Revista
Pará+ BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
EDIÇÃO 213
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HELDER ANUNCIA A FERROVIA PARÁ TIJOLO PAI D´ÉGUA COM SELO DE QUALIDADE TURISMO COMUNITÁRIO GERA RENDA NO INTERIOR PARAENSE capa 213.indd 1
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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado
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O sistema é alimentado com resíduos orgânicos
Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor
O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações
O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão
O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.
O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.
Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.
Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.
O QUE COLOCAR NO SISTEMA
O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA
Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.
Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.
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Revista
N E S TA E D I Ç Ã O
PUBLICAÇÃO
FERROVIA PARÁ
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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
ÍNDICE
PARÁ PODERÁ GANHAR MAIS UMA UNIVERSIDADE FEDERAL
10 AVEFEST 2019 MOVIMENTA MAIS DE 21 MILHÕES DE REAIS EM NEGÓCIOS
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Avefest, Carol Menezes, Docway, Flávio Contente, IBGE, Pryscila Margarido, Mellan Solly, Ronaldo Hühn, Sindolpa, Smithsonian; FOTOGRAFIAS: Babi Afonso, Divulgação, Domínio Público, Eder Souza, Flávio Contente, Heléne Baum, IBGE, Infomédica, Jailson Sam / Divulgação, Marcos Oliveira/Agência Senado, Pedro Guerreiro / Ag. Pará ; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
C A PA
12 INDÚSTRIAS CERÂMICAS PARAENSES RECEBEM SELO DE QUALIDADE
14 TURISMO COMUNITÁRIO É ALTERNATIVA DE RENDA NA COMUNIDADE DO SANTO AMARO
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Os Santos de Jurussaca
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Com que frequência devemos ir ao médico?
Novas evidências na análise do Santo Sudário feita em 1988
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FAVOR POR
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As emissões de gases de efeito estufa já atingiram o pico em 30 grandes cidades
Pintura da Última Ceia da freira renascentista faz estreia pública depois de 450 anos escondida
ST A
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Pesquisa do IBGE aponta os maiores gastos das famílias brasileiras
Nas águas do Rio Guamá, a 30 quilômetros da capital paraense, a oito quilômetros da Alça Viária, às margens do igarapé Taiassuí, afluente do Rio Guamá – a comunidade ribeirinha do Santo Amaro em Benevides. Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
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Cumprimentos após a assinatura do protocolo de intenções pelo Pará e China, que garante recursos para implantação e exploração do projeto da Ferrovia Pará
Ferrovia Pará Cooperação com a China no Pará (R$ 7 bilhões) é o maior investimento de infraestrutura no Brasil
Assinatura do acordo pelo governador Helder Barbalho e o representante da empresa China Communication Construction Company
Texto *Isa Arnour Fotos Jailson Sam / Divulgação
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governador do Pará, Helder Barbalho, assinou recentemente (12/11), um protocolo de intenções para estudos de viabilidade econômica de implantação e exploração do projeto da Ferrovia Pará, entre os municípios de Marabá e Barcarena.
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A cooperação, firmada em Brasília (DF), no valor de R$ 7 bilhões, envolve a empresa China Communication Construction Company (CCCCSA), controladora da brasileira Concremat. A malha ferroviária proposta irá interligar o porto de Vila do Conde, em Barcarena, no nordeste do Estado, a municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até Açailândia, no Maranhão, com a Ferrovia Norte-Sul.
Volume de recursos De acordo com Helder, trata-se de um dos mais importantes projetos estruturais e de desenvolvimento do Norte do Brasil e o maior investimento internacional em andamento no país, e que, ao mesmo tempo, reforça os laços do Pará com o povo chinês. O protocolo servirá de orientação para futura negociação e assinatura de convênios, acordos e outros termos que possam ajustar as necessidades do corredor ferroviário. “Temos a maior província mineral do país, e um dos maiores produtores do agronegócio brasileiro. Com esses investimentos, desenvolveremos a logística e competitividade do Estado, agregação de valor, geração de emprego e renda, promovendo o desenvolvimento da região”, enalteceu o governador. “Estaremos atentos e determinados para que o ambiente seja o melhor e mais atrativo possível. Será um novo tempo para a nossa economia”, comprometeu-se. Como parte das ações de Governo que contribuirão para a celeridade da execução do projeto, o governador destacou o empenho no processo de regularização fundiária, fruto das necessidades para o trajeto pensado para o trecho, e ainda o licenciamento ambiental com sustentabilidade, responsabilidade e celeridade para avançar os investimentos. “É o nosso dever de casa imediato”, reafirmou Helder.
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Durante a assinatura do protocolo de intenções pelo Pará e China, com a presença de secretários e parlamentares da bancada do Pará
Reforço Este é o segundo projeto que a CCCC desenvolve em parceria com o Estado. O vice-presidente do conglomerado, Chen ZHong, classificou o Pará como “muito promissor e importante não só na mineração, como também na indústria e no desenvolvimento”.
O secretário de Estado de Transportes, Pádua Andrade, presente à ocasião, destacou os ganhos para o desenvolvimento da estratégia logística. “Esses 492 km, de Marabá ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena, significam a atração de mais investidores. Não estamos falando só do fortalecimento da economia local, do Sul e do Sudeste do
Pará, mas também de outros estados, que verão com bons olhos as nossas condições de escoamento”, acrescentou.
Ambiente favorável
Titular da Secretaria de Estado de Administração, Hana Gassan disse ver no protocolo a demonstração de que está sendo criado um ambiente favorável de negócios, com simplificação tributária, de processos e segurança jurídica para os investidores. “A consequência é a melhoria do ambiente econômico, além da diversificação de nossa base produtiva e aumento da renda para a população”, ratificou. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima, a ferrovia paraense é a concretização do início do sonho de um novo modal de transporte, muito mais atraente economicamente. “É o que vai tornar nossos produtos mais competitivos, no mercado nacional e internacional. O minério a preço mais baixo pode significar a verticalização, porque escoamento é garantido”, explicou, incluindo ainda a intenção, de junto com a CCCC, reativar o polo metal-mecânico de Marabá, com instalação de diversas siderúrgicas de ferro-gusa e uma laminadora lá.
Cooperação
“Os chineses são conhecidos por eficiência na montagem de infraestrutura, sobretudo ferroviária, porque dessa forma interligaram o próprio país inteiro.
Esse investimento vai trazer renda, emprego, qualidade de vida para todo o Pará”, ressaltou a deputada federal Elcione Barbalho destacando o marco histórico www.paramais.com.br
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, Helder Barbalho e a comitiva da China na reunião
qualidade de vida para todo o Pará”, ressaltou a parlamentar. “Menos custo para produção e escoamento, mais emprego e renda, é um avanço, um sonho que muito em breve será uma realidade”, corroborou o deputado federal representante do Pará na Câmara dos Deputados, Éder Mauro.
Reunião no Ministério
Para a classe produtiva, o acordo entre o Pará e a empresa China Communication Construction Company é promissor e importante não só na mineração, como também na indústria e no desenvolvimento
Nosso trabalho é dar celeridade às questões de licenciamento, ao passo que a própria empresa, por meio dos estudos de socioeconômicos de viabilidade, em uma proposta estruturada, vai facilitar isso”, declarou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Mauro Ó de Almeida. “Não existe avanço sem desenvolvimento, e infraestrutura é fundamental para isso. Uma ferrovia inteiramente em território paraense, unindo principais polos até o porto, fará a diferença ao longo dos tempos”, destacou o senador do Pará, Zequinha Marinho.
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Presidente da Federação da Agricultura Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, insistiu no fato de que se trata de um empenho para o desenvolvimento do Brasil. “O escoamento da produção brasileira vai se viabilizar pelo Pará, não restam dúvidas, onde o custo será mais baixo com uma ferrovia ligando ao porto de maior importância”, justificou. A deputada federal Elcione Barbalho destacou o marco histórico da consolidação dessa parceria. “O Governo do Pará deu hoje um grande passo. Esse investimento vai trazer renda, emprego,
Após a assinatura do protocolo, o governador Helder Barbalho e representantes da China Communications Construction Company se reuniram com o ministro Paulo Guedes, no Ministério da Economia. No encontro, o chefe do Executivo paraense explicou detalhes da parceria fechada com a companhia chinesa, que vai impulsionar o desenvolvimento em vários setores da economia, além de gerar emprego e renda. O ministro Paulo Guedes destacou a importância da assinatura do protocolo de intenções e reforçou o significado desse investimento para a realização de um sonho antigo do Estado do Pará. (*) SECOM
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Pará poderá ganhar mais uma universidade federal Fotos Marcos Oliveira/Agência Senado
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Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou ontem, 12, o relatório de autoria do senador Zequinha Marinho (PSC-PA) favorável a criação da Universidade Federal do Xingu (UFX). A proposta é que a nova instituição de ensino seja criada a partir do desmembramento do campus de Altamira da Universidade Federal do Pará (UFPA) e atenda diretamente com cursos de graduação e pós-graduação os paraenses de 15 municípios localizados na região da Transamazônica. Com sede em Altamira, a ideia é que a nova universidade promova a interiorização do ensino superior nos municípios de Anapu, Aveiro, Brasil Novo, Gurupá, Itaituba, Jacareacanga, Medicilândia, Novo Progresso, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.
O projeto que tramita há mais de dois anos no Senado chegou a ficar parado ao longo de todo o ano passado. Senador Zequinha Marinho
Desde que assumiu o mandato como representante do Pará na Casa Legislativa, o senador Zequinha Marinho solicitou ao presidente da CAE, senador Omar Aziz (PSD-AM), que entregasse a ele a relatoria do projeto. “Não se pode conceber o desenvolvimento de uma região sem pensar na implantação de uma universidade que lhe seja braço direito na construção de programas e projetos de desenvolvimento e que tenham impactos diretos na vida social e econômica da população”, frisou o relator. O texto segue para a Comissão de Educação (CE), onde receberá decisão terminativa. Se criada pelo governo federal, a Universidade Federal do Xingu será a quinta instituição federal de ensino superior no Pará. Como a criação de universidades é uma prerrogativa do Poder Executivo, a proposta é apenas de caráter autorizativo. O Executivo disporá sobre os cargos a serem criados para compor o quadro de pessoal da nova instituição. Reitor e vice-reitor deverão ser nomeados temporariamente, em ato do ministro da Educação, até que a UFX seja implantada definitivamente, com a aprovação do seu estatuto. “A criação da Universidade Federal do Xingu, efetivamente implantada e focada na região, certamente marcará um novo momento, estimulando a juventude e envolvendo a comunidade acadêmica como nunca”, defende o senador Zequinha.
Por mais emprego, trabalho e renda para a população paraense
O senador Zequinha – que coordena a Bancada do Pará no Congresso Nacional – na audiência com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
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Além de defender melhorias na área da educação, o senador Zequinha tem trabalhado para ampliar a geração de emprego e renda no Estado. No último mês de novembro, na companhia de trabalhadores e produtores rurais da Amazônia Legal, o senador – que coordena a Bancada do Pará no Congresso Nacional – participou de audiência com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para quem pediu ajuda para a retomada do segmento florestal. Em 2003, a atividade madeireira empregava cerca de 210 mil trabalhadores em toda a região amazônica. www.paramais.com.br
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Atualmente, esse número foi reduzido para 20 mil. Para resgatar esses postos de trabalho e combater o desemprego na região, sobretudo no Estado do Pará, o senador defende a elaboração do Programa de Fortalecimento do Setor Florestal da Amazônia. “Somos 24 milhões de brasileiros que habitam a Amazônia e que, no passado recente, foram esquecidos e deixados à margem das políticas públicas. É preciso resgatar o papel de protagonista do povo amazônida, dando a ele oportunidades para viver com dignidade e condições para o seu sustento”, defendeu Zequinha que entende que a “reativação do setor florestal abre novas oportunidades para a geração de emprego, renda e o desenvolvimento da região amazônica”. A ideia dos trabalhadores e produtores rurais, representados pela Frente Pró-Floresta da Amazônia Legal, é que o Programa de Fortalecimento do Setor Florestal da Amazônia crie uma agenda florestal estratégica que simplifique a gestão florestal, garantindo segurança operacional e jurídica para a atividade florestal, e a ampliação de incentivos à produção. Como proposta, a Frente indica a utilização de parte do Fundo Amazônia na implementação de tecnologia em todas as modalidades do manejo, principalmente os comunitários.
Mineração Sendo o Pará um estado eminentemente minerador, o senador Zequinha também tem buscado apoio junto ao governo federal para a regularização da atividade mineral. Em dois momentos distintos, participou de audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para levar a pauta de demandas dos pequenos mineradores e garimpeiros das regiões da BR-163 e da PA-279. A lentidão da Agência Nacional de Mineração (ANM) na análise dos processos minerais tem provocado dificuldades para que pequenos mineradores e garimpeiros consigam se legalizar. Somente na região da BR-163, encontram-se na ANM 11.397 requerimentos de Permissões de Lavra Garimpeira (PLGs) que aguardam deferimento do órgão federal.
Na audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com pauta de demandas para atender o pleito da atividade mineral, que gera emprego e renda no Pará
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De acordo com o diretor-geral da ANM, Victor Hugo Bicca, o atraso na análise de processos se dá em razão da falta de recursos e de pessoal.“Existem requerimentos da década de 80 que estão parados na agência. Isso dificulta o processo de regularização, pois impede que esses trabalhadores consigam a documentação necessária para sua legalidade. Precisamos transpor essa dificuldade e dar andamento aos processos para a legalização da atividade”, ressaltou o senador Zequinha Marinho. Por solicitação do senador e para atender o pleito da atividade mineral, que gera emprego e renda no Pará, o ministro Onyx comentou que irá repassar recursos à ANM, cerca de R$ 5,6 milhões para que seja dada celeridade a 1.293 processos de forma prioritária. Além de agilizar a análise dos processos minerais, o governo federal deverá anunciar nos próximos dias um de medidas no sentido de desburocratizar e incentivar a regularização da atividade mineral. É o caso do projeto de lei que deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional e que regulamenta os artigos 231 e 176 da Constituição Federal. Ambos dispositivos determinam o aproveitamento de recursos hídricos e minerais em terras indígenas. A regularização fundiária é outra ação que vem sendo trabalhada internamente no governo no sentindo de legalizar a atuação dos pequenos mineradores. Foi anunciado pelo ministro Onyx que será concluído até o final do ano, um ato do presidente da República para que proprietários de terras com até 2.500 hectares possam fazer a auto declaração de maneira simplificada.
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Avefest 2019 movimenta mais de 21 milhões de reais em negócios
“Agro: É negócio. É desenvolvimento” Autoridades na abertura do AveFest
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Tenda de Negócios
anta Izabel do Pará sediou entre os dias 04 e 10 de novembro o AveFest 2019. Considerado o maior evento de avicultura do estado e do norte do Brasil, o AveFest atraiu milhares de pessoas à Praça Santa Izabel, principalmente nos quatro dias de programação cultural, com shows de artistas da terra e o Festival de Negócios do SEBRAE-PA, que rendeu mais de 21 milhões em comercialização de bens e serviços durante a exposição. O evento foi uma realização do SINPRIZ (Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Izabel do Pará e Santo Antônio do Tauá). APAV (Associação Paraense de Avicultura) e a ACIASI (Associação Comercial Industrial Agropastoril de Santa Izabel do Pará).
Prefeito Evandro Watanabe, Vice Gilson Freitas com o time do Sebrae-PA capitaneado por Rubens Magno Jr
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O AveFest Tec tem como objetivo reunir os profissionais, empreendedores, técnicos e estudantes em várias oficinas, palestras, cursos, debates e dia de campo para estreitar relações, firmar novas parcerias e compartilhar experiência do setor produtivo. O AveFest 2019 também contou com o apoio da Prefeitura de Santa Izabel, do SEBRAE-PA e de patrocinadores locais e regionais, como a empresa Frango Americano, a maior do ramo da avicultura no Norte e Nordeste do Brasil. Sem esse apoio, não seria possível realizar o evento, que passou teve que reduzir drasticamente seus custos de realização entre 2016 e 2018. Nesse período, foi realizado o AveFest Tec, um evento menor, voltado apenas para palestras e oficinas. “Tivemos que dar um passo atrás. Nesses anos, fizemos apenas o AveFest Tec, que tem orçamento baixo.
Agora, com a Prefeitura e o SEBRAE apoiando, conseguimos realizar o maior evento de todos os tempos. Esperamos que no ano que vem seja melhor ainda”, conta Iacira Sedrim, Presidente de Honra do SINPRIZ. Na tenda de negócios do SEBRAE-PA, onde foi realizado o II Festival de Negócios, foram movimentos cerca de R$ 21 milhões de reais, entre os empresários participantes dos stands e o público visitante. Um número muito superior aos da primeira edição do festival, realizado em Castanhal, município bem maior e mais rico que Santa Izabel do Pará. “Isso mostra o quanto nossa cidade está avançando. São milhões de reais que irão circular no nosso comércio. www.paramais.com.br
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A avicultura é desenvolvida no estado do Pará desde 1960, tendo como principais polos de produção os municípios de Santa Izabel do Pará e Santarém. O plantel paraense e o maior da Região Norte. O estado do Pará é o único do país que produz os frangos e ovos comerciais atendendo o Protocolo dos Grãos do Ministério Público Federal, onde os grãos só são adquiridos de produtores e cerealistas do Estado do Pará que cumprem as legislações ambientais e trabalhistas. O Polo avícola mais importante do Estado está no município de Santa Izabel e entorno. O Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Izabel do Pará e Santo Antônio Do Tauá – Sinpriz, coordena e realiza há 09 anos o Maior Evento Avícola do Norte do Brasil – AVEFEST – Lei n° 7.671 de outubro de 2012, que considera o AVEFEST, Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará. Este ano estaremos realizando a 10º edição do Avefest.
Prefeito Evandro Watanne e Hugo Suenaga Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca com Rodrigo Hühn e a equipe do Sebrae Oficinas de montagens de cardápios com produtos regionais
Show de Viviane Batidão
Prefeito Evandro Watanabe
É a prova de que estamos no caminho certo”, disse o Prefeito de Santa Izabel Evandro Watanabe. Mais o que arrastou a multidão, mesmo, foram os shows musicais. Com destaques para os shows do grupo Fruto Sensual e da cantora Viviane Batidão. Artistas izabelenses que atraíram mais de 05 mil pessoas para a Praça Santa Izabel. O AveFest retorna no ano que vem, levando ainda mais cultura aos izabelenses e proporcionando novas oportunidades de negócios para a cidade.
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Indústrias cerâmicas paraenses recebem selo de qualidade
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ijolos e telhas que seguem os padrões de qualidade de produção fazem toda a diferença na hora da construção, seja ela pequena ou de grande porte. Por isso, o Sindicato da Indústria de Olaria Cerâmica para Construção e de Artefatos de Cimento Armado do Estado do Pará (Sindolpa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-PA) criaram o Programa Tijolo Pai D’Égua, que visa analisar e certificar as empresas que se dedicam a fabricar tijolos e telhas que respeitam as leis. As primeiras oito indústrias paraenses que garantiram o selo após intervenção do Programa foram certificadas na recene terça-feira (19/11), em cerimônia realizada no SENAI unidade Getúlio Vargas, em Belém. Para facilitar a identificação pelo consumidor, os produtos (tijolo e telha) receberão a marcação “TIJOLO PAI D’ÉGUA”
Empresas certificadas com o Programa Tijolo Pai D’égua
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Criado em 2018, o Tijolo Pai D’Égua visa garantir que a produção atenda as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). São três avaliações ao todo, nas quais os produtos passam por diversos testes, como os de absorção de água, primordiais em uma região chuvosa como a Amazônia, os de dimensionamento, essenciais para a padronização dos tijolos e telhas e os de resistência, importantes no quesito segurança da obra. Os testes de qualidade são feitos no Laboratório de Ensaio de Cerâmica Vermelha do SENAI, no município de São Miguel do Guamá/PA, o único do Norte do país certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para ensaios cerâmicos.
Para Rivanildo Hardman, presidente do Sindolpa, o Programa pretende ser um marco regulatório e de transformação na fabricação e comercialização de produtos em cerâmica vermelha no estado do Pará. “Queremos trabalhar de uma ponta a outra, falando com o consumidor final, pedreiros e engenheiros, para que eles saibam que essa certificação existe para otimizar o trabalho deles. Hoje, somos obrigados por lei a padronizar as medidas da altura, largura e comprimento, além de proporcionar a rastreabilidade, com os números do lote, CNPJ e afins”, diz Hardman. O diretor regional do SENAI Pará, Dário Lemos, destaca que o Tijolo Pai D’Égua é também um aliado para a segurança de trabalhadores e do meio ambiente.
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O que é? Trata-se de um conjunto de ações visando a padronização da fabricação de Tijolos e Telhas cerâmicas que atendam as Normas Técnicas ABNT 15.270 (tijolo) e 15.310 (telha) e as Portaria 558 e 005/2013 do INMETRO em vigor, proporcionando ao consumidor finai um produto com qualidade assegurada.
Objetivos 1. Ofertar ao consumidor produtos com qualidade; 2. Valorizar o produto de cerâmica verme lha a nível estadual; 3. Incentivar a legalidade das empresas e conformidade dos produtos; 4. Inibir a concorrência desleal; O projeto Tijolo Pai D’egua tem o respaldo do laboratorio de cerâmica do SENAI (acreditado INMETRO), explica Alberto Rayol (esquerda), coordenador do projeto
Regras
5. Criar uma cultura de venda valorizando a qualidade técnica; 6. Valorizar e reeducar o consumidor final;
1. A Cerâmica que desejar fazer parte do Tijolo Pai D’Égua deverá realizar um primeiro ensaio de seu produto e sendo apro vada receberá o certificado de Cerâmica Qualificada. 2. A Cerâmica participante do Tijolo PaiD’Égua deverá submeter seu produto (tijolo e/ou telha) a ensaios de qualidade junto ao Laboratório do SENAI a cada 4 meses. 3. Caso uma Cerâmica tenha seu produto reprovado pelos ensaios do SENAI esta perderá sua qualificação de Tijolo Pai D’Égua, até que um novo ensaio aprove os produtos desta cerâmica. Rivanildo Hardman, presidente do Sindolpa
Natel Henrique, presidente da Anicer
Cartilha criada para servir de referencia ao consumidor, será distribuída nos pontos de venda
“Nosso objetivo com o Programa é fortalecer o setor, incentivar a legalidade e a qualidade dos produtos. Com isso, ganha o consumidor final, os trabalhadores que atuam no
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setor, que poderão atuar com mais segurança, além do meio ambiente, que não será afetado com a exploração de solos ilegais”, destaca o diretor, reforçando também a importância da
interação entre os sindicatos. “A força do Sinduscon/PA aliando-se aos sindicatos de cerâmica é uma comprovação de que as entidades representativas são fundamentais para o fortalecimento das empresas dos seus respectivos segmentos, com iniciativas como esta que melhoram o desenvolvimento da cadeia produtiva local”, reforça. Neste primeiro ciclo do Programa Tijolo Pai D’Égua serão certificadas as empresas Cerâmica Vermelha; Telha Vermelha; Cerâmica Tacajos; Cerâmica Tropical; Cerâmica Barreira; Nippon Cerâmica; Pará Cerâmica; e Cerâmica Feijoal. Pará+
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Turismo comunitário é alternativa de renda na comunidade do Santo Amaro No local, o turista pode conhecer um pouco da floresta amazônica, sua biodiversidade e as comidas típicas da região Texto *Pryscila Margarido Fotos Pedro Guerreiro / Ag. Pará
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avegando pelas águas do Rio Guamá, exatos 30 quilômetros separam a capital paraense da comunidade ribeirinha do Santo Amaro, onde vivem 12 famílias. No local, a natureza reserva aos visitantes um cenário exuberante, formado pelos encantos da fauna e flora da região. A comunidade está localizada a oito quilômetros da Alça Viária, às margens do igarapé Taiassuí, afluente do Rio Guamá, em Benevides. A área faz parte do território do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia, uma das 26 Unidades de Conservação (UC) estaduais geridas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), que garante apoio técnico nas áreas para implantar o Projeto AgroVárzea e promover o Turismo de Base Comunitária – TBC.
Há um ano, o casal de agricultores Rosinaldo Furtado da Silva e Eliana Reis da Cruz abraçou a ideia de desenvolver o roteiro turístico na comunidade e hoje abrem as portas de sua residência, onde vivem juntos há quase 20 anos, para receber os visitantes. Chegando cedo, é possível desfrutar de um café da manhã especial. Quase todos os alimentos são preparados a partir de ingredientes cultivados na terra, como o bolo de milho, o de chocolate da plantação de cacau do casal, sucos de frutas como goiaba, cupuaçu e cacau, além do chocolate quente. Já o cardápio do almoço é tipicamente paraense, com peixe frito, sucos e o açaí colhido e batido na hora.
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Cenário exuberante, formado pelos encantos da fauna e flora da região
Ainda pouco explorada pelos turistas, a comunidade abriga um pedaço da floresta preservada. Os aventureiros têm a opção de fazer a “Trilha da Paxiúba”, de quase um
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quilômetro de extensão – considerada nível intermediário, onde foram catalogadas 36 espécies da flora. Uma delas dá nome à trilha, a Paxiúba (Socratea exorrhiza), a famosa árvore que “anda”.
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“Ela procura o sol e a água. A cada ano ela muda de posição”, explicou Rosinaldo da Silva, que tem um vasto conhecimento sobre a dinâmica da natureza local
Ainda pouco explorada pelos turistas, a comunidade abriga um pedaço da floresta preservada. Os aventureiros têm a opção
de fazer a “Trilha da Paxiúba”, de quase um quilômetro de extensão – considerada nível intermediário, onde foram catalogadas
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36 espécies da flora. Uma delas dá nome à trilha, a Paxiúba (Socratea exorrhiza), a famosa árvore que “anda”. Na trilha, existe também a espécie Apuí (Ficus numphaeifolia L.), um tipo de cipó que, para sobreviver, curiosamente “abraça” e mata uma árvore, ocupando o lugar do vegetal onde cresceu. Do outro lado do igarapé Taiassuí, a floresta guarda ainda uma bela surpresa aos visitantes, uma frondosa Samaumeira (Ceiba pentandra). O exemplar da espécie possui uma sapopema (raízes que formam divisões tabulares em torno da base do tronco) com mais de 20 metros de comprimento. O banho no igarapé é outra opção de lazer na comunidade. Além disso, a área também é propícia para a observação de aves.
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Projeto AgroVárzea Assim como nas demais comunidades das quatro Unidades de Conservação (UC) administradas pela Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB), o AgroVárzea promove, desde 2016, a assistência técnica, capacitações e suporte aos comunitários dessas áreas, a fim de fornecer conhecimentos e novas oportunidades de desenvolvimento social e econômico, sobretudo, pensando na cadeia de produção aliada ao turismo comunitário. Há cerca de três anos, o casal Eliane e Rosinaldo foi incluído no projeto e hoje, literalmente, colhem os frutos dessa iniciativa.
“As unidades de conservação existem para serem a grande salvação do planeta. Se uma área como essa comunidade não fosse preservada, não teríamos mais o rio, os animais e a floresta em si”, pontuou a diretora de Gestão de Unidades de Conservação (DGMUC) do Ideflor-bio, Socorro Almeida
Alternativa de renda
A oito quilômetros da Alça Viária, às margens do igarapé Taiassuí, afluente do Rio Guamá, em Benevides
Presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson ressaltou que o Instituto aposta no desenvolvimento do turismo comunitário e no incentivo à produção da agricultura familiar com o objetivo de manter a floresta em pé, promovendo a geração de emprego, renda e a valorização dessas comunidades “A gente faz esse acompanhamento garantindo o apoio técnico. E, mais que isso, eles aprendem a agregar valor à produção. Do cacau vem o chocolate, das frutas os doces, as compotas. Há ainda as biojoias e o artesanato. Tudo isso demonstra o potencial que aquela comunidade pode desenvolver”, ponderou a gestora.
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Utilizando técnicas de plantio em Sistema Agroflorestal (SAF), o casal cultiva espécies frutíferas como o açaí, o cacau, o cupuaçu e a banana. “É uma outra forma que aprendemos de preservar a natureza. Trabalhar com turismo comunitário nos deu um outro olhar. Fiz curso de manipulação de alimentos no Ideflor-bio”, explicou Eliana, que hoje produz brigadeiro, nibs de cacau e o chocolate em pó para comercializar. “Melhorou bastante a nossa produção. Estamos aprendendo cada vez mais. A gente comercializa o açaí para os feirantes de Benevides e, na entressafra, o turismo comunitário nos dá uma renda extra”, comemora Rosinaldo.
Como chegar:
30 quilômetros separam a capital paraense da comunidade ribeirinha do Santo Amaro
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Saindo de Belém, pelo rio Guamá, a viagem tem duração de cerca de uma hora. Há também a possibilidade de acessar à comunidade seguindo pela Alça Viária, antes da primeira ponte, ou pela comunidade do Maravilha, no município de Benevides, Região Metropolitana de Belém.
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Pesquisa do IBGE aponta os maiores gastos das famílias brasileiras
Educação, saúde e segurança tiveram aumento em relação ao último levantamento. Famílias com até R$ 1,9 mil destinam 61,2% de seus gastos à alimentação e habitação Fotos Divulgação, IBGE
A
s famílias com rendimento de até dois salários mínimos (R$ 1.908,00) comprometiam uma parte maior de seu orçamento em despesas com alimentação e habitação do que aquelas com rendimentos superiores a 25 salários mínimos (R$ 23.850,00). Somados, os dois grupos representavam 61,2% das despesas das famílias com menores rendimentos, sendo 22,0% destinados à alimentação e 39,2% voltados à habitação. Entre aquelas com os rendimentos mais altos, a soma atingia 30,2%, sendo 7,6% com alimentação e 22,6% com habitação. Para as famílias que formam a classe de maiores rendimentos, as despesas com alimentação (R$ 2.061,34) eram mais que o triplo do valor médio do total das famílias do país (R$ 658,23) e mais de seis vezes o valor da classe com rendimentos mais baixos (R$ 328,74).
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Além disso, 23,9% das famílias que recebiam até R$1.908,00 contribuíam com apenas 5,5% do valor médio recebido no Brasil. Isso significa que, da média mensal de R$ 5.426,70, apenas R$ 297,18 vêm deste grupo. Já os 2,7% das famílias que recebiam mais de R$ 23.850,00 contribuíam com R$ 1.080,26 para a média global. Dessa forma, este grupo se apropria de quase 20% de todos os valores recebidos pelas famílias. É o que mostra a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 20172018. A pesquisa revela também que alimentação, habitação e transporte comprometiam, em conjunto, 72,2% dos gastos das famílias brasileiras, no que refere ao total das despesas de consumo. Considerando ainda a distribuição das despesas de consumo, no caso das da alimentação, a proporção nos gastos totais da
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situação rural (23,8%) superou a da urbana (16,9%), bem como as despesas com transporte (20% rural e 17,9% urbano). Educação (4,7%) foi o grupo que apresentou uma participação para as famílias de residência urbana (4,9%) o dobro da observada para aquelas de situação de residência rural (2,3%). A participação da despesa com alimentação fora do domicílio na área urbana foi de 33,9% no total das despesas com alimentação. Na área rural, chegou a 24,0%, um aumento de 11 pontos percentuais em relação à POF 2002-2003. O valor médio da despesa com alimentação fora do domicílio na área urbana foi 87,1% maior que o da área rural. Já para a alimentação no domicílio, o valor médio da despesa das famílias em áreas urbanas foi 15% maior do que em áreas rurais.
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Alimentação, habitação e transporte respondem por 72,2% dos gastos de consumo das famílias
A participação das despesas de consumo no total das despesas foi de 81,0% para o Brasil, com média mensal de R$ 3.764,51. O valor médio das despesas de consumo realizadas pelas famílias residentes em situação rural (R$ 2.158,83) correspondeu a 57,3% da média nacional e a 53,7% do gasto médio das famílias
em situação urbana (R$ 4.020,98). As despesas com alimentação, habitação e transporte corresponderam a 72,2% da despesa de consumo média mensal das famílias, o que representava 58,4% da despesa total. Na alimentação, a proporção nos gastos de consumo da população em situação rural (23,8%) superou a da urbana
(16,9%), bem como as despesas com transporte (20% rural e 17,9% urbano). Na habitação, essa relação se inverte, com a participação da urbana (37,1%) tendo suplantado a da rural (30,9%). As despesas com habitação responderam pela maior participação nas despesas monetária e não monetária de consumo das famílias, tanto em nível nacional (36,6%) como regional. As regiões Sudeste (39,0%) e Norte (36,4%) apresentaram as maiores participações. Quanto ao transporte, as maiores participações ocorreram nas regiões Centro-Oeste (21,0%) e Sul (20,6%), ambas superiores à encontrada para o Brasil (18,1%). A menor participação deste grupo nas despesas de consumo ocorreu na região Nordeste (16,2%). A terceira maior participação nos gastos nacionais com consumo ficou com o grupo alimentação (17,5%), resultado muito próximo a transporte (diferença de 0,6% p.p.). Esse quadro se repete na situação urbana, em que a participação de transporte (17,9%) supera a dos alimentos em 1,0 ponto percentual. Na rural, a proporção de gastos com alimentação (23,8%) é superior à de transporte (20,0%). As regiões Nordeste (22,0%) e Norte (21,0%) registraram participações mais altas que a média nacional. A região Sudeste apresentou o menor percentual para este grupo (15,8%). Educação (4,7%) foi o grupo que apresentou a diferença mais relevante entre as participações da situação de residência urbana (4,9%) e da rural (2,3%).
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Alimentação representa 22,0% dos gastos das famílias com rendimentos de até 2 salários mínimos
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As famílias com rendimento de até dois salários mínimos (R$ 1.908,00) comprometiam uma parte maior de seu orçamento em despesas com alimentação e habitação do que aquelas com rendimentos superiores a 25 salários mínimos (R$ 23.850,00). A relação se inverte no que se refere às despesas com transporte e educação. A assistência à saúde mostra percentuais próximos no orçamento doméstico, mas enquanto as famílias com menores rendimentos comprometiam 4,2% do orçamento com remédios, aquelas com maiores rendimentos gastavam 1,4%. Por outro lado, os gastos com planos de saúde eram de 0,4% entre a classe mais baixa de rendimento e de 2,9% na classe mais alta. www.paramais.com.br
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Gastos com saúde aumentam em todas as pesquisas desde 1974
Nas despesas com alimentos para consumo no domicílio, a participação do grupo de Cerais, leguminosas e oleaginosas vem caindo ao longo do tempo: de 10,4%, em 2002-2003 para 8,0% em 2008-2009 e 5% em 2017-2018. Óleos e gorduras também seguem em queda: respectivamente 3,4%, 2,3% e 1,7%. Carnes, vísceras e pescados continuam sendo o grupo de maior participação nas despesas (20,2%), com discreta perda em relação a 2008-2009 (21,9%). A participação do grupo Bebidas e infusões vem aumentando: de 8,5% em 20022003 para 9,7% em 2008-2009 e 10,6% em 2017-2018. No mesmo intervalo, o grupo Alimentos preparados evoluiu de 2,3% para 2,9% e chegou a 3,4%. No grupo Óleos e gorduras, houve queda de 1,7 p.p. na participação entre a POF 2002-2003 (3,4%) e a atual (1,7%). Legumes e verduras, frutas e panificados mantiveram estabilidade.
Em todas as regiões, rendimentos de trabalho representam mais da metade dos valores recebidos
O grupo alimentação mostrou queda de 2,3 p.p. entre as duas últimas edições da POF, passando de 19,8% para 17,5%. Habitação, educação e assistência à saúde tiveram aumentos em relação a 2008-2009, sendo que esta última mostra crescimento em todas as edições da pesquisa.
Carnes, vísceras e pescados são 20% das despesas de alimentação no domicílio
Em todas as regiões, o componente com a maior participação no total dos rendimentos das famílias foi o rendimento do trabalho, indo de 52,6% no Nordeste a 61,5% no Centro-Oeste. Já as transferências tiveram a maior participação no Nordeste (24,6%) e a menor, no Centro-Oeste (14,3%). No caso do rendimento não monetário, as regiões Nordeste e Norte tiveram participações acima da média nacional (15,7% e 15,6%, respectivamente), enquanto o Centro-Oeste teve a menor participação (12,8%). O maior valor médio recebido pelas famílias foi no Centro-Oeste (R$ 6.772,86), correspondente a 124,8% da média nacional e, no Sudeste (R$ 6.391,29), equivalente a 117,8%. No Nordeste (R$ 3.557,98) e Norte (R$ 3.647,70), os valores corresponderam a 65,6% e 67,2% da média nacional, respectivamente. O Sudeste foi a região com maior contribuição para valor médio total recebido pelas famílias, com R$ 2.789,94, mais da metade da média nacional (51,4%). A menor contribuição era dada pela região Norte, com R$ 265,09, ou 4,9%. O Centro-Oeste, embora apresentasse o maior valor entre as regiões, participava com apenas R$ 525,44 (9,7%).
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As emissões de gases de efeito estufa já atingiram o pico em 30 grandes cidades
As emissões de gases de efeito estufa já atingiram o pico e continuam a cair em 30 grandes cidades, incluindo Nova York, Londres e Paris Fotos Hélène Baum
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ustin, Atenas, Lisboa e Veneza são os últimos lugares para atingir esse marco na luta contra as mudanças climáticas, de acordo com a análise da C40, uma coalizão de 94 cidades grandes e influentes ao redor do mundo, trabalhando para limitar o aquecimento global e proteger o meio ambiente. As cidades abrigam um número crescente de pessoas. Até 2050, 68% da população mundial viverá em áreas urbanas, acima dos 55% atuais. As cidades consomem 78% da energia mundial e produzem mais de 60% das emissões de gases de efeito estufa. Isso significa que eles têm um papel fundamental a desempenhar, ajudando o mundo a limitar as perigosas mudanças climáticas. Mas, quase quatro anos depois de quase 200 países assinarem o Acordo de Paris, o mundo ainda está seriamente fora do caminho de cumprir seus objetivos. As emissões globais atingiram um recorde em 2018 .
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Líderes verdes A boa notícia é que muitas cidades estão intensificando os esforços para enfrentar a crise climática. Para manter o aumento da temperatura da Terra em 1,5 ° C acima dos níveis pré-industriais, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) calculou que as emissões devem atingir o pico até 2020. O futuro que queremos, projeto colaborativo organizado pela C40 Cities, que mostra o trabalho de artistas de todo o mundo, esse é de Hélène Baum
Quase um terço de todas as cidades C40 já atingiram essa meta, com mais projeções para atingir o pico de emissões até 2020. E desde que atingiram esse marcador, essas 30 cidades, que juntas abrigam mais de 58 milhões de pessoas, passaram a reduzir suas emissões em uma média de 22%.As emissões em San Francisco, Califórnia, atingiram o pico em 2000 e vêm diminuindo constantemente desde então. A cidade se comprometeu a atingir 100% de energia renovável até 2030 e hoje 77% de seu suprimento de eletricidade vem de fontes livres de gases de efeito estufa. Mas, crucialmente, a cidade também expandiu seu sistema de aquecimento urbano , o que significa que pode gerar calor para bairros inteiros, em vez de residências e empresas individuais. E agora introduziu um sistema de refrigeração distrital. Copenhague sediou recentemente a sétima C40 World Mayors Summit, na qual os líderes das 94 cidades membros reconheceram a emergência climática e deram seu apoio ao Global New Green Deal.A iniciativa compromete as cidades a manter o aquecimento global abaixo da meta de 1,5 ° C do Acordo de Paris, que exigirá o máximo de emissões até 2020 e reduzi-las pela metade até 2030. O fato dessas 30 das maiores e mais influentes cidades do mundo já terem atingido o pico de emissões de gases de efeito estufa demonstra que é possível uma transição rápida e equitativa de baixo carbono, e já está em andamento. A análise C40 mostra que, desde que atingiram níveis máximos de emissão, essas 30 cidades reduziram as emissões de gases de efeito estufa em uma média de 22%. www.paramais.com.br
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Copenhague, cidade sede da C40 World Mayors Summit deste ano, reduziu as emissões em até 61%.Até hoje, metade de todas as cidades C40 já atingiram o pico de emissões, são projetadas para atingir o pico de emissões até 2020 ou assumiram compromissos concretos para atingir esse objetivo ambicioso. Embora as emissões globais ainda estejam aumentando, as cidades estão liderando a carga para cumprir as metas críticas que o mundo inteiro agora precisa alcançar. Os prefeitos reconhecem os amplos benefícios sociais, econômicos e ambientais da ação climática e, na última década, as cidades C40 em todo o mundo aceleraram as ações necessárias para criar comunidades mais saudáveis, limpas e mais prósperas. Alguns exemplos notáveis do progresso das cidades nos últimos 10 anos incluem: As 30 cidades que já atingiram o pico de emissões são: Atenas, Austin, Barcelona, Berlim, Boston, Chicago, Copenhague, Heidelberg, Lisboa, Londres, Los Angeles, Madri, Melbourne, Milão, Montreal, Nova Orleans, Nova York, Oslo , Paris, Filadélfia, Portland, Roma, São Francisco, Estocolmo, Sydney, Toronto, Vancouver, Veneza, Varsóvia e Washington DC.
• Hoje, 82 cidades C40 implementaram esquemas de aluguel de bicicletas, em comparação com 13 em 2009. • Hoje, existem mais de 66.000 ônibus elétricos nas ruas das cidades C40, em comparação com menos de 100 em 2009. • Hoje, 24 cidades C40 têm comprometidos em alcançar 100% de eletricidade renovável até 2030, comparado a 4 em 2009. • Hoje, 18 cidades C40 baniram ou restringiram plásticos não recicláveis de uso único, em comparação com 2 em 2009. • Hoje, 17 cidades C40 têm restrições em veículos altamente poluentes que cobrem uma parte significativa da cidade, em comparação com 3 em 2009. “As cidades C40 que atingiram o pico de emissões estão elevando a fasquia da ambição climática e, ao mesmo tempo, exemplificando como a ação climática cria comunidades mais saudáveis, mais equitativas e resilientes”, disse Mark Watts, diretor executivo da C40 Cities. “Mas isso não é nada para ganhar medalhas - as emissões em todo o mundo precisam parar de subir e começar a cair no próximo ano, se quisermos manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus. Com a vasta quantidade de experiência e recursos agora disponíveis no C40 Knowledge Hub, veremos ainda mais cidades acelerando suas ações climáticas para limitar o aquecimento global e entregar o futuro que queremos. ” Como organização, o C40 desempenha um papel importante em ajudar prefeitos e autoridades da cidade a acessar dados e recursos críticos para determinar os melhores caminhos para a ação climática. O programa Prazo 2020 do C40 foi vital para o trabalho das
cidades no desenvolvimento e implementação de ambiciosos planos de ação climática, alinhados com as metas baseadas na ciência. O lançamento do C40 Knowledge Hub é um empreendimento inédito, marcando a primeira vez que o conhecimento das principais cidades foi reunido sob o mesmo teto com o objetivo de informar e inspirar políticas em outras localidades. Também enfatiza o importante papel que o compartilhamento e a colaboração do conhecimento desempenham no aumento da ambição climática e na aceleração de ações. 30% de todas as ações urbanas para enfrentar as mudanças climáticas globais envolveram cooperação direta com outras cidades. As cidades são convidadas a se inscrever no site - visite www.C40knowledgehub.org para começar a usar o conjunto de ferramentas práticas globais e resumos de políticas para acelerar as ações climáticas, e para contribuir com a rede de intercâmbio de conhecimentos entre as cidades.
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Os Santos de Jurussaca Pelas lentes do fotógrafo e documentarista Flavio Contente
São Benedito recebe a companhia das imagens dos Santos e ícones da devoção afrodescendente
Imagem de São Benedito, da 5ª geração dos Quilombolas de Jurussaca Texto *Flavio Contente Fotos Flavio Contente
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ituada a cerca de 7 km da cidade de Tracuateua, o – Quilombola Jurussaca, tem sua base genealógica fortemente influenciada pelas matrizes africanas e indígenas e constitui-se parte integrante da formação da sociedade na região Bragantina, nordeste do Estado do Pará. No mês de outubro, a comunidade realiza a Festividade de Todos os Santos, que representa a busca de proteção pela fé, uma vez que no período das guerras, homens da comunidade eram levados para os campos de batalha. Assim os moradores da época fizeram a promessa a São Benedito e a Todos os Santos que se eles voltassem vivos, fariam em agradecimento, uma procissão em louvor a todos os Santos e assim iniciou-se a tradição.
A imagem de São Benedito, padroeiro da comunidade e dos negros, é conduzida à frente, em revezamento
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A romaria começando a Festividade de Todos os Santos
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A tradição é passada de gerações em gerações www.paramais.com.br
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Nas ladainhas os semblantes de seus protagonistas expressam o lamento, a dor, os pedidos, o louvor da existência...
As caminhadas e as ladainhas são acompanhadas aos sons dos tambores
Hoje a festividade se mantém, e a tradição é passada de gerações em gerações: chegado o mês de outubro a tradição é cultivada por meio dos caminhos de louvação, da busca das imagens dos Santos existentes na comunidade, das ladainhas cantadas e da varrição, que tornam a festividade enraizada de cultura, emoção, fé, devoção e respeito ao passado.
Ao fim do terceiro dia, a imagem de São Benedito – Santo que nomina a festividade, recebe a companhia das imagens dos Santos e ícones da devoção afrodescendente, onde o sincretismo é perceptível na conexão de diferentes credos religiosos representados por meio das imagens. Durante os três dias da festividade, acompanhei e registrei os diferentes momentos
Balé das Bandeiras na chegada
desta, buscando por meio do registro fotográfico e audiovisual, capturar momentos que surpreendem pela emoção, pelos gestos de fé e devoção, pelas caminhadas que duram horas a fio e pelas ladainhas cujo semblante de seus protagonistas expressam o lamento, a dor, os pedidos, o louvor da existência. Registros de 24 a 26 de outubro de 2019
Ladainha gradecendo pelas graças alcançadas para o início das Festas
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Com que frequência devemos ir ao médico? Especialista alerta sobre os cuidados com a saúde para diferentes perfis
Mas afinal de contas, você sabe com que frequência deve ir ao médico? Uma vez por ano ou duas? Todo mês ou um mês sim, outro não? A verdade é que cada idade exige uma “frequência” diferente de idas ao médico. Confira algumas dicas do Dr. Aier para diferentes perfis:
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Se você não se lembra da última vez que viu um médico, é hora de marcar uma consulta. Um exame físico pode ajudar a rastrear fatores de risco para doenças graves e condições crônicas
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odo mundo deveria saber que, quando apresentamos sintomas desagradáveis ou incapacitantes, um médico deve ser consultado, já que só ele é capaz de dar um diagnóstico e tratamento exatos. O simples ato de ir ao médico quando surge um sintoma pode prevenir e ainda curar doenças. Segundo o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, a grande maioria da população não tem o costume de cuidar da saúde. “As pessoas têm o hábito de se automedicar ou procurar uma solução rápida para o problema com familiares, vizinhos e até no Google. O que acontece, é que isso pode acarretar um problema sério posteriormente”, explica. Ainda segundo o especialista, check ups são muito importantes, mas poucos são os quemantêm este hábito. Tal acompanhamento é necessário para avaliar como está o funcionamento do corpo do paciente e, em caso de enfermidades, tratá-las. “Algumas doenças são insidiosas e só vêm apresentar sintomas relevantes quando já estão em estágio avançado. O costume de consultar um médico não apenas quando se está doente faz muito bem pra saúde e pra uma boa qualidade de vida.”, acrescenta. 28
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Se alguma coisa mudou em sua saúde desde a última vez que você viu um médico, é hora de marcar uma consulta
Se há algo que o incomoda, é melhor que seja verificado por um profissional
Após a saída do hospital, caso esteja tudo bem com o recém-nascido, a primeira visita deve acontecer entre no 15º dia de vida. Passado esse período, as consultas devem ser feitas aos: 2, 4, 6, 9 e 12 meses no 1º ano de vida. No 2º ano, o pediatra deve ser consultado para o acompanhamento do bebê aos 15, 18, 21 e 24 meses. A partir daí, é necessário que se verifique o peso e a estatura a cada 6 meses até o 5º ano de vida e depois anualmente entre 6 e 18 anos. Obviamente, se o paciente apresentar alguma doença de base ou quaisquer alterações ao longo deste acompanhamento, essa periodicidade pode sofrer alterações. www.paramais.com.br
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Se a sua história familiar mudou significativamente, é hora de marcar uma consulta no seu médico
Grávidas Elas devem procurar o médico assim que tiverem o diagnóstico de gravidez ou mesmo na suspeita de, para iniciar o acompanhamento da gestação. Até o sexto mês, as visitas ao obstetra devem ser mensais. Depois disso, podem ocorrer de 15 em 15 dias, de acordo com o decorrer da gestação. Caso a gestante venha a sentir algo diferente, deve procurar imediatamente o médico.
Para finalizar, o especialista recomenda que as idas ao médico se tornem um hábito, para evitar maiores problemas no futuro.
“Não deixem que apenas a doença leve ao médico, um acompanhamento adequado previne inúmeros problemas, a sua saúde agradece”, completa.
Adultos
Devem realizar um check up com todos os exames necessários uma vez ao ano, caso não possuam nenhum problema já diagnosticado de saúde. Exames de audição e visão devem ser feitos a partir dos 40 anos, ou antes, caso existam queixas pertinentes. Os exames específicos, ginecológicos e urológicos, por exemplo, como mamografias, ultrassonografias e consultas aos especialistas, devem ser realizadas na periodicidade recomendada por cada especialidade de acordo com as idades dos pacientes. Idosos: Se estão saudáveis, podem seguir a mesma recomendação dos adultos e ir apenas uma vez por ano. Mas se apresentam alguma doença, devem ir ao médico com a frequência determinada por ele.
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Novas evidências na análise do Santo Sudário feita em 1988 Especialistas esperam testar novamente o artefato que alguns acreditam ser uma autêntica relíquia da crucificação de Cristo Fotos Domínio Público
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velha controvérsia sobre o Sudário de Turim continua. De um lado está uma datação de radiocarbono de 1988 que prova que o sudário veio da Idade Média, não o tempo da crucificação de Cristo, enquanto os crentes continuam a defender o Sudário como uma autêntica relíquia. Agora, um pesquisador francês questionou a pesquisa de 1988, publicada pela revista Nature. Tristan Casabianca, um pesquisador francês independente, aponta em um artigo publicado na revista científica Archaeometry que os dados brutos dos testes de 1988 nunca foram divulgados ao público. Casabianca empreendeu uma ação legal para forçar o Museu Britânico, que detinha os dados, a divulgar os dados. “Três laboratórios realizaram uma análise de radiocarbono do Sudário de Turim”, segundo Casabianca. “Os resultados, que foram centralizados pelo British Museum e publicados na Nature em 1989, forneceram ‘evidências conclusivas’ da origem medieval do artefato.
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Papa Francisco reza em frente ao Santo Sudário, em exposição na Catedral de Turim, Itália
No entanto, os dados brutos nunca foram divulgados pelas instituições ”, escreveu ele. Em 2017, a Casabianca enviou um pedido de Liberdade de Informação ao Museu Britânico e foi autorizado a ver os dados. “Nossa análise estatística mostra que a datação de carbono 14 de 1988 não era confiável: as amostras testadas são obviamente heterogêneas, e não há garantia de que todas essas amostras, tiradas de uma extremidade da folha, são representativas de todo o tecido. Portanto, é impossível concluir que Negativos de comprimento total do Sudário o sudário de Turim remonta à Idade Média ”, explicou Casabianca em entrevista ao site L’Homme Nouveau . Casabianca disse que seu trabalho ajudará a encontrar respostas além da pesquisa do químico norte-americano Raymond N. Rogers, que desmentiu o namoro de 1988, porque ele tinha apenas os dados publicados pela Nature para trabalhar. Rogers sustentou que as três amostras de teste do Sudário usadas em 1988 foram cortadas de uma borda externa em um pedaço do tecido adicionado posteriormente como um reparo por causa do manuseio frequente do Sudário na veneração pública. “A partir de agora, nossa análise estatística, apoiada pelos relatórios não publicados dos laboratórios indicando que as amostras contêm materiais estranhos, é da ordem do óbvio: a datação de 1988 não é confiável”, disse ele. Casabianca disse que a pesquisa de 1988, que datou o sudário entre os anos 1260 e 1390, com 95% de certeza, foi anunciada como um “triunfo da ciência” sobre a piedade cristã “ingênua”. Pesquisadores “precisavam de evidências extremamente fortes para contradizer este inevitável episódio de datação por carbono”, disse ele. “Eu acho que nós fornecemos a eles.” A pesquisa de sua equipe foi publicada no final de março pela Archaeometry, uma revista publicada pelo mesmo departamento da Universidade de Oxford responsável pelo namoro de 1988. Muitos especialistas agora esperam organizar novos testes no sudário, disse Casabianca. www.paramais.com.br
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Uma das provas principais da provável autenticação do Santo Sudário: “A rendição do Santo Mandylion ( Imagem de Edessa), levando a face de Cristo, pelos habitantes de Edessa, na Mesopotâmia, aos Bizantinos em 944”. Tela de Autor desconhecido do século XIII, na Biblioteca Nacional de Madri O pesquisador francês disse que essa Esta descoberta nos oferece um exemdescoberta foi “parte da minha jornada de plo concreto em favor de uma apologética conversão, que foi acelerada especialmenrenovada e desinibida. te quando percebi que a ‘ciência’ e as verPor que teríamos medo de descobrir a dades proclamadas pela religião católica verdade e contá-la ao mundo? ” não estavam em conflito, mas foram forApós essas constatações de Tristan talecidas”. “Com essa descoberta, fico feliz Casabianca, diversos pesquisadores suem poder mostrar por que os cristãos não gerem que novos estudos devem ser redevem ter medo da ciência”, disse ele. alizados no Sudário, se a sua data verda“Devemos buscar a verdade, seja ela deira deve ser verificada. Sudário em exposição em Turim qual for. O estudo do sudário de Turim Para que isso aconteça, o Vaticano mais pode ser parte de um movimento apolouma vez terá que fornecer acesso ao sugético que mudou profundamente tantas vidas - e minha vida -, mas dário, o que parece estar em dúvida, já que autoridades da igreja ainda permanece desconhecido na França. mostraram relutância em permitir novos testes.
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Pintura da Última Ceia da freira renascentista faz estreia pública depois de 450 anos escondida A tela de 9 metros, criada pela artista autodidata e freira Plautilla Nelli, está agora em exibição em Florença
“Última Ceia” de Plautilla Nelli antes da restauração (Rabatti & Domingie)
Texto *Meilan Solly
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or volta de 1568 , a freira florentina Plautilla Nelli - uma pintora autodidata que executou uma oficina de artistas femininas fora de seu convento - embarcou em seu projeto mais ambicioso até o momento: uma cena monumental da Última Ceia , com representações em tamanho real de Jesus e os 12 Apóstolos.Como Alexandra Korey escreve para o Florentine , a tela de Nelli, com aproximadamente 21 por 6 pés e meio de altura, é notável por sua composição desafiadora, tratamento adequado da anatomia no momento em que as mulheres foram proibidas de estudar o campo científico e o assunto escolhido. Durante o Renascimento, a maioria dos indivíduos que pintou a cena bíblica eram artistas do sexo masculino no auge de suas carreiras. Per organização sem fins lucrativos Avançando Mulheres Artistas organização , que restaura e exibe obras de artistas do sexo feminino de Florença, obra-prima de Nelli a colocou entre as fileiras dos pintores como Leonardo da Vinci, Domenico Ghirlandaio e Pietro Perugino, todos os quais criaram versões da Última Ceia “ para provar suas proezas como profissionais de arte”.
Apesar de exibir uma habilidade tão singular, o painel foi esquecido. De acordo com Visible: Plautilla Nelli e Her Last Supper Restored, uma monografia editada pela diretora da AWA Linda Falcone, Last Supper ficou no refeitório (ou refeitório) do convento do próprio artista, Santa Caterina, até a dissolução da casa de culto durante o Napoleão supressão do início do século XIX. O mosteiro florentino de Santa Maria Novella adquiriu a pintura em 1817, abrigando-a no refeitório antes de transferi-la para um novo local por volta de 1865. Em 1911, a estudiosa Giovanna Pierattini relatado, o painel portátil foi “removido da maca, enrolado e transferido para um armazém, onde permaneceu negligenciado por quase três décadas”. A Última Ceia de Plautilla permaneceu armazenada até 1939, quando passou por uma restauração significativa. Retornada ao refeitório, a pintura sofreu leves danos durante as importantes inundações de Florença em 1966, mas escapou praticamente ilesa. Após a reclassificação do refeitório como Museu de Santa Maria Novella, em 1982, o trabalho foi transferido para as salas privadas dos frades, onde foi mantido até a intervenção de estudiosos na década de 1990. Agora, pela primeira vez em cerca de 450 anos, a Última Ceia de Nelli - recentemente restaurada após uma campanha de quatro anos da AWA - está finalmente à vista do público.
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Jesus e João antes da restauração (Rabatti & Domingie)
Já não consignada aos salões privados de Santa Maria Novella, a obra é instalada no museu da igreja , onde fica ao lado de obras de artistas como Masaccio e Brunelleschi. De acordo com um comunicado de imprensa , a AWA levantou fundos para o projeto por meio de financiamento coletivo e por um programa “ Adote um Apóstolo ”, baseado em doações . A equipe de curadores, restauradores e cientistas da organização sem fins lucrativos florentina iniciou então o árduo processo de restauração, executando tarefas que incluem remover uma espessa camada de verniz amarelo, tratar a lasca de tinta e realizar uma análise da composição química dos pigmentos. “ Restauramos a tela e, ao fazê-lo, redescobrimos a história de Nelli e sua personalidade”, diz a conservadora principal Rossella Lari. “Ela teve pinceladas poderosas e carregou os pincéis com tinta”.
A pré-restauração dos apóstolos de Nelli, possivelmente Thomas e Peter (Francesco Cacchiani)
Dado o fato de que a reflectografia encontrou pouca evidência de desenho insuficiente, acrescenta Lari, é claro que a freira que virou artista “sabia o que queria e tinha controle suficiente de seu ofício para alcançá-lo”. Nelli , nascida em uma família de comerciantes florentinos em 1524, ingressou no convento dominicano de Santa Caterina aos 14 anos. Por Nicky Lobo, da Financial Review , iniciou sua carreira artística fazendo cópias em miniatura no estilo do mestre renascentista Fra Bartolomeo. Logo, a autodidata se viu em alta demanda, recebendo comissões devocionais privadas das famílias ricas da cidade. Como uma das quatro mulheres citadas nas Vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos de Giorgio Vasari , Nelli chamou mais atenção do que a maioria de suas colegas do sexo feminino. De fato, o biógrafo escreveu : “Havia tantas pinturas dela nas casas de cavalheiros de Florença que seria tedioso mencionar todas elas”. O status de Nelli como freira permitiu-lhe seguir a arte em um momento em que as mulheres eram praticamente banidas da profissão. De acordo com Artsy ‘s Karen Chernick, Renaissance conventos‘mulheres extraídos’de tarefas domésticas, como o casamento ea maternidade, liberando-os para se envolver em atividades de outra forma fora dos limites.
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Jesus e João antes da restauração (Rabatti & Domingie)
“Pensamos nessas freiras como presas, mas era um mundo muito enriquecedor para elas”, diz Linda Falcone, diretora da AWA, a Chernick. As mulheres renascentistas “obviamente podiam pintar como parte de sua educação cultural”, diz Falcone, “mas a única maneira de pintar obras em larga escala e obter comissões públicas era através do convento”. A maioria das pinturas produzidas por Nelli e sua oficina de cerca de oito freiras eram pequenas obras devocionais feitas para colecionadores externos. Mas algumas telas - incluindo a Última Ceia e outras projetadas para uso privado no convento - eram monumentais, exigindo andaimes e assistentes caros que as freiras pagavam com fundos de suas comissões. De acordo com a declaração da AWA, o trabalho recém-restaurado foi criado no verdadeiro “estilo de oficina” - em outras palavras, diferentes artistas de diferentes níveis de conhecimento contribuíram para a cena religiosa.
Apóstolos de Nelli pós-restauração, possivelmente Thomas e Peter (Rabatti & Domingie)
Como Chernick relata em um artigo separado do Atlas Obscura , Nelli escolheu retratar Jesus e seus 12 apóstolos jantando com comida tipicamente apreciada pelos moradores de Santa Caterina. Além do vinho e do pão tradicionais, ela incluiu um cordeiro assado inteiro, cabeças de alface e favas. E, ao contrário das cenas da Última Ceia pintadas por artistas do sexo masculino, Jane Fortune , fundadora da AWA, apontou em um ensaio de 2017 para o Florentine , os utensílios de mesa de Nelli são incrivelmente elaborados; Entre os itens em exibição estão tigelas de cerâmica turquesa, pratos finos de porcelana e copos adornados com prata. Segundo a historiadora Andrea Muzzi, Last Supper baseia-se no estilo estabelecido pelo trabalho com o mesmo tema de Leonardo da Vinci. Esse afresco monumental, pintado para o refeitório de Santa Maria delle Grazie, em Milão, entre 1495 e 1498, foi tão influente que Muzzi escreve em seu ensaio “ Uma freira que pinta ”, que o “assunto sagrado não podia mais ser representado sem que seu trabalho fosse realizado. em consideração. ”Um apóstolo pintou o quarto da esquerda na versão de Nelli, por exemplo, gesticula com as mãos abertas de uma maneira que lembra a composição de Leonardo. Para a Financial Review , Lobo pinta um retrato adequado da habilidade singular de Nelli: Pará+
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A assinatura e o apelo de Nelli para que os espectadores “orem pelo pintor” (Rabatti & Domingie)
A pintura está agora em exibição no Museu Santa Maria Novella (Rabatti & Domingie) Detalhe da tabela “Última Ceia” (Rabatti & Domingie)
“Imagine a freira em suas roupas sagradas, misturando seus pigmentos e pisando em andaimes para escovar enormes pinceladas de tinta em uma tela mais alta que ela e mais larga que um outdoor contemporâneo, “ ele escreve. “O empreendimento físico teria sido imenso, exigindo grande força, foco e disciplina - para não falar da vontade necessária para abordar esse assunto sagrado, antes tentado apenas pelos grandes homens”. Uma inscrição escondida no canto superior esquerdo da pintura sugere que Nelli estava profundamente ciente da natureza marcante de sua criação. Escrito em latim, traz o nome do artista (uma declaração incomum de autoria para o período) e um apelo comovente para o espectador: “ Orate pro pictora “ ou “Ore pelo pintor”. (*) Em Smithsonian.com
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