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26 DEZEMBRO

BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

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EDIÇÃO 237

R$ 19,99

FITA 2021 EXPO MARAJÓ EM DUBAI

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FEIRA PAN-AMERICANA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES www.paramais.com.br

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N E S TA E D I Ç Ã O 237 - DEZEMBRO - 2021

PUBLICAÇÃO

24ª FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

EDITORA CÍRIOS

ÍNDICE

9ª FEIRA INTERNACIONAL DE TURISMO DA AMAZÔNIA – FITA 2021

20 EMATER PROMOVE ÚLTIMA EDIÇÃO 2021 DO EMPÓRIO SUSTENTÁVEL E AGREGA RENDA EXTRA A PRODUTORES

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Carol Menezes (SECOM, Isabela Quirino (EGPA, Israel Pegado, John Letzing, Julie Rocha, Live Science, Luana Laboissiere (SECOM), Matt Kenion, Nature, OMS, Our World in Data, Paula Portilho, Ronaldo G. Hühn, Yasemin Saplakoglu; FOTOGRAFIAS: Alex Ribeiro, Banco de Imagens de Água Doce e Marinha, Divulgação, Divulgação Apex-Brasil, Erasmo Salomão/ MTur, Jader Paes e Marco Santos, Marcelo Seabra/ Ag.Pará, Ascom / IOEPA, Flavio Contente, Flavio Gusmão/MMFDH, Fórum Econômico Mundial, IBGE, Marcos BarbosaAgência Belém, Mário Quadros, Matt Kenion, Maycon Nunes, OMS, Shutterstock, Victor Johann / Ascom IOEPA, Unsplash, Willian Meira/MMFDH; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

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EXPO MARAJÓ NA EXPO 2020 DUBAI

28 A VARIANTE OMICRON: O QUE SABEMOS ATÉ AGORA

Nos campos do Marajó na Comunidade do Céu, em Soure. Foto: Flavio Contente/IMAGEMEMOVIMENTO

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CIC

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Natal e Ano Novo ainda em tempos de pandemia

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Setor de mineração tem que trabalhar para criar um futuro responsável

ST A

FAVOR POR

I LE ESTA REV

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Não deixe de comemorar...a confraternização é essencial

Natal e Ano Novo ainda em tempos de pandemia Como vai ser? Com certeza, a decoração do Natal será sempre a mesma, as luzes de sempre, os Papais-Noéis, já tradicional, claro que com a dependência do gosto e criatividade de cada um – variações no mesmo tema. Fotos Divulgação, Unsplash

P

ara muitos e sempre, toda essa preparação se torna única. Agora esse ano de 2021 será mais especial, o período trará a sensação de resgatar o amor e celebrar a vida, após um ano de muitos desafios. Se as reuniões do período anterior

ficaram marcadas pelo distanciamento entre inúmeras famílias, desta vez, abraços e beijos guardados há muito estarão de volta durante as ceias. Porém as festas de Natal e Ano-Novo continuarão diferentes em 2021. Isso, é claro, se você seguir todos os cuidados para

evitar a contaminação pela nova variante (contaminação) do coronavírus Ômicron. O ideal, inclusive, seria que as famílias e amigos se encontrassem parcialmente neste ano. Não realizar as reuniões familiares tão tradicionais nesta época, como se nada houvesse acontecido.

Matricule-se

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Feliz Natal e Próspero Ano Novo

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Em casa com familiares próximos, como pais e irmãos, faça como no seu dia a dia

Feliz Festas Natalinas

Para famílias que já estão em convívio diário, a confraternização pode e deve ser realizada seguindo os cuidados de higienização ao voltar da rua, por exemplo —adotados desde o início da pandemia. Agora, se a ideia é reunir vários grupos da família, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente se pessoas de grupo de risco estiverem no mesmo local. “Não é desejável juntar núcleos de famílias diferentes, essa é a regra número um. Mas sabemos que, no final do ano, as pessoas gostam de confraternizar. Então, a ideia é diminuir os riscos e minimizar as chances de transmissão”, dizem os infectologistas.

É É o n Diminuir os riscos e minimizar as chances de transmissão

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Av. Pad Ped


“Mantenha o isolamento domiciliar. Não convide pessoas para sua casa, não faça visitas, nem frequente eventos públicos lotados. Caso você faça parte ou mora com alguém que faz parte do grupo de risco para casos graves de COVID-19 (portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos), proteja-se e proteja sua família. Fique em casa e celebre apenas com as pessoas que já moram com você”. Natal e Novo Ano nos impõem sempre Renovação, sendo realmente importante: a união, a fé, a paz e a confraternização. Mas permanece a ideia do Natal, o nascimento, o recomeço permanente. Ainda esse ano, continuando diferente...com menos aglomerações, mais saudades e a convicção de que nada substitui o abraço físico de “Feliz Natal”.

As festas de Natal e Ano-Novo continuarão diferentes em 2021

Desafios de um novo normal que também trouxe lições importantes como a valorização de quem amamos e como é bom estar mais presente em casa com a Família.

Faça uma videochamada na tela de um tablet durante o Natal e confraternize

Que a união e a solidariedade tão presentes nesta época do ano permaneçam em todos os outros dias. A pandemia nos recordou que ninguém existe sozinho e a fragilidade coletiva será sempre de todos. Foi um ano que continuou difícil, repleto de desafios e aprendizados. Mas também foi possível descobrir novas formas de estar presente na vida das pessoas. Agora, perto ou longe, é tempo de celebrar e agradecer a Vida! Celebremos a luz do Natal que faz brotar em nossos corações a esperança de um novo tempo de Paz, Saúde e Amor. Com o avanço da vacinação as festas e eventos de maior porte podem voltar a ocorrer, mas por enquanto é importante ir acompanhando a flexibilização das medidas restritivas em cada região. Em razão da pandemia (variante Ômicron), lugares que pretendiam ficar mais cheios nas festas de fim de ano podem estar bem mais vazios nesse 2021/2022. Além disso, vale checar junto à prefeitura local as restrições do lugar que você pensa em viajar, já que isso também poderá variar a qualquer momento.

O mais importante é que tenhamos esperança acreditando sempre em um 2022 melhor!

É tempo de união, paz e reflexão... É tempo de acreditar e transformar o mundo num lugar onde todos os nossos sonhos se tornem realidade.

Av. Senador Lemos, 1560 Telégrafo Padre Eutíquio, 1198. Próximo ao Shopping. www.paramais.com.br Pedro Miranda, 1433. Esq. com a Barão do Triunfo.

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Aos nossos amigo um Feliz e Abençoado Natal e um prospero Ano Novo Uma Homenagem

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(91) 3222-4751 / 32224751 Pará+ 07 @casa_contente @casacontente

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Ocorreu de 1° a 5 de dezembro, na Arena Guilherme Paraense, priorizando inclusão, tecnologia, acessibilidade, juventude e homenageando os escritores Vicente Cecim, que faleceu em junho deste ano, e a pajé marajoara, Zeneida Lima, no Mangueirinho, em Belém Fotos Alex Ribeiro, Marcelo Seabra, Mário Quadros / Ag.Pará, Ascom / IOEPA, Marcos Barbosa-Agência Belém

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Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, realizou a 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, na avenida Augusto Montenegroos homenageados da edição foram o escritor Vicente Cecim, que faleceu em junho deste ano, e a pajé e escritora Zeneida Lima. Pela primeira vez sediada na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, em Belém, a Feira teve entrada gratuita. Os principais eixos norteadores do evento foram tecnologia, inclusão, acessibilidade e juventude. A Feira contou com 36 estandes e uma Arena Multivozes, direcionada para a arquibancada, onde o público pode se posicionar para acompanhar a programação.

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Na abertura oficial da Feira, o governador Helder Barbalho, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, demais autoridades, autores e artistas, incluindo a cantora Dona Onete –uma das homenageadas na edição de 2022

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Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho

Em seu pronunciamento, Helder Barbalho reiterou que a cultura é um dos pilares do governo do Pará, por isso sua gestão prioriza o incentivo à leitura e a valorização da cultura paraense e dos saberes amazônicos. O governador destacou a necessidade de garantir que todas as expressões criativas e inventivas sejam compreendidas por meio de ações transversais. “Essa Feira representa a retomada da oportunidade presencial de estarmos reunidos neste momento em favor da literatura, educação e conhecimento. Também é uma oportunidade para prestigiarmos os artistas paraenses e, claro, buscar fazer uma transição dentro de todos os cuidados sanitários. Ainda não estamos no tamanho da edição de 2019, mas já é um formato que as pessoas têm acesso à literatura”, ressaltou o governador. Organizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a programação da Feira Pan-Amazônica é diversificada e conta com espetáculos cênicos; recitações poéticas; teatro de bonecos; contação de his-

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No ginásio do Mangueirinho com público em rodízio para prevenção da Covid-19

tórias; Cine Curau, criado este ano para dar destaque às obras audiovisuais produzidas por Vicente Cecim; Papo Cabeça; rodas de conversa; Encontro Literário;

apresentações musicais com artistas paraenses e visitação guiada e gratuita ao Centro de Ciências e Planetário do Pará, próximo ao Mangueirinho.

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Destaques Homenageada em vida, a pajé e escritora Zeneida Lima destacou que nunca teve o trabalho reconhecido em solo paraense, daí sua felicidade em ser um dos destaques desta edição da Feira. “Nunca fui homenageada. Em nenhum Governo isso aconteceu; mas neste eu fui. Só tenho que agradecer. Todo mundo me homenageava, menos o Pará. Tenho 16 livros infantojuvenis, livros de poesias, lendas, e ninguém fez nada. Agora isso mudou”, disse a escritora. Filho do escritor homenageado Vicente Cecim, o fotógrafo Bruno Cecim disse que a homenagem ao pai simboliza a preservação do seu legado. “É uma grande honra estar representando meu pai. Estamos muito felizes. Quando ele soube que seria homenageado ainda estava em vida e comemorou. Um dia de muita felicidade, onde podemos falar um pouco mais deste grande escritor e valorizar esse grande legado que ficou”, declarou Bruno Cecim. Filho do escritor homenageado Vicente Cecim, o fotógrafo Bruno Cecim disse que a homenagem ao pai simboliza a preservação do seu legado. “É uma grande honra estar representando meu pai. Estamos muito felizes. Quando ele soube que seria homenageado ainda estava em vida e comemorou. Um dia de muita felicidade, onde podemos falar um pouco mais deste grande escritor e valorizar esse grande legado que ficou”, declarou Bruno Cecim.

A escritora e pajé Zeneida Lima agradeceu o reconhecimento

Bruno Cecim, filho do escritor homenageado Vicente Franz Cecim

Futuros homenageados Ainda durante a abertura, os organizadores anunciaram que o escritor Edir Augusto Proença e a cantora Dona Onete serão homenageados na próxima edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em 2022. “Esse evento é de extrema importância. São 24 edições, e eu estive presente em todas elas.

Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, participou da abertura da Feira Pan-Amazônica do Livro

Show da banda Fruto Sensual agradou aos visitantes no primeiro dia do evento

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Algumas lançando alguns livros, mas hoje estou na condição de prefeito, colaborando. A Feira é esse momento de alegria e afirmação. O futuro depende do alimento e amor que se dá pela leitura”, afirmou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. Após a solenidade de abertura oficial da Feira houve a apresentação musical da banda Fruto Sensual, que no palco externo mostrou um repertório bem popular. Por meio de cadastramento na plataforma Mapa Cultural do Pará, foram credenciadas e habilitadas 19 livrarias, sebos, distribuidoras e editoras de livros da região para participação na 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Também confirmaram presença três livrarias nacionais que atuam em Belém: Saraiva, Cultura e Boitempo.

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Saúde e segurança A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes conta com protocolos de segurança para prevenção da Covid-19, como a obrigatoriedade do uso de máscara, uso de álcool em gel (disponível em áreas de maior circulação) e orientação para evitar aglomerações. Para garantir maior segurança ao público infantil que participa do evento, os organizadores decidiram que crianças e seus acompanhantes terão acesso preferencial das 09 às 13 h, com orientação de permanecer no local até as 14 h. A partir das 14 h, os portões serão abertos para o público jovem e adulto. O objetivo é evitar a exposição das crianças ainda não vacinadas a uma maior circulação de pessoas. Ainda dentro dos protocolos sanitários exigidos pelos organizadores, a Feira vai contar com uma rotatividade de apenas 1.500 pessoas por turno no local dos estandes, e será exigida a apresentação da carteirinha de vacinação completa para as faixas etárias já incluídas na campanha de imunização contra a Covid-19.

Governador Helder Barbalho e a secretária Ursula Vidal em visita aos estandes da Feira

Inclusão e diversidade

Em visita ao estande da Cultura

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O governo do Estado busca tornar a Feira Pan-Amazônica do Livro cada vez mais inclusiva, diversa e democrática. A inclusão do conceito das Multivozes no nome do evento visa garantir a valorização e o reconhecimento da oralidade como elemento de formação cultural e simbólica, além de passar a dedicar um dia inteiro de programação ao fomento dessas múltiplas vozes, já que a Feira se consagra como um espaço de construção de identidades. Em 2019, a Feira deu espaço às vozes das mulheres, negros, povos originários, comunidade LGBTQI+ e coletivos urbanos da periferia, assim como às falas das diversas expressões artísticas e culturais. Neste ano, a 24ª edição da Feira abre espaço às vozes dos artistas homenageados, do autor paraense, da inclusão, da tecnologia e da juventude.

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Inclusão e diversidade marcando a programação No segundo dia, no palco da Arena Multivozes, a diversidade e a inclusão foram destaque com a participação de contadores de história e grupos artísticos formados por pessoas com deficiência. O espetáculo lítero-musical ‘Ybytu e as estrelas caladas’ trouxe a história do menino guerreiro que se depara com o desafio de proteger a floresta. Em seguida, a ‘História da Avó’ foi contada para o público, com promoção da Secretaria Municipal de Educação. Para a professora Alessandra do Socorro Costa, que trouxe um grupo de dez alunos da rede municipal, a programação é uma oportunidade de incentivar a literatura nas crianças por meio de diversas linguagens. “É um grande evento todos os anos, desta vez trouxemos uma pequena representação da nossa escola para conviverem com o mundo da leitura fora da sala de aula, conhecendo um pouco mais da nossa cultura, que não se restringe aos livros mas inclui música, contação de histórias, a oralidade. Estamos gostando muito”, avaliou a docente. A diversidade também esteve presente com a participação de pessoas com deficiência. Na plateia, Gardênia Ramos orgulhava-se do filho Carlos Eduardo Ramos, 9 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA) e integrava o grupo que apresentou ‘Poesias do Rap’. “A sensação é muito gratificante e feliz porque ele gosta, o autismo dele é leve. Nós como mães dos alunos estamos gostando muito”, conta. O Grupo Corpo e Arte da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) trouxe o espetáculo

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Espetáculo lítero-musical e com a participação de pessoas com deficiência na apresentação do “Poesias do Rap”

Durante uma das apresentações

‘Batuque’, baseado na obra de Bruno Menezes. Gemille Sales é professora do grupo e montou a apresentação.

“É uma justa homenagem ao nosso poeta paraense, nós mergulhamos na poesia da Nega e Marimbondo Sinhá para construir o espetáculo. São todas pessoas com deficiência que fazem parte desse processo e do grupo que se apresenta em festivais a fora. É de grande importância para os nossos alunos estarem em um evento como esse”, afirmou Gemille. Além das apresentações na Arena Multivozes, os stands da Feira estiveram movimentados, mas com tranquilidade. A família de Sérgio de Assis, inclusive, aproveitou o momento mais ameno da manhã para matar a saudade do evento presencial e fazer as escolhas literárias. “Para nós que sempre gostamos de participar, o ano passado fez uma falta muito grande. Matar a saudade, olhar, pesquisar tudo está sendo muito bom. Trabalhamos no fim de semana e além disso, por uma questão de segurança em saúde, escolhemos vir hoje para visitar cada stand com calma e também fica mais fácil comprar no começo”, contou.

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CredLivro

Estande da Imprensa Oficial, com lançamento de livros sobre trabalho infantil, culto a Nossa Senhora e crônicas de Baião, oficina de história em quadrinhos e a exposição ‘Infâncias Violadas’.

O Credlivro representa um investimento em conhecimento de quase R$ 4 milhões

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Também nesta edição da Feira, o Governo do Estado disponibilizou por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o CredLivro - sistema de crédito de livros voltado para profissionais da educação. O crédito de R$ 200 estará disponível automaticamente para todos os professores efetivos e algumas classes de técnicos durante o período da feira. O bônus virtual disponibilizado será cedido por meio de crédito bancário, vinculado à conta corrente do servidor. Todos os critérios sobre o benefício estão esclarecidos na lei ordinária nº 7.775, de 2013. O valor total cedido será de quase R$ 4 milhões e beneficiará 19.340 servidores. Cerca de 2.596 profissionais da UEPA também foram contemplados com o CredLivro, com verbas que variam de acordo com o nível de escolaridade, o valor total do benefício chega a R$ 665 mil. Profissionais da educação municipal também serão beneficiados com um sistema de crédito no valor de R$ 200, oferecido pela Prefeitura de Belém: o Bônus Livro. Este ano, o benefício se estenderá não somente a professores, mas a todos os profissionais da Secretaria Municipal de Educação, em uma inclusão inédita. O valor cedido será de R$ 1,4 milhão e deverá contemplar cerca de 6.549 servidores

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Conhecimento Segundo a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, “o Credlivro é uma iniciativa muito especial, que incentiva o conhecimento, a cultura e a leitura. O Governo do Pará investe R$ 200,00 por servidor, para que eles possam adquirir as obras literárias que, em sua maioria, vão fazer parte das suas atividades pedagógicas. Não tenho dúvidas de que este grandioso evento será um sucesso e vai possibilitar a troca de experiências entre alunos, professores e a população como um todo”. Segundo a coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (Siebe), Sílvia Fernandes, a aquisição de livros visa à atualização e ao aperfeiçoamento pedagógico dos educadores da rede pública estadual. “O Credlivro faz parte de uma ação governamental que visa à valorização do servidor efetivo da rede estadual de ensino. O objetivo principal é contribuir para o desenvolvimento intelectual desses profissionais e incentivar que tenham uma rotina de leitura cada vez maior em seu dia a dia. Durante o evento, todo o suporte será disponibilizado aos colegas servidores e, caso haja algum problema nas compras, uma equipe estará de prontidão para auxiliar no que for necessário”, ressaltou.

Profissionais da educação foram beneficiados pelo bônus

Fiscais da Organização Pública de Belém atuam na frente do Mangueirinho para assegurar o direito de ir e vir dos visitantes da Feira Pan-Amazônica do Livro

A participação da Prefeitura de Belém Com a proposta de tornar Belém uma cidade educada, alfabetizada, inclusiva e leitora, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), participou da 24º Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Cada dia, o público teve a oportunidade de acompanhar uma vasta programação cultural.

Bonificação A Semec com recursos próprios investe R$ 1.283.200,00, divididos em créditos de R$ 200,00 para cada um dos 6.416 servidores da educação contemplados com essa bonificação, para a aquisição de livro.

Prefeitura de Belém garante bônus na Feira do Livro a todos os trabalhadores da educação

Estudantes municipais visitando a Feira

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O objetivo é aprimorar o conhecimento dos trabalhadores da educação municipal, com vistas a promover a melhoria pedagógica e a evolução da educação, a partir de uma ampla e diversificada literatura nacional e estrangeira disponível em grande evento na capital. Para ter acesso à bonificação, o servidor da educação, em efetivo exercício, deve confirmar seu nome na lista no estande do banco Banpará com a carteira de identidade. E, assim, garantir o direito ao cartão da Rede Compras, que poderá ser usado como débito na compra dos livros.

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e habilitadas 19 livrarias, sebos, distribuidoras e editoras de livros da região para participação na XXIV Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Também confirmaram presença três livrarias nacionais que atuam em Belém: Saraiva, Cultura e Fox, além da editora Boitempo. Para ter acesso à Feira era preciso carteira de vacinação contra covid-19.

Encontros literários, lançamentos Estudantes municipais participam de oficinas na Feira

Semec levou vasta programação cultural para Feira do Livro A Semec estará com um estande para apresentar as ações educativas da rede municipal de ensino por meio das 11 coordenações: Coordenação da Educação Infantil (Coei); Coordenação do Ensino Fundamental (Coef); Coordenação da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Coejai); Coordenação de Educação de Campo, das Águas e das Florestas (Coecaf) e Coordenação de Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e Refugiados (CEIIR).Além da Coordenação da Educação para as Relações Étnico-Raciais (Coderer); Departamento de Educação Física (Deef); Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube); Centro

de Formação de Educadores (CFE) “Paulo Freire”; Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) Gabriel Lima Mendes; e Núcleo de Informação Educativa (Nied). Por meio de cadastramento na plataforma Mapa Cultural do Pará, foram credenciadas

Um dos serviços disponíveis foi a visita guiada, em parceria com o coletivo Lamparina Acesa - Literatura Acessível, do Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (Cuma), da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A ação consiste em oferecer guia vidente - para pessoas cegas - e intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) – para pessoas surdas. As visitas guiadas estavam disponíveis todos os dias, das 9h às 21h.

João de Jesus Paes Loureiro contou que, no auge da pandemia de Covid-19, escreveu um novo poema

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Salomão Larêdo, Zélia Amador, Edyr Proença e João de Jesus Paes Loureiro, apresentaram ao público seus trabalhos mais recentes e debateram sobre a importância do incentivo à leitura e ações que fomentem essa prática.Desde 2019, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) vem tornando o evento literário mais inclusivo, diverso e democrático.

O conceito das Multivozes na exposição visa garantir um dia inteiro de programação dedicado a compreender e fomentar a cultura da diversidade, já que a Feira Pan-Amazônica do Livro se configura como um espaço de construção de identidades. O primeiro bate-papo teve como participantes a professora universitária Zélia Amador de Deus, militante do movimento negro e artista, e o jornalista, advogado, contista, poeta e romancista Salomão Larêdo. O segundo encontro reuniu o escritor e jornalista Edyr Proença, e o escritor, poeta e professor universitário João de Jesus Paes Loureiro.

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A mediação coube a Francisco Neto e Paulo Maués, respectivamente. Zélia Amador falou sobre os contos amazônicos que reflete em suas obras literárias. Ela disse que seu novo livro inaugura uma coletânea que aborda a cultura e a identidade negra, a qual descreve de maneira minuciosa as políticas afirmativas e o racismo. O exemplar já estava pronto há bastante tempo, mas devido à pandemia de Covid-19 não foi lançado.

Negritude O novo livro da escritora é “Caminhos Trilhados na Luta Antirracista”. O conjunto de textos reunidos nesta nova obra mostra a trajetória percorrida por Zélia Amador, incluindo sua participação na III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correta, ocorrida em Durban, na África do Sul - que deu origem à Declaração e ao Programa de

Zélia Amador de Deus abordou a coletânea sobre cultura e identidade negra

Ação de Durban -, até as recentes discussões que a escritora promove sobre diversos assuntos referentes à negritude, considerando os contextos e as mudanças políticas. Salomão Larêdo lançou quatro obras literárias do gênero romance: Olho de Boto; Antônia Salomão Larêdo lançou quatro obras

Cudefacho; Cabaré dos Bandidos e Pedral Canal do Inferno. Este último é um romance ficcional que surgiu de uma das muitas leituras que o escritor fez sobre o livro do engenheiro cametaense Ignácio Baptista de Moura (1857-1929), denominado “De Belém a S. João do Araguaia - Vale do Rio Tocantins”, publicado em 1910, e reeditado em 1989 pela Fundação Cultural do Pará (FCP e Secretaria de Estado de Cultura (Secult), como o livro 4 da coleção ‘’Lendo o Pará”. Há quase 30 anos Salomão Larêdo dedica-se à promoção da leitura, empenhado em formar leitores com consciência social, crítica e política. Ele destacou que “esta é uma grande oportunidade que a Feira Pan-Amazônica nos dá, para poder estar aqui e autografar a mais nova obra ‘Pedral Canal do Inferno’, a qual estou lançando aqui. Fico muito contente e feliz com a oportunidade, e a exposição abre a chance para nós trazermos outras obras literárias para o público leitor”.

“Raiar do dia”

Jornalista Edyr Proença

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Para o jornalista Edyr Proença, “o retorno das atividades é de suma importância, não somente por tudo que nós passamos. Uma noite que se abateu sobre a cultura paraense, e este evento representa o raiar do dia. Eu e um grupo de escritores estamos retornando com nossas atividades presenciais, mas é importante destacar que durante a pandemia nós montamos uma exposição para vender produtos originários da cultura paraense, o qual teve excelentes resultados, e novamente temos a oportunidade de expor nossos trabalhos”. Ainda no segundo encontro literário, o escritor João de Jesus Paes Loureiro contou que, no auge da pandemia de Covid-19, escreveu um novo poema retratando as angústias e notícias veiculadas nos meios de comunicação. A nova obra foi intitulada “Poema de amor e de ódio”, sendo recitada ao público presente na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.

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Vozes da inclusão Teatro, música, performances, entre outras atividades artísticas, marcaram o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, na Feira do Livro e das Multivozes. O dia de apresentações começou com um teatro de fantoches com o tema “Projeto Animal: zelo e cuidado sem igual”, da Escola Estadual Professor Acy de Jesus N. Barros Pereira. A ação contou com a participação de alunos em diversas áreas da produção, desenvolvendo o projeto de acordo com sua aptidão, como os alunos autistas que realizaram toda a produção de fantoches, com um resultado tão lindo que incentivou a potencialidade das crianças, segundo a professora Roma Arnoud, coordenadora do grupo de teatro. A apresentação do projeto “Viva a diversidade”, foi protagonizado por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia. As apresentações artísticas culturais ficaram por conta do Grupo Folclórico Vitória Régia, da Fundação Pestalozzi do Pará; do Centro Integrado de Educação Especial (CIEES), com a apresentação “Sons do Pará”; da Unidade Técnica José Álvares de Azevedo da Secretaria de Educação, que há 66 anos trabalha com a educação da pessoa com deficiência visual, com uma apresentação musical; e para finalizar, a apresentação cultural “A garça namoradeira”, do grupo de dança da Unidade Técnica Especializada Marly Fontenelle, de Santo Antônio do Tauá. As performances destacaram a importância da inclusão e da diversidade e promoveram, também, a valorização da cultura regional. Integrante do grupo Pestalozzi, Paulo Miranda dançou Carimbó com grupo e ressaltou a alegria de apresentar uma música paraense após o período de preparação.

Zélia Amador de Deus abordou a coletânea sobre cultura e identidade negra

Integrante do grupo Pestalozzi, Paulo Miranda dançou Carimbó

“Amo a dança e depois de tantos ensaios, é muito bom poder apresentar uma música do Pará que eu e meus colegas gostamos tanto”. O dançarino é deficiente intelectual e está no grupo há vinte anos. Um grande diferencial desta edição da Feira é o stand chamado “Planeta Acessibilidade”, que conta com cadeiras rolantes disponíveis para visitantes, além da visitação guiada pela feira, realizada pelo projeto “Lamparina Acesa”. O projeto também realizou a tradução e interpretação das programações culturais para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a áudio descrição, como forma de garantir a acessibilidade durante a Feira.

Secult lança o livro “Letras que Flutuam” A autora Fernanda Martins e sua obra literária

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Resgatar a tradição ribeirinha de pinturas dos nomes de barcos da Amazônia.

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Foi com esse objetivo que a autora Fernanda Martins criou sua obra literária, “Letras que Flutuam”, lançada) na Feira do Livro. Levando em consideração a Amazônia em suas diversas manifestações, Fernanda explica que a tradição particular de pintar barcos com nomes levou ao estudo de conhecer a origem e seus componentes para entender os métodos empregados, além de dar voz aos chamados ‘abridores de letras’. “O objetivo do livro é dar voz aos abridores de letras. Ele foi concebido a partir das falas deles próprios. Grande parte do livro são depoimentos dos abridores falando sobre o seu fazer, a sua história... e a partir disso construímos o livro, trazendo uma introdução do professor Loureiro e uma conclusão contando a história do projeto. Mas o livro em si é a fala do abridor sobre o seu saber”, conta Fernanda. Os abridores de letras são profissionais que colocam as letras e os nomes nos barcos, o que é considerada a etapa final do processo de construção do barco. “Uma característica que só existe na Amazônia”, ressaltou a autora.

Premiados comemoram publicação de obras via edital literário Prêmio Dalcídio Jurandir

A contação de história no estande da Ioepa chamou a atenção da garotada

Igor Marques recitou o poema vencedor do concurso (Sem mais, Adeus!) e depois recebeu a láurea da secretária de Cultura, Ursula Vidal

“A partir do momento em que ele se dá conta de que no Pará nós temos lendas e mitos, ele começa a entender que o homem amazônida também pensa e também reflete

sobre essa mitologia e o porquê das coisas. Então, ele quer descobrir isso, o que é pensar e o que é pensar a Amazônia”, comentou a autora, sobre a história do livro.

Grande movimento O movimento de visitantes dos quatro primeiros dias da 24ª Feira do Livro e das Multivozes foi uma surpresa geral. A Feira deste ano trouxe 36 estandes de livrarias, sebos e editoras locais. Diferente de outras edições, a organização não cobrou o aluguel dos espaços, mas em contrapartida pediu um percentual de livros de cada selecionado para que fossem doados a escolas e bibliotecas públicas da região. No palco da arena Multivozes, a manhã do domingo foi marcada por teatro com bonecos, contação de histórias e o espetáculo “O menino que sonhava ler o mundo”. Iniciativas voltadas para o público infantil e que também contaram com a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo a inclusão. No estande da Imprensa Oficial do Estado na Feira Pan-Amazônica do Livro teve a presença de escritores selecionados no Prêmio Dalcídio Jurandir, Declamação de poesias com apresentação de balé e muita emoção marcaram o lançamento da “Antologia Poética do Prêmio Dalcídio Jurandir e Poemas Complementares”, com a presença dos quatro autores premiados no edital público literário lançado pela Imprensa Oficial do Estado, em 2019.

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Maria de Fátima foi premiada pelo Araguaia, com o poema “O Boi Pavulagem”, e recebeu o prêmio Lica Oliveira, da Editora Ioepa

Pela manhã, as crianças também participaram das contações de histórias com Daniele Rodrigues e Nilo Souza, do grupo Gelacol, da Universidade Federal do Pará. Após recitar a poesia ganhadora (sem mais, adeus!), o poeta e professor especialista em Amazônia e Língua Portuguesa, Igor Barbosa Marques, de Benevides, representando a região do Guajará, disse se sentir privilegiado com a premiação. “É a primeira vez que participo do concurso e fico muito feliz. Dentre tantos que se inscreveram, somente quatro foram contemplados”, festejou ele, que foi contemplado com duas poesias no livro.

Encerramento da 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes Comemorando a presença de mais de 46.000 pessoas (média de cerca de 12 mil visitantes por dia) e a venda de mais de 35.000 Livros e arrecadação de cerca de Cr$3,4 milhões, em balanço parcial, com alta procura nos estandes e boas expectativas por parte da organização. O balanço oficial completo ainda será divulgado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult). O diretor de cultura da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Junior Soares, considera que a edição 2021 da feira foi um sucesso, mas considerando que não tem como comparar com as edições passadas realizadas no Centro de Convenções do Pará- Hangar, já que a estrutura é maior e, consequentemente, tornava o evento maior também. “Mas fizemos uma boa escolha porque nós conseguimos criar uma área de retaguarda em decorrência da limitação do público. Nós estabelecemos o número de 1.500 na área do espaço expositivo e quando ultrapassa o público aguarda na arquibancada com segurança. Em outros lugares não teríamos essa possibilidade “, destacou Soares. Dentro do que foi possível realiIntenso movimento de consumidores entre os estandes zar, acredito que a 24ª Feira PanAmazônica do Livro e das Multivozes, encerra com sucesso, pois mesmo nesse momento de pandemia foi possível contar com a parceria da população em entender a necessidade do uso da máscara, da vacinação e das demais formas controle sanitários, disse Junior Soares. Com relação à inclusão, ele pontuou que o evento atingiu seu objetivo, pois recebeu um número considerável de pessoas com diversos tipos de deficiências. “Quem circulou aqui viu os espaços adaptados com rampas, intérprete de libras e visitas guiadas, ou seja, do que planejamos ela aconteceu com sucesso que esperávamos. A feira já é uma marca consolidada que já tem um público”. Ainda segundo Junior Soares, os livreiros e a economia local foram beneficiados, pois houve uma vendagem expressiva e significou uma recuperação econômica para o setor, que também foi abalado pela pandemia.

A homenagem a mestre Vieira

Intenso movimento de consumidores entre os estandes

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O último dia, o domingo (5), foi marcado por homenagem ao Mestre Vieira, com uma das programações interativas da feira o bate-papo “Guitarrada: patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará”, que reuniu a jornalista Luciana Medeiros, o músico Bruno Rabelo e o historiador Luis Antônio Guimarães. Para finalizar a homenagem ao mestre, a programação musical da 24ª Feira Pan- Amazônica do Livro e das Multivozes encerrou com o grupo Os Dinâmicos, o primeiro grupo do mestre Vieira, com participação do mestre Curica. Pará+

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9ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia – Fita 2021

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Fotos Erasmo Salomão/MTur, Jader Paes e Marco Santos / Ag. Pará,

úsica, dança, manifestações artísticas, folclore e tradições culturais do Pará marcaram a cerimônia-show de abertura da 9ª FITA, na noite da última quinta-feira (25), no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. O evento contou com a presença do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, do secretário de Turismo do Pará, André Dias, além da deputada estadual Paula Gomes, da Comissão de Turismo da Alepa, do presidente da Fecomércio do Pará, Sebastião Campos, do superintendente do Sebrae-PA, Rubens Magno, entre outros dirigentes e autoridades da região Norte. “Estamos no centro do que vai ser a maior oportunidade do mundo no turismo de natureza: a Amazônia. O governo federal tem investido muito em portos e aeroportos, na vacinação também, no auxílio emergencial que salvou o Brasil de uma crise e a população.

Em Belém, FITA é aberta oficialmente com cerimônia-show e grande público

Ministro Gilson Machado Neto participando da FITA 2021 Secretário de Turismo do Pará, André Dias, e o ministro do Turismo, Gilson Machado na abertura da Fita 2021

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O turismo é uma atividade que vai ser tão importante na matriz econômica do País quanto é hoje o agronegócio”, afirmou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. “Não há como você viajar para o exterior hoje sem a pauta ser a Amazônia”, garante o titular do MTur. O ministro Gilson Machado Neto destacou a relevância de eventos do tipo para debater a recuperação do setor. “A FITA 2021 é muito importante para o setor turístico, ainda mais nesse momento de retomada das nossas atividades”, disse. “A região Norte do Brasil é única e seu potencial precisa ser conhecido. Quando o turista conhece a Amazônia, a gastronomia do Pará, as belezas do Rio Tapajós e a hospitalidade do povo paraense, ele nunca mais esquece”, acrescentou. Para Machado Neto, é preciso defender o país dos ataques infundados feitos no exterior. “O turista estrangeiro que conhece o Brasil se surpreende ao perceber que o que falam lá fora é mentira! A Amazônia não acabou. Ela está aí, firme e forte, para todo mundo ver, desfrutar e proteger. Somos o país mais preservado do mundo, sim!”, enfatizou. O Ministério do Turismo apoiou a realização da 9ª edição da FITA e conta com um estande de 52 metros no local. O espaço é dedicado a promoção das Rotas Integradas Amazônicas, um projeto do Ministério do Turismo que trabalha o desenvolvimento integrado de produtos ligados à natureza e à pesca esportiva nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

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André Dias, Secretário de Turismo do Pará

O secretário de Turismo do Pará, André Dias, agradeceu ao grande público presente no evento, bem como aos expositores que acreditaram na feira como potencial de negócios no setor. “Agora que flexibilizaram um pouco as restrições de deslocamento das pessoas, o mercado precisa de um impulso para voltar a crescer, para se recuperar do que passou. Foram vários meses com proibição de viagens praticamente. Agora a gente faz a FITA para que a gente possa dar esse gás ao mercado, promover o turismo para que a recuperação seja mais acelerada e ser líder da Amazônia no turismo, em conjunto com os demais estados da região, o que é algo inédito”, explicou.

Os estados vão promover a divulgação conjunta de produtos trabalhados individualmente pelos estados, além de reunir roteiros com perfis e atrativos turísticos similares para fortalecer a atratividade junto aos turistas nacionais e internacionais, tornando assim a região mais competitiva.

“Somos estados vizinhos com peculiaridades muito parecidas. O nosso diferencial é termos pesca esportiva o ano todo. Agora mesmo estamos aqui em Belém e também outra equipe nossa acompanha o I Torneio Esportivo de Pesca do Amapá, no município de Porto Grande.

Rotas Amazônicas Integradas Uma parceria inédita dos estados da Amazônia apresentada durante a FITA foi o projeto Rotas Amazônicas Integradas (RAI), que foi criado com apoio do Ministério do Turismo, reunindo os sete estados da região Norte do País, para promover o turismo de pesca esportiva na região amazônica.

A deputada Paula Gomes da Comissão de Turismo da Alepa, na ocasião que foi lançado o 1° Projeto de Turismo Criativo do Pará, pelo município de São João de Pirabas, no nordeste paraense,

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Despachamos para todo Brasil

Av. 25 de Setembro, 13 www.paramais.com.br ao lado da Feira da 25

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Na abertura oficial da Fita 2021

Alaercio Cardoso Secretário de Turismo de Santarém recebeu Secretário de Turismo do Pará, André Dias, junto com a Ilmara Amaral

Tradições culturais do Pará marcaram a cerimônia-show de abertura da 9ª FITA

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Na abordagem Políticas Públicas – Turismo, Cenários e Oportunidades, representantes do setor falaram sobre a importância do fomento e implementação de recursos para sustentação do turismo na região. O deputado federal Otávio Leite, que participou do painel de forma remota, abordou programas criados pelo governo federal para sustentar o setor em momentos de crise, principalmente durante a pandemia de Covid-19, como a Fungetur - linha de crédito para capital de giro destinada às empresas do setor do turismo, e o Programa “Não cancele, remarque”, que orienta os turistas sobre a importância de não cancelar, apenas adiar, as viagens e pacotes turísticos durante a pandemia.

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*Obs: Valor sujeito a correção

A Rotas Amazônicas Integradas vai contribuir para dar um boom nessa retomada do turismo”, comenta a secretária de Turismo do Amapá, Rosa Janaína Abdon. Ela disse ainda que o grupo trabalha para ter apoio da Embratur e do MTur na participação conjunta dos estados do Norte e Amazônia em feiras internacionais de turismo, a partir de janeiro de 2022. A FITA prosseguiu com o programa de capacitações pela manhã. “Rota Amazônia”, apresentada por Hugo Veiga – secretário adjunto de Cultura e Turismo do Maranhão; “Edital de Fomento a Eventos Turísticos”, com Allyson Neri de Oliveira, coordenador de Segmentação de Produtos Turísticos da Setur-PA; “ Um Norte para o Turismo do Brasil - As Rotas Amazônicas Integradas/ RAI” com exposição do superintendente de Turismo de Rondônia, Gilvan Júnior. E fechando a manhã, “Roteiros Geoturísticos - Possibilidades de um turismo alternativo para as cidades” com a professora doutora da UFPa, Maria Goretti da Costa Tavares. No turno da tarde, o painel de abertura debateu as “Políticas Públicas - Turismo, Cenários e Oportunidades”, com a participação do deputado federal, Otávio Leite (RJ); do secretário de Desenvolvimento e Competitividade do Ministério do Turismo (MTur), Fábio Pinheiro (DF); e do presidente da Goiás Turismo e presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Turismo (Fornatur), Fabrício Amaral (GO). A moderação será da deputada estadual Ana Cunha (PA). O painel seguinte, às 15h40, destacou “Desafios e Oportunidades da Gestão Descentralizada do Turismo”, com as presenças da secretária de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões do MTur, Débora Gonçalves; do presidente da Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), Mário Nascimento (RS); e do secretário municipal de Turismo de Parauapebas, Rodrigo Mota. A moderação foi do secretário municipal de Turismo de Santarém, Alaércio Cardoso.


*Obs: Valor sujeito a correção

No debate sobre aspectos essenciais para a retomada do setor

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“Nós passamos por um dos piores momentos do mundo. O setor, mais do que qualquer outro, agora começa a respirar. Esses programas e os incentivos foram fundamentais para manter o empreendedor, principalmente o período”, afirmou Otávio Leite. Outro assunto apresentado foi a nova forma de se produzir o turismo de experiência em todo o Estado, destacando a atenção aos municípios para fazer a distribuição correta de recursos e capacitação, a fim de aumentar a competitividade. “O estado não pode estar consolidado e os municípios em frangalhos. A pandemia nos ensinou que ela chegou pra todo mundo! Nós aprendemos a valorizar a criatividade e a reinvenção do setor. O turismo não pode ser mais o de prateleira. Temos que andar de mãos dadas com os municípios”, completou Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo e presidente do Fornatur - Fórum Nacional de Dirigentes de Turismo.

O secretário de Turismo do Pará, André Dias (d), com participantes da Feira Internacional

Tecnologias A implementação das tecnologias digitais também entrou na pauta de análise, destacando a conectividade que traz interação e distribui o turismo pelas regiões. O secretário de Estado de Turismo, André Dias, explicou que uma governança forte é aquela que se preocupa também com o desenvolvimento dos municípios. “É impossível nos dias atuais pensar em turismo e não incluir o digital. Nós precisamos traçar políticas públicas e investimentos para que o retorno chegue a quem está na ponta da cadeia do turismo. É preciso que o digital faça parte da experiência turística, e que seja a realidade em todas as regiões”, afirmou André Dias. Uma das maiores dificuldades atuais para alçar investimentos e traçar políticas públicas para o setor turístico é a falta de pesquisas e dados precisos.

A cada R$ 1,00 investido no setor, R$ 17,00 retornam para a economia

Não há dados concretos ou pesquisas para amparar o emprego de recursos financeiros de forma assertiva. “Não temos uma mecânica para contextualizar ou mensurar como e onde aplicar os recursos, ou de que forma. Não temos pesquisas pra isso ainda.

Preservação e conservação ambiental, não ter o turismo como única fonte de renda, proporcionar alternativas de trabalho e renda, respeitar o modo de vida das populações tradicionais, promover o fortalecimento das comunidades e a melhoria da qualidade de vida foram tópicos abordados durante o painel “Turismo em Unidades de Conservação”

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É preciso investir em pesquisa. Um dos poucos dados que temos, e que eu posso apresentar, é da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A cada R$ 1,00 investido no setor, R$ 17,00 retornam para a economia. Por isso sabemos que vale a pena investir no setor”, ressaltou Otávio Leite.

Capacitação Ainda foram discutidos os meios de investimentos do Fungetur e a complexidade sobre a geração de ICMS produzido pela cadeia turística, além da diminuição de custos fixos dos empreendedores e a importância de capacitar os gerenciadores de turismo. “Temos mais de 64 cursos gratuitos na plataforma do governo com diversas abordagens, como marketing digital e línguas estrangeiras. Além disso, capacitar aquele pequeno empreendedor que está na ponta é o grande desafio. Levar até ele a importância de melhorar o seu negócio”, disse Fábio Pinheiro, secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do Ministério do Turismo.

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Já no segundo painel do dia foram discutidos os desafios e as oportunidades da gestão descentralizada do turismo. A discussão girou em torno da integração entre municípios para propor uma distribuição econômica de atrativos que sejam fomentados de forma igualitária. A proposta é que todos os municípios possam crescer juntos, permitindo que o turista possa experimentar de forma diversificada o turismo de experiência.

Descentralização O palestrante Mario Nascimento, do Rio Grande do Sul, membro da Confederação Nacional de Municípios, disse que para isso ocorrer é necessário descentralizar o turismo. “Nós precisamos entender que cada cidade tem algo a apresentar e atrair turistas, assim como o turismo é incentivado nos grandes centros. É necessário fazer também no interior; dar a opção de experiência turística diversificada. Isso é um desafio”, completou.

O secretário municipal de Turismo de Parauapebas, Rodrigo Motta, informou que a região de Carajás é rica. Parauapebas é conhecida pelos seus atrativos

Parauapebas – destino anfitrião da FITA 2021 No estande do município na Feira Internacional de Turismo da Amazônia, o visitante conhece a história, cultura e demais atrativos do município. Foi uma iniciativa inédita do governo do Estado de, pela primeira vez em sua história, a FITA ter um município anfitrião, num gesto de reconhecimento e valorização da gestão municipal, do trabalho de prefeitos e secretários municipais no fortalecimento do turismo como atividade econômica, geradora de emprego e renda para a nossa população”, ressaltou o secretário de Estado de Turismo, André Dias. Com um roteiro variado, que oferece turismo de experiência, natureza e de aventura – modalidades que atraem visitantes do Brasil e de outros países -, Parauapebas já possui cinco opções de passeios: Rota das Águas, Rota Carajás, Rota Indígena, Rota do Búfalo e City Tour.

Na área urbana de Parauapebas pode ser feito o City Tour por pontos históricos e turísticos

Encerramento da Fita 2021 O resultado da 9ª Fita – Feira Internacional de Turismo da Amazônia, não poderia ter sido mais positivo dentro das expectativas de negócios, interação e conectividade entre

Teatro Sylvia Nunes repleto de representantes do Turismo de todos os estados e centenas de municípios amazônico

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expositores, agentes de viagem, operadores e público em geral. Disse o secretário de Turismo do Pará, André Dias. “Temos a impressão que superamos nossas expectativas mais realistas, principalmente em negócios gerados nos três dias de trabalho intenso. Os expositores ficaram felizes e satisfeitos e, desde já, aguardando ansiosos a 10ª edição da Fita, programada para junho de 2022”, destacou André Dias. Consagrada como a maior feira de Turismo do Norte do país, a 9ª Fita ocupou 1.800m² no Complexo Estação das Docas, em Belém, substituindo o Centro de Convenções Hangar onde foi realizada a última edição, em 2019. A Setur ainda não definiu o espaço para a feira do ano que vem, mas, segundo André Dias, a tendência é que seja mantida no Complexo das Docas, inclusive com o mesmo formato na distribuição do espaço para 50 expositores, teatro com 400 lugares e serviços próximos.

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Setor de mineração tem que trabalhar para criar um futuro responsável Fotos Instituto de Pesquisa Ambiental NUS, Nasa, Nature, Unsplash

O Fórum Intergovernamental sobre Mineração, Minerais, Metais e Desenvolvimento Sustentável (IGF) realizou sua 17ª reunião geral anual, com foco na “mineração para um futuro responsável e inclusivo”

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17ª Reunião Geral Anual (AGM) do Fórum Intergovernamental sobre Mineração, Minerais, Metais e Desenvolvimento Sustentável (IGF) teve como tema “Construindo Juntos o Amanhã: Minerando para um Futuro Responsável e Inclusivo”. A AGM foi realizada em meio a algumas das piores crises que o mundo já viu, incluindo mudanças climáticas e degradação ambiental, bem como a crise COVID-19 e seus impactos contínuos. Como contexto para o encontro, a transição de energia limpa requer um suprimento crescente de minerais e metais, com produção de grafite, lítio, cobalto e outros minerais projetada para aumentar em cerca de 500% até 2050, além dos três bilhões de toneladas de minerais e metais necessários para atender às crescentes demandas de energia eólica, solar e geotérmica. O setor de mineração está sendo chamado a fornecer esses metais e minerais enquanto continua a avaliar e gerenciar os impactos ambientais e sociais da mineração, em meio à crescente pressão dos investidores por requisitos ambientais, sociais e de governança (ESG). Uma sessão descreveu um futuro da mineração em que: os objetivos das empresas se alinham aos objetivos e aspirações dos governos e comunidades anfitriões; os materiais e minerais cruciais para a humanidade alcançar a transição energética necessária são produzidos de forma responsável e inclusiva; e as comunidades anfitriãs se beneficiam em vez de sofrer.

Assim, a indústria está trabalhando para se reposicionar para “fornecer esses minerais essenciais, garantindo que eles sejam extraídos e comercializados de maneira responsável”, conforme explica o Boletim de Negociações da Terra. A 17ª AGM considerou questões relacionadas à governança do setor, incluindo minerais críticos, gestão ambiental, ESIAs, mineração artesanal e de pequena escala (ASM), envolvimento da comunidade, igualdade de gênero, conteúdo local, parcerias, tributação e novas tecnologias. O setor de mineração deve responder a essas crises e está enfrentando apelos para fornecer os insumos minerais essenciais para apoiar a transição para fontes de energia limpa e intensivas em metais para combater as mudanças climáticas, bem como continuar a avaliar e gerenciar os impactos ambientais e sociais de mineração. Consequentemente, a 17ª AGM enfocou uma variedade de tópicos oportunos em torno da governança do setor de mineração, incluindo mineração artesanal e de pequena escala (ASM), envolvimento da comunidade, minerais críticos, gestão ambiental, avaliações de impacto ambiental e social (ESIA), igualdade de gênero, local conteúdo, parcerias, tributação e novas tecnologias. A AGM fornece uma plataforma comum para os estados membros do IGF, muitos dos quais são países em desenvolvimento, para compartilhar suas experiências e preocupações comuns relacionadas a essas questões. A Ferramenta de ESIA para Mineração (MET) do IGF, lançada durante a AGM, analisará as estruturas jurídicas ambientais e sociais, práticas e capacidade institucional dos países em relação a ESIAs para a indústria de mineração.

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Garimpeiros de ouro na comunidade Makong, distrito de Tonkolili, Serra Leoa

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Emater promove última edição 2021 do Empório Sustentável e agrega renda extra a produtores A iniciativa tem cadastrados 120 produtores de artesanato, gastronomia, produtos agrícola como mandioca e derivados e procura fortalecer a agricultura familiar

De acordo com a responsável pelo Empório Sustentável, a engenheira agrônoma da Emater Luciana Moreira, foram expostos e comercializados nesta última edição da Feira em 2021 produtos como plantas ornamentais, doces e salgados, geleias, mel, tucupi, maniva, galinha caipira e ovos; além de peças de artesanato como bonecas, biojóias e ecojóias. “Participam expositores dos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Moju, Barcarena, Benevides e Santa Bárbara. Nossa expectativa é realizar a próxima feira em janeiro”, contou. O evento, no Escritório Central da Emater, fez parte da programação alusiva ao aniversário do órgão estadual que completou 56 anos de atuação no setor agropecuário, estando presente nos 144 municípios paraenses.

Texto *Paula Portilho

Movimento na última edição 2021 do Empório Sustentável que incentiva os pequenos produtores à comercialização de seus produtos

(*) Ascom Emater

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rtesã de Belém, Daniely Farias, produz ecojóias e outros itens, através da técnica de quilling, a partir de caixas e bulas de medicamentos, que comercializa em feiras fixas e itinerantes, garantindo uma receita que quase um salário mínimo mensal. Daniely foi uma dos 50 expositores que participaram da feira do Empório Sustentável realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, em Marituba, Região Metropolitana de Belém, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará. Projeto da Emater, coordenado pelo Escritório Regional das Ilhas, o Empório Sustentável tem como objetivo fortalecer o desenvolvimento da agricultura familiar e incentivar os pequenos produtores na comercialização de seus produtos, possibilitando visibilidade através de espaços de venda direta ao consumidor. Ao todo, estão cadastrados 120 produtores de artesanato, gastronomia, produtos agrícola como mandioca e derivados. “Devido a acumulação de caixas e bulas de medicamentos, em razão de enfermidade do meu marido, em 2019, passei a produzir peças e acessórios. Consigo uma receita de quase um salário mínimo e em uma feira como esta consigo agregar até 30% na renda familiar”, ressalta a artesã que é atendida pela Emater desde 2019. www.paramais.com.br

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Durante a feira do Empório Sustentável realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, em Marituba

Durante a feira do Empório Sustentável realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, em Marituba Pará+

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Expo Marajó na Expo 2020 Dubai

Ocorreu entre os dias 10 e 19 de dezembro de 2021, no Pavilhão Brasil da Expo 2020 Dubai, com os objetivos de gerar oportunidades de negócios e atrair investimentos internacionais para proporcionar o desenvolvimento socioeconômico dos municípios do Marajó

Segundo a ministra Damares Alves “Os investimentos internacionais poderão colaborar para mitigar os efeitos das alterações climáticas, aproximar povos e culturas em prol da prosperidade local, promover a inclusão e a preservação da Amazônia, além de garantir acesso a direitos e serviços que a população ainda busca”. A Expo Marajó foi uma oportunidade de apresentar um novo modelo de desenvolvimento sustentável da Amazônia, partindo da preocupação com a violação de direitos humanos que ocorrem na região — principal fundamento do Programa Abrace o Marajó. Quem ganha com a iniciativa é a própria população local.

Fotos Arquivo Ag. Pará, Divulgação Apex-Brasil, Flavio Gusmão/MMFDH, Maycon Nunes, Willian Meira/MMFDH

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arquipélago do Marajó é composto por 2,5 mil ilhas divididas entre 16 municípios com uma população total de cerca de 570 mil habitantes. A região tem grande potencial de investimento em áreas como infraestrutura, bioeconomia, economia circular, inovação e turismo. No entanto, atualmente, apresenta um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país — possui oito municípios entre os 50 com pior IDH. O Governo Federal vem trabalhando para mudar este cenário. Desde 2020, já investiu cerca de R$ 950 milhões com o auxílio emergencial. Por meio do Programa Abrace o Marajó, coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ainda prevê investir, até 2023, R$ 720 milhões e quer atrair ainda mais recursos com essa exposição internacional.

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Vista aérea de Soure, a capital do Marajó

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“Preservar a Amazônia é fundamental, promover o bem-estar do povo que mora ali também. O mundo inteiro irá se encantar pelo Marajó”, disse o diretor do programa, Henrique Villa. Um portfólio com oito projetos a serem executados no Marajó foram fomentados na exposição com o objetivo de atrair investimentos. A estimativa é de que, juntos, possam receber cerca de R$ 15 milhões em recursos – que seriam voltados para a organização e fortalecimento da cadeia produtiva de açaí, da criação de búfalos, no apoio a criação de animais pelos povos e comunidades tradicionais e na produção de alimentos, na geração de energia verde (eólica), no combate à desnutrição infantil e no cultivo de peixes. Além disso, em encontros de oportunidades também foram apresentados projetos que visam melhorar a infraestrutura local, como o projeto do Anel Rodo-Hidroviário e da Ponte Marajó (Belém-Marajó Macapá-Oiapoque), que será um grande vetor de desenvolvimento regional e expansão social e econômica da região. O arquipélago também foi apresentado como um rico ponto turístico brasileiro. Dentre os principais atrativos, destacam-se as paisagens naturais com seus campos alagados, belas praias, rios com grande quantidade de peixes, rica fauna, trilhas ecológicas e fazendas centenárias de criação de búfalos.

Em um dos pavilhões da Expo 2020 Dubai o encontro com Yousuf Caires, vice-presidente sênior da Expo Live – fundação criada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) para atendimento aos mais vulneráveis ao redor do mundo, o Governo Federal estabeleceu os primeiros contatos que podem resultar em ações concretas de atendimento aos jovens dos 16 municípios Arquipélago do Marajó (PA)

A cultura diversificada está presente nos grupos folclóricos, culinária típica, artesanato marajoara, arquitetura antiga e ruínas históricas. Durante os dias de evento, a exposição contou com momentos de apresentações

culturais, dos sabores marajoaras (queijo de búfala, açaí, entre outros produtos agroecológicos), exposição fotográfica, além de debates sobre as ações que estão sendo realizadas no local pelo Programa Abrace o Marajó.

Turismo: qualificação das praias do arquipélago foram tema de discussão na Expo Marajó

A proposta é desenvolver modelos de praias estruturadas considerando as diretrizes do Programa Bandeira Azul, do Ministério do Turismo

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Para fortalecer o turismo no arquipélago do Marajó, o Governo Federal apresentou para investidores internacionais duas iniciativas que visam à qualificação das praias da região. O objetivo é atrair recursos para executar as obras em encontros de oportunidades e negócios, que ocorreram entre os dias 10 e 19 de dezembro, durante a Expo Marajó, no Pavilhão Brasil da Expo 2020 Dubai. O primeiro deles é a implantação, na Orla do Paracauari (Salvaterra), de estruturas integradas para a movimentação da bioeconomia local, turismo, negócios e lazer, agregando valor e trazendo emprego e renda para a região. A iniciativa está orçada em R$ 10 milhões.

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A estruturação e a qualificação das praias no Marajó também foram pauta das reuniões. A proposta é desenvolver modelos de praias estruturadas considerando as diretrizes do Programa Bandeira Azul, do Ministério do Turismo, que estabelece padrões de sustentabilidade socioambiental e melhorias na oferta e na qualidade dos serviços, contribuindo para o aumento da competitividade da praia enquanto produto turístico. O projeto prevê o investimento de R$ 1 milhão.

Abrace o Marajó

Os gestores da Petruz Açaí e o diretor do Programa Abrace o Marajó, Henrique Villa, na primeira reunião que teve como tema a produção de açaí e o seu papel no fomento da atividade econômica do Marajó

O Programa Abrace o Marajó foi instituído em março de 2020. É uma iniciativa do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) com gestão compartilhada entre a União, o Estado do Pará e os

16 municípios que compõem o Arquipélago, com foco na ampliação do acesso e na melhoria da entrega de políticas públicas à região. A estratégia de combater violações de direitos humanos por meio de ações coordenadas e integradas de desenvolvimento socioeconômico e ambiental em território selecionado vai ao encontro do conceito de desenvolvimento regional amplamente aceito. Reúnem 13 iniciativas de 16 órgãos do Governo Federal e da sociedade civil. O Programa Abrace o Marajó é uma iniciativa concreta de desenvolvimento regional tendo a Amazônia brasileira como pano de fundo e o arquipélago como território demonstrativo. No total, o governo prevê o investimento, até 2023, de R$ 720 milhões. Com a exposição internacional, a intenção é atrair ainda mais recursos para as ações.

Expo Dubai 2020 A Expo Dubai 2020 é uma importante plataforma de promoção da imagem do Brasil, abrangendo múltiplos temas de interesse nacional, como agronegócio, cultura, e-commerce, inovação, tecnologia e turismo. No total, são esperados 25 milhões de visitantes durante os seis meses de do evento. O tema da Expo Dubai é “Connecting Minds, Creating the Future” (Conectando as mentes, criando o futuro) e reúne delegação de cerca de 193 países. A Expo Marajó tem o patrocínio da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/Pará), da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Pará (Fecomércio/PA).

No Pavilhão Brasil réplica da rua “Vila Marajó”, uma cidade localizada no município de Afuá

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Uma das principais atrações, e que chama uma verdadeira multidão para invadir o Pavilhão, são as apresentações de danças. Ao som de carimbó, samba, chorinho, e até uma quadrilha de festa junina, os visitantes conhecem um pouco da cultura marajoara

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A variante Omicron

A variante Omicron: o que sabemos até agora Desde sua origem até seu provável impacto, aqui está tudo o que se sabe até agora sobre a Omicron

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m 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou uma nova variante do coronavírus “Omicron” e a designou como uma “ variante preocupante “. Mas o que torna essa variante do SARS-CoV-2 diferente e por que os cientistas estão preocupados com isso? Como a variante foi identificada recentemente, há muito que não sabemos sobre ela. Os cientistas estão preocupados com o fato de o Omicron ter um número muito alto de mutações, muitas delas em genes que codificam a proteína spike, que o coronavírus usa para se agarrar e invadir células humanas. As primeiras evidências sugerem que as pessoas que se recuperaram anteriormente do COVID-19 podem ter um risco maior de reinfecção com Omicron em comparação com variantes anteriores, de acordo com uma declaração da OMS.

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As pessoas fazem fila para embarcar em um voo da Air France para Paris no aeroporto OR Tambo em Joanesburgo, África do Sul, quando vários países anunciaram a proibição de viagens em resposta à variante Omicron do coronavírus.

Mas ainda não está claro quão severo ou transmissível é o Omicron, nem como as vacinas COVID-19 atuais se sairão contra ele. Os especialistas dizem que é provável que as vacinas sejam menos

eficazes devido a essas mutações, mas provavelmente ainda assim conferirão alguma proteção. Desde sua origem até seu provável impacto, aqui está tudo o que sabemos até agora sobre a Omicron.

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Origem Embora a África do Sul tenha sido a primeira a relatar o Omicron à OMS, não está claro de qual país a variante surgiu, de acordo com a NPR . Muitos países, desde então, proibiram viagens em muitos países do sul da África, incluindo a África do Sul. “Há muito pouca utilidade para esse tipo de proibição”, disse Saad Omer, diretor do Instituto de Saúde Global de Yale, ao NPR. Omicron também foi detectado no Canadá, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Escócia, Botswana, Israel, Austrália e Hong Kong. Os testes de PCR comuns podem detectar a variante Omicron e facilmente distingui-la de outras variantes devido a uma mutação em um dos três genes que o teste tem como alvo. “Usando essa abordagem, essa variante foi detectada em taxas mais rápidas do que picos anteriores de infecção”, de acordo com a OMS.

Mutações Omicron tem mais de 30 mutações nos genes que codificam para a proteína spike, de acordo com a Nature . Destas mutações, 10 estão no “domínio de ligação ao receptor”, ou a parte da proteína spike que se liga às células humanas, de acordo com o The Guardian . Enquanto isso, outras mutações, algumas das quais já haviam sido encontradas em variantes anteriores, são “preocupantes” e podem estar associadas a uma maior transmissibilidade ou podem ajudar o vírus a escapar das defesas imunológicas, de acordo com um informe técnico divulgado pela OMS em 28 de novembro. Os testes de PCR comuns podem detectar a variante Omicron e facilmente distingui-la de outras variantes

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O aumento ameaça ser o pior da África, disse Matshidiso Moeti, chefe da Organização Mundial da Saúde ( OMS) na África

Funcionários na África do Sul relataram Omicron (B.1.1.529) pela primeira vez à OMS em 24 de novembro, após um aumento acentuado de casos na província de Gauteng nas semanas anteriores. A primeira infecção conhecida e confirmada com Omicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro, e agora, o número de casos de Omicron está aumentando na África do Sul, de acordo com um comunicado da OMS . “A probabilidade de uma potencial disseminação da Omicron em nível global é alta”, de acordo com o comunicado.

Gravidade Ainda não se sabe se o Omicron causa doenças mais graves em comparação com as variantes anteriores. As primeiras evidências sugerem que as taxas de hospitalização estão aumentando na África do Sul, “mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando, e não como resultado de uma infecção específica com Omicron”, de acordo com a OMS. As primeiras infecções relatadas na África do Sul foram em estudantes universitários, que são “indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais branda”. No entanto, apenas cerca de 6% da população da África do Sul tem mais de 65 anos, de acordo com o Telegraph . Portanto, não está claro se a variante causará doenças mais graves em pessoas com maior risco, como pessoas mais velhas. Nenhuma evidência sólida sugere que os sintomas do Omicron diferem dos das variantes anteriores, de acordo com a OMS.

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Mas a Dra. Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, disse à BBC que os pacientes que ela atendeu até agora com a nova variante apresentaram sintomas “extremamente” leves. Das poucas dezenas de pacientes que ela viu recentemente com teste positivo para COVID-19, a maioria eram jovens saudáveis que apareceram “se sentindo tão cansados”, disse Coetzee ao Telegraph. Nenhum de seus pacientes apresentou perda de paladar ou olfato e nenhum precisou ser hospitalizado, de acordo com a BBC. No entanto, esses primeiros relatos anedóticos podem ser enganosos e ainda é muito cedo para dizer se o Omicron causa uma doença mais branda ou mais grave do que as variantes anteriores.

Transmissibilidade Ainda não está claro se o Omicron se espalha mais facilmente de pessoa para pessoa em comparação com as variantes anteriores.

Propaganda O número de pessoas na África do Sul com teste positivo para COVID-19 aumentou em áreas que lutam contra Omicron, mas ainda não está claro se o aumento pode ser explicado pela disseminação da nova variante ou outros fatores, de acordo com a OMS.

Eficácia da vacina Também não se sabe até que ponto as vacinas COVID-19 atuais serão eficazes contra o Omicron. A maioria das vacinas COVID-19, incluindo aquelas usadas nos Estados Unidos, prepara o sistema imunológico especificamente contra a proteína spike. Como o Omicron tem muitas mutações na proteína do pico, os especialistas estão preocupados que as vacinas atuais possam ser menos eficazes no treinamento do sistema imunológico para reconhecê-lo.

A OMS declarou a cepa B.1.1.529 de Covid-19, detectada pela primeira vez na África do Sul, como uma variante de preocupação e a rebatizou de Omicron

“Com base em muito trabalho que as pessoas fizeram em outras variantes e outras mutações, podemos ter certeza de que essas mutações vão causar uma queda apreciável na neutralização de anticorpos”, ou a capacidade dos anticorpos de se anexar aos vírus e impedi-los de invadir células humanas, disse Jesse Bloom, biólogo evolucionário do Fred Hutchinson Cancer Research Center em Seattle. Mas os especialistas disseram ao The Guardian que, embora as vacinas possam ser um pouco menos eficazes contra o Omicron em comparação com as variantes anteriores, provavelmente ainda conferirão alguma proteção. “Acho que um embotamento, em vez de uma perda completa [de imunidade], é o resultado mais provável”, disse Paul Morgan, imunologista da Universidade de Cardiff ao Guardian. Dr. Jesse Bloom, biólogo evolucionário em Seattle

“Embora alguns dos anticorpos e clones de células T sejam feitos contra versões anteriores do vírus , ou contra as vacinas podem não ser eficazes, haverá outras, que permanecerão eficazes. ”Além do mais, as células T, ou células imunológicas que atacam as células infectadas por vírus, podem ser mais “impermeáveis” às diferenças entre as variantes em comparação com os anticorpos, disse Danny Altmann, professor de imunologia do Imperial College London. Pesquisadores de todo o mundo - incluindo os da Pfizer-BioNTech e Moderna, os desenvolvedores das duas vacinas de mRNA COVID-19 amplamente utilizadas nos Estados Unidos - estão trabalhando para entender como as vacinas são eficazes contra a variante, de acordo com o The Times.

Propaganda “Se tivermos que fazer uma vacina totalmente nova, acho que será no início de 2022 antes que ela realmente esteja disponível em grandes quantidades”, disse Paul Burton, diretor médico da Moderna. As vacinas COVID-19 da Moderna e da Pfizer-BioNTech são baseadas na tecnologia de mRNA, que é mais rápida de desenvolver e editar em comparação com as vacinas anteriores, a Live Science relatou anteriormente. “O que é notável sobre as vacinas de mRNA, a plataforma Moderna, é que podemos nos mover muito rápido”, disse Burton. (*) Originalmente publicado na Live Science.

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