26 FEVEREIRO
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
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EDIÇÃO 239
R$ 19,99
O NOVO MUSEU DO MARAJÓ DESAFIOS DA LONGEVIDADE PARAGOMINAS É DESTAQUE SUSTENTÁVEL 12
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N E S TA E D I Ç Ã O 239 - FEVEREIRO - 2022
PUBLICAÇÃO
UMA GUERREIRA POR PARAGOMINAS!
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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
EDITORA CÍRIOS
ÍNDICE
GOVERNO DO PARÁ ENTREGA MUSEU DO MARAJÓ TOTALMENTE REFORMADO, EM CACHOEIRA DO ARARI
10 CPI DA VALE RETOMA OS TRABALHOS E APROVA CONVOCAÇÃO DE PREFEITOS PARA OITIVAS
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Abhinav Chugh, Ascom Quem São Eles, Governo do Pará (Secom), IBGE, Martha Deevy, Ronaldo G. Hühn, Sandro Destro Lima, Universidade de Cambridge; FOTOGRAFIAS: Agência Pará, AMA, Arquivo Pessoal, Ascom Samba Quem São Eles, Bruno Cecim / Ag. Pará, Celso Lobo, Divulgação, Dublin City University, Fernando Sette - Comus, Harvard Medical, IBGE, Internet, Oséas Santos/Alepa, Rogério Frutuoso, Nosso mundo em dados, Universidade de Cambridge, Unsplas, Unsplash/Sven Mieke, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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ESCOLA DE SAMBA QUEM SÃO ELES É TEMA DE ARTIGO CIENTÍFICO
16 A VIDA DE 100 ANOS. COMO PODEMOS ENFRENTAR OS DESAFIOS DA LONGEVIDADE?
Bela visão da Praça Célio Miranda , em Paragominas Foto: Rogério Frutuoso
22 Mobilizando o setor das PMEs para promover sustentabilidade e prosperidade generalizadas
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Em estudos de pesquisa e na vida real, os placebos têm um poderoso efeito curativo no corpo e na mente
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Expectativa de vida no Brasil tem alta de 2 meses e sobe para 76,8 ano
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FAVOR POR
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Uma guerreira por Paragominas! Defesa dos direitos das mulheres, geração de emprego, inclusão de pessoas com deficiência, cidadania. Estas são algumas das bandeiras da vereadora Tatiane Helena, presidente da Câmara Municipal de Paragominas, procuradora da Mulher da Câmara e filiada ao PTB.
Fotos Rogério Frutuoso
Vereadora Tatiane Helena, presidente da Câmara de Vereadores de Paragominas
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rotagonista de um novo tempo na política paragominense, Tatiane vem ganhando notoriedade no cenário político estadual. Única mulher entre os parlamentares da cidade, tem se destacado por projetos e ações que visam ampliar as políticas sociais para as mulheres, a vereadora se diz honrada e responsabilizada em representar as mulheres no parlamento local e tem abraçado a causa de promover o fortalecimento e a participação feminina nos espaços de poder e decisão.
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Sede da Câmara Municipal de Paragominas
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Desenvolve um trabalho profícuo em conjunto com os demais vereadores
Quebrando paradigmas, a presidente desenvolve um trabalho profícuo em conjunto com os demais vereadores. Na condução dos trabalhos legislativos desde janeiro de 2021, pauta-se pelo diálogo, firmeza, serenidade, articulação política e à participação popular. Tatiane Helena implementou uma série de inovações voltadas à transparência e modernização administrativa. Entre as suas principais realizações, destacam-se a devolução de R$737 mil de seu orçamento para a Prefeitura Municipal, referente à economia feita pelo Legislativo sobre o repasse do município à Casa; transmissão ao vivo das licitações; tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) dos trabalhos parlamentares; criação da Procuradoria da Mulher; redução do recesso parlamentar de 60 para 30 dias ao ano, como qualquer outro trabalhador; capacitação para vereadores, servidores e assessores; revitalização e readequação do prédio da câmara. Outro avanço da atual administração da câmara diz respeito a transparência pública. O site da câmara traz em tempo real, conforme manda a LAI - Lei de Acesso à Informação, todos os gastos e repasses que a câmara recebe.
A vereadora Tatiane Helena, presidente da Câmara Municipal de Paragominas, devolvendo R$737 mil de seu orçamento para a Prefeitura Municipal, referente à economia feita pelo Legislativo sobre o repasse do município à Casa
Quebrando paradigmas
Perfil
A Presidente da Câmara, Vereadora Tatiane Helena, que também é Procuradora Mulher, em bate-papo sobre ambiente saudável entre homens e mulheres, a Lei Maria da Penha, o ciclo da violência e direitos da mulher, em campanha pela paz nos lares e na sociedade www.paramais.com.br
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Tatiane Helena Soares Coelho nasceu em 03 de novembro de 1981, na cidade de Paragominas - PA. Está no segundo mandato. No primeiro, de 2016 a 2020, foi eleita com 1.194 votos. Neste segundo mandato, iniciado em 2021, obteve 1.433 votos, sendo a segunda mais votada entre os eleitos. É formada em Administração pela Unama, atualmente cursa Direito e Gestão Pública. Ativa em suas redes sociais, utiliza-as como canal direto para receber sugestões, denúncias, e melhorarias, através do mandato em movimento, se fazendo presente e conferindo as demandas recebidas. A descentralização das ações, atuando diretamente nos bairros, nas comunidades da zona rural e comunidades de povos indígenas, destaca-se na administração de Tatiane Helena. Pará+
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Projeto Paragoflores
Durante uma das programações alusivas ao aniversário do município, a presidente Tatiane Helena esteve representando a Câmara Municipal durante o lançamento do projeto Paragoflores
A ação que fez parte da programação alusiva ao aniversário do município, contou ainda com a participação dos vereadores Herbert Lima e Manoel Brasilino, o prefeito municipal Lucídio Paes, secretários de governo, e o apoio da Polícia Militar, da Defensorias Pública do Estado do Pará e de entidades de classe. O projeto completo objetiva o plantio 50 mil mudas que serão plantadas na avenida Tamandaré, às margens do Lago Verde.
Conversando com as mulheres indígenas das aldeias Canindé e Tekohaw
Descentralizar ações, estar próximo as comunidades A Vereadora Tatiane Helena esteve recentemente visitando as aldeias Canindé e Tekohaw atendendo ao convite dos líderes indígena. A visita teve o objetivo de conversar com as mulheres indígenas, conhecer suas necessidades, ouvir suas demandas e das comunidades, para fortalecer as políticas públicas para os povos dessas aldeias.
A realização da Câmara do Encontro Nada Sobre Nós Sem Nós, alusivo ao Dia Municipal do Surdo e ao Dia da Luta da Pessoa com Deficiência, contou com a presença de autoridades municipais e da comunidade que se reuniram com o propósito de debater políticas públicas voltadas para a inclusão social de pessoas com deficiência no nosso município e o combate ao preconceito em todas as suas faces. Diversas demandas foram acolhidas pela Câmara que se comprometeu a dar os devidos encaminhamentos junto aos órgãos competentes. A programação foi enriquecida por apresentações culturais cheias de emoção, oportunizadas por pessoas com deficiência auditiva e cadeirantes, demonstrando que a limitação física não é incapacitante, e sim, o preconceito.
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Solenidade de entrega do título de propriedade à UFRA, EETEPA e EMBRAPA UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Escola de Educação Tecnológica do Estado do Pará (EETEPA) receberam os títulos de posse dos terrenos que ocupam em Paragominas
Tatiane Helena, presidente da Câmara Municipal de Paragominas, agradecendo e parabenizando a família Barros de Lima que fizeram a doação do terreno onde estão instaladas as entidades
Estiveram presentes Roni de Azevedo – supervisor da Embrapa, Tatiane Helena – vereadora, Paulo Tocantins – ex-prefeito de Paragominas, Vera Vera Cruz – vice-prefeita, o reitor da UFRA – Marcel Botelho, e o doador do imóvel – Pérsio Barros de Lima.
Momento simbólico da Câmara da Paragominas realizando a concretização de um sonho
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o dia 22 de junho do ano passado, a Câmara participou da concretização de um sonho de toda uma cidade, com a entrega do título de propriedade dos terrenos onde foram instaladas a Embrapa, a UFRA e a Escola de Educação Tecnológica do Estado do Pará (EETEPA) e haviam sido cedidos para uso das instituições. que já atuam no nosso município, mas que ficavam limitadas pela falta desse documento.
Marcel Botelho, então reitor da UFRA já com o título de posse do terreno da UFRA, em Paragominas, entre Persio Barros de Lima e César Tenório
Além dos citados acima, que compuseram a mesa, participaram também a ex vice prefeita – Mozimeire Costa, o diretor superintendente do Sebrae Pará – Rubens Magno e o gerente da regional Capim – Igo Silva, Renato Quadros – Coordenador de Integração, e a diretora da EETEPA – Leila Cruz, entre outros poucos convidados.
Marcel Botelho, ex-reitor da UFRA, atual presidente da Fapespa, agradecendo a Tatiane Helena, o empenho para dar celeridade ao processo
Durante a entrega do título de propriedade à UFRA, EETEPA e EMBRAPA
Desde que recebeu a demanda, no início do ano, a Câmara se empenhou para dar celeridade ao processo e com o título as entidades possam pleitear recursos para a sua ampliação, contribuindo ainda mais com a produção científica e tecnológica no nosso município. De propriedade da família Barros de Lima, a área foi doada para que as mesmas possam ampliar suas atividades e proporcionar mais educação e tecnologia aos educandos e pesquisadores. Em cerimônia restrita, devido à pandemia da Covid-19, Pérsio Barros de Lima entregou os títulos definitivos de posse aos representantes da UFRA e Embrapa. www.paramais.com.br
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Pérsio Barros de Lima, agropecuarista e doador do imóvel
Não podemos deixar de agradecer e parabenizar à família Barros de Lima que fizeram a doação do terreno onde estão instaladas as entidades. Pará+
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Governo do Pará entrega Museu do Marajó totalmente reformado, em Cachoeira do Arari
Espaço de cultura conta agora com um grande salão de exposições, remanescente do museu original, incluindo fachada e área de exposições
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quinta-feira (03/02), foi de festa e celebração no município de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), devolveu ao povo paraense um importante ícone, símbolo da cultura, conhecimento e patrimônio marajoara: o Museu do Marajó. A instituição, fundada pelo padre Giovanni Gallo, foi totalmente reformada e requalificada e promete se somar a outros investimentos do governo naquela região que, em breve, se transformará em um dos maiores pólos de turismo e cultura do Pará. A cerimônia de entrega contou com a presença do governador Helder Barbalho, da primeira dama, Daniela Barbalho, do senador Jader Barbalho, da deputada Federal, Elcione Barbalho, da secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, do secretário Regional do Marajó, Jaime Barbosa, do prefeito de Cachoeira do Arari, Antônio Bambueta, entre outras autoridades.
Fotos Bruno Cecim / Ag.Pará
A programação iniciou com uma visita ao equipamento e continuou com cortejo do tradicional cordão do Gallo até o Ginásio Poliesportivo Manoel Xavier Barbosa, com shows de artistas locais e pronunciamento das autoridades.
Governador Helder Barbalho, e esposa Daniela Barbalho apreciando o patrimônio marajoara do Museu do Marajó
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O senador Jader Barbalho, inclusive, foi o autor da emenda parlamentar que garantiu a quantia de R$ 1 milhão para as obras. “A cultura marajoara é um patrimônio da história do Pará. E com este museu, certamente, nós temos a oportunidade, primeiro da preservação desta história, da valorização da memória do padre Giovanni Gallo, e a oportunidade para que novas gerações possam vir aqui conhecer, estudar, pesquisar, e valorizar aquilo que é feito pelo paraense. Nós temos muito o costume de sempre buscar fora aquilo que nos serve de referência. Acho que está na hora de a gente olhar pra dentro de casa e ver aquilo que se faz de tão bonito e ter orgulho, pertencimento daquilo que nossa cultura nos proporciona. Esse espaço é para isso: para mantermos a cultura e estimularmos pessoas a conhecer Cachoeira, vir conhecer o Marajó, e estimular através da cultura, o turismo, o lazer e claro, fazer com que os ensinamentos, o empirismo do Padre Gallo sirva sempre como referência, da importância do conhecimento do caboclo do Marajó”, destacou o governador Helder Barbalho.
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Na ocasião, o Chefe do Executivo também garantiu que o Governo já estruturou junto à Secretaria de Turismo um plano para que o município de Cachoeira possa integrar de turismo do arquipélago marajoara. “Com este museu, Cachoeira entra na rota e claro, impulsiona e estimula a iniciativa privada para investir na rede hoteleira, para restaurantes possam abrir, com o apoio do Sebrae para dar o suporte, incentivo para mão de obra, que necessariamente será demandado aqui. Portanto, esse museu chega com diversos componentes, mas acima de tudo em respeito ao Marajó”, completou Helder Barbalho. A cerimônia também contou com a participação animada de boa parte da comunidade, além dos diretores locais do Museu, que destacaram a alegria do momento, como Zezé Gama, conhecida como Dona Zezé. “Não tenho palavras para expressar a satisfação e a felicidade de conseguir viver o sonho do Padre Gallo realizado, porque há muito tempo ele ansiava esse apoio do Governo para que a gente conseguisse essa reforma. Ver isso aqui hoje, se concretizar, é uma satisfação muito grande.
Durante a cerimônia de entrega com a presença do governador Helder Barbalho, da primeiradama, Daniela Barbalho, do senador Jader Barbalho, da deputada Federal, Elcione Barbalho, da secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, do secretário Regional do Marajó, Jaime Barbosa, do prefeito de Cachoeira do Arari, Antônio Bambueta, entre outras autoridades
A única palavra é gratidão ao governo do Estado por ter abraçado esse desafio. Com essa inauguração, espero ver outra parte do sonho realizado, que era de que o Museu pudesse servir de pólo de desenvolvimento para o município”, afirmou dona Zezé.
Governador Helder Barbalho ressaltou a importância da cultura, história e memória do povo marajoara, com a entrega do novo Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari
O acervo sob o cuidado do Sistema Integrado de Museus e Memórias da Secult (SIMM), em parceria com a Diretoria do Museu, guarda fotos, peças de cerâmicas arqueológicas, artefatos de uso cotidiano, instrumentos de trabalho da população local, animais empalhados, computadores caipiras, além de apontar para o compromisso do fundador em fazer daquele lugar um ambiente que valoriza o homem marajoara, suas ideias, costumes, valores, pensamentos e integração do homem com a região.
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Para a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, a reforma, revitalização e requalificação do Museu do Marajó também abrange um espaço afetivo de pertencimento do povo de Cachoeira do Arari. “Este foi um dos trabalhos mais bonitos realizados por essa equipe. Um compromisso do Governo do Estado de entregar esse museu do tamanho que o coração, que o legado do Padre Gallo merece. Estamos devolvendo à população um espaço que conta a história da ocupação desse território, desses campos alagados, desses povos ancestrais que ocuparam essa região, com sociedades extremamente complexas. Com um acervo que esse museu tem, tão rico, tão importante com objetos que contam essas histórias de dinâmica de vida desse povo marajoara, desse vaqueiro marajoara, dessas crenças religiosas e desse sincretismo tão especial, dessa festividade do glorioso São Sebastião, que faz parte do cotidiano dessa gente. Vir ao Estado do Pará, com certeza, exige uma parada obrigatória de imersão nessa Amazônia profunda, nessa Amazônia dos campos marajoaras, nessa Amazônia dos encantos e o Museu do Marajó está pronto para receber todos os visitantes do mundo, para contarmos essa história”, reforçou a Secretária de Cultura. Há dois anos à frente do trabalho de arrolamento museológico do acervo do Museu, Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus e Memórias, destaca importantes pontos deste trabalho. “É uma satisfação muito grande, uma honra ter participado de um projeto como esse, de reintegração do Museu do Marajó. Foram dois anos de trabalho, desde 2020 com o arrolamento do acervo de milhares de peças que foram identificadas, que agora fazem parte de um sistema de dados que pertence ao Governo do Estado.
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Peças arqueológicas em exposição no Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari
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No grande salão de exposições patrimônio remanescente do museu original coletados durante anos pelo padre Giovanni Gallo, fundador do museu, e pela população local
Um Museu que está sendo reintegrado por esforço de toda essa equipe da Secult, do Sistema Integrado de Museus para que ele também se torne mais um espaço sistêmico aos outros que já existem no Estado, para que a gente possa daí aprofundar esse trabalho de consolidação de todos os aspectos que dizem respeito a um espaço de memória como esse, consolidar sua parte física, administrativa, pensar também o museu dentro de um modelo de sustentabilidade e o que é mais importante: um espaço que é uma mola de desenvolvimento social, econômico pra comunidade de Cachoeira do Arari e que também proporcionou a empregabilidade para essa comunidade. Foi uma honra muito grande trabalhar e agora reintegrar esse espaço a essa comunidade”, explica Armando.
Investimento O projeto arquitetônico de reforma do Museu do Marajó foi concebido pelo Departamento de Projetos da Secult após
diversas escutas e participação ativa da comunidade. Ele traz como conceito o diálogo entre a tradição e a contemporaneidade. Com uma área útil de 3.062m², o Museu do Marajó conta agora com um grande salão de exposições, remanescente do museu original, incluindo fachada e área de exposições. Na atual concepção museológica foram incluídos novos espaços associados ao grande salão original: como um novo acesso, através de um hall de entrada voltado para a rua principal, uma lojinha do Museu, área administrativa e apoio técnico, a casa do Padre Gallo, varandas externas voltadas para o bosque do Museu e um novo acesso coberto para a reserva técnica do complexo. Também foram incluídos no novo conceito um conjunto de banheiros públicos e circulações internas ajardinadas. “O governo do Pará está de parabéns por esta bela obra. O museu do Marajó é um patrimônio do povo Paraense, e é a prova do compromisso do governador Helder em
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levar as políticas públicas para todos os cantos do Pará. Hoje, os Marajoaras terão orgulho de ver sua história e sua cultura preservados em um espaço tão bonito”, destacou o Deputado Federal Beto Faro. Nas áreas externas, anexas ao pavilhão principal do Museu, foram incorporadas duas praças, uma interna que conecta o pavilhão principal do Museu à sepultura e à casa do padre Gallo, além da praça externa criada a partir da retirada dos muros do Museu ao longo da nova fachada principal, possibilitando uma interação direta com a cidade. Com a reforma, o Museu também recebeu novas instalações elétricas, hidrossanitárias, instalações de prevenção e combate à incêndios. Além de iluminação especial para a exposição e climatização geral. O investimento total foi de R$ R$ 3.876.302,95. (*) Governo do Pará (SECOM)
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O presidente deputado Eraldo Pimenta com os deputados Carlos Bordalo (vice-presidente), Igor Normando (relator) e Cilene Couto, durante a reunião ordinária da CPI da Vale, na Alepa
CPI da Vale retoma os trabalhos e aprova convocação de prefeitos para oitivas Fotos Celso Lobo, Ozéas Santos (AID/Alepa)
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ando continuidade aos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, que investiga a atuação da empresa Vale, realizou recentemente, na terça – feira (08/02), às 13h, reunião ordinária na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), para deliberar sobre as próximas ações da comissão. Conduzida pelo seu presidente, deputado Eraldo Pimenta, a reunião contou com a participação dos deputados Carlos Bordalo (vice-presidente), Igor Normando (relator) e Cilene Couto (membro da comissão). Entre as deliberações aprovadas estão a convocação de gestores municipais onde a mineradora possui projetos. Serão convocados a participar de oitivas, no dia 22 de fevereiro, a prefeita Josemira Gadelha, de Canaã dos Carajás; Júlio César Dairel, de Ourilândia do Norte; e João Cleber, de São Félix do Xingu. De acordo com Eraldo Pimenta, a CPI vem cumprindo o seu papel e conseguindo resultados. “Com a prorrogação da CPI, nós iremos continuar os trabalhos.
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Nós temos a certeza de que a partir das nossas ações a própria Vale passou a ficar mais prudente em várias questões, inclusive nas questões fiscais e tributárias. Parte desse nosso trabalho já vem dando resultados,
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como por exemplo, a negociação do Refis junto ao governo do Pará. Isso é uma precaução da empresa, por saber que estamos atuando nesse sentido, que é um dos principais focos da CPI”, afirmou o parlamentar.
Segundo Eraldo Pimenta, a partir da CPI, a Vale passou a ficar mais prudente em várias questões, inclusive nas questões fiscais e tributárias
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A CPI da Vale foi instalada em 26 de maio de 2021, por iniciativa do deputado Ozório Juvenil. A princípio, o prazo de funcionamento estabelecido era até setembro. O prazo foi prorrogado para dezembro e depois se estendeu até o próximo mês de abril para que as investigações e esclarecimentos sejam ampliados. Desde o início das atividades, os membros da comissão trabalham para apurar questões como a concessão de incentivos fiscais à empresa, o descumprimento de condicionantes, a ausência de segurança em barragens, repasses incorretos de recursos aos municípios e outros fatos ligados ao desenvolvimento do estado, como exemplo a ausência de projetos de verticalização da produção local. Nesse período, foram realizadas oitivas com executivos da mineradora, prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, e o presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro Pinto. Várias audiências públicas e diligências em áreas de atuação da mineradora também reforçaram os trabalhos de investigação. Os deputados visitaram o projeto ferro gusa (Marabá), o processo de produção de minas na Serra de Carajás (Parauapebas) e o projeto S11D (Canaã dos Carajás). Também conheceram as instalações e operações do Complexo Siderúrgico do Pecém (CSP), instalado desde 2016, em São Gonçalo do Amarante, no Estado do Ceará. A Vale registrou lucro líquido de R$ 30,56 bilhões no primeiro trimestre de 2021 e R$ 26 bilhões no ano de 2020.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a atuação da empresa Vale. S.A no Pará em uma das reuniões ordinária da CPI
O Pará responde pela liderança na mineração brasileira, com 51%, porém, esses resultados não contemplam na mesma proporção os investimentos aplicados pela empresa no estado.A companhia colhe altos lucros com a exploração mineral em solo paraense, mas gera contradições acerca dos seus propósitos de sustentabilidade ao meio ambiente e com as comunidades no entorno dos seus empreendimentos.
Cobranças Os deputados paraenses querem que a Vale cumpra suas promessas e priorize o Pará em seus investimentos. É em solo paraense que a empresa explora minérios e fatura bilhões, porém, ainda contribui pouco. Os parlamentares esperam há pelo menos 10 anos pela promessa de construção da Aços Laminados do Pará – a Alpa – em Marabá, uma promessa da mineradora que não saiu do papel.
Parlamentares esperam há pelo menos 10 anos pela promessa da Vale de construção da Aços Laminados do Pará – a Alpa
Outro investimento que os parlamentares cobram é a instalação de uma unidade do projeto “Tecnored”, que utiliza tecnologia produtora de ferro gusa de baixo carbono (gusa verde). Mas de dois anos já se passaram e o projeto não avançou. Um problema apontado é a inexistência de um plano de comunicação e de diálogo permanente com as comunidades que vivem no entorno dos empreendimentos com barragens no Pará, além da participação mínima de trabalhadores locais e das comunidades nos caminhos da empresa.
No Pará
A CPI busca apurar questões como a concessão de incentivos fiscais à empresa, o suposto descumprimento de condicionantes ambientais pela Vale, a ausência de segurança em barragens, se houve repasses incorretos de recursos aos municípios, e o cadastro geral dos processos minerários existentes na região.
A Vale possui uma longa trajetória no Pará. Em 1985, a Estrada de Ferro Carajás começou a operação de transporte de minério de ferro e manganês de Carajás até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. Em 2004, houve a inauguração da Mina do Sossego; em 2011, a primeira mina de níquel da Vale no Brasil, Onça Puma; e a implantação do Projeto S11D, em Canaã dos Carajás. Em 2012, começou a operar a segunda mina de cobre da Vale: mina do Salobo; e, em 2014, a fase de teste do projeto Serra Leste. Decorridos todos esses anos, a Vale opera no estado, sendo o maior complexo minerador do Brasil.
A comissão
Deputados que compõem a CPI da Vale, em Marabá, em uma das diligências nas instalações da mineradora Vale no Estado
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Integram a Comissão os deputados Eraldo Pimenta (presidente), Carlos Bordalo (vice-presidente), Igor Normando (relator), Cilene Couto, Ozório Juvenil, Miro Sanova e Eliel Faustino.
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Escola de Samba Quem São Eles é tema de artigo científico Pesquisa aborda o processo de verticalização do Umarizal e os seus impactos na cultura popular do bairro. Fotos Divulgação, Fernando Sette – Comus, Internet,
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Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Império do Samba Quem São Eles, que completa 76 anos de fundação, no próximo dia 28 de janeiro, foi tema de uma pesquisa científica, publicada na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, como parte de um projeto de iniciação científica do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia – UNIFAMAZ, de autoria do estudante de arquitetura e urbanismo Sandro Destro Lima, discente da instituição. A pesquisa, coordenada pelo Professor Me. Advaldo Castro Neto, intitulada “Memória de Belém: passado e presente, em suas esquinas, ruas e avenidas”, se debruça sobre a verticalização do espaço e suas consequências. O trabalho analisa as mudanças radicais pelas quais o bairro passou, partindo do fenômeno de gentrificação, que significa a elitização da malha urbana do Umarizal, que tem o metro quadrado mais caro da capital paraense. “Tais transformações refletiram drasticamente nos movimentos de cultura popular, já que o bairro era considerado um dos mais boêmios da Belém do início do século XX”, enfatiza o pesquisador.
Para Sandro Destro, a pesquisa revela como a ideia de reuso do espaço teve participação determinante no enfraquecimento e quase total extinção dos seus muitos grupos de cultura, já que o Umarizal se destacava, não, apenas, como o segundo bairro mais populoso de Belém, mas, principalmente, por ser o núcleo de maior efervescência cultural, com seus muitos grupos de bois-bumbás, lundus, bambiás e, sobretudo, blocos carnavalescos, como o “Tá Feio”, que originou a escola de samba, por exemplo. Entre os movimentos culturais existentes no âmbito do bairro do Umarizal, o pesquisador destaca a tradicional escola de samba ‘Quem São Eles’ por toda sua história, e, principalmente, por representar um marco de resistência importantíssimo para a preservação da identidade cultural local. Esses grupos, não raramente, orbitavam os também incontáveis terreiros de umbanda – que atraiam os grupos culturais de seu entorno, e contribuíam com esses movimentos – que também refletiam a religiosidade de matriz africana, tão presente, entre os moradores de então.
Paixão pelo samba
“Entender a importância do Império do Samba Quem São Eles para a identidade cultural do Umarizal, que passou por um processo segregador, onde a elite econômica que dominou o espaço e expulsou seus antigos moradores, é imprescindível”, aponta o autor do estudo. “É um fenômeno que acontece no mundo, inteiro, e tem uma metodologia sistêmica, cujo objetivo é substituir as linguagens culturais populares locais, que refletem o conjunto de valores e crenças de sua população, por outras, eminentemente elitistas, cuja falta de diálogo com as camadas mais vulneráveis socioeconomicamente, é apenas um de seus objetivos”, ressalta Destro.
Sandro, que também é produtor, músico e integrante da escola de samba, objeto de sua pesquisa, se diz duplamente honrado. “Já que tive o privilégio de pesquisar, além do tema que me é caro, como a história de Belém, um assunto que se soma à minha própria atuação, como produtor, abordando a importância do “Quenzão” para a cultura local e regional. Além disso, fui um dos idealizadores do enredo onde prestamos justíssima homenagem ao meu amado Colégio Estadual Paes de Carvalho, o vetusto CEPC”, diz.
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Sandro Destro Lima – Autor da pesquisa, discente do UNIFAMAZ
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O Império do Samba Quem São Eles homenageando o Colégio Estadual Paes de Carvalho com o enredo “A Beleza de Ser um Eterno Aprendiz”
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Resistência cultural O “Quenzão”, como é carinhosamente chamada a agremiação, pode ser considerado como um dos mais emblemáticos recortes sociais, vertiginosamente combatido pelo poder massacrante do capital, que se apropria dos espaços urbanos à medida em que expulsa sua população originária. “E, neste cenário, onde os equipamentos urbanos são pensados, planejados e erguidos, a fim de priorizar a segurança e o conforto da elite econômica, manifestações culturais de caráter popular são, não raramente, incluídas em seu planejamento estratégico, interpretadas, evidentemente, do ponto de vista dominante, que tenta ressignificá-las, atribuindo-lhe valores e status, antes, inexistentes, com o único objetivo de manter as camadas mais vulneráveis da sociedade, afastadas”, salienta o pesquisador. O estudo evidencia que existe uma substituição de narrativas culturais, que força a releitura de sua importância, neste caso, paradoxalmente desligada de seus atores pretéritos, que são substituídos por figuras alinhadas ao gosto e consumo da elite burguesa atual. Por conta do cenário provocado pela pandemia da Covid-19, revela, o pesquisador se viu obrigado a mudar o tema da pesquisa, para que pudesse, através do método da história oral, identificar e delimitar seu objeto de estudo. Por meio de depoimentos de antigos moradores e notórias personalidades, ligadas à escola de samba, como o arquiteto e carnavalesco Fernando Pessoa ou o mestre de bateria da agremiação, Pedro Paulo Júnior, por exemplo, foi possível conhecer parte dessa rica história. “Durante essas conversas, ficou claro que, se, por um lado, o bairro do Umarizal, ainda com suas características primitivas, como as vacarias, os alagados, as casas de pau-a-pi-
Alegoria da águia – um dos símbolos da escola de samba
Feliciano Marques - Porta-estandarte mais premiado do carnaval paraense
que cobertas com palha, e seus terreiros de umbanda, contribuíram, significativamente, para a formação da identidade cultural de
Porta-bandeira e mestre-sala - Luciana Melo e Breno Rodrigues
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Belém, ao mesmo tempo, sucumbiu ao processo de gentrificação, passando por lentas e progressivas melhorias urbanísticas, que desconstruíram suas tradições”, esclarece. Por todas essas questões, a agremiação carnavalesca representa mais que apenas uma escola de samba tradicional - que aglutinou os mais renomados artistas da capital, como poetas, músicos, compositores, escritores, dramaturgos, bailarinos, jornalistas, arquitetos, e toda uma gama de profissionais que tem seus nomes ligados à sua história – que merece respeito e atenção do poder público, sendo o último marco da herança cultural da comunidade, e sofre, sendo alvo de ações judiciais de uma elite que, antes, concorria para os seus badalados bailes de carnaval, mas que, agora, tenta silenciar a entidade que está ligada ao bairro, seja por sua história, seja por sua luta de preservação da cultura popular da capital do estado do Pará.
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Patrimônio de Belém
Sede da Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Império do Samba Quem São Eles à Tv. Alm. Wandenkolk, 1233
Valorizar sua importância e história, para a salvaguarda da cultura, exige enfrentamento ao conceito de revitalização ou requalificação, reabilitação, reuso que, muito além representar questões aparentemente técnicas, também pode revelar objetivos escusos, que permeiam o sistema através do qual se torna possível fazer uma leitura mais aproximada da realidade enfrentada por essa entidade da cultura popular, como último núcleo de resistência, na comunidade onde está inserida. Ao constatar as mudanças radicais, pelas quais o bairro passou, o estudo revela que, ao longo desse processo, não houve quaisquer preocupações com ações de inclusão e salvaguarda de suas tradições. “À medida que os condomínios eram construídos, se via o fim dos terreiros de umbanda que, por sua vez, deixaram de abrigar outras manifestações da cultura popular, como quadrilhas, cordões de pássaros etc, num efeito dominó, planejado e implantando, com esse objetivo”, lamenta o pesquisador. A pesquisa constatou que, deste cenário, restou, apenas, o Império do Samba Quem São Eles, que persiste, sob fogo cruzado e lutando para manter suas atividades, sempre atentos às pressões a que está submetido. Para o autor do estudo, “a resistência pode estar nas novas gerações, cabendo, à escola de samba, lançar mão de recursos
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que dialoguem com a juventude, através da ocupação de seu espaço, para que se torne um catalizador de outras manifestações populares, também dentro do bairro, e que pode agregar este público, ainda que reconheçamos a hercúlea tarefa de alcançar esse objetivo, sem apoio do poder público”, declara Destro.
Fazendo coro às palavras do autor da pesquisa, o samba exaltação do Quem São Eles, diz: “O meu samba tem orgulho de morar aqui / Esse é meu chão, Umarizal é meu lugar / Convido todos pra sambar e aplaudir / Escola do povo nosso show vai começar”.
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História
Ah, Tá feio
A Associação Recreativa Cultural e Carnavalesca Império do Samba Quem São Eles, foi fundada no dia 28 de janeiro de 1946, a partir de dissidências entre seus fundadores e os diretores da extinta escola de samba “Boêmios da Campina”. Segundo o jornalista Edgar Augusto Proença, um de seus grandes notáveis, o “Quenzão” surge, a partir de um incidente. Durante um de seus primeiros arrastões, talvez devido à falta de recursos, ou, mesmo, por se tratar de um grupo de incipientes ébrios do carnaval, tem-se notícias de que seu desfile não chamava a atenção do público, devido às condições precárias das fantasias, ao que, em determinado momento, alguém passou, olhou e disse: Como a irreverência e o carnaval parecem indissociáveis, o bloco passou a se apresentar com o nome de “Tá Feio”, resultando numa brincadeira, que deu certo, a dura até os dias de hoje. Somente dois anos, depois, é que seus fundadores decidiram mudar o nome do bloco para
O bloco carnavalesco “Tá Feio”, originou a Escola de Samba Quem São Eles no Umarizal
“Quem São Eles?”, com interrogação, inicialmente, ainda no bairro da Campina, onde funcionava uma sede improvisada, situada na rua 07 de Setembro, num prédio
que existe, ainda hoje, como fiel depositário – ou testemunha – da história do mais notável núcleo de resistência cultural do bairro do Umarizal.
Escritor e poeta João de Jesus Paes Loureiro e o saudoso maestro Waldemar Henrique ao lado do carro abre-alas do Império de Samba Quem São Eles, no carnaval de 1986, na avenida Doca de Souza Franco
A comemoração dos 76 anos da Escola de Samba Quem São Eles, foi na sede da Fundação Hemopa, em Belém, com o intuito de estimular o ato solidário de doação de sangue entre os brincantes e simpatizantes da agremiação carnavalescas, bem com sua comunidade do bairro do Umarizal
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Personalidades
Nas mais diversas áreas do conhecimento, ela abre caminhos que permitem o amadurecimento acadêmico de professores e alunos dedicados a procurar respostas, e sua realização, integrada à graduação, reflete a busca incessante do homem na solução dos problemas do cotidiano. O projeto de iniciação científica buscou produzir um memorial fisionômico da cidade de Belém do Pará, através de seus aspectos culturais, sociais e morfológicos, que tem, no artigo mencionado na matéria, um dos frutos deste trabalho, que trouxe uma importante contribuição à discussão do resgate histórico de uma manifestação cultural que influenciou na formação e organização espacial do bairro e da cidade.
Figuram, além de Edgar Augusto, entre suas grandes personalidades, Pedro Paulo Júnior, além de Neder Charone, Luiz Guilherme, Margarida Monchery, Davi Miguel, Fernando “Gogó de Ouro”, Nazaré Paes de Carvalho, Eduardo Vieira, Alcyr Guimarães, Simão Jatene, Margarida Malar, Edmilson Rodrigues, Jamil Mousinho, João de Jesus Paes Loureiro e muitos outros, que se destacaram nas artes e nas ciências, de modo geral, e marcaram seus nomes, na história da agremiação carnavalesca.
Sobre o artigo científico
Rita Lobato – Presidente do Império do Samba Quem São Eles
Prof. Me. Advaldo Castro – Coordenador da pesquisa: A ideia é refletir a cidade, através da memória histórica, oral e emotiva, a partir da perspectiva do urbanismo, como um ser vivo, que se transmuta, constantemente, e tem diversas funções.
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Neste sentido, as edificações arquitetônicas expressam um pensamento, uma forma de ser e existir socialmente, ou seja, um tempo histórico. A pesquisa teve e tem sua importância, justamente, na reflexão que levanta e levantou acerca da fisionomia da cidade de Belém e expressa não só suas belezas arquitetônicas e urbanísticas, mas sua feiura do não ordenamento planejado, da não continuidade e interesse com a história e do descaso com o patrimônio. Maravilhosa iniciativa, que contribui, significativamente, para exaltar nosso pavilhão grená e branco, e traz um alerta preocupante, sobre a cultura, especialmente o carnaval, que, em Belém, é resistência e razão de luta, por parte daqueles que o representam. A instituição acredita na iniciação científica/pesquisa, como um grande diferencial de desenvolvimento humano e mercadológico.
Profa. Dra.Liane Brito – Coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFAMAZ
☆Leia a matéria completa em: www.periodi-
corease.pro.br/rease/article/view/3362
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A vida de 100 anos. Como podemos enfrentar os desafios da longevidade? Reduções na mortalidade infantil, avanços em saneamento e medicina, educação pública e aumento dos padrões de vida trouxeram uma nova era de longevidade. Nossas instituições sociais, políticas econômicas e normas sociais não evoluíram para acompanhar essas rápidas mudanças. Martha Deevy explica por que precisamos começar a redesenhar instituições, práticas e normas para nos alinharmos com a realidade atual de uma vida útil de 100 anos Texto *Abhinav Chugh **Martha Deevy Fotos Dublin City University, Nosso mundo em dados, Unsplash/Sven Mieke, WEF
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uitas vezes confundimos as narrativas da sociedade envelhecida com um cenário de crise – uma economia engolida por um “tsunami cinza”. A insolvência da previdência social e dos fundos de pensão, que podem secar antes do fim das vidas, são alguns dos medos propagados por alguns. Essas visões estáticas vivem na suposição ultrapassada de que os idosos reduzem a produtividade econômica e drenam os recursos sociais. Podemos desafiar essa noção adotando uma perspectiva de longevidade voltada para o futuro sobre o potencial econômico de uma população com diversas idades. Este pode ser aquele em que vemos que os idosos podem contribuir de maneiras mais significativas e mensuráveis para o bem social e o progresso econômico.
A proporção da população com mais de 80 anos nos países ricos e da UE deve dobrar até 2050
Ao lançar as bases para uma sociedade mais saudável e mais equitativa, podemos compartilhar a diversidade de oportunidades apresentadas pela longevidade saudável entre raças, regiões geográficas e status socioeconômico.
Percebendo as oportunidades de longevidade saudável
Vidas mais longas e produtivas significarão grandes mudanças nas antigas regras do envelhecimento
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Nos últimos 200 anos, pessoas em todos os países do mundo alcançaram progressos impressionantes na saúde que levaram ao aumento da expectativa de vida. Estamos agora entrando em uma era sem precedentes de vidas longas. A maioria das crianças no mundo desenvolvido nascidas desde 2000 pode esperar viver até 100 anos ou mais.
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As implicações da vida de 100 anos para indivíduos, empresas, comunidades e governos serão profundas. Ainda assim, não é sua única responsabilidade reimaginar uma sociedade pronta para a longevidade – é um empreendimento de todos os setores, exigindo as melhores ideias do setor privado, governo, medicina, academia e filantropia. O Stanford Center on Longevity lançou uma iniciativa chamada The New Map of Life , acreditando que uma das transformações mais profundas da experiência humana exige mudanças igualmente importantes e criativas na forma como conduzimos essas vidas de 100 anos. Conversamos com Martha Deevy , diretora associada e pesquisadora sênior do Stanford Center on Longevity, sobre o que precisa ser feito antes que os jovens atuais se tornem os futuros idosos – e como aproveitar ao máximo os 30 anos extras de vida que teremos ter. Martha e sua equipe de especialistas também contribuíram para a plataforma de Inteligência Estratégica do Fórum Econômico Mundial com suas análises sobre Envelhecimento e Longevidade .
Comece a se concentrar na longevidade cedo O que o motivou a desenvolver sua experiência para se concentrar na preparação para a aposentadoria e na longevidade? Uma parte significativa da minha carreira profissional foi gasta em serviços financeiros, começando nos primórdios da internet e do comércio online. A internet apresentou uma plataforma totalmente nova para engajar investidores. Passamos muito tempo tentando fazer com que as pessoas economizassem mais e se preparassem para futuros financeiramente seguros. Algumas de nossas tentativas funcionaram, muitas não.
Se agirmos, os anos a mais podem melhorar a qualidade de vida em todas as idades
Eu me aposentei para ficar em casa com meu bebê e, quando estava perto dos 50 anos, quando a “velhice” parecia mais real, conheci a Dra. Laura Carstensen, psicóloga e fundadora do Stanford Center on Longevity. Ela queria criar um Centro para lidar com questões do mundo real sobre viver vidas longas (não apenas envelhecer). Ela estava contratando pessoas do “mundo real”, fora da academia, para ajudar a informar a agenda. A educação acontece cedo na vida. As pessoas iniciam suas carreiras profissionais aos 20 e poucos anos, com algumas permanecendo com o mesmo empregador até se aposentarem aos 65 anos.
Esse modelo pode parecer ultrapassado para pessoas que acabam vivendo 100 anos. O Centro visa reunir várias disciplinas; incluindo psicologia, sociologia, marketing, educação, economia, finanças, engenharia, políticas públicas, saúde pública e medicina. Examina como devemos mudar para otimizar nossas vidas de 100 anos. A ciência diz que, se você chegar à velhice, mas estiver fisicamente apto, financeiramente seguro e mentalmente afiado, muitos problemas da velhice começam a desaparecer. Então, desde o início, nos concentramos em mobilidade, aptidão cognitiva e segurança financeira.
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Despachamos para todo Brasil
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Nunca antes tantas gerações viveram ao mesmo tempo. O que nos levou a este ponto e que oportunidades isso traz para a força de trabalho global? A história de longevidade de hoje não é apenas sobre o envelhecimento de adultos. É realmente uma história de bebês. O aumento dramático na expectativa de vida aconteceu essencialmente porque menos bebês e jovens estavam morrendo. Em 1900, 25% dos bebês nascidos nos EUA morriam antes de completar cinco anos. A expectativa de vida aumentou, principalmente por salvar a vida de bebês. Assim também, temos programas de saúde pública, hidrovias mais limpas, leite pasteurizado, sistemas de coleta de lixo institucionalizados, vacinações e educação pública. Mais jovens têm a oportunidade de envelhecer e levar uma vida mais saudável. A história de longevidade de hoje não é sobre idosos, é realmente uma história de bebês. — Martha Deevy, Stanford Center on Longevity O impacto sobre a força de trabalho global é profundo, mas também ainda não percebido. Antes, teríamos três ou quatro gerações no mercado de trabalho. Agora, temos cinco e até seis gerações na força de trabalho. Embora os estereótipos de todas as gerações sejam abundantes, muitos não são verdadeiros. Um número crescente de pesquisas indica que as forças de trabalho multigeracionais são mais produtivas, apresentam taxas mais baixas de rotatividade de funcionários, têm níveis mais altos de satisfação dos funcionários e se sentem melhor em relação ao empregador. Isso é consistente com a literatura sobre a diversidade geral no local de trabalho. Há benefícios econômicos também - aumentos significativos no PIB ocorrem quando as pessoas permanecem parte da força de trabalho por mais tempo.
A aprendizagem ao longo da vida é a chave para a longevidade Muitas vezes, as narrativas da sociedade envelhecida retratam as últimas décadas da vida como um período marcado pela vulnerabilidade e dependência. O que é mais incompreendido sobre essa narrativa e o que significa adotar uma perspectiva de longevidade?
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Uma perspectiva comparativa – esperança de vida aos 10 anos (1750 - 2020)
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Tradicionalmente, a vida passa da infância para a educação, do trabalho para a aposentadoria. Vidas mais longas nos permitem estender todas as fases da vida. Podemos criar múltiplos caminhos que tecem períodos de educação, trabalho e cuidado ao longo de nossa trajetória de vida. Pesquisas mostram que deixar as crianças “ser crianças” por mais tempo pode trazer benefícios à saúde a longo prazo. A educação ao longo da vida também é um esforço que vale a pena. Vidas mais longas provavelmente significarão vidas de trabalho mais longas e devem incluir “rampas de entrada e saída” entre trabalho, intervalos e períodos de requalificação. Avanços médicos e tecnologias emergentes estendendo nossa expectativa de vida. No entanto, nossos sistemas de proteção social e aposentadoria não acompanharam isso. O que significa prontidão para aposentadoria e por que é importante? A prontidão para a aposentadoria refere-se a preparar-se e estar pronto para estar financeiramente seguro na aposentadoria. Este pode ser um período tradicionalmente definido como saída da força de trabalho ou, como é cada vez mais comum, um período de trabalho menos e mais flexível. Isso requer um plano e recursos financeiros para fornecer um padrão de vida desejado. Isso está se tornando cada vez mais importante, especialmente nos EUA, com os empregadores mudando de planos de pensão tradicionais (benefício definido) para planos de contribuição de empregados e planos voluntários (planos de contribuição definida). Os trabalhadores, cada vez mais, precisam ser mais autossuficientes na preparação para a aposentadoria enquanto se preparam para mais anos passados como aposentados. Um medo, de acordo com muitos especialistas, é que muitos aposentados possam viver além de seus recursos de renda de aposentadoria.
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Passos acionáveis para melhorar a longevidade Para enfrentar os desafios do envelhecimento e da longevidade, qual seria seu conselho para líderes do governo, empresas de saúde e seguradoras, para aproveitar ao máximo os 30 anos extras de vida?
* Fornecer acesso a serviços de saúde orientados para a prevenção e de qualidade para todos. * Invista em creches e educação infantil de alta qualidade. * Veja o valor de uma população de várias gerações nas comunidades e no local de trabalho. * Criar incentivos que encorajem os empregadores a contratar e reter trabalhadores mais velhos. * Incentivar as pessoas a trabalhar mais e se aposentar mais tarde. * Crie oportunidades de engajamento intergeracional. * Invista em cidades e comunidades “prontas para a longevidade” , repletas de espaços caminháveis, espaços verdes, bons transportes públicos, espaços para engajamento intergeracional e resilientes às mudanças climáticas. Dadas as fortes ligações entre educação, saúde e longevidade – como a aprendizagem ao longo da vida pode construir comunidades prontas para a longevidade? Viver vidas mais longas provavelmente levará a vidas de trabalho mais longas também. Há evidências crescentes de que trabalhar mais do que a idade tradicional de aposentadoria traz benefícios à saúde e à longevidade. É bom para a nossa saúde se permanecermos mentalmente, socialmente e fisicamente ativos por mais tempo. Vidas de trabalho mais longas exigirão reciclagem e requalificação.
Empregadores e educadores estão vendo a importância de criar programas e ambientes para apoiar isso. Uma iniciativa iniciada na Dublin City University é a Age-Friendly University Global Network. Esta é uma rede de instituições de ensino superior comprometidas em ser amigáveis e inclusivas com seus programas e políticas. (*) Líder de Conteúdo e Parcerias, Inteligência Estratégica, Fórum Econômico Mundial, (**) Diretora, Stanford Center on Longevity, Stanford University (*) As opiniões expressas neste artigo são apenas do autor e não do Fórum Econômico Mundial
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Expectativa de vida no Brasil tem alta de 2 meses e sobe para 76,8 ano Para os nascidos em 2019, a expectativa era viver, em média, até 76,6 anos. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos. A expectativa de vida do brasileiro divulgada ainda não incorpora no cálculo o aumento no número de mortes no País decorrente da pandemia de covid-19 Fotos Agência Pará, Divulgação, IBGE
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ara os nascidos em 2019, a expectativa era viver, em média, até 76,6 anos. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos. O aumento mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Dados da Tábua Completa de Mortalidade de 2020 mostram que, se um aumento extraordinário na mortalidade em decorrência da pandemia de covid-19 não tivesse ocorrido, a expectativa de vida do brasileiro teria aumentado dois meses e 26 dias no ano passado, passando de 76,6 anos em 2019 para 76,8 anos.
No entanto, é esperado que o aumento no número de óbitos por covid-19 tenha abreviado essa esperança de vida, dado que só deve aparecer nos números de 2022 (divulgados em 2023).
O órgão estatístico explica que para captar a realidade atual da expectativa de vida em meio à pandemia a metodologia de cálculo precisaria ser alterada, o que demanda tempo, discussão e mais informações.
As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 2020 publicadas pelo IBGE no Diário Oficial da União de 25/11/2021 (nota-tecnica-tabuas-de-mortalidade.pdf), fornecem os indicadores de mortalidade que seriam esperados caso o país não tivesse passado pela pandemia de Covid-19. Assim, se o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade em 2020, a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos para o total da população, com um acréscimo de 2 meses e 26 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2019 (76,6 anos). Para a população masculina, a esperança de vida Média de vida no Brasil sobe para 76,8 ano ao nascer seria de 73,3 anos, e, para as mulheres, de 80,3 anos, em 2020. Essa publicação das Tábuas de Mortalidade no Diário Oficial da União é feita pelo IBGE desde 1999, em cumprimento ao Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro daquele ano. Essas Tábuas de Mortalidade são calculadas a partir de projeções populacionais, baseadas nos dados dos censos demográficos. Essa metodologia, adotada pelo instituto desde 1991, é recomendada pelos organismos de cooperação internacional e reconhecida pelos usuários de nossos dados demográficos, incluindo órgãos públicos das três esferas de governo e as principais instituições acadêmicas do país. Após a divulgação dos resultados de cada Censo Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de mortalidade projetadas. As últimas tábuas foram construídas e projetadas a partir dos dados de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil. Da mesma forma, um novo conjunto de tábuas de mortalidade será elaborado após a publicação dos resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma estimativa mais precisa da população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na última década.
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“A divulgação por força da lei. A metodologia não poderia ser modificada agora. Alterar a metodologia requer estudos, requer dados mais sólidos”, explicou o IBGE. O IBGE divulga, anualmente, as Tábuas Completas de Mortalidade para o total da população brasileira, com data de referência em 1º de julho do ano anterior, em cumprimento à legislação, conforme o Artigo 2º do Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro de 1999. As informações sobre a expectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. A Tábua de 2021, com divulgação no ano que vem, também não será atualizada, ou seja, ainda trará os dados sob a metodologia atual, sem o impacto da pandemia.
Expectativa de vida 2021 não considerou efeitos da covid-19
Dados são projeção, diz nota técnica do IBGE Em nota, o IBGE explicou que as informações divulgadas na quinta-feira, 25/11/2021, são provenientes de uma projeção de mortalidade elaborada a partir de dados populacionais do Censo Demográfico 2010, além de notificações e registros oficiais de óbitos. As consequências da crise sanitária serão assimiladas quando as novas Tábuas de Mortalidade puderem usar como base os dados do Censo Demográfico 2022, “momento em que elas serão revistas, considerando-se uma estimativa mais precisa da população exposta ao risco de falecer, bem como os óbitos observados na última década”, informou o órgão. “As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 2020 advêm, pois, de uma projeção da mortalidade, sendo certo que esta não incorpora os efeitos da pandemia da doença por coronavírus - COVID-19, iniciada naquele ano e ainda em curso no Brasil e no mundo no ano de 2021”, justificou a nota técnica.
A metodologia de cálculo precisaria ser alterada
As tábuas publicadas na quinta recém passada, fornecem indicadores de mortalidade esperados caso o País não tivesse passado pela pandemia, mas a alta de óbitos causada pela crise sanitária pode ser constatada nas Estatísticas do Registro Civil, divulgadas também recentemente. Os dados apontaram uma alta de 14,9% no número de mortes em relação a 2019, sendo maior para homens (16,7%) do que para as mulheres (12,7%). Houve redução nas mortes para menores de 20 anos, mas concentração do aumento dos óbitos entre 60 e 80 anos.
Estatísticas do Registro Civil, divulgadas também recentemente
De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os bebês que nasceram em 2021 têm perspectiva de viver por 76,8 ano. Na foto a primeira bebê a nascer em 2021 na Santa Casa do Pará
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Esse aumento das mortes no ano de 2020, quando incorporado aos cálculos das Tábuas de Mortalidade, “deverá reduzir a expectativa de vida dos brasileiros nos anos afetados pela pandemia”, disse o IBGE na nota técnica.
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Em estudos de pesquisa e na vida real, os placebos têm um poderoso efeito curativo no corpo e na mente Fotos AMA, FDA, Harvard Medical School, Irving Kirsch, Unsplash
O conceito de placebos – que às vezes são chamados de “pílulas de açúcar” – existe desde o século XIX
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ocê já sentiu seus próprios ombros relaxarem quando viu um amigo receber uma massagem nos ombros? Para aqueles que disseram “sim”, parabéns, seu cérebro está usando seu poder para criar um “efeito placebo”.
Para aqueles que disseram “não”, você não está sozinho, mas felizmente, o cérebro é treinável. Desde 1800, a palavra placebo tem sido usada para se referir a um tratamento falso, ou seja, aquele que não contém nenhuma substância física ativa. Você pode ter ouvido falar de placebos chamados de “pílulas de açúcar”. Hoje, os placebos desempenham um papel crucial em estudos médicos em que alguns participantes recebem o tratamento contendo os ingredientes ativos do medicamento e outros recebem um placebo. Esses tipos de estudos ajudam a dizer aos pesquisadores quais medicamentos são eficazes e quão eficazes eles são. Surpreendentemente, porém, em algumas áreas da medicina, os próprios placebos proporcionam melhora clínica aos pacientes. Como dois psicólogos interessados em como os fatores psicológicos afetam as condições físicas e as crenças sobre a saúde mental , ajudamos nossos pacientes a se curarem de várias ameaças ao bem-estar . O efeito placebo poderia nos dizer algo novo sobre o poder de nossas mentes e como nossos corpos se curam?
Efeitos placebo na vida real Hoje, os cientistas definem esses chamados efeitos placebo como os resultados positivos que não podem ser cientificamente explicados pelos efeitos físicos do tratamento. Pesquisas sugerem que o efeito placebo é causado por expectativas positivas , a relação profissional-paciente e os rituais em torno do recebimento de cuidados médicos . Depressão, dor, fadiga, alergias, síndrome do intestino irritável , doença de Parkinson e até osteoartrite do joelho são apenas algumas das condições que respondem positivamente aos placebos . Apesar de sua eficácia, há estigma e debate sobre o uso de placebos na medicina americana . E na prática médica de rotina, raramente são usados de propósito. Mas, com base em uma nova compreensão de como os aspectos não farmacológicos do cuidado funcionam, a segurança e as preferências do paciente, alguns especialistas começaram a recomendar o aumento do uso de placebos na medicina .
Os medicamentos podem funcionar mesmo que não tenham ingrediente ativo
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Nesses casos, os desenvolvedores de medicamentos e pesquisadores às vezes veem os efeitos do placebo como um incômodo que mascara os benefícios do tratamento do medicamento fabricado. Isso cria um incentivo para os fabricantes de medicamentos tentarem acabar com os placebos para que os medicamentos passem nos testes da FDA. Os placebos são um problema tão grande para o empreendimento de desenvolvimento de medicamentos que uma empresa desenvolveu um roteiro de treinamento para desencorajar os pacientes que receberam placebos de relatar os benefícios.
Tratando a depressão
Estudos de imagens cerebrais mostram que o cérebro tem uma resposta identificável às expectativas e ao contexto que vêm com os placebos. Assista o vídeo em: www.bit.ly/neurociência-do-placebo A Food and Drug Administration dos EUA, a organização que regula quais medicamentos podem ir ao mercado consumidor, exige que todos os novos medicamentos sejam testados em ensaios controlados randomizados que demonstrem que são melhores do que os tratamentos com placebo.
Esta é uma parte importante para garantir que o público tenha acesso a medicamentos de alta qualidade. Mas estudos mostraram que o efeito placebo é tão forte que muitos medicamentos não proporcionam mais alívio do que os tratamentos com placebo.
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Antes da pandemia de COVID-19, cerca de 1 em cada 12 adultos dos EUA tinha diagnóstico de depressão . Durante a pandemia, esses números subiram para 1 em cada 3 adultos . Esse aumento acentuado ajuda a explicar por que US$ 26,25 bilhões em medicamentos antidepressivos foram usados em todo o mundo em 2020. Mas, de acordo com o psicólogo e especialista em placebo Irving Kirsch, que estuda os efeitos do placebo há décadas, grande parte do que torna os antidepressivos úteis para aliviar a depressão é o efeito placebo – em outras palavras, a crença de que a medicação será benéfica.
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Os placebos ativam os sistemas de cura existentes na mente e no corpo
A depressão não é a única condição para a qual os tratamentos médicos estão realmente funcionando no nível do placebo. Muitos médicos bem-intencionados oferecem tratamentos que parecem funcionar com base no fato de que os pacientes melhoram. Mas um estudo recente relatou que apenas 1 em cada 10 tratamentos médicos amostrados atendeu aos padrões do que é considerado por alguns como o padrão-ouro de evidência de alta qualidade, de acordo com um sistema de classificação de uma organização internacional sem fins lucrativos. Isso significa que muitos pacientes melhoram, mesmo que os tratamentos que recebem não tenham provado ser melhores do que o placebo.
Estudos mostraram que é ainda mais provável que eles se sintam melhor porque todos esses elementos transmitem sutilmente a mensagem de que devem ser bons tratamentos.
Parte da beleza dos placebos é que eles ativam os sistemas de cura existentes na mente e no corpo. Elementos do corpo antes considerados fora do controle de um indivíduo são agora conhecidos por serem modificáveis. Um exemplo lendário disso são os monges tibetanos que meditam para gerar calor corporal suficiente para secar lençóis molhados em temperaturas de 40 graus Fahrenheit. Um campo chamado Mind Body Medicine desenvolveu-se a partir do trabalho do cardiologista Herbert Benson, que observou aqueles monges e outros especialistas dominando o controle sobre os processos automáticos do corpo. É bem entendido na área médica que muitas doenças são agravadas pelas mudanças automáticas que ocorrem no corpo sob estresse. Se uma interação placebo reduz o estresse, pode reduzir certos sintomas de uma maneira cientificamente explicável. Os placebos também funcionam criando expectativas e respostas condicionadas.
Como funciona um placebo? O poder do placebo se resume ao poder da mente e à habilidade de uma pessoa em aproveitá-lo. Se um paciente tiver uma dor de cabeça tensional e seu médico de confiança lhe der um medicamento que ele acredita que irá tratá-lo, o alívio que eles esperam provavelmente diminuirá seu estresse. E como o estresse é um gatilho para dores de cabeça tensionais , a magia da resposta ao placebo não é mais tão misteriosa. Agora, digamos que o médico dê ao paciente uma pílula cara de marca para tomar várias vezes ao dia.
Mind Body Medicine
Universalmente aplicáveis
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A maioria das pessoas está familiarizada com o condicionamento pavloviano . Um sino é tocado antes de dar carne aos cães que os faz salivar. Eventualmente, o som do sino os faz salivar mesmo quando não recebem carne. Um estudo recente da Harvard Medical School usou com sucesso o mesmo princípio de condicionamento para ajudar os pacientes a usar menos medicação opióide para dor após cirurgia na coluna .Além disso, vários estudos de imagens cerebrais demonstram mudanças no cérebro em resposta a tratamentos com placebo bem-sucedidos para a dor. Esta é uma excelente notícia, dada a epidemia de opióides em andamento e a necessidade de ferramentas eficazes de gerenciamento da dor. Há até evidências de que indivíduos que respondem positivamente a placebos apresentam atividade aumentada em áreas do cérebro que liberam opióides naturais. E pesquisas emergentes sugerem que, mesmo quando as pessoas sabem que estão recebendo um placebo, o tratamento inativo ainda tem efeitos no cérebro e níveis relatados de melhora.
Os placebos não são tóxicos e são universalmente aplicáveis Além do crescente corpo de evidências em torno de sua eficácia, os placebos oferecem múltiplos benefícios. Eles não têm efeitos colaterais. Eles são baratos. Eles não são viciantes.
Eles fornecem esperança quando pode não haver um tratamento quimicamente ativo específico disponível. Eles mobilizam a própria capacidade de cura de uma pessoa por meio de múltiplos caminhos, incluindo aqueles estudados no campo da psiconeuroimunologia. Este é o estudo das relações entre o sistema imunológico, os hormônios e o sistema nervoso. Ao definir um placebo como o ato de estabelecer expectativas positivas e fornecer esperança por meio de interações psicossociais, fica claro que os placebos podem melhorar os tratamentos médicos tradicionais.
Usando placebos para ajudar as pessoas de forma ética O efeito placebo é reconhecido como sendo poderoso o suficiente para que a Associação Médica Americana considere ético usar placebos para melhorar a cura por conta própria ou com tratamentos médicos padrão se o paciente concordar com isso. Clinicamente, os médicos usam os princípios do
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placebo de uma maneira mais sutil do que é usado em estudos de pesquisa. Um estudo de 2013 do Reino Unido descobriu que 97% dos médicos reconheceram em uma pesquisa ter usado alguma forma de placebo durante sua carreira. Isso pode ser tão simples quanto expressar uma forte crença na probabilidade de um paciente se sentir melhor com qualquer tratamento que o médico prescreva, mesmo que o tratamento em si não seja quimicamente poderoso. Existe agora até mesmo uma Sociedade Internacional para Estudos Interdisciplinares de Placebo. Eles escreveram uma declaração de consenso sobre o uso de placebos na medicina e recomendações sobre como conversar com os pacientes sobre isso. No passado, os pacientes que melhoravam com o efeito placebo podiam se sentir constrangidos, como se sua doença não fosse real. Mas com a crescente aceitação e promoção dos efeitos placebo no campo médico, podemos imaginar um momento em que pacientes e médicos se orgulhem de sua habilidade em aproveitar a resposta placebo.
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Mobilizando o setor das PMEs para promover sustentabilidade e prosperidade generalizadas *Em colaboração com a Universidade de Cambridge, a Universidade Nacional de Cingapura e Organização de Empreendedores
Liderando o caminho em termos de preparação para o futuro
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Ao imaginarmos um futuro próspero pós-pandêmico, é fundamental entender como empresas de todos os tamanhos podem aumentar sua resiliência a esses choques, aproveite as oportunidades que podem surgem de tais mudanças e aumentam sua capacidade de gerar valor sustentável de longo prazo, abrangendo nas esferas social, ambiental e econômica. As PMEs representam cerca de 90% de todas as empresas globalmente, representam cerca de 70% do emprego e, por algumas estimativas, contribui com até 90% do PIB global. Ao contrário das grandes corporações, seu tamanho os torna mais ágeis na produção e integração inovações. Essas empresas desempenham papéis importantes não apenas na economia global e nos mercados de trabalho mas também em permitir, restringir e moldar a natureza da inovação nesses mercados.
s pequenas e médias empresas (PMEs), que representam cerca de 90% de todas as empresas em todo o mundo, fornecem cerca de 70% de todos os empregos e, segundo algumas estimativas, contribuem com até 70% do PIB global. Em um nível agregado, esses negócios desempenham um papel significativo em permitir, restringir e moldar a natureza do crescimento, inovação e sustentabilidade em nossas economias global, regional e local Este relatório revela o conjunto de capacidades organizacionais e orientações necessárias para que as PMEs se tornem preparadas para o futuro. Ele também destaca uma série de melhores práticas de PMEs, liderando o caminho em termos de preparação para o futuro. O documento baseia-se em uma análise aprofundada de mais de 200 artigos revisados por pares e no envolvimento de mais de 300 diretores executivos e fundadores de PMEs. Esses desafios incluem os impactos crescentes das mudanças climáticas, ruptura tecnológica, estratificação socioeconômica e sociais relacionados agitação, a pandemia de COVID-19 em curso e mudar as expectativas sobre o papel dos negócios dentro da sociedade.
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Apesar de suas contribuições únicas, as PMEs também enfrentam desafios únicos, muitas vezes intimamente ligados a suas sobrevivências, que não foram amplamente examinados dentro do contexto de sua preparação futura. Enquanto as PMEs podem se beneficiar de níveis mais altos de velocidade e agilidade, eles podem enfrentar restrições devido ao seu tamanho menor e acesso a recursos. Dado estes desafios e oportunidades, portanto, é fundamental para entender melhor a função e o posicionamento de PMEs na criação e manutenção do ímpeto para alcançar um impacto social e ambiental positivo generalizado e mudanças econômicas, não apenas hoje, mas, a maioria importante, para o futuro a longo prazo. Historicamente, as PMEs foram definidas pelo número de funcionários em tempo integral (FTEs) e / ou suas receitas. De acordo com a classificação da União Europeia, uma empresa é considerada uma pequena empresa quando emprega entre 10 e 49 FTEs e é uma empresa de médio porte quando tiver empregando entre 50 e 250 FTEs. Recentemente, o termo “médio” foi introduzido para reconhecer uma categoria de empresa localizada entre as PME e as grandes empresas. De tamanho médio a empresa atende a um de dois critérios: (1) ela emprega menos de 4.999 FTEs; ou (2) seu volume de negócios não exceda € 1,5 bilhão ($ 1,75 bilhão) ou tenha um saldo da folha total que não excedendo € 2 bilhões ($ 2,3 bilhões).
PMEs e empresas de médio porte
Empresas de médio porte podem ter mais portfólios de recursos mais consideráveis do que as PME tradicionais ou empregar mais funcionários, mas ainda não alcançam o escopo e a escala de grandes, muitas vezes multinacionais, organizações em suas operações. A natureza mutável dos negócios hoje começou a confundir as relações entre tamanho, receita e impacto de algumas empresas. Enquanto tamanho organizacional ainda pode ser um diferencial de recurso, este não é mais um indicador dessas oportunidade de impacto das organizações.
Definindo e entendendo a prontidão futura das PMEs Definir a prontidão futura e quebrar o conceito em seus diferentes drivers e sub-drivers nos permite identificar alavancas que permitirão às PMEs e empresas de médio porte para melhorar seus chances de sucesso ao gerar resultados positivos impacto no futuro.
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O que é prontidão para o futuro? A capacidade de identificar oportunidades para melhorar a preparação para o futuro não apoia apenas as próprias PMEs, mas também a sociedade como um todo, seja em termos de criação de empregos, crescimento inclusivo ou desenvolvimento sustentável. A prontidão para o futuro é definida aqui como um conjunto de capacidades e orientações organizacionais que permitem às empresas responder com sucesso a choques e aproveitar oportunidades que surgem de interrupções constantes. Para desenvolver uma compreensão abrangente da prontidão para o futuro, aplicamos várias metodologias de pesquisa diferentes, porém complementares. Compilamos literatura revisada por pares e consultamos especialistas da indústria e acadêmicos na elaboração da pesquisa de percepção quantitativa usada neste relatório.
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Além disso, conduzimos discussões em mesa redonda de alto nível e entrevistas qualitativas estruturadas com executivos de PMEs para obter uma compreensão mais profunda e matizada de seu envolvimento com a preparação para o futuro. Identificamos o seguinte como as três características principais das PMEs prontas para o futuro:
Capacidade adaptativa
Medindo a prontidão futura O crescimento sustentável foi medido por meio de: (a) desempenho financeiro das empresas em comparação com seus concorrentes no últimos três anos; e (b) o nível de inovação eles se envolvem (por exemplo, sua capacidade de fornecer aos clientes com produtos e / ou serviços exclusivos, desenvolver programas revolucionários de marketing e adotar a tecnologia mais recente em sua indústria). O impacto social foi medido pelo até que ponto as empresas buscam o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio de desenvolver indicadores de resultados específicos para medir suas contribuições positivas para os ODS, engajamento das partes interessadas e incorporação de consideração social e / ou ambiental em seus desempenho e estratégia.
A PME irá se destacar em sua resiliência e agilidade, permitindo-lhe se recuperar em tempos difíceis e aproveitar oportunidades em linha com um mercado em evolução à luz do ambiente em que as PMEs operam - onde a inovação é necessária para resolver problemas, consumidores e governos pressionam por agendas sustentáveis e a mudança é a única constante - empresas que atendem ao desafio tripartite de: (1) gerar crescimento sustentado; (2) criar impacto social e ambiental positivo; e (3) permanecer resiliente e ágil em tempos de volatilidade são considerados prontos para o futuro. 2.1 O que é prontidão para o futuro? O crescimento sustentável foi medido por meio de: (a) desempenho financeiro das empresas em comparação com seus concorrentes nos últimos três anos; e (b) o nível de inovação em que se envolvem (por exemplo, sua capacidade de fornecer aos clientes produtos e / ou serviços exclusivos, desenvolver programas de marketing revolucionários e adotar a tecnologia mais recente em sua indústria).
O impacto social foi dimensionado pela medida em que as empresas buscam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio do desenvolvimento de indicadores de resultados específicos para medir suas contribuições positivas para os ODS, o engajamento das partes interessadas e a incorporação de considerações sociais e / ou ambientais em seu desempenho e estratégia. A capacidade adaptativa foi medida pela capacidade das empresas de ser: (a) resilientes ao se recuperar de tempos de adversidade por meio de recursos financeiros e não financeiros disponíveis e orientação positiva; e (b) ágil respondendo rapidamente às mudanças na demanda do consumidor, reagindo ao lançamento de novos produtos ou serviços e reinventando e / ou reengenharia de seus produtos, serviços ou processos para melhor servir o mercado. Executamos modelos de regressão estatística e analisamos agrupamentos de organizações com base na região, especialização e tamanho. Os destaques de nossas descobertas são apresentados neste relatório.
Crescimento sustentável A PME será capaz de gerar força financeira duradoura impulsionada por modelos de negócios, produtos e / ou serviços inovadores Impacto social: o modelo de negócios da PME não só abordará externalidades potenciais positivas e negativas, mas seus resultados comerciais também afetarão a sociedade positivamente alinhado com os objetivos ambientais, sociais e de governança (ESG)
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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com
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O sistema é alimentado com resíduos orgânicos
Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor
O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações
O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão
O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.
O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.
Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.
Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.
O QUE COLOCAR NO SISTEMA
O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA
Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.
Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.
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