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Ano 4 Número 13 2009

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O POVO DA ÁGUA PRÍNCIPE CHARLES NA AMAZÔNIA A PUJANÇA DO FSM

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5º Fórum Mundial da Água Comaiminenteescassezdaáguaemmuitaspartesdomundo,estáserealizandonestemês de março (16 à 22), naTurquia uma conferência internacional para discutir a conservação e agestãod'água...

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Amazônia: o povo da água Traços indígenas, belos reflexos da luz do pôr do sol na água, o carisma ribeirinho, os rios e o habitat amazônico, são as características que o público conferiu na Exposição“Amazônia: O Povo da água”, no Paiol da Cultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia –INPA, de17defevereiroa22demarço...

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A água e a chuva Acho que os últimos acontecimento em SC, MG e SP dão uma pista. Tem água em excesso, mas não potável. Então é importante lembrar um detalhe. Chuvas não significam água disponível. A água das chuvas necessita ser captada e armazenada pelos solos (também cisternasesimilares)...

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Lula visita as obras das hidrelétricas do Rio Madeira O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou recentemente em Porto Velho (RO), os canteiros de obras das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. As usinas estão entre as principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e têm custo estimadodeR$21bilhões...

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O Príncipe Charles na Amazônia O herdeiro da coroa britânica, quer ajudar a captar recursos dos países desenvolvidos para preservar a Amazônia...

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Da África para a Amazônia Uma marcha denominada “Da África para a Amazônia”, pelas ruas e avenidas marcou a abertura e o início oficial da nona edição do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém do Pará, com a presença de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, reunindo váriasetnias...

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Milhares de mudas plantadas no FSM

Expediente

PUBLICAÇÃO Período (março/abril) Editora Círios SS LTDA ISSN 1677-7158 CNPJ 03.890.275/0001-36 Rua Timbiras, 1572-A Fone: (91) 3083-0973 Fone/Fax: (91) 3223-0799 Cel: (91) 9985-7000 www.revistaamazonia.com.br E-mail: amazonia@revistaamazonia.com.br CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil

As reivindicações dos indígenas Indígenas de diversas etnias e regiões do Brasil na Tenda dos Povos Indígenas marcaram presença, a fim de apresentar suas demandas ao ministro da Justiça, Tarso Genro. A mesa, foi composta por Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o coordenador da Coiab Marcos Apurinã, trazia como tema “Direitos Indígenas, Populações IndígenaseConstituiçãoBrasileira”...

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O balanço do FSM Integrantes do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial em coletiva para a imprensa falaram sobre as expectativas dos assuntos abordados durante o evento e para divulgar os númerosdobalançofinal...

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DIRETOR Rodrigo Barbosa Hühn PRODUTOR E EDITOR Ronaldo Gilberto Hühn COMERCIAL Alberto Rocha Rodrigo B. Hühn ARTICULISTAS/COLABORADORES Camillo Martins Vianna, Odo Primavesi, Rita Cassaro, Walter Chile Lima

FOTOGRAFIAS Aldamiro Chixaro, Alzir Quaresma, Arquivos: CAINDR,CIWEM, EMBRAPA, IBAMA e NASA; Celso Roberto, Carlos Sodré, Claudio Santos, Advaldo Nobre, David Alves, Elcimar Neves, Eunice Pinto, Lucivaldo Sena, Rodolfo Oliveira e Tamara Saré / Ag Pa; Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr, Flávio Santos / Vale; Jefferson Rudy/MMA, Jeziel Rodrigues, Jimmy Christian, José Pantoja / Sespa, Marcelo Martins, Maria S. Fresy, Mário Oliveira / Agecom, Martir Schoeller, Melina Marcelino, Ricardo Stucker / PR, Vantuir Souza e Zilma Dias NOSSA CAPA Às margens do Lago Maués, no Amazonas Foto de Aldamiro Chixaro em "Amazônia: o povo da água" EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Editora Círios SS LTDA DESKTOP Mequias Pinheiro

Durante a realização do Fórum Social Mundial, a preservação da floresta amazônica foi um dos temas centrais e ocorreram muitas atividades sobre o Meio Ambiente – eram muitas as pessoas plantando mudas de árvores. Esse plantio fez parte de uma parceria entre o programa “Um bilhão de árvores”, AIMEX, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Pará–FETAGRI,eaSOPREN...

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ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES

Emais

Morrem por ano 1,6 milhões por falta de água (p.12) Silas Câmara é o novo presidente da CAINDR (p.22) O Trem Verde da Vale (p.24) Compromisso com a cooperação internacional (p.42) V Fórum Mundial de Juízes (p.44) VI Fórum Mundial da Educação (p.46) Mudança Climática: desafios atuais da Agenda 21 (p.50) A contribuição do Brasil no combate às mudanças climáticas (p.57) Panorama Nacional e Mundial do Trabalho Escravo (p.58) Fórum Mundial de Mídia Livre (p.60) Selo em comemoração ao Fórum Social Mundial (p. 66) A economia rural no Pará: Potencialidades, entraves e perspectivas (p. 77) Relatório de distribuição de mudas e sementes no biênio 2007/2008 (p. 82)

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Fórum Mundial da Água

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om a iminente escassez da água em muitas partes do mundo, está se realizando neste mês de março (16 à 22), na Turquia uma conferência internacional para discutir a conservaçãoeagestãod'água. No quinto Fórum Mundial da Água, em Istambul, o maioreventorelacionadaàáguanomundo,osgovernos mundiais saberão que o Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) tem projetado que duas de três pessoas vão viver em falta de água em regiões da terra até 2025, se o atual padrão de consumo continuar. Por isso, terão de ser lançados Programas de longo prazo para fazer o consumo sustentável d'água, pois 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo97%salgada,eapenas3%doce.

No nosso Planeta, tudo é mantido graças á presença água – esse líquido vital: nossas cidades, nossas indústrias, nossas plantações, e, mesmo o oxigênio que respiramos, cerca de 70% dele, vem das microscopias algas habitantes dessa enorme massa formada por rios, lagoseoceanos. Na maioria das religiões, a água é considerada como purificadora. O batismo nas igrejas cristãs é praticado com água, simbolizando o nascimento de um novo ser, purificado e comremissãodospecados. Em outras religiões, incluindo o Judaísmo e o Islamismo, aos mortos é ministrado um banho de água purificada, simbolizando a passagem para a nova vida espiritual eterna.

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"Quando você começar a pensar em água e perceber que é um recurso limitado, e nem todas as pessoas têm acesso a ela, é obrigado ter nova apreciação para ela, sobre técnica e pesquisa, sendo conveniente lembrar que há diferentes maneiras de olhá-la, onde o aspecto da interdisciplinaridade é realmente importante"

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Na NovaVersão Internacional da Bíblia, o termo "água" é mencionado442vezes. O consumo mundial d'água multiplicou por sete no século XX, mais do que o dobro da taxa de crescimento da população. Em muitos países, onde além do problema de gerenciamento existe a falta de reservas d'água, o problema poderá ser realmente gravíssimo no futuropróximo. Alguns temem que os Estados Unidos podem enfrentar escassez da água nos próximos cinco anos, disse o professor AhmetMeteSAATÇİ,umperitodaáguaevicesecretário-geralparaoFórum. Ele disse que nos Estados Unidos o consumo da água até 2025 será equivalente a 10 por cento do uso global da água. Um residente dos Estados Unidos, agora usa 262 litros de água por dia, em comparação com um dinamarquêsde150litros.

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Recursos hídricos no mundo

A agricultura, que representa cerca de 70% do consumo humano da água, oferece a melhor oportunidade para a economia. Reparar vazamentos e melhor irrigação em países pobres poderiam ajudar a reduzir o desperdício de até 70%, como poderia mudar para menos sedento culturas em regiões áridas

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Ahmet Mete SAATÇI, Ger Bergkamp, diretor-geral do Conselho vice-secretário-geral para o Fórum Mundial da Água, destacou a importância do 5 º Fórum Mundial da Água 10| REVISTA AMAZÔNIA

Prof. Dr. Oktay Tabasaran, secretary general of the 5th world water Fórum

Klaus Toepfer, Diretor do Programa Ambiental das Nações Unidas–UNEP

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Saatci disse que nas conferências preparatórias, o Fórum insistiu que ele chamou o "processo político", em que líderes nacionais, começando com os chefes de estado,secomprometamaresolverproblemasrelacionadosàágua. "Queremos que os políticos e os povos possam resolver os problemas", disse Saatchi. Ele disse que a maioria das soluções poderão ser encontrada com as autoridades locais, incluindo prefeitos, que tomem as decisões e as façam respeitá-las. Klaus Toepfer, Diretor do Programa Ambiental das Nações Unidas–UNEP e exdiretor executivo e ministro do meio ambiente da Alemanha, declarou que os problemas variam de uma parte do mundo para o outro. Mas o consumo d'água deveserreduzidoaolongodetodoomundoatravésdagestãoeconservação. O objetivo final do 5º Fórum é motivar ação para melhorar a gestão dos recursos hídricos no mundo, através da sensibilização para a importância de questões relacionadas com a água, por exemplo: a poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta,poiselaéusadaporesteparaserbebida,lavar-se,lavarroupaseutensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastecenossascidades,sendotambémutilizadanasindústriasenairrigaçãode plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejamelesagrícolas,esgotos,resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos daerosão. "Para que as medidas sejam tomadas

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José Luis Luege Tamargo, segundo da direita,secretário Ambiental do México, fala com Kadir Topbas,prefeito de Istambul, à esquerda e Hilmi Guler, ministro da Energia da Turquia, segundo à esquerda, e Loic Fauchon, presidente do grupo não-governamental do Conselho Mundial da Água,durante uma cerimônia no lançamento do 5o Fórum Mundial da Água reunião em Istambul, na Turquia, em que dezenas de países irão discutir formas de melhor gerir os recursos hídricos em todo o mundo. A Turquia assumiu a presidência da conferência, em uma cerimônia no México, que organizou a quarta fórum no ano passado, quando os participantes apelaram para soluções para a escassez e as desigualdades na mais básica das commodities.

e eficazes é necessário a consciência, apoiada por uma legislação, financiamento, gestão e capacitação,todososquaisserãopromovidosatravésdo5ºFórum",afirmouToepfer. A Turquia espera um número estimado de 20.000 participantes ao 5º Fórum, e que eles irão representar contrastantes pontos de vista, entre a oferta e a procura, ricos e pobres e os mundos desenvolvido e em desenvolvimento, pois o 5º Fórum é um lugar onde todos os que estão preocupados com as questões da água se reunirão para debater e buscar soluções para os principaisproblemasrelacionadosaoassunto. Napróximaediçãomostraremososresultadosdo5ºFórumMundialdaÁgua,emIstambul,naTurquia.

No Brasil

O Brasil é a maior reserva hidrológica do mundo. Da água doce disponível no país há pelo menos, em tese, 34 milhões de litro de água para cada brasileiro, embora 20% da população urbana não dispõe de rede de água e esgoto e 65% das internações pediátricas são causadas pela poluição da água. O Aqüífero Guarani, contem mais de 40 mil km³ d'água , volume superior a toda a água contida nos rios e lagos do planeta , e estende-se pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A água do Guarani já abastece muitas comunidades nos estados do SulSudeste do país. Estima-se que o aqüífero receba por ano 160 km³ d'água adicionais vindos da superfície. O desafio é impedir que estas águas AMÉRICA DO SUL estejam poluídas, para que ele não corra riscos de contaminação. Assim, poderíamos garantir que o abastecimento d'água para o Brasil estaria garantido, sem reciclagem e reaproveitamento por milhares e milhares de anos. Se fizermos uma conscientização geral, uma reciclagem, tratamento e reaproveitamento eficientes. Teremos água para sempre! AQUÍFERO GUARANI No Brasil, o consumo de água per capita multiplicou-se por mais de dez ao longo do século 20. Mesmo assim, existem milhões de cidadãos sem acesso a água de qualidade. É necessário um investimento significativo por parte das autoridades, que se não for efetuado poderá levar ao caos social derivado da falta d'água.

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Falta de acesso à água potável

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Morrem por ano 1,6 milhões por falta de água

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mestudodaONUrevelaqueafaltadeacessoa água potável e a um saneamento adequado matam por ano 1.6 milhões de pessoas no m u n d o. O r e l a t ó r i o a p r e s e n t a d o recentemente no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas afirma que a maioria das vítimas são criançascommenosdecincoanos. Catarina de Albuquerque, especialista da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento e autora do estudo, afirma que “o acesso a melhores serviços de saneamento é uma promessa não cumprida para quase 40%dapopulaçãomundial”. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o “acesso a um melhor saneamento diminuiria em 32% as doenças diarréicas”. Catarina Albuquerque refere que 23% da população mundial defeca ao ar livre, uma prática que “põe em perigo a saúde de toda a comunidade, porque aumenta as (incidências de) doenças diarréicas, incluindo o cólera, assimcomoinfecçõesporvermesehepatite”.

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A resolução deste problema resultaria num impacto econômico positivo nas regiões mais pobres do mundo, tendo em conta que “o custo do tratamento das doenças diarréicas representa 12% dos orçamentos nacionais em questão de saúde na África Subsariana”. No conjunto “as possíveis vantagens econômicas no investimento em água e saneamento poderiam chegar a 38 bilhões de dólares por ano”, explica a autora do estudo.

Catarina Albuquerque, de Portugal, é a primeira relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Água. A jurista portuguesa apresenta um vasto currículo nacional e internacional em matéria de Direitos Humanos, tendo, mais recentemente, chefiado um grupo de trabalho que preparou o novo Tratado para os Direitos Humanos, aprovado pela ONU.

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raços indígenas, belos reflexos da luz do pôr do sol na água, o carisma ribeirinho, os rios e o habitat amazônico, são as características que o público conferiu na Exposição “Amazônia: O Povo da água”, no Paiol da Cultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia –INPA, de 17 de fevereiro a 22 de março. A exposição é do fotógrafo Aldamir Chíxaro, natural do município de Humaitá e fotógrafo desde 1992. Chíxaro enfoca seu trabalho no fotojornalismo. A exposição reuniu obras de anos de trabalho mostrando o costume da população ribeirinha que vive à margem dos rios amazônicos. São fotos que, de acordo com o fotógrafo, foram tiradas nos rios Maués, Negro, Barcelos, Solimões, Madeira e Humaitá, além também de fotografias do Parque Nacional do Jaú.

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Amazônia:

o povo da água

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Ribeirinhos, rio Negro, Maués – Am

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Índia Sateré-maué saindo da água....em Maués - Am

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Sobre o autor

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Chíxaro tem experiência fotojornalísticas nas coberturas de imprensa durante a campanha pelas Diretas Já e no Carnaval do Rio de Janeiro. Matérias especiais para grandes órgãos de imprensa como Revista Amiga, Ele Ela, Manchete da Editora Bloch e Jornal do Brasil o credenciaram a trabalhar para importantes agências de fotografias: Agencia Atlantic Press, Agência Prisma e Casa do Vaticano. Alguns de seus ensaios resultaram em outras três exposições e prêmios de fotografia. Um deles foi o prêmio José Medeiros de Fotografia em 1991 pelo Museu de Arte Moderna.

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Jimmy Christian

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Pescador, rio Negro – Am

Aldamir Chíxaro

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População ribeirinha, lago Maués – Am 16| REVISTA AMAZÔNIA

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Parque Nacional do Jaú – Am

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Crianças indo para a Escola, Comunidade do Catalão – Am

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Pescadores, rio Solimões – Am

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Crianças ribeirinhas, rio Solimões – Am

Ensaios Fotográficos: Parque Nacional do Jaú; População ribeirinha; Lixão no Amazonas; Trabalhadores Braçais; Pescaria Profissional (Amazonas); Natureza; Rio visto de cima em preto e branco. Exposições: Prêmio José Medeiros de Fotografia; 30 dias na Bolívia; Amazônia e sua gente (em preto e branco). Prêmios: categoria “Fotojornalismo”, Revista Francesa Photo- Ed. Janeiro e Fevereiro de 1999. Jimmy Christian

Reflexo da água, amanhecer no rio Negro, Barcelos – Am

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Amazônia: O Povo da água do fotógrafo Aldamir Chíxaro

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Mais informações: www.chixaro.com Fones: (092) 8827-2964; (092) 8827-2864; (092) 3654-3118 Email: achixaro@yahoo.com.br Rua Rubem Mello,13 Bairro Flores –Manaus CEP 69048-324

No rio Madeira – Am

Festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, rio Madeira, Humaitá – Am

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Lago Maués – Am Criança no rio Negro em Barcelos- Am

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A água e a chuva É importante lembrar a questão da água. Ai surge uma pergunta frequente e interessante: Porque se diz que água potável vai acabar se as chuvas continuam as mesmas ou ate maiores?

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cho que os últimos acontecimento em SC, MG e SP dão uma pista. Tem água em excesso, mas não potável. Então é importante lembrar um detalhe. Chuvas não significam água disponível. A água das chuvas necessita ser captada e armazenada pelos solos (também cisternas e similares). A água deve ser retida pelo solo ou até mesmo pela vegetação. A água não pode escorrer superficialmente. Por isso é importante manter o solo permeável, e para tal necessita estar permanentemente protegidoporcoberturavegetal,depreferênciaflorestal, nas regiões tropicais e equatoriais. Água de chuva que encontra solo impermeabilizado (compactado, cimentado, asfaltado, construído) vai escorrer e voltar rapidamente para o oceano, e vai fazer falta.Vai agravar osperíodossecos. Muitos preferem não se preocupar com os solos compactados (compactados até pela própria chuva tropical intensa, quando o solo não estiver protegido superficialmente), e vai buscar água em poços. Mas água de poço de lençol freático ou de aqüífero necessitam ser repostos pela água das chuvas em solo

permeável. Água de poço (ate de artesiano) também acaba se não for reposta. Os que preferem não se preocupar em manter o solo permeável e armazenar toda a água da chuva, e que achavam que os poços atenderiam suas demandas, estão verificando estarrecidos que a água esta baixando, sumindo, acabando, como no oeste americano, inclusive Califórnia, na China, na Europa. E o que é pior, muitas vezesacompanhadoporafundamentodaterra.

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Portanto, nos brasileiros deveríamos cuidar muito bem da água de nossas chuvas. Inclusive de nossas chuvas. Está se verificando que as chuvas estão cada vez mais curtas e intensas; difíceis de serem captadas e armazenadas pelo solo, e por isso simplesmente escorrem superficialmente. De tal maneira que muitas vezes as comportas dos represamentos necessitam ser abertas para não romperem, o que causa inundações calamitosas a jusante. As chuvas quando caem em cima de áreas vegetadas, com cobertura vegetal permanente (árvores), podem precipitar até menos intensamente, e têm maior possibilidade de serem retidas e armazenadas no local de queda, na bacia hidrográfica, realimentandoosaqüíferoseoslençóisfreáticos. Até a população urbana pode colaborar na retenção de água das chuvas, mantendo área de infiltração em seus lotes (urbanos e rurais). Isso ajuda e reduzir ou mesmo evitar as enchentes. Enchente significa água que foi disponibilizada pela natureza, e que foi desperdiçada, e que vai faltar futuramente, agravando os períodos secos. Deve-se evitar as enchentes. Deve-se evitar os solos impermeabilizados,tantourbanoscomorurais.Deve-se

evitar a destruição das áreas cobertas por árvores. Feito issonãovaifaltaráguapotável!

CICLO DA ÁGUA Os seres vivos absorvem a água do ambiente para a execução das atividades metabólicas. O calor propagado do sol faz a água dos oceanos, mares, rios, solo e dos seres vivos evaporarem. A água evaporada sobe para a atmosfera, perde calor e origina as nuvens por condensação. Em seguida, precipita-se em forma de chuva, neve ou granizo. Tornando a incorporar os oceanos, rios e os seres vivos. Parte desta água forma os lençóis freáticos fechando o ciclo da água.

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Deputado Silas Câmara, presidente da CAINDR

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Luiz Alves

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SILAS CÂMARA É O NOVO PRESIDENTE DA CAINDR

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deputado Silas Câmara (PSC-AM) foi eleito presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, em substitutição a Janete Capiberibe (PSB-AP). Os deputados Sérgio Petecão (PMN-AC), Sebastião Bala Rocha (PDT-AP) e Dalva Figueiredo (PT-AP) também foram eleitos para os cargos de 1º, 2º e 3º vice-presidente, respectivamente. O novo presidente disse que vai tentar direcionar os trabalhos da comissão para os temas relacionados às subcomissões temáticas e especiais que eventualmente sejam criadas. Ele também defendeu que o colegiado "exerça o papel de ser um

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instrumento da integração nacional", uma vez que sua abrangência já extrapola a região amazônica. Atualmente, a comissão tem seis subcomissões, cuja manutenção será analisada pelos novos integrantes. "Nossa prioridade é fazer com que a comissão discuta em qual contexto a Amazônia está sendo tratada na política de integração nacional. Por exemplo: não dá para exigir os mesmos critérios para a instalação de um aeroporto em um município do interior da Amazônia e de um no interior de São Paulo. Há peculiaridadesquedevemserrespeitadas",disse.

Connecting Leaders

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14-18 JUNE 2009 EDMONTON - ALBERTA - CANADA

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Trem Verde, o Trem Bicombustível

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O Trem Verde da Vale

Vai circular com novo combustível e tecnologia avançada para reduzir emissão de poluentes

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Vale acaba de lançar um projeto inédito no Brasil, o Trem Bicombustível, que prevê a utilização da mistura gás natural e diesel em suas locomotivas. Os testes começaram na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), uma das ferrovias mais produtivas e eficientes do mundo. Nesta fase, serão investidos R$ 2,4 milhões e utilizadas diferentes concentrações de gás, variando entre 50 e 70%. Após os testes, a Vale irá avaliar a possível expansãodautilizaçãodogásnafrotadelocomotivasda EFVMeEstradadeFerroCarajás(EFC). A conversão dos motores das locomotivas para o gás natural permitirá a redução das emissões de CO 2 na atmosfera, provenientes da queima de combustíveis. Estima-se que, com o uso futuro de gás nas locomotivas 24| REVISTA AMAZÔNIA

dasferroviasEFVMeEFC,deixarãodeseremitidas73mil toneladas de CO 2 equivalentes na atmosfera por ano. Este número corresponde ao sequestro de CO 2 do reflorestamento de mais de 155 hectares de mata nativa e equivale, também, à emissão de uma cidade não industrializadadeaproximadamente9milhabitantes. Com a utilização de gás natural nas locomotivas, a Vale vai evitar uma quantidade de CO 2 superior ao que deixou de ser emitido por toda a empresa com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 (71 mil toneladas) em 2008, em locomotivas, caminhões fora-de-estrada e na geração elétrica. Em janeiro de 2007, a Vale antecipouse à Lei Federal 11.907/05 e passou a utilizar o B2 (mistura 2% de biodiesel e 98% de diesel comum). Em julho de 2008, substituiu o B2 pelo B3 (3% biodiesel e 97%dieselcomum). A primeira viagem do trem verde pioneiro no país foi feitaemdezembrode2008.Omotordeumalocomotiva modelo BB36 foi convertido para gás natural e a composição circulou com 168 vagões na malha da EFVM. Os investimentos da Vale nos novos motores a gás natural estão alinhados à estratégia da empresa de investir no mercado de gás, por meio da aquisição de participações em blocos exploratórios, ampliando seu consumo e as opções de geração energética. Desde 2007, a Vale investe em participações em consórcios para exploração de gás natural nas bacias sedimentares

Fotos Flávio Santos/Vale

brasileiras. A empresa já construiu um portfólio composto por 17 blocos. Em novembro de 2008, a Vale adquiriu a Petroleum Geoscience Technology (PGT) , empresa especializada em exploração e produção de petróleoegás.

Tecnologia Além dos motores a gás, mais uma tecnologia será implantada nos trens: os freios eletropneumáticos (ECP). Eles são dispositivos que facilitam o controle de velocidade e a rápida atuação dos freios em todos os vagões de uma composição, possibilitando ao operador melhor controle do trem. Os freios eletropneumáticos contribuem diretamente para ganhos de eficiência energética, garantindo economia de cerca de 5 % no consumodecombustível. Estrada de Ferro Vitoria a Minas (EFVM), Espirito Santo 100

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No sobrevoo ao Rio Madeira, UHE de Jirau

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Lula visita às obras das hidrelétricas do Rio Madeira Defende manutenção de investimentos para minimizar impactos da crise

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Fotos Ricardo Stuckert / PR

presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou recentemente em PortoVelho (RO), os canteiros de obras das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. As usinas estão entre as principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e têm custo estimado de R$ 21 bilhões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a manutenção dos investimentos como forma de minimizar os impactos da crise financeira no Brasil. Lula disse que "não se pode sentar em cima do dinheiro e esperar a crise passar”. “Esse é o momento em que a gente, com responsabilidade, tem que investir para gerar empregos. Quanto mais o mundo está em crise, mas nós aqui vamos fazer investimentos para combatê-la.”. Lula defendeu a construção e disse que as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau serão o paradigma para outras usinasqueogovernopretendeconstruirnopaís. No discurso, o presidente fez críticas à demora no processo de licenciamento ambiental para liberação do projeto das usinas.“Muitas vezes um governo toma posse e termina seu mandato sem conseguir licenciar uma obra desta magnitude". ( Jirau ainda não obteve a licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, necessária para iniciar a construção. As obras em andamento são apenas preparatórias,autorizadasporumalicençaparcial). Ele também destacou a construção do linhão que vai integrar as usinas ao sistema interligado nacional. “E por que é importante construir o linhão? Para não ter apagão. Eu posso garantir não vai ter apagão neste país.Vamos

Em Porto Velho entregou Certidões de propiedades de Imóveis

Lula e Ivo Cassol, Governador de Rondônia

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Nas instalações do Programa de Qualificação Profissional Continuada (Acreditar) 26| REVISTA AMAZÔNIA

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A usina hidrelétrica de Jirau terá uma potencia instalada de 3.300 MW quando entrar em operação, em 9 de janeiro de 2012, como prometeram os diretores do consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pela obra. A energia será distribuída para o sistema nacional que com a construção do linhão em corrente contínua, de Porto Velho a Araraquara (SP), ficará totalmente interligado. O presidente Lula explicou que, o linhão em corrente contínua representa a interligação do sistema energético nacional. "O sistema energético nacional ficará como uma teia de aranha, uma grande rede cooperativista, comunista, ou melhor uma rede socialista, de solidariedade, onde a o rio Madeira vai ajudar o rio Tocantins, ou o Tiete", disse Lula. "Ou seja, a energia produzida aqui poderá ser consumida em qualquer lugar do Brasil, e a energia produzida no Sul também pode ser consumida aqui no Norte", completou.

A UHE JIRAU

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construir todas as hidrelétricas que precisamos fazer", afirmou. O presidente disse ainda que está negociando com chefes de estado da América Latina a construção de empreendimentos binacionais para garantir a integraçãoenergéticadocontinente. O presidente participou em PortoVelho da formatura de trabalhadores inscritos no projeto Acreditar , que forma e capacita moradores da cidade, principalmente beneficiários do Programa Bolsa Família, para trabalhar nasUsinasdoComplexoHidrelétricodoRioMadeira. Em seguida, Lula participou da entrega de 2,4 mil escrituras a moradores de um bairro popular de Porto Velho beneficiados por um programa de regularização fundiáriafinanciadopeloMinistériodasCidades. O presidente Lula disse no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, em solenidade de lançamento do

Presidente Lula durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau

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Em visita a canteiros de obras

programa de qualificação profissional e empresarial, que o empreendimento é como um filho para o Brasil. "É um filho que nasceu no período pós-apagão, que teve uma gestação complicada, com complicações do Ibama, mas que nasce forte e na sua maioridade vai produzir a energia que o Brasil precisa conquistar a segurança energética que necessita para o seu desenvolvimento". A Cachoeira do Teotônio, no Rio Madeira

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Wilson Dias/ABr

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Lula discursa durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau

Lula durante ato alusivo à visita ao Projeto Acreditar

Cumprimentando trabalhadores das obras da UHE de Jirau

Projeto Acreditar

Assinado em Brasília, em fevereiro deste ano, o documento prevê a abertura de 10 mil vagas para qualificação profissional de beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família para prepará-los para oportunidades de emprego nas obras da empresa no país. O Acreditar também prevê medidas para coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes nos canteiros de obras e ações de promoção da segurança alimentar dos trabalhadores, como o fornecimento de alimentação saudável e o incentivo à utilização de produtos regionais oferecidos pela agricultura familiar. No Projeto Acreditar, os aprendizes têm cursos gratuitos de pedreiro, armador, soldador, carpinteiro, vibradorista, ajudante, mecânico de equipamentos leves e pesados, eletricista de corrente alternada e de máquinas e equipamentos, operador de carregadeira, de caminhão fora de estrada, caminhão basculante, motoniveladora, escavadeira hidráulica, trator esteira e carreta de perfuração. Ele é resultado de acordo de cooperação técnica firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social e a Norberto Odebrecht Engenharia e Construções S.A. Alzenira da Silva Costa, escolhida pelos alunos como sua representante oficial, por ser destaque durante os cursos do Projeto Acreditar, como sua representante oficial. Aos 32 anos, solteira, mãe de dois filhos, Alzenira concluiu o módulo básico do projeto (32 horas), que traz informações sobre saúde, meio ambiente, segurança e psicologia do trabalho em janeiro. Às vésperas de concluir o módulo técnico, cuja carga horária varia de 32 a 200 hroas, Alzenira aprendeu também a discursar: “Sinto-me não como uma pessoa comum, mas como uma brasileira com princípios e valores éticos. Acredito muito mais em mim, como pessoa, profissional e cidadã”. “Há 60 anos, educar pelo trabalho e para o trabalho já era um lema de nosso fundador, Norberto Odebrecht”. Para comprovar suas palavras, Alzenira devolveu ao presidente Lula o cartão do Bolsa-Família, cujos recursos lhe ajudaram a sustentar os filhos até que concluísse sua capacitação e encontrasse emprego fixo, com carteira assinada, na própria construtora. REVISTA AMAZÔNIA |27

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O PRÍNCIPE CHARLES NO BRASIL O herdeiro da coroa britânica, quer ajudar a captar recursos dos países desenvolvidos para preservar a Amazônia

O herdeiro do trono britânico, príncipe Charles, e sua mulher Camilla Parker Bowles na saída do Congresso Nacional, após visita aos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, Michel Temer

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Fotos David Alves/Ag Pa

NO PLANALTO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o príncipe de Gales, Charles Philip Arthur George, e a esposa dele, CamillaParker-Bowles,aduquesadaCornualha. OcasalrealsubiuarampadoPaláciodoPlanalto,acenou para a imprensa e foi recebido por Lula e a primeiradama,MarisaLetícia,nomezanino. À noite, Charles e Camilla participaram de um jantar no Palácio do Itamaraty, oferecido pelo ministro das RelaçõesExteriores,CelsoAmorim. Depois, eles embarcaram para o Rio de Janeiro, onde o príncipe teve (12) reuniões com empresários e participou de um seminário sobre meio ambiente, liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento EconômicoeSocial(BNDES). Segundo Charles, o Brasil vem mostrando grande liderança para identificar formas de reduzir e, se possível, anular os efeitos das mudanças climáticas. "Há poucomaisdeumanolanceioProjetoFlorestasTropicais (ou Rainforests Project no original em inglês) para sugerir como países soberanos poderiam considerar auxílios para lidar com o desmatamento". A ideia central do projeto é que os países desenvolvidos, que contribuíram, mesmo que involuntariamente, para a crise climática atual, podem compensar as nações ricas em florestas tropicais que reduzirem suas derrubadas. "Queremos fazer as árvores valerem mais em pé do que mortas". NO CONGRESSO O príncipe e sua mulher foram recebidos no Congresso pelos presidentes da Câmara, MichelTemer (PMDB-SP), edoSenado,JoséSarney. Segundo Sarney, o herdeiro do trono britânico reforçou a importância da participação da iniciativa privada e da sociedade civil no processo. Sarney, por sua vez, afirmou ter ressaltado a Charles que o Brasil tem a melhor legislação ambiental do mundo e que é o único país que temasleisambientaisemnívelConstitucional.

"VISITA AMBIENTAL" Charles e sua mulher realizaram no Brasil uma "visita ambiental", com o objetivo de promover a discussão sobre a preservação da floresta amazônica e se reunir com líderes empresariais locais para discutir ações contra o aquecimento global. O príncipe de Gales focou sua visita no meio ambiente e não escondeu a intenção do governo britânico em compartilhar decisões para a conservaçãodaAmazônia. – Sei que ambos os países compartilham o desejo de dar um fim ao desmatamento o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que se executa um desenvolvimento de dinâmica sustentável – ressaltou. Ao propor uma aliança entre ONGs, poder público e iniciativa privada para levar adiante um projeto sustentável de conservação, o herdeiro da Coroa Britânica deu um prazo de 100 meses para agir – tempo que, segundo projeções "otimistas", os habitantes do

planeta têm para evitar "uma mudança inexorável do clima",comaumentode2grausnatemperatura. Charles, acompanhado de sua esposa, a duquesa de Cornualha, Camilla Parker-Bowles, fez seu discurso no Palácio do Itamaraty, e propôs que os governos emitam bônus para financiar a preservação das florestas tropicais e promover o desenvolvimento das nações emergentes. Os bônus, a princípio doados "e não emprestados", seriam amparados pelos governos e vendidos ao setor privado, que financiariam. A ideia seria pagar pela manutenção das florestas: quanto mais seconserva,maisserecebe. Apesar de elogiar as iniciativas "construtivas" e "de vanguarda" do Brasil, como o Fundo Amazônia, o príncipevislumbrouumlongocaminhopelafrente. – Fizemos tratados, mas estamos muito distante de atingir essas metas contra o aquecimento global – alertou. – Com o perdão da expressão, não podemos perder de vista a floresta para dar atenção às armas. Será

O príncipe Charles recebe um colar do cacique Raoni

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Príncipe Charles e sua mulher Camilla Parker Bowles visitam o presidente 28| REVISTA AMAZÔNIA

Charles e as passistas na favela da Maré

Charles e Camila plantaram uma muda de ipê amarelo

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queacrisedehojenãonosdizquesóodesenvolvimento sustentável poderá ser a força motriz para o desenvolvimentofuturo? Após o discurso, enquanto o príncipe almoçava com empresários e autoridades no Itamaraty, Camilla visitou oInstitutoNacionaldeTraumatologiaeOrtopedia(Into), ondebuscousabermaissobreosteoporosemasculina.

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NO JARDIM BOTÂNICO No Jardim Botânico, o casal esteve com o ministro Carlos Minc,ocaciqueRaoni,oatorVictorFasano,hojesecretário EspecialdeProteçãoeEfetivaçãodosAnimaisdoRio. Em seguida, Charles e Camilla visitaram a exposição Um A visita de Charles e Camila no Jardim Botânico

Olhar Botânico, da inglesa Margaret Mee, seguindo para uma caminhada até o Chafariz Central. Depois, sob uma centenária sumaúma, o casal real presenciou a leitura de uma carta por jovens do projeto De Olho no Clima, uma iniciativa do British Council para aumentar o conhecimento e a ação em torno do tema mudança climática no Brasil. Por fim, Charles plantou uma muda de ipê amarelo que registrará sua visita ao Brasil.Após plantar a muda, o príncipe foi recepcionado por ambientalistas e representantes da comunidade britânica. Na oportunidade foi oficializada uma parceria entre a ONG brasileira Conexão e a britânica The Prince's Youth Business International (YBI) para apoiar jovens empreendedores brasileiros no Rio, em São Paulo e em BeloHorizonte.

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O Príncipe Charles e Camila Parker com Eduardo Braga, no Palácio Rio Negro

prêmio“Amigo da Floresta e do Clima”, concedido pelo Governo do Estado e pela Organização NãoGovernamental(ONG) ambientalista Conservação Internacional. Depois da Reunião, ocorreu um encontro com lideranças indígenas da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) que entregaram uma cartacomváriasreivindicações.Tambémestánaagenda umavisitaafavelasnobairroZumbidosPalmares. COMPROMETIDO COM A DEFESA DA AMAZÔNIA O governador do Amazonas, Eduardo Braga, revelou após participar de uma reunião fechada com o príncipe Charles, no Palácio Rio Negro, em Manaus, que o herdeiro do trono britânico assumiu o compromisso de trabalhar em defesa da preservação da floresta amazônica e da promoção do desenvolvimento sustentável da região. O príncipe Charles assumiu, claramente, durante o encontro com os governadores, o Recebendo o Prêmio Amigo da Floresta e do Clima

entre os líderes desses países para apoiar a floresta. Ele também sugeriu o estabelecimento de um fundo de compensações pelos serviços prestados pela floresta, seja de governo a governo, a exemplo do que já há entre o Brasil e a Noruega, ou da iniciativa privada como o governo.SegundoEduardoBraga,oencontrosuperouas suas expectativas, porque o príncipe Charles passou a compreender melhor as ações colocadas em prática no Estadoparafortalecerodesenvolvimentosustentávelda região, combater as mudanças climáticas e proporcionar melhores condições de vida e mais dignidade aos guardiõesdafloresta. ABERTURA Durante o encontro, Braga falou sobre a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas, Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, que viabilizou a criação do Fundo de Mudanças Climáticas e está revertendo suas aplicações para o desenvolvimento de atividades como monitoramento, fiscalização, realização de inventário, conservação e manejo sustentável. Braga defendeu, ainda, a abertura do mercado britânico para produtos da floresta ou made in Zona Franca de Manaus, que poderiam ingressar naquele país sob o amparo de tarifas diferenciadas, ganhado, desta forma, maior competitividadediantedosimportadoschineses.

Príncipe Charles na Amazônia PRÍNCIPE CHARLES EM MANAUS O Príncipe Charles e Camila Parker, foram recepcionados pelo governador do Amazonas, Eduardo Braga, no Palácio Rio Negro, onde receberam o um diploma do

compromisso de tentar articular já a partir da próxima reunião do Grupo dos 20, que deverá ser realizada dentro de duas semanas em Londres, uma ação política

COM OS INDÍGENAS Jecinaldo Sateré, dirigente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), disse que o príncipe Charles, prometeu aos representantes de povos da floresta e de populações indígenas do Amazonas, Acre e Amapá, apoio às

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Amazonas Shopping Av. Djalma Batista, 482 - Lj. 246 LM Fone: (92) 3637.6574 Manaus-AM

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A Floresta Nacional do Tapajós A Flona Tapajós é uma área composta essencialmente por espécies nativas e que tem como objetivo essencial o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica voltada para a exploração sustentável, permitindo a permanência de população tradicional já existente no local. Situada no oeste paraense, a Floresta Nacional do Tapajós é uma unidade de conservação criada por decreto, em 1974. Com área aproximada de 545 mil hectares, administrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a Flona do Tapajós inclui os municípios de Belterra, Aveiro, Rurópolis e Placas. Os acessos à floresta podem ser pela BR-163, partindo do município de Santarém, ou pelo Rio Tapajós. Dentro do novo modelo de desenvolvimento do governo do Pará, baseado na intensificação do uso da tecnologia a produtos e processos, três Parques de Ciência e Tecnologia (PCT) estão em fase de construção no Estado, seguindo a vocação econômica de cada região: os Parques Guamá, em Belém; Tocantins, em Marabá; e Tapajós, em Santarém. O PCT Santarém está direcionado às tecnologias da madeira, agricultura tropical, pesca e aquicultura.

Governadora Ana Júlia Carepa e o príncipe Charles visitam projetos ambientais em Santarém e conversam sobre a preservação de florestas tropicais

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populações tradicionais dessa região. “Ele prometeu à Aliança dos Povos da Floresta que irá trabalhar alternativas e será um aliado dos povos tradicionais da Amazônia no combate às questões que afetam o bemestar da região, sobretudo no que se refere ao tema das mudançasclimáticas”,afiançouJecinaldo. NO PARÁ, NA FLORESTA DO TAPAJÓS

O príncipe de Gales, Charles Philip Arthur George Mountbatten-Windsor, herdeiro da Coroa britânica, visitou os projetos ambientais em Santarém, no oeste do Pará, onde teve um encontro com a governadora Ana Júlia Carepa, pesquisadores e lideranças locais. Foi à vila de Alter do Chão e de lá seguiu de barco ao município vizinho de Belterra, onde visitou a Floresta Nacional do Tapajós. Em Belterra, o príncipe visitou a comunidade do Maguari e conheceu detalhes do Projeto Barco Saúde & Alegria. Em seguida, embarcou no barco Ana Beatriz,

acompanhado de uma comitiva de cerca de 30 pessoas, entre elas o embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton; membros da imprensa inglesa, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores e doConsuladodoItamaraty. Tarso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, presente na comitiva, explicou que, por meio de um mecanismo global de investimentos, baseado na quantidade da emissão de gás carbônico na atmosfera, países tropicais receberão benefícios de outros países. No Brasil, o valor será gerenciado por meio do Fundo Brasileiro Amazônico, que possui sete áreas de atuação, como as áreas protegidas. Ele lembrou ainda os desafios específicos de uma região com a dimensão territorial da Amazônia. Até a reunião de Copenhagen (Dinamarca), em dezembro deste ano, será definido o volume destes investimentos, garantiu Azevedo, destacando que a NoruegajágarantiuaoBrasil,para2009,U$100milhões.

Príncipe Charles, a governadora Ana Júlia Carepa e o governador Waldez Góes na comunidade do Maguari, no município de Belterra, na Floresta Nacional do Tapajós no Estado do Pará

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Charles e Ana Júlia não resistiram ao carimbó Ao chegar em Alter do Chão

SUSTENTABILIDADE A visita do príncipe à região paraense do Baixo Amazonas foi também uma resposta ao convite feito pela governadora Ana Júlia quando ela esteve em Londres, em abril do ano passado. Charles demonstrou interesse nas políticas ambientais do Estado, principalmente no 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, maior programa mundial de reflorestamento. Desenvolvimento sustentável, gestão de recursos naturais e cooperação global para proteção do patrimônio ambiental são preocupações do príncipe Charles, que há décadas trata dos temas por meio da fundação que dirige, a Prince's Rainforest Project (Os Projetos de Florestas Tropicais do Príncipe). A comunidade do Maguari, em Belterra, é uma das que recebem apoio da fundação, que investe em projetos de

Conhecendo Casa da Farinha na comunidade do Maguari

O Telecentro, projeto de inclusão digital da ONG Saúde e Alegria, no município de Belterra

captação de energia solar, com benefícios para uma média de 70 famílias habitantes do local. Os moradores de Maguari têm no artesanato uma das principais fontes de renda. A partir do latéx, matéria-prima da borracha, artesãos constroem miniaturas, enfeites e acessórios (bolsas, colares, pulseiras etc). O resultado deste trabalho foi mostrado ao príncipe que, atendendo ao convite da governadora, também ensaiou alguns passos de carimbó, ritmo característico do Pará. Em seguida, junto com a comitiva, eles fizeram uma breve caminhadanaFlorestadoTapajós. Depois de quase 20 anos, o príncipe retornou ao Pará, ondeesteveem1991,ocasiãoemquevisitouaSerrados Carajás.

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A visita do príncipe Charles ao Pará atende a um convite da governadora Ana Júlia Carepa, feito em abril de 2008 em Londres Os projetos sociais na Floresta Nacional do Tapajós

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Fotos Celso Roberto, David Alves, Eunice Pinto, Lucivaldo Sena, Tamara Saré / Ag. Pará, Marcelo Martins e Jeziel Rodrigues

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Marcha pelas ruas e avenidas marcou a abertura do FSM Amazônia

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DA ÁFRICA PARA A

Amazônia U ma marcha denominada “Da África para a Amazônia”, pelas ruas e avenidas marcou a abertura e o início oficial da nona edição do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém do Pará, com a presença de movimentos sociais e organizaçõesdasociedadecivil,reunindováriasetnias. Antes da grande caminhada de abertura do Fórum

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Social Mundial (FSM) 2009, negros e indígenas fizeram uma saudação inicial aos participantes em ato sociopolítico, organizado pelo Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Uya (Alfaia) e Grupo de Trabalho do Índio. A manifestação ocorreu em palco armado na praça Pedro Teixeira, centro da capital do Pará, assistida por milhares de pessoas. Eles representaram a vinda do

FSM da África para Amazônia, a despedida dos africanos easboasvindasdosnativos. “É uma cerimônia em homenagem à terra e às águas, em que invocamos as divindades africanas Omolu e Ogum, respectivamente, e Nanã, que representa a mistura harmônica. Como são divindades ancestrais fazem parte da criação do universo, na cosmovisão africana, da busca do eterno equilíbrio da diversidade”,

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A governadora na caminhada 0

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afirmou Edson Catendê, coordenador da Alfaia. Zélia Amador de Deus, do Cedenpa, disse ainda que“negros e negras brasileiros são resultado do doloroso sequestro aos nossos povos no continente africano. Não brotamos no meio do oceano Atlântico. Nossos ancestrais são portadoresdemuitaculturaevalorescivilizatórios”. No ritual afroreligioso, foram lidos poemas de líderes negros, como Nelson Mandela (África do Sul) e Amílcar

Cabral (Guiné-Bissau). As cantoras Antónia Jimenez (Cuba), Agnez Ruiz (Catalúnia) e Cláudia Peniche (Brasil) saudaram os participantes com a música “Gracias a la vida”. Em seguida, teve o ato de transferência do FSM para os povos indígenas na Amazônia, “presente e futuro da humanidade”, debaixo de forte chuva que caiu em Belém. Os índiosTembé do município de Santa Maria do Pará marcaram presença. “Sem a nossa

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A religiosidade africana, representada pelos orixás, esteve presente no ritual de saudação aos participantes do FSM 0


Frente ao navio do Greenpeace na Estação das Docas, o início da concentração da marcha

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terra é difícil resgatar nossas raízes”, ressaltou Pina Tembé. Outras etnias do Pará, Amapá e Amazonas tambémestiveramrepresentadas. Para Alfredo Sfeir-Younis, coordenador do Instituto Zambuling para laTransformacion Humana, o FSM é um espaço público que reúne 100 mil pessoas, aproximadamente,visandoatransformaçãonãoapenas do Estado.“Este é um momento histórico e cultural para

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Na Avenida Nazaré, a governadora Ana Júlia Carepa se integrou à caminhada

A marcha debaixo da chuva tradicional

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Belém centro da cidadania planetária e referência mundial no combate à desigualdade, à injustiça, à intolerância, à devastação ambiental

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o mundo, mas não só para economia. Ela está à falência. Hoje, não devemos pensar apenas em mudar governo, mas uma nova forma de governar sem esquecer das problemáticas sociais. A crise é uma crise coletiva”, avaliou. Após a saudação dos Negros e Indígenas a marcha saiu da escadinha do Cais do Porto, na orla da Baía do Guajará (CidadeVelha) e seguiu, até a Praça do Operário, em São

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Brás, percorrendo cinco quilômetros pelas avenidas PresidenteVargas, Nazaré e Magalhães Barata. Cerca de 50 mil pessoas seguiram a caminhada, grande parte embaixo de chuva, dentre elas, estudantes, índios e quilombolas, representantes de movimentos religiosos, cooperativas, organizações ambientalistas, partidos políticos e entidades internacionais, como a Campanha de Articulação Global para Abolição da Guerra e a

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IniciativadasPessoasdoSuldaÁsia(SAPI). Com esse evento, Belém assumia o papel de “centro da cidadania planetária e referência mundial no questionamento à desigualdade, à injustiça, à intolerância, à devastação ambiental”, assim como na luta contra os maisdiversostiposdepreconceitos. Na avenida Nazaré, a governadora Ana Júlia Carepa se integrou à caminhada no bloco do Partido dosTrabalhadores (PT), acompanhada de secretários de Estado e assessores.“O FSM chama atenção para a importância da Amazônia equeaqui,alémdeflorestatemgente,gentequequervivercomdignidade”,enfatizou. Para ela, é necessário combater a pobreza com um novo modelo de desenvolvimento para distribuir os benefícios da riqueza a todos.“Estamos chamando a atenção do mundo ao Pará e ao nosso governo, que fomenta um novo modelo de desenvolvimento sustentável, econômica e ambientalmente. Temos o maior programa de

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reflorestamento, que é o 1 Bilhão de Árvores para Amazônia”,afirmou. Ana Júlia Carepa acrescentou que o governo do Estado apoia o FSM não apenas na infraestrutura, mas para que as discussões contribuam para o novo modelo de desenvolvimento. ”Nos preocupamos em agregar valor aos nossos recursos naturais sem agressão ao meio ambiente. Esta é a possibilidade de termos um mundo maisjustoesolidário”,acredita. Na Praça do Operário, a programação se estendeu com apresentações e rituais de povos indígenas de vários Estados amazônicos. “Companheiros e amigos indígenas e não indígenas, estou feliz pelo encontro em que cada povo vem aqui neste palco dizer a sua mensagem no dia de abertura do Fórum Social Mundial”,disseocaciqueSuruí,doEstadodeRondônia. O Fórum Pan-Amazônico chamava a atenção do mundo, através de sons e movimentos característicos, para a luta destes povos e demais bandeiras levantadas contra a desigualdadesocial.

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A seguranテァa estava nos trinques...

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Na Praテァa do Operテ。rio o ato-show

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Salve a Amazônia

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Fotos Lucivaldo Sena / Ag. Pará e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

ndígenas do Brasil, Peru, da Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guatemala e de outros países das Américas Latina e Central posicionaram-se para chamar atenção para os perigos enfrentados pela floresta amazônica, utilizando os próprios corpos, com uma mensagem no campo de futebol da Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA , para escrever a frase “Salve a Amazônia”. A imagem foi filmada e fotografada do alto por equipes em helicópteros que sobrevoavam o local da manifestação, que ocorreu na Universidade Federal Rural da Amazônia. Com essa imagem, os participantes do ato esperavam mobilizar líderes mundiais para priorizar a Amazônia e os direitos dos povos indígenas – Um pedido de socorro para a

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Índios de diversas etnias e representantes de povos indígenas

sobrevivênciadaflorestaeseupovoamazônico. O protesto foi organizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Sixto Alverca Cruz, do Peru, membro de uma entidade que luta contra as mineradoras no Peru, veio ao Fórum reclamar da intervenção de empresas chinesas de mineraçãonaregiãoemqueelevivenonortedopaís. “O governo está desconhecendo os nossos direitos indígenas, coletivos e individuais. Nós viemos aqui propor uma agenda para ser ouvida pelo mundo inteiro. As empresas transnacionais de mineração e o avanço dos transgênicos vão prejudicar muito a soberania alimentar e, além disso, a instalação dessas mineradoras no Peru vai contaminar os rios da Amazônia, tudo está interligado”,defendeu. IzaTapuia, do Conselho IndígenaTapajósArapiuns, disse que o ato fazia parte da campanha que a Coiab estará lançandoduranteoFórumSocial. Logo cedo, centenas de índios de diversas etnias e representantes de povos indígenas da Bolívia e Equador foram em marcha na direção da Tenda Indígena, onde emumaáreapróximadaTenda, realizaramváriosrituais emanifestaçõesculturaistradicionais. Bekway , da liderança Kaiapó disse que o FSM é uma oportunidade de mostrar para as gerações futuras, as lutas realizadas em favor dos povos indígenas. "Estamos aqui para aproveitar para mostrar a tradição e todo o aprendizado repassados pelos nossos pais, avôs e tios. Mostrarissoaosmaisjovens".

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COMPROMISSO COM A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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ambém estou certa de que a integração amazônica é um caminho promissor para a cooperação que queremos estabelecer com nossos irmãos da África e também prezo por uma cooperação Norte/Sul fraterna e respeitosa”, enfatizouAnaJúliaCarepa. Na opinião da governadora do Pará, “a cooperação é fundamental para gerar oportunidades aos Estados”, ao mesmo tempo que esse tipo de trabalho“exige parceria comosmovimentossociais”.AnaJúliaCarepaagradeceu apresençadosmaisde300prefeitosegovernadoresque vieramaBelémparticipardoFala. Ela disse que o governo trabalhou muito para a realização de uma série de eventos que ocorreram em Belém durante a semana, no âmbito do Fórum Social Mundial, e destacou o apoio incondicional do governo Lula. A realização do Fala, por exemplo, teve o apoio de dezenasdeparceiros,citadospelagovernadora. Entre os parceiros no Brasil, Ana Júlia Carepa agradeceu especialmenteaoBancodaAmazônia,àEletronorteeao Ministério doTurismo. A partir do encontro de Belém, o Pará vai sediar a coordenação do Fala e sua secretaria técnicaeexecutiva.“AgradeçoespecialmenteàRedeFAL que agora tem um filho novo, o Fala, que pode contar comomeuapoio”,disseagovernadora.

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Declaração da Amazônia Coube a Nazaré Imbiriba, diretora técnica do Fala e chefe da Coordenação Internacional de Desenvolvimento Sustentável - CIDS, do governo do Pará, ler a Declaração daAmazônia,comasconclusõesdasdiscussõesocorridas duranteoFala. O documento considera o Fala como um importante espaço de debate e de construção de diretrizes para o enfretamento da crise internacional; reitera o papel do 42| REVISTA AMAZÔNIA

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A integração amazônica é um caminho promissor

Reconhecimento No ato de enceramento, a representante da província de Milão (Itália), Irma Dioli, entregou uma comenda à governadora Ana Júlia Carepa pelo empenho dela no apoio e promoção do Fórum de Autoridades Locais (FAL). Em 2008, Irma esteve em Belém, onde assinou umprotocolodecooperaçãocomogovernodoEstado. A província de Milão é a maior da Itália, com 189 municípios e quatro milhões de habitantes. Só a capital milanesa tem cerca de um milhão e meio de pessoas. O protocolo firmado com o Pará garante a cooperação na áreadomeioambienteeintercâmbiosculturais. Ao final da cerimônia de encerramento do Fal-Fala, a prefeita de Andulo (Angola), Maria Lúcia Ganja, entregou presentes à governadora Ana Júlia Carepa, como gesto de agradecimento pelo trabalho do governo feito em favor da promoção da cooperação internacional.

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A governadora Ana Júlia Carepa reafirmou o compromisso de ampliar a cooperação internacional entre os países amazônicos, durante o ato de encerramento da I Assembléia do Fórum de Autoridades Locais da Amazônia – FALA

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Fala como mecanismo de diálogo político e plataforma de cooperação das autoridades locais; declara o compromisso de atuar em favor da construção de políticaspúblicas;econdenaaspolíticasneoliberais. 1.

Entreosdias28e31dejaneirode2009,em BelémdoPara,autoridadeslocaisseencontraramno marco do IX FSM celebrado na Amazônia brasileira, com a participação de municipalidades, redes de cidades de todo o mundo, movimentos e organizações do Fórum Social Mundial, representantes de governos regionais e nacionais, e deorganismosinternacionais. 2. Uma vez mais o FAL afirma a importância da cooperação e da organização em redes entre diferentes níveis de governos territoriais e da aliança com os movimentos sociais para a construção de Nazaré Imbiriba, coordenadora do Programa de Cooperação Internacional do Estado do Pará, faz a leitura da Declaração da Amazônia

outro mundo possível em um contexto de crise estrutural global. Afinal, o próprio FAL e composto por representantes políticos locais que provem e são militantessociais. 3. EsteVIII FAL se reúne no momento em que o mundo assiste a uma crise global de dimensões e duração desconhecidas, com impactos brutais, cujos efeitos se manifestarão em maior medida nas populações e territórios mais desfavorecidos. Esta crise não e só uma crise financeira. O mundo deWall Street e as propostas do Fórum Econômico de Davos naufragarão e levaram a humanidade a uma crise de civilização. Esta crise global e ao mesmo tempo uma

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A representante da província de Milão – Itália, Irma Dioli, entregou uma comenda à governadora Ana Júlia Carepa pelo empenho ao apoio e promoção do FAL

crise econômica, social, ambiental, energética, alimentar, e tem expressões terríveis, como o belicismo e a barbárie a que assistimos recentemente com o massacre do povo palestino na Faixa de Gaza. Porem, esta crise e também uma derrota do unilateralismo neoconservador e da ideologianeoliberal. 4. Frente a este panorama desolador, vai tomando corpo um mundo de alternativas que avança de formas diversas em espaços locais, metropolitanos – importante destacar que hoje mais da metade da população mundial e urbana – nacionais, regionais e globais, criando expectativas e esperanças de novos horizontes para um outro mundo possível. Os processos de integração dos povos e das regiões, o novo multilateralismo, as experiências de democracia participativa, as políticas ativas de inclusão social, o ressurgimento das políticas e do espaço publico, a defesa dos direitos humanos, culturais, lingüísticos, o respeito a diversidade e ao valor da solidariedade, as propostas de cooperação sul-sul, a idéia da aliança de civilizações, a promoção da cultura de paz e da nãoviolência, a construção de metrópoles solidarias. Assim como a superação de sistemas econômicos baseados na exploração sistemática e insustentável dos recursos naturais para satisfazer a demanda consumista sem controle, as experiências positivas que demonstram que e possível uma economia social e ambientalmente justa, os novos modelos territoriais baseadas na sustentabilidade dos recursos e em uma repartição equitativa dos mesmos, são algumas expressões deste novo mundoquequeremosconstruir. 5. Neste contexto de crise e de novas alternativas emergentes, o local, o território, se converte no cenário onde se decidirão esses importantes desafios. Nos últimos anos, os governos locais da rede FAL estabeleceram relações e alianças com os movimentos sociais e a cidadania, construindo redes de autoridades locais (FALP, Plataforma Mundial de OPs, FALA), impulsionando formas inovadoras democráticas e inclusivas de gestão local. Conseguimos também constituir o FAL como uma rede de governos locais, substituindo

modelos rígidos, centralizados e burocráticos, por alternativas de organização horizontais, descentralizadas e flexíveis, praticando uma solidariedade local-global, isto e, combatendo as causaseosefeitoslocaisdaglobalizaçãoexcludente. 6. O FAL impulsiona a construção de uma estratégia internacional-local articulada por numerosascidades,baseadanasolidariedadeéticae política,nocombateasmúltiplasformasdeexclusão edediscriminaçãodosdiretoshumanosesociaisnos territórios. Defendemos o potencial emancipatório das iniciativas de base local quando expressam alianças dos poderes locais com a cidadania, concretizando-se em políticas publicas democráticas participativas e inclusivas, que a f i r m a m p o l í t i c a s e m a n c i p ató r i a s d e empoderamento das mulheres. A equidade de gênero precisa ser uma prioridade no desenvolvimentodascomunidadeslocais. 7. A Rede FAL defende que esta nascendo um

Ana Teresa Vicente – Prefeita de Palmela (Portugal), no encerramento do FAL/FALA

novo internacionalismo de solidariedade localmundial com todas as lutas pela democracia e a justiça global. Este movimento inclui cada vez mais redes de municípios, cidades e regiões de governos democráticos, desenvolvendo ações que não se limitam aos espaços institucionais ou a esferas estatais. A Rede FAL defende uma ética de solidariedade, uma cultura internacionalista e uma ação política global. Podemos imaginar e lutar por territórios diferentes e melhores, mais humanos e sustentáveisparavivermos. 8. As cidades e territórios são espaços de reinvenção da democracia. Precisamos trabalhar a partir do local, em nível nacional e internacional, pois isso permite articular a luta pela mudança democrática e a transformação social, por um desenvolvimento sustentável, inclusivo e com respeito aos direitos humanos nos territórios, pela integração dos povos e por um novo sistema mundialmaisjustoedemocrático. 9. Para a Rede FAL, a cooperação internacional descentralizada e horizontal, constitui um importante instrumento para melhorar as capacidades dos poderes locais, assim como e um instrumento importante para fazer frente aos impactos da globalização, e possibilita a luta coletiva por uma mundialização alternativa. Reafirmamos a

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Chico Whitaker, um dos idealizadores do FSM

necessidade de pensar e atuar local e globalmente, e que esse outro mundo possível e necessário começa pelas cidades com a aliança estratégica com os movimentossociais. 10. O VIII FAL, reunido em Belém do Para, no marco do FSM, tem a tarefa urgente de contribuir com o esforço coletivo de construção das alternativas, no contexto da crise mundial do capitalismo, e impulsionar um controle democrático da economia e do Estado. As alternativas a serem promovidas pelos governos locais que integram a Rede FAL, implicam a promoção de valores universais comuns, baseados nos princípios da justiça social, da equidade e da sustentabilidade ambiental. 11. O VIII FAL em Belém aporta reflexões e propostas sobre cinco grandes eixos temáticos para apresentar uma agenda de futuro que reforce o compromissoeopapeldomovimentomunicipalista com esse outro mundo possível. O FAL manifesta o compromisso, mais uma vez, em seguir construindo e fortalecendo a organização mundial CGLU, compartilhando as suas propostas através das comissões onde temos mais responsabilidades e somos mais ativos: Inclusão Social e democracia participativa, Cidades de Periferias para Metrópoles Solidarias, Cooperação Descentralizada, Cultura, Diplomacia das Cidades. Assim como demandamos que essas propostas e reflexões sejam levadas em conta por nossos movermos nacionais e pelos organismosinternacionais.

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Gunter Simon, do Programa Regional Amazonía OTCA-DGIS-BMZ-GTZ, Francisco Ruiz da OTCA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e Ronaldo Hühn, nosso editor REVISTA AMAZÔNIA |43

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O FMJ teve como tema central "Judiciário, Meio Ambiente e Direitos Humanos"

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conferência de abertura foi feita pelo presidente doTribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, teve como tema "O STF e os 20 anos de Constituição". Em seu pronunciamento, evocando o histórico da Constituição Federal, Carlos Ayres Britto, disse que juridicamente, o Brasil é um país primeiro mundista.Também admitiu que a Justiça brasileira é conservadora "talvez em demasia". "O Judiciário acaba crucificando no madeiro da segurança jurídica qualquer idéia de progresso. Mas tal rigidez se explica por um choque cultural entre um Judiciário que é por natureza conservador e uma Constituição extremamente progressista como a nossa. Juridicamente, o Brasil é um país primeiromundista"reafirmou. Oministrodefendeuainda,abuscadoequilíbrioentreasegurançajurídicaeosentidodejustiça social e a responsabilidade dos magistrados para uma interpretação mais progressista das leis, que não feche os olhos às demandas atuais: “O Judiciário não é traça de processo”. Também defendeu o controle externo às ações dos magistrados e elogiou o papel da imprensa na aproximaçãocomasociedade. GabrielVeloso, presidente da Associação dos MagistradosTrabalhistas da 8ª Região (Amatra-8) disse:“Estamos ampliando o caminho para esse diálogo, com a crença de que o Direito não é apenas uma reunião de fórmulas e ritos e de que é preciso transcender a lei injusta para repor o equilíbrioabaladonaefetivaçãodosdireitosfundamentais”. A governadora Ana Júlia Carepa falou sobre os desafios enfrentados pelo governo do Pará para reduzir o desmatamento e ressaltou o papel da Justiça, especialmente com atenção às fraudes de registro de imóveis em cartórios, no processo de regularização fundiária, passo tido como fundamental para combater a grilagem de terras, a violência no campo e a exploração desordenadadosrecursosnaturais. A desembargadora Albanira Bemerguy, presidente do Tribunal de Justiça do Estado, foi

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto faz a abertura do V Fórum Mundial de Juízes

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Ao final do encontro foi redigida e aprovada a carta de Belém, um documento que sintetiza os princípios discutidos durante os três dias, entre os quais o reconhecimento de que juiz deva ter um perfil humanista e saiba conciliar a razão e o sentimento para construir uma sociedade mais justa. A carta expressa solidariedade aos magistrados da Colômbia que são vítimas de atentados e a aprovação da PEC 438/2001, como medida necessária para a erradicação do trabalho escravo no Brasil. Abaixo, na íntegra, o conteúdo da Carta.

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aplaudida ao reforçar que o ser humano deve ser prioridade nas ações da Justiça, que deve se adequar às mudançassociaiseaocrescimentodasdemandas. Temas como trabalho escravo, crise econômica, relações jurídicas e a reforma do judiciário foram discutidas por personalidades jurídicas de renome internacional, magistrados de boa parte do mundo, além de profissionais da classe jurídica - magistrados, promotores, advogados, defensores públicos e estudantesdeDireito. A senadora Marina Silva, exministra do Meio Ambiente participou do FMJ com a palestra abordando o tema "Ressignificando o desenvolvimento: a contribuição da Amazônia". A organização do evento foi da Associação dos MagistradosdoEstadodoPará(Amepa),Associaçãodos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região (AmatraVIII-PA/AP)edaAssociaçãodosJuízesFederais (Ajufe).

CARTA DE BELÉM Os participantes do V FÓRUM MUNDIAL DE JUÍZES, reunidos em Belém (PA) entre os dias 23 e 25 de janeiro de2009,adotamaseguintecarta: 1. Reconhecem que a dignidade da pessoa é o fim de toda a atividade humana e princípio jurídico fundamental; 2. Defendem que o juiz tenha um perfil humanista e saiba conciliar razão e sentimento para construir uma sociedademaisjusta; 3. Expressam compromisso com uma sociedade livre, fraterna, igualitária, pluralista, construída em ambiente sadio e comprometida coma defesa efetiva dos direitos fundamentais, reconhecidos na Constituição e Tratados internacionais; 4. Sustentam a universalidade dos direitos humanos e defendem o cumprimento das decisões das cortes internacionais de defesa dos direitos humanos e repressãoaoscrimescontraahumanidade; 5. Expressam solidariedade aos magistrados da Colômbia que são vítimas de atentados e ameaças graves. Essas violências representam a violação mais dramática da independência da magistratura. Também por isso os Estados têm obrigação de proteger a vida dos magistrados e de seus familiares. Cada forma de inércia ou de tolerância representaria objetivamente um tácito consentimentoaessasviolências; 6. Protestam, do mesmo modo, pela necessidade de

que as autoridades assegurem o pleno funcionamento do Poder Judiciário, especialmente em Estados como o Pará e Maranhão, evitando-se que se repitam atos de violência já praticados contra a instituição seus operadoreseoprópriojurisdicionado; A senadora Marina Silva no FMJ

7. É dever do Estado, por outro lado, assegurar mecanismos eficazes para proteger as liberdades, entre as quais a de exercício dos mandatos associativos e sindicais da magistratura, sem o que estaria comprometido o funcionamento das entidades e também a autonomia que devem preservar perante os Tribunais; 8. Consideram, que é importante que se reconheça, definitiva e isonomicamente, em harmonia com os princípios constitucionais, o direito de afastamento dos juízes presidentes de associações para exercício de mandatoassociativo; 9. Apóiam a proposição de eleições diretas para os Tribunais e Conselhos da Magistratura, como forma de democratizaçãodoPoderJudiciário; 10. Defendem que a nomeação dos juízes dosTribunais se dê por ato dos próprios Tribunais, sem qualquer intervençãodoPoderExecutivo; 11. Defendem a extinção do Quinto Constitucional nos TribunaisBrasileiros; 12. Defendem a reforma processual com a finalidade de alterar o atual sistema de recursos, para valorização das

decisõesdePrimeiroGrau; 13. Apóiam a aprovação da PEC n° 438/2001, como medida necessária para a erradicação do trabalho escravo, bem como a criação e adequado aparelhamento de comarcas do trabalho no sul e sudeste doPará; 14. Entendem que as indenizações decorrentes da ações civis públicas, quetêmporobjetootemadotrabalho escravo, devem reverter para as comunidadeslesadas; 15. Em face de tantos perigos, devemos prosseguir sustentando a bandeira de um sistema jurídico protetor, destinado a compensar juridicamente uma realidade de desigualdades que, sendo inerentes ao conjunto das relações sociais de trabalho, tendem a multiplicar-seeaprofundar-senacrise. 17. Renovamos nossos compromissos com a defesa dos princípios do Direito do Trabalho, em especial o da progressividade, com o constitucionalismo social, com osDireitosHumanosecomsuasgarantias. 18. Afirmam a necessidade da interpretação técnicojurídica da lei de anistia para que se apurem efetivamente os crimes contra a humanidade, perpetrados pelos agentes do estado durante o período daDitaduraMilitar. 19. AfirmamanecessidadedequeoMinistérioPúblico promova a persecução criminal necessária para a responsabilização dos autores de crimes contra a humanidade praticados durante a Ditadura Militar no Brasil,comacriaçãodeforçatarefaparaestefim. Por fim, reafirmam os manifestos e deliberações externados nas edições anteriores do Fórum Mundial de Juízes. A governadora do Estado do Pará Ana Júlia Carepa no V Fórum Mundial de Juízes 100

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Lotado o Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, na abertura do VI FME

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FÓRUM MUNDIAL DA EDUCAÇÃO

Fotos Advaldo Nobre/Seduc, Cláudio Santos/Ag Pa e Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

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erca de 9.000 pessoas, educadores, chefes de Estado e representantes de movimentos sociais de 160 países, prestigiaram o VI Fórum Mundial da Educação, que teve como motivação maior a crise mundial e a sustentabilidade aliadas às ações deeducação,noHangar-CentrodeConvençõeseFeirasdaAmazônia. O presidente do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, um dos organizadores do Fórum,fezaconferênciadeabertura:"Educação,TransgressãoeCidadaniaPlanetária". Gadotti, definiu assim o caráter do FME: “ Aqui não estamos para trazer respostas e pacotes. Nós viemos de longe para compartilhar, para celebrar, para aprender juntos com vocês, com a pluralidade do povo da Amazônia”. Fez duras críticas ao processo de globalização por a considerar excludente e injusta, principalmente com os pobres. "Somos um só povo, uma única nação. Como ainda pode haver países como os Estados Unidos que vêem algumas pessoas como ilegais? Por isso, nós precisamos de outra pedagogia, não essa dos conteúdos, mas a pedagogia da Terra, que dê contadesseoprimidoqueéaTerra",ressaltouGadotti. A senadora Marina Silva (PT/AC), destacou a importância em se debater questões referentes a uma 46| REVISTA AMAZÔNIA

A senadora Marina Silva e Fernando Azevedo, secretário de Gestão da SEDUC

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Durante a abertura do VI FME estiveram presentes cerca de 9.000 pessoas, educadores, chefes de Estado e representantes de movimentos sociais

educação de qualidade no país. “O papel da educação como força significativa para o processo de construção do conhecimento, do saber e como agente de transformação”. Marina emocionou os presentes ao confidenciar que só aprendeu a ler com 16 anos num cursodoMOBRAL. Para Marina, a adoção de ideais de sustentabilidade econômica, social e ambiental dependem de práticas de ensino preocupadas com o futuro das próximas gerações. “A educação precisa formar militantes pela civilização”. Para o teólogo Leonardo Boff, as crises atuais colocam em cheque a civilização ocidental, porém essa crise mundial pode se tornar um salto de qualidade. "Pode nos forçar a buscar alternativas de incluir todos os seres vivoseordenarasrelações.Oseducadorespodemajudar a manter o planeta unido, pois todos temos uma origem comum e um destino comum". Falou também dos princípios e virtudes como respeito, responsabilidade universal, convivência e tolerância, como fundamentais. “A humanidade não foi criada para desaparecer, mas para celebrar a vida, e essa irradiação é o propósito do Universo”,finalizouBoff. Todos também apresentaram exemplos e experiências desuasvida.

Participantes no Fórum Mundial da Educação

Moacir Gadotti, fala durante debate no Fórum

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Moacir Gadotti, diretor do Instituo Paulo Freire e professor da USP, a senadora Marina Silva e o Teólogo Leonardo Boff durante a abertura do VI FME, onde apresentaram exemplos e experiências de vida

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III FÓRUM SOCIAL O MUNDIAL DE SAÚDE Fotos Cláudio Santos/Ag Pa, José Pantoja/Sespa e Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Desejo de que a saúde não deve ser pensada como mercadoria, numa relação de compra e venda, mas como um direito universal dos povos

Ginásio de Esportes do Campus II, da Universidade Estadual do Pará – UEPA, ficou lotado com a presença de representantes de comitês e movimentos de saúde do Fórum e dos governos federal, estadual e municipal e pessoas de diversos países, na abertura do III Fórum Social Mundial da Saúde. O encontro iniciou com as discussões sobre as propostas para uma agenda política de ações que garantam o direito à saúde e à seguridade social. "Esse terceiro fórum vem confirmar o desejo de que a saúde não deve ser pensada como mercadoria, numa relação de compra e venda, mas como um direito universal dos povos. Que possamos sair daqui com uma agenda importante para a saúde mundial", disse o secretário executivodoFSMS,ValdemirBoth. A reitora da UEPA, Marília Brasil Xavier, deu as boas vindas aos participantes e agradeceu o apoio dos mais de cem voluntários que estarão trabalhando "É uma honra pra nós participarmos deste momento, no qual haverá intercâmbio de conhecimentos sobre os sistemas de saúde e seguridade universais. Pra nós que somos da UEPA, enquanto instituição formadora, é uma oportunidade ímpar estarmos participando da construção de uma nova consciência, de uma nova era, nesteespaçodediscussãoquetemqueservalorizado". O primeiro painel destacou a crise mundial e os reflexos na saúde e na seguridade social do atual modelo de desenvolvimento econômico. A psicóloga Sônia Fleury, presidente do Centro de Estudos Brasileiros da Saúde, fez uma abordagem sobre as influências do modelo econômico adotado pelo governo passado. "O modelo neoliberal deixou marcas e hoje não podemos ser ingênuos em achar que vamos resolver de imediato os problemas da saúde", argumentou. Ela destacou ainda que os interesses e sujeitos políticos estão fragmentados e isso dificulta a construção de políticas de seguridade socialuniversais. Durante o III FSMS houve a realização de um ato político com o lançamento da campanha pelo reconhecimento do SUS como Patrimônio da Humanidade e lançamento da I Conferência Mundial para o Desenvolvimento de SistemasUniversaisdeSaúdeeSeguridadeSocial.

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O Ginásio de Esportes do Campus II, da UEPA, ficou lotado durante o lll FSMS Confraternização geral Laura Rossetti , secretária de Estado de Saúde, durante a abertura do lll FSMS

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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão

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Fórum Sindical Mundial Sindicalistas discutem as mudanças Climáticas

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Rômulo Martins, presidente da CUT-Pará afirmou que o movimento sindical deve agir mais para frear a mudança climática, segundo ele causada pela ganância do capital

Fotos Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr e Elcimar Neves/Ag Pa

indicalistas do mundo inteiro na Tenda “Mundo do Trabalho”, na UFPA reuniram-se para discutir sobre as mudanças climáticas e assuasimplicaçõesparaomundodotrabalho, com as presenças de Rômulo Martins, presidente da Central Única dos Trabalhadores – Pará (CUT-Pará), Bheki NtshAlintshali, da Central Sindical dos Trabalhadores da África do Sul, Victor Baez, da Confederação Sindical das Américas e Gilles Letort, da CentralGeraldosTrabalhadoresdaFrança. Rômulo Martins defendeu que o mundo olhe para a Amazônia não apenas com uma reserva de recursos naturais, mas levem em conta os milhões de pessoas

O ministro Luiz Dulci, chefe da secretaria-geral da Presidência da República, discursa na abertura do Fórum Sindical Mundial

que aqui vivem.“Cada pedaço desse grande continente tem uma peculiaridade que precisa ser respeitada. Para se desenvolver a Amazônia é preciso consolidar a dignidadedospovos”,enfatizou. Ele afirmou ainda que o movimento sindical deve agir mais para frear a mudança climática, segundo ele causada pela ganância do capital.“É muito bom escrever

panfletosediscursos,masprecisamosdeação”,disse. Para Bheki, os trabalhadores, pobres, mulheres e crianças são os mais afetados pela mudança climática. “Devemos defender os trabalhadores informais que são vulneráveis e também devem ser incluídos nessa discussão”,opinou. Bheki lembrou da responsabilidade dos países desenvolvidos em reduzir as emissões de carbono, como ficou acordado pelo Protocolo de Kioto. Até 2020, esses países deveriam reduzir em 30% as emissões de carbono. Já o paraguaio Victor Baez remeteu-se à atual crise mundial, destacando que ela não é só financeira.“Esta é uma crise antes de tudo ambiental e energética. O seu aspecto financeiro não pode ser um impedimento ao enfrentamento do aquecimento global”, afirmou. Baez também comentou sobre a“diferença”existente entre o Brasil e o Paraguai em relação à energia. Para ele, essa discussão deve ser levada para o Mercosul, para que todos os países entendam as necessidades de cada um nessesetor. O último a se pronunciar foi Gilles Letort, que concordou

O sindicalista Gilles Letort, da CGT-França disse que essa crise reside no desperdício de recursos, e por isso se torna uma crise econômica

com Baez sobre a extensão da crise, que tem raízes nas desigualdades sociais. “Essa crise reside no desperdício de recursos, e por isso se torna uma crise econômica. É preciso que a economia esteja a serviço do homem, e nãooinverso”,asseverou. Letort acusou a União Européia de fazer um “falso desenvolvimento sustentável”, porque a lógica do mercado, de competir uns contra os outros, não foi alterada. “A UE não desempenha ainda seu papel”, concluiu. 100

O deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, discursa na abertura do Fórum Sindical

A diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, discursa na abertura do Fórum Sindical Mundial ao lado do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah

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Mudança Climática:

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desafios atuais da Agenda 21 Fotos Jefferson Rudy/MMA Carlos Minc, Vinod Raina e Luiz Pinguelli

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ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu a participação da sociedade para definição de políticas para o meio ambiente. Durante a abertura do seminário Mudanças Climáticas: desafios atuais da Agenda 21, Minc citou como exemplo a construção do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que, depois de dois meses em consulta pública pela internet, incorporou metas para redução de desmatamento, o que mudou a postura do governo. "Foi a força da sociedade que fez com que o governomudassedeposição". Minc também anunciou que energias alternativas como a eólica, solar e usinas de baixo impacto ambiental terão prioridade nos leilões de energia. A idéia é impedir que a matriz energética brasileira fique "suja". O ministro disse que o MMA fará parceria com o Ministério da Fazenda para reduzir os impostos para equipamentos de energia eólicaesolar. Outra ação do Ministério destacada pelo ministro foi o Manejo Florestal Familiar, que permite às famílias que vivem na florestas a exploração da floresta de maneira sustentável (2.5% da área ao ano), podendo se sustentar com produtos florestais sem acabar com a cobertura florestal. A Finlândia é uma exemplo. Um dos maioresexportadoresdemóveisdomundo,aquelepaís, segundo Minc, tem a mesma cobertura florestal de 100

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anos atrás devido a sua política de manejo florestal sustentável. O Presidente do Fórum Nacional de Mudança Climática, Luiz Pinguelli, lembrou que meio ambiente não se limita a floresta. Cidades grandes têm vários problemas ambientais, como saneamento. Para o escritor e professor da Universidade de Nova Delhi,Vinod Raina, a maior dificuldade de se fazer políticas para meio ambientenomundoéadiversidadesocialecultural. Os países membros do Protocolo de Kyoto foram criticados pelo jornalista AndréTrigueiro. "Nem sequer a tímida meta do Protocolo de Kyoto está sendo cumprida", analisou. Ele acredita que o Reino Unido talvez seja a única nação que trabalha para assumir a meta de reduzir em 5,2% o nível de emissão de CO2, tendo como base o ano 1990. Ele lembrou que a

André Trigueiro fala sobre Mudança Climática

iniciativa brasileira de incluir metas de redução do desmatamentoforamelogiadaspeloSecretárioGeralda ONU, Ban Ki-Moon, e pelo ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, na conferência do clima no ano passado, na Polônia. Ele também chamou a atenção para o fato de que o Ministério do Meio Ambiente sozinho não conseguirá mudar o quadro ambiental do País. Para isso, é necessário o envolvimento de outras pasta para avançar naspolíticasambientais. Discutindo as Mudanças Climáticas André Trigueiro fala sobre Mudança Climática

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Quem se beneficia com a destruição da Amazônia?

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tudo isso. Supermercados podem vender carne oriunda de áreas embargadas por trabalho escravo? O poder público pode comprar madeira e carne de empresas embargadas?”,questionou. Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, criador do MovimentoNossaSãoPaulo,explicouqueaorganização faz parte do processo de mobilização da sociedade civil para transformar a capital paulista numa cidade mais

Quem derruba a floresta não o faz somente pelo prazer de derrubá-la...

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Leonardo Sakamoto, da Repórter Brasil

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Fotos Elcimar Neves/Ag Pa

principal mercado consumidor do Brasil é também responsável pela destruição da Amazônia. Esta é a conclusão do estudo "Conexões Sustentáveis São Paulo Amazônia: Quem se beneficia com a destruição da Amazônia?", de iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e Movimento Nossa São Paulo, executado por jornalistas das organizações Papel Social ComunicaçãoeRepórterBrasil. No estudo, foram identificadas empresas que mantêm negócios predatórios ao meio ambiente e que usam trabalho escravo como mão-de-obra. Também foram apresentados exemplos que mostram como o mercado global se beneficia da degradação da floresta e das populaçõesamazônicas. Leonardo Sakamoto, da Repórter Brasil, explicou que o estudo possui mais de dez casos de cadeias produtivas

corrigir suas atividades. “Há um grande fluxo de negóciosentreosuldopaíseaAmazônia.Masomodelo de exploração das matérias-primas está colocando em risco a sobrevivência das pessoas. As empresas que assinaram compromissos públicos, como os frigoríficos, poderão agora ser cobradas pela sociedade. Esse é um dosresultadosdoestudo”,disse. Durante meses, os jornalistas percorreram milhares de quilômetros pela Amazônia para verificar a situação dos impactos ambientais e sociais causados pelo avanço desse tipo de negócios e de financiamentos públicos e privados sobre a floresta.“Só usamos casos de empresas que constavam na lista suja de trabalho escravo do Ministério doTrabalho. Já conseguimos rastrear mais de 300 fazendas.Temos que refletir sobre quem ganha com

justa e sustentável. “Nós acreditamos nas políticas públicas para universalizar direitos, mas não acreditamos que só as políticas públicas farão acontecer. Se a sociedade civil não se articular, não será possível mudar”, afirmou. Ele destacou que o estudo não foi feito apenas para denunciar. “O mais importante é levantar informaçõesparaconscientização.Sãomuitosinteresses pesados na destruição. E para quem denuncia, as conseqüênciasnãosãoagradáveis”,ressaltou. Grajew reforçou que quem derruba a floresta não o faz somente pelo prazer de derrubá-la. “Informados, evitaremos consumir produtos decorrentes de atividades predatórias. A denúncia tem que ser instrumento de mudança”, disse. O estudo foi concluído em2008. Discutindo quem se beneficia com a destruição da Amazônia

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Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

da madeira, pecuária bovina, plantio de soja e extrativismo vegetal. Algumas empresas citadas já assinaram pactos setoriais em que se comprometem a

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Muda de mogno

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Milhares de mudas plantadas no FSM

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Fotos Carlos Sodré / Ag Pa e Marcelo Martins

urante a realização do Fórum Social Mundial, a preservação da floresta amazônica foi um dos temas centrais e ocorreram muitas atividades sobre o Meio Ambiente – eram muitas as pessoas plantando mudas de árvores. Esse plantio fez parte de uma parceria entre o programa“Um bilhão de árvores”, Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará – AIMEX, Federação dosTrabalhadores da Agricultura do Pará – FETAGRI, e a SOPREN. Walter Chile, art-educador, professor da UFPA e Jusineida Reinaldo, professora da Universidade estadual

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do Vale do Acaraú e participantes da diretoria da SOPREN, distribuíram frente ao prédio da administração da UFPA, um grande número de caixas contendo as sementes de Pau D'arco, Cedro Vermelho, Mogno e Paricá, num total de 500.000 mil unidades, sendo 80% deMogno. A distribuição foi acompanhada de orientação técnica, abordando-se de noções de semeadura, quebra e dormência, trato cultural, função das espécies e o habitatidealdasmesmas. A coordenação foi da pesquisadora da EMBRAPA e

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Camillo Vianna e Walter Chile, diretores da SOPREN 0


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membro da SOPREN, Noemi Vianna Leão - Especialista em sementes de essências florestais da Amazônia e do Prof. Camillo ViannadaSOPREN. Participaram também da distribuição, bolsistas da EMBRAPA que desenvolveram atividades no Campus da UFRA e no Hangar centrodeconvenções. Receberam sementes representantes dos países: Angola,México, Equador e Peru, dos Estados de São Paulo, Minas Gerais,Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraíba e Maranhão, e dos municípios paraenses Santo Antônio doTauá, Abaetetuba, Altamira, Marabá, Castanhal,Acará;IndígenasdediversasetniasdoestadodoParáe de outros Estados, quilombolas, educadores ambientais do Núcleo pedagógico de apoio ao desenvolvimento científico – NPADC - UFPA, membro do grupo de estudos de educação Ambiental–GEAM/UFPA,entreoutrosinteressados. No decorrer das atividades concedeu-se entrevista para a Rádio Cultura do Pará, que no momento transmitia debate sobre os problemasdaPanAmazônia,aovivoparaoEstado. A atividade foi realizada com a colaboração da EMBRAPA – Amazõnia Oriental, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, SOPREN, FEAPA, Associação GUMMA, ArquidiocesedeBelém,GrupoLíder,ELETRONORTEeIDEFLOR. Dez mil mudas ficaram como reservas no laboratório da Aimex emBenevides,poisécomumalgumasplantasnãogerminar.

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Camillo Vianna, Walter Chile e Jusineida Reinaldo plantando uma das mudas Plante a Amazônia

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As reivindicações dos indígenas

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Tarso Genro ouve reivindicação de indígena

Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai)

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A confraternização

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Fotos Eunice Pinto/Ag Pa

Direitos Indígenas, Populações Indígenas e Constituição Brasileira

Índio da tribo Xavante – MT

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ndígenas de diversas etnias e regiões do Brasil na Tenda dos Povos Indígenas marcaram presença, a fim de apresentar suas demandas ao ministro da Justiça, Tarso Genro. A mesa, foi composta por Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o coordenador da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) Marcos Apurinã, trazia como tema “Direitos Indígenas, PopulaçõesIndígenaseConstituiçãoBrasileira”. O primeiro momento foi reservado às intervenções dos representantes indígenas, por delegação estadual. A questão da demarcação de terras, críticas ao atendimento de saúde, violência contra lideranças e a grandes projetos foram tópicos que permearam as falas. “Não queremos ser só consultados, queremos participar das políticas. Hoje nós votamos e pagamos impostos”, reivindicou Márcio Apurinã. Edmundo Xavante, da delegação matogrossense, exigiu a retirada imediata de posseirosdesuasterras. Segundo Márcio Apurinã, a estimativa é que 1200 indígenas estejam participando do Fórum Social Mundial. Após a fala de onze lideranças indígenas, Tarso Genro afirmou que concorda com todas as análises feitas. “O

Tarso Genro, ministro da Justiça se reúne com representantes indígenas na UFRA

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Defensor da natureza REVISTA AMAZÔNIA |55

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SupremoTribunalFederalematésessentadias. Outra mudança anunciada pelo ministro foi a transferência dos recursos para a saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o orçamento do Ministério da Saúde. A administração desses recursos pelaFunasafoialvodereclamaçõesdosindígenas. Márcio Meira encerrou o debate destacando que em 2009 está sendo dado um passo significativo para a política indigenista: a elaboração de um novo Estatuto dos Povos Indígenas, que contemple as mudanças ocorridas desde 1973, ano em que foi promulgado o Estatuto do Índio. “Todo o movimento indígena reivindicaessaatualizaçãodepoisdetantosanos”,disse.

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Márcio Meira e indígenas celebrando...

desenvolvimentocapitalistadopaísfoipredatóriodesde o princípio”, apontou. Genro garante, no entanto, que o Ministério da Justiça“é a parte do Estado brasileiro que fazocontrapontoaessabarbárie”. O ministro ponderou que assim como existem pressões do movimento indígena pela demarcação das terras, outros setores se organizam para impedir a continuidade do processo. “As demandas apresentadas aqui serão atendidas pelo governo se moverem-se de fora para dentro. Tem várias pressões contrárias”, afirmou. Ele ainda antecipou que a questão envolvendo a continuidade da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, deve ter uma decisão do

Tarso Genro e Márcio Meira, durante reunião

Ouvindo as reivindicação dos indígenas: a mesa foi composta por Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o coordenador da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) Marcos Apurinã

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A contribuição do Brasil no combate às mudanças climáticas

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Roman Czebiniak, do Greenpeace, quer novos acordos para controle da emissão de gases no planeta

Paulo Barreto, do Imazon, disse que a regularização de terras griladas ajudará a preservar a floresta amazônica

Paulo Adário mostra no mapa a importância da Amazônia para o clima e diz que o desmatamento tem de acabar até 2015

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O auditório estava repleto para ouvir como se a fazer preservação da Amazônia

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preservação da Amazônia dominou as discussões no 9º Fórum Mundial Social, que pela primeira vez acontece em uma cidade daregião. Os pesquisadores Paulo Adário e Roman Czebiniak, da ONG ambiental Greenpeace, e Paulo Barreto, do Imazon (Instituto Homem e Meio Ambiente), apresentaram

Fotos Eliseu Dias/Ag Pa

dados e perspectivas que enfatizam a importância da regiãoparaoecossistemadoplaneta. O estabelecimento de metas para acabar com o desmatamento da floresta amazônica foi um dos pontos ressaltados por Paulo Adário.“A Amazônia é responsável por 60%daschuvasemtodooPaís.Paramanterisso,precisamos acabarcomodesmatamentoaté2015”,ressaltou.

Apresentando dados de pesquisas feitas pelo Imazon, Paulo Barreto apontou a estrutura de legalização de terras como um dos principais problemas a serem solucionados para combater o desmatamento na região. “Se o Brasil regularizasse metade das terras griladas na Amazônia, receberia mais de R$ 6 bilhões de impostos por ano, que poderiam ajudar no combate ao desmatamento. Isso só vai terminar quando a floresta empéformaisrentáveldoquederrubada”,afirmou. Os pesquisadores também mostraram dados do combate ao desmatamento em 2008, ano em que foi registrada uma queda significativa na devastação da floresta, resultado de ações governamentais e de instituiçõesvoltadasàproteçãoambiental. Os dados são animadores, mas ainda precisam avançar muito, segundo o ambientalista Roman Czebiniak. “Se quisermos um novo mundo, precisamos lutar por novos acordos que controlem a emissão de gases que afetam o clima do planeta e também que respeitem os povos indígenas”,frisouele. REVISTA AMAZÔNIA |57

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Panorama Nacional e Mundial do Trabalho Escravo

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Fotos Eunice Pinto e Tamara Saré /Ag Pa e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, reafirmou na tenda Dorothy Stang, que o governo federal defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, a qual prevê o confisco de terras onde for comprovada a exploração de trabalho escravo. Segundo o ministro, antes da PEC ser posta em votação na Câmara Federal deve haver uma ampla conscientização da sociedade e do empresariado brasileiro. “O Brasil tem uma agricultura muito competitiva, mas pode perder espaço por causa do trabalho escravo e da degradação ambiental. A votação prematura

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da PEC, ressaltou Vanucchi, pode causar a perda de uma luta histórica, caso não seja aprovada. Ele defendeu a criação de um encontro nacional contra o trabalho escravo, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e lideranças sociais que combatem o trabalho escravo. “Eventos como esse reforçam a luta em defesa dos direitos humanos e provocam a conscientização necessária para ações como a aprovação da PEC do trabalho escravo”, disse ele. Os olhos da sociedade toda estão mais atentos a essas violações dos direitos humanos”,ressaltouele. Paulo Vanucchi, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, durante sua participação na Mesa "Panorama Nacional e Mundial" dentro do tema "Escravidão no Século XXI"

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D. Luiz Azcona, Bispo do Marajó e representantes da CNBB na platéia da mesa de debates "O que está em jogo" dentro do tema "Escravidão no Século XXI"

Representante da ONG Anty Slavery International Aidan Mc Quade; Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi; representante da OIT, Luiz Marinho; representantes do SINAIT/CIIT, Francisco Lima e Jacqueline Carrijó durante participação na Mesa "Panorama Nacional e Mundial" dentro do tema "Escravidão no Século XXI"

Jovens estudantes na platéia da mesa de debates "Escravidão no Século XXI"

Na Tenda Mundo do Trabalho

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Felício Pontes, procurador do Ministério Público Federal, durante sua exposição

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Fórum Mundial de

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Fotos Rodolfo Oliveira e Eunice Pinto/Ag Pa

Seminário de comunicação compartilhada na escola de aplicação da UFPA

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omo ampliar o midialivrismo" e "Mídia e crise", foram os temas discutidos para somar esforços e discutir a criação de novas formas de comunicação por Midialivristas de todo planeta. Na mesa "Como ampliar o midialivrismo, participaram: Gustavo Gindre (Intervozes), Sóter (Abraço), Ivana Bentes (UFRJ), Renato Rovai (Revista Fórum), Sérgio Amadeu (Cásper Líbero), Maria Pia (AMARC), Oona Castro (Overmundo). Os debatedores abordaram a importância de incentivar a proliferação de iniciativas de mídia livre estimulando o aparecimento de fazedores de mídia e a urgência em se buscar alternativas para garantir o financiamento dessas iniciativas. Gustavo Gindre (Intervozes) disse que a principal tarefa para que a mídia livre aconteça é "ampliarasvozes". A segunda mesa — “Mídia e Crise” — foi composta pelo jornalista Altamiro Borges (Vermelho), por Luiz Hernandez Navarro (La Jornada), Sandra Russo (Página 12), Pascual Serrano (Rebelión), Marcos Dantas (PUCRJ), Joaquim Palhares (Carta Maior), Joaquín Constanzo (IPS), Bernardo Kucinski (USP), Ignacio Ramonet (Le MondeDiplomatique). Para além de discutir a crise econômica, os presentes fizeram a análise da crise da própria mídia e de como a mídia é causa e efeito desta crise. “Os meios são coresponsáveis por essa crise já que fazem parte desse Ainda no Fórum de Midia Livre

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sistema financeiro e, também, por calar sobre a existência da crise”, sentenciou Pascual Serrano. Bernardo Kucinsky lembrou que, se num primeiro momentoaimprensacaloudiantedaeminênciadeuma crise, em seguida ela “a tratou de forma catastrófica, antecipando e justificando medidas adotadas para atacar os trabalhadores, como no caso das demissões e propostas de redução dos direitos trabalhistas”. No mesmo sentido, Altamiro Borges denunciou as grandes corporações midiáticas como culpadas pela crise, já que elas “fizeram a apologia do desmonte do Estado, do desmonte do trabalho e do desmonte dos direitos. A mídia hegemônica é responsável pela crise e

pelos seus efeitos para os trabalhadores e os povos. Essa mídia está criando um clima de pânico para justificar os ajustes que o capitalismo muitas fazes não tem força para fazer em situações de normalidade: as demissões em massa e o retrocesso nos direitos trabalhistas. Fortalecer a mídia livre é necessário para se contrapor a essainvestida”. A crise econômica, por outro lado, afeta essa mídia hegemônica de forma contundente. Jornais de vários países foram fechados ou estão na iminência de fechar. O governo de Nicolas Sarkozy, na França, anunciou uma linha de financiamento de 600 milhões de euros para salvarosmeiosdecomunicação.

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O recadastramento é fundamental para a regularização da malha fundiária na Amazônia 25

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Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português

Jason Nardi, coordenador da comissão do Conselho Interno do Fórum Mundial de Mídia Livre, durante o seminário de comunicação compartilhada do FSM

Rádio alemã Matraconda durante o seminário de comunicação compartilhada

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Gerar riqueza e manter a floresta em pé Durante FSM 2009, engenheiros propõem valorizar economia da floresta na Amazônia, investindo em biotecnologia e modernizando cadeias produtivas Fotos Cláudio Santos/Ag Pa

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sse foi o mote da mesa-redonda realizada na manhã do dia 29, durante a programação do FSM 2009 (Fórum Social Mundial), pelo Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo). Intitulada “Engenharia e desenvolvimento sustentável”, a atividade teve o objetivo de colocar em debate soluções para a economia da Amazônia, de modo a proteger a floresta e, ao mesmo tempo, gerar riqueza e melhores condições de vida à população da regiãoapartirdeseusrecursosnaturais. O desafio, que integra o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), foi tratado pelo professor da UFF (Universidade Federal Fluminense), Marco Aurélio Cabral Pinto, que defendeu um processo de industrialização e equacionamento da riqueza florestal como forma de superar o subdesenvolvimento. "Historicamente, os países que cresceram a taxas elevadas foram os que conseguiram garantir prosperidadedoseupovo". Para trilhar esse caminho, afirmou, será preciso fazer "apostas tecnológicas" na Amazônia que deverão cobrir duas frentes. Uma é o investimento na biotecnologia e a criação de uma nova economia de ponta. A outra é assegurar avanços às cadeias produtivas já existentes e hoje em atraso e não-sustentáveis, como a agricultura, a pecuária e a siderurgia, que recebe madeira para a carvoaria. "Essas precisam de inteligência produtiva", enfatizou. Na sua opinião, esses setores, precisam alcançar níveis de excelência que hoje têm as indústrias nucleares e aeroespacial. Ele lembrou ainda que tal projeto demanda recursos públicos e privados, devidamente coordenados pelo Estado, e articulação política sistêmica, tendo em vista que a Amazônia envolve não só diversos estados brasileiros, mas outros paísesdaAméricadoSul.

Ativo valorizado Elevar o valor da floresta como ativo é a chave para protegê-la, avalia o secretário de Estado de Floresta do Acre, Carlos Ovídio Duarte Rocha. "Há disputa com a agricultura;seaatividadeflorestalnãoformaisatraente, vai ser difícil". Assim, propõe ele, é preciso que seja mais vantajoso preservar que derrubar, lembrou, criticando o excesso de normalização para o setor e as dificuldades existentes ao licenciamento do manejo, que propicia a exploração sustentável da madeira. "As políticas públicas que visam acabam por ser entraves aos seus próprios objetivos. Hoje, é mais fácil desmatar que fazer o manejo", alertou. Ele defendeu ainda a regularização fundiária da floresta, cuja falha é um dos obstáculos aos licenciamentos, a existência de serviços básicos à população e a organização do trabalho, agregando valor humanoàeconomiadafloresta. O secretário do governo acreano questionou ainda a pertinência do Código Florestal que, na Amazônia, permiteaexploraçãodeapenas20%daárea."Essadeve

ser uma política do Estado, mas não pode ser repassada ao indivíduo. Havendo o zoneamento, dá para chegar a 50%, pagando-se o passivo ambiental e valorizando o ativoflorestal."

Precaução

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Membro da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara e encarregado do relatório que discute a alteração dessas regras, o deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) alertou para o risco de se passar ao País todo um perigoso sinal verde à devastação. "No Brasil, há o problema de calçar primeiro o sapato e depois as meias", criticou, lembrando que falta em várias unidades da federação o zoneamento, que é tarefa dos governos estaduais. "É preciso acelerar a regularização fundiárias e os trâmites ao manejo florestal. Essa organização vive um fluxo difícil e lento, mas é um risco mexer no código antes disso", afirmou. Para o parlamentar, prioritário no desafio de garantir avanço à economia da floresta, que é multimercado, é entrar num ciclo de sustentabilidade, que não admite devastação. O desafio, avalia, é passar de uma economia atrasada para uma moderna, criar uma sociedade do conhecimento na Amazônia, que envolva produção de cosméticos e fármacos,porexemplo. Teixeira alertou ainda para os problemas gerados pelos atuais fluxos migratórios, como de Cuiabá e PortoVelho

No painel do SEESP no FSM Participantes do debate Alimentação, agricultura familiar e comércio mundial

a Rio Branco, de Brasília a Belém e de Belém a Manaus. "Isso vai provocar cidades inxadas e desiguais, a exemplo do que ocorre em locais como Salvador, Rio de Janeiro ou São Paulo, caso não haja emprego, moradia, saneamentoetransporte."

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No debate Alimentação, agricultura familiar e comércio mundial

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Fotos Jefferson Rudy/MMA

APROVEITAMENTO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE FOI DEBATIDO PELOS URBANITÁRIOS NO FSM

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Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) de Belo Monte foi o tema da oficina promovida pela Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, noterritóriodoFórumSocialMundial2009. Foram analisados os benefícios da obra, tais como a produção de energia limpa e renovável; geração de emprego; aumento da produção industrial; segurança do sistema energético; e os impactos ambientais e sociais,ascomunidadesribeirinhas,asterrasindígenase áreas de conservação, além das medidas para mitigar os impactosdaconstruçãodahidrelétrica. “Não podíamos deixar de emitir nossa opinião à sociedade sobre o empreendimento. Respeitamos aqueles que discordam da hidrelétrica, mas temos uma decisão honesta sobre o futuro do país. Nesta oficina, demos informações para que formem seu juízo sobre o empreendimento”, disse Edvaldo Gomes, secretário de RelaçõesInternacionaisdaFNU. A maquete de Belo Monte

Os questionamentos e sugestões recolhidos na oficina serão encaminhados à Presidência da República para enriquecimento do projeto.“Esse espaço também serve para dar transparência sobre o assunto aos participantes doFórum”,acrescentou. Os Estudos de Impactos Ambientais do AHE de Belo Monte devem ser apresentados em março deste ano, e no segundo semestre serão realizadas as audiências públicas para socialização do que foi analisado. Os urbanitários acreditam que a hidrelétrica é uma solução técnica, com conservação ao meio ambiente e melhoria dascondiçõesdevidadapopulação. “Temos que procurar alternativas viáveis de oferta de energia para atender o sistema elétrico brasileiro e reduzir as perdas de energia nesse sistema”, explicou Paulo Cesar Domingues, engenheiro de Planejamento daEletronorte.

Luz Para Todos O sistema energético brasileiro tem dimensões continentais e é o mais completo do mundo, segundo Domingues. “Com o programa Luz Para Todos, iremos atender 100% da população brasileira; hoje atendemos 92%. Outro orgulho nosso é saber que nossa matriz energética é 80% limpa, diferente do que ocorre nos países desenvolvidos, quando são apenas 15%. Por convicção, uma usina hidrelétrica bem planejada tem

Passeata no FSM a favor de Belo Monte

que ser vetor de desenvolvimento regional, social, econômicoeambiental”,analisou. Belo Monte, no rio Xingu (PA), integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. A expectativa é que suas operações propiciem mais oferta de energia e mais segurança ao Sistema Interligado Nacional, com melhor aproveitamento das diferenças hidrológicasdecheiaesecanasdiversasregiõesdopaís. A capacidade instalada de 11.233,1 MW de potência e geração anual prevista de 38790.156 MWh ou 4.428,1 MW médios. Conectada a esse sistema, gerará energia que equivale a cerca de 6% do consumo total de eletricidade do Brasil, atendendo a aproximadamente 18 milhões de domicílios do país. O empreendimento deve ser concluído em dez anos, com início da operação apartirdoquintoanodocomeçodaobra. REVISTA AMAZÔNIA |63


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6º Fórum Parlamentar Mundial – FPM Migrações, fome, degradação do solo e uso da água em debate

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Fotos Cláudio Santos/Ag Pa

Mesa do Fórum Parlamentar Mundial, que visa atuar de forma organizada internacionalmente para apontar soluções aos problemas do planeta

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6º Fórum Parlamentar Mundial (FPM) foi aberto no Hangar, com representantes dos legislativos da Itália, Alemanha, Grécia, Cuba, Colômbia, Portugal, Dinamarca, Espanha, Uruguai, Venezuela, Palestina e Equador, além da presença de autoridades do governo federal, estadual e municipal do Brasil. A mesa de abertura foi coordenada pelo deputado federal paraense, Zé Geraldo (PT-PA), e a deputada alemã Gabriele Zimmer, do Parlamento Europeu, abordou os conflitos contemporâneos e o diagnóstico e perspectiva do movimento em favor da paz e exercício da política. O Fórum teve a participaçãodeaproximadamente200inscritos. Zé Geraldo destacou na abertura que, mesmo com o avanço da tecnologia e os investimentos em várias partes do globo terrestre,“apenas 20% da população é beneficiada com o que é produzido, enquanto que 80% ficam em situação social extremamente degradante e somente uma ação articulada

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Na abertura do 6º FPM

internacionalmente poderá encaminhar soluções de curto, médio e longo prazo para estes cenários”, destacou. A deputada alemã Gabriele Zimmer, do Parlamento Europeu, disse que o neoliberalismo falhou e o mercado nãoteveacapacidadedeseautorregular,comodefendia os seus idealizadores.“O 6º Fórum Parlamentar Mundial tem uma responsabilidade de ampliar os mecanismos de construção de um novo mundo possível. Esta mudança passa necessariamente pelo compromisso do parlamentares em fortalecer o papel do parlamento mundial como uma estrutura política que defenda os maispobresenãoosmaisricos”,enfatizou.

Internacional O deputado palestino Hanna Saifeh denunciou que o governodeIsraeltemporprincípiooextermíniodopovo palestino. “No entanto, nem Israel vai destruir militarmente o povo palestino e o povo palestino não destruirá Israel. A saída política é a coexistência de dois povossoberanamente”,propõe.

Deputado Federal José Geraldo durante a abertura do 6º FPM

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O deputado alemão Helmuth Markov, do Parlamento Europeu GUE y Die Linke, explicou que existe a necessidade de uma inversão de prioridades no modelo deprodução,consumoedesenvolvimento.“Atecnologia avançou, mas não atendeu às necessidades de grande maioria da população. Hoje um carro faz de seis a oito quilômetros por litro de combustível. É necessário investimento para desenvolver um motor que faça 100 quilômetros com dois ou cinco litros de combustível. Assim, teremos uma nova interferência sobre a natureza e o meio ambiente”,sugeriu. A deputada Blanca Flor, de El Salvador, relatou a decadência do parque industrial do seu país e as conseqüências para a população. “O neoliberalismo fracassou. As políticas do Banco Mundial fracassaram. Sabemos que a fome afeta milhares de pessoas no mundo. Isso ocorre em nosso país. Por isso, é fundamental levantarmos a proposta de uma grande mobilização pelo combate à fomeeaodesemprego”,enfatizou. A deputada venezuelana Jhannet Madriz Sotilho propôs, e obteve consenso dos participantes, que seja realizada uma conferência na Organização das Nações Unidas (ONU) para debater a crise financeira internacional, que é uma crise do sistemacapitalistaneoliberal. “Os neoliberais disseram que o mercado se autorregularia e negavam a intervenção do poder do Estado. Agora que o sistema ruiu, querem os

recursos dos cofres públicos para salvar a falência do neoliberalismo e ampliar a miséria social dos povos. Isso é inaceitável e devemos cobrar a realização da conferência na ONU, com o apoio do Fórum Parlamentar Mundial”,acentuou.

Multilateral A senadora Marina Silva destacou a importância de construção de um projeto multilateral. “Temos que construir um projeto com visão acolhedora e que respeite as diferenças multilateralmente. É preciso liderar pelo exemplo e pela transparência. Devemos consolidar lideranças multicêntricas e não mais unipolar.Asestruturastêmdeserelásticas,flexíveis". Para a senadora, o sentido unipolar falhou. "Quem apostou no mercado e usou a natureza, mostrou que este modelo não deu certo. As nossas respostas passam pelo campo da arte, da ciência, da tecnologia, da espiritualidade, da ética, da transparência e de um novo modelo de desenvolvimento que seja politicamente correto e sustentável. Pode parecer utópico, mas precisamossermilitantesdacivilização",disse.

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SELO EM COMEMORAÇÃO AO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

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O Ministério das Comunicações, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Governo do Estado lançaram Selos em homenagem ao Fórum Social Mundial A MESA OFICIAL... A Governadora Ana Júlia Carepa, o deputado federal Paulo Rocha, a secretária de Estado de Governo, Ana Claudia, Aldalice Otterloo da Coordenação do Comitê local para o Fórum Social Mundial para 2009 e Antonio José Vieira, diretor adjunto dos Correios no Pará, no lançamento dos Blocos de Selos Rio São Benedito no Pará e do Rio Paranaíba que passa pelos Estados de Minas Gerais, Goiás e Matogrosso do Sul em homenagem ao Fórum Social Mundial

Fotos David Alves/ Ag. Pará

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o lançamento dos Selos postais dos rios brasileiros São Benedito e Paranaíba, editados pelos Correios, a governadora Ana Júlia Carepa destacou a importância do Fórum Social Mundial não apenas na promoção de debates de interesse da Amazônia, do Pará e do mundo, mas também pela possibilidade de investimentos duradouros que o evento trouxe para o estado, especialmente para Belém. Os dois selos são alusivos ao Fórum Social MundialforamlançadosnoPaláciodosDespachos,emBelém. Com o tema Rios Brasileiros: Parnaíba e São Benedito – Patrimônio do Brasil, os selos destacam a importância dos dois rios no contexto ambientalenodesenvolvimentonacional.Atiragemtotalseráde300mil unidades,sendometadeparacadario. Aldenice Waterloo, uma das organizadoras do FSM, destacou que sem o apoio dos governos federal e estadual o FSM não seria realizado, já que o evento requer investimentos em logística, de responsabilidade do poder público. Ela observou, no entanto, que a autonomia da promoção do evento foi preservada. Aldenice acrescentou ainda que todos os investimentos realizados vão ficar em Belém e vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população da cidade.“O FSM vai propor diretrizes,açõesconjuntaseintervençõesparaqueaspolíticaspúblicasde governosejamaplicadascomqualidadenareduçãodapobrezaemtodoo

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O Bloco de Selos

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Marina Silva (MMA) e Guilherme Cassel (MDA), anunciando o recadastramento

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Aldalice Otterloo também participou

Paulo Rocha obliterando um dos Blocos

A Governadora faz a primeira obliteração

O Selo em comemoração ao Fórum Social Mundial

mundo”, acrescentou, rebatendo as críticas de que o FSM nãoépropositivo. O deputado federal Paulo Rocha (PT), líder da bancada paraense no Congresso Nacional e que pleiteou a liberação de recursos para as obras de apoio ao FSM, enfatizou que Belém vive um momento histórico e que os Correios foi sensível ao estampar em Selos um momentotãoimportantecomoeste. Para Ana Júlia, os Selos lançados pelos Correios representam as riquezas naturais do Brasil e da Amazônia, no caso do rio São Benedito, localizado no

Estiveram presentes varias autoridades locais

sudoeste do Pará, e representa um apoio da empresa pública ao debate sobre a preservação da natureza, dos riosedasflorestasbrasileiras.

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Mulheres, donas da própria vida

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Fotos Tamara Saré / Ag. Pará

enfrentamento da violência contra mulheres do campo e da floresta é o objetivo da campanha, que teve sua segunda etapa lançadatendaIrmãDorothyStang. A campanha é uma antiga demanda das mulheres trabalhadoras rurais, quilombolas, seringueiras, quebradeiras de coco em todo o país, apresentada na Marcha das Margaridas de 2007. O lançamento foi feito pela Secretaria Especial de Polícias para Mulheres da Presidência da República, com a presença da ministra NilcéaFreire. As últimas campanhas de enfrentamento tinham como viés apenas a mulher urbana. Daí a necessidade de tratar de políticas públicas específicas às mulheres da floresta. Após a Marcha das Margaridas foi criado um fórum permanente de debates dessas políticas públicas, que resultounacampanha. A primeira etapa teve spot de rádio veiculado em mais A tenda Irmã Dorothy Stang

de 800 emissoras do país, nos meses de dezembro e janeiro, e anúncios nas revistas femininas de maior circulação no país.“Agora outras peças serão produzidas, visando à discussão de todas as dimensões da violência, nãosóadoméstica”,informouaministra.

Futuro sem violência Ela ressaltou que a campanha não é apenas distribuir material informativo, mas estreitar os compromissos da campanha com a sociedade brasileira, a sociedade internacional e os movimentos sociais representados no FSM.

Pressão Carmem disse ainda que as mulheres organizadas devem ser as protagonistas da campanha. “para que

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Novo mundo Ela fez um tributo às mulheres que construíram os caminhos para se chegar ao FSM, “da possibilidade de construiroutromundoquejáestamosfazendopossível”, afirmou. Para Carmem Foro, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), a autonomia é algo imprescindível no enfrentamento da violência,assimcomoreformaagráriaecrédito. “Quero registrar que esta campanha foi construída por várias mãos e de outros movimentos de mulheres, que não apenas a Contag e Movimento de Mulheres do Campo (MMC). Em todos os nossos processos de deliberações e reflexões, temos dito aos governos que as políticas públicas têm chegado muito pouco à zona rural”,frisou.

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Nilcéa Freire fez um tributo às mulheres que construíram os caminhos para se chegar ao FSM

pressionem os governantes neste processo, e que tenhamos um futuro distante da violência do passado”, acrescentou. A representante do MMC, Luciana Nunes, enfatizou que a campanha deve ter a cara das mulheres que estão na roça ou nas margens dos rios. “Tenho certeza que a campanha vai destruir esta situação de violência que ainda existe”, afirmou, lembrando o local escolhido para o lançamento: a tenda com o nome da irmã Dorothy Stang,assassinadaem2005,emAnapu(PA). A irmã Inrriquieta, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, comentou que muitas vítimas procuram a igreja para um gripo de socorro na busca do espaço de libertaçãodaviolência.

Antiga reivindicação das mulheres trabalhadoras rurais, quilombolas, seringueiras, quebradeiras de coco em todo o país

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Amazônida,

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a moeda própria do FSM

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solidária faz o resgate do princípio econômico. A moeda entra para facilitar as trocas, como acontecia com os povos mais antigos", explicou. As novas cédulas, chamadas de Moeda Social, são restritas a uma comunidade específica. "A gente faz parte do movimento nacional de economia solidária, que integra mais de mil Fóruns". Já existem experiências de moedas sociais no Nordeste e até mesmo na Ilha de Mosqueiro. "Tem mais de 18 bancos e moedas em todo o Brasil", calcula. "Cada comunidade cria a moeda como forma de facilitar sua vida, definindo nome, formato. O diferencial é que a riqueza não vai para fora, fica na comunidade". Parte dessas experiências serão apresentadas no Fórum. A Amazônida com vários valores, teve circulação constante na Feira de Economia Solidária, com 400 estandes de produtos, de todo o Brasil, e também na praça de alimentação, com 15 lanchonetes.

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s visitantes do Fórum Social Mundial 2009 tiveram à sua disposição a Amazônida, uma moeda própria, usada para aquisição de produtos e alimentação dentro do território do FSM – na Universidade Federal do Pará - UFPA e Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. A

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estratégia do uso de dinheiro próprio é da Economia Solidária. Shirley Almeida, da coordenação nacional do Fórum Brasileiro de Economia, é o responsável pela nova moeda, que tem a intenção de mostrar como funciona a circulação de dinheiro em um sistema econômico e destacar o projeto de economia solidária. "A economia

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Tenda da Revolução Cubana

No interior da Tenda Cubana

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Fotos Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr

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a tenda Tenda da Revolução Cubana, com a temática "50 anos de vitória Revolução Cubana", Aleida Guevara, filha de Ernesto Che Guevara falou sobre o“comandante”e os 50 anos da Revolução Cubana e afirmou que seu pai marcou um momento histórico para a América por viver as entranhas do continente, ressaltou que um povo só consegueavitóriaseestiversempreunido. Afirmou que é filha da Revolução Cubana e por isso se achasocialmenteimportante. Disse ainda que qualquer pessoa pode se tornar um ser humanomaisjustoemelhorparacomseusirmãos. Aleida pediu aos participantes do FSM que não tenham Che como ícone,“pois qualquer um pode se tornar um ser humano melhor e mais justo como nossos irmãos”, disse. Ela lembrou que o “comandante” da Revolução Cubana dava atenção especial aos jovens e às crianças, que, segundo ele, são a base da sociedade.“A juventude tem que ser forte, criativa e valente. Ela pode arrastar atrás de si as pessoas mais lentas e sossegadas. Vamos lutar,atéquando?Atéavitóriasempre!”,finalizou. A filha de Che comentou que, hoje, cinco homens cubanos encontram-se presos nos Estados Unidos pelo “delito”dedefenderaidaeasoberaniadoseupaís. O dia da Pan-Amazônia foi dedicado à temáticas regionaisemdiálogocomoutrasregiõesdomundo.

Marina Silva fala na Tenda 50 anos de Revolução Cubana em homenagem à Chico Mendes A Tenda da Revolução Cubana

Manifestação contra o capitalismo

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A filha de Che Guevara, Aleida Guevara, fala na Tenda da Revolução Cubana no FSM

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Diálogo sobre Integração Popular da América Latina

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Movimentos sociais das Américas com os presidentes...

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s movimentos sociais das Américas participaram com os presidentes dos países da América Latina, presidente da Venezuela Hugo Chaves, presidente da Bolívia Evo Morales, presidente do Equador Rafael Corrêa, presidente do Paraguai Fernando Lugo, no Diálogo sobre IntegraçãoPopulardaAméricaLatina. O discurso de luta antineolibelismo somou forças na reunião com os presidentes, intitulada "Perspectivas da Integração Popular da América Latina", teve a participação de movimentos sociais de vários lugares do Brasil e de outros países. O evento foi organizado pelaVia Campesina, que não convidou o presidente Luiz Inácio LuladaSilvaparaareunião. Os representantes dos países latinos americano expressaram seus anseios em construir um modelo de desenvolvimento alternativo ao neoliberalismo. O primeiro presidente a discursar foi Rafael Correa, que enfatizou a necessidade de integração dos países da

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Fotos Rodolfo Oliveira/Ag Pa e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

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Movimentos de esquerda brasileiros fazem manifestação pedindo o fim do capitalismo burguês da América Latina

América Latina para o enfrentamento da crise econômica. "É muito interessante que todas essas propostas sobre um novo sistema estejam sendo discutidas no Fórum, porque o atual modelo capitalista, perverso, baseado na cobiça, está em crise. E o Fórum

Os presidentes dos países da América Latina, Hugo Chaves, da Venezuela; Evo Morales, da Bolívia; Rafael Corrêa, do Equador e Fernando Lugo do Paraguai

abreesseespaçoembuscadessasolução",disseCorrea. Em seguida, foi a vez do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, fazer suas considerações sobre a crise econômica atual e os reflexos do sistema na sociedade. Para ele, a solução passa pela integração dos povos de economia emergente, nesse caso, os países da América Latina."Éprecisounirforças",disse. Para o presidente da Bolívia, Evo Morales, a presença dos quatropaísesnesteencontrodoFórumSocialMundialjá representa a união de forças "Os quatro presidentes presentesaquiégraçasalutadevocês.Lutaessacontrao neoliberalismo e que está nos movimentos sociais", afirmou. Encerrando os discursos, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu que o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, devolva a Base de Guantánamo a Cuba. O presidente venezuelano avaliou como positiva a decisão de Obama de fechar a prisão, mas disse que esperaqueonovogovernotenha"maisrespeitoaopovo

da Venezuela, mais respeito à soberania venezuelana. Nós vamos observar para ver se ele vai seguir com as atitudes prepotentes e agressivas de seu sucessor", afirmou Chávez. Ele disse ainda que o ex-presidente dos EUA George W. Bush deveria ser julgado em tribunais internacionaisporgenocídio. Para Chávez, a potência da América Latina é o povo unido. "Aqui está a utopia de um novo mundo. Um mundoqueestávirandorealidade”,disse. 100

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O Seminário América Latina e o Desafio da Crise Internacional

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Fotos David Alves/Ag Pa e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

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encontroreuniuopresidenteLuizInácioLuladaSilvaemaisquatro presidentes sul-americanos e a governadora Ana Júlia Carepa manifestou interesse de que a próxima edição do Fórum Social Mundialsejarealizadanovamentenacapitalparaense. Ana Júlia Carepa disse que o seu governo partilha das idéias e crenças do FSM e afirmou que está construindo, no Pará, um novo modelo de desenvolvimento “baseado na inclusão social e na sustentabilidade ambiental”.“Temos o maior projeto de recomposição florestal do planeta”, disse ela, referindo-se ao Um BilhãodeÁrvores. Dirigindo-se aos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Corrêa (Equador), Fernando Lugo (Paraguai) e Evo Morales (Bolívia), a governadora do Pará declarou que “o nosso continente está sendo berço de alternativas concretas ao neoliberalismo”. Ela destacou a importância da cooperação entre ospaísesmembrosdaPan-amazônica. Este ano, o governo do Pará, em parceria com o governo federal, investiu 150 milhõesdereaisparagarantirasatividadesdoFórumSocialMundial. Os cinco presidentes que participam do Fórum Social, em Belém (PA), criticaram a políticaneoliberaldospaísesdesenvolvidoseresponsabilizaramasnaçõesricasdo planetapelaatualcrisedosistemafinanceirointernacional.OpresidenteLuizInácio LuladaSilvadeclarouque“agoraacrisenãoénossa,édeles(dospaísesricos)”.

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Ana Júlia Carepa e os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) na abertura do Seminário

Lula foi o último a fazer o discurso na mesa“América Latina e o desafio da crise internacional”. O presidente brasileiro disse que é imprescindível discutir uma nova ordem econômica porque acriseestáchegandoaoBrasil.“Asexportaçõesjáestãocaindo”,disseele. Lula anunciou que o governo federal vai investir em obras para não deixar o setor produtivo desaquecer.“É hora de investir no setor produtivo”, afirmou o presidente, ao dizer que, em 2009, o governo vai construir 500 mil casas populares e mais 500 mil em 2010.“Hoje os países em desenvolvimento têm mais condições de sair da crisedoqueospaísesricos”,disseLula.

Discursos O presidente da Bolívia, Evo Morales, atacou o neoliberalismo e defendeu campanhas mundiais para garantir uma vida melhor no planeta. Entre elas, uma campanha pela paz e justiça, contra as guerras, pelo meio ambiente e por dignidade. Rafael Corrêa, do Equador, defendeu uma política progressiva e comprometidacomascausassociais. Citando o papa João Paulo II e a doutrina social da Igreja Católica, o presidente

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Lula afirmou que é imprescindível discutir uma nova ordem econômica, já que a crise está chegando ao Brasil

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O presidente Luís Ignácio Lula da Silva na abertura do Seminário

Apresentação do Boi Caprichoso e Garantido, de Parintins, no encerramento do encontro

Milhares de pessoas ouviram os discursos dos cinco presidentes, que criticaram a política neoliberal dos países desenvolvidos

O Hangar estava lotado

Você em harmonia com a

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equatoriano disse que os sistemas econômicos devem pensar mais no ser humano ao aplicar suas práticas. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, endossou o discursodequeoutromundoépossíveleque,apartirdo FórumSocialMundial,asalternativaspodemsurgir. O presidente daVenezuela, Hugo Chávez, afirmou que o capitalismo neoliberal aplicou sua receita mais perversa nospaísesdaAméricaLatina.Noentanto,segundoele,é justamente na América Latina, que cresceu a força dos movimentos sociais. “Aqui aconteceu uma revolução”, disse Chávez, num discurso que durou pouco mais de 15 minutos.

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Essências Colônias Sabonetes Cheiro-do-Pará

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Trav. Frutuoso Guimarães, 270 - Campina

Fone (91) 3241-3726, Fax: 3212-4700 orionper fumaria@yahoo.com.br Site: www.per fumariaorion.com.br

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Transporte fluvial foi opção para participantes do Fórum

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Fotos Eunice Pinto,Tamara Saré / Ag. Pará e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

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Embarcações de pequeno porte

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O desembarque Embarcações de pequeno porte fizeram transporte de passageiros entre os portos da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal Rural da Amazônia com o apoio do Corpo de Bombeiros do Estado

Chegada de barco na Universidade Federal do Pará-UFPA, vindo da universidade Federal da Amazônia- UFRA

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O maior estoque da Região

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Os informais... M uita gente aproveitou o Fórum Social Mundial para garantir uma renda a mais. Seja vendendo camisas, bótons, “lanches completos”, no “bike expresso” e/ou ... Cada um arranjou a melhor forma de ganhar dinheiro. As finalidades eram variadas: enquanto uns arrecadavam fundos para suas organizações, outros batalhavam pelas suas famílias, e terceiros têm famílias mais numerosas, por viverem em regime de coletividade. Os campi da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) viraram grandes feiras a céu aberto, repletas de diversidadecultural. Capacitados pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), os barqueiros se beneficiaram com o Fórum. Um trajeto da Ufra para a UFPA, com duração de 20 minutos, custava R$ 2 por pessoa. “Faturando em torno de R$ 500 por dia”, revela Pedro Alves, morador da Ilha do Combu. Em épocas normais, ele faz a travessia daIlhadoCombuparaocampusdoGuamádaUFPA O grupo belenense “Vegetarianos em Movimento” (VEM) fez protestos contra o genocídio de animais e montou a sua banca vendendo blusas com mensagens e sanduíches vegetarianos. O bancário Flávio Oliveira, integrante do movimento, disse que as camisas foram confeccionadas especialmente para o fórum. Além de arrecadar dinheiro, a idéia é divulgar a filosofia da entidade. “Fazemosatividadesdeconscientizaçãoecapitalização”. Vindo de Santarém, o índio LéoTupaiu fazia pinturas com tinta de genipapo na Ufra. Além das pinturas, Léo e seus parentes vendiam bolsas e chapéus feitos com palha de tucumã.Muitas pessoas circulavam pelo campus exibindo as suas pinturas.“A gente vive o

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coletivo. Esse dinheiro aqui a gente vai levar para os parentescompraremmaismaterial”. Tinha também o“bike expresso”– os bicicleteiros. Eram mais ou menos 50 no Fórum. Eles cobravam em média R$ 3 para um curto itinerário na universidade.“Um indiano chegouadarR$50paraumamigonosso”,disseumdeles. A acaraense Leila Barata estava animada com as vendas de churrasco e frutas. No interior, ela produz, com a sua família, açaí, cacau e taperebá para vender na cidade. “Não sabíamos que esse Fórum ia render tanto. Tanto é quesócolocamosochurrasquinhohoje”.

Anunciando o produto

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A ECONOMIA RURAL NO PARÁ:

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iante da crescente preocupação com o aquecimento global e a tomada de consciência da necessidade de um desenvolvimento mais equilibrado do ponto de vista econômico, ambiental e social, a maioria da sociedade tem pressionado os governantes a tomar medidas contra o desmatamento, a retirada de madeira ilegaleoutrasatividadesdegradadoras. O Pará tem sido palco de ações fiscalizatórias, a exemplo da operação Arco de Fogo, em Paragominas eTailândia e nas regiões da Transamazônica e BR 163, ocasionando protestos locais diante dos impactos provocados por estasações. Esses acontecimentos afloram os conflitos, e na tentativa de ganhar apoio da opinião pública, a guerra das idéias ganha proporções elevadas. Por um lado os setores que estão sendo fiscalizados acusam os órgãos de praticarem shows pirotécnicos para satisfazerem ONGs internacionais. Colocam culpa nos governos que não agilizam a regularização ambiental das atividadeseporissoelesestãovulneráveis. Por outro lado esses setores passam a serem vistos como burladores da lei, depredadores da natureza e responsáveis por empregos precários e uma economia imediatista. A conclusão que podemos tirar é de que tem alguma,oumuitacoisaerrada. Os conflitos socioambientais e agrários no Pará têm ocupado grande espaço no noticiário local, nacional e, até na mídia internacional, na maioria das vezes, notícias negativas. Mais recentemente, o Pará foi novamente destaque na mídia diante das ocupações de terras e das liminares da justiça, pedindo as reintegrações de posse - se falava até em solicitar intervenção federal no estado. Novamente a guerra das idéias volta a disputar o apoio da opinião publica que acaba se dividindo na defesa das temáticas emdebate. Infelizmente a violência no campo, resultando, em muitos casos, em assassinatos de trabalhadores rurais, foram notícias negativas por longos anos. Mas sabemos que este cenário é conseqüência da impunidade e da desordem fundiáriaquefazpartedeumatrajetóriahistórica.

Regularização fundiária formalizando a economia É importante afirmar que as coisas não estão paradas. A pedidodoPresidenteLula,oMinistroMangabeiraUnger apresentou uma política de regularização fundiária para aAmazôniaqueresultouemumamedidaprovisóriaque já está pronta para votação no Congresso Nacional. Com a participação dos governos estaduais, a regularização fundiáriacomeçaaacontecer.

A governadora Ana Júlia enviou para a Assembléia Legislativa, um Projeto de Lei melhorando a política de regularização fundiária do Pará e, ao mesmo tempo, o Governo já iniciou a regularização nas terras do estado. Nas áreas de conflito das Glebas Nova Olinda e Cumurucuri – na região Mamuru-Arapiuns, o Governo está regularizando a situação fundiária de cerca de 100 comunidades tradicionais e indígenas. A varredura fundiária realizada pelo Instituto de Terras do Pará ITERPA,estáentregando6miltítulosem16municípios. Considero estas ações inovadoras na política de

valorização das comunidades tradicionais do Pará, o que indica uma nova diretriz, pois até 2006, não havia ações efetivaspararesolverosconflitosfundiáriosnoestado.

Regularização ambiental em grande escala São freqüentes os apelos pelo fim das operações de fiscalização, diante da fraca atuação dos governos nas políticas de regularização ambiental de nossa economia. Penso que este não é o melhor caminho. Sou defensor da mobilização e até pressão da sociedade exigindo uma espécie de mutirão governamental pela regularizaçãoambientaldaeconomiarural. Não temos motivos para desespero. Medidas

Rodolfo Oliveira/Ag Pa

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No lançamento do Programa Campo Cidadão

governamentais já tomadas e outras em curso nos passam segurança de dias melhores. Está em fase final de aprovação no Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA, o detalhamento do Zoneamento da BR-163. O ZEE vai orientar os usos dos territórios e a economia, assim como assegurar as áreas de preservação. A repercussão na economia é muito forte, porque os setores produtivos de todos os portes têm um marco regulatório de onde podem dirigir seus investimentos. O redimensionamento de 80% para 50% das reservas legais, mesmo sendo somente nas áreas voltadas para consolidação de atividades agropecuárias já instaladas, para efeito de reposiçãoenãoparanovosdesmatamentos,vai permitir o uso intenso de mais 30% das propriedades, o que totalizará um incremento de 711.735 hectares para atividades de produção intensiva. A regra de 50% de reserva legalsóvaleparaquemdesmatouaté2005. Os novos instrumentos normativos e de regularização ambiental estão articulados num grande programa de restauração florestal, 1 bilhão de árvores para a Amazônia, que mobilizaasociedadeparaenseemtornootema globaldasmudançasclimáticas. O Programa Campo Cidadão do Governo do Estado inicia em 2009 o pagamento por serviços ambientais para 2150 famílias em 43 municípiosdoEstado. As florestas estaduais também já estão em processo de ordenamento. Dos 4,7 milhões de hectares de florestas não destinadas, 1,3 milhões de hectares, já estão em fase conclusiva de destinação e regularização fundiária. O primeiro território florestal ordenado será na região Oeste do Pará, nas glebas Mamuru-Arapiuns. Para conduzir o ordenamento da economia florestal, o Governo criou o Instituto de DesenvolvimentoFlorestaldoPará–Ideflor. O Pará, pela primeira vez, tem uma política de fortalecimento do extrativismo comunitário e familiar. Pela primeira vez, o fomento ao extrativismo está no Plano Plurianual e reconhece direitos das populações tradicionaiseindígenas. (*) Agricultor Familiar, Sindicalista por 25 anos, Deputado Estadual no 2º Mandato, Líder do atual governo na Assembléia Legislativa

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A Assembléia das Assembléias

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Fotos Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

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ma forte chuva afastou boa parte dos participantes da última atividade do Fórum Social Mundial (FSM) de 2009, a Assembléia das Assembléias. Apesar da lama que cobria todo o chão, algumas centenas de pessoas se reuniram em frente ao palco principal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para ouvir as deliberaçõesdas22assembléiasrealizadaspelamanhã. O FSM não tem uma carta de princípios ou uma plenária para eleger prioridades após o fim do evento. Os diferentes movimentos sociais representados no megaevento apresentaram uma síntese dos principais assuntos discutidos e parte deles se comprometeu em transformar as reivindicações em mobilização. O ponto em comum foi a necessidade de que ospovosbusquemalternativasconcretasparaenfrentarascausasdacrisemundial. As mulheres, por exemplo, pediram a segurança do emprego durante a crise e a legalização do aborto. Também não faltaram pedidos pela retirada das tropas israelenses do território Palestino. Já a plenária sobre crise mundial pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU)sejaamediadoranasnegociaçõesdacriseeconômica.

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Durante a Assembléia das Assembléias 78| REVISTA AMAZÔNIA

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A Assembléia das Assembléias para apresentação das sugestões de cada grupo de trabalho

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Aldalice Otterloo, da Comissão Internacional do FSM

Para Aldalice Otterloo, da Comissão Internacional do FSM, o saldo do Fórum de Belém é positivo. “Conseguimos aglutinar ações muito importantes nessa construção e trazer para o centro do debate discussões de minorias, como povos indígenas e quilombolas. A Amazônia realmente entra na pauta das discussões mundiais, porque os povos da região não vão mais deixar ninguém esquecer o que a agente está debatendo e propondo”. Em 2010, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Griboviski, o FSM será descentralizado e ocorrerá nos moldes de como foi realizado em 2008, com manifestações distribuídas pelo mundo, sem uma base fixa. Já para 2011 o Fórum pode ter comosedeaÁfricaouoOrienteMédio.

A chuva não afastou os participantes

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O balanço do FSM I

Fotos Eliseu Dias/Ag Pa e Rodrigues Pozzebom/ABr

ntegrantes do Comitê Internacional do Fórum Para 2011, a África e o Oriente Médio são os prováveis Social Mundial em coletiva para a imprensa candidatos, mas os Estados Unidos também podem falaram sobre as expectativas dos assuntos estar na lista, segundo Grzybovski.“Conseguimos expor abordados durante o evento e para divulgar os outra face da Amazônia para o mundo e o nosso númerosdobalançofinal. sentimento é de um bom cansaço cívico ao final desse Depois de seis dias de programação, o Fórum Social FSM”,comemorouGrzybowski Mundial (FSM) chegou ao fim com “novas inspirações” O número de participantes superou as previsões da para buscar um outro mundo possível. A avaliação é do organização, ao todo, mais de 150 mil pessoas sociólogo e membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial Ana Cláudia Duarte Cardoso, secretária de Cândido Grzybovski, que ressaltou a Estado de Governo, durante o encerramento do FSM importância do evento ter sido realizado naregiãoamazônica Para Grzybovski , a realização do evento em Belém tornou esta edição um marco para o FSM pelas relação “entre a Amazônia e a utopia” e pela crise que “enterrou” o Fórum Econômico Mundial, que ocorreu simultaneamente em Davos, na Suíça.“Ocupamos um enorme vazio na agenda mundial”. Em 2010, o Fórum Social Mundial vai ocorrer de forma descentralizada, sem uma cidade sede.

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participaram da programação do FSM em Belém, entre inscritos, voluntários, governadores e cinco presidentes da América Latina, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva. Entre eles também, 1,4 mil quilombolas e 1,9 mil indígenas, a maior participação desses segmentos em todasasediçõesdoFSM,segundoGrzybovski. Representante das lideranças indígenas, o peruano Mario Palacios disse que o FSM foi importante para dar protagonismo aos povos da floresta e comunidades tradicionais. “Há uma alternativa a essa crise civilizatória, climática, energética. Concluímos que outro mundo é possível e está nos povos indígenas. Somos atores políticos vivos, não somosapartefolclóricadademocracia”. Palacios também anunciou a realização do 5º Fórum Social Mundial Pan-Amazônico, aprovadaemassembléia. A participação de comunidades indígenas também foi lembrada pela representante do movimento negro, Nilma Bentes. “O Fórum abriu possibilidade para que o movimento negro estreitasse relação com o

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Todos os números do Fórum

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Na coletiva para a imprensa Alguns números foram apresentados

Foram registradas 135 mil participantes do Fórum: 15 mil no acampamento da juventude; 3mil crianças em barraquinhas, para 5808 As associações envolvidas 489 da África, 119 da América Central, 155 da América do Norte, 4.193 da América do Sul, 334 da Ásia, 491 da Europa, 27 da Oceania. Promoveram 2310 atividades autgestite. 4.830 eram voluntários, tradutores, técnicos e gestores do promotor para trabalhar por três dias; 5.200 expositores nas lojas, na solidariedade dos espaços de exposições e restaurantes; 200 eventos culturais; 1000 artistas que organizaram vários desempenhos. A cobertura mediática do evento: 800 jornais de 30 países foram credenciados para o Fórum; 4.500 jornalistas, profissionais da comunicação e media livres, 2500, que trabalharam nas salas da Universidade de Belém e 2 mil alguma distância, e relataram que recebem apoio do pessoal da comunicação EFM. Segurança Ao todo, mais de sete mil militares fizeram a segurança na cidade durante o evento, dos quais 300 são da Força Nacional de Segurança do governo federal, que ficarão na cidade por mais 90 dias, a pedido da governadora Ana Júlia Carepa.

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Cláudio Puti, secretário de Estado de Governo, fez avaliação mais que positiva do FSM

movimento indígena”. Pela primeira vez, segundo Nilma, as questões raciais foram pautadas em um FSM como reivindicavamosmovimentossociais. O ativista palestino Jamal Juma, coordenador do movimento Stop the Wall, agradeceu a recepção do Fórum à causa palestina e disse que a reunião foi uma oportunidade de apresentar ao mundo o que chamou de apartheid israelense. “Nesta hora em que testemunhamos o massacre do povo de Gaza, o Fórum é uma plataforma para mostrar a luta do povo palestino. Queremos pedir apoio do Comitê Internacional para forçarIsraelacumprirleisinternacionais”. Uma agenda mundial de mobilizações também foi anunciada pela representante do Fórum Social Europeu, a italiana Rafaela Bolini, e inclui protestos durante a reunião do G-8, em maio, na Itália, durante a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, e até no aniversário de 60 anos da Organização do TratadodoAtlânticoNorte(Otan),emabril. No final, a secretária de Governo do Pará, Ana Cláudia Duarte Cardoso, informou os números da atuação do Governo do Estado durante o FSM. “Na área da saúde, tivemos mais de 2.700 atendimentos básicos, mais 68 atendimentos específicos e dez internações; um número baixo que é resultado de um amplo trabalho de prevenção de doenças comosvisitantesdoFSM”,revelouCardoso.

Cândido Grzybovski, sociólogo e membro do Conselho Internacional do FSM, rebateu as críticas de que o megaevento deveria abrir espaço para maior participação dos governos no debate sobre um outro mundo possível. “Nós não demos as costas para os governos. A cidadania nunca deu, sempre votou, nós que damos mandatos a eles. Mas aqui no nosso evento, no nosso território, eles têm que se submeter às nossas regras, à nossa lógica”. O FSM é organizado por movimentos sociais e organizações nãogovernamentais e os governos participam eventualmente como convidados. Grzybovski defendeu a Carta de Princípios do FSM, formulada em 2001, segundo a qual governantes e partidos não são partes do evento. No entanto, disse que o FSM está aberto para recebê-los, inclusive para cobrar ações em resposta às demandas apresentadas pela sociedade civil durante os debates. “Aqui é um evento de cidadania. Nós podemos trazê-los para ver se eles são responsáveis nos mandatos que lhes conferimos. Esse foi, inclusive, o sentido do ato que fizemos com os presidentes”, afirmou, em referência ao debate realizado na última quinta-feira (29), no FSM, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) Cândido Grzybovski

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RELATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS E SEMENTES NO BIÊNIO 2007/2008

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distribuição de mudas e sementes faz parte das atividades pioneiras da SOPREN, mesmo antes da criação oficial da entidade em 1968, isto com apoio do antigo IBDF de Castanhal – Pará, que deram origem a floresta precursora de Taciateua em Santa Maria do Pará, com mudasesementescoletadasnaregião. Jáamaciçadistribuiçãodemudasdeessênciasflorestais e frutíferas realizadas por meio de parceria com Base Física da SAGRI em Abaetetuba – Pa, abrange vinte e dois anos de atividades, com a direção do Eng. Agrônomo Flávio Vianna e posteriormente pelo Eng. AgrônomoReginaldoPassos. Neste relatório, abordamos a distribuição de mudas e sementes correspondente ao biênio 2007-2008, apresentando as espécies, o número de unidades distribuídaseaslocalidadesbeneficiadas. As espécies são coletadas tanto nas áreas de produção de sementes criadas pela SOPREN, nos bosques de comunidades rurais e áreas governamentais como as BasesFísicasdaSAGRIpresentesemdiversosmunicípios do Estado, além sementes doadas pela EMBRAPA AmazôniaOriental. As localidades beneficiadas foram as seguintes: SAGRI Belém, comunitários de Abaetetuba, do Estado do Amapá, Bosque Rodrigues Alves, Comunitários de Quatro Bocas, Santa Izabel do Pará, Santa Maria do Pará, Castanhal, CIABA-Belém, Rio dos Macacos-Vizeu, Ananindeua, Curuçá, Ilha do Maracujá - Acará, Concórdia do Pará, Medicilandia, Marituba, Campus da UFPA e da UFRA, Igarapé Miri, Icoaraci, Marituba, Rio de

Plantar árvores no contexto amazônico é garantir a existência do homem e manter sua dignidade como ser

ANDIRÁ-UXI ANUERA ABACATE ACEROLA ANDIROBA BAOBÁ JAMBO CATAUARI SERINGA MIRITI MACACAUBA FREIJO-CINZA CUTITIRIBA AÇAÍ JARANA PAU D'ARCO TAXI – PRETO CEDRO VERMELHO PARICA COCO PINGO D'ÁGUA JATOBÁ CUMARU MOGNO PITOMBA DE SÃO BENEDITO ACAPU SAPOTA DO SOLIMÕES MARUPÁ OUTROS TOTAL GERAL

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MARUPA

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Janeiro, Gurupá, Barcarena, Santa Izabel, Melgaço, Paragominas, Tailândia, Vila do Carmo - Cametá, Taciateua,eIlhadeMaiandeua(Algodoal). O município de Vigia de Nazaré e Colares são uns dos mais ativos quando o assunto é replantio, porém até o fechamento deste relatório não foi envidado o número de mudas e sementes produzidas e distribuídas nestas

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CONCLUSÃO

A valorização do homem e a defesa da Região sempre foram a razão de nossa existência. Realizar a recomposição vegetal nos seus mais diversificados aspectos, tendo a cultura como suporte e nossobandeiradeluta. Plantar árvores é muito mais que amenizar o calor, produzir alimento, madeira e comedia e refúgio para animais, plantar árvores no contexto amazônico é garantir a existência do homem e manter sua dignidade como ser. Dessa forma, acreditamos estar fazendo nossa parte para amenizar a fome, a miséria e toda pressão predatória a que estásubmetidaàRegião. ANDIROBA

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