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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

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H TAN AL AS

SPITAL R E HO

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L ONA DE C GI

Fotos: Agência Pará

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Hospital Regional de Castanhal. É o Governo do Pará cumprindo mais um compromisso com a saúde.

120 leitos, sendo 20 em UTI. A primeira etapa do Hospital Regional de Castanhal está finalmente sendo entregue à população da região nordeste do estado. Iniciada em 2014, a construção do Hospital Regional de Castanhal arrastou-se por muito tempo e nunca foi entregue. Mas foi tomada como prioridade pelo Governo do Pará, que trabalhou intensamente para acelerar as obras. O hospital está sendo aberto agora, em regime de emergência, unicamente para atender pacientes com a COVID-19. Nessa primeira etapa, são 100 leitos clínicos e 20 UTIs. Até o final de junho, serão 120 leitos clínicos e 40 UTIs. Após a pandemia, o Hospital será adequado para traumatologia e oncologia, especialidades mais demandadas pela região. O Hospital Regional de Castanhal é fruto do compromisso do Governo do Pará em levar mais saúde para os quatro cantos do estado e vai reforçar o atendimento à população durante esta pandemia.

SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA www.paramais.com.br

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219 - JUNHO - 2020

GOVERNO DO PARÁ DISTRIBUI REMÉDIOS PARA TRATAMENTO DA COVID-19

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

GOVERNO ANTECIPA ENTREGA DO HOSPITAL REGIONAL DE CASTANHAL COM MAIS 120 LEITOS, SENDO 100 CLÍNICOS E 20 DE UTI

06 RISCO DE CONTÁGIO EM ESPAÇOS FECHADOS É 19 VEZES MAIOR DO QUE AO AR LIVRE

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Ayanna Howard, Giovanna Abreu, Jason Borenstein, Katherine J. Wu, Lícia Hueba, Matheus Rocha , NIID, NOAA, Ronaldo Hühn, Saadia Zahidi, WEF, Wharton D. Geoffrey; FOTOGRAFIAS: Alex Ribeiro, Marco Santos / Ag.Pará, Alex Ritter, DarkWorkX em Unsplash, Divulgação, Heidi Levine, HSD , Indira A. K., Instituto Lowy , Institutos Nacionais de Saúde / flickr, Jennifer Lippincott Schwartz e Gillian Griffiths, Joan Woang, Lindsay Fendt, NIAID / flickr, NOAA, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

O MUNDO PÓS-COVID-19 SERÁ MENOS GLOBAL E MENOS URBANO

20 MANEIRAS SIMPLES DE REDUZIR O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

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Guia para prosperar no trabalho pós-COVID-19

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Por que a imunidade ao novo coronavírus é tão complicada

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A Covid-19 e o mercado online em Portugal

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Maneiras de redefinir o mercado de trabalho após a recuperação do coronavírus

26

IA, robôs e ética na era do COVID-19

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COVID-19 força-nos repensar o problema do plástico

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Foto/Ilustração adaptada de J. Lee em História de Pandemia

FAVOR POR

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Bom sono fortalece o sistema imunológico e ajuda no combate à covid-19

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I LE ESTA REV

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Governo do Pará distribui remédios para tratamento da Covid-19 aos 144 municípios do Estado Medida faz parte das ações de combate ao coronavírus realizadas pelo Governo

Governador Helder Barbalho acompanhou a logística de entrega no centro de distribuição de medicamentos

Durante o período da pandemia, essa é a quarta distribuição de medicamentos que são utilizados no combate à Covid-19, realizada pelo Governo. “A iniciativa tem como objetivo fortalecer a assistência farmacêutica a nível da atenção básica em todos os municípios do nosso Estado, dando esse aporte de medicamentos, diante das dificuldades encontradas pelos municípios. Estamos fazendo a entrega dos medicamentos através da malha de distribuição dos nossos 13 centros regionais de saúde”, afirma o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Edney Pereira. “Nós não entramos na discussão sobre o que deve ou não ser prescrito pela autoridade médica. No Pará, o médico é quem está no comando e na linha de frente, por isso, é ele a autoridade que vai decidir aquilo que cada paciente deve tomar. Cabe ao governo do Estado garantir as condições para que essa tomada de decisão possa acontecer”, ressalta Helder Barbalho. O diretor da Sespa garante que o governo do Estado tem se preocupado em dar apoio aos médicos dentro dos seus critérios técnicos e em sua avaliação individual com cada paciente, que devem ter consentimento livre e esclarecimento sobre o uso das drogas.

Texto *Giovanna Abreu Fotos Alex Ribeiro / Ag.Pará

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Governo do Pará realizou recentemente, a quarta entrega de medicação para tratamento da Covid-19 aos 144 municípios do Estado. São 65 mil hidroxicloroquinas e 227 mil azitromicinas distribuídas para a capital e interior. A medida faz parte das ações do Governo no combate ao coronavírus, para garantir o tratamento da população. Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, que acompanhou a logística no centro de distribuição de medicamentos, muitas cidades têm apresentado dificuldade na aquisição dos remédios. “A preocupação do Estado é garantir a medicação para a população. Enviamos na manhã desta quinta-feira (4), as medicações para o tratamento do coronavírus aos 144 municípios do Pará. Ao todo, já adquirimos 615 mil hidroxicloroquinas, 940 mil azitromicinas, o que significa 188 mil tratamentos para a população” - governador do Estado, Helder Barbalho. Ao todo, o Estado já garantiu 188 mil tratamentos para a população

“Nós temos a intenção de assegurar, seja na atenção básica, através das ações das Unidades de Saúde, na Policlínica Metropolitana e Itinerante, como também o reforço nos hospitais, por isso estamos ampliando com leitos clínicos e leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) para que a assistência, a atenção e o tratamento possam acontecer para salvar a vida da nossa população”, assegura o governador.

Isolamento Social

O governador também reforçou a importância do isolamento social após o período de lockdown. “Pedimos para que todos fiquem em casa, se protejam e usem máscaras, para que juntos possamos vencer o coronavírus”, reitera. (*) SECOM

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Governo do Pará distribui remédios para tratamento da Covid-19 aos 144 municípios do Estado.indd 5

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Governo antecipa entrega do Hospital Regional de Castanhal com mais 120 leitos, sendo 100 clínicos e 20 de UTI Texto *Matheus Rocha Fotos Marco Santos /Ag.Para

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om seis meses de antecedência, o Governo do Pará abriu na quarta-feira (3/06) o Hospital Regional de Castanhal, na Região Metropolitana de Belém, para reforçar o atendimento durante a pandemia de Covid-19. A população de Castanhal e de outros municípios próximos passará a dispor de mais 120 leitos - 100 clínicos e 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) -, voltados, neste momento, exclusivamente para pacientes com Covid-19. O governador Helder Barbalho e outras autoridades participaram da entrega dos leitos. A abertura do Hospital Regional de Castanhal, que era prevista para o final do ano, foi antecipada pelo governo. O Hospital será referência para o atendimento de pacientes de Castanhal e de municípios do nordeste do Pará. “Neste momento o Hospital estará sendo referência para Covid-19, atendendo aos municípios da região de maneira regulada pelas centrais de regulação de leitos. Passada a pandemia, nós adequaremos o Hospital para traumatologia e oncologia”, informou Helder Barbalho.Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública Alberto Beltrame, “a antecipação da entrega do Hospital Regional de Castanhal ocorre em uma hora extremamente oportuna. Num momento em que o número de casos de Covid começa a crescer no interior e a oferta de mais 100 leitos clínicos e 20 de UTI servirá pra atender toda a região nordeste do Estado e, além disso, desafogar a demanda por leitos de UTI e clínicos da Região Metropolitana e da cidade de Belém.

Governador Helder Barbalho na chegada ao Hospital de Castanhal, que entra na luta contra a Covid-19

Ao lado de outros gestores e parlamentares, Helder Barbalho esteve nas dependências do hospital

O Hospital Regional vai atender logo pacientes de Covid-19 enviados pela Central de Regulação

É uma grande iniciativa, é um grande momento, e a partir de amanhã o Hospital está disponível para atender todos os casos de Covid-19 que venham a ocorrer, regulados dentro da região nordeste do Estado”.

Facilidade de acesso

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Governo antecipa entrega do Hospital Regional de Castanhal com mais 120 leitos, sendo 100 clínicos e 20 de UTI.indd 6

A comerciante Janice de Souza nasceu e cresceu em Castanhal, e como moradora destacou a importância da obra para a população. “É muito bom ver um hospital como este sendo inaugurado aqui. Muitas vezes a gente tinha que dormir em Belém para conseguir uma vaga de leito. Agora, com o novo hospital, será mais fácil pra gente. Foi uma excelente escolha do Governo construir o hospital em Castanhal”, afirmou Janice. www.paramais.com.br

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O vice-prefeito de Castanhal, Landry Adelino, participou da entrega e também destacou a importância da unidade de saúde para a região. “Esta é uma obra muito importante. Estávamos esperando por isso, não só a população de Castanhal, mas de toda a região nordeste. Temos mais de dez municípios atendidos por Castanhal, e este Hospital vai nos ajudar a absorver esta demanda”, afirmou o gestor público. Para o deputado estadual Júnior Hage, a entrega do Hospital Regional, neste momento, é de extrema importância por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. “É uma obra importante para toda a região e para a saúde pública do Pará. O Governo está de parabéns!”, afirmou o parlamentar. Durante a entrega dos leitos, o bispo de Castanhal, Dom Carlos Verzeletti, abençoou os espaços que serão destinados aos pacientes de Covid-19. “Vim para pedir que Deus abençoe o trabalho que aqui será realizado e todos os profissionais de saúde, para que possam acolher bem os doentes e fazer todo o possível para que eles possam recuperar a saúde e voltar para as suas casas totalmente renovados e curados”, disse o religioso. O Hospital Regional de Castanhal já deve começar a receber pacientes. A partir do dia 15 de junho serão disponibilizados mais 40 leitos de UTI, que se somarão aos 120 entregues hoje. A obra deve ser totalmente concluída até o final de setembro próximo.

A unidade dispõe de equipamentos necessários ao diagnóstico da doença

Curso de Medicina Ainda durante a entrega dos leitos, o governador Helder Barbalho anunciou que a Universidade do Estado do Pará (Uepa) abrirá processo seletivo para o curso de Medicina em Castanhal. O Hospital Regional será retaguarda, em um modelo de hospital universitário. “O Hospital, que já oferece questões preventivas e curativas na área de doenças, tem também uma grande

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Governo antecipa entrega do Hospital Regional de Castanhal com mais 120 leitos, sendo 100 clínicos e 20 de UTI.indd 7

possibilidade acadêmica, tanto para os residentes quanto para os acadêmicos. Aqui podemos potencializar a utilização do Hospital na área de pesquisa e ensino”, informou o reitor da Uepa, Rubens Cardoso da Silva. Ainda segundo Helder Barbalho, a previsão é que o processo seletivo ocorra no segundo semestre de 2021. (*) SEDOP

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O Hospital Regional de Castanhal será concluído em setembro próximo

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Bom sono fortalece o sistema imunológico e ajuda no combate à covid-19

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risco de contágio do coronavírus SARS-Cov-2 é 19 vezes mais alto em espaços fechados do que ao ar livre, segundo um estudo do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) do Japão e de duas universidades japonesas que analisou 11 focos de contágio no país. As conclusões deste estudo coincidem com as de um outro feito na China em que foram analisados 318 surtos de covid-19 (num total de 1245 casos confirmados até 11 de Fevereiro e fora da região de Hubei) e nenhum deles sucedera ao ar livre – a maior parte tinha sido registada em casa e em transportes públicos; em menor número, também foram registados casos em comércios e restaurantes. Segundo Lúcio Huebra, médico do sono e neurologista da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), dormir bem auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, fundamental na prevenção de doenças. “É durante o sono que boa parte das funções do corpo se recupera e isso também acontece com o sistema imune. É preciso uma boa qualidade do sono para que as células de defesa sejam restauradas e, dessa forma, garantam a produção de anticorpos para as diversas infecções de maneira adequada”, diz o neurologista. Há uma relação bidirecional entre a qualidade do sono e a imunidade. Um sono de má qualidade ou encurtado leva o organismo a uma situação de estresse, aumentando a liberação do cortisol, hormônio com efeito imunomodulador e que acaba reduzindo as defesas do corpo.

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Existe também evidência de que o sono curto, com menos de seis horas, está associado a um aumento da sintomatologia do resfriado comum. Ou seja, pesquisas comprovam que pessoas que dormem menos do que o necessário ficam mais suscetíveis a infecções respiratórias. “É importante lembrar que cada pessoa precisa de uma quantidade mínima de horas de sono diferente. Os números são médias populacionais, então pode ser que certas pessoas precisem de mais ou menos tempo. O importante é estar sempre revigorado no dia seguinte”, enfatiza Lucio Huebra. Um estudo brasileiro sobre o impacto do sono na eficácia da vacina contra a hepatite. A mostrou que pessoas com privação de sono tiveram resposta reduzida pela metade ao serem vacinadas, em relação ao grupo que dormiu bem.

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Como ter Sono de qualidade

Para dormir há inúmeros conselhos que constituem a chamada higiene do sono. O processo é um conjunto de ações que buscam proporcionar um sono de qualidade todas as noites. Entre as recomendações estão:

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Escolher um ambiente adequado para dormir: silencioso, confortável e escuro. O local deve ser utilizado exclusivamente para a função, então só usá-lo quando realmente for dormir e se deitar na cama apenas quando estiver com sono. Evitar, ao longo do dia, permanecer na cama. Todas as luzes artificiais são péssimos estímulos que interferem no sono, como celular, computador, televisão. Sendo assim, evitar usá-los próximos do horário de dormir. Durante o dia, se expor ao máximo à luz, especialmente deixando as janelas abertas, e se expondo à luz externa. Garantir temperatura adequada, tanto do ambiente em si quanto do pijama, que precisam ser confortáveis e permitir boa mobilidade. Ter uma boa rotina noturna, com horários regulares, fazer sempre as mesmas tarefas próximo à hora de se deitar para sinalizar ao cérebro que já é o momento de o sono vir. O ideal é fazer refeições leves e não abusar da ingestão de líquidos. Além disso, precisa ser evitado qualquer tipo de estimulante (café, refrigerante, chocolate), tanto no fim do dia quanto durante a noite. O neurologista lembra que o período é de grandes preocupações e ansiedade, o que também prejudica uma boa noite de sono. “Então, é importante reservar de 30 minutos a uma hora antes de dormir para se desligar de todas as notícias, buscando fazer algo que seja prazeroso e relaxante para que o sono possa vir com qualidade”.

Quando a quantidade ideal de horas de sono não é respeitada, algumas consequências podem surgir, sejam elas agudas, que aparecem já no dia seguinte a uma noite mal dormida, ou crônicas, aquelas que podem surgir ao longo da vida, como consequência de diversos episódios de sono de má qualidade. Fadiga, sonolência, irritabilidade, desatenção, dificuldade de memorização, dor de cabeça e tontura são alguns dos exemplos de impactos agudos da restrição do sono. A longo prazo podem surgir complicações metabólicas como obesidade, dislipidemia, maior risco de diabetes; complicações cardiovasculares como hipertensão, maior risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, várias noites mal dormidas consecutivas podem levar a um processo de declínio cognitivo, prejudicando a memória ou acelerando um processo de demência em pessoas que já tenham predisposição. Juntamente com esses aspectos, a falta de sono adequado pode acarretar prejuízos em diferentes níveis da vida social como reduzir a produtividade, dificultar o aprendizado e aumentar o risco de acidentes, seja no trânsito ou no trabalho. O humor também fica alterado, deixando as pessoas mais irritadas e com menor tolerância à frustração, atrapalhando o trabalho em grupo e o convívio social.

Jamais esquecer

Para tentar conter a proliferação do vírus, as orientações são diversas: lavar as mãos, evitar tocar nos olhos, boca e nariz sem higienizá-las, manter-se hidratado, evitar aglomerações, usar máscara de proteção, entre outras. Além disso, uma boa noite de sono é uma aliada para manter a saúde, aumentando e melhorando sua imunidade

O mal Sono

O sono de má qualidade ou insuficiente produz queda da imunidade e traz outras repercussões negativas para o organismo.

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Trabalhar em casa está nos ensinando novas habilidades - e também pode nos dar tempo para aprender novas

Guia para prosperar no trabalho pós-COVID-19

Mesmo antes do COVID-19, muitos trabalhadores em todo o mundo não possuíam as principais habilidades - incluindo recursos digitais. Hoje existem quatro etapas que os trabalhadores e as empresas podem tomar para se preparar para o amanhã: acelere a mudança para a plataforma, faça a transição para o trabalho digital / virtual, avalie seu conjunto de habilidades e expanda-o conforme necessário e planeje o futuro Fotos DarkWorkX em Unsplash, HSD

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pandemia acelerou a necessidade de garantir que as pessoas em todo o mundo tenham as habilidades tecnológicas necessárias e tenham acesso para realizar seus trabalhos. Mesmo que a China mostre sinais de recuperação e o número de novas infecções diárias em todo o mundo pareça ter se estabilizado, os EUA viram um número sem precedentes de pessoas entrando em processo de desemprego, e 57% dos americanos pesquisados relataram recentemente se sentir preocupados com a perda de seus empregos. O quadro atual é sombrio - e muitas partes do mundo ainda não sentiram o impacto total da pandemia. No entanto, a recuperação virá; portanto, o que as pessoas devem fazer para garantir que possam voltar à força de trabalho mais forte?

As disparidades regionais provavelmente aumentarão, com as regiões já deixadas para trás na era digital enfrentando maiores dificuldades. Dois desses exemplos são as áreas rurais, onde sistemas de saúde menos robustos exacerbam o impacto da pandemia e algumas áreas urbanas, especialmente nos países em desenvolvimento, onde grandes populações enfrentam situações de emprego pavorosas antes mesmo do COVID-19.

Se sobreviver e prosperar na esteira do COVID-19 são nossos objetivos como sociedade, por onde devemos começar - e como devemos traçar nosso curso futuro?

1. Acelere a mudança para a plataforma

Aprimorando habilidades

Muitas das habilidades que as pessoas precisam ser empregadas durante e após o COVID-19 são digitais, o que permitirá, mas não garante, resiliência, criatividade e capacidade de colaborar com outras pessoas. Nas áreas em que a pandemia ainda é uma ameaça ativa, as pessoas precisam ser capazes de realizar o trabalho enquanto operam à distância dos colegas de trabalho. Gerentes e líderes de equipe precisam das habilidades necessárias para motivar e gerenciar equipes distribuídas. Os candidatos a emprego podem ter que competir em um trabalho digital em rápida mudança, com o qual não estão familiarizados.

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Um dos efeitos econômicos mais imediatos do COVID-19 é acelerar os esforços que empresas, governos e indivíduos já estavam fazendo para não apenas digitalizar, mas também fazer a transição para um modelo de plataforma. Um negócio de plataforma adota uma abordagem semelhante à dos gigantes da tecnologia. As plataformas criadas por essas empresas compreendem ecossistemas de tecnologias, serviços e produtos que aproximam consumidores e produtores e podem ser escalados rapidamente e incentivar a colaboração de terceiros, estendendo seu alcance. Nossa capacidade coletiva de operar com sucesso em um mundo baseado em plataforma se tornará muito mais importante agora, porque os modelos lineares - o exemplo mais básico é a linha de montagem da fábrica - não são ágeis ou resistentes o suficiente para suportar grandes interrupções como o COVID-19. Tais interrupções se tornarão muito mais comuns na próxima década, portanto, a importância de preparar nossos negócios, governos e instituições para isso não pode ser exagerada. Nem todos os setores são totalmente adequados ao modelo de plataforma, mas muitos setores e empresas que não começaram a evoluir nessa direção serão forçados a fazer muito mais rápido. Como indivíduo, se você possui um negócio, deve explorar as oportunidades de adotar um modelo de negócio de plataforma ou fazer parceria com uma plataforma e deve se preparar para competir com eles. E todos nós - sejam proprietários ou funcionários - precisamos estudar plataformas para entender como elas afetam nossas vidas, nosso trabalho e nosso futuro.

2. Transição para o trabalho digital / virtual

O requisito de que nos envolvemos totalmente no mundo virtual no momento está levando as pessoas em muitas áreas de negócios a aprender não apenas habilidades digitais, mas também a

melhorar habilidades auxiliares, como colaboração, resolução criativa de problemas e abertura a novas idéias. Gerentes e líderes de equipe, por exemplo, estão tendo que aprender a motivar e envolver equipes de longe. No trabalho, tudo o que pode ser feito online será, enquanto as atividades que não podemos realizar remotamente precisarão ser reconfiguradas de alguma forma. Aqui temos um vislumbre de como as empresas de plataforma existentes são adequadas para sobreviver ao COVID-19 - e prosperar depois. Em um ecossistema, os participantes confiam um no outro coletivamente, enquanto o aspecto virtual adiciona flexibilidade crítica geral, de modo que a fraqueza em algumas áreas não necessariamente afunda a empresa inteira.

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3. Avalie seu conjunto de habilidades e expanda-o conforme necessário Para aqueles que ganham tempo no dia porque agora trabalham remotamente e não precisam mais se deslocar em uma viagem, há uma oportunidade de usar o tempo para adquirir novas habilidades. Se você foi deslocado ou perdeu seu emprego como resultado do COVID-19, isso oferece uma maneira de complementar suas habilidades e aumentar sua empregabilidade. Obviamente, muitas pessoas agora precisam dedicar algum tempo a cuidar de crianças que não estão na escola ou em outros membros da família. No entanto, à medida que as pessoas se acostumam às mudanças no ritmo da vida cotidiana em um mundo onde o trabalho e a vida pessoal acontecem em um espaço compartilhado, elas podem e devem ganhar tempo para avaliar suas habilidades - digitais ou não - em suas novas rotinas. Você não saberá quais habilidades precisa reforçar até avaliar seu conhecimento atual; portanto, faz sentido começar com um diagnóstico. O aplicativo Digital Fitness gratuito da PwC, por exemplo, permite que qualquer pessoa avalie suas habilidades, além de aumentar o conhecimento em tópicos que ajudam a moldar seus comportamentos e mentalidades. Ao mesmo tempo, você provavelmente aprendeu novas habilidades para continuar fazendo seu trabalho sem sair de casa. Nas semanas de quarentena, você provavelmente precisou trazer habilidades diferentes para o seu trabalho: gerenciar o tempo para realizar o trabalho e cuidar de outras pessoas que estão em quarentena com você. Quaisquer reservas de resiliência que você tenha provavelmente foram testadas - e você pode aproveitar isso à medida que avança.

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4. Planeje o futuro Planejar o futuro em tempos de incerteza é complicado, na melhor das hipóteses, mas podemos extrapolar como as coisas podem mudar ao fazer um planejamento de cenário pessoal, semelhante à maneira como as empresas definem a estratégia. A chave é começar a pensar sobre onde haverá demanda por trabalho e qual a melhor forma de se preparar para esses espaços, ao mesmo tempo em que perceberá que existem verdadeiras incertezas nas respostas a essas perguntas. O tipo de trabalho que é robusto em muitos futuros diferentes não é uma maneira ruim de começar. E, nesses momentos, é sempre um bom conselho apostar em tendências conhecidas, em vez de tentar antecipar o que pode ser. Por exemplo, algumas partes do mundo com perfis populacionais demograficamente mais antigos - como Europa, América do Norte e Ásia - podem responder diferentemente a essas tendências do que populações em outras partes do mundo onde há necessidade de educação e quando estão prestes a entre na força de trabalho. Encontrar maneiras de se conectar a essas tendências e as implicações para onde provavelmente haverá trabalho, faz sentido. www.paramais.com.br

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Risco de contágio em espaços fechados é 19 vezes maior do que ao ar livre “É entre e dentro de portas fechadas que as nossas vidas e o nosso trabalho estão numa civilização moderna. A transmissão de infecções respiratórias como o SARS-Cov-2 dos infectados para os vulneráveis é um fenómeno de interiores”, lê-se no estudo que analisou 318 surtos na China O risco de transmissão em espaços ao ar livre é menor do que em ambientes fechados, dizem investigadores

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risco de contágio do coronavírus SARS-Cov-2 é 19 vezes mais alto em espaços fechados do que ao ar livre, segundo um estudo do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) do Japão e de duas universidades japonesas que analisou 11 focos de contágio no país. As conclusões deste estudo coincidem com as de um outro feito na China em que foram analisados 318 surtos de covid-19 (num total de 1245 casos confirmados até 11 de Fevereiro e fora da região de Hubei) e nenhum deles sucedera ao ar livre – a maior parte tinha sido registada em casa e em transportes públicos; em menor número, também foram registados casos em comércios e restaurantes. Todos os surtos analisados no caso japonês tinham acontecido em “ambientes fechados, como ginásios, um restaurante num barco, hospitais e um festival em que havia espaços para comer em tendas com pouca ventilação”. 14

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Neste estudo, publicado em meados de Abril, foram analisados 110 casos distribuídos por dez surtos. “É plausível que os ambientes fechados contribuam para transmissões secundárias de covid-19 e facilitem casos de supercontágios”, refere o estudo. Assim, os autores sugerem que sejam reduzidos todos os contactos desnecessários em espaços fechados para ajudar a reduzir o número de focos de contágio – esperando que tal seja suficiente para conter o alastramento da infecção. Também no caso chinês é referido que “todos os surtos identificados de três ou mais casos aconteceram em ambientes fechados, o que confirma que partilhar espaços interiores aumenta o risco de infecção por SARS-Cov-2”. “Em espaços fechados há um contacto mais próximo e prolongado entre pessoas e é mais fácil que se transmita a infecção do que em espaços abertos em que o vírus se dispersa

Estudos sugerem que uma grande parte dos infectados não contagia outras pessoas, enquanto determinados indivíduos, os chamados supertransmissores, poderão infectar dezenas www.paramais.com.br

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no ar”, explicou o chefe do serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Clínic de Barcelona, Àlex Soriano – que não considera os resultados surpreendentes. Por este motivo, o risco de contágio poderá ser superior no Outono, com mais pessoas fechadas em salas de aulas, nos trabalhos e outros espaços confinados. Para Soriano, em atividades ao ar livre não há tanto risco de contágio porque é necessária uma certa quantidade viral para que se produza uma infecção, carga essa que é menor quando há outros fatores como o vento, que ajudam a dispersar o vírus. “Ainda que estes resultados – de maior contágio em espaços fechados – fossem esperados, a sua importância não está a ser muito reconhecida pela comunidade e pelos órgãos legislativos”, lê-se no estudo do caso chinês, com autores da Universidade Tsinghua, da Universidade do Sudeste de Nanjing e da Universidade de Hong Kong. “É dentro de portas que as nossas vidas e o nosso trabalho estão numa civilização moderna. ”A transmissão de infecções respiratórias como o SARS-Cov-2 dos infectados para os vulneráveis é um fenômeno de interiores”. Os dois estudos datam de Abril, não foram ainda revistos por pares e estão disponíveis para acesso na plataforma de pré-publicações medRxiv.

A transmissão de infecções respiratórias como o SARS-Cov-2 dos infectados para os vulneráveis é um fenômeno de interiores

Ficar em casa e o distanciamento social continuam sendo a melhor maneira de controlar a propagação do vírus COVID-19

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Outros cientistas têm recomendado que se ventilem espaços fechados e se usem máscaras como medida de prevenção tendo em conta que o vírus SARS-Cov-2 foi detectado em suspensão no ar – ainda que não se saiba se é transmissível desta forma. Um outro estudo de uma universidade norte-americana refere que o ato de falar provoca a emissão de pequenas gotículas respiratórias que permanecem no ar pelo menos durante oito minutos (ainda que possivelmente seja mais tempo), o que pode também ajudar a explicar a frequência de surtos em lares de idosos, em casa, conferências, cruzeiros e outros espaços fechados em que exista uma circulação de ar limitada.

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Por que a imunidade ao novo coronavírus é tão complicada Algumas respostas imunes podem ser suficientes para tornar uma pessoa impermeável à reinfecção, mas os cientistas ainda não sabem como o corpo humano reage a esse novo vírus Texto *Katherine J. Wu Fotos Alex Ritter, Jennifer Lippincott Schwartz e Gillian Griffiths, Institutos Nacionais de Saúde / flickr, NIAID / flickr

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ntes mesmo de o sangue sair de seu braço, André Valleteau suspeitava que ele sabia o que seus médicos encontrariam. Apenas algumas semanas antes, o homem de 27 anos de Toronto havia testado positivo para SARS-CoV-2, o coronavírus que causa o COVID-19. Os sintomas o atingiram com força: dor de cabeça, tosse, dor de garganta e fadiga que o relegaram a sua cama 15 horas por dia. “Não importava quantas vezes eu cochilava”, diz ele. “Eu estava cansado até a próxima vez que dormi novamente.” Valleteau, coordenador de pesquisas de uma empresa farmacêutica, passou duas semanas se isolando e se recuperando e decidiu que queria ajudar outras pessoas a fazer o mesmo. Ele entrou em contato com um pesquisador local e ofereceu seu sangue - junto com os anticorpos de combate a doenças que provavelmente estavam cheios. De fato, o sangue de Valleteau deu positivo para anticorpos contra o SARS-CoV-2, e uma equipe de cientistas está estudando moléculas de pacientes como Valleteau na esperança de que eles possam informar o desenvolvimento de medicamentos ou vacinas para derrotar o vírus. Anticorpos produzidos pelo organismo em resposta a micróbios perigosos como o SARS-CoV-2, são cruciais para a defesa contra doenças. Muitos podem procurar patógenos e subjugá-los antes que tenham a chance de encontrar células humanas vulneráveis. Anticorpos também são evidências: alguns testes com COVID-19 têm como alvo essas moléculas porque mostram que alguém já foi infectado com SARS-CoV-2. (E, como relatado anteriormente, a possibilidade de falsos negativos ou positivos, que são mais comuns em alguns testes do que em outros , às vezes pode atrapalhar as tentativas de identificar infecções passadas.) Mesmo assim, embora um teste de anticorpos positivo (também chamado de teste sorológico) possa dizer muito sobre o passado, pode não indicar muito sobre o futuro de uma pessoa. Os pesquisadores ainda não sabem se os anticorpos que reconhecem o SARS-CoV-2 impedem as pessoas de pegar o vírus pela segunda vez - ou, se o fazem, quanto tempo essa proteção pode durar.

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Imagem de microscópio eletrônico de varredura do SARS-CoV-2, o coronavírus que causa o COVID-19

A imunidade não é binária, mas um continuum - e ter uma resposta imune, como as que podem ser medidas por testes de anticorpos, não torna a pessoa imune à doença. “Existe a impressão de que ‘imunidade’ significa que você está 100% protegido e nunca mais será infectado”, diz Rachel Graham , virologista que estuda coronavírus na Escola de Saúde Pública Global da Universidade da Carolina do Norte. “Mas ter imunidade significa apenas que seu sistema imunológico está respondendo a alguma coisa” - não como está preparado para protegê-lo contra danos subseqüentes.

É preciso uma sinfonia de células

Nas discussões sobre imunidade, os anticorpos geralmente acabam atrapalhando os holofotes - mas não são as únicas armas que o corpo possui contra invasores. A grande quantidade de moléculas no trabalho ajuda a explicar por que “imunidade” é um conceito tão escorregadio.

Quando um patógeno se infiltra no corpo, o sistema imunológico monta uma defesa em dois atos. Primeiro vem a resposta imune inata, um conjunto de ação ampla que ataca qualquer invasor que não se assemelhe a uma célula humana de aparência normal. Mais lenta, porém mais específica, é a resposta imune adaptativa, uma segunda onda de agressores que o corpo constrói para reconhecer características únicas do micróbio infeccioso. Essa segunda onda inclui anticorpos, fabricados por células imunes chamadas células B. Alguns anticorpos são armas potentes que limitam a capacidade de um micróbio de se prender e entrar nas células, enquanto outros simplesmente sinalizam germes ou células infectadas para destruição por outras partes do sistema imunológico. A primeira categoria, chamada de anticorpos neutralizantes, é necessária para combater a maioria dos patógenos que afetam os seres humanos, e sua produção é geralmente considerada uma marca de uma boa vacina, diz Sallie Permar, virologista e especialista em vacinas da Universidade Duke. www.paramais.com.br

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Mas testes típicos não determinam se os anticorpos são neutralizantes. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores devem misturar anticorpos com vírus e verificar se impedem que os patógenos invadam as células humanas em um laboratório sob rigorosos protocolos de segurança. A célula AT (azul) envolve sua célula alvo para destruição

Um técnico de laboratório segura uma bolsa com amostras prontas para o teste COVID-19, incluindo sangue para um teste de anticorpos, no local do SOMOS Community Care na comunidade latina de Washington Heights

Embora os anticorpos tenham uma vida útil curta, desaparecendo do sangue após algumas semanas ou meses, o sistema imunológico retém algumas das células B que os produzem. Se o mesmo germe retornar, essas fábricas celulares produzirão um grande lote de anticorpos para iniciar uma segunda guerra. Mas os anticorpos por si só não são suficientes para reprimir uma infecção, diz Diane Griffin, imunologista da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins. “Você precisa de uma orquestra de respostas [para proteção] para realmente ser eficaz.” As células T - outro subconjunto da resposta adaptativa - geralmente são deixadas de fora das conversas sobre imunidade. “Você não pode ter uma ótima resposta de anticorpos sem as células T”, diz Akiko Iwasaki, virologista e imunologista da Universidade de Yale. Entre uma série de funções úteis, as células T ajudam as células B jovens a amadurecer em máquinas que produzem anticorpos. “Essas coisas realmente andam de mãos dadas.” As células T também são combatentes formidáveis por si só. Em uma tentativa de impedir a propagação de um patógeno por todo o corpo, algumas células T desencadearão a autodestruição das células infectadas. Outros permanecem depois que uma doença é resolvida, patrulhando os tecidos para que os germes não possam restabelecer uma posição. (Uma das razões pelas quais o HIV é um diagnóstico tão devastador é que o vírus destrói algumas das células T do corpo.) Estudos de outros coronavírus, incluindo os que causam SARS e MERS, mostram que as células T desempenham um papel essencial no combate à doença, diz Stephanie Langel, virologista e imunologista da Universidade Duke. É provável que o mesmo se aplique ao SARS-CoV-2.

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Comparadas aos anticorpos, no entanto, as células T - que freqüentemente se rompem em tecidos de difícil acesso, como os pulmões - são mais difíceis de extrair e analisar. Isso dificulta a detecção de células T nos testes clínicos de respostas imunes contra SARS-CoV-2. Para os pesquisadores, porém, as células T “representam uma riqueza de conhecimentos” sobre como nosso sistema imunológico lida com o novo coronavírus, diz Langel.

Embora os anticorpos não neutralizantes possam desempenhar papéis menos diretos na incapacitação de um patógeno, muitos são insucessos que não têm efeito sobre os micróbios.

Anticorpos dizem que a imunidade ainda não está clara

Os anticorpos não são perfeitos Até os testes laboratoriais mais sensíveis têm seus limites, e encontrar anticorpos contra o SARS-CoV-2 não garante que essas moléculas sejam defensoras de alta qualidade ou que uma pessoa esteja protegida contra reinfecções. A maioria dos testes de anticorpos disponíveis no mercado pesquisam no sangue de uma pessoa os anticorpos que podem reconhecer a proteína de pico do SARS-CoV-2, a molécula que o vírus usa para se conectar às células humanas. Algumas (mas não todas) dessas avaliações podem dizer quantos anticorpos uma pessoa está produzindo - quanto mais, melhor, de um modo geral.

Alguns podem até levar vírus ativos para células saudáveis , acelerando inadvertidamente a infecção. “Essencialmente, o anticorpo ajuda o vírus a se replicar”, diz Permar. Esse fenômeno raro, chamado aprimoramento dependente de anticorpos, foi observado com os vírus que causam dengue e zika.Por que os anticorpos podem ser tão inconsistentes ainda é um mistério, em parte porque os experimentos de laboratório não podem recriar as condições que essas moléculas experimentam no corpo, diz Marcia Goldberg , microbiologista da Universidade de Harvard.“É realmente importante testar o quão bem os anticorpos estão funcionando nas pessoas.” (Uma maneira de fazer isso envolve administrar anticorpos para pacientes que lutam contra o COVID-19, algo que está sendo testado em hospitais em todo o mundo). Pará+

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Uma imagem de microscópio eletrônico de varredura do SARSCoV-2, o coronavírus que causa o COVID-19

Mesmo anticorpos com poderes neutralizantes conhecidos não são infalíveis. Donna Farber , imunologista da Universidade de Columbia que estuda as respostas das células T contra vírus das vias aéreas, diz que alguns pacientes com altos níveis de anticorpos neutralizantes no sangue ainda sucumbem ao COVID-19, outra dica de que outras partes do sistema imunológico são necessárias para derrotar com segurança esta doença. É por isso que os testes de anticorpos não devem ser super interpretados, diz Iwasaki. Um equívoco comum é que um teste positivo de anticorpos significa que uma pessoa não possui mais o vírus em seu sistema, o que não é necessariamente o caso. Os anticorpos geralmente são despertados cerca de uma semana para uma nova infecção, potencialmente se sobrepondo à posse de um patógeno no corpo. Testes de diagnóstico que pesquisam o material genético do vírus podem ajudar a separar essa linha do tempo, mas mesmo essas avaliações podem gerar resultados incorretos. “Tanta nuance está sendo perdida ao dizer ‘sorologia [anticorpo] positivo’ e ‘sorologia [anticorpo] negativo’” ”, diz Iwasaki.

Uma gama de respostas

Uma pessoa que se recuperou do primeiro contato com um novo patógeno como o SARS-CoV-2 pode viajar por uma das várias rotas imunológicas, diz Goldberg - nem todas as quais terminam em completa proteção contra outra infecção. Uma possibilidade é que o sistema imunológico faça um ótimo trabalho de catalogar os recursos exclusivos do invasor. Essa informação será armazenada em um exército de células B e T que se reunirão para combater a segunda vez que um germe aparecer. As células B, em particular, desempenham um papel importante nesse cenário, bombeando anticorpos neutralizantes que podem seqüestrar e desativar um patógeno antes mesmo que ele tenha a chance de entrar na célula hospedeira, diz Iwasaki. Esse fenômeno, chamado imunidade esterilizante, torna as pessoas essencialmente resistentes à reinfecção. 18

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O corpo pode despertar essa reação em resposta a micróbios como o vírus causador do sarampo, que tende a ser uma infecção comum na maioria das pessoas. Mas nem todos os patógenos levam a uma resposta tão robusta - e nem todos reagem da mesma maneira a um determinado micróbio. As pessoas podem experimentar vários tons de proteção parcial após uma infecção, diz Goldberg. Em alguns casos, um bug pode infectar uma pessoa pela segunda vez, mas luta para se replicar no corpo, causando apenas sintomas leves (ou nenhum) antes de ser eliminado mais uma vez. A pessoa pode nunca notar o retorno do germe. Ainda assim, mesmo um encontro temporário entre humano e micróbio pode criar um canal de transmissão, permitindo que o patógeno entre em outro indivíduo suscetível. Sob circunstâncias mais raras, os pacientes podem apresentar sintomas semelhantes ou talvez até mais graves do que na primeira vez em que seu corpo encontrou o patógeno. Isso não significa que as pessoas estão fadadas a sofrer as mesmas doenças repetidamente. “A palavra ‘imune’ faz parecer que o vírus se aproxima de seu corpo, atinge uma parede e precisa se virar e procurar outra pessoa”, diz Allison Roder , virologista da Universidade de Nova York. Mas mesmo a proteção parcial do sistema imunológico reduz a quantidade de patógeno no corpo de uma pessoa e, por extensão, a probabilidade de transmissão.

Nenhum desses estados de proteção é necessariamente permanente ou mutuamente exclusivo. A imunidade de uma pessoa a um patógeno pode diminuir ao longo de meses ou anos, eventualmente caindo abaixo de um limiar que as deixa suscetíveis à doença mais uma vez. Os pesquisadores ainda não sabem se esse será o caso do SARS-CoV-2. A implantação generalizada de testes precisos de anticorpos, que podem rastrear onde o vírus esteve e como as pessoas estão se saindo depois dele, podem ajudar a responder a essa pergunta. Os cientistas também estão tentando determinar os níveis de anticorpos que se correlacionam com a proteção contra reinfecção e o quanto essas respostas são duráveis ao longo do tempo. Encontrar essas respostas será uma benção para o desenvolvimento da vacina, diz Permar. “O sonho de toda vacina é poder dizer: ‘Precisamos desse nível de anticorpo’. Então, as vacinas podem perseguir esse ponto final. Até conhecermos essa referência ... estamos operando no escuro. ” Até o momento, estudos iniciais em humanos e animais sugerem que a exposição aos agentes da SARS-CoV-2 tem uma forte resposta imune. Mas até que os pesquisadores tenham mais clareza, Graham aconselha a vigilância contínua - mesmo para aqueles que obtiveram resultados positivos nos testes de anticorpos ou têm outros motivos para acreditar que foram infectados com COVID-19. Valleteau, que recebeu confirmação clínica de que o coronavírus não está mais em seu sistema, continua praticando o distanciamento físico, lavando frequentemente as mãos e usando equipamentos de proteção como coberturas faciais. Ele também está tomando precauções extras em relação aos pacientes com quem trabalha, muitos dos quais com diabetes, uma condição que pode aumentar o risco de complicações do COVID-19. “Este não é um passe livre para agir como se nada estivesse acontecendo”, diz ele. “Só porque você o teve e se recuperou, você não se isenta de responsabilidade social”. (*) Jornalista científica de Boston e produtora sênior do Story Collider. Em Smithsonianmag.Com

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Pesquisadores da Austrália disseram recentemente que mapearam a resposta imune do corpo ao novo coronavírus, em um avanço potencial na luta contra o assassino global www.paramais.com.br

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A Covid-19 e o mercado online em Portugal Texto *Anete Costa Ferreira

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sobrevivência preferem assegurar seu bem-estar cuidando com zelo consigo próprio. Nota-se um movimento diversificado nas vendas através da tecnologia. Exemplo são os estabelecimentos que encerraram seus espaços físicos criando plataforma com novos métodos de entrega de produtos diretamente ao comprador. Foi criada além da entrega a domicílio, o de drive thru e de recolha na loja. O cliente informa na ocasião da enco-

s catástrofes que têm abalado o mundo deixam sempre um rastro de mudanças radicais nos sobreviventes. E a Covid-19, não é exceção. A pandemia que vivemos atualmente consideradas por muitos como uma guerra biológica tem alterado hábitos, usos e costumes no ser humano, em tempo recorde. Canceladas as concorridas festividades dos Santos Desde Março do corrente ano, populares da “Quadra Junina”, em Portugal que Portugal vive as várias mudanças de comportamentos dos seus habitantes, no consumo de bens em grande escala. As promoções regidas por lei, já vinham perdendo clientes, tendo se acentuado no período Covid-19, quebrando de vez o movimento até então existente. Na época da Páscoa, em pleno confinamento, as vendas registraram o maior aumento nos talhos, destacando-se carneiros (borregos) e cabritos com percentuais elevados de aquisição, por ser tradição dos portugueses no almoço festivo da Ressureição. Em termos de frutas, não só pelo menda se prefere apanhar na loja ou receber hábito, mas na preservação do sistema imuni- em casa, pagando neste uma taxa de serviço. tário chegaram ao topo de vendas: a laranja, As bicicletas têm tido grande procura, prilimão, tangerina de o kivi. As vendas nos super- meiro para a prática em casa, de exercício mercados, caíram um pouco no geral, prevale- para manter o físico, e segundo porque parte cendo as conservas. da população está programando deslocarA prorrogação da pandemia, tem sido um -se para o trabalho nesse veículo em vez de verdadeiro desafio para os portugueses, transporte público, receosa de contrair ou fato constatado desde o primeiro Período recair da doença. As mais procuradas são as de Emergência, quando houve aumento convencionais e as elétricas. Na ocasião da considerável das vendas nessa fase da qua- compra adquire capacete, óculos, luvas, acesrentena, e que registrou-se a maior subida sórios de manutenção e de socorro, como para os enlatados e o papel higiênico. Ana- prevenção para imprevistos futuros. listas observam que uma percentagem dos Outra forma é a venda de Classificados. consumidores masculinos está preocupada Os anúncios de aluguel de imóveis para fécom a estética, mostrando que nos moldes de rias sofreram uma redução drástica, mas o

mercado mantem-se inflexível, mesmo com a relação menos formal entre vendedor e comprador. As pessoas estão procurando casas ou apartamentos que atendam as suas necessidades financeiras. Os Correios (CTT), também inovaram, e lançaram o serviço “Envios Online”, pago e limitado a entrega de até 10 quilos. Nesse sentido firmaram com a Associação Portuguesa de Farmácia, um Protocolo para a entrega de medicamentos porta a porta, no que têm sido bem sucedido. A alimentação pronta (quentinha), esteve e continua em alta. Muitos restaurantes encerraram suas atividades, mas seus proprietários optaram por essa forma de preparar os alimentos e entregar aos que encomendam. Nessa quarentena , tem sido um dos poucos ramos bem sucedido com a econômica agonizante. Governo, Ministério da Saúde e Liga de Clubes, autorizaram a realização de alguns jogos para cumprir calendário do Campeonato de Futebol. Obedecendo as regras sanitárias, Porto, Benfica, Tondela e Vitória de Guimarães defrontaram-se em estádios vazios, sem público e sem transmissão televisiva. As concorridas festividades populares de datas fixas como as da “Quadra Junina”, seus organizadores, desolados, veem o cancelamento da realização destas festas tradicionais em Portugal. Manjericos com as quadras de juras de amor eterno, dança de quadrilhas, fogueiras, balões, tronos, guirlandas, sardinhas assadas comidas na fatia de pão, vinho, música e dança da época nos terreiros, concurso de melhores Marchas louvando os santos da época, desfile de trajes típicos, ruas, ruelas, vilas e becos decorados a caráter, o frenesi do povo em todos os recantos das cidades, este ano nada disso acontecerá, uma vez que estão canceladas todas as manifestações culturais, por motivos de segurança da saúde do povo. (*) Correspondente em Portugal

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O mundo pós-COVID-19 será menos global e menos urbano

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pandemia do COVID-19 reverterá as tendências da globalização e urbanização, aumentando a distância entre países e entre as pessoas. Essas mudanças criarão um mundo mais seguro e resistente, mas também menos próspero, estável e gratificante, escreve Wharton Dean Geoffrey Garrett nesta peça de opinião. Nas últimas quatro décadas, a globalização e a urbanização foram dois dos fatores mais poderosos do mundo. O comércio global aumentou de menos de 40% do PIB mundial em 1980 para mais de 60% hoje. No mesmo período, o número de pessoas que vivem nas cidades mais que dobrou para mais de 4 bilhões de pessoas atualmente - mais da metade da população mundial. O COVID-19 reverterá essas duas tendências, aumentando a distância entre países e entre pessoas. Alguns elogiarão essas mudanças por aumentar a segurança e a resiliência. Mas um mundo menos global e menos urbano também seria menos próspero, menos estável e menos gratificante. Aqui estão duas previsões principais sobre o mundo após o COVID-19:

Menos global, mais isolado

Mesmo antes do COVID-19, a tendência de décadas para uma globalização cada vez maior do comércio, investimentos, cadeias de suprimentos e fluxos de pessoas estava começando a parar. Começamos a olhar para mais perto de casa em termos de produtos que produzimos e consumimos, as pessoas com quem interagimos e onde obtemos nossa energia e nosso dinheiro. Em retrospecto, veremos os anos imediatamente anteriores à crise financeira de 2008 como “pico da globalização”.

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Desde então, a combinação de recessão, desigualdade e populismo criou um crescente consenso anti-globalização e anti-imigração nos países ocidentais, exemplificado pela guerra comercial dos EUA com a China. A reação das economias desenvolvidas ao coronavírus apenas fortalecerá esse consenso, pois todas as coisas internacionais serão vistas como incorrendo em riscos desnecessários e perigosos. O que foi um crescente consenso de “anti-globalização” está prestes a se cristalizar em uma realidade de “des-globalização”. Dizem-nos que a desglobalização nos tornará todos mais resilientes.

Mas também nos tornará menos prósperos - com menos opções e preços mais altos. Isso também pode nos tornar menos seguros, pois a cooperação internacional diminuirá e o potencial de conflitos internacionais aumentará.

Menos densidade, mais distância

É provável que a urbanização seja a outra grande vítima do coronavírus. Ao contrário da globalização, a tendência de urbanização cada vez maior não foi afetada pela crise financeira global. Até os Estados Unidos - a terra de todas as coisas suburbanas - aderiram à marcha global nas cidades. www.paramais.com.br

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As pessoas eram atraídas para as cidades não apenas por oportunidades econômicas, mas também pelo estilo de vida urbano. Após o coronavírus, as pessoas terão mais medo de trens e ônibus lotados, cafés e restaurantes, teatros e estádios, supermercados e escritórios. Espaços lotados são a força vital das cidades. Mas agora as multidões são vistas como grandes riscos à saúde. As pessoas que têm a capacidade de sair da cidade serão cada vez mais tentadas a fazê-lo. As pessoas que não podem sair terão um risco aumentado, se acocorarão e reduzirão seus movimentos e contatos. É difícil pensar em Manhattan sem o metrô e com 10 pedestres na Quinta Avenida. Mas essa pode ser a crescente realidade pós-COVID.”Em retrospecto, veremos os anos imediatamente antes da crise financeira de 2008 como ‘pico da globalização’”. A desurbanização prejudicaria o crescimento econômico porque as cidades geram enormes economias de escala e provaram ser incubadoras notavelmente eficazes de criatividade e inovação. Isso pode ser particularmente verdadeiro no

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desenvolvimento de economias onde o movimento de pessoas das áreas rurais para cidades em rápida expansão talvez tenha

sido o principal fator de redução da pobreza. Mas o encolhimento das cidades também terá outros efeitos adversos, desde a redução da vibração cultural e do cosmopolitismo até a exacerbação das mudanças climáticas. Além de serem mais produtivas, as cidades também tendem a ser mais ambientalmente sustentáveis. Um mundo que é menos global e menos urbano seria muito menos atraente para mim, pessoalmente. Mas também é um mundo que prejudicaria a prosperidade econômica, reduziria o entendimento compartilhado entre pessoas díspares e aumentaria a perspectiva de conflito entre elas. Nossas reações imediatas ao COVID-19 nos levarão a querer des globalizar e des urbanizar. Mas devemos levar plenamente em conta os custos profundos de longo prazo de fazê-lo. A globalização e a urbanização geram desafios que devemos enfrentar, tanto mais no mundo pós-coronavírus. A solução é gerenciá-los, não revertê-los.

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Maneiras de redefinir o mercado de trabalho após a recuperação do coronavírus A crise do coronavírus acelerou a chegada do “futuro do trabalho”. O bloqueio viu o trabalho remoto em larga escala, aumentando a automação, uma reavaliação global da economia de assistência e uma falta mais visível de proteção social na economia de gig (arranjo alternativo de emprego). Texto *Saadia Zahidi Fotos WEF

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1º dia de maio de 2020 - ou Dia Internacional dos Trabalhadores - caiu no meio de um apocalipse de empregos induzidos por uma pandemia, com a Organização Internacional do Trabalho prevendo que quase metade da força de trabalho de 3 bilhões de trabalhadores do mundo corre o risco de perder seus meios de subsistência. Para muitos trabalhadores, o bloqueio apressou a chegada do “futuro do trabalho”, um termo invocado nos últimos anos em relação às oportunidades e desafios da ruptura tecnológica e aos fatores econômicos estruturais que determinam a qualidade dos meios de subsistência. Para muitos trabalhadores de colarinho branco, isso significa trabalho remoto. Para muitos trabalhadores de serviço e trabalhadores de colarinho azul, isso proporcionou uma janela para um futuro em que as máquinas podem deslocar as pessoas, especialmente porque as empresas consideram aumentar a automação para aumentar sua resiliência futura. Para os setores da economia da assistência, do setor da saúde e do setor educacional, isso levou a uma reavaliação global muito atrasada da importância e natureza essencial dessas profissões. Para os que estão na economia informal e de shows, expôs a falta fundamental de proteção social e a natureza precária do trabalho de subsistência.

Quase metade da força de trabalho global corre o risco de perder os meios de subsistência São necessárias ações imediatas e urgentes para proteger empregos, manter vínculos entre empregadores e funcionários, manter grandes e pequenos empregadores à tona e fornecer suporte de renda e outras redes de segurança diretamente aos trabalhadores e famílias. É aqui que os esforços em muitas economias avançadas e mercados emergentes se concentraram, embora seja necessário um apoio muito maior nas economias em desenvolvimento. Devemos reconhecer esse momento como uma oportunidade de “recuperar melhor” e lançar as bases de um mercado de trabalho mais resiliente e de um mundo mais igualitário. Aqui estão algumas maneiras de fazer isso:

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A crise do coronavírus acelerou a chegada do “futuro do trabalho”. O bloqueio viu o trabalho remoto em larga escala, aumentando a automação, uma reavaliação global da economia de assistência e uma falta mais visível de proteção social na economia de gig (arranjo alternativo de emprego).

*Dobrar a qualificação e a qualificação Nos últimos anos, governos, empresas e trabalhadores começaram a priorizar a qualificação e a qualificação para se preparar melhor para as rupturas da Quarta Revolução Industrial. Embora tenha sido um invasor microscópico e não a ascensão dos robôs que levou ao atual colapso do mercado de trabalho, ficou claro que as consequências da pandemia acelerarão a digitalização e a automação em uma variedade de indústrias e setores.

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Isso exige novos investimentos e mecanismos para aperfeiçoar e aperfeiçoar , tanto as habilidades profundamente humanas quanto as digitais. Embora o setor de educação e treinamento on-line tenha visto um aumento no interesse dos trabalhadores conectados digitalmente em confinamento, é fundamental que os empregadores se reduzam à reciclagem de trabalhadores e queos governos proativamente constroem provisões em torno de qualificação e reavaliação no enorme estímulo fiscal que estão injetando nas economias para preparar melhor os trabalhadores para a economia pós-pandemia.

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*Identifique os trabalhos de amanhã O Fórum Econômico Mundial ofereceu uma visão dos empregos de amanhãno início de 2020. Esses papéis estão profundamente concentrados entre as profissões que cuidam de pessoas, apóiam o planeta, gerenciam novas tecnologias e comunicam produtos e serviços: Economia do Cuidado, Economia Verde, Pessoas e Cultura; Dados e IA, Engenharia e Computação em Nuvem, Desenvolvimento de Produtos; Vendas, Marketing e Conteúdo. À medida que a pandemia destaca os papéis críticos que os trabalhadores de hospitais, supermercados, escolas e outras profissões essenciais desempenham, espera-se que as oportunidades na Economia do Cuidado aumentem. Da mesma forma, espera-se que as funções de criação e gerenciamento de tecnologia, comércio eletrônico e economia de conhecimento mais ampla continuem a crescer. E, à medida que os governos buscam reconstruir suas economias, novas fontes de crescimento - e empregos - também emergirão da economia verde, da ciência e da pesquisa em saúde, e infraestrutura digital. Para as economias em desenvolvimento, uma nova abordagem proativa para os empregos de amanhã é ainda mais crítica, pois as cadeias globais de valor do passado são repensadas e, com ela, o modelo de crescimento impulsionado pela manufatura do passado.

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Trabalhadores médicos posam para fotos tiradas por colegas de trabalho, com cartazes dizendo “os heróis trabalham aqui”

*Priorizar a reimplantação e o reemprego O apoio ativo a trabalhadores em risco e desempregados será fundamental para empresas e governos. Muitas empresas já se dispuseram a fornecer apoio a curto prazo para reimplantar rapidamente trabalhadores cobertos de funções de baixa e alta demanda, como os de logística e atendimento, muitas vezes além dos limites de uma única empresa ou setor. Nos países em que os governos possuem sistemas para fazer isso em escala e de maneira proativa, os trabalhadores já estão se saindo melhor do que naqueles que não têm. No entanto, ao considerar o próximo conjunto de estímulos fiscais, os governos também devem priorizar os serviços do mercado de trabalho para reimplantação e reemprego, incluindo o fornecimento de informações sobre o mercado de trabalho, a intermediação do mercado de trabalho (serviços de criação de resultados) e assistência na procura de emprego. Há uma década, essas políticas foram usadas com sucesso para gerenciar o rápido aumento do desemprego.

*Reavalie o trabalho essencial e melhore a qualidade dos empregos Tornou-se cada vez mais claro que nossos trabalhadores mais essenciais estão entre os que têm os papéis mais baixos e mais precários, e que em muitas economias em desenvolvimento, em particular, falta proteção social básica para grande parte da força de trabalho formal e informal. O período após a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial viu a formalização do fim de semana e os direitos de outros trabalhadores nos Estados Unidos e a criação de redes de saúde e segurança de renda, bem como investimentos em educação em toda a Europa. No entanto, conforme a natureza de nossas economias mudou, leis, normas e salários não acompanharam as necessidades dos trabalhadores - e, em muitos casos, de seus empregadores. Paralelamente à gestão das urgências da crise, é imperativo que governos, empresas e representantes dos trabalhadores trabalhem juntos para liderar uma nova mudança histórica na atualização dos protocolos que governam nossos mercados de trabalho. Dada a natureza mais difundida da crise atual, é fundamental que esses serviços sejam expandidos e prontos para gerenciar o período de recuperação pós-pandemia.

(*) Diretora do Fórum Econômico Mundial

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*Uma recuperação colaborativa, redefinir e reconstruir

A colaboração entre empregadores, governos e trabalhadores, nacional e globalmente, será fundamental para a recuperação. No Fórum Econômico Mundial, anunciamos em janeiro de 2020 a criação de uma plataforma de Revolução de Requalificação dedicada a melhorar a educação, as habilidades e o emprego de um bilhão de pessoas até 2030. Agora, dedicamos essa plataforma a apoiar governos, Ivanka Trump na Conferência de empresas e educadores para ajudar trabaimprensa: Revolução da lhadores e os alunos durante a crise, troqualificação: melhores cam boas práticas e recuperam melhores habilidades para bilhões de pessoas até 2030 sistemas de educação, habilidades e empregos para a recuperação pós-pandemia. Conferência de imprensa: Revolução da qualificação: melhores habilidades para bilhões de pessoas até 2030. A crise da pandemia expôs de maneira mais flagrante do que nunca as inadequações e desigualdades no sistema do passado. No entanto, também reorientou as mentes dos líderes globais no valor fundamental da vida humana, no potencial humano e nos meios de subsistência humanos. Essa é a janela de oportunidade para investir em nosso bem mais precioso: nosso capital humano. 24

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IA, robôs e ética na era do COVID-19

Texto *Jason Borenstein, Ayanna Howard

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ntes do COVID-19, a maioria das pessoas tinha algum grau de apreensão sobre robôs e inteligência artificial. Embora suas crenças possam ter sido inicialmente moldadas por representações distópicas da tecnologia na ficção científica, seu desconforto foi reforçado por preocupações legítimas. Alguns dos aplicativos de negócios da AI estavam de fato levando à perda de empregos, ao reforço de vieses e à violação de privacidade de dados. Essas preocupações parecem ter sido deixadas de lado desde o início da pandemia, já que tecnologias infundidas por IA têm sido empregadas para mitigar a propagação do vírus. Vimos uma aceleração do uso da robótica para fazer o trabalho de humanos que receberam ordens de ficar em casa ou que foram reimplantados no local de trabalho.

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Os robôs que substituem a mão-de-obra , por exemplo, estão assumindo a limpeza do chão em supermercados e escolhendo em centros de reciclagem.

A IA também está promovendo uma maior confiança nos chatbots para atendimento ao cliente em empresas como o PayPal e no monitoramento de conteúdo acionado por máquina em plataformas como o YouTube. As plataformas de telepresença robótica estão proporcionando aos estudantes no Japão uma experiência de graduação “presencial”. Os robôs estão até servindo comofãs barulhentos em estádios vazios durante os jogos de beisebol em Taiwan. Em termos de dados, a IA já mostra potencial nas primeiras tentativas de monitorar taxas de infecção e rastreamento de contatos . Sem dúvida, muitos de nós estão ignorando nossa antiga inquietação sobre robôs e IA quando o valor percebido da tecnologia supera suas desvantagens previstas. Mas há perigos para esse abraço recém-descoberto de IA e robôs. Com os robôs substituindo cada vez mais funções de trabalho, a fim de permitir que os seres humanos coexistam à medida que buscamos alguma aparência de normalidade, é importante considerar o que vem a seguir. O que acontecerá quando os humanos quiserem seus antigos empregos de volta? E o que faremos se o rastreamento por motivos de segurança se tornar muito invasivo ou parecer muito assustador, mas já for uma prática arraigada?

Um novo normal entra correndo Depois que uma vacina para COVID-19 é desenvolvida (esperamos) e a pandemia se retrai, é difícil imaginar a vida voltando a ser como era no início de 2020. Nossas experiências nos próximos meses tornarão bastante fácil normalizar a automação como um parte de nossas vidas diárias. As empresas que adotaram robôs durante a crise podem pensar que uma porcentagem significativa de seus funcionários humanos não é mais necessária. www.paramais.com.br


Consumidores que passaram mais tempo do que nunca interagindo com robôs podem se acostumar com esse tipo de interação. Quando você se acostuma a receber alimentos entregues por um robô, você pode até nem perceber o desaparecimento de um emprego que já foi ocupado por um humano. De fato, algumas pessoas podem querer manter o distanciamento social, mesmo quando não for mais estritamente necessário. Até agora, como sociedade, não questionamos que tipos de funções esses robôs substituirão - porque durante essa pandemia, a tecnologia está desempenhando um papel importante. Se essas máquinas ajudarem a preservar nossa saúde e bem-estar, nossa confiança nelas aumentará . À medida que diminui o tempo que passamos com pessoas fora de nossas redes sociais pessoais e relacionadas ao trabalho, nossos vínculos com as comunidades locais podem começar a enfraquecer. Com isso, nossas preocupações com as conseqüências dos robôs e da IA podem diminuir. Além de perder de vista a escala de perda de emprego autorizada pelo uso de robôs e IA, podemos rapidamente ignorar as formas de viés incorporadas à IA e a invasão da tecnologia que será usada para rastrear a disseminação do coronavírus.

Questões de viés e privacidade precisam ser importantes Há muitas considerações críticas que precisamos fazer antes de nos tornarmos mais dependentes da IA e dos robôs durante a pandemia. Primeiro, à medida que a adoção e o nível de conforto da sociedade aumentam, as organizações precisam estar cientes de que as oportunidades de viés que sabemos existir na IA ainda são uma preocupação.

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Por exemplo, o potencial dos algoritmos de IA para ajudar na tomada de decisões em assistência médica é vasto em parte porque eles podem ser treinados em grandes conjuntos de dados. A IA pode ser solicitada para ajudar a lidar com casos em que uma decisão de triagem precisa ser tomada em uma unidade de terapia intensiva - como quem tem acesso a um ventilador - que pode ter ramificações de vida ou morte. Dado que as doenças cardíacas são frequentemente diagnosticadas erroneamente em mulheres e os pacientes negros são frequentemente subtratados para dor, sabemos que muitas formas de viés estão subjacentes aos conjuntos de dados e podem interferir na qualidade dos dados e na forma como eles são analisados. Esses problemas são anteriores ao advento da IA, mas podem se tornar mais amplamente codificados na estrutura do sistema de saúde, se não forem corrigidos antes que a IA se espalhe. Segundo, as preocupações com a privacidade com relação à coleta e precisão dos dados são um problema crescente, e as organizações precisam prestar atenção especial a esse problema. Pode ser necessária uma vasta coleta de dados para reduzir a propagação da doença: empresas de todo o mundo estão propondo aplicativos baseados em telefone que rastreiam o contato de indivíduos com aqueles diagnosticados ou se recuperando do vírus.

O Google e a Apple, por exemplo, estão em parceria com um aplicativo de adesão para que os indivíduos divulguem seu diagnóstico de COVID-19. Alguém pode argumentar convincentemente que isso é justificado até que a pandemia termine. No entanto, uma vez estabelecido o precedente para esse tipo de vigilância, como você remove esse poder de governos, empresas e outros? As cláusulas de caducidade serão incorporadas à coleta de dados das organizações e aos planos de uso? Os usos secundários dos vastos tesouros de dados de rastreamento indubitavelmente motivam as organizações a se apegarem a eles, especialmente considerando os lucros financeiros que poderiam ser obtidos com os dados. Veja o caso do aplicativo do Google e da Apple.

O que acontece quando membros do público exigem que seus dados sejam recuperados ou que as regras da UE de proteção e privacidade de dados exijam o descarte dos dados quando não são mais necessários? Casos de abuso de coleta e compartilhamento de dados encobertos já estão bem documentados. As organizações envolvidas na coleta e análise de dados - e sua supervisão - precisam resolver esses problemas agora ou mais tarde, quando os indivíduos serão menos tolerantes se seus dados forem apropriados para outros usos ou usados de maneiras éticas e duvidosas.

Certamente, é tentador deixar de lado certas normas, regulamentos e outras proteções, como as que envolvem a privacidade de dados, em uma emergência, quando isso pode ser o que é necessário a curto prazo para proteger as pessoas e salvar vidas. No entanto, não devemos deixar de nos preparar para o que vem depois dessa emergência global. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias de reciclagem para ajudar aqueles cujos empregos foram interrompidos pela pandemia - já bem mais de 30 milhões de pessoas somente nos EUA - enquanto tentam retornar à força de trabalho, uma vez que alguns desses empregos são altamente suscetíveis à substituição pela automação. . Precisamos repensar os preconceitos prejudiciais que podem ter surgido nos aplicativos de IA que adotamos - preconceitos que eles aprenderam com nossos comportamentos adaptativos e modelaram através de suas interações conosco. E, embora vivamos em uma situação sem precedentes, precisamos proativamente abordar o planejamento e as proteções em relação à adoção de robôs e IA. Caso contrário, uma crise de outra forma pode estar se aproximando. Pará+

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Maneiras simples de reduzir o desperdício de alimentos

Evite desperdícios

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om o novo coronavírus perturbando principalmente a indústria de serviços alimentícios, bilhões de reais em alimentos são e serão desperdiçados, uma vez que os agricultores enfrentam um excedente impressionante de itens perecíveis, como laticínios e legumes frescos. Graças a uma cadeia de suprimentos embaralhada, quase metade dos alimentos cultivados nos Estados Unidos anteriormente destinados a lanchonetes, restaurantes, parques temáticos, navios de cruzeiro e estádios será desperdiçada, com os agricultores sendo forçados a despejar leite fresco e arar vegetais de volta para a sujeira.

Para preservar melhor seus próprios suprimentos - e economizar muito dinheiro - confira estas 10 maneiras de reduzir o desperdício de alimentos em casa.

Armazene seu alimento adequadamente

Armazenar corretamente seus alimentos ajudará a manter a frescura por mais tempo. Se o seu pão normalmente moldar ou ficar obsoleto antes que você tenha a chance de terminar o pão, mantenha metade dele na caixa de pão e congele a outra metade para mais tarde. Guarde batatas e tomates em temperatura ambiente.

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Não esconda seus ovos no compartimento da porta da geladeira - isso os agitará e poderá causar uma bagunça na gema. Você pode encontrar dicas mais úteis sobre armazenamento de alimentos aqui.

Utilize bem o seu refrigerador

Sobras, especialmente refeições como sopas ou ensopados, são excelentes para congelar. Mas você também pode congelar ingredientes individuais. Congele o espinafre murcho para adicionar às sopas futuras. Bagas congeladas funcionam bem em smoothies e bananas maduras congeladas são perfeitas para pão de banana. Manter um saco de restos de vegetais no freezer é uma ótima maneira de garantir que você sempre tenha os ingredientes para o estoque de vegetais à mão (mais sobre isso mais tarde). No entanto, existem alguns alimentos que você nunca deve congelar e há certas coisas que você não deve fazer ao descongelar.

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Aprenda a melhor maneira de congelar diferentes tipos de fruta e vegetais Frutas maduras e sem mácula são as melhores para congelar. Primeiro, lave a fruta e remova-a em busca de peças que estejam machucadas ou podres. Algumas frutas, como amoras, framboesas e ameixas congelam melhor com a ajuda de uma solução de açúcar, embora granberries, mirtilos e groselhas normalmente se saiam bem por conta própria. Existem algumas frutas e vegetais que podem ser armazenados juntos, mas você deve prestar atenção a quais podem ser misturados, pois existem algumas frutas e vegetais com maturação rápida e estragam-se uma vez que amadurecem mais rapidamente, como por exemplo: uvas, melancia, abóboras, cenouras ou feijão verde. No entanto, há alimentos que podem ser armazenados juntamente com outros sem perigo para a sua conservação. Alguns exemplos: pimentões, frutas cítricas e também frutas vermelhas ou morangos, entre outros. Organize as mais delicadas, como morangos ou framboesas, em uma única camada em uma assadeira (você também pode cobri-las com açúcar ou uma calda de açúcar) e, depois de congeladas, coloque-as em um recipiente ou em um saco plástico de congelação.

Siga a Regra “Primeiramente” Assim como as prateleiras são armazenadas em supermercados, use o método “primeiro a entrar, primeiro a sair” ao abastecer sua geladeira. Depois de lavar os produtos e limpar todos os outros itens, coloque os ingredientes mais novos na parte de trás da geladeira e mova os itens mais antigos pra frente, para que eles sejam usados primeiro. Ter que vasculhar um item ou não conseguir ver a garrafa de molho de coquetel escondida atrás da caixa de vinho significa que mais comida pode ficar ruim antes de ser consumida. Periodicamente, observe os residentes de longa data da sua geladeira, como molhos para salada e molhos, para ver se eles ainda são bons. Se possível, mantenha todos eles em um único local para facilitar o controle deles. Além disso, use recipientes quadrados para sobras, em vez de arredondados, pois a forma quadrada permite mais espaço de armazenamento. Fazer um balanço de tudo o que você tem na geladeira e na despensa antes das compras também ajudará a reduzir a desorganização e a compra dupla.

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Compreenda as datas de expiração

Estudos mostraram que jogamos fora mais da metade dos alimentos que mantemos em nossos refrigeradores. A incompreensão dos rótulos dos alimentos é uma das razões por trás do desperdício. Etiquetas de validade para alimentos são utilizadas para classificar alimentos e informar a validade do produto para compradores. Todos os alimentos, congelados ou não, necessitam obrigatoriamente carregar uma etiqueta adesiva com informações sobre o produto, principalmente a validade. Alguns produtos possuem validade curta após serem abertos e essa informação também deve estar contida nas etiquetas de validade para alimentos. Não é, porém, apenas validade que deve estar contida no adesivo, número do lote também é imprescindível para controle industrial e localização de produtos em possíveis erros de fabricação ou danos causados a compradores.

Use talos, cascas e restos de comida – reutilize-os

Planeje suas refeições com antecedência Saber o que você deseja comer apenas alguns jantares ou almoços por semana pode ajudar a descobrir quais ingredientes você pode usar durante as refeições e ajudar a reduzir as compras espontâneas. Recomenda-se planejar uma sexta-feira, fazer compras no sábado e depois usar uma hora no domingo para preparar as refeições.

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Usar restos de vegetais como talos, tops e cascas para fazer um caldo saboroso é simples. Refogue-os com um pouco de manteiga ou óleo, adicione água e deixe ferver por algumas horas. Cozinhe os ossos da carne e as carcaças de frango junto com os legumes (adicione água e ervas) para fazer um delicioso caldo caseiro.

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Compre estrategicamente, evite o Lixo

A geladeira nem sempre é necessária Embora tenhamos o hábito de colocar todas as frutas e vegetais na geladeira, isso nem sempre é o melhor para a sua conservação. A maioria deve estar a uma temperatura baixa, nos meses quentes, mas existem outros alimentos, como as batatas, cebolas e alho que não precisam ser colocados na geladeira dado que eles mantêm as suas propriedades fora da geladeira.

Normalmente, as viagens mais frequentes ao supermercado são preferíveis às compras a granel quando se trata de reduzir o desperdício, mas, nessas circunstâncias atuais, as viagens menos frequentes são a sua aposta mais segura. Portanto, é essencial uma lista - apenas anote suas anotações no papel e não toque no telefone enquanto faz compras. E, se houver alguma maneira de fazer o pedido on-line para entrega ou retirada, manter um carrinho de compras online aberto é a melhor maneira de organizar e manter uma lista visual.

Também é muito interessante mencionar a importância do planejamento de refeições: Você pode não precisar de uma abóbora inteira em um prato de risoto, mas pode usar o resto para fazer uma sopa outro dia da semana antes de sair. Neste momento desafiador durante o confinamento, é recomendado “usar esse tempo como uma oportunidade para ser mais experimental e criativo: substituir ingredientes pelos que você tem na geladeira, em vez de se ater exatamente a uma receita”. Se realmente não for possível recuperar os alimentos, certifique-se de descartá-los adequadamente em uma lixeira. Os restos de comida são um recurso valioso que pode ser transformado em composto rico em nutrientes para fertilizar as culturas no futuro.

Doe itens que você sabe que não usará Se você tiver mais comida disponível do que precisa, ou mesmo por outro motivo como as férias, considere fazer uma doação para um abrigo ou banco de alimentos local. Ligue com antecedência e providencie a entrega.

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COVID-19 força-nos repensar o problema do plástico À medida que os bloqueios são suspensos, podemos descobrir que nossa confiança no plástico aumentou. As empresas e os governos agora têm uma responsabilidade ainda mais urgente - e complicada - de fazer a transição para uma economia circular. A demanda global por EPI – Equipamento de proteção individual, causou um aumento simultâneo na demanda por plásticos de uso único

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ste ano pretendia marcar uma mudança definitiva em relação ao plástico. Há dois anos, a ONU declarou a poluição plástica como uma crise global. O anúncio ocorreu mais de 30 anos desde a descoberta do Great Pacific Garbage Patch , o vórtice de microplásticos duas vezes o tamanho do Texas no meio do caminho entre a Califórnia e o Havaí. Países e cidades introduziram novas proibições, enquanto cientistas e ativistas defendiam mudanças ambientais positivas. As empresas também apostam no fim da era do plástico, preparando-se para uma transição acelerada para uma economia circular e ajustando suas estratégias corporativas. O surto de coronavírus, no entanto, mudou o cálculo. Um número vertiginoso de casos de COVID-19 e uma tremenda pressão nos sistemas de saúde enfatizaram que o plástico ainda é a solução mais confiável e acessível para proteção pessoal. A menos que os avanços tecnológicos introduzam melhores alternativas, precisaremos de uma abordagem em nível de sistema de empresas e governos em escala global para abordar a questão do plástico e proteger nosso meio ambiente. Hoje, itens de plástico estão passando por um ressurgimento repentino. O material acabou sendo sanitário e protegido contra a transmissão desse patógeno altamente contagioso.

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Com efeito, as proibições já implementadas foram suspensas em muitos locais, enquanto o uso de plásticos na área da saúde e serviços relacionados tem atingido novos patamares. Embora esse novo paradigma tenha ressaltado o valor público do plástico, ele também destacou nossas vulnerabilidades à poluição. À medida que os países começam a suspender as medidas de quarentena, podemos descobrir que nossa dependência do plástico realmente aumentou - e que nosso ambiente está em maior perigo do que antes da pandemia.

As incertezas e riscos econômicos de uma segunda vaga do COVID-19 podem impor limitações significativas aos serviços de resíduos. Com a pandemia contribuindo para o aumento do uso de plástico na área da saúde e grandes volumes de resíduos impróprios para reciclagem devido a riscos biológicos em potencial, os resíduos médicos de plástico podem crescer em uma escala sem precedentes. Uma situação semelhante pode surgir na indústria de alimentos e outros serviços que haviam decidido limitar temporariamente os reutilizáveis. O setor de gerenciamento e reciclagem de resíduos interrompido também levaria algum tempo para se recuperar e não seria capaz de lidar efetivamente com grandes volumes de plástico pós-pandemia. Acredito que agora é a hora de revisitar os debates anteriores sobre plástico. Mesmo que baníssemos o plástico, levaria 20 anos para uma sacola plástica se decompor e 450 anos para uma garrafa de plástico. Qualquer medida também varia muito em todo o mundo devido a diferenças políticas e econômicas. Proibir o plástico em alguns países não levaria outros a seguir automaticamente. Poderíamos acabar com mais divisões em todo o mundo, enquanto o ambiente continuaria suportando o peso.

Great Pacific Garbage Patch é uma coleção de detritos marinhos no Oceano Pacífico Norte. Os detritos marinhos são lixo que acaba no oceano, mares e outros grandes corpos de água Pará+

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Precisamos de práticas e políticas de reciclagem mais complexas contra a poluição plástica, que levem em conta extensas redes de vínculos e interdependências transnacionais. Em épocas em que os riscos de uma pandemia global se tornaram a nova realidade, as políticas ambientais não podem ser confinadas a um punhado de países, mas devem emergir como um plano de ação universal. Acredito que é nossa missão coletiva incentivar o desenvolvimento da economia circular , que visa eliminar o desperdício através da reutilização contínua de recursos. As empresas devem investir mais em sustentabilidade, garantindo ao mesmo tempo que cumpram suas políticas de responsabilidade social corporativa e ambientais, sociais e de governança (ESGE).

As empresas também devem tomar medidas mais proativas e endossar o consumo responsável, além de aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento que ajudarão a criar novas soluções sustentáveis e de longo prazo. Precisamos implementar a infraestrutura, além de maiores incentivos regulatórios para que pessoas e empresas reciclem e reutilizem em todo o mundo. Estudos indicam que menos de 10% de todos os plásticos foram realmente reciclados. O maior volume de plástico encontrado nos oceanos - responde por cerca de 49% - provém de plásticos descartáveis, e esse é o problema pelo qual indivíduos e empresas devem assumir a responsabilidade coletiva. Empresas e governos em todo o mundo devem alocar mais fundos para educar as pessoas sobre como a economia circular funciona e por que elas devem reutilizar e reciclar. Devemos incentivar os consumidores a se considerarem responsáveis pelo descarte adequado de qualquer produto que comprarem e por reinseri-lo novamente no ciclo econômico.

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Muitos itens de plástico podem levar centenas de anos para se degradar no oceano

Muitas sociedades também precisam reconsiderar a cultura descartável e se tornar mais conscientes das ameaças ambientais associadas. Por fim, devemos incentivar a produção de polímeros com qualidades recicláveis aprimoradas que facilitem a reinserção de plásticos usados em nossa economia. Há cerca de três anos, os polímeros eram considerados os principais contribuintes para a poluição por plásticos marinhos.

Mais tarde, eles começaram a ser avaliados como produtos com uma pegada de carbono significativamente reduzida em comparação com outros materiais. Durante a pandemia, os polímeros começaram a ser percebidos como um material valioso para a produção de embalagens plásticas descartáveis e equipamentos médicos de proteção individual. Essas mudanças enfatizam a capacidade das empresas de assumir um papel proativo na redução da poluição, além de destacar os benefícios críticos que as indústrias podem oferecer para conforto e segurança social. A melhor maneira de começar é reconhecer que não há solução fácil para o problema. O desenvolvimento de medidas efetivas contra a poluição por plásticos é um processo complexo e de longo prazo que exigirá uma abordagem em nível de sistema de empresas e governos em escala global. A sustentabilidade somente será alcançada priorizando nossas ações e políticas em conjunto para o maior bem ambiental e econômico de longo prazo.

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