Edição 35
Belém-Pará-Brasil
www.paramais.com.br
ISSN 16776968
R$
CURSOS VESTIBULARES
Este ano faรงa
CURSOS VESTIBULARES PRร MIO QUALIDADE BRASIL
2000 / 2001 / 2002 / 2003 / 2004
Apesar dos poucos recursos, a diretoria do Clube do Remo manteve uma comemoração discreta para o centenário. O primeiro ato solene foi uma missa de ação de Graças celebrada pelo arcebispo metropolitano de Belém, dom Orani João Tempesta...
O carnaval em Soure, na Ilha do Marajó, norte do Pará, começou animado. A quantidade de foliões superou as expectativas da organização do evento, que aguardava cerca de 3.000 brincantes. .. ANASTÁCIO TRINDADE
O mais famoso carnaval do interior do Estado do Pará é brincado na cidade de Cametá, que fica localizada nas margens do Rio Tocantins e que pode ser alcançada facilmente pela “Alça Viária” ou por barcos confortáveis.
Apesar de inocentes, frases como “felizes para sempre”, “até que a morte os separe” e “só o amor segura um casamento” podem prejudicar o matrimônio. Elas são mitos que povoam a cabeça dos noivos e cônjuges e, por não corresponderem à realidade, acabam virando ervas daninhas que minam a relação e colocam em xeque o amor que os uniu e que deveria suportar tudo... FELÍCIO SOUZA, MARILDA PENA
A Target Propaganda e a Gamma Comunicação resolveram unir forças no ramo da publicidade. Desde o dia 1o de janeiro de 2005, logo na virada do ano, surgiu a Gamma & Associados, fruto da união das empresas de Márcia Acatauassú Ledo, a Target, e de Hérycles Horiguchi, Marcia Yamada e Marcus Pereira...
Revista
ANASTÁCIO TRINDADE
Muito embora adepto fervoroso da não violência, a solução é ficar de acordo com o jornalista Carlos Mendonça, dos mais respeitados, que publicou, nos idos de 72, em jornal de grande circulação em Belém, crônica que faz parte da história da região. Com o necessário respeito, entendemos que sua senhoria ficou parece cobra que perdeu o veneno, conforme se usa dizer por aqui, quando se alcança o paroxismo da raiva...
Pará+
Ano 03
Edição 35
fevereiro de 2005 Pág. 10 Pág. 15
Fernanda Melonio
CAMILLO VIANNA
Pág. 20 Pág. 22 Acyr Castro
A anencefalia é uma má formação fetal que consiste na ausência total, ou parcial do cérebro e da calota craniana. Seu diagnóstico pode ser realizado a partir de 12 semanas, através da ultrasonografia...
Pág. 24 Pág. 30
HÉLIO TITAN
Pág. 37 Sérgio Pandolfo
Editora Círios S/C Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil
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Í N D I C E
PUBLICAÇÃO
Hélio Lemos e A. Concli Jr.
Pág. 42
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, João Modesto Vianna, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Celso Freire, Ronaldo G. Hühn; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Acyr Castro, A. Concli Jr., Anastácio Trindade Campos, Brenda Messias, Camillo Martins Vianna, Fernanda Melonio, Felicio Souza, Hélio Lemos, Hélio Rodrigues Titan, Marilda Duarte Pena, Sérgio Martins Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Cilene Nabiça, Coleção Danna B. Merril, João Ramid, João Vianna, Osvaldo Santos, Ray Nonato, Sueli Gaspar; DESKTOPING: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
REMO 100 Anos Fotos: Ray Nonato
A
pesar dos poucos recursos, a diretoria do Clube do Remo manteve uma comemoração discreta para o centenário. O primeiro ato solene foi uma missa de ação de Graças celebrada pelo arcebispo metropolitano de Belém, dom Orani João Tempesta. Em março a diretoria vai promover uma exposição denominada “100 anos de Clube do Remo”, na Estação das Docas. Na exposição estão os principais troféus conquistados pelo clube e com publicações que contam a história do “mais querido” até os anos 40. Ainda no primeiro semestre, a diretoria pretende realizar a corrida rústica do centenário. A Federação Paraense de Atletismo deve colaborar com a organização do evento. Outro que está sendo elaborado é o troféu Kako Caminha Natação. Para o segundo semestre, o lançamento do livro “Cem anos do Clube do Remo”, de autoria do historiador e professor Wilton Moreira. Wilton conta que, devido a falta de recursos, a comitiva que cuidava do centenário teve que ser desfeita. “Apesar disso tudo, as comemorações só se encerram no dia cinco de fevereiro de 2006”, disse Wilton. O atual presidente do Remo, Raphael Levy diz que, se a situação financeira fosse melhor, as comemorações seriam um pouco
comemorações do centenário serão feitas durante todo o ano. Estamos retomando este trabalho para não deixar passar em branco”, ressaltou.
HISTÓRIA O Clube do Remo surgiu das águas. Um grupo de sete amigos remadores decidiu abandonar o Sport Clube e fundar uma nova associação. No dia 5 de fevereiro de 1905, por sugestão de Raul Engelhard, eles batizaram como Grupo do Remo. O nome era uma alusão a um clube europeu. Mas somente no dia 15 de agosto, o Grupo do Remo foi oficialmente registrado. Naquela época o clube já contava com 20 integrantes. Após seis anos, o grupo s o f r e u f o r t e s transformações. A exclusividade para os esportes náuticos havia acabado. Surgia a possibilidade do clube participar também do futebol de campo. Em 1913, o clube formou uma equipe. Alguns dos jogadores eram atletas da União Esportiva e Sport Clube. Time feito, o Remo marcou um amistoso com o Guarani. O primeiro jogo oficial foi contra o União, válido pelo campeonato estadual. E para espanto de muitos, o Remo tornou campeão logo em sua estréia numa competição oficial. Em 1914, após a reformulação no estatuto. O Grupo do Remo passou a se chamar Clube do Remo.
Raphael Levy 06
p a r a m a i s . c o m . b r
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Alguns dos times que deram muitas alegrias e títulos ao glorioso Leão Azul No decorrer do tempo os remistas foram chamados de os “Filhos da Glória e do Trinufo”. Em 1914, veio o primeiro RExPA. O Leão venceu por dois a um. Em 1917, o Remo inaugurou o seu campo de futebol e em 1928 é inaugurada a primeira sede, na Praça da República. Dez anos depois, os remistas mudam para sua nova sede, na avenida Nazaré. Em 1962 o Remo inaugura seu estádio de futebol. Vice-campeão em 1972 do campeonato Brasleiro, o Remo perdeu a final para o Vila Nova, MG. Ainda em 72, o Leão estréia na divisão especial do Brasileirão e termina em 17o colocado. Em 1993, o Remo consegue terminar em 8o lugar no Brasileiro. Feito histórico. No ano passado o time foi bicampeão de forma invicta. Na final os azulinos bateram o maior rival, por dois a zero no mangueirão.
TÍTULOS A história registra cinco tricampeonatos paraenses. Mas foi o pentacampeonato estadual da década de 90 que mais chamou a atenção. Edição 35
Outro mérito significativo do Remo no futebol brasileiro é o número de participações na Copa do Brasil. Este ano, o Leão parte para o 16o disputa na competição. Só ficou de fora numa edição. Em 1965 o clube do Remo conseguiu dois feitos históricos: o primeiro foi o empate com o Benfica, de Portugal , em um a um, num amistoso no estádio Evandro Almeida, o baenão. No outro episódio, o Remo perdeu por 9 a 4 para o super time do Santos. Naquele jogo, Pelé vestiu a camisa do Leão e prestou uma homenagem aos paraenses. E fora de campo, a escola de samba Rancho Não Posso me Amofiná, que contou a história do Remo no seu samba enredo, foi a grande campeã do carnaval de Belém 2005. O tema foi “Das águas do Guajará às terras do Pará, clube do Remo, cem anos de tradição e glória”, composto por Bosco Guimarães e Walter Azulay Uma pesquisa divulgada pela revista Lance, no ano passado, mostra que o Remo tem a maior torcida do Pará com 12, 20%. No ranking nacional da torcida, os remistas aparecem no 32o lugar.
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07
2005
Rainha das Rainhas
Rainha das Rainhas
A
promoção tradicionalíssima das Organizações Romulo Maiorana, este ano, foi novamente um sucesso espetacular - cores e os brilhos das fantasias, cheias de recursos, aliados a juventude e à beleza das
candidatas, fizeram o público que assistia a promoção, delirar. Todos de parabéns, em especial o gloriosíssimo Clube do Remo que no seu Centenário ganhou o ambicionado título, com Paula Diocesano, em sua fantasia, Tuluperê - A Encantada Cobra Grande. Clube do Remo - Paula Diocesano, fantasia: Tuluperê - A Encantada Cobra Grande
Paula Diocesano, recebendo de Fábio Yamada, da Tágide Veículos, seu prêmio pela conquista do Título
1ª princesa Assembléia Paraense - Bruna Santos, fantasia: Barbarella
3ª princesa. ASBEP - Karlene Araujo, fantasia: Pássaro guerreiro da paz
Paysandu - Luciana Rezende, fantasia: Kumachi, a deusa do sol
Monte Libano - Amanda Cunha, fantasia: Raks Sharki
CEPE - Viviane Neves
Pinheirense - Evelin Soraia, fantasia: Carmem Miranda, a pequena notavel
COPM - Jamilly Brito, fantasia: Coaracy e Jacis, irmão sol, irmã lua
Eloy comandando o show
bandeiras e percussionistas de Escolas de Samba de Belém, a Charanga do Fofó com seus instrumentos afinados trompete, trombone, saxofone, caixa e prato, o surdo e o bumbo. A cantora Creuza Gomes animando o ambiente com sambas antigos dos Blocos Vila Farah, Xavantes, Piratas da Batucada e outros. Claro que não faltou o Abre Alas, Eu Vou Pra Maracangalha, O Pierrô Apaixonado, O Teu Cabelo Não Nega, Bandeira Branca e muitos outros, que ao mesmo tempo, matavam as saudades e animavam ainda mais o espetáculo. O visual ficava ainda pra lá de bom com as referências aos personagens que marcaram época no Carnaval passado da cidade como, Nega Maluca, Mulher Gostosa, o Apache e o Gorila, a Morte e outros. O Carnaval dos Carnavais fez a reabertura do Teatro Margarida Schivazapa, após quatro meses parado para reformas e melhorias em geral, tendo se apresentado também no Teatro Estação Gasômetro e no Baile dos Artistas. Um Senhor Espetáculo! Eloy Iglesias e sua trupe mais uma vez foi sensacional.
s o d l a v a n r Ca Carnavais É o show! Realmente uma beleza, quem perdeu não dançou, não se animou. Para início de carnaval, para esquentar as turbinas, as cuícas..., nada melhor. O cantor e show-man-women Eloy Iglesias comandou e conduziu a grande comemoração carnavalesca, com participações diversas, variadas e animadíssimas as drag-queens, o Boi Veludinho de São Caetano de Odivelas, mestres-salas, porta-
O Pierrot
Todos na animação
ILHA DE MARAJO
SOURE
BRASIL BELEM A cidade de Soure é famosa pelo seu grande potencial turístico, com bonitas praias e uma fauna e flora de dar inveja aos mais belos parques naturais de nosso país. Mas, além desse grande potencial, Soure se destaca por sua hospitalidade, recebendo sempre milhares de turistas todos os anos. Um dos eventos que mais atrai as pessoas para a cidade é justamente o carnaval, uma festa que reuniu, este ano, mais de 6 mil pessoas em torno da Grande Festa.
A
pesar de ser conhecido apenas pelas suas belezas naturais, a cidade de Soure também promove um belo e tradicional carnaval. E tudo começou pelas mãos de um artista plástico italiano chamado de Virgílio Vitelli, mais conhecido pelos amigos pela alcunha de “Latino Poeta”, que veio para o Brasil nas correntes imigratórias de 1908. Do porto de Santos veio para Manaus para trabalhar como Guarda-livros, antigo nome do hoje Contador e lá soube da existência da ilha de Marajó. A bordo da embarcação denominada de “Gaivota” chegou à Soure atrás de emprego e lá ficou até a sua morte. Durante a sua existência naquela cidade teve oportunidade de se envolver com diversos movimentos políticos e culturais, dos quais foi a fundação, no ano de 1949, da primeira Escola de Samba da cidade, a famosa “Pretos do Mocambo”. Os primeiros desfiles da escola “Pretos do Mocambo” eram marcados pela ausência de um samba enredo. O que havia na época de sua fundação, e durante muito tempo foi cantado na avenida era na verdade um hino, composto pelo seu fundador exclusivamente para ser entoado nas ruas de Soure por seus diversos brincantes, cuja letra citamos: “Salve a Princesa Isabel! Que deu a liberdade a cor... Foi no dia 13 de maio Preto não é mais vassalo Preto agora é senhor.
(Bis)
Desde o dia que a Princesa assinou A Lei Áurea pro proclamando a abolição
Carnaval na cidade de Soure *Anastácio Trindade Campos
Preto já tem o direito de ser cidadão Hoje, preto, pode ser doutor Deputado, senador E não há mais preconceito de cor Salve a princesa...”.
Em razão desse hino, e também pela falta de costume, nos primórdios da Escola não havia o samba enredo, que só viria a ser adotado muitos anos depois. Com a evolução do tempo, da sociedade local, passaram a ser cantados os sambas que eram compostos por integrantes da escola, dos quais podemos citar apenas dois que envolviam a temática da escola que era a causa da raça negra, carnaval de 1988, e mais recente as belezas do lugar já na década de 90 do século XX. “Negro, um século de Liberdade” Autores: Milton, Gil, Varley e Tio Cóia. “Na senzala... Negro cantava sua dor, No corpo escravo ele trazia As marcas do chicote do senhor.
Negro, sofria e não podia Nem ao menos reclamar. Porém, sonhava que um dia, Pudesse a liberdade alcançar... E com a quebra das correntes, Viveu um sonho que acabou Hoje o negro é livre como o vento Não tem sinhá e nem senhor. Ô ô, ô, cativeiro se acabou, O grito de liberdade no Brasil ecoou. Ô ô, ô, cativeiro se acabou, O sol da liberdade No Brasil raiou... E hoje, temos negros ilustres Esquecendo o cativeiro E são orgulho do povo brasileiro. A Lei Áurea assinada com amor Mas existe preconceito de cor. (Bis)
Essa escola tinha uma característica, que era a de ser composta exclusivamente por homens, na sua maioria pretos; aqueles que eram brancos, como seu fundador, usavam do artifício de passar pelo corpo vaselina pura misturada com pó de sapateiro, o que lhes dava uma cor negra excessivamente brilhosa. Os brincantes desfilavam com os pés e mãos atados por correntes, que lhes dava dificuldades nos movimentos e por consegüinte demonstravam um ar de cansaço e sofrimento. A escola desfilava com apenas duas alas: a dos escravos e a dos malandros. A “ala dos escravos” vinha trajada com calções vermelhos sem camisas, sendo que alguns integrantes, saltavam tochas de fogo pela boca e outros iam sendo castigados por um carrasco, representado por um dos quatorze filhos do fundador da escola, o Guilherme. O carrasco vinha fantasiado com vistosa indumentária, trazendo nas mãos sua “muchinda” encharcada de mercúrio cromo, que lambando as costas dos “escravos” dava a impressão de que estava rolando sangue. Já a “ala dos malandros”, usava camisa listrada de vermelho e branco. Sendo que até hoje essa ala existe, e é guardada pela sua torcida por ser a própria alegria da “Pretos do Mocambo”. É a ala de tradição da Escola. Havia no desfile um personagem
Preto Juvêncio, um senhor de 98 anos que é considerado o vaqueiro símbolo do Marajó. Ele foi homenageado e também participou da festa contando sua história e seus causos no enredo do bloco 100% Soure no Carnaval. Preto Juvêncio tem esse título por ser o vaqueiro mais idoso do Marajó e por ser o autor do grito do vaqueiro marajoara na lida com os búfalos.
feminino, o qual representava a Princesa Isabel. Na verdade era um homem travestido no papel da ilustre e venerada princesa. O papel era representado por um negro conhecido por “Badaró” que desfilava em uma pomposa charrete, conduzida por negros escravos. Ressalte-se que mulher não era admitida no seio da escola como brincante. Devido ser uma escola de samba composta exclusivamente por homens, a mulher não era bem-vinda, isso à principio. Contudo, devido as pressões e o preconceito que tal atitude demonstrava, foi então admitida a figura da “sambista” representada, dessa vez, por uma mulher de cor branca chamada Maria de Lourdes. A indumentária da sambista caracterizava-se numa fantasia de “Rumbeira”, tal qual as de Belém, composta de um biquíni que trazia na parte de traz uma longa saia cheia de babados, que combinavam com os existentes nas fofas mangas; um sutiã de veludo, ambos ricamente bordados em paetês, miçangas, pedras e outros adereços a critério do bom gosto da costureira. No pescoço diversos colares e na cabeça um turbante adornado por vários balangandãs e penas de pássaros. Passou a ser a atração mais aguardada do desfile, até a sua extinção da composição da escola. A bateria da escola era composta por pandeiros, tamborins grandes, caixas, cuícas, todos feitos de maneira artesanal de madeira e revestidos com peles de cobra, esticadas e presas com arestas. Para melhorar a qualidade do som, o batuqueiro fazia uma fogueira com papel do jornal para esticar o couro da cobra no calor da fogueira, para dar uma melhor qualidade ao som produzido por tão rústicos instrumentos musicais, os quais eram comandados pelo “pai da tropa”, que era o maior e mais pesado dos instrumentos, que necessitava inclusive de dois batuqueiros para transporta-lo.
Nos primórdios a escola transportava um “estandarte”, onde era pintados o rosto da heroína “princesa Isabel” e mais o nome da escola e o ano de sua fundação. Anos depois, foi adotada uma bandeira para a escola e esta passou a ser transportada elegantemente por uma dama. Estava assim admitida de vez a presença feminina no seio da escola. A Escola de Samba “Pretos do Mocambo” é mantida pelos herdeiros do fundador Virgílio Vitelli e sua esposa Leonilla Vitelli, músicos, compositores, carnavalescos, ritimistas, até 2000, a escola possui 38 títulos de campeão e 14 de vice-campeão. A sede da
agremiação está localizada na Quinta Rua, do Bairro Central; A “Pretos do Mocambo” foi a responsável pelo surgimento de outras agremiações carnavalescas na cidade tais como: a “É Bossa Nova”, “Universidade de Samba Boêmios da Mangueira”, “Bangu” e “Escola de Samba Cidade de Soure Há também os blocos carnavalescos, do tipo arrastão, que desfilam sem fantasias e enredos. *Historiador, Secretário da LIESGE
Os Campeões do Carnaval de Soure 2005 *Fernanda Melonio Fotos: Ray Nonato
O
carnaval em Soure, na Ilha do Marajó, norte do Pará, começou animado. A quantidade de foliões superou as expectativas da organização do evento, que aguardava cerca de 3.000 brincantes. Os blocos empolgaram a platéia do Soure Folia, que foi aberto com a entrega da chave da cidade pelo prefeito Carlos Augusto Gouveia, o “Tonga” para o Rei Momo Antônio Augusto Ferreira no domingo de carnaval, dia 06. O espírito de carnaval é tão forte na cidade que um senhor de 98 anos, o Preto Juvêncio, vaqueiro símbolo do Marajó, foi homenageado por um dos blocos na avenida e também aderiu à festa que contava sua história. O primeiro bloco a passar pelo corredor da folia foi o “Vida Ativa na Terceira Idade”, que é vinculado ao projeto de mesmo nome desenvolvido pela Secretaria Estadual de Esporte e Lazer. A Rainha das Rainhas da Terceira Idade, dona Fátima Silva, pediu passagem para os brincantes ao lado do Rei Momo. Logo depois, entrou o bloco Fura Lata, da Secretaria Municipal de Saúde, que faz trabalho educativo e de prevenção contra a dengue, Aids e DST. Foliões com fantasias divertidas deram um toque diferenciado ao grupo.
Em Soure, na Ilha do Marajó, maior arquipélago fluvial do mundo, localizado no Pará, o Rei Momo Antônio Augusto Ferreira recebeu a chave da cidade das mãos do prefeito Antonio Carlos Nunes Gouveia, o Tonga, no sábado Gordo, para que a folia reinasse no município. Soure fica a aproximadamente 300km de Belém do Pará e é conhecida como a “pérola do Marajó”.
A seguir, vieram os blocos de empolgação para se apresentar ao júri. “Periquitas Desasadas”, “Botete Lete”, “Crocodilo Tropical”, “Agita Soure”, “100% Soure” e o bloco da Associação dos Amigos de Soure (Arfas) agitaram o público com samba no pé e muita alegria. Além deles, se apresentaram os blocos de enredo “Unidos do Tucumanduba” e “Unidos do Umirizal”, que representam dois bairros do município, e as escolas de samba “Pretos do Mocambo” e “É Bossa Nova”. Para fechar a noite, o bloco “Caldo Quente” arrastou a multidão pra frente do palco central, onde a banda Alfa Show fez os foliões dançarem
Pose da Rainha da Bateria do Bloco Crocodilo Tropical, que homenageou uma das fundadoras do bloco, Socorro Pereira, proprietária do Hotel Soure, que faleceu no ano passado. Foi feito um minuto de silêncio durante a folia para relembrar a saudosa integrante. O Hotel Soure foi exatamente onde o bloco começou as suas atividades. Com a morte da proprietária do hotel, o grupo procura uma nova sede.
Brincantes de um dos blocos que mais empolgou o público, o “Periquitas Desasadas”. O bloco reuniu os foliões em uma grande festa e, como o próprio nome diz, tem como mascote uma grande periquito verde, que era ostentado com m uit o or gulho pelos participantes do bloco. A festa ficou por conta dos quase 400 integrantes que mostraram porque o carnaval de Soure é um dos mais famosos da região norte.
quase até o amanhecer. Na manhã da terça-feira Gorda, o município conheceu os grandes vencedores. Os blocos de empolgação campeões foram o da Associação dos Amigos de Soure (Arfas), o 100% Soure e o Crocodilo Tropical. Dentre os blocos de enredo, o grande vencedor foi o Unidos do Tucumanduba. A apuração ocorreu no palco central armado na Quarta Rua do município, com a presença dos representantes dos blocos, jornalistas e a Secretária Municipal de Turismo, Ana Teresa Acatauassu. Os integrantes dos primeiros lugares, Bloco Arfas, na categoria bloco de empolgação, e Unidos do Tucumanduba, dos blocos de enredo, comemoraram bastante o resultado. Um dos grandes diferenciais que garantiu o título de campeão ao Arfas foi a integração de brincantes de vários blocos pequenos em um só bloco, formando várias alas de diferentes cores, o que acabou causando um efeito divertido e surpreendeu os jurados. A agremiação desfilará
O bloco “Fura Lata”, da Secretaria Municipal de Saúde de Soure, que falou da importância de se prevenir doenças como a Aids, DST e dengue e chamou a atenção dos espectadores com suas fantasias divertidas, que têm como tema maior o trabalho educativo do órgão.
Senhoras brincando no carnaval de Soure, elas participam do bloco “Vida Ativa na Melhor Idade”, que é vinculado à Secretaria Estadual de Esporte e Lazer e abriu o Soure Folia, iniciando os festejos e tentando resgatar o carnaval tradicional, com desfile de blocos e escolas de samba que tem como componentes os moradores da ilha, mas o turista que quiser participar da brincadeira será bem acolhido.
como bloco de enredo no próximo Carnaval. A Unidos do Tucumanduba, que entrou na avenida com foliões do bairro de mesmo nome, ganhou o direito de desfilar na classe de escola de samba no Carnaval de 2006. À noite os blocos campeões se apresentaram
O Bloco de mascarados “Agita Soure”, homenageou a Secretária de Saúde “Helena”, que sempre mostra uma atitude diferente, agindo de acordo com as situações difíceis que lhe eram impostas. As várias faces dos bonecos significavam as muitas “Helenas” que os habitantes de Soure conhecem, oras uma mulher de fibra, oras caridosa e matriarca.
Festa do Bloco “Botete Lete” um dos blocos populares que agitaram a cidade no evento realizado pela Prefeitura Municipal de Soure, através de sua Secretaria de Turismo.
Na capital da Ilha do Marajó, o bloco “Vida Ativa na Melhor Idade”, vinculado à Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, abriu o Soure Folia, iniciando os festejos de Carnaval no município em 2005. O Soure Folia é uma festa que tenta resgatar o carnaval tradicional, com desfile de blocos e escolas de samba que tem como componentes os próprios nativos ou moradores da ilha e foi muito incentivado pela prefeitura do município, cuja administração iniciou em janeiro deste ano.
novamente no corredor da folia, onde ocorreu a entrega dos prêmios e troféus aos vencedores. O evento, que foi bastante tranqüilo, foi promovido pela Prefeitura Municipal de Soure e prestigiado por diversos turistas de vários lugares do Brasil e do mundo. Tonga, o prefeito ficou radiante com o sucesso do carnaval 2005 e prometeu que em 2006 será muitíssimo melhor.
* Especial para a Pará+
O Carnaval de Cametá de Campos
*Anastácio Trinda
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Fotos: Cilene Nabiça
mais famoso carnaval do interior do Estado do Pará é brincado na cidade de Cametá, que fica localizada nas margens do Rio Tocantins e que pode ser alcançada facilmente pela “Alça Viária” ou por barcos confortáveis. Mas falar do carnaval da cidade de Cametá e não começar falando de Sátiro de Mello, seria cometer uma grande injustiça a esse renomado cametaense, que muito difundiu em terras distantes o valor do músico do Pará. Sátiro de Mello foi homenageado pelo governo do Estado, ao denominar a fonoteca do CENTUR com o nome desse músico de Cametá. Mestre Alfredo Oliveira, na sua obra “Ritmo e Cantares” faz uma bela citação a respeito do homenageado, que cabe a transcrição do trecho alusivo ao mesmo: “O músico negro Sátiro de Mello (1900-1957), nascido em Cametá, ganhou projeção nacional no Rio de Janeiro a partir da década de 30. Tendo adquirido prestígio em sua cidade natal e na capital paraense, resolveu pegar o Ita e rumar para o sul do país. Tocava vários instrumentos, principalmente pistom e trombone. A seu respeito diz Vicente Salles (Música e Músicos do Pará, Conselho Estadual de Cultura, 1970): “Aparecendo entre os melhores instrumentistas de sua época, professor de música, regente de orquestras populares, Sátiro de Mello também foi um doa mais hábeis escritores de músicas”. Em 30 teve gravado o samba “Vamos dar Valor”, por Silvio Caldas, e o lundu “A Mulher Quando Qué e não Qué”, na voz de Carmen Miranda. Alcançou êxito no carnaval, com várias composições de sucesso, como a marcha “Flauta de Bambu”, de parceria com Sá Roris e João Bastos Filho, “Madame Satã”, de parceria com
Tancredo Silva e José Alcides, gravada por Blecaute para o carnaval de 49: “Chegou o general da banda êê/Chegou o general da banda ê-á”. Fez outras parcerias levadas ao disco, inclusive com Alberto Ribeiro, com quem compôs a marcha “Blom Blom” e a valsa “Olhando o Céu e Vendo o Mar. Sátiro de Mello representa um dos primeiros compositores paraenses a fazer nome na música popular brasileira”. Na cidade de Cametá, às margens do Rio Tocantins, vamos encontrar o típico samba de cacete, que segundo Alberto Moia Mochel, em seu livro Zé do Povo “é um ritmo originário da raça negra. Os escravos africanos que viveram no Brasil costumavam, ao cair das noites, após árduo dia de trabalho e sacrifícios, dançar esse ritmo dolente, como que fazendo transparecer a sua dor e a saudade da pátria distante e a ânsia de liberdade tão obscura e impossível. O ritmo é conhecido hoje como “SAMBA DE CACETE”, talvez por que os instrumentos usados consistem em dois rolos de madeira, ocados, com diâmetro de aproximadamente trinta centímetros, por um e meio a dois metros de comprimento. Uma das extremidades é coberta por um
pedaço de couro ressecado. São quatro os ritimistas. Dois adentam-se sobre os rolos de modo a poderem tocar com as mãos no couro e os calcanhares. São conhecidos como “batedores de samba”. Os dois outros, quase sempre acocorados e munidos com baquetas grossas, de madeira, fazem a marcação impulsionando os baquetas sobre os rolos. O conjunto de sons é dolente e harmonioso. O batuque é iniciado lentamente enquanto os batuqueiros entoam os cantos básicos, ao mesmo tempo os pares, em dança solta, evoluem ao redor dos instrumentos, respondendo em coro os mesmos versos: Siriá, meu bem siriá / Estava dormindo / Foram me acordar / Se eu soubesse / Eu não vinha do mato / Pra tirar sarará do buraco. Em Cametá, onde originou-se o “samba de cacete”, que hoje é tocado com sucesso em todo o país e além fronteiras graças ao arranjo feito pelo famoso músico cametaense Mestre Cupijó”. Esse arranjo deu ao samba de cacete um andamento melódico mais acelerado e que é muito executado pelos grupos paráfolclóricos com a denominação de “a dança do síria”. A Banda C.B.M., do Corpo de Bombeiros do Estado, em maio de 2001, lançou um CD no qual, em uma das faixas, é tocado o samba do cacete, cuja letra é da autoria de Agenor Vieira, tem os seguintes versos: “Lá na prainha tem tanta moça bonita. Tem, tem, tem Moreninha fazedeira de fita. (bis) Eu vinha andando, no caminho da cidade tinha um bicho que roncava que fazia visage. Fazia visage, iaiá,
fazia visage. Foi esse bicho que empatou nossa viagem. (bis) Tudo que você pediu, agora vou lhe dar Um vidro de desejo, pra ver meu amor passas. Como ela vai se requebrando. Vai se requebrando...”
ESCOLAS DE SAMBA DA CIDADE 1 - “Não Posso me Amofina”; 2 - “A Favela”; 3 - “A Chaleira”; 4 - “Unidos de Brasília”. BLOCOS Blocos que participaram ativamente do carnaval cametaense de 1999:
1-Botinho Cor-deRosa; 2-Maluco Beleza; 3-Hawai; 4Malagueta; 5Aerial; 6-Azueira; 7-Detonay; 8Samaumeir a; 9LambeSal; 10Pererê; 11-Ta na Mão; 12-Cutieiros; 13-Ressação; 14Saddam Hussein; 15-Bil Clynton; 16Os Astronaltas; 17Estação Mulher; 18Os Carudos; 19Bicho Folharal; 20Charlie Chaplin; 21Fofo das Virgens; 22-Fofo da Mala; 23-Os Pretinhos; 24-Bloco da Praça; 25-Pau do Galinheiro; 26-Afros da Liberdade; 27-Unidos da Maram-baia; 28-Afoxé Unidos do Paxibão.
**Sátiro de Mello tinha um irmão, Job de Mello, outra fera na musicalidade. Vejam só : Na década de 20, no Rio de Janeiro ganhou o campeonato de música de Carnaval com “General da Banda” e na década de 30 tornou a ganhar com a “Marcha do Caracol”
*Historiador, Secretário da Liga das Escolas de Samba de Belém
A BICHARADA DO JUADA
Vôo do anjo, máscaras e carros alegóricos
O
famoso carnaval de Veneza deste ano estimulou recordações e homenagens para ressuscitar o século de Casanova. Como tradicional, houve a descida do Anjo, este ano Carolina Marconi, de origem colombiana e participante de um reality show, que desceu cerca de 70 metros, da campânula da igreja de São marcos aos pés do Palazzo Ducale, em plena Piazza São Marcos. Apesar do frio menos três graus, era grande a participação do público aplaudindo e participando da famosa comemoração que este ano teve como tema “A caminhada das máscaras e a festa dos O Pierrot, também tradicional teatros”.
Carolina Marconi, o anjo, após a descida
As máscaras requintadas são tradicionais
A Piazza São Marcos estava lotada
Os carros alegóricos fazendo charge com personalidades
Brasil
AIR PORTUGAL
RICO
TAVAJ
META
Em Meio ao Carnaval o Cinema *Acyr Castro
O
país já em si pura carnavália, entrega-se aos deuses e monstros do carnaval, e nisso nada há de moralismo de minha parte, Deus me livre, e, quanto a mim, mergulho na leitura. No caso, releitura: o livro de Antônio Moniz Vianna, “Um Filme Por Dia” (São Paulo, companhia das Letras, 2001), em organização de textos a cargo de Ruy Castro com base em pesquisa editorial de Eduardo Moniz Vianna. São críticas escritas pelo pelo primeiro entre 1946, na aurora de uma carreira legendária, e 1973, quando morreu John Ford e o escritor, baiano-carioca, encerrou a trajetória no jornal do Rio “Correio da Manhã” exatamente com uma crônica sobre o criador, genial, de (1939) “No Tempo das Diligências”. Ruy, cinéfilo e adorador do crítico, publicou a história do teatrólogo Nelson Rodrigues, do jogador de Futebol Garrincha e a do movimento musical da Bossa Nova: um estudioso eclético que sabe das coisas. Neto de Moniz, filho de uma das três filhas do cronista Emérito, Eduardo, cinemeiro como o avô, forneceu a matéria prima para o livro, excelente evidentemente. Antonio Augusto Moniz Vianna, nascido em 1924, chegado criança ao Rio de Janeiro, foi o crítico cinematográfico que mais me impressionou ao longo de tempo, dividindo meu apreço maior com o carioca Alex Viany e o natalense (escrevia também no “Correio) Salvyano Cavalcanti de Paiva. Só muito mais tarde é que entrou na dança o mineiro Cyro Siqueira. Quanto ao Paulista Paulo Emílio Salles Gomes concordo com Ruy Castro: é mais ensaísta; preferia o norteamericano James Agee e o italiano Umberto Bárbaro. E, é evidente, os franceses François Truffaut (quem melhor entendeu Alfred Hitchcock) e Jean-Luc Godard cuja presença jornalística, a meu ver, supera a do cineasta, exceção feita ao filme de 1960 “Acossado”, fique bem claro. Falar nisso é de Agee o roteiro de onde saiu, em 1955, “O Mensageiro do Diabo”, única fita dirigida pelo ator Charles Laughton. Os críticos de cinema, quase sem exceção, no mundo inteiro, são igualmente jornalistas profissionais; o meu caso que, detalhe curioso, comecei a editar ainda adolescente (16 anos se tanto) num vespertino que nem mais existe em Belém, “A Vanguarda”, comigo o Rafael Costa, o Manoel Wilson dos Santos Penna, o Amilcar Tuppiassu, e nenhum de nós lera Moniz Vianna ou quem quer que seja. E nos anos 40 do século vinte, em que começou, na antiga capital da República, Moniz Vianna, aos 21 anos de idade. Um crítico para a eternidade, Antônio Augusto Moniz Vianna é, por sua vez um admirável escritor, grande 22
jornalista, dos mais completos que jamais li. Minhas concordâncias com ele, relendo “Um Filme Por Dia” isso me retorna à cabeça é natural, superavam de longe, e ainda superam, as divergências prováveis e possíveis. Flamengo os dois; sempre amamos o cinema noir, o melhor cinema (de Orson Welles & Alfred Hitchcock) de Hollywood ou não, o bom faroeste à frente o ator John Wayne, a antipatia para com realizadores duvidosos tipo Douglas Sirk, a pouca atenção dada à nouvelle vague; a aversão para com as chanchadas radiofônicas da Atlântida e os dramalhões da Vera Cruz a desperdiçar o enorme talento de Alberto Cavalcanti que dirigiu na Inglaterra (o episódio interpretado por Michael Redgrave) “Na Solidão da Noite” em 1945 e, de 1947, “Nas Garras da Fatalidade”. Nunca compreendi que Moniz Vianna não aceitasse na trilha sonora, o cool jazz cuja contenção na harmonia e na dissonância do registro tonal e melódico acabou ajudando o samba recriador da música popular brasileira a partir de Johnny Alf e de João Gilberto, piano & violão & voz. Roberto Rosellini (excetuo “Roma, Cidade Aberta” e sobretudo “Paisá”) não é santo do meu altar, nunca foi. Mas gosto de filmes do Cinema Novo Brasileiro, nem todos, diversos, inclusive “Os Cafajestes” de Ruy Guerra que Moniz detesta. A paixão pelo Lima Barreto de “O Cangaceiro”, coisa dele, não compartilho dela em nenhuma hipótese, me conduz a Glauber Rocha de que ambos não gostamos fora “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e, em se tratando de mim, “Di” acerca do pintor Emiliano Di Cavalcanti. Ah, Alain Resnais desagrada a um e a outro, fazer o que? Amávamos The Beatles, a boa comédia, os bons musicais; o bom cinema a independer de nacionalidade, escolha e/ou tendência (haja vista o neo-realismo italiano) despidos de preconceitos sempre tolos e irracionais. O critério da seleção de textos, o título do livro (“Um filme por dia”), um dia, uma crítica do filme em cartaz, invertida de modo a nos oferecer uma crônica & um filme ou dois, abre a antologia em 1950. Com isso ficamos os (re)leitores privados da crítica lúcida de Antônio Moniz Vianna a obras primas em anos como o memorável 1939 de “No Tempo das Diligências” de Ford, o 1940 de “Rebeca” (de que Moniz tanto gostou) de Alfred Hitchcock e viu em reprise; o 1941 de “Cidadão Kane” de Orson Welles; o 1942 de “Obsessão” de Luchino Visconti (o de Mervyn LeRoy de “Na Noite do Passado”) e do “Casablanca” de Michael Curtiz e o Henri-Georges Clouzot de “Sombras do Pavor”; o 1943 de “A Sombra de uma Dúvida” de Alfred Hitchcock e o Billy Wilder de “Cinco Covas no Egito”; o 1944 de “Um Amor em Cada Vida” de William Dieterlre, “A
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Máscara de Dimitrios” de Jean Negulesco; o 1945 em que eu pude ver “Pérfida” (1941) e, de 1938, “Jezebel” de William Wyler; o 1946 de “Pânico” de Julien Duvivier, “A Batalha dos Trilhos” de René Clement, “A Bela e A Fera” de Jean Cocteau, “13 Rua Madeleine” de Henry Hathaway, “Paisá” e consegui assistir a “Roma Cidade Aberta” de Roberto Rossellini, “O Destino Bate à Sua Porta” de Tay Garnett, “A Felicidade Não se Compra” de Frank Capra e “A Paixão de Fortes” de John Ford; “Fatalidade” de George Cukor no 1947 de “Beijo da Morte” de Henry Hathaway e “Grandes Esperanças” do David Lean em 1945 fizera “Desencanto”; o 1948 de “O Tesouro da Sierra Madre” de John Huston, “Hamlet” de Laurence Olivier, “Céu Amarelo” de William Wellman de “Consciências Mortas” de 1944, “Anna Karenina” de Julien Duviver, o ano em que vi “Domínio dos Bárbaros” e “Fort Apache” de John Ford, o ano de “Festim Diabólico” em que assisti a “Suspeita” de Alfred Hitchcock de 1941, ano de “Trágica Inocência” de Henri Decoin e de ida minha a “O Estranho” do Orson Welles de 1946, eis que foi o ano de “Rio Vermelho” de Howard Hawks; em 1949 “Punhos de Campeão” de Robert Wise, “Resgate de Sangue” de John Huston, “3 Dias de Amor” de René Clement, “Em Nome da Lei” de Pietro Germi e o ano em que puder ver “Ladrões de Bicicleta” de Vittorio De Sica. Um livro esplêndido o de Antônio Augusto Moniz Vianna, o Tonico Toalha de certo grupo de críticos que odiavam por questões ditas ideológicas mas no fundo de fato pessoais o colunista emérito do “Correio da Manhã”, entre tais críticos gente da pesada no Rio de Janeiro, fazer o que? Agora, bem que “Um Filme Por Dia” poderia ter lembrado outras obras primas de 1950, abrindo mais o leque de interpretações. Aquele, enfim, foi o ano de “A Malvada” de Joseph L. Makiewicz e não, tão só, de “Crepúsculo dos Deuses” de Billy Wilder e do “Rashomon” de Akira Kurosawa. E como esquecer que 1951 foi o ano de “Um Lugar ao Sol” de George Stevens? A culpa terá sido dos organizadores do livro, Ruy Castro, selecionador dos textos, e do pesquisador
Carnavália Bette Davis (ao centro), “A Malvada”
Até em Londres a câmera vê: “Blow-Up” de Michelangelo Antonioni
Eduardo Moniz Vianna, neto do crítico. Não importa; a verdade é que, no caso, se esperava do material um pouquinho mais de rigor na triagem. Penso assim, em favor e benefício mesmo da enorme altitude intelectual e profissional de Antônio Moniz Vanna, de quem sempre esperei e obtive o maior e melhor no gênero. Estarei exigindo muito? Como ficaria ótimo lendo dele o que fez com os clássicos (por exemplo) de Orson Welles, em1948 “Macbeth”, em 1952 “Otelo”, em 1965 “Falstaff”, no roteiro usando o gênio de William Shakespeare a genialidade do grande cineasta... *Jornalista e Escritor
CASA
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O MANJAR DAS GARÇAS
um dos pontos super agradáveis da cidade, obrigatório para gourmets e apreciadores de paladares sofisticados, os nem tanto, então vão babar, só degustando e também apreciando o visual gastronômico e das paisagens pra lá de amazônicas do novo point da gastronomia do Pará. Os que lá já foram e apreciaram as iguarias, não estão poupando elogios, até mesmo para os mais exigentes. É unanimidade. Arlindo Guimarães e o sócio Carlos Mendes com ousadia montaram o restaurante que combina produtos regionais, principalmente peixes, ervas e frutas, com os melhores ingredientes da cozinha contemporânea internacional. Arlindo, com sua experiência da Cervejaria Amazon B e e r, c o n s e g u i u montar um cardápio
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sedutor e afinado com a realidade do mercado regional, em outras palavras: o Manjar das Garças é acessível, levando em conta a qualidade dos pratos e do serviço. “Buscamos realizar o melhor, fazendo o Mangal um lugar muito prazeroso, para Arlindo Guimarães: “Buscamos fazer o melhor, tudo muito acessivel” se curtir o rio, boa música e boa comida, e após pesquisa rigorosa, deixar tudo muito acessível”, disse Arlindo. Para mencionar algumas das delícias, nas entradas e petiscos que podem acompanhar a cerveja da Amazon Beer, tem o exclusivo palmito fresco de pupunha, assado com azeite de ervas, a R$10,00; bruscheta ao Bela paisagem
O Chef Ivo Lopes 24
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pomodori basílico a R$11,00; lula ao vinagrete a R$16,00 e mix de pastéis a R$13,00, só para mencionar alguns dos acepipes. Os pratos à base de pescados e frutos do mar variam de Coelho ao forno R$26,00 a R$36,00.Coelho ao forno com purê de batata a R$26,00. Os filés ficam na faixa de R$26,50. O cardápio é criação do chef Rodrigo Martins, considerado um dos cinco melhores do Brasil, que há Filé chique cinco anos presta assessoria à cervejaria Amazon Beer. A influência francesa do cardápio está nos pratos à base de aves, como o magret de pato. Já a italiana aparece nas massas e carnes que, além do filé, tem vitela, Medalhão de filé c o r d e i r o e c o e l h o . O resultado é um cardápio eclético, variado e saborosíssimo. No jantar o serviço é à la carte. No almoço, um buffet tão completo que, com freqüência, serve até salmão, além de três opções à la carte. O buffet tem também como destaque o garde-manger, a cozinha fria composta de saladas, molhos e pastas, sendo que para garantir a variedade de folhas, ervas e outros ingredientes, boa parte desses produtos vem direto de São Paulo. Ficando só nas saladas, o cliente pagará R$18,00. O buffet completo é de R$23,00 durante a semana e R$28,00 aos domingos, quando há uma diversidade maior de pratos quentes. As sobremesas: Torta de banana ao caramelo e sorvete de bacuri; Cálice de manga com sorvete de limão e cachaça; Torta de chocolate com calda de cupuaçu e sorvete de tapioca; Cheesecake brulê com calda de goiaba, a mais cara R$8,00; todas deliciosíssimas, com combinações perfeitas e surpreendentes são, uma loucura, só experimentando verdadeiro manjar dos deuses.
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O som e o visual fazem a diferença Durante a semana, no horário de 18 às 21hs, o Manjar oferece música instrumental, ao vivo, para despertar o prazer e a descontração, aproveitando o belíssimo visual, inclusive curtindo e apreciando o pôr-do-sol. Aos domingo, Música Clássica. As terças, Blues Nas quartas, Instrumental As quintas, Jazz As sextas e sábados, MPB
O Buffet
SERVIÇO Parque Ecológico Mangal das Garças Fone: 242-1056 De terça a domingo, a partir das 12 horas Almoço: Buffet com saladas e pratos quentes. Jantar: À la carte. A gostosa cerveja da Amazon Beer
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Target + Gamma = Gama & Associados
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Target Propaganda e a Gamma Comunicação resolveram unir forças no ramo da publicidade. Desde o dia 1o de janeiro de 2005, logo na virada do ano, surgiu a Gamma & Associados, fruto da união das empresas de Márcia Acatauassú Ledo, a Target, e de Hérycles Horiguchi, Marcia Yamada e Marcus Pereira, a Gamma, reunindo suas equipes, idéias, princípios, em uma só estrutura pronta a atender sua imponente carteira de clientes.
Juntas, as duas agências somam 16 anos de “estrada” e 27 pessoas apaixonadas pela profissão. A união tem tudo pra dar certo, segundo os quatro sócios e as equipes, que se integraram de maneira surpreendente. “Um dos pontos principais de uma fusão é unir a experiência das duas agências. Durante muitos anos estive sozinha à frente da Target e isso prejudicava o bom andamento da agência, pois é difícil criar livremente, pensando também no atendimento ao cliente e na parte administrativa, que nos consome muito. Com a união, os quatro diretores da Gamma & Associados terão papéis bem definidos, podendo se dedicar inteiramente à sua área de atuação, o que significa ainda mais qualidade no resultado final”, ressaltou Marcia Ledo. Segundo a publicitária, a idéia da fusão surgiu em uma conversa entre ela e Hérycles, na sede do Sindapa Sindicato das Agências de Propaganda do Pará, da qual ela é Presidente e ele é Diretor Financeiro. A partir dessa conversa, os publicitários perceberam que tinham muitos pensamentos em comum, e que ambos estavam prevendo mudanças. Após 60 dias de negociações, a fusão se concretizou de fato e de direito. Segundo Hérycles Horiguchi, “com a união das forças conseguimos preencher vácuos, Edição 35
Mária Ledo Diretora de Criação
Marcia Yamada Diretora de Atendimento
Hérycles Horiguchi Diretor Geral Marcus Pereira Diretor de atendimento
voltado para a área institucional, mais especificamente o atendimento de contas públicas. Após cinco anos atuando em agências reconhecidas entre São Paulo e Belém, Marcia Ledo reuniu a experiência necessária para iniciar sua carreira solo com a Target. Entre suas principais contas atendidas estiveram a Câmara Municipal de Belém, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará, parte da Prefeitura de Belém gestão Hélio Gueiros e Edmilson Rodrigues, Companhia das Docas do Pará e Alunorte, empresa do grupo CVRD. No varejo privado, a Target atendia clientes de pequeno e médio porte. Entre os anunciantes da empresa estavam Cesupa, a Atlas Veículos, a Assembléia Paraense, a Fiat regional norte, a Amil Belém, o Salão Diana Figueiredo, Mc Donald´s, Jardan Jóias, Labonorte, Perfil Móveis, Big Ben Corporativo e outros.
transferindo para outras pessoas o que não for de nossa total competência, e assim podendo nos dedicar melhor aos nossos objetivos.” Com a chegada da Marcia Ledo aqui, a Gamma completa sua diretoria somando dois diretores de atendimento Marcus Pereira e Marcia Yamada, dispostos o tempo que for necessário para cuidar dos clientes, apoiados por mais três profissionais de atendimento e dois de produção. Uma diretora de criação Marcia Ledo e um diretor geral Hérycles Horiguchi, que administra a agência e planeja suas ações futuras e as questões estratégicas.
Q U E M É A TA R G E T A Target nasceu em março de 1993, com o foco Edição 35
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QUEM É A GAMMA A Gamma surgiu há quatro anos, em 2000, quando Hérycles saiu da “Usina de Propaganda” após 7 anos de atividades na empresa que mantinha com outro sócio. Com sua saída da sociedade, a Gamma nasceu com uns cinco ou seis clientes. Segundo Hérycles, o sucesso da empresa se deve também a uma boa dose de sorte. “Sorte por ter tido a iniciativa quando os clientes estavam desejosos de mudanças. Chegamos ao mercado exatamente neste momento, quando os anunciantes queriam mais qualidade”, garante o publicitário. Algum tempo depois da criação da Gamma, veio o reforço na área de atendimento com Marcus Pereira e Marcia Yamada, seus primeiros sócios. Entre os clientes da Gamma estão o Sistema de Ensino Acrópole, a ADEMI Pará, Oplima, Amazon Vidros, Mármores Di Carrara, Colégio Ipiranga, China in Box, Fundação Yoshio Yamada, Hard Computadores, Instituto de Oftalmologia Joaquim Queiroz, Grupo Mônaco (Mônaco Diesel e Motocenter), Quality Incorporadora, Risque Rabisque, Taizó Acessórios, TAM Transportes Aéreos, Valeverde Turismo e a Yamada.
PRONTA A ATENDER AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO Márcia Ledo cita que a propaganda paraense encontra dificuldades de todo tamanho: faltam atores para interpretar peças de tv, falta verba para boa produção, faltam anunciantes de grande porte (indústrias), falta cultura publicitária para o anunciante, faltam cursos que preparem os profissionais de verdade - para o mercado, falta tudo, mas sobra criatividade. “Com todos esses empecilhos, nossas agências ainda conseguem fazer coisas boas e dar resultados aos anunciantes”, afirma a publicitária.
Equipe de atendimento e mídia
Segundo ela, o perfeito equilíbrio entre a criação, a estratégia e o bom atendimento ao cliente é a fórmula que faz a agência dar certo. E isso hoje nós podemos oferecer na Gamma & Associados, afirma. Sobre a propaganda no Brasil, Marcia Yamada diretora de atendimento - cita São Paulo como o centro de tudo. Segundo ela, lá estão as grandes agências, produtoras, anunciantes, etc. Mas também destaca o Rio de Janeiro e a Bahia, como mercados interessantes. E depois o resto do Brasil, onde a propaganda é movimentada pelo pequeno e médio varejo e pelas contas de governo, assim como em nosso Pará. “Em termos qualitativos fazemos excelente propaganda, que nada deve ao resto do Brasil, resguardadas as proporções entre as verbas”, ressalta. Para Marcus Pereira, também diretor de atendimento, uma das dificuldades das agências está na própria regulamentação. “Nossas agências, como qualquer outra empresa no Brasil, têm dificuldades de pagar tantos impostos, e ainda sofrem com o choque entre as leis federais e as municipais, que às vezes geram bitributação. Há também no mercado o perigo do achatamento das comissões, que por Lei só podem baixar de 20% para contas acima de R$ 2 milhões e meio/ano (parte que cabe à agência), mas a pressão dos anunciantes é grande fazendo com que muitas agências se entreguem e acabem por liquidar com a ética da profissão e com o faturamento.”
UMA NOVA AGÊNCIA, PARA UM NOVO TEMPO.
Equipe de criação de arte 28
Um dos pontos que merecem destaque na Gamma & Associados é sua estrutura física. Instalada em um prédio de três andares na Trav. Rui Barbosa, 779, a agência encanta pelo seu espaço e pela decoração, um misto de arquitetura “clean” e ao mesmo tempo alegre e colorida. Cada andar da agência contempla a uma área e por isso recebe uma cor diferente, sendo a base em branco no piso e na maior parte das paredes.
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No primeiro andar térreo, além de uma bonita recepção, um quarto para funcionários, com direito a armários individuais e dois banheiros, um gostoso café com um jardim de inverno e pequena cascata na parede, caindo num lago de peixes. No segundo andar, ficam as salas dos diretores de atendimento no mesmo piso da equipe de atendimento, mídia e administração. E no terceiro andar, fica a equipe de criação, que hoje conta com 12 componentes, ao lado das salas da diretora de criação e do diretor geral.
Além desse bloco de 3 andares, há um outro, ao fundo, onde a agência conta com um completo estúdio fotográfico e um auditório (em fase de conclusão), onde a agência pretende reunir a equipe para cursos e palestras, além de oferecer o espaço em ocasiões especiais para seus clientes. Ainda em março, a Gamma & Associados promete oferecer um coquetel aos clientes e fornecedores para sacramentar a união das agências, que certamente será o acontecimento do ano no meio publicitário.
ALGUMAS DAS PEÇAS JÁ CRIADAS PELA GAMMA
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São Braz Saúde inaugura Hospital Materno-Infantil
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plano de assistência médica da São Braz Saúde inaugurou dia 09 de fevereiro, p.p, o hospital Materno-Infantil para atendimento especializado nas áreas de pediatria, ginecologia, obstetrícia e urgência e emergência. Um coquetel reunindo a família, convidados e funcionários do grupo São Braz Saúde, marcou a solenidade de inauguração do mais novo empreendimento do Plano São Braz Saúde. Para a Diretoria do Plano São Braz Saúde, a inauguração do hospital Materno-Infantil representa mais um avanço na consolidação da marca São Braz Saúde no mercado dos planos de saúde da região Norte do Brasil. Com o funcionamento do Hospital Materno-Infantil, haverá a descentralização dos serviços médicos prestados hoje no hospital na avenida Governador José Malcher, no bairro de São Braz. As futuras mamães e as crianças Acomodações para bem ganharam um espaço somente para receber os pequeninos elas, com atendimento personalizado, humanizado e cercado de carinho e atenção por parte dos funcionários do plano São Braz Saúde. O novo Hospital Materno-Infantil está localizado nas antigas dependências da CCI, na rua Bernal do Couto, 750, bairro do Umarizal. O prédio sofreu algumas reformas e foi completamente adaptado ao Sistema São Braz Saúde, por meio do qual busca-se conforto, segurança e qualidade no atendimento. O Hospital Materno-Infantil está a disposição dos usuários desde o dia 10 de fevereiro. Todas as consultas de pediatria, ginecologia e obstetrícia serão efetuadas
no local. As consultas marcadas no hospital na avenida Governador José Malcher serão automaticamente transferidas para o novo empreendimento do plano São Braz. Com o hospital, o plano São Braz oferece mais um serviço especializado, e segue firme na consolidação de sua imagem junto aos usuários e no mercado de planos de saúde da região Norte do Rua Bernal do Couto, 750 Brasil. O hospital Materno-Infantil do Plano São Braz juntase ao hospital da avenida Governador José Malcher, no bairro de São Braz e ao Centro de Diagnóstico, na avenida Gentil Bittencourt. Todos os empreendimentos têm a marca da qualidade do plano, por meio do qual, o usuário recebe atendimento personalizado, conforto, segurança e rapidez nas consultas e exames simples ou específicos. Segundo o diretor comercial do Plano São Braz Saúde, Manoel Pimenta, o funcionamento do Hospital Materno-Infantil representa um significativo avanço na metodologia, dinâmica e administração do plano, que no exercício de 2004, cresceu 104%, ou seja, de 29 mil usuários, passou a atender 61 mil. “É um crescimento fantástico, que está consolidando o plano como um dos melhores da região Norte do Brasil”, avaliou o diretor comercial.
Novo espaço garante mais conforto e qualidade no atendimento O hospital Materno-Infantil do Plano São Braz Saúde é mais um marco na administração do plano, que nos últimos cinco anos vem agregando valores ao sistema de atendimento da clientela. No local, os pacientes vão encontrar confortáveis consultórios médicos para as clínicas de pediatria e obstetrícia, além de enfermarias com leitos específicos de atendimento de urgência e emergência, aerossol e curativos. O hospital tem bloco cirúrgico para cirurgias de média e baixa complexidade, enfermarias, apartamentos e farmácia, além da Unidade de Terapia Sub-Intensiva. Na rede de logística, o hospital dispõe de aparelhos de ultrassonografia e raio X de todas as espécies. A partir do funcionamento do hospital, o plano São Braz pretende reduzir o uso da rede credenciada. Mas isso não impede que o usuário o faça, se assim, desejar, conforma explicou o diretor comercial do plano,
Manoel Pimenta. A idéia da diretoria do plano São Braz é reduzir a ida do usuário para a rede credenciada, até porque a São Braz nos últimos cinco anos, vem aplicando um sistema de atendimento próprio, com segurança, rapidez e confiabilidade no corpo clínico e nos funcionários. Q u e m ganha com essa dinâmica é o usuário, que ao fazer o plano recebe plenamente o atendimento médico em praticamente todas as áreas médicas em locais de fácil acesso e com atendimento centralizado na área médica que estiver precisando. No caso do hospital Materno-Infantil, as mamães, as futuras mamães e as crianças terão um espaço somente para elas, cercadas de carinho, conforto e carinho. E para manter esse padrão de qualidade, o Plano de Saúde São Braz precisou contratar 50 novos funcionários, contribuindo assim, para a geração de emprego e renda no setor da saúde de Belém. “Tudo isso só é possível graças ao apoio dos nossos usuários e da administração séria do plano”, avaliou Manoel Pimenta.
Hospital e Centro de Diagnóstico garantem mais comodidade aos usuários O Hospital Materno-Infantil do plano São Braz Saúde vem incorporar-se ao hospital da avenida Governador José Malcher, e ao Centro de Diagnóstico da avenida Gentil Bittencourt. Essa descentralização significa conforto dobrado, pois o usuário não vai precisar dirigir-se a vários locais para realizar suas consultas e exames. Com o funcionamento do Hospital Materno-Infantil, o Hospital que funciona na avenida Governador José
O presidente Dr. Nivaldo Pimenta, fazendo o discurso de inauguração
Três gerações da familia pimenta em prol da saúde do Pará
Malcher, será transformada em unidade de atendimento para os homens, jovens e idosos. “O hospital MaternoInfantil foi criado especialmente para as mulheres e crianças, com atendimento completo em obstetrícia, pediatria e neo-natal, além de cirurgias de pequeno e médio portes”, explica Oscar Pimenta Neto, diretor administrativo do plano São Braz Saúde. Para incorporar o Hospital Materno-Infantil à sua rede própria de atendimento, o plano São Braz Saúde fez uma parceria com o médico Paulo Maurício, da CCI. “O dr. Paulo Maurício nos confiou a responsabilidade de gerenciar o hospital e nós vamos fazê-lo com muita honra para garantir o conforto dos usuários. E com essa parceria, a antiga CCI passou a ser da rede de atendimento do plano São Braz Saúde”, afirmou o diretor Comercial Manoel Pimenta.
Novas Unidades serão inauguradas no interior do Estado O plano São Braz Saúde teve um crescimento fantástico em 2004. Segundo o diretor administrativo, Oscar Pimenta Neto, os números subiram 104% em relação ao exercício de 2003. Com isso, a administração do plano vem estudando a possibilidade de implantar novas unidades de atendimento no interior do estado. Os municípios escolhidos são Castanhal, para atender os usuários da região Nordeste, e Barcarena, na região do Baixo-Tocantins. O diretor Manoel Pimenta checando dados no
computador SERVIÇO: Av. Gentil Bitencourt, 694 (Entre Rui Barbosa e Quintino) Fone: 4008-8000
Especialistas ensinam mais de tolerância do para sempre”.
Só o
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pesar de inocentes, frases como “felizes para sempre”, “até que a morte os separe” e “só o amor segura um casamento” podem prejudicar o matrimônio. Elas são mitos que povoam a cabeça dos noivos e cônjuges e, por não corresponderem à realidade, acabam virando ervas daninhas que minam a relação e colocam em xeque o amor que os uniu e que deveria suportar tudo. É disso que fala o livro Você só precisa de amor e outras mentiras sobre o casamento, em que o psiquiatra norte-americano John W. Jacobs faz uma radiografia das sete maiores crenças sobre o matrimônio, equívocos que ameaçam a estabilidade das uniões. Terapeuta de casais, Jacobs analisa as fórmulas 32
mágicas que os parceiros procuram nesses clichês, como escudos para enfrentar e entender os problemas conjugais. O especialista anuncia que o casal deve evitar se deixar levar por sensos comuns perigosos. E, o primeiro deles, é o mesmo que faz com que as pessoas se casem e dissolvam o casório logo na primeira chuva: O amor. “O amor incondicional, necessário a bebês e crianças pequenas, não existe nem deveria existir entre marido e mulher”, sentencia no livro, apontando que “o mito do amor romântico”, aquele que a tudo suporta, como a primeira grande mentira da tão sonhada “felicidade conjugal”, coisa que, para ele, também não passa de uma quimera. “Por mais maravilhoso que seja, o amor não conquista tudo e, sozinho, com certeza não evita ou resolve os problemas conjugais”, continua Jacobs. Para a psicóloga e terapeuta de casal e família Marilda Duarte Pena, até existe o amor incondicional, “suprapartidário, que tudo suporta”. Mas, que, como tudo, deve ser relativizado. “Além do amor, é preciso ter companheirismo,
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que casamento precisa muito que de mitos do tipo “felizes
or trói
cumplicidade, respeito, diálogo, afeto, tesão e uma base de *Felício Souza confiança. E tudo isso Marilda Duarte Pena precisa ser cons-truído partilhadamente, aos poucos e sem arroubos é para isso que se casa”, diz. “Casa-mento é a construção de algo em comum, e as pessoas não querem se dar ao trabalho de cultivá-lo”, acrescenta. Para salvar a união, retemperar a relação ou evitar incorrer em erros, não faltam dicas como observar os sete pecados do casamento e evita-los. .
“Quando se sai da paixão, da idealização, para conviver com o que a pessoa realmente é, acontece a decepção e vem a vontade de se separar”, afirma Marilda Pena. De acordo com Jacobs, é preciso superar esse mito e voltar a priorizar o casamento. “(...) A idéia de que existe um amor perfeito, conhecido como “amor incondicional”, (...) encontrado numa “alma gêmea” provoca a destruição dos relacionamentos íntimos”.
1. SÓ O AMOR CONSTROI - E AMOR É TUDO DO QUE VOCÊ PRECISA: Não caia nessa de que o amor tudo pode, tudo espera e tudo suporta. Isso é conversa de enamorados. O enamoramento desperta a fantasia da unidade e leva à falta de consciência das dificuldades. E, no cotidiano, isso atrapalha. da paixão, da idealização, para Edição 35
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2. ELE/ELA NÃO ME OUVE - NINGUÉM ME ENTENDE: Em contraposição a esse mito, proferido por dez entre dez casais, Jacobs coloca: “Uma boa comunicação requer muito mais a
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do que uma conversa franca”. Para Marilda, muito mais do que o amor, o cimento das relações é a comunicação constante e sem subterfúgios. “O diálogo de todos os dias é o que vai tornar um mais íntimo do outro. Assim, a intimidade se sedimenta e o casal vai se sentir mais próximo, amado e cúmplice”, aconselha a terapeuta. Ela também chama a atenção para que pequenas mágoas sejam resolvidas logo, por meio de uma boa conversa sem brigas, acusações, troca de ressentimentos ou tentativas de espezinhar o outro. “É melhor para digerir os conflitos e aparar as arestas, para não deixar as mágoas crescerem como uma bola de neve, que podem virar brigas maiores e desaguar numa crise”.
3. ELE/ELA NUNCA VAI MUDAR O casamento tem três fases: no início e no fim, seria o Encantamento e a Iluminação, respectivamente, as fases de amor apaixonado e aceitação. Já o miolo, o perí-odo maior, dos 2 aos 25 anos, é chamada a fase do Conserto, ou do mecânico que é quando acaba a cegueira da lua-de-mel eterna e um passa a querer consertar o outro, queixando-se do poço de defeitos com o qual casou. O primeiro passo para suplantar essa fase o mais rápido possível, segundo os especialistas, é tirar do parceiro a máscara das expectativas que só existem no plano das idéias (impossíveis). E encarar a personalidade desse estranho que se revela do jeito que é. Depois, não tentar molda-lo para que fique “do seu jeito”: é preciso saber aceitar, e trabalhar com a cara-metade coisas que incomodam a relação. “Tem que saber negociar e tomar consciência do que não é tão legal na relação e do que faz mal ao outro”, comenta Marilda. Jacobs concorda: “Coloque na mesa de negociação as mudanças capazes de ajudar você e
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seu casamento”. E, como nada é uma via de mão única, o psiquiatra também enfatiza que a mudança também tem que ser mútua. “Imagine o que pode fazer para melhorar o clima do casamento. Dê o primeiro passo”.
4. QUEM CASA, QUER CASA Dizer que, ao casar, os cônjuges querem romper totalmente com o modelo familiar do qual vieram é uma das maiores mentiras do casamento. “Ainda que seja para compreender ou para destruí-lo totalmente, os casados tendem a copiar o modelo familiar de onde saíram. E isso pode aguçar a falta de maturidade do casal, com um querendo impor ao outro sua maneira de ver o mundo”, pondera Marilda Pena. A terapeuta acha que é necessário passar na peneira a influência da família para, com maturidade, aperfeiçoar aquele modelo e fazer os ajustes. E, atenção: cortar do vocabulário frases como “bem que a mamãe dizia que você não prestava” e nunca correr para a casa dos pais na primeira briga. Colocar os pais no meio do casal é prova de que o cônjuge não amadureceu o suficiente para encarar a vida a dois. Jacobs diz: “você leva sua família de origem para o casamento, por mais que se esforce por mantê-la afastada”. Respeitar modelos familiares bemsucedidos é bom. Mas amplificar a influência direta e indireta dos pais é um campo minado.
5. QUANDO O DINHEIRO ENTRA PELA PORTA, O AMOR SAI PELA JANELA (ou como dividir tarefas e responsabilidades). Essa é a crítica mais comum da vida moderna, e tem a ver com o corre-corre das mil e uma atividades diárias,
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a emancipação feminina e os famosos papéis iguais que sempre se rasgam na hora de lavar a louça, cuidar dos filhos ou pôr dinheiro na casa. Mas esse mito, apesar de ser o mais empedernido, é o mais fácil de ser equacionado. Basta boa vontade, respeito e muita negociação. “Casamento igualitário não é fácil, por que pressupõe outros mitos, como o do homem provedor e da mulher que cuida das emoções e da família”, avalia Marilda. Ela aponta como solução de equilíbrio o zelo pelo outro, a partir das pequenas coisas. “Negociação é fundamental, seja para dividir tarefas de casa, para realizar uma grande compra, para educar os filhos”, acrescenta. E, sem essa de jogar na cara quem pode mais, quem faz mais pela casa, quem tem o melhor emprego, quem manda. “Casamento não é briga de poder. O outro tem que se sentir especial por estar casado com você, e não ser seu adversário”, completa. Segundo as colocações de Jacob no livro, o casamento igualitário existe para nos ensinar a viver na diversidade. “Ele permite negociar as diferenças com mais justiça”, diz.
frutos”, resume a terapeuta. “No bom casamento, filhos solidificam a relação. Se o relacionamento não estiver maduro, infelizmente eles podem levar a separação”, afirma ela, encontrando eco em seu par norte-americano. “Naturalmente, os filhos não são a causa direta do divórcio dos pais. (Mas) A tensão decorrente da necessidade de cuidar deles contribui para desfazer muitos casamentos”, diz Jacobs, atribuindo isso às mudanças provocadas pela nova responsabilidade, que introduz o casal “numa fase mais madura”. E nem todos estão preparados para isso. Mais uma vez, a conversa, a negociação e o respeito mútuo representam a solução para enfrentar problemas como desinteresse pelo parceiro, cansaço pelas atividades e medo de tanta responsabilidade. “Façam da cumplicidade no casamento uma prioridade igual a que vocês dão à criação de seus filos”, exorta o livro.
7. TUDO SE RESOLVE NA CAMA
6. FILHOS FORTALECEM O CASAMENTO
O mito do Supersexo, do casal que tem a satisfação plena todos os dias de seu casamento, só existe na TV e nos romances água-com-açúcar. Mas, ele atrapalha e
“Uma árvore tem que estar no tempo certo para dar
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muito a relação dos casais modernos. “O circo da mídia está na cama com você”, diz Jacobs, e ninguém está mais sozinho com o par. Te m s e m p r e u m a enxurrada de informações, revist as especializadas, livros de auto ajuda, programas de auditório e filmes de gente bem resolvida ou buscando o prazer a todo custo, que inibem o casal mais bem intencionado. Marilda considera que nada disso é importante. “O que vale é a troca, é se oferecer ao outro através do corpo, se doar”. Afinal, sexo nada mais é que um dos passos dos muitos, para a intimidade do casal. “Ele aproxima e é mais um tempero para o gostar”. “Sexo só é bom se o casal conseguir ter motivação nas outras áreas da relação. Não acredito nessa apologia ao sexo”, sentencia. “As profundas mudanças em nossa sociedade e cultura estão minando o casamento em detal”, alerta o psiquiatra John W. Jacobs, no recém-lançado livro Você só precisa de amor e outras mentiras sobre o casamento, em que analisa o matrimônio a partir da sua experiência com terapia de casais. E os números comprovam isso.
FALÊNCIA
VALORIZE A PRODUÇÃO PARAENSE
Em dez anos, segundo dados das Estatísticas do Registro Civil de 2003, pesquisa divulgada em dezembro de 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de divórcios aumentou em 44% e a de separação judiciais, 17,8%. As mulheres, talvez graças à independência adquirida com a emancipação feminina, são as principais causadoras desse incremento: na separação judicial nãoconsensual, a proporção de mulheres requerentes foi de 72%, consideravelmente superior à de homens, 28%. Mas “o casamento não faliu”, tranqüiliza a terapeuta de casais Marilda Pena : “Ele pode tomar outras formas, sair da legalidade como as uniões sem papel - ,
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adquirir outros nomes, como recasamento... Mas não acredito que vá acabar. O ser humano sempre quer construir sua vida com outras pessoas”. Prova disso é que, em 2003, ocorreram 748.981 casamentos no País, fora as uniões consensuais, o maior registro em 11 anos. O desafio do casal moderno, que queira se manter unido após a troca de alianças, é desenvolver novas habilidades para acompanhar o ritmo frenético da revolução de costumes. E o antídoto que devem tomar é, justamente, tentar se livrar desse frenesi com diálogo, compreensão mútua e a criação de um espaço íntimo para o casal, onde o mundo louco não entre.
OUTRAS DICAS A seguir, confira mais algumas observações da terapeuta sobre os casais que têm uma relação duradoura: - Vida pessoal gratificante e respeito mútuo; - Certeza da opção pelo casamento; - Disposição para enfrentar dificuldades; - Tesão; - Consciência do risco de perder o outro; - Espaço íntimo protegido da rotina; - Liberdade para projetos individuais; - Maturidade; - Capacidade de exprimir, com clareza, as divergências antes de elas se tornarem mágoas. * Marilda Duarte Pena é Psicóloga e Terapeuta de Casais e Familiar no eixo Belo Horizonte/Rio de Janeiro. **Esta matéria é em homenagem e comemoração ao Dia Internacional do Amor. 14 de fevereiro Dia de São Valentim.
Aceitamos Serviços de Laqueamento e Pátina p a r a m a i s . c o m . b r
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A PÉLA DA NAÇÃO F
ortuitas e estrepitosas “operações” da Polícia Federal, solitária ou solidariamente com o Ministério Público e que produziram efeitos devastadores, de verdadeiros tsunamis, sobre entes, gentes e agentes “acima de qualquer suspeita”, incitaram o Autor a percuciente elucubração, que redundou nestes versos (e anversos):
*Sérgio Martins PANDOLFO
“Isto não é uma república; isto é uma re-privada”. Rui Barbosa, 1909
Todos querem teres da nação Mas, da nação, nem todos têm. Prebendas só conferem danação Quando, da nação, corrutelas vêm. Se negaças da nação o põem danado, Danem-se os credores da nação. A nação dá benesses ao quadrado Se os ratos da nação ficam na mão. Da nação todos se têm ufanos, E se põem da nação a tecer loas. Se as “burras” da nação se mantêm boas, Danação das ratazanas tem reclamos. A nação dá, de pronto, à gente boa, Privação de receita à coisa pública; E o povão, na privada, à muita súplica, Se consegue atenção, ri, abençoa. Se, porém, da nação de tetas fartas, A seiva que se esvai minguada fica Por muito chuparem as mamas hartas, Da nação, a saúde, aí complica. *Médico e escritor SOBRAMES Email: serpan@amazon.com.br
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Amazô Bendita Bu Fotos: Coleção particular de Dana B.Merril
*Camillo Martins Vianna
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uito embora adepto fervoroso da não violência, a solução é ficar de acordo com o jornalista Carlos Mendonça, dos mais respeitados, que publicou, nos idos de 72, em jornal de grande circulação em Belém, crônica que faz parte da história da região. Com o necessário respeito, entendemos que sua senhoria ficou parece cobra que perdeu o veneno, conforme se usa dizer por aqui, quando se alcança o paroxismo da raiva, com a sugestão de representante de turismo, qual seja, a de jogar restos de comida e roupas velhas em sacos plásticos para jovens e crianças, que em pequenas montarias se aproximam dos navios que cruzam o estreito de Breves, no rio Amazonas, no Estado do Pará. Concretamente, o moço caiu em artigo de crime inafiançável, não havendo nenhum causídico que consiga dar jeito. Mesmo sem carta de prego, permito-me dar uma ajudazinha, ou conforme se queira, um adjutório ao causador do tal nefando crime, que não está só ao criar fantasias e desacertos para a ainda
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desconhecida Caixa de Pandora dos Trópicos, no caso a Amazônia. Em plena época de colonialismo armado, os que se arvoravam salvadores disso ou daquilo, ocupando terras e civilizações, também ofereciam bugigangas para os nativos, e no nosso caso, tinham mais medo da Região Clorofilada do que o diabo da cruz, isso como resultante do desconhecimento, desinformação e tudo mais que se sabia sobre o Inferno Verde, tido e havido como o mais mortífero da globo terrestre, que a certa altura chegou a receber a esdrúxula denominação de Maior Complexo Patogênico Tropical do Planeta, que trocando em miúdos, não passava de burrice pseudo-científica. Os erros ocorridos na construção da Estrada de Ferro
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nia rrice Acampamento As condições de alojamento
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Madeira Mármore desandaram no que poderia ser o equilíbrio entre a verdade e a fantasia. A tal história de que cada dormente correspondia a um defunto, reforçou a imagem negativa da área a ser ocupada a qualquer pretexto, como aliás era moda em outras plagas. A bem da verdade de seja dito,que informações prestadas pelo sanitarista e amazonólogo de primeira linha, Rubens da Silveira Britto, que trabalhou no Hospital da Candelária desde os primeiros momentos da nacionalização da Companhia, em 1931, segundo os arquivos do hospital, não passava de 10.000 o número de mortos e profugos, o que já é um destempero. Informa ainda o amazonólogo, que em caráter pioneiro empregou, com excelentes resultados, doses maciças de tiamina, ou seja, vitamina B-1, por via endovenosa, no combate ao béri-béri que grassava entre os construtores da estrada, também chamada da morte, enquanto que no tratamento da malária era usado o quinino, recomendado pelo patrono dos sanitaristas brasileiros, Mestre Oswaldo Cruz, que também lá esteve. O nosso patrício que sugeriu jogar prendas para os ribeirinhos apenas lançou mão, em escala insignificante daquilo que parvamente acreditava de pés juntos ser uma verdade verdadeira, sem ao menos desconfiar que a burrice alienígena talvez tenha sido a grande preservadora do Insólito Mundo Verde, pelo menos até agora. Note-se, e a bem da verdade se diga, que apesar de ser protegida por essa espécie de fada madrinha, no caso as doenças tropicais, volta e meia a turma interessada bota olho grande na Terra das Amazonas. Mas isso é outra história. *SOPREN/SOBRANES
Soluções Abrangentes em Informática
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O VESTIBULAR
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os grandes centros do país os vestibulares para ingresso nos cursos superiores transcorrem com normalidade. Não há, aparentemente, nenhum clima especial provocado por essa imensa corrida às universidades. No Pará a realidade é outra. É uma época carregada de tensões, expectativas e intensas preparações que mobilizam os meios de comunicação, os segmentos educacionais, despertando um interesse incomum da própria sociedade. Para os jovens paraenses o êxito no vestibular representa a grande conquista, o início de uma nova vida, de novas perspectivas, de sonhos que paulatinamente começam a se materializar. Paralelamente, a família, numa demonstração de estreito laço de afetividade, denota ansiedade nervosismo e, nos casos mais extremos, uma grande dose de cobrança que sintetiza o orgulho no bom sentido, o desejo de ostentar o título da vitória. Turistas e visitantes em trânsito por Belém, asseveram que não há nada igual no Brasil. As divulgações dos listões de aprovados são acompanhadas de grandes explosões de alegria, mobilização da imprensa, festas familiares que se tornaram tradicionais, trioselétricos, buzinaços, fogos. Realmente é uma verdadeira festa, caracterizada pelas reações mais espontâneas, autênticas, que expressam a inconfundível alegria dos vitoriosos. Quando observamos as imagens dessa época, sob o ponto de vista crítico, percebemos a nossa singularidade cultural. Os rapazes de imediato têm a cabeça raspada, roupas e corpos cobertos de tintura, maisena e ovos. As moças, nesse mesmo ritual, ainda colocam laços de papel colorido no alto da cabeça. Inconscien-temente, é uma forma de chamar a atenção, de gritar em silêncio: Eu venci! Na contramão dessa maravilhosa festa, um quadro de maior amplitude, daqueles que não conseguiram alcançar, ainda, seus objetivos. No meio de tanta festa, passam despercebidos, anônimos, esquecidos. Seus olhos são as janelas para uma realidade não alcançada. Todavia, há neles uma vitória interior muito grande, quando obstinadamente decidem TENTAR OUTRA VEZ. Edição 35
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necessidades. Espera-se para breve que, com o aumento de efetivos já previstos, se conte com melhores condições para a defesa, com maior eficiência, principalmente na área mais sensível que é a Calha Norte. Ficam assim contornadas as dificuldades da transferência, eventual, de efetivos da área Sul do rio Amazonas. Sem dúvida, os Sistemas de Vigilância e o de Proteção da Amazônia (Sivam e Sipam) complementados pela Lei do Abate, muito colaborarão para o aumento da capacidade de defesa do espaço amazônico. O que hoje se lamenta é que a continuidade na execução do Programa de Defesa da Calha Norte, iniciado no governo Sarney, tenha sido interrompida pelo presidente FHC e, hoje, vem sendo mantido em banho-maria pelo presidente Lula, lamentavelmente, pelo fato de comprometer a Defesa da Amazônia, principalmente por que a nossa Amazônia vem cercada por países interessados em seu domínio. É esta a grande verdade a ser levada permanentemente em conta, pelo fato de os Estados Unidos e a Inglaterra terem montado o cerco da nossa Amazônia. Referido cerco é constituído por três Bases Aéreas principais de apoio, que constituem a espinha dorsal do Sistema e que são: Manta, no Equador, Rainha, em Aruba e Hato, em Curaçau. O cerco é integrado por um cordão de 20 Guarnições Militares, bem armadas, estacionadas nas Güianas, na
crescente e desordenado aumento da presença estrangeira, no sagrado espaço amazônico nacional, por intermédio de excessivo número de ONGs, que se dedicam, exclusivamente, aos interesses dos respectivos países de origem. O número de ONGs localizadas pelas Forças do Exército, na Amazônia, já atingiu a soma aproximada de 600, o que passou a constituir abuso dos países patrocinadores e ausência de controle do Governo Brasileiro. A gravíssima conseqüência desta constatação é a ameaça, cada vez maior, para o nosso País, diante do aumento das possibilidades de invasões de forças estrangeiras, cujos propósitos iniciais serão as conquistas das mais ricas e estratégicas Reservas Indígenas. Para esses propósitos é que vêm cooperando nas demarcações dos limites, visando futuramente a efetiva posse. Essas constantes infiltrações de organizações estrangeiras impõem a necessidade da vigilância permanente de grandes extensões fronteiriças, num total de cerca de 13.000 Km, bem como da articulação de um dispositivo flexível de defesa, que assegure a preservação de toda a imensa área amazônica. Tais imposições decorrem de incontestes fatos, que comprovam propósitos determinados de conquistas externas. No entanto, hoje, o comandante militar da Amazônia ainda não chegou a instalar todos os recursos para uma defesa compatível com as reais
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Colômbia, no Peru, na Bolívia e no Paraguai, com o propósito aparente de combate ao narcotráfico nas visinhas nações Hispânicas. Conclui-se, portanto, que a nossa Amazônia já se encontra cercada e em condições de ser conquistada, o que dependerá exclusivamente de informações locais, procedentes do pessoal militar integrante das ONGs que permanecem atuando na Amazônia, sob a orientação dos EUA e da Inglaterra. É claro, todas as ONGs não nacionais, que vêm atuando na nossa Amazônia contam com agentes destinados aos reconhecimentos e às informações, com a finalidade de conquistas em nosso País, o que constitui constante ameaça. Os propósitos insistentes de domínio, das principais potências mundiais, levam-nas às tentativas de impedir o aceleramento do nosso desenvolvimento. Na realidade, o que está acontecendo na Amazônia é a intenção articulada de algumas nações de subtraírem a Soberania do Brasil sobre a Região Amazônica, para depois ilegal e fraudulentamente explorar comercialmente, em todo o mundo, as suas imensas riquezas. Além de se apossarem das riquezas naturais, ali existentes, querem se utilizar, também, da grande capacidade agrícola da área, tendo em vista o indispensável aumento das respectivas possibilidades produtivas visando ao avanço da aptidão competitiva no mercado internacional. É neste contexto que se entende a intensão de bloqueio por aqueles países, do asfaltamento da rodovia CuibáSantarém, alegando que tal acontecimento prejudicará a vida dos índios e possibilitará as invasões da Floresta, para o corte clandestino de madeiras. No entanto, a verdade é outra, porque o asfaltamento citado porporcionará muito maior rendimento para o escoamento da soja brasileira por Manaus ou Belém, e dali à Venezuela e ao Caribe, competindo com a soja norte-americana, mais cara do que a nossa, que perderá o respectivo mercado. Um outro registro importante é que os EUA estão adquirindo áreas na Amazônia, de proprietários em dificuldades financeiras, mas, para não desvendar a trama, o terreno continua em nome do antigo dono.
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Na Güiana Francesa ocorre um outro tipo de situação. Lá, o governo francês oferece aos pais da criança recém-nascida no Brasil, uma boa gratificação para que a criança seja registrada na Guiana, regressando depois ao Brasil como cidadão francês, visando caracterizar a área do nascimento como território francês. Além desses fatos, há o permanente propósito da absorção política do índio, através de cuidadoso e objetivo plano. Relativamente ao território Ianomâmi, há problemas de alta importância. Um desses problemas é o afloramento do nióbio, que é um minério refratário de altíssimo valor, pelo fato de resistir a muito altas temperaturas e pressão e por isto vem sendo muito procurado pelas indústrias. Ainda no território ianomâmi, foi assinalada a possibilidade da ocorrência de petróleo do lençol petrolífero da Venezuela, o que já despertou a atenção dos Estados Unidos, dada a possibilidade futura da solução de um dos seus maiores problemas, que é o do abastecimento do petróleo. Diante de todas essas ocorrências e possibilidades crescem muito de
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No entanto, é claro, tal propósito é inaceitável porque o Brasil reagirá não se acomodando por omissão. Ao contrário, encaminhará todas as providências cabíveis, inclusive a iniciativa de convocar todos os países amazônicos para a defesa do Tratado de Cooperação Amazônica, assinado na cidade de Brasília em 3 de julho de 1978, cujo artigo IV estabelece: "As partes contratantes proclamam que o uso e aproveitamento exclusivo dos recursos naturais em seus respectivos territórios é direito inerente à Soberania de cada Estado Nacional e seu exercício não terá outras restrições senão as que resultem do Direito Internacional". Evidentemente prevalecerá a decisão que, em cada caso, for tomada pelos países signatários do referido Tratado, que afinal são os principais protagonistas no encaminhamento das questões de Direito, custe o que custar e jamais como coadjuvantes desses mesmos processos de Direito, como desejariam as grandes nações, que vêm desrespeitando e descumprindo, descaradamente, os direitos das Nações Amazônicas. Espera-se que os países signatários, do dito Tratado, venham a se reunir em Assembléia, para denunciar as numerosas irregularidades e acintosas intervenções que as grandes nações vêm cometendo contra o Direito Internacional, em prejuízo para a Comunidade Amazônica de Nações.
importância as preocupações brasileiras pelo fato inconteste do aumento das ameaças a toda a nossa Amazônia e ao nosso Brasil. Torna-se portanto oportuno, que se recorde o que aconteceu ao Iraque, exatamente por causa do Petróleo, pelo fato de ter sido invadido mesmo sem a anuência da ONU. Não se deve esquecer de que o petróleo para os EUA é questão de vida ou de morte. Eis porque passar a haver a necessidade da revisão de Acordos já assinados com os EUA, a Inglaterra e outras nações, antes que seja tarde demais. Finalmente, conclui-se que as questões amazônicas vêm crescendo continuamente de importância, a ponto de passarem a ter significação Nacional e Internacional, como conseqüência de constantes investidas das grandes nações que, já em numerosos casos, vêm revelando a mais completa ausência de constrangimentos, para beneficiarem-se das riquezas naturais ali existentes, exploradas pelas próprias ONGs. O atrevimento chega a ponto de cometerem até contravenções e delitos, pelo fato de se apossarem de bens brasileiros criminosa e ilegalmente. Consta, também, que tais nações vêm promovendo o desmembramento da Amazônia imaginando criar ali um novíssimo Continente Amazônico sob administração internacional.
*Em AEPET .::direto
Uma publicação Editora Círios
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O que é
Anencefalia “
Provavelmente, a causa mais freqüente da anencefalia seja a deficiência de ácido fólico.
”
anencefalia é uma má formação fetal que consiste na ausência total, ou parcial do cérebro e da calota craniana. Seu diagnóstico pode ser realizado a partir de 12 semanas, através da ultra-sonografia. Confesso, que em 40 anos de formado, dos quais 30 deles foram dedicados à Pediatria e Neonatologia, sem ter presenciado uma única vez, um caso referido, ao vivo, nos meus atendimentos diários. Para os leitores de nossa revista PARÀ+, terem uma idéia do aspecto de um recém nato, portador desta má formação, um colega, ginecologista e obstetra, Dr. Guilherme Melo, meu amigo e companheiro de caminhadas matinais, referiu-me que até hoje em dia, ao examinar o aspecto físico de um portador de Anencefalia, nunca tinha presenciado uma anomalia tão horrenda e grotesca. O pequeno ser tinha uma aparência de um batráquio (sapo), característica que o marcou até a presente data! A evolução ou não da gestação tem sido foco de discussões, tanto em nível científico como na esfera do direito. O motivo mais evidente dos debates em torno da
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*Hélio Rodrigues Titan
Anencefalia, diz respeito, à capacidade que os casais teriam de decidir sobre o futuro de sua gestação, tão logo tomassem conhecimento do diagnóstico. Entretanto, esta possibilidade não está contida no Código Penal Brasileiro. Estuda-se profundamente entre os médicos, se a interrupção é ou não, um ato benéfico para a gestante. Por outro lado, na parte jurídica, a possibilidade da interrupção gestacional, no caso o aborto induzido tornar-se legal perante a lei, e naturalmente aprovada. O direito à saúde é também um direito constitucional, e um dever do estado promovê-lo. Não se restringe simplesmente a atender uma necessidade, mas de promover um completo bem-estar físico e psíquico. Também neste caso o acesso ao melhor tratamento médico encontra-se restrito pela necessidade de documentação judicial. A dignidade da pessoa humana é outro princípio onde se sugere que as ações do Estado e ações coletivas não devem intervir em casos complexos como este, quer no aspecto médico, jurídico, religioso, ou de fundo moralista dos pais, e familiares próximos. Do ponto de vista clínico, convém, antes de analisarmos a conduta obstétrica, tecer algumas considerações sobre esta moléstia. A anencefalia consiste, portanto, amigos leitores, em uma malformação congênita caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo e da calota craniana, como já referi anteriormente, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural durante a formação embrionária, entre os dias 23 e 28 da gestação. Ocorre com maior freqüência em fetos femininos, pois, parece estar ligado ao cromossomo X. Estimativas apontam para incidência de aproximadamente um caso a cada 1.600 nascidos vivos. Acontece que o número de casos comprovados de anencefalia tem aumentando significativamente, exigindo práticas adequadas ao seu manuseio. O risco de incidência de anencefalia aumenta 5% a cada gravidez subseqüente, sendo as mães diabéticas, sujeitas a probabilidades seis vezes maior ao risco do problema. Há também maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens, ou nas de idade avançada. Fatores ambientais podem influenciar indiretamente
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segura. É necessário que, após a comunicação médica, o casal tenha tempo suficiente para a elaboração e a conscientização do problema, a fim de que possam tomar uma decisão segura, quer pela interrupção da gestação, quer pela sua manutenção. A orientação principal dada ao casal é o tempo exíguo de vida extra uterina do recém nato: questões de minutos, em 100% dos casos. A perda de um filho, mesmo nestas circunstancias, deve ser gradativamente absorvida pelo casal, e psicologicamente compreendida. È de suma importância o apoio profissional de um Psicólogo especializado. Na parte jurídica, no dia 10 de novembro de 2004, a deputada Jandira Feghali, apresentou um projeto de regulamentação ao direito de aborto, nos casos de Anencefalia. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, concedeu liminar em julho de 2004, o qual, porém, foi cassado em plenário, cedendo à pressões da CNBB. Para terminar, segundo o Bispo dom Odilo Pedro Scherer, “o sofrimento de uma grávida, de um feto com anencefalia, mesmo que o mesmo não tenha nenhuma possibilidade de sobrevivência após o parto, não justifica o aborto”. A conclusão é dos leitores! *Médico, Escritor, Cosmologo
CRANEO-ENCEFALOCELE
nesta malformação. Entre elas estão: exposição da mãe durante os primeiros dias de gestação, à produtos químicos e solventes; irradiações; desnutrição, deficiência de ácido fólico; alcoolismo e tabagismo. Provavelmente, a causa mais freqüente seja a deficiência de ácido fólico. O melhor modo de prevenir esta malformação, é que toda mulher em idade fértil, utilize ácido fólico três meses antes da concepção e nos primeiros meses de gestação, na dose de 5,0mg, por via oral, por dia. A anomalia pode ser diagnosticada, com muita precisão, a partir de 12 semanas de gestação, através da ultra-sonografia. A ressonância magnética tem se mostrado também importante meio diagnóstico na identificação desta, e de outras malformações dos fetos.O diagnóstico de anencefalia é sempre cruel, tanto por parte de médicos, como das próprias gestantes. O médico precisa estar suficientemente preparado para notificar o casal e orientá-los de forma
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