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26 NOVEMBRO

BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

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EDIÇÃO 236

R$ 19,99

FERROVIAS NO PARÁ A TELEMEDICINA NO MUNICÍPIO DE PORTEL FUNDOS VERDES E MUDANÇAS CLIMÁTICAS 12

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Proteger a Amazônia é urgente. E pra agora. Um compromisso nacional e internacional do Governo do Pará pela proteção, fiscalização e transformação do modelo de desenvolvimento da Amazônia. Fotos: Agência Pará

O Governo do Pará está trabalhando para proteger o presente e preservar o futuro da Amazônia paraense. E reafirmou este compromisso na COP-26, a maior Conferência do Planeta para

questões ambientais e de mudanças climáticas. Nessa conferência, o Governo do Pará acaba de anunciar a aplicação de R$472 milhões para investimentos em Bioeconomia no estado. Mais uma grande iniciativa do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e, claro, um grande passo para o desenvolvimento sustentável do Pará.

Investimento de

R$

472 milhões na Bioeconomia paraense.

Amazônia Agora Metas a longo prazo

Reduzir 43% das emissões de gases de efeito estufa (gee) até 2035

Amazônia Agora Ações

Fundo Amazônia Oriental (FAO) Financiamento ambiental privado capaz de:

Regenerar

7.41 milhões hectares (ha) até 2035

Neutralidade de emissões a partir de 2036.

Operação Amazônia Viva Monitoramento e fiscalização contínuos.

Coordenada pela Força Especial de Combate ao Desmatamento. Já detectou e autuou mais de 256 mil hectares.

Territórios Sustentáveis Políticas para o uso eficiente da terra.

Captar recursos; Criar linhas de crédito; Incentivar e transformar as políticas econômicas para uma realidade com maior produtividade, sustentabilidade e inclusão.

Regularização ambiental e fundiária, manejo florestal. Pacote de benefícios para estimular a produtividade de imóveis rurais; Acesso a linhas de crédito para o produtor rural. Competitividade para o produtor paraense nos mercados nacionais e internacionais.

Regulariza Pará

Saiba mais em: www.amazoniaagora.pa.gov.br

Atua nos Aspectos fundiário, ambiental e sanitário.

Programa para acelerar o ordenamento das propriedades rurais no Pará, garantindo direitos às pessoas e gerando segurança jurídica para a produção rural. 12

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N E S TA E D I Ç Ã O 236 - NOVEMBRO - 2021

PUBLICAÇÃO

A TELEMEDICINA NO MUNICÍPIO DE PORTEL

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

EDITORA CÍRIOS

ÍNDICE

A GORDURA VEGETAL PODE DIMINUIR O RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL, ENQUANTO A GORDURA ANIMAL AUMENTA

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Adrien Amzallag, AID - Comunicação Social/ALEPA, Ascom FIEPA, Associação Americana do Coração,Bob Kaplan, Eng. José Maria da Costa Mendonça, Instituto Nacional do Câncer (Inca), Kate Whiting, Ronaldo G. Hühn, Steffen Kern; FOTOGRAFIAS: A. Amzallag (2021), American Heart Association, Arquivo Pará+, Ascom FIEPA, Blue Nodules ISA, Copernicus Sentinel, Dietary Guidance to improvement Cardiovascular Health, Divulgação, ESMA Report on Trends, Freepik.com, Instituto Nacional do Câncer (Inca), Jasmin Sessler no Unsplash,Johns Hopkins University, Knut Petter Dimmen, Nosso mundo em dados, Ozéas Santos-AID/Alepa), PF/Reprodução, Sophi Miyoko Gullbrants, Sky’s Ocean Rescue, Unsplash, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

FERROVIAS NO PARÁ

C A PA

18 FIEPA LANÇA XV FEIRA DA INDÚSTRIA

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22 Mês mundial de combate ao câncer de próstata Mineração em alto mar: é uma maldição ambiental ou pode nos salvar? Fundos verdes ajudam a proteger os investidores dos riscos das mudanças climáticas

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FAVOR POR

É um resfriado ou COVID-19? Especialista explicam Investidores privados podem transformar plástico em ouro Imagens comprovam que mundo tem um sério problema de desmatamento

CIC

RE

09 24 30

Torcendo e rezando para a Luz no fundo do túnel acender. Pintura acrílica “Floresta Ferroviária” 20 x 16 – 2017, de Nick “Flooko” Flook

ST A

CPI DA VALE

I LE ESTA REV

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A Telemedicina no Município de Portel

A Telemedicina é uma ferramenta que integra sistemas e soluções para examinar e laudar exames enviados a especialistas para interpretá-los de forma virtual em qualquer região do planeta que use internet Fotos Divulgação

A Telemedicina foi implantado em Portel dia 22/07/2021

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la faz parte do programa “Assistência Médica Especializada na Região Norte do Brasil por meio da Telemedicina”, fruto de uma parceria do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI) com o Hospital Israelita Albert Einstein, em que são ofertadas teleconsultas em 7 especialidades médicas, tais como endocrinologia, neurologia, neurologia pediátrica, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia.

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As consultas são gratuitas via SUS, em 7 especialidades médicas

No Pará, o projeto piloto é coordenado pela Sespa com o apoio das Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems) e é implantado a partir dos critérios elencados pelo Ministério da Saúde, que incluem o baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), carência de médicos especialistas.

Esse Projeto de telemedicina foi retomado pela Sespa, no dia 05/07/2021, já que havia sido suspendido a execução do programa em função da pandemia da Covid-19. Foi implantado em Portel dia 22/07/2021, quando ocorreu a assinatura do termo de cooperação com o município e a entrega dos equipamentos necessários para os primeiros testes, treinamentos e início dos atendimentos. Na prática, o paciente passa por uma consulta na UBS, onde é identificada a necessidade de um especialista e, então, o agendamento poderá ser solicitado através do sistema do Hospital Albert Einstein. Na data e horário agendado, o paciente retorna à UBS para consulta com médico generalista presencial e o especialista da telemedicina. Para tanto, utiliza-se uma plataforma tecnológica que permite agendamento, acesso à videoconferência entre os médicos e registro de informações em prontuário eletrônico. O projeto Telemedicina já realizou de julho até agora 1.766 atendimentos. O projeto tem o objetivo de aperfeiçoar a qualidade da assistência e a satisfação do usuário, reduzir o número de transferências desnecessárias de pacientes e, consequentemente, aprimorar a alocação de recursos para melhorar a saúde geral da população. As consultas são gratuitas via SUS, nas 7 especialidades médicas, acima citadas.

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Está ocorrendo a expansão, inicialmente o projeto estava sendo realizado com 10 municípios no mês julho, seguindo em agosto e setembro para mais 10 municípios, totalizando 20. Já nos meses de outubro e novembro foi ampliado para mais 7 municípios alcançando, ao todo, 27 cidades até o momento. A iniciativa segue em expansão. Meta é disponibilizar pontos de acessos a consultas em sete especialidades médicas para pacientes de 56 municípios paraenses.

Na data e horário agendado, a paciente retorna à UBS para consulta com médico generalista presencial e o especialista da telemedicina

A Telemedicina foi O projeto Telemedicina já realizou de julho até agora 1.766 atendimentos implantado em Portel dia 22/07/2021

O Telemedicina em Portel, tem potencial (já temos resultados muitíssimos animadores) para melhorar a qualidade da assistência e a satisfação do usuário, reduzir o número de transferências desnecessárias de pacientes e, consequentemente, aprimorar a alocação de recursos para melhorar a saúde geral da população. Como objetivo principal tem-se a redução da fila de espera na central de regulação do Estado e ampliação do uso da telessaúde. “A ideia é que o paciente seja atendido na presença do médico que o acompanha na atenção primária, para que tenhamos maior volume de informações a fim de conduzir o exame físico e minimizar o deslocamento desses pacientes. É algo simples, que podemos resolver logo no próprio município, evitando complicações de alguns quadros

diagnósticos e que a gente pode fazer de uma forma prática diante de uma tela em consulta”, explica a coordenadora de Operações da Telemedicina do Hospital Albert Einstein, Renata Albaladejo Morbeck. Segundo ela, as expectativas pelos trabalhos no Pará são as melhores possíveis. O secretário de Saúde do Pará, Romulo Rodovalho, afirma que o atendimento remoto já é uma realidade crescente no Estado. “Essa necessidade ficou ainda mais evidente para desafogar demandas eletivas que foram represadas durante a pandemia. Fico feliz pelos municípios que já estão aderindo ao projeto e que todos possam aproveitar a gama de atendimentos e a nossa disponibilidade em ajudar nas orientações oportunas e necessárias”, concluiu.

Centro de Referência Especializada em Telemedicina, na avenida Floriano Peixoto-Portel

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Problemas do dia a dia que a telemedicina pode ajudar a resolver: Distância Poucos brasileiros vivem a uma curta distância de uma clínica ou hospital, o que dificulta o acesso a consultas frequentes e, consequentemente, pode atrasar o diagnóstico de doenças graves. A telemedicina possibilita atendimento médico rápido e seguro para quem vive em lugares de difícil acesso e é uma alternativa vital para que os casos graves recebam atendimento rápido no pronto-socorro, enquanto os casos leves são resolvidos através das consultas por vídeo. Além disso, também possibilita o acesso a centros de excelência, que contam com super especialistas requisitados. Uma pessoa que reside em São Paulo poderia realizar uma primeira avaliação por teleconsulta com um especialista em Goiânia, por exemplo.

Tempo A telemedicina agiliza o processo de agendamento de consultas e ainda permite que o paciente seja atendido sem sair de casa ou do domicílio – resultando em uma grande economia de tempo. Durante o atendimento, o médico pode conversar com o paciente em uma chamada de vídeo segura e em tempo real, fazer perguntas, conduzir a verificação de rotina e evitar visitas desnecessárias. Além disso, a telemedicina também é eficaz na redução do tempo gasto entre o diagnóstico e a solução do problema.

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Preço A telemedicina reduz custos para todo o sistema de saúde. Por diminui os custos gerais, evita a superlotação e possibilita que mais pacientes tenham acesso ao cuidado com a saúde. Além disso, a consulta virtual também oferece uma economia de gastos com o deslocamento do paciente.

Acompanhamento Um atendimento médico de qualidade não pode ser mensurado apenas com base no serviço prestado durante a consulta, mas também no monitoramento do paciente no decorrer do tratamento. As plataformas de teleconsulta permitem que o médico acione o acompanhamento de enfermagem, emitindo mensagens de alerta e novas recomendações. Neste caso, após um período determinado pelo médico, o enfermeiro responsável entra em contato com o paciente para verificar se está tudo bem e se existe a necessidade de um novo atendimento, garantindo segurança e bem-estar durante o tratamento.

Auto diagnóstico A telemedicina é também eficaz na prevenção da automedicação e do auto diagnóstico. As pessoas querem praticidade buscando seus sintomas na internet, mas a teleconsulta veio para oferecer essa mesma praticidade somada a um conhecimento técnico embasado, ou seja, é mais segurança e comodidade para o paciente.

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O Centro de Referência Especializada em Telemedicina está equipado para a ampliação do uso da telessaúde

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Novembro Azul

Mês mundial de combate ao câncer de próstata • Dor óssea; • Dores ao urinar; • Vontade de urinar

com frequência;

Presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Fatores de risco:

Histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;

O que é a próstata?

Sintomas:

É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:

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Raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;

• Obesidade.

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o Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos

Fatores de risco

(exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e

podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³, que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Prevenção e tratamento A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal. A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

Como saber? A causa exata do câncer de próstata não é conhecida, portanto, não é possível impedir a maioria dos casos da doença. Muitos fatores de risco como idade, raça e histórico familiar não podem ser controlados, mas baseados no que se sabe atualmente, existem riscos que podem ser evitados para reduzir o risco de ter câncer de próstata.

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Peso corporal, atividade física e dieta Os efeitos do peso corporal, atividade física e dieta no risco de câncer de próstata não são claros, mas existem alguns fatos que podem reduzir esse risco, como: Comer uma grande variedade de vegetais e frutas diariamente. Ser fisicamente ativo. Manter um peso saudável. Vitaminas, minerais e suplementos Vitamina E e selênio. Alguns estudos preliminares sugeriram que tomar determinados suplementos vitamínicos ou minerais, como vitamina E ou selênio, poderiam reduzir o risco de câncer de próstata. Os alimentos ricos em Vitamina E: Sementes e óleo de girassol Mamão, Castanha do Pará, Abacate, Amêndoas, Amendoim, Molho de tomate. Em Selênio são principalmente castanha-do-pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol e frango.

ParáOdonto ODONTOLOGIA E ESTÉTICA FACIAL

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A Gordura Vegetal pode diminuir o risco de acidente vascular cerebral, enquanto a gordura animal aumenta Texto *Associação Americana do Coração Fotos American Heart Association, Dietary Guidance to improvement Cardiovascular Health

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omer maiores quantidades totais de carne vermelha, carne vermelha processada e gordura animal não láctea aumentou o risco de acidente vascular cerebral, enquanto consumir mais gordura vegetal ou gordura poliinsaturada o reduziu, de acordo com uma pesquisa preliminar apresentada nas Sessões Científicas de 2021 da American Heart Association. A reunião totalmente virtual, ocorreu de sábado, 13 de novembro a segunda-feira, 15 de novembro de 2021, e foi uma troca global importante dos mais recentes avanços científicos, pesquisas e atualizações de práticas clínicas baseadas em evidências em ciências cardiovasculares para profissionais de saúde em todo o mundo. Este estudo é o primeiro a analisar de forma abrangente o impacto sobre o risco de acidente vascular cerebral de gordura derivada de fontes vegetais, laticínios e animais não lácteos.

A gordura vegetal é encontrada em diversos alimentos, incluindo frutas, sementes e óleos

“Nossas descobertas indicam que o tipo de gordura e as diferentes fontes alimentares de gordura são mais importantes do que a quantidade total de gordura dietética na prevenção de doenças cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral”, disse Fenglei Wang, Ph.D., principal autor do estudo e um pós-doutorado no departamento de nutrição da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard em Boston.

Diferentes fontes alimentares de gordura

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Os pesquisadores analisaram 27 anos de acompanhamento de 117.136 participantes no Nurses ‘Health Study (1984-2016) e Health Professionals Follow-up Study (1986-2016), dois dos maiores estudos para examinar os fatores de risco para várias doenças crônicas. Os participantes tinham 50 anos de idade em média, 63% eram mulheres, 97% eram brancos e todos estavam livres de doenças cardíacas e câncer no momento da inscrição. No início e a cada 4 anos durante o estudo, os participantes preencheram questionários de frequência alimentar que foram usados para calcular a quantidade, fonte e tipos de gordura em suas dietas durante o ano anterior. Os pesquisadores calcularam a média cumulativa dos dados dietéticos ao longo do tempo para refletir a ingestão alimentar de longo prazo.

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Carne vermelha incluiu carne bovina, suína ou cordeiro...

Os investigadores encontraram:

Durante o estudo, 6.189 participantes tiveram derrames, incluindo 2.967 derrames *isquêmicos (causados por um coágulo que cortou o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro) e 814 derrames hemorrágicos (causados por sangramento de vasos no cérebro).

* láctea em produtos como queijo, manteiga, leite, sorvete e creme não foi as*A gordura sociada a um maior risco de acidente vascular cerebral. participantes que comeram mais gordura vegetal e mais gordura poliinsatu*radaOstiveram 12% menos probabilidade de sofrer um derrame em comparação com

Os participantes no quintil mais alto de ingestão de gordura animal não láctea tiveram 16% mais probabilidade de sofrer um derrame do que aqueles que comeram menos (o quintil mais baixo).

aqueles que comeram menos. Aqueles que consumiram mais uma porção de carne vermelha total todos os dias ti*veram um risco 8% maior de derrame, e aqueles que consumiram mais uma porção de carne vermelha processada tiveram um risco 12% maior de derrame. Antecipe suas compras p/ presentiar os amigos das Tudo para caça e pesca

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“Com base em nossas descobertas, recomendamos que o público em geral reduza o consumo de carne vermelha e processada, minimize as partes gordurosas da carne não processada se consumida e substitua a banha ou o sebo (gordura da carne) por óleos vegetais não tropicais, como azeite de oliva, óleos de milho ou soja na culinária, a fim de reduzir o risco de acidente vascular cerebral”, disse Wang. Wang disse que uma olhada nos subtipos de ingestão de gordura, como separar a gordura saturada consumida de vegetais, laticínios ou fontes animais não lácteas, seria útil para entender melhor a associação entre a ingestão de gordura e o risco de derrame. “Muitas carnes processadas são ricas em sal e gordura saturada e pobre em gordura vegetal. A pesquisa mostra que a substituição da carne processada por outras fontes de proteína, particularmente fontes vegetais, está associada a taxas de mortalidade mais baixas”, disse Alice H. Lichtenstein, D.Sc., FAHA, professor de ciência e política da nutrição Stanley N. Gershoff na Universidade Tufts em Boston, e autor principal da declaração científica de 2021 da American Heart Association, Dietary Guidance to improvement Cardiovascular Health (foi ao vivo em 2 de novembro). “As principais características de um padrão de dieta saudável para o coração são equilibrar a ingestão de calorias com as necessidades calóricas para atingir e manter um peso saudável, escolher grãos inteiros, proteínas magras e vegetais e uma variedade de frutas e vegetais; limitar o sal, açúcar, gordura animal, alimentos processados e álcool; e aplique esta orientação independentemente de onde o alimento é preparado ou consumido” Sugestão do editor: Dieta Mediterrânea

A quantidade de gordura ingerida foi dividida em 5 grupos, ou quintis. No estudo, a carne vermelha total incluiu carne bovina, suína ou cordeiro como prato principal, em sanduíches ou pratos mistos, e carnes vermelhas processadas. As carnes vermelhas processadas incluem bacon, salsicha, mortadela, cachorro-quente, salame e outras carnes processadas.

Uma limitação do estudo é que ele é observacional, portanto, os resultados não podem estabelecer uma relação de causa e efeito entre o consumo de gordura e o risco de acidente vascular cerebral. Além disso, a ingestão alimentar foi autorrelatada pelos participantes, o que pode resultar em imprecisões devido à evocação da memória. No entanto, repetir as avaliações da dieta a cada quatro anos ajuda a reduzir esse erro potencial e melhorar a precisão dos cálculos da dieta. Além disso, este estudo incluiu principalmente profissionais de saúde de ascendência europeia, portanto, os resultados podem não ser generalizáveis para pessoas de diversos grupos raciais e étnicos. (*) Os co-autores são Megu Y. Baden, MD, Ph.D.; Kathryn M. Rexrode, MD, MPH; e Frank B. Hu, MD, Ph.D.

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É um resfriado ou COVID-19? Especialista explicam As restrições do COVID-19 estão sendo atenuadas à medida que o hemisfério norte entra na estação de resfriados e gripes do inverno, o que significa mais casos de resfriado comum. Mas pesquisas no Reino Unido mostram que os sintomas do COVID-19 podem ser semelhantes aos do resfriado comum. Aqui, o epidemiologista genético Professor Tim Spector explica os dados mais recentes e o que você precisa saber

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Texto *Kate Whiting Fotos Johns Hopkins University, Nosso mundo em dados

m fevereiro deste ano, como o Reino Unido ainda estava sob rígidas restrições do COVID-19, os casos de gripe sazonal caíram para zero. Agora o país, como grande parte do hemisfério norte, está entrando na temporada de resfriados e gripes com poucas ou nenhuma restrição, além disso, a COVID-19 - e as doenças respiratórias sazonais estão voltando. Na recente semana até 3 de outubro, as ligações para o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido e consultas de GP para infecções do trato respiratório superior e inferior aumentaram mais do que o normal, um fenômeno que também foi visto em Hong Kong em outubro do ano passado , depois que escolas e creches reabriram.

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Os sintomas do COVID-19 em pessoas vacinadas podem se assemelhar a um resfriado

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Os resfriados comuns estão voltando

Isso pode ocorrer porque as pessoas não precisam mais usar máscaras e distância social, seu sistema imunológico também não está acostumado com os vírus - e isso pode sobrecarregar ainda mais os sistemas de saúde, alertam os médicos. O professor Peter Openshaw, do Imperial College London, disse: “[Os resfriados comuns] estão voltando e o trato respiratório não teve experiência recente suficiente de infecções respiratórias para ser capaz de montar aquela forte defesa de primeira linha”.

O professor Peter Openshaw, do Imperial College London, disse: “[Os resfriados comuns] estão voltando e o trato respiratório não teve experiência recente suficiente de infecções respiratórias para ser capaz de montar aquela forte defesa de primeira linha”.

“Quase 50% das pessoas que atualmente têm um teste de PCR positivo não apresentam os sintomas clássicos, embora sejam infecciosos”, disse ele em uma atualização de vídeo do YouTube . “A cada dia que eles deliberam, mais pessoas são infectadas. Desde março de 2021, o estudo ZOE relatou 21 sintomas de COVID-19 a serem observados , incluindo espirros, dor de garganta, voz rouca e coriza, que são mais tradicionalmente associados ao resfriado comum.

ZOE diz:

Nossos dados mostram que a perda do olfato (anosmia) ou do paladar ainda é um dos mais importantes preditores de teste positivo para COVID-19 em vez de um resfriado comum, portanto, é um sintoma importante a observar, seja você foi vacinado ou não. Cheirar alimentos perfumados em casa ou perceber se alimentos familiares começam a perder o sabor ou o sabor estranho é uma boa forma de verificar.

No entanto, os casos de COVID-19 também estão aumentando no Reino Unido - e como o COVID-19 é mais mortal do que resfriados e gripes , é importante fazer o teste para ter certeza, diz um especialista.

O Como saber se é um resfriado ou COVID-19 Tim Spector é professor de epidemiologia genética no King’s College London e lidera o estudo de sintomas ZOE COVID do Reino Unido, que está em andamento desde março de 2020 e tem 4 milhões de colaboradores diários. Ele diz que a pesquisa mostra que não existem mais apenas três sintomas principais do COVID-19 (tosse, febre e perda ou mudança de cheiro) - e há um cruzamento crescente entre os sintomas do resfriado e do COVID , especialmente entre aqueles que foram vacinados.

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Cheirar alimentos perfumados em casa ou perceber se alimentos familiares começam a perder o sabor ou o sabor estranho é uma boa forma de verificar.

Sintomas diferentes entre vacinados

“Há milhares de casos todos os dias que são na verdade COVID que as pessoas pensavam que era apenas um resfriado e estão espalhando isso para outras pessoas. E essa é uma das razões pelas quais temos taxas tão altas em comparação com outros países, onde há é a conscientização do público sobre o que está acontecendo”.

Há uma lacuna aparecendo entre os sintomas de COVID-19 entre as pessoas que foram vacinadas - e aquelas que não foram. Os sintomas mais comuns de COVID-19 entre os vacinados são atualmente coriza, dor de cabeça, espirros, dor de garganta e perda do olfato. Já para aqueles que não foram vacinados, podem ocorrer dores de cabeça, coriza, dor de garganta, febre e tosse persistente. Ele encoraja todas as pessoas com “sintomas de resfriado ou gripe” a fazer um teste de fluxo lateral seguido por um teste de PCR para confirmar que não é COVID-19. “É muito mais fácil trabalhar em casa por alguns dias se você estiver se sentindo indisposto, sem espalhar isso, e faça um teste. “Precisamos encontrar o ponto ideal entre a obsessão excessiva com o vírus e a complacência demais, o que acho que existe no momento.

“Se você realmente está resfriado, pense: ‘Pode ser COVID’ e mantenha distância até saber se é ou não”.

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Ferrovias no Pará

onvido os Amigos formadores de opinião a olharem os mapas ferroviários de 3 países com dimensões continentais como o Brasil - os Estados Unidos da América (EUA), a República Popular da China e a Federação Russa. Podemos observar um emaranhado de ferrovias que se estendem de leste a oeste, de norte a sul, facilitando a mobilidade de cargas e pessoas. Comparando com o brasileiro, constatamos que o nosso débito é vergonhoso, precisamos ajudar os nossos governantes a mudarem o status quo existente. Sabemos todos que a logística de transporte dos norte-americanos é determinante para o sucesso deles no mercado global, uma vez que oferece todas as vantagens para que seus produtos cheguem a preços competitivos nos seus portos exportadores. O Brasil acordou tarde para a necessidade do modal ferroviário. Porém, vem implementando de forma acelerada a chegada de ferrovias aos nossos portos exportadores, o que é extremamente positivo. Estamos vendo políticos lutando para que seus Estados sejam incluídos neste programa, inclusive fazendo acordos de bancada. Entretanto, os parlamentares paraenses estão silentes - não sabemos se este silêncio é estratégico, porém, traz um desconforto e uma preocupação devido à importância do modal ferroviário para o Pará, um Estado de enormes dimensões.

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Texto *Eng. José Maria da Costa Mendonça Fotos Arquivo Pará+, Divulgação

Principais portos pelos quais passam mais de 95% das exportações brasileiras e a modalidade utilizada (rodovia, ferrovia ou hidrovia)

Sempre é importante ressaltar que o nosso Estado, pela sua posição geográfica, é a porta de entrada e de saída da Amazônia, com dois corredores logísticos que precisam ser implementados para dar acesso ao nosso porto exportador e ao futuro porto oceânico tão sonhado por nossa Sociedade trabalhadora. O corredor da borda leste, composto de um modal rodoviário parcialmente existente, precisando de restaurações profundas, tal como um acesso digno aos portos e manutenções permanentes.

No modal aquaviário, basta a sinalização e pequenas intervenções nos nossos rios navegáveis, consolidando a hidrovia Araguaia/Tocantins, a hidrovia Capim/ Guamá, e outras que funcionarão como hidrovias vicinais. Neste momento, é impossível não lembrar da “novela do pedral do Lourenço” - símbolo da não importância de “Brasília” para com a Amazônia. Porém, é imperativo que se construa a ferrovia Água Boa – MT ao porto de Vila do Conde em Barcarena-PA.

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O Governo do Estado está lutando para viabilizar o trecho interno de Santana do Araguaia/PA a Barcarena/PA. Precisamos fazer uma corrente de apoio ao Governador, contando com a força de todas as correntes políticas, já que é um desejo antigo de nossa Sociedade e, particularmente, de nossas Entidades, cuja ferrovia nominamos de Senador Gabriel Hermes - pelos discursos do então Senador no Parlamento Federal, quando se referia ao vale do Araguaia/Tocantins como o futuro celeiro mundial de alimentos. O corredor da borda oeste, composto pela Rodovia BR-163 e seus ramais, a hidrovia Juruena/Tapajós, precisando ser sinalizada, e uma ferrovia que ligará Sinop/MT a Miritituba/PA, já estudada e estrategicamente denominada de Ferrogrão, pois facilitará a saída da enorme produção agrícola do Centro-Oeste, mas será muito mais que isso, já que permitirá a chegada dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, pelos modais hidro ferroviários, ao Sudeste, o grande mercado consumidor nacional, com preços competitivos. O Governo Federal manifestou o desejo de construir essa ferrovia de importância vital para a Amazônia.

Ligação ferroviária MT/PA

Inevitáveis, como Corredores Ecológicos

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Nós, Sociedade Civil, juntos com nossos Governos Estaduais, precisamos apoiar o Presidente a realizar esse grande projeto que não é de um, mas de todos os que respeitam a Amazônia. O aparato estatal/ambientalista já se movimenta para evitar que o nosso Governador e o nosso Presidente realizem esses sonhos - que são nossos, amazônidas, e, de forma particular, dos paraenses. Precisamos nos unir, com o objetivo de viabilizar nossa malha ferroviária, pois ganharemos mais rapidamente o direito de usufruir os avanços do mundo globalizado. Aos arautos da teoria do nada fazer, um lembrete, hoje, as ferrovias são classificadas pelos estudiosos, de como proteger o meio ambiente nos avanços civilizatórios que são inevitáveis, como “Corredores Ecológicos”, pois transportam cargas e pessoas de ponta a ponta, ou seja, não têm paradas intermediárias; logo, com mínimas intervenções no território a ser ultrapassado. Por fim, repetimos, temos que estar ao lado do Governador para que possa construir a Ferrovia Senador Gabriel Hermes, e ao lado do Presidente, para que possa ser construída a Ferrogrão. Essas duas obras de engenharia são fundamentais para desconstruirmos o paradoxo de Estado Rico e Povo Pobre. (*) Presidente do Centro das Indústrias do ParáCIP (E-mail: conselhos.tematicos@fiepa.org.br)

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FIEPA lança XV Feira da Indústria Fotos Ascom/FIEPA

XV Feira da Indústria do Pará

Aqui tem Indústria

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pós reunir um público de quase 30 mil visitantes em 2019, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) lançou recentemente, mais uma edição da Feira da Indústria do Pará (FIPA) que ocorrerá em maio de 2022, em Belém.

“A FIEPA já atua com um programa de valorização da indústria local que é o ‘Feito no Pará, pode comprar’ que reforça a importância da indústria para a nossa economia e o posicionamento da nossa instituição de valorização do que é produzido no nosso Estado. Então, a FIPA é mais uma das iniciativas do Sistema Indústria para dar visibilidade às empresas do segmento, não só divulgando o que é produzido no Pará e o desenvolvimento econômico gerado ao longo dessa cadeia produtiva, como também mostrando os exemplos de responsabilidade socioambiental da indústria paraense”.

O lançamento foi realizado no auditório Albano Franco, da entidade. Com o tema “Aqui tem Indústria”, a XV edição da FIPA terá sua programação voltada para a divulgação de produtos feitos por empresas genuinamente paraenses. Na abertura do evento, o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, destacou que o objetivo da FIPA é fomentar e apoiar o desenvolvimento da indústria local. Após apresentar os detalhes da nova edição da FIPA, o diretor executivo da FIEPA e responsável pela coordenação geral do evento, Ivanildo Pontes, reforçou a importância do evento para o setor industrial do Estado. “A FIPA já se consolidou no calendário de feiras da região Norte e é uma grande satisfação poder retomar este evento tão importante para as indústrias paraenses, depois do adiamento que tivemos que fazer por conta da pandemia. Por isso, nossa expectativa é que esta edição de 2022 seja a melhor possível em termos de apresentação de estandes, programação, tecnologias dos produtos e inovação”, explicou Pontes.

Após apresentar os detalhes da nova edição da FIPA, o diretor executivo da FIEPA e responsável pela coordenação geral do evento, Ivanildo Pontes, reforçou a importância do evento para o setor industrial do Estado.

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“A FIPA já se consolidou no calendário de feiras da região Norte e é uma grande satisfação poder retomar este evento tão importante para as indústrias paraenses, depois do adiamento que tivemos que fazer por conta da pandemia. Por isso, nossa expectativa é que esta edição de 2022 seja a melhor possível em termos de apresentação de estandes, programação, tecnologias dos produtos e inovação”, explicou Pontes.

Carlos Ledo, Fernando Gomes Jr da Sedeme, com José Maria Mendonça, vice presidente da Fiepa e Presidente do Centro das Indústrias do Pará-CIP e Marcel Botelho da Fapespa, durate o lançamento da XV Feira da Indústria

Para o titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), José Fernando Gomes Júnior, representando o Governador no evento, a FIPA traz representatividade ao Estado. “Para o governo do Estado é motivo de alegria estar hoje aqui no lançamento da XV Feira da Indústria, que corresponde a 30 anos de trabalho e isso demonstra a importância da indústria e das cadeias produtivas para o Pará, o Brasil e o mundo, gerando emprego e renda para a nossa sociedade”.

No evento de lançamento houve uma palestra show com a especialista em Gestão de Negócios, Luciana Sousa, que passou para os patrocinadores e expositores do evento, orientações sobre como promover uma experiência diferenciada e criar nos estandes um ambiente mais favorável aos negócios.

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Na ocasião também foi apresentado o site da FIPA com informações sobre os resultados dos eventos anteriores, mapa de estandes e formas de contato para quem tiver interesse em participar da feira de exposições ou de patrocinar o evento. A FIPA é promovida pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), com correalização do Sebrae no Pará, parcerias do Governo do Estado e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e patrocínios do Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Realizada há 30 anos, reúne os mais diversos setores da indústria paraense, proporcionando o contato do público com as riquezas produzidas no estado.

É composta por uma feira para exposições de produtos e serviços de empresas com atuação no Pará, além de uma ampla programação técnica voltada para a capacitação e debate sobre temas relacionados ao desenvolvimento da indústria. Nos quatro dias de programação, o evento agregará rodadas de negócios, relacionamento e fortalecimento do setor produtivo. Na edição anterior, realizada em 2019, o evento reuniu aproximadamente 30 mil visitantes, 70 estandes e cerca de 100 expositores e teve 90% de aprovação entre expositores e visitantes, comprovando assim o sucesso do evento. As palestras técnicas receberam aproximadamente 1.000 pessoas, que participaram gratuitamente das capacitações.

O auditório Albano Franco estava repleto no lançamento da XV Feira da Indústria

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CPI DA VALE

Andamento dos trabalhos da Comissão que investiga a empresa Vale S.A

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Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI que investiga a atuação da empresa Vale no Pará iniciou nesta terça – feira (16.11) a fase de oitivas com prefeitos dos municípios mineradores. O prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, foi o primeiro a prestar depoimentos nas oitivas com os gestores municipais. A relação da Vale com o município começou em 31 de julho de 1967, quando foi descoberto minério na Serra de Carajás, localizada em Parauapebas. O Complexo de Carajás abriga a maior mina de ferro a céu aberto do mundo, contribuindo para o sucesso da empresa no mercado nacional e internacional, com produção de 190 milhões de toneladas no ano de 2020, segundo dados da empresa. De 2004 até 2017, a Vale obteve lucro líquido de US$ 120 bilhões de dólares. E desse total, a maior parte foi direcionada aos seus acionistas, cifras em torno de US$ 42 a 43 bilhões de dólares. Enquanto que os detentores da riqueza extraída pela mineradora ficaram com apenas US$ 4 bilhões de dólares, distribuídos entre a União, estados e municípios.

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Texto *Mara Barcellos Fotos Ozéas Santos-AID/Alepa)

O prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, foi o primeiro a prestar depoimentos nas oitivas com os gestores municipais

Mas como demostram os números, essa grandiosa produção e lucratividade da Vale servem para atender aos interesses de negócios da empresa. Em seu depoimento à comissão, o prefeito Darci relatou as principais dificuldades que enfrenta com a mineradora. Entre as queixas, estão a falta de interesse e diálogo com a empresa.

“A Vale procura atender os seus próprios interesses. Muitas vezes procuramos buscar algumas ações com ela, mas sempre tinha um olhar mais para o que lhe convinha. Então, entendo que a empresa precisa ser demandada, como exemplo incluir nas condicionantes o que se pretende para assim, ter um retorno”, ressaltou. Com o aumento da alíquota de imposto sobre a exploração do ferro, após aprovação em 2011 da medida provisória que muda as alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) que era de 2% do faturamento líquido da mineradora e passou a ser cobrada 3,5% do faturamento bruto, o município conseguiu recuperar até o momento cerca de R$ 3 bilhões de reais. Porém, segundo Darci, um dos problemas é a falta de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pelo setor de mineração do país, como a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Departamento Nacional de Mineração (DPM), que não possuem estrutura para realizar os trabalhos.

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Prorrogação Para ampliar os trabalhos de investigação da Vale, a CPI foi prorrogada por mais 90 dias. O prazo encerraria no dia 12 de dezembro deste ano, mas com o novo prazo de funcionamento, passa a vigorar até 27 de abril de 2022, sendo que no recesso legislativo os trabalhos serão suspensos. Convocações Foram feitas novas convocações aos prefeitos de Canaã dos Carajás, Josemira Gadelha e de Ourilândia do Norte, Júlio César Dairel. Eles já tinham sido convocados, mas o prefeito alegou problemas de saúde, e a gestora, estava com compromissos na programação de aniversário da cidade. O presidente do Consórcio de empresas responsáveis pela Usina de Belo Monte, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, foi convocado novamente para prestar depoimentos na oitiva no próximo dia 30. Ele havia sido convocado para oitiva em outubro, porém não compareceu e enviou representante, mas os deputados não acataram.

Pendências crônicas

O ministro Tarcísio Freitas, o governador Helder Barbalho, o conselheiro Nelson Chaves e a secretária Ursula Vidal, com imagens do projeto do Parque da Cidade

“Falta maior fiscalização em cima disso. O DNP, historicamente, não tem estrutura para acompanhar a fiscalização nos municípios e nos estados mineradores”, disse. Para tentar encontrar uma solução e obrigar os órgãos a fazerem seu papel, o prefeito destacou algumas estratégias, como por exemplo, formalizar termos de cooperação entre o município e os órgãos. “Nós estamos montando a estratégia de fazer termos de cooperação com Agência Nacional de Mineração para que os municípios e estados possam participar da fiscalização”, ressaltou, explicando que “hoje tudo é auto declaratório, acredita - se na boa fé das empresas como um todo e nós, estados e municípios, não temos forças para fiscalizar”.

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“Fomos à ANM e estamos em vias de começar os trabalhos para assinar o Termo de Cooperação para fazer duas coisas importantes em especial: primeiro, acompanhar a fiscalização daquilo que é produzido. E segundo, acompanhar os processos minerários dos municípios”, comentou. A geração de mão de obra local é um dos gargalos que ainda impera na relação de trabalho com a Vale. Mas para o prefeito, falta qualificação para contratação de mais pessoas da região. “Hoje, grande parte dos empregos está no controle de terceirizadas que são de fora. Mas um dos nossos problemas é falta de mão de obra qualificada. E por isso, estamos conversando com o governo estadual para implantar uma Escola Técnica e qualificar nossos jovens e as pessoas da região”, esclareceu.

Os deputados paraenses querem que a Vale cumpra suas promessas e priorize o Pará em seus investimentos. É em solo paraense que a empresa explora minérios e fatura bilhões, porém, ainda contribui pouco, diante da sua alta lucratividade. Os parlamentares esperam há pelo menos 10 anos pela promessa de construção da Aços Laminados do Pará – a Alpa – em Marabá, uma promessa da mineradora que não saiu do papel. Outro investimento que os parlamentares cobram é a instalação de uma unidade do projeto “Tecnored”, que utiliza tecnologia produtora de ferro gusa de baixo carbono (gusa verde). Mas dois anos já se passaram e o projeto não avançou Conduzida pelo presidente da CPI, deputado Eraldo Pimenta, com a participação dos deputados Igor Normando (relator) e Ozório Juvenil, a comissão cumpre o seu papel para investigar a atuação da empresa no estado e identificar como a instituição pode contribuir com o desenvolvimento do Pará.”A Vale é uma gigantesca multinacional que explora nossas riquezas, detém cerca de 80% das concessões minerais no Pará, praticamente 80% de suas operações estão em nosso território. Necessitamos saber o tamanho do prejuízo e o que a Vale faz e pode fazer pelo nosso estado”, disse Eraldo Pimenta. (*) AID - Comunicação Social / ALEPA

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Mineração em alto mar: é uma maldição ambiental ou pode nos salvar? Pedaços de metal do tamanho de uma batata no fundo dos oceanos mais profundos podem ajudar em nossa luta contra as mudanças climáticas, mas minerá-los também pode danificar um mundo sobre o qual sabemos muito pouco Fotos Blue Nodules ISA, Knut Petter Dimmen, Sophi Miyoko Gullbrants

defesa e aeroespacial Lockheed Martin e a draga belga DEME criando suas próprias estratégias de mineração em alto mar.

Mineração A empresa holandesa de tecnologia marítima Royal IHC participa dessa nova corrida. Possui vasta experiência em áreas como dragagem e construção offshore, e agora está se diversificando para mineração em alto mar. “Construir equipamentos para Atualmente, cerca de 30 empresas possuem licenças para explorar o fundo do Oceano Pacífico mineração em alto mar é muito lógico para nós. Está relacionado a áreas ais de 150 anos nas quais trabalhamos há mais depois que o esde cem anos ‘, disse Laurens de critor francês JúJonge, gerente de mineração malio Verne lançou rinha da Royal IHC. seu Vinte Mil Léguas SubmariNos últimos anos, eles têm nas , o conto clássico da explodesenvolvido a tecnologia neração do fundo do mar, sabemos cessária para minerar em granmenos sobre o mar profundo do des profundidades. Seu foco que sobre a superfície da lua. atual é a extração de pequenos Áreas do tamanho de continentes grupos de recursos chamados massivos e localizadas a milhares de nódulos polimetálicos. Estes de metros abaixo da superfície da têm geralmente entre 1 a 15 cm água permanecem ocultas de nós. de largura - entre o tamanho de Mas agora descobriu-se que eles uma bola de golfe e uma batata grande. Eles contêm metais e podem ser a chave para combater a mudança climática. minerais que são cruciais para Tecnologias como baterias de tecnologias como baterias ou carros elétricos, turbinas eólicas turbinas eólicas. Esses pequenos nódulos se e painéis solares requerem tipos raros de recursos que podem ser espalham pelo fundo do mar em encontrados no fundo do mar. No certas áreas, mas levantá-los de entanto, ao mesmo tempo, mineuma forma lucrativa pode ser um rá-los pode representar uma maldesafio. Isso é algo que a Royal dição ambiental - e alguns cientisIHC explorou em vários projetos tas alertam que isso pode danificar europeus, o último dos quais foi ecossistemas do fundo do mar que chamado de Blue Nodules . conhecemos pouco e até interrom“Não é tão romântico quanto per processos oceânicos. as viagens submarinas sobre as No entanto, as empresas estão quais você pode ler em Júlio Veravançando com a mineração em ne”, disse de Jonge. ‘A logística alto mar. Atualmente, cerca de 30 é a mais difícil, porque precisaempresas têm licenças para explomos expandir essas operações Dentro de alguns anos, as licenças poderiam ser emitidas para mineiros rar o fundo do Oceano Pacífico, para que a mineração possa ser comerciais que desejam colher as riquezas submersas do mar com gigantes como a empresa de feita em escala industrial.’

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Estamos operando em um buraco negro de informações e precisamos fazer muito mais ciência antes de decidir se permitiremos a mineração comercial em grande escala lá. Dra. Diva Amon, bióloga O processo começa com um submarino destravado preso a um barco na superfície. Este submarino extrai os nódulos hidraulicamente, empurrando-os para cima e, em seguida, sugando-os para um grande tubo que os move para a superfície, 5.000 metros para cima. Lá, os nódulos são coletados no navio e separados o máximo possível da água e dos sedimentos antes de serem transportados para a terra. Isso parece bastante simples, mas toda a cadeia pode ser frágil. Em abril deste ano, o robô de 25 toneladas Patania II, da mineradora GSR, que também estava envolvida na Blue Nodules, ficou preso no fundo do mar do Pacífico. E esse não é o único perigo. “O tubo precisa ter um fluxo constante”, disse de Jonge. ‘Se houver uma interrupção, pode se tornar um drama, porque todas as rochas e sedimentos coletados no tubo de 5.000 metros de comprimento descerão novamente’.

Coletor de nódulo hidráulico, minimizando sua pegada ambiental no sistema de mineração em alto mar para nódulos polimetálicos no abismo oceânico

Outro problema ocorre quando os nódulos são transportados para outros navios. A água restante e os sedimentos podem se juntar e começar a se acumular no porão do navio, fazendo com que os navios caiam para um lado ou mesmo naufraguem.

Novas espécies Nesse ínterim, os pesquisadores estão perguntando não apenas se podemos minerar em tais profundidades, mas se devemos.

A zona Clarion-Clipperton é um dos pontos mais profundos do Oceano Pacífico

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A Dra. Diva Amon é uma bióloga marinha de Trinidad, especializada em oceanos profundos, que está pesquisando se a mineração pode causar danos. O Dr. Amon observa como o fundo do mar é uma das poucas áreas da Terra amplamente inexploradas. “Cada vez que você desce, encontra novas espécies e habitats”, disse ela. ‘Isso é uma coisa incrível de se fazer parte.’ As áreas onde a mineração em alto mar pode ocorrer são amplamente inexploradas e geralmente contêm muitas espécies desconhecidas. No projeto Scan-Deep , o Dr. Amon tentou indexar alguns deles na Zona Clarion-Clipperton, uma parte do Oceano Pacífico que tem 4,5 milhões de quilômetros quadrados de largura, cerca de metade do tamanho dos Estados Unidos, com profundidades de até a 5.500 metros. Nessa enorme área, a mineração submarina pode ocorrer, razão pela qual o Dr. Amon e seus colaboradores tentaram mapear a megafauna que vive lá. ‘Concentro-me em animais com mais de dois centímetros’, disse o Dr. Amon. ‘Nós os analisamos de duas maneiras: coletando fotos ou vídeos das profundezas do oceano e coletando amostras dos espécimes.’ Essencialmente, um submarino destravado ou ROV mergulha na zona e coleta imagens de espécimes no fundo do oceano, ou mesmo leva alguns deles para cima. Junto com outras equipes de todo o mundo, a Dra. Amon e seus colaboradores têm sintetizado a megafauna da região. Quando se pensa no fundo do mar, muitas vezes surge a imagem do tamboril, o peixe assustador e cheio de dentes com uma luz na cabeça que usa para caçar. Mas os animais que o Dr. Amon e outros coletaram são um pouco menos assustadores.

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“Os peixes são facilmente espantados com o submarino”, disse ela. “Portanto, estudo principalmente invertebrados, como esponjas ou corais.” No entanto, os resultados foram bastante impressionantes. Até 80% da megafauna detectada durante a pesquisa eram espécies novas, atestando o pouco que sabemos sobre a área. O Dr. Amon e colaboradores também descobriram campos de fósseis no fundo do mar, contendo ossos de baleia, dentes de tubarão e restos de espécies extintas.

A mineração em alto mar é o processo de recuperação de depósitos minerais do mar profundo - a área do oceano abaixo de 200 m, que cobre cerca de 65% da superfície da Terra. Como funciona a mineração em alto mar

Buraco negro Neste ecossistema especial, estamos prestes a nos engajar na mineração, o que representa uma operação delicada, de acordo com o Dr. Amon. “Temos alguns pixels de informação sobre esses lugares”, disse ela. ‘Muitas vezes somos as primeiras pessoas a ir para lá. Você está apenas lutando para ver o que vive lá, quanto mais entender a ecologia desses ecossistemas. Estamos operando em um buraco negro de informações e precisamos fazer muito mais ciência antes de decidir se permitiremos a mineração comercial em grande escala lá. O Dr. Amon enfatiza que os experimentos com mineração em alto mar são bons, porque fornecem mais informações. Mas que precisaríamos de pelo menos mais dez anos de pesquisa antes que pudéssemos permitir a mineração em escala comercial. De acordo com o Dr. Amon, a mineração pode causar danos às profundezas do mar de várias maneiras. Os veículos podem destruir a parte superior do fundo do mar, levando à inevitável perda de vidas de animais ali. Mais importante, os robôs também podem emitir plumas de sedimentos, que podem cobrir a fauna na área ao redor do local de mineração. “O oceano está muito interligado”, disse o Dr. Amon. ‘Muitas vezes nem sabemos como funcionam as correntes lá embaixo. Existem muitas incógnitas. Pode haver impactos tóxicos ou de sedimentos. A pesca será afetada? Isso terá um impacto no sequestro de carbono? Essas são grandes questões, e não são apenas os impactos diretos, mas também os indiretos.

Essas grandes questões significam que devemos avançar de forma preventiva. O projeto Blue Nodules, por sua vez, fez um teste sobre o impacto ambiental da mineração subaquática. Aqui, eles se concentraram nas plumas de sedimentos que isso poderia causar. Pesquisadores do Royal Netherlands Institute for Sea Research, parceiros no projeto, fizeram uma grade de sensores em uma área e testaram até onde as plumas se espalhariam. ‘Queremos limitar a propagação da pluma, para que não danifique uma área mais ampla’, disse de Jonge. “Nós modelamos e verificamos e conseguimos reduzir sua disseminação”.

Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), uma organização adjacente à ONU, está debatendo regras para a mineração em alto mar

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Testando Nesse ínterim, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), uma organização adjacente à ONU, está debatendo regras para a mineração em alto mar, que devem ser definidas nos próximos dois anos. Cientistas como o Dr. Amon, mas também empresas como a Royal IHC, estão testemunhando para tentar definir uma estrutura na qual experimentos, e talvez até mesmo mineração comercial em grande escala, possam ocorrer. De acordo com de Jonge, precisaremos de mais alguns anos de testes, com a tecnologia pronta para mineração industrializada por volta de 2025. Muito antes do período de teste de dez anos que Amon sugere. “Sou contra a mineração em alto mar se houver alternativas para nos fornecer os recursos necessários”, disse de Jonge. “Às vezes chamamos isso de dilema verde, porque a humanidade depende desses recursos se quiser sobreviver às mudanças climáticas”. “Acho que é muito racional pedir uma pausa na transição da exploração para a exploração comercial”, disse o Dr. Amon. ‘Isso não significa que devemos parar de fazer política ou ciência, mas a mineração comercial seria um erro neste estágio, dada a pouca informação que temos’.

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Investidores privados podem transformar plástico em ouro A falta de capital é uma barreira significativa para a criação de um mercado lucrativo de reciclagem de plásticos nas economias emergentes. Mas retornos atraentes estão à sua disposição - ao mesmo tempo que se lida com a poluição do plástico.

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Texto *Rob Kaplan Fotos Jasmin Sessler no Unsplash, Sky’s Ocean Rescue, WEF

eja como as instituições financeiras podem acelerar a criação desse mercado: Um dos maiores obstáculos à nossa capacidade de transição para uma economia circular para plásticos em mercados emergentes é a escassez de capital de investimento privado. Embora o investimento no espaço da reciclagem e da economia circular esteja ocorrendo, particularmente nas regiões do Sul e Sudeste Asiático, os fluxos de capital não são grandes o suficiente nem consistentes para soluções de escala. Enquanto isso, a crise da poluição do plástico persiste. Apesar do progresso em várias frentes, apenas 9% de todos os resíduos plásticos já gerados foram reciclados , e o fluxo de plásticos nos rios, oceanos e outros ecossistemas naturais deve triplicar até 2040 sem medidas drásticas. Até o momento, grande parte do capital por trás das soluções é estratégico (é colocado por atores da cadeia de suprimentos de plásticos, por exemplo), de natureza concessionária (de instituições de desenvolvimento internacional) ou de investidores de impacto e financiadores filantrópicos altamente focados. Conspicuamente ausentes estão as principais instituições financeiras - amplamente compreendendo intermediários financeiros, gestores de ativos e plataformas de negociação - em busca de uma taxa de retorno comercial.

Há bons retornos a serem obtidos com a reciclagem de plásticos em mercados emergentes

Isso apesar das evidências sólidas de que os mercados emergentes oferecem uma oportunidade significativa para alcançar (a) o maior impacto na má gestão de resíduos de plástico e (b) um retorno ajustado ao risco atraente. As instituições financeiras podem participar na aceleração do desenvolvimento de um mercado de reciclagem e economia circular e, por sua vez, desbloquear oportunidades para novos investimentos.

Já existem vários atores que comprovam a capacidade de investimento dos modelos circulares de plásticos em mercados emergentes, os quais são referenciados sempre que possível na esperança de estimular mais instituições financeiras a entrar em ação. Essas observações são baseadas em um white paper recente da Circulate Capital, desenvolvido em colaboração com a Global Plastic Action Partnership do Fórum Econômico Mundial.

CAMARÃO ROSA | FILÉ DE PEIXE | CARNE E PATOLAS DE CARANGUEJO

Despachamos para todo Brasil

Av. 25 www.paramais.com.br de Setembro, 13 ao lado da Feira da 25 Investidores privados podem transformar plástico em ouro.indd 27

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Construir uma economia circular mais “investível” As percepções negativas da reciclagem e da economia circular nos mercados emergentes persistem, especialmente quando se trata da falta de um histórico de investimentos e de um cenário dominado por pequenos negócios. As instituições financeiras podem tomar duas medidas importantes para ajudar a contrariar essa visão:

1. Criação de registros de rastreamento para novos investimentos As instituições financeiras podem considerar a priorização dos fluxos de capital para os mercados de reciclagem e economia circular e verticais da cadeia de suprimentos onde já existem mais registros. Por exemplo, Circulate Capital Ocean Fund, que representa $ 106 milhões em capital comprometido da cadeia de suprimentos de plásticos - incluindo empresas líderes como PepsiCo, Coca-Cola, Danone, Dow, Procter & Gamble, Chanel, Unilever e CP Chem - para investimento no Sul e Sudeste Asiático, tem o compromisso de divulgar seus retornos financeiros e de impacto. As instituições financeiras também podem promover a divulgação do desempenho financeiro e do impacto sobre os resíduos plásticos na empresa e no projeto como parte de uma discussão mais ampla sobre sustentabilidade. Por exemplo, por meio da criação de índices de investimento, subscrição de aumentos de capital ou concessão de empréstimos que incorporam métricas relacionadas à circularidade dos plásticos.

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Divulgar retornos financeiros e de impacto

2. Construindo pipelines (funil de vendas) mais fortes As instituições financeiras podem procurar implantar capital por meio de negócios de capital de risco / private equity, fundos ou outros veículos que agregam e canalizam capital para reciclagem e economia circular. Por exemplo, o Althelia Sustainable Ocean Fund de Morova, um veículo de US $ 132 milhões focado na economia circular e outros modelos de negócios relacionados ao oceano, investiu US $ 2 milhões na Índia em um esforço que busca transformar os atores do setor informal em ‘empreendedores de resíduos’. O banco de desenvolvimento alemão

KFW, o Banco Europeu de Investimento, juntamente com as seguradoras francesas BNP Paribas Cardif e Garance, são todos investidores no Althelia Sustainable Ocean Fund. As instituições financeiras também podem explorar parcerias inovadoras com investidores em todo o espectro de financiamento que encorajam e facilitam a aceitação de maiores riscos. Por exemplo, o Banco Asiático de Desenvolvimento lançou recentemente uma Parceria para o Oceano Limpo e Sustentável com o Banco Europeu de Investimentos na região Indo-Pacífico; fornece assistência técnica e apoio consultivo para ajudar as entidades a lançar projetos sustentáveis de economia azul e oceanos limpos.

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Faça mais para lidar com a volatilidade Durante a transição de uma economia linear para uma circular, os investimentos a jusante (gestão de resíduos e reciclagem) devem enfrentar mercados de commodities dinâmicos influenciados por: a) volatilidade de preços historicamente alta e, b) desconexão entre oferta e demanda. Instituições financeiras têm muitos recursos para mitigar essas flutuações: 1. Criação de instrumentos financeiros (como futuros, opções, veículos semelhantes a seguros) para gerenciar o risco de preço absoluto e relativo em relação aos plásticos reciclados e fornecer liquidez aos contratos baseados em câmbio resultantes. 2. Subscrição ou investimento em emissões, ou concessão de empréstimos, quando o uso dos recursos diz respeito a contratos de fornecimento ou demanda de longo prazo e é exigido relatório anual sobre sua aplicação. Por exemplo, o título verde inaugural de 30 anos de US $ 1 bilhão da PepsiCo em outubro de 2019 incluiu plásticos sustentáveis e compras de embalagens e investimentos como projetos elegíveis dentro do uso dos recursos. 3. Aconselhar, subscrever ou investir em novos locais de negociação no mercado à vista de plásticos reciclados (isto é, semelhantes aos mercados de commodities físicas agrícolas) ou plataformas que incentivam a descoberta de preços e padronização de produtos (por exemplo, por tipo de polímero, qualidade e quantidade).

Impulsione o capital para mais inovações em estágio inicial Dois dos maiores obstáculos para a criação de mais inovação são: a) as tecnologias em estágio inicial estão concentradas em mercados desenvolvidos, com falta de capital e arriscadas para transferência para mercados emergentes; e b) a aplicação de tais inovações em mercados emergentes traz riscos adicionais, incluindo legais / regulatórios, experiência em gestão e força de trabalho, e riscos da cadeia de suprimentos. Para resolver essas questões, as instituições financeiras podem implantar capital em escala, investindo e / ou subscrevendo por meio de fundos de inovação em estágio inicial, como Sky Ocean Ventures Fund, com US $ 25 milhões implantados em novas tecnologias, materiais e modelos de negócios e empresas, como a RWDC Industries (uma instalação registrada em Cingapura / localizada nos EUA), uma produtora de biomateriais com base em PHA que levantou US $ 133 milhões em fundos da Série B em maio de 2020.

Extensão chocante da poluição do plástico

A boa notícia para as instituições financeiras é que há uma enorme oportunidade de investir em soluções de reciclagem e economia circular de forma a atender às suas preferências de risco / retorno e, ao mesmo tempo, liberar fluxos de capital para acelerar

o crescimento no espaço. Além disso, à medida que começamos a entender as ligações entre o investimento na cadeia de valor do plástico circular e os resultados das mudanças climáticas , a reciclagem e os investimentos na economia circular devem se tornar parte da consideração definida para investidores orientados para o clima. A necessidade de aumentar o capital institucional nunca foi tão forte, e precisamos que as instituições financeiras comecem a alocar seu capital para a reciclagem e a economia circular na luta contra a poluição por plásticos, se quisermos conter a maré. Agora é a hora de investir. As opiniões expressas neste artigo são exclusivamente do autor e não do Fórum Econômico Mundial. (*) Diretor Executivo, Circulate Capital

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Fundos verdes ajudam a proteger os investidores dos riscos das mudanças climáticas Texto *Steffen Kern **Adrien Amzallag Fotos A. Amzallag (2021), ESMA Report on Trends, Freepik.com, Risks and Vulnerabilities

Os fundos de investimento na Europa estão mais expostos a setores econômicos sensíveis ao clima do que os bancos, seguradoras e fundos de pensão. No entanto, poucas avaliações de risco financeiro relacionadas ao clima de fundos de investimento foram realizadas. Examinamos as carteiras de mais de 23.000 fundos de investimento da UE e revelamos alguns benefícios de longo prazo dos fundos verdes

É necessário um grande investimento privado para cumprir as metas climáticas de 2050

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hegar à neutralidade de carbono é imensamente caro. Só na UE, estima-se que chegar a zero emissões até 2050 custará US $ 300 bilhões por ano no futuro previsível.

Os fundos verdes oferecem carteiras menos vulneráveis: sobreposições de carteiras entre carteiras de fundos de investimento da UE, medidas como o número de investimentos comuns entre dois fundos de investimento. As cores indicam as emissões médias do portfólio, de verde escuro (mais limpo) a marrom escuro

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Os contribuintes terão um papel nisso, mas grande parte do financiamento, quase dois terços, terá de vir de investimentos privados. Então, qual é o papel dos fundos de investimento em mover o planeta em direção à neutralidade de carbono? Afinal, fundos em todo o mundo administram mais de US $ 60 trilhões em ativos , cerca de um terço dos quais são europeus. De fato, muitos gestores de fundos estão fazendo o que podem para responder à crescente demanda dos investidores de que riscos e desafios ambientais e de sustentabilidade sejam refletidos em sua seleção de portfólio. Os ativos dos fundos de investimento ESG europeus cresceram para mais de US $ 1,7 trilhão hoje . A má notícia é que esta é apenas uma gota no oceano, dada a escala do que precisa ser mudado. A boa notícia é que há muito potencial de crescimento - novos investimentos de fundos em sustentabilidade ambiental não ajudarão apenas a combater as mudanças climáticas, mas também beneficiarão investidores individuais, bem como o sistema financeiro como um todo, como uma análise de rede do fundo da UE sugere a indústria . Examinamos as carteiras de mais de 23.000 fundos de investimento da UE, que incluem investimentos em ações e obrigações em 21.000 empresas. Também verificamos as emissões de gases de efeito estufa dessas empresas. Os insights são profundos:

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1. É necessário mais fundos verdes As carteiras de fundos ainda estão, em geral, subponderadas em empresas verdes e sobreponderadas em firmas marrons. A participação média da carteira em empresas verdes é de apenas 11%, enquanto a participação das exposições a empresas marrons tende a ser de cerca de 53%. Os fundos com as carteiras mais poluentes e, portanto, com maior espaço para melhorar a pegada de carbono de sua carteira, também são os maiores.

2. Os investidores se beneficiam da resiliência do fundo verde As carteiras de fundos verdes são mais diversificadas em relação a outros fundos. Em outras palavras, as carteiras de fundos verdes “rebanho” menos do que as carteiras de fundos marrons, que são muito mais semelhantes entre si. Choques financeiros relacionados ao clima, portanto, afetarão desproporcionalmente os fundos marrons de uma forma coordenada. Nossa análise sugere que, em tal cenário, os investidores em fundos marrons podem perder duas a três vezes mais do que em fundos verdes.

Por mais crítica que seja a mitigação, igual ou maior prioridade e atenção precisa ser focada na construção de resiliência

3. Fundos verdes trazem menor risco financeiro sistêmico Como suas carteiras são mais semelhantes, os fundos marrons são mais interconectados entre si, em comparação com os fundos verdes. Assim, os fundos marrons têm maior impacto sistêmico: eles contribuem mais para as perdas totais em todo o sistema do que os fundos verdes. Essas são três razões prementes para os investidores revisarem seus portfólios e considerarem os benefícios de longo prazo dos investimentos em fundos verdes.

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Os governos podem apoiar esse reequilíbrio, assim como a UE faz por meio do Acordo Verde Europeu. Os investidores precisam avaliar os fundos de investimento não apenas em termos de seu desempenho financeiro puro, mas também em relação à sua vulnerabilidade aos riscos relacionados ao clima. Maior transparência das estratégias de fundos ESG, mais detalhes sobre exposições de fundos a setores sensíveis ao clima e divulgações de emissões relacionadas a emissões de maior qualidade por empresas downstream são necessárias se quisermos permitir que investidores bem-intencionados tomem as decisões certas para o nosso planeta.

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Imagens comprovam que mundo tem um sério problema de desmatamento

Estudo usou uma projeção de aumento de um metro do nível do mar para ver quantas pessoas correm o risco de inundações em todo o mundo, eles descobriram que 410 milhões de pessoas viverão em áreas ameaçadas pela elevação do nível do mar, o que representa um aumento de 143 milhões dos que vivem atualmente em tais locais.

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m janeiro de 2021, o World Wildlife Fund (WWF) divulgou um relatório sobre o estado do problema mundial de desmatamento e 24 “frentes de desmatamento”, ou locais onde grandes áreas de floresta estão sob ameaça. O estudo concluiu que 106 milhões de acres (43 milhões de hectares) de floresta em todo o mundo foram destruídos nos últimos 13 anos. Graças ao crescimento das populações globais e ao aumento da demanda por recursos, como combustível, alimentos e terras, o desmatamento está causando estragos nas florestas em todo o mundo. Por exemplo, 30 milhões de acres (12 milhões de hectares) de cobertura de árvores tropicais foram perdidos somente em 2020, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Maryland. Aqui estão apenas algumas dessas “frentes de desmatamento” para mostrar a forte realização do desmatamento em todo o mundo.

*Papua, Indonésia A Indonésia responde por apenas 1% da superfície terrestre da Terra, mas as florestas tropicais que cobrem as 18.000 ilhas do país abrigam 10% das espécies de plantas do nosso planeta, de acordo com a NASA.

Fotos Copernicus Sentinel (2019)/ESA, Jason Houston/CCS, Laury Dauphin, Nasa, PF/Reprodução, Unsplash

No entanto, entre 2001 e 2020, Papua, também conhecida como Nova Guiné Ocidental, perdeu cerca de 1,7 milhões de acres (666.000 hectares) de cobertura de árvores, o que equivale a cerca de 546 milhões de toneladas (495 milhões de toneladas métricas) de emissões de CO2, de acordo com a Global Forest Watch. As imagens acima mostram a vasta clareira na floresta ao redor do rio Digul da Indonésia. Os satélite de observação da Terra Landsat 5 e Landsat 8 capturaram as imagens em 20 de novembro de 2002 e 27 de novembro de 2019.

Uma imagem aérea do desmatamento em Balikpapan, East kalimantan, Bornéu

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Bornéu, Indonésia As plantações de palmeiras representam uma das maiores ameaças ao Coração de Bornéu - a parte principal da ilha indonésia onde as florestas ainda estão intactas, cobrindo uma área do tamanho de Utah. Como fonte barata de óleo para alimentos e combustível, o óleo de palma é uma commodity quente na Indonésia; no entanto, o óleo de palma também levou à perda de pelo menos 39% da cobertura de árvores de Bornéu. Mais de 90% da produção global de óleo de palma ocorre na Malásia e na Indonésia, de acordo com o WWF. Como resultado, inúmeras árvores foram cortadas para dar lugar às plantações de palmeiras; como essas árvores caíram, as populações de animais selvagens residentes também sofreram. Claro, a atividade humana não é a única ameaça às florestas da Indonésia. Como as temperaturas globais continuarem a aumentar, a ocorrência de incêndios florestais parece ser seguir o exemplo, de acordo com o Relatório Especial Ciência Clima: Quarta Avaliação Nacional do Clima, Volume I . Em 2019, incêndios florestais atingiram 3.311 milhas quadradas (8.575 km quadrados) da selva de Bornéu, liberando cerca de 690 milhões de toneladas (626 milhões de toneladas métricas) de dióxido de carbono entre agosto e outubro.

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O Gran Chaco, Argentina

Gran Chaco

O Gran Chaco é a segunda maior floresta da América do Sul e um hotspot para a vida selvagem, fornecendo habitat para cerca de 3.400 espécies de plantas, 500 espécies de pássaros e cerca de 150 espécies de mamíferos, de acordo com o WWF. O Gran Chaco, que se estende por cerca de 250.000 milhas quadradas (650.000 km quadrados), está sujeito a anos de desmatamento para o desenvolvimento agrícola. Entre 2010 e 2018, 11.000 milhas quadradas (29.000 km quadrados) de floresta foram convertidas em fazendas de soja e fazendas de gado, de acordo com a NASA . A imagem acima mostra uma parte da floresta na província de Salta, no norte da Argentina, que foi destruída e substituída por campos.

América do Sul - Peru Nos últimos 20 anos, a floresta amazônica peruana tem sido uma das áreas mais afetadas pelo desmatamento no mundo, de acordo com o WWF . Em 2015, 1.100 milhas quadradas (cerca de 2.800 km quadrados) das florestas do Peru foram cortadas a cada ano, com cerca de 80% do desmatamento causado pela extração ilegal de madeira, de acordo com o WWF . Uma região do Peru, chamada Madre de Dios, viu grandes perdas de floresta graças à mineração ilegal de ouro. Entre 2001 e 2020, a região de Madre de Dios perdeu cerca de 672.000 acres (272.000 hectares) de cobertura de árvores, de acordo com o Instituto de Engenharia e Tecnologia. Vista aérea do desmatamento químico causado pela mineração ilegal na região de Madre de Dios, sudeste do Peru

Imagem de satélite de uma área no Departamento de Santa Cruz da Bolívia

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Amazônia, Bolívia Desde 2000, a Bolívia perdeu 9,5% de sua cobertura florestal. Isso é equivalente a cerca de 15 milhões de acres (6,1 milhões de hectares) e 2,6 gigatoneladas de emissões de CO2, de acordo com a Global Forest Watch. Em Santa Cruz, o maior dos nove departamentos constituintes da Bolívia, vastas áreas de floresta tropical seca foram desmatadas para uso agrícola. Esta imagem composta foi criada pela combinação de três imagens tiradas pelo satélite Copernicus Sentinel-2 ao longo de 2019 e mostra as terras baixas bolivianas que foram transformadas em comunidades agrícolas desde os anos 1980, de acordo com a NASA . Cada um desses campos radiais tem cerca de 8 milhas quadradas (20 km quadrados) de tamanho, com um pequeno assentamento, incluindo uma igreja, escola e campo de futebol no centro de cada um.

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Desmatamento em Madagascar na agricultura de corte e queima, também conhecida como roça

África Oriental, Madagascar As florestas em todo o leste de Madagascar foram desmatadas para dar lugar ao desenvolvimento agrícola por muitos anos, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Agriculture, Ecosystems

and Environment. Desde 2000, o país perdeu 24% de sua cobertura de árvores, de acordo com o Global Forest Watch. Uma das principais causas do desmatamento em Madagascar é a agricultura de “corte e queima”, também conhecida como roça. Este método de desmatamento envolve o

corte de extensas áreas de florestas e a queima das árvores caídas. Seu objetivo é incorporar a biomassa das árvores ao solo, aumentando assim a fertilidade do solo para o benefício das culturas agrícolas, de acordo com a Enciclopédia de Ética Alimentar e Agrícola.

Amazônia - Brasil A floresta amazônica é a maior floresta tropical da Terra e abriga 10% de todas as espécies vegetais e animais. A floresta tropical faz parte do Bioma Amazônia, uma área que se estende por cerca de 3 milhões de milhas quadradas (6,7 milhões de quilômetros quadrados) e atravessa oito países. A floresta amazônica teve área desmatada de 1224 km² no mês de setembro, de acordo com os dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Isso ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro. E pelo quinto mês consecutivo, o Pará foi o que mais desmatou. Em setembro, o estado foi responsável por 39% da destruição da Amazônia, com 474 km². Essa área corresponde a quase metade do território de Belém. Entre os municípios, Portel, Pacajá, São Félix do Xingu e Itaituba, concentraram 35% da destruição da floresta no estado e estão entre as dez cidades que mais desmataram a Amazônia.

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