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226 - JANEIRO - 2021

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

HISTÓRIA DOS BAIRROS DE BELÉM

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

ANIVERSÁRIO DE BELÉM: GOVERNO DO ESTADO LANÇAPROGRAMA “NOSSA FEIRA”

18 ESTADO E PREFEITURA JUNTAM ESFORÇOS E LANÇAM PROGRAMA DE RENDA CIDADÃ “BORA BELÉM”

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Alexandra Farbiarz Mas, Douglas Broom, Giovanna Abreu, Haron Almeida, Heber Gueiros, Leandro Scantlebury, Leonardo Nunes, Mayara Araujo, Ronaldo Hühn, Vera Rojas, Victor Scantlebury, Wikimedia Commons; FOTOGRAFIAS: Alex Ribeiro / Ag.Para, Divulgação, Heber Gueiros, Jader Paes / Agência Pará, Joyce Ferreira/Comus, Marc Ferrez / Instituto Moreira Salles, Wikimedia Commons, (Haron Almeida (Arquiteto e Urbanista), Leandro Scantlebury (Publicitário), Mayara Araujo (Historiadora) e Victor Scantlebury (Arquiteto e Urbanista); EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO OFERECIDA NO HOSPITAL REGIONAL DO MARAJÓ TEM RECONHECIMENTO NACIONAL

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HISTÓRIA PARAENSE RENASCE EM 3D

24 Belém. Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará, em Cotidiano Cultural da Cidade de Belém

O primeiro cartão de Natal impresso comercialmente

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A casa da infância de Jesus Cristo FAVOR POR

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História dos bairros de Belém

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Texto *Heber Gueiros

pouco conhecida pelos belenenses as histórias da origem dos nomes dos bairros que compõem o Município de Belém, que acaba de completar 405 anos. Muitos remetem ao histórico de formação do núcleo urbano da cidade, outros às características geográficas originais da região. Após muita pesquisa, listei algumas dessas histórias. Quando sair para passear pela capital paraense, você verá o bairro com outros olhos depois de descobrir algumas dessas curiosidades. Veja qual é a do seu bairro: Antiga Uzina (na grafia da época) da Cremação. Autor desconhecido. Reprodução facebook Belém antiga

Cremação O bairro teve origem no antigo forno crematório construído no início do século XX, durante a administração do Intendente Antônio Lemos, que promoveu uma política higienista em Belém. Foi o primeiro forno crematório da América Latina, implementado conjuntamente a outras medidas de saneamento para a cidade. O propósito do forno era queimar lixos (o que hoje é chamado de resíduos sólidos) e restos mortais de animais. No local, hoje, encontra-se a Praça Dalcídio Jurandir. Antiga Praia da Campina

Campina O bairro, que muitos chamam erroneamente de Comércio, formou-se onde a prática mercantil era mais representativa na Belém do século 17, nas redondezas da então chamada Praia da Campina, onde hoje é a Pedra do Peixe. A região era um mangue que compunha o Igarapé do Piry, onde os habitantes indígenas costumavam banhar-se antes da chegada dos portugueses. No final do século XIX, a atividade comercial se intensificou com o ciclo da borracha e a área pantanosa do bairro, que seguia até o Largo de São José, foi aterrada para o desenvolvimento urbano.

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Doca do Reduto, c. 1900 ~ Marc Ferrez / Instituto Moreira Salles

Reduto O bairro ganhou este nome em alusão um antigo forte militar, conhecido como Reduto de São José, construído em meados do século XVIII para impedir invasões e ocupar aquela área da cidade que, na época, era bastante alagadiça. Com o aquecimento da economia gomífera e a construção do Porto de Belém, no Século XIX, formou-se na área uma importante movimentação comercial e industrial.

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Bairro da Terra Firme em meados dos anos 1960 (PENTEADO, Antonio Rocha. Belém: estudo de geografia urbana)

Terra Firme O nome Terra Firme tem ligação a história do bairro, que no período de sua ocupação era uma área alagada pelo rio Tucunduba, sem nenhum saneamento, com travessia feita através de pontes improvisadas pelos moradores que foram aterrando o local, tornando-o efetivamente “firme”. O nome surgiu como forma ironia dos próprios moradores do local.

Hospedaria do Tapanã, no início do século XX, tambem conhecida como “Hosperdaria do Diabo”

Tapanã Antes conhecido como “Pouso do Tapanã”, o bairro hoje de mesmo nome começou a ser ocupado no ciclo da borracha. Era uma área inicialmente composta por grandes fazendas, e uma propriedade em particular era muito conhecida: a Hospedaria Tapanã, Também conhecida como “Hospedaria do Diabo” ou “Hospedaria do Inferno”. Isso porque os “soldados da borracha”, nordestinos que vinham ao Pará em busca de trabalho nos seringais, sofreram todo tipo de maus-tratos naquele lugar.

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Locomotiva da antiga Estrada de Ferro de Bragança

Benguí Na Estrada de Ferro que ligava Belém a Bragança, havia um ramal que ligava o Entrocamento à Vila do Pinheiro, hoje Icoaraci. Às margens do ramal, aproximadamente onde hoje funciona a entrada do referido bairro, às margens da atual Av. Augusto Montenegro, moravam dois ingleses chamados Benjamim e Guilherme. No local, foi afixada a placa com as palavras BEN GUI, para que o maquinista parasse todas as manhãs naquele ponto e apanhasse-os para levá-los à escola a qual estudavam no Município de Castanhal. Foi então que surgiu o nome BENGUÍ.

São Brás(z) Teve origem no culto que a população paraense devotava ao glorioso santo protetor dos enfermos das doenças da garganta, cuja procissão saía da Igreja das Mercês em direção a de Nazaré. Na localidade, havia um grande sítio pertencente a um importante empresário local, localizado nas proximidades da atual Av. José Malcher, o qual nomeou em homenagem ao santo católico, que, mais tarde, daria origem ao bairro.

Índio Juruna

Jurunas Seu nome é originário da tribo indígena dos Jurunas, que em Tupi-Guarani significa “bocas pretas”, devido às tatuagens características do seu povo. São antigos habitantes das ilhas e penínsulas do baixo e médio Rio Xingu. Além do nomenclatura do bairro, algumas ruas deste também receberam nomes derivados de tribos indígenas nativas da região Norte do Brasil, como Tupinambás, Tamoios e Mundurucus.

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Av. Senador Lemos na década de 1960 (PENTEADO, Antonio Rocha. Belém: estudo de geografia urbana)

Telégrafo sem fio Seu nome se originou a instalação da estação telegráfica que lá marcou a história do avanço da área urbana da capital. Antes, tinha a denominação de São João do Bruno.

Rio Guamá

Guamá O nome foi dado pela sua proximidade com o Rio Guamá, que significa no vocábulo indígena “rio que chove”.

Av. Pedro Miranda, em 1965

Pedreira O bairro foi o local escolhido por Francisco José de Sousa Soares de Andrea, Barão de Caçapava, o então Presidente da Província do Grão-Pará, para o desembarque das tropas imperiais que iriam combater os rebeldes cabanos que tomaram Belém. O nome do bairro está supostamente ligado às pedras que existiam no relevo da região. Originalmente, foi chamado de Pedreira do Guamá.

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Por volta de 1820, a Rua Oliveira Belo e as árvores de Umari

Umarizal Seu nome se deve ao umari, uma árvore de fruta silvestre, típica do Pará, que existia em abundância no local à época do seu povoamento. Grande parte das ruas do bairro foi nomeada em homenagem aos rebeldes que fizeram, no Pará, campanha de independência do Brasil.

Ruínas do Engenho do Murucutu

Curió-Utinga O maior de Belém em extensão. Tão grande que faz limite com Ananindeua. Fez parte dos bairros Souza e Marco. -Só em 1996 foi sancionada lei de sua criação. O nome tem 2 origens: uma histórica — o engenho da Fazenda Utinga, onde hoje localiza-se o Parque Estadual do Utinga — e uma homenagem a um personagem que morava ali, muito conhecido pela criação de aves — Francisco Curió. Outro engenho próspero que havia na região era o Murucutu, na estrada da Ceasa, cujas ruínas carregam vestígios do arquiteto Antônio Landi, das Forças Armadas e do Movimento da Cabanagem.

Marco O bairro foi criado na administração de Antonio Lemos, durante a reforma urbana promovida pelo intendente na Belle Époque , o primeiro com arruamento planejado. É onde se encontra o Marco da Légua, um marco regulatório que demarca a primeira légua patrimonial de Belém, origem do seu nome.

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Marco da Légua, no livro “Monumentos de Belém - Ernesto Cruz”

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Rua dos Cearenses, provavelmente uma parte da atual Avenida Ceará, no início do século XX

Canudos Homenagem à presença da força policial do Pará na Guerra de Canudos, contra o movimento liderado por Antônio Conselheiro, quando a força policial do Pará, precursora da PMPA, Contribuiu para a derrota daquele reduto rebelde. O bairro teve grande influência da imigração nordestina — Nordestinos que vinham ao Pará a procura de trabalho, durante o Ciclo da Borracha — dada a localização contígua a Estação da Estrada de Ferro de Bragança. Por isso, há uma Avenida denominada Ceará.

Construção pelo IPASEP de 150 casas, no Conjunto Cidade Satélite. Nuneslândia -IV Etapa

Conjunto Satélite Não é propriamente um bairro, mas vale o registro. Iniciado nos 70, pelo IPASEP, o projeto seria uma agremiação de conjuntos, com 1700 casas p/ servidores do estado, originalmente com nome “Nuneslândia” (em alusão a Alacid Nunes). Sem conclusão, ficou conhecido como “Cidade Satélite”. Belém - Rio pela Empresa aérea Syndicato Condor.

Hidroaviões que ligavam Belém à Europa e ao resto do Brasil

Condor Às margens do rio Guamá, na atual Praça Princesa Isabel, foi construído um terminal de passageiros para Hidroaviões que ligavam Belém à Europa e ao resto do Brasil, pertencente a Companhia de navegação aérea alemã Condor Syndikat e sua operação deu nome ao bairro. Daquela época, restou apenas a pronúncia alemã – Côndor.

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Santuário de Fátima. Em 1989

Bairro da Matinha, em meados dos anos 1960

Fátima Entre as décadas de 60 e 70 o bairro era conhecido como um lugar violento e com um grande matagal, fato esse que originou o nome de Matinha. A fim de mudar a imagem da localidade, o pároco da época Padre António Moraes Oliveira fez um abaixo assinado para a mudança do nome, que foi aceito por toda a comunidade na tentativa de mudar a imagem do bairro, daí a construção do Santuário de Fátima. Antiga rampa da Sacramenta

Sacramenta O bairro teve sua origem no início do século XX e, provavelmente, seu nome provém da antiga rampa da Sacramenta, que se encontrava às margens da Baía do Guajará, utilizada para a carga e descarga de embarcações que alí atracavam. Inicialmente, era uma zona rural, com muitas roças e terrenos alagados. Por ter muitas plantações de macaxeira, por um tempo, foi chamado de “bairro da macaxeira”. O matagal prevalecente na região era fonte de frutas, caça e lazer nos igarapés.

Marambaia

Bairro da Marambaia na década de 1960

O nome remete ao outrora bucólico território: com origem no tupi-guarani “Mbara-mbai”, o termo significa cerco ou caminho do mar. O bairro teve início nos anos 50, mas foi entre 60 e 70 que os conjuntos habitacionais desenvolveriam a área ao longo da Av. Tavares Bastos.

Conjunto Nova Marambaia,1960

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Base aérea de Val-de-Cães, na década de 1940

Val-de-Cães A origem mais aceita do nome remete uma antiga fazenda que ali existia, pertencente à Ordem das Mercês. Os religiosos mantinham ali canis, o que teria dado o nome ao local: Vale de Cans e posteriormente Val-de-Cães. Como Belém foi um importante entreposto militar durante a II Guerra Mundial, ligando tropas e equipamentos norte-americanos a Europa e África, alí foi instalada a primeira base aérea da região, que deu origem ao Aeroporto Internacional de Belém. É provável que a denominação atual “ilha do Mosqueiro” se tenha originado de “ilha do Moschera” ou de “ilha do moqueio”

Mosqueiro Há pelo menos duas possíveis origens para o nome do distrito: uma delas é relacionada à pratica do moqueio de peixes, técnica indígena de preparo do pescado; a outra, é associada ao corsário espanhol Ruy de Moschera que acidentalmente teria chegado a ilha e estabelecido uma base.

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No Verão, Outeiro é disputadíssima pela proximidade de suas belas praias. Foto DCIM101MEDIADJI (Bombeiros-Pá)

Outeiro A ilha era chamada pelos índios de Caratateua, que no dialeto tupi-guarani quer dizer “lugar das grandes batatas”, já que o cultivo de batata-doce era abundante no local. Mais tarde, os portugueses a batizaram de Outeiro, nome que remete aos pequenos morros.

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Icoaraci, do tupi: “Sol do rio”

Icoaraci O ex-interventor e ex-governador Magalhães Barata teria contratado um filólogo (estudioso em línguas) para que escolhesse uma nova denominação para a então Vila de Pinheiro. Lá, o estudioso constatou a vista da Baía e a grande quantidade de igarapés que a cortavam e nomeou de “Icoaraci”, do tupi: “Sol do rio”. Ramal do Pinheiro (Icoaraci), antes da restauração

Tenoné No ramal do Pinheiro (Icoaraci) da antiga Estrada de Ferro de Bragança, o atual bairro do Tenoné era uma das principais paradas. Ocupado por várias chácaras e pequenos sítios, foi sendo povoado no decorrer do desenvolvimento urbano da cidade. (*) Empresário

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

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Aniversário de Belém: Governo do Estado lança programa “Nossa Feira” A primeira etapa do programa envolve mais de 500 feirantes e produtores paraenses

Governador Helder Barbalho no ato de lançamento do ‘Nossa Feira’, no Mercado de Carne do Ver-o-Peso

Texto *Giovanna Abreu Fotos Alex Ribeiro / Ag.Para; Joyce Ferreira/Comus

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m comemoração aos 405 anos de Belém, o Governo do Estado realiza, nesta terça-feira (12), o lançamento do programa “Nossa Feira”, que será executado pela Secretaria de Desenvolvimento

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Agropecuário e da Pesca (SEDAP). A primeira etapa do programa envolve mais de 500 feirantes e produtores paraenses da região metropolitana de Belém. O Governador Helder Barbalho participou do lançamento, que ocorreu no

Mercado de Carne do Ver-o-Peso, onde foi assinado um termo de cooperação técnica entre o Instituto Ver-o-Peso e o poder executivo, com o objetivo de garantir apoio ao desenvolvimento dos feirantes e das feiras do Estado.

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No Complexo do Ver-o-Peso, o governador esteve acompanhado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, entre outras autoridades

Helder admira a bela vista do mais conhecido cartão-postal de Belém, cujos feirantes já têm o CredCidadão para incremento dos negócios

“Nós estamos atendendo a 10 feiras neste momento para qualificar e aumentar a renda dos nossos feirantes. Estamos dando total apoio para este público que trabalha tanto, que acorda de madrugada e garante o abastecimento da nossas famílias, fazendo com que possam ter esse olhar por parte da prefeitura de Belém e governo do Estado. Por isso, fizemos esse convênio e vamos ampliá-lo para as demais feiras da Região Metropolitana de Belém”, disse o governador Helder Barbalho, que esteve acompanhado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, durante o lançamento do programa. Segundo Hugo Suenaga, titular da Sedap, o programa irá fornecer equipamentos, capacitações em parceria com o Sebrae, segurança alimentar e reforçar a estruturação das feiras para ajudar na comercialização e no escoamento da produção. Está prevista a entrega de 1.000 fogões industriais, 100 balcões frigoríficos para açougue, 300 freezers horizontais, 500 balanças computadorizadas e 300 balanças mecânicas. Desde 2020, a Sedap firmou parceria com o CredCidadão para garantir recursos aos feirantes. O intuito é que eles adquiram capital de giro para investir em seus negócios. “Todas essas realizações só são possíveis pela união do Governo do Estado, Prefeitura de Belém e entidades envolvidas com as feiras paraenses”, afirma o secretário da Sedap. A parceria entre a Prefeitura Municipal de Belém e o Governo do Estado do Pará, no Programa Nossa Feira, vai beneficiar os trabalhadores que atuam no complexo do Ver-o-Peso. (*) SSECOM

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O Prefeito Edmilson Rodrigues assinando convênio com Associação de Feirantes do Ver-o-Peso

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Governador Helder Barbalho e o prefeito Edmilson Rodrigues (c) no lançamento do programa “Bora Belém”, que une Estado e Prefeitura no combate à vulnerabilidade social

Estado e Prefeitura juntam esforços e lançam programa de renda cidadã “Bora Belém” O Banpará será o operador financeiro do programa, que vai atender famílias em situação de vulnerabilidade financeira, principalmente as mantidas apenas por mulheres Texto *Leonardo Nunes Fotos Jader Paes / Agência Pará

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ruto de cooperação entre o Governo do Pará e a Prefeitura de Belém, o programa de renda cidadã “Bora Belém” foi lançado no final da tarde da terça-feira (12), em ato com as presenças do governador Helder Barbalho e do prefeito Edmilson Rodrigues. O Estado vai repassar ao município a metade dos recursos necessários para a liberação do benefício. O lançamento, que faz parte das comemorações pelos 405 anos de fundação de Belém, ocorreu no Memorial dos Povos. O “Bora Belém” foi criado pela Prefeitura para garantir um auxílio de até R$ 450,00 a famílias em situação de vulnerabilidade social, e que tiveram as condições financeiras agravadas pela pandemia de Covid-19. O Banco do Estado do Pará (Banpará) será a instituição financeira responsável pela operacionalização do pagamento do benefício. Durante a solenidade de lançamento, o governador Helder Barbalho reconheceu o empenho da Câmara Municipal de Belém em aprovar o programa de impacto social.

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Helder Barbalho garantiu a metade dos recursos necessários para atender milhares de famílias em Belém

O governador também destacou que, mesmo com um dos maiores resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do país e economia em crescimento, o Pará tem uma desigualdade social preocupante.

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“Hoje, estamos aqui para dizer que o governo do Estado é parceiro, e está ao lado da Prefeitura para garantir que o programa de transferência de renda do município, liderado pela Prefeitura, possa acontecer.

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No aniversário de 405 nos de Belém, Helder Barbalho e Edmilson Rodrigues firmaram parcerias em vários setores da administração pública

A cada um real colocado pela Prefeitura, o Estado estará complementando também com um real”, informou Helder Barbalho. “Vamos em frente, e contem conosco. Se já havia disposição da Prefeitura de fazer esse programa sozinha, agora dobra, porque o governo do Estado está junto para que possamos fazer muito mais, e seja possível ampliar o número de famílias atendidas e os benefícios, e com isto auxiliar aqueles que mais precisam de condições para tocar sua vida, principalmente as mães solteiras que cuidam das famílias”, assegurou o chefe do Executivo estadual. Emprego e renda - O governador também afirmou que o Estado está atuando de forma intensiva para aumentar a geração de emprego e renda. Ele citou iniciativas essenciais, como o vale-alimentação escolar para alunos da rede pública estadual durante a suspensão do ensino presencial devido à pandemia, além da criação do “Renda Pará”, benefício que complementou a renda de quem recebe Bolsa

Família, e do apoio aos empresários de pequeno e médio porte com linhas de créditos especiais. “Não estamos parados”, afirmou Helder Barbalho.No primeiro momento, a expectativa é que o “Bora Belém” atenda até 9 mil pessoas, que já constam do Cadastro Único (CadÚnico). O valor a ser repassado ainda será discutido pelo Conselho Municipal de Assistência Social. O programa foi aprovado pela Câmara Municipal na última sexta-feira (8), e sancionado na segunda-feira (11). “Este é um projeto importantíssimo, que sinaliza uma ação fundamental. Com a participação do Estado, vamos ter uma grande ação de cooperação institucional. Vamos poder alargar os horizontes. São, pelo menos, 22 mil famílias que estão no Cadastro Único, mas não recebem sequer o Bolsa Família”, disse o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Viabilidade Inocencio Gasparim, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), enfatizou a importância de políticas públicas que garantam renda mínima para famílias vulneráveis do Estado. “Esse é um programa da Prefeitura a que o Estado aderiu. Uma parceria importante para a cidade, que esperamos intensificar”, reiterou o secretário. Sobre a viabilidade da parceria, o secretário de Estado da Fazenda, René de Oliveira e Sousa Júnior, assegurou que o Estado está com as contas públicas equilibradas, e que a parceria com a Prefeitura “só foi possível pela disponibilidade de recursos em caixa”. Ele acrescentou que “é de extrema importância que a Prefeitura e o Estado sejam parceiros, para trazerem bons frutos para os moradores de Belém”. (*) SSECOM

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O lançamento, que faz parte das comemorações pelos 405 anos de fundação de Belém, ocorreu no Memorial dos Povos

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Qualidade da alimentação oferecida no Hospital Regional do Marajó tem reconhecimento nacional

Pelo terceiro ano consecutivo, a unidade da rede pública estadual de saúde conquista o selo que reconhece o padrão dos alimentos Texto *Vera Rojas

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alimentação produzida e oferecida para usuários, acompanhantes e funcionários do Hospital Regional Púbico do Marajó (HRPM), no município de Breves, ganha reconhecimento nacional ao conquistar, pelo terceiro ano consecutivo, o selo Green Kitchen, resultado do constante investimento na manutenção do padrão de qualidade da alimentação, que associa ambientação natural e sustentabilidade. Dentro do processo de seleção de instituições concorrentes ao selo Green Kitchen, o HRPM conquistou o 3º lugar geral, ao obter 40 pontos no programa da Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam), indicado para restaurantes que aprimoram constantemente o padrão de qualidade, em benefício de seus usuários, levando em consideração aspectos sociais e ambientais.

A nutricionista Renata Feio na horta do HRPM, essencial para o padrão de qualidade da alimentação A paciente Maria Adriana Soares Bontá aprovou as refeições servidas no Hospital Regional

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Adaptação A responsável pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND) da unidade hospitalar, nutricionista Renata Feio, disse que “ficamos felizes em participar, pelo 3º ano consecutivo, do programa Green Kitchen’. Foi um ano difícil por conta da pandemia da Covid-19, onde tivemos que promover algumas adaptações em nosso calendário, além de mudanças nas rotinas e ações, mas conseguimos somar no programa, e isso é gratificante”. ILUSTR: A paciente Maria Adriana Soares Bontá aprovou as refeições servidas no Hospital Regional = Em P+ 226 Janeiro O SND fornece diariamente 850 refeições para usuários, acompanhantes e funcionários, cujo preparo mantém o padrão de qualidade com produtos frescos, cultivados em horta do HRPM. São plantados, no espaço

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A horta tradicional divide espaço com o cultivo hidropônico

próprio, coentro, cebolinha, jambu, alface, chicória, abacaxi, mamão, banana, abóbora, limão, gengibre, salsa, erva cidreira, capim santo, espinafre, erva doce, mastruz, babosa, coco, acerola, quiabo, cominho e laranja, tudo isento de agrotóxico.

A usuária Maria Adriana Soares Bontá, 28 anos, que está internada desde o último domingo (10) para tratar uma fratura no pé esquerdo, atestou a qualidade e o sabor das refeições servidas no HRPM. “A alimentação daqui é boa, é de qualidade.

A gente percebe que tem todo um cuidado na hora de preparar. Eu gostei muito; a gente consegue sentir o delicioso sabor”, garantiu Maria Adriana.

Conhecimento O HRPM mantém a horta em uma área de 180 m², com espaço também para o cultivo hidropônico. O cultivo de hortaliças, verduras, frutas e ervas ganhou um aliado com o sistema de compostagem de resíduos orgânicos.

Serviço: O Hospital Regional Público do Marajó é uma unidade do Governo do Pará que oferece assistência de média e alta complexidade. É referência em várias especialidades na assistência a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e dispõe de atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 h. O Hospital está localizado na Avenida Rio Branco, 1.266, Centro, na sede municipal de Breves. Mais informações: (91) 3783-2140/ 2127. Hospital Regional é referência de bom atendimento para vários municípios do Marajó

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(*) HEMOPA

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História paraense renasce em 3D

Os objetivos do projeto são: apresentar fachadas (estáticas e animadas) de monumentos emblemáticos em 3D; difundir conhecimento histórico e patrimonial; propiciar acesso à informação; democratizar o acesso à bens culturais (digitalmente); fortalecer a memória e identidade local; estimular a valorização e consequente preservação do patrimônio histórico e cultural; e colaborar com a História e a Educação Patrimonial (fornecendo material didático como imagens e animações em 3D e linhas do tempo).

Cópia de 1901_Asilo da mendicidade

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projeto História Virtual recria, através do uso da tecnologia de modelagem virtual 3D, fachadas de monumentos históricos e culturais do Pará, em especial de Belém. A prioridade são monumentos que não existem mais ou que sofreram grandes alterações/ descaracterizações ao longo do tempo.

Asilo da mendicidade, modelagem 3D

Fábrica

Cemitério da Soledade

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Cemitério da Soledade – Cruzeiro 3D

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Fábrica Palmeira

As peças gráficas (imagens e animações) são produzidas no programa Blender 2.8, que recria com fotorrealismo os objetos retratados. Para facilitar o entendimento do percurso histórico dos monumentos, são apresentadas também Linhas do Tempo, com imagens e informações resumidas, quando há dados suficientes, permitindo um entendimento cronológico e contextual. Os produtos culturais gerados pelo projeto proporcionam uma nova abordagem para se ensinar História e Educação Patrimonial, já que tem um apelo tecnológico e visual em harmonia com o século XXI,

O projeto História Virtual, independente e voluntário, começou em março de 2020, e sua equipe (multidisciplinar) é formada por 4 profissionais, que tem em comum o desejo de dar um retorno a sociedade através de suas respectivas profissões, fazendo algo que consideram relevante para região de onde são naturais. São eles: Haron Almeida (Arquiteto e Urbanista), Leandro Scantlebury (Publicitário), Mayara Araujo (Historiadora) e Victor Scantlebury (Arquiteto e Urbanista). O processo criativo inicia com um levantamento histórico (fotos, textos, vídeos, gravuras e etc.), que vão embasar a recriação virtual.

Fábrica Palmeira 3D

Fábrica Phebo 3D

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Fortaleza da Barra

Fortaleza da Barra 3D

Igreja Nossa Senhora dos Homens Pretos

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Igreja de São Benedito em Bragança

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Igreja de São Benedito em Bragança 3D

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Solar da Beira (Recebedoria de Rendas) e Prédio Anexo e Ver-o-Peso

Paróquia de Nazaré no final do século XIX

Paróquia de Nazaré 3D

correspondendo aos anseios de seu tempo. Tudo isso atrelado a capacidade de dialogar com público diversificado (diferentes gêneros, idades, classes sociais, e etc.), através da utilização de linguagem (escrita) regional, leve e descontraída, para gerar identificação (evitando o uso de termos técnicos, mas sem perder de vista os métodos acadêmicos de escrita) e com grande potencial de alcance e “viralização”, por meio das mídias sociais. A escolha de divulgação dos produtos culturais em meio digital se deu pela tecnologia, nesse caso a internet, ser eficiente e eficaz na transposição de barreiras entre o tempo e o espaço.

Engenho do Murutucu

Senzala do Engenho do Murutucu 3D

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Solar da Beira (Recebedoria de Rendas) e Prédio Anexo 3D

Idealizadores:

Usina de Cremação 1902

*Victor Scantlebury – Arquiteto e Urbanista (Universidade da Amazônia – UNAMA), Mestre em Urbanismo (Universidad Pontificia Bolivariana - UPB, Colômbia), responsável pela parte de modelagem 3D do História Virtual. *Mayara Araujo – Graduada em História (Faculdade Integrada Brasil Amazônia – FIBRA), Especialista em História Contemporânea (FIBRA), Mestre em Segurança Pública (Universidade Federal do Pará), responsável pela pesquisa documental e elaboração textual do História Virtual; Leandro Scantlebury – Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e propaganda (UNAMA), que se ocupa como Social Media, criando estratégias de conteúdo para mídias digitais, e assessoria de comunicação do História Virtual.

*Colaboração:

Usina de Cremação 3D

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Haron Almeida - Bacharel em Arquitetura e Urbanismo (UNAMA) e Especialista em Master em Arquitetura e Lighting (Instituto de Pós-Graduação - IPOG), colaborador para modelagem 3D no História Virtual.

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A força da ternura

Estamos passando por momentos muito difíceis. Milhares de pessoas perderam entes queridos e mesmo os que ficaram não podem se abraçar para consolar-se de sua perda como gostariam ou precisassem Texto *Alexandra Farbiarz Mas

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ilhares de pessoas perderam seus empregos e a incerteza no cenário atual de empregos está se tornando mais angustiante do que antes para muitas pessoas. Milhares de banheiros estão mais do que exaustos, à beira de um cansaço extremo e com uma pressão emocional brutal sobre os ombros, e também quando chegam em casa. E, de qualquer forma, milhares de pessoas, antes e agora, se fecharam sobre si mesmas porque veem o mundo como um lugar hostil. A pandemia também revelou outra pandemia social: a solidão. Agora tudo é estranho, agora temos que nos familiarizar com o inusitado para poder girar a meia e poder viver da melhor maneira um presente tão raro quanto extraordinário. Precisamos entender que o estranho gera muitas sensa-

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ções diferentes em nosso ser, novos espaços internos que são, também de alguma forma, o reflexo da realidade que nos acompanha.

Por isso é conveniente deixarmo-nos acompanhar por sentimentos e emoções que nos podem ajudar a enfrentar este choque partilhado e, ao mesmo tempo, este sentimento de perda de um mundo que já nos deixou e também aprender a elaborar o que existe. Porque sim, é o que é, e parece que está acontecendo há muito tempo. Como você se relaciona com este presente? A ternura é uma forma gentil de se relacionar conosco, que requer atenção e observação, que transmite carinho. A ternura é aquilo que nos desperta para o que percebemos como amado e frágil, ou para o que nos move e suaviza o nosso coração e também nos faz tocar os nossos próprios sentimentos de bondade. Alguns vão pensar que é tudo muito brega, mas a verdade é que a ternura requer um material emocional que, embora seja

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um bem precioso, não se ensina ... nasce para nós em certos momentos. Mas o que aconteceria se fosse ensinado em escolas, institutos, universidades? O que a ternura nos mostra? O que a ternura nos oferece? Prestar atenção e parar diante do que nos acontece com ternura pode ser uma forma muito poderosa de dançar com a incerteza para não sucumbir à rigidez das tensões que este período incerto nos traz. Fico fascinado, por exemplo, quando duas pessoas que vão com seus cachorros param porque os bichinhos começam a cheirar e brincar, por exemplo. De repente, esse jogo cria ternura entre os humanos e muitas vezes eles passam a conversar amigavelmente com estranhos que, de outra forma, nunca teriam pensado ou não ousariam fazê-lo. A ternura tem me ajudado em momentos chave da minha vida e sempre digo que

um menino com síndrome de Down foi um dos meus grandes professores. Não é possível mentir para eles porque parece que seu DNA é feito de ternura.

E embora às vezes possa não parecer, eles conhecem muito bem a dor que as pessoas carregam consigo. Acho que eles têm uma inteligência que muitas pessoas deveriam desenvolver. Se nos trancarmos na rigidez, não conseguiremos enfrentar não só esta pandemia, mas com o mundo que virá depois de forma mais ou menos saudável. Se nos treinarmos para trabalhar a ternura, para nos entusiasmar com as pequenas coisas, para ser mais gentis com os que estão ao nosso redor, para cuidar do ambiente com pequenos gestos, todos podemos ajudar uns aos outros. Sejamos corajosos, porque ser agressivo, neste contexto, é o mais fácil, mas certamente não é o mais eficaz ou inteligente. A cultura yuppy agressiva dos anos 80 e 90 está desatualizada, embora alguns dos gurus digitais tenham herdado suas formas, embora não suas roupas. Vamos ser corajosos e criar uma cultura mais terna. Isso não significa não termos capacidade crítica, significa que o que fazemos apostamos num olhar atencioso, simpático, agradável e disposto a reconhecer o bem que há no outro, mesmo que nem sempre tenhamos que concordar com ele com ela. Porque a ternura dá poder a ver o copo meio cheio para o bom, para o mau e para o estranho. Você se lembra de um olhar que recebeu com ternura ou que deu e viu como mudou o rosto de outra pessoa? Quando penso nesses momentos, um sorriso é imediatamente desenhado no meu rosto. A ternura é importante, imensa, gigante, embora nem sempre a gente veja de onde pode vir. É como um vírus bonito, mas que podemos praticar, viver e usar ... embora para isso seja aconselhável, primeiro, ser terno para me pegar. Você é fofo consigo mesmo?

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Diabetes – a epidemia silenciosa que é três vezes mais mortal que a COVID por *Douglas Broom Em 2045, mais de 700 milhões de pessoas terão diabetes em todo o mundo

China, Estados Unidos e Índia tiveram as taxas mais altas de diabetes no ano passado, cada um com mais de 30 milhões de casos, de acordo com o último Atlas de Diabetes do IDF. A condição está crescendo mais rapidamente na África Subsaariana, com o número de casos previstos para aumentar em 143% até 2045. O número de pessoas com diabetes no Oriente Médio e no Norte da África deve crescer 96% no mesmo período, com um aumento de 74% previsto no Sudeste Asiático. O diabetes é uma condição séria e de longo prazo que ocorre quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou nenhuma insulina ou não consegue usar a insulina que produz. Isso resulta em uma situação conhecida como hiperglicemia, em que níveis excessivos de açúcar no sangue podem fazer com que uma pessoa entre em coma.

O diabetes está aumentando em todo o mundo, matando 4,2 milhões de pessoas no ano passado. Os países de renda média e baixa estão vendo os maiores aumentos. Mais de 460 milhões de pessoas já vivem com diabetes. Mudanças na dieta, exercícios e parar de fumar podem interromper ou até reverter o quadro

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a epidemia silenciosa que ceifa 4,2 milhões de vidas em todo o mundo todos os anos - quase três vezes mais mortes do que COVID-19 . O diabetes está em alta, com especialistas prevendo que um em cada dez de nós será afetado até 2045. Estima-se que 463 milhões de pessoas já vivam com diabetes e esse número deve aumentar para mais de 700 milhões até 2045, de acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A condição já é uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo.

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A. O número estimado de pessoas com mais de 65 anos com DM era de 111 milhões em 2019. (1: 5 pessoas com essa idade têm previsão de ter DM). A projeção é que em 2045, o número de pessoas com mais de 65 anos com DM chegará a 276 milhões; B. Estima-se que 1,1 milhão de crianças e adolescentes (com menos de 20 anos) têm DM tipo 1. O sobrepeso e a obesidade vêm aumentando o número de crianças e adolescentes com DM tipo 2; C. Três em cada quatro pessoas que vivem com DM estão em idade produtiva (20–64 anos), e esse número deve aumentar para 486 milhões até 2045. IDF, Atlas of Diabetes 2019

Qual tipo? Existem duas formas básicas de diabetes . O diabetes tipo 1 não pode ser evitado e é causado por uma reação auto-imune na qual o sistema imunológico do corpo ataca as células do pâncreas produtoras de insulina. Defeitos genéticos e infecções virais estão entre as causas conhecidas. Cerca de 90% dos diabéticos em todo o mundo têm diabetes tipo 2, que tem sido as-

sociado à obesidade e ao envelhecimento e pode não apresentar sintomas iniciais. Mudanças na dieta, aumento de exercícios, parar de fumar e manter um peso corporal saudável podem controlar e até reverter a condição. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o número de casos quase quadruplicou desde 1980 . Quando o IDF publicou os dados globais pela primeira vez em 2000, havia cerca de 151 milhões de pessoas com a doença. Parte do aumento no número de

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casos é o resultado da melhoria do diagnóstico, mas a IDF diz que até metade de todos os casos de diabetes tipo 2 permanecem sem diagnóstico. O aumento da riqueza e o acesso a alimentos não saudáveis também são fatores importantes para o aumento do número de pessoas com a doença. “O diabetes é uma séria ameaça à saúde global que não respeita o status socioeconômico nem as fronteiras nacionais”, disse o presidente da IDF, Professor Nam H Cho.

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Uma maneira melhor

O controle estrito do açúcar, o mais cedo possível, uma vez que o diabetes é diagnosticado, é uma das maneiras mais importantes de minimizar o risco futuro de doenças cardíacas O controle estrito do açúcar, o mais cedo possível, uma vez que o diabetes é diagnosticado, é uma das maneiras mais importantes de minimizar o risco futuro de doenças cardíacas

Mas não tem que ser assim. A OMS afirma que testes simples de glicose no sangue podem melhorar o diagnóstico e reduzir o risco de danos aos órgãos a longo prazo, que geralmente resultam de diabetes não diagnosticado. “Uma série de intervenções econômicas pode melhorar os resultados dos pacientes, independentemente do tipo de diabetes que eles possam ter”, diz a OMS. Essas intervenções incluem o controle dos níveis de glicose no sangue e da pressão arterial e exames regulares para danos aos olhos, rins e pés. No mês passado, o Fórum Econômico Mundial lançou a Parceria para a Sustentabilidade e Resiliência do Sistema de Saúde em colaboração com a London School of Economics e AstraZeneca para ajudar a fortalecer a saúde global após o COVID-19. O Fórum disse que a pandemia “expôs falhas de longa data nos sistemas de saúde que já se esforçavam para atender às crescentes necessidades da população e eliminar as desigualdades na saúde”. A mudança é necessária para construir sistemas de saúde resilientes que sejam capazes de lidar com tensões de longo prazo. [*] Em Plataforma de ação COVID do Fórum Econômico Mundial

“Se não for bem administrado, pode levar a hospitalizações frequentes e morte prematura.” As despesas globais de saúde com diabetes no ano passado foram de US $ 760 bilhões e devem chegar a US $ 825 bilhões em 2030 e US $ 845 bilhões em 2045. A OMS diz que a maior parte da carga recai sobre os países de renda média e baixa, que também estão vendo o maior aumento de casos . Mais de 10.000 novos casos são diagnosticados a cada ano entre crianças e adolescentes na África Subsaariana, de acordo com o Atlas de Diabetes da IDF, que afirma que em países com acesso limitado à insulina e serviços de saúde inadequados, os jovens “enfrentam complicações graves e mortalidade prematura” . Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas incluem uma promessa de garantir vidas saudáveis para todas as pessoas , listando o diabetes, juntamente com o câncer e as doenças cardíacas, como uma das doenças não transmissíveis responsáveis por uma morte a cada dois segundos entre pessoas de 30 a 70 anos.

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