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ISSN 16776968
Edição 28
A ÁGUIA E A GALINHA *José Vilhena
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erta vez o teólogo Leonardo Boff fez uma metáfora sobre a condição humana em cima da águia e a galinha. Diz ele que o ser humano está dividido nestas duas categorias: os que gostam de enxergar longe (as águias) e os que ficam na terra ciscando (as galinhas). Resolvi entender estes dois arquétipos nos países. Afinal, as nações são reflexos do seu povo. O que são as águias? As águias são carismáticas e estão à frente do seu tempo. Por seu carisma, todos lhe rendem homenagem porque querem ser como ela, mas, no fundo, só ficam na sua aba. As águias organizam a sociedade em direção ao futuro. Há muitas diferenças entre as águias e
as galinhas. A mais fácil de detectar é que as águias são as que têm em sua elite pessoas que acreditam que energia é poder. Já as galinhas, por não terem energia uma vez que não a conhece, possuem uma elite que acredita que energia é mera "commodity". No país das águias, a elite quer discussão sobre a questão energética; no das galinhas os fóruns são para dirimir qualquer preocupação sobre a importância da energia. Quem nasceu num país de águias tem fé em seu futuro. Já nos das galinhas, reza o medo porque o que a elite fala não ecoa no futuro. Por não ecoar, não mobiliza ninguém. No país das águias, tudo anda. No país das galinhas, vive-se a estagnação.Tudo porque ser águia é gostar de si mesmo.
sabem; as galinhas desconhecem. As águias crescem; as galinhas ciscam. As águias têm marketing pessoal; as galinhas têm falta de autoestima. As águias possuem poder aquisitivo; as galinhas e s t ã o s e m p r e endividadas. As águias oprimem; as galinhas são oprimidas. As águias conhecem o prazer; as galinhas o sofrimento. Mas as águias, por se sentirem superioras às galinhas, perdem a majestade porque já não respondem mais as ansiedades da galinha. É o momento da queda da águia, da queda do império. É um período medíocre até o surgimento de uma nova águia. Esta terá que ser carismática e de estar à frente de seu tempo. E por um destino da natureza, há o revezamento da águia, assim como os pássaros que se revezam no céu no comando do caminho da vida. Mas, para isso, a galinha terá que ser águia. Para isso, terá que ter visão de águia. E na queda da Babilônia, esta águia terá que ter, pela primeira vez, coração de cordeiro. É quando entenderá o que quer dizer "vós sois o sal na terra, mas se o sal for insípido para que o serve, a não ser para ser pisado pelos homens" e compreender a diferença entre a águia e a galinha como metáfora da condição humana. Um país, que será a energia do futuro e que tem um Leonardo Boff como pensante, não teme. Quem tem fé não teme. E esta águia se chamará Brasil.
O país das águias vira sempre império e todos copiam o que eles afirmam e o seu comportamento. Em Roma, pensou-se o direito e até hoje as galinhas copiam o que se pensou no passado como o mais correto para o contrato social. No país das galinhas, as pessoas não sabem se organizar e copiam os exemplos das águias. Já as águias reformulam o mundo, preparando o mundo para o futuro. No país das águias, a elite tem visão estratégica; no país das galinhas há a visão de curto prazo. No país das águias, a elite prefere o combustível energético ao açúcar; no das galinhas a commodity em vez do poder. As galinhas vivem elogiando a águia por ela ser mais democrática, por todos terem direito à cidadania, mas em seu próprio país é mais galinha do que a própria galinha. A águia impõe naturalmente o seu comportamento à galinha, ao ponto de todos terem incorporados em sua alimentação o fast-food. A águia nunca reclama; a galinha se sente sempre injustiçada. A águia tem heróis reconhecidos no mundo inteiro; no país das galinhas Diogo Mainardi é sensação porque esculhamba com todos e todos acham graça de serem retratados como galinhas. No país das águias, os empresários sabem o que é carga tributária, no país das galinhas, aumento de custos é natural. A águia sempre sabe o que é gato e lebre; as galinhas confundem um com a outra. As águias sempre enaltecem o seu país; as galinhas enaltecem o país dos outros. As águias são as estrelas; as galinhas as idólatras. As águias prestigiam a sua cultura; as galinhas a escondem. As águias se arrogam de serem superioras; as galinhas se acham inferiores. As águias são pragmáticas; as galinhas sonhadoras. As águias resolvem; as galinhas prorrogam. As águias
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*Jornalista
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nestaedição
Crescimento da Economia pode dar presentão para os Pais Paulo Rocha
Dia do Advogado
Todos aqueles que atuam no campo do direito sentem-se regozijados pela passagem de mais um 11 de agosto, data em que, no ano de 1827 foi insatalado o primeiro Curso Jurídico no Brasil... Adenauer Góes
Pág. 10
Grande vilã da vida moderna: A Poluição
Basta andar apenas um dia pelo centro de qualquer grande cidade do mundo para sentir o nariz entupido sem estar gripado, os olhos vermelhos e ardendo... Dr. Marcelo Schulman
Legados portugueses ao Povo brasileiro
Pág. 08
O Pará na era do CDMA 1xRTT
Sérgio Pandolfo
Pág. 14
Pág. 24
Mercúrio Publicidade
O meu grão deo escrita
Acyr Castr
Era 1960 quando a Agência de Publicidade Mercúrio surgiu no cenário regional. E foi por acaso. O então estudante de Direito, Abílio Couceiro, que trabalhava na rádio Marajoara e na Província do Pará, foi fazer uma entrevistapara o Departamento de Esporte da emissora com o diretor da empresa Tagos ...
Revista
Pág. 42
Pará+
Ano 02 Nº 08
Agosto de 2004
A águia e a galinha
José Vilhena
Pág. 04
Palavrinhas ao Dia dos Pais
Celeste Proença
+Matérias
Celso Freire
Pág. 38
Edição 28
Pág. 21
Para além de um espermatozóide
Pág. 22
Grupo Parafolclórico “Frutos do Pará”
Pág. 32
Mulheres. De Atenas a Modernidade
Pág. 34
Desgraça Pouca Camillo Vianna
O Astro Rei
Pág. 36
+ +CULTURA +INFORMAÇÃO +ENTRETENIMENTO +ARTE +TURISMO Pág. 28
Hélio Titan
Pág. 40
Por que envelhecemos
Roberto Godkorn
+CIDADANIA
Editora Círios S/C Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
+LAZER Í N D I C E
PUBLICAÇÃO
+SAÚDE
+ESPORTE
Pág. 44
+ECOLOGIA
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, João Modesto Vianna, Márcia Chalu Pacheco, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO Celso Freire, Ronaldo G. Hühn; ESTAGIARIA: Luana de Oliveira; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Acyr Castro, Camillo Martins Vianna, Celeste Proença, José Vilhena, Hélio Rodrigues Titan, Paulo Rocha, Paulo de Tarso Dias Klautau, Roberto Godkorn, Roberto Gama e Silva, Sérgio Martins Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Arquivo “Frutos do Pará”, Arquivo Mercúrio, Arquivo Paratur, João Vianna, João Ramid, Vânia G. Bastos; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
O BRASIL presente decorre do aquecimento, na altura do Equador, das correntes marítimas que banham o nosso longo litoral, resultando numa intensa evaporação, origem principal das chuvas que se precipitam sobre o nosso território continental. O bioma denominado "caatinga", necessário acrescentar, é semi-árido devido ao "cerco" imposto pelo relevo regional, responsável pela precipitação da umidade a barlavento, isto é no lado de onde vem o vento, e pela secura do ar a sotavento. Todos os brasileiros já ouviram falar da fartura de bens de superfície existente no território continental, todavia muitos poucos sabem que esse espaço físico contém a maior área de terras potencialmente agricultáveis do planeta, cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados; aloja uma floresta tropical úmida cujo estoque de madeiras em pé pode ser comparado a uma inesgotável caderneta de poupança, com mais de um trilhão de dólares de depósitos; apresenta uma diversificação tão grande de vegetais e animais, que dessa variedade se pode obter substâncias naturais para todos os usos, e, ainda, armazena nada menos do que 21% do volume de água doce superficial, em estado líquido, existente no mundo.
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Brasil
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Roberto Gama e Silva
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QUILÔMETROS QUADRADOS
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odos os brasileiros sabem que o território continental do país é muito grande, embora muitos não saibam que mede exatamente 8.547.403,5 quilômetros quadrados, dimensão que o coloca na quinta posição entre os países de maior superfície, atrás apenas da Rússia, da China, do Canadá e dos Estados Unidos da América. Também sabem os brasileiros que o Brasil é um país tropical, embora alguns não saibam que tal condição se deve ao fato da maior parte do seu espaço físico situar-se entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, o primeiro cruzando o território na altura de Macapá (AP) e o segundo nas proximidades de Sorocaba (SP). Esse detalhe geográfico valoriza sobremaneira o "continente" brasileiro, permitindo a utilização do solo o ano inteiro, a ponto de permitir duas ou, até mesmo, três colheitas anuais de culturas de ciclo curto. Todos os brasileiros sabem que não há desertos no nosso território, embora nem todos saibam que a predominância do clima úmido aqui
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Crescimento da Economia pode dar presentão para os Pais *Paulo Rocha
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recuperação da economia brasileira é um fato comprovado. Aos que zombavam das previsões do Governo Lula dizendo que os índices com os quais nós estávamos trabalhando eram somente fruto da vontade de que o país crescesse e não passavam de pura balela agora temos a constatação feita pelo mais tradicional e importante instituto de estatísticas do País, o IBGE: o Produto Interno Bruto cresceu 2,7% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Não é balela não. É fato, é real. O Brasil superou o período de recessão a que fomos obrigados a passar no primeiro ano de governo para podermos sanear a economia e agora estamos entrando em um novo período de crescimento econômico, um crescimento seguro e sustentável. Aos que dizem que não temos planos, aí está a resposta concreta. Se o País tivesse caído nas mãos de aventureiros e irresponsáveis, de interesseiros que não têm compromisso com a nação, não têm compromisso com o povo, já estaríamos em bancarrota total. Mas nós temos planos sim e eles estão dando certo. Na avaliação que fiz do primeiro ano do Governo Lula em pronunciamento na Câmara eu dizia que o remédio que fomos obrigados a adotar foi amargo, mas foi necessário para colocarmos nossa economia novamente nos trilhos. Vale recordar que os juros eram de 25%, a inflação já batia na casa dos 12% ao ano e a falta de credibilidade do País no exterior alcançava a marca histórica dos 2.700 pontos. Hoje os juros estão na
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casa dos 16% e em ritmo de queda, a inflação não passa dos 5% e o risco Brasil despencou para cerca de 600 pontos. O resultado não podia ser outro. Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, o crescimento da economia registrado nos três primeiros meses do ano, em comparação com o último trimestre de 2003 foi de 1,6%, mas ele destaca que foi um "crescimento em cima de um crescimento", já que em dezembro havia sido registrada também uma alta de 1,5%. Segundo diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Sérgio Gomes de Almeida, "o crescimento do PIB no primeiro trimestre mostra que chegou ao fim a recessão econômica iniciada nos últimos meses de 2002". Na avaliação do instituto, "o que se debate não é mais a superação da crise, mas a intensidade e a capacidade de sustentação da recuperação". E o crescimento foi geral, na maioria dos setores pesquisados pelo IBGE. A agropecuária cresceu 6,4%, a indústria cresceu 2,9%, os serviços 1,2%. O consumo das famílias que vinha apresentando
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melhoria da economia e o crescimento das vendas vamos ter este ano um dia dos pais com presentão, em vez de presentinhos como nos anos anteriories. Aliás, aproveito a oportunidade para desejar a todos nós, pais, um feliz dia dos pais, num país que agora é de todos e está cada vez melhor.
queda desde 2001, aumentou 1,2%, assim como a arrecadação de impostos sobre produtos que cresceu 4%. Os investimentos aumentaram 2,2%. As exportações cresceram 19,3% e as importações 11,7%. O reflexo da recuperação econômica já vinha se notando no aumento do número de empregos formais (com carteira assinada) no País que chegou a mais de 1 milhão no primeiro semestre deste ano. No Estado do Pará, por exemplo, o emprego registrou crescimento, segundo o Dieese. O balanço entre o número de postos de trabalho gerados, de janeiro a abril deste ano, com 171.946 admissões, e o de desligamentos (153.735) registra um saldo positivo de 18.211 novos empregos. O crescimento foi expressivo em Belém, responsável por 39,29% dos novos empregos no Estado, com um saldo de 7.156 novos postos de trabalho. Municípios de porte médio como Ananindeua, Santarém, Marabá, Itaituba e Barcarena também apresentaram bons índices e até pequenos municípios também registraram crescimento. Tudo isso demonstra cabalmente que o Governo do Presidente Lula está correto e sua política econômica está dando certo, com resultados positivos para a economia do Brasil. É mais uma vitória para o povo brasileiro que pode começar a sonhar com dias melhores a partir de agora. Com a
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*Paulo de Tarso Dias Klautau.
odos aqueles que atuam no campo do direito sentem-se regozijados pela passagem de mais um 11 de agosto, data em que, no ano de 1827 foi instalado o primeiro Curso Jurídico no Brasil. Meu intuito, porém, neste breve escrito, consiste em dirigirme ao profissional jurídico que se localiza no âmbito da advocacia militante, seja a de gabinete, seja a forense perante os mais variados Juízos e Tribunais do País. De mister se torna, neste passo, o que muitos ignoram ou não emprestam o real valor da alocução, defender ardorosamente o que consagrou em termos nítidos a Constituição Federal de 1988, no artigo 133: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”. Este comando fundamental, que é complementado pelo Estatuto da Advocacia, pela Ordem dos Advogados e pelo Código de Ética Profissional, deve achar-se presente e marcante em todos os atos do advogado. Com base nele foi feita a previsão das prerrogativas do advogado, mas,
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igualmente, se lhe foram impostos os deveres. A OAB, seja por seu Conselho Federal, seja por seus Conselhos Seccionais e seja por suas Subseções supervisiona, visando à efetiva proteção da cidadania, a aplicação ética do exercício profissional. De tal sorte há exigência séria no ingresso do bacharel em direito no Quadro da Ordem dos Advogados, que, todo graduado em direito, deve prestar o Exame de Ordem, conquista significativa, a qual, sem dúvida, para tornar-se mais legítima e correta está a necessitar de alguns reparos, o que se efetivará no tempo, seguramente, para evitar distorções existentes. Dispensável se mostra apontar o papel do advogado e de suas Instituições na contribuição, ao longo da História, para que o Brasil rumasse no caminho de acolher um Estado de Direito Democrático, e os advogados foram vítimas de ataques, violências, e até de mortes. Impende destacar que o papel do advogado, como se vem constatando, de algumas décadas até esta parte, vem aumentando espetacularmente, pois que o profissional se vê convocado para agir nos
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diversos e complicados campos estabelecidos pelas mudanças sociais, surgindo a obrigação de acompanhar a projeção, a feitura e a vigência das Leis. Outrora, limitada era a atuação do advogado, pois que instado nos ramos tradicionais do direito. Hoje, porém, com o notável progresso tecnológico, e não somente isto, mas a implantação de um regime democrático, que basicamente, deve conter em seu bojo o respeito à dignidade da pessoa humana, configura-se o chamamento do advogado, a opinar e trabalhar incessantemente, nos mais variados ramos do conhecimento humano, que, pela força natural das coisas, necessitou de regulamentação jurídica. Cito, de lembrança, apenas para exemplificar, alguns setores nos quais, tanto administrativa como judicialmente, inafastável se patenteia a presença do advogado, a aconselhar, a peticionar, a reivindicar, muitas vezes com grande perigo para sua segurança pessoal: tem-se, assim, o Direito Agrário, nas suas diversas manifestações, o Direito do Consumidor, o Direito Político, seja de quem exerce mandatos, seja daqueles que visam a corrigir os desvios de conduta dos mandatários, e, mais recentemente, o próprio direito da Informática. Ao lado de tudo isto, prossegue o advogado em sua faina consuetudinária nos âmbitos tradicionais do Direito Civil, do Direito Penal e do Direito Trabalhista, tanto em sua visão material, como em seu enfoque formal ou processual. Exatamente em todas estas esferas, e esta é a asserção a fazer-se nesta bela data, o advogado há de ser altaneiro, sem ser
arrogante, reagindo, e, com firmeza, destemor e coragem, contra a possibilidade de arbítrio, de violência, de afastamento e desprezo às normas legais. O advogado não pode pecar pela omissão, pois isto será um inafastável defeito, a ensejar inclusive a aplicação das sanções cabíveis. De grande importância, igualmente, nesta quadra da vida brasileira, aparece o papel do advogado na propalada Reforma do Judiciário. Haverá o advogado, não só aguardar, esperar as coisas acontecerem, mas formular proposições, fazer críticas embasadas ao que se cogita, pugnar por uma reforma verdadeira, desde a base, e repelindo que as alterações se limitem às cúpulas, aos escalões mais altos. Jamais haverá Reforma do Judiciário se ela não for atacada de frente desde o primeiro grau de jurisdição. De igual sorte, o advogado há de ficar atento aos atos de corrupção que possam aparecer, tanto na Polícia, no Judiciário, no Executivo e no Legislativo. Esta é outra tarefa obrigatória, imperdoável em se dando a omissão. Tenho mais de quarente (40) anos de exercício na profissão de advogado, honrou-me ser Presidente da Seccional do Pará, Conselheiro Federal e Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina. Prossigo na atuação profissional, e julgo-me no direito e na obrigação de estimular os mais novos para que, cada vez mais, com empenho e dedicação, internalizem em seus corações o amor à ética, a luta pelo verdadeiro Direito, com o fito de alcançar a verdadeira e superior JUSTIÇA.
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Advogado Profissional Paciência *Eliezer Francisco da Silva Cabral
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profissão de advogado se torou, acima de tudo, um exercício de paciência permanente, pois toda a parafernália de leis e instrumentos que são criados em nome da celeridade processual, possuem efeito exatamente contrário no dia-a-dia do causídico. Na Justiça Comum, por exemplo, são instalações de cancelos, balcões, vidraças, grades, e etc, separando cada vez mais o advogado dos funcionários dos cartórios. Na Justiça do Trabalho, são novas “leis” criadas por alguns Juízes disciplinando até mesmo retirada de autos da justiça, que é um dos atos mais simples que se possa haver em um tribunal, proibição de se tirar uma simples cópia de alguma folha do processo, é distribuição de senhas para atendimentos nos balcões, sem que haja contrapartida de pessoal para esse atendimento, são planilhas e mais planilhas de cálculos que de nada servem ao processo, já que os Juízes sequer se oferecem a eles na sentença, é a criação de nova modalidade de citação dos patronos através do Diário Oficial, sendo que muitos nem sequer possuem assinatura desse meio de informação e nessa esteira de raciocínio se poderia enumerar dezenas de novidades do gênero. A única coisa que não acelera é a prestação jurisdicional. Percebe-se, no decorrer dos anos, que mesmo se criando toda essa nova sistemática acima citada, o objetivo final que é conclusão do processo e a satisfação de quem acionou o Estado-Juíz fica cada vez mais distante. Alguns nem chegam a vê-la, porque morrem antes do processo terminar, tamanha é a demora da resolução do problema. Até mesmo o modo do magistrado atuar, mudou. Há cerca de duas décadas atrás, o Juíz cumpria seu expediente na sala de audiências, fazendo acordos, instruindo processos, prolatando sentenças, sendo 12 Pará+
sabido que após aquela fase, se confinava em seu gabinete e ia despachar outras matérias. Atualmente, os operadores do direito, em especialmente os advogados, ficam horas olhando para as paredes, enquanto os Juízes trabalhistas permanecem trancados em seus gabinetes (exatamente no horário destinados às audiências), ficando entregue o comando das sala de audiências aos seus assistentes, que levam e trazem as determinações do magistrado, como se fosse permitido delegar os poderes privativos daqueles. Isso é muito estranho, pois a figura de maior destaque na Justiça que é o Juíz não pode estar ausente daquele momento solene, sem falar que é um desprestígio para as partes e seus patronos. O resultado de tudo isso, é o jurisdicionado ficar insatisfeito com o desenrolar do seu processo e botar a culpa pela morosidade exatamente no advogado, chegando em muitos casos a substituí-lo, achando que a culpa é do seu patrono. Atualmente, as estatísticas dos Tribunais confirmam o aumentam assustador de revogação de poderes dos advogados por seus constituintes, consequência dessas novas formas de atuação. Ou seja, quem leva a culpa da morosidade da Justiça é o advogado. Em resumo, o Poder Judiciário, que recebe salário justo pelo trabalho que realiza, deveria dar mais de sí, determinando mais empenho pela efetiva satisfação da prestação jurisdicional aos seus usuários. Enquanto isso não ocorre, haja paciência. *Advogado Militante
Rua Tiradentes, 630 - Reduto Belém-Pará C.I nº 4641 OAB/PA
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Ordem no Tribunal! Chegou a hora do Parabéns
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ela infância, talvez influenciados pelos pais, quando perguntados sobre o que queremos ser quando crescer, as respostas fatalmente mais citadas são “médico ou advogado”, as profissões que formam os “doutores” tão aspirados pelas famílias. Alguns casos são tão extremados que levam a questão da tradição e status tão a sério a ponto de abrir-se mão de seguir outros rumos de maior afinidade em nome do título de prestígio. Profissão polêmica que desperta repúdio de uns e admiração de outros, vítimas, ou não, da semelhança sonora no inglês com a palavra mentiroso (liar) e advogado (lawyer), o direito é ramo histórico e sem previsto fim, pois não pára de proliferar-se dia após dia, de um lado com a oferta ínfima de vagas nas faculdades e candidatos ávidos pela aprovação no vestibular, e do outro, a necessidade deste profissional na expansão da vida moderna, seja no ramo criminal, cível, empresarial, ambiental, esportivo, ou qualquer outra área do leque de opções. Segundo Ophir Cavalcante Jr, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o freqüente desejo pelo título de advogado se dá pela “tradição e respeito que a profissão traz, possibilitando o crescimento enquanto cidadão e ser humano, além de ter como função social a transformação da sociedade por meio da defesa da democracia. Entenda-se esta como liberdade individual e coletiva, na qual o advogado assume a missão de administrador da justiça, segundo a Constituição Federal”. Mas nem tudo são flores na rotina deste profissional, principalmente daquele que trabalha na área Ophir Cavalcante Jr. penal, tendo de lidar com os
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contrapontos de defender alguém que cometeu um crime independentemente de qual o seja e “provar” por A + B que seu cliente é inocente. Contudo, para Ophir esta situação não é tão conflituosa quanto aparenta. “O direito de defesa é sagrado. Ninguém pode ser condenado sem ter tido o direito de defesa, tem de se defender o sistema de julgamento a partir de um processo legal”. Quanto à estória de se achar brechas na lei e ter uma boa retórica como artifícios básicos para inocentar os clientes, o presidente rejeita a assertiva e argumenta que o advogado é “adestrado” para exercitar seu raciocínio de forma a dar às circunstâncias a melhor interpretação. Substitui a palavra brechas por interpretações, visto que “muito mais vale a intenção do legislador do que a letra fria da lei”. Em se falando de legislação, considera que temos um número excessivo de leis e mesmo assim as pessoas continuam a descumpri-las. Segundo ele, independente de classe social, não se teme punições e é justamente isso o que tem de se mudar, a cultura, levar noções de ética às escolas, ressaltar o papel da família. O essencial é que se mude os paradigmas. Mas entrando na pauta da ética, Ophir fala sobre o código que rege a dinâmica dos advogados, a única profissão que não tem nenhum tipo de fiscalização a não ser por si mesma, o código julga todos os profissionais, trazendo do todo para o específico a análise dos processos. Contudo, raramente se tem a necessidade de uma comissão de ética por inquietação de casos. Advogado, ser ou não ser, a questão é abraçar a profissão e vestir o paletó, direcionado pela noção de convencimento e segurança próprios, fundamentados na responsabilidade sobre vítimas e/ou culpados, que disputam o espaço na justiça, é sua função social. Parabéns neste 11 de agosto!
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*Sérgio Martins PANDOLFO
junho umpriu-se, a 10 de de Dia um mais p.p., e das Portugal, de Camões sas. A Comunidades Portugue nosco data tem muito a ver co amazônidas, brasileiros, se logo como sobramistas, i solenemente evidenciará - e fo nidade Lusocomemorada pela Comu na bela sede Brasileira do Pará, e Literário Grêmio do social dentre outros Recreativo Português, ão, em avant modos com a exibiç ariaú-Catu - A première, do filme “C Grande Expedição de Teixeira”, Pedro lusoprodução a parauara que narra e saga da viagem dess desbravador lusitano Monumento a Pedro Teixeira, na praça no que leva seu nome (“escadinha“ dom. ri o- ma r, pe lo cais do porto), em Belé século XVII.
“Pensar a formação do Brasil sem olhar para Portugal é um esforço tão inútil quanto estudar a nação portuguesa deixando de lado sua notável expansão colonial.” Joaquim Romero de Magalhães, Professor de História da Universidade de Coimbra. Historiador.
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Os portugueses, nossos descobridores e colonizadores, legaram-nos acervo patrimonial de tamanha envergadura, como não se encontra paralelo em outros países. Em primeiro lugar, esta riqueza incomensurável representada pela Língua Portuguesa, hoje um dos mais importantes e difundidos idiomas do Globo Terrestre, que todos devemos cultuar, difundir e dela nos ufanar.. A seguir, na mesma linha de importância, a vastidão de nosso território, de dimensões continentais, que abriga, em sua maior porção, a Amazônia, dádiva da Mãe-Natureza que nos pertence, hoje, graças à intrepidez e determinação deste bravo pioneiro, o expedicionário Pedro Teixeira, co-partícipe, com Castelo Branco, da fundação de Belém, que em 1637, comandando uma expedição composta por pouco mais de 100 brancos e cerca de 1.500 índios com suas mulheres e filhos, subiu em canoas, no contrafluxo de seu caudal, o portentoso rio Amazonas (maior e mais caudalosa massa fluvial do mundo), nesse percurso destroçando fortins e assentamentos nucleares espúrios de anglos, francos e batavos, eliminando-os ou pondo-os para correr em desabrida fuga, chegando até quase à outra margem - a pacífica - do continente sulamericano, tomando posse das terras percorridas em nome da Coroa Portuguesa, para fixar a marca delimitadora dessa conquista no rio Napo; epopéia, a nosso ver, mais temerária e dificultosa que aquela consumada por Vasco da Gama em busca do caminho marítimo para as Índias, daí porque é ele havido como “o conquistador da Amazônia”. Amazônia em que se inserta nosso soberbo Estado do Pará, cuja capital, primitiva atalaia do Norte, é agora seu portal e metrópole principal. Pois bem!: “A terra que o bravo lusitano Pedro Teixeira conquistou empurrando o Meridiano de Tordesilhas até o Napo, recuado para o Javari mais tarde, é hoje mais que nunca, objeto de atenção mundial”, adverte Jarbas Passarinho. Para além disso, não podemos esquecer, ou deixar de referenciar, o extraordinário patrimônio cultural e, principalmente, arquitetural, que nossos avoengos lusitanos nos deixaram espalhados pelo
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O Meridiano de Tordesilhas que passava em cima por Belém(PA) e embaixo por Laguna(SC), separava a “Terra Brasilis” entre Portugal (à D) e Espanha (à E). Pedro Teixeira, em sua epopéica expedição, ignorou a linha divisória e conquistou a Amazônia para o Brasil.
solo pátrio, que, entre outros ângulos pela importância histórica e riqueza de feitura e originalidade, justificaram o tombamento, para fins de preservação, pelo Patrimônio Nacional; ou, em âmbito ainda mais amplo, pelo Patrimônio Mundial, sob supervisão da UNESCO, órgão das Nações Unidas, à distinção de Patrimônio da Humanidade, sejam eles simples edificações coloniais, como a Igreja de São Miguel das Missões, no RS, passando por bairros ou distritos inteiros, tais o Pelourinho, em Salvador, o Centro Histórico de Olinda e o de São Luís, até cidades completas, tais quais Ouro Preto e Tiradentes em Minas, Parati no Rio de Janeiro, Goiás Velho, no estado homônimo, sem
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esquecer que a Prefeitura de Belém e o IPHAN elaboram projeto para inclusão de nossa capital no rol dessas maravilhas arquitetônico-culturais que a UNESCO reserva e preserva para as futuras gerações. Graças a esses monumentos incrementase o turismo receptivo e avultam-se as receitas dele decorrente. O passado preservado alimenta o viver presente e amplia os horizontes do porvir. Portugal, diferentemente de todos os outros paises, escolheu para celebrar sua data magna a que assinala a morte da maior expressão da literatura e da Língua Portuguesa de todos os tempos, Luis de Camões, tomando-o, destarte, como o símbolo da nacionalidade lusitana. Não conhecemos caso Ver-o-Peso (a doca atual é obra de Lemos), com o antigo casario no entorno, vendo-se ao fundo as torres semelhante ocorrente em outra nação. Camões, na da Sé (obra de Landi). Ambos os patrimônios nacionais. sua genialidade prodigiosa estabeleceu ditames, aformoseou, enriqueceu e fez nivelar a “última flor francesas, holandesas e inglesas na África e na do Lácio” ao subido patamar de língua culta, Ásia. equiparando-a às que então se distinguiam. Sua O sentido de unidade nacional nos foi garantido obra poética é das mais ricas e belas e seu épico “Os não só pela ocupação territorial lusitana de fato, Lusíadas”, opus magnum de sua superior mas também pela integração dos povos cerebração, rivaliza, distinguidamente, com as envolvidos. Tal integração fundiu três raças de criações maiores do humano engenho. extraordinário valor, representadas pelos A Língua Portuguesa, falada em todos os recônditos brancos europeus, mormentes portugueses, os do solo brasileiro foi, sem ponta de dúvida, fator naturais (índios), de raça amarela (a misciprimacial para a manutenção da genação se deu franca, conintegridade territorial pátria, após a sentida e permanente, estimulada independência. Língua que hoje une mesmo por leis oriundas da e aproxima nada menos que oito Coroa), a elas se ajuntando, mais Estados soberanos, que formam a tarde, entre outros grupos, negros comunidade lusófona internacional, africanos em especial; conúbio e tem livre curso nos seis continentes. que, contrariando as previsões Língua de que se valem e deliciam os catastróficas e doutrinas racistas, sobramistas para o cometimento de discriminatórias, dos “sábios” da nossos escritos, sejam eles em prosa época, forjou, ao revés, uma e/ou verso. “raça brasileira”, excepcionalOutro legado da maior expressão foi mente bem conformada, a manutenção da integralidade do privilegiadamente dotada em território pátrio, após a todos os aspectos: intelectual, descolonização, contrariamente ao físico-corpóreo e psicológico, sucedido na América espanhola, que expressão de um povo se fragmentou em múltiplos e Camões, o grande artífice trabalhador, criativo, pacifista, divergentes Estados independentes, conformador e embelezador da amistoso, solidário, produtivo e ou à pulverização das ex-colônias Língua Portuguesa ufano de suas origens, de seus
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território pátrio, que ministravam, a par da catequese dos ameríndios, estudos das primeiras letras e ensino básico (os colégios) e instrução técnico-profissional e humanística diversificada (os seminários), formação que era, quando desejada e pleiteada, complementada pela diplomação superior, facilitando a ida de milhares de cidadãos brasileiros às universidades européias, em especial a de Coimbra. Fato da maior relevância constituiu, sem ponta de dúvida, a criação, em 1808, das Escolas MédicoCirúrgicas, na Bahia a 18 de fevereiro e no Rio de Janeiro a 05 de novembro, por D. João VI. Em 11 de
“O derrubador brasileiro”, de José Ferraz de Almeida Jr. (1875, Museu Nacional de Belas Artes), primeira tentativa pictórica de representação da “raça brasileira”. O melhor do Brasil é o brasileiro, lema atual, é fato reconhecido agora.
valores e de seu porvir. Que mal se pergunte: alguma outra potência colonialista da época deixou, a exemplo, lição como a nossa? Mas há mais, muito mais do que acode o nosso vão conhecimento, do legado lusitano à sua colônia da “quarta parte nova” (a América, nos versos camonianos d'Os Lusíadas), transladado, através do “mar-oceano”, entre as duas beiras de seu gigantesco caudal e disso faremos restrito e sucinto relato. Na esfera educacional temos a destacar, desde os primórdios da governação colonial, as centenas (quiçá milhares) de colégios e seminários (dos jesuítas, dos franciscanos, dos carmelitas, dos antoninos) espalhados por todos os rincões do vasto
Criação da Escola Médico-Cirúrgica da Bahia (pintura alegórica, Museu da Fac. De Medicina da Bahia).
Uma publicação Editora Círios
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agosto de 1827, sob D. Pedro I, foi criado o primeiro Curso Jurídico, em São Paulo. Outros mais, de igual importância, se seguiram (Farmácia, Veterinária), a permitir, aqui, a formação superior de nossos profissionais. Igualmente auspiciosa foi a criação, no Rio de Janeiro, por D. João VI, logo que aqui chegou com a Corte portuguesa, da Real Biblioteca Nacional, valendo-se, para tanto, de todo o acervo da Livraria (biblioteca) de Lisboa, recheado de obras raras e preciosidades históricas e das ciências (ademais da coleção particular do Regente, que dela tinha justificado orgulho), possibilitando a que essa vetusta instituição nos dias correntes, quase bicentenária, seja tida como a terceira em importância e cabedal, no mundo. Não se há ainda de omitir, por expressiva, a participação especial e mais-valia representada pelos Gabinetes de Leitura, os Liceus, os Grêmios Literários e as Casas de Portugal, todos eles disponibilizando bibliotecas fartas e diversificadas, como preciosos organismos subsidiadores da educação e da cultura luso-brasileira. No âmbito da atenção à saúde e promoção social é enorme, igualmente, o acervo da portugalidade. Cremos de todo desnecessário tecer considerações abonatórias às ações desenvolvidas pelas Santas Casas, hoje disseminadas por toda a vastidão de nossas plagas, na prestação de assistência médicoUm mar de devoção , sob os túneis verdes, no Círio de Nazaré. A fé católica, outra herança da colonização lusa, fez do Brasil o maior país católico do mundo.
hospitalar aos desvalidos da sorte, da fortuna e da saúde. Instituição multissecular, genuinamente portuguesa, surgida antes mesmo de nosso “achamento”, as Misericórdias aqui se instalaram concomitantes com as primeiras ações colonizadoras. As Beneficências, estabelecimentos de certo modo assemelhados às Santas Casas, estão aí também disponíveis, com elevado nível de qualificação e eficiência, muitas de excelência, nas principais capitais e cidades de nosso chão urbano. De mais-valia são, do mesmo modo, muitos organismos de promoção e auxílio social, tais as Associações (Comerciais, Beneficentes), os Clubes (Vasco, Portuguesa, Tuna), os Centros de Ação Filantrópica e de Previdência, as Mútuas, maioria 18 Pará+
deles viva e atuando com satisfatória eficácia. Na seara da agricultura destacaríamos algumas espécies que hoje dão riqueza ao Brasil, trazidas com a colonização, tais como: Cana-de-açúcarProvinda da Ilha da Madeira já em 1502. No meado do século XVII nosso País tornou-se o maior produtor mundial dessa gramínea, durante o chamado ciclo da cana-de-açúcar e, ainda hoje, figuramos como um dos principais fornecedores mundiais de açúcar e álcool. Para além disso, o Brasil, durante a grande crise do petróleo, introduziu o álcool-combustível, utilizado em motores automotivos e de outras aplicações, desenvolvidos com tecnologia puramente nacional. A cachaça, bebida genuinamente brasileira, é, agora, marca registrada, privativa nossa, e está em franca expansão e ascensão, trazendo-nos divisas e divulgação no exterior. Café- Originário da Etiópia, foi introduzido no Grão-Pará por Francisco de Melo Palheta, astutamente subtraído da Guiana Francesa, em 1727, de onde passou para o Maranhão e depois para o Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná . O Brasil tornou-se, em pouco tempo, o maior produtor da rubiácea, chegando a comercializar nove décimos do suprimento mundial, durante o ciclo do café. Declinou a seguir por fatores diversos, mas segue sendo um dos mais importantes itens em nossa pauta de exportações do agronegócio, aportando recursos e empregos. Laranja- Nativa do SE asiático, foi introduzida no Brasil à volta de 1530. Já somos hoje o maior produtor e fornecedor de suco de laranja, desbancando os EUA, até ha pouco maiorais. Dendê- Palmeira africana transplantada inicialmente para a Bahia, onde grassou e se tornou espontânea graças à boa aclimatação, estendendo-se atualmente ao Pará (seguindo projeto pioneiro da SUDAM), que já é o maior produtor do óleo, extraído do coco, utilizado em culinária e diversificado leque de aplicações industriais, valendo salientar, para muito breve, sua já aprovada utilização como óleo combustível (biodiesel). Soja- Essa leguminosa, de cuja produção mundial nosso País detém na atualidade a maior parcela, da
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destronando os EUA, constituindo-se em um dos mais salientes itens da balança comercial, tem como provável sua introdução entre nós ainda na fase colonial. Nativa da Ásia oriental, onde já era conhecida desde os tempos mais remotos, passou a ser cultivada nos jardins botânicos da Europa desde há cerca de dois séculos. Conquanto os primeiros experimentos de cultivo agrícola em solo pátrio tenham ocorrido no meado do Século XIX, na Bahia, há seguras evidências de que já no início da centúria as primeiras mudas foram semeadas em solo baiano, oriundas das estufas (viveiros de aclimatação de mudas e sementes) lisboetas. Trigo- Gramínea introduzida i n Te r r a B r a s i l i s p e l o s primeiros colonizadores, espalhou-se a diversas áreas, sobretudo nas regiões subtemperadas ao sul. Na atualidade é crescente e florescente a produção nacional e amplia sua utilização na indústria (produtos alimentícios) e no comércio (panificação). Coqueiro- Trazido da Polinésia, onde é espontâneo e freqüente, disseminou-se no solo brasileiro de forma
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exuberante, principalmente nas faixas litorâneas, chegando a constituir-se quase a palmeira-símbolo da Bahia (coco-da-baía) e referência paisagística de Maceió e Natal.Tem na atualidade inúmeras aplicações comerciais, industriais e culinárias, valendo pôr destaque na recente aplicação da casca do coco para a confecção do estofo de bancos de veículos, empreendimento pioneiro e muito promissor, desenvolvido pelo projeto POEMA, da UFPA. Mangueira- A Mangífera índica, de origem asiática, produz frutos deliciosos (hoje exportados para a Europa e EUA) e tem larga utilidade urbanística na arborização de parques e ruas. Antônio Landi a trouxe da Bahia para o Grão-Pará no último quartel do setecentos e Antônio Lemos a utilizou, nos alvores da centúria passada, para refrigério e sombreamento da “Cidade das Mangueiras”, que todos amamos. Jaqueira- Originária da Ásia e extremamente difundida no Brasil. Árvore de grande porte, dá frutos deliciosos, de grande aplicabilidade culinária e industrial e sua excelente
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madeira amarela é aproveitável e de boa qualidade. Muitas outras importantes espécies poderíamos repertoriar, como as chamadas especiarias da O búfalo é um Ìndia (cravo, canela, pimenta-do-reino, nozanimal rústico mas moscada, gengibre) e o importante acervo de carne macia, medicinal (benjoim, canafístula e vários tipos de saborosa e incenso) que foram para cá trazidos por ser a saudável, com viagem de Portugal até o Oriente longa e penosa. baixo teor de Valeria ressaltar, por nos interessar de perto, a colesterol. cultura da pimenta-do-reino, desenvolvida no século passado em solo paraense pelos japoneses de Tomé-Açu, que levou o Pará à condição de maior produtor mundial dessa commodity. No campo da pecuária, em especial, o Isso possibilitou, inclusive, a formação da única colonizador lusitano foi pioneiro na iniciativa, raça oficialmente reconhecida do Brasil, o Fila disseminador incansável das estirpes animais e brasileiro, em cuja constituição entrou forte a definitivo nos resultados, bastando recordar, por autogenética de animais vindos com os açorianos da eloqüente, que: a) na Carta que Pero Vaz de Caminha Ilha Terceira, o Fila terceirense, que em escreveu ao Venturoso D. Manoel referencia, em certo cruzamentos sucessivos e bem direcionados com trecho, que “eles não lavram nem criam, nem há aqui outras linhagens resultou em nosso belo e valente boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelhas, nem galinhas cão nacional, insuperável nessas tarefas. ou qualquer outra alimária, que acostumada seja ao Para finalizar, uma breve referência: em virtude viver dos homens” ; b) já na segunda metade do Século da fartura de madeira e disponibilidade de locais XVI, o notável evangelizador jesuíta, Pe. José de privilegiados para tal, a Coroa Portuguesa fez Anchieta, poeta e literato bilíngüe (latim e tupi), assim instalar, em vários pontos do território brasílico, se refere: “Há nesta terra abundância de gados, como estaleiros para a construção de suas embarcações, bois, porcos, galinhas, perus, patos, carneiros, cabras, de todos os modelos e tamanhos, transferindo, ainda que não muitos, porque começam agora e tudo destarte, preciosos conhecimentos dessa arte em isso veio do Reino” (grifamos). que os lusos foram, por vários séculos, mestres e Somos hoje o maior criador de gado vacum e maior senhores. Aqui mesmo, no Grão-Pará, o Real exportador de carne bovina. Temos enorme rebanho Arsenal de Marinha teve intensa atividade e suíno e importante criação de caprinos e ovinos. soberbo destaque, e até hoje é notória a mestria e Somos também o maior produtor de frango, competência de nossos artífices navais. exportando para vários países. No tocante ao gado A redizer A. Gomes da Costa: “A estigmatização convém aludir à imponente manada de búfalos sediada do passado é recurso dos que têm vergonha de sua na Ilha de Marajó, em franca expansão, proveniente da brasilidade - e esses ácidos por natureza ao nascer Ìndia, que aqui se aclimatou à regalia e é, hoje, a mais já amaldiçoavam o colostro da mãe... Como dizia numerosa. Fernando Pessoa na Elegia de Sombra - pesa Ainda que possa afigurar-se de menor valia, não havia neles o passado e o futuro, dorme neles o cães domésticos nas Américas. Os portugueses os presente”. introduziram, premidos pela necessidade deles na caça, nas lides com o gado e na guarda às propriedades *Médico e escritor (SOBRAMES) rurais e urbanas, tendo sido para aqui transferidos e-mail : serpan@amazon.com.br espécimes de variedades já consolidadas na Europa.
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PALAVRINHAS AO DIA DOS PAIS Celeste Proença PAI- é uma palavra pequenina e forte porque vem de Deus, do Onipotente. É uma palavra tão bela, tão amiga porque inspira confiança, amor, e paz! Não importa a sua origem, crença ou mesmo o seu jeitão humilde de falar. Ele faz parte de todo o meu destino. É alguém a quem procuro de coração aberto principalmente se algo de errado acontece comigo. Eu o tenho em minhas veias dentro do meu coração no meu afeto silencioso e puro quando caminhamos juntos, Conversando, felizes! Por que lembrar sua cor a sua origem a sua maneira de me aconselhar. O que importa é o amor o amor imenso que ele tem pra dar. Um abraço, “velho”, pelo dia de hoje porque hoje o dia é mais teu, mais meu na grandeza infinita de tu seres meu pai!
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Para além de um espermatozóide Luana de Oliveira
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ocialmente falando, ao pai coube uma função estritamente secundária, responsável por sustentar e punir enquanto à mãe não faltava amor e proteção. Esta visão romântica e determinista dos papéis, que apesar de culturais são fundamentalmente afetivos, motivou uma pesquisa científica na área da psicanálise desenvolvida a nível nacional sob o título “Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Global da Infância”, tendo na coordenação nacional a Drª Maria Cristina Kupfer (SP), na coordenação regional a profª. Drª. da UFPA Léa Sales, e uma das profissionais envolvidas na pesquisa, a psicóloga e profª da UFPA, Denise Scaff, a quem devemos uma vertente inovadora em se tratando de Pará, visto dentro do tema nacional dar um enfoque para o mundo da paternidade. Tema já trabalhado em outros estados e com materiais
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publicados, está sendo abordado pela primeira vez em nosso estado com campo de estudo em três pólos: a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Betina Ferro, da UFPA, e o Lixão do Aurá. A fase inicial do projeto vem ocorrendo há um ano e meio e trabalha a observação da relação familiar. Em encontros mensais com 100 casais, não necessariamente co-habitando, ou tendo a imagem do pai apenas por relatos da mãe, a pesquisa cataloga o acompanhamento de crianças de 0 a 3 anos em seu desenvolvimento, no entanto, centrando o olhar sobre a figura paterna, bem como da relação deste com a mãe do bebê. O processo posterior e que deve durar mais um ano e meio é a fase do questionário aplicado aos pais e mães. Objetiva-se aqui saber como o pai se vê dentro desta relação com o filho, quais suas expectativas para o futuro, sua função para a boa formação emocional da criança e enfim,
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funda. E qual o comportamento desta mãe tendo de “suprir” a outra metade da face imprescindível aos primeiros anos de vida, não só por questões de sobrevivência mas pela formação do aparelho psíquico. Casos de pais adotivos, ou um dos pais adotivos, quais as diferenças na formação dos filhos? Há diferenças? São também pontos checáveis, partindo-se da premissa pesquisada no qual o foco é o que o pai pensa e como se vê e não como a sociedade vê esse pai e o que espera dele. A psicanálise mostra pais que assumidamente esperavam por filhas e as tratam como rainhas, pais que esperavam meninos e os glorificam como seres iluminados, e pais que estariam satisfeitos com o sexo que viesse de sua prole, identifica-se este período da vida da criança de amor incondicional. A questão sócio-econômica apesar de levada em consideração não é parâmetro neste projeto, o central é o tratamento de deus que esses pais tem para com seus filhos e que durante todo o percurso da pesquisa( crianças de 0 a 3 anos) não cessa e que pode ser a fonte de um adulto seguro, emocionalmente estável. Denise não cansa de ressaltar que a intenção de seu trabalho é prevenir possíveis situações problemáticas na relação pai e filho e evitar assim danos e a necessidade de tratamentos póstumos. Trabalha-se ainda com hipóteses, mas até a conclusão do projeto questões como os principais “traumas” ou complicações provenientes desta relação serão suposições baseadas na teoria e pouco a pouco afirmadas na realidade ou desmistificadas por ela.
como é a visão paterna sobre este universo pouco abordado, se comparado com a indispensabilidade tão afirmada da presença materna, que é a essência de ser pai. O trabalho fundamenta-se na teoria psicanalítica, a qual caracteriza-se por sempre ser um estudo individual e sem julgamento de valor, ou seja, sem dizer se é bom ou mal determinada situação para a psique da criança, pois as relações são tão relativas quanto possam ser os indivíduos. Denise pretende apresentar esse trabalho, que conta também com a participação de cinco alunos de psicologia da UFPA, como tema de sua tese de doutorado em novembro deste ano em São Paulo, apesar de ainda não estar concluído, mas já bastante encaminhado. A justificativa do projeto, além da falta de trabalhos focados, como constatou no atendimento em seu consultório, é estudar a fase narcísica, ou seja, aquela em que a criança, em seus primeiros anos de vida é posta pelos pais como centro das atenções, receptora de toda uma corrente de amor que a faz sentir-se à vontade para responder ao mundo com esse mesmo amor. As conseqüências da quantidade deste amor, seja pra menos, seja pra mais, é justamente o relativismo que a psicanálise propõe. Existem casos na Santa Casa em que os pais acabam assumindo papéis socialmente instituídos como maternos, cuidam da criança com tal dedicação que comprovam o rompimento da barreira entre os atores desta trama familiar, aliás, como diz Denise, pais e mães tem de trabalhar para sustentar a casa, ambos tem “obrigações” afetivas o que faz com que um transite pela área do outro e a conseqüência disto para a criança é um dos objetivos a ser desvendado com a pesquisa. Até onde o cultural altera o afetivo. Outro ponto a ser checado são os casos de ausência paterna, por morte, por separação ou por distância de qualquer espécie. Como a mãe dá e estabelece a função do pai a partir de seu discurso, falando pouco ou muito, bem ou mal do homem, a imagem do pai se
Entrevista com a psicóloga e profª do curso de psicologia da UFPA Denise Scaff.
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O Pará na era do Graças a VIVO já podemos conviver com mais esse passo da modernidade.
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m clima de confraternização em meio a um gostoso coquetel na Estação das Docas, a maior operadora de telefonia móvel do Hemisfério Sul, a VIVO lançou a tecnologia CDMA 1xRTT, no Pará. A imprensa paraense esteve presente ouvindo e fazendo perguntas sobre a nova tecnologia. O diretor regional de coordenação para as regiões Norte e Centro-Oeste da VIVO, Sérgio Assenço e o diretor
Sérgio Assenço ao lado de João Truran explicando a tecnologia CDMA
Rodrigo Hühn, Sérgio Assenço, Ronaldo Hühn e João Truran
Rodrigo Link da NOKIA, com João Truran presenteando uma das sorteadas
regional do Pará e Amapá, João Truran, em detalhes, explicaram o novo lançamento, que já está operando em duplo convívio com a TDMA, esta sendo mantida inalterada. Os adquirentes do novo aparelho celular CDMA 1X RTT, poderão manter seu número antigo. “A nova tecnologia possibilita que os clientes utilizem aplicativos com velocidade de transmissão de dados de até 144 kbps, uma facilidade que permite já desenvolver o mercado multimídia de terceira geração, o que nenhuma outra operadora de telefonia móvel oferece no Brasil” disse Sérgio Assenço, ressaltando que na prática, significa que o usuário de celular com tecnologia CDMA tem qualidade na comunicação de voz, mantém privacidade na comunicação, maior autonomia de baterias e redução no nível de interferência. O Carimbó e o lançamento do CDMA foi sucesso total Edição 28
+ Inovações Aos conhecidos serviços VIVO TORPEDO SMS, VIVO Quiz, VIVO Cupido, Tons Musicais, VIVO WAP e Chat da VIVO, somam-se os inovadores serviços em CDMA 1X, como: VIVO Foto Torpedo, VIVO Dawnloads, VIVO ao VIVO e VIVO Zap que é o principal da VIVO nesta tecnologia consistindo no acesso à internet em Banda Larga a partir de celulares, PDAs e laptops, por meio dos cartões PCMCIA. A tecnologia VIVO pode oferecer tudo o que o futuro reserva em matéria de telefonia móvel. A tarifa desses serviços é outra vantagem: a cobrança é feita apenas por volume de dados Os novos serviços poderão ser acessados por meio efetivamente transacionados. Ou seja, o usuário só de aparelhos CDMA 1xRTT ou por um cartão paga pela quantidade de dados consumidos em wireless modem (Também conhecido como Kilobyte (Kb) e não mais pelo tempo de conexão, PCMCIA) para PDAs e notbooks. Os celulares podendo ficar conectado à Internet ininterruCDMA 1xRTT não apresentarão custos mais altos ptamente a uma velocidade de até 144 Kbps. em relação aos celulares de segunda geração.
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Saudades.... Muitas saudades! o término do veraneio, após cinco semanas de curtição total, de dia, à noite e ao vivo, em salinas, na arena VIVO/ORM, com shows na orla do Maçarico e na Praia do Atalaia os veranistas entraram na festa embalados pela música, pelos shows e as atrações mais que variadas que lhes eram oferecidas. Também mais de 60 mil brindes lhes foram distribuídos. Que saudade das aulas de aeróbica, o rappel... A tenda eletrônica com os melhores DJ´s da cidade e o público dançando a céu aberto nas areias do Atalaia até o sol raiar. Cerca de 500 mil pessoas assistiram os 27 shows realizados. O oferecimento de alternativas divertidas, saudáveis e alegres aos veranistas foi um sucesso sem precedentes, disse João Trur an, diretor regional PA/AP da VIVO.
A VIVO, controlada pelos grupos Portugal Telecom e Telefónica Móviles, é a maior operadora de telefonia móvel do Hemisfério Sul, com mais de 23 milhões de clientes nos 19 estados brasileiros e o Distrito Federal, região em que opera. A opção tecnológica da VIVO é o CDMA que é a base da terceira geração de telefonia celular, em todo o mundo, segundo a União Internacional de Telecomunicações - UIT. Para mais informações sobre a VIVO, acesse o site: www.vivo.com.br Edição 28
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Abílio Couceiro, o premiado Cap da Mercúrio
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ra 1960 quando a Agência de Publicidade Mercúrio surgiu no cenário regional. E foi por acaso. O então estudante de Direito, Abílio Couceiro, que trabalhava na rádio Marajoara e na Província do Pará, foi fazer uma entrevista para o Departamento de Esporte da emissora com o diretor da empresa Tagos, atual Tágide, na época dirigida por Rui Nobre de Brito. A matéria era sobre corridas de Lambreta, uma espécie de motocicleta. "Peguei meu gravador e fui cobrir a gincana de Lambreta que ia acontecer em
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Belém", lembra Abílio. Após a entrevista com o proprietário, o publicitário recebeu quatro "clichês", os chamados fotolitos. Eram placas de ferro onde a propaganda era "cunhada" com uma talhadeira. Os layouts dos anúncios eram feitos nessas chapas de ferro fora de Belém. "Os clichês eram para colocar no jornal e serem publicados todos os finais de semana na Província", recorda Abílio, que pensava estar fazendo um favor para o dono da Tagos ao levar as propagandas para o jornal.
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Pedro, Abílio e Abilinho por ocasião do recebimento da premiação “Melhor Publicitário Latino-Americano”, em Gramado.
A surpresa veio no final do mês, quando foi receber seus vencimentos. Nele estava acrescido uma comissão da propaganda da Tagos. O dinheiro ganho era praticamente o salário de um mês de trabalho. Desde aí, Abílio viu que uma Agência de Publicidade era uma boa saída para os problemas financeiros. Incentivado pelo amigo e diretor da empresa Coca Cola, de Belém, Sérgio Cavalcante, Abílio Couceiro resolveu criar a Mercúrio Publicidade em setembro de 1960. Naquela época existiam apenas duas agências: a Mendes e a Borges (mais antiga do Pará). O nome da agência veio de uma inspiração na mitologia romana. Durante alguns anos, ele conciliava seus trabalhos na Rádio e TV Marajoara com a agência. Com o tempo, a Mercúrio foi preenchendo todo o tempo do publicitário e exigia dedicação exclusiva. Os primeiros anúncios foram conseguidos de porta em porta. Numa lambreta, da Tágide, sua primeira cliente, Abílio percorria as empresas em busca da clientela. A primeira sala foi cedida nos altos da Gráfica Falângola. "Começamos numa salinha com dois funcionários, mais um contínuo, um desenhista e aí fomos crescendo", disse Abílio orgulhoso. Depois a empresa foi parar num prédio na Ò de Almeida. Mais tarde, Abílio comprou quatro salas no Edifício Chamiê, no bairro do Comércio. Em seguida a Mercúrio se instalou na Brás de Aguiar, onde funcionou até dezembro do ano passado. Atualmente a Agência está mais moderna e instalada na travessa Dom Romualdo de Seixas, no bairro do Umarizal. Em mais de trinta anos, a Mercúrio formou diversos profissionais, entre eles Walter Rocha, Hiran Lima, Frederico Alencar, Aldo Fernando e Márcio Nogueira. Abílio faz questão de ressaltar que a empresa está sempre baseada num código de ética. "Código para ser respeitado. É algo muito importante para a Mercúrio. Ele envolve o público, o cliente, o veiculo e os fornecedores", disse o publicitário. Com a evolução dos trabalhos e modernização dos O dia-a-dia na Mercúrio Edição 28
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equipamentos vieram mais anúncios e os prêmios. Destaque para a premiação de "Melhor Publicitário Latino-Americano" que Abílio Couceiro recebeu. O evento aconteceu em 2003, durante o 14º Festival Internacional de Publicidade, em Gramado, Rio Grande do Sul. "Foi uma homenagem muito bonita... fiquei agradecido com as pessoas daqui, que me indicaram", ressaltou Abílio. Mas não é só. Outras premiações marcaram a trajetória da Mercúrio durante esses anos: o Prêmio Regional Colunistas - Prata (1985), Top Nacional Wolkswagen de Propaganda (1983), Brasileiro Colunista Ouro (1983) e 31º Festival de Nova York (1988) são alguns deles. Os clientes são inúmeros. E todos são especiais para a Mercúrio: Cartão Yamada, CCS, Yamada - Macapá, Estacon Engenharia, Albrás - Alunorte, Tágide (que continua até hoje com a Mercúrio), Marcos entícia, A lambreta de Abílio
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Marcelino, Refrigerantes Albano, Marisa Indústria Alimentícia, dentre outros. O mais recente trabalho da agência foi a campanha nacional para a Albrás - Alunorte. Veiculou na TV Rede Globo local e de Brasília, revistas Veja e Exame, além de jornais paulistas. Abílio fez uma avaliação sobre a situação da propaganda no Pará e no Brasil. "Estamos entre as melhores propagandas do país. Depois que o computador foi inventado, ficou mais fácil fazer publicidade. O resultado dos trabalhos nos deixa realmente extasiados. Há pessoas que acreditam na nossa publicidade como algo de primeira linha", atesta Abílio. No Brasil a situação não é diferente. "A nossa propaganda está entre as primeiras do Mundo. Se formos traçar um comparativo das agências nacionais com as internacionais, poderemos perceber que em qualidade, nós continuamos sempre na frente como uma das melhores publicidades do mundo. Estados Unidos, Japão e Canadá estão junto com a gente", conclui o publicitário.
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Frut É
las ruas de Guarujá
O Frutos do Pará pe
(São Paulo)
um grupo parafolclórico que com empenho, muita ralação e paixão desmensurada, divulga a rica Cultura Folclórica Paraense em todo nosso Estado e no território nacional. Agora mesmo, para comemorar o Dia do Folclore, o “Frutos do Pará” está participando do 18º Festival Internacional de Folclore do Brasil Fest in Folk 2004, que está sendo realizado na cidade de Olímpia São Paulo, como único representante do Brasil e apresentando as seguintes danças:
Dança Missigenação das Raç
as
Uma das apresentações em Gua
rujá
PComércio RADO e Distribuidora
PRADO
Representações
Medicamentos e Produtos Hospitalares
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Dança do Açaí
s do Pará
do Açaí, da Angola, do Banguê, do Côco, Batuque Amazônico, Desfeiteira, Carimbó, Chula Marajoara, Ciranda do Norte, Lundú Marajoara, Maçariquinho, Marujada de Bragança, Marambiré, Obaluaiê, O Pará das Águas, Samba do Cacete, Siriá, Vaqueiros do Marajó, Xote Bragantino; as toadas: Batalhão das Estrelas(com a Dança do Fogo), Boi da Lua e Boi ao Contrário e a Lenda Amazônica: O Boto. Como Abertura: Carimbó Coreografado, Miscigenação das Raças e um Pout-Porri de Danças. As músicas que o grupo toca são de criação de
compositores de Belém e do interior do Estado do Pará, e outras são de autoria do próprio grupo, que são conhecidas mundialmente. O grupo Frutos do Pará desenvolveu um show mostrando as danças típicas e folclóricas do Pará, que se inicia com uma viagem pelos municípios do Estado mostrando os costumes e as danças originárias das respectivas localidades, com duração de 1:30h, com efeitos sonoros e visuais. O “Frutos” onde se apresenta divulga o Folclore Paraense e leva alegria, amor e Cultura para celebrar a união dos povos.
Apresentação da Marujada de Bragança na Estação das Docas
CASA
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Mulheres
De Atenas à Modernidade
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uando o assunto é amor, se possível for separá-lo da dinâmica econômica e social de todos os tempos, o que será que mudou na cabeça das mulheres? O coração sempre palpita quando percebe-se aquele olhar que a interessa, as expectativas, o conceito de amor e outros detalhes da realidade feminina somente podem ser checados quando em conversa com um grupo de amigas, o qual mostra um pouco deste fantástico universo de amar. As amigas Noely, Aretha e Josilene tem diferentes histórias e maneiras de pensar o amor, apesar de a grande aspiração ser a mesma, estar feliz. Comecemos então com o conceito de uma solteira, Noely, que aos 26 anos acha que as coisas acontecem quando tem que acontecer, não está em busca, não mais, pensa que o cara certo vai aparecer por acaso. Seu conceito de amor é estar bem com uma pessoa que você gosta e procurar conservar, investir para o bem estar da relação. Já Aretha, 20 anos, mais voraz que a amiga, diz que por amor tudo
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vale, que por ele se mata e se morre. O que interessa é lutar até o fim para ficar com quem você gosta e não se preocupar com as conseqüências ou o medo do ridículo. Ela não pensa que se ame apenas uma vez na vida. “Ás vezes não dá certo, quando as brigas começam a tomar conta da relação e não servem mais como aperitivo para a reconciliação, o melhor é parar. Paciência. É levantar a cabeça e continuar buscando”. Mas de fato, o caso espetacular e tão raro quanto um prêmio de loteria é o amor de Josilene, Josi para os íntimos. Conheceu seu príncipe Juninho quando tinha 15 anos, estava em sua cidade natal, Recife, ele havia se mudado para o prédio onde ela morava e encantou a moça de primeira, a estratégia de aproximação partiu dela e foram umas aulas de química para sua prova de recuperação. Preste atenção agora no relato de Josi sobre o que ela chama sua “cara metade”. “Eu sempre dava um jeitinho pra estar perto dele, além das aulas íamos comprar pão juntos e acabei ficando amiga de sua prima, um pretexto a mais para sairmos mais. No dia de minha prova de química ele me deu uma carona até o colégio e na
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confiança no que virá, apesar das crises. Mas um sentimento tão belo quanto este deve ser provado sem o medo do fracasso, com a doação que se merece. Independente de religiões, raças ou classes sociais, não passemos pela vida sem amar.
volta me disse: “eu vou te seqüestrar”, lembro como se fosse hoje, ele me levou para uma rua bem larga e disse que ia me ensinar a dirigir. Ele sabia que eu queria muito aprender, mas disse que só me ensinaria se eu namorasse com ele. Lógico que nem pensei duas vezes. O namoro começou dia 3 de janeiro e sete dias depois ele teve de ir para São Paulo, foi aprovado na AFA, Academia da Força Aérea, ia passar quatro anos para lá. Apesar de todos os sofrimentos nunca houve a suspeita de que não ficaríamos juntos. Tínhamos certeza do que queríamos”. Josi e Juninho estão casados há dois anos e morando em Belém. A família de ambos está longe e como o príncipe tem que viajar constantemente, Josi até hoje não consegue deixar de chorar com a ausência do amado. Sua paixão é eloqüente e as juras de amor nunca cessam. Ela diz que nunca vão se deixar pois ele diz que só a deixa quando ela não o quiser mais e como essa possibilidade é remotíssima a eternidade os espera. Independente do modo de amor à parte, a ótica da mulher sobre o amor reflete sempre mais esperança e
Em homenagem aos XXVIII Jogos Olímpicos da era moderna. Que seja realizado em clima de paz e serenidade para maior harmonia e compreensão entre os povos.
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Desgraça Pouca *Camillo Martins Vianna
... é bobagem. Este, o abalizado parecer da assim chamada sabedoria popular, citada e referendada em todos os casos e circunstâncias onde a opinião dita dos entendedores no assunto deu com os burros n'água, levando os pretensos mestres sabedores ao ponto inicial das suas divagações teóricas e filisóficas, embrulhando mais, alguma coisa que por aí só já é enrolada, não deixando a menor possibilidade de resolver o problema. O significado do parecer popular vai mais longe, quando encontra apoio em outros ditos de igual validade e importância, tal como o que faz referência a barco afundado, porém bem carregado, ou até mesmo quando caracterizado a perda do vaso noturno, não resta outra opção, senão aquela de jogar-se a tampa no mato, ambas reforçadas por outra que diz, para dar maior ênfase ao acontecimento calça de veludo ou fiofó de fora, todos eles evidenciando uma espécie de fatalismo encaixado no âmago do miolo da nossa formação cultural, como decorrência de eventos predatórios de alta importância, que vem ocorrendo desde o início da história da região, a partir do extermínio de milhões de índios, uma vez que há citação do Padre Antônio Vieira, da existência de outros tantos, apenas na calha do grande rio das Amazonas. A matança de cavalos, por ordem de D. Maria I, somente para o aproveitamento da crina e a destruição dos ninhais, na ilha flúvio oceânica dos Aruanas deve-se associar, nessa visão panorâmica de extermínio da fauna amazônica, ao quase desaparecimento das garças, cujas plumas eram aproveitadas para deleite das
...
damas européias e empiriquitamento das legiões marciais so Ve l h o C o n t i nente. O peixe-boi, o pirarucu, a
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relatório especializado de setor pesqueiro, mostrando o fato sabido, conhecido e facilmente identificado na costa norte e no estuário, onde barcos das mais variadas bandeiras, incluindo os acobertados por corsários cablocos, que funcionam como testas de ferro, desperdiçam, pura e simplesmente lançando fora a cada ano, o equivalente a toda produção pesqueira levada a efeito no território nacional, uma vez que o produto rejeitado não satisfaz a preferência dos consumidores alienígenas. Nesse verdadeiro crime de lesahumanidade, o que sobra para alimentação regional, malmente dá para chegar à mesa dos menos aquinhoados, que já começam a sentir os efeitos do desaparecimento das fontes naturais de alimentos, assunto aliás que não parece merecer maior importância por parte dos interessados, que talvez encontram apoio na já referida sabedoria popular, para justificar esse alheiamento, qual seja, o da afirmativa: cada um por si e Deus por todos.
tartaruga, e outros mais, andaram some não some do Anfiteatro Amazônico, como resultante de perseguição sistemática ao longo dos séculos. Para agravar esse estado de coisas, a própria natureza, de quando em vez, faz uma espécie de falseta, e elimina, em dado momento, uma enquantidade como se diz de representantes da fauna da região, pois no período da chamada piracema, que corresponde à época da desova dos peixes hileianos, um haver deles sobe nos campos naturais da Ilha de Marajó, não dando sequência ao cerimonial da continuidade das espécies. As águas baixam sem aviso prévio, eliminando centenas de toneladas de peixes, juncando enormes extensões de terroada, numa espécie de holocausto, que pode ser encontrado em outros pontos do Inferno Verde. Na época contemporânea, todos os ventos predatórios de maior envergadura, vêm sendo superados, quantitativa e qualitativamente, por acontecimento que consta de informação ciosamente guardada, em
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O meu grão de
*Acyr Castro eja bem, Otávio, curti, à beça seu bilhete “às pressas” pela Internet. Não digito, não; minha irmã Marilda faz isso por mim. Sou membro, feliz, do Planeta Guttemberg, que Deus o conserve por mais um tempo. Minha Olivetti me é melhor do que qualquer coisa fora da ação manual, acredite. Outro dia, li que faço crítica de cinema e ficção e publico artigos em jornais. Palavra do reitor da Unama. Fiquei sem graça. Crítico cinematográfico sou, formando uma trindade santíssima com Pedro Variano e Maria Luzia Miranda Álvares. Seria impossível negar. Fiz a crítica de cinema passar de bissexta a sistemática com 16 anos de idade, em “A Vanguarda”, e fui o primeiro jornalista a me profissionalizar como crítico de filmes, isso em todo o Norte do Brasil; em “A Folha do Norte” nos anos 1950. Na década de 1960, junto com Edwaldo Martins e uns caras que já se foram, fundei a Associação Paraense de Críticos Cinematográficos que o Pedro preside agora. Tenho mais de 50 anos de crítica de arte; afora cinema, abranjo, literatura e música popular. Tinha secção específica na “Folha” inclusive, e sobretudo, no Suplemento Literário dirigido pelo poeta Eliston Altmann, a quem o vento já levou. Está tudo nos livros que editei. “O Grão da Escrita”. “Sob o Signo de Gêmeos”. “Proteção contra A Inocência”. “Um fio de Lâmina” . “Na Vertigem do Texto” . “Além do Deserto”. “Estas Poucas Palavras”. “O Detalhe da Forma” e “Na Esfera do Jardim”, estes
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dois últimos acrescendo aos gêneros citados o memoralismo. E poesia: “In Verso Tempos” e “O sentido da Semente”. Em 1995 prestei tributo ao Cinematógrafo dos irmãos Auguste e Louis Lumiére: “Cinema: Um close nos 100 anos”. Algum da minha poesia vive e reside num elepê que a Academia Paraense de Letras publicou, e em todas as revistas da Academia e na “Introdução à Literatura no Pará”. Meus livros nadam poeticamente. Tenho participação, sim, e em duas antologias da Editora Cejup: versos em 1992, a de contos em 1994, “Festas” a antologia. Estou ainda, em “Encontro Nacional de Política Cultura”, Série Documentos, quando (1984) governava Minas Gerais Tancredo Neves, a publicação (livre) saiu em 1984 em Belo Horizonte. Aceito a indicação da expressão “crítico” de artes por
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causa da bibliografia em que apareço bastante (uma de artes plásticas em 1973 por Robeto Pontual) e prefácios e “orelhas” inclusos naturalmente. Em matéria de música popular, creio ser a brasileira a maior e melhor de todas, embora admire muito o que os norteamericanos, os mexicanos (por que não zezé ?), os franceses, os italianos fazem no ítem. Repare, cara: Johnny Alf, Chico Buarque de Holanda, Nelson Cavaquinho, Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, João Gilberto, Ary Barroso, Cartola, Orlando Silva, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Dalva de Oliveira, Herivelto Martins, Lupicínio Rodrígues, Noel Rosa, Vadico, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Jacó do Bandolim, Angela Maria, Leny Andrade, Roberto Silva, Nelson Gonsalves, Pery Ribeiro, Miltinho, Elsa Soares, Silvinha Telles, Gal Costa, Silvio Caldas, Carlos Galhardo, Roberto Carlos, Maria Bethânia, Hermínio Bello de Carvalho, Garoto, Roberto Paiva, João Petra de Barros, Aracy de Almeida, Maysa, Caetano Veloso, Roberto Menescal & Ronaldo Bôscoli, Marcos & Paulo Sérgio Valle, Isaurinha Garcia, João de Barro, Adoniram Barbosa, Edyr de Paiva Proença, Paulo André & Ruy Barata, Walter Bandeira, Alaíde Costa, Alcione, Paulinho César Pinheiro & Eduardo Gudin, Carmen Costa, Luis Gonzaga Júnior, Isolda, Gilberto Gil. E mais alguns de que me esqueço no momento. E falo de tudo isso nos meus livros. Não suporto rótulo mas, já que tem de dizer o que a gente é, que se diga direito, sem reserva mental de nenhuma espécie, e sem nenhum tipo de desinformação. Falei ? Venho sendo um homem do meu tempo, um cidadão do mundo, e até na opção política. Mas na arte encontro a transcendência que não encontro em mais nada, uma transcendência que é o espaço do tempo, o único que escapa à morte, eu creio.
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Te n h o , inédito, “O cinema Que Eu Amo”. E a Prefeitura, sob o amigo, Edmilson Rodrigues, companheiro fraterno, lançará, breve, um livro de memórias, autobiográfico, “Cléo Bernardo: A Falta Que Faz” em que conto de mim e, principalmente, do lengendário Lider socialista Cléo Bernardo de Macambira Braga, o São Francisco de Assis da minha época, meu “pai ideológico” e meu amigão de fé. Era o que você queria saber, Eduardo ? Um abraço. *Ex-Secretário de Estado de Cultura, Desporto e Turismo.
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Não suporto rótulo mas, já que tem de dizer o que a gente é, que se diga direito, sem reserva mental de nenhuma espécie, e sem nenhum tipo de desinformação.
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*Hélio Rodrigues Titan humanidade sempre reverenciou, adorou como um deus em certas religiões. Hoje em dia, por exemplo, quem de nós não fica extasiado na contemplação de uma aurora ou um crepúsculo em um dia de verão? Mas na verdade o que é o sol? De que ele é formado? O que produz sua combustão? A nossa finalidade amigos leitores, é tentar explicar um pouco a realidade física deste astro, vital para nossa existência. Vejamos: Na galáxia chamada Via Láctea existem cerca de 200 bilhões de estrelas, uma das quais é o Sol, que fica no centro do nosso sistema planetário. Embora tenha um diâmetro de 1 392 400 quilômetros (o da Terra é de apenas 12 756 quilômetros), o Sol possui dimensões relativamente modestas em comparação com outras estrelas da galáxia. Mas para o homem sua importância é muito grande, porque dele provêm quase toda a luz e calor indispensáveis à vida na Terra. Formado por uma massa de gases extremamente aquecidos, o Sol produz luz e calor mediante a contínua fusão de átomos de hidrogênio, que são constantemente transformados em átomos de hélio (fusão nuclear). Seus principais componentes são, portanto, o hidrogênio (71 %) e o hélio (27 %) formado pelo processo de fusão e outros elementos mais pesados (2%). Quando todo o seu hidrogênio for transformado em hélio (daqui a bilhões de anos!), o Sol esfriará por completo, deixando de produzir luz e calor o que fará desaparecer toda forma de vida na Terra. O Sol compõem-se de quatro camadas bem distintas. A primeira delas é o núcleo ou centro, zona de
temperaturas elevadíssimas (16.000.000 gc) na qual ocorre a fusão nuclear. Em seguida vem a fotosfera, camada de cerca de 300 quilômetros de espessura que envolve o núcleo e forma a superfície visível da estrela, com uma temperatura de 6.000 g.c. A terceira camada situada acima da fotosfera chama-se cromosfera e compõe-se de gases avermelhados visíveis durantes os eclipses totais do Sol; nessa região ocorrem as protuberâncias eruptivas, isto é, os imensos e violentos jatos de gases lançados em direção à coroa à velocidade de cerca de 1 000 quilômetros por segundo. A cromosfera tem uma temperatura de 30.000 gc. A parte mais externa do Sol é a coroa, zona sobre a qual os astrônomos sabem ainda muito pouco
A Via Lactea
em virtude das dificuldades de observação; os cientistas afirmam, porém, que ela é formada de gases
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muito rarefeitos. Sua temperatura é de 1.000.000 gc. As áreas mais frias da fotosfera, que no Sol se chamam manchas solares, provavelmente existem em outras estrelas. George Ellery Hale descobriu em 1908 que as manchas solares apresentam fortes campos magnéticos. O ciclo de manchas, em que a quantidade varia de menos a mais e volta a diminuir ao cabo de uns 11 anos, é conhecido pelo menos desde o início do século XVIII. Como a Terra, o Sol gira em torno do próprio eixo. Mas, não sendo um corpo sólido, não faz a rotação de forma homogênea a velocidade é maior no equador (uma
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volta completa em 2 dias) e menor nos pólos (34 dias). O passado e o futuro do Sol foram deduzidos dos modelos teóricos de estrutura das estrelas. Durante seus primeiros 50 milhões de anos, o Sol se contraiu até chegar ao tamanho atual. A energia liberada pelo gás aquecia o interior e quando o centro ficou suficientemente quente, a contração parou e começou a combustão nuclear do hidrogênio em hélio. O Sol tem estado nesta etapa de sua vida durante os últimos 4 bilhões e 500 milhões de anos. Numa escala de tempo astronômica, nossa estrela ainda tem combustível nuclear para mais 5 bilhões de anos. Fiquemos tranqüilos portanto! *Médico Escritor e Cosmólogo
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Grande vilã da vida moderna:
Efeitos: MEK Pinheiro
*Dr. Marcelo Ariel Schulman
asta andar apenas um dia pelo centro de qualquer grande cidade do mundo para sentir o nariz entupido sem estar gripado, os olhos vermelhos e ardendo, e uma certa dificuldade para respirar. Para os mais desavisados, a poluição chega a assustar, mas, para quem convive com esta realidade é apenas rotina. Para se ter uma amostra da dimensão do problema os moradores das grandes cidades, principalmente das capitais e as que compõem suas
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áreas metropolitanas, convivem diariamente com pelo menos uma não tão silenciosa mas mortal fonte de poluição: os veículos automotores. Segundo dados de técnicos da área de Saneamento Ambiental, são jogados no ar, naquelas áreas, todos os dias, centenas de metros cúbicos de gases e partículas sólidas venenosas, tais como; monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e enxofre, chumbo, dióxido de carbono, clorofluorcabonos, aldeídos e outros. Mas, será essa a fonte principal da poluição ? O que dizer do lixo não recolhido e/ou jogado às ruas pela população ? E o esgoto a céu aberto, os canais mais que poluídos, e outros menos notados ? Não é preciso ser um especialista para saber que toda esta sujeira não é fonte de
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E o que são os radicais livres ? São grupos de átomos que fazem parte das moléculas biológicas. Uma vez livres, eles atacam o núcleo das células cutâneas, não permetindo que realizem suas funções, ou se reproduzam normalmente. Entre outros fatores externos que estimulam a produção dos radicais livres estão o uso de medicamentos inadequados, fumo, álcool, alimentação incorreta, exposição às radiações dos raios x e aos monitores de computador. O processo de recuperação é lento, já que não é possível deixar a “cidade” , começa com uma alimentação rica em viatmina A (fígado, peixe, leite integral, manteiga, espinafre), vitamina E (óleos vegetais) e Selênio, terminando com a ingestão de cápsulas desses mesmos elementos em doses corretas. Boa alimentação, suplemento vitamínico e de selênio, e o uso de cosméticos à base de óleo de germe de trigo, óleo de rosmarinos, glutation ajudam nosso organismo. Preste sempre atenção à bula dos produtos para confirmar se as suas fórmulas são enriquecidas com esses elementos. Mesmo que os cosméticos não atuem nas camadas mais profundas da pele, eles ajudam a hidratação natural. Não compre todas as vitaminas ou complexos vitamínicos, se forem consumidas em excesso, são prejudiciais à saúde. Use sempre o bom senso e consulte um médico que possa receitar o necessário para você.
saúde.Muito pelo contrário. Suas conseqüências estão nas dores de cabeça, sono, redução dos reflexos, respiração “curta”, bronquite crônica, asma, alergias, tosse, fadiga, diminuição da resistência orgânica às infecções. E entra na lista um novo dado alarmante: a poluição ambiental provoca aceleração do envelhecimento da pele e dos cabelos. Sem deixar marcas aparentes, que desapareceriam após um bom banho e o uso de produtos cosméticos de limpeza, o envenenameneto do ar age dentro do organismo, prejudicando as células que deixam de trabalhar e se reproduzir normalmente. A explicação, bastante simplificada, do processo pode ajudar muito. A pele é um tecido composto por milhares de células vivas, que estão em constante reprodução. Exposta às radiações UV, aos raios solares e à poluição, a pele fica vulnerável a ação dos radicais livres, os principais causadores do envelhecimento precoce.
* Farmacêutico e Cosmetólogo
Uma publicação Editora Círios
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Por qu Envelhecem Um outro jeito de enxergar o cotidiano Roberto Godkorn
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a medida em que certas partes do mundo se civilizam de verdade, a expectativa de vida de seus afortunados moradores aumenta. Hoje temos muitos velhos vivendo melhor do que seus avós ou até mesmo do que seus
pais. Olhadoomo "mercado" é um filão apetitoso. Se eu estivesse iniciando a minha vida, escolheria a geriatria ou a gerontologia como carreira. Juntando a esse "mercado" à crença hedonista de que a juventude é única idade que presta, (o que leva pessoas de trinta anos a procurarem "preventivamente" o geriatra, a cirurgia plástica, a cosmetologia etc), temos aí, um verdadeiro banquete, para os profissionais da eterna juventude. Assim começam a brotar especialistas em métodos anti-envelhecimento ou como eles mesmos se definem, em deter o relógio biológico. Apesar disso, não há convergência de opiniões e de teorias sobre por que envelhecemos. Alguns acham que envelhecemos porque estamos geneticamente programados para tal. Outros acham que não - o envelhecimento é um acidente da evolução biológica e pode ser evitado, ou pelo menos ter os efeitos relacionados a ele evitados. No momento, existem cerca de doze teorias de envelhecimento consideradas sérias pela comunidade
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científica e cada uma tem seus fãs, que se debruçam sobre os dados estudando-os com afinco afim de comprová-los. Como não sou cientista, pelo menos não dessa ciência oficial, não tenho compromisso com essa ou aquela teoria, mas não posso negar que o assunto me fascina. Sinto que essa fascinação foi aumentando gradualmente nos últimos vinte anos, e se transformou em (pre)ocupação depois que cruzei a barreira dos cinqüenta, não sei por que, talvez seja uma simples coincidência. Para falar a verdade, apesar do tom irônico das linhas acima, também acho a velhice um saco, principalmente quando ela é conceitual, ou seja quando temos um sujeito de trinta anos "velho"! Acho que ser velho na nossa sociedade é terrível, porque assim como em certas sociedades primitivas os velhos, que não podiam mais guerrear, nem procriar, eram levados para os confins da floresta para morrerem longe da tribo, nós também abandonamos os nossos velhos. Mas na maioria dos casos eles se abandonaram primeiro.
Mas vamos voltar a pergunta lá de cima? Por que envelhecemos? Não, não vale recorrer as teorias dos cientistas, até porque elas não foram comprovadas (cientista adora
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e os?
comprovar coisas). Então vamos arriscar uns palpites: 1º) Envelhecemos porque há uma "cultura" da velhice, e à medida em que vamos apagando velinhas, vamos "vestindo" essa cultura. Quando as minhas filhas dizem para a mãe: "Você não vai ter coragem de comprar essa roupa de jovem, vai? Vai ficar ridícula!" Mesmo tendo uma mãe jovial e inteirona, estão sendo agentes dessa cultura...e quando a minha mulher se curva diante desse argumento, está sendo paciente dessa cultura e ...envelhece sociopsiquicamente. 2º) Envelhecemos por que não conseguimos estabelecer rotinas prazerosas, e a cada instante vemos desmoronar diante de nossos olhos os símbolos da estabilidade. Quando estabelecemos rotinas elas são aprisionantes, são altamente defensivas, são labirintos que criamos para nos proteger não se sabe bem de quê. 3º) Envelhecemos, porque não conseguimos romper com as rotinas, vamos perdendo a coragem (se é que um dia tivemos, mas o jovem esconde-se atrás da cultura do jovem e engana bem) de peitar a rotina, e criar outra. Romper com os roteiros fixos, é um dos métodos mais anti-envelhecimento que conheço. Um dia, sem aviso, resolvi jogar para o alto todos os compromissos que tinha, e fui para a praia no meio da semana. Enquanto tomava água de coco, sentia que remoçava 10 anos. 4º) Envelhecemos porque somos egoístas e burros, e não pensamos nos outros eus, que
irão herdar o corpo que agora estamos usando. 5º) Envelhecemos porque não nos esforçamos para aprender. Parece que ficamos tão traumatizados com os anos passados nos bancos escolares, que negamos a busca continuada de conhecimento, e mais que isso, riscamos do nosso vocabulário, a palavra sabedoria. Velho é ignorante, velho é chucro, é demais. É a mesma coisa que dizer criança sábia, bebê com grande conhecimento. 6º) Envelhecemos porque (lembram daquela cultura da velhice?) acabamos sendo convencidos que passamos da idade de amar, que amar dá muito trabalho, é coisa de jovem, arroubos da juventude etc, etc... 7º) Envelhecemos porque não conseguimos largar o nosso passado na primeira esquina, e assim, ficamos impedidos de olhar para o futuro. E aí ficamos repetindo: " aconteceu comigo em 1927 quando eu servia no tiro de guerra...”
8º) Envelhecemos porque ajudamos a construir uma sociedade belicista e hedonista e quando não podemos mais guerrear, ou desfilar corpos perfeitos, as regras que criamos e alimentamos, nos mandam para a cristaleira mofada e cheia de teias de aranha. 9º) Envelhecemos por causa do medo. Isso mesmo, nos refugiamos na velhice como se isso pudesse nos preservar de perigos, e sobressaltos da vida, mas é uma bobagem. Eu mesmo rezei tanto para chegarem os cabelos brancos... eu dizia: "só vão me levar a sério quando tiver cabelos brancos", hoje tenho e todos os dias os ameaço com um xampú tonalizante. 10º) Envelhecemos porque desistimos, arriamos os braços depois do enterro de um amigo, ou diante de um filme antigo cujos atores conhecemos na juventude, e dizemos: "agora estão todos mortos." Não falamos mas pensamos "logo, logo vou eu." E assim adiamos o viver, e envelhecemos mesmo. Um famoso empresário da noite falou numa entrevista, "morrer é uma grande sacanagem quando se vive tão bem." Esse medo, esse fantasma também faz envelhecer, também carcome a nossa vitalidade, e nos rouba o tesão. Um dia e esse dia não está longe, vamos viver bem até os 150 anos ou mais, vamos poder fazer sexo aos 110, passear no parque de bike sem artrite, aos 115 mas ... se não mudarmos por dentro vamos continuar irreversivelmente envelhecendo. E vamos envelhecer sem savoir faire, sem sabedoria, e não é preciso ser nenhum Shakespeare para saber, que isso sim é o verdadeiro desastre.
QUALIDADE EM IMPRESSÃO
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Agosto
Divulgue seu
Evento
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PARAGOMINAS 14 a 22
SANTARÉM 11 a 13
BELÉM
revista@paramais.com.br
CURRALINHO 20 a 22
38ª AGROPEC - Exposição Feira Agropecuária Parque de Exposições Fone: (91) 3729-1212
SOURE 21 a 22
III Festa do Folclore Praça do Açaí 59/1218 Fone: (91) 3633-12
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5º EPITA-Encontro dos Povo s Indígenas dos Rios Tapajós e Arapiuns Fone/Fax: (93) 523-0229 gci@netsan.com.br
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VII Festival do Açaí e V Concurso de Peconheiro(a) Fone: (91) 3809-1159 Fax: (91) 3808-1160
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SOURE 29 a 05/09 XLVII Expo / Feira Agrop. do Arquipélago do Marajó Parque de Expo. Agropecuária Fone: (91) 224-5874 Fax: (91) 224-5874
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