Pará+ 200

23 BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

EDIÇÃO 200

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Biblioteca do Instituto Catarina Labouré é reinaugurada.indd 15

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Peixes confundem plรกstico com comida e o incluem na cadeia alimentar.indd 32

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200 - OUTUBRO - 2018

Pará+

Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

226º CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, EM BELÉM

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

CANOAS DE PROMESSEIROS

20

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Arthur Costa, Ascom Comus, Jorge Serafim, Karol Gomez, Matinha Gusmão, Rodrigo Lima, Ronaldo Hühn, Rosa Cardoso, Sarah Storer; FOTOGRAFIAS: Adriano Chedieck, Alan Monteiro, Alessandra Serrão-NID/Comus, Agência Eko, Aline Andrade – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré, Ascom da Guarda de Nazaré, Ascom Sessam, Carlos Sodré, Igor Brandão, Mácio Ferreira, Marcelo Lelis, Rodolfo Oliveira, Sidney Oliveira, Thiago Gomes/ Agência Pará, GNSN, Cezar Magalhães, Fernando Sette e João Gomes/Comus, Karol Coelho – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré, Marcos Melo, ONU/ Evan Schneider, Padre Wagner MariaSalim Wariss/GNSN, Paloma Silva da Costa, Rodolfo Pyle, Rodrigo Lima, Rosana Pinto - Grupo Eko, Tássia Barros/Comus PMB; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

ARTE PARÁ 2018

C A PA

22 FEIRA DE ARTESANATO DO CÍRIO 2018 - FAC

25 CATADORES LUCRAM COM MATERIAIS RECOLHIDOS NAS ROMARIAS DO CÍRIO

28 Trasladação

Círio das Crianças

O Habitat e a renovação urbana

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Traslado Ananindeua-Marituba FAVOR POR

Romaria Fluvial CIC

RE

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Manto do Círio 2018

Arraial do Pavulagem e o Arrastão do Círio Peixes confundem plástico com comida e introduzem

ST A

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200ª edição da nossa Pará+, sob as Bênçãos e proteção de Nossa Senhora de Nazaré, Patrona da Editora Círios.

Fotomontagem da Berlinda com a imagem peregrina e capas das edições anteriores. Fotos arquivo

I LE ESTA REV

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26/10/2018 16:07:39

VEM AÍ A 77 EDIÇÃO DA MAIOR FEIRA DE NEGÓCIOS DO NORTE

PALESTRAS

APRESENTAÇÃO CULTURAL

VENDAS DE PRODUTOS

CONFIRA ALGUNS SEGMENTOS PRESENTES NA PARÁ NEGÓCIOS: SERVIÇOS CONSULTORIAS BANCOS FINANCEIRAS CONTABILIDADE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIAS CONSTRUTORAS TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ARTESANATO EDUCAÇÃO SAÚDE ÓTICA SEGURO INDÚSTRIAS SINDICATOS GASTRONOMIA

22 a 25 de novembro de 2018

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Peixes confundem plástico com comida e o incluem na cadeia alimentar.indd 32

Hangar Centro de Convenções

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26/10/2018 15:31:13

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO

S

aúdo os fiéis reunidos na querida Arquidiocese de Belém do Pará, vindos de todos os cantos da Amazônia, para agradecer e renovar aos pés da sua amada Padroeira, Nossa Senhora de Nazaré, seus pedidos, entre os quais a Sua intercessão pelos trabalhos preparatórios para o Sínodo Extraordinário dos Bispos para a Amazônia. Unido espiritualmente a todos e cada um, convido-lhes a seguir o exemplo de nossa Mãe do Céu que viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus(...); (Ela) a mais abençoada dos santos entre os santos, Aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita deixar-nos por terra e, às vezes, leva-nos nos seus braços sem nos julgar.

Conversar com Ela consola-nos, liberta-nos, santifica-nos. A mãe não necessita de muitas palavras, não precisa que nos esforcemos demasiado para Lhe explicar o que se passa conosco.

E suficiente sussurrar uma vez e outra: “Ave Maria...”. (Exort. ap. Gaudete et exsultate, 176), pois quem deste modo dirige para Ela o olhar não perde a serenidade, por mais difíceis que sejam as provas da vida.

Ao dar-nos o Salvador do mundo, Maria é a fonte viva da esperança; portanto, a esta fonte possam voltar a cada dia, como peregrinos confiantes, para haurir fé e conforto, alegria e amor, segurança e paz. Com estes sentimentos e votos, concedo-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica, pedindo também que, por favor, não deixem de rezar por mim.

Franciscus PP.

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MENSAGEM DO ARCEBISPO DE BELÉM Viver o Círio de Nazaré é uma experiência ímpar para todos os paraenses e para tantas pessoas que acorrem à nossa cidade durante este tempo especial.

A todos chegue a mensagem da Igreja, com os votos de um feliz Círio de Nazaré, no qual se sintam bem acolhidos na Igreja e façam uma experiência autêntica da presença amorosa de Deus, conduzidos pelas mãos de Nossa Senhora de Nazaré.

Que não falte a visita à nossa Basílica Santuário de Nazaré, onde certamente todos encontrarão o clima adequado para a oração, a meditação e a participação nos Sacramentos.

Que todos recebam a bênção propiciadora de Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

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Manto do Círio 2018 Fotos Carlos Sodré / Ag. Pará

A

apresentação do novo manto, deu-se ao final da missa solene presidida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e concelebrada por Dom Irineu Roman e Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispos auxiliares e pelos Padres Luiz Carlos Nunes Gonçalves, presidente das festividades do Círio e Giovani Incampo, Reitor e Pároco da Basílica Santuário.

Ao término da celebração iniciou a cerimônia de apresentação do Manto com a Oração do Angelus, recitada pelo Arcebispo de Belém e acompanhada por todos os presentes. As luzes do Santuário da Rainha da Amazônia se apagaram e a Imagem de Nossa Senhora com o novo manto adentrou a igreja lotada de fiéis repletos de emoções, conduzida pelo casal coordenador da Diretoria da Festa de Nazaré, Cláudio e Lilian Acatauassu, até o Altar-Mor, onde foi entregue ao arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, que a ergueu para a saudação entusiasmada dos devotos. Ao final da cerimônia, a imagem peregrina com o novo manto permaneceu no Altar-mor da Basílica Santuário e foi fotografada por muitos fiéis. Muitos oravam diante da imagem.

Dom Alberto Taveira eleva a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, para que todos apreciem também o Manto 2018

Descrição

O manto marcado pela simplicidade, foi pensado a partir do tema do Círio 2018, “Uma jovem chamada Maria”, escolhido por dom Alberto Taveira com base no Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, é criação da designer Celeste Heitmann e a confecção da estilista Khátia Novelino. Foi inspirado na cena da Anunciação do Senhor, momento em que o anjo Gabriel visita a Virgem de Nazaré anunciando a Boa Nova para ser Mãe do Salvador. (Lc 1, 26-38).

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Todos queriam registrar o novo Manto em cerimônia cheia de emoção

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A peça é bordada sobre tecido de cetim de seda pura e em sua borda apresenta um desenho em estilo barroco, com linha metálica nas cores prata, ouro, ouro velho e roxo. O bordado do anjo, em cores pastéis, foi feito com linha de seda.

O tecido de cetim é totalmente rebordado em pérolas de arroz, vidrilho irisado e miçanga cristal. Realçando o bordado de sua borda, encontramos contas de cristais Swarovski e ametistas.

O manto possui quatro peças de metal banhadas em ouro, criadas por Celeste e confeccionadas por Marcelo Monteiro: o Esplendor Divino, o Espírito Santo, o ramo de lírios e a Aliança nova e eterna.

O broche em metal banhado a ouro traz um pavê de ametista e mãos que simbolizam as de Maria. A doação do manto foi de um devoto anônimo de Nossa Senhora.

O broche foi doado por uma família por graças alcançadas

Na Praça Santuário

Após a cerimônia de apresentação do manto, já na Praça Santuário, o Coral Infanto-juvenil do projeto Vale Música fez, pela primeira vez, um recital em homenagem à Virgem de Nazaré.

O coral teve a participação de 140 crianças e adolescentes do Vale Música, projeto que beneficia cerca de 250 estudantes, com idades entre sete e 21 anos, oriundos da rede pública de ensino da Grande Belém. O concerto teve duração de aproximadamente uma hora. No repertório, canções como “Senhora da berlinda”, “Ave Maria n. 1”; de Wilson Fonseca e “ Ave Maria”, de Schubert, além da famosa canção de Roberto Carlos, “Nossa Senhora”. O Vale Música é um programa que existe há 14 anos e já atendeu mais de 1.100 crianças e jovens, promovendo a formação musical e dando eles uma oportunidade por meio da música. A iniciativa é da Fundação Amazônica de Música (FAM), com patrocínio da Vale, há mais de 10 anos, por meio da Lei Rouanet.

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Traslado Ananindeua - Marituba Fotos Adriano Chedieck, Aline Andrade – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré, Ascom da Guarda de Nazaré, Salim Wariss/GNSN, Soraya Montanheiro/Ascom da Guarda

Após o término da celebração, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré foi colocada em uma berlinda pelo Diretor de Procissões do Círio, Antônio Sousa, para início da romaria no carro da Polícia Rodoviária Federal. Pouco depois das 18 horas a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chegou à Paróquia Nossa Senhora das Graças, no município de Ananindeua, após ser retirada da berlinda, a imagem recebida pelo arcebispo metropolitano, dom Alberto, foi levada ao altar em frente à Igreja Matriz, sob aplausos dos fiéis, que davam vivas à padroeira dos paraenses.

Orando na parada em Marituba

Em seguida, Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, celebrou missa iniciando a noite de vigília até a missa preparatória para a Romaria Rodoviária, que saiu na manhã do sábado, 13, rumo a Icoaraci.

Ia começar o Traslado

A

maior procissão em tempo e extensão do Círio começou na realidade desde a Missa do Traslado, na Basílica Santuário presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, onde Dom Alberto agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância dos jovens na Igreja, convidando à todos para viver de forma intensa os 15 dias da quadra nazarena: “Para este Círio em especial, quero solicitar a presença dos jovens, que com sua força e vitalidade se permitam viver a fé e a devoção à Nossa Senhora de Nazaré nestes dias de festa em Belém”.

Frente ao Ofir Loyola

No altar frente a Igreja Matriz de Ananindeua Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, celebrou missa iniciando a noite de vigília

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré chegando às na Igreja Matriz de Ananindeua

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Traslado Ananindeua - Marituba 1pg.indd 10

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Trasladação

Fotos Alessandra Serrão-NID/Comus, Agência Eko, Marcelo Lelis, Rodolfo Oliveira, Sidney Oliveira / Agência Pará, GNSN

N

o final da tarde do 2º sábado de outubro, uma missa celebrada no Colégio Gentil Bittencourt, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, antecedeu a procissão da Trasladação, conduzindo a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, em sua berlinda, no percurso de três quilômetros e meio até a Catedral Metropolitana de Belém, percorrendo percorreu as avenidas Magalhães Barata, Nazaré, Presidente Vargas, Boulevard Castilhos França e Portugal, contornando a Praça do Relógio até a Igreja da Sé, no bairro da Cidade Velha. Essa procissão noturna que sai de frente do Gentil, é marcada por inúmeras homenagens à padroeira do Pará, feitas por moradores, empresas e instituições que ficam ao longo do trajeto.

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Nesse percurso, a imagem peregrina é homenageada com hinos, louvores, chuva de papel picado e fogos, em um espetáculo de sons e cores que se repetindo por toda a caminhada.

Esse ano, o calor estava demasiado, ocasionando cansaço extremo, levando à estafa física, vários promesseiros não conseguiram completar a promessa e desistiram durante o trajeto.

Frente ao Gentil, após a missa celebrada, dom Alberto Taveira, abençoou os participantes com a imagem peregrina

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Av. Nazaré repleta de fiéis

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré recebendo a homenagem do Banco da Amazônia Frente ao Manoel Pinto da Silva

Dom Alberto e Dom Teodoro, com a berlinda chegando na Av. Presidente Vargas

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Na Trasladação há relativa participação de mulheres na corda

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Pelas ruas cheias de fiéis, durante a Trasladação, a iluminada Berlinda com a imagem da Santa se destacava A Berlinda iluminada,que conduziu a imagem de Nossa Senhora de Nazaré podia ser vista de longe

Alguns até desistiram e deixaram a corda. Centenas de devotos passaram mal no percursos e muitos desmaiaram. A Cruz Vermelha realizou mais de 454 atendimentos de romeiros e 14 remoções, enquanto a Defesa Civil fez 206 atendimentos na romaria. Apesar dos insistentes pedidos em coro dos fiéis e da própria igreja, a corda de 400 metros que tracionava a berlinda foi cortada entre as estações 4 a 5, próximo ao final da avenida Presidente Vargas, por volta de 21h30. A Procuradora Geral de Justiça, Raquel Dodge, veio a Belém para assistir e conhecer o Círio de Nazaré. “É uma expressão harmônica e pacífica do povo que tem o único objetivo de pedir paz, amor e felicidade para suas famílias. É uma expressão maravilhosa. Eu estou absolutamente encantada”, destacou.

Na chegada, na Igreja da Sé, uma pequena multidão ainda aguardava a Virgem, mesmo após quase cinco horas extenuantes de caminhada. Mais fogos e emoção marcaram o final da Trasladação. Após a missa da chegada da Trasladação, o Cura da Sé, abençoou os devotos frente à Catedral, com a da Padroeira. Em seguida a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré foi colocada no altar montado em frente à Catedral de Belém, onde permaneceu sob vigília dos fiéis até as 5h30 , quando foi iniciada a celebração da missa do Círio de Nazaré.

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Romaria Fluvial

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, foi transportad pelo 20º ano consecutivo, no Navio Hidroceanográfico “Garnier Sampaio”

A

embarcação da Marinha do Brasil, com a Rainha da Amazônia em uma redoma de vidro em sua proa, decorada com belas flores naturais, por Simone Cosme, saiu do Trapiche do Distrito de Icoaraci, navegando pelas águas barrentas da Baía do Guajará, abençoando ribeirinhos e todos os que assistiam a procissão fluvial, em direção à Belém. Eram 9h da manhã do 2º sábado de outubro, quando o Garnier Sampaio zarpou de Icoaraci, em romaria, acompanhado de várias e variadas outras embarcações e jet skis, em direção à Escadinha do Cais do Porto, na Praça Pedro Teixeira, no início da Avenida Presidente Vargas. Por volta de 11h da manhã, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré desembarcou na Praça Pedro Teixeira, na área da Escadinha.

Fotos Ascom Guarda de Nazaré, Cezar Magalhães,Thiago Gomes / Agência Pará

Ainda estava sendo celebrada no trapiche a missa por Dom Irineu Roman

O Navio Hidroceanográfico “Garnier Sampaio” H37, tinha acabado de zarpar do trapiche de Icoaraci, rumo à Escadinha da Estação das Docas

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Após receber as honras de chefe de Estado pelo Grupamento de Cadetes da Polícia Militar do Pará, a inusitada benção à devota

Comandante da Marinha retira a imagem da Senhora de Nazaré, no término da viagem

Assistindo a Romaria Fluvial de camarote, sob a muralha do Forte do Presépio, tendo como fundo os contornos da Catedral, no Feliz Lusitânia

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A imagem foi recebida com honras de chefe de Estado (Lei Estadual nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971, proclamando a Virgem de Nazaré, Padroeira do Pará, Rainha da Amazônia) pelo Grupamento de Cadetes da Polícia Militar do Pará que estavam com o modelo do primeiro uniforme oficial da Cavalaria da PM, datado de 1818. A estimativa, segundo a Diretoria da Festa de Nazaré, é de que cerca de 40 mil pessoas participaram do momento da chegada da Padroeira dos Paraenses à Escadinha para o início da Moto Romaria, um aumento de 10% em relação ao ano passado. “A Romaria Fluvial é um momento muito intenso, onde as pessoas que vivem e tiram o sustento do rio podem prestar suas homenagens a Nossa Senhora”, avaliou Beto Souza, diretor do Círio de Nazaré.

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º 226

Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém Fotos Alan Monteiro, Cezar Magalhães, Carlos Sodré, Igor Brandão, Mácio Ferreira / Agência Pará, Marcos Melo e Rosana Pinto - Grupo Eko, Padre Wagner Maria

Praça Frei Caetano Brandão, frente à Catedral, descansando e esperando a missa para início da procissão do Círio

Durante a missa que antecedeu o Círio

U

ma missa iniciada às 5h30, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, em frente à Catedral de Belém, na Cidade Velha, marcou a abertura do 226º Círio de Nazaré.

Antes de começar a missa campal, muitas pessoas ainda dormiam e/ou estavam acordando no gramado da Praça Frei Caetano Brandão, frente à Catedral, uma vez que está se tornando hábito a permanência dos devotos no local, após o término da Trasladação, ficando a praça tomada de fiéis. Durante a homilia o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, lembrou da relação do paraense com a imagem. “Nascemos sobre a proteção da Virgem Maria, mãe de todos e, no Pará, essa fé é um fio condutor dos católicos”.

Deixando a Catedral Metropolitana, e com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré na Berlinda, a grande procissão iniciou por volta das 7h numa grande demonstração de fé, amor e devoção marcando a 226ª edição do Círio.

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A Berlinda com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré no centro da multidão de seus fiéis devotos

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Boulevard Castilho França, chegando à Av. Presidente Vargas

No Boulevard, frente antiga sede da Folha do Norte/Liberal

Na arquibancada da Presidente Vargas, em frente ao Cinema Olympia, um coral apoiado pela Fumbel cantou hinos para Nossa Senhora

O percurso estava todo repleto de devotos, de todas as partes do Estado, Brasil e do mundo, desde a Praça Frei Caetano Brandão, Praça do Relógio, Avenida Portugal, Boulevard Castilho França, Avenida Presidente Vargas e Avenida Nazaré até a Praça Santuário.

Frente ao Banco do Brasil, na Presidente Vargas

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No início da Praça da República A berlinda com a magem peregrina no meio da multidão de devotos

As emoções se renovavam em cada passo, em cada esquina, em todas e variadas séries de homenagens à Rainha da Amazônia. A previsão da Diretoria era encerrar o Círio entre 12h e 12h30.

Segundo os diretores, a antecipação da chegada deve-se ao corte da corda (apesar dos apelos gerais), aconteceu mais cedo, (esse ano foi quase em frente a sede do Paissandu) e também ao cancelamento da homenagem dos estivadores, já que o espaço da Praça Pedro Teixeira, antes interditado para os fogos, foi ocupado pelos romeiros, agilizando a morosa subida da avenida Presidente Vargas. Depois de quase 5 horas de caminhada, a procissão com a imagem peregrina de Nazaré, em sua berlinda dourada e adornada de flores naturais – orquídeas, rosas e cravos, nas cores branca, marrom e cobre, lembravam traços do Barroco clássico, 35 cm mais alta, garantia uma visualização melhor da imagem, em delicada e bela decoração de Paulo Morelli, entrou na Praça Santuário.

Promesseiros

Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, eleva a imagem de Nossa Senhora de Nazaré para visualização de seus devotos, enquanto a transporta ao altar da Praça Santuário

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Círio das Crianças Guardas Mirins a frente da berlinda com a imagem peregrina

Guardas Jovens de várias paróquias ajudavam no bom andamento da procissão

Fotos Agência Eko, Karol Coelho – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré, Rodolfo Pyle

A

28ª edição da “Romaria das Crianças” iniciou às 7h, com a Santa Missa presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, na Praça Santuário. Em sua homilia, Dom Alberto comentou o modelo das crianças tomado por Jesus: “As crianças correram a Jesus e foram abraçar Ele. Hoje estamos aqui na casa de Nossa Senhora, vamos levar sua imagem pelas ruas, e nós aprendemos com vocês (crianças) a buscar Jesus por sua mãe Maria”.

Em seguida, por volta das 8h, deu saída a procissão com a imagem peregrina conduzida em uma berlinda, sendo acompanhada por milhares de crianças e seus familiares pelas ruas de Belém, saudando Nossa Senhora de Nazaré na Romaria das Crianças.

Crianças do Hospital Ophyr Loyola participavam do evento com o objetivo de iniciá-las na devoção mariana à Nossa Senhora de Nazaré e despertá-las ao início da evangelização. O Círio das Crianças se encerrou às 11 horas, com o retorno da imagem peregrina a Praça Santuário e a bênção final

conduzida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, enquanto Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar de Belém, abençoava as crianças e participantes com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, na Praça Santuário.

A berlinda pela Av. Gov. José Malcher, passando a Capelinha de Lurdes

Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar de Belém abençoou as crianças e participantes com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, na Praça Santuário

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Canoas de Promesseiros Fotos Rodrigo Lima

Os conselheiros Nelson Chaves e Lourdes Lima

À

s vésperas do Círio de Nazaré, o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) prestou homenagens aos devotos de Nossa Senhora com a abertura, na quinta-feira, 4, da exposição “Canoas de Promesseiros”.

Em uma noite muito especial que reuniu a Corte de Contas e visitantes, os espelhos d’água do edifício-sede do tribunal iluminaram-se com a presença de quase duzentos barcos e canoas totalmente em miriti que remontam uma das principais procissões da Quadra Nazarena, a Romaria Fluvial. Este é o décimo ano de realização da exposição, idealizada pelo conselheiro Nelson Chaves.

“Canoas de Promesseiros” oferece um cenário mágico e uma memória viva da devoção dos ribeirinhos à Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira da Amazônia.

Durante a cerimônia de lançamento da exposição, realizada no Plenário Emílio Martins, houve a apresentação de banda de música e do coral de vozes do Tribunal de Contas. “Esses barcos representam o cotidiano de uma grande parte de nossa população: a criança que vai para a escola, quem vai buscar o atendimento médico pelos rios nas pequenas canoas.

Quase tudo o que entra e sai de nosso estado trafega pelas vias fluviais.

O que se repete na nossa pequena procissão nos lagos do TCE é uma homenagem ao nosso povo. O tribunal se enriquece promovendo esse movimento em prol da cultura do Pará”, disse o conselheiro Nelson Chaves, idealizador da exposição.A primeira “Canoas de Promesseiros” nos espelhos d’água ocorreu em 2010.

Como forma de proporcionar a contemplação do grande público que participa da “Trasladação”, bem como dos festejos do Arraial de Nazaré, desde 2017, barquinhos e canoas receberam iluminação especial produzida por professores e alunos do curso de Engenharia da Computação da Universidade Federal do Pará.

Cap. de Fragata João Cavalvante, Ten.Cel.Barra Gen. de Brigada Claudio Penkal, Cap. de Corveta Jonathas Diniz, e os conselheiros Nelson Chaves e Rosa Egidia

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ

Canoas de Promesseiros Barcos que representam o cotidiano de uma grande parte de nossa população

Desde a sua primeira realização, a exposição tem recebido a observação e o apoio diário de milhares de visitantes, que têm a oportunidade de ver a beleza da arte produzida pelos artesãos de Abaetetuba, a terra do miriti. “Os barquinhos e canoas também simbolizam a www.paramais.com.br

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consagração do cotidiano simples da população amazônica, vivido nas águas das localidades mais remotas de nosso País”, disse a presidente do TCE-PA, conselheira Lourdes Lima. A exposição “Canoas de Promesseiros” poderá ser apreciada no TCE-PA até o fim de outubro.

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Pará+

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Arte Pará 2018

Contribuíndo para a transformação da arte paraense, e um dos grandes incentivadores do cenário das artes visuais no Norte do Brasil Fotos Divulgação, Paloma Silva da Costa

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37ª edição do Arte Pará, teve a abertura oficial de sua mostra de arte contemporânea com a exposição dos vídeos e pinturas, no Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA), em meio a um Sarau, ao som mavioso da Camerata Amazônica, despertando e aguçando os sentidos dos presentes. No dia seguinte, o início da exposição das fotografias, no Museu Paraense Emílio Goeldi - Pavilhão Rocinha.

Os 50 trabalhos dos 21 artistas convidados do Arte Pará, estão em exposição em dois espaços diferentes, divididas de acordo com sua técnica: no Museu da UFPA o público pode visitar o núcleo “Videos Extraordinários”, com trabalhos dos artistas Letícia Parente, Guerreiro do Divino Amor, Juliana Notari, Katia Maciel, Niura Bellavinha, Isabel Ramil, Octávio Cardoso e Armando Queiroz; o mesmo museu também abriga o núcleo da pintura, composto por obras da Nina Matos, Dina de Oliveira, Eder Oliveira, Armando Sobral e Ruma.

O pavilhão da Rocinha, no Museu Paraense Emílio Goeldi, abriga o núcleo de fotografias, com produções de Edu Simões, João Farkas, Rogério Assis, Valdir Cruz, Claudia Andujar, Xadalu e Berna Reale.

O Arte Pará 2018 tem curadoria geral do capixaba Paulo Herkenhoff, e como curadoras adjuntas Roberta Maiorana, na mostra do Museu Emílio Goeldi; e Vânia Leal Machado, no Museu da UFPA. Para Paulo Herkenhoff, curador, crítico e historiador da arte, para esta edição, foi pensado como eixo central a cultura dos povos indígenas, buscando estimular a conexão entre a produção da arte contemporânea e as práticas visuais dos povos tradicionais, demonstrando uma capacidade permanente de busca de novos caminhos.

“Em meio à crise e às transformações do país, o Arte Pará se propõe a avaliar dois movimentos da arte que indicam o lugar social da arte na Amazônia”, comenta. Para ele, a escola do tema “Áreas Indígenas é extremamente importante na atualidade.

“O Arte Pará cumpre uma dupla missão nesse tempo em que novas ondas fascistas trazem a ameaça velada para o futuro próximo, mas muito forte, de nova onda de efeitos genocidas”, afirmou.

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Durante abertura da 37ª edição do Arte Pará

Apreciando o Trabalho do Artista Eder Oliveira, no Museu da Ufpa Em meio a um Sarau, ao som mavioso da Camerata Amazônica

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Fotos “Zoe Grupo” trabalho do artista Rogério Assis

Foto de Valdir Cruz

“Papá” - foto de Xadalu, indígena do Rio Grande do Sul

Estiveram participando da cerimônia: a diretora executiva da Fundação Romulo Maiorana, Roberta Maiorana; o professor Vicente Noronha e Wilson Portela, ambos da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), patrocinadora da mostra; além da diretora do Museu da UFPA, Jussara Derenji, alguns artistas que compõem a mostra

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deste ano: Xadalu, Otávio Cardoso, Valda Marques, Nina Matos, Ruma, Éder Oliveira, Dina de Oliveira, Armando Sobral e Armando Queiroz, além de estudantes, jornalistas e apreciadores das artes de modo geral.

Para Vera Leal Machado, uma das coordenadoras do evento, curadora adjunta e Professora Msc em Comunicação Linguagem e Cultura, o projeto é uma forma de resistência. “Estamos resistindo em fazer um Salão de 37 anos. É um dos mais longínquos do Brasil, que acontece sem interrupção. Considero isso de extrema importância no quesito resistir e ter essa responsabilidade social.

A arte ensina a ver. Não é só a exposição em si, mas é principalmente essa questão das ações educativas que acontecem nos espaços expositivos após a abertura do evento”.

O projeto ao longo de quase quatro décadas premiou diversos artistas, se tornou um incentivador do cenário artístico do norte brasileiro. Para Roberta Maiorana, coordenadora e curadora adjunta, eventos como o Arte Pará apostam no fomento à arte como forma de combate à violência. “A arte liberta. A Fundação Romulo Maiorana quer investir nisso porque somos completamente contra qualquer tipo de violência. (...) Queremos estar cada vez mais perto dos artistas para podermos agregar junto a eles. É por isso que estamos dando certo há 37 anos. Porque nós e os artistas somos parceiros e estamos em comunhão”, avaliou.

Ecce Ommo” - obra de Nina Matos Pará+

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Fotos de Trabalhos do Arte Pará expostos no Museu da Universidade Federal do Pará

“Mimoso”, de Juliana Notari

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Este ano o Arte Pará conta com o patrocínio máster da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra). Irene Noronha, diretora acadêmica da instituição, considera importante a linha curatorial escolhida para a mostra deste ano. “As nossas raízes são da Amazônia, e somos uma faculdade que zela por esse cunho amazônico, de sempre valorizar nossas raízes em nossas ações.

Esta não é a primeira vez que a empresa participa como patrocinadora do Arte Pará, porque entendemos que a arte deve fazer parte da formação de qualquer pessoa, e como instituição de ensino superior, não podemos ficar distantes disso”, destacou Irene.

Também apoiam a mostra o SetransBel, a Sol Informática e O Liberal na Escola. www.paramais.com.br

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Feira de Artesanato do Círio 2018 – FAC

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rganizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Pará, a FAC foi montada na Casa das Artes, ao lado da Basílica Santuário de Nazaré, onde 52 estandes, em uma área de 500 metros quadrados, expunham e colocavam a disposição do público, cerca de 20 mil peças de cerâmica,

miriti e diversas tipologias, produzidas por artesãos de nove municípios do estado – Belém, Ananindeua, Abaetetuba, Curuçá, Santarém, Soure, Salvaterra, Bragança e Portel.

Durante a Feira foram lançadas duas coleções novas, uma com trabalhos em miriti e outra com cerâmicas, intituladas “Miriti” e “Mãe Terra”. Para os artesãos – uma vitrine não só do trabalho de cada um deles, como

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da cultura paraense. A FAC foi aberta quando o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, celebrou o Ato de Bênção do evento, com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Estiveram presente o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone, o coordenador da feira, Delzimar Braga, e outros representantes da diretoria executiva do Sebrae.

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Arraial do Pavulagem e o Arrastão do Círio

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Fotos Fernando Sette/Comus, Tássia Barros/Comus PMB

tradicional Arrastão do Círio, do Arraial do Pavulagem, concentrado desde cedo na praça dos Estivadores, só esperava a chegada da imagem de Nossa Senhora de Nazaré na escadinha da Estação das Docas e saída da Moto Romaria, para seguir rumo à praça do Carmo, no centro histórico de Belém.

Na chegada da Romaria Fluvial de Icoaraci, na Escadinha do Cais do Porto, a Santa foi recepcionada pelo Arraial do Pavulagem cantando e tocando a música “Vós sóis o Lírio Mimoso”. Logo após, a percussão do arrastão tocou “Rainha da Amazônia”, do compositor Ronaldo Silva.

A partir daí, o cortejo começou a colorir a paisagem do centro histórico de Belém no segundo sábado de outubro, tocando ritmos como mazurca de Bragança, boi-bumbá, carimbo e outros rítmos, animando a multidão que se aglomerava nas ruas que estavam apreciando o Círio Fluvial. De acordo com o músico Júnior Soares, um dos organizadores do cortejo, o “Arrastão” é um homenagem popular à Nossa Senhora de Nazaré. “É um momento para agradecermos por tudo de bom que aconteceu ao longo desse ano e, também, um momento para pedir por um futuro político agradável”.

“O Arrastão, além de ser cultural e religioso, tem um sentido todo especial para nós, do Pavulagem, e para quem nos acompanha”, afirmou.

O trajeto inicia desde a concentração na praça dos Estivadores seguindo a Boulevard Castilhos França até a o Mercado da Pedra do Ver-o-Peso, Avenida Portugal, rua Padre Champagnat e rua Doutor Assis, seguindo até a chegada na Praça do Carmo. Em todo o percurso os brinquedos populares de miriti, com a simulação de romaria fluvial, conduzindo a barca “Rainha das Águas” e vários barquinhos de miriti são celebrados pelas ruas do centro histórico de Belém. A embarcação foi incorporada à manifestação em 2012 para substituir a cobra de miriti, que até então era a figura central do cortejo. Também estarão presentes alguns dos personagens mágicos do imaginário ribeirinho, como o sol, a chuva, os pássaros míticos, a vitória-régia, a iara, o boto, entre outros, representados pelos pernas-de-pau do Batalhão da Estrela.

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Concentração na praça dos Estivadores

Em todo o percurso os brinquedos populares de miriti, com a simulação de romaria fluvial A barca “Rainha das Águas” incorporada à manifestação em 2012 para substituir a cobra de miriti

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Os brinquedos de miriti são lembrados a cada ano no Arrastão do Círio

O tradicional pelotão dos pernas de pau chamava atenção no Arrastão do Círio 2018

Já na Praça do Carmo a banda Arraial do Pavulagem comandando a festa e apresentando seu repertório as músicas do novo disco “Caeté Camará” com a música em homenagem à Nossa Senhora. “Mãe da Amazônia”, uma toada de boi e um agradecimento além das canções clássicas que contam a história dos mais de 30 anos e com os convidados para o show de encerramento da programação. É um momento de revigorar uma tradição quase esquecida, a magia dos brinquedos coloridos de miriti e os brinquedos sonoros que têm a missão de chamar outros brinquedos. Feitos de papel, tinta colorida, imaginação e uma corda com cerol, eles são girados na chegada do Arrastão na praça. O Arrastão do Círio 2018 é realizado pelo Instituto Arraial do Pavulagem, e conta com o patrocínio da Vale e com o apoio institucional da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), da Lei Municipal de Incentivo à Cultura Tó Teixeira e do projeto “Aliança Pela Paz”. “O Arrastão do Círio, realizado há 18 anos, na véspera do Círio, é o nosso olhar para esse momento de encontro que é o Círio, possibilitando uma reflexão lúdica e oportuna sobre a vida no planeta e sobre os valores de respeito, dignidade e tolerância”, explica Ronaldo Silva, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem.

Que neste Círio Nossa Senhora continue à costurar nossos sonhos e apertar o ponto do nosso amor.

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Catadores lucram com materiais recolhidos nas Romarias do Círio E Fotos Ascom Sessam, João Gomes/Comus

ste ano, 285 catadores de oito cooperativas que recebem apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), atuaram na coleta de copos, plástico, garrafas pet e papelão. “É como se fosse nosso décimo terceiro salário. Uma fonte de renda certa e garantida que todo ano temos com a graça de Nossa Senhora de Nazaré”, comemora a presidente da Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB), Maria do Socorro Ribeiro.

O trabalho de triagem do material no galpão da ACCSB foi a todo vapor. Depois de separar o material por tipo de produto, os ‘bags’, como são chamados os grandes sacos

O trabalho de varrição e lavagem das vias teve a participação de 280 catadores de materiais recicláveis que recebem apoio da Prefeitura

Este ano, 285 catadores de oito cooperativas que recebem apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Sesan, atuaram na coleta de copos, plástico, garrafas pet e papelão

que armazenam os materiais recolhidos, serão comercializados. O valor arrecadado será dividido entre os catadores que atuaram na coleta do Círio.

No galpão onde é feita a triagem das cooperativas Aral (Associação de Reciclagem das Águas Lindas) e Coocape (Cooperativas de Catadores da Pedreira) a venda do material coletado na trasladação e procissão do Círio já foi concluída. “Adiantamos todo o trabalho para a segunda-feira após o Círio e conseguimos separar e encaminhar para a reciclagem mais de 7,4 toneladas de produtos. Foi um resultado bem melhor que no ano passado, já que tivemos mais catadores participando da coleta”, disse Soraia Oliveira, secretária da Aral.

Depois de separar o material por tipo de produto, os ‘bags’, como são chamados os grandes sacos que armazenam os materiais recolhidos, serão comercializados

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“Uma fonte de renda certa e garantida que todo ano temos com a graça de Nossa Senhora de Nazaré”, comemora a presidente da ACCSB, Maria do Socorro Ribeiro

“A coleta de materiais recicláveis, além de contribuir com o meio ambiente, aumentando a vida útil do aterro sanitário que deixa de receber esse material, gera renda para esses trabalhadores que vivem deste serviço.

Entendemos a importância de apoiar essa atividade com máquinas, logística e auxilio operacional, o que é fundamental para a consolidação desta atividade em nossa cidade”, ressaltou Wladimir Monteiro Varela, coordenador de coleta seletiva da Sesan.

“Já encomendei areia, cimento e seixo para fazer uma parede e ajeitar o forro”, revela o catador Roselino Ribeiro, que retira das ruas materiais que tenham valor econômico para reciclagem

Limpeza Após a passagem dos romeiros na trasladação e procissão do Círio de Nazaré, mais de mil agentes da Prefeitura de Belém responsáveis pela limpeza do percurso entraram em ação. O trabalho de varrição e lavagem das vias teve a participação de 280 catadores de materiais recicláveis que recebem apoio da Prefeitura. Materiais como plásticos e papelão eram separados para caminhões específi-

O lixo que não possui valor econômico foi compactado e destinado para o aterro sanitário em Marituba Além dos mais de mil agentes de limpeza, as ações contaram com aproximadamente 150 máquinas e equipamentos como carros coletores e caçambas

A Cidade Limpa, empresa de proteção ambiental opera a 20 anos no Estado do Pará e está devidamente licenciada pelos órgãos competentes: SEMA, IBAMA, ANVISA, CAPITANIA DOS PORTOS, CREA-PA, Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal de Belém.

A empresa está apta a dar destinação final, de forma correta a resíduos industriais líquidos, pastosos e sólidos, além de resíduos hospitalares.

cos e destinados para reciclagem. O lixo que não possui valor econômico foi compactado e destinado para o aterro sanitário em Marituba.

Além dos mais de mil agentes de limpeza, as ações contaram com aproximadamente 150 máquinas e equipamentos como carros coletores, caçambas, carro-pipa, hidrojato e caminhão muck utilizados para a limpeza, desde a Catedral Metropolitana de Belém até a Basílica Santuário de Nazaré, atendendo também vias transversais.

“O trabalho de limpeza realizado pela Prefeitura de Belém antecedeu todas as procissões do Círio, em ruas, canais e redes de drenagem. Após a passagem dos romeiros, mais de mil agentes de limpeza da Sesan realizam varrição e lavagem do trajeto. É um trabalho complexo e que conta com empenho de vários profissionais”, detalhou Claudio Mercês, titular da Sesan.“Buscamos, cada dia mais, aproximar nosso trabalho de limpeza ao envolvimento da comunidade. Com o sentimento de pertencimento e o cuidado com os espaços públicos, conseguimos avançar no trabalho integrado de limpeza e melhorar o espaço que é de todos”, completou o secretário.

Participaram das ações de coleta de recicláveis no Círio catadores associados nas Cooperativas Filho do Sol, Concaves, Accsb, Cocavip, Aral, Cocape, Ascadout e Ceri.

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O Habitat e a renovação urbana Humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de lixo por ano, diz ONU

Durante reunião do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-Habitat) de 2018, que premia iniciativas que deram notável contribuição para a renovação urbana e por promoverem abordagens holísticas e amplas para a restauração ecológica através do gerenciamento inteligente de resíduos sólidos.

Fotos ONU/Evan Schneider

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Dia Mundial do Habitat é comemorado na primeira segunda-feira de outubro. Quando ouvimos o termo habitat, muitas vezes pensamos em lugares como a floresta tropical e florestas abertas profundas, os lugares que os animais selvagens vivem e que são muitas vezes assustados.

Raramente acreditamos que somos animais e que também temos habitats, embora na maioria das vezes os chamemos de nossas casas. Habitat for Humanity tem trabalhado para assegurar que as pessoas em todos os lugares tenham casas para chamar de suas, especialmente naqueles lugares onde o ambiente é perigoso ou duro.

Maimunah Sharif, chefe do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), discursa durante o Dia Mundial do Habitat em Nairobi, Quênia

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Gestão Municipal de Resíduos Sólidos O principal objetivo por trás da observância do Dia Mundial do Habitat deste ano é abordar o desafio municipal de gestão de resíduos sólidos com o slogan “Cidades e Desperdício”. O tema tem como objetivo: Aumentar a conscientização de que os resíduos sólidos urbanos são um desafio global que precisa ser abordado Facilitar o diálogo sobre políticas e formar parcerias Promover soluções inovadoras para a gestão municipal de resíduos sólidos Mobilizar recursos para enfrentar os desafios dos resíduos sólidos urbanos A Gestão de Resíduos Sólidos tornou-se uma questão global nos últimos anos. A quantidade de resíduos produzidos por indivíduos está crescendo diariamente e, muitas vezes, custa às autoridades locais uma grande proporção de seu orçamento.

* * * *

Na sua mensagem para o Dia Mundial do Habitat, celebrado em outubro, a chefe do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), Maimunah Sharif, cobrou mudanças nos padrões de consumo para combater o excesso de lixo nas cidades.

Neste ano, a data é lembrada com o tema Gestão Municipal de Resíduos Sólidos. Por ano, são produzidas mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos no mundo.

De acordo com o organismo da ONU, 99% dos produtos que compramos são jogados fora dentro de seis meses.

Para acomodar os 7,6 bilhões de moradores do mundo, suprir o uso de recursos e absorver o lixo gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra.

O volume de lixo no mundo é enorme. Uma parte é reciclada, mas muito (dele) é simplesmente descartado, causando problemas de saúde para as pessoas, os animais e poluindo nosso meio ambiente. A quantidade de lixo produzido por indivíduos, comunidades, empresas, instituições, mercados e fábricas continua a crescer tremendamente, alertou Sharif. Todos podemos fazer pequenos ajustes em nossos estilos de consumo, usando alternativas para os itens plásticos descartáveis, como garrafas, copos, pratos e talheres, e fazendo um esforço consciente para reciclar corretamente e consertar produtos quebrados, em vez de simplesmente jogá-los fora.

De acordo com a diretora-executiva do ONU-Habitat, a agência vai ampliar seu apoio às cidades, para que órgãos municipais aprimorem suas práticas de gestão de resíduos. O objetivo da assistência será encontrar soluções de design baratas e criar sistemas eficientes, a fim de promover a coleta e o descarte adequados do lixo. Eu acredito que a gestão eficaz do lixo começa com nós, como indivíduos.

Por meio da ação coletiva, podemos alcançar um mundo que é mais limpo, mais verde, mais seguro, mais saudável e mais feliz, para nós vivermos, trabalharmos e nos divertirmos, completou a dirigente.

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Peixes confundem plástico com comida e o incluem na cadeia alimentar Os odores de detritos plásticos marinhos induzem comportamentos de busca de alimentos em peixes

O plástico tem-se acumulado muito nos oceanos nos últimos 50 anos

Fotos Algalita Marine Research Foundation, Oona Lönnstedt, R. Thompso

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poluição plasmática é um estressor antropogênico em ecossistemas marinhos globalmente. Muitas espécies de peixes marinhos (mais de 50) ingerem detritos plásticos. O plástico ingerido tem uma variedade de impactos letais e subletais e pode ser uma via de bioacumulação de compostos tóxicos em toda a rede alimentar. Apesar de sua omnipresença e severidade, nossa compreensão mecanicista deste comportamento de alimentação desadequada é incompleta.

Evidências recentes sugerem que a assinatura química de detritos plásticos pode explicar por que certas espécies estão predispostas a confundir plástico com alimentos.

Anchovy (Engraulis sp.) São abundantes peixes forrageiros em sistemas de afloramento costeiros e um recurso de presa crítico para predadores de topo.

A anchoa ingerem plástico em condições naturais, embora o mecanismo que eles usam para identificar mal o plástico como presa é desconhecido. Aqui, apresentamos as escolas de anchovas do norte (Engraulis mordax) capturadas de forma selvagem com soluções de odor feitas de detritos plásticos e plástico limpo para comparar a agregação em toda a escola e respostas relativas em relação a apresentações de alimentos e odores alimentares.

Ao ficarem cobertos de organismos marinhos, os pedacinhos de plástico passam a ser um alvo alimentar dos peixes. O cheiro do plástico quando colonizado por bactérias e algas no mar leva os peixes a confundi-los com alimento e a ingeri-los, introduzindo-os na cadeia alimentar, avança um estudo de investigadores da Universidade da Califórnia e do Aquário da baía de São Francisco, nos Estados Unidos.

A ingestão de plásticos pode ser fatal e leva a uma acumulação de substâncias tóxicas ao longo da cadeia alimentar

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Detritos de micro plásticos, encontrados no estômago de um peixe

Larva de peixe que comeu grãos de micro plástico

Em compensação, as anchovas não reagiram bem aos restos limpos dos plásticos. De acordo com os cientistas, esta observação constitui “a primeira prova experimental de que as anchovas adultas usam o olfato para encontrar comida” e de que a “assinatura química” adquirida pelos plásticos quando cobertos com organismos marinhos pode levar os cardumes a considerá-los comida. Estes resultados reforçam a ideia de que animais marinhos podem engolir plástico devido a um “mecanismo químico-sensorial” que os induz em erro. Dada a posição trófica do peixe forrageiro, esses achados têm implicações consideráveis para redes aquáticas de alimentos e, possivelmente, para a saúde humana.

Material para:

A ingestão de plásticos pode ser fatal e leva a uma acumulação de substâncias tóxicas ao longo da cadeia alimentar, quando os predadores se alimentam de presas que ingeriram plásticos. Os cientistas estudaram as reações de um cardume de anchovas na Califórnia (Engraulis mordax) – que se alimentam normalmente de zooplâncton – face a uma mistura contendo partes específicas de plásticos e outra contendo restos de plásticos cobertos de algas. “Os cardumes de anchovas reagiram ao cheiro de plástico aproximando-se mais”, constataram os investigadores. Os resultados “são semelhantes” aos obtidos quando estes peixes estão na presença de alimento ou são confrontados com o cheiro de alimento, explicam.

Na primeira análise global da produção de plásticos no mundo, desde o início do seu fabrico em massa nos anos 50, a produção global de plásticos que era de 2 milhões de toneladas em 1950, aumentou para 400 milhões em 2015. É estimado terem sido produzidas até 2015, 8,3 mil milhões de toneladas. Desse total “metade de todos os plásticos transformou-se em lixo depois de quatro ou menos anos de uso”. Infelizmente, parte desse lixo foram parar quantidades impressionantes de plástico que acaba mergulhado nos oceanos. Esse estudo referia que todos os anos, vão parar aos oceanos entre cinco e 13 milhões de toneladas de plásticos, com dados referentes a 2010 sobre 192 países costeiros.

O plástico tem-se acumulados nos oceanos nos últimos 50 anos é constatação geral. Além disso, pesquisadores descobriram que grãos de micro plástico podem ser encontrados em meio ao sal de mesa que consumimos. A pesquisa ressalta que foi encontrada uma proporção tão pequena do material nas amostras testadas que ainda não há motivo para alarde. Mas recomenda que outros trabalhos busquem informações sobre a presença de partículas ainda menores do que as detectadas, assim como sinais do material em outros produtos aquáticos consumidos por humanos, como mexilhões e peixes...

O plástico mata, anualmente, cerca de um milhão de aves marinhas, centenas de milhares de mamíferos marinhos e incontáveis peixes. Segundo a ONU, “se nada for feito e se continuarmos neste ritmo, em 2050 haverá mais restos de plásticos nos oceanos do que peixes”.

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