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EDIÇÃO 227

FEVEREIRO

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PRÉ-SAL NO LITORAL PARAENSE PARÁ O MAIOR EXPORTADOR MINERAL PROGRAMA BELÉM BEM CUIDADA 12

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

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227 - FEVEREIRO - 2021

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

PRÉ-SAL, NA BACIA DO PARÁ-MARANHÃO

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

EDITORA CÍRIOS

ÍNDICE

PARÁ LIDERA EXPORTAÇÃO, ARRECADAÇÃO E GERAÇÃO DE EMPREGOS NO SETOR MINERAL

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Divulgação/FIEMA, Engº José Maria da Costa Mendonça, EPA, Fabiana Otero, Juliana Brito, PURE, Ronaldo Hühn, SEDEME; FOTOGRAFIAS: Divulgação, Divulgação/FIEMA, Constellation Oil Services, EBC, EPA, Facebook.com/moantiquities, Internet, Marco Santos / Ag.Pará, Mário Ferreira/ Agência Belém, Polícia Federal de Mato Grosso/ Assessoria, PURE, Unsplash, Valter Campanato/ Agência Brasil, Wikipedia, ZAG; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

“BELÉM BEM CUIDADA” CHEGA AO CONJUNTO PROMORAR

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AMAZÔNIA: À ESPERA DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA

18 GRÃOS REFINADOS SÃO EXTREMAMENTE PREJUDICIAIS À SAÚDE

Montagem de fotos em concepção artística para demonstrar o potencial de exportação de riquezas do Estado do Pará. Foto: Wikipedia

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A “cervejaria de grande escala” mais antiga do mundo

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Para tornar o amor mais fácil em tempos de Covid-19

CIC

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Como será a educação em 20 anos? Aqui estão 4 cenários

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Mapa indicando a localização dos levantamentos sísmicos (reticulado multicor) analisados na parte sul da Bacia da Foz do Amazonas principalmente, na Bacia do Pará-Maranhão, em relação às descobertas feitas na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa (Zaedyus). Nestes levantamentos 100 prospectos semelhantes aos das descobertas feitas nestes países foram identificados e 10 dos melhores escolhidos na Bacia do Pará-Maranhão, para cálculos volumétricos do potencial de Recursos Prospectivos Recuperáveis Riscados.

Pré-sal, na Bacia do Pará-Maranhão

As cidades de Bragança, Viseu, Chaves, S. João de Pirabas e Augusto Corrêa poderão receber uma mega infraestrutura devido à futura implantação de projetos e exploração da Petrobras na região, com 30 bilhões de barris Fotos Marco Santos / Ag. Pará

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rasil descobre um novo pré-sal! Estudo científico que destaca o amplo potencial petrolífero na franja oceânica norte do território nacional, compreendendo Maranhão, Pará e Amapá, foi entregue www.paramais.com.br

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ao presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez. Nas águas profundas e ultraprofundas da Bacia do Pará-Maranhão, existem aproximadamente 30 bilhões de barris de petróleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados.

É o que diz o documento “Um novo ‘Pré-Sal’ no Arco Norte do Território Brasileiro”, de autoria dos especialistas Allan Kardec Duailibe Barros Filho, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ronaldo Gomes Carmona, professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra, e Pedro Victor Zalán, presidente da ZAG Consultoria em Exploração de Petróleo. Pará+

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Volume estimado é três vezes maior do que as atuais reservas provadas da Petrobrás, calculadas em 8,81 bilhões de barris de óleo equivalente

“Se confirmadas as expectativas, as quais buscamos descrever na presente Nota Técnica, especialmente os Estados do Maranhão, Pará e Amapá, poderão beneficiar-se de vultosas receitas diretas (tributos e royalties) e indiretas (desenvolvimento industrial e do setor de serviços, com expressiva geração de empregos) que poderiam ser geradas pela exploração e produção petrolífera. Abrem-se amplas perspectivas do desenvolvimento regional, a começar pelo fato de que a produção petrolífera e gasífera potencial poderia gerar abundância energética visando a industrialização dessa região do território nacional”, diz o estudo.“A primeira etapa é entrar em licitação, porque o solo é do Brasil, então algum órgão governamental tem que colocá-lo em licitação para as empresas adquirirem. Quem faz isso é a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Há várias rodadas de licitação. Por exemplo, este ano, há a 17ª rodada, que nós não entramos. Nós queremos entrar na 18ª rodada”, explicou o especialista maranhense Allan Kardec Barros Filho, que já foi diretor da ANP. Segundo o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves, a possibilidade de recuperar de 20 a 30 bilhões de barris de óleo no Maranhão, ressaltando que no Pré-Sal, por exemplo, são 40 bilhões de barris, seria uma oportunidade sem tamanho de desenvolvimento regional para o Estado do Maranhão e para o Brasil. “Acreditamos que a exploração desses prospectos encontrados nas águas profundas da Bacia do Pará-Maranhão seja uma oportunidade de desenvolvimento regional, com larga geração de empregos”.

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O geólogo Estanislau Luczynski, professor e membro da equipe de petróleo e gás natural da Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente da Associação Profissional dos Geólogos da Amazônia, diz que a bacia está localizada no leste do litoral do Maranhão e no litoral do Pará, indo até a Foz do Amazonas (oeste). “A área é de aproximadamente 48 mil km²”.

Novo pré-sal e a regulamentação ambiental O Maranhão chegou a ser indicado para entrar na 17ª rodada de licitações de áreas na Bacia Pará-Maranhão, porém os oito blocos sugeridos para exploração foram excluídos da licitação, após manifestação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que indica a provável inviabilidade ambiental de empreendimento que “imponham riscos de olear a costa do Pará e do Maranhão e o Parcel de Manuel Luís”. No entanto, a nota técnica “Um novo ‘Pré-Sal’no Arco Norte do Território Brasileiro” contesta essa

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informação. “Há um debate sobre impeditivos ambientais. Fala-se do Parcel de Manuel Luís, e também sobre corais, que poderiam ser atingidos por um eventual derramamento de óleo. Nenhuma das duas razões se sustenta. Primeiro porque o Parcel está em águas rasas, assim como os corais, que são serem vivos que vivem em águas rasas. As águas sobre as quais estamos falando são profundas, de 4 mil, 5 mil metros. A 300 metros de profundidade está completamente escuro, a luz não chega, e corais, por exemplo, não sobrevivem.

Além disso, nós temos tecnologias no país. Na exploração de petróleo no Brasil não há um caso sequer de derramamento de óleo”, afirmou Alan Kardec. O estudo sugere e recomenda às autoridades energéticas brasileiras que coloquem os blocos exploratórios da bacia sedimentar Pará-Maranhão nos próximos leilões da ANP. “A exploração e produção desta riqueza traria grandes benefícios para o desenvolvimento nacional e em especial para o Estado do Arco Norte do território nacional”.

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Bacias da Foz do Amazonas e do Pará-Maranhão prontas para replicar o sucesso da Guiana

Mapa exibindo a classificação das margens passivas brasileiras (de Zalán, 2015a). As margens passivas são classificadas como Magma-Poor Passive Margins (MPPM, em azul), Volcanic Passive Margins (VPM, em vermelho) e Transitional Passive Margins (TPM, em laranja). VPM típico preenchido com SDRs vai da Argentina, através do Uruguai, até a Bacia de Pelotas. As MPPM típicas com exumação de manto podem ser encontradas nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo na Margem Sudeste e nas Bacias de Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas na Margem Equatorial. As Margens Passivas de Transição, exibindo a coexistência de grabens preenchidos com sedimentos proximais com grabens distais preenchidos com SDR, são características da região que abrange a Bacia do Jacuípe até a Bacia do Mundaú no Nordeste do Brasil.

Segundo o PhD Pedro Victor Zalán da Zag Consultoria em Exploração de Petróleo, as bacias da Foz do Amazonas e do Pará-Maranhão no norte do Brasil constituem a continuação natural ininterrupta da margem continental Guiana-Suriname-Guiana Francesa ao sul. Eles fazem parte da Margem Equatorial Brasileira que vai da Bacia da Foz do Amazonas à Bacia Potiguar no Extremo Oriente. Eles são rift normal a oblíqua de dois estágios típicos, seguidos por bacias extensionais de deriva desenvolvidas sobre uma margem passiva pobre em magma (Figura acima). Desde a descoberta de Zaedyus na Guiana Francesa, situada a apenas 50 km ao norte da fronteira marítima brasileira, as esperanças de novas descobertas semelhantes no lado brasileiro eram grandes. As grandes empresas petrolíferas adquiriram vários blocos na 11ª Rodada de Licitações no Brasil em 2013 e, desde então, vários locais exploratórios foram definidos. A perfuração ainda não foi iniciada devido a obstáculos no sistema de licenciamento ambiental brasileiro. O recente sucesso extraordinário da ExxonMobil na Guiana reforçou fortemente essa crença e aponta para a necessidade de retomar a exploração nas bacias de Foz do Amazonas e Pará-Maranhão. Novas pesquisas sísmicas nessas bacias revelam pistas e perspectivas semelhantes às realizadas com sucesso em ambos os lados do Atlântico Equatorial.

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Mapa exibindo o posicionamento dos novos levantamentos sísmicos 2D objeto deste estudo. Eles foram adquiridos na parte sul da Foz da Bacia do Amazonas, incluindo a extensão sul do Cone Amazônico (FOZPh3, linhas amarelas), e na Bacia do Pará-Maranhão (PAMA, linhas vermelhas).

melhor assistência domiciliar e hospitalar. Através de uma equipe comprometida, especializada, humanizada, respeitando os principio éticos e legais da vida.

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Seção sísmica orientada por strike (PAMA) cruzando toda a área de estudo, desde a Bacia da Foz do Amazonas até a Bacia do Pará-Maranhão. O peso do Cone Amazônico claramente dobra toda a seção do Pré-Cone, bem como a crosta oceânica. As rochas geradoras foram empurradas para 8-10 km de profundidade. A crosta oceânica curvada criou um alto de compensação que é um magnífico alto de foco (seta branca). As fácies sísmicas do reservatório podem ser vistas agrupadas à direita da seta, criando uma oportunidade fantástica para um poço de exploração. Podem ser vistos os dois ramos da Zona de Fratura Oceânica de São Paulo, bem como vulcânicos formando montes submarinos.

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O navio-sonda Constellation Brava Star realizando programa de avaliação em área de pré-sal

Reservas provadas Se comprovada, essa nova descoberta significaria um acréscimo significativo nas reservas brasileiras que vem diminuindo no último período. De acordo com levantamento do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), as reservas provadas da Petrobrás caíram 28% em cinco anos. Em 2014, a estatal possuía uma reserva de 13,14 bilhões de barris em óleo equivalente. Esse valor caiu para 9,59 bilhões em 2019. Isso significa que as aquisições ou descobertas de novos campos de petróleo não foram suficientes para suprir a extração do período, que tem apresentado sucessivos recordes. Um dos motivos que pode explicar essa queda, apesar do pré-sal, são as recentes privatizações de campos terrestres ou de águas rasas.

(*) Com informações da Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA e pesquisas na Internet

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Pará lidera exportação, arrecadação e geração de empregos no setor mineral De janeiro a dezembro do ano passado, foram 4.796 admissões contra 2.602 desligamentos, gerando saldo positivo de 2.194 postos de trabalho

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Pará registrou saldo positivo de postos de trabalhos no setor mineral em 2020. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), através do Observatório do Trabalho do Pará, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), de janeiro a dezembro do ano passado, foram 4.796 admissões contra 2.602 desligamentos, gerando saldo positivo de 2.194 postos de trabalho. O número representa 38% das 5.670 oportunidades geradas no setor da indústria paraense no último ano.

Texto *Lilian Guedes Fotos Divulgação, Marco Santos / Ag.Pará

Na Região Norte, o Pará também foi o estado que mais gerou empregos formais no setor extrativo mineral, mesmo em um ano marcado pela pandemia. A engenheira ambiental Ana Karla Pontes, 27, conseguiu o primeiro emprego na Mineração Paragominas, mina de bauxita da Hydro, localizada em Paragominas, em julho de 2020, quatro meses após concluir o mestrado. Atualmente, ela está lotada na Gerência de Área de Meio Ambiente e Sustentabilidade e sua atividade principal é fazer

o geoprocessamento, gerando informações às equipes de licenciamento ambiental e dos programas de monitoramento e controle da empresa. “Na empresa, tenho o incentivo dos meus gestores, com feedbacks positivos do trabalho. Não pretendo abandonar essa carreira, porque na Mineração Paragominas vejo que posso crescer e quero muito esse desenvolvimento da minha vida profissional. Desde a infância, sempre tive vontade de trabalhar em uma das unidades da Companhia”, destacou a engenheira ambiental.

A Mineração Paragominas é responsável pela mina de bauxita, que está localizada a aproximadamente 70 km do município de Paragominas, no nordeste do Pará, no Platô Miltônia 3

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Produção Mineral De acordo com a sinopse da produção mineral do Pará, divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), houve incremento na produção de ferro, bauxita e cobre, além de resultados positivos na exportação mineral e o destaque do Estado como grande gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Segundo o relatório da Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, com base nos dados da Declaração de Minérios Extraídos (DME) do sistema de Cadastro Estadual de Recursos Minerais (Cerm), entre as principais substâncias minerais produzidas no Pará em 2020, o destaque foi o minério de ferro, que alcançou 192,3 milhões de toneladas, obtendo um aumento de 1,9% em comparação a 2019, que foi de 188,78 milhões de toneladas. A produção de bauxita também apresentou resultado positivo, totalizando 28,7 milhões de toneladas, um avanço de 8,9%, em relação a 2019, quando foi de 26,4 milhões de toneladas. Já o minério de cobre obteve a produção de 902,7 mil toneladas, representando um incremento de 6,8% em relação a 2019, quando foram registradas 845,5 mil toneladas.

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Pará é o estado brasileiro que mais exporta produtos minerais, de acordo com o Boletim de 2020 da Simineral

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Exportação Ainda de acordo com levantamento, no ano de 2020, a indústria de extrativismo e transformação mineral paraense exportaram, respectivamente, R$ 16,4 bilhões e R$ 1,4 bilhão. Os principais produtos exportados foram a alumina calcinada (R$1,144 bilhão), o alumínio (R$ 199 milhões) e o ferro gusa (R$ 62,5 milhões). O minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao subiu 75% e foi a US$ 160 a tonelada. Os principais produtos exportados pela indústria de extração mineral do Pará foram minério de ferro, gerando um lucro de US$ 13,968 bilhões, seguido de concentrado de cobre (US$ 1,899 bilhão), ouro (US$ 295 milhões), minério de manganês (US$ 260 milhões), bauxita (US$ 134 milhões), caulim (US$ 119 milhões). A indústria de transformação mineral teve destaque com o silício (US$ 67 milhões) e a liga metálica ferro-níquel (US$ 166 milhões).

O Pará possui localização estratégica tanto nacional quanto internacionalmente

Além disso, o minério de ferro, a soja e o petróleo lideraram a pauta de exportação do país. Em receita, houve uma alta de 14,3% nas exportações de minério de ferro, com o preço médio subindo 16,7% na comparação com 2019, fechando o ano com a média de US$ 108,49 por tonelada.

De acordo com o diretor de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, Ronaldo Lima, o resultado positivo relacionado à exportação de ferro esteve vinculado a alguns fatores importantes, como a rápida recuperação econômica da China, maior importadora global deste tipo de minério, durante a crise da Covid-19. “Além da oferta limitada, a cotação do minério cresceu e, com ela, a geração do CFEM. O aquecimento do setor e as altas dos preços das commodities, aliados à alta do câmbio do dólar, também contribuíram para o crescimento da economia mineral no ano de 2020”, destacou.

Arrecadação Pelo segundo ano consecutivo, o estado do Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) – conhecido tecnicamente como o royalty do setor – com R$ 3,1 bilhões. De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional da Mineração, o destaque foi o minério de ferro, responsável por 85,77% de toda a arrecadação estadual (ANM, 2021). Os números publicados também revelam a forte concentração da atividade mineradora no Brasil: juntos, Pará e Minas Gerais respondem por 90% de toda a arrecadação mineral. O ranking dos dez maiores municípios mineradores é formado apenas por paraenses – os líderes Parauapebas e Canaã dos Carajás – e mineiros. “A privilegiada localização geográfica do estado do Pará deu condições geológicas para formação de uma grande diversidade mineralógica que resultou em extraordinários depósitos minerais e, consequentemente, em uma enorme potencialidade para o aproveitamento econômico desses recursos. Além das condições naturais, o bom ambiente de negócios e a capacidade de atração de novos projetos tornou o Pará o maior produtor de minérios do Brasil e também maior arrecadador de CFEM”, destacou o diretor da Sedeme. (*) SEDEME

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“Belém Bem Cuidada” chega ao conjunto Promorar Texto *Juliana Brito Fotos Mário Ferreira/Agência Belém

Prefeito Edmilson caminhou pelas ruas do Promorar para ver andamento de todo o serviço, na foto, ao lado o presidente da Câmara, vereador Zeca Pirão e Deivison C. Alves, da Seurb

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programa “Belém Bem Cuidada” chegou recentemente, no sábado 20/02, ao Conjunto Promorar, no bairro Maracangalha, em Belém. A ação da prefeitura levou ao conjunto serviços de limpeza e desobstrução do canal Promorar. O trabalho foi conduzido pela Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), mas contou a cooperação de outras secretarias municipais. Característica própria da gestão do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ele fez questão de acompanhar de perto o andamento do serviço, por causa dos constantes alagamentos da área por falta de manutenção. “Os sistemas de microdrenagem, as tubulações estão entupidas, inclusive por vegetais, e o canal, propriamente dito, assoreado. Então, o trabalho aqui é dentro da linha de ação emergencial, limpeza do grande canal, dos pequenos dutos, das tubulações da microdrenagem, de modo a permitir o escoamento das águas”, explicou o prefeito Edmilson. Segundo ele, o trabalho no conjunto terá continuidade. “Já há um estudo técnico para a implantação sistemas que, a longo prazo, faciliarão o escoamento da água e, ao mesmo tempo, controlarão o nível da água”, contou.

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Serviço visa diminuir os impactos do inverno amazônico A secretária de Saneamento, Ivanise Gasparim, informou que a ação envolveu mais de cem agentes da Sesan, com o objetivo de diminuir os impactos do inverno amazônico no conjunto.

Segundo ela, o plano foi “fazer a limpeza, a dragagem do canal e avaliar o que mais podemos fazer para que não tenhamos o transtorno que houve no ano passado”. Para garantir a segurança de todos na ação, a Guarda Municipal de Belém escalou alguns dos seus homens ao longo de todo trabalho realizado pela manhã. “A guarda tem como objetivo nessas ações prestar segurança para os servidores que estão nas atividades. Além de prestar segurança para à sociedade”, destacou Sindeval Bittencourt, Subinspetor Geral da Guarda Municipal de Belém. O presidente da Câmara Municipal de Belém, o vereador Zeca Pirão, esteve presente em toda a atividade da PMB no Promorar, por ter conhecimento dos sofrimento que os moradores passam por conta da falta de moradia digna. “Essa é uma demonstração de que a prefeitura está realmente preocupada com o bem estar das pessoas. O importante é isso, a prefeitura estar entrosada com os vereadores, vendo os problemas da cidade e ajudarmos a população”, pontou.

Belém Bem Cuidada foi conduzido no Promorar pela Sesan

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Elaine Monteiro - Está ótimo esse trabalho e acreditamos que essa gestão vai resolver o problema do nosso bairro

Os moradores ficaram entusiasmados com a ação. Esse foi o caso da administradora Elaine Monteiro, que mora no conjunto há 22 anos. Ela contou que até o ano passado nunca tinha entrado água nas casas. “Tudo virou um rio”, lamentou. Por esse motivo, disse “eu tô achando ótimo esse trabalho, porque é uma nova gestão e nós acreditamos que ele não vai só resolver o problema do nosso bairro, mas dos demais bairros de Belém”. Além do prefeito de Belém, estavam presentes na ação Ivanise Gasparim, titular da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan); Deivison Costa Alves, da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb); Sérgio Brazão; da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma); Ana Valéria, da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob); delegada Christiane Ferreira, da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil; Sindeval Bittencourt, Subinspetor Geral da Guarda Municipal de Belém; e Apolônio Brasileiro, titular da Secretaria de Economia (Secon).

Prefeito de Belém e secretários municipais conversaram com moradores para saber de suas necessidades

Ação envolveu mais de cem agentes da Sesan, para diminuir os impactos do inverno amazônico. O Canal do Promorar/Providência foi dragado para evitar transtorno igual ao que ocorreu no ano passado

“Belém Bem Cuidada”, no Promorar vai além de ação emergencial

Prefeito Edmilson - Trabalho aqui vai permitir o escoamento das águas

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Os serviços de infraestrutura realizados pela Prefeitura Municipal de Belém (PMB), por meio do Programa Belém Bem Cuidada, no conjunto Promorar, no bairro Maracangalha, continuarão ao longo deste ano. Além dos serviços de limpeza e desobstrução do canal Promorar/Providência, novas ações estão sendo planejadas para a área de moradia, com o objetivo de garantir aos moradores melhor qualidade de vida. “Espero que a gente, cada vez mais, consiga evitar o drama dessa população que sofre”, destacou o prefeito Edmilson Rodrigues, referindo-se aos constantes problemas de alagamentos que afetam a população do Promorar.

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Para isso, ele conta com o apoio das secretarias municipais de Belém para alcançar o seu desejo. Entre elas, está a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que participou na atividade de ontem com vários agentes do órgão fazendo a poda de árvores e retirada de galhos excessivos, que impediam o tráfego de veículos. “Nós ainda vamos voltar aqui e intensificar o paisagismo da pracinha. Assim que tivermos mudas suficientes na nossa granja modelo, vamos intensificar esse trabalho em toda Belém, principalmente na periferia”, adiantou o titular da Semma, Sérgio Brazão. A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), foi representada na ação do Belém Bem Cuidada pelo Departamento de Iluminação Pública, Elaboração de Projeto e de Obras, que se fez presente para avaliar a erosão da área do canal e evitar a destruição das calçadas. “Também trabalhamos na instalação do guarda-corpo, para proteger o cidadão e de um projeto paisagístico. Em relação à iluminação pública, avaliamos um projeto que permita o passeio público ao lado do canal”, informou o Deivison Costa Alves, titular da pasta. Para o bem-estar dos moradores do conjunto habitacional, o trânsito na área deverá ganhar reforços com as ações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB). “A intenção da Superintendência é efetuar uma revisão na área, no tocante à questão do transporte. Faremos uma avaliação do transporte e das condições da infraestrutura de apoio, ou seja, abrigo, ponto de parada, de forma que, em ação integrada com a Seurb, possamos potencializar a ação que está sendo promovida inicialmente pela Sesan”, informou a secretária Ana Valéria Borges.

PMB, por meio do Belém Bem Cuidada, fez limpeza geral no conjunto Promorar

PMB, por meio do Belém Bem Cuidada, fez limpeza geral no conjunto Promorar

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belém (Comdec) também fez parte da comitiva do prefeito Edmilson no conjunto Promorar. No local, o órgão deu orientação aos moradores sobre os cuidados para a redução de riscos de desastres e do papel Defesa Civil durante e após ocorrências. Wander Simões, que mora no conjunto há 27 anos, ficou animado ao ver a mobilização da Prefeitura de Belém na área do conjunto. “Isso já mostra que essa gestão veio para fazer a diferença. Espero, de coração, que essa seja só uma das ações que a prefeitura vai fazer no conjunto. Vamos esperar por mais iniciativas positivas”, declarou satisfeito. Serviço focou também na limpeza dos bueiros do conjunto.

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(*) Agência Belém

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Amazônia: À espera da Federação Brasileira Texto *Engº José Maria da Costa Mendonça Fotos Divulgação, Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria, Valter Campanato/Agência Brasil

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á anos que nós, amazônidas, nos sentimos incomodados com o tratamento dado à Amazônia pela Federação Brasileira. Rememorando a história, lembro que recebemos um olhar diferenciado em dois momentos: de 1955-1960 no Governo JK, e de 1964-1985 no período dito militar. O advento da Nova República foi muito ruim para a Amazônia. Devido a uma absurda concentração de poder em Brasília, ora fomos esquecidos, ora fomos utilizados como moeda de troca. Porém, quando o atual Governo Federal assumiu, havia o compromisso de um “novo olhar sobre a Amazônia”; logo renasceu a esperança de que, enfim, seríamos tratados como Cidadãos Brasileiros. Ressalvo, para os mais jovens, opiniões de 3 economistas e estudiosos sobre a Amazônia: Wilton Brito, nos afirma que durante o ciclo da borracha, “de cada 7 moedas ganhas com a exportação da borracha, 6 moedas eram gastas em outras regiões do Brasil e somente 1 aqui foi aplicada”. Armando Soares, diz que a Federação Brasileira só nos utiliza como moeda de troca; somos um vazio de poder. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) no início a 2020, anunciou a criação da Secretaria da Amazônia, com sede em Manaus, com atribuições em áreas como bioeconomia, combate ao desmatamento ilegal, regularização fundiária, pagamento por serviços ambientais, entre outros...

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Já Armando Mendes, satiriza e nos compara com a Geni, da composição de Chico Buarque, “feitos pra apanhar e boa de cuspir”. A primeira atitude do Governo Federal recém empossado foi animadora, quando nos distinguiu com a criação da Secretaria da Amazônia com status de Ministério, indicando o Vice-Presidente para conduzir este novo momento. A decepção veio logo a seguir, com a nomeação das pessoas que fariam parte dessa Secretaria; a maioria absoluta não conhece a Amazônia, não sabem dos nossos sonhos e de nossas expectativas. Paralelamente, com a notícia de que o Brasil reformularia seu olhar sobre a Amazônia e faria valer o seu direito de posse, o mundo globalista que deseja manter a Amazônia como uma reserva de mercado, pensando no próprio futuro, iniciou uma campanha de difamação, ajudados por brasileiros movidos por diferenças diversas. Transformaram tudo em politicagem, a mais rasteira possível.

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Veio, então, nova decepção. A Secretaria da Amazônia, passou a dar mais importância em explicar seus posicionamentos a uma Sociedade de Alienígenas do que dar satisfação à Sociedade Amazônida. Manteve a política de humilhação aos homens da floresta, misturando o legal com o ilegal, repetindo a “operação arco de fogo” dos Governos anteriores; uma “água fria” jogada nas nossas esperanças. Citaremos apenas dois exemplos, dentre muitos. A Polícia Federal do Amazonas, sobrevoando de helicóptero o oeste paraense, apreendeu madeira explorada originária de 27 projetos de manejo florestal autorizados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará-Semas/Pa. Sem conhecimento da motivação das apreensões, acredito que foram baseadas no “Princípio da Precaução”, o mais abusivo dos artigos da nossa Lei Ambiental, até hoje, só aplicado na Amazônia. Face a isto, não ousarei alegar que a apreensão foi ilegal, mas afirmo que foi arbitrária e imperativa, pois desconheceu a autoridade do Governo do Estado do Pará, que licenciou estes manejos florestais sustentáveis.

A Polícia Federal do Amazonas, faz a maior apreensão de madeira da história na Operação Handroanthus GLO

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – Ibama, de forma impositiva, alterou o hidrograma da hidrelétrica de Belo Monte, passando a valer um novo hidrograma apresentado em detrimento do hidrograma original do projeto; por ter sido tão discutido foi chamado de “hidrograma de consenso”. Essa quebra de contrato foi motivada para direcionar mais água para Volta Grande do Xingu. Ocorre que nada de novo aconteceu, pois os problemas que estão ocorrendo foram todos previstos e motivados pela redução absurda do reservatório da Usina. Os problemas subsequentes desta decisão são o aumento dos megawatts/hora e o prejuízo ainda não calculado do operador do Complexo. Em ambos os casos, os atingidos podem recorrer à justiça; mas, por estarmos na Amazônia, nada mudará. Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, no plano em que estiverem, estão procurando entender o que vem ocorrendo com o Poder Judiciário Brasileiro. Encerro com a esperança de que haja uma reformulação na Secretaria da Amazônia, para que defenda os interesses da Região, ou, caso isto não ocorra, que a Federação Brasileira diga, sem subterfúgios: O que afinal deseja de nós, Sociedade Amazônida. (*)Presidente do Centro das Indústrias do Pará-CIP, Vice-presidente da Federação das Indústrias do Pará-FIEPA, Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEPA

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Em Azul claro, o trecho com a vazão reduzida, chamada “hidrograma de consenso”

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Como será a educação em 20 anos? Aqui estão 4 cenários A pandemia COVID-19 nos mostra que não podemos considerar o futuro da educação garantido. Ao imaginar futuros alternativos para a educação, podemos pensar melhor sobre os resultados, desenvolver sistemas ágeis e responsivos e planejar choques futuros. O que os quatro Cenários da OCDE para o Futuro da Escolaridade nos mostram sobre como transformar e preparar nossos sistemas educacionais para o futuro ? Texto *Andreas Schleicher Fotos OCDE, WWF

COVID-19 nos mostrou que devemos nos preparar para a incerteza em nossos planos futuros para a educação

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o iniciarmos um novo ano, é tradicional fazer um balanço do passado para olhar para frente, imaginar e planejar um futuro melhor. Mas a verdade é que o futuro gosta de nos surpreender. Escolas abertas para negócios, professores usando tecnologias digitais para aumentar, e não substituir, o ensino presencial tradicional e, de fato, até alunos que saem casualmente em grupos - todas as coisas que considerávamos certas nesta época do ano passado; todas as coisas que voaram pela janela nos primeiros meses de 2020. Para concretizar nossa visão e preparar nossos sistemas educacionais para o futuro, temos que considerar não apenas as mudanças que parecem mais prováveis, mas também aquelas que não esperamos. Cenários para o futuro da escolaridade Imaginar futuros alternativos para a educação nos leva a pensar em resultados plausíveis e ajuda a desenvolver sistemas ágeis e responsivos. Os Cenários da OCDE para o Futuro da Escolaridade descrevem algumas alternativas possíveis: 20

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Repensando, religando, repensando A questão subjacente é: até que ponto nossos espaços, pessoas, tempo e tecnologia atuais na escola estão ajudando ou atrapalhando nossa visão?

A modernização e o ajuste fino do sistema atual, o equivalente conceitual da reconfiguração das janelas e portas de uma casa, nos permitirá atingir nossos objetivos? É necessária uma abordagem totalmente diferente para a organização de pessoas, espaços, tempo e tecnologia na educação? Modernizar e estender a escolaridade atual seria mais ou menos o que vemos agora: conteúdo e espaços que são amplamente padronizados em todo o sistema, principalmente baseados na escola (incluindo entrega digital e dever de casa) e focados em experiências de aprendizagem individuais. A tecnologia digital está cada vez mais presente, mas, como é o caso atualmente, é usada principalmente como um método de entrega para recriar conteúdos e pedagogias existentes, em vez de revolucionar o ensino e a aprendizagem. Como seria a transformação? Isso envolveria repensar os espaços onde a aprendizagem ocorre; não simplesmente movendo cadeiras e mesas, mas usando vários espaços físicos e virtuais dentro e fora das escolas.

À prova de futuro? Quatro cenários para o futuro da escolaridade

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Haveria personalização individual completa de conteúdo e pedagogia habilitada por tecnologia de ponta, usando informações corporais, expressões faciais ou sinais neurais. Veríamos trabalho individual e em grupo flexível em tópicos acadêmicos, bem como em necessidades sociais e comunitárias. Ler, escrever e calcular aconteceriam tanto quanto debater e refletir em conversas conjuntas. Os alunos aprenderiam com livros e palestras, bem como por meio de trabalho prático e expressão criativa. E se as escolas se tornassem centros de aprendizagem e usassem a força das comunidades para fornecer aprendizagem colaborativa, construindo o papel da aprendizagem não formal e informal e mudando o tempo e os relacionamentos? Alternativamente, as escolas podem desaparecer completamente. Construída a partir dos rápidos avanços da inteligência artificial, da realidade virtual e aumentada e da Internet das Coisas, neste futuro é possível avaliar e certificar conhecimentos, habilidades e atitudes instantaneamente. À medida que a distinção entre aprendizagem formal e informal desaparece, a aprendizagem individual avança aproveitando a inteligência coletiva para resolver problemas da vida real. Embora este cenário possa parecer rebuscado, já integramos grande parte de nossa vida em nossos smartphones, relógios e assistentes pessoais digitais de uma forma que seria impensável mesmo uma década atrás. Todos esses cenários têm implicações importantes para os objetivos e governança da educação, bem como para a força de trabalho docente. Os sistemas de ensino em muitos países já se abriram para novos atores, descentralizando-se do nacional para o local e, cada vez mais, para o internacional.

O poder tornou-se mais distribuído, os processos mais inclusivos. A consulta está dando lugar à co-criação. Podemos construir uma gama infinita de tais cenários. O futuro pode ser qualquer combinação deles e provavelmente será muito diferente em diferentes lugares do mundo. Apesar disso, tal pensamento nos fornece as ferramentas para explorar as consequências para os objetivos e funções da educação, para a organização e estruturas, a força de trabalho da educação e para as políticas públicas. No final das contas, isso nos faz pensar mais sobre o futuro que queremos para a educação. Muitas vezes significa resolver tensões e dilemas:

Pensar no futuro exige imaginação e também rigor. Devemos nos proteger contra a tentação de escolher um futuro favorito e nos prepararmos sozinhos para ele. Em um mundo onde se espera que choques como pandemias e eventos climáticos extremos devido às mudanças climáticas, agitação social e polarização política sejam mais frequentes, não podemos nos dar ao luxo de ser pegos desprevenidos novamente. Este não é um grito de desespero - ao contrário, é um apelo à ação. A educação deve estar pronta. Conhecemos o poder da humanidade e a importância de aprender e crescer ao longo da vida. Insistimos na importância da educação como bem público, independentemente do cenário de futuro.

* * * *

Qual é o equilíbrio certo entre modernização e ruptura? Como podemos reconciliar novos objetivos com estruturas antigas? Como apoiamos alunos e professores com mentalidade global e raízes locais? Como podemos promover a inovação, reconhecendo a natureza socialmente altamente conservadora da educação? Como podemos aproveitar o novo potencial com a capacidade existente? Como reconfiguramos os espaços, as pessoas, o tempo e as tecnologias para criar ambientes de aprendizagem poderosos?

* *

caso de desacordo, qual voz conta? *Em Quem é o responsável pelos membros mais vulneráveis de nossa sociedade? *Se as corporações digitais globais são os principais fornecedores, que tipo de regime regulatório é necessário * resolver as questões já espinhosas de propriedade de dados, democracia e empoderamento dos cidadãos? para

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Para tornar o amor mais fácil em tempos de Covid-19

Os terapeutas Diana e Michael Richardson revelam sete “regras de ouro” para facilitar o amor dos casais nestes tempos em que é dificultado pelo Covid-19 e suas repercussões, com uma visão baseada na autoconsciência de nossos sentidos e emoções Fotos Divulgação, unsplash, wikipedia

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ceite seu parceiro como ele é. Ou você a ama como ela é ou não a ama. Não tente mudá-lo para se adequar ao seu esquema de como a pessoa ideal deve ser. A impossibilidade de levar uma vida “como a velha” e as limitações nas viagens e no contato físico devido à crise do coronavírus, somadas ao estresse e à ansiedade sustentados pela situação, têm impactos emocionais, psicológicos e emocionais que afetam os casais. Mas existem ferramentas que ajudam a superar essas novas dificuldades de comunicação e relacionamento que agora aumentam os problemas comuns nos casais, de acordo com Diana e Michael Richardson, especialistas em sexualidade consciente e amor. Ressaltam que muitas pessoas têm dificuldade em sustentar o amor, embora tentem e, sem entender os motivos, entrem em conflito o tempo todo, ou como um relacionamento feliz acaba virando um inferno. “ Às vezes, em uma fração de segundo, a pessoa que eles mais amam se torna aquela que eles mais odeiam ”, lamentam. Para os Richardsons, a resposta a este mistério tem

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que ser encontrada nas emoções, que muitas vezes embaçam a visão do amor, empurram para projetar fantasmas do passado por outro, e impedem o alcance do que mais se deseja: a construção de conexões profundas.

Emoções que “sobem e descem” Diana Richardson é professora de terapia corporal e autora de uma abordagem: ‘sexualidade geradora’, baseada nos ensinamentos tântricos orientais. Seu parceiro, Michael Richardson, é um professor de tantra e tai chi, especializado em relacionamentos de casal e sexualidade da dimensão tântrica. Ambos propõem uma nova forma de compreender o amor, enraizada na clareza e na presença, e ajudam casais de todo o mundo através de seus workshops, conferências e livros “a construir uma relação plena e luminosa, com doses maiores de amor. satisfação”, como explicam. Os Richardsons diferenciam o amor, que eles definem como “um estado de alegria transbordante cuja fonte é o nosso ser e um evento sempre presente”, das emoções , que eles dizem “subir e descer”. Explicando que, nos momentos de desconexão em que “deixamos de amar nosso parceiro, o que vivenciamos é uma elevação de nosso nível emocional”.

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“ Graças a isso é mais provável que possamos transmitir e receber informações verdadeiras em nosso relacionamento, ao invés de nos comportarmos a partir de nossas emoções, que podem ter um imenso poder destrutivo ”, indicam.

Como manter um relacionamento mais harmonioso Estas são algumas das sugestões comunicativas e relacionais de Diana e Michael Richardson, que podem nos ajudar a manter um relacionamento mais harmonioso e facilitar o amor, e que elas expandem em seu novo livro “Manual do Amor”:

1.- A intenção por trás de sua comunicação Um sentimento é diferente de uma emoção Eles também apontam que os sentimentos são diferentes das emoções: “os primeiros emergem no momento presente e levam a uma experiência interna de conexão, enquanto os segundos afundam suas raízes no passado, surgem como um redemoinho e representam nossos sentimentos não expressos com aquilo, com o tempo, se acumulam ”. Eles ressaltam que “vivemos convencidos de que o amor é inconstante e instável, flutua e estamos à sua mercê, mas temos uma ferramenta básica para facilitar o nosso amor: a autoconsciência”. Eles se referem a prestar atenção e estar ciente do que está acontecendo em nossos sentidos (em nosso corpo aqui e agora) e como o momento presente nos afeta.

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Esteja ciente do que você diz. Pergunte a si mesmo “Por que eu disse isso? O que estou dizendo? Como estou dizendo isso? Pense antes de falar e analise a intenção de suas palavras. Evite “dardos emocionais” ou comentários ofensivos com a intenção de provocar, que espalharão negatividade para seu parceiro e, se você tiver jogado algum, assuma imediatamente a responsabilidade ao reconhecê-lo.

2.- Aceite o seu parceiro como ele é Ou você a ama como ela é ou não a ama. Não tente mudá-la para se adequar ao seu esquema de pessoa ideal. Se você quer relaxar e manter o amor, aprenda a aceitar. Quando dizemos “não” à situação, ficamos tensos e emocionados; Quando dizemos ‘sim’ e aceitamos as coisas como elas são, podemos relaxar e aproveitar a vida.

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3.- Ouça e fale com o seu coração, não com a sua mente Ouça com o coração aberto e receptivo, com atitude atenta, o que seu parceiro lhe comunica. Não se precipite em responder, se justificar ou se defender.Mostre interesse no que essa pessoa está lhe dizendo, convide-a a se abrir e compartilhar mais com você. Ouvir é uma qualidade rara e conhecer alguém que o faz é um presente.

4.- Expresse suas necessidades; pergunte o que você quer Frequentemente, nossas emoções são ativadas porque nossas “necessidades” não são atendidas. Não espere que seu parceiro adivinhe o que você quer ou precisa, ou quando você precisa. É mais provável que obtenhamos o que queremos se pedirmos com clareza, mas muitas pessoas acham difícil fazer isso porque seu orgulho ou ego as impede.

5.- Fale sobre você e não sobre a outra pessoa Se você está falando sobre a outra pessoa, pergunte-se: isso diz respeito a mim ou a ela? Cuide de seus negócios e será mais fácil para você ser feliz com seu parceiro.

Evite a todo custo dizer esse tipo de frase: “Eu acho que você ...”, “Você sempre ...” ou “Você nunca ...”.

6.- Expresse o que você sente Não tenha medo de que a outra pessoa o rejeite por compartilhar seus sentimentos mais íntimos ou por ser honesto e sincero. Quando você expressa como se sente ou o que sente em sua pureza, você se comunica diretamente de coração a coração e “toca” a outra pessoa, que geralmente responde abrindo, não fechando.

7.- Comunique-se desde o momento presente Fale sobre o que sente no seu corpo, no seu coração e na sua alma, que são as nossas pontes com o presente, o lugar onde descobrimos os nossos sentimentos e sensibilidades autênticos. A maioria de nós fala sobre os pensamentos que passam por nossas cabeças e estamos ausentes do presente porque estamos ocupados pensando e raramente estamos conectados com nossos sentidos neste exato momento.

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Podem levar a picos rápidos nos níveis de açúcar no sangue

Grãos refinados são extremamente prejudiciais à saúde Texto *Lilian Guedes Fotos Marco Santos / Ag. Pará

A alta ingestão de grãos refinados foi associada a maior risco de mortalidade e eventos cardiovasculares maiores. Globalmente, o menor consumo de grãos refinados deve ser considerado. Conclusão do estudo Prospective Urban and Rural Epidemiology (PURE), publicado recentemente no British Medical Journal

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s fibras e os nutrientes foram eliminados e, portanto, os grãos refinados são classificados como calorias “vazias”. Como os carboidratos foram separados da fibra e talvez até mesmo transformados em farinha, eles agora são facilmente acessíveis às enzimas digestivas do corpo.

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Por esse motivo, eles são decompostos rapidamente e podem levar a picos rápidos nos níveis de açúcar no sangue quando consumidos. Quando comemos alimentos com carboidratos refinados, nosso açúcar no sangue sobe rapidamente e cai novamente logo em seguida. Quando os níveis de açúcar no sangue caem, ficamos com fome e temos

desejos enormes. Numerosos estudos mostram que comer esses tipos de alimentos leva ao excesso de comida e, portanto, pode causar ganho de peso e obesidade. Os grãos refinados também foram associados a inúmeras doenças metabólicas. Eles podem aumentar a resistência à insulina e estão ligados ao diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

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o sangue

Do ponto de vista nutricional, não há nada de positivo em grãos refinados Eles são pobres em nutrientes, engordam e são prejudiciais, e a maioria das pessoas está comendo muito deles. Infelizmente, a maior parte do consumo de grãos das pessoas vem da variedade refinada. Muito poucas pessoas nos países ocidentais comem quantidades significativas de grãos inteiros.

Conclusão Os grãos refinados são ricos em carboidratos que são digeridos e absorvidos muito rapidamente, levando a rápidos picos de açúcar no sangue e subsequente fome e ânsias. Eles estão ligados à obesidade e a muitas doenças metabólicas. Os grãos refinados são pobres em nutrientes!

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Entenda como os Grãos: são bons ou ruins para você? Os grãos de cereais são a maior fonte mundial de energia alimentar. Os três tipos mais consumidos são trigo, arroz e milho. Apesar do consumo generalizado, os efeitos dos grãos na saúde são bastante controversos. Alguns pensam que são um componente essencial de uma dieta saudável , enquanto outros pensam que causam danos. Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde recomendam que as mulheres comam 5 a 6 porções de grãos por dia, e os homens comam 6 a 8. No entanto, alguns especialistas em saúde acreditam que devemos evitar grãos, tanto quanto possível.

O que são grãos?

Os grãos de cereais são a maior fonte mundial de energia alimentar

Grãos inteiros ou alimentos feitos a partir deles contêm todas as partes essenciais e nutrientes de ocorrência natural de toda a semente do grão. Mesmo que o grão tenha sido processado (como rachado, triturado, laminado ou extrudado), o produto deve entregar aproximadamente o mesmo equilíbrio de nutrientes que são encontrados no grão original. (Observação: amaranto, quinua e trigo sarraceno não são membros oficiais da família dos grãos, mas esses “pseudo-grãos” estão incluídos porque seu perfil nutricional, preparação e uso são muito semelhantes).

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Os grãos de cereais (ou simplesmente grãos) são sementes secas, pequenas, duras e comestíveis, que crescem em plantas semelhantes a gramíneas chamadas cereais. Eles são um alimento básico na maioria dos países e fornecem mais energia alimentar em todo o mundo do que qualquer outro grupo alimentar, de longe. Os grãos desempenharam um papel importante na história da humanidade e a agricultura de grãos é um dos principais avanços que impulsionaram o desenvolvimento da civilização. Eles são comidos por humanos e também usados para alimentar e engordar o gado. Em seguida, os grãos podem ser processados em vários produtos alimentares diferentes. Hoje, os grãos mais comumente produzidos e consumidos são milho, arroz e trigo. Outros grãos consumidos em menor quantidade são cevada, aveia, sorgo, milheto, centeio e vários outros. Depois, há também alimentos chamados pseudocereais, que tecnicamente não são grãos, mas são preparados e consumidos como grãos. Isso inclui quinua e trigo sarraceno. Alimentos feitos de grãos incluem pães, massas, cereais matinais, muesli, aveia, tortilhas, bem como bolos e biscoitos. Produtos à base de grãos também são usados para fazer ingredientes que são adicionados a todos os tipos de alimentos processados. Por exemplo, o xarope de milho com alto teor de frutose, um adoçante importante na dieta dos Estados Unidos, é feito de milho. Os grãos são sementes secas comestíveis de plantas chamadas cereais. Eles fornecem mais energia alimentar em todo o mundo do que qualquer outro grupo alimentar. Os grãos mais consumidos são milho (milho), arroz e trigo. Entre as dezenas de tipos de grãos integrais que existem, alguns dos mais conhecidos e amplamente consumidos incluem: Cevada, arroz castanho, Bulgur (também chamado de triguilho, é um grão integral semelhante à quinoa e ao arroz integral), Milho, Aveia, Centeio, Trigo inteiro, Arroz selvagem De acordo com o Whole Grains Council , os grãos integrais mais comumente consumidos nos Estados Unidos são trigo integral, aveia e arroz integral.

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Grãos Inteiros vs Grãos Refinados Assim como a maioria dos outros alimentos, nem todos os grãos são criados iguais. É importante fazer uma distinção entre grãos inteiros e refinados. Um grão integral consiste em 3 partes principais:

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Farelo: a camada externa dura do grão. Ele contém fibras, minerais e antioxidantes.

Germe: O núcleo rico em nutrientes que contém carboidratos, gorduras, proteínas , vitaminas, minerais, antioxidantes e vários fitonutrientes. O germe é o embrião da planta, a parte que dá origem a uma nova planta.

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Endosperma: a maior parte do grão contém principalmente carboidratos (na forma de amido) e proteínas.

Um grão refinado teve o farelo e o germe removidos, deixando apenas o endosperma. Alguns grãos (como aveia) são geralmente comidos inteiros, enquanto outros são geralmente consumidos refinados. Muitos grãos são consumidos principalmente depois de serem pulverizados em uma farinha muito fina e processados em uma forma diferente. Isso inclui o trigo.

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Benefícios para saúde ao comermos grãos integrais Grãos refinados tiveram o germe e o farelo Os grãos integrais fazem parte da dieta humana há dezenas de milhares de anos. removidos, deixando apenas o endosperma. Embora os grãos refinados Mas os defensores de muitas dietas modernas, como a dieta paenriquecidos tenham acrescentado algumas vitaminas e mileo, afirmam que comer grãos nerais, eles ainda não são faz mal à saúde. Enquanto uma alta intão saudáveis ou nutritivos quanto as versões gestão de grãos refinados está ligada a problemas inteiras. De fato, comer de saúde como obesigrãos integrais está associado a vários bedade e inflamação, os Um ensaio clínico randomizado e controlado descobriu que a inclusão grãos integrais são nefícios, incluindo um de 3 porções de alimentos integrais por dia reduziu a pressão arterial sistólica em paridade com medicamentos prescritos e pode reduzir a menor risco de diabeuma história diferente. incidência de doenças cardíacas e derrames em pelo menos 15% e 25%, tes, doenças cardíaOs grãos são as serespectivamente. (American Journal of Clinical Nutrition) mentes de plantas, cas e pressão alta. chamadas cereais. Algumas das variedades Veja os mais comuns são miprincipais lho, arroz e trigo. Algubenefícios comer mas sementes de plantas grãos integrais: que não são gramíneas, ou pseudo-cereais, também são Rico em nutrientes e fibras, consideradas grãos integrais, Diminui o risco de doença carincluindo trigo sarraceno, quinoa e díaca, Diminui o risco de derrame, amaranto. Os grãos podem ser enrolaReduz o risco de obesidade, Diminui o dos, triturados ou rachados. No entanto, desrisco de diabetes tipo 2, Auxilia a digestão, de que essas três partes estejam presentes em sua pro- Reduz a inflamação crônica, Pode reduzir o risco de porção original, elas são consideradas grãos integrais. câncer, Reduz risco de morte prematura

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Pão e macarrão feito de grãos inteiros

Pão e macarrão feito de grãos inteiros

Importante Lembre-se de que o rótulo de grãos inteiros na embalagem de alimentos pode ser altamente enganoso. Esses grãos costumam ser pulverizados em farinha muito fina e devem ter efeitos metabólicos semelhantes aos de seus equivalentes refinados. Os exemplos incluem cereais matinais processados, Tipo Sucrilhos de “grãos inteiros”. Esses alimentos NÃO são saudáveis, embora possam conter pequenas quantidades de grãos inteiros (pulverizados). Um grão inteiro contém o farelo e o germe do grão, que fornecem fibras e todos os tipos de nutrientes importantes. Os grãos refinados tiveram essas partes nutritivas removidas, deixando apenas o endosperma rico em carboidratos.

Alguns grãos integrais são altamente nutritivos Enquanto os grãos refinados são pobres em nutrientes ( calorias vazias ), isso não é verdade para os grãos inteiros. Os grãos inteiros tendem a ser ricos em muitos nutrientes, incluindo fibras, vitaminas B, magnésio, ferro, fósforo, manganês e selênio ( . Isso também depende do tipo de grão. Alguns grãos (como aveia e trigo integral) são carregados de nutrientes, enquanto outros (como arroz e milho) não são muito nutritivos, mesmo em sua forma integral. Lembre-se de que grãos refinados são frequentemente enriquecidos com nutrientes como ferro, ácido fólico e vitaminas B, para repor alguns dos nutrientes que foram perdidos durante o processamento ( 7 ).

Conclusão

Conforme o maior estudo observacional já realizado sobre nutrição e conselhos atuais sobre o desafio à saúde do coração

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O consumo de grãos refinados (pobres em nutrientes), podem influenciar o desenvolvimento e a progressão de doenças crônicas. Globalmente, nas últimas décadas, o consumo de grãos refinados e açúcares adicionados aumentou. Foram relatadas associações positivas entre maior consumo de carboidratos refinados com alta carga glicêmica e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

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A “cervejaria de grande escala” mais antiga do mundo Datada de 5.000 anos no Egito Antigo, criava 22.000 litros de bebida por ano Fotos EPA, Facebook.com/moantiquities

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ma antiga cervejaria egípcia foi descoberta em um local funerário no sul do país. A cervejaria foi descoberta recentemente por um grupo de arqueólogos americanos e egípcios na antiga cidade egípcia de Abydos, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. Os especialistas acham que pode ser a cervejaria “mais antiga” conhecida no mundo e pode ter sido usada para criar álcool de sacrifício. Fotos do local funerário de Abydos, no sul do Egito, foram divulgadas pelo ministério do turismo egípcio. Uma declaração em sua página oficial do Facebook diz: “A missão arqueológica conjunta egípcia-americana, chefiada pelo Dr. Matthew Adams da Universidade de Nova York e pela Dra. Deborah Vischak da Universidade de Princeton, trabalhando em North Abydos, Sohag, descobriu o que se acredita ser a cervejaria de alta produção mais antiga do mundo”. O Dr. Matthew Adams, um dos líderes da missão egípcio-americana que fez a descoberta, disse acreditar que a cerveja era usada em rituais de sepultamento real para os primeiros reis do Egito

O local, no governo egípcio de Sohag, provavelmente remonta a cerca de 3.100 aC. Havia evidências de que a cerveja era usada pelos antigos egípcios em rituais de sacrifício

Localização da Cervejaria mais antiga do mundo, perto de Sohag, não muito longe do Nilo, no sul do Egito

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Abidos era uma das cidades mais antigas do antigo Egito e abriga muitos cemitérios e templos. Os especialistas acreditam que a cervejaria remonta à época do rei Narmer, que governou o Egito há mais de 5.000 anos. Narmer é frequentemente creditado por unificar o Egito e ser o primeiro rei da Primeira Dinastia Egípcia. O comunicado do Facebook também explica: “É importante notar que vários arqueólogos britânicos descobriram esta planta no início do século 20, sua localização não foi determinada com precisão e a expedição atual foi capaz de reposicionar e descobrir isso e seus conteúdo.” A equipe egípcio-americana desenterrou oito grandes áreas contendo fileiras de bacias de barro que teriam sido usadas para criar cerveja.

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As fileiras de tigelas de barro teriam sido usadas para armazenar cerveja

Tenenit, a deusa da cerveja

Estima-se que cerca de 22.400 litros de cerveja possam ser produzidos na fábrica a qualquer momento. Água e grãos teriam sido misturados para criar o álcool. Divididos em oito seções, cada uma contendo 40 potes de barro, onde grãos e água teriam sido aquecidos durante a fermentação. Quando pronto, pode ter sido levado aos túmulos dos reis, pois a cerveja é frequentemente mencionada nos antigos ritos de sacrifício egípcios. A cerveja foi bebida nos funerais dos primeiros reis do Egito, diz um dos líderes do grupo de arqueólogos, Matthew Adams.

A declaração do ministério explica: “Evidências para o uso de cerveja em ritos de sacrifício foram encontradas durante escavações nessas instalações”. Abidos, onde a antiga cervejaria egípcia foi descoberta, é uma das cidades mais antigas do Egito antigo e incluía uma necrópole, onde os primeiros faraós foram sepultados, e muitos templos. Os monumentos da cidade homenageavam Osíris, o deus do submundo - considerado pelos antigos egípcios para julgar as almas na vida após a morte.

Grãos e água eram aquecidos em grandes potes de barro

A cerveja era muito popular no antigo Egito, onde se acredita que as pessoas começaram a prepará-la em meados do século IV aC. Os arqueólogos acham que a bebida era um alimento básico da dieta dos antigos egípcios, independentemente de sua classe ou posição social. Às vezes era usado para comércio ou como pagamento por mão de obra, com os trabalhadores do planalto de Gizé recebendo três rações diárias de cerveja. Entre seus muitos deuses, os antigos egípcios adoravam Tenenit, a deusa da cerveja. Seu nome deriva de tenemu - uma das palavras egípcias para cerveja. A cerveja mais comum no Egito era a Heqet, uma bebida com sabor de mel. A rainha Cleópatra perdeu popularidade no final de seu reinado, em parte devido à introdução do primeiro imposto sobre a cerveja. Foi considerado injusto porque a cerveja era frequentemente prescrita para fins medicinais. A oferta de cerveja era provavelmente uma tentativa de apaziguar os deuses do submundo. Essa é a última descoberta arqueológica no Egito, que viu uma queda dramática no turismo em meio à pandemia de coronavírus. Essa descoberta cria entusiasmo entre as autoridades egípcias, que esperam que ajude mais turistas a encontrar o caminho para o Egito.

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