlos Santos, Thiago Gomes / Ag. Pará, ViniciusKuromoto

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utoridades, cientistas, empresários e produtores rurais participaram, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, da abertura do XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e do II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca, os dois mais importantes eventos voltados à mandiocultura no Brasil e no continente, que ocorreram pela primeira vez no Pará. Na ocasião, o Governo do Estado lançou o Pró-Mandioca, que envolve diversos órgãos de fomento e assistência técnica, com a meta de alavancar a produtividade paraense em pelo menos 33%. O Pró-Mandioca foi elaborado em conjunto entre poder público, instituições de fomento e de pesquisa e produtores. O programa prevê o controle integrado de pragas, plantio direto, uso de variedades tolerantes à podridão, roça sem queima, calagem e adubação, entre outras. É a sistematização das ações hoje executadas, promovendo o encontro da prática no campo com o conhecimento científico. “Mais de 90% da produção de mandioca no Pará é proveniente da agricultura familiar. O programa, portanto, tem como objetivo garantir que esse produtor possa incrementar a produtividade, gerando mais renda e consequente melhoria da qualidade de vida”, disse o secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz. “Essa cultura pode ser a principal arma no combate à fome no mundo, já que se trata de um produto de cultivo relativamente fácil e alto grau nutritivo”, continuou.

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Durante a abertura dos congressos, autoridades, produtores e técnicos que trabalham para o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca receberam certificados pela contribuição. “O tema é de extrema importância não apenas para os paraenses, que consomem a mandioca diariamente, em suas diversas formas, mas para o Brasil e até mesmo para o mundo. É a mão calejada do produtor rural que tem sustentado a nossa economia neste momento de crise. Para avançar mais, precisamos desse momento em que o conhecimento acadêmico encontra o saber do homem do campo”, frisou o presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda, um dos homenageados. Na abertura oficial dos congressos, o governador em exercício, Zequinha Marinho, destacou representatividade da produção paraense e os investimentos feitos pelo Estado na agricultura familiar:

XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e o II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca, os dois mais importantes eventos voltados à mandiocultura no continente, ocorrerram pela primeira vez no Pará A representatividade da produção paraense e os investimentos feitos pelo Estado na agricultura familiar foram destacados pelo governador em exercício, Zequinha Marinho, na abertura oficial dos congressos

“É a mão calejada do produtor rural que tem sustentado a nossa economia neste momento de crise. Para avançar mais, precisamos desse momento em que o conhecimento acadêmico encontra o saber do homem do campo”, frisou o presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda.

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“Temos a convicção de que este evento irá marcar a história da produção da mandioca no estado, definindo uma nova história, com novos conhecimentos, novos estímulos e novos investimentos. Temos terra boa, clima favorável e gente trabalhadora, que pode produzir de forma efetiva e modificar os índices sociais atuais no estado”, asseverou. O congresso internacional, cuja programação técnica começou, com minicursos sobre o melhoramento genético da mandioca, manejo de solo e identificação de insetos e ácaros, entre outros temas, tem como proposta divulgar as mais recentes tecnologias para o cultivo da raiz, considerada um produto de alto potencial agrícola para acabar com a fome no mundo. Na palestra de abertura do evento, o representante no Brasil das Organizações das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Alan Bojanic, disse: “Nosso desafio é produzir alimento para a população mundial, cujo índice de crescimento é de 80 milhões de pessoas por ano. Hoje, dos mais de sete bilhões de habitantes, 800 milhões vivem em situação de fome no mundo, 200 milhões só na África subsaariana”. José Megale, chefe da Casa Civil da Governadoria, recebendo o certificado

Produtos que aguçam o paladar dos visitantes

Nas manifestações feitas pelas autoridades foi ressaltado o papel da agricultura familiar para superação de crises. Na ocasião, foi lançado o programa de governo elaborado em conjunto entre poder público, instituições de fomento e de pesquisa e produtores, com objetivo de garantir ao produtor, o incremento da produtividade, e permitir mais renda, além de melhorar a qualidade de vida ao produtor.

Diversidade Herança indígena do cultivo ao processamento e incorporada à alimentação ao longo de séculos, a mandioca é uma espécie típica da Amazônia. “A mandioca foi domesticada na América Tropical a partir de ancestrais silvestres. Essa domesticação deu-se provavelmente na região sudoeste da Amazônia, o que é corroborado por recentes análises genéticas. Os resultados de pesquisas arqueológicas revelam que, há pelo menos quatro mil anos, o cultivo era bastante difundido na região”, ilustra a pesquisadora Márlia Coelho, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que aborda no congresso, o tema “A importância das comunidades tradicionais para a cultura da mandioca e a soberania alimentar”. Hoje a mandioca é a base da alimentação na Amazônia, mas ela é tão versátil que o uso se expandiu e saltou dos pratos de comida para setores como a indústria. Estande da Farinha CZS

Ainda durante a solenidade de abertura Técnicos da Empresa de Assistência Técnica e produtores rurais de várias regiões do estado foram homenageados. O presidente da Emater, Paulo Amazonas Pedroso foi uma das 40 personalidades contempladas com o reconhecimento por serviços prestados em prol da agricultura no estado. O diretor técnico, Rosival Possidônio, também foi homenageado por dedicada atuação à cultura da mandioca. O indígena Gregório Waro Mundurucu, assistido pela Emater, em Jacareacanga, na região do Baixo Amazonas foi agraciado como representante indígena pelo legado à cultura da mandioca, e o agricultor familiar, José Davi Pereira Junior, também assistido pela Emater, em Bragança, na Região do Salgado, foi contemplado como representante dos agricultores familiares.

Na abertura, produtores e técnicos que trabalham para o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca receberam certificados pela contribuição Gregório Waro Mundurucu, assistido pela Emater, em Jacareacanga, na região do Baixo Amazonas foi agraciado como representante indígena pelo legado à cultura da mandioca

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Projeto Reniva

Maior produtor brasileiro de mandioca, com cinco milhões de toneladas por ano, em uma área plantada de 300 mil hectares

Agora, o maniveiro (produtor de maniva-semente) está investindo na qualidade fitossanitária, e aderiu ao projeto Reniva (Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária), desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para atender a necessidade dos produtores nacionais interessados em plantar mudas com maior produtividade e resistentes a pragas e doenças.

Expoente Maior produtor brasileiro de mandioca, com cinco milhões de toneladas por ano, o Pará vive o desafio de substituir a defasagem tecnológica por novas técnicas, que incluem mecanização, uso de mudas mais resistentes a intempéries e doenças, adaptadas à região, e a substituição da chamada roça de toco, mais agressiva ao solo, por plantios sustentáveis. A produção está presente nos 144 municípios paraenses e serve, basicamente, para subsistência. Uma cadeia produtiva que envolve, do plantio à comercialização, cerca de 300 mil pessoas. São agricultores, atravessadores e comerciantes, que juntos movimentam R$ 1 bilhão na economia local por ano.

Na área de exposição dos congressos, no segundo andar do Hangar – era possível ver uma exposição com fotografias de Walda Marques

Museu da Mandioca

Foi um dos espaços mais visitados na área do congresso, onde era possível encontrar equipamentos inusitados como a miniatura da prensa Sucuri, projeto criado pelo técnico em agropecuária da Emater, Raimundo Batista, de Jacareacanga, em conjunto com o técnico José Augusto Martins, da Protama.

Pará começa a investir na melhoria genética da mandioca

O Pará, ainda registra baixa produtividade nas lavouras, com média de 15 a 16 toneladas por hectare, menos da metade da média nacional de 37 toneladas por hectare. Esse fator atrapalha o desenvolvimento de um polo de produção de fécula no Estado. Para mudar esta realidade é preciso modernizar a produção, o que significa, entre outras coisas, melhorar a qualidade genética dos plantios, o que já vem sendo feito em território paraense, mais precisamente no município de Tracuateua, na região nordeste, que tem na zona bragantina a mais tradicional área de produção de farinha do Pará. É em Tracuateua que o engenheiro agrônomo Benedito Dutra dedica-se, desde 2013, ao plantio de maniva-semente - como são chamadas as hastes utilizadas para plantio - de qualidade genética reconhecida.

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Famílias trabalham em casa de farinha rusticamente, no quintal... www.paramais.com.br

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Mandioca Mais

A principal atividade da agricultura familiar, gera 250 mil postos de trabalho no Estado do Pará, somente nos processos produtivo e de beneficiamento da mandioca

Em 2016, a produção de mandioca no Pará foi de 4,2 milhões de toneladas de raízes e 960 mil toneladas de farinha

O interesse crescente do setor privado encontra agora terreno fértil para crescer, com o lançamento do Programa de Incentivo à Cadeia Produtiva da Mandioca (Mandioca Mais), lançado pelo Governo do Pará durante o congresso. O programa envolve diversos órgãos de fomento e assistência técnica, com a meta de elevar a produtividade paraense em pelo menos 33%. O “Mandioca Mais” foi elaborado em conjunto pelo poder público, instituições de fomento e pesquisa e produtores. O programa - que prevê o controle integrado de pragas, plantio direto, uso de variedades tolerantes à podridão, roça sem queima, calagem e adubação -, sistematiza ações já executadas, promovendo o encontro da prática no campo com o conhecimento científico.

Gastronomia em debate

O painel Gastronomia da mandioca no Brasil e no mundo, contou com a presença de Joanna Martins, da Mandioca Brasil/Instituto Paulo Martins, que falou sobre a versatilidade da mandioca e os seus diversos usos na culinária amazônica, do pesquisador Israel Athayde, que dissertou sobre a importância da mandioca na gastronomia brasileira e suas inovações e do representante da Embrapa Mandioca e Fruticultura Joselito da Silva Motta, tratou do tema experiências da versatilidade da mandioca na mesa de países da América Latina, Europa e África.

Congresso encerra com saldo positivo

A artesã Suelen Reis, 37 anos, foi ao congresso para apresentar biojoias produzidas a partir das folhas da planta

O Congresso Internacional da Mandioca encerrou com avaliação positiva do setor da mandiocultura brasileira. O conteúdo programático dos cursos, palestras e painéis foi considerado de alto nível com transferência de tecnologias e capacitação por meio do intercâmbio de conhecimentos entre as regiões produtoras. O congresso no Pará teve uma das maiores participações internacionais com a representação de oito países.

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Projeto da Farinha Munduruku, em Jacareacanga, onde a Emater atua em parceria com a Prefeitura e Fundação Nacional do Índio (Funai) Herança indígena do cultivo ao processamento e incorporada à alimentação ao longo de séculos, a mandioca é uma espécie típica da Amazônia

Durante o congresso, a Sedap lançou o Pró-Mandioca, Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Mandioca, cuja meta é alavancar a produtividade em pelo menos 33%

O evento reuniu cerca de 550 pessoas cadastradas. Os expositores de máquinas, equipamentos e produtos derivados da mandioca aumentaram a agenda de contatos importantes para futuros negócios e expansão de seus empreendimentos. A diversidade de sabores ainda é a maior estratégia na disputa de mercado entre os produtores paraenses de farinha. A mandioca é enriquecida com uma grande variedade de produtos, como a castanha, coco, queijo, soja, gergelim, charque, camarão e jambú tornando-se uma farinha funcional mais nutritiva. No último dia de debates nos congressos brasileiro, latino americano e caribenho de mandioca, a gastronomia foi destaque, assim como também o potencial e desafio da produção da mandioca por agricultores familiares, o aproveitamento de raízes e folhas na alimentação animal e a versatilidade da utilização na agropecuária sustentável e inclusiva. O presidente da Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM), Marcos Roberto da Silva, considerou um sucesso a realização do Congresso no Pará, superando as expectativas. “O conteúdo da programação foi excelente e teve boa repercussão entre os participantes. O que queremos é melhorar o trabalho nas áreas produtoras de mandioca com o legado de conhecimentos deixado pelo congresso”, enfatizou Silva. Para o presidente da comissão organizadora e secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e da Pesca, Afif Jawabri, o resultado foi excelente especialmente por ser a primeira vez que o Congresso Brasileiro de Mandioca ter sido realizado no Pará, juntamente com o Congresso Latino Americano e Caribenho de Mandioca, com apoio de todo o governo do Estado e da iniciativa privada. “Conseguimos separar a linha orgânica da alta tecnologia e atender todos os segmentos com conhecimentos científico, tecnológico e de assistência, que vão servir também para as ações do Programa Estadual da Mandioca, melhorando as técnicas já existentes. O resultado, veremos dentro de cinco anos, na diferença de renda do produtor e na vida de cada um”, concluiu o secretário. (*) Leni Sampaio, Simone Romero

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Depressão: 5% da população mundial sofre da doença Apesar de haver terapia para a depressão, apenas metade das pessoas que sofrem com a doença recebe os cuidados de que necessitam

A depressão induz o indivíduo ao consumo de álcool e drogas , sempre na tentativa de aliviar da dor e que resultam numa comorbidade (dependência química). Considerada o 4º maior motivo de afastamento do trabalho, a depressão precisa ser encarada sem preconceitos. É necessário entender que os indivíduos que enfrentam a doença precisam de cuidados médicos.

Depressão, alcoolismo e drogas

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aracterizada por uma tristeza profunda, melancolia, cansaço e falta de motivação para as atividades diárias, a depressão, ou transtorno depressivo, é causada por fatores genéticos e neuroquímicos (mau funcionamento dos neurotransmissores cerebrais), somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão deve se tornar, em 20 anos, a doença mais comum no mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde.

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Apesar da alta incidência, a doença é cercada de preconceitos, assim como os demais transtornos mentais e é, muitas vezes, confundida como sendo apenas uma tristeza, algo que “vai passar”. A depressão é um quadro que traz uma sensação de vazio no peito, de que a vida está sem significado.

Causas

A depressão pode ser o resultado de uma pré-disposição genética que altera a bioquímica cerebral, ou seja, diminui a produção de dopamina e de outros neurotransmissores responsáveis pelo estado de bem No caso de adolescentes, que têm naturalmente uma confusão de humores, pode ser difícil reconhecer a depressão estar. Entretanto, alguns acontecimentos na vida, como traumas na infância, traumas, estresse psicológico ou o consumo de drogas, podem provocar alterações na bioquímica do cérebro e levar o indivíduo à depressão. Assim também a doença pode levar a outros problemas, como o transtorno de ansiedade, bipolaridade, TOC (transtorno obsessivo compulsivo), entre outros.

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Muitos dependentes de álcool e drogas são depressivos. As substâncias consumidas liberam um alto grau de dopamina, o que faz com que a pessoa se sinta eufórica, distante de si e de sua realidade. Quando o tempo de eficácia da droga cessa, o dependente se deprime novamente, e precisa fazer uso da substância para voltar a ter bem estar num ciclo nocivo e perigoso.” A depressão não escolhe idade, gênero ou raça. E é por esta razão que parentes e familiares devem ficar atentos quando existe mudança de comportamento nas crianças ou adolescentes e idosos. O mesmo quando amigos ou pessoas próximas evitam sair de casa, têm dificuldades de relacionamento ou no trabalho. A depressão, como qualquer outra doença. tem seus sintomas”, complementa a psiquiatra Julieta Guevara, Diretora da Neurohealth, Clínica do Rio especializada no uso de métodos biológicos no tratamento da depressão e outras patologias de ordem comportamental.

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