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Revista

Pará+ BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

EDIÇÃO 212

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TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL HELDER CRIA O FUNDO DA AMAZÔNIA ORIENTAL capa 212.indd 1

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212 - OUTUBRO - 2019

HELDER CRIA FUNDO DA AMAZÔNIA ORIENTAL

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

PARCERIAS PARA FOMENTAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO PARÁ

08 CRIADOR DA EDITORA CÍRIOS RECEBE HOMENAGENS DA ALEPA E DA CÂMARA DOS VEREADORES DE BELÉM

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Açaizal, Agência Pará, Anete Costa Ferreira, Brazil LAB de Princeton, Carolina Octaviano, Clara Angeleas, Dalva Barbosa de Oliveira, Fundação BB, Prof. Dr. Mário Aurélio Janaudis e Ronaldo Hühn; FOTOGRAFIAS: Alfredo C. Silves, Araquém Alcântara, Ascom Ideflor-Bio, Marco Santos, Maycom Nunes e Vera Oliveira/Ag. Pará, CIC biomaGune, Divulgação, ONU/FAO, Pedro Amatuzi, Ying Hui; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

A COMIDA QUE JOGAMOS NO LIXO PODE TRANSFORMAR A MANEIRA COMO NOSSAS COZINHAS SÃO ALIMENTADAS

12 PRÊMIO FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE TECNOLOGIA SOCIAL 2019

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Homebiogas, biodigestores com tecnologia israelense que estão recebendo os resíduos orgânicos do restaurante Saudosa Maloca, na Ilha do Combu em Belém. Foto: Rodrigo Hühn

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Imitar a fotossíntese para gerar energia limpa

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Açaizal – Feira de negócios do Açaí

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Pará líder na produção de açaí no Brasil

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Jambu, da pomada anestésica ao extrato alimentício

O que podemos fazer para viver mais

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CIC

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FAVOR POR

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A arte da renda de bilros www.paramais.com.br

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Helder cria o Fundo da Amazônia Oriental – FAO FAO é uma estratégia de financiamento como instrumento de colaboração privada para o alcance de metas ambientais no nosso Estado Fotos Ascom Ideflor-Bio, Marco Santos, Maycom Nunes e Vera Oliveira/Ag. Pará

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or meio do decreto nº 346, de 14 de outubro de 2019, publicado recentemente (16/10) do Diário Oficial do Estado, o governador do Pará, Helder Barbalho, criou o Fundo Amazônia Oriental (FAO), em inglês, Eastern Amazon Fund (EAF), uma estratégia de financiamento ambiental que funcionará como um instrumento de colaboração privada ao alcance das metas de políticas públicas de meio ambiente e desenvolvimento no estado do Pará. O assunto foi apresentado por Helder Barbalho nos Estados Unidos, durante a Conferência Internacional “Amazonian Leapfroggin”, ocorrida recentemente em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O evento discutirá assuntos a partir do tema central “Salto da Amazônia: visão de longo prazo para proteger a Amazônia para o Brasil e o planeta”. A Universidade de Princeton, uma das mais conceituadas no mundo e conhecida pelas áreas de pesquisa e ensino, é a organizadora da conferência. Helder Barbalho foi o único governador brasileiro a participar do encontro e com despesas custeadas pela instituição de ensino americana. “A partir do FAO, o governo do Estado poderá receber doações e outros recursos de investimentos com eixos mais amplos que o Fundo Amazônia, além da possibilidade de parcerias que até então o Pará não tinha. Essa é uma iniciativa que, em conjunto com

outras, como a “Politica Estadual de Mudanças e Adaptação Climática” e o “Territórios Sustentáveis”, permitirá que o Pará reduza o desmatamento ilegal de forma expressiva, além de induzir uma economia de baixo carbono e mais sustentável. Assim, sociedade e empreendedores conseguirão efetivar ações alinhadas com o meio ambiente e com

A Cidade Limpa, empresa de proteção ambiental opera a 20 anos no Estado do Pará e está devidamente licenciada pelos órgãos competentes: SEMA, IBAMA, ANVISA, CAPITANIA DOS PORTOS, CREA-PA, Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal de Belém. A empresa está apta a dar destinação final, de forma correta a resíduos industriais líquidos, pastosos e sólidos, além de resíduos hospitalares.

a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, explicou o secretário de Estado de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida. O FAO viabilizará medidas voltadas diretamente ao meio ambiente e que resultem na diminuição do desmatamento ilegal e da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no território paraense, no cumprimento de metas previstas nas políticas públicas e o desenvolvimento do estado do Pará.

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Outros Investimentos A busca por investidores internacionais é uma das principais formas que o governo do Pará tem para evitar a derrubada ilegal de madeira. A recente mudança nas ações relacionadas ao Fundo Amazônia, que recebe a maior parte dos recursos da Noruega e Alemanha, chama a atenção do Estado. O Pará vem buscando captação de novos recursos estrangeiros, como por exemplo, com o acordo firmado com o banco alemão KFW. A ação trará 12,6 milhões de euros ao Estado para a compra de equipamentos, veículos e a construção e aparelhamento de cinco Núcleos Regionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, para aumento da fiscalização e monitoramento de todo o território paraense. “O nosso Fundo Amazônia Oriental tem objetivos e eixos mais amplos, além de ter a característica de Mauro O’de Almeida, titular da Semas ser privado e não público. Com isso, teremos mais agilidade na aplicação dos recursos que forem angariados”, comentou o titular da Semas, Mauro O’de Almeida. Com mais recursos, o Estado poderá executar, com mais ênfase, projetos voltados para conservação da biodiversidade, como os descritos abaixo.

Territórios Sustentáveis O programa busca diminuir, em médio prazo, os índices de desmatamento nos municípios de São Félix do Xingu, Altamira e Novo Progresso, que representam hoje mais de 70% do desmatamento no Pará. A iniciativa criada por meio do decreto 344/2019, busca criar um circulo virtuoso de empreendedorismo. A estruturação do Programa Territórios Sustentáveis, nos municípios que mais apresentam desmatamento, representa o esforço do Estado na questão da regularização fundiária, de finalização de análise e elaboração de programas de recuperação ambiental nos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), a melhoria de cadeias produtivas por meio de assistência técnica, incentivos econômicos e fiscais e, por fim, o pagamento de serviços ambientais.

Mudanças Climática O governo do Estado está em fase de conclusão da elaboração da Politica Pública de Mudança e Adaptação Clítica, um importante norte que vai trazer princípios, diretrizes, objetivos, conceitos e instrumentos com a intenção de atenuar os efeitos adversos da mudança do clima. A Política também contribuirá para a integração do poder publico e da sociedade civil frente às mudanças do clima por meio de espaços abrangentes e democráticos, como o Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática que foi instituído no Decreto 254/2019.

Recursos O Fundo da Amazônia Oriental será desenvolvido com recursos privados, doados por pessoas físicas, entidades privadas nacionais ou internacionais e por estados estrangeiros, bem como outros que lhe vierem a ser atribuídos e dos dividendos ou rendimentos por eles gerados. As linhas de apoio financeiro, que proverão suporte às atividades beneficiadas pelo FAO, também devem ser relacionadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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Objetivos Os eixos de investimento do Fundo da Amazônia Oriental deverão ser relacionados com os objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dessa forma, devem contemplar:

* O ordenamento ambiental, fundiário e territorial do Estado; * A implementação e consolidação de Áreas Protegidas; * O controle, o monitoramento e a fiscalização ambientais; * O manejo florestal sustentável e a gestão de florestas públicas; * A promoção da conservação ambiental e do uso sustentável dos ativos de biodiversidade, especialmente o incentivo aos serviços ecossistêmicos; * A promoção de atividades e cadeias econômicas sustentáveis pautadas no uso e aproveitamento dos recursos naturais; * O incremento de produtividade de cadeias produtivas agrossilvipastoris; * A recuperação de áreas degradadas e o incremento de estoques florestais; * A promoção da agenda de qualidade ambiental nas cidades paraenses, em especial as voltadas ao saneamento ambiental e à gestão de resíduos sólidos; * O fortalecimento dos instrumentos de gestão ambiental integrada, a exemplo do Zoneamento Ecológico Econômico, do Cadastro Ambiental Rural e dos Comitês de Bacias Hidrográficas, e congêneres; * A capacitação de agentes públicos e a modernização da Gestão Administrativa dos órgãos componentes do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema); * O fortalecimento dos instrumentos de governança e transparência para o controle social de políticas públicas; * E outros temas na área ambiental que se mostrem consonantes aos objetivos do decreto. Rápido Fortaleza - Rápido Itaquá Grupo Itaquá leva e traz sua carga para São Paulo, Rio de Janeiro, Macapá e Belém. Frota de carros novos com monitoramento 24 horas para atender com RAPIDEZ, EFICIÊNCIA E SEGURANÇA. Carga fechada (lotação) para todo o Brasil.

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Parcerias para fomentar o desenvolvimento sustentável do Pará Helder Barbalho enfatiza importância de conciliar a floresta em pé com oportunidades de geração de renda para a população Fotos Araquém Alcântara, Divulgação, Brazil LAB

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azer do Pará um “grande encontro de ideias e soluções”, capazes de gerar renda para a população, mas sem degradar seus recursos naturais, foi o que enfatizou recentemente o governador Helder Barbalho, ao apresentar as potencialidades do Pará que podem resultar em crescimento socioambiental, por meio de parcerias com os participantes da Conferência Internacional “Amazonian Leapfroggin” - “Salto da Amazônia: visão de longo prazo para proteger a Amazônia para o Brasil e o planeta”, promovida pela Brazil LAB de Princeton, com o Instituto Princeton de Estudos Internacionais e Regionais (PIIRS) e o Instituto Ambiental de Princeton (PEI), da Universidade de Princeton, em New Jersey, nos Estados Unidos. “A vocação da floresta em pé, do agronegócio, da bioeconomia, e o olhar para o futuro com a preservação da floresta e cuidando das pessoas.

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O governador Helder Barbalho defendeu nos Estados Unidos uma Amazônia preservada, mas com qualidade de vida para seus habitantes

Aqui, nós tivemos a oportunidade de dividir as discussões, os diagnósticos da situação em que estamos vivendo e o nível da responsabilidade que todos nós devemos ter com a preservação da floresta. Que o Pará, como síntese da Amazônia, possa mobilizar e acolher aquilo que está sendo pensado e produzido por este coletivo tão qualificado, com pessoas que querem melhorar o Brasil, a Amazônia e o mundo. Dessa forma, faremos do Pará um grande encontro de ideias e soluções. Assim, vamos gerar renda e desenvolvimento preservando a floresta”, afirmou o governador do Pará. Aos acadêmicos e investidores do Terceiro Setor que participaram da Conferência internacional, Helder Barbalho único governador do Brasil a participar da “Amazonian Leapfroggin, destacou também a constituição do Fundo Amazônia Oriental, criado como estratégia de financiamento ambiental e instrumento de colaboração privada para o alcance de metas de políticas

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públicas sustentáveis, voltadas ao desenvolvimento dos estados. Explicou ainda, a realidade da região e os objetivos que devem ser seguidos para um futuro sustentável. “No Pará, temos uma área conservada de aproximadamente 74% do território. Mas existem desafios. Todos nós já internalizamos o nível do desafio. Nós precisamos encontrar as soluções, sob pena de ficarmos discutindo muitos conceitos, muitas ideias, mas na vida real nós corremos o risco de acabar voltando, ano a ano, com o desmatamento ilegal e a ampliação das mudanças climáticas, e todas as repercussões no meio ambiente e na sociedade. No âmbito institucional, nós queremos parcerias, defendemos a

Governador e o líder indígena Almir Suruí, participantes da conferência nos Estados Unidos

A conferência representou o início de uma colaboração de longo prazo entre especialistas de Princeton

ciência, entendemos a nossa responsabilidade e queremos convidar e convocar todos aqueles que querem cooperar conosco na busca de soluções”. Helder disse ainda: “Criamos o Fundo Amazônia Oriental com a intenção de possibilitar, quando não for possível o caminho com o Fundo Amazônia, que os estados subnacionais possam abrir diálogos e construções paralelas para viabilizar os projetos que queremos em nossos estados”, explicou o governador paraense. O governador foi acompanhado pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro Ó de Almeida.

A conferência representou o início de uma colaboração de longo prazo entre especialistas de Princeton e as partes interessadas brasileiras que trabalham em conjunto para identificar lições das recentes inovações em larga escala do Brasil em energia, economia, política de saúde, direitos indígenas e conservação que podem se tornar a base por salvaguardar a Amazônia para o Brasil e o mundo. (*) Com informações da Agência Pará e Brazil LAB de Princeton

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Criador da Editora Círios recebe homenagens da Assembleia Legislativa do Pará e da Câmara dos Vereadores de Belém

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A Comenda “Mérito Nossa Senhora de Nazaré”, foi entregue pelo deputado Dr. Daniel Santos, presidente da Alepa ao nosso editor

editor e criador da Editora Círios, Ronaldo Gilberto Hühn, ex- diretor da Festividade do Círio de Nazaré e do Jornal Voz de Nazaré, recebeu duas homenagens especiais neste mês de outubro de 2019, mês dedicado ao Círio de Nazaré, maior festa do povo católico – Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. A primeira, foi da Câmara Municipal de Belém – a comenda “Círios de Nazaré”, proposta pelo vereador Pablo Farah e a segunda, da Assembleia Legislativa do Estado do Pará – a medalha “Mérito Nossa Senhora de Nazaré”, proposta pelo deputado estadual Fábio Figueiras. Tanto a homenagem da Câmara Municipal como a da Assembleia Legislativa, foram aprovadas por unanimidade de seus pares. Ronaldo Hühn foi reconhecido pelo seu trabalho em divulgar a maior festa religiosa do mundo, o Círio de Nazaré, através da edição das revistas Círios de Nazaré e Pará Mais. Ronaldo Hühn edita há 24 anos a revista Círios de Nazaré – a revista mais antiga em circulação ininterrupta no Norte. A editora Círios é a maior produtora de revistas na Amazônia, com matriz em Belém e filiais em Manaus e Macapá.

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O vereador Pablo Farah “agraciando Ronaldo Hühn, em nome de todo o inestimável trabalho prestado ao longo desses anos e sua devoção especial com nossa santinha”

A sessão especial da Câmara dos Vereadores de Belém, presidida pelo presidente da Casa, vereador Mauro Freitas, foi realizada no dia da visita à CMB, da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, 9 de outubro e antecedida com missa celebrada pelos padres Fabrício Albuquerque e Carlos Nascimento, quando no sermão tratou do significado profundo da mãe de Jesus para a fé. O presidente da CMB, vereador Mauro Freitas (PSDC) pediu benção especial aos vereadores de Belém e a todos os presentes. Em nome dos homenageados, o padre Josué Nascimento ressaltou o papel de Maria como Mãe da Igreja e de todos os cristãos. Lembrou que sob apelidos carinhosos como Naza e Nazinha, o povo paraense roga e se confia à mãe de Jesus. Após a visita da imagem peregrina, vereadores, servidores e convidados, ocuparam o salão plenário para a programação festiva de homenagem à Padroeira dos Paraenses com ponto alto na entrega da comenda “Cirio de Nazaré” a pessoas indicadas pelos parlamentares.

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O vereador Pablo Farah entre Rodrigo e Ronaldo Hühn, durante a sessão especial da Câmara dos Vereadores de Belém

Na ocasião houve a homenagem prestada a Ronaldo Hühn, quando o vereador Pablo Farah, reconheceu a dedicação do criador da Revista Círios: “Estamos na Câmara Municipal de Belém agraciando nosso querido Ronaldo Hühn em nome de todo o inestimável trabalho prestado ao longo desses anos e sua devoção especial com nossa santinha”. Para Ronaldo Hühn – um privilégio imensurável e uma honra, o reconhecimento do nosso trabalho e o recebimento desta comenda, além dessa homenagem ser um incentivo para continuarmos divulgando e levando a fé dos católicos em Nossa Senhora, para todos os cantos do mundo. A Sessão Solene da Assembleia Legislativa do Estado do Pará de concessão da “Comenda Mérito de Nossa Senhora de Nazaré”, foi instituída conforme Art. 1º da Resolução 36/ 2001. Ela é concedida a “personalidades brasileiras ou não, que tenham prestado reais e efetivos serviços ao Estado do Pará”. Este ano a solenidade foi realizada após o 22º Círio da Alepa e Nossa Senhora de Nazaré receber as honras de chefe de Estado. Em seguida a imagem peregrina foi conduzida pelo presidente da Casa, deputado Dr. Daniel Santos, ao Plenário Newton Miranda, onde foi dado início a mais uma Sessão Solene com a entrega da “Medalha Mérito Nossa Senhora de Nazaré”. “É o primeiro Círio que celebro nesta Casa como parlamentar e presidente. Essa Casa de muitos partidos, convicções diferentes, mas que tem sido responsável por fazer o melhor pelo estado do Pará. Agradeço à Nossa Senhora de Nazaré pela família, amigos e trabalho que venho realizando para todo o Pará. Hoje faço várias homenagens às pessoas que têm feito um trabalho significante para o povo desse Estado”, externou o presidente da Alepa, deputado Dr. Daniel Santos.“Essa comenda é para aqueles que têm afinidades marianas, sabemos que é emocionante receber uma homenagem como esta e vejo que o governo do estado tem feito a missão por todo o Pará.

Em seguida e após vários homenageados, a Comenda “Mérito Nossa Senhora de Nazaré”, foi entregue pelo deputado Dr. Daniel Santos, presidente da Alepa ao nosso editor. Na oportunidade Ronaldo Hühn, agradeceu sensibilizado ao deputado estadual Fábio Figueiras o reconhecimento, dizendo que receber esta homenagem, além de ser motivo de orgulho, vai servir como mais inspiração para todos os que fazem a Editora Círios. Falou da gratidão pelo reconhecimento da homenagem tão significativa: “mais que emocionado eu estava. Agora muito mais. Me esforço e faço tudo por merecer. Tenho sempre a intercessão de Nossa Senhora de Nazaré. Obrigado por tudo e a todos, ressaltou a editor. Ronaldo Hühn com o governador Helder Barbalho

A revista mais antiga em circulação ininterrupta no Norte

Ronaldo Hühn e o filho querido Rodrigo Hühn, logo após a merecida homenagem da Alepa

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Um dos homenageados, o governador Helder Barbalho falou da gratidão em receber algo tão significante, e que a homenagem se estende também à população, já que o trabalho de sua gestão e tudo que já fez pelo Estado é pensando em ações para o progresso do Pará. Está foi a primeira vez que um governador comparece à tradicional programação religiosa na Casa de Leis, fato que surpreendeu aos organizadores da festa, aos servidores e aos parlamentares presentes. A honraria faz parte dos eventos legislativos regulamentares do Parlamento Estadual. Pará+

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A comida que jogamos no lixo pode transformar a maneira como nossas cozinhas são alimentadas Às vezes, nossos olhos são maiores que nossos estômagos e cozinhamos muita comida, que geralmente é desperdiçada Fotos Divulgação, ONU/FAO

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escala do problema do nosso planeta com o desperdício de alimentos é considerável. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos produzidos para consumo humano são perdidas ou desperdiçadas a cada ano. Em Israel, uma empresa quer transformar os restos de comida que, de outra forma, jogaríamos no lixo em energia. A Homebiogas desenvolveu um sistema que utiliza bactérias para decompor a matéria orgânica e convertê-la em gás de cozinha e fertilizante. A HomeBiogas é uma das muitas empresas com o objetivo de utilizar o potencial de resíduos da indústria de alimentos. Outras empresas incluem o feijão biológico do Reino Unido, que recicla grãos de café usados e os converte em biocombustíveis e bioquímicos. Como os usuários do sistema HomeBiogas, que se assemelha a uma barraca preta e verde como a estrutura, preparam os alimentos, eles recolhem os restos em uma lixeira.

O desperdício de alimentos é considerável, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos produzidos para consumo humano, são perdidos ou desperdiçados a cada ano.

Essas sobras - que podem ser de frutas e legumes a carne, laticínios e peixes - são então depositadas no sistema através de uma

entrada. As bactérias do sistema digerem os restos de comida e os transformam em biogás, que é então armazenado em um “saco

HomeBiogas, no restaurante Saudosa Maloca, na Ilha do Combu, transformando os restos de comida que, de outra forma, jogaríamos no lixo em energia

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A Homebiogas desenvolveu um sistema que utiliza bactérias para decompor a matéria orgânica e convertê-la em gás de cozinha e fertilizante

O Homebiogas trata o lixo orgânico que hoje está despejando em nossos rios, poços, mares, contaminando todo o meio ambiente

de gás” que pode conter até 700 litros de biogás. O sistema está conectado à cozinha do usuário, de modo que, quando um fogão

é ligado, o biogás pode ser usado como combustível para cozinhar. Outro subproduto do processo é um fertilizante líquido que pode

ser usado no jardim. “Para energia, eletricidade, água quente, tudo o que precisamos, tudo pode vir de ... material orgânico”, disse Yair Teller, co-fundador da HomeBiogas. “Dessa forma, também podemos tratar o lixo orgânico que hoje está despejando em nossos rios, poços, mares, contaminando todo o meio ambiente”, acrescentou.

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Texto *Dalva Barbosa de Oliveira Fotos Clara Angeleas, Fundação BB

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Fundação Banco do Brasil e parceiros anunciaram recentemente (16/10), as iniciativas vencedoras do Prêmio de Tecnologia Social 2019. Elas foram conhecidas durante a cerimônia de premiação, ocorrida em Brasília (DF), na presença de 600 convidados - representantes da diretoria executiva do Banco do Brasil, membros do Conselho Curador, do Conselho Fiscal e funcionários da Fundação BB e do Banco do Brasil. entidades parceiras, finalistas do prêmio, representantes do governo federal, embaixadas e organismos internacionais e demais convidados. Esse resultado final significou o reconhecimento e a conclusão de meses de muita expectativa, principalmente para as iniciativas participantes. Todas as tecnologias sociais foram desenvolvidas por organizações sociais, instituições de ensino e pesquisa e prefeituras, com a participação da comunidade e com grande potencial de promover transformações sociais.

Presente no evento, a primeira dama do Brasil e presidente do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado - Pátria Voluntária, Michelle Bolsonaro, saudou a Orquestra Arte Jovem, de Ceilândia (DF), sua cidade natal, pela apresentação durante a premiação, e parabenizou a Fundação BB pela cerimônia. 16

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“É uma alegria participar desse evento; que honra estar entre tantas pessoas empenhadas em contribuir com um Brasil mais justo, solidário e inclusivo. Sabemos que a transformação que todos queremos só será possível com a união de todos os setores de nossa sociedade. A prática do voluntariado é um ato de humanidade, civilidade e amor. Esse tipo de trabalho gera impactos benéficos para toda a sociedade”, disse.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, agradeceu pela parceria na premiação especial Primeira Infância.

“Estar aqui na companhia de todos vocês é muito importante. E quero dizer que a Fundação BB cumpre um papel importantíssimo, não só porque ela patrocina e premia tecnologias sociais, mas por ela ser um pivô de articulação das outras instituições que fazem um trabalho maravilhoso na área social. Aqui é uma celebração da solidariedade humana, da compaixão. E nós ainda temos uma longa trajetória para superar as dificuldades, a recessão, o desemprego, para chegar a um lugar melhor para todos”, declarou. “Acredito que todos aqui conhecem o Banco do Brasil.

Asclepius Soares (Pepe), presidente da Fundação BB www.paramais.com.br

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Não somos um banco social, mas somos um banco que tem metade do seu capital pertencente a acionistas privados, mas nem por isso ele deixe de observar a sua responsabilidade social. E essa responsabilidade se materializa em dois canais: os Centros Culturais (CCBB) e a Fundação BB. Por meio de um, nós promovemos a cultura de diversas formas. E com a Fundação BB, a nossa preocupação principal é com a inclusão social”, destacou Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil Visivelmente emocionado, o anfitrião da festa, o presidente da Fundação BB, Asclepius Soares (Pepe), lembrou da sua trajetória no Banco do Brasil e como o prêmio tem sido importante para o desenvolvimento do país. “Meu coração dispara ao ver grandes amigos, pessoas que acompanharam a minha trajetória no banco, que acompanham o meu dia-a-dia. Hoje é uma data especial, porque estamos na décima edição do Prêmio Fundação BB. Esse que talvez seja o maior do terceiro setor. E por que ele persiste há tanto tempo? Há mais de 18 anos? Porque a temática é importante. As tecnologias sociais têm seu valor. Elas provam que existem muitas maneiras de resolver problemas complexos, de maneiras simples, e um exemplo é o soro caseiro, as cisternas de placas implementadas semiárido brasileiro. E é por isso que a tecnologia social é apaixonante”, disse Pepe. Estiveram presentes também na cerimônia, Gabriela Rocha, gerente de comunicação do Instituto C&A, Gerson Wlaudimir Falcucci, diretor presidente da Ativos S.A., João Vagnes de Moura Silva, presidente da BB Tecnologia e Serviços, Daniela Arantes do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Maria Claudia Ferrari Castro, diretora do Departamento de Tecnologias e Programas de Desenvolvimento Sustentável e Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Carlos Arboleda, representante adjunto no Brail do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rafael Zavala, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e Marlova Jovchelovitch Noleto, representante da Unesco no Brasil.

Sobre o Prêmio Desde 2001, a cada dois anos, a Fundação BB realiza a premiação, que é considerada um dos principais eventos do Terceiro Setor que aborda o conceito, certifica e premia tecnologias sociais. Nesta edição foram 24 finalistas, sendo 21 brasileiras dos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe, e três finalistas do exterior, que vieram da Guatemala, Colômbia e República Dominicana. As categorias nacionais foram: Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital; Educação; Geração de Renda e Meio Ambiente e as premiações especiais: Mulheres na Agroecologia, Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico e Primeira Infância. A categoria Internacional foi destinada a iniciativas da América Latina e do Caribe. A premiação recebeu 801 inscrições. Dessas, 123 tecnologias sociais passaram a fazer parte da plataforma digital Transforma (transforma.fbb.org.br), que abriga as iniciativas certificadas nas dez edições do Prêmio de Tecnologia Social da Fundação BB.

Orquestra Arte Jovem, de Ceilândia (DF) durante a premiação

A Transforma foi remodelada a partir do antigo Banco de Tecnologias Sociais (BTS). Essa edição tem a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto C&A, Ativos S/A e BB Tecnologia e Serviços, além da cooperação da Unesco no Brasil e apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ministério da Cidadania e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Em sua décima edição, Prêmio da Fundação BB contemplou soluções de transformação social, premiando iniciativas importantes para o desenvolvimento do país

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Categoria: Mulheres na Agroecologia 1º lugar - Mulheres Protagonistas no Beneficiamento de Produtos Agroecológicos, da Cooperativa Agropecuária de Alagoas – Flexeiras (AL) Em 2013, a Cooperativa Agropecuária de Alagoas foi criada com o intuito de promover a agroecologia e a melhoria da renda dos agricultores familiares do município de Flexeiras – Alagoas. Entretanto, apenas em 2016, identificaram a oportunidade de trabalhar com o beneficiamento de alimentos da sociobiodiversidade local. Objetivando a geração de renda das mulheres do campo, construíram a Casa de Beneficiamento de Produtos Agroecológicos de doces e geleias de frutas, além de outros produtos como o bolos, pães e biscoitos. Adaptaram o local à legislação sanitária e profissionalizaram as mulheres cooperadas por meio de cursos de formação. Firmaram parcerias para venda dos produtos.

2º lugar - Pitanga Rosa: agroecologia, saúde e qualidade de vida, da Associação Pitanga Rosa - Chapecó (SC) Pitanga Rosa, está localizada na Linha Faxinal dos Rosas, comunidade rural do município de Chapecó, SC. É coordenada pela Associação Pitanga Rosa, constituída por mulheres e suas famílias com a finalidade de resgatar e preservar, a partir de um trabalho voluntário e coletivo, as sementes e mudas crioulas, para cultivo e processamento de plantas medicinais. Além disso, conscientizar da importância da alimentação saudável e do uso da fitoterapia para prevenção e tratamento das doenças e produção de alimentos livres de agrotóxicos. A formação dessa TS partiu da iniciativa de um grupo de mulheres que na sua maioria, tiveram militância no Movimento Mulheres Camponesas. 3º lugar - Programa Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável - PEADS , do Serviço de Tecnologia Alternativa - Ibimirim (PE) O PEADS nasceu como uma alternativa para a Educação Escolar do Campo. Depois de comprovada nas Escolas do Campo, em várias modalidades, foi sendo observado que o que serviu para a educação escolar, servia também para a educação popular, não formal. E mais ainda, servia para estimular processos comunitários de desenvolvimento local. O Serta foi sistematizando e aplicou na formação profissional no curso técnico de Agroecologia, que ministra em suas duas unidades de ensino. E também nos diversos públicos de atuação, principalmente para transição agroecológica para e com as mulheres, onde a realidade local é objeto de estudo e intervenção. É uma metodologia de desenvolvimento de pessoas.

Categoria: Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico

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1º lugar - O Algodão Agroecológico Gerando Renda e Conhecimento no Curimataú Paraibano, Associação de Apoio a Políticas de Melhoria da Qualidade de Vida, Meio Ambiente e Verticalização da Produção Familiar – Remígio (PB) No assentamento Queimadas os produtores de algodão começaram o manejo do algodão agroecológico no ano de 2006 com o surgimento do Projeto Escola Participativa do Algodão Agroecológico, através do apoio técnico da ARRIBAÇÃ. No ano de 2012 os produtores começaram a passar por problemas por causa da demora no pagamento da produção, pelo fato de que o processo de certificação por auditoria se tornou inviável. Dessa forma decidiram se organizar em um Organismo Participativo de Aceitação e Conformidade – OPAC denominado Rede Borborema de Agroecologia para certificar a produção agroecológica e garantir sua comercialização. Os agricultores são certificados como produtores orgânicos. www.paramais.com.br

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2º lugar - Algodão Agroecológico no Fortalecimento da Agricultura Familiar e Associativismo, da Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural de Tauá – Tauá (CE) A tecnologia do algodão agroecológico executada pela Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural - ADEC visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos/as agricultores e agricultoras familiares associados, através da produção, processamento e comercialização do algodão agroecológico, fundamentado na sócio-economia solidária, conservação dos recursos ambientais e promoção da agricultura familiar. A proposta do algodão agroecológico consiste em é conservar o solo, gerar renda e garantir segurança alimentar. O algodão produzido pelos Associados é um produto ecologicamente correto com certificação orgânica concedida pelo IBD (Instituto Biodinâmico Brasileiro).

3º lugar - A trama do algodão que transforma, da Cooperativa Central Justa Trama - Porto Alegre (RS) A tecnologia é desenvolvimento da cadeia de produção do algodão agroecológico que envolve todos os elos de produção desde o plantio até a produção de roupas com tingimento com pigmentos naturais/vegetais e comercialização da roupa e acessórios, Somos economia solidária, temos valores justos para cada etapa, sem atravessador. O algodão é plantado de forma agroecológica, consorciado com outros plantios e sem agrotóxicos. A nível local, a organização da comunidade. Em dois dos cinco elos organizamos bancos comunitários de desenvolvimento liderados por mulheres, promovendo acesso a credito, consumo local com moeda social e capacitação através de cursos para gerar renda.

Categoria: Primeira Infância 1º lugar - Visitação domiciliar na primeira infância – da Secretaria da Saúde - Porto Alegre (RS) A visitação domiciliar é a tecnologia de intervenção do Primeira Infância Melhor. Tal tecnologia possibilita a aproximação do Programa com as realidades atendidas favorecendo um reconhecimento mais preciso das características, potencialidades e necessidades de cada contexto, resultando em propostas singulares de intervenção, pertinentes a cada realidade. A visita domiciliar prevê a valorização da família, do domicílio e da comunidade enquanto espaços privilegiados para a promoção da saúde e do bem-estar. A atividade realizada diretamente nas casas permite que a equipe do PIM conheça a estrutura e a dinâmica familiar, identifique potencialidades e fatores de risco.

2º lugar - Programa Primeira Infância Ribeirinha (PIR) – da Fundação Amazonas Sustentável - Manaus (AM) O projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR) criado em 2012, tem como objetivo tratar de uma problemática específica existente nas comunidades tradicionais do Amazonas ao acesso dos serviços básicos de saúde para gestantes e crianças de 0 a 6 anos. Deste modo, o PIR visa aprimorar método de visitação domiciliar com foco no desenvolvimento integral de crianças ribeirinhas, por meio da capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). www.paramais.com.br

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3º lugar - Programa Municipal de Aleitamento Materno - PRÓ-MAMÁ - da Prefeitura Municipal de Osório RS - Osório (RS) O NASF– Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica criou, em 2016, o Programa Municipal deAleitamento Materno - PRÓ-MAMÁ, que reorganizou o cuidado na Linha Materno-Infantil em Osório. A equipe gestora multiprofissional do PRÓ-MAMÁ é composta por fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo. No intuito de ampliar o acesso da população ao programa, a equipe investiu nas mídias sociais, criando rede social (Facebook) e Canal no You Tube. Além disso, foi desenvolvido um aplicativo de amamentação e desenvolvimento infantil dos 0 aos 2 anos de idade. Para o desenvolvimento do aplicativo foi realizada uma parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS.

Categoria: Internacional 1º lugar - Escuelas Ambientalmente Sostenibles y Cultura 3 R - Instituto Nacional de Bienestar Estudiantil (INABIE) - Santo Domingo - República Dominicana O NASF– Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica criou, em 2016, o Programa Municipal deAleitamento Materno - PRÓ-MAMÁ, que reorganizou o cuidado na Linha Materno-Infantil em Osório. A equipe gestora multiprofissional do PRÓ-MAMÁ é composta por fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo. No intuito de ampliar o acesso da população ao programa, a equipe investiu nas mídias sociais, criando rede social (Facebook) e Canal no You Tube. Além disso, foi desenvolvido um aplicativo de amamentação e desenvolvimento infantil dos 0 aos 2 anos de idade. Para o desenvolvimento do aplicativo foi realizada uma parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS.

2º lugar - Las compras públicas para un modelo territorial de comunidades indígenas MayaCh´orti´, da Asociación para el desarrollo integral de productores del Área Ch´orti´ - Chiquimula – Guatemala A iniciativa se apresenta como uma resposta territorial para a população local melhorar sua qualidade de vida. Conceitualmente, o modelo visa a implementação de ações integrais para o desenvolvimento econômico local. Seu propósito é aumentar a renda das famílias e comunidades, ligando a produtividade agrícola com as compras públicas de escolas públicas da região de Ch'orti. A participação das mulheres é priorizada gerando capacitação e participação para garantir o bem estar dos indivíduos e da comunidade.

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3º lugar - Programa Ondas Atlántico para la generación temprana de vocaciones cientificas, da Universidad Simón Bolívar – Barranquilla – Colômbia Com o intuito de fortalecer a cultura cidadã em ciência, tecnologia e inovação para crianças e jovens em instituições de ensino nas áreas rurais e urbanas do Departamento de Atlântico, por intermédio da implementação do Programa Ondas, articulam-se capacidades institucionais de ciência e inovação da região, na esperança de incentivar a formação inicial de vocações científicas, baseada em pesquisa e fortalecimento da disciplina, dos espaços de apropriação social do conhecimento, de acompanhamento, monitoramento e treinamento de pesquisadores de crianças e jovens, professores pesquisadores e da promoção da inovação e mobilização de atores. www.paramais.com.br

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Categoria: Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital 1º lugar - Auditoria Cívica na Saúde – do Instituto de Fiscalizacão e Controle - Brasília (DF) Possui dois objetivos principais: 1 - proporcionar experiência pedagógica do controle social para o cidadão por meio da participação social; e 2 - a partir da aplicação da metodologia proposta, avaliar a situação dos serviços da saúde básica oferecidos. Os problemas identificados durante a avaliação são organizados em relatório entregue às autoridades responsáveis: Secretaria de Saúde, Ministério Público e Controladorias. Nosso desejo é contribuir com a gestão pública para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e, ao mesmo tempo, conscientizar o cidadão sobre a importância de fiscalizar o poder público.

2º lugar - Arquitetura na Periferia - do Instituto de Assessoria a Mulheres e Inovação – IAMÍ - Belo Horizonte (MG) Arquitetura na Periferia é um método de assessoria técnica a pequenos grupos de mulheres em situação de vulnerabilidade social, que as reúne e capacita para a independência do instalar, construir, reformar e melhorar as suas casas. Desenvolvido a partir da pesquisa de mestrado da arquiteta Carina Guedes, em 2013/14 pela EAD-UFMG, o método tem como premissas a autonomia das participantes, a cooperação e o trabalho coletivo. Trata-se de um processo no qual as participantes são apresentadas às práticas e técnicas de projeto e planejamento, e recebem um microfinanciamento para conduzirem suas obras com autonomia e sem desperdícios.

3º lugar - Origens Brasil – do Instituto Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora - Piracicaba (SP) O Origens Brasil® é uma iniciativa administrada pelo IMAFLORA - www.imaflora.org, lançada em 2016, que defende caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a partir da valorização das atividades econômicas das populações tradicionais e povos indígenas, suas culturas e modo de vida. O Origens Brasil®, é um sistema de garantia de origem socioambiental e de conexão comercial, que através de articulação em rede dos diferentes atores da cadeia de suprimentos, tecnologia e comunicação aproxima o produtor de empresas e do mercado consumidor, promovendo relações comerciais com menos intermediários, mais transparentes e éticas.

Categoria: Educação 1º lugar - Vamos enCURTAr essa história? – do Erem Frei Orlando – Itambé (PE) O projeto “Vamos enCURTar essa história” reuniu estudantes em uma oficina de roteiro, onde eles revisitaram e produziram narrativas de filmes, séries e games que mais gostam reescrevendo novos finais. No projeto, os jovens criaram os curtas “Harry Potter, o recomeço”, “Minecraft Apocalipse” e “Entre Dois Lados” e os apresentaram em praça pública para a comunidade. O sucesso dos filmes foi tão grande que o curta Harry Potter, por exemplo, contabilizou mais de 20 mil visualizações no site oficial do Harry Potter Brasil em apenas uma semana. www.paramais.com.br

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2º lugar - Escola Ativa - do Instituto Esporte & Educação - São Paulo (SP) ESCOLA ATIVA valoriza a escola como um espaço significativo de prática consciente da educação física e do esporte, qualifica e amplia a oferta de atividades regulares para os alunos e as alunas, desde a educação infantil até o ensino médio.Na ESCOLA ATIVA os alunos têm a oportunidade de praticar esportes, brincar e jogar corporalmente, participar das aulas de educação física, envolver-se nas ações, projetos e oficinas de práticas corporais que acontecem nos espaços e tempos da escola. O processo de criação envolve a sensibilização de gestores e professores, formação de Conselho Gestor, realização de diagnóstico, construção de plano de ação, qualificação das práticas e ação.

3º lugar - Tecnologias Sociais e Formação em Ciências da Natureza de Educadores do Campo – da Universidade Federal de Viçosa – Viçosa (MG) A Licenciatura em Educação do Campo na Universidade Federal de Viçosa tem como proposta a formação de professores em docência multidisciplinar, em Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física), para atuação nas escolas do campo. Visando o aprendizado significativo, contextualizado, ativo, e a formação por área de conhecimento, esta Tecnologia Social propõe o ensino aprendizagem das Ciências da Natureza por meio de diversas Tecnologias Sociais pertinentes à Agroecologia. Os/as estudantes são estimulados a pesquisar sobre estas Tecnologias, a escolher alguma visando às situações problemas da sua comunidade e a elaborar cadernos didáticos para as escolas do campo.

Categoria: Geração de Renda 1º lugar - A trama do algodão que transforma – da Cooperativa Central Justa Trama - Porto Alegre (RS) A tecnologia é desenvolvimento da cadeia de produção do algodão agroecológico que envolve todos os elos de produção desde o plantio até a produção de roupas com tingimento com pigmentos naturais/vegetais e comercialização da roupa e acessórios, Somos economia solidária, temos valores justos para cada etapa, sem atravessador. O algodão é plantado de forma agroecológica, consorciado com outros plantios e sem agrotóxicos. A nível local, a organização da comunidade. Em dois dos cinco elos organizamos bancos comunitários de desenvolvimento liderados por mulheres, promovendo acesso a credito, consumo local com moeda social e capacitação através de cursos para gerar renda.

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2º lugar - CLOC (Criatividade – Lógica – Oportunidade – Crescimento) – do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação Santa Luzia do Itanhy - (SE) Em Santa Luzia do Itanhy 52% das famílias são beneficiárias do Bolsa Família, 68% dos empregos dependem do setor público e o município fica longe dos grandes centros. Em cenários como este a melhor saída é o fomento ao empreendedorismo juvenil. CLOC é uma tecnologia social na área de TI, que seleciona alunos de escolas públicas, qualifica estes alunos em programação avançada e como instrutores de programação básica, para atuarem nas escolas dos respectivos povoados, assegurando escala e seleção de novos talentos, e para que se organizem em empreendimentos coletivos, na perspectiva de explorarem oportunidades de negócios na área de TI e visando assegurar sustentabilidade. www.paramais.com.br

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3º lugar - Turismo de Base Comunitária: melhorando vidas e preservando o meio ambiente – do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) – Tefé (AM) O turismo de base comunitária da Pousada Uacari iniciou em 1998 como uma alternativa de renda para comunidades de uma região da Reserva Mamirauá. Os principais objetivos dessa tecnologia social são a geração de benefícios econômicos, a promoção do desenvolvimento social dos moradores e a conservação do meio ambiente. A gestão da Pousada Uacari é compartilhada entre o Instituto Mamirauá e uma associação comunitária, AAGEMAM, responsável por grande parte dos processos internos e de tomadas de decisão. Ao longo desses 20 anos, a Pousada se tornou uma importante fonte de renda de forma sustentável. As comunidades irão assumir a propriedade e gestão em poucos anos.

Categoria: Meio Ambiente 1º lugar - Reuso de resíduos vítreos de aterros sanitários: meio ambiente e renda - da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Toledo - Toledo (PR) A reciclagem de resíduos vítreos é um problema ambiental sério em pequenas cidades distantes de industrias de produção. Além do problema ambiental, a reciclagem do vidro é uma atividade com baixa remuneração para cooperativas/catadores de materiais reciclados, tornando o vidro um material com difícil destinação final. O projeto desenvolvido busca soluções para utilização do vidro encontrado em aterros municipais que consigam gerar renda à cooperativa com a comercialização do vidro na forma de pó para aplicações na construção civil. Apresenta soluções na qual o vidro na forma de pó é comercializado pela cooperativa para aplicação no concreto em soluções para reciclagem. 2º lugar - Plantando Águas – do The Green Initiative São Paulo Sistema (SP) Plantando Águas integra o saneamento básico, a recuperação florestal e a educação ambiental para proteger a água na zona rural. Une o plantio de agroflorestas, que aliam produção e proteção do solo, com a instalação de tecnologias sociais de tratamento de esgoto, como a fossa séptica biodigestora, o jardim filtrante, a cisterna de captação de águas de chuvas. O conjunto destas práticas se articula na promoção da autonomia técnica e produtiva, com ações de extensão rural e de educação ambiental, dentro e fora dos imóveis rurais. É orientado a pequenos agricultores familiares, assentados rurais, comunidades tradicionais e residentes de Unidades de Conservação. 3º lugar - Sistema Miyawaki de restauração de ecossistemas na Amazônia - do Instituto Amigos da Floresta Amazônica - ASFLORA - Benevides (PA). Desenvolvido há mais de 50 anos, o sistema de recuperação florestal “Ecologia Criativa”, do prof. Akira Miyawaki, vem se tornando a base principal para o desenvolvimento do Sistema de Restauração de Ecossistemas na Amazônia, no qual nomeado de Sistema Miyawaki. Dos anos de 2001 a 2019, realizaram-se 40 tecnologias sociais, totalizando mais de 200729 mudas de espécies da região amazônica plantadas. A tecnologia torna-se um instrumento que visa aproximar a sociedade e sensibilizar sobre a importância das florestas do ponto de vista da preservação e do desenvolvimento do ecossistema e, através do reflorestamento, promover o retorno da biodiversidade da região. e residentes de Unidades de Conservação. (*) Com informações da Fundação Banco do Brasil www.paramais.com.br

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Imitar a

fotossíntese para gerar ENERGIA

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Fotos Ascom / Ideflor-Bio, Cristino Martins,

A

s plantas são capazes de produzir seus próprios alimentos através da fotossíntese, um processo químico extremamente complexo que grupos de cientistas em todo o mundo tentam reproduzir em seus laboratórios. Isso é conhecido como “fotossíntese artificial” e, embora ainda esteja em fase de pesquisa, será útil gerar energia menos poluente. Embora a fotossíntese envolva a energia solar – que a planta converte em energia química e, posteriormente, em nutrientes –, C02 ou clorofila, o que mais importa para os cientistas é a água e os dois elementos que a compõem, o hidrogênio e o oxigênio. E um dos objetivos da fotossíntese artificial é imitar o processo pelo qual esse líquido é decomposto em moléculas de hidrogênio e oxigênio, como ocorre na fotossíntese natural: o hidrogênio formado poderia ser usado no futuro como combustível em veículos motorizados que substituem o petróleo. As plantas fazem sua fotossíntese em dois estágios, uma chamada luminosa que depende da luz do sol, e outra chamada escura, na qual ocorrem reações que não precisam daquela luz solar.

Divisão de água em hidrogênio e oxigênio Uma equipe combinada de pesquisadores do CIC BiomaGUNE (Donostia-San Sebastián), as Universidades de Trieste, Ferrara e Mesina (Itália), os Institutos ITM e ISOF (Itália), o centro de pesquisa Elettra-Sincrotone em Trieste (Itália), o Graz A Universidade de Tecnologia (Áustria) e a Universidade de Erlangen (Alemanha) progrediram no sentido de dividir a água em hidrogênio e oxigênio, combinando a catálise bio-inspirada com a nanociência. Na primeira fase, é onde a divisão da água em hidrogênio e oxigênio pela luz solar ocorre, e agora essa equipe de cientistas, conseguiu para reproduzir. E isso fez com a luz do sol. Decomposição da água nos seus dois moléculas pode ser feito muito facilmente, mas a aplicação de energia

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elétrica, um processo comum conhecido como eletrólise da água, detalha Maurizio Prato, um dos maiores especialistas do mundo em grafeno e nanotubos de carbono, da CIC biomaGUNE Isso requer muita energia e “se precisarmos de mais energia do que conseguimos, não é um processo que valha a pena”. Daí o empenho do grupo de Prato em copiar plantas: “nós tentamos e conseguimos a divisão da água em hidrogênio e oxigênio através da luz do sol, que não custa nada”, resume o pesquisador na revista Nature Chemistry: Identificaram estruturas semelhantes a blocos de Lego que imitam o essencial do maquinário foliar. O trabalho não reproduz a perfeição idêntica dos sistemas biológicos e sua arquitetura frágil, mas explora alternativas artificiais, projetadas com componentes sintéticos altamente robustos, versáteis e sintonizáveis​​ que são prontamente escaláveis.

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Para fazer isso, eles criaram um sistema com vários elementos: um tipo de antena que recebe a luz do sol; um cátodo, onde o hidrogênio é concentrado; um ânodo, onde o oxigênio é concentrado, e um catalisador – uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química. Para conseguir a antena, a equipe recriou a menor peça funcional que compõe a lâmina, um quanta artificial; Nas plantas, os pigmentos - antenas para capturar a luz – são organizados em quanta, que são a entidade estrutural mínima que pode obter luz e convertê-la em energia química. Assim, os pesquisadores utilizaram esse sistema para captar energia do sol e iniciar um processo – o da fotossíntese – que tem entre suas primeiras reações químicas a oxidação da água no oxigênio - a energia solar estimula a ruptura das moléculas de água, causando que o oxigênio é liberado. O objetivo final de Prato e sua equipe é contribuir para a obtenção de uma fonte de energia limpa e eficiente. Você poderia conseguir células solares que geram moléculas de hidrogênio, mas não apenas isso.

Carros com hidrogênio?

O hidrogênio e o oxigênio se combinam para formar água em um processo altamente energético; Ele gera muita energia, semelhante ao que se obtém quando um hidrocarboneto como o metano ou a gasolina queima no motor de um carro. O ideal seria fazer um motor que trabalhe com hidrogênio – daí a necessidade de primeiro dividir as moléculas de água com a luz do sol – e combiná-lo com oxigênio, e então gerar água e energia para mover o veículo, diz Prato, que observa que fabricar hidrogênio agora ainda custa muito. O Dr. Jean-Pierre Sauvage, ganhador do Prêmio Nobel de Química 2016 e professor do Instituto de Ciência e Engenharia Supramolecular (ISIS) em Estrasburgo, acrescenta: “A divisão da água é um sonho há muito procurado e foi um tópico de minha pesquisa há muito tempo atrás. É um processo extremamente árduo, com muitos grupos de pesquisa tentando imitar a natureza, mas ainda longe de conseguir fazê-lo”. Esta pesquisa abre novas perspectivas e possibilidades. A auto-montagem de um sensibilizador robusto com um catalisador eficiente gera um sistema extremamente fascinante e eficiente para oxidar a água ao oxigênio, um passo fundamental para a divisão da água “.

Esquema para geração eficiente de hidrogênio fotocatalítico de luz visível. Os sistemas fotocatalíticos heterogéneos artificiais do esquema Z, imitando o processo de fotossíntese natural, superam as desvantagens dos foto catalisadores de componente único e satisfazem os requisitos acima mencionados

Maurizio Prato explica ainda mais o avanço obtido: “Neste trabalho, usamos um semicondutor orgânico robusto e versátil para criar uma estrutura fotoativa em torno do centro catalítico para transferir elétrons e retardar a recombinação”. O hidrogênio e o oxigênio se combinam para produzir água em um processo altamente intensivo em energia.

A quantidade de energia gerada nesse processo é comparável a quando um hidrocarboneto como metano ou gasolina entra em combustão em um motor de carro. “A situação ideal seria produzir um motor a hidrogênio que combine com o oxigênio para produzir água e gerar energia para alimentar o veículo. No momento atual, produzir hidrogênio é um processo caro. O que estamos tentando não é apenas produzir hidrogênio, mas tornar o processo economicamente viável. Esta é uma área altamente competitiva e o que conseguimos é um sistema molecular que possibilitará avanços consideráveis ​​”, O desafio, acrescenta Patro, é fabricar catalisadores baseados em átomos mais abundantes, como átomos de ferro e cobalto, conclui Maurizio Prato.

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Açaizal – Feira de negócios do Açaí Promete compartilhar tecnologia e conhecimentos no Hangar

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otencializar a produção do açaí e de suas subcadeias (mandioca, peixe e farinha), fomentar e estimular a produção de forma adequada, discutir sustentabilidade, mostrar para o mundo que o fruto, símbolo da Amazônia e mais especialmente do Pará, pode e deve ser um motivo para se compartilhar tecnologias, é o objetivo da realização da “Açaizal – Feira de Negócios do Açaí”, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de novembro no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. A feira é uma realização do Instituto Brasileiro do Açaí (IBRA), da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep) e do Governo do Pará. Antes de ser o preferido da geração saúde, o açaí é um dos símbolos da cultura alimentar paraense. Dependendo da região do Estado, o açaí acompanha proteínas como peixe, camarão ou carne. E serve como sobremesa, misturada com açúcar e farinha de tapioca ou d’água. O Pará é o maior produtor do fruto do País. O açaizeiro representa um importante fator socioeconômico para a região amazônica. O açaí batido para o consumo imediato da população, além da polpa industrializada congelada e o corante natural denominado antocianina, é empregado nas indústrias farmacêuticas, cosméticas e alimentícias, segundo dados da Embrapa Amazônia Oriental. “Em 2007 fizemos um evento chamado Açaizal. Com o mesmo nome, mas algo embrionário se

for comparar ao que estamos desenhando para 2019. Foi criado com o intuito de balancear com os festivais isolados de açaí e de camarão que aconteciam nesta mesma época. Esses encontros não geravam renda em Igarapé-Miri após o período de safra e achamos que algo deveria ser feito. Desta vez, vamos levar a feira do Ver-o-Peso toda para o Hangar. Feirantes e boieiras (vendedoras que atuam comercializando comida na feira) estarão todos lá nessas datas, pois não resistirão ao que será oferecido no Açaizal 2019”, adianta Arnaldo Silva, presidente do Instituto Brasileiro do Açaí. O Açaizal promete unir os empreendedores do ramo do açaí de toda a Amazônia Legal e definir de vez a quem deve ser associada a produção do produto. UFPA, UFRA, EMATER e Embrapa levarão palestrantes, materiais e colaboradores para compor estandes e reuniões. Além de outras formas de contribuir para o Açaizal que estão sendo organizadas e em breve serão anunciadas. O ponto alto da Açaizal será a realização de feiras paralelas, como a do “Conhecimento”, cuja intenção é reunir empresas que apresentarão suas soluções e ideias que prometem transformar lixo em dinheiro assim como conceitos sustentáveis para agregar valor a seus produtos e contribuir com o meio ambiente. A Feira do Artesanato, que reunirá artesãos de toda a Amazônia e a Feira da Alimentação, que deve atrair consumidores em grande quantidade em virtude dos baixos preços que serão oferecidos.

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Pará líder na produção de açaí no Brasil

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ecente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta o Estado do Pará como o maior produtor nacional de açaí. A produção do fruto aumentou para 1.430.000 toneladas de frutos em 2018, um valor 13% maior que os 1.273.000 de 2017 (IBGE- LSPA, 2018). 190 mil hectares foram colhidos do fruto em 2018, o que superou os demais estados brasileiros. A maior parte do açaí é de produção extrativista, no Pará, assim como no resto da Amazônia. Já há várias iniciativas de plantio do fruto em terra firme, mas ainda prevalece a produção de várzea.

Rota do Açai Para impulsionar a produção, geração de renda na região e a exportação, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) criou a Rota do Açaí no Estado, em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Banco da Amazônia e da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap/PA). Atualmente, dois Polos da Rota do Açaí estão em atividade no Pará. Um deles na unidade Baixo-Tocantins comporta quatro dos cinco maiores produtores de açaí do Estado: Igarapé Miri, Abaetetuba, Cametá e Barcarena, foram responsáveis por 70% da produção paraense em 2017. Os municípios de Acará, Baião, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia, completam este primeiro polo da rota. O segundo Polo é na BR-316, que comporta os municípios produtores de açaí do nordeste paraense, incluindo as ilhas da capital, Belém e outros 20 municípios: Ananindeua, Benevides, Bragança, Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Colares, Curuçá, Inhangapi, Maracanã, Marapanim, Marituba, Primavera, Santa Bárbara do Pará, Santa Isabel do Pará, Tomé Açu, Viseu, Bujaru, Santo Antônio do Tauá e Magalhães Barata. O Polo do Arquipélago do Marajó se encontra em fase de implementação. A região sozinha produziu 20% do total do açaí paraense, registrado em 2017.

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Jambu, da pomada anestésica ao extrato alimentício Empresa lança produto com propriedades funcionais a partir de tecnologia desenvolvida no CPQBA-Unicamp Texto *Carolina Octaviano Fotos Pedro Amatuzzi

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jambu, planta amplamente utilizada na culinária da região Norte do país, vai, muito em breve, fazer parte da alimentação do dia a dia do brasileiro de outras regiões e, quem sabe, do mundo. Esta é a proposta da startup Especiarias Amazônia, que licenciou uma tecnologia oriunda dos laboratórios do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp para obter um extrato de jambu mais puro. Com o emprego da tecnologia, a empresa desenvolveu um produto semelhante ao orégano, mas com os benefícios já conhecidos do jambu, que pode ser utilizada como tempero culinário. O professor Rodney Ferreira Rodrigues, responsável pela tecnologia

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O grande diferencial do processo licenciado é, além da pureza, a presença de espilantol, substância conhecida por suas propriedades antioxidantes, diuréticas e anti-inflamatórias e que vai permitir à startup ampliar a gama de oferta de produtos no longo prazo – como uma pomada anestésica para tatuagens. “Além do desenvolvimento de uma linha de produtos de maneira rápida e eficiente, percebemos que, com a mudança para o mercado alimentício, seria possível lançar um produto inexistente no mercado”, conta Danúbio Martins, fundador da startup. Para o futuro próximo, a empresa mira o mercado de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. “Queremos expandir a utilização também na formulação de um chá antioxidante com propriedades afrodisíacas”, revela Martins.

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No caso dos produtos alimentícios, primeira linha de lançamentos da empresa, a aposta da Especiarias Amazônia está, justamente, na sustentabilidade e no desenvolvimento de produtos baseados na biodiversidade brasileira. Com tecnologia desenvolvida nacionalmente e utilizando uma espécie da flora amazônica, a Especiarias Amazônia vai fornecer ao mercado produtos 100% brasileiros. “Nossa empresa tem um apelo biotecnológico e, por isso, queremos desenvolver produtos mais eficientes e que tragam benefícios para a saúde”, aponta Martins. A empresa já conta com um sítio piloto com certificação orgânica para plantio em larga escala. “É preciso conhecer o passo a passo, desde o plantio até a extração”, frisa Danúbio. A empresa também está realizando pesquisas para desenvolvimento de um produto orgânico substituto da toxina botulínica, para fins estéticos.

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Mirando o desenvolvimento de suas habilidades de negócios, a Especiarias Amazônia também deu início, recentemente, a seu processo de incubação na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). A empresa foi aprovada no edital de seleção de empresas para incubação no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, realizado por meio de uma parceria entre a Incamp, a Prefeitura Municipal de Paulínia e o Parque Tecnológico e Empresarial Galileo. “A incubadora nos proporciona um acesso mais rápido a especialistas da Unicamp, e ao mesmo tempo, por meio da consultoria de negócios, nos ajuda com o desenvolvimento de produtos, fazendo com que eles cheguem mais rápido ao mercado”, comenta o empreendedor.

Sobre a tecnologia O processo desenvolvido na Unicamp, e licenciado, permite a obtenção de extrato de jambu mais simples, com menos etapas e menor toxicidade, por meio da utilização de carvão ativado. Este processo de purificação do jambu consegue obter 40% de espilantol e sem clorofila. “A tecnologia é inovadora em razão de sua grande flexibilidade de aplicação, pois permite produzir extratos para diversas áreas, desde produtos farmacêuticos, cosméticos, sensuais, alimentícios, odontológicos e outros”, destaca Rodney Ferreira Rodrigues, responsável pela tecnologia. Ele conta ainda que, embora haja tecnologias semelhantes no mercado, elas não são tão versáteis, em termos de uso, quanto a desenvolvida nos laboratórios da Unicamp por ele, pelos professores Francisco Carlos

Groppo, João Ernesto de Carvalho e pela doutora Verônica Santana de Freitas Blanco. O pesquisador da Unicamp enxerga que, por meio da enorme gama de aplicação tecnológica, o desenvolvimento da tecnologia demonstra sinergia com as demandas de mercado. Para ele, o contato com a empresa, durante o processo de transferência da tecnologia, foi bastante positivo. “A empresa se mostrou bastante aberta às tendências de mercado e, assim, optou por um portfólio variado de forma a abrir novas demandas para tecnologia”, avalia. Rodrigues ressalta, além da aplicação em diversos segmentos da indústria, o baixo custo da tecnologia. “Para atender ao mercado necessitamos baixo custo e flexibilidade, assim privilegiamos tecnologias simples e baratas e de impacto ambiental baixíssimo”, diz.

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O que podemos fazer para viver mais? Texto *Prof. Dr. Marco Aurelio Janaudis Fotos Alfredo C. Silves, Divulgação, Ying Hui

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er uma vida longa e com saúde é o desejo e objetivo de muitas pessoas. O envelhecimento é algo inevitável, mas a maneira como chegaremos e passaremos por ele, depende exclusivamente de cada um e das escolhas feitas ao longo da vida. Por isso, assim como qualquer objetivo, é preciso um certo planejamento para que seja conquistado. Já se perguntou se seus hábitos condizem com essa meta? Ao longo deste artigo vamos falar os principais pontos para alcançarmos a longevidade.

Alimente-se de forma saudável

Quando pensamos em alimentação saudável, logo vem à mente um prato de salada, muitas frutas e legumes. Mas seria só isso? A verdadeira alimentação saudável encontra-se no equilíbrio e no modo de preparo dos alimentos. As refeições devem conter, sempre, carboidratos, proteínas, lipídios e vegetais, de acordo com as necessidades nutricionais de cada um. Jamais devemos cortar algum grupo de alimento, aliás, se pudermos incluir novos itens como castanhas, alimentos ricos em cálcio e magnésio, melhor ainda, pois protegem o coração e evitam a osteoporose.

Cuide da sua saúde de forma preventiva Com que frequência você vai a um consultório médico e realiza os exames de rotina? Se o intervalo das consultas for maior que doze meses é preciso rever esse ponto. O cuidado preventivo da saúde requer visitas anuais ao médico, pois com isso é possível diagnosticar uma possível doença ainda em seu estágio inicial. Isso garante que o processo de tratamento seja mais rápido, simples e menos desgastante. Sabemos também que um problema de saúde pode levar a outro e, se resolvido precocemente, pode evitar futuras complicações.

Pratique exercícios físicos

O importante é movimentar-se, até porque, muitas pessoas deixam de fazer exercícios por pensarem que apenas determinadas práticas são eficazes. Uma caminhada de 30 minutos por dia, já é capaz de ativar a circulação e trazer bem-estar ao praticante. Comece aos poucos e aumente gradativamente a intensidade e o ritmo dos exercícios.

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Evite o consumo excessivo de álcool, pare de fumar, não use drogas O consumo excessivo de álcool e tabaco podem desencadear doenças sérias e, muitas vezes, fatais. Consumir álcool com moderação e abandonar o cigarro, podem garantir até dez anos a mais de vida, quando aliado a outros hábitos saudáveis também.

Se tem uma coisa que as pessoas evitam passar após certa idade, é o estresse. Seja por saber que tudo se resolverá a seu tempo, que algumas coisas não dependem de nós para acontecer, que cada um tem seu ritmo, na terceira idade as pessoas passam a se preocupar com o que realmente importa. Então, por que não adotar essa prática agora? Se a rotina apresenta situações difíceis, se as preocupações e responsabilidades são muitas, é preciso reservar um tempo para si, organizar os pensamentos e recobrar a saúde mental.

Durma o suficiente

Beba água

O sono é fundamental para que o corpo equilibre suas principais funções. O ideal é que tenhamos, em média, oito horas de sono por dia. Essas horas podem diminuir com o passar do tempo e o avanço da idade. Sinta que seu corpo esteja descansado e, então, certamente as horas de sono foram atingidas.

O que para algumas pessoas pode parecer muito, na verdade, é o que o corpo necessita para funcionar corretamente. A água, além de hidratar todos os tecidos e dar uma boa aparência à pele, é responsável pela limpeza e eliminação das toxinas do organismo. Portanto, para quem está na melhor idade, o ideal é ingerir pelo menos um litro de água todos os dias.

Evite o estresse

Faça o que gosta Se existe algo na vida que nos deixa mais feliz é fazer o que gostamos. Faça uma lista de atividades preferidas e, se forem muitas e não conseguir conciliar com as obrigações, faça um pouco por dia e garanta momentos felizes diariamente. Ver um amigo, sair para jantar, conversar com uma pessoa querida, caminhar no parque, enfim, existe um mundo de possibilidades que podemos apreciar. (*) Clínico Geral do Trasmontano Saúde, Secretário Geral da SOBRAMFA - Educação Médica e Humanismo e Prof. Adjunto na Faculdade de Medicina de Jundiaí.l

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A arte da renda de bilros Texto *Anete Costa Ferreira Fotos Divulgação

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a cidade de Peniche (Portugal) está situada a 103 kilômetros de Lisboa, em Leiria na região da Estremadura. O acesso pode ser rodoviário e aéreo. Na localidade está o Museu das Rendas de Bilros considerado património cultural implantado nessa cidade há mais de 400 anos. Há divergências quanto a origem da renda. Alguns escritores acreditam que coube aos egípcios usarem adornos semelhantes a rendas e que nas últimas dinastias se executaram peças nas quais havia entrecruzamentos de fios, que eram enrolados em carretos dando origem aos bilros. Outros, afirmam que a Grécia foi o seu berço, passando pelo Oriente trazidos pelos fenícios e cartagineses. Todavia, há informações de que o macramé, renda árabe muito em voga, terá sido lançada pelos hippies, sendo uma tradição de séculos ou de milénios. Documentos escassos mencionam que a produção de rendas iniciou-se antes do século XIV. Porém já no ano de 1252, uma senhora russa chamada Sofia Davidoff mencionou a renda em francês aludindo a um caftan, cujas pontas eram tecidas com fio de ouro. No reinado de Carlos V, em 1364, na França já era usada a renda. Em um Tratado entre Bruges e Inglaterra há referência à renda, no ano de 1390. Outra informação esparsa menciona que já existia no decorrer de 1493 documentos comprovando a existência de rendas. A Eslovênia em 2018, passou a integrar a lista da renda de bilros, na UNESCO.

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Em Portugal, no reinado de D. Sebastião, no ano de 1554, surge a palavra renda pela primeira vez. A renda propalou-se na Europa com uso nos canos de botas, punhos, laços de sapatos e enfeite nas golas impedindo o movimento normal do pescoço. O uso exagerado em vários países europeus atingiu Portugal obrigando ao rei D. João III criar medidas severas como a de 1535, ordenando: ”Que nenhuma pessoa se servisse de desfiado nem rede em alguns paramentos de cama, nem casa”.

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Por sua vez D. Fellipe II, impõe rigorosas penas a quem as usassem e D. João V, ao obrigar o uso das rendas flamengas causou sérios desequilíbrios na economia portuguesa, originando protestos das rendeiras nortenhas que enviaram a Lisboa representante, a qual conseguiu Alvará Régio para uso das rendas portuguesas apenas em lençóis, toalhas e adornos de casa, proibindo o seu uso pessoal. Em 1751, D. José I, dá carta de alforria às rendas feitas no reino. Para a confecção da renda de bilros são utilizados: almofadas, alfinetes, bilros e fios têxteis ou metálicos. Os bilros eram de madeira, osso ou marfim, e os alfinetes surgem na França no século XVI.

As cidades de Peniche e Vila do Conde, são os maiores centros de produção de rendas, além de toda a costa portuguesa. Em outras épocas os Açores também se distinguiram no ramo, de onde acredita-se que levaram para o Brasil. Na costa brasileira, destaca-se o Nordeste, e no Sul, Santa Catarina. A renda brasileira tem inspirado compositores e poetas destacando-se Luís Gonzaga, no Ceará que gravou o baião “Mulher Rendeira” e o poeta português António Maria de Oliveira compôs o poema “Rendas de Peniche”. Em Peniche, conforme Pedro Figueira, informa que a cidade começou a produção de renda em 1865. Antes em 1862, já existiam cerca de mil rendeiras, quando fabricaram a renda Chantilly e Honiton, em fio preto. A seguir iniciaram vários trabalhos inspirados em flores, frutos, religião, gastronomia, instrumentos musicais, animais, arquitectura, etc. que são utilizados em enxovais de nascimentos de bebês, batizados, Primeira Comunhão e casamentos, bem como vestidos e acessórios de modas. Muitos trabalhos alcançaram grandes sucessos em exposições internacionais: Londres – 1851; Paris – 1855 e 1889; Porto – 1861; Viena Áustria – 1872 e Belém do Pará, Brasil – 1895. Com a entrada da China no comércio português, o consumo caiu bastante comprometendo a economia deste sector.

A Câmara Municipal de Peniche, em 1987, inaugurou a Escola-Oficina de Rendas para a preservação de uma arte secular da cidade. No ano de 2016, foi a vez da inauguração do Museu das Rendas de Bilros para perpetuar o património cultural no maior espaço museológico onde centenas de profissionais exercem a arte da Renda de Bilros de Peniche. (*) Correspondente em Portugal

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