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216 - FEVEREIRO - 2020

DETRAN-PA VAI INVESTIR EM SEGURANÇA VIÁRIA COM FINANCIAMENTO DA ONU

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

GOVERNO DECRETA CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS PARA A REGIÃO DO MARAJÓ

10 ABRACE O MARAJÓ

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista;

REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Lilian Guedes, Meilan Solly, ONU BRASIL, Rayssa Pajeú, Ronaldo Hühn, Smithsonianmag.com, WEF; FOTOGRAFIAS: Cortesia do Planet World Museum, Divulgação, Di Masters, Erik Jepsen / UC San Diego, Flávio Contente, iStock.com/ RainervonBrandis, Jader Paes / Agência Pará, Lisa Knyson, Piedade Ferreira, Saeed Rashid, The Ocean Agency/WL Catlin Seavi Usuário do Flickr Steve Corey,Wikimedia Commons; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

12 PREFEITURA DE PARAUAPEBAS FORTALECE TRADIÇÕES CULTURAIS DO POVO XIKRIN

14 COMO PODEMOS PREPARAR ALUNOS PARA A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?

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Urna marajoara antropomorfa com apêndices laterais zooantropomorfos. A urna marajoara da foto faz parte do acervo do Instituto Caruanas do Marajo, Cultura e Ecologia. Foto: Flávio Contente

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Turismo sustentável e suas vertentes

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A calçada à portuguesa e a calçada portuguesa

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Concurso da ONU busca ideias que combatam poluição nos oceanos

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Museus comemoram o idioma e o futuro

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Os melhores jogos de tabuleiro do mundo antigo

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FAVOR POR

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Dez fenômenos naturais raros pelos quais vale a pena viajar Você precisa estar no lugar certo e na hora certa para ver esses eventos inspiradores Fotos Di Masters, Erik Jepsen / UC San Diego, Usuário do Flickr Steve Corey, Wikimedia Commons

Rainha da noite de Tucson

Pororoca no Pará

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m São Domingos do Capim, a 130 km de Belém, no Pará, a pororoca – um fenômeno natural do encontro das águas do mar com o rio, que formam grandes e fortes ondas. São Domingos do Capim é considerada a capital nacional da onda, mundialmente conhecida e, por isso, atrai cada vez mais turistas curiosos em conhecer as forças da natureza na Amazônia. Com ondas de até três metros de altura e o maior tempo – 37 minutos de surf, em uma mesma onda (recorde da última década).

Cereus que floresce à noite

Durante 364 noites por ano, o cereus que floresce à noite parece um cacto murcha. Mas, para uma noite mágica de verão, a planta explode em aromas de baunilha tão extravagantes quanto vestidos de noiva. De manhã, as flores secaram, pétalas flutuando no chão do deserto. Assista ao show anual nos jardins botânicos de Tohono Chul, em Tucson , com a maior coleção de cereus que floresce à noite no mundo. Mas planeje ficar por perto até que a “Rainha da Noite” decida; a flor só pode ser prevista no dia em que ocorre. Geralmente é em junho ou julho e, embora os cientistas não saibam exatamente o que causa o florescimento, os fatores podem incluir chuva e o ciclo da lua.

Rio Arco-Íris na Colômbia

Fotógrafos se reúnem na margem leste de El Capitan, em fevereiro, ansiosos para capturar o “firefall” de Yosemite

Em meados de fevereiro, se as condições forem absolutamente perfeitas - boa luz, muita água, céu limpo - as Cataratas do Horsetail do Parque Nacional de Yosemite, por um momento antes do pôr do sol, podem parecer uma cascata de lava brilhante. Esse fenômeno do “firefall”, originalmente previsto entre 13 e 27 de fevereiro deste ano, atrai milhares de admiradores e fotógrafos ao extremo leste de El Capitan. Infelizmente, parece que este ano será uma decepção; falta de chuva significa que a queda tem pouca ou nenhuma água. Mas não se desespere. Aqui estão oito outros eventos naturais fugazes para sua lista de itens. www.paramais.com.br

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Caño Cristales

Todo verão no remoto Parque Nacional Sierra de la Macarena , na Colômbia , o rio Caño Cristales tem uma transformação sobrenatural. Pará+

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Uma planta aquática chamada Macarenia clavigera floresce carmesim sob as águas correntes, criando um “arco-íris líquido” ao lado da areia amarela, das rochas cobertas de algas verdes e da água azul. Veja o espetáculo em uma visita guiada ; apenas algumas centenas de visitantes são permitidos todos os dias para manter o rio intocado. O rio corre colorido de junho a dezembro, embora seja geralmente o mais brilhante de outubro.

Estrada do Mar Milagroso da Coréia do Sul

Festival da Estrada do Mar dos Milagres de Jindo

Algumas vezes por ano, as forças por trás das marés - o ciclo da lua, a rotação e o movimento da Terra - entram em alinhamento específico, causando marés excepcionalmente baixas. Na Coréia do Sul, essas marés baixas fazem surgir um caminho de 2,7 quilômetros do fundo do oceano entre as ilhas de Jindo e Modo. Cerca de meio milhão de pessoas comparecem a um festival organizado localmente em torno do evento raro, onde bebem o sangue vermelho de hongju local e assistem à icônica raça Jindo de cães realizar truques. Assim que a estrada aparece, os foliões desfilam em massa pela cascalho de seixos para reunir amêijoas e tirar fotos na pequena Ilha Modo. A separação acontece duas ou três vezes por ano, de março a junho; o festival é geralmente em abril.

Migração de caranguejo na Ilha Christmas

A migração começa com as primeiras chuvas no final do outono ou início do inverno. O site de turismo da Ilha Christmas lista possíveis datas de nascimento com antecedência; a migração ocorre quatro a cinco semanas antes, provocada pela chuva. Ele também lista os agentes de viagens que podem ajudar a organizar excursões, que partem de Perth, Jacarta ou Kuala Lumpur.

Lago manchado da Colúmbia Britânica

Lago manchado

Quando julho traz calor seco aos vales Okanagan e Similkameen, na Colúmbia Britânica, uma visão curiosa aparece. Lago manchado - conhecido como ‘Kliluk’ pelo povo de Okanagan First Nations que possui esta terra - é o resultado pontilhado de bolinhas da evaporação sazonal. Quando o lago recua no verão, deixa para trás mini-lagoas isoladas de água rica em minerais. Dependendo do tipo e concentração mineral, as piscinas variam de amarelo mostarda a jade leitoso, safira e marinha profunda. Para visitar, você precisa da permissão da Okanagan Nation Alliance e fazer uma oferta - geralmente sálvia, tabaco ou moedas de um centavo - ao próprio lago como sinal de respeito. Caso contrário, você pode ver os pontos coloridos de um ponto de vista ao longo da Auto-estrada 3.

Maré brilhante de San Diego

Maré azul em San Diego

Migração de caranguejo vermelho na Ilha Christmas

A cada estação chuvosa no território australiano da Ilha Christmas, dezenas de milhões de caranguejos vermelhos emergem das florestas para procriar nas praias. Toda a ilha está coberta de escarlate, o ar cheio de garras no asfalto. É espetacular, mas não para quem tem cabourofobia (medo de caranguejos).

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A cada poucos anos, um pouco de magia toca as margens de San Diego. Milhões de fitoplâncton transformam as ondas em azul brilhante à noite, um fenômeno chamado bioluminescência. O fitoplâncton, chamado dinoflagelado, parece vermelho à luz do dia, e é por isso que quando aparece em massa é chamado de “maré vermelha”. Os cientistas não sabem exatamente o que causa a maré vermelha, apesar de fatores como a salinidade do oceano e o vento desempenharem um papel. www.paramais.com.br

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O brilho noturno dos dinoflagelados é o resultado de um mecanismo de defesa; brilhando quando um organismo tenta comê-lo atrai criaturas ainda maiores para perseguir os predadores. As marés vermelhas são altamente imprevisíveis - aconteceram em 2019 e 2018, mas antes disso, não desde 2013 -, portanto, fique atento às notícias do espetáculo.

Navegue nas águas com uma rede para pegar os pequenos peixes e depois os coma fritos, defumados, salgados ou em conserva. Se você tiver sorte, verá algumas baleias jubarte, que babam sobre o capelim tanto quanto os humanos.

Vulcão de gelo do norte de Nova York

Rolo de Capelin do Canadá

Vulcão de gelo no Parque Estadual Letchworth

Maré azul em San Diego

A cada ano, em torno do solstício de verão (20 de junho deste ano), as praias de Terra Nova e Labrador explodem em brilhos prateados, à medida que milhões de peixes capelim chegam às águas rasas para desovar. É chamado de “ rolo de capelim “ e é um evento amado por cidadãos da cidade e turistas.

De dezembro a fevereiro, a temperatura raramente sobe acima de zero no Parque Estadual Letchworth de Nova York , às vezes chamado de “Grand Canyon do Oriente” por suas gargantas cênicas. Durante esses meses frígidos, uma visão estranha aparece nos terrenos da Glen Iris Inn do parque. A água de uma fonte natural de nascente, que dispara no ar o ano todo, começa a congelar no meio do vôo, criando um íngreme “vulcão de gelo” que cresce cada vez mais à medida que o inverno passa. Durante anos especialmente frios, pode crescer até 50 pés!

ESSA DUPLA É A MAIOR LIMPEZA! P R O D U T O S

Qualidade que você confia Rod. Artur Bernardes, KM 14 www.paramais.com.br

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Detran-PA vai investir em segurança viária com financiamento da ONU Agentes de trânsito receberão treinamento especializado voltado para diferentes áreas de fiscalização

Texto *Lilian Guedes Fotos Jader Paes / Agência Pará

O foco do treinamento é melhorar a área de fiscalização, principalmente no que tange os fatores de risco para ocorrências de acidentes de trânsito como: beber e dirigir; excesso de velocidade; não uso dos equipamentos obrigatórios como o capacete e o cinto de segurança; uso do celular, etc.“A ideia é aprimorar a capacidade da nossa fiscalização, formando multiplicadores para trabalharmos de forma mais consistente”, ressalta o diretor-geral do Detran, Marcelo Guedes. Desde 2008, quando foi convidado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para participar como observador de uma reunião da ONU, o Detran tem se engajado em discussões globais sobre segurança viária.

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Governo do Pará, por meio do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), irá receber o financiamento do Fundo de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para investir ainda mais na melhoria do sistema de segurança viária do Estado. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira (19), em Estocolmo, na Suécia, durante a 3ª Conferência Global sobre segurança rodoviária. Com um projeto elaborado no eixo da capacitação, o Detran do Pará foi selecionado dentre os 73 projetos concorrentes e, com isso, o Brasil está entre os 12 países que receberão o financiamento para investir na formação de multiplicadores e na melhoria operacional dos agentes de trânsito. As ações serão feitas através de treinamentos especializados e conduzidos de acordo com as orientações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) - agência da ONU.

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As Novas Placas

O Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), desde 3 de fevereiro, iniciou a transição às regras entre o atual sistema de emplacamento e o novo. Desde então, as empresas estampadoras credenciadas pelo Detran iniciaram o processo de comercialização das novas placas padrão Mercosul. A relação das empresas credenciadas está disponibilizada no site do Detran. O proprietário do veículo que fizer o processo novo no padrão Mercosul deverá efetuar os procedimentos

de emissão da autorização de emplacamento eletrônico e, com este documento em mãos, deverá procurar uma das estampadoras credenciadas pelo órgão a fim de realizar a aquisição da placa, assim como o serviço de fixação, que será realizado pela mesma. Os veículos serão identificados por Placas de Identificação Veicular (PIV) dianteira e traseira, de acordo com as normas estabelecidas na Resolução. O uso do novo modelo da placa será obrigatório para veículos novos;

mudança de categoria de veículo; roubo, furto, extravio ou dano da placa; mudança de unidade federativa; e instalação de segunda placa traseira. Ainda de acordo com a resolução, todas as PIV passarão a ter código de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response Code – QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante, que substituirá o lacre. A medida visa garantir a autenticidade das informações e eventuais adulterações. Vale ressaltar que o proprietário de veículo que não estiver incluso no grupo obrigatório pode, de maneira voluntária, realizar a troca da placa cinza para o padrão Mercosul, mas deve ficar atento para a obrigatoriedade de realização de vistoria veicular e para a emissão de novo Certificado de Registro Veículo – CRV com os respectivos custos de cada procedimento.

Tipos de Placas

O padrão de cores adotado para os dígitos: - placa com dígitos pretos: usada em carros particulares; - cinza: destinada a veículos antigos e de coleção; - vermelho: automóveis comerciais; - verde: veículos especiais, como carros de testes; - amarelo: automóveis de uso diplomático ou consular; - azul: veículos oficiais do governo.

Veja como fica a Placa de Identificação Veicular (PIV) no novo modelo Mercosul: A placa tem quatro letras e três algarismos. A alteração mais que dobra o número de combinações possíveis, que passa para 450 milhões.

(*) Detran www.paramais.com.br

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Governo decreta concessão de incentivos fiscais para a região do Marajó Medida estabelece que o ICMS seja zerado para empresas que tenham interesse em se instalar nos municípios marajoaras

Fotos Marco Santos / Ag. Pará

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decreto estabelece que o principal imposto de arrecadação do Estado, o ICMS, seja zerado para empresas que tenham interesse em se instalar nos municípios da região marajoara. Fica assim assegurada a isenção de ICMS – inclusive sobre a energia – das indústrias instaladas na região, podendo o benefício se estender até 2032. “A nossa expectativa é de que este gesto possa fomentar a região do Marajó, que representa o maior índice de pobreza do nosso Estado e o maior índice de desemprego. Quase 60% da população está na linha da pobreza. Estamos agindo de maneira ousada, isentando integralmente de ICMS todas as novas operações” - Helder Barbalho, governador. “A nossa expectativa é de que esse gesto possa fomentar novos negócios na região do Marajó, que representa o território com maior índice de pobreza no nosso estado, com maior índice de desemprego. Nós temos cerca de 57% da população classificada na linha da pobreza e estamos agindo de maneira ousada, isentando integralmente de ICMS todas as novas operações que estarão acontecendo no Marajó. Com isso, a expectativa é que nós possamos levar indústrias, levar negócios, e estimular, chamar a atenção daqueles que queiram investir no Pará, de que o território do Marajó deve ser olhado de forma diferenciada. Os diferentes devem ser tratados de forma diferente.

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Se o Marajó representa o maior índice de pobreza, nós temos que olhar com sensibilidade e a nossa expectativa é que nós possamos garantir que o emprego e o desenvolvimento cheguem ao Marajó e a todos os marajoaras”, declarou o governador.

Protocolo de Intenções Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual também assinou o protocolo de intenções com o Banco da Amazônia, para impulsionar os negócios sustentáveis.

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Governo decreta concessão de incentivos fiscais para a região do Marajó.indd 10

Um valor de R$ 2,86 bilhões será aplicado no estado do Pará em 2020 via Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). “O Banco da Amazônia neste ato faz uma junção de forças, com a possibilidade de financiamentos necessários, especificamente, para esta região que tanto precisa” - Valdecir Tose, presidente do Banco da Amazônia. Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó, Jaime da Silva Barbosa, prefeito de Cachoeira do Arari, a assinatura de decreto com incentivos fiscais pode ser considerado o ato mais importante para a região. Ele falou sobre as dificuldades que os municípios enfrentam. “Sabemos que o Marajó tinha que ter esse olhar diferenciado, para passarmos a partir de agora a sonhar com um futuro melhor para os marajoaras”. Prefeitos e secretários dos municípios do Marajó, que participaram da cerimônia, comemoraram a importância deste momento histórico. “Essa é uma esperança que se renova. Agradecemos ao governador por olhar pela nossa região que é tão rica e, ao mesmo tempo, precisa muito de assistência. Agora, abre-se uma porta para a geração de emprego e renda”, destacou o secretário regional de governo no Marajó, José Antônio Azevedo Leão. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Iran Lima, o decreto garante benefícios aos empresários e grandes empreendimentos, buscando a geração de emprego, renda e desenvolvimento da região “A Sedeme e a Sefa se uniram com o objetivo de melhorar a receita per capita da região do Marajó e, assim, desenvolver a economia. A pedido do governador, vamos retirar o ICMS também da conta de energia elétrica que, normalmente, impacta na instalação de empresas em locais mais distantes”Iran Lima, titular da Sedeme. (*) Com informações da SECOM

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, lançando a segunda fase do programa Abrace o Marajó, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Programa vai garantir proteção social e maior acesso a políticas públicas na Ilha de Marajó (PA)

Abrace o Marajó Governo federal estuda isenção de impostos para a Ilha do Marajó Fotos Alan Santos, Carolina Antunes/ PR

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arquipélago do Marajó, no Pará, que abriga alguns dos municípios com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, pode receber um programa de isenção de impostos federais. Seria uma retribuição ao governo do estado, que baixou um decreto para isentar em 100% o ICMS de operações realizadas na região. A iniciativa, anunciada pelo governador Hélder Barbalho, faz parte das ações do programa Abrace o Marajó, coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em solenidade de lançamento do programa, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse ter solicitado estudos para a isenção de tributos federais nos municípios que compõem o arquipélago. Segundo ele, a ideia é transformar a região em uma Zona Franca, como a de Manaus. “O que eu tenho a dizer aos nossos amigos, aos irmãos do Marajó, como o Hélder anunciou aqui, agora há pouco, isenções de ICMS, eu havia conversado com ele há pouco, que ia tomar as providências junto ao ministro da Economia para que nós pudéssemos estudar o que fazer para isentar o que for possível nessa região. Seria algo muito parecido como uma Zona Franca do Marajó. Tenho certeza que alguma coisa sairá, afinal de contas, temos que integrar todo o Brasil”, disse Bolsonaro em discurso. Pouco antes, Hélder Barbalho havia anunciado a isenção de ICMS para o Marajó e fez um apelo para que o governo federal fizesse o mesmo com os tributos da União. 12

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Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, no lançamento do Programa Abrace o Marajó. Segundo o Prefeito de Breves e endossado pelos demais prefeitos – a “Mão de Deus” no Marajó

“O governo do estado, numa compreensão ousada de atração de investimentos para gerar emprego e mudar a realidade econômica do Marajó, baixou decreto de isenção de 100% de ICMS para operações que estejam sendo efetivadas no Marajó. Aí vem o meu pedido que, da mesma forma que o governo do estado está abrindo mão 100% de seu imposto estadual, o governo federal possa avaliar que possa ser isento o IPI, o PIS, o Cofins, que possamos fazer do Marajó uma zona de livre comércio para efetivamente garantir com que os paraenses possam ir e investir no Marajó”, disse. A solenidade foi marcada pela assinatura de atos que fortalecem a iniciativa de combate à violência e exploração sexual contra mulheres, crianças e adolescente do arquipélago paraense. Além do decreto que institui o programa, Bolsonaro assinou Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o governo do Pará e a Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM); Acordo de Cooperação Técnica entre o MMFDH, BNDES e Caixa; e lançamento de edital do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para benefício dos municípios de Marajó.

O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho elogiou o Programa “Abrace Marajó” e fez um pedido ao Presidente Bolsonaro, para que ele avalie a isenção de impostos federais para desenvolver o livre comércio na Ilha www.paramais.com.br

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O programa é uma resposta estratégica do Governo Federal à região que registra um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. “Nós temos que integrar todo o Brasil. E o Brasil todo integrado nos fará sentir aquela satisfação do dever cumprido”, disse Bolsonaro. Para o presidente, aquecer a economia da região é fundamental para o salto de desenvolvimento do arquipélago. “Creio que o turismo também é uma outra atividade que pode ser muito bem desenvolvida nessa região”, afirmou em seu discurso. Para a ministra do MMFDH, Damares Alves, é urgente erradicar as violações aos direitos humanos e abusos sexuais recorrentes no conjunto de ilhas. “Esse programa tem como objetivo proteger as mulheres de Marajó, onde é registrado um alto índice de violência doméstica e também violência contra a criança. O programa também pretende erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes na região”, disse Damares.

O programa

O Abrace o Marajó, idealizado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, articula uma série de ações com diferentes órgãos federais, do estado e dos municípios para melhorar os serviços públicos e fomentar o desenvolvimento econômico e social da região. O arquipélago inclui o município com pior IDH do Brasil: Melgaço. Mais sete dos 16 municípios que compõe a região estão na lista dos 50 piores IDHs do país: Chaves, Bagre, Portel, Anajás, Afuá, Curralinho e Breves. Entre os grandes problemas do Marajó estão os altos índices de exploração sexual e violência contra crianças e adolescentes, além da miséria e desemprego. Segundo dados oficiais, cerca de 5 mil pessoas possuem emprego com carteira assinada na região, para uma população total de mais de 530 mil habitantes. Na primeira fase de implementação do programa, no segundo semestre do ano passado, foram realizados atendimentos médicos e jurídicos, além de audiências públicas, palestras sobre violência doméstica e exploração sexual infantil. A segunda fase do programa, anunciada hoje, inclui medidas para melhorar a oferta de serviços públicos na região, além do desenvolvimento econômico. “Para quem não se lembra, o Marajó ficou mundialmente famoso pelo abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes que, ainda hoje, infelizmente, sobem nos barcos para trocarem seus corpos frágeis por comida, por centavos, por um litro de óleo combustível de embarcações. Hoje damos o primeiro passo para acabar com isso”, disse a ministra Damares Alves.

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Ministra Damares, assinando os protocolos, agradeceu todos os ministros por estarem mobilizados pelo Programa, a Prelazia do Marajó por proteger e lutar pelos direitos humanos e, ainda, saudou os prefeitos marajoaras e os parlamentares paraenses que sempre tiveram o anseio de levar desenvolvimento para a região. Mostramos agora para o Brasil e para o mundo que o bem mais precioso da Amazônia é o ser humano, a sua gente

Entre as parcerias anunciadas pela ministra, estão protocolo de intenções e acordos de cooperação com três bancos públicos: Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ideia, segundo informado pela pasta, é realizar projetos e ações conjuntas de sensibilização sobre direitos humanos, formação e capacitação de entes públicos e de desenvolvimento socioeconômico dos municípios do arquipélago. Segundo o presidente Bolsonaro, Hélder Barbalho, numa compreensão ousada de atração de investimentos para gerar emprego e mudar a realidade econômica do Marajó, baixou decreto de isenção de 100% de ICMS para operações que estejam sendo efetivadas no Marajó

Marajó O Marajó é o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta, formado por cerca de 2.500 ilhas e ilhotas. Possui extensão territorial superior ao de países como Suíça e Holanda.

A região concentra o maior rebanho de búfalos do país e também responde pela maior produção de açaí do mundo. Ao todo, o Marajós é composto por 16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Pone Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

AÇÕES

São eixos de atuação do projeto a equipagem e capacitação de conselhos tutelares e de direitos; promoção e defesa dos direitos humanos, incluídos os direitos da mulher, da família, da criança e do adolescente, da juventude, do idoso, da pessoa com deficiência, da população negra, das minorias étnicas e sociais e do índio. Além do mais, o enfrentamento e o combate às diversas formas de violações de direitos humanos e o fomento ao registro civil de nascimento também fazem parte do Programa. Para a execução do “Abrace o Marajó” poderão ser firmados convênios, termos de compromisso, acordos de cooperação, termos de execução descentralizada, ajustes ou outros instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, bem como com entidades privadas.

Ao final da cerimônia, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a ministra Damares e Daniele Barbalho, esposa do governador Hélder, dançaram ao som do Carimbó, dança típica da ilha do Marajó, no Pará Pará+

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Prefeitura de Parauapebas fortalece tradições culturais do povo Xikrin Desde pequeninas, as meninas são incentivadas a preservarem a cultura

“É muito importante para nós a prefeitura manter nossa cultura”, disse Botiê Xikrin

Texto *Rayssa Pajeú Fotos Piedade Ferreira

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final de semana foi de muita celebração e alegria para o povo Xikrin do Cateté. A aldeia Djudjekô foi palco da festa das Menire Biôk, que é a tradicional festa das mulheres. O evento foi realizado por meio do convênio firmado entre a Prefeitura de Parauapebas e o Instituto Indígena Botiê Xikrin. A finalidade do convênio é fortalecer as tradições indígenas com a realização de atividades socioculturais. O presidente do instituto, Bekroti Xikrin, avalia de forma positiva a parceria firmada com o governo municipal. “É muito importante para nós a prefeitura manter nossa cultura. Esse convênio é importante para conservar as tradições indígenas. Nossa cultura não pode ser esquecida, mas sim ensinada para nossos netos, para os jovens”, defendeu ele. Nessa festa, os homens são coadjuvantes e participam apenas prestigiando as apresentações das mulheres.

As indígenas realizam pinturas corporais e se enfeitam com indumentárias produzidas por elas mesmas

Despachamos para todo o Brasil e exterior

Desde recém-nascidas, as meninas são incentivadas a preservarem a cultura. Antes do evento, há uma preparação especial. As indígenas realizam pinturas corporais e se enfeitam com indumentárias produzidas por elas mesmas. Os últimos preparativos ocorrem no centro da aldeia, onde elas se reúnem para colocar as últimas vestimentas e acessórios antes de iniciarem as danças. Quem teve a chance de prestigiar o evento foi o sociólogo e pesquisador pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Rodrigo Lima, que está fazendo um estudo no município sobre o impacto da mineração no entorno da região. “É de um respeito muito profundo por essa cultura que é tratada com muito carinho e muito cuidado. Divulgar na cidade e principalmente no entorno já é um grande avanço, e que, a partir disso, eles tenham cada vez mais o respeito e os direitos que merecem”, comentou ele. (*) Assessoria de Comunicação - Ascom/PMP

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Texto *Anete Costa Ferreirar Fotos Divulgação

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turismo em todas as partes do mundo atingiu um patamar de crescimento na segunda metade do século XX. É um desenvolvimento local que exige mudanças que pressupõem dinamismo económico, bem como de melhoria de vida da população. Esse desenvolvimento tem trazido várias expectativas para que se firme como ponto sustentável, daí a sua divulgação no meio político, nas academias e, sobretudo na mídia, visando alcançar através dessas discursões e projetos uma base sólida para o turismo social, cultural e ambiental. Nesses aspectos convém atentar para a dimensão do ambiente, a parte social e a economia para a efectiva sustentabilidade do seu desenvolvimento. Se a opção for para desenvolver o ramo do turismo Natureza, como praia, há de ter em conta que é um dos pontos mais comuns preferido no mundo, pela facilidade de deslocação dos seus frequentadores, conforme as estatísticas veem se comprovando nos últimos anos. Autoridades têm voltado as suas atenções para a fiscalização das praias em todas as direções, preocupadas com a preservação e manutenção desses espaços, a fim de assegurar a sua sustentabilidade para as futuras gerações. Preocupam-se em manter suas áreas com a beleza natural, assim como ajudar a garantia da sua visibilidade por tempo indeterminado como destino turístico, uma vez que o turismo crescente exige produtos mais sustentáveis. Nas áreas protegidas é grande a procura de locais para o recreio e o lazer em contato direto com a Natureza e com as culturas locais. Daí a razão de serem preparados programas e atividades obedecendo a regras nacionais e internacionais voltadas exclusivamente para o desenvolvimento sustentável dessas áreas, na sua preocupação como património natural e cultural, os quais são apoiados em quatro pontos: circulação da Natureza; desenvolvimento local; qualificação da oferta turística e diversificação das atividades turísticas. O termo sustentabilidade na área turística é entendido como lazer que visa atender os anseios das gerações do presente sem comprometer a capacidade destas no futuro, e que satisfaçam. suas próprias obrigações, ao mesmo tempo resguardar as ameaças económicas, sociais e ambientais que pululam em todos os lados. Nessa premissa a palavra sustentabilidade tem na sua base principal, o equilíbrio de oportunidades e o uso racional dos meios naturais, visando manter por um longo prazo a viabilidade da atividade, numa relação produtiva e harmoniosa com o visitante, a comunidade local e o espaço visitado, manifestando sua satisfação por haver implementado a prática ambiental sustentável. São conceitos e práticas que encontram várias interpretações para o desenvolvimento do turismo sustentável e suas vertentes. (*) Correspondente em Portugal

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Como podemos preparar alunos para a Quarta Revolução Industrial?

Lições de escolas inovadoras ao redor do mundo. As instituições mais inovadoras estão agitando a abordagem tradicional da sala de aula. É importante fornecer aos alunos as habilidades digitais necessárias para a Quarta Revolução Industrial. Novas escolas e novas visões sobre o ensino estão surgindo em todo o mundo para ajudar a preparar a próxima geração para um cenário de emprego em rápida mudança Brincadeira de criança na China

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revisão dos métodos de ensino e educação é muito necessária - e não apenas por causa do ritmo impressionante de mudança sendo introduzido pelas tecnologias digitais, IA e dados. Também é necessário porque os modelos atuais de ensino e educação ainda estão firmemente enraizados em práticas que existem há 200 anos ou mais. No novo relatório Escolas do Futuro: Definindo Novos Modelos de Educação para a Quarta Revolução Industrial , o Fórum Econômico Mundial analisou como a educação precisa mudar. O relatório identificou oito “características críticas no conteúdo e nas experiências de aprendizagem” e destacou 16 escolas, sistemas e iniciativas em todo o mundo que lideram o caminho.

O Anji Play foi criado na província de Zhejiang, na China, em 2002. Ele segue um currículo da primeira infância que promove o aprendizado inteiramente por meio de brincadeiras conduzidas por crianças. Sua principal crença é que qualquer ambiente pode se tornar um ambiente de aprendizado, com um mínimo de 90 minutos todos os dias reservados para brincadeiras ao ar livre, usando equipamentos como escadas, baldes e cubos de escalada. A chave para o sucesso do modelo é que ele utiliza itens de baixo a nenhum custo, garantindo que seja acessível a famílias de baixa renda. Inicialmente, 14.000 crianças em Zhejiang estavam matriculadas. Desde então, foi espalhada para mais de 100 escolas públicas em mais de 34 províncias da China. Agora também existem pilotos da Anji Play nos EUA, Europa e África.

Escolas do Futuro

Aqui estão cinco que estão se aproximando desta nova era - Educação 4.0 - de maneiras novas e empolgantes. 18

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Manter um ambiente escolar sustentável é uma das principais atividades da escola e, no ano letivo de 2017-2018, os alunos produziram mais de 150 kg de comida todos os meses. Em 2018, uniu forças com a Sunseap, o maior fornecedor de energia limpa de Cingapura, para ajudar a escola com seu objetivo de se tornar completamente fora da rede.

Refugiados no Quênia se conectam

Novos empresários da Finlândia A Finlândia é rotineiramente alta pela qualidade de seu sistema educacional, considerado um dos melhores do mundo. Fundada em 1958, a South Tapiola High School é uma das melhores escolas do país. Além de seguir o currículo nacional finlandês, ele acrescenta um foco especial ao ensino da colaboração por meio do empreendedorismo, cidadania ativa e consciência social com aplicativos do mundo real. O Programa de Jovens Empreendedores da escola oferece aos alunos a oportunidade de trabalhar em grupos para criar um negócio próprio e inserir suas idéias em competições nacionais.

Em 2015, o professor, ativista e empreendedor belga Koen Timmers iniciou uma campanha de financiamento coletivo depois de falar com um trabalhador de campo no campo de refugiados de Kakuma, no Quênia. Ele enviou mais de 20 laptops (incluindo os seus), painéis solares e equipamentos de internet ao campo para conectar professores voluntários com crianças refugiadas. Atualmente, 350 professores em seis continentes oferecem cursos ministrados remotamente em inglês, matemática e ciências para crianças do campo. O modelo Kakuma agora está se expandindo através de uma rede de escolas de laboratórios de inovação para a Tanzânia, Uganda, Nigéria, Marrocos, Argentina, África do Sul, Brasil e Ártico Canadá.

Imersão tecnológica no Vietnã

Crescentes líderes verdes na Indonésia A formação dos líderes ecológicos do futuro é fundamental para a Escola Verde, inaugurada em Bali em 2008. Seu corpo estudantil de 800 membros é formado por crianças de 3 a 18 anos. A escola agora planeja expandir-se para a Nova Zelândia, África do Sul e México até 2021.

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A TEKY é a primeira academia STEAM (ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática) no Vietnã para crianças de 6 a 18 anos de idade. Fundado em 2017, já estabeleceu 16 centros em cinco cidades em todo o país. Através de parcerias com 30 escolas em todo o Vietnã, a academia pode oferecer cursos de tecnologia de nove a 18 meses, além de um campo de codificação para os períodos de férias. A TEKY ensina módulos de programação, robótica, web design, comunicação multimídia e animação, com os alunos gastando cerca de 80% do seu tempo de aprendizado interagindo com a tecnologia.

O que torna este modelo único? A Sociedade do Conhecimento foi projetada para refletir o aprendizado e ambientes de trabalho das principais empresas de tecnologia, expor os alunos às inovações mais avançadas, como blockchain, robótica e inteligência artificial, para ajude-os a entender como usar essas ferramentas para promover mudanças positivas no mundo. O programa faz parceria com empresas como Walmart, Airbnb e TD Bank para expor os alunos ao mundo real desafios que essas organizações estão enfrentando atualmente. TKS os alunos usam a estrutura de consultoria da McKinsey & Company para lidar com esses desafios e apresentar suas recomendações para as organizações. O TKS é um programa de três anos. O primeiro ano é dedicado a desenvolver habilidades técnicas e de comunicação fundamentais. Durante esse período, os alunos aprendem e exploram mais de 40 tecnologias diferentes e, em seguida, escolha as tecnologias mais atraentes para elas. Durante o ano 2, os alunos concentre-se em sua tecnologia de escolha e expanda suas habilidades técnicas nessa área de foco. No ano 3, os alunos constroem suas próprias empresas inovadoras e disruptivas. Ao longo desse período, os alunos aprimoram suas habilidades sociais para se comunicar o impacto potencial de suas inovações. Os projetos são inteiramente de ritmo próprio - os alunos podem passar de três a 10 meses estudando uma tecnologia.

Mecanismos de ativação

Escolas do Futuro Inovação e Criatividade. Definindo novos modelos de educação para a quarta revolução industrial. Um foco nas habilidades necessárias para a inovação, incluindo solução complexa de problemas, análise pensamento, criatividade e análise de sistemas

O programa desenvolveu sua própria plataforma online para fornecer 17 recursos e conteúdo dos alunos para apoiar seus projetos. Os alunos também podem trocar ideias e se conectar com um ao outro através da plataforma. A TKS faz parceria com uma grande empresa inovadora em cada um dos as cidades em que opera, como Zappos em Las Vegas e Microsoft em Nova York. Esses inovadores apoiam a programa, oferecendo aos alunos desafios da vida real relacionados ao seu trabalho atual, mentores, estágios e acesso n conferências inovadoras. Com a Microsoft, por exemplo, os alunos avaliaram a Escola de Inteligência Artificial (AI) e forneceu feedback sobre sua direção estratégica, produto experiência e estratégia de crescimento.

Medidas de sucesso

Exemplo do Canadá A sociedade do conhecimento: combinando força e força. Habilidades para criar a próxima geração de inovadores. A Sociedade do Conhecimento (TKS), fundada em 2016 em Toronto, é um programa extracurricular de três anos para estudantes de 13-18, que se concentra na construção de tecnologia e habilidades empresariais. As sessões principais ocorrem de setembro a junho juntamente com o ano letivo acadêmico, por um total de 10 horas compromisso extracurricular semanal. Hoje o programa expandiu-se para Nova York, Las Vegas, Ottawa e Boston.

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No final do terceiro ano, todos os alunos do programa criaram sua própria empresa, muitas das quais foram convertido em empresas reais. G-nome, baseado em blockchain aplicativo que compensa usuários pelo upload de informações genéticas anônimas para diversificar o laboratório de edição de genes conjuntos de dados, foi desenvolvido por um estudante adolescente do TKS e foi adquirida por uma startup blockchain. Outro aluno co-fundou uma empresa que usa aprendizado de máquina para melhorar vacinas. Um terceiro aluno fundou uma empresa que é parceria com o Sistema de Saúde Sinai para desenvolver um dispositivo de teste de sangue não invasivo e vestível. Embora os estágios não sejam garantidos pelo programa e deve ser obtido com base em habilidades e mérito, todos os alunos participantes normalmente obtêm um estágio de verão pelo final do programa. Os parceiros de contratação incluem Microsoft, Deloitte e IBM, entre outros. Os alunos também foram convidados como oradores para algumas das maiores conferências de tecnologia, incluindo Web Summit, SXSW, TEDx e a Consumer Electronics Show.

Conclusão: uma ação

Existe uma necessidade urgente de atualizar os sistemas educacionais para equipar crianças com habilidades para navegar no futuro do trabalho e no futuro das sociedades. A estrutura do Education 4.0 fornece uma visão de como os sistemas escolares podem ser atualizados para oferecer necessidades futuras das crianças. www.paramais.com.br

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Agenda para acelerar a Transição para a Educação 4.0

Essa transformação exige mudanças no conteúdo de aprendizagem para incluir as habilidades técnicas e centradas no ser humano necessárias para construir economias crescentes e inclusivas e sociedades e mudanças nas experiências de aprendizagem que mais espelham o futuro do trabalho. Embora muitas escolas, programas e sistemas escolares sejam pioneiros na transição para a Educação 4.0, 16 escolas, sistemas e iniciativas em todo o mundo estão preparando a próxima geração para o mundo em mudança. Elas estão no: Canadá, Quênia, Mali, Vietnã, Indonésia, Espanha, Finlândia, Índia, China, Estados Unidos (Nova York, Las Vegas, Ottawa e Boston), Peru, Omã, Reino Unido, Equador. Criar mudanças no nível do sistema exigirá colaboração entre ministérios da educação, educadores e líderes do setor privado para conectar e ampliar esses esforços para criar sistemas de educação holística. A ativação do Education 4.0 exigirá maior alinhamento entre os atores na definição e avaliação habilidades do futuro, preparando a força de trabalho docente para liderar nessa transição e aprimorando a conectividade entre escolas e sistemas escolares. Para esse fim, a Plataforma de Modelagem do Fórum Econômico Mundial o futuro da nova economia e sociedade convida ministros de Educação, Diretores Executivos que são campeões de educação e outras partes interessadas para ingressar na plataforma do Fórum definir e implementar uma agenda de ação holística para realizar a Educação 4.0. A iniciativa visa mobilizar os principais interessados em transição para a Educação 4.0, implementando novas políticas educacionais que integram essas mudanças no conteúdo e experiências nos sistemas de ensino público; apoiar os professores na implementação desta nova visão através de novas habilidades e qualificação; participar de melhores práticas globais contínuas intercâmbio entre escolas e sistemas de ensino; e criar mecanismos para avaliar o progresso em relação a esses objetivos. A iniciativa Education 4.0 contribuirá para a Plataforma de Moldando o futuro da visão da nova economia e sociedade impactar 1 bilhão de pessoas com melhor educação e emprego e oportunidades até 2030. Oc WEF onvida todas as partes interessadas a se juntarem a nós esse esforço importante.

65% das crianças que ingressam na escola este ano trabalharão em um trabalho que ainda não foi inventado 49% dos trabalhos atuais têm potencial para substituição de máquinas, com 60% tendo pelo menos 1/3 de suas atividades automatizadas 80% das habilidades treinadas nos últimos 50 anos agora podem ser superadas por máquinas Em nível global, as atividades tecnicamente automatizáveis atingem o equivalente a 1,1 bilhão de funcionários e US $ 15,8 trilhões em salários O argumento é simples: a mudança está aqui, não há como evitá-la, então é hora de se adaptar. As instituições precisam mudar para acompanhar - e não quero dizer que precisem de reforma; não adianta melhorar um modelo quebrado. Estamos à beira de uma quarta revolução industrial e precisamos de uma transformação em grande escala, uma revolução educacional para acompanhar o mundo, 4.0.

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A calçada à portuguesa e a calçada portuguesa

Texto *Anete Costa Ferreira Fotos Divulgação

Abaixo, a Barca de São Vicente, símbolo da cidade de Lisboa, com os dois corvos

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o ano de 1500 surgiram os primeiros pavimentos calcetados em Portugal, daí haver sido batizado de “calçada à portuguesa”, que para alguns estudiosos teria sido firmado nos meados do século XIX. Consta que a diferença entre calçada à portuguesa e calçada portuguesa, era a primeira ser feita de calcário branco e negro e com aplicação das pedras totalmente irregular. Entretanto, em meados do século XIX, a forma das pedras passou a ser uniformizada em cubos com um enquadramento diagonal. Daí a razão para se entender a distinção entre calçada à portuguesa e calçada portuguesa. A pavimentação natural em pedra constitui uma característica de Portugal, cuja inspiração foram as técnicas romanas e árabes. Essa criatividade aliada à prática da aplicação constitui uma identidade histórica, cultural e artística de Portugal. Consta que as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas por D. Manuel I, oficializaram o início do calcetamento nas ruas de Lisboa. Na ocasião foi determinado o uso do granito da Região do Porto, mas o transporte oneroso impossibilitou a obra. Com o Terremoto de 1755, houve a distinção das calçadas e a sua reconstrução foi inviável para a época. No ano de 1842, é feita uma recuperação da calçada em calcário, cujo trabalho se assemelha ao existente actualmente. Era feito pelos presidiários conforme as ordens do Governador das Armas de São Jorge, Tenente–General Eusébio Ribeiro Furtado. Referidas obras desagradaram o povo, sofrendo duras críticas.

Para contornar a situação, o Governador Eusébio Furtado ordenou a pavimentação da Praça do Rossio, na extensão de 8.712m2, que pela sua originalidade e sentido artístico agradou toda a população, sendo rapidamente divulgada em todo Portugal e pelas Colônias. Com o objectivo de acompanhar o progresso, Portugal vê-se a braços para disponibilizar

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operários especializados nesta arte, para atender os pedidos dos países estrangeiros. Já no século XX, a Câmara Municipal de Lisboa cria a Escola de Calceteiros e inaugura o Primeiro Monumento do Calceteiro na Baixa Pombalina. A moda atravessa fronteiras, quando Verona e Servilha adotam placas de granito e mármore nas suas calçadas.

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Calçada portuguesa frente aos Monumentos dos Descobrimentos

Pavimentação da Praça do Rossio, no Coração de Lisboa

Os calceteiros com o martelo fazem os ajustes da forma da pedra a ser utilizada em cada espaço diferente para combinar com as cores distintas. A geometria do século XX aplicou um número limitado de simetrias presas nos planos de 7 para os frisos e 17 para os padrões. O nome consagrado para a calçada portuguesa ou mosaico português ou ainda pedra portuguesa no Brasil, está intimamente ligado com o piso utilizado nos passeios, parques, espaços públicos ou privados de uma forma geral. No Brasil distingue-se pelo paisagismo do século XIX. Em Manaus no início do século XX, no Largo São Sebastião é inaugurada a calçada portuguesa, em 1901. O calçadão de Copacabana é inaugurado na gestão do prefeito Paulo Frontin, estendendo-se pela Avenida Central, sob a orientação artística de Roberto Burl Max. Em Lisboa, no ano de 2017, na Praça dos Restauradores foi inaugurado o Monumento ao Calceteiro, homenageando a figura máxima na execução da arte da calçada portuguesa. A área é de 30m2 onde duas figuras em bronze representam o calceteiro cortando a pedra e o ajudante colocando-a no devido espaço para ajustar-se com o local. A representação é a “Barca de São Vicente”, símbolo da cidade lisboeta, tendo sido construída com 10.500 pedras. A arte das calçadas inspirou cineastas, e a 14 de Novembro de 2017, foi exibido o filme “Peças Falantes – Pedra da Calçada vs Martelo do Calceteiro”, cuja finalidade é educar o público infantil para valorizar a arte da calçada portuguesa respeitando e valorizando a profissão do calceteiro. Também na literatura, Maria Antónia Oliveira, vencedora do prêmio de poesia da Associação Cultural Draca, em 2011, homenageia um calceteiro em “A Arte é Alegria”, onde destacamos este trecho: “… Com tua arte e alegria/Fazias o chão que pisamos/ aquele que nem olhamos/ e tem nele tanta magia/ Até tu próprio dizias que a arte é alegria.” Assim vamos pisando, admirando, elogiando e estudando a calçada portuguesa. (*) Correspondente em Portugal

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Concurso da ONU busca ideias que combatam poluição nos oceanos

Fotos iStock.com/RainervonBrandis, Saeed Rashid, The Ocean Agency/WL Catlin Seavi

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econhecendo a urgência crescente em combater a poluição dos oceanos, particularmente de plásticos e nutrientes, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou um concurso que busca inovações transferíveis, replicáveis e escaláveis, que receberão subsídios de 50 mil a 250 mil dólares. As inovações a serem submetidas podem incluir ações tecnológicas e de ponta no âmbito de políticas, regulamentação, finanças e economia, bem como outras ações voltadas para setores com base marítima ou territorial. O prazo de inscrições termina em 5 de março. O movimento pela proteção e restauração dos oceanos se acelerou rapidamente desde a Conferência dos Oceanos, em 2017.

Segundo dados da ONU, 80% da poluição dos oceanos saem da superfície terrestre

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Entretanto, o cumprimento de algumas metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 (Vida na água) ainda está atrasado. Em meio à pesca excessiva, à poluição, à perda de habitat natural e aos múltiplos impactos da mudança do clima nos ecossistemas marítimos, os oceanos nunca enfrentaram uma gama tão diversa de ameaças. Nesse contexto, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lança um novo chamado para a ação — Desafio de Inovação para os Oceanos (OIC, na sigla em inglês) — com o objetivo de acelerar o alcance das metas do ODS 14. O desafio busca inovações transferíveis, replicáveis e escaláveis, que receberão subsídios de 50 mil dólares a 250 mil dólares.

Reconhecendo a urgência crescente em combater a poluição dos oceanos, particularmente de plásticos e nutrientes, o primeiro dos vários desafios planejados tem foco na meta 14.1 — Reduzir a poluição marinha. “Em um tempo em que os oceanos e mares do mundo enfrentam pressões sem precedentes, o novo Desafio de Inovação para os Oceanos do PNUD chamará a atenção para abordagens inovadoras, empreendedoras e criativas que podem fazer avançar a restauração e a proteção costeira dos oceanos”, declarou o administrador do PNUD, Achim Steiner. “Apoiar a economia azul dessa maneira pode ajudar no cumprimento do ODS 14, ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento econômico e ajuda a reduzir a pobreza e as desigualdades”, completou Steiner. Da pesca à aquicultura à agricultura industrial, o cenário de modelos tradicionais de negócio não permitirá as transformações necessárias para o uso verdadeiramente sustentável dos oceanos, de acordo com o PNUD. www.paramais.com.br

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“Com quatro das dez metas do ODS 14 avançando em 2020, temos à frente um ano crítico para o bem-estar dos oceanos. Portanto, a Conferência sobre Oceanos da ONU, que se realizará entre 2 e 6 de junho, em Lisboa, terá especial importância no apoio à implementação do ODS 14”, afirmou o enviado especial do secretário-geral da ONU para os oceanos, Peter Thompson. “Para cumprirmos o ODS 14, devemos abrir novos caminhos com tecnologias, políticas, normas e instrumentos financeiros inovadores. Nesse sentido, o novo Desafio de Inovação para os Oceanos do PNUD é uma contribuição mais do que bem-vinda para o grande número de aceleradoras e incubadoras de oceanos”, disse Thompson.

Para grupos interessados em participar do Desafio de Inovação para os Oceanos

O objetivo da OIC é acelerar o progresso em SDG14 por catalisar inovações replicáveis e escaláveis - incluindo técnica, política, econômica e financeira - que pode ser sustentado e contribuir diretamente para a entrega de um ou mais SDG14 alvos. A “inovação” aqui pode incluir abordagens verdadeiramente novas ou a transferência ou adaptação de abordagens comprovadas existentes para novos contextos e / ou localidades.

– As inovações a serem submetidas podem incluir ações tecnológicas e de ponta no âmbito de políticas, regulamentação, finanças e economia, bem como outras ações voltadas para setores com base marítima ou territorial. – Os projetos podem ser submetidos por entidades públicas ou privadas, incluindo governos, empresas (inclusive start-ups), ONGs, organismos da ONU, instituições acadêmicas e organizações intergovernamentais.

– O Desafio deve ser implementado e ter beneficiários em países em desenvolvimento, mas podem ser desenvolvidos por proponentes de países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Acesse o site www.oceaninnovationchallenge.org e saiba mais sobre o desafio. Para mais informações sobre o tema no âmbito da Agenda 2030, confira o glossário de termos e definições do ODS 14. (*) Correspondente em Portugal

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Museus comemoram o idioma e o futuro

O museu Planet Word Museumcom sede em Washington, DC abrirá suas portas em 31 de maio Fotos Cortesia do Planet World Museum, Divulgação

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s palavras não são apenas para serem ouvidas: muito mais do que a soma de seus caracteres constituintes, a linguagem é um aspecto crucial de como os humanos navegam no mundo ao seu redor. E com o tão aguardado museu Planet Word programado para abrir suas portas em Washington, DC em 31 de maio, os logófilos finalmente terão a chance de ver essa devoção em exibição. Descrito pela fundadora Ann Friedman como um museu “que dará vida à linguagem”, o Planet Word exibirá dez galerias imersivas repletas de exposições centradas em palavras, relatou Peggy McGlone, em novembro passado. Em uma sala, os visitantes terão a chance de criar suas próprias campanhas de marketing; em outro, eles poderão mergulhar pincéis de alta tecnologia em “paletas” de palavras e “pintar” figuras que refletem seu significado. “Se você escolher a palavra hibernal, a cena ao seu redor se transformará em uma cena de inverno”, disse Friedman a Nathan Diller, no ano passado. A maior sala do prédio de 51.000 pés quadrados contará com um globo multicolorido de 12 pés de altura que convida os espectadores a explorar o mundo e seus idiomas, aprendendo palavras culturalmente específicas em cada destino. Programada para responder a mais de 30 idiomas, incluindo dois tipos de linguagem de sinais, a exposição até reage ao discurso dos visitantes.

Uma exibição do Grande Salão do museu Planet Word, que contará com um Globo de LED mostrando dezenas de idiomas de todo o mundo, em exibição no Grande Salão do museu Planet Word

No The Spoken World, você mergulhará de cabeça na imponente diversidade das línguas do mundo! Esta galeria reúne idiomas falados e assinados de todo o mundo

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Enquanto isso, o pátio do museu abrigará uma deslumbrante escultura de árvore de 6 metros de altura chamada The Speaking Willow . Criada pelo artista mexicano-canadense Rafael Lozano-Hemmer, a obra projeta trechos de poemas e discursos famosos em dezenas de idiomas diferentes quando os clientes passam por seus galhos, de acordo com Mikaela Lefrak, da WAMU .

“Espero que quando as pessoas deixarem o Planet Word ... elas terão uma nova empatia pelas pessoas que não soam como elas”, disse Friedman. Para aqueles que querem fugir da agitação, o segundo andar do Planet Word apresentará um espaço tranquilo dedicado à poesia. Aqui, os visitantes podem sentar, relaxar e ler enquanto os poemas aparecem e desaparecem nas paredes.

O Planet Word não é o primeiro museu a entrar na arena dos amantes de idiomas e, dada a localidade americana, ele enfatiza o inglês. Porém, o mais novo acessório focado em palavras da DC é notável por sua abordagem interativa tecnologicamente esclarecida, possibilitada em parte pelo apoio financeiro pessoal de Friedman. De acordo com o Washington Post, a construção do museu - uma restauração da histórica Escola Franklin - custa mais de US $ 25 milhões. Uma das primeiras escolas públicas do Distrito de Columbia, Franklin possui sua própria e espetacular história da fala: foi o local em que Alexander Graham Bell transmitiu pela primeira vez uma voz com sucesso através de um feixe de luz em 1880. Faturado gratuitamente, o Planet Word também deve destacar a importância da alfabetização, que vacilou nos Estados Unidos, segundo o site do museu. Mas os objetivos da instituição se estendem além da praticidade: “O que é mágico sobre a leitura é como passamos de aprender a ler, ler e aprender e depois gostar de ler”, diz Ralph R. Smith, diretor da Campanha para Leitura em Nível Escolar , em uma declaração . “O Planet Word será nada menos que uma ousada tentativa de capturar e compartilhar a mágica”. (*) Em Smithsonianmag.com

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Museu do Futuro Integrando-se perfeitamente à paisagem ultramoderna de Dubai, o Museu do Futuro em aço inoxidável, em forma de toro e coberto de caligrafia oferece uma visão interativa e imersiva de tópicos oportunos, desde segurança alimentar e mudanças climáticas, a maneiras pelas quais a IA pode ajudar as pessoas comuns a gerenciar seu dinheiro ou correr em velocidades sobre-humanas. O museu, recém inaugurado, visa ajudar a moldar cuidadosamente o futuro por meio de inovações tecnológicas.

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Os melhores jogos de tabuleiro do mundo antigo Milhares de anos antes do Monopólio, as pessoas jogavam jogos como Senet, Patolli e Chaturanga Texto *Meilan Solly

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uito antes de Colonos de Catan, Scrabble e Risk ganharem legiões de fãs, legiões romanas de verdade passaram o tempo jogando Ludus Latrunculorum , um confronto estratégico cujo nome em latim se traduz livremente em “Jogo de Mercenários”. No noroeste da Europa, enquanto isso, o jogo Viking Hnefatafl apareceu em locais distantes como a Escócia , Noruega e Islândia. Mais ao sul, os antigos jogos egípcios de Senet e Mehen dominavam. Ao leste da Índia, Chaturanga emergiu como precursor do xadrez moderno. E 5.000 anos atrás, no que é hoje o sudeste da Turquia, um grupo de humanos da Idade do Bronze criou um conjunto elaborado de pedras esculpidas, aclamadas como aspeças de jogos mais antigas após sua descoberta em 2013. De Go ao gamão, Nine Men’s Morris e mancala, esses foram os jogos de tabuleiro cruéis, peculiares e surpreendentemente espirituais do mundo antigo.

Senet

Este conselho do Senet data entre aproximadamente 1390 e 1353 aC (Fundo Charles Edwin Wilbour / Museu do Brooklyn)

Amado por luminares como o menino faraó Tutankhamon e a rainha Nefertari , esposa de Ramsés II, Senet é um dos primeiros jogos de tabuleiro conhecidos. Evidências arqueológicas e artísticas sugerem que ele foi jogado em 3100 aC , quando a Primeira Dinastia do Egito estava começando a desaparecer do poder. Segundo o Metropolitan Museum of Art , membros da classe alta da sociedade egípcia jogavam Senet usando tabuleiros de jogos ornamentados, exemplos dos quais ainda sobrevivem até hoje. Aqueles com menos recursos à sua disposição se contentam com grades arranhadas em superfícies de pedra, mesas ou no chão. Os painéis da Senet eram longos e flexíveis, consistindo em 30 quadrados dispostos em três filas paralelas de dez. Dois jogadores receberam um número igual de fichas de jogo, geralmente entre cinco e sete, e correram para enviar todas as suas peças para o final do tabuleiro.

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Em vez de rolar os dados para determinar o número de quadrados movidos, os participantes jogaram palitos ou ossos . Como nos jogos de estratégia mais complexos, os jogadores tiveram a oportunidade de frustrar o adversário, impedindo a competição de avançar ou mesmo enviando-os para trás no tabuleiro.

Este antigo quadro do Senet egípcio está em exibição no Metropolitan Museum of Art. (Domínio público )

Originalmente um “passatempo sem significado religioso”, escreve o egiptólogo Peter A. Piccione na revista Archaeology , Senet evoluiu para uma “simulação do mundo subterrâneo, com suas praças representando as principais divindades e eventos na vida após a morte”. Tabuleiros de jogos anteriores possuem quadrados de jogo completamente em branco, mas na maioria das versões posteriores, os cinco últimos quadrados apresentam hieróglifos que denotam circunstâncias especiais de jogo. Peças que chegaram às “águas do caos” da praça 27, por exemplo, foram enviadas de volta à praça 15 - ou removidas completamente do tabuleiro. Os antigos egípcios acreditavam que as sessões de jogos “ritualísticas” proporcionavam um vislumbre da vida após a morte, de acordo com o livro É tudo um jogo de Tristan Donovan : a história dos jogos de tabuleiro, do monopólio aos colonos de Catan . Os jogadores acreditavam que Senet revelava quais obstáculos estavam à frente, avisava as almas dissolutas de seus destinos ardentes e oferecia garantias da eventual fuga do falecido do submundo, representada por mover com sucesso as peças do tabuleiro. “O espaço final representava Re-Horakhty, o deus do sol nascente”, explica Donovan, “e significava o momento em que almas dignas se juntariam ao [deus do sol] Rá pela eternidade”.

O jogo real de Ur

Esta prancha de aproximadamente 4.500 anos apresenta quadrados de placas de concha cercados por tiras de lápis-lazúli e decorados com intrincados desenhos florais e geométricos. (© curadores www.paramais.com.br do Museu Britânico)

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Os pesquisadores geralmente lutam para determinar as regras dos jogos jogados há milênios atrás. Mas, graças a um modesto tablete cuneiforme traduzido pelo curador do Museu Britânico Irving Finkel durante os anos 80, os especialistas têm um conjunto detalhado de instruções para o Jogo Real de Ur , ou Twenty Squares . A redescoberta moderna do jogo de aproximadamente 4.500 anos de idade data da escavação de Sir Leonard Woolley da antiga cidade mesopotâmica do cemitério real de Ur entre 1922 e 1934. Woolley desenterrou cinco pranchas, a mais impressionante das quais com quadrados de placas de concha cercados por tiras de lápis-lazúli e decorado com desenhos florais e geométricos complexos. Este tabuleiro de jogo , agora abrigado no Museu Britânico, é estruturado de maneira semelhante aos tabuleiros Senet, com três fileiras de quadrados colocados em fileiras paralelas. O Jogo Real de Ur, no entanto, usa 20 quadrados em vez de 30. Sua forma, consistindo de um bloco de 4 por 3 painéis conectado a um bloco de 2 por 3 painéis por uma “ponte” de dois quadrados, é “remanescente” de um haltere com carga desigual “, de acordo com It’s All a Game . Para vencer, os jogadores corriam com o oponente para o lado oposto do tabuleiro, movendo as peças de acordo com os dados dos dedos. No Met , as praças incrustadas com rosetas florais eram “campos de sorte”, impedindo que as peças fossem capturadas ou dando aos jogadores um giro extra. Embora o Jogo Real de Ur deriva seu nome da metrópole da Mesopotâmia, onde foi desenterrado, Finkel observa que os arqueólogos encontraram mais de 100 exemplos do jogo no Iraque, Irã, Israel, Síria, Jordânia, Egito, Turquia, Chipre e Creta. As versões posteriores do tabuleiro têm um layout ligeiramente diferente, trocando o bloco e a ponte certos por uma única linha de oito quadrados. (Esse formato, mais conhecido pelo nome Twenty Squares, era popular no Egito antigo, onde as caixas Senet costumavam ter 20 quadros quadrados no verso .)

Mehen

As regras de Mehen permanecem obscuras, pois o jogo desapareceu de popularidade após o declínio do Reino Antigo do Egito. ( Anagoria via Wikimedia Commons sob CC BY 3.0 )

Na sua enciclopédica História dos Jogos de Tabuleiro de Oxford , David Parlett descreve Mehen , que deriva seu nome de uma divindade serpentina, como o “jogo de serpentes egípcios”. Jogado entre aproximadamente 3100 aC e 2300 aC, o confronto multijogador envolveu até seis participantes encarregados de guiando peças em forma de leão e esfera através de uma pista em espiral que lembra uma cobra enrolada.

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As regras de Mehen permanecem incertas, pois o jogo perdeu popularidade após o declínio do Antigo Reino do Egito e é escassamente representado no registro arqueológico. Escrevendo em 1990, o egiptólogo Peter A. Piccione explicou: “Com base no que sabemos deste jogo ... as peças felinas do jogo se moveram em espiral ao longo dos quadrados, aparentemente, da cauda do lado de fora até a cabeça da serpente em o centro ”. As fichas esféricas semelhantes a mármore podem ter sido igualmente roladas através dos“ sulcos em espiral mais longos ”. Surpreendentemente, observa Parlett, nenhuma das peças prováveis de Mehen conhecidas por sobreviver hoje são pequenas o suficiente para caber nos segmentos individuais das placas com as quais foram encontradas, adicionando mais uma camada de intriga a um jogo já misterioso.

Homens Nine ‘ s Morris

Um conselho de morris medieval descoberto na Alemanha ( Wolfgang Sauber via Wikimedia Commons sob CC BY-SA 4.0 )

Tafl

Uma ilustração do século XIII de espanhóis tocando Morris dos nove homens (domínio público)

Comparável às damas modernas, o Nine Men’s Morris encontrou oponentes dirigindo seu exército de nove “homens”, cada um representado por uma peça de jogo diferente, através de um campo de jogo semelhante a uma grade. A montagem de um moinho, ou fila de três homens, permitiu ao jogador capturar uma das peças de seu oponente. A primeira pessoa incapaz de formar um moinho, ou a primeira a perder todos, exceto dois homens, perdeu a partida. Versões alternativas do jogo pediam que cada jogador confiasse em um arsenal de 3, 6 ou 12 peças. Exemplos de Morris de nove homens são abundantes, desenterrados na Grécia, Noruega, Irlanda, França, Alemanha, Inglaterra e outros países do mundo, de acordo com a Games of the World: Como fazê-los, como jogá-los, como vieram a ser . O jogo foi especialmente popular na Europa medieval e até ganhou uma menção no Sonho de uma noite de verão de Shakespeare.

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Monks provavelmente usou o tabuleiro de jogo em forma de disco para jogar o Hnefatafl, um jogo de estratégia nórdica que coloca um rei e seus defensores contra duas dezenas de atacantes, durante o século VII ou VIII. (Michael Sharpe / Projeto Livro dos Veados)

Um dos passatempos mais populares da Escandinávia antiga era uma família de jogos de estratégia conhecidos coletivamente como Tafl. Os noruegueses jogaram Tafl já em 400 dC, de acordo com a História dos Jogos de Tabuleiro de Oxford . Um híbrido de jogos de guerra e perseguição, o Tafl se espalhou da Escandinávia para a Islândia, Grã Bretanha e Irlanda, mas caiu em desuso quando o xadrez ganhou força na Inglaterra e nos países nórdicos durante os séculos 11 e 12.

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Um tabuleiro de jogos em forma de disco desenterrado em 2018 no local do Mosteiro Escocês de Deer testemunha o apelo generalizado de Tafl. Datado do século VII ou VIII, o conselho é um “objeto muito raro”, segundo o arqueólogo Ali Cameron. Falando com o escocês , Cameron acrescentou: “Apenas alguns foram encontrados na Escócia, principalmente em locais monásticos ou pelo menos religiosos. Essas placas de jogos não são algo a que todos teriam acesso. ”A variação mais popular do Tafl, o Hnefatafl , desviou-se dos jogos padrão para dois jogadores no uso de lados altamente desiguais. Para jogar, um rei e seus defensores lutaram contra um grupo de taflmen, ou atacantes, que os superavam em número de dois para um. Enquanto os homens do rei tentavam reuni-lo em segurança em um dos quatro burgs, ou refúgios, localizados nos cantos do tabuleiro de jogo, os taflmen trabalhavam para impedir a fuga. Para terminar o jogo, o rei tinha que chegar ao santuário ou ceder ao cativeiro.

Ludus Latrunculorum

A primeira menção documentada de Ludus Latrunculorum data do século I aC, quando o escritor romano Varro descreveu seu vidro colorido ou suas peças em pedra preciosa. Duzentos anos depois, o anônima Laus Pisonis, de autoria anônima, pintou uma imagem vívida da jogabilidade, explicando: “[As] fileiras inimigas estão divididas e você vitoriosamente sai com fileiras intactas ou com a perda de um ou dois homens, e as duas mãos chocam com a horda de cativos. ”Os poetas Ovídio e Marcial também faziam referência ao jogo em suas obras. Apesar de sua recorrência em evidências escritas e arqueológicas, as regras exatas de Ludus Latrunculorum permanecem incertas. Vários estudiosos propuseram possíveis reconstruções do jogo nos últimos 130 anos, de acordo com os Jogos Antigos . Talvez o mais abrangente deles seja o ensaio de Ulrich Schädler de 1994 , traduzido para o inglês em 2001, que sugere que os jogadores avançassem peças para trás, para trás e para os lados, na esperança de cercar uma peça inimiga isolada com duas de sua autoria. Os tokens capturados foram então removidos do tabuleiro, deixando as mãos dos jogadores vitoriosos “sacudindo com a multidão de peças”, como Laus Pisonis colocou.

Patolli

O jogo asteca de Patolli, como pode ser visto no Livro dos Deuses e dos Ritos e no Calendário Antigo por Frei Diego Durán (domínio público)

Um conselho de Ludus Lantrunculorum encontrado na Grã-Bretanha Romana (Herança Inglesa / Os curadores do Corbridge Excavation Fund)

A torrada do Império Romano, Ludus Latrunculorum ou Latrunculi, foi um jogo de estratégia para dois jogadores, projetado para testar as proezas militares dos participantes. Jogado em grades de tamanhos variados - o maior exemplo conhecido mede quadrados de 17 por 18 - o chamado “Jogo dos Mercenários” provavelmente era uma variante do jogo grego antigo Petteia . (Aristóteles lança alguma luz sobre as regras de Petteia, comparando um “homem sem cidade-estado” a uma “peça isolada em Petteia” deixada vulnerável à captura por um oponente.)

Em Patolli , um jogo de apostas inventado pelos primeiros habitantes da Mesoamérica, os jogadores corriam para mover pedras de uma extremidade de uma pista em forma de cruz para a outra. Os grãos usados como dados ditavam a jogabilidade, mas as regras exatas de “entrada e movimento” permanecem desconhecidas, como observa Parlett na História dos Jogos de Tabuleiro de Oxford . Entre os astecas, Patolli mantinha participações extraordinariamente altas, com os participantes apostando não apenas bens físicos ou moeda, mas suas próprias vidas. Como explicou Diego Durán , um frade dominicano que escreveu um tomo do século XVI sobre a história e a cultura asteca: “Nesse e em outros jogos, os índios não apenas se arriscavam na escravidão, mas também eram legalmente condenados à morte como sacrifícios humanos. . ”

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Plebeus e aristocratas jogavam Patolli, que era particularmente popular na capital asteca de Tenochtitlan . De acordo com o colega cronista do século 16, Francisco López de Gómara, até o Imperador Montezuma gostava do jogo e “às vezes assistia enquanto jogava no patoliztli , que lembra muito o jogo das mesas, e é jogado com feijões marcados como um dado que eles chamam patolli. Como muitos aspectos da cultura asteca, Patolli foi banido pelos conquistadores espanhóis que derrotaram o império mexicano nas décadas de 1520 e 30. Parlett escreve que os espanhóis destruíram todos os tapetes de jogos e queimaram todos os feijões que puderam encontrar, dificultando aos historiadores posteriores estabelecer as regras exatas do jogo.

Xadrez

O xadrez chegou à Europa por meio de territórios árabes na Espanha e na Península Ibérica. Um manuscrito do mosteiro suíço datado da década de 990 contém a referência literária mais antiga conhecida ao jogo, que rapidamente ganhou popularidade em todo o continente. No final do século XII, o xadrez era um item básico em toda a França, Alemanha, Escandinávia e Escócia, todos seguindo um conjunto de regras ligeiramente diferente. Para Donovan, a “mudança mais radical de todas” foi o surgimento da rainha como a mais poderosa jogadora de xadrez durante os séculos XV e XVI. A mudança estava longe de ser aleatória. Em vez disso, refletia o surgimento inédito de monarcas femininas com poderes . Isabella I, de Castela, liderou seus exércitos contra os ocupantes mouros de Granada, enquanto sua neta, Maria I , se tornou a primeira mulher a governar a Inglaterra por direito próprio. Outras realezas femininas importantes do período incluíram Catarina de Médicis, Elizabeth I, Margarida de Navarra e Maria de Guise.

Gamão

Os Lewis Chessmen, encontrados nas Hébridas Exteriores da Escócia em 1831, datam aproximadamente do século XII dC (Domínio público)

O xadrez moderno remonta às origens do antigo jogo indiano de Chaturanga , cujo nome em sânscrito se refere aos “quatro membros” do exército do Império Gupta: infantaria, cavalaria, carros e carros de guerra. Gravado pela primeira vez por volta do século VI dC, mas provavelmente jogado antes desse período, Chaturanga colocou quatro jogadores, cada um assumindo o papel de um braço militar imperial, um contra o outro. As peças se moviam em padrões semelhantes aos vistos no xadrez moderno, de acordo com It’s All a Game , de Donovan . A infantaria, por exemplo, marchou para frente e capturou na diagonal como peões, enquanto a cavalaria viajava em forma de L como cavaleiros. Ao contrário do jogo de hoje, no entanto, Chaturanga envolvia um elemento de chance, com jogadores lançando gravetos para determinar o movimento das peças. Em meados do século VI, os comerciantes indianos introduziram uma versão revisada de Chaturanga para dois jogadores no Império Sasaniano da Pérsia, onde foi rapidamente transformado no jogo aprimorado de Shatranj . (Declarar “xeque” e “xeque-mate” deriva da prática persa de dizer “xá mat” quando o xá ou o rei de um oponente era encurralado.) Quando os exércitos árabes conquistaram o Império Sasaniano em meados do século VII, o jogo evoluiu ainda mais , suas peças assumindo uma forma abstrata em conformidade com a proibição do Islã de imagens figurativas.

Este mural de Pompeia mostra dois homens discutindo sobre o que parece ser um jogo de gamão. (Domínio público)

Como muitas entradas nesta lista, as origens exatas do gamão, um jogo para dois jogadores no qual os rivais correm para “dar o fora” ou remover todas as 15 peças do tabuleiro, permanecem incertas. Mas elementos do amado jogo são evidentes em ofertas tão diversas como o Jogo Real de Ur, Senet, Parcheesi, Tabula, Nard e Shwan-liu , sugerindo que sua premissa básica encontrou favor nas culturas e nos séculos. Como Oswald Jacoby e John R. Crawford escrevem no The Backgammon Book , o primeiro ancestral concebível do que hoje é chamado de gamão é o mencionado Royal Game of Ur, que surgiu na Mesopotâmia há cerca de 4.500 anos. A característica mais memorável do gamão moderno é seu tabuleiro, que possui 24 triângulos estreitos divididos em dois conjuntos de 12.

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Os jogadores jogam pares de dados para determinar o movimento nessas arenas geométricas, tornando as vitórias no gamão uma “mistura quase uniforme de habilidade e sorte”, de acordo com para Donovan. “Os rolos dos dados são cruciais, mas também é assim que você os usa”, explica ele. “Esse equilíbrio tornou o gamão popular entre os jogadores desde tempos imemoriais” - uma tendência exemplificada por uma pintura de parede de Pompeia que mostra um estalajadeiro jogando dois concorrentes de gamão fora de seu estabelecimento. Variações do jogo acabaram se espalhando pela Ásia, Mediterrâneo, Oriente Médio e Europa. Durante o período medieval , surgiram em todo o continente cerca de 25 versões de gamão, incluindo o francês Tric-Trac, o sueco Bräde e o irlandês um tanto confuso, como o irlandês. Na década de 1640, o último deles evoluiu para o moderno jogo de gamão, assim nomeado em um aceno às palavras “back” e “game”.

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O folclore popular sugere que Weiqi foi usado pela primeira vez como um dispositivo de adivinhação , ou talvez inventado pelo lendário imperador Yao na esperança de reformar seu filho rebelde. Quaisquer que fossem suas verdadeiras origens, Weiqi havia se tornado um elemento básico da cultura chinesa no século VI aC, quando Confúcio a mencionou em seus Analects . Mais tarde, o jogo foi incluído como um dos quatro estudiosos chineses de artes que deveriam dominar. (Além de Weiqi , acadêmicos aspirantes precisavam aprender caligrafia e pintura em chinês, além de como tocar um instrumento de sete cordas chamado guqin.) A China pode ser o berço do Go, mas o Japão merece grande parte do crédito pelo desenvolvimento do jogo que Parlett descreve como envolvendo “um maior grau de sofisticação do que qualquer um dos grandes jogos de tabuleiro do mundo, com a possível exceção do xadrez”. vizinho oriental por volta de 500 dC e foi inicialmente representado por grupos aparentemente discordantes de aristocratas e monges budistas. No século 11, no entanto, nobres e plebeus haviam adotado o que chamavam de I-go , abrindo caminho para a ascensão do jogo na cultura japonesa. Durante o século XVII, o xogunato Tokugawa, no poder, estabeleceu até quatro escolas dedicadas ao estudo de Go. “Assim surgiu o sistema de profissionais hereditários, incluindo mestres e discípulos, que elevaram o Go a níveis inigualáveis de habilidade e cultivo”, escreve Parlett. O elaborado sistema de treinamento Go do Japão desmoronou quando o shogunato de Tokugawa entrou em colapso em 1868, e o jogo perdeu popularidade nas décadas seguintes. Mas, no início dos anos 1900, o Go estava em pleno andamento e, ao longo do século 20, ganhou um número pequeno, mas não insignificante de seguidores no mundo ocidental.

Mancala

Representação do artista do século XI Zhou Wenju de jogadores Go (Domínio público)

O Go, então chamado Weiqi , surgiu na China há cerca de 3.000 anos. Um jogo de “ocupação territorial”, de acordo com a História dos Jogos de Tabuleiro de Oxford , o Go é muito mais complexo do que parece à superfície. Os jogadores se revezam colocando pedras em uma grade de 19 por 19 quadrados com os dois objetivos de capturar fichas inimigas e controlar a maior quantidade de território. “Apesar de simples em suas regras”, escreve Donovan, “o tamanho do tabuleiro, combinado com os meandros da captura e recuperação de territórios e pedras, cria um jogo de grande complexidade, mais próximo de toda uma campanha militar cheia de batalhas locais, em vez de única batalha representada no xadrez. “

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Considera-se que marcas de poço representam uma variação antiga de uma prancha de mancala ( Wkimedia Commons sob CC BY-SA 2.5 )

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Mancala, da palavra árabe naqala , que significa “mover-se”, não é um jogo, mas centenas unidos por várias características comuns: mover grãos, sementes ou fichas de formas semelhantes em uma placa cheia de buracos ou buracos rasos. A família de jogos surgiu entre aproximadamente 3000 e 1000 aC, com exemplos de fileiras de buracos semelhantes a mancala aparecendo em sítios arqueológicos em toda a África, Oriente Médio e sul da Ásia. A variante mancala mais popular, Oware , encontra dois participantes jogando em um tabuleiro com duas fileiras de seis buracos. Os jogadores se revezam no plantio de sementes, recolhendo fichas em um determinado poço e depositando-as, uma por uma, em sequência ao redor do tabuleiro. A jogabilidade rápida é incentivada, pois levar tempo é considerado um anátema para o espírito do jogo. O objetivo de Mancala geralmente é capturar mais sementes que o rival contando e calculando movimentos estratégicos. Mas em algumas culturas, garantir a longevidade do jogo é realmente mais importante do que ganhar. Embora nada seja deixado ao acaso na maioria das variações, o mancala é frequentemente visto como um jogo de azar ou ritualístico, com seu resultado considerado “pelo menos parcialmente determinado pelo destino”, de acordo com Parlett. “[É] um jogo de informações perfeitas, igualdade perfeita, muita liberdade de escolha significativa e, portanto, grande habilidade”, ele escreve. “A complexidade do xadrez está em sua profundidade, a do mancala em seu comprimento”.

O jogo do ganso

O ilustrador mexicano José Guadalupe Posada criou este jogo Game of the Goose por volta de 1900 (domínio público)

Embora não seja tecnicamente uma criação antiga, o Jogo do Ganso garante a inclusão nesta lista como o primeiro jogo de tabuleiro produzido comercialmente . Uma corrida governada puramente por acaso, a competição envolve “não o menor elemento de habilidade ou verdadeira interação do jogador com a conquista de apostas”, de acordo com Parlett. A referência mais antiga ao jogo do ganso data entre 1574 e 1587, quando o duque Francesco de Medici presenteou um jogo chamado Gioco dell’Oca para o espanhol Felipe II. De acordo com o Museu da Infância Victoria & Albert , o passatempo se espalhou rapidamente por toda a Europa. Assim que junho de 1597, John Wolfe o descreveu como “o jogo mais novo e agradável do ganso”. Ao longo dos séculos seguintes, surgiram várias versões , cada uma com suas próprias ilustrações e temas distintos.

Embora os elementos visuais do Jogo do Ganso variassem amplamente, a premissa básica permaneceu a mesma. Os jogadores disputavam o envio de suas peças para o centro de um tabuleiro enrolado, parecido com uma cobra, viajando no sentido anti-horário, guiado por jogadas de dados. Seis dos 63 espaços numerados do quadro foram ilustrados com símbolos que denotam regras Uma versão italiana de 1820 do jogo do ganso (domínio público) especiais, como pular para o espaço 12 depois de pousar no espaço 6, “The Bridge”, ou recomeçar completamente ao chegar no espaço 58, o sinistro nome “Death” . Conforme sugerido pelo nome do jogo, as imagens de gansos aparecem fortemente na maioria dos tabuleiros de jogos. Para ganhar - ou reivindicar um pote estabelecido no início da corrida - um jogador precisa pousar no espaço 63 com um lançamento exato de dados. Aqueles que rolam números mais altos do que o necessário são forçados a recuar de volta na pista. “De várias maneiras”, argumenta Parlett, o Jogo do Ganso “pode-se dizer que inaugura o período moderno dos jogos de tabuleiro, caracterizado pela introdução de elementos ilustrativos e temáticos ao que até então era primariamente simbólico e matemático”. (*) Editor digital assistente da revista Smithsonian , humanidades.

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