Pará+ 65

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junho 2007

Belém - Pará - Brasil

www.paramais.com.br

ISSN 16776968

Edição 65

3,00

FESTAS JUNINAS CONFERÊNCIAS DE CULTURA O ECOMUSEU DA AMAZÔNIA MANUAL DA PAQUERA




Orgulhosamente paraense! A NOVA FAMEP 23º ENCONTRO NACIONAL DE SINDICATOS PATRONAIS...

1ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA

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O ECOMUSEU DA AMAZÔNIA O Ecomuseu da Amazônia nasce com a proposta de valorizar a cultura regional, promover a educação ambiental e capacitar as comunidades a partir de programas que garantam o desenvolvimento auto-sustentável da região...

AMAZÔNIA. SÃO JOÃO DISSE, SÃO PEDRO SECUNDOU ... que a Amazônia precisa ser integrada pois sua hora chegou. Depois dessa papagaiada introdutória, vale a pena justificar o porque de se querer, mesmo mal comparando, encaixar o que está ocorrendo aqui por estas paragens...

por Camillo Vianna

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Pág. 14 ÉTICA, ONDE ESTÁS, QUE NÃO SE ENCONTRA? No momento, estamos nos deparando com um excesso de todo tipo de violência em nosso País, sem estarmos convictos de que nossos filhos ou nós mesmos, ao sairmos de casa diariamente, retornaremos sãos e salvos, sem termos passados por um assalto ou termos visto acontecer com alguma pessoa ao nosso lado, ou seja, estamos nos sentindo como se estivéssemos em um barco a deriva, sem a mínima segurança pública. Me pergunto. Por que seria? Por que estamos passando por isso?

MANUAL DA PAQUERA Manual da Paquera, editado pela Publifolha, é um livro bem humorado e inteligente escrito por uma especialista no assunto, Peta Heskell, "personal trainer" da conquista. O livro traz testes para que o leitor saiba se é bom paquerador, e ensina exercícios para melhorar a capacidade de conquistar...

Fotos da capa: João Gomes/Comus

Pág. 42

Pág. 28

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

Í N D I C E

PUBLICAÇÃO

por Rossilene Guzzo

Pág. 22

CORREÇÃO: A foto da capa da edição anterior (64), é de autoria de Mário Quadros

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, João Modesto Vianna, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Acyr Castro, Camillo Martins Vianna, Cláudia Aragão, Garibaldi Nicola Parente, Israel Pegado, Ricardo Jordão Magalhães, Rossilene Araújo Guzzo, Sérgio Martins Pandolfo, Tom Coelho, Walter Chile; FOTOGRAFIAS: Arquivo Coep, Aline Cristo, Areta Castro, Artur Aragão, Cláudio Souza, Elza Lima, Elva Vieira, Elivaldo Pamplona, Gillerto Travassos, João Gomes, João Rodrigues, Leonardo Nascimento, Mário Quadros; DESKTOPING: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES


O Governo e a

juventude

A

s políticas públicas para a juventude ganharam destaque na agenda política nacional. Desde 2005, o governo federal já investiu mais de R$ 1 bilhão em programas voltados para esse segmento social. São mais de 800 mil jovens para quem estão sendo gerados oportunidades e direitos para ajudá-los no resgate e construção de uma vida cidadã. Somente o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), um dos 19 programas da Política Nacional de Juventude, abriu recentemente mais 76 mil vagas em 25 capitais para os interessados em voltar às salas de aula e aprender uma nova profissão. O ProJovem tem hoje 176 mil jovens matriculados entre 15 e 24 anos. E nos próximos meses deverá ser lançado um conjunto de ações integradas para ampliar ainda mais o acesso à educação e à qualificação profissional. Pela primeira vez na história, o Estado cria políticas específicas para a juventude, reconhecendo os aspectos sociais, culturais, econômicos e territoriais. Segundo dados do IBGE, são 50,5 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos. Devido ao atual quadro demográfico, esse segmento significará daqui a alguns anos cerca de 40% da população entre 30 e 60 anos de idade. São jovens a caminho da maturidade e de se tornarem a principal força produtiva do país, avalia Beto Cury, secretário nacional de Juventude. Na busca pela inovação na concepção de políticas públicas que considerasse as singularidades do segmento, o governo federal instituiu em 2004 um grupo interministerial para levantar os principais programas federais para os jovens, desenvolvendo novas ações e consolidando práticas que garantam direitos e oportunidades. O resultado imediato desse trabalho foi a definição da Política Nacional de Juventude. Um ano depois, foram criados a Secretaria Nacional de Juventude, o Conselho Nacional de Juventude e o ProJovem. O momento revelou a prioridade do governo dada à juventude. Entender as singularidades e apostar no jovem é investir no Brasil, afirma Cury. De acordo com o secretário, o apoio dos gestores estaduais, municipais e

sociedade civil foi essencial para a consolidação dessa Política. Para resgatarmos essa dívida do Estado com os jovens brasileiros é preciso ter espaços institucionais de juventude, secretarias ou assessorias responsáveis pela articulação integrada de programas nas diversas áreas de governo. A constituição de espaços de diálogo entre a sociedade civil e governo, Beto Cury, secretário como os Conselhos de Juventude, cumprem nacional de Juventude o papel fundamental para a consolidação do tema como política de Estado, ressalta. Esse novo olhar é norteado por nove desafios, como a ampliação do acesso ao ensino, a permanência em escolas de qualidade, a preparação para o mundo do trabalho, geração de trabalho e renda e a democratização do acesso ao esporte, ao lazer, à cultura e à tecnologia da informação. As ações neste setor ainda incluem a ampliação de investimento em políticas universais como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que beneficia os jovens, e o acesso ao ensino superior pelo ProUni, entre tantos outros.

Inscrições ProJovem O programa, que possui gestão integrada com os Ministérios da Educação, Trabalho e Emprego e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, concede um incentivo mensal de R$ 100, desde que o jovem atendido cumpra 75% da freqüência às aulas e demais atividades previstas no programa. Até o dia 27 de julho, os interessados que residirem em capitais podem fazer as inscrições pelo telefone. Central de atendimento: 0800 722 7777 (de segunda à sexta, das 7h às 23h. Sábados e domingos, das 8h às 20h). O candidato deve ter entre 18 e 24 anos, não ter concluído o Ensino Fundamental, mas cursado até a 4ª série, e não manter vínculo formal de trabalho (carteira assinada) no ato da matrícula.

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Foto: Mário Quadros

S U

A Conferência de Marapanim Edílson Moura: “Queremos que O PPA contemple já as demandas culturais”

1ª Conferência Estadual

de Cultura

C

ontinuam em andamento as várias etapas das Conferências Intermunicipais de Cultura, promovidas pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), em preparação à 1ª Conferência Estadual de Cultura que acontecerá nos dias 5 à 8 de julho e para a Conferência Nacional de Cultura, que será realizada na cidade de Brasília em dezembro deste ano. As, Secult, Fundação Carlos Gomes, Fundação Tancredo Neves, Fundação Curro Velho e Instituto de Artes do Pará, estão e irão se reunir com representantes da sociedade civil e movimentos culturais de todos os municípios do Pará. As Conferências são um espaço de discussão sobre o tema geral: Cultura Pará Todos: Estado e sociedade construindo as políticas públicas na diversidade. A intenção é tirar, a partir das demandas das populações, propostas para a Cultura do Estado que serão debatidas na Conferência Estadual. Os objetivos centrais também são: levantar as

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demandas culturais da região, discutir a estruturação do Sistema Municipal e Estadual de Cultura; elaborar propostas e diretrizes para o Plano Estadual de Cultura e subsidiar as discussões do Sistema Estadual de Cultura. Em cada município é feito uma plenária, pela manhã, de apresentação do projeto da Conferência. Á tarde, os participantes, se dividem para discussão de eixos temáticos. São sete eixos definidos: gestão pública de cultura; cultura é direito e cidadania; economia da cultura; patrimônio cultural; comunicação é cultura; cultura é educação; e, cultura e meio ambiente. Após esse debate temático, a plenária se refaz para a eleição de delegados da sociedade civil e do poder público municipal que representarão as cidades nas conferências estadual e federal. Ao final os eventos estão sendo coroados com apresentações de grupos locais. A grande participação popular mostra que a


Fotos: Mário Quadros

A Conferência de Acará

Pará, Gerson Araújo; o presidente do Instituto de Artes do Pará, Jaime Bibas; o presidente da Fundação Curro Velho,Valmir Santos e o Presidente da Fundação Carlos Gomes, Carlos Braga. Segundo o Secretário de Cultura do Estado, Edílson Moura, o resultado das Conferências deve ser Em Ananindeua contemplado nas leis orçamentárias do estado e no Plano Plurianual (PPA) que deve ser apresentado em agosto próximo. "Queremos que O PPA contemple já as demandas culturais, daí a necessidade de se fazer a Conferência ainda nesse semestre", explicou. Ele também falou do evento como reflexo do pensamento de todas as regiões do estado. "Nunca se organizou uma conferência de cultura com tanta representatividade no Estado", reiterou. Para Edílson é importante que cada região dialogue sobre suas prioridades na área cultura de maneira articulada. "É necessário que os municípios ganhem força reivindicando em conjunto e que possamos construir um projeto regional e não com cada município defendendo seu interesse", completou. O secretário exemplificou falando de como a estrutura do próprio governo. "Cada fundação fazia a política que

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Foto: Mário Quadros

A Conferência de Bragança

Conferência veio atender aos anseios da população e que a nova política cultural do Estado está fazendo uma gestão de cultura democrática, descentralizada e inclusiva, para todo o Pará, o que não houve nos últimos doze anos. Em cada um dos municípios, mais de 200 participantes, que escolheram seus delegados de acordo com o regulamento da Conferência. Serão 800 delegados, de 90 municípios, que comporão a Conferência Geral que acontecerá no Hangar Centro de Convenções, em Belém. Só do nordeste do Estado, serão 120 delegados escolhidos. Já no pólo do Guamá serão 40 delegados. Somente em São Miguel do Guamá, participaram delegações de Mãe do Rio, Santa Maria do Pará, Irituia, Ipixuna, Ourém. Em Salvaterra, serão 36 delegados de cinco municípios. E assim por diante... Além do titular da Secult, estão participando e/ou participaram das conferências o presidente da Fundação Cultural do


Foto: Elza Lima

Em Redenção

bem entendia. Agora estamos trabalhando na unidade entre os órgãos". Jaime Bibas, do IAP, disse que, pela primeira vez, existe um movimento para congregar os municípios. "A Cultura é o aspecto mais importante e que dá forças aos municípios". Gerson Araújo falou da presença da Secult nos municípios, mostrando que, em cinco meses, já é a segunda vez que o secretário visita aquela região de São Miguel. Preocupado com a biblioteca do município, que estaria em condições precárias, ele assumiu o compromisso de enviar técnicos da Fundação Jaime Bibas, do IAP Tancredo Neves para avaliar e reinaugurar o espaço de leitura daquele município. Antônio Carlos Braga disse que ficou emocionado com as manifestações culturais apresentadas nos eventos e que a conferência está sendo um aprendizado para todos. "A Conferência está mostrando o caminho correto

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de não levar a cultura da capital para o interior, mas do interior para a capital", disse. Walmir Botelho, da Fundação Curro Velho pregou que é preciso vencer a desarticulação da área cultural. Para João Santana, secretário de cultura de Santa Maria, o evento é de A Conferência de Afuá extrema importância e que havia uma exclusão muito grande dos municípios que estão fora da Região Metropolitana de Belém. Opinião compartilhada pelo prefeito de Castanhal, Hélio Leite, que reiterou à importância de se ouvir a sociedade. "Cultura é correr atrás e fazer bem feito". Foto: Elza Lima

Calendário/Serviço: Informações sobre detalhes da programação, como participar das discussões e ainda sobre os eixos temáticos, pelo telefone (91) 4009-8708 e F: 4009-8717/ 8707 ou pelo site: www.culturaparatodos.pa.gov.br


O 23º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Encontro nacional de sindicatos patronais do comércio

de bens, serviços e turismo

conceito atual compreender que para se pós a constituição da mesa oficial e a manter atuante e eficiente, o sindicato bonita e empolgante entrada solene patronal deve ser uma entidade de das Bandeiras dos Estados, de Belém colaboração do empresário, administrada e do Brasil, Jorge Colares, presidente e organizada com ferramentas modernas do Sindicato dos Lojistas do Comércio de de gestão e não apenas uma instituição Belém (Sindilojas), abriu o 23º Encontro, que apenas agrega membros. Sob o tema saudando e desejando boa estadia e que todos “Repensando o Sindicalismo Patronal”, a os participantes usufruíssem ao Maximo, as reunião de empresários pretendeu, belezas, os encantos e a hospitalidade principalmente, capacitar líderes paraense. Joy Colares, vice-presidente do executivos e enfocar o gerenciamento das Sindilojas fez o discurso de abertura do entidades sindicais, de acordo com Jorge evento, enfatizando os esforços de dez meses Colares“ Após a Constituição de 1988 de trabalho árduo, empreendidos pelo surge um novo cenário para os sindicatos Sindicato para que o Encontro fosse realizado. em todo o Brasil, que precisam capacitar Recordou o objetivo do evento em discutir a seus dirigentes, mas não encontram representatividade da categoria, a aparelhamento. O encontro nacional foi administração sindical e o papel do sindicato O perfeito anfitrião então a oportunidade de habilitar essas como prestador de serviços. “Um dos entidades e esses líderes e preparágrandes desafios dos sindicatos em los para esse novo momento, isso todo o País, que pretendemos debater explica o fortalecimento e a exaustivamente durante este evento é a grandeza do encontro”, observou questão da auto-sustentabilidade, ou Jorge Colares, o presidente do seja, como os Sindicatos podem Sindilojas Belém. sobreviver não dependendo apenas da contribuição dos sindicalistas”. Disse Debates também que o encontro “teve a Os participantes do encontro finalidade de capacitar e instruir os tiveram a oportunidade de discutir empresários e esperamos nestes três problemas comuns e descobrir dias, proporcionar aos encontristas a soluções para o seguimento em que finalidade maior deste conclave, que é atuam com exposição de casos de a de capacitar os dirigentes sindicais sucesso de sindicatos e seguimentos patronais a melhor gerir seus Joy, Jorge Colares e o patrono Ricardo Klein de negócios. Ao final, conheceram o respectivos sindicatos e buscar a sua auto sustentação”. planejamento estratégico da Confederação Nacional O patrono do evento foi o diretor da Fecomércio-RS, de Comércio para o período 2007 até 2020, ainda Ricardo Pedro Klein. inédito para a classe. A Reunião de Assessores Jurídicos de Sindicatos Mais de 800 representantes de Patronais, na qual os advogados dos sindicatos e 430 Sindicatos em Belém gerentes trocaram experiências sobre acordos No Hangar Feiras e Convenções da Amazônia, onde o coletivos de trabalho e discussões coletivas recentes, empresariado se reuniu, a palavra chave era a nova analisaram as novas doutrinas e súmulas recémpostura dos sindicatos patronais em virtude do editadas pelos tribunais do trabalho em todo o Brasil,

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também a representatividade da categoria, a administração sindical e o papel do Sindicato como prestador de serviço. “Todos os temas da programação do 23º Encontro, foram cuidadosamente escolhidos para atender as interesse comum de todos os participantes. Nesse sentido, buscamos inserir assuntos atuais e que atendiam ás experiências do encontristas”, disse Jorge Colares, o presidente do Sindilojas e o grande anfitrião do evento.

Vitrine

foi um dos momentos fortes do encontro. Outro grande momento do evento foi à reunião dos Executivos Sindicais, onde os participantes apresentaram as melhores idéias, produtos e serviços dos Sindicatos Patronais, para serem oferecidos aos associados, possibilitando a troca de informações e experiências entre as entidades. Na programação técnica do evento, foram discutidos temas atuais e de grande relevância para categoria, como a gestão sindical, empreendedorismo e Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, esta última passando a vigorar em 1º de julho e que vai unificar os impostos federais, estaduais e municipais. No painel conduzido por J e ff e r s o n A m a r a l , d o SEBRAE Nacional, foram discutidos os reflexos práticos da lei no dia-a-dia do empresário – debatedores locais, os economistas José Egypto Soares Filho, O tributarista Fernando Scaff e o Contador George Santiago. O encontro destacou

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O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém aproveitou o encontro para mostrar aos participantes, de todo o país, os pontos turísticos de maior destaque no Pará e fazendo do encontro uma vitrine dos produtos regionais, mostrando a culinária, cultura e a natureza paraense, valorizando desse Sindilojas. Um dos pontos altos da programação ocorreu no dia seguinte ao término do evento, quando um navio levou mais de 400 pessoas à Salvaterra, na Ilha do Marajó. Foi um dos apelos para a realização do evento no Pará, a possibilidade de fazermos essa visita, com direito a churrasco de carne de búfalo, à Ilha do Marajó, sem dúvida um dos principais destinos turístico do Estado, afirmou Joy Colares. Durante o encontro, para reforçar a estratégia de valorização, não houve coffee breaks e


sim “pausas para o açaí”, quando foram servidos quitutes e iguarias da culinária paraense, por sinal, destaque especial na segunda noite do evento, denominada “Noite paraense”. Destacaram-se também, chamando a atenção de todas as pastas distribuídas aos participantes, confeccionadas em fibras de tururi, pelas artesãs do grupo de produção Talentos de Muaná, da Ilha do Marajó, além dos brindes em cerâmica marajoara produzido em Icoaraci, com base de madeira certificada e embalagem feita de miriti, pelos produtores de Abaetetuba. Desde o início, até o fim do evento, atrações da música e da dança paraense, foram apresentadas. O Encontro teve patrocínio do

Banco do Brasil, Sebrae, Confederação Nacional do Comércio, Prefeitura de Belém, Fecomércio do Pará e Governo do Estado, além do apoio da Paratur, Belemtur, Sesc e Senac.

Veja o que o Sindilojas oferece aos seus associados Assessoria Jurídica – Orientações que visam prevenir as empresas contra eventuais problemas jurídicos. Presta assessoria do Direito Civil, Imobiliário, Tributário, Previdenciário, Comercial, Falência, Concordata, Código de Defesa do Consumidor, etc... Assessoria Econômica – Estudos e pesquisas em nível econômico, de mercado e suas projeções, bem como analise de salários, movimentação de funcionários e fatos mercadológicas. Assessoria Trabalhista – Orientações relativas a Legislação Trabalhista, com profundo conhecimento dos dissídios e acordos coletivos das categorias que demandam o Sindilojas. Assessoria Tributaria – Orientações sobre leis Federais, Estaduais e Municipais. Assessoria Contábil – Orientações sobre imposto de renda, ICMS, ISS, Contratos, alterações contratuais, etc. FAX E INTERNET – Para receber e enviar suas informações e mensagens. AUDITÓRIO – Com capacidade para 120 pessoas, com copa e banheiro exclusivos, aparelhado com central de ar-condicionado, sistema de som, TV, vídeo, retro-projetor, quadro magnético, etc., Obs: os serviços do auditório tem preço de custo, para cobrir despesas com material de consumo e manutenção dos equipamentos. SALAS DE REUNIÕES – O Sindilojas dispõe de salas com acomodação para 30 e 50 pessoas, devidamente equipadas, para atender os associados, nos treinamentos internos e mesmo para seleção de pessoal ou para reuniões da empresa. Esse serviço é totalmente gratuito, desde que seja para uso exclusivo da empresa. “Estes serviços também estão disponíveis para outros segmentos, com pagamento de taxas a preços especiais.” CURSOS E PALESTRAS – Versando sobre Legislação, Administração, Relações Humanas, Finanças, Contabilidade, Marketing e Vendas. O Sindilojas tem assessoria jurídica e contábil gratuita por telefone ou pessoalmente das 08:00 às 13:00 e das 15:00 às 18:00 horas. “Serviços gratuitos exclusivamente aos associados”. O Sindilojas tem assessoria jurídica e contábil gratuita por telefone ou pessoalmente das 08:00 às 13:00 e das 15:00 às 18:00 horas. “Serviços gratuitos exclusivamente aos associados”. “ O Sindilojas tem sempre um serviço essencial para oferecer em todas as áreas do comércio lojista. Além disso, ao se tornar associado, você fortalece a sua categoria, participa dos eventos, reuniões e assembléias que o sindilojas promove.” Sindicato dos Lojistas

Sindilojas

do Comércio de Belém EDIÇÃO 65 [JUNHO 07] p a r a m a i s . c o m . b r

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FOTOS: Leonardo Nascimento

A nova Famep Maria, Ana Júlia e Helder

microrregião do Pará, com o intuito de melhorar a omou posse no Hangar Centro de Convenções qualidade de vida da população, a partir da união dos da Amazônia, a nova diretoria da Federação das municípios do Estado. "Todos os entes da federação Associações de Municípios do Estado do Pará têm responsabilidades com os cidadãos e isso é o que (Famep), eleita para o biênio 2007/2009. À desejamos. “Por isso, tenho certeza do sucesso da frente da entidade está o prefeito de Ananindeua parceria com o governo do Estado, governo federal, Helder Barbalho e presidente da Ambel e na viceentidades de classe e sociedade civil”, disse. Ele presidência a prefeita de Santarém, Maria do Carmo destacou ainda, a iniciativa da governadora Ana Júlia Martins e presidente da Amut. Carepa de criar a Secretaria de Estado de Integração O evento contou com a presença de várias autoridades, Regional (SEIR) e as salas das prefeituras, espaços de prefeitos, vereadores, deputados, além de Alexandre discussão e de acesso às informações necessárias aos Padilha, subchefe adjunto de Assuntos Federativos da gestores municipais. "Juntas as cidades podem Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da fortalecer o Pará e o país. República, representante do presidente Lula, e da Maria do Carmo Martins, a vice, enfatizou o papel dos governadora Ana Júlia Carepa. prefeitos no desenvolvimento do país, como A Famep é uma instituição representativa dos protagonistas da história e não meros observadores. "É municípios do Pará, na qual 53 estão inscritos e os na nossa cidade que temos a obrigação de fazer o povo demais estão representados por quatro associações feliz, porque é lá que a política acontece. Estamos nesta regionais e três consórcios. diretoria para consolidar o municipalismo e acredito na Como instituição representativa de 53 municípios sua força", afirmou. paraenses, a Famep era formada até então por 53 O deputado federal Paulo Rocha, coordenador da municípios, representados por quatro associações bancada de parlamentares paraenses, frisou as regionais e três consórcios. Na posse, assinaram o ato responsabilidades da geração política que hoje de filiação mais oito prefeitos de municípios. comanda governos e prefeituras no Em seu pronunciamento, o novo O representante de Lula, país. "Hoje, o papel do poder local é Alexandre Padilha presidente Helder Barbalho disse: “É de uma importância estratégica. com grande orgulho que assumo a Mas ainda há muita concentração Famep e tenho o sentimento de pôr em de poder nos órgãos centrais prática as demandas que os prefeitos federal e estadual -, é preciso tem no dia-a-dia, afirmou também que descentralizar para resolvermos os o objetivo da nova diretoria da problemas nos municípios. E a Federação é fortalecer as cidades e bancada de parlamentares encaminhar as demandas de cada paraenses é um dos caminhos das

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prefeituras para chegar a esses órgãos centrais", sugeriu. O representante do governo federal, Alexandre Padilha, lembrou que a orientação do presidente Lula aos seus ministros e assessores no primeiro dia do seu primeiro governo foi de construir uma nova relação com os prefeitos, legítimos chefes de governos municipais e não tutelados de outras esferas de poder. Ele lembrou ainda que, em 1988, foram dirigidos 18% da arrecadação tributária do país aos municípios e em 2002 esse percentual havia reduzido para 12%. E no final do ano passado conseguiu-se um resgate para 15%. "Esta é uma sinalização que queremos redistribuir o bolo tributário com ganhos concretos aos municípios", salientou. A governadora Ana Júlia , afirmou que tratar a administração pública de forma eficiente e profissional é um dever de cada gestor", garantindo o seu apoio à Famep. Ana Júlia disse também “Temos que resgatar o papel do planejamento a partir da identificação das prioridades de cada região do Pará para buscarmos a parceria com o governo federal, instituições financeiras e organismos internacionais", convocou. Relação dos dirigentes da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará – Famep, eleitos na Assembléia Geral realizada em 28 de maio de 2007 e

que tomaram posse solene e festiva no Hangar Centro de Convenções da Amazônia: Presidente: Helder Zahluth Barbalho - Prefeito de Ananindeua e presidente da Ambel; Vice-Presidente: Maria do Carmo Martins - Prefeita de Santarém e presidente da Amut. Conselho Fiscal titular: Darci José Lemen - Prefeito de Parauapebas e Presidente da Amat; Evaldo Cunha - Prefeito de Ipixuna do Pará e Presidente do Coimp; Luiz Guilherme Alves Dias Pprefeito de Quatipuru e Presidente da Amunep Conselho Fiscal suplente: João Ricardo Alves de Oliveira - Prefeito de Acará e Presidente da Ambat; Sebastião Miranda Filho - Prefeito de Marabá e Presidente da Asssociação dos Municípios Mineradores; Benedita do Pillar - Prefeita de Baião e Presidente do Codesei. Secretário Geral: Fernando Antônio Lobato Tavares - Prefeito de Santa Cruz do Arari. Tesoureiro: Iran Lima - Prefeito de Moju. Todos eleitos na Assembléia realizada em 28 de maio de 2007. SERVIÇO: Rua Tiradentes, 145 Fones/Fax: (91) 3212-2371/ 3212-2383 www.famep.com.br famep@famep.com.br

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Quadrilha Junina em Belém

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urante o mês de junho nossa população se diverte à valer com as festas de Santo Antonio, São João, São Pedro e São Marçal. Algumas delas são simples, comemoradas em arraiais formados nas escolas, nos bairros ou comunidades, outras patrocinadas ou em disputas pelas melhores quadrilhas. Pequenas ou grandiosas, em todas a fórmula é única: muita quadrilha, boi, forró, brincadeiras e guloseimas de fazer qualquer um babar. Atualmente a indumentária/ vestuário das quadrilhas ficou com seus adereços e penduricalhos maiores, tudo para chamarem a atenção. As quadrilhas ficaram mais numerosas e com novas versões, agora tem, como diz o redator de plantão: a gaydrilha, só com homens(sic), e a sapadrilha, composta só com mulheres(sic). Os organizadores e entendidos

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garantem que a festa não perdeu sua identidade, muito pelo contrário, elas continuam cada vez mais animadas e, a cada ano, o número de participantes é maior.

A origem da Festa

Os festejos juninos têm início de São João ainda na Europa antiga, onde durante o solstício de verão - dia mais curto com noite mais longa do ano - era comemorado o início da colheita. Nessas festas eram oferecidas comidas, bebidas e animais ao deus Juno, da fertilidade, além da fogueira, para espantar os maus espíritos e as danças características da época. Com a difusão do catolicismo, os festejos se transformaram e acabaram homenageando os santos que nasceram no mesmo período da antiga festa. No Brasil a tradição se formou através dos jesuítas portugueses que trouxeram os festejos para cá. Mas antes, os índios já realizavam rituais também relacionados à agricultura, que aconteciam no mesmo período, para que a colheita


Adereços e penduricalhos maiores, tudo para chamarem a atenção Animação mais que contagiante

Fotos: Elivaldo Pa

mplona

Festas s a n i n Ju

fosse boa. Dessa m i s t u r a d a s comemorações dos índios com a dos jesuítas portugueses, as festas juninas foram ganhando forma e incorporando o famoso jeitinho brasileiro. É só chegar o mês de junho que as cidades, se enfeitam de balões, bandeirolas de papel colorido, além da tradicional fogueira, essas cada vez mais escassas nas cidades, com a invasão do asfalto. O que interessa é que nessa época a animação é garantida. Pena que as tradições mais antigas vão sendo esquecidas é a mudernidade...

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O Boi do

RISÓ

por Garibaldi Nicola Parente

"A lua nasceu, a terra tremeu, Estrela D'alva apareceu... Desperta donzela vem ver que a noite é bela, vem apreciar meu boi-bumbá que chegou pra te alegrar."

O amo Risolino Costa pegou no nascimento o boi Estrela D'alva há mais de cinco décadas passadas. Risó, como era chamado, soube dar-lhe criação na fazenda folclórica dos cordões, grupo de folguedos juninos em cuja fantasia criativa, emoldurada pela versatilidade das toadas, o dramático lançava-se redondo no espírito do cortejo e dos milhares de assistentes entusiasmados pelo ritmo do bumbo, marcador da cantoria: "Somos vaqueiros valentes, assim vamos campeando. Cavalgamos neste campo sem viver chorando."

O dramático, chamado de comédia, mesmo com a simulação trágica que culminava com a matança do boi, tinha sua veia amorosa, cômica, o repente versificado e o arrojo marcado pela valentia do boi que mesmo prevendo sua morte pelo ferro, sabia que poderia renascer. "Quando eu tocar meu apito é hora de guarnecer. Estrela D'alva chegou, veio cumprir seu dever...”

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No arraial da praça do Divino enfeitado de bandeirinhas, de motivos que lembram a roça, animado pelos rojões que pipocavam de alegria, a multidão inquieta queria o melhor lugar para prover no sentimento a riqueza cultural moldada nas tradições da terra, nas fogueiras que ardiam calorosamente. Ao som do apito o dono Riso convocava todos os componentes para cumprimentarem o povo e dizer-lhe que o cumprimento do dever está em reconhecer no bailado EDIÇÃO 65 [JUNHO 07] p a r a m a i s . c o m . b r


que o povo não desconhece pelo bom comportamento que tanto nos engrandece. "

Mas o ímpeto era tão forte que motivava a vontade de brigar, de disputar na força o amor da morena mais bonita. Se o contrário viesse provocando, tirando uma de valentão... do boi a religiosidade marcada na própria vida e que se confunde com as tradições culturais. "Quando chega o mês de maio eu começo a imaginar eu tenho um compromisso com Santo Antônio, São Pedro, São João e São Marçá. "

Nem tudo era só brincadeira. Às vezes o sururu cantava com os contrários do boi Pai do Campo. O Estrela D'alva vinha de paz, mas se preciso fosse... "Aqui estamos novamente nesta formosa cidade. Festejando esta quadra com toda a sinceridade. Mantemos todo o respeito

"Ai vem o boi. vamos ver o que é que há. Se ele vier de arrojo não deixaremos passar. "

O Tabaquinho, pajé de muita cura, tirava os amofinamentos do boi com a força espiritual do seu canto. A pajelança servia também poderosamente para animar as moçoilas bonitas na arte de amar. "Eu falo a verdade morena, não me sejas ingrata. Eu sei morena, eu sei mulata. É por causa do teu carinho que o amor me mata. "

Fone: (91) 3248-5651 EDIÇÃO 65 [JUNHO 07] p a r a m a i s . c o m . b r

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Só vejo relampear, parece meu boi que vem. ”

À luz da Estrela D'alva, espirou-se-lhe o último suspiro do amo que não via alguém para continuar na liderança do boi, e o boi também morreu sem deixar fortuna escrita. Numa noite de São João, a morena Rosa convidou o pajé para passar a fogueira: – Tabaquinho, quero passar fogueira contigo! – Ó que coisa boa! Mas pra que, meu amor? – Pra compadre e comadre! Ah, não! – Mas, por que não? – Ah, sim! Nem tudo está perdido. Aceito! Vamos ser compadre e comadre só da cintura pra cima! O boi Estrela D'alva, aos vinte e cinco anos de idade, morreu-lhe o amo Risó. Ainda no leito de enfermidade pressentindo que o fim aproximava-se, mestre Risó chamou sua esposa: – Júlia, pega a maleta do boi! Pra que, Risó? – Pega a maleta com todos os papéis, leva pro quintal e ataca fogo. – Não, Risó, não faças isso! – Vai, eu quero ver arder e apagar a chama que me fez viver. À luz de lamparina eu escrevi toadas, escrevi comédias... o fogo vai ser o resumo de tudo, nada renasce das cinzas. "Saudoso já vai partir o nosso cordão reunioso queremos deixar na lembrança a fama desse boi misterioso. "

Na madrugada do dia seguinte, a Estrela D'alva brilhava solitária no céu. "Ó que noite tão comprida que eu não vejo ninguém.

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"Meu boi rolou, eu vi rolar. Meu boi está acostumado a sair para brincar. Meu boi urrou, voltou a urrar agüenta seu vaqueiro na porteira do currá. "

Mas, como nada morre de vez, nada morre completamente. Estamos agüentando na porteira, torcendo para que essa despedida não tenha sido definitiva, sempre há uma esperança de ressurreição. "Vamos impor à componente que já está chegada a hora o Estrela se despede do senhor e da senhora. Esta flor tão perfumada fico satisfeito em deixar, em nome do Estrela D'alva que já vai se arretirá. ”


O Ecomuseu

Nas ruínas do Educandário Monteiro Lobato

O

da Amazônia

Ecomuseu da Amazônia nasce com a proposta de valorizar a cultura regional, promover a educação ambiental e capacitar as comunidades a partir de programas que garantam o desenvolvimento auto-sustentável da região. O projeto inovador ganhou forma com o seminário Ecomuseu da Amazônia realizado recentemente em Belém, com a presença de especialistas de vários Estados brasileiros. Idealizado pela Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e Secretaria Municipal de Economia (Secon), o Ecomuseu da Amazônia abrange inicialmente o Distrito de Icoaraci (bairro do Paracuri e orla), estendendo-se até a região das ilhas - Mosqueiro, Outeiro e Cotijuba. Futuramente abrigará também áreas históricas e museológicas da Grande Belém. Criador do conceito de ecomuseu, o pesquisador francês Hugues de Varine fez uma participação especial conversando com a platéia através de uma webcam. "O museu comunitário pode ajudar a criar um turismo cultural mais inteligente, que respeita as diferenças e riquezas das populações", disse ele. Expresidente do Conselho Internacional de Museus, Varine ressaltou a importância da criação do Ecomuseu da Amazônia. "Esse projeto precisa ser difundido além de Belém e do Brasil". O prefeito de Belém, Duciomar Costa, esteve presente

FOTOS: Elivaldo Pamplona/Comus

à abertura do evento, e falou da necessidade de se realizar o projeto na região amazônica. "Mesmo que pareça uma iniciativa ainda pequena, como um beijaflor que carrega uma gota d'água para uma floresta em chamas, estamos fazendo a nossa parte". A pesquisadora Odalice Priosti, presidente da Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários (ABREMC), com sede no Rio de Janeiro, explicou que para um ecomuseu a riqueza não está nas coleções históricas, mas no saber popular, na tradição de um lugar. "É preciso valorizar a cultura viva das comunidades, estimulando a pesquisa participativa e a interação entre as gerações. Para quem não possui o ter, o saber e o poder, restam o patrimônio e sua capacidade de criar". A proposta do Ecomuseu da Amazônia retoma ações

Durante o Seminário


1977, o presídio é hoje executadas há mais de dez u m a i m e n s a anos, quando foi criado o edificação em ruínas. Liceu de Artes e Ofícios Conceito ainda Mestre Raimundo relativamente novo no Cardoso, também Brasil, o ecomuseu conhecido como Escola do v e m s e n d o Paracuri, em Icoaraci. O desenvolvido em modelo de valorização da cidades como Rio de cultura local, com Janeiro e na região do e s t í m u l o a o Cerrado, no Mato desenvolvimento autoGrosso, mas em cada sustentável, inspirou a local tem suas próprias Escola Bosque Professor peculiaridades. Na Eidorfe Moreira, em Amazônia, a proposta Outeiro, e a Escola Parque é aliar educação, Amazônia, na Terra Firme. A representação agradou os participantes do Seminário cultura, turismo e Esses três espaços serão meio ambiente para a criação de uma política de referência para a execução do Ecomuseu da Amazônia. desenvolvimento auto-sustentável. "Estamos retomando idéias valiosas, por acreditar que "O conceito de ecomuseu está ligado ao território, ao as mudanças mais profundas advém das minorias", patrimônio e à comunidade participativa", explica disse a secretária municipal de Educação, Therezinha Odalice Priosti, da Associação Brasileira de Gueiros, que fez uma homenagem à educadora Laís Ecomuseus e Museus Comunitários (ABREMC). Para Aderne, falecida recentemente. Aderne foi ela, o Ecomuseu da Amazônia nasce no momento idealizadora do liceu e defensora da implantação de certo, afirmando um trabalho que já vem sendo um ecomuseu na região. realizado entre as comunidades das ilhas. "Um Durante todo o ano de 2006 foram realizadas várias ecomuseu não nasce de um dia para o outro. É preciso ações envolvendo as comunidades do Ecomuseu da gerar as condições para que ele exista, articulando Amazônia, como desfile de moda, oficinas de moradores, escola e meio ambiente". cerâmica e de gestão de negócios na Ilha de Cotijuba, Em sua primeira visita à região, Odalice Priosti se plantio de mudas nativas na Ilha de Caratateua e mostrou encantada pelo trabalho desenvolvido na atividades educativas e ambientais na Unidade Unidade da Faveira, que foi inaugurada em agosto do Pedagógica da Faveira, também na Ilha de Cotijuba. ano passado e hoje atende 330 alunos dos ensinos Foi realizado ainda um levantamento do perfil sóciofundamental e médio e 50 da Escola Nativa, que atua econômico e cultural das áreas de abrangência do na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Lá são projeto. oferecidos cursos de qualificação em cerâmica, culinárias e estudo das ervas medicinais, entre outros. A partir de agosto iniciam as turmas de artesanato, As ruínas do Educandário Monteiro Lobato guardam confeitaria e panificação. "Estou levando o Pará no muito da história da Ilha de Cotijuba, localizada a 30 coração. Essa experiência deve ser difundida em nível minutos de barco de Belém. internacional", elogiou. Inaugurado em março de 1933, pelo interventor Entre os moradores da região das ilhas, é grande a federal Magalhães Barata, para abrigar os menores expectativa pela abandonados da capital, o espaço foi transformado em O Seminario Ecomuseu da Amazônia i m p l a n t a ç ã o d o teve a presença de especialistas de Ecomuseu da Amazônia. colônia penal agrícola nos vários Estados brasileiros "Será a única iniciativa anos 70. Naquela época, os capaz de equacionar os presos menos perigosos eram problemas da nossa enviados a Cotijuba, onde c o m u n i d a d e . ganhavam lotes para plantar e Precisamos nos viver livremente, com uma capacitar para produzir pena mais branda. E dos cerca renda e garantir um de 350 moradores da ilha, desenvolvimento autoquase metade era de egressos sustentável", defende da colônia reformatória. Afonso Luz, da Agência Totalmente desativado desde

O Ecomuseu e Cotijuba

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No Seminario Ecomuseu da Amazônia, Duciomar Costa e Therezinha Gueiros

Distrital de Outeiro. A área do Ecomuseu da Amazônia abrange inicialmente o Distrito de Icoaraci (bairro do Paracuri e orla), estendendo-se até a região das ilhas Mosqueiro, Outeiro e Cotijuba. O seu território abrigará também áreas históricas e museológicas da Grande Belém.

Restauro

O educandário Monteiro Lobato é um local estratégico para o Ecomuseu da Amazônia. A proposta da Semec é transformá-lo em núcleo de ofícios, dando aos moradores da comunidade perspectiva de formação e geração de renda. "Sei que a história do educandário não nos traz lembranças muito bonitas, afinal, foi uma cadeia correcional para os jovens de Belém, mas a

partir do Ecomuseu da Amazônia queremos que ele ganhe uma dimensão social, de estímulo ao desenvolvimento auto-sustentável", destaca Therezinha Gueiros, secretária municipal de educação. As primeiras movimentações nesse sentido já existem. Um projeto inicial de restauração e adequação foi pensado pela arquiteta Dina Oliveira, que tem reconhecida atuação na Fundação Curro Velho, o mais importante centro de formação de artes e ofícios de Belém. O orçamento gira em torno de R$ 2 milhões, mas o projeto ainda depende de patrocínio. Para Mário Chagas, coordenador técnico do Departamento de Museus do Ministério da Cultura (MinC), qualquer intervenção feita no educandário deve levar em conta aimportância histórica das ruínas. "É preciso ter delicadeza para não se perder a perspectiva poética que existe nas ruínas. Talvez seja um caminho mais fácil tornar tudo novo e limpo, mas com isso se anula história, a memória e a dimensão de patrimônio. É importante manter esse diálogo com o passado". Mário Chagas, que também é professor de museologia, explica que uma obra arquitetônica é a força do espírito que constrói, enquanto a força da natureza destrói. "Então a ruína é uma obra do homem e da natureza; uma obra em processo, que ainda não acabou. É um espaço belíssimo, que tem sua força, sua magia, e que

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Camillo Vianna

Amazônia

São João disse, São Pedro secundou*

... que a Amazônia precisa ser integrada pois sua hora chegou. epois dessa papagaiada introdutória, vale a pena justificar o porque de se querer, mesmo mal comparando, encaixar o que está ocorrendo aqui por estas paragens da quase ex-Maior Floresta Tropical do Mundo, no contexto junino ou joaninho, com dança de quadrilha, munguzá, compadrio, forró forrado e, principalmente, fogueira. É exatamente nesse particular, como se diz, que a porretada, com perdão da palavra, acerta na cabeça do prego da questão. Nenhum infeliz desatento, desavisado, desajustado ou mais que possa ser relacionado ao alheamento natural ou patológico da realidade amazônica, poderá levar em conta o aspecto incendiário da chamada integração da região e que tem muito a ver com a época festiva que estamos atravessando em que pese a inconseqüente poluição cultural no setor. Fogueiras de tudo que é tamanho, feitio, forma e qualidade podem ser encontradas com impetuosidade cada vez maior, em qualquer cafundós do Judas, no antigo Inferno Verde, hoje Paraíso da Devastação. Parece haver consenso entre os interessados, que a

maneira científica de ocupar a região é pelo fogo, pura e simplesmente. As maiores queimadas do universo em todos os quadrantes e em todos os tempos, vêm sendo feitas no antigo candidato a Celeiro do Mundo, sem que haja o mínimo interesse em levar em conta o imenso desperdício que vem ocorrendo e a esquisita herança que está sendo deixada. Até o finado Nero, especialista no assunto, ficaria com vergonha se comparasse sua discreta fogueirinha, quando mandou largar fogo

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Foto> Carlos Peixoto

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em Roma, chamuscando e fazendo torresmo de seus inimigos, ou não. O problema básico é encontrar por aqui aquela espécie de bandorra que séculos e séculos depois, mal comparando, o pessoal de Alter do Chão, no Tapajós, agora usa para alegrar os festejos do Sairé, agora completamente reativado, fazendo lembrar a lira que o desajustado romano tocava. Nesse meio tempo, haja fogo, fazendo o dito cidadão perder de goleada para os paranaenses, paulistas, goianos, mineiros e outros incendiários contemporâneos que recebem as benesses do Governo, ou melhor dizendo, do povo, para transformar em formidável pira fúnebre, o Fantástico Patrimônio dos Brasileiros que, deitados em berço esplendido, parecem estar laborando coisíssima nenhuma para ao menos dar a impressão de reação a essa brutal agressão. Segundo eles, tudo está caminhando na Santa Paz do

Senhor, ignorando q u e m u i t o recentemente, General Luiz Gonzaga Schoeder Lessa, a f i a n ç o u , solenemente, que a ocupação armada da Última Conquista da Humanidade, está na agenda dos modernos piratas, flibusteiros, corsários e bucaneiros, estratégias para ocupação da Amazônia à mão armada, contando com os entreguistas daqui mesmo. Uma coisa é certa nesse verdadeiro festival incendiário de piromaníacos, São João e muito menos São Pedro tem a ver com o assunto, e não disseram nada que pudesse ser interpretado como alguma espécie de cumplicidade ou estímulo. Isso fica por conta e risco dos insensatos integracionistas. *baseada em crônica datada de Junho de 1983 *Sobrames/Sopren

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imagem Paratur fortaleces d o m is r u T e to n e v e m do Pará e por Israel Pegado e Cláudia Aragão

F

ortalecer e ampliar a divulgação do Estado do Pará como destino e atrativo turístico tanto no mercado nacional quanto internacional. Esse é o objetivo da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) ao participar dos mais importantes eventos, feiras e salões de turismo do país e do mundo. A ação é sempre incentivada pela presidente da Paratur, Ann Pontes, tendo em vista os excelentes resultados obtidos na promoção dos roteiros turísticos paraenses. O trabalho é realizado pela Gerência Geral de Marketing da empresa, por meio das gerencias de assuntos Nacionais e Internacionais. Elas são responsáveis pelos preparativos e a forma de participação do Estado nestes eventos. Em menos de seis meses de 2007, a Paratur já marcou presença em três eventos internacionais e dois nacionais de grande importância para a atividade turística.

Internacional A primeira grande participação da Paratur em 2007 foi na ITB (International Tourism Exchange), considerada a maior feira do turismo mundial, realizada anualmente em Berlim, Alemanha, que ocorreu de 07 a 11 de março. A ITB reúne profissionais e empresas dos mais variados segmentos turísticos para negócios, apresentação de novos produtos, participação em seminários, congressos entre outras atividades. A feira proporcionou uma

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excelente oportunidade de atrair investimentos para o Estado e o fortalecimento do Pará como destino turístico no mercado mundial. Cerca de 10 mil expositores provenientes de 180 países e regiões representaram a indústria turística em sua totalidade, atraindo um público estimado de 140 mil visitantes. Além disso, a Paratur em parceria com os órgãos oficiais de turismo dos estados do Amazonas, Bahia, Maranhão e Pernambuco, realizou na véspera do encontro, o Workshop Pré-ITB, no qual cinqüenta agentes de viagem e operadores da Europa estiveram presentes. Um dos objetivos foi divulgar o Estado, especialmente ao mercado europeu e a formação de parcerias que atraiam os turistas do velho mundo ao solo paraense. Conforme explicou a gerente de assuntos Internacionais, Maria de Belém Gómez, é uma oportunidade de se alinhavar negócios com mais tempo, calma e precisão em virtude da atenção dos operadores estar voltada especificamente para esses A direita, Janine Pires, presidente da Embratur na abertura da BNTM, no Recife


do Brasil, realizado entre os estados. últimos dias 21 e 23 de março, em Ainda em março, uma delegação paraense, coordenada Olinda, Pernambuco. Mais uma pela Paratur, esteve na paradisíaca ilha da Martinica, oportunidade para se divulgar os no Caribe, para participação no Salon du Voyage et des atrativos turísticos paraenses, Vacances, realizado entre os dias 16 e 18 de março. fechar negócios e realizar Único Estado brasileiro a participar do salão, o Pará e contatos para futuras parcerias seus roteiros turísticos, em especial Belém, foi objeto que incrementarão ainda mais o de grande curiosidade do público presente. turismo local. Como parte desse investimento no mercado caribenho, O BNTM tem por objetivo a Paratur, em parceria com a aproximar hoteleiros, agentes de Empresa Brasileira de Turismo viagens, operadoras de turismo e (Embratur), já promoveu extensa companhias aéreas, das campanha publicitária para operadoras de turismo dos divulgar os roteiros paraenses na principais mercados Guiana Francesa, ilhas de internacionais para o Brasil. O Guadalupe e Martinica. A região, Pará participou ativamente destas por sua vez, se fez presente ano negociações. A Companhia passado na Feira Internacional de Paraense de Turismo (Paratur), Tu r i s m o ( F i t a ) , d a q u a l em parceria com o empresariado participaram diversos Brazil National Tourism (BNTM) em Olinda paraense, expôs material promocional do Pará em empresários daquela região. O salão contou com a Mart vários idiomas, divulgou o DVD 'Pará - Obra Prima da presença de cerca de 13 mil visitantes não só da cidade Amazônia' e distribuiu brindes. de Fort de France, mas de toda a Martinica. Único Estado brasileiro a participar do salão

No Salon du Voyage et des Vacances, na Martinica

Recentemente, dos dias 11 a 13 de maio, a Paratur levou as riquezas do Pará ao Salão de Turismo da Guiana Francesa, em Caiena, que integra a estratégia de aproximação dos estados e paises vizinhos. “Sabemos que cerca de 70% dos turistas que visitam o Estado vem dos mercados vizinhos. Além, de fazer parte do nosso trabalho junto ao chamado Corredor Francês”, explicou a gerente Maria de Belém. Atualmente, o mercado francês é o segundo maior emissor de turistas estrangeiros ao Pará.

Nacional No âmbito nacional, os trabalhos começaram com a participação da Paratur no Brazil National Tourism Mart (BNTM), considerada a maior bolsa de turismo

A Paratur também compareceu ao 5° Workshow MGM, no dia 11 de maio, em Curitiba. O evento foi criado com o objetivo de aproximar o trade turístico nacional - hoteleiros, agentes de viagens, operadoras de turismo e companhias aéreas - das operadoras turísticas dos principais mercados internacionais para o Brasil. Estiveram reunidos em uma feira promocional mais de 160 expositores de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na ocasião foi distribuído farto material promocional de parceiros da companhia como os hotéis Hilton e Crowne Plaza, as agências Travel In, Vale Verde e Atakan, a Pousada Rio Xingu, a Pousadas dos Guarás e a secretaria de turismo de Bragança.

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São as pequenas ações individuais, tomadas coletiva e sucessivamente, a gênese da transformação. Lembro-me de um provérbio chinês que diz: “Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas na tua própria casa”.

A Espiral

da Ética

por Tom Coelho

A

violência e a intolerância têm dominado o mundo. Observe como elas estão ao seu redor. Nos noticiários da televisão, nas páginas dos jornais e das revistas, nas conversas em rodas de amigos. Impotentes que nos sentimos diante de sua escalada, recorremos às leis, contratos firmados entre os homens para regular a convivência em sociedade. Passamos a defender a pena de morte, um maior rigor na aplicação das normas, a antecipação da maioridade penal. Buscamos proteção e sequer percebemos que pouco contribuímos para alcançá-la. O efeito estufa ganha notoriedade e o aquecimento global deixa de ser retórica de cientistas e ecologistas para mostrar sua face real. Estamos comprometendo nossa sustentabilidade e as gerações futuras. Os males que nos afligem decorrem de nossa natureza egoísta. Não basta sermos ambiciosos. Precisamos cultivar a ganância. Queremos sempre mais. Mais posses, mais bens, mais exposição. Mais coisas quantificáveis, palpáveis, que possam ornamentar uma parede ou serem vistas sobre um móvel de mármore. E, em contrapartida, temos menos carinho, companhia, afeto. Beijamos pouco e abraçamos menos ainda. Todo jovem, em algum momento de sua vida, nutre a utopia de construir uma sociedade mais justa onde as diferenças sócioeconômicas sejam abrandadas. Ele sabe de sua força e da importância de suas ações para obter este feito. Mas a idade adulta nos visita e passamos a acreditar que a humanidade não pode ser salva e que uma atitude pontual é insuficiente para

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Não é o cérebro que importa mais, mas sim o que o orienta: o caráter, o coração, a generosidade, as idéias.” (Dostoievski) surtir efeito. Aqui reside a grande quebra de paradigma. São as pequenas ações individuais, tomadas coletiva e sucessivamente, a gênese da transformação. Lembrome de um provérbio chinês que diz: “Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas na tua própria casa”. A este processo contínuo e envolvente denominei “Espiral da Ética”. A imagem da espiral remete a algo flexível e em constante movimento ascendente. E a ética invoca aos preceitos morais que habitam com naturalidade nosso íntimo. Alimentamos esta Espiral da Ética através de nossos comportamentos e atitudes. Obedecendo aos limites de velocidade e não trafegando pelo acostamento. Priorizando pedestres e dando passagem a outro veículo. Respeitando vagas e assentos reservados aos idosos e deficientes físicos. Aguardando o desembarque das pessoas de um elevador e segurando a porta para outras o adentrarem antes de você. Evitando estacionar o carrinho de compras no meio de um corredor no supermercado e impedir a passagem das demais pessoas. Ouvindo com atenção seu interlocutor num debate em vez de preocupar-se apenas em expor suas opiniões. Poderíamos desfilar muitos outros exemplos. E você poderá fazer sua própria lista e começar a colocá-la em prática imediatamente. Inspirado na obra escrita por minha amiga Rosana Braga, intitulada “O Poder da Gentileza”, resolvi chamar a cada uma destas ações de “pílulas de gentileza”. Trata-se de pequenas drágeas encapsuladas na mente e sorvidas pelo coração. O princípio ativo é dado pelo amor, com elevada concentração de generosidade e benevolência. A posologia recomenda administrar uma autêntica overdose diária. Os efeitos colaterais são variados e os estudos a este respeito ainda não foram concluídos. Sabe-se apenas que no curto prazo foram observadas a ocorrência de brilho no olhar, redução da angústia e da ansiedade, surtos freqüentes de entusiasmo e alegria. E no longo prazo, a

expectativa de um lugar melhor para se viver. Loren Eiseley foi um antropólogo, arqueólogo e escritor norte-americano, conhecido por suas obras publicadas acerca da teoria evolucionista do homem. Em um de seus escritos, magnificamente retratado em um breve filme intitulado “A História do Jogador de Estrelas”, fragmento de obra de Joel Barker, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar, ele relata que um poeta caminha pela praia quando encontra um jovem arremessando estrelas-do-mar de volta ao oceano, para salvá-las da maré baixa e forte sol que se avizinham. O homem se aproxima e interpela o rapaz dizendo-lhe que sua atitude é inútil diante da imensidão da costa marítima que acometerá fatalmente a maioria daqueles seres. Portanto, seria impossível que sua ação isolada pudesse fazer alguma diferença. O jovem ouve atentamente seu argumento, inclinase em direção à areia, recolhe outra estrela-do-mar e a atira longe da rebentação. Então, aproxima-se do homem e lhe diz: “Fez diferença para aquela”. Estou certo de que se conscientizando e agindo em direção a práticas mais nobres e menos superficiais, você encontrará a sua estrela-do-mar. E, com ela, sua essência, a paz e a calma que tanto merece. Ao fazer isso por você, estará fazendo também por mim. E por todos nós. * Formado em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP, especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é consultor, professor universitário, escritor e palestrante. Diretor da Infinity Consulting, Diretor Estadual do NJE/Ciesp e VP de Negócios da AAPSA. tomcoelho@tomcoelho.com.br

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Ética, onde estás, que não se encontra? por Rossilene Araújo Guzzo

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momento, estamos nos deparando com um excesso de todo tipo de violência em nosso País, sem estarmos convictos de que nossos filhos ou nós mesmos, ao sairmos de casa diariamente, retornaremos sãos e salvos, sem termos passados por um assalto ou termos visto acontecer com alguma pessoa ao nosso lado, ou seja, estamos nos sentindo como se estivéssemos em um barco a deriva, sem a mínima segurança pública. Me pergunto. Por que seria? Por que estamos passando por isso? O que chega a me intrigar, é o fato de que, se nós cidadãos deixarmos de pagarmos os impostos que é nossa obrigação, vem toda uma imposição de legalidade sobre nós, para que fiquemos quites com o governo, até ai concordo plenamente, uma vez, que cinco meses do que ganhamos em nossa labuta anual, é justamente entregue ao governo para ser processados em formas de benefícios gerais a população (saúde, educação, cultura, moradia, lazer, etc.) mas, esses valores em dinheiro, que para nós cidadãos que fazem essa maquina funcionar é conquistado com muita trabalho e dignidade, e que somados, são milhões e milhões de reais, que infelizmente não estão sendo canalizados onde seria de direito, mas sim, para o bolso daqueles que estão justamente nos representando no Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, ou seja, são eles, que estão fazendo as leis que nos posicionam quanto á Ética individual, e também, os que deveriam fazer valer essas leis, que são os Juizes, são esses indivíduos que estamos vendo a cada dia na mídia nacional embolsarem esse suado dinheiro que nós mortais ralamos para conseguirmos, deixando muitas vezes de proporcionar algum bem ou uma melhor capacitação aos nossos filhos ou termos algumas férias que seriam bem merecidas, pelo fato de não conseguirmos, com o que sobra desses sete meses de trabalho realizarmos o que gostaríamos de fazer, uma vez que é quase impossível, com as obrigações

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governamentais que temos, sem ao menos termos o prazer de ver que esses recursos estão sendo empregados aos que mais precisam de assistência; seja ela social, educacional, cultural e outras. O que nos faz sentirmos essa revolta é o sentido de valores que foram sendo perdidos, a corrupção passou a ser sinônimo de esperteza, e acabou por ser banalizada, como nos mostra a Operação Navalha ( fraudava licitações de obras publicas e agia também no programa Luz para Todos; Operação Furacão em abril, envolvendo bicheiros, advogados, policiais civis e federais, delegados, juizes, desembargadores e procuradores da república; Operação Sanguessuga, com esquemas de compra de ambulâncias superfaturadas e lógico, com o dinheiro público, envolvendo parlamentares; Operação Hidra com o combate de produtos do Paraguai; Operação Anaconda, com a prisão inclusive de um Juiz; bem, se tudo isso é proporcionado por quem esta nos representando nesse País, e, quem poderia estar nos defendendo, a quem poderemos estar recorrendo para deixarmos de nos sentirmos uns meros palhaços nessa ciranda de horror, e que, a cada dia, acaba aparecendo pessoas envolvidas nesse imenso lamaçal de corrupção, e que, deveriam ser consideradas acima de qualquer suspeita, como é o caso do Presidente do Congresso Nacional (não que ele vá ser um anjo), para que nós pudéssemos pelo menos ter a certeza de que alguém realmente está se preocupando com o bem estar da sociedade como um todo, e que ainda se encontra crédula. Muitas vezes, considero utopia ainda crermos, que teremos alguém que realmente lute por algum direito ou beneficio social, sei que não podemos generalizar, mesmo por que, a Fé deve estar acima de tudo isso, mas, está cada vez mais difícil de apontarmos alguém que esteja empenhado em levar em conta a diminuição da exclusão social, e realmente, não é distribuindo os vales ou bolsas diversas que esse problema vai ser solucionado, talvez, se esses valores embolsados indevidamente á pessoas inescrupulosas fossem


canalizados a programas de emprego e renda, educação, saúde e moradia, não fosse necessário esses paliativos “enganatórios” , que fazem a população mais carente se sentir privilegiada, e que, na realidade está sendo manipulada por ações contraditórias aos seus valores morais e humanos. Algumas pessoas ou órgãos no Brasil, como é o caso do Instituto Ethos e outros, e meu caso em particular, acreditamos, que cada ser humano tem a sua responsabilidade social com a sociedade, mas, é muito difícil trabalharmos dentro dessa ótica, vendo o que ocorre dentro da política nacional, que deveria sim, estar preocupada em formalizar parcerias em busca de desenvolver programas sociais para uma melhoria da qualidade de vida da população mais carente, em vez disso, buscam sim, parcerias empresariais e governamentais, mas, para aumentar estupidamente as suas qualidades de vida, em prol de uma minoria que rica é, e vai continuar a ser mais ainda, já que acabamos por nos acomodar com essas situações que por ora nos apresentam. Percebemos o empenho da Policia Federal e Ministério Público em mostrar os envolvidos nesse mar de corrupção, são presos, e o pior de tudo, logo soltos, por que não trazem “perigo a sociedade”. Será que precisamos de mais perigos que esses? Que são piores que os traficantes, esses pelo menos, são considerados de alta periculosidade, e os outros, que estão vestidos

com os melhores ternos e gravatas, nos “representando e defendendo nossos direitos”, cometendo as maiores atrocidades sociais com dinheiro público e ainda tem a imunidade parlamentar, o que deveria ser chamada de Imunidade pra lamentar, que é só o que fazemos, é realmente lamentar, toda essa crescente imundície, nunca vista da forma como está apresentada e aceita, uma vez que não vemos uma atitude real sendo tomada para acabar com essa pouca vergonha e principalmente em favor da Ética, se é que ainda existe essa palavra a nível político. È uma pena vermos que tem pessoas sendo presas por que roubam comida para dar as suas famílias, essas, continuam presas, e os grandes ladrões que participam da chamada trupe “Ali baba e os não sei se quarenta ladrões”, pelo fato de perdido a conta, estão quase todos soltos, e principalmente menosprezando a inteligência de muitos brasileiros e brasileiras, companheiros ou companheiras, ou não, mais que deveriam pelo menos ser respeitadas. E é por isso que pergunto. ÉTICA, ONDE ESTÁS, QUE NÃO SE ENCONTRA? Será que já foi banida do dicionário e nem percebemos? E como faremos para cobrarmos de nossos filhos, netos, vizinhos, alunos, amigos, funcionários, e principalmente de nós mesmos? Bem, é só questão de pensar. E espero que encontremos respostas, e logo.

Será que já foi banida do dicionário e nem percebemos? E como faremos para cobrarmos de nossos filhos, netos, vizinhos, alunos, amigos, funcionários, e principalmente de nós mesmos?

*Professora universitária e autora de um livro sobre Responsabilidade Social e Terceiro Setor

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"50 Jeitos

Brasileiros de Mudar o Mundo"

Jeito brasileiro Ajuda a melhorar Qualidade de vida

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Caixa Econômica Federal – associada ao COEP – e o Programa de Voluntários das Nações Unidas no Brasil (UNV Brasil) lançaram o livro "50 jeitos brasileiros de mudar o mundo". O lançamento aconteceu na Caixa Cultural, dia 10 p.p. em Salvador. A publicação reúne 50 experiências brasileiras de sucesso que contribuíram para o alcance dos Objetivos do Milênio (ODM), selecionadas pelo UNV Brasil em função de critérios como: inovação, replicabilidade, parceria, impacto no âmbito da intervenção, respeito à igualdade de gênero e raça, envolvimento ativo da comunidade e voluntariado. Ao promover a partilha e o intercâmbio de conhecimentos sobre os projetos bem-sucedidos constantes da publicação, a idéia do UNV Brasil é de que a iniciativa possa apoiar o trabalho dos atores sociais envolvidos na implementação de projetos de desenvolvimento, inspirando-os a implementarem práticas semelhantes. Dentre as 50 experiências selecionadas pelo UNV

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Brasil para integrar o livro, constam duas melhores práticas que receberam o Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local 2005 (os projetos Desenvolvimento Sustentável da Região Sisaleira/APAEB, de Valente/BA, e Pedagogia da Alternância, de Orizona/Goiás), e também a iniciativa das Oficinas Temáticas de Replicação de Melhores Práticas, metodologia criada pela Superintendência Nacional de Parcerias e Apoio ao Desenvolvimento Urbano (SUDUP), em parceria com a Universidade Caixa, com o objetivo de estimular a replicação de projetos premiados. Para o coordenador do UNV no Brasil, Dirk Hegmanns, a idéia é, justamente, que essas experiências descritas no livro sirvam de inspiração e estimulem o surgimento de iniciativas semelhantes, tanto no Brasil, como em outros países. “Eu diria que o Brasil é um dos países que tem, pelo menos, boas chances de alcançar a maioria das metas do milênio. Mas, isso também depende do


conjunto dos atores. Isso depende muito se o Brasil e a sociedade civil conseguem juntar os diferentes atores, como as comunidades, as empresas privadas, as universidades, não somente para fazer um trabalho de conscientização, mas também, para investir no desenvolvimento”. O criador do livro foi o alemão Frederick Teufel, um voluntário que desenvolveu a mesma idéia em Honduras. Ele veio para o Brasil e conseguiu apoio da ONU e da iniciativa privada, como a Caixa Econômica Federal, que financiou a publicação.

Para Dirk Hegmanns, esta é mais uma mostra de como a iniciativa privada pode contribuir para a melhoria da qualidade de Dirk Hegmanns vida da população. “No Brasil muitas empresas realizam projetos por puro marketing, por isso é preciso estimular parcerias com ONGs e voluntários comprometidos com o desenvolvimento humano”, afirmou Dirk. Criado em 1971, o UNV está presente no país desde 1998 para promover o voluntariado em âmbito mundial, estreitando laços entre empresários, universidades e governos. A sede nacional fica em Salvador, onde o coordenador já identificou uma mudança no comportamento das pessoas, cada vez mais interessadas em ajudar. “Existe esta vontade de dar um auxílio, mas muitas pessoas ainda não sabiam como fazer. Nestes últimos anos o número de voluntários no Brasil aumentou bastante e passou a ser reconhecido pela sociedade como um ato importante para todos”, concluiu Dirk. Na internet já é possível baixar ou ler gratuitamente a versão virtual da obra, no site www.pnud.org.br/unv. A publicação é dividida em sete temas referentes às oito metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), para serem desenvolvidas no milênio em todo o mundo.

UN Voluntários

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7 0 0 2 t n e m e g a n WorldMa por Tom Coelho*

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oi realizado em São Paulo o World Management 2007, Congresso Internacional com palestras abordando três blocos temáticos: Liderança (11/06), Marketing (12/06) e Estratégia (13/06). Tive o privilégio de realizar a cobertura deste evento a convite de meu amigo Leandro Vieira, fundador e e d i t o r d o P o r t a l Leandro Vieira Administradores.com.br, a quem agradeço pela oportunidade. A fim de compartilhar o conhecimento adquirido neste evento, apresentarei a partir desta edição uma resenha dos assuntos tratados de maneira didática e fiel ao conteúdo apresentado nas palestras magnas. Espero que apreciem. “Liderança com Visão e Energia” A palestra de abertura ficou a cargo de Robert Cooper, especialista em inteligência emocional e neurociência da liderança. Ao longo de sua exposição, Cooper apresentou o que chama de “cinco chaves para exceder as expectativas”. Vamos a elas:

Chave 1: Lidere pelo exemplo Uma meta é resultado de inteligência integrada aplicada. Suas decisões devem decorrer de união de três cérebros localizados na cabeça, no coração e nas vísceras. Liderar só com a cabeça limita a criatividade. Você deve ouvir seu coração, mas também dar atenção ao seu feeling (aquele frio na barriga que sentimos por ocasião de algumas ações).

Chave 2: Gerencie a direção, não o movimento Estatisticamente está comprovado que a inovação

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aplicada gera lucro. As 1.200 empresas mais inovadoras do mundo auferiram ganhos 800% superiores ao longo de uma década segundo dados da Business Week divulgados em 2006. A ciência da execução para ativar este processo de inovação não está no autocontrole, através do qual a motivação torna-se efêmera e o comprometimento se esvai diante da agitação ou do stress. O êxito está na auto-regulação, um processo de vincular metas ao melhor resultado emocional possível. Um ótimo mecanismo de liderança consiste em comprimir o tempo destinado a uma determinada tarefa ou meta. Assim, relacione suas metas programadas para o período de um ano, por exemplo. Em seguida, estude como realizá-las não em doze meses, mas em apenas um único mês. Cooper alerta que nosso cérebro adora jogar com a segurança. Por isso é tão confortável falar em metas para cinco, dez ou mais anos, pois nada será feito de imediato. Portanto, desafie-se! Torne possível o que, à primeira vista, parece ser impossível.

Chave 3: Gerencie a concentração, não apenas o tempo A neurociência confirma que somos maus administradores de nosso tempo. E, mais do que isso, sofremos forte tendência a perder o foco.

Algumas provocações para sua reflexão: * Em suas reuniões regulares, como você poderia reduzir em 50% ou mais o tempo gasto, mantendo ou melhorando os resultados? *Segundo relatório da CNN News (17/10/06), perdemos em média, no trabalho, até duas horas e meia diárias devido a interrupções e distrações;


*Estabeleça uma hora por dia sem interrupções para você e neste intervalo trabalhe concentradamente em três objetivos específicos, reservando vinte minutos para cada um deles; *Um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado, aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward, ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em diante.

Chave 4: Gerencie a energia, não o esforço Seja rápido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade. Faça pausas estratégicas de apenas trinta segundos a cada meia hora, e pausas essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhã e no período da tarde para aumentar sua energia e concentração. Você pode fazê-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo água gelada, movimentandose em direção a uma luz mais forte, entrando em contato com paisagens naturais, situações bem humoradas e expondo-se a mudanças visuais ou mentais. Estas ações podem garantir um incremento de até 50% no seu nível de energia, elevando a produtividade em até 10%. Finalmente, administre a transição de seu ambiente profissional para o familiar. Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediária de até quinze minutos, período no qual deverá apenas cumprimentar carinhosamente seus familiares com no máximo vinte e cinco palavras. Procure desacelerar. Tome um banho, troque suas roupas, beba algo. Está comprovado que situações de conflito e argumentos prejudiciais começam ou se ampliam nos primeiros quinze minutos após o regresso ao lar.

Chave 5: Gerencie o impacto, não as intenções O objetivo é reduzir o tempo pela metade buscando

dobrar os resultados. No processo de monitoramento, faça medições semanais – elas aumentam significativamente a iniciativa e a responsabilidade pessoais no cumprimento das metas estabelecidas. Procure avaliar como andam os níveis de energia e concentração da equipe. Observe as economias de tempo e reduções de custo possíveis, onde foram obtidas e qual sua magnitude. Acompanhe a evolução da eficácia da equipe e o redirecionamento das metas com base no critério da prioridade. Ao final de sua apresentação, Cooper ressalta que um líder deve questionar sua equipe sobre seu aprendizado buscando contribuição e não julgamento. E todos os dias os melhores líderes desistem de tudo o que conquistaram para se reinventar na busca pela excelência. “É preciso ter coração” A segunda palestra do Leadership Day, do World Management Congress, foi proferida por Dale Moss, executivo da British Airways por mais de vinte anos liderando uma equipe formada por doze mil colaboradores. Para Moss, construir uma boa equipe é responsabilidade do líder que deve inspirar as pessoas – mas não sem antes inspirar-se primeiro. A performance é atribuição direta da liderança organizacional. Se uma empresa não estiver se saindo bem, vá direto ao topo!

Liderar envolve cinco atributos básicos: 1.Caráter. Contempla integridade, coragem e confiabilidade. A expressão-chave é: liderar pelo exemplo. 2.Compromisso. Compreende desejo, foco e impulso. Trata-se de comprometimento com metas estabelecidas. 3.Competência. Baseada no conhecimento e, mais do que isso, na habilidade de processá-lo alcançando a sabedoria. O desejo de aprender deve transformar todo

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líder em eternos estudantes da vida. 4.Comunicação. Deve ser freqüente, ou seja, é preferível pecar pelo excesso. Além disso, precisa ser verdadeira, transparente e sensível com as pessoas e as circunstâncias. 5.Interesse. Resumido numa única palavra: empatia. Seja duro nas questões, ao lidar com problemas, porém brando e flexível ao lidar com as pessoas. Além destes aspectos, Dale Moss alerta os líderes para a importância da cultura e dos valores corporativos. A transparência, responsabilidade e confiança são bens supremos, assim como a integridade e a honra. O mau hábito de usar da honestidade apenas quando se acredita que alguém esteja olhando produziu empresas dignas de um “hall da vergonha”, como a Enron, WorldCom, Guidant e Merck (Vioxx). Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos de que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz que conta, mas como você faz. Antes que você possa realmente liderar, tenha um código capaz de orientá-lo pela vida. E lembre-se de que as pessoas não estarão lá para atender você, mas você deverá estar a postos para atendê-las. Afinal, liderar é servir. “Excelência – Conquista e Sustentabilidade” Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, premiado técnico da seleção brasileira de vôlei, encerrou o primeiro dia do Congresso abordando o tema Liderança com as seguintes contribuições. Líder é aquele que atinge resultados utilizando como diferenciais competitivos sustentáveis o capital, a tecnologia e, em especial, o fator humano, que consiste em selecionar talentos. Nesta tarefa, os talentos certos são formados nem sempre pelos melhores, mas sim pelos complementares. A identificação de um talento deve contemplar as características de genialidade (capacidade de realizar algo de maneira incomum), contribuição (o resultado efetivo proporcionado), determinação (inspiração pela obstinação) e paixão. Mas um talento por si só não basta para a conquista do sucesso. É o trabalho em equipe, a consciência coletiva, o fator decisivo. E cabe ao líder não apenas identificar os talentos certos, mas potencializá-los individualmente e em conjunto, exigindo mais de cada membro da equipe, aplicando testes constantes capazes de desafiá-los e promovê-los a um nível mais elevado, contornando os inevitáveis efeitos da inflamação dos egos decorrente das vitórias conquistadas. A lição que fica é: “Não se iluda com o elogio e não se deprima com a crítica”. No caminho para a transformação de sonhos em conquistas, de objetivos em realizações, dois aspectos fundamentais estão presentes ligando-os como se fosse

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uma ponte: planejamento e disciplina. O primeiro representa o projeto da ponte; o segundo, a construção da ponte. A disciplina demanda a prática diária que conduz à excelência. Daí surge o pressuposto básico de treinar compulsivamente. Lembrando o consagrado técnico de futebol norte-americano, Vince Lombardi: “Quanto mais suarmos no treinamento, menos sangraremos na batalha”. Ou, ainda, Bob Knight: “A vontade de se preparar deve ser maior do que a vontade de vencer”. Sucesso e fracasso indiscutivelmente deixam suas lições. A derrota deve ser assumida com responsabilidade e nos alerta para a importância do planejamento. Já a vitória nos traz o desafio da sustentabilidade e os ensinamentos de que o sucesso passado não garante o êxito futuro, de que vencer como favorito é tarefa ainda mais árdua e de que jamais podemos nos acomodar. Fixe-se no desempenho, nunca no placar. Finalizando, algumas recomendações finais aos líderes: * Demonstrem transparência em suas ações; * Desenvolvam relações de confiança; * Busquem a proximidade com a equipe; * Instiguem o inconformismo. * Consultor, professor universitário, escritor e palestrante. Participou do World Management 2007 representando o Portal Administradores. tomcoelho@tomcoelho.com.br


E-mail: serpan@amazon.com.br

Sérgio Pandolfo

Trovas Parauaras O Grão-Pará conquistou, o luso Pedro Teixeira e a Amassilva levou à andina cordilheira Sou cidadão brasileiro, paraense também sou, belenense sou primeiro e isso pra mim bastou Paraense é parauara, termo de origem tupi; vem de para e wara ou: água e vindo daí.

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odalidade especial da quadra, a trova é uma das formas de composição poética mais antigas e definidas, rigorosamente metrificada (sete silabas sônicas) e rimada (mormente ABAB) e deve passar sentido completo e independente (daí porque não se a deve intitular), enfeixando temática de inf inda variabilidade, tais como: humorística, lírica, política, circunstancial, satírica, religiosa, filosófica, romântica e muitas outras. Grandes nomes da arte de poetar a adotaram e robusteceram, como Gil Vicente e Camões, já no século XVI e mais proximamente Fernando Pessoa, e nem com o advento do modernismo houve declínio ou menor projeção do trovismo, conquanto exiba feição mais ou menos popular, o que, em verdade, a torna ainda mais atrativa às massas. No Brasil o gênero é muito cultuado, havendo clubes, associações e “florais” de trovadores. A seguir, algumas trovas ligadas a fatos e coisas da terra paraense.

Sou mangueira de Belém - a Cidade das Mangueiras – se de mim cuidarem bem darei sombrosas fruteiras Grande Landi, o bolonhês, que aqui foi régio arquiteto, igrejas, palácios fez, dando a Belém outro aspecto Dos tupinambás herdamos pitéu que nem se compara: o tacacá que tomamos nas esquinas parauaras Do açaí afrodisíaco já tomavam Adão e Eva, no Éden paradisíaco, naquela era primeva Cametá é do Pará, a mais francesa cidade; lá não se diz vou-me já, já me vu é urbanidade

*Médico e Escritor –SOBRAMES EDIÇÃO 65 [JUNHO 07] p a r a m a i s . c o m . b r

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Medalha de

PRATA por Ricardo Jordão Magalhães

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em todo mundo quer mudar o mundo, muito menos mudar o seu jeito de ser. Nem todo mundo quer ganhar 1 milhão de reais por ano, muito menos deixar de comprar o que não precisa. Nem todo mundo quer competir pela medalha de ouro, muito menos treinar além dos outros. Nem todo mundo gosta de política, muito menos falar em público. Nem todo mundo quer chegar a lugar algum, muito menos viver 100 anos.

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Querida(o) Amiga(o), A empresa tem 20 anos de história. 200 funcionários. Familiar. Os diretores: pai e filhos, irmãos e irmãs. Um deles é técnico, esforçado, trabalha aos domingos se preciso for, não terminou a faculdade, não gosta de cursos e não lê sobre negócios, não promove a criatividade entre os seus funcionários e muito menos exige garra da sua turma, delegar tarefas não é sua praia. O outro é super disciplinado e exigente, sistemático ao extremo cria panacéias e sistemas complexos que demandam investimentos desnecessários e não levam ninguém a lugar algum. A diretora é prática e rápida, mas falta serenidade e paciência para liderar pessoas, disciplina e experiência para lidar com todas as coisas que tem que ser feitas. A

outra é generosa, mãezona, tem experiência internacional, mas não cobra resultados, não enfrenta a realidade, vive em um mundo de fantasias. Antes que você se assuste, eu não estou falando sobre a sua empresa. Qualquer semelhança é mera coincidência... Como nós resolvemos esse problema? O quê fazer quando "adultos", ou melhor, criançasgrandes com diferentes personalidades se enfrentam na defesa dos seus "brinquedinhos" territoriais? Bem, você poderia pensar que esse tipo de comportamento e atitude existe apenas em empresas familiares brasileiras e não dentro dos escritórios das multinacionais como HP, Petrobras, General Motors ou Nestlé. Engano seu. Seres Humanos são Seres Humanos em todos os lugares, o pacote vem completo seja na Vila Nova Conceição ou no Jardim Peri Peri. Por que então algumas empresas são mais bemsucedidas do que outras? Por que o capitalismo, o empreendedorismo e a inovação florescem em algumas empresas enquanto em outras mal consegue se sustentar? A diferença está na busca da eterna instabilidade. A inovação floresce onde existe um Objetivo. E quando

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atingido esse Objetivo, nós perseguimos outro Objetivo independente das vontades mesquinhas ou pessoais de cada um. O Caos é o nosso único universo, a nossa única música e fonte de inspiração! Onde o empreendedorismo floresce existe um Objetivo maior do que as pessoas, onde a mediocridade prevalece existe "gente ocupada" e preocupada com a saúde do próprio umbigo; pessoas que passam o dia inteiro olhando para o monitor de um computador sem necessariamente atingir um objetivo profissional concreto. Onde o empreendedorismo floresce existe um Herói, um Ser Humano de verdade, um Cidadão do bem e de bem que em um determinado momento resolve tomar a iniciativa de juntar os seus pares em uma sala de reunião para estressar o que for necessário estressar para falar sobre "Onde nós queremos chegar?" e não sobre "Como nós devemos fazer as coisas". Ao invés de discutir o quanto temos que treinar, onde temos que treinar, quantas horas temos que treinar, que capacitação temos que ter para competir, ou mesmo se gabar sobre o quanto o nosso tempo está bom durante os treinos, o Herói pergunta "Por que estamos treinando tanto? Que competição queremos vencer? Qual medalha de ouro queremos conquistar?". Ao invés de defender o uso do avião, carro ou transporte marítimo, o Empreendedor pergunta "Por que estamos discutindo o meio de transporte? Qual é o país que queremos conquistar?". O Herói combate a complacência! Qualquer conversa fiada sobre diferenças nas relações interpessoais e falta de motivação termina quando nos perguntamos qual é o Objetivo que queremos alcançar. O melhor do Ser Humano aparece quando o Melhor Objetivo é definido, o pior quando não sabemos onde queremos chegar. Se você vive perto de alguém que se contenta com a medalha de prata ou está feliz com os objetivos que atingiu, o seu trabalho é definir um novo objetivo que envolva a participação do cidadão mesmo que ele não queira. Alguém tem que puxar a carroça! Nem todo mundo quer ganhar a medalha de ouro, falar em público ou viver 100 anos; levar uma vida tranqüila e discreta é o objetivo de vida da

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grande maioria das pessoas, mas não é o meu, espero que não seja o seu. Não tem nada de divertido em trabalhar em um lugar dirigido por alguém que tem pouca ambição. Esse tipo de mentalidade influencia a maneira que o cidadão contrata pessoas, gerencia pessoas, promove a empresa, lidera os processos. Os ativistas dos direitos humanos dos pequenos empresários fazem tudo que podem para evitar a expansão da Wal-Mart. Segundo eles, onde a gigante se instala, os pequenos empresários quebram. Mas a grande verdade é: os pequenos quebram porque eles fazem a mesma coisa há décadas se recusando a mudar e oferecer algo diferente para os seus Clientes. Eles não tem ambição o suficiente para oferecer serviços dignos de medalhistas de ouro e muito menos humildade para encontrar um nicho de mercado onde possam ser diferentes da gigante. Eu espero que o mundo do Trabalho seja cada vez mais competitivo. Eu espero que a Wal-Mart dobre de tamanho nos próximos 10 anos e destrua os preguiçosos. Eu espero que os R$ 100 milhões de reais que o Submarino fatura POR MÊS hoje se transforme no faturamento por dia em 5 anos. Eu espero que a Lei da Cidade Limpa que a prefeitura implementou em São Paulo seja levada para todo o Brasil e varra de uma vez por todas a propaganda de massa das nossas Vidas. Quem vai trazer a Tivo para o Brasil???!!! Eu espero que tudo isso aconteça para que você possa ser mais Generoso com aqueles que te cercam. Quando a competição estressar, quando for extremamente difícil se diferenciar dos milhares de profissionais parecidos com você, o punhado de Clientes, funcionários e fornecedores passarão a valer muito mais do que você imagina. Eu espero que tudo isso aconteça o mais rápido possível para que o Ser Humano se torne o verdadeiro diferencial do mundo dos negócios. O mundo dos negócios é um jogo. Você tem que vencer todos os dias. Você precisa Pensar (300!) e não apenas acreditar (The Secret), ler dados e fatos (Tecnologia) e não feelings e sensações (Misticismo), você precisa desafiar os paradigmas, quebrar as teorias e se tornar adulto. NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA! QUEBRA TUDO!


Acyr Castro

O autor em família na Academia Paraense de Letras

Em dia com a vida R poeta dela se aproveita exclusivista, verbalizando a magia; egistro neste junho dos meus 73 anos que a poesia é conforme salienta Mário Quintana: “Ser poeta não é dizer um estado de graça, morando grandes coisas, mas ter uma voz na palavra como nas ar tes em reconhecível dentre todas as outra”. geral. Transpiração antes que Os irmãos Haroldo e Augusto de inspiração. Trabalho. Campos e Décio Pignatari criaram, desde Na literatura o poema, objetivo 1956, o movimento de poesia concreta, da criação, não precisa nem de trabalhando não os gregos mas os métrica nem de rima. Precisa de provençais como Arnnaut Daniel de onde ritmo. Ninguém nasce poeta; podesaiu Dante Alighieri, criando a Itália. A se ser poeta, o que é coisa bem poesia, “esse estranho mar genial do diferente. O ato de trabalhar, inclusive sentimento” de que falou Cruz e Souza, é em poesia, é republicano e não de algo múltiplo e vário, necessitando até do majestade. silêncio. De Stephane Mallarmé a Mário Mário Peixoto vem a ser poeta, Faustino, passando por Vinícius de quer na prosa do romance “O inútil de Moraes, Ferreira Gullar e E. E. Cummings a cada um”, quer u a utilizando a James Joyce, sem esquecer Mário e câmera do seu filme “Limi te”. Oswald de Andrade, a poesia é aquilo que Homem, recria a história; poeta, não tem medo nem de viver nem de refaz a natureza. Assim eu defino a navegar. Haroldo de Campos, Décio Pignatari poesia nas memórias de 2004 “Cléo e Augusto de Campos Bernardo: A Falta que Faz”. Depois do processo criador, a palavra retorna ao *Acyr Castro é escritor e jornalista coletivo, já que per tence a todos e, por tanto, a ninguém. O

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

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Rede de Incubadoras da UEPA

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Rede de Incubadoras de Tecnologia da Universidade do Estado do Pará (Ritu/UEPA) abre inscrições até 29 de junho para a seleção de pequena e micro-empresas e de projetos para o processo de incubação ou pré-incubação. Os selecionados irão contar com todo suporte e apoio da Rede, através de ações desenvolvidas nas áreas de design, engenharia de produção e de engenharia de alimentos. Todo o trabalho é voltado para a comunicação visual da empresa, elaboração de protótipos e de proposta de produtos, pesquisa e teste de mercado, otimização de processos, controle de qualidade e gerenciamento de custos, rastreabilidade de materiais e melhoria no processo produtivo, além do desenvolvimento de produtos, a realização de análises e testes sensoriais e de qualidade.

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A Ritu/UEPA existe há sete anos e trabalha no desenvolvimento de novos produtos e no aperfeiçoamento de produtos já existentes. Todo o processo pode ser realizado em duas etapas: a de pré-


incubação e incubação. A primeira dura de seis a oito meses e está ligada na elaboração assistida do plano de negócio e de recurso da empresa, além da assistência para a formalização da constituição do negócio. A segunda trabalha com o desenvolvimento do empreendimento já formalizado e tem o período de dois anos. A Rede de Incubadoras funciona no Centro de Ciências Naturais e Tecnológicas. Os interessados poderão participar da seleção através da obtenção do edital e do modelo de plano de negócios disponível na Ritu. O resultado será divulgado no dia 6 de Agosto.

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Serão ofertadas as empresas já constituídas interessadas no processo de incubação e até seis vagas para projetos para a pré-incubação. Interessados devem solicitar a inscrição na Ritu, localizada no Centro de Ciências Naturais e Tecnológicas para adquirir o modelo do plano de negócios e o edital da seleção. O valor da taxa é de

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R$30. SERVIÇO: As inscrições acontecem até 29 de junho, no CCNT, localizado na Travessa Enéas Pinheiro, 2626, entre avenidas João Paulo II e Perimetral. Informações pelo telefone 3276.9511 (ramais 22 ou 31) ou email: ritu@uepa.br

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Manual da

Paquera Você está preocupado em saber quanto vai gastar para presentear sua cara metade? A dica taí!

M

anual da Paquera, editado pela Publifolha, é um livro bem humorado e inteligente escrito por uma especialista no assunto, Peta Heskell, "personal trainer" da conquista. O livro traz testes para que o leitor saiba se é bom paquerador, e ensina exercícios para melhorar a capacidade de conquistar. Flertar é conectar-se com pessoas para conhecê-las melhor. Paquera não significa apenas romance. Paquerar é conectar-se com as pessoas e conhecê-las melhor. Significa se sentir tão bem consigo mesmo que as pessoas são atraídas naturalmente. Este pequeno guia ensina tudo o que há para saber sobre a arte da atração e da interação, e mostra como paquerar pode ser seu passaporte para amizades mais profundas, relacionamentos profissionais mais maduros e romances harmoniosos. Peta Heskel é especialista em neurolingüística e autora de vários livros sobre flerte e atração, entre eles o bestseller "Flirt Coach". Atuando em Londres, dirige a "Flirting Academy", onde ministra cursos e treinamentos, nos quais procura trabalhar as bases humanas para construir um caminho sólido para a paquera - não só a que leva ao romance, mas também a que facilita as relações entre amigos e no trabalho. Abaixo, resumidamente, as dicas da autora. Todas são meio óbvias, mas analisando friamente, é possível que não estejamos dando pelota para as mesmas. Importante ressaltar que elas valem para

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os bons e velhos ambientes de sempre - não vá tentar paquerar alguém em uma micareta, onde ninguém dá bola pras preliminares. * O primeiro passo é estar bem. Porque mesmo a emissão de uma pancada de sinais para outra pessoa pode funcionar sem que a dita cuja enxergue o quanto Peta Heskell: é a autora do best-seller 'Flirt Coach', você é interessante. professora de neurolinDemonstre interesse no que güística, instrutora pessoal e paqueradora contumaz faz, seguro em seus objetivos e acreditando em sua capacidade. Isso vai trazer o seu melhor à tona. * Ajustando a si mesmo, as coisas acontecem: hora de mostrar ao mundo que você está bem. E aqui vem a definição de “flerte”: pessoas iluminadas, capazes de fazer o outro sentir bem, conseguem se aproximar com facilidade. Comece sorrindo. Observe sempre o lado positivo das coisas. O alto astral é contagioso: sinta-se confiante e mantenha o bom humor. *Ao puxar assunto, cuidado para não tentar impressionar demais. Seja interessante interessando-se pela pessoa, ouvindo e deixando ela se abrir e mostrar o que tem de melhor. Outra arma eficaz é o elogio. Não custa nada e faz um bem danado a outra pessoa, faz com que esta sinta vontade de permanecer ao seu lado. Agradecer a


um elogio também fortalece o seu contato. *Em algum tempo você será capaz de aprimorar seus sentidos: perceber a reação das pessoas e saber como agir (cá pra nós, essa é a pior parte). Captar pequenos sinais para saber se as pessoas estão mesmo interessadas em você (um sorriso, olhares fixos, elogios recebidos). * Chegamos a um detalhe que pode mudar o curso da paquera para todo sempre: um elemento biológico importante, que pode tornar seu alvo um novo amor ou simplesmente mais um amiguinho. É a chamada “energia sexual”. O segredo é fazer o inverso daquela sua tia carola e não reprimir os sinais, mostrando sua sensualidade. Sem medo de ser feliz. *Outra vez temos aqui algo relacionado a aprimoramento: à medida em que controlamos nossa energia sexual, podemos decidir qual a intensidade dela. É como se fossemos um “termostato”, com um botão que varia de 0 a 5. Seu corpo pode gerar calor o

suficiente para emitir um “só se for agora” sem que você tenha que falar alguma coisa. Ou simplesmente permanecer uma geladeira inútil - nesse caso, preparese para ouvir um “nunca tive um amigo tão bacana quanto você”.

*Agora que você já viu o bêá-bá da paquera, hora de praticar. Faça experiências em eventos sociais: espalhe seu brilho interior, estabeleça mais contatos visuais (talvez o mais poderoso mecanismo de sinalização seja esse), aproxime-se e faça perguntas interessantes, fazendo a outra pessoa se abrir. *E o mais importante: se a resposta que tiver não for das melhores, relaxe: existe alguém lá fora interessado em todos * Tudo isso não surge da noite para o dia. Com naturalidade, você se tornará um “paquerador” com capacidade suficiente para criar empatia instantânea. Captar sinais para se relacionar de forma harmoniosa: respirando no mesmo ritmo, captando seus padrões, identificando qual dos seus sentidos é mais aguçado e se aproveitando disso. Comunique-se bem, demonstre o quanto é parecido com ela e entre na mesma sintonia. *Por fim, alguns mandamentos. Divirta-se mais e não leve a vida tão a sério. Não tenha medo da sua sexualidade, mas cuidado para não usar o seu “termostato sexual” de maneira inapropriada. Não tenha medo de mostrar a alguém que gosta dele. Não tenha medo de mostrar aos outros quem você é. Ame a si mesmo, liberte o seu lado paquerador e saia flertando: você vai perceber que vai se conectar com os outros na hora certa. E o mais importante: a vida é uma só. Pode ser que a minha teimosia seja maior que a vontade de mudar algumas maneiras de lidar com as outras pessoas. Se isso acontecer mesmo, talvez use o Manual da Paquera de outra forma: abro-o no metrô diante de uma incauta e, do nada, passo a fitá-la com o meu sorriso discreto e um olhar irresistível, balançando as sobrancelhas. Gostou da dica?

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ATRAÇÃ O A forma de caminhar de uma pessoa dão sinais que indicam se ela é um homem ou uma mulher

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sicólogos dos Estados Unidos fizeram um estudo que descobriu que chamar a atenção do sexo oposto depende menos da famosa relação entre quadril e cintura e mais do modo como a pessoa caminha O segredo da atração sexual não está no corpo perfeito, mas na postura. Mulheres que andam de forma mais feminina são vistas como mais bonitas, mesmo que não tenham o desejado “corpão de violão”. O mesmo vale para os homens: um andar masculino é mais atraente do que um belo corpo que exagera no rebolado. “Por séculos as pessoas buscam um número mágico ou uma característica mágica que traduza toda a complexidade da beleza. O estudo mostra que essa é uma busca infrutífera”, afirmou a autora do estudo, Kerri Johnson, da Universidade de Nova York. “Não existe apenas uma coisa que especifica o que é belo. Na verdade, a A jovem PhD, Kerri Johnson beleza é baseada em uma fundação formada a partir de uma série de percepções sociais”, afirma. Segundo o estudo, publicado na revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a postura e a forma de caminhar de uma pessoa dão sinais que indicam se ela é um homem ou uma mulher. A partir daí, com essa informação, outros sinais mostram se ela é mais feminina ou mais masculina. Quando há

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O caminhar é que atrai o sexo oposto

Há muitos outros componentes envolvidos na percepção social


SEXUAL compatibilidade, ou seja, quando uma mulher é vista como feminina e um homem como masculino, há atração. “Uma mulher masculina ou um homem feminino não são, necessariamente, vistos como não-atraentes”, explica Kerri. “Mas, em geral, eles são vistos como menos atraentes do que os demais”, diz ela. O trabalho foi feito expondo participantes a animações e vídeos de pessoas caminhando em alguns casos o sexo da pessoa apresentada era divulgado, em outros não. As mulheres que caminhavam de forma mais feminina, movendo os quadris, eram vistas como as mais atraentes. Já os homens atraíam mais quando andavam de forma mais contida, balançando os ombros e não os quadris. Segundo a pesquisadora, o fenômeno ajuda a explicar porque índices usados para “explicar” a beleza, como a relação entre cintura e quadril, funcionam em alguns lugares e em outros não. “Homens e mulheres têm corpos diferentes, com relações entre quadril e cintura diferentes. Na nossa cultura, mulheres com cinturas finas são vistas como mais atraentes, mas isso é porque elas são vistas como mais femininas,” diz ela. Para a psicóloga, conceitos tão simples não podem explicar a beleza. “Há muitos outros c o m p o n e n t e s envolvidos na percepção social,” afirma. Em outro estudo, ainda a ser publicado, a equipe de Johnson está A relação entre cintura e quadril, funcionam em alguns estudando o lugares e em outros não efeito dessas

Quando há compatibilidade, ou seja, quando uma mulher é vista como feminina e um homem como masculino, há atração”

percepções em homossexuais. Por enquanto, ela pode adiantar que a coisa muda, mas não muito. “Quando não há compatibilidade, ou seja, quando um homem é visto como feminino e uma mulher como masculina, eles são, realmente, identificados como alvos homossexuais. No entanto, a percepção do que é mais atraente não muda. Para os homossexuais, o homem mais masculino e a mulher mais feminina também são mais atraentes,” finalizou Kerri.

Atração brasileira. Preferência nacional


Guia da vida sexual de homens e mulheres O psicólogo, especialista em sexologia, Carlos Boechat Filho elaborou um delicioso guia sexual para todas as fases. Veja em que fase você se enquadra! Até os 10 anos Período das brincadeiras sexuais. Meninos e meninas têm a curiosidade de tocar o próprio corpo em busca de pra zer e autoconhecimento. Nas brincadeiras, encenam os papéis da mamãe e do papai, sem julgar o cer to e o errado.

Dos 11 aos 14 anos

ELA: fase das mudanças físicas. A vaidade aumenta e surgem os primeiros contatos com os garotos. ELE: ainda imaturos, se sentem inibidos. Têm dificuldade com as meninas e preferem ficar em grupos.

Dos 15 aos 19 anos

ELA: o interesse sexual aumenta e essa é a fase das primeiras conquistas e desilusões amorosas. ELE: o nível de testosterona, hormônio do prazer masculino, e a libido são altos. O que não garante o melhor desempenho.

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Dos 20 aos 29 anos ELA: namoros definidos em sua vida, com prática sexual constante. Mesmo assim, ainda continua imatura no assunto e busca segurança na cama. Também se preocupa muito com a satisfação do parceiro. ELE: experimenta todas as formas de prazer. Só pensa nisso! A busca por relações com diferentes mulheres é comum. O tesão e a curiosidade estão cada vez mais em alta e ele procura adquirir bastante experiência.


Dos 30 aos 39 anos (A fase áurea!)

ELA: se sente mais sexy e sedutora. Segura na cama, é nessa idade que alcança com mais facilidade o orgasmo. O nascimento dos filhos pode diminuir a freqüência sexual, mas, se for bem estimulada, a mulher reage. ELE: mais maduro e seguro de seu papel na sociedade, vive a melhor fase do relacionamento a dois. Adora satisfazer sua parceira e realizar suas fantasias.

Dos 40 aos 59 anos ELA: com os filhos criados, tem uma vida sexual prazerosa. Aos 50, a baixa da libido é comum devido aos sintomas da menopausa. Ajuda a viver o sexo com estímulos e muitas fantasias. ELE: menor atividade sexual. O parceiro também perde hormônios e precisa de estímulos para uma vida sexual ativa. Ah, e quer muito carinho!

A partir dos 60 anos Fase calma, mas não nula. Tanto para os homens quanto para as mulheres, os estímulos sexuais precisam ser mais for tes. Atividades prazerosas e companheirismo são os responsáveis por uma vida sexual saudável nesse período da vida.

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BELÉM Junho “Mostra Mazzaropi" Dia 12: 10h30 e 15h30 "O Jeca Macumbeiro" Igreja de santo Alexandre. Dia 19: às 10h30. “O Corintiano”Igreja de Santo Alexandre. Dia 26: 10h30 e 15h30 "O Puritano da Rua

OURÉM 02, 09, 16, 23, 30 Quadra Junina Espaço do Forró FONE/ FAX: (91) 3467-1140

ABAETETUBA 13 a 20

Concursos de Danças – Quadrilhas Tradicionais e Modernas. Ginásio Poliesportivo Hildo Tavares Carvalho Fone/fax: (91) 3751-2022 abaetur@ig.com.br

INHANGAPÍ 15 a 29 Verão Verde Espaço Cultural Dr. Achiles FONE: (91) 3809-1159 FAX: (91) 3809-1160

CASTANHAL 03 a 18 / 24 e 25 Circuito do Forró Ruas da cidade FONE: (91) 99023541funcast@casta nhal.pa.gov.br

PARAUAPEBAS 07 a 18 Feira de Agro-negócio de Parauapebas Parque de Exposições de Parauapebas FONE: (94) 3346-1327/ 3346-2529

CAMETÁ 14 a 24

CURRALI NHO 14 a 24

Festividade de São João Batista Praça dos Notáveis FONE: (91) 9162-3630 secultd@yahoo.com.br

Festividade de São João Batista Igreja Matriz de São João Batista e Salão Paroquial FONE: (91) 3633-1404 FAX: (91) 3212-6565 pmcurralinho@ hotmail.com

JACUNDÁ 15 a 17

SANTA MARIA DAS BARREIRAS 15 a 18

Torneio de Pesca Esportiva Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí FONE: (94) 3345-1430 FAX: (94) 3345-1183

Festa do Peão de Sawanópolis Clube do Peão FONE: (94) 3319-3104 FAX: (94) 3319-3105 wiraton@bol.com.br

PORTO TROMBETAS Até 10/07 7º Festival da Canção de Porto Trombetas FONES: (93) 3549-7916/ 7598 / 7851 www.festivaisdobrasil. com.br/fecan

OEIRAS DO PARÁ 08 a 10 XX Festival do Camarão Arena de Eventos FONE: (91) 9158-6041 FAX: (91) 3661-1258 paulinho_oeiras@yahoo. com.br

BREVES 15 a 01/07 XXII – Forrozão Marajoara Ginásio de Esportes FONE/FAX: (91) 3783-1180 vanda_turismologa@hotm ail.com

SÃO CAETANO DE ODIVELAS 15 a 17 Festival Junino Área da Igreja FONE: (91) 3767-1150 / 9158-4147

ARRAIAL DE BELÉM 2007 PRAÇA DALCÍDIO JURANDIR

MEMORIAL DOS POVOS

De 13 a 26 de junho as 17h Eliminatórias: -Quadrilhas Juninas Mirins -Quadrilhas Adultas 27 de junho as 19h Concurso de Miss – Adulto/Infantil: -Miss caipira -Miss Mulata Cheirosa -Miss Simpatia 28 e 29 de junho 18h Final do concurso: -Quadrilhas Juninas 16, 17, 22, 23 e 24 de junho as 18h Apresentações: -Bois-bumbás, -Toadas -Grupos Parafolclóricos

21, 22, 23 e 24 de junho as 18h Apresentações: -Pássaros Juninos -Cordões de Pássaros -Cordões de Bichos

PRAÇA EDUARDO ANGELIM ALDEIA AMAZÔNICA 22, 23 e 24 de junho as 18h DAVID MIGUEL Apresentações: -Bois-bumbás -Grupos Parafolclóricos -Toadas

PRAÇA WALDEMAR HENRIQUE ICOARACI 22, 23 e 24 de junho as 18h Apresentações: -Bois-bumbás -Grupos Parafolclóricos -Toadas

22, 23 e 24 de junho as 18h Concurso: -Quadrilhas juninas -Miss Caipira

22, 23 e 24 de junho as 18h Apresentações: -Bois-bumbás -Grupos Parafolclóricos -Toadas

28, e 29 de junho as 18h Concurso: -Quadrilhas juninas -Miss Caipira

PRAÇA D. ALBERTO RAMOS

OUTEIRO ESTACIONAMENTO DA PRAIA GRANDE

30 de junho as 19h Festa de Premiação: -Quadrilhas -Miss caipira -Miss Mulata Cheirosa -Miss Simpatia


CASTANHAL 19 a 22 3º Festival de Cultura Junina Praça Inácio Gabriel Estrela FONE: (91) 3721-7309 funcast@castanhal.pa. gov.br

ANANINDEUA 21 a 24

Forronindeua Estacionamento do Ginásio João Paulo II FONE: (91) 3250-1085 turismoananin@yahoo. com.br

TUCURUÍ 21 a 24

REDENÇÃO 21 a 23

XVII – Festival de Folclore Junino Escadarias da Rua Santo Antônio FONE: (94) 3787-2838 FAX: (94) 3787-2822 / 3787-3880 seturtuc@yahoo. com.br

Quadra Junina Espaço Cultural FONE: (94) 3424-1850/ 3491-0482

SALVATERRA 23 a 24 Amostra Junina de Salvaterra Praça Magalhães Barata FONE/ FAX: (91) 3765-1533 dariomarajo@yahoo.com. br

CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 28 a 30 Festival de Quadrilhas e Bumba Meu Boi Beiradeiro FONE/FAX: (94) 34210033

>>Parque da Residência Dia 20 de Junho -Banda Do Boca (Abaetetuba) -Cobra Grande (Telegrafo) Dia 21 de Junho -Mexilhão Do Icatu (Moju) - Quadrilha Rainha da Juventude (Cremação) Dia 22 de Junho -Sabor Marajoara -Maladinho De S.S.B.Vista Ou Estrela Dalva >>São José Liberto Praça Amazonas Dia 23 de Junho -Grupo Gecam -Uirapuru

S U

VIGIA DE NAZARÉ 23 e 24 Arraial do Município Espaço Cultural FONE/ FAX: (91) 3731-1247 pmvn@ig.com.br

BELÉM ATÉ 29 Consulado do Japão abre inscrição para bolsas de estudo Av. Magalhães Barata, 651 Ed. Belém Office Center, 7º andar FONE: (91)3249-3344 Horário: 9h–12hs e 14hs–17hs

SOURE 18 a 22 XXIII Concurso de Quadrilhas Juninas, Miss Caipira e Festival de Boi Bumbá Centro Comunitário FONE: (91) 9626-6310/ 9119-6848 FAX: (91) 37412223/3741- 1275

Informações: 3344-3500 c/ Socorro)

Feira do Camarão e Agro-negócio Centro Cultural FONE: (91) 8142-7389

SANTARÉM NOVO 22 e 23

BRAGANÇA junho

Concurso Intermunicipal de Quadrilhas Quadra de Esportes Rogerão FONE: (91) 3484-1197 / 9905-5732 / 8844-4725 FAX: (91) 3484-1198

XIX Festival Junino Praça de Eventos FONE: (91) 8134-6805 FAX: (91) 3425- 2028 / 3425-5288

CANAÃ DOS CARAJÁS 24

AFUÁ 28 a 30

Festividade de São Pedro Pátio da Igreja Católica FONE: (94) 3358-1655 FAX: (94) 3358-1771 turismo@canaadosca rajas.pa.gov.br

Forrozão Afuense Centro Folclórico Lagostão FONE: (96) 3689-1122/ 3689 -1117 FAX: (96) 3689-1110/ 3689 - 1117 culturaafua@hotmail. com

SALVA TERRA 29

MARABÁ 30 a 08/07

Procissão Fluvial de São Pedro Rio Paracauary FONE: (91) 9166-9723 FAX: (91) 3765-1533 dariomarajo@yahoo. com.br

XXI EXPOAMA- Exposição Agropecuária de Marabá Parque de Exposição de Marabá FONE: (94) 3323-4603 FAX: (94) 3323-4646 prorural@leolar.com. br

Arraial de Todos os Santos -Mestres Da Guitarrada -Kim Marques -Orquestra Pifanos De Caruaru Dia 24 de Junho -Edilson Moreno -Jessé Da Sanfona -Pai D`Egua - 3276-8117 / Carlos -Metaleiro Da Amazônia -Pinduca >>São José Liberto/Casa do Artesão Oficinas de Demonstração: -Oficina de Papel machê - São Caetano de Odivelas

IGARAPÉMIRI 21 a 24

Dias 12 e 13 - 16h às 18h -Oficina de Confecção de chapéu da Marujada Bragança Dias 14 e 15 - 16h às 18h -Oficina Carimbó: a arte de tocar e dançar - Marapanim Dias 16 e 17 - 16h às 18h -Oficina Transformando garrafas pet - Belém Dia 19 - 16h às 18h . Oficina de Artesanato de Miriti - Abaetetuba Dia 20 - 16h às 18h . Oficina de Confecção de adereços juninos - Moju Dia 21 - 16h às 18h . Oficina Preparando o banho de cheiro - Belém Dias 22 e 23 - 16h às 18h

*As oficinas estarão abertas ao público, sem inscrições.


Ceiba Pentandra por Walter Chile* Imponente, robusta e majestosa és a Rainha da Várzea Sê samaúma, samaúma, samaúmeira... és a mesma És Ceiba És pentandra És Ceiba pentandra Aos maias representaste a escada para os céus Um mirante aos Deuses Nos periquitos causas euforia, dás abrigo, carinho, alimentas, acolhes... Teu fuste homérico e tebudo, cobiçado pela indústria de compensados e pelo voraz apetite dos “novos xilófagos amazônicos” quase te fez desaparecer. És fêmea de muitos rotos O que serás? Ou será que produzes bolsas para agasalhar a paina de nossos travesseiros e as sementes que rendem aves e humanos na busca do teu sabor? Grande Mãe Varzeana Geras sapopemas mágicas, xamânicas, misteriosas que atraem visagens, assombrações, fauna encantada e

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animais silvestres, que o teu acalanto buscam. Tua reprodução inteligente, aérea e de vontade própria nós sabemos, acontece há milênios. Nos impressiona como és humilde, como tens compaixão. É chegado o verão amazônico e larga tuas folhas, a tua vestimenta, para melhor dividira a água com teus vizinhos. Teus adjetivos são tantos, que chegas a parecer Maria no Evangelho, pois és grande, silenciosa, serena, discreta, humilde, elegante... És maravilhosa És realmente a Rainha da Várzea. *Arte-Educador/SOPREN



TM

erpa

Orgulhosamente Amaz么nida.


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