26 ABRIL
BELÉM-PARÁ
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ISSN 16776968
7 71677 6 961249
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EDIÇÃO 241
R$ 19,99
NASCENTE URAIM: O FUTURO É AGORA! O PODER DA BONDADE
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ARVORE DA VIDA DESACELERA MUDANÇAS CLIMÁTICAS www.paramais.com.br
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N E S TA E D I Ç Ã O 241 - ABRIL - 2022
PUBLICAÇÃO
PARÁ SEDIA ENCONTRO DE FÓRUNS DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO NORTE
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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
EDITORA CÍRIOS
ÍNDICE
12ª REUNIÃO ANUAL DA FORÇA- TAREFA DE GOVERNADORES PELO CLIMA E FLORESTAS
06 MUDANÇAS CLIMÁTICAS 2022: MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Aileen Ionescu Somers, Ascom Semas, Center for BrainHealth, Igor Nascimento, IPCC, Ronaldo G. Hühn, Sreevas Sahasranamam, Stephen Hill, Universidade do Texas; FOTOGRAFIAS: Ascom Semas, Center for BrainHealth, Chen Lab, Dael Sassoon, Denison Nascimento, Domínio Público CC0, GEM, Genomics England/Your Genome/Cancer Research, Igor Nascimento/Ascom Sedeme, IIAP, IMO, IPCC, Instituto de Babaham, James Reilly, Labs Cambridge Institute, NES, Paulo Roberto, Pixabay, Quang Ngoc Nguyen/ B.Grimm Power, Universidade de Exeter, Univer-sidade de Leeds, Universidade de Maryland, Universidade de Vermont, Universidade do Texas, Unsplash, Ximena Tagle, Washington University, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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“NASCENTE URAIM: O FUTURO É AGORA!”
22 6 TENDÊNCIAS DO EMPREENDEDORISMO GLOBAL
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FAVOR POR
O segredo da eterna juventude?
Quer ser sustentável e legal? Escolha mais ventiladores e menos ar condicionado
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O Poder da Bondade para melhorar a Saúde do Cérebro
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Dar abraços, as mãos e acariciar... Cientistas descobrem o circuito cerebral que transmite sensações...
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“Árvore da Vida” pode ajudar a desacelerar as mudanças climáticas
Durante campanha de educação ambiental para que a população de Paragominas fique atenta para a importância da água na vida de todos. Foto: Ascom Sanepar
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Pará sedia encontro de fóruns de micro e pequenas empresas do Norte Texto *Igor Nascimento Fotos Igor Nascimento/Ascom Sedeme
Evento promovido de forma hibrida, oportunizou a troca de experiências entre estados e o fomento à cultura empreendedora
Atualmente, os pequenos negócios representam 70% dos empregos gerados no Brasil, sendo o setor de serviços o que mais empregou. O Estado do Pará é o 10º que mais contratou entre os pequenos, por isso que é importante falarmos disso e de políticas que criam condições para que isso aconteça. Precisamos ter esse olhar de análise para verificar de que forma podemos apoiar”, explicou a subsecretária.
Caso de sucesso Na apresentação do Pará, o adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, e o Diretor de Indústria, Comércio e Serviços da Sedeme, Mauro Estado do Pará sediou, na terça- Exterior do Pará (Comex Pará), destinado ao Barbalho, destacaram as políticas públicas -feira (19/04), o Encontro dos fortalecimento das exportações no Estado. Por desenvolvidas pela gestão estadual, desde Fóruns Estaduais de Micro e isso, essa é uma oportunidade muito importante 2019, em prol das micro e pequenas emprePequenas Empresas da Região para apresentarmos esse ambiente de negócios sas, com ênfase para o que foi desenvolviNorte. O evento discutiu o fortalecimento criado aqui no Estado, com incentivos fiscais e do durante a pandemia. Entre os principais das atividades empreendedoras na região. regularização fundiária, que favorece cada vez destaques, estiveram o desenvolvimento do A representação do Pará ficou a cargo da mais o setor produtivo”, destacou o secretário programa Territórios pela Paz (TerPaz), que Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Sedeme, José Fernando Gomes Junior. ajuda a pacificar as comunidades e, conseEconômico, Mineração quentemente, contribui e Energia (Sedeme), que com a sobrevivência integra o Fórum Estadual dos micro e pequenos e atuou para a realização negócios, além de prodo evento, em parceria gramas de transferência com o governo federal. de renda e de finanCom participações do ciamento como Renda titular da Sedeme, José Pará, Fundo Esperança, Fernando Gomes Junior, Incentiva Mais Pará. Durante o Encontro dos Fóruns Estaduais de Micro e Pequenas Empresas da Região Norte, na Fiepa e da subsecretária de DeOutros destaques aponsenvolvimento das Micro tados pelos representane Pequenas Empresas do Ministério da EcoCaroline Bussato destacou a importância do tes da Sedeme foram o projeto Parcerias nomia, Caroline Bussato, o ‘Encontro’ reali- incentivo não apenas da cultura empreendedo- Pelo Pará, voltado para o fortalecimento das zado na sede da Federação das Indústrias do ra no País, mas também estratégias de fomento atividades produtivas dos municípios paPará (Fiepa), contou com apresentações dos que considerem os fortes impactos que os micro raenses, o festival cultural e gastronômico representantes dos estados e das entidades e pequenos negócios sofreram em razão da pan- Tempero de Origem e os Mini Festivais do ligadas ao tema. Foram abordadas ações vol- demia. “Sabemos que o segundo maior sonho Chocolate, Flores e Joias da Amazônia. O tadas para o fomento dos micro e pequenos do brasileiro é ter seu negócio próprio e que próximo encontro dos Fóruns, que reunirá negócios, oferecendo panoramas das ações somos a 7ª maior taxa inicial de empreendedo- representantes de todo o País na sede do de acordo com cada realidade regional. rismo e a 13ª taxa de empreendedores. Agora Ministério da Economia, será em Brasília Realizado de forma híbrida, o even- imagina se a gente tivesse uma cultura mais (DF), e está previsto para junho de 2022. to também significou uma oportunidade empreendedora no Brasil, onde poderíamos de troca de experiências entre estados e, chegar. São esses os pontos mais importantes (*) SEDEME << ainda, uma importante discussão sobre o dessa discussão que precisamos desenvolver. fomento à implementação e manutenção de negócios do gênero em todo o país. “O apoio às Micro e Pequenas Empresas nos quatro cantos do Estado é uma determinação do governador Helder Barbalho, por isso, desenvolvermos várias ações nesse sentido como, por exemplo, a condução das atividades do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e a retomada do Comitê de Comércio
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O projeto Territórios pela Paz (TerPaz) foi apresentado entre os principais destaques
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12ª Reunião Anual da ForçaTarefa de Governadores pelo Clima e Florestas Proteger a Floresta Amazônica e promover ações que diminuam os impactos das mudanças climáticas foram alguns dos objetivos da 12º Reunião Anual da CF Task Force, que aconteceu recentemente, em Manaus no Amazonas Fotos Ascom Semas
A comitiva paraense foi liderada pelo titular da Secretaria, Mauro O’de Almeida que representou o Governador do Estado, em Manaus
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om destaque mundial, a Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force) reuniu os membros de 38 Estados e províncias que cobrem mais de um terço das florestas tropicais do mundo, localizadas no Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Equador, Indonésia, México, Nigéria e Peru. O evento tem como foco principal discutir o equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável, além de possuir um olhar diferenciado para a população da floresta. A comitiva paraense que participa da 12ª edição da GCF foi liderada pelo secretário de meio ambiente e sustentabilidade, Mauro O’ de Almeida, que na ocasião representa o governador do Estado, Helder Barbalho. Integraram a comitiva também o diretor de planejamento e projetos especiais, Wendell Andrade e a diretora de bioeconomia, Camille Bemerguy.
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O evento foi realizado no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus. Durante o evento foram realizados debates e uma feira da bioeconomia amazônica das populações tradicionais, além da exposição de produtos, atividades integrativas. O GCF é uma força tarefa subnacional estabelecida com base em um memorando de en-
tendimentos, assinado em 2008, que fornece a base para a cooperação em inúmeros assuntos relacionados à política climática, financiamento, troca de tecnologia e pesquisa. Este grupo busca reunir a sociedade em geral e representantes do setor privado, governos, instituições, povos indígenas, populações tradicionais, entre outras para tratar sobre o assunto. O Amazonas foi escolhido como sede do evento por unanimidade, em maio de 2019, durante a última reunião do GCF realizada em Caquetá, na Colômbia. Com a presença de governadores de 38 estados e províncias de 10 países ao redor do mundo, o GCF Task Force retomou suas atividades após dois anos de hiato por conta da pandemia de Covid-19. A proposta foi retomar os trabalhos e reunir a sociedade em geral e representantes do setor privado, governos, instituições, povos indígenas, populações tradicionais, entre outras para um amplo debate sobre problemáticas e soluções para as mudanças climáticas e o desmatamento em Estados, e províncias de florestas tropicais.Antes mesmo da abertura oficial do evento, foi realizada a primeira reunião dos membros da GCF que contou com a aprovação, por unanimidade, do Plano de Ações de Manaus, (MAP, na sigla em inglês), inicialmente discutido, no ano passado, na Conferência das Partes, a COP26, em Glasgow, na Escócia.
A GCF Task Force é formada por 38 Estados e províncias que cobrem mais de um terço das florestas tropicais do mundo
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Na oportunidade foi bastante discutido o Plano Manaus que é um suporte para toda a Amazônia, não só a brasileira, mas da Amazônia da América do Sul
“O Pará, mais uma vez, se fez presente na reunião anual dos governadores para o clima e floresta, uma força-tarefa que nasceu há cerca de 12 anos e que o Pará participou como fundador e hoje temos delegados que compõem o GCF Task Force. Na oportunidade foi bastante discutido o Plano Manaus que é um suporte para toda a Amazônia, não só a brasileira, mas da Amazônia da América do Sul. É um espaço para discutir os problemas comuns, os desafios e as metas que possamos alcançar para toda a região Amazônica”, pontuou o secretário de meio ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida.
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O MAP vai traçar um caminho para a rede da Força-Tarefa do GCF nos próximos anos, abordando as áreas: (1) Conhecimento, Tecnologia e Inovação; (2) Governo e Políticas Públicas; (3) Pessoas e Comunidades; e (4) Finanças e Investimento. “Vamos abordar ainda metas para redução da pobreza que garantam o sustento das famílias de forma sustentável e que protejam a cultura de cada país.
Nós queremos atrair, cada vez mais, investimentos da iniciativa privada em projetos sustentáveis”, comentou o governador do Amazonas, Wilson Lima, presidente da Força-Tarefa do GCF. A reunião anual da Força-Tarefa do GCF este ano foi organizada em parceria com o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). A próxima reunião anual ocorrerá em Papua, na Indonésia, em 2023. (*) SEMAS
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“Árvore da Vida” pode ajudar a desacelerar as mudanças climáticas Colheita sustentável de palmeiras como caminho para conservar as turfeiras da Amazônia. Mudar a forma como os frutos são colhidos de uma “árvore da vida” pode ter impactos ambientais e financeiros extremamente positivos na Amazônia, de acordo com um novo estudo Fotos Dael Sassoon, IIAP, Universidade de Leeds, Ximena Tagle
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ma equipe de pesquisa internacional, liderada conjuntamente pela Universidade de Leeds e pelo Instituto de Pesquisas da Amazônia do Peru (Instituto de Investigaciones de la Amazonia; IIAP), mostrou pela primeira vez os danos generalizados causados no Peru pelo corte da palmeira Mauritia flexuosa ( Buriti, no Brasil) para colher seus frutos. Os cientistas examinaram onde e por que as árvores foram derrubadas, produzindo mapas detalhados e análises para revelar a extensão dos danos ambientais e econômicos causados pelo corte das palmeiras. Gabriel Hidalgo, principal autor do estudo que conduziu a pesquisa como estudante de pós-graduação na Escola de Geografia de Leeds, enquanto trabalhava no IIAP, disse: “O corte de palmeiras fêmeas para colher os frutos reduziu pela metade a produção total de frutos desta palmeira que está disponível para as comunidades locais.
Dossel da palmeira Mauritia flexuosa
“Este é um exemplo claro do impacto dos humanos nos níveis de recursos naturais, em um ecossistema que, à primeira vista, parece intacto.
Os frutos da palmeira Mauritia são vitais para a economia local
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“No entanto, mudar a maneira como a fruta é colhida pode aumentar tanto o número de palmeiras frutíferas quanto o valor desses ecossistemas de turfeiras amazônicas para as pessoas.” Seu estudo, publicado na Nature Sustainability , usa dados de 93 locais nas florestas de pântanos de palmeiras que são encontradas nas extensas turfeiras tropicais de planície no nordeste do Peru. Mauritia flexuosa é a espécie de árvore mais comum nesses ecossistemas de turfeiras que possuem a maior concentração de carbono de qualquer parte da vasta região amazônica. O fruto da palmeira, conhecido como aguaje, é amplamente utilizado na preparação de alimentos e bebidas e é uma parte importante da economia do norte do Peru. Onde atualmente colhido, a venda de seus frutos representa 15-22% da renda familiar.
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Existem árvores femininas e masculinas – com a fêmea carregando o fruto
Mapa mostrando a variação modelada na proporção de árvores fêmeas de Mauritia flexuosa em florestas de palmeiras no norte da Amazônia peruana
A proporção estimada de árvores femininas de M. flexuosa varia mais de quatro vezes nos pântanos de palmeiras da região. A linha preta sólida delineia M. flexuosa a 5 km dos rios principais e é usada para calcular a área total de pântanos de palmeiras acessíveis para estimar o rendimento máximo potencial da colheita de frutas. Os locais de amostra avaliados para este estudo também são mostrados. A inserção destaca a localização de Iquitos em Loreto, Peru A espécie é dióica – existem árvores femininas e masculinas – com a fêmea carregando o fruto. Mas como muitas das árvores femininas são cortadas para colher seus frutos, muitas florestas contêm principalmente árvores masculinas e, portanto, produzem poucos frutos. A equipe de pesquisa descobriu que os poucos lugares onde é empregado um método alternativo de colheita – subir nas árvores para colher os frutos – têm um número maior de árvores femininas frutíferas. A escalada evita matar as árvores, que levam cerca de 10 anos para atingir a maturidade, crescendo até 40 metros de altura. A equipe de pesquisa, que também incluiu cientistas da Universidade de St Andrews e da Universidade de Wageningen, na Holanda, estimou que, ao mudar para a escalada de árvores para coletar os frutos, a colheita geral poderia aumentar em 51% e gerar US $ 62 milhões por ano para o economia local.
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Dennis del Castillo, chefe do grupo de pesquisa PROBOSQUES do IIAP disse: “Este estudo mostra que financeiramente, a longo prazo, o valor potencial do fruto da palmeira ‘aguaje’ para esta região do Peru é semelhante em valor a atividades como a extração de madeira e extração de petróleo. A colheita sustentável de frutos de palma poderia, portanto, fornecer uma alternativa econômica real para a população local.” Aumentar o valor dessas florestas intactas também traria benefícios ambientais significativos: globalmente, as turfeiras tropicais são uma das paisagens mais ricas em carbono, e manter esse carbono no solo é crucial para reduzir a quantidade de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera.Essas florestas também fornecem uma ampla gama de recursos e têm alto valor cultural para as comunidades indígenas e o fruto da Mauritia flexuosa, descrito como a “árvore da vida” pelo explorador do século XIX Alexander von Humboldt, também fornece uma fonte de alimento para pássaros, peixes e mamíferos. A coautora, Dra. Euridice Honorio, começou a medir a proporção de árvores femininas como um indicador do impacto da extração de recursos na saúde desses ecossistemas enquanto trabalhava no IIAP. O Dr. Honorio, que atualmente é NERC Knowledge Exchange Fellow em turfeiras tropicais na Universidade de St Andrews, disse: “Esta é a primeira estimativa do valor total deste recurso para as comunidades desta região e ajudará a promover a colheita sustentável de frutas por comunidades”. Tim Baker, Professor de Ecologia Tropical e Conservação da Escola de Geografia de Leeds disse: “Reduzir o desmatamento de florestas tropicais é uma prioridade global para mitigar as mudanças climáticas. Alcançar o sucesso depende de aumentar o valor da floresta em pé para as pessoas que vivem nessas paisagens. Este estudo demonstra um caminho para fazer isso em uma das paisagens mais ricas em carbono do planeta.”
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Uma fazenda solar no Vietnã: o relatório do IPCC deixa claro que a energia solar terá um papel de liderança na redução das emissões e já é mais barata que os combustíveis fósseis em muitos lugares
Mudanças Climáticas 2022:
Mitigação das Mudanças Climáticas Fotos: IMO, IPCC, Quang Ngoc Nguyen/ B.Grimm Power, Universidade de Exeter
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terceiro relatório do Grupo de Trabalho III do IPCC fornece uma avaliação global atualizada do progresso e das promessas de mitigação das mudanças climáticas e examina as fontes de emissões globais. Ele explica os desenvolvimentos nos esforços de redução e mitigação de emissões, avaliando o impacto dos compromissos climáticos nacionais em relação às metas de emissões de longo prazo. Razões para esperança:
☆ As tecnologias de baixo carbono estão amadurecendo rapidamente O relatório mostra quedas dramáticas nos custos de várias tecnologias-chave para limpeza de redes elétricas e transporte. Entre 2010 e 2019, os custos unitários caíram 85% para energia solar e baterias de íons de lítio e 55% para energia eólica. Enquanto isso, a nova energia solar aumentou mais de dez vezes e os veículos elétricos mais de cem vezes no mesmo período.
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O vento e a energia solar são as maiores ferramentas que temos para nos manter no caminho certo para 1,5°C
O IPCC destaca a energia eólica e solar como a maior economia de emissões possível até 2030, de cerca de 8 bilhões de toneladas de equivalente de dióxido de carbono combinadas. Muitos desses cortes de emissões serão mais baratos do que o status quo, conclui. Dave Jones, do Ember, diz que os cenários do futuro do relatório contêm três vezes
mais energia solar do que os das avaliações anteriores do IPCC. “Está claro que o vento e a energia solar são as maiores ferramentas que temos para nos manter no caminho certo para 1,5°C [a meta mundial de quanto o clima vai aquecer acima dos níveis pré-industriais]”, diz ele. “A energia eólica e solar serão a espinha dorsal do sistema elétrico”.
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☆ As remoções de dióxido de carbono podem ser grandes Caso ainda tenha alguma dúvida, o IPCC diz que a implantação de maneiras de remover o dióxido de carbono da atmosfera agora é “inevitável” se quisermos atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa. “Agora está super claro que também precisamos de remoção de carbono [como mitigação]. Mitigação primeiro e depois remoção de carbono”, diz Christoph Beuttler, da Climeworks, uma empresa de captura direta de ar (DAC) com sede na Suíça. O relatório desta semana mostra que precisaremos de um portfólio de abordagens: plantio de árvores, bioenergia com captura e armazenamento de carbono (cultivar plantas e depois queimá-las e capturar as emissões) e DAC. Ainda assim, a quantidade de carbono que precisa ser removida da atmosfera para ficar abaixo do limite de 1,5°C é impressionante. Precisaremos remover até 310 bilhões de toneladas apenas por DACs entre 2020 e 2100, ou cerca de 3,9 bilhões de toneladas por ano em média. A Climeworks opera a maior planta de DAC operacional hoje e está programada para remover apenas 4.000 toneladas por ano.
A quantidade de carbono que precisa ser removida da atmosfera para ficar abaixo do limite de 1,5°C é impressionante
“É uma tarefa difícil”, diz Beuttler sobre o número de 310 bilhões de toneladas. “Mas não há tempo a perder.”
☆ A ação internacional está funcionando Eles podem não chamar a atenção dos protestos de rua, mas as leis e políticas estão funcionando. Jim Skea, do Imperial College London, presidente do grupo de trabalho do IPCC
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O IPCC contabilizou pelo menos 18 países que gerenciaram cortes sustentados de emissões por mais de uma década. Você pode perguntar o que o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, que estabeleceu a meta de 1,5°C, já fez por nós, já que estamos no apuro que o IPCC delineou. “Podemos ter leis, podemos ter coisas escritas em pedaços de papel, mas elas realmente fazem a diferença no terreno?” diz Jim Skea, do Imperial College London, presidente do grupo de trabalho do IPCC por trás do relatório. Ele diz que sem leis e políticas, as emissões agora seriam 3% maiores do que são, com algumas estimativas sugerindo que poderiam ser até 10% maiores. Ainda assim, os regulamentos não estão fazendo o suficiente em algumas áreas-chave. Jones diz que no carvão, o combustível fóssil mais intensivo em carbono, as políticas “não estão no caminho certo” para fechar dois terços da capacidade de energia do carvão nesta década, conforme necessário para atingir 1,5°C.
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O último relatório dos principais cientistas climáticos do mundo diz que 18 países têm sustentado reduções de emissões à medida que suas economias continuam a crescer
☆ A mudança de comportamento é uma arma subutilizada “Estratégias do lado da demanda”, que envolvem as pessoas mudando seu comportamento, como segurar produtos por mais tempo antes de comprar novos, trocar um carro poluente por caminhar e andar de bicicleta ou mudar para uma dieta mais baseada em vegetais, poderiam reduzir coletivamente as emissões ao 40 a 70 por cento até 2050, de acordo com o IPCC. “Mudanças individuais na maneira como vivemos nossas vidas cotidianas são absolutamente o centro do palco para o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Mas acho que o ponto-chave que o capítulo [comportamento] também mostra é que não é suficiente”, diz Patrick Devine-Wright da Universidade de Exeter e um autor do IPCC (tenho uma entrevista com ele aqui, se você quiser descobrir mais). O relatório também destaca a importância dos “empurrões” comportamentais. Pete Smith, da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, aponta para um artigo recente mostrando que apenas colocar mais opções vegetarianas e veganas nos menus fez com que mais pessoas as escolhessem.
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Trocar um carro poluente por caminhar e andar de bicicleta, poderiam reduzir coletivamente as emissões ao 40 a 70 por cento até 2050
A pesquisa também descobriu que, se apenas uma das quatro opções for à base de plantas, é percebida como a “opção vegetariana”, enquanto se duas ou três forem à base de plantas, é apenas mais uma opção de refeição.
☆ O custo é gerenciável Uma crítica regular à ação para reduzir as emissões no Reino Unido e em muitos outros países é que é muito caro. Mas mesmo sem contabilizar os custos econômicos dos impactos
das mudanças climáticas, como inundações e secas, o IPCC considera que cumprir a meta climática mais fraca do mundo de 2°C de aquecimento só deixaria o PIB global em 2050 de 1,3 a 2,7% menor do que não agir. “Temos soluções em todos os setores, o relatório demonstra isso. Estamos falando de finalmente podermos ir além da era da combustão de combustíveis fósseis”, diz Julia Steinberger, da Universidade de Lausanne, na Suíça, autora do IPCC. “Isso está acontecendo, está no horizonte, é possível e é econômico”.
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Dar abraços, as mãos e acariciar... Cientistas descobrem o circuito cerebral que transmite sensações de “toque agradável” O “Toque agradável” é importante em todos os mamíferos e promove o desenvolvimento saudável. Mas anteriormente não estava claro como obtemos prazer com esse tipo de toque. Pesquisadores identificaram o circuito neural que o transmite da pele para o cérebro. Base molecular e neural dá essa sensação de toque agradável Abraçar, dar as mãos e acariciar nos dá um impulso psicológico que é conhecido por ser importante para o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável. Mas até agora, não estava claro por que sentimos prazer com esse tipo de toque.
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gora, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis identificaram um circuito neural que transmite a sensação conhecida como “toque agradável” da pele para o cérebro. Eles afirmam que a descoberta em camundongos pode ajudar os cientistas a entender melhor e tratar distúrbios caracterizados por evitar o toque e desenvolvimento social prejudicado em humanos, incluindo o transtorno do espectro do autismo.
O toque agradável fornece suporte emocional e psicológico que ajuda a mitigar o isolamento social e o estresse
Fotos Chen Lab, Unsplash, Washington University Sensações de toque agradáveis, como o abraço, nos dão um impulso psicológico que é conhecido por ser importante para o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável
“A sensação de toque agradável é muito importante em todos os mamíferos”, disse Zhou-Feng Chen, diretor do Centro para o Estudo da Coceira e Distúrbios Sensoriais da Universidade de Washington, que liderou o estudo.
“Uma das principais maneiras pelas quais os bebês são nutridos é através do toque. Segurar a mão de uma pessoa que está morrendo é uma força muito poderosa e reconfortante.
“Aos nossos sindicatos filiados, parceiros e colaboradores”
Feliz Dia das Mães Mãe, amor imensurável!
Uma Homenagem:
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Os animais cuidam uns dos outros. As pessoas se abraçam e apertam as mãos. A massagem terapêutica reduz a dor e o estresse e pode trazer benefícios para pacientes com transtornos psiquiátricos. “Nestes experimentos com camundongos, identificamos um neuropeptídeo chave e uma via neural conectada dedicada a essa sensação”. Além do circuito neural, os pesquisadores descobriram um neuropeptídeo – um mensageiro químico que transporta sinais entre as células nervosas – que transmite a sensação de “toque agradável”. A equipe de Chen descobriu que quando eles criaram camundongos sem esse neuropeptídeo, chamado prokinecticin 2 (PROK2), eles não podiam sentir sinais de toque agradáveis – mas continuaram a reagir normalmente à coceira e outros estímulos. “Agora que sabemos qual neuropeptídeo e receptor transmitem apenas sensações de toque agradáveis, pode ser possível melhorar os sinais de toque agradáveis sem interferir em outros circuitos”, disse ele. “[Isso] é crucial porque o toque agradável estimula vários hormônios no cérebro que são essenciais para as interações sociais e a saúde mental”. A equipe de Chen descobriu que os camundongos projetados para não terem PROK2 evitavam atividades como a higiene e exibiam sinais de estresse não vistos em camundongos normais.
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O toque agradável fornece suporte emocional e psicológico que ajuda a mitigar o isolamento social e o estresse
Os pesquisadores também descobriram que os camundongos sem sensação de toque agradável desde o nascimento tiveram respostas de estresse mais graves e exibiram maior comportamento de evitação social do que os camundongos cuja resposta ao toque agradável foi bloqueada na idade adulta. Chen disse que a descoberta ressalta a importância do toque materno no desenvolvimento da prole.
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“As mães gostam de lamber seus filhotes, e os camundongos adultos também se lambem com frequência, por boas razões, como ajudar no vínculo emocional, no sono e no alívio do estresse”, disse ele. — Mas esses ratos evitam. Mesmo quando seus companheiros de gaiola tentam limpá-los, eles se afastam. Eles também não preparam outros ratos. Eles estão retraídos e isolados’.
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Um dos desafios do estudo foi descobrir como fazer com que os ratos se permitissem ser tocados – e descobrir se eles sentiam o toque tão agradável, de acordo com Chen. “Se um animal não conhece você, geralmente se afasta de qualquer tipo de toque porque pode vê-lo como uma ameaça”, disse ele. “Nossa difícil tarefa era projetar experimentos que ajudassem a superar a evitação instintiva do toque dos animais”. Para fazer com que os ratos cooperassem, os pesquisadores mantiveram os ratos separados de seus companheiros de gaiola por um tempo, após o qual os animais ficaram mais propensos a serem acariciados com uma escova macia, semelhante a animais de estimação sendo acariciados e arrumados. Após vários dias de escovação, os camundongos foram colocados em um ambiente com duas câmaras. Em uma câmara os animais foram escovados. Na outra câmara, não havia nenhum tipo de estímulo. Quando lhes foi dada a escolha, os camundongos foram para a câmara onde seriam escovados. Em seguida, a equipe de Chen começou a trabalhar para identificar os neuropeptídeos que eram ativados por uma escovação agradável. Eles descobriram que o PROK2 nos neurônios sensoriais e o circuito neural da medula espinhal que expressa seu receptor (PROKR2), transmitiam sinais de toque agradáveis ao cérebro.
Os ratos se envolvem em comportamento de limpeza, experimentando um fenômeno que os pesquisadores chamam de toque agradável. As descobertas eventualmente podem ajudar os cientistas a entender melhor e tratar distúrbios caracterizados por evitar o toque e desenvolvimento social prejudicado
Em outros experimentos, eles descobriram que o neuropeptídeo em que eles se concentraram não estava envolvido na transmissão de outros sinais sensoriais, como coceira. Chen, cujo laboratório foi o primeiro a identificar um caminho semelhante e dedicado para a coceira, disse
O toque agradável é como água para todos os relacionamentos
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Dar abraços, as mãos e acariciar... Cientistas descobrem o circuito cerebral que transmite sensações de “toque agradável”.indd 15
que a sensação de toque agradável é transmitida por uma rede dedicada totalmente diferente.“Assim como temos células e peptídeos específicos para coceira, agora identificamos neurônios agradáveis específicos ao toque e um peptídeo para transmitir esses sinais”, disse ele. Sem água morreríamos. Da mesma forma, o tato é o mais importante dos cinco sentidos e o mais negligenciado. Podemos viver sem visão, som, paladar ou olfato. Mas não podemos sobreviver sem toque como bebês e crianças, e não podemos prosperar sem toque como adolescentes e adultos. Muitos de nós não sabem que precisamos ser tocados muitas vezes ao dia. Pesquisas mostram que o toque saudável aumenta nossa sensação geral de bem-estar, reduz o estresse, promove a felicidade, melhora a saúde, aumenta a produtividade no trabalho e cria um futuro melhor
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O Poder da Bondade para melhorar a Saúde do Cérebro
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bondade é poderosa e não afeta apenas os sentimentos do destinatário – a bondade também pode afetar a saúde cerebral de uma família inteira. Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores e médicos do Center for BrainHealth da Universidade do Texas em Dallas procurou entender se um programa de treinamento de bondade online melhora os comportamentos pró-sociais de crianças em idade pré-escolar e a resiliência de seus pais durante a pandemia de COVID-19. As descobertas foram publicadas recentemente pelos pesquisadores da BrainHealth Maria Johnson, MA, diretora da Youth & Family Innovations; Julie Fratantoni, PhD, neurocientista cognitiva e chefe de operações do The BrainHealth Project; Kathleen Tate, MA, clínica; e Antonia Moran, estudante de pós-graduação da UT Dallas. A equipe descobriu que ensinar e praticar a bondade em casa melhora a resiliência dos pais e a empatia das crianças. Os pesquisadores estudaram o impacto de um programa de treinamento de bondade online, adaptado do currículo da Children’s Kindness Network, fundada por Ted Drier, em 38 mães e seus filhos de 3 a 5 anos. O programa, “Kind Minds with Moozie”, apresenta cinco módulos curtos onde uma vaca digital (“Moozie”) descreve exercícios criativos que os pais podem fazer com seus filhos para ensinar bondade. “Nosso objetivo é incentivar os pais a se envolverem em interações práticas e saudáveis para o cérebro com seus filhos que ajudam a entender melhor um ao outro, especialmente durante períodos de estresse”, disse Johnson.
Texto *Universidade do Texas Fotos Center for BrainHealth, Universidade do Texas
Criem seus filhos para serem adultos empáticos e compassivos
“Pesquisas mostram que a gentileza é um forte potencializador de engajamento social vibrante, que por sua vez é um componente crítico da saúde geral do cérebro”. Para determinar como a gentileza influencia a saúde do cérebro, a equipe pediu aos pais que pesquisassem sua própria resiliência e relatassem a empatia de seus filhos antes e depois do programa de treinamento. Eles descobriram que os pais são mais resilientes e os pré-escolares são mais empáticos após o treinamento da bondade. Tanto a resiliência quanto a empatia exigem habilidades cognitivas, como responder bem a estressores ou considerar diferentes perspectivas. Suas descobertas, portanto, apoiam a ideia de que a bondade pode influenciar a função cognitiva e a saúde geral do cérebro.
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Surpreendentemente, os pesquisadores descobriram que os níveis de empatia das crianças permaneceram abaixo da média, apesar da melhora notável após o treinamento. Isso pode ocorrer porque as medidas de segurança do COVID-19 limitaram significativamente o aprendizado social e emocional normal das crianças. Os pesquisadores também testaram se a compreensão da ciência por trás do programa de treinamento da bondade afeta a resiliência dos pais. Um grupo aleatório de 21 mães participantes recebeu alguns parágrafos adicionais para ler sobre a flexibilidade e plasticidade do cérebro, mas os pesquisadores não encontraram diferenças no nível de resiliência dos pais ou na empatia de seus filhos, com a adição de ensinamentos da ciência do cérebro.
Praticar a bondade desde cedo
“Não subestime o poder da bondade, porque ela pode mudar e moldar a saúde do cérebro”.
As principais áreas de pesquisa incluem o uso de técnicas de neuroimagem funcional e estrutural para entender melhor a neurobiologia que apoia a cognição e a emoção na saúde e na doença. Essa exploração científica de ponta é traduzida rapidamente em inovações práticas para melhorar a forma como as pessoas pensam, trabalham e vivem, capacitando pessoas de todas as idades a desbloquear seu potencial cerebral. As inovações translacionais baseiam-se no Strategic Memory Advanced Reasoning Tactics (SMART™), uma metodologia proprietária desenvolvida e testada por pesquisadores da BrainHealth e outras equipes ao longo de três décadas.
Não subestime o poder da bondade, porque ela pode mudar e moldar a saúde do cérebro 9
Os pais podem aprender estratégias simples para praticar a bondade de forma eficaz, em sua própria casa, para criar um ambiente saudável para o cérebro de seus filhos. “Em momentos de estresse, reservar um momento para praticar a bondade para si mesmo e modelá-la para seus filhos pode aumentar sua própria resiliência e melhorar os comportamentos pró-sociais de seu filho”, disse Fratantoni.
Os impactos da bondade podem até se estender além das famílias. “A bondade pode ser um poderoso impulsionador da saúde cerebral que aumenta a resiliência, não apenas para pais e famílias, mas para a sociedade como um todo”, disse Johnson. O Center for BrainHealth, parte da Universidade do Texas em Dallas, é um instituto de pesquisa translacional comprometido em melhorar, preservar e restaurar a saúde do cérebro ao longo da vida.
Aqui todo dia é Dia das Mães /casacontente @casa_contente @casacontente (91) 3222-4751
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Av. Senador Lemos, 1560. próximo aos CORREIOS Padre Eutíquio, 1198. Próximo ao Shopping. Pará+ Pedro Miranda, 1433. Esq. com a Barão do Triunfo.
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O segredo da eterna juventude? Cientistas desenvolvem uma nova técnica para rejuvenescer as células da pele – alegando que podem voltar o relógio do envelhecimento em 30 anos. Novo método científico pode ‘saltar no tempo’ células da pele humana. As células envelhecidas recuperaram marcadores característicos das células da pele que produzem colágeno. Especialistas dizem que suas descobertas podem levar a uma abordagem direcionada para o tratamento do envelhecimento. È o rejuvenescimento multiômico de células humanas por reprogramação transitória da fase de maturação Fotos Genomics England/Your Genome/Cancer Research, Instituto de Babaham, Labs Cambridge Institute A eterna juventude
É
o sonho de mulheres – e homens – há séculos. Agora, os cientistas dizem ter encontrado uma maneira de reverter o processo de envelhecimento da pele humana. Pesquisadores de Cambridge revelam que reprogramaram células da pele de pessoas de 38 e 53 anos para torná-las ‘mais jovens’ em 30 anos. O método rebobina o relógio de envelhecimento mais do que os métodos de reprogramação anteriores sem danificar as células. Os pesquisadores dizem que são capazes de restaurar parcialmente funções que foram perdidas em células mais velhas. Embora a pesquisa ainda esteja em seus estágios iniciais, as descobertas podem eventualmente revolucionar a medicina regenerativa, especialmente se puder ser replicada em outros tipos de células e outros tecidos do corpo, afirmam os pesquisadores.
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Em m experimentos, as células do envelhecimento recuperaram marcadores característicos das células da pele que produzem colágeno, uma molécula encontrada nos ossos, tendões e ligamentos da pele, ajudando a dar estrutura aos tecidos e curar feridas. Aqui, o vermelho mostra a produção de colágeno pelas células da pele chamadas fibroblastos
Em experimentos, as células envelhecidas tornaram-se mais parecidas com células da pele chamadas fibroblastos que produzem colágeno, uma proteína que mantém o corpo unido e forte. O número de fibroblastos na pele humana diminui progressivamente com a idade. Essas células também se tornam murchas à medida que envelhecemos. As novas descobertas podem levar a uma abordagem direcionada para o tratamento do envelhecimento, o que pode “revolucionar” a medicina regenerativa, de acordo com os pesquisadores.
A nova pesquisa foi realizada no Babraham Institute, um instituto de pesquisa em ciências da vida em Cambridge. “Nossos resultados representam um grande passo em nossa compreensão da reprogramação celular”, disse o Dr. Diljeet Gill, do Instituto Babraham. “Nós provamos que as células podem ser rejuvenescidas sem perder sua função e que o rejuvenescimento parece restaurar alguma função das células velhas. “O fato de que também vimos uma reversão dos indicadores de envelhecimento em genes associados a doenças é particularmente promissor para o futuro deste trabalho”. As células mudam temporariamente de forma durante a reprogramação transitória. Esta imagem mostra uma célula individual com marcador de superfície de fibroblastos em verde
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As células envelhecidas recuperam marcadores característicos das células da pele. Fibroblastos de alguém com idade entre 20 e 22 anos, à esquerda, fibroblastos antigos que não sofreram reprogramação, células médias e reprogramadas, à direita, com colágeno mostrado em vermelho
O envelhecimento altera funcionalmente os fibroblastos papilares dérmicos humanos, mas não os fibroblastos reticulares
À medida que as pessoas envelhecem, a capacidade de funcionamento de suas células diminui e o genoma – seu projeto de DNA – acumula sinais de envelhecimento. A biologia regenerativa visa reparar ou substituir células, incluindo as antigas. Uma das ferramentas mais importantes na biologia regenerativa é nossa capacidade de criar células-tronco ‘induzidas’. No entanto, esse processo essencialmente limpa as células de sua função e dá a elas o potencial de se tornarem qualquer tipo de célula. O trabalho origina-se originalmente do trabalho no Instituto Roslin em Edimburgo na década de 1990 para transformar uma célula mamária de uma ovelha de seis anos em um embrião. Este projeto levou à criação da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado de uma célula somática adulta. A criação de Dolly mostrou que os genes no núcleo de uma célula madura ainda são capazes de reverter para um estado embrionário totipotente – o que significa que a célula pode se dividir para produzir todas as células diferentes em um animal.
CAMARÃO ROSA | FILÉ DE PEIXE | CARNE E PATOLAS DE CARANGUEJO
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A pesquisa envolve o que é conhecido como fatores de transcrição Yamanaka, em homenagem ao cientista japonês Dr. Shinya Yamanaka vencedor do Prêmio Nobel,de Medicina de 2012
A ovelha Dolly nasceu no Instituto Roslin em Edimburgo em julho de 1996. Ela foi criada a partir de uma célula mamária retirada de uma ovelha de seis anos de idade
Isso abriu o caminho para um cientista ganhador do Prêmio Nobel, o Dr. Shinya Yamanaka, que, em 2007, foi o primeiro cientista a transformar células normais, que têm uma função específica, em células-tronco que têm a capacidade especial de se desenvolver em qualquer tipo de célula. Esse método, chamado IPS, leva cerca de 50 dias usando quatro moléculas-chave chamadas fatores de transcrição Yamanaka – Oct4, Sox2, Klf4 e cMyc. O novo método do Instituto Babraham, chamado ‘reprogramação transitória da fase de maturação’, expõe as células aos fatores Yamanaka por apenas 13 dias, em vez de 50. Neste ponto, as células não se transformaram em células-tronco embrionárias, mas se tornaram ‘rejuvenescidas’ como se fossem 30 anos mais jovens.
As células parcialmente reprogramadas tiveram tempo para crescer em condições normais, para observar se a função específica das células da pele retornou. A análise do genoma mostrou que as células recuperaram marcadores característicos das células da pele (fibroblastos), e isso foi confirmado pela observação da produção de colágeno nas células reprogramadas. Para mostrar que as células foram rejuvenescidas, os pesquisadores procuraram mudanças nas características do envelhecimento. Os pesquisadores analisaram várias medidas de idade celular. O primeiro é o relógio epigenético, onde as marcas químicas presentes em todo o genoma indicam a idade.
Os fibroblastos produzem colágeno, uma molécula encontrada nos ossos, tendões e ligamentos da pele, ajudando a fornecer estrutura aos tecidos e curar feridas
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O segundo é o transcriptoma, todas as leituras de genes produzidas pela célula. Por essas duas medidas, as células reprogramadas corresponderam ao perfil de células 30 anos mais jovens em comparação com conjuntos de dados de referência, dizem a equipe. A técnica não pode ser traduzida imediatamente para um cenário clínico porque o IPS aumenta o risco de câncer. No momento, os próximos passos da pesquisa são entender o mecanismo preciso que permitiu essa reprogramação parcial, mas eventualmente poderá ser usado para terapias celulares em situações em que a idade das células faz diferença, como na cicatrização da pele de queimaduras. As aplicações potenciais desta técnica dependem das células não apenas parecerem mais jovens, mas também funcionarem como células jovens. Os fibroblastos rejuvenescidos produziram mais proteínas de colágeno em comparação com as células de controle que não passaram pelo processo de reprogramação, descobriram os pesquisadores do Instituto Babraham. Os fibroblastos também se movem para áreas que precisam de reparo, então os pesquisadores testaram as células parcialmente rejuvenescidas criando um corte artificial em uma camada de células em um prato. Eles descobriram que seus fibroblastos tratados se moveram para a lacuna mais rapidamente do que as células mais velhas – um sinal promissor de que um dia poderia ser usado para criar células que são melhores na cicatrização de feridas. Os pesquisadores também querem ver se o novo método funcionará em outros tecidos, como músculo, fígado e células sanguíneas. www.paramais.com.br
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GENES, GENOMAS E DNA Gene: uma pequena seção de DNA Cromossomo: um pacote de genes e outros pedaços de DNA e proteínas Genoma: conjunto completo de DNA de um organismo DNA: Ácido desoxirribonucleico uma molécula longa que contém um código genético único Seu genoma é as instruções para fazer e manter você. Está escrito em um código químico chamado DNA. Todos os seres vivos – plantas, bactérias, vírus e animais – têm um genoma. Seu genoma é todas as 3,2 bilhões de letras do seu DNA. Ele contém cerca de 20.000 genes. Os genes são as instruções para fazer as proteínas de que nossos corpos são construídos – desde a queratina no cabelo e nas unhas até as proteínas dos anticorpos que combatem a infecção.
No futuro, essa pesquisa também poderá abrir outras possibilidades terapêuticas; os pesquisadores observaram que seu método também teve um efeito em outros genes ligados a doenças e sintomas relacionados à idade. O gene APBA2, associado à doença de Alzheimer, e o gene MAF com papel no desenvolvimento da catarata, ambos mostraram alterações em níveis de transcrição juvenis. O mecanismo por trás da reprogramação transitória bem-sucedida ainda não é totalmente compreendido e é a próxima peça do quebra-cabeça a ser explorada. Os pesquisadores especulam que áreas-chave do genoma envolvidas na formação da identidade celular podem escapar do processo de reprogramação. O professor Wolf Reik, líder de grupo no programa de pesquisa Epigenética que recentemente se mudou para liderar o Altos Labs Cambridge Institute, disse: “Este trabalho tem implicações muito interessantes.
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“Eventualmente, poderemos identificar genes que rejuvenescem sem reprogramação e direcioná-los especificamente para reduzir os efeitos do envelhecimento.“Esta abordagem promete descobertas valiosas que podem abrir um horizonte terapêutico incrível.”
O professor Reik disse que o conceito de um elixir da juventude ou de uma pílula antienvelhecimento não é totalmente absurdo. “A técnica foi aplicada a camundongos geneticamente modificados e há alguns sinais de rejuvenescimento”, disse ele. “Um estudo mostrou sinais de um pâncreas rejuvenescido, o que é interessante por seu potencial para combater o diabetes”.
As novas descobertas podem levar a uma abordagem direcionada para o tratamento do envelhecimento, que pode ‘revolucionar’ a medicina regenerativa
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“NASCENTE URAIM: O FUTURO É AGORA!” Fotos Denison Nascimento, Paulo Roberto
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Programa ‘Nascente Uraim: O futuro é agora!’ nasceu através do estudo de segurança hídrica do município realizado pela Agência de Saneamento de Paragominas –
Nascente Uraim
Durante o lançamento oficial do projeto “Nascente Uraim: o futuro é agora”, na fazenda Mimosa, localizada na comunidade do Uraim, zona rural do município de Paragominas
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Sanepar, na busca de garantir a qualidade e quantidade da água para o município. Assim que o projeto foi sendo desenhado logo foi abraçado pelas secretarias municipais, se tornando um Programa da Prefeitura Municipal de Paragominas e da Agência de Saneamento de Paragominas, cuja primeira etapa teve como meta sensibilizar a sociedade civil, empresas, produtores rurais e autoridades do município, para a necessidade e urgência da proteção das nascentes do Rio Uraim.
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Lamento do Uraim *Jorleide Antunes Arruda
Dr. Lucídio Paes, prefeito de Paragominas: “A água é o principal meio de vida de animais, vegetais e humanos, pois sem ela seria impossível a vida na Terra. Contudo, a maior parte da população brasileira ainda não se preocupa com a preservação desse recurso. “Por este motivo a gestão municipal continuará investindo em campanhas de educação ambiental para que a população paragominese fique atenta para a importância da água na vida de todos”
Eu venho suplicar-te Para que cuides um pouco de mim E desse rio não venhas a esquecer Não abandone esse cansado Uraim Que viu-te nesta terra crescer! Não quero ser apenas um curso d’água Por onde um fio de água passa Onde ninguém mais pesca, mergulha ou nada! Não quero minhas margens assoreadas Pela ação predatória e cruel De um ser insustentável Que em sua ambição descabida Despreza o que é viável! Não quero correndo pelo meu escasso leito As lágrimas gotejantes e culposas Do teu tardio arrependimento! ...
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Já vem apresentando sinais de alerta, com presença de pontos assoreados, de elevações de turbidez das águas com maiores frequências
Paragominas é um município do estado do Pará que vem ganhando destaque no setor de saneamento básico. Atualmente, já apresenta uma cobertura de 95% da área urbana com água tratada, proveniente de captação subterrânea e superficial. Em junho de 2021, foi assinada a ordem de execução de serviço para o início das obras de ampliação do sistema de abastecimento, que avançam rapidamente e permitirão o acesso a água tratada por toda a população de Paragominas. A Agência de Saneamento de Paragominas atende aproximadamente 50% da população urbana de Paragominas com
água fornecida de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), que realiza a captação de 15 milhões de litros de água do Rio Uraim, por dia. Com as obras de duplicação da Estação de Tratamento de Água (ETA), em breve a autarquia passará a captar 30 milhões de litros/dia de água do Rio Uraim, para suprir a necessidade de toda a população de Paragominas. O Rio Uraim é o principal manancial do município, e já vem apresentando sinais de alerta, com presença de pontos assoreados, de elevações de turbidez das águas com maiores frequências, dentre outros aspectos preocupantes,
que somados aos fenômenos climáticos globais enfatizam a necessidade e urgência de trazer a discussão de proteção dos nossos mananciais para “o agora”, para que assim possamos garantir água no nosso futuro. A água e o saneamento básico são recursos vitais e direitos humanos, investir em cuidados com a água e com a garantia desse recurso, é respeitar a saúde da população, a sustentabilidade ambiental e também a prosperidade econômica, uma vez que todos os setores da atividade humana necessitam de água para desempenhar suas funções.
Com as obras de duplicação da Estação de Tratamento de Água (ETA), em breve a ...2
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Nesse contexto, as nascentes são fundamentais para o abastecimento de água, assim como para a formação dos rios e manutenção de equilíbrio ecológico nas bacias hidrográficas. Dessa forma o programa ‘Nascente Uraim: O futuro é agora!’ visa o desenvolvimento de ações de recuperação e proteção das nascentes, com isso reduzir o risco de escassez hídrica na região, e assim contribuir para a melhoria na qualidade ambiental, relacionada a aspectos como água, solo, biodiversidade, conservação da paisagem natural, e por fim assegurar o bem-estar da população de Paragominas e das regiões circunvizinhas. As nascentes são fundamentais para o abastecimento de água, assim como para a formação dos rios e manutenção de equilíbrio ecológico nas bacias hidrográficas
Dr. Lucídio Paes, prefeito de Paragominas e Dr.ª Rosilene Costa, Superintendente Geral da Sanepar, no lançamento oficial do projeto “Nascente Uraim: o futuro é agora”
Fundamental para reduzir o risco de escassez hídrica na região, e assim contribuir para a melhoria na qualidade ambiental
“Pensar globalmente, agir localmente”. (Ulrich Beck – Sociólogo Alemão) A definição de políticas públicas de proteção do rio mais firmes e bem delimitadas, é com certeza um dos pontos mais importantes para o sucesso desse tipo de iniciativa, mas os idealizadores desse programa apontam que a real eficácia está em vencer o desafio da inclusão de toda a sociedade civil, em especial as empresas, produtores rurais, universidades e estudantes da rede educacional pública e privada.
“O melhor momento pra plantar uma árvore foi há 20 anos atrás, o segundo melhor momento é hoje”. (Provérbio Chinês)
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Nas palavras da Dr.ª Rosilene Costa, Superintendente Geral da Sanepar, “A união de nossos esforços é imprescindível para a preservação dos nossos recursos hídricos e para a garantia de usufruto desses recursos pelas próximas gerações. Nossos esforços deverão ser feitos hoje. O futuro é agora!”. Pensando nisso, a Agencia de Saneamento de Paragominas deu início ao Programa ‘Nascente Uraim: O futuro é agora!’, em um ato solene realizado no dia 27 de março de 2022, na Pista Agrícola – Colônia do Uraim, convidando a população paragominense, autoridades locais, empresários, instituições de ensino (públicas e privadas) e produtores rurais, para despertar a consciência de que apesar de estarmos na Amazônia e termos a impressão de infinitude de águas, esse é um recurso finito que precisa ser cuidado imediatamente para garantir o seu acesso pelas presentes e futuras gerações.
A união de nossos esforços é imprescindível para a preservação dos nossos recursos hídricos e...
Apresentações culturais
Apresentações culturais
Apresentações culturais
O cantor e compositor da Amazônia Nilson Chaves, lançou uma emocionante canção autoral em homenagem ao Rio Uraim, durante o evento
Na brilhante apresentação de Nilson Chaves
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O evento de lançamento contou com belíssimas apresentações culturais e uma dinâmica da cápsula do tempo com a mensagem “O que você deseja para o seu futuro?”. Foi designado como guardião da cápsula o defensor público do estado do Pará, Dr. Diogo Eluan, que firmou o compromisso de abrir a cápsula em 2027. Em sequência, foi realizado um “pacto” entre todos presentes no local, com a assinatura de um Termo de Compromisso que foi amplamente aderido por todos, tendo inclusive produtores rurais que se voluntariaram para serem os primeiros a receberem o programa em suas propriedades. O evento foi finalizado com a brilhante apresentação do cantor e compositor da Amazônia Nilson Chaves, que lançou uma emocionante canção autoral em homenagem ao Rio Uraim.
Todos os presentes no local, aderiram com suas assinaturas, a um Termo de Compromisso de recuperação e proteção das nascentes e preservação dos recursos hídricos
O programa ‘Nascente Uraim: O futuro é agora!’ está apenas começando, e já se destaca na busca pela preservação de um rio da Amazônia, que é o principal manancial para
a vida do município de Paragominas. A Prefeitura de Paragominas convida a todos a fazer parte dessa união, para que juntos possamos preservar nossos recursos hídricos.
E para continuar a construir histórias, o projeto lançou a cápsula do tempo, que guardará os anseios e desejos da população de forma simbólica em uma cápsula até 2027, ano de reabertura.
A cápsula do tempo estará disponível na Defensoria Pública, até 17 de abril, para receber a sua carta, mensagens, desenhos, fotografias, poesias e histórias.
O projeto Nascente Uraim marcou o município de Paragominas pelo seu engajamento na preservação das nascentes do rio.
Dr. Lucídio Paes, prefeito de Paragominas, participando da cápsula do tempo
O programa ‘Nascente Uraim: O futuro é agora!’ está apenas começando
Assinando o Termo de Compromisso
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6 tendências do
empreendedorismo global Nossas ações hoje moldarão como as pessoas se adaptam e como a natureza responde aos crescentes riscos climáticos Texto ☆Sreevas Sahasranamam Professor Sênior em Empreendedorismo e Inovação, University of Strathclyde ☆☆Aileen Ionescu Somers ☆☆☆Stephen Hill Fotos GEM, NES, Pixabay, WEF
O COVID-19 atingiu duramente os empreendedores, com menos pessoas iniciando novos negócios e muitas empresas estabelecidas falhando
A pandemia do COVID-19 interrompeu todas as esferas da vida e os empreendedores não são diferentes. O relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021/22 captura atitudes e tendências empreendedoras nos países, esclarecendo como os empreendedores e o ecossistema têm lidado com a pandemia globalmente. Destacamos seis tendências emergentes no empreendedorismo após o COVID-19 com base em mais de 150.000 entrevistados (pelo menos 2.000 entrevistados de cada um dos 47 países participantes do GEM).
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Global Entrepreneurship Monitor 2021/22 captura atitudes e tendências empreendedoras, esclarecendo como os empreendedores e o ecossistema lidaram com a pandemia globalmente. Destacamos seis tendências emergentes no empreendedorismo após o COVID-19 com base em mais de 150.000 entrevistados. A COVID-19 atingiu duramente o empreendedorismo, com menos pessoas iniciando novos negócios e muitas empresas estabelecidas falhando. No entanto, alguns empreendedores estão aproveitando novas oportunidades emergentes.
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Sentimento empresarial 1. positivo sobre oportunidades sugere recuperação global
Há indicações claras de uma recuperação econômica global refletida em sentimentos empresariais positivos em encontrar novas oportunidades e iniciar um negócio. Em 15 dessas 47 economias, mais da metade dos que iniciam ou administram um novo negócio concordaram que a pandemia levou a novas oportunidades de negócios. Em 2020, esse havia sido o caso de apenas nove das 46 economias. Da mesma forma, em 2021, mais de um em cada dois empreendedores em 18 das 47 economias concordaram que iniciar um negócio se tornou mais difícil. Em 2020, quase o dobro (33 de 46 economias) tinha 50% ou mais de seus possíveis empreendedores concordando que esse era o caso.
O relatório GEM 2021/2022, apresentado na Dubai Expo, na Índia, está entre os cinco principais lugares mais fáceis para iniciar um novo negócio
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As taxas de atividade empreendedora ainda são mais 2. baixas na maioria dos países em comparação com pré-pandemia
O GEM rastreia as taxas de atividade empreendedora anualmente e uma comparação de dados em 2019, 2020 e 2021 mostra que a atividade empreendedora ainda não voltou aos níveis pré-pandemia na maioria dos países. O declínio foi de mais da metade na Polônia, na República Eslovaca e na Noruega. No entanto, há exceções, principalmente na Arábia Saudita e na Holanda, que experimentaram aumentos na atividade empreendedora em cada um dos últimos dois anos. O gráfico a seguir mostra os níveis de atividade empreendedora total em estágio inicial (TEA) em cada ano para os 34 países participantes do GEM em 2019, 2020 e 2021.
3.
Há uma tendência crescente de atividade empreendedora de baixo crescimento Por meio de sua Pesquisa de População Adulta (APS), a GEM captura as ambições empresariais e as expectativas de crescimento.
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O empreendedorismo é fundamental para apoiar a criação de empregos pós-pandemia e as empresas de alto crescimento são cruciais para alcançar esse objetivo. No entanto, observamos uma preocupante tendência de baixa expectativa de crescimento entre os empresários. Em um quarto das economias estudadas, mais da metade
dos que iniciam ou administram um novo negócio espera não empregar ninguém além de si mesmos em cinco anos. Isso pode ser indicativo de altos níveis de negócios de “sobrevivência informal”, sugerindo novas start-ups como meio de sobrevivência na ausência de oportunidades alternativas de renda devido à pandemia.
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Existe um paradoxo entre perceber como fácil iniciar 4. um negócio e pretender fazê-lo Observamos um paradoxo complicado em certos países. Embora muitos adultos percebam que iniciar um negócio em seu país é fácil, apenas uma proporção muito pequena pretende iniciar um. Por exemplo, no Reino Unido, mais de 70% dos entrevistados concordam que é fácil iniciar um negócio naquele país, no entanto, menos de 1 em cada 10 pretende iniciar um negócio nos próximos três anos. Da mesma forma, na Índia, mais de 80% dos entrevistados concordam que é fácil iniciar um negócio naquele país. No entanto, menos de 1 em cada 5 adultos espera iniciar um negócio nos próximos três anos. Em ambos os países, mais de 50% dos que veem boas oportunidades para iniciar um negócio relatam que o medo do fracasso os impediria de fazê-lo.
A digitalização está aumen5. tando entre países de baixa renda e novos empreendedores As restrições induzidas pela pandemia e a melhoria da infraestrutura digital aceleraram e aumentaram a prevalência da adoção da tecnologia digital entre os países de baixa renda, onde uma em cada duas novas startups espera aumentar o uso de tecnologias digitais para vender seus produtos nos próximos seis meses.
No entanto, os novos empreendedores adotam as tecnologias digitais mais do que os empresários estabelecidos em todas as economias, exceto em três: África do Sul, França e República da Coreia. Há necessidade de mais incentivos e/ou treinamento para investir em tecnologias digitais para evitar que empresas estabelecidas sejam deixadas para trás à medida que os mercados mudam.
A educação para o 6. empreendedorismo na escola continua a falhar Com sua Pesquisa Nacional de Especialistas (NES), o GEM captura a visão de especialistas de cada país participante sobre as condições do ecossistema empreendedor naquele país.
Uma tendência muito preocupante aqui é que os especialistas geralmente avaliam a educação empreendedora na escola como falha. Das 13 condições do sistema ecossistêmico rastreadas, a Educação Empreendedora na Escola foi classificada em último lugar em 39 das 50 economias participantes do NES no GEM 2021. Isso poderia ter consequências de longo prazo, como limitar a criatividade, cultivar uma compreensão deficiente da dinâmica do mercado, e não alavancagem das intenções de criação de novos empreendimentos entre adultos no futuro, por sua vez, dificultando o crescimento econômico. Essa deveria ser uma característica fácil do ecossistema empreendedor de acertar – em vez disso, muitos parecem estar errando.
Conclusões Não há dúvida de que a pandemia atingiu duramente o empreendedorismo, com menos pessoas iniciando novos negócios e muitas empresas estabelecidas não conseguindo sobreviver. No entanto, há sinais encorajadores, já que alguns empreendedores aproveitam oportunidades novas e emergentes, inclusive para o comércio digital. Há muito a fazer para apoiar o empreendedorismo, principalmente na criação de modelos que demonstrem que o fracasso inicial do negócio pode ser o trampolim para o sucesso futuro. Um bom lugar para começar seria nas escolas, onde sucessivas gerações foram mal preparadas para uma vida de atividade empreendedora. ☆
Professor Sênior em Empreendedorismo e Inovação, University of Strathclyde; ☆☆ Diretor Executivo e autor do Relatório Global GEM 2021/2022, GEM; ☆☆☆ Professor Emérito e Autor Principal do Relatório Global GEM 2021/2022, Universidade de Sohar, Omã
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Quer ser sustentável e legal? Escolha mais ventiladores e menos ar condicionado
Mantenha a calma e ajude o meio ambiente. Um estudo conduzido pela Universidade de Sydney descobriu que o uso de ventiladores internos com mais frequência permite que as pessoas reduzam o uso de ar condicionado sem alterar o calor que sentem, abrindo caminho para reduzir o uso futuro de energia e as emissões de gases de efeito estufa.
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uitas vezes recorremos a condicionadores de ar durante o clima quente para lidar com o calor, mas um estudo descobriu que os ventiladores elétricos são uma escolha eficaz e sustentável para circular o ar dentro de casa, sem sacrificar o conforto. Ao usar ventiladores internos, o limite de temperatura interna antes que se torne desconfortável para os humanos (e a principal razão pela qual alcançamos o controle remoto do ar condicionado durante o clima quente) pode aumentar de 3 a 4 ˚C mais do que os condicionadores de ar usam sozinhos. Os pesquisadores também realizaram uma análise de custo-benefício sobre o impacto ambiental e descobriram que o benefício total do uso de ventiladores para reduzir o uso de condicionadores de ar (do ponto de vista das emissões de gases do efeito estufa) superou até mesmo a troca de lâmpadas incandescentes por LEDs.
Fotos Domínio Público CC0
Mais ventiladores e menos ar condicionado Uso generalizado de ventiladores internos pode reduzir potencialmente a demanda de energia e as emissões de gases de efeito estufa
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A modelagem liderada pela Universidade de Sydney descobriu que apenas aumentando ligeiramente o movimento do ar interno pelos ventiladores pode reduzir o consumo de eletricidade e o custo anual associado de resfriamento de espaços internos com condicionadores de ar na Austrália em aproximadamente 70%. Apesar das condições internas mais quentes devido ao menor uso de ar condicionado – o estudo descobriu que o uso de ventiladores ainda mantinha os mesmos níveis de conforto que uma temperatura interna mais baixa com o uso regular de ar condicionado. As descobertas publicadas no The Lancet Planetary Health foram conduzidas por uma equipe internacional de especialistas da Universidade de Sydney ao lado da Universidade Monash, Universidade de Newcastle e Radboud University Medical Center, com sede na Holanda.
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Ventilador de teto
O trabalho mostra como a mudança para o uso generalizado de ventiladores internos pode reduzir potencialmente a demanda de energia e as emissões de gases de efeito estufa. A chave está na maneira fundamental como os ventiladores elétricos operam para resfriar o corpo humano em comparação com os condicionadores de ar. Ventiladores elétricos geram velocidades de ar mais altas em toda a superfície da pele para obter uma maior perda de calor, apesar das temperaturas mais quentes, enquanto os condicionadores de ar por si só reduzem as temperaturas com pouco movimento do ar. “Através do seu único propósito de reduzir a temperatura do ar, os condicionadores de ar alimentam um ciclo de alto consumo de eletricidade – muitas vezes fornecido por usinas de combustível fóssil que, por sua vez, contribuem para maiores aumentos nas emissões”, disse o coautor sênior Professor Ollie Jay, diretor do Incubadora de Pesquisa de Calor e Saúde na Faculdade de Medicina e Saúde. “O mais recente ‘IPCC Sexto Relatório de Avaliação sobre Mitigação das Mudanças Climáticas’ enfatiza a necessidade de adoção de estilos de vida de baixa emissão, incluindo opções de resfriamento para conforto térmico”, disse o principal autor Dr. Escola de Negócios.
“Nosso estudo confirma que soluções de baixo custo, como ventiladores, têm potencial para contribuir com a redução de emissões para o cumprimento das metas do Acordo de Paris”.
Condições ideais para sustentabilidade e conforto Os pesquisadores compararam o uso de energia e as emissões de gases de efeito estufa associadas, modelando cinco cenários com diferentes combinações de uso de ventilador e ar condicionado. Isso incluiu situações com ventiladores operando em diferentes configurações de velocidade.
Após registrar dados sobre o impacto dos ventiladores nos níveis de conforto humano antes que eles comecem a sentir desconforto, o número de horas acima do limite de conforto térmico foi calculado para determinar o uso do ar-condicionado e o uso de energia associado e as emissões de gases de efeito estufa. “Para realizar esse cálculo, precisávamos processar dados de temperatura por hora durante um ano inteiro, para todo o continente em uma grade raster de 150.000 células. Conseguimos fazer isso usando supercomputadores”, disse o coautor sênior, professor Manfred Lenzen, da Escola de Física. Eles descobriram que a operação de ventiladores com velocidades do ar de 1,2 m/s com o uso ocasional de condicionadores de ar, em comparação com condicionadores de ar sozinhos, resultou em uma redução de 76% no uso de energia (de 5.592 GWh para 1.344 GWh) e nas emissões de gases de efeito estufa associadas. 5091 quilotoneladas a 1208 quilotoneladas). “Sabemos que reduzir as emissões de gases de efeito estufa é a única maneira de limitar o aquecimento global futuro”, diz o professor Jay. “Ao aumentar o movimento do ar interno com ventiladores, você pode sentir o mesmo em uma temperatura mais alta do que em uma temperatura mais baixa usando uma unidade de ar condicionado. Isso é uma coisa muito fácil que a maioria das pessoas pode fazer agora para ajudar a reduzir as emissões prodigiosas associadas ao resfriamento de casas e espaços internos na Austrália”.
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