Amazônia 85

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EXPEDIENTE PUBLICAÇÃO

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Hoje comemoramos o Dia da Amazônia. Nesta data, eu os convido a olhar a Amazônia com uma nova lente, a do Século XXI, capaz de superar as antigas narrativas, que não têm mais espaço na atualidade. No mundo 4.0 podemos colocar prosperidade e conservação na mesma linha. Preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico são objetivos complementares e não mais excludentes. Em conjunto com os nossos irmãos brasileiros que lá vivem, vamos desmitificar a Amazônia e olhá-la como ela realmente é. É justo que a riqueza da Floresta Amazônica também signifique riqueza para a região e comunidades...

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Mais de 20 cidades, empre­sas e organizações sem fins lucrativos anunciaram a criação do primeiro capítu­lo regional da plataforma 1t.org do Fórum Econômico Mundial, lançada em janeiro para cultivar, restaurar e conservar 1 tri­lhão de árvores globalmente até o final da década. “Houve um enorme interesse nos Estados Unidos - entre corporações, go­verno federal, cidades, organizações sem fins lucrativos, organizações da sociedade civil”, disse Jad Daley, chefe da American Forests, uma organização sem fins lucra­tivos que...

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Plantio de árvores para conter o aquecimento e aumentar empregos

Plantas e animais que se mudam por causa das mudanças climáticas devem ser considerados invasivos?

Corais do Caribe brotam no Te­xas. Passeio de salmão do Pací­fico no Ártico canadense. Aves de planícies peruanas fazem ni­nhos em altitudes mais altas Nos últimos 100 anos, o planeta aqueceu na faixa de 10 vezes mais rápido do que em média nos últimos 5.000. Em respos­ta, milhares de espécies estão viajando na direção contrária, subindo a altitudes mais...

Impactos climáticos globais atuais e futuros resultantes de COVID-19, não terão efeito sobre o clima

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O provável dia de recorde é o mais recente desenvolvimento de uma onda de calor escaldante que aquece a região e exacerba incên­ dios florestais. Em Verkhoyansk , uma cidade russa de apenas 1.300 habitantes que fica ao norte do Círculo Polar Ártico, o primeiro dia de verão foi um dia confuso: as temperaturas atin­giram 100,4° Fahrenheit em 20 de junho. Foi provavelmente o dia mais quente da história da cidade. mantém registros desde 1885. Se verificada, essa leitura...

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Entre eles, os analistas de risco classificam os fatores econômicos no topo de sua lista, mas os impactos de longo alcance dos demais fatores também não devem ser ignorados. Vamos nos aprofundar em cada categoria. A pesquisa revela que as consequências econômicas representam a ameaça mais provável no futuro próximo, dominando quatro dos cinco principais riscos em geral. Com a perda de empregos em todo o mundo, uma recessão prolongada deixa 68,6% dos...

Temperaturas atingem um sufocante 38°C - 100,4 graus Fahrenheit, no Ártico

DIRETOR Rodrigo Barbosa Hühn PRODUTOR E EDITOR Ronaldo Gilberto Hühn COMERCIAL Alberto Rocha, Rodrigo B. Hühn ARTICULISTAS/COLABORADORES Centro Sismológico Internacional, Earth Institute da Columbia University, Felipe Matheus, Hamilton Mourão, José Maria da Costa Mendonça, Jenny Morber/Ensia, Katherine j. Wu, Naoko Ishii Nora McGreevy, Ronaldo Hühn, Sabine Gerdon, Smithsonianmag.Com e Ensia, University of British Columbia, Valesca Molinari, WEF; FOTOGRAFIAS Advanced Energy Materials (2020), David Bartholomew, Divulgação, Centro Sismológico Internacional, Embrapa Territorial, Earth Institute da Columbia University, ESA / NASA, FAO/Giulio Napolitano, Greg Stewart / SLAC , Griscom et al. , 1t.org, John Murray, Joshua Stevens, Kathryn Moore, NASA, NASA / JPL-Caltech , Observatório da Terra da NASA, Oxford Insights/IDRC , UNSW, Universidade Estadual do Colorado, , Unsplash/CC0 Public Domain, Ryan Tong / EPA, WEF EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Editora Círios SS LTDA

FAVOR POR

DESKTOP Rodolph Pyle NOSSA CAPA

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C LE V Onça pintada (Panthera onca) – símbolo da ESTA RE biodiversidade brasileira. Em homenagem ao CIGS – Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus, na Amazônia – que tem a missão de especializar Militares para o combate na selva, realizando pesquisas e experimentações doutrinárias para a defesa e proteção da Amazônia brasileira. Foto: Chris Borges on Twitter

COVID-19: Quais são os maiores riscos para a sociedade nos próximos 18 meses?

MAIS CONTEÚDO

[06] Dia da Amazônia [10] Novo modelo de precificação de carbono ajudará a atender às metas de mudança climática líquida zero [16] Árvores pequenas oferecem esperança para as florestas tropicais [18] “Florestas comestíveis” podem combater o desmatamento e a fome no mundo ao mesmo tempo [20] A floresta mais antiga do mundo tem raízes de árvores de 385 milhões de anos [22] A floresta mais antiga do mundo tem raízes de árvores de 385 milhões de anos [24] Cientistas atmosféricos identificam ar mais limpo da Terra [30] Mudanças no ambiente causadas por espécies são importantes para ecossistemas [38] Incêndios de zumbis estão atingindo o Ártico, causando queima recordes [40] Mais da metade dos oceanos do mundo já são afetados pelas mudanças climáticas [41] Microplásticos: uma ameaça emergente à segurança alimentar e à saúde humana [43] Erupções poderosas no Sol podem provocar terremotos [45] “Princípio da Precaução” [47] Via Láctea – nossa galáxia, pode ter 6 bilhões de planetas parecidos com a Terra, alguns podem abrigar vida alienígena [49] Podemos apertar o botão de reset no capitalismo? [51] Reinventar o capitalismo. Para reconstruí-lo melhor [53] Este não é um negócio (digital) tão usual [57] Compras públicas para moldar o futuro da regulamentação da IA - e impulsionar a inovação e o crescimento

EDITORA CÍRIOS

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A medida que os países ao redor do mundo implementaram medidas de bloqueio como parte de sua resposta COVID-19, um declínio medido nas emissões de gases de efeito estufa emergiu como um possível revestimento de prata da pandemia global. O estudo, conduzido por uma equipe internacional liderada por pesquisadores da University of Leeds, diz que mesmo se as medidas de bloqueio continuarem até...

Editora Círios SS LTDA ISSN 1677-7158 CNPJ 03.890.275/0001-36 Rua Timbiras, 1572-A Fone: (91) 3083-0973 Fone/Fax: (91) 3223-0799 Cel: (91) 9985-7000 www.revistaamazonia.com.br E-mail: amazonia@revistaamazonia.com.br CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil

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Uma nova lente para a Amazônia

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Dia da Amazônia E

varisto de Miranda, Doutor em Ecologia pela Universidade de Montpellier (França). Pesquisador e chefe da Embrapa Territorial, disse no Dia da Amazônia – 5 de setembro que “não existe nenhum bioma no mundo tão protegido como o Amazônico”. “Quase metade da Amazônia é composta por terra indígena e unidades de conservação. Lá não pode fazer cidade, entrar com agricultura. São áreas protegidas. Além disso, devido à exigência do código florestal, os produtores têm que preservar até 80% de sua área. Tem que manter com vegetação nativa. Temos dados de 550 mil agricultores e eles preservam 22% da Amazônia dentro dos imóveis rurais. Juntando protegido com preservado chegamos a mais de 60%. Na prática, legalmente, 80% da Amazônia está protegida ou preservada. Nenhum país, nem na América Latina, tem nada comparável”, afirmou.

Questionado sobre os motivos pelos quais o desmatamento e as queimadas na região têm ficado no centro de discussões mundiais, Evaristo de Miranda falou em “manipulação” e questões políticas.

“Existe quase uma ‘religião da Amazônia’. O Cristianismo teve a pretensão de salvar a humanidade, esse pessoal quer salvar o planeta. Mas salvar do quê? Dos homens que estão lá? Hoje há mais de um

“Cerca de 80% do bioma já está protegido e destinado à preservação. As áreas protegidas alcançam hoje 173,4 milhões de hectares ou 41,3% do bioma e são constituídas por 204 Unidades de Conservação, 330 Terras Indígenas e 32 Áreas Militares decretadas e estabelecidas. Os 534.261 imóveis rurais cadastrados no CAR – Cadastro Ambiental Rural, conforme mapeamento sobre imagens de satélite com 5 metros de resolução, dedicam à preservação da vegetação nativa 94,2 milhões de hectares ou 22,4% do bioma. Áreas protegidas e preservadas somam 267,6 milhões de hectares ou 63,7% do bioma. Ainda existe vegetação nativa em áreas de imóveis rurais não cadastrados e terras devolutas num total de 85,7 milhões de hectares (20,4%), totalizando 84,1% do bioma. Mesmo na hipótese irreal da ocupação desses 20,4%, o Código Florestal só permite explorar 20%. Apenas, 4% podem ser explorados no futuro. No ritmo atual do desmatamento, isso levaria um quarto de século”. 12

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milhão de agricultores na Amazônia. Só o Incra instalou mais de 500 mil famílias. Se vende um mito de Amazônia virgem e intocada que não é verdade. Tem mais de 500 cidades na Amazônia! E essas propostas de salvação nunca ouvem o homem de lá. Durante a covid-19, por exemplo, faltou caixão porque só havia UTI em Manaus. O que matou então? A covid-19 ou a infraestrutura pífia de saúde?”.

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“Existe muita manipulação. Na realidade, mais de 80% das queimadas em zonas tropicais ocorrem na África. Basta ver os dados da Nasa. Neste ano, de 1° de janeiro até 3 de setembro, o monitoramento de satélite do INPE mostrou que as queimadas no Brasil totalizaram praticamente a mesma coisa que no ano passado. Elas não aumentaram. Enquanto na Argentina aumentaram mais de

200% e no Paraguai aumentaram 100%. Disso ninguém fala nada. Quando se olha os biomas, os dados do INPE mostram ainda que, até dia 3 de setembro, houve 7% a menos de queimada na Amazônia. Na caatinga, mais de 20% a menos. No Serrado, 15%. Aumentou nos pampas e no pantanal. Mas na Amazônia diminuiu. Mesmo assim vão dizer por aí que ela está em chamas”, finalizou Evaristo.

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Uma nova lente para a Amazônia por *Hamilton Mourão

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oje comemoramos o Dia da Amazônia. Nesta data, eu os convido a olhar a Amazônia com uma nova lente, a do Século XXI, capaz de superar as antigas narrativas, que não têm mais espaço na atualidade. No mundo 4.0 podemos colocar prosperidade e conservação na mesma linha. Preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico são objetivos complementares e não mais excludentes. Em conjunto com os nossos irmãos brasileiros que lá vivem, vamos desmitificar a Amazônia e olhá-la como ela realmente é. É justo que a riqueza da Floresta Amazônica também signifique riqueza para a região e suas comunidades locais, que na maioria das vezes se encontram desassistidas e em situação precária. Ressalto a ausência do Estado, caracterizada por uma infraestrutura precária, serviços públicos insuficientes e projetos sem consistência.

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Fotos: Divulgação, Embrapa Territorial

Vamos olhar a Amazônia com a lente transparente e correta e não mais com aquela distorcida e embaçada que outrora nos entregaram. A riqueza natural que lá existe tem grande potencial para salvar

vidas, proporcionar segurança alimentar, inclusão social e geração de renda e emprego ao seu povo. E o melhor de tudo, isso é possível sem destruir o meio ambiente. Podemos obter os benefícios dessas conquistas e ao mesmo tempo continuar sendo a Nação que mais protege e preserva a sua vegetação nativa, com uma legislação ambiental rigorosa e moderna. Neste 5 de setembro celebramos o Dia da Amazônia, pois foi nos idos de 1850 que D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas. Um dia depois, o Imperador sancionou a Lei nº 586, que abriu o opulento rio Amazonas para a navegação a vapor. Um importante avanço para a região que integrou a distante e até então isolada região Norte ao restante do País, levando desenvolvimento econômico e social. Modernidade e progresso estavam na ordem do dia do governo imperial. Hoje, modernidade, progresso, integração e inclusão social estão novamente na agenda do governo – agora República Federativa do Brasil - para a região amazônica. Sob a lente do Século XXI acrescentamos um novo elemento à lista: a sustentabilidade. E com ela surge também a bioeconomia, representando esse olhar moderno para o futuro sustentável da Amazônia e do Brasil como forma de empregar a riqueza da biodiversidade, em uma relação de benefício mútuo para a natureza e o homem.

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Dinâmica do desmatamento entre 2009 e 2018 no bioma Amazônia (Prodes)

Uma nova lente não impede de ser enxergado o que antes era visto, não traz cegueira aos problemas e desafios existentes na região amazônica, com o desmatamento, queimadas, ilícitos e crimes ambientais. Pelo contrário, ela corrige o foco e aumenta o campo de visão permitindo que também seja visto o que estava encoberto pela catarata provocada por interesses diversos e adversos e pelo medo de que a descoberta da potência e potencialidades da nossa cobiçada Floresta tornem o jovem Brasil ainda mais moderno e competitivo. Estamos falando de matriz energética limpa e eficiente; agricultura sustentável e competitiva;

riquezas minerais; regularização fundiária; bioeconomia e geração de emprego e renda associadas a uma nova política pública para a região, com presença do Estado em todos os rincões da Amazônia e maior efetividade no combate a crimes ambientais e outros ilícitos. Falamos em prover soberania, cidadania, dignidade, trabalho e livre iniciativa, alguns dos fundamentos da República Federativa do Brasil presentes no Art. 1º da Constituição Federal de 1988. Visões distorcidas, na maioria das vezes criadas e difundidas por personagens que sequer conhecem a realidade da região amazônica, que nunca pisaram naquela

Eu os convido a olhar a Amazônia com uma nova lente, a do Século XXI, capaz de superar as antigas narrativas, que não têm mais espaço na atualidade

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belae próspera terra, são incansavelmente repetidas sob uma ótica caolha, com o olhar viciado, voltado somente para uma direção, reduzindo a Amazônia a uma pequenez que não condiz com a sua envergadura. Tudo na Amazônia é grandioso: as suas dimensões, a sua biodiversidade, as suas riquezas naturais, o seu rio, os seus desafios e as suas potencialidades. São 5.2 milhões de km2 que representam cerca de 60% do território brasileiro e que abrigam mais de 25 milhões de pessoas. É importante que todos os brasileiros, e também os nossos parceiros estrangeiros,tenham conhecimento da imensidão e complexidade da região amazônica e estejam abertos a ouvir as propostas do governo Federal e a manter um diálogo transparente e democrático capaz de unir ideias, esforços e iniciativas sob a ótica deste século,que carrega consigo o objetivo comum da sustentabilidade. Além das questões tradicionais, como desmatamento e queimadas ilegais, as quais vêm sendo sistematicamente combatidas por ações desenvolvidas pelo governo Federal, e que já apontam tendência de queda, é mais do que necessário que os olhares também se voltem para as modernas técnicas de exploração da Floresta utilizando-se a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação. Avancemos, todos nós, amazonenses e demais brasileiros, na preservação, na proteção e no desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e tornemos o Brasil a potência que ele nasceu para ser! A lente do governo Bolsonaro está do lado da Amazônia e de seu povo. [*]Vice-presidente da República

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Novo modelo de precificação de carbono ajudará a atender às metas de mudança climática líquida zero Uma alternativa de curto prazo para líquido zero ao custo social do carbono para definir os preços do carbono por *Earth Institute da Columbia University

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m artigo publicado recentemente por pesquisadores do Centro de Política de Energia Global da Universidade de Columbia na revista Nature Climate Change apresenta uma nova abordagem para precificar o carbono - do curto prazo ao zero líquido. À medida que os formuladores de políticas e defensores se concentram cada vez mais nas emissões líquidas zero em meados do século, a abordagem de curto prazo para zero líquido é um método de definir os preços do carbono que pode garantir que as metas de emissões líquidas zero sejam atendidas como uma parte das políticas climáticas abrangentes. O preço do carbono é uma taxa sobre o dióxido de carbono liberado na atmosfera que é única por encorajar reduções de emissões onde e como elas podem ser alcançadas a um custo baixo.

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Fotos: Earth Institute da Columbia University

Quanto cobrar por cada tonelada de emissões é talvez o elemento mais crucial de uma política de precificação de carbono. Os economistas há muito se concentram no custo social do carbono para calcular os preços “corretos” do carbono porque, em teoria, isso equilibra os benefícios e os custos das reduções de emissões . O artigo destaca como o custo social do carbono, entretanto, não pode ser estimado com precisão suficiente para fornecer qualquer valor prático aos formuladores de políticas que definem os preços do carbono.A abordagem Near-term to Net Zero estima os preços do carbono necessários para a consistência com um caminho para uma meta de emissões líquidas zero, ou o ponto onde o equilíbrio geral entre as emissões produzidas e as emissões retiradas da atmosfera é igual a zero. Ele usa as informações confiáveis que temos agora e evita as incertezas de mudanças de longo prazo que não podemos prever.

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O artigo fornece estimativas ilustrativas para preços de carbono de curto prazo a zero líquido para os Estados Unidos, assumindo três possíveis metas líquidas de zero: 2040, 2050 e 2060. O modelo de energia GCAM-US é usado para estimar os preços do carbono nos próximos 10 anos precisava seguir um caminho em linha reta para esses objetivos, assumindo que o preço do carbono é combinado com políticas complementares que abordam as falhas de mercado distintas: políticas de eficiência energética, regulamentos de poluição do ar e suporte em estágio inicial para a implantação de tecnologias de baixo carbono .

O que é o preço do carbono? “Preço do carbono” é uma estratégia baseada no mercado para reduzir as emissões do aquecimento global. O objetivo é colocar um preço nas emissões de carbono - um valor monetário real - de forma que os custos dos impactos climáticos e as oportunidades para opções de energia de baixo carbono sejam melhor refletidas em nossas escolhas de produção e consumo. Os programas de precificação de carbono podem ser implementados por meio de ações legislativas ou regulatórias em nível local, estadual ou nacional. Os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) que usamos para gerar eletricidade, alimentar nossos veículos e aquecer nossas casas produzem emissões de dióxido de carbono, que são uma das principais causas das mudanças climáticas . Na maioria dos casos, os custos dos impactos climáticos - incluindo saúde pública e custos de danos causados por ondas de calor, inundações, chuvas torrenciais e secas - são suportados pelos contribuintes e por indivíduos diretamente afetados, mas não são levados em consideração nas decisões tomadas por produtores ou consumidores de bens intensivos em carbono. Definir um preço para o carbono ajuda a incorporar os riscos climáticos ao custo de fazer negócios. A emissão de carbono fica mais cara, e consumidores e produtores buscam formas de usar tecnologias e produtos que gerem menos carbono. O mercado funciona então como um meio eficiente de cortar emissões, promovendo uma mudança para uma economia de energia limpa e impulsionando a inovação em tecnologias de baixo carbono. As políticas complementares de energia renovável e eficiência energética também são críticas para reduzir as emissões de maneira econômica. A precificação do carbono é amplamente considerada uma ferramenta poderosa, eficiente e flexível para ajudar a enfrentar a mudança climática e é apoiada por uma série de especialistas, empresas, investidores, formuladores de políticas, grupos da sociedade civil, estados e países. Os programas de precificação do carbono já estão em uso em muitos estados e países.

“O custo social do carbono é um conceito útil, mas os riscos da mudança climática são complexos demais para estimativas de danos abrangentes e confiáveis”, disse o autor principal Noah Kaufman, pesquisador do Centro de Política Energética Global. “O Near-term to Net Zero permite que os formuladores de políticas usem a ciência do clima e a economia para traçar um caminho eficaz e eficiente para as emissões líquidas zero.”Ao combinar uma meta de emissões líquidas de zero com revistaamazonia.com.br

políticas que podem reduzir rapidamente as emissões de imediato, a abordagem de curto prazo para zero líquido se alinha com as atuais discussões sobre políticas climáticas nos Estados Unidos e no mundo. A precificação do carbono desenvolvida usando a abordagem de curto prazo para zero líquido complementa os investimentos e outras ferramentas de política necessárias para impedir que o aquecimento global aumente além de níveis perigosos, disse Kaufman.

Os preços de carbono de curto prazo para zero líquido em 2025 são $ 32, $ 52 e $ 93 por tonelada métrica (em dólares de 2018) para metas de zero líquido em 2060, 2050 e 2040, respectivamente. “Não há debate sobre o fato de que a mudança climática está acontecendo agora, e reduzir nossa contribuição para o aquecimento do planeta é fundamental para nossos esforços para evitar os piores impactos das mudanças climáticas”, disse Jason Bordoff, professor de prática na Escola Internacional e Public Affairs e diretor fundador do Center on Global Energy Policy. “Esta importante pesquisa nos dá outra ferramenta na caixa de ferramentas para descobrir como podemos chegar a zero líquido o mais rápido possível, e o mais tardar em 2050, estabelecendo um preço sobre o carbono que, junto com políticas complementares, desencoraja a poluição contínua e cria incentivos para a inovação para fornecer a energia limpa de que o mundo precisa”. REVISTA AMAZÔNIA

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Plantio de árvores para conter o aquecimento e aumentar empregos

Cidades americana e gigantes corporativos se comprometeram na recentemente a plantar mais de 800 milhões de árvores até 2030 como parte de um esforço global para enfrentar a mudança climática, melhorar a saúde e impulsionar a criação de empregos em comunidades sofrendo com a pandemia do coronavírus Fotos: FAO/Giulio Napolitano, Griscom et al. , 1t.org A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2021-2030 a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema. A restauração pode remover até 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera

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ais de 20 cidades, empresas e organizações sem fins lucrativos anunciaram a criação do primeiro capítulo regional da plataforma 1t.org do Fórum Econômico Mundial, lançada em janeiro para cultivar, restaurar e conservar 1 trilhão de árvores globalmente até o final da década. “Houve um enorme interesse nos

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Estados Unidos - entre corporações, governo federal, cidades, organizações sem fins lucrativos, organizações da sociedade civil”, disse Jad Daley, chefe da American Forests, uma organização sem fins lucrativos que co-lidera o capítulo com o Fórum Econômico Mundial. A restauração de ecossistemas é fundamental para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS), principalmente aqueles relacionados às mudanças climáticas, erradicação da pobreza, segurança alimentar, água e conservação da biodiversidade. É também um pilar de convenções ambientais internacionais, como a Convenção de Ramsar sobre zonas úmidas e as Convenções do Rio sobre bio-diversidade, desertificação e mudanças climáticas.

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Uma plataforma para a comunidade de trilhões de árvores 1t.org é uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial, projetada para apoiar a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 2021-2030, liderada pelo PNUMA e pela FAO. 1t.org oferece uma plataforma para os principais governos, empresas, sociedade civil e ecopreneurs comprometidos em servir a comunidade global de trilhões de árvores.

1t.org existe para conectar, capacitar e mobilizar uma comunidade de reflorestamento global de milhões, liberando seu potencial para agir em uma escala e velocidade sem precedentes, para garantir a conservação e restauração de um trilhão de árvores nesta década. Já existe um impulso e uma ação significativos em torno do reflorestamento - há muitas centenas de organizações fazendo um trabalho importante para conservar e restaurar as florestas em escala - por exemplo: a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 2021-2030, o Desafio de Bonn, a Iniciativa de Trilhões de Árvores, o Global Parceria para Restauração Florestal e Paisagística e muitas outras. Há uma oportunidade de ajudar a juntar essas iniciativas (e muitas outras) e fornecer-lhes apoio em áreas críticas - especificamente ajudando a mobilizar fundos e apoio político e permitindo que se conectem, inspirem e capacitem mais campeões e empreendedores no terra. 1t.org está sendo lançado para ajudar a resolver esse problema e preencher essa lacuna, criando uma plataforma unificadora para a comunidade de reflorestamento, mobilizando vontade e recursos políticos e fornecendo um caminho para qualquer pessoa que queira ajudar a se juntar ao movimento de reflorestamento - porque todas as árvores contagens. 1t.org está sendo criado para servir a todos os atores que trabalham na restauração e reflorestamento e fornecerá uma plataforma global para qualquer compromisso, iniciativa ou campanha de reflorestamento, desde o nível de base até grandes esforços em vários países. Ele fornecerá um caminho para quem deseja ingressar no movimento de reflorestamento. A 1t.org trabalha para apoiar a Presidência do G20 da Arábia Saudita, que fez da Salvaguarda do Planeta um objetivo fundamental; e a Presidência do Reino Unido da COP26. Também visa dar uma contribuição importante para a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 20212030, liderada pelo PNUMA e pela FAO. Especificamente, 1t.org se concentrará nas seguintes três áreas-chave de ação:

* * *

1t.org vai incentivar e capacitar milhões de outros campeões de reflorestamento de base, fornecendo uma plataforma digital (UpLink) para conectá-los com as oportunidades, ferramentas e recursos de que precisam para prosperar.

A 1t.org trabalhará para superar as muitas barreiras socioeconômicas que impedem o reflorestamento, catalisando mudanças de sistema de cima para baixo - como mudança de políticas, incentivos, criação de mercado e acesso a financiamento e tecnologia. A 1t.org trabalhará para elevar o nível de ambição e gastos de empresas, governos e filantropos e fornecerá orientação para transformar essa ambição em ação. Preparação de árvores para plantio em viveiro. A Década de Restauração de Ecossistemas das Nações Unidas visa aumentar de forma massiva a restauração de ecossistemas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e aumentar a segurança alimentar, o abastecimento de água e a biodiversidade

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A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2021-2030 a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema. A restauração pode remover até 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera

Os defensores dizem que as árvores oferecem uma maneira de sugar o carbono do ar, melhorar a qualidade do ar urbano e a saúde humana, impulsionar as economias locais e muito mais - pontos de vista, segundo eles, estão se tornando cada vez mais difundidos entre os legisladores. “Florestas saudáveis e resilientes são uma solução crítica baseada na natureza para os desafios únicos que enfrentamos”, disse Jim Hubbard, subsecretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em um comunicado. As promessas iniciais do capítulo dos EUA, incluindo de quatro cidades e corporações como Amazon, Mastercard e

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Microsoft, cobrirão cerca de 2,8 milhões de acres, de acordo com os organizadores. A iniciativa de trilhões de árvores despertou alguma preocupação desde seu lançamento, com pesquisadores alertando que o plantio errado de árvores pode prejudicar os ecossistemas e que os esforços globais poderiam ser mais bem empregados capacitando as comunidades locais para defender suas terras. Mas o capítulo nacional é lançado em meio a um interesse mais forte por árvores do que visto em décadas, disse Daley - uma “convergência” bipartidária que, segundo ele, é promovida neste verão pelo calor extremo, incêndios

destrutivos na Califórnia e a pandemia de coronavírus. “Não se trata apenas de plantar, mas de como administramos e operamos nossa infraestrutura de vida”, disse Romero. Os grupos que participam do novo programa nacional precisarão traçar planos detalhados sobre como manterão as árvores saudáveis, com verificações anuais. Esse trabalho criaria milhares de empregos focados em comunidades rurais e urbanas de baixa renda que foram duramente atingidas pela pandemia, disse Daley. “Então, quando você pensa sobre toda essa ideia de reconstruir melhor, você não pode fazer melhor do que árvores e florestas”.

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Sob condições de seca de longo prazo, a densa copa se torna mais aberta e mais luz atinge as camadas mais baixas da floresta

Árvores pequenas oferecem esperança para as florestas tropicais Pequenas árvores que crescem em condições de seca podem formar a base de florestas tropicais mais resistentes à seca, sugere uma nova pesquisa

Fotos: David Bartholomew, NASA / JPL-Caltech

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m novo estudo, liderado pela Universidade de Exeter, sugere que pequenas árvores se adaptam melhor às secas e podem crescer em uma nova geração para ajudar a sobrevivência da floresta tropical. Usando dados de um experimento de seca de longa duração no Brasil, os cientistas descobriram que pequenas árvores respondem positivamente à luz extra que recebem quando árvores maiores morrem, conseguindo aumentar sua capacidade de fotossíntese e seu crescimento apesar da falta de água.

A seca na Amazônia afeta as árvores maiores de forma mais severa, pois têm maior probabilidade de morrer por falha hidráulica

Resiliência “As condições na Amazônia estão mudando devido às mudanças climáticas, e as árvores terão que se adaptar para sobreviver”, disse o autor principal David Bartholomew , do Exeter’s Global Systems Institute. “Nossas descobertas mostram que as árvores pequenas são mais capazes de mudar sua fisiologia em resposta às mudanças ambientais do que suas vizinhas maiores.

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“Por terem crescido em condições de seca, essas árvores podem desenvolver características que as ajudarão a lidar com secas futuras - mesmo quando estiverem totalmente crescidas.“Em última análise, isso pode permitir que eles formem a próxima geração de árvores de dossel, levando a uma maior resiliência geral da floresta”. O estudo examinou árvores em um experimento de seca de 15 anos na Amazônia, no qual painéis de plástico transparente capturam 50% da chuva.

As respostas das espécies de árvores no estudo variaram, com algumas mostrando uma forte capacidade de adaptação e outras mostrando muito pouco. Mais pesquisas são necessárias para entender como isso pode mudar a composição da diversificada floresta amazônica no futuro

O experimento da seca impede que 50% da água chegue ao solo

“No entanto, relativamente pouco se sabe sobre a resposta das pequenas árvores do sub-bosque, que podem ser vitais para determinar o futuro das florestas tropicais. “O sub-bosque de uma floresta tropical intacta costuma ser um ambiente escuro e úmido. “Árvores encontradas em condições de pouca luz normalmente diminuirão sua capacidade fotossintética para conservar recursos. “No entanto, se as secas causam a morte de árvores maiores, essas árvores terão que se adaptar tanto à diminuição da disponibilidade de água quanto ao aumento da luz. “Nosso estudo sugere que eles têm uma habilidade notável para fazer isso.” As respostas das espécies de árvores no estudo variaram, com algumas mostrando uma forte capacidade de adaptação e outras mostrando muito pouco. Mais pesquisas são necessárias para entender como isso pode mudar a composição da diversificada floresta amazônica no futuro. A maior parte do financiamento do estudo veio do Natural Environment Research Council (NERC). O artigo, publicado na revista Plant, Cell and Environment , é intitulado: “As pequenas árvores da floresta tropical têm uma capacidade maior de ajustar o metabolismo do carbono à seca de longo prazo do que as grandes árvores de dossel”. Jmax é a taxa máxima de transferência de elétrons (ou seja, as reações de captura de luz) Vcmax é a taxa máxima de carboxilação (ou seja, as reações que convertem CO2 em carboidratos)

Recursos Os pesquisadores amostraram 66 árvores pequenas (1-10 cm de diâmetro a uma altura de 1,3 m do solo) e 61 árvores grandes (mais de 20 cm de diâmetro) na área de experimento de seca e uma área de controle próxima sem exclusão de chuva. Árvores pequenas na área de seca mostraram maior capacidade de fotossíntese (Jmax 71%, Vcmax 29%), 32% mais respiração foliar e 15% mais massa foliar por área em comparação com árvores pequenas na área de controle. “Este experimento de longa duração mostrou que árvores grandes são bastante vulneráveis à seca e provavelmente não sobreviverão se as secas continuarem a se tornar mais comuns e severas”, disse Bartholomew, um estudante de doutorado da NERC GW4 + Doctoral Training Partnership .

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David Bartholomew , do Exeter’s Global Systems Institute

[*] Universidade de Exeter

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“Florestas comestíveis” podem combater o desmatamento e a fome no mundo ao mesmo tempo por *Jagannath Adhikari

Fotos: Jagannath Adhikari, Lee Chin Institute Jagannath Adhikari, Lee Chin Institute

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agricultura é uma das principais culpadas pelas mudanças climáticas, mas com a escassez global de alimentos, a agricultura é uma forma necessária de fornecer nutrição a bilhões de pessoas. A pesquisa em uma pequena aldeia do Himalaia mostra que a agricultura pode ser feita de forma sustentável, na forma de ‘florestas comestíveis’. Uma ‘floresta comestível’ é aquela em que as pessoas plantam árvores e safras que podem produzir alimentos na floresta, bem como colher o que cresce naturalmente. Reduzir as emissões do desmatamento e da agricultura é uma prioridade global urgente se quisermos controlar as mudanças climáticas . No entanto, como muitos problemas de mudança climática, a solução é complicada. Cortar florestas para plantar safras comestíveis alimenta algumas das pessoas mais famintas do mundo. Mais de 820 milhões de pessoas passam fome e cerca de 2 bilhões enfrentam insegurança alimentar moderada - o que significa que nem sempre sabem quando virá a próxima refeição. Depois de uma década de declínio lento, as mudanças climáticas estão fazendo com que esse número volte a subir, especialmente na África e na Ásia , onde a competição pela terra para agricultura e conservação florestal é aguda. Mas os moradores do Himalaia estão adotando uma prática tradicional que pode retardar o desmatamento e alimentar as pessoas: cultivar e coletar alimentos nas florestas.

Comida na floresta Os cogumelos, assim como o mel, as raízes e outras plantas comestíveis são colhidos pelos habitantes locais como uma importante fonte de alimento

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Minha pesquisa na região do Himalaia, onde a alta densidade populacional significa que as terras agrícolas são muito escassas, investigou como as pessoas usavam suas florestas como fonte de alimento. Uma “floresta comestível” é aquela em que as pessoas plantam árvores e plantações que podem produzir alimentos na floresta, bem como colher o que cresce naturalmente. Na verdade, essa é uma prática tradicional na região do Himalaia. Um fazendeiro que entrevistei na vila de Siding, na base do Himal Mardi - um dos picos da cordilheira de Annapurna Himalaia - me disse: Eu vou para a floresta quando a comida é escassa em casa. Eu coleciono vegetais, frutas, nozes, ervas medicinais, especiarias, raízes e tubérculos. Às vezes também colho mel silvestre, brotos de bambu e cogumelos, que são consumidos em casa e também vendidos no mercado. Ocasionalmente, também obtemos carne selvagem. Tradicionalmente, esses aldeões vêem a floresta e as fazendas como uma extensão umas das outras, em vez de categorias distintas, e as administram de modo que se apóiem. Geralmente, as pessoas plantam árvores úteis para as famílias para sua madeira, por exemplo, ou frutas - na floresta perto das aldeias e preservam as que crescem naturalmente.

A própria comunidade protege a floresta, no passado até juntando grãos e dinheiro para contratar um guarda, se necessário. Este alimento da floresta é complementar, tornando-se mais importante em épocas de escassez e como um tampão durante a fome. Tirar lenha para combustível ou madeira é estritamente regulamentado, mas não há restrições à coleta de alimentos, para grande benefício dos mais pobres. A coleta de alimentos é principalmente trabalho das mulheres, que coletam algumas coisas sempre que vão para a floresta para lenha ou ração animal. Eles têm um grande conhecimento sobre plantas comestíveis. Os homens participam da caça de mel e de animais selvagens. As crianças também vão para a floresta nas horas vagas para colher frutos e tubérculos. Às vezes, os moradores coletam esses alimentos para vender em mercados próximos como uma fonte sazonal de dinheiro.

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Uma mulher vende broto de bambu em Pokhara, no Nepal. Esses brotos de bambu são coletados em florestas em grandes altitudes, de 2.200 a 2.600 metros acima do nível do mar

Burocracia moderna O manejo florestal centralizado e a restrição dos direitos tradicionais das comunidades que vieram com a burocracia florestal moderna na região do Himalaia distanciaram as pessoas da floresta. Isso também levou a um rápido desmatamento entre meados dos anos 1960 e 1980. Essa tendência foi revertida no início da década de 1990, quando os direitos da comunidade passaram a ocupar o primeiro plano e o manejo florestal comunitário ganhou uma posição firme. Isso ajudou a reduzir a pobreza . No entanto, ainda é difícil para os habitantes locais cultivar alimentos nas florestas como antes. Um fazendeiro me disse, Não destruímos a floresta ao coletar essas coisas, mas a regulamentação da conservação está dificultando essa coleta. Precisamos de poder para passar de governos centralizados para administração local e conhecimento local. A supervisão do governo ainda seria necessária para proteger os interesses locais, mas qualquer novo mecanismo precisa ser desenvolvido em consulta com as comunidades locais. As instituições de pesquisa podem desempenhar um papel na busca de melhores maneiras de atender aos interesses das comunidades locais ao manejar suas florestas.

Uma nova categoria de uso da terra

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As florestas comestíveis são um desvio dos esquemas padrão para reduzir as emissões do desmatamento e degradação da terra , nos quais os países desenvolvidos pagam aos países menos desenvolvidos para preservar ou replantar suas florestas. Se as pessoas estão plantando e colhendo ativamente em uma floresta, ela pode não se qualificar como terra protegida ou conservada . Por outro lado, se uma comunidade local depende de sua floresta para alimentação, eles podem hesitar em se registrar para um esquema formal , por medo de perderem um recurso valioso. Se os esquemas de reflorestamento puderem ser expandidos para levar em conta o plantio que não comprometa a cobertura de árvores, podemos encorajar o rápido crescimento de florestas comestíveis e acelerar nossa resposta às mudanças climáticas. Ajudará a cumprir objetivos como segurança alimentar, mitigação e adaptação à mudança climática e redução da desertificação e degradação da terra que o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança Climática recomendou para o manejo sustentável da terra à luz das mudanças climáticas.

Migração climática

As mudanças climáticas e a insegurança alimentar são os principais motores da migração para fora das áreas rurais nos países em desenvolvimento , o que traz seus próprios desafios para o manejo sustentável da terra. Os salários enviados para casa por aqueles que se mudam são uma grande parte da segurança alimentar e da redução da pobreza para muitas pessoas. Em 2018, cerca de US $ 530 bilhões foram transferidos para países de baixa e média renda entre membros da família, em comparação com US $ 162 bilhões em ajuda ao desenvolvimento . Esse fluxo de dinheiro significa que as famílias com terras marginais - como terras agrícolas nas encostas das colinas no caso do Nepal - podem se dar ao luxo de convertê-las lentamente em plantações ou florestas . A migração e as remessas - que contribuem com cerca de 28% do produto interno bruto do Nepal - ajudam a aumentar a cobertura florestal , especialmente em terras marginais vulneráveis à erosão e deslizamentos de terra. Há oportunidade de aumentar o plantio nessas terras, que estão abandonadas para a agricultura. Se as políticas oficiais de reflorestamento puderem reconhecer e apoiar as florestas comestíveis, poderemos ver a região do Himalaia liderar o grupo em uma nova maneira de pensar sobre florestas e alimentos.

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A floresta mais antiga do mundo tem raízes de árvores de 385 milhões de anos por *Katherine J. Wu

Fotos: Charles Ver Straeten, Christopher Berry, William Stein

Um grande número de fósseis arborícolas empurra a origem das florestas modernas e das sofisticadas raízes das árvores

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Vista aérea de um fóssil de Archaeopteris , uma árvore de 385 milhões de anos com raízes surpreendentemente modernas

om três trilhões de árvores, estima-se que as árvores da Terra superam as estrelas da Via Láctea . Essas maravilhas amadeiradas limpam o dióxido de carbono dos céus, protegem o solo contra a erosão, alternam a água através dos ecossistemas e sustentam inúmeras formas de vida. E temos em grande parte seus sofisticados sistemas de raiz para agradecer. Brotando da base dos troncos das árvores, as raízes são o equivalente arbóreo de um trato digestivo, trocando água e nutrientes com os solos circundantes. As raízes literalmente ancoram uma planta e, quanto mais extensas, maior e mais forte o material acima do solo pode crescer. Em suas formas modernas, eles ajudaram as árvores a dominar seus habitats - e se espalharem pelo mundo. “As raízes maximizam a capacidade fisiológica [de uma árvore]”, diz Christopher Berry , paleobotânico da Cardiff University, no Reino Unido. “Um sistema de enraizamento eficiente é a chave para ser uma árvore de sucesso.”

Mas as raízes nem sempre se parecem com as de hoje, e os pesquisadores há muito tempo se perguntam como e quando as árvores evoluíram seu extenso encanamento subterrâneo. Agora, novas pesquisas de Berry e seus colegas sugerem que as versões modernas dessas estruturas estupendas estão mais profundamente enraizadas na árvore genealógica arbórea do que se pensava antes. Sua equipe descobriu a mais antiga floresta conhecida da Terra nos arredores de Cairo, Nova York, conforme detalhado hoje na revista Current Biology . Com 385 milhões de anos, a floresta antiga antecede o surgimento de plantas produtoras de sementes, um grupo que inclui quase todas as árvores vivas. A floresta paleozóica também abriga os remanescentes de intrincados sistemas de raízes de árvores que têm uma estranha semelhança com os que ainda existem hoje em dia. As árvores, ao que parece, encontraram sua estratégia de enraizamento ideal desde o início - e a mantêm desde então. “Isso empurra [as origens] desse tipo de sistema radicular no tempo”, diz a Universidade da Carolina do Norte, Patricia Gensel , de Chapel Hill , paleobotânica especializada em plantas do Devoniano, que abrange o período de 419 a 360 milhões de anos atrás. “No meio da Devoniana, temos árvores bastante sofisticadas”, diz Gensel, que não participou do estudo. “Antes disso, nunca poderíamos dizer isso”. Pesquisadores conhecem o local do Cairo e seu potencial tesouro de fósseis há décadas. Mas não foi até 2009 que os colegas de Berry no Museu do Estado de Nova York descobriram uma das maiores jóias do local: os restos preservados de um sistema elaborado de raízes.

Os pesquisadores estão ao lado de um fóssil primitivo preservado do sistema radicular de Archaeopteris no local do Cairo

A floresta mais antiga do mundo

Espalhando a cerca de seis metros da base de seus troncos e cavando profundamente no solo, as raízes eram robustas, ramificadas e intrincadas, com delicadas raízes espalhadas por suas pontas. Eles pareciam, em outras palavras, “surpreendentemente modernos, essencialmente o que você veria no meu quintal agora”, diz o principal autor William Stein , paleobotânico da Universidade Binghamton. Mas separar os fósseis dos abetos vermelhos do bairro de Stein é um abismo evolutivo de cerca de 385 milhões de anos.

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As raízes fossilizadas, os pesquisadores perceberam, pertencia a Archaeopteris (para não ser confundido com o não relacionado pássaro-como o dinossauro Archaeopteryx ), um gênero que os investigadores pensam que produziu o primeiro “árvore moderna.” Como carvalhos e maples de hoje, Archaeopteris vangloriou plana, verde folhas ideais para absorver a luz solar e troncos grossos e dignos de madeira que ajudaram a planta a crescer e a crescer. As raízes maciças reveladas no Cairo agora acrescentavam outra característica contemporânea a Archaeopteris , dando às árvores uma ninharia de características que utilizavam recursos que provavelmente as ajudaram a dominar as florestas do mundo no final do Devoniano, diz Stein. “Chamamos isso de revolução”, diz ele. “Muitos desses recursos ... sinalizam uma taxa metabólica mais alta. E eles aparecem em Archaeopteris todos juntos, quase como um milagre. A chegada de Archaeopteris ao Cairo foi mais cedo do que o esperado e foi uma surpresa para a equipe. Apenas 40 quilômetros a oeste está outro local, Gilboa, amplamente considerado a floresta fóssil mais antiga do mundo antes de ser derrubado pelo seu vizinho Cairo. Em Gilboa, as florestas haviam crescido espessas com Eospermatopteris , um gênero de plantas que se assemelhavam a samambaias de árvores modernas , com folhas no lugar de folhas e troncos ocos e esponjosos.

Foto aérea de um sistema radicular de Archaeopteris bem preservado (à esquerda), próximo às raízes de outra árvore fóssil que pode pertencer ao grupo dos licopídeos

As árvores de Eospermatopteris também eram parte do Cairo, sugerindo que a planta era algo generalista, diz Molly Ng , uma paleobotânica da Universidade de Michigan que não estava envolvida no estudo. Mas suas bases eram cercadas por raízes rasas e finas que provavelmente viveram apenas um ano ou dois antes que as árvores as substituíssem - nada como a vasta rede que apoiava seus parentes de Archaeopteris . Ao contrário do Eospermatopteris, o Archaeopteris não se espalhou para Gilboa, provavelmente porque o local estava um pouco úmido para o gosto das árvores, enraíza Berry. No Cairo, os solos parecem ter passado por períodos de seca, permitindo que Archaeopteris se estendesse profundamente no solo sem correr o risco de se afogar. A região, no entanto, experimentou uma inundação ocasional, incluindo uma bastante severa que congelou os fósseis recém-descobertos da equipe há centenas de milhões de anos atrás. O que levou Archaeopteris a desenvolver seu conjunto de características que consomem nutrientes ainda não está claro. Mas sempre que e no entanto essa mudança ocorreu, sinalizou uma saída dramática das plantas camarões que atapetavam o planeta alguns milhões de anos antes, diz Gensel. “O que está no site do Cairo ... é impressionante em certo sentido.”

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A descoberta da equipe também nos conta um pouco sobre quem estava crescendo com quem no meio da Devoniana, diz Cindy Looy , paleobotânica da Universidade da Califórnia em Berkeley, que não participou do estudo. “Existem muito poucos locais devonianos ... onde você pode ter uma idéia de como era uma floresta tridimensionalmente”, diz ela. Mas o Cairo, com sua preservação requintada, é uma exceção notável. Um fóssil que mostra o sistema radicular modesto e relativamente simples de Eospermatopteris, uma planta denoviana que se assemelha superficialmente a uma samambaia de árvore moderna

Embora separados por algumas dezenas de quilômetros e alguns milhões de anos, Stein acha que os fósseis do Cairo e Gilboa faziam parte da mesma paisagem que uma vez cobriu as montanhas Catskill - uma com bairros arbóreos distintos, cada um com ecossistemas únicos da vida. Coletivamente, essas florestas e outras pessoas como elas passaram a remodelar o planeta inteiro. Os troncos lenhosos absorviam carbono do ar, antes de morrer e depositar as moléculas no subsolo para fertilizar uma nova vida. As folhas sombreavam o solo, protegendo seus moradores dos raios implacáveis do sol. Raízes lutaram contra a terra, alterando sua química e lançando ácido carbônico em direção ao mar. Ancoradas por árvores, paisagens inteiras foram reforçadas contra inundações e intempéries. Drenada de dióxido de carbono, a atmosfera esfriou dramaticamente, provavelmente ajudando a mergulhar o globo em um período prolongado de glaciação. Vários ramos da árvore da vida fracassaram, enquanto outras espécies se mudaram para a terra e se diversificaram. “A chegada dessas florestas foi a criação do mundo moderno”, diz Berry. Stein diz que essas descobertas colocam uma lente preocupante nas mudanças climáticas em que nosso planeta está passando agora. Em todo o mundo, as florestas estão sendo cortadas e o carbono antigo deixado pelas árvores pré-históricas - nossa principal fonte de carvão - está sendo desenterrado e queimado. “O que está acontecendo hoje é o oposto do que aconteceu no Devoniano”, diz Stein. Mais uma vez, mudanças radicais começam e terminam com árvores.

Veja o local da floresta fóssil do Cairo, lar de árvores de 385 milhões de anos, algumas das quais com sistemas de raízes de aparência surpreendentemente moderna, em www.youtu.be/l-9McQv9nag Crédito: William Stein e Christopher Berry [*] Smithsonianmag.Com

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Engenheiros transformam resíduos de CO2 dióxido de carbono em material útil Chama aberta

Fotos: Advanced Energy Materials (2020), Greg Stewart / SLAC , UNSW Quatro cientistas da UNSW capturam CO2 das chaminés de fábricas e usinas e usar energia renovável para transformá-lo em matérias-primas e combustíveis industriais

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s engenheiros químicos da UNSW Sydney desenvolveram uma nova tecnologia que ajuda a converter emissões nocivas de dióxido de carbono em blocos de construção químicos para produzir produtos industriais úteis como combustível e plástico. E, se adotado em larga escala, o processo poderia dar ao mundo espaço para respirar à medida que transita em direção a uma economia verde. Em um artigo publicado recentemente na revista Advanced Energy Materials , a Dra. Rahman Daiyan e Emma Lovell, da Escola de Engenharia Química da UNSW, detalham uma maneira de criar nanopartículas que promovem a conversão do dióxido de carbono residual em componentes industriais úteis.

Rose Amal, da Scientia, transformando o dióxido de carbono em “syngas” - uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono usada na fabricação de produtos industriais

Imagens de HR-TEM para (a) ZnO-5, (b) ZnO-7 e (c) ZnO-9

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Os pesquisadores, que realizaram seu trabalho no Laboratório de Pesquisa de Partículas e Catálise, liderado pela professora Rose Amal, da Scientia, mostram que, ao produzir óxido de zinco em temperaturas muito altas, usando uma técnica chamada pirólise por spray de chama (FSP), eles podem criar nanopartículas que atuam como o catalisador para transformar o dióxido de carbono em “syngas” - uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono usada na fabricação de produtos industriais. Os pesquisadores dizem que esse método é mais barato e escalável para os requisitos da indústria pesada do que o que está disponível atualmente.

“Usamos uma chama aberta, que queima a 2000 graus, para criar nanopartículas de óxido de zinco que podem ser usadas para converter CO 2 , usando eletricidade, em gás”, diz o Dr. Lovell. “Syngas é frequentemente considerado o equivalente químico do Lego porque os dois blocos de construção - hidrogênio e monóxido de carbono - podem ser usados em diferentes proporções para produzir coisas como diesel sintético, metanol, álcool ou plástico, que são precursores industriais muito importantes. “Então, essencialmente, o que estamos fazendo é converter CO 2 nesses precursores que podem ser usados para produzir todos esses produtos químicos industriais vitais”.

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Transformando CO2 em combustíveis, plásticos e outros produtos valiosos

Fechando o loop

Barato e acessível

Ampliando

Num ambiente industrial, um eletrolisador contendo as partículas de óxido de zinco produziu-FSP poderia ser utilizado para converter os resíduos de CO2 em permutações úteis de gás de síntese, diz Dr. Daiyan. “O desperdício de CO2 de, digamos, uma usina de energia ou uma fábrica de cimento, pode ser passado por esse eletrolisador e, no interior, temos nosso material de óxido de zinco pulverizado por chama na forma de um eletrodo. Quando passamos os resíduos de CO2 , eles são processados usando eletricidade e são liberados de uma tomada como syngas em uma mistura de CO e hidrogênio ”, diz ele. Os pesquisadores afirmam que estão fechando o ciclo do carbono em processos industriais que criam gases nocivos do efeito estufa. E, ao fazer pequenos ajustes na maneira como as nanopartículas são queimadas pela técnica FSP, elas podem determinar a eventual mistura dos blocos de construção da syngas produzidos pela conversão do dióxido de carbono. “No momento, você gera syngas usando gás natural - então a partir de combustíveis fósseis”, diz Daiyan. “Mas estamos usando dióxido de carbono residual e convertendo-o em syngas em uma proporção dependendo do setor em que você deseja usá-lo.” Por exemplo, uma proporção de um para um entre o monóxido de carbono e o hidrogênio se presta a syngas que pode ser usado como combustível. Mas uma proporção de quatro partes de monóxido de carbono e uma parte de hidrogênio é adequada para a criação de plásticos, diz Daiyan.

Ao escolher o óxido de zinco como catalisador, os pesquisadores garantiram que sua solução permanecesse uma alternativa mais barata ao que havia sido tentado anteriormente neste espaço.“Tentativas anteriores usaram materiais caros, como o paládio, mas este é o primeiro caso em que um material muito barato e abundante, extraído localmente na Austrália, foi aplicado com sucesso ao problema da conversão de dióxido de carbono residual”, diz o Dr. Daiyan. O Dr. Lovell acrescenta que o que também torna este método atraente é o uso do sistema de chama FSP para criar e controlar esses materiais valiosos. “Isso significa que pode ser usado industrialmente, pode ser dimensionado, é super rápido fazer os materiais e é muito eficaz”, diz ela. “Não precisamos nos preocupar com técnicas de síntese complicadas que usam metais e precursores realmente caros - podemos queimar e em 10 minutos ter essas partículas prontas para serem usadas. E, controlando como a queimamos, podemos controlar essas proporções dos blocos de construção desejados da syngas”.

Enquanto a dupla já construiu um eletrolisador que foi testado com gás de CO2 residual que contém contaminantes, a expansão da tecnologia até o ponto em que ele poderia converter todo o dióxido de carbono residual emitido por uma usina ainda está muito distante. “A ideia é que podemos usar uma fonte pontual de CO2, como uma usina de carvão, uma usina de gás ou até uma mina de gás natural, onde você libera uma enorme quantidade de CO2 puro e podemos essencialmente reajustar esse valor. tecnologia no back-end dessas plantas. Então você poderia capturar que produziu CO2 e convertê-lo em algo que é extremamente valioso para a indústria “, diz o Dr. Lovell. O próximo projeto do grupo será testar seus nanomateriais em um ambiente de gases de combustão para garantir que eles sejam tolerantes às condições adversas e a outros produtos químicos encontrados nos gases residuais industriais.

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[*] Universidade de New South Wales

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Somos mobilizados sobre a mesma agenda, os ODS por *Fabiano Rangel

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ntre os maiores desafios e oportunidades da sociedade atual, está justamente a promoção do desenvolvimento sustentável e sobre estes, duas amplas vertentes se completam, se misturam e são os pilares fundamentais desta a agenda. Sendo estas a superação das desigualdades sociais e econômicas e a complexa questão quase existencial. Como compatibilizar o desenvolvimento econômico e social de forma ambientalmente responsável? Um dos caminhos em busca de respostas a esta complexa equação está o processo de mobilização da sociedade em torno de uma agenda comum. Uma jornada que podemos dizer ter começado há 75 anos, com declaração universal dos direitos humanos e que desde então vem evoluindo. Neste sentido, um dos esforços contemporâneos mais conhecidos foram os 8 ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), publicados em 2000, com uma agenda de 15 anos de engajamento global, conhecida como os 8 jeitos de mudar o mundo. Na prática foi um grande pacto que visava sobretudo a erradicação da pobreza extrema ao redor do

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mundo, por meio da promoção da segurança alimentar, educação e cuidados básicos de saneamento e saúde.

Passados 15 anos e fechado o balanço dos 8 ODMs em 2015, genericamente falando, tivemos um saldo interessante, com avanços nunca visto antes em boa parte das metas, afetando positivamente os perversos indicadores atrelados a pobreza extrema sobre milhares de crianças e adolescentes ao redor do mundo, mas infelizmente, mesmo com estes avanços, seguimos distantes das necessidades básicas de boa parte da população mundial. Contudo, esta forma de mobilizar a sociedade deixou aprendizados importantes e se mostrou um caminho interessante e promissor, mas que precisava ser renovada e ampliada. Este balanço abriu espaço para a evolução deste movimento e constituição de novas diretrizes que se materializaram nos 17 ODS, os Objetivos pelo Desenvolvimento Sustentável, uma agenda renovada, que também projeta uma ampla mobilização de todos os agentes públicos e privados em âmbito global, em torno de metas e ações até 2030, visando a implementação de ações práticas e parcerias, na direção do desenvolvimento sustentável da sociedade e agora, sendo ainda mais enfático no seu proposito universalista, sem deixar ninguém para traz.

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Afinal, uma vida digna, plena e saudável é desde 1945, reconhecida como um direito universal e, portanto, este desafio deveria ser um dever de todos. Todo o aprendizado com os ODMs, trouxe uma amplitude maior desta agenda, mas sem perder sua essência, a Erradicação da Pobreza, talvez por isso, este tenha sido mantido como a meta número 1 dos ODS, sendo a última, mas tão importante quanto que é a Construção de Parcerias e Meios de Implementação, demonstrando claramente que este é um movimento que precisa ser colaborativo, cooperativo e participativo, ou seja, precisamos de toda a sociedade mobilizada em torno deste mesmo ideal, ampliando assim, não só o nosso senso de responsabilidades sobre o nosso papel na sociedade, como também de contribuição e atuação. Justamente sobre este prisma, que a ABRAPs (Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável) evolui em seu propósito. Originalmente constituída por profissionais que atuavam na área de sustentabilidade como um “think thank”, agora cada vez mais ela vem se reconfigurando e ampliando se escopo de contribuição. Atualmente, podemos dizer que a ABRAPs, busca ser tanto um espaço aberto de conexão e construção do diálogo, interações, mobilização e engajamento dos diferentes profissionais presentes na iniciativa pública ou privada, derivados de organizações empresariais, instituições públicas, institucionais sociais, cientificas ou acadêmica a reconhecerem seu papel e contribuição, independentemente de área profissional e posição. Nosso entendimento é que todas as atividades profissionais, sendo estas licitas e derivadas de interesses legítimos da sociedade, podem e devem atuar

Fabiano Rangel, durante o “ODS Talks” debatendo sobre conhecimento, inovação, C&T; mudanças econômicas e culturais de produção e consumo, inclusão, distribuição, investimento e cooperação para os ODS

de forma a contribuir com a promoção e desenvolvimento dos ODS e desta forma, se empenharem em colocar este potencial a disposição do desenvolvimento sustentável da sociedade e do mercado. Quando trazemos esta reflexão de forma centralizada sobre o papel e nível de contribuição dos profissionais que atuam pelo desenvolvimento sustentável, a discussão ganha uma amplitude ainda maior e que precisaria de, no mínimo, dez páginas para aborda-la com alguma consistência. Isso porque, seria necessário nos aprofundar ponto a ponto sobre as competências e níveis de contribuições das diferentes áreas, profissionais e tipo de atuação das organizações, por exemplo, se estivermos falando apenas do modelo tradicional de trabalho em empresas, este é um assunto tanto dos profissionais de recursos humanos quanto é do presidente, do marketing, da informática, das áreas de inovação, de comunicação, suprimentos, das áreas de operações, da logística, da área financeira, das áreas comerciais, da área de sustentabilidade ou de qualquer outra área nas organizações, ou seja, de todos.

Fabio Feldmann, Dalberto Adulis, Fabiano Rangel e Aerton Paiva, no debate sobre Sustentabilidade na Alesp-Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

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Portanto, estamos falando de um conjunto de diretrizes que precisa estar presente tanto nos valores das organizações como dos profissionais, juntando competências que se complementam, porque no final do dia, estamos falando de fazer a gestão eficiente dos recursos necessários para existência e sustentação de todo e qualquer atividade de geração de valor, sejam estes sociais, culturais ou econômico, entregues por uma atividade de interesse público, por empresas, por autônomos, de militância, manufatureira, agrícola, de comércio ou de serviço. No fim e a cabo, o objetivo central deverá ser sempre consolidar esta agenda, que já teve muitos nomes no meio organizacional, mas que hoje vem sendo chamada de ESG (traduzido do inglês Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa), para sustentação e gestão sustentável de todo e qualquer atividade social, cultura e economia de geração de valor, seja vinda da grande, médio ou pequena organização. Por fim, voltando a base dos 17 ODS, que se materializa pela meta número 1, a Erradicação da Pobreza, mesmo com tantas adversidades e em especial no atual momento da sociedade tão desafiador diante da pandemia que acomete o mundo e assola de forma ainda mais agressiva, países como o Brasil, onde as desigualdades são mais acentuadas, temos um lado otimista e bacana com muita gente disposta, fazendo o seu melhor para a seguir adiante na transformação do mundo ou do seu micro contexto, atuando de forma ativa em suas atividades profissionais e voluntárias em torno dos ODS e com isso, ajudando o país e pessoas a prosperarem e quebrarem este ciclo viciado de desigualdades, que no final do dia é um péssimo negócio para todos, pessoas, governos, empresas e sociedade. [*] Presidente ABRAPs - Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável

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Mudanças conhecidas e antecipadas na distribuição de espécies devido às mudanças climáticas em todo o mundo têm implicações para a cultura, os ecossistemas da sociedade, a governança e as mudanças climáticas. (Figura usada com permissão de Gretta T. Pecl, publicada originalmente em 31 de março de 2017 na Science 355 (6332)

Plantas e animais que se mudam por causa das mudanças climáticas devem ser considerados invasivos? Alguns pesquisadores estão pedindo uma abordagem mais sutil quando se trata de flora e fauna que ajustam seu alcance para acomodar um mundo em aquecimento por *Jenny Morber/Ensia

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orais do Caribe brotam no Texas. Passeio de salmão do Pacífico no Ártico canadense. Aves de planícies peruanas fazem ninhos em altitudes mais altas Nos últimos 100 anos, o planeta aqueceu na faixa de 10 vezes mais rápido do que em média nos últimos 5.000. Em resposta, milhares de espécies estão viajando na direção contrária, subindo a altitudes mais altas e mergulhando mais fundo nos mares, buscando suas condições ambientais preferidas. Essa grande migração está desafiando as idéias tradicionais sobre espécies nativas, o papel da biologia da conservação e que tipo de ambiente é desejável para o futuro. Em uma análise de 2017 da Science , a professora de ecologia marinha da Universidade da Tasmânia, Gretta Pecl e co-

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legas, escreveu: “[C] a mudança climática está impulsionando uma redistribuição universal da vida na Terra. Para espécies marinhas, de água doce e terrestres, a primeira resposta à mudança climática geralmente é uma mudança de localização. ” De fato, afirma Pecl, os dados sugerem que pelo menos 25% e talvez até 85% das estimadas 8,7 milhões de espécies da Terra já estão mudando de faixa em resposta às mudanças climáticas. Mas quando eles chegarem, serão bem-vindos? Definições tradicionais classificam as espécies de acordo com o local. As espécies “nativas” chegaram sem ajuda humana e geralmente antes da colonização humana generalizada; portanto, é provável que tenham predadores naturais e é improvável que fiquem desonestos.

Os não-nativos são recém-chegados e suspeitos. Embora 90% não causem danos duradouros, 10% se tornam invasivos - o que significa que eles prejudicam o meio ambiente, a economia ou a saúde humana. No ano passado, um relatório multinacional apontou as espécies invasoras como um fator-chave da crise de biodiversidade da Terra. O modo como definimos espécies é crítico, porque essas definições influenciam percepções, políticas e manejo. O Conselho Nacional de Espécies Invasivas dos EUA (NISC) define invasão biológica como “o processo pelo qual espécies não nativas rompem as barreiras biogeográficas e ampliam seu alcance” e afirma que “impedir a introdução de organismos potencialmente prejudiciais é ... a primeira linha de defesa. “ Mas alguns dizem que

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novas estratégias de gerenciamento são desnecessárias e cada nova chegada pode ser avaliada caso a caso. Karen Lips, professora de biologia da Universidade de Maryland que não foi associada ao estudo, ecoa a idéia de que cada caso é tão variado e matizado que tentar encaixar espécies que mudam o clima em uma única categoria com objetivos gerais de gerenciamento pode ser impraticável. “As coisas podem estar bem hoje, mas adicione um novo vetor de mosquito ou um novo carrapato ou uma nova doença e, de repente, as coisas ficam fora de controle”, diz ela. “A nuance significa que a resposta para qual-

Um recife de coral saudável no Pacífico Sul. Os recifes de coral podem migrar para uma nova área à medida que o clima esquenta

excluir os recém-chegados é míope. “Se você estava tentando manter o status quo, então toda vez que uma nova espécie entra, você a joga fora”, diz Camille Parmesan, diretora do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, você pode gradualmente “perder tantas que esse ecossistema perderá sua coerência. “ Se a mudança climática está levando à extinção espécies nativas, ela diz: “é preciso permitir que novas espécies assumam as mesmas funções”. Como alertaram os ecologistas da Universidade da Flórida, Brett Scheffers e Pecl, em um artigo de 2019 na Nature Climate Change , “o gerenciamento passado de espécies redistribuídas ... produziu ações e resultados mistos”. Eles concluíram que “não podemos deixar o destino da biodiversidade crítico para a sobrevivência humana ser perseguido, protegido ou ignorado aleatoriamente”.

Ferramentas existentes Uma abordagem para gerenciar essas mudanças de habitat impulsionadas pelo clima, sugerida pela Universidade da Califórnia, o ecologista marinho Irvine Piper Wallingford e colegas em uma edição recente da Nature

Nos últimos anos, os esquilos voadores do norte do Canadá encontraram-se na companhia de novos vizinhos - os esquilos voadores do sul expandindo seu alcance à medida que o clima esquenta. Domínio público | USFW

Climate Change , é para os cientistas adaptarem as ferramentas existentes, como a Classificação de Impacto Ambiental da Taxa Alienígena ) para avaliar os riscos potenciais associados à movimentação de espécies. Como as espécies que mudam de faixa apresentam impactos em comunidades semelhantes às de espécies introduzidas por seres humanos, argumentam os autores,

Neil bowman (toutinegra) | Imagens PNP (salmão) |Foto coral cortesia do Flower Garden Banks National Marine Sanctuary. revistaamazonia.com.br

quer problema em particular pode ser bem diferente.” Laura Meyerson, professora do Departamento de Ciência de Recursos Naturais da Universidade de Rhode Island, diz que os cientistas devem usar as ferramentas existentes para identificar e abordar espécies invasoras para lidar com elas. espécies que mudam o clima. “Gostaria de operar sob o princípio da precaução e depois reavaliar à medida que as coisas mudam. Você está meio que mudando uma peça nessa maquinaria; quando você insere uma nova espécie em um sistema, tudo vai responder ”, diz ela. “Algumas das espécies que estão ampliando suas faixas devido às mudanças climáticas se tornarão problemáticas? Talvez eles possam. A realidade é que algumas espécies que mudam o clima podem ser prejudiciais a alguns objetivos econômicos ou de conservação, enquanto são úteis a outros. Enquanto os pescadores esportivos estão entusiasmados com o pargo que desce pela costa leste da Austrália, por exemplo, se comer lagostas juvenis na Tasmânia, eles podem prejudicar esse crustáceo ambiental e economicamente importante.

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“No final do dia ... você terá que verificar se essa expansão de alcance tem algum tipo de impacto e, presumivelmente, se preocupar mais com os impactos negativos”, diz Stas Burgiel, diretor executivo da NISC. “Muitas das ferramentas [de avaliação de risco] que temos são criadas para analisar o impacto negativo”. Como resultado, efeitos positivos podem ser enfatizados ou negligenciados. “Portanto, essa noção de custo versus benefício ... não acho que tenha ocorrido nesse contexto específico”.

Localização Em um artigo complementar ao professor associado de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Connecticut, Mark Urban, destacou as principais diferenças entre espécies invasoras, que são não-nativas e prejudiciais, e o que ele chama de “espécies de rastreamento climático”. Enquanto espécies invasoras se originam de lugares muito diferentes das comunidades que alcançam, ele diz, as espécies de rastreamento climático se expandem de ambientes amplamente semelhantes, buscando seguir as condições preferidas à medida que esses ambientes se movem. Por exemplo, um pika americano pode se mudar para uma elevação mais alta da montanha, ou uma salamandra marmorizada pode expandir sua faixa da Nova Inglaterra para o norte em busca de temperaturas mais baixas, mas esses novos locais não são drasticamente diferentes dos lugares que eles chamavam de lar antes. As espécies de rastreamento climático podem se mover mais rápido do que seus concorrentes no início, diz Urban, mas as espécies concorrentes provavelmente alcançarão. “Aplicando perspectivas da biologia da invasão a espécies de rastreamento climático ... escolhe arbitrariamente vencedores locais em detrimento de perdedores colonizadores”, escreve ele.

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Urbano salienta que, se as pessoas impedirem mudanças de faixa, algumas espécies de rastreamento climático podem não ter para onde ir. Ele sugere que os humanos devam facilitar o movimento à medida que o planeta se aquece. “O objetivo neste mundo louco de aquecimento é manter tudo vivo. Mas pode não estar no mesmo lugar ”, diz Urban. O parmesão ecoa Urban, enfatizando que é a distância que faz a diferença. “[Os invasores] vêm de um continente diferente ou de um oceano diferente. Você está tendo esses enormes movimentos trans-globais e é isso que acaba fazendo com que as espécies exóticas sejam invasivas ”, diz ela. “As coisas mudando com a mudança climática são algumas centenas de quilômetros. As espécies invasoras estão se movendo alguns milhares de quilômetros. Em 2019, o professor associado de biologia da conservação da Universidade de Viena, Franz Essl, publicou um argumento semelhante para a classificação de espécies além da dicotomia nativa / não-nativa. Essl usa “neonatos” para se referir a espécies que se expandiram para

fora de suas áreas nativas e estabeleceram populações devido às mudanças climáticas, mas não à agência humana direta. Ele argumenta que essas espécies devem ser consideradas nativas em sua nova gama.

Eles nunca vêm sozinhos Meyerson pede cautela. “Acho que não devemos introduzir espécies” nos ecossistemas, diz ela. “Quero dizer, eles nunca vêm sozinhos. Eles trazem todos os seus amigos, sua microflora e, talvez, parasitas e coisas grudadas em suas raízes ou folhas. ... É como trazer um colchão da rua para sua casa. Burgiel adverte que a rotulagem pode ter conseqüências não intencionais. Nós no campo das espécies invasoras ... focamos em espécies não nativas que causam danos ”, diz ele. “Algumas pessoas pensam que qualquer coisa que não seja nativa é invasiva, o que não é necessariamente o caso.” Como os recursos são limitados e o gerenciamento e conservação da terra são financiados publicamente, diz Burgiel, é fundamental que o público entenda como as decisões estão sendo tomadas. Piero Genovesi, presidente do Grupo Especialista em Espécies Invasoras da União Internacional para a Conservação da Natureza, vê o debate sobre classificação - e, portanto, sobre gerenciamento - como uma distração potencial de questões de conservação mais prementes. “A maior parte da conservação é que queremos concentre-se na estreita proporção de espécies exóticas que são realmente prejudiciais ”, diz ele. No Havaí “não discutimos espécies que estão lá [mas não estão] causando nenhum problema porque nem sequer temos energia para lidar com todas elas.

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E posso lhe dizer, ninguém quer remover ciprestes [não nativos] da Toscana. Então, acho que algumas das discussões provavelmente não são tão reais no trabalho que fazemos em conservação. ” As estruturas indígenas oferecem outra maneira de olhar para as espécies que procuram um novo lar diante das mudanças climáticas. De acordo com um estudo publicado na Sustainability Science em 2018 pelo professor associado de estudos e estudos ambientais Dartmouth Native American Nicholas Reo, cidadão do Sault Ste. Marie Tribe, dos índios Chippewa, e Laura Ogden, professora associada de antropologia de Dartmouth, algumas pessoas de Anishnaabe veem as plantas como pessoas e a chegada de novas plantas como uma forma natural de migração, que não é inerentemente boa ou ruim. Eles podem procurar descobrir o propósito de novas espécies, às vezes com os animais como seus professores. Em seu artigo, Reo e Ogden citam o presidente tribal da Anishnaabe, Aaron Payment, dizendo: “Somos uma extensão de nosso ambiente natural; não estamos separados disso.

Tratados já em vigor, como a Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens, que regulamenta o comércio de plantas e animais selvagens; a Lei do Tratado sobre Aves Migratórias; e as medidas acordadas para a conservação da fauna e flora antárticas, podem ajudar a orientar esses novos acordos. “Estamos vivendo a maior redistribuição de vida na Terra por ... potencialmente centenas de milhares de anos, então definitivamente precisamos pensar em como queremos administrar isso”, diz Pecl. Genovesi concorda que os conservacionistas precisam de uma visão para o futuro. “O que fazemos é mais para ser reativo [contra ameaças conhecidas]. … É tão simples dizer que destruir a Amazônia provavelmente não é uma boa ideia que você não precisa dar um passo à frente disso. ” Mas ele acrescenta: “Não acho que tenhamos uma resposta real em termos de aprovação, este é um limiar de espécie ou essa é a linha temporal em que devemos procurar”. Definir uma visão de como seria o sucesso, diz Genovesi, “é uma

questão que não foi abordada o suficiente pela ciência e pelos tomadores de decisão”. No centro dessas perguntas estão os valores. “Todas essas percepções sobre o que é bom e o que é ruim são baseadas em algum tipo de sistema de valores”, diz Pecl. “Como uma sociedade inteira, não falamos sobre o que valorizamos e quem pode dizer o que tem valor e o que não tem.” Isso é especialmente importante quando se trata de vozes marginalizadas, e Pecl diz que está preocupada porque “não acha que temos consideração ou representação suficientes das visões de mundo indígenas”. Reo e colegas escreveram no American Indian Quarterly em 2017 que a literatura sobre mudanças climáticas e a cobertura da mídia tendem a retratar os nativos como vulneráveis e sem agência. No entanto, diz Pecl, “as regiões do mundo em que [a biodiversidade e os ecossistemas] não estão decaindo ou estão decaindo em uma taxa muito mais lenta são controladas pelos indígenas” - sugerindo que os indígenas administraram espécies potencialmente mais efetivamente no passado e podem ser capaz de gerenciar a distribuição de espécies em mudança de uma maneira que possa ser informativa para outras pessoas que trabalham nessas questões. Enquanto isso, pesquisadores como Lips vêem a classificação de espécies como nativa ou outra como decorrente de uma perspectiva em que existe um melhor momento e local ambiental para o qual retornar. “Não há intocada, não há como voltar atrás”, diz Lips. “O mundo inteiro é sempre muito dinâmico e está mudando. E acho que é uma idéia melhor considerar simplesmente o que queremos, e vamos trabalhar nisso. ” [*] Em Smithsonianmag.com e Ensia

A necessidade de colaboração A conservação bem-sucedida das espécies da Terra de uma maneira que mantenha a biodiversidade funcional e saudável provavelmente dependerá da colaboração. Sem acordos globais, pode-se imaginar cenários em que os países tentam impedir que espécies de alto valor ultrapassem suas fronteiras, ou as espécies recém-chegadas são rapidamente super-colhidas. Na Mudança Climática da Natureza, Sheffers e Pecl defendem um Tratado de Redistribuição da Mudança Climática que reconheça a redistribuição de espécies além das fronteiras políticas e estabeleça uma governança para lidar com isso.

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As espécies exóticas invasoras são reconhecidas como os principais fatores diretos e indiretos da perda de biodiversidade em todo o mundo

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Espécies engenheiras reduzem riscos de extinções

Mudanças no ambiente causadas por espécies são importantes para ecossistemas por *Felipe Mateus

A

atuação de espécies que promovem mudanças no meio ambiente é importante para a formação e manutenção dos ecossistemas, tornando-os mais estáveis. É o caso, por exemplo, de elefantes que desmatam áreas de vegetação ou de castores que constroem represas em rios com pedaços de troncos de árvores. Esta é uma abordagem inovadora para o campo da ecologia, já que o mais comum é que as pesquisas considerem as interações diretas entre as espécies ao invés de olharem para os efeitos indiretos que uma espécie pode ter sobre outras a partir das alterações que promovam no meio em que coabitam. Esse estudo foi publicado pela revista Nature Communications e sua realização contou com a participação dos professores da Unicamp Mathias Pires, do Instituto de Biologia (IB), e Marcus de Aguiar, do Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW), além de pesquisadores dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Por conta da imensa variedade de ecossistemas existentes, cujas dinâmicas são marcadas pela complexidade, os pesquisadores utilizaram para o estudo modelos matemáticos derivados da física, baseados na ciência das redes complexas. Com isso, foi possível concentrar as análises nos aspectos essenciais dos ecossistemas, sem levar em conta variáveis que seriam consideradas em uma abordagem essencialmente da biologia.

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Fotos: Antonio Scarpinetti Mathias Pires (IB) e Marcus de Aguiar (IFGW) integram grupo de trabalho que relaciona biologia e matemática

“Não é só representar espécies como números e quantificá-las, devemos também levar em conta as interações que você considera fundamentais para estudar o fenômeno que você analisa. Então você desconsidera vários detalhes, na Física isso é muito comum. A Biologia é complexa, tudo é importante, tudo influencia. Ainda assim, alguns elementos influenciam mais do que outros. No nosso caso, você tem que pensar ‘no

que eu estou interessado em descrever? O que de fato é fundamental para descrever o fenômeno?’ Aí você reduz só àqueles elementos, desconsidera os detalhes e vê o que acontece”, explica Marcus de Aguiar. Outra característica do estudo é que ele não se baseia em um ecossistema real, como a mata atlântica brasileira ou as savanas africanas. As simulações são realizadas a partir do conhecimento e dados existentes

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Estabilidade da comunidade em função da frequência de interações e modificadores de serviço por espécie

Bromélias e tatus são exemplos de espécies engenheiras. As alterações que eles provocam no meio ambiente beneficiam outras espécies

a Taxas médias de extinção primária, nas quais ocorrem extinções primárias por exclusão competitiva de consumidores sobre recursos compartilhados. b Taxas médias de extinção secundária, que se originam das extinções primárias. c Média da persistência das espécies. d A proporção , onde indica estados estacionários para sistemas em que todos os modificadores projetados são exclusivos para cada engenheiro e S * denota estados estacionários para sistemas com engenharia redundante. Valores mais altos deS∗/S∗vocêS∗/ Su∗S∗vocêSu∗{S} ^ {*} / {S} _ {{\ rm {u}}} ^ {*}S∗/S∗vocêS∗/Su∗significa que sistemas com engenheiros redundantes têm maior riqueza no estado estacionário do que aqueles sem redundâncias. As taxas de extinção primária e secundária foram avaliadas no nível da comunidade, enquanto a persistência foi determinada para cada espécie e a média foi calculada em toda a comunidade. Cada medida relata a expectativa tomada em 50 réplicas. Com isso, o modelo desenvolvido pelos pesquisadores dá a liberdade de projetar ecossistemas com mais ou menos espécies, com maior ou menor grau de especialização e potencial de interagirem com outras. Dependendo do que os resultados matemáticos apontam, eles sabem se o modelo é realista ou não. “O que é legal de um trabalho teórico é que você pode colocar e retirar elementos à vontade. Você pode verificar qual a importância desses elementos no sistema. Se eu tirar isso, será que ele (sistema) continua realista? O que é realmente importante para reproduzir o que observamos?”, reflete Marcus.

Contribuições das espécies engenheiras

sobre como ocorrem as interações entre espécies e o ambiente, mas considerando um espaço em processo de configuração pela própria dinâmica da natureza. Dessa forma, os pesquisadores acrescentam nele espécies e interações que se mostram essenciais e conseguem mensurar o papel e a importância de cada elemento. “No fim das contas, o nosso modelo simula o que acontece quando surge uma ilha vulcânica, por exemplo, onde primeiro há um terreno limpo e depois ocorre a

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colonização por espécies, um ecossistema novo vai sendo criado”, ilustra Mathias Pires. O professor explica que nesse processo são analisados fatores ecológicos como o número de níveis das cadeias alimentares formadas, a quantidade de interações possíveis entre as espécies e quantas delas ocorrem de fato, o grau de especialização dos organismos, ou seja, se interagem com apenas uma outra espécie ou com várias e, finalmente, a quantidade de espécies possíveis de existirem no mesmo espaço.

A partir da possibilidade de inserir espécies diferentes na dinâmica dos ecossistemas simulados, a pesquisa chegou a uma novidade antes pouco explorada pelos estudos da área: os dados obtidos pelas simulações matemáticas apontam que espécies que interagem com o espaço natural em que vivem provocam impactos significativos para outras espécies, favorecendo o estabelecimento de novas espécies no mesmo local e garantindo uma dinâmica maior nesses ambientes, tornando o ecossistema mais estável. “O que a gente vê é que, quanto mais dessas espécies capazes de modificar o ambiente você coloca no nosso modelo, mais rápida é a aquisição de novas espécies. É

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como se elas estivessem mesmo moldando, reorganizando o ambiente, facilitando a colonização por novas espécies. Se você tem poucas dessas espécies, há muitas extinções no início”, explica Mathias Pires. Esses efeitos das espécies chamadas “engenheiras de ecossistemas” podem ser diversos. Por exemplo, as tocas escavadas por tatus no solo são aproveitadas por outros animais que procuram abrigo. Outra espécie do tipo são as bromélias, cujas folhas acumulam água onde podem se desenvolver outros tipos de organismos como insetos. “O que a gente mostra com as simulações é que esses efeitos sobre o ambiente podem moldar como o ecossistema funciona. Não é algo que seja desprezível”, ressalta o professor. Se por um lado as interações indiretas propiciadas por uma espécie podem beneficiar várias outras, a extinção dela também pode resultar em uma cadeia de extinções mais intensa do que pode ocorrer entre espécies que estabelecem entre si uma relação de predador-presa. Sem as tocas escavadas pelo tatu, várias espécies deixam de ter um local seguro para procriar e se protegerem de predadores. “Quando uma espécie é extinta, não quer dizer que só ela morreu.

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Se uma outra espécie a consome, ela também vai ser extinta. Então a extinção de uma espécie pode provocar uma cascata de extinções.Se você não tem esses engenheiros de ecossistemas no modelo, essas extinções são mais pronunciadas, o sistema é mais instável”, reflete Marcus, chamando a atenção para a complexidade existente nessas relações.

Efeitos da humanidade e evolução A pesquisa que resultou no artigo publicado pela revista Nature Communications integra os estudos realizados por um grupo de trabalho ligado ao Instituto Nacional de Síntese Matemática e Biológica (National Institute for Mathematical and Biological Synthesis) - NIMBioS, centro de pesquisas sediado na Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, que relaciona conhecimentos da biologia e da matemática. Com o desenvolvimento do modelo, os professores avaliam a possibilidade de novas pesquisas adicionando outras variáveis que ainda não foram consideradas nos estudos. Eles destacam o potencial de avaliar as interações que

podem ocorrer entre ecossistemas distintos, algo que não foi ainda contemplado pelos estudos. Outra possibilidade é a de avaliar os efeitos da evolução das espécies ao longo do tempo e como ela se relaciona com as interações estabelecidas entre espécies e o ambiente, assim como a forma com que essas interações podem afetar o percurso da evolução. Uma terceira reflexão estimulada pela pesquisa é a de que a atuação do homem como espécie engenheira dos ecossistemas também possam ser avaliadas. Dessa forma, os pesquisadores reconhecem o quanto somos uma espécie animal que modifica os ambientes naturais de forma muito mais intensa se comparada a outras espécies, o que revela a importância de se investigar a complexidade envolvida nos ecossistemas e recorrer a ferramentas que a tornem mais palpável e compreensível. “O mundo real é bem mais complexo do que a gente consegue trabalhar nos modelos matemáticos, mas os modelos são a ferramenta para desvendarmos essa complexidade”, reconhece Mathias Pires. [*] UNICAMP

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Mesmo com medidas de bloqueio até 2021, o declínio nas emissões de gases de efeito estufa esfriará o planeta apenas 0,018 graus

Impactos climáticos globais atuais e futuros resultantes de COVID-19, não terão efeito sobre o clima Pesados investimentos em energia renovável são obrigatórios para resfriar significativamente o planeta, dizem os cientistas Fotos: Nature Climate, University of Leeds

change from baseline (%)

5

Feb-July 2020 emission change by species

0 5 10 15 20 25 30 35 40

A

CO2 CH4 N2O SO2 BC OC CO NMVOC NH3 NOx

50

75

100

125

Day in 2020

150

175

200

total - o planeta pode esfriar apenas cerca de 0,018 graus Fahrenheit até 2030. Mas se houver um investimento agressivo em fontes de energia renováveis após a pandemia, poderemos evitar um aumento geral de 0,3 graus até 2050. Isso pode manter o planeta a 1,5 graus Celsius de aquecimento em relação aos níveis pré-industriais, de acordo com o clima de Paris Acordo, relata Matt Simon. A queda sem precedentes nas emissões de gases de efeito estufa dos bloqueios durante a pandemia não fará “nada” para desacelerar a mudança climática sem uma mudança duradoura dos combustíveis fósseis, disse uma equipe internacional de pesquisadores na sexta-feira.

medida que os países ao redor do mundo implementaram medidas de bloqueio como parte de sua resposta COVID-19, um declínio medido nas emissões de gases de efeito estufa emergiu como um possível revestimento de prata da pandemia global. O estudo, conduzido por uma equipe internacional liderada por pesquisadores da University of Leeds, diz que mesmo se as medidas de bloqueio continuarem até o final de 2021 - mais de um ano e meio no revistaamazonia.com.br

Veja a Animação:bit.ly/impacto-pouco-significativo-no-clima

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As emissões globais da queima de carvão, petróleo e gás podem cair até 8% em 2020, depois que os governos tomaram medidas para confinar bilhões de pessoas em suas casas em uma tentativa de desacelerar a disseminação do COVID-19. Mas na ausência de uma mudança sistêmica em como o mundo se alimenta e se alimenta, os especialistas alertaram no estudo de sexta-feira que as emissões economizadas durante o bloqueio seriam essencialmente sem sentido. Usando dados de código aberto, a equipe calculou como os níveis de 10 diferentes gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos mudaram em mais de 120 países entre fevereiro e junho deste ano. Eles descobriram que a poluição, como dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio, caiu no período entre 10 e 30 por cento. No entanto, dado que as “grandes mudanças comportamentais” durante o bloqueio foram apenas temporárias, as emissões mais baixas até agora neste ano provavelmente não influenciarão o clima. Mesmo assumindo que as restrições de viagens e o distanciamento social continuem até o final de 2021, a equipe concluiu que isso economizaria apenas 0,01 C de aquecimento até 2030. “Lockdown mostrou que podemos mudar e mudar rapidamente, mas também mostrou os limites da mudança de comportamento”, Piers Forster, co-autor do estudo e diretor do Priestley International Center for Climate da University of Leeds na Grã-Bretanha. “Sem uma mudança estrutural subjacente, não conseguiremos”, disse ele.

1,5 C ‘improvável’ O acordo climático de 2015 em Paris viu as nações se comprometerem a limitar os aumentos de temperatura para “bem abaixo” de dois graus Celsius (3,6 Fahrenheit) acima dos níveis pré-industriais por meio de cortes radicais nas emissões. Ele também definiu uma meta mais segura de um limite de 1,5 C. As Nações Unidas afirmam que, para manter 1,5 ° C em jogo, as emissões globais devem cair 7,6% ao ano nesta década. Isso é aproximadamente equivalente à queda de emissões prevista neste ano. Mas, Lockdown mostrou que podemos mudar e mudar rapidamente, mas também mostrou os limites da mudança de comportamento”, disse Piers Forster

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considerando que ocorreu uma das maiores desacelerações econômicas da história, Forster disse que é improvável que se repita enquanto os países procuram se recuperar. “Se eu for brutalmente honesto, é improvável que o mundo descarbonize às taxas exigidas para 1,5 ° C, mas chegar perto disso tornará o futuro de nossos filhos melhor”, disse ele. O estudo, publicado na Nature Climate Change , também modelou opções para a recuperação pós-bloqueio que, segundo os autores, mostrou uma oportunidade única de mudança estrutural para a economia global. As opções para os formuladores de políticas incluem a redução da poluição do tráfego priorizando o transporte público e as ciclovias. Um “forte estímulo verde”, que resultaria em 1,2% do produto interno bruto investido em tecnologia de baixo carbono, poderia reduzir as emissões pela metade até 2030, em comparação com uma recuperação baseada em combustíveis fósseis, disseram os autores. “A queda nas emissões que experimentamos durante o COVID-19 é temporária e, portanto, não fará nada para desacelerar as mudanças climáticas”, disse a co-autora Corinne Le Quere, da Universidade de East Anglia. “Mas as respostas do governo podem ser um ponto de viragem se eles se concentrarem em uma recuperação verde, ajudando a evitar impactos graves das mudanças climáticas”. Pete Smith, professor de solos e mudança global na Universidade de Aberdeen, disse que um retorno aos negócios como de costume pós-COVID significaria “teremos jogado fora nossa melhor chance de colocar o mundo no caminho certo para emissões líquidas zero”.

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“Temos uma pequena janela de oportunidade para acertar e não podemos desperdiçá-la”, disse Smith, que não esteve envolvido na pesquisa.

A necessidade de uma recuperação verde Como mostrado, o efeito climático das restrições imediatas relacionadas à COVID-19 é próximo a irrisório e efeitos duradouros, se houver, surgirão apenas da estratégia de recuperação adotada no médio prazo. Para esse fim, avaliamos o efeito de diferentes cenários, incluindo uma recupe-

ração de combustível fóssil e dois cenários diferentes de estímulo verde. Devido às diferentes tendências de aquecimento e resfriamento de poluentes de vida curta, a resposta climática de 2020–2030 para os diferentes caminhos permanece incerta, mas é provavelmente desprezível, seja qual for o caminho que a recuperação tomar. No entanto, as diferenças se manifestam após 2030. O Box abaixo (Resposta climática de longo prazo) mostra as mudanças estimadas nas emissões de CO2 e as respostas climáticas para as quatro vias avaliadas. Descobrimos que tanto a via de blip de dois anos,

onde a recuperação econômica mantém os níveis de investimento atuais, quanto a via de recuperação de combustível fóssil provavelmente excederão 1,5 ° C acima do limite pré-industrial em 2050 (> 80%) Por outro lado, escolher um caminho com fortes premissas de estímulo verde (~ 1,2% do produto interno bruto global), incluindo medidas de política climática, tem uma boa chance (~ 55%) de manter a mudança de temperatura global acima do período pré-industrial dentro do limite de 1,5 ° C, economizando cerca de 0,3  o C de aquecimento futuro até 2050 (0,2 ° C para a via de estímulo verde moderado).

a - c , Emissões de CO 2 ( a ), concentrações de CO 2 ( b ) e a resposta da temperatura do ar superficial global ( c ) para as vias hipotéticas da Tabela 1 , emulado pelo modelo FaIR v.1.5. O caminho da linha de base também é traçado, mas em grande parte obscurecido pelo caminho do blip de dois anos. As incertezas da amostra de Monte Carlo de 5 a 95% são mostradas e ponderadas de acordo com seu ajuste histórico às observações (linha pontilhada vermelha) 32 mostrado em c

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Temperaturas atingem um sufocante 38°C - 100,4 graus Fahrenheit, no Ártico por *Nora McGreevy

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provável dia de recorde é o mais recente desenvolvimento de uma onda de calor escaldante que aquece a região e exacerba incêndios florestais. Em Verkhoyansk , uma cidade russa de apenas 1.300 habitantes que fica ao norte do Círculo Polar Ártico, o primeiro dia de verão foi um dia confuso: as temperaturas atingiram 100,4° Fahrenheit em 20 de junho. Foi provavelmente o dia mais quente da história da cidade. mantém registros desde 1885. Se verificada, essa leitura de temperatura também seria a mais alta já registrada no Ártico. Mas o dia do recorde é apenas um dos muitos dias extraordinariamente quentes que assolam a região, alarmando cientistas e moradores. “O Ártico está figurativamente e literalmente em chamas - está esquentando muito mais rápido do que pensávamos em resposta ao aumento dos níveis de dióxido de carbono e

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Fotos: Joshua Stevens, Observatório da Terra da NASA

outros gases de efeito estufa na atmosfera, e esse aquecimento está levando a um rápido colapso e aumento de incêndios florestais” Jonathan Overpeck, cientista climático da Universidade de Michigan, conta a Daria Litvinova e Seth Borenstein, da Associated Press . “O aquecimento recorde na Sibéria é um sinal de alerta de grandes proporções”. Este período de aquecimento sem precedentes está derretendo o permafrost da Sibéria , a camada congelada de gelo e sujeira no norte do Ártico. Isso representa um enorme perigo para os moradores humanos da região, já que muitas de suas cidades, estradas, aeroportos e oleodutos são construídos sobre essa camada de solo outrora sólida, relatou um estudo da região no ano passado. À medida que o permafrost derrete, ele também libera grandes quantidades de carbono aprisionado na atmosfera, o que contribui ainda mais para as mudanças climáticas, de acordo com uma declaração do Observatório da Terra da NASA . Verkhoyansk é reconhecido pelo Guinness World Records como tendo a faixa de temperatura mais extrema, que pode descer até 90° Fahrenheit negativos no auge do inverno e até 98,96 no verão, de acordo com a Associated Press. Imagem de satélite hoje (20/06/20) mostrando extensa fumaça e incêndios a leste de Verkhoyansk. O gelo de cor azul no mar de Laptev é uma indicação do derretimento do gelo e há muita água aberta visível no mar da Sibéria Oriental

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Gráfico mostrando a intensidade do calor no Ártico

Como Alejandra Borunda reporta para a National Geographic , o Ártico já testemunhou calor extremo antes - Verkhoyansk registrou um dia de 99,1° F graus em 1988, por exemplo. Mas a mudança climática está “carregando os dados” em direção a ondas de calor extremas como esta, relata Borunda. Esse pico mais recente é provavelmente o resultado de temperaturas anuais mais altas que derreteram a neve da região mais cedo do que o habitual, combinadas com um sistema climático que deixou os céus da Sibéria sem nuvens - para que os raios do sol pudessem aquecer facilmente a Terra abaixo, segundo a Associated Press. A mudança climática está tendo um impacto enorme nas regiões polares da Terra. O Ártico está esquentando duas vezes mais rápido que o resto do planeta , como Ramin Skibba publicou na revista Smithsonian no ano passado. “Nesta parte da Sibéria, os sinais das mudanças climáticas já estão aqui. Não é um futuro distante. Agora é ”, diz Amber Soja, pesquisadora da NASA que conduziu pesquisas de campo no Ártico, na declaração da NASA. “O calor e os incêndios deste ano estão apenas adicionando mais evidências ao sinal da mudança climática que vimos nessas florestas há anos”. Banquisas de gelo no rio Lena em Yakutsk, Rússia

A cidade da Sibéria, a cerca de 5.000 km a leste de Moscou, na Rússia, é historicamente um dos lugares mais frios da Terra. Em novembro passado, as temperaturas caíram para quase -51 graus. As temperaturas da Sibéria quebraram recordes nos últimos meses, no entanto, e o inverno passado foi “o mais quente da Sibéria desde que os registros começaram 130 anos atrás”, disse Marina Makarova, meteorologista-chefe do serviço meteorológico Rosgidromet da Rússia. E ano de 2020 vem sendo marcante para o clima da Sibéria, que vem marcando altas temperaturas e sofrendo com a consequência de derretimento de neve e gelo. Isso contribui para o desmanche do pergelissolo, solo composto por terra, gelo e rochas, provocando o derramamento de óleo e dando início a uma severa temporada de incêndios. De acordo com dados do C3S, o gelo da Sibéria começou a se partir relativamente cedo, no mês de maio. O último mês de maio, inclusive, foi o mais quente já registrado desde que os recordes começaram a ser analisados, ainda em 1979. Na última segunda-feira (22/06/20), imagens de satélites mostraram diversos incêndios próximos à Sibéria, perto do Círculo Polar Ártico. Mark Parrington, cientista sênior do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, revelou que a quantidade e intensidade dos incêndios aumentaram na região consideravelmente. Segundo Martin Stendel cientista climático, a mudança de temperatura ocorrida no noroeste da Sibéria no mês passado deveria acontecer uma vez a cada 100 mil anos, mas as alterações que o mundo está enfrentando vem mostrando um estado de alerta. REVISTA AMAZÔNIA 37 revistaamazonia.com.br


Incêndios de zumbis estão atingindo o Ártico, causando queima recordes A temporada de incêndios florestais no Ártico foi a pior desde o início da manutenção de registros Fotos: Copernicus EU / Sentinel-2, Pierre Markuse

Yakutia [foto] tem 83,4 por cento de floresta, tornando-a “uma das regiões russas com maior risco de incêndio

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s incêndios florestais “zumbis” que ardiam sob o gelo do Ártico durante todo o inverno repentinamente ganharam vida neste verão, quando a neve e o gelo derreteram, revelam novos dados de monitoramento. E este ano foi o pior em registros de incêndios florestais no Ártico, desde que o monitoramento confiável começou há 17 anos. Os incêndios do Ártico neste verão liberaram tanto carbono na primeira metade de julho do que uma nação do tamanho de Cuba ou da Tunísia em um ano. Isso está de acordo com o monitoramento do Copernicus Atmosphere Monitoring Service , a organização de monitoramento da Terra da União Europeia. Mais de 100 incêndios ocorreram no Ártico desde o início de junho, de acordo com Copernicus. “Obviamente, é preocupante”, disse o cientista sênior do Copernicus, Mark Parrington, à BBC . “Nós realmente não esperávamos ver esses níveis de incêndios florestais ainda”.

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Zumbis atiram Os “incêndios de zumbis” rastreados por Copérnico provavelmente ardiam sob o gelo e a neve na turfa rica em carbono da tundra ártica. Quando o gelo e a neve derretem, esses pontos de acesso podem causar novos incêndios florestais na vegetação acima.

“A destruição da turfa pelo fogo é preocupante por muitos motivos”, disse Dorothy Peteet, pesquisadora sênior do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA em Nova York, ao Observatório da Terra . “À medida que o fogo queima as camadas superiores da turfa, a profundidade do permafrost pode se aprofundar, oxidando ainda mais a turfa subjacente.” Os incêndios, então, liberam carbono e metano da turfa, ambos gases de efeito estufa que contribuem ainda mais para o aquecimento do planeta. Mas os incêndios de zumbis não são a única causa da dura temporada de incêndios; quedas de raios e comportamento humano também estão causando conflagrações. Parrington e seus colegas já haviam rastreado a violenta temporada de incêndios florestais de 2019, mas ficaram surpresos com a forma como os incêndios se intensificaram este ano ao longo de julho, disse Parrington ao Observatório da Terra. A Sibéria não foi o único foco de incêndio florestal no Ártico neste verão. O norte de Alberta, no Canadá, também foi particularmente afetado. O incêndio em Chuckegg Creek no norte de Alberta, por exemplo, queimou mais de 1.351 milhas quadradas (350.134 hectares) e levou três meses para ser contido.

Uma visão de cima dos incêndios florestais queimando na Sibéria neste verão. Esta foi a pior temporada de incêndios florestais já registrada no Ártico

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Combinando essas observações com dados de satélite, eles descobriram que a maioria dos incêndios era muito pequena - menos de 11 hectares e, na maioria dos casos, menos de um - para ser detectada. Mas sete deles eram visíveis do espaço. Os surtos massivos no ano passado foram alimentados por um calor recorde. Partes da Sibéria e do Alasca ficaram até 10 graus Celsius mais quentes do que o normal por semanas a fio.

Incêndio florestal na República Sakha

Temporada de fogo A temporada de incêndios no Ártico vai de maio a outubro, com os piores incêndios geralmente ocorrendo entre julho e agosto. A temporada de incêndios de 2019 quebrou recordes para o número de incêndios e carbono liberado, com Copernicus relatando que só em junho, os incêndios liberaram 50 megatons de dióxido de carbono. Os incêndios de 2020 já estão ultrapassando as conflagrações de 2019. Ao todo, Copérnico estima que, entre janeiro e agosto, os incêndios liberaram 244 megatons de carbono. Isso é mais do que toda a nação do Vietnã liberada em 2017. Os incêndios também liberam outra poluição que piorou a qualidade do ar na Europa, Rússia e Canadá, de acordo com Copernicus. Os cientistas da Terra estão esperando condições semelhantes para 2021 e além. “Sabemos que as temperaturas no Ártico têm aumentado em um ritmo mais rápido do que a média global, e as condições mais quentes / secas fornecerão as condições certas para que os incêndios cresçam quando eles começarem”, disse Parrington em um comunicado divulgado pela Copernicus, acrescentando , “Nosso monitoramento é importante para aumentar a conscientização sobre os impactos em larga escala dos incêndios florestais e emissões de fumaça, que podem ajudar as organizações, empresas e indivíduos a planejarem com antecedência contra os efeitos da poluição do ar”.

Cientistas alertaram sobre incêndios de ‘zumbis’ na região Artctic

Retenção de Luzes As brasas profundas em solos orgânicos, como turfeiras, podem inflamar semanas, meses e até anos depois. Cientistas que monitoram o Alasca observaram um fenômeno semelhante. “Os gerentes de incêndio notaram um aumento nos casos em que os incêndios sobrevivem aos meses frios e úmidos do inverno, extinguindo-se e reaparecendo na primavera seguinte”, relatou o Alaska Fire Science Consortium, agrupando quatro universidades e institutos de pesquisa, em seu boletim informativo da primavera de 2020. Desde 2005, cientistas no Alasca identificaram 39 desses “incêndios residuais”, como também são chamados.

Foto de satélite de incêndios em curso na Groenlândia

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As temperaturas na Groenlândia aceleraram o derretimento da camada de gelo de quilômetros de espessura da ilha, resultando em uma perda líquida de 600 bilhões de toneladas de massa de gelo no ano - o que é cerca de 40% do aumento total do nível do mar em 2019.

Na Groenlândia Parte da Groenlândia, onde um recorde de calor foi registrado em julho, está pegando fogo, uma situação que levou a polícia a desaconselhar dirigir ali em duas áreas no sudoeste. As áreas afetadas estão localizadas acima do Círculo Polar Ártico e, segundo as autoridades, “os incêndios não devem parar nos próximos dias”. Os primeiros surtos foram relatados em 31 de julho neste território autônomo da Dinamarca, cuja vegetação é em grande parte composta por tundra. Em uma das áreas afetadas, desde segunda-feira e até novo aviso, é proibido fumar. “Muitos lugares são muito secos e a menor faísca ou negligência relacionada ao fumo pode iniciar um incêndio”, disse o município de Qaasuitsup. De acordo com o instituto meteorológico dinamarquês, BMI, o mês de julho foi “extremo” e um novo recorde de calor foi estabelecido. Um climatologista do instituto, John Cappelen, observou em 10 de agosto no Twitter uma temperatura de 24,8 graus Celsius no aeroporto de Nuuk, capital da Groenlândia. O Ártico é particularmente frágil e ameaçado pelo aquecimento global. REVISTA AMAZÔNIA

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Mais da metade dos oceanos do mundo já são afetados pelas mudanças climáticas por * University of Reading

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ais de 50% dos oceanos do mundo já podem ser afetados pelas mudanças climáticas, com esse número chegando a 80% nas próximas décadas, mostrou um novo estudo. Os cientistas usaram modelos climáticos e observações em áreas mais profundas do oceano em todo o mundo para calcular pela primeira vez o ponto em que as mudanças nas temperaturas e nos níveis de sal - bons indicadores do impacto da mudança climática induzida pelo homem - superariam as variações naturais. O estudo, publicado na Nature Climate Change , estima que 20-55% dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico agora têm temperaturas e níveis de sal visivelmente diferentes, enquanto isso aumentará para 40-60% em meados do século, e para 55-80% até 2080. Também descobriu que os oceanos do hemisfério sul estão sendo afetados mais rapidamente pelas mudanças climáticas do que os do hemisfério norte, com mudanças sendo detectáveis lá desde os anos 1980. O professor Eric Guilyardi, co-autor da Universidade de Reading e LOCEAN-IPSL, Laboratório de Oceanografia e Clima de Paris, disse: “Temos detectado mudanças na temperatura do oceano na superfície devido às mudanças climáticas há várias décadas, mas mudanças em vastas áreas do oceano, particularmente as partes mais profundas, são muito mais difíceis de detectar. “

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Fotos:University of Reading

Yona Silvy, aluna de doutorado da LOCEAN-IPSL / Sorbonne University e autora principal do estudo, disse: “Estávamos interessados em saber se os níveis de temperatura e sal eram grandes o suficiente para superar a variabilidade natural nessas áreas mais profundas, isto é, se eles subiram ou caíram mais do que jamais durante os picos e depressões normais. Isso afeta a circulação global dos oceanos, o aumento do nível do mar e representa uma ameaça para as sociedades humanas e os ecossistemas. Estudos anteriores avaliaram o impacto da mudança climática no oceano observando as temperaturas da superfície, as chuvas e o aumento do nível do mar , mas poucos examinaram os efeitos regionais no fundo do oceano para obter uma imagem mais completa. Os efeitos das mudanças climáticas são mais difíceis de detectar em partes mais

profundas e isoladas do oceano, onde o calor e o sal se espalham a uma taxa mais lenta devido a processos de mistura mais fracos. Também é difícil em áreas que são mal observadas ou onde a variabilidade natural é alta.Yona Silvy e seus co-autores usaram simulações de modelos com e sem o impacto da atividade humana e uma análise que combina a temperatura e o sal do oceano para detectar mudanças significativas e sua provável data de detecção, também conhecido como “tempo de emergência”. No entanto, essas são regiões que manterão a memória dessas mudanças por décadas a séculos. As mudanças detectáveis acima da variabilidade natural foram calculadas para serem vistas nos oceanos do Hemisfério Norte entre 2010-2030, o que significa que aumentos ou diminuições na temperatura e nos níveis de sal provavelmente já ocorreram. As mudanças mais rápidas e anteriores vistas no Hemisfério Sul enfatizam a importância do Oceano Antártico para o calor global e o armazenamento de carbono, já que as águas superficiais chegam às profundezas do oceano com mais facilidade. No entanto, esta parte do mundo também é particularmente mal observada e amostrada, o que significa que as mudanças provavelmente não serão detectadas por mais tempo. Os cientistas argumentam que é necessário melhorar a observação dos oceanos e aumentar o investimento em modelagem dos oceanos para monitorar a extensão do impacto das mudanças climáticas nos oceanos do mundo e prever com mais precisão o efeito mais amplo que isso poderia ter no planeta.

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Microplásticos: uma ameaça emergente à segurança alimentar e à saúde humana

Era só questão de tempo e já aconteceu. Os plásticos, que poluem todos os elementos do planeta (terra, água e ar), atingiram os tecidos e órgãos humanos, segundo estudo apresentado recentemente no virtual Congresso de Outono da American Chemical Society (ACS) Fotos: ACS, iStock

Microplásticos são fragmentos plásticos menores que 5 milímetros (mm) e nanoplásticos são ainda menores, com diâmetros menores que 0,001 mm. Essas minúsculas partículas são conhecidas por causar inflamação, câncer e problemas de fertilidade em animais selvagens e animais, mas poucos estudos avaliaram seus efeitos na saúde humana.

Amostras humanas Algumas pesquisas mostraram que os plásticos podem passar pelo trato gastrointestinal humano, mas os autores deste estudo queriam descobrir se e com que efeito essas partículas minúsculas se acumulam em outros órgãos humanos. Para isso, eles analisaram 47 amostras de tecido do cérebro e dos quatro órgãos mais expostos à filtração microplástica: pulmões, fígado, baço e rins.

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Microplásticos: uma ameaça emergente à segurança alimentar e à saúde humana. Mostra como a atividade antropogênica faz com que os microplásticos entrem na teia alimentar, abram caminho para os nossos alimentos e, em última análise, para os nossos órgãos

é que embora a maioria dos sacos ou garrafas de água se decomponha no ambiente, alguns fragmentos ou microplásticos não biodegradáveis permanecem no ambiente e acabam sendo ingeridos por animais e pessoas ao comer, beber ou respirar. Hoje, “os plásticos podem ser encontrados poluindo o meio ambiente em praticamente todos os lugares do mundo e, em apenas algumas décadas, deixamos de ver o plástico como um benefício maravilhoso para considerá-lo uma ameaça”, explica Charles Rolsky , pesquisador da Universidade. Estado do Arizona e um dos autores do estudo.

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Nas áreas urbanas, predominam os derivados de têxteis, cosméticos e higiene ; nas industriais, provêm de processos como a lavagem de materiais ou sua manipulação; nas agrícolas, são gerados pela radiação solar, temperatura ou chuva sobre objetos e, nas áreas de uso público, podem vir de pontas de cigarro, vasilhames ou sacolas

Ao mesmo tempo, eles projetaram um programa de computador que iria converter as informações sobre a contagem de partículas de plástico em unidades de massa e área superficial e que será universalmente acessível para que outros pesquisadores possam compartilhar seus resultados e gerar um banco de dados aberto que permitirá aos pesquisadores Os cientistas “comparam as exposições em órgãos e grupos de pessoas ao longo do tempo e do espaço geográfico”, explica o chefe do laboratório, Rolf Halden. O método permite que os pesquisadores detectem dezenas de tipos de componentes plásticos em tecidos humanos, incluindo policarbonato (PC), polietileno tereftalato (PET) e polietileno (PE). Os resultados do estudo confirmaram a presença de plásticos em todas as amostras, e o bisfenol A (BPA), que ainda é usado em muitas embalagens de alimentos, apesar dos problemas de saúde que causa, apareceu em todas as 47 amostras humanas. Como explicam os pesquisadores, este estudo é o primeiro a examinar a presença de micro e nanoplásticos nos órgãos humanos de indivíduos com exposição ambiental. Para isso, os doadores de tecidos forneceram informações detalhadas sobre seu estilo de vida, dieta e exposições ocupacionais, que permitirão especificar quais são “as possíveis fontes e rotas de exposição micro e nanoplástica”, diz Halden . “Não queremos ser alarmistas, mas é preocupante que esses materiais não biodegradáveis que estão presentes em todos os lugares possam entrar e se acumular nos tecidos humanos, porque não conhecemos os possíveis efeitos na saúde”,

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alerta Varun Kelkar , coautor do estudo. Uma vez identificado o tipo de plástico presente nos tecidos humanos, será possível realizar estudos epidemiológicos para avaliar os efeitos dessas partículas poluentes na saúde humana. Dessa forma, podemos começar a entender os possíveis riscos, se houver”.

Torne o invisível visível Miguel Muñoz, coordenador do Projeto Libera da SEO / BirdLife, lembra que o pro-

blema mais grave dos microplásticos é que, por possuírem uma superfície específica muito elevada em relação à massa, aderem facilmente a produtos químicos “potencialmente tóxicos e bioacumulativos”. Os animais introduzem essas substâncias em suas cadeias tróficas com consequências no nível endócrino ou genético, e os vírus ou bactérias que aderem ao plástico podem causar a morte; “Até 376 táxons ou espécies diferentes de patógenos foram identificados em associação com microplásticos.” E estes acabam entrando nas cadeias tróficas humanas; “Muito provavelmente, todos nós temos fragmentos em nossos intestinos”, sublinha Miguel Muñoz. Do ponto de vista da conservação,“ conhecer o estado de conservação de um rio ajuda a compreender melhor as causas do declínio populacional da espécie ” , como nos 140 IBAs analisados pelo Projecto Libera; Tenho certeza que ficaremos maravilhados em encontrá-los ”, ressalta. Para Sara Güemes, coordenadora do Libera da Ecoembes, os microplásticos fazem parte desse lixo“ imperceptível ao olho humano, mas que é um problema gravíssimo do qual ainda não se conhecem suas consequências. “Insta a não deixar resíduos no meio, já que” todo mundo tem seu recipiente para poder entrar na economia circular “, para usar vestimentas naturais, desde fibras sintéticas”eles podem se separar700 milhões de microplásticos em uma única lavagem “, ou redução de viagens de carro ,” cujos pneus também liberam esse resíduo”.

70% dos sistemas aquáticos internos contêm microplásticos

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Erupções poderosas no Sol podem provocar terremotos Terremotos que abalam o solo ocorrem em todo o mundo e podem ser desencadeados por fluxos de íons carregados positivamente ejetados por explosões na superfície do sol, de acordo com um novo estudo Fotos: Centro Sismológico Internacional, I. N.G.V. de Roma, NASA/SDO/AIA

Pesquisadores em Roma descobriram uma forte correlação entre erupções solares e novas ondas de terremotos de pelo menos uma magnitude 5,6 na Terra = Esta imagem do Solar Dynamics Observatory mostra em detalhes uma grande erupção que gerou essa grande proeminência solar ocorrida em torno de 30 de março de 2010. O movimento giratório do material solar em esta foto é a característica mais notável

T

erremotos são notoriamente difíceis de prever, mas um novo estudo sugere que eles podem estar ligados a explosões na superfície do sol. Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Roma investigou a conexão entre as ejeções de massa coronal - grande liberação de plasma e outras partículas que geralmente seguem as explosões solares - e a frequência de terremotos. Eles descobriram que dentro de 24 horas após grandes explosões na superfície do sol, houve um aumento substancial no número de terremotos no mundo todo que mediram pelo menos 5,6 na escala Richter. Através de décadas de pesquisa, os cientistas aprenderam que terremotos grandes e poderosos ocorrem geralmente em grupos, e não em padrões aleatórios. Mas exatamente por que até agora permaneceu um mistério. Agora, uma nova pesquisa , publicada em recentemente na Scientific Reviews , afirma a primeira evidência forte - embora ainda contestada - de que fortes erupções no Sol podem desencadear terremotos em massa na Terra. “Grandes terremotos em todo o mundo não são distribuídos uniformemente ... há alguma correlação entre eles”, diz Giuseppe De Natale, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia em Roma e co-autor do novo estudo. “Testamos a hipótese de que a atividade solar pode influenciar a [ocorrência de terremotos] em todo o mundo”.

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Este composto de cores falsas do Sol foi criado usando imagens ultravioletas tiradas pelo satélite Solar e Heliospheric Observatory

Uma origem solar para terremotos A olho nu, o Sol pode parecer relativamente dócil. Mas nossa estrela está constantemente bombardeando o sistema solar com vastas quantidades de energia e partículas na forma do vento solar. Às vezes, no entanto, erupções formidáveis na superfície do Sol causam ejeção de massa coronal , ou especialmente inundações energéticas de partículas - incluindo íons e elétrons - que atravessam o sistema solar a velocidades vertiginosas. Quando atingem a Terra, essas partículas carregadas podem interferir nos satélites e, em circunstâncias extremas, derrubar redes de energia . A nova pesquisa sugere que partículas de erupções poderosas como essa - especificamente os íons carregados positivamente podem ser responsáveis por desencadear grupos de terremotos fortes. Os terremotos geralmente ocorrem quando as rochas se fragmentam, à medida que as placas tectônicas da Terra se deslocam e lutam por posição. Quando a fricção intensa que bloqueia as placas é superada, as rochas quebram, liberando enormes quantidades de energia e sacudindo o chão.

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Uma origem piezoelétrica para terremotos

Explosão solar em erupção de uma mancha solar

Mas os cientistas também notaram um padrão em alguns grandes terremotos ao redor do planeta: eles tendem a ocorrer em grupos, não ao acaso. Isso sugere que pode haver algum fenômeno global que está desencadeando essas partes do terremoto em todo o mundo. E embora muitos pesquisadores já tenham realizado estudos estatísticos para tentar determinar uma causa, ainda não foram rigorosamente comprovadas teorias convincentes. Portanto, para enfrentar o mistério persistente, os pesquisadores deste último estudo analisaram 20 anos de dados sobre terremotos e atividade solar, buscando possíveis correlações. Especificamente, a equipe usou dados do satélite Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) da NASA-ESA , compilando medidas de prótons (partículas com carga positiva) que vêm do Sol e se espalham pelo nosso planeta.

O SOHO, localizado a 1,45 milhão de quilômetros da Terra, mantém suas vistas voltadas para o Sol, o que ajuda os cientistas a rastrear quanto material solar acaba atingindo nosso planeta. Ao comparar o Catálogo de Terremotos Instrumentais Globais do ISC-GEM - um registro histórico de terremotos fortes - com dados do SOHO, os cientistas notaram terremotos mais fortes quando o número e a velocidade dos prótons solares aumentaram. Especificamente, quando os prótons fluindo do Sol atingiram o pico, houve um pico de terremotos acima da magnitude 5,6 nas próximas 24 horas. “Este teste estatístico da hipótese é muito significativo”, diz De Natale. “A probabilidade de que seja por acaso que observamos isso é muito, muito baixa - menos de 1 em 100.000”.

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Depois de perceber a correlação entre o fluxo de prótons solar e terremotos fortes, os pesquisadores propuseram uma possível explicação: um mecanismo chamado efeito piezoelétrico reverso. Experiências anteriores mostraram claramente que a compressão do quartzo, uma rocha comum na crosta terrestre, pode gerar um pulso elétrico através de um processo conhecido como efeito piezoelétrico . Os pesquisadores pensam que pulsos tão pequenos podem desestabilizar falhas que já estão próximas de romper, provocando terremotos. De fato, assinaturas de eventos eletromagnéticos - como raios de terremotos e ondas de rádio - foram registradas ocorrendo ao lado de terremotos no passado. Alguns pesquisadores pensam que esses eventos são causados pelos próprios terremotos. Mas vários outros estudos detectaram fortes anomalias eletromagnéticas antes grandes terremotos, não depois, então a natureza exata da relação entre terremotos e eventos eletromagnéticos ainda é debatida. A nova explicação, no entanto, inverte essa causa e efeito eletromagnético em sua cabeça, sugerindo que as anomalias eletromagnéticas não são o resultado de terremotos, mas as causam. É assim: À medida que os prótons carregados positivamente do Sol colidem com a bolha magnética protetora da Terra, eles criam correntes eletromagnéticas que se propagam pelo mundo. Os pulsos criados por essas correntes poderiam então deformar o quartzo na crosta terrestre, provocando terremotos. Esta não é a primeira vez que os cientistas tentam vincular a atividade solar a terremotos, no entanto. Em 1853, um astrônomo suíço chamado Rudolf Wolf tentou conectar manchas solares - locais de intensa atividade magnética na superfície do Sol - a terremotos. Experimentos mais recentes também buscaram esse vínculo, mas fortes evidências estatísticas permanecem fora de alcance. Um artigo de 2013 publicado na Geophysical Review Letters , por exemplo, analisou 100 anos de manchas solares e dados geomagnéticos, sem encontrar evidências de uma conexão entre o Sol e os terremotos. Em parte porque os esforços de longo prazo para encontrar um elo entre o Sol e os terremotos foram insuficientes, essa afirmação mais recente de que os prótons solares podem desempenhar um papel foi cumprida pelo notável ceticismo na comunidade de pesquisa. Alguns são cautelosos com a análise estatística realizada nos dados, enquanto outros questionam como os dados foram selecionados. “Os resultados [do novo artigo] por si só não informam que há realmente uma conexão física real, eu acho”, diz Jeremy Thomas, cientista da NorthWest Research Associates que não participou da nova pesquisa. “Poderia haver, mas acho que não está provando isso.” Como quase sempre acontece com a ciência, são necessárias mais pesquisas antes de termos certeza se o Sol pode provocar terremotos. Mas se o trabalho futuro conseguir consolidar a conexão proposta, manter um olhar atento à nossa estrela brilhante pode nos ajudar a prever e nos preparar melhor para quando o chão tremer inesperadamente e violentamente sob nossos pés, possivelmente ajudando a salvar vidas.

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“Princípio da Precaução” por *Engº José Maria Da Costa Mendonça

É

importante que a Sociedade Amazônida conheça e entenda o que é o “Princípio da Precaução” que nossa classe política transformou em lei. Hoje esse princípio é a forma mais insana de atingir nossos humildes homens da floresta. Confesso que desconhecia esse nefasto princípio, totalmente especulativo e imaterial. Tomei conhecimento numa conversa informal, quando me manifestei ser contra à absurda queima de equipamentos e residências de uma comunidade humilde da Amazônia, promovida por fiscais de nosso Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – Ibama, que a classifiquei de vilania, na contramão do mundo moderno, e que caberia uma ação judicial. Momento em que fui alertado que esses fiscais estavam amparados por lei, baseada nesse “Princípio da Precaução”. revistaamazonia.com.br

Curioso fiquei, para tentar entender melhor sobre esse “Princípio da Precaução”. Para nós brasileiros, nasceu na ECO-92 ou Rio 92, quando foi consolidada pelos Globalistas uma agenda global para o meio ambiente com foco nos países em desenvolvimento, para sustar seu crescimento, particularmente voltada para a Amazônia, a fim de mantê-la intocada. Ao me aprofundar na discussão, percebi que existem dois princípios que às vezes são confundidos entre si: o da “Prevenção” e o da “Precaução”. O Princípio da Prevenção está baseado em conhecimento científico, - quando determinada atividade vai causar um dano, podendo ser evitado ou mitigado. Já o Princípio da Precaução, seria para evitar um mero risco, - decisão sem respaldo científico, vulgarmente um “achometro”; aqui o perigo está numa possibilidade de ocorrência de dano,

- seria como proibir um passeio de lancha, pois existe a possibilidade de acidente, e assim por diante. Mais suscintamente, o Princípio da Prevenção visa inibir o dano potencial sempre indesejável. Enquanto o Princípio da Precaução visa impedir um possível dano abstrato. A definição teórica do “Princípio da Precaução”, trata de um princípio moral e político que vai determinar que, se uma ação pode originar um dano irreversível público ou ambiental, na ausência de consenso científico a autoridade fiscalizadora pode imaginar que o indivíduo pretende praticar um ato nocivo, nesse caso o ambiental, que cause um dano irreparável ao ambiente. Como constatamos, totalmente subjetivo, logo, passível de múltiplas e contravertidas interpretações, gerando insegurança jurídica, destruindo o ambiente de negócios. REVISTA AMAZÔNIA

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Penso que é somente no Brasil que transformamos um princípio, sem nenhuma base científica, em lei. Apenas mais uma lei criada sem análise de suas consequências que, no momento, só é aplicada na Amazônia. Quando vejo nosso Parlamento disseminar entre tantos seres humanos o direito de julgar sumariamente e punir exemplarmente, pobres e humildes Cidadãos da Amazônia, lembro-me de um pensador, pelo qual não nutro nenhuma admiração, Thomas Hobbes, que demonstra

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em sua obra “O Leviatã” que o homem é mau. - A democracia não aceita o julgamento sumário e a aplicação da pena sem filtros; o que vem ocorrendo sistematicamente contra a população humilde da Amazônia. Encerro citando um dos meus pensadores favoritos, John Locke, pai do liberalismo, que nos deixou estas pérolas tão atuais nestes tempos de lockdown: “Direitos Inalienáveis: Direito à vida, à liberdade, à defesa do próprio direito, e

o direito à propriedade privada”. “O Estado de Guerra surge na falta de garantia da segurança dos Direitos”. Penso que nossos parlamentares desconhecem os Direitos dos Cidadãos ao aprovarem uma lei sem análise de suas consequências, plantada para humilhar a Sociedade Amazônida. [*] Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Pará – FIEPA, Presidente do Centro das Indústrias do Pará – CIP, Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEPA

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Interpretação artística de alguns dos exoplanetas aquosos fora do Sistema Solar em comparação com a Terra, localizados no final

Via Láctea – nossa galáxia, pode ter 6 bilhões de planetas parecidos com a Terra, alguns podem abrigar vida alienígena

Pode haver até um planeta semelhante à Terra para cada cinco estrelas semelhantes ao Sol na Via Láctea, de acordo com novas estimativas por Daniel Scheschkewitz

D

urante o verão excepcionalmente quente do Ártico de 2019, a Groenlândia perdeu 600 bilhões de toneladas de gelo, o suficiente para elevar o nível do mar global em 2,2 milímetros em dois meses. No pólo oposto, a Antártica continuou a perder massa no penhasco do Mar de Amundsen e na Península Antártica, mas viu algum alívio na forma de aumento da queda de neve na Terra da Rainha Maud, na parte oriental do continente. Essas novas descobertas e outras de glaciologistas da Universidade da Califórnia, Irvine e do Jet Propulsion Laboratory da NASA são objeto de um artigo publicado hoje na revista Geophysical Research Letters da American Geophysical Union . “Sabíamos que o verão passado tinha sido particularmente quente na Groenlândia, derretendo todos os cantos da camada de gelo, mas os números são enormes”, disse a

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Fotos: Nasa, NASA Ames / W Stenzel

principal autora Isabella Velicogna, professora de ciência de sistemas terrestres da UCI e cientista sênior do JPL. Entre 2002 e 2019, a Groenlândia perdeu 4.550 bilhões de toneladas de gelo, uma média de 268 bilhões

de toneladas por ano - menos da metade do que foi derramado no verão passado. Para colocar isso em perspectiva, os residentes do condado de Los Angeles consomem 1 bilhão de toneladas de água por ano.

Mais de 4.000 exoplanetas foram confirmados até agora

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“Na Antártica, a perda de massa no oeste continua inabalável, o que é uma péssima notícia para o aumento do nível do mar”, afirmou Velicogna. “Mas também observamos um ganho de massa no setor atlântico da Antártica Oriental causado por um aumento na neve, o que ajuda a mitigar o enorme aumento na perda de massa que vimos nas últimas duas décadas em outras partes do continente”. Ela e seus colegas chegaram a essas conclusões no processo de estabelecer a continuidade dos dados entre a missão por satélite recentemente desativada de Recuperação da Gravidade e Experimento Climático e seu novo e aprimorado sucessor, o GRACE Follow-On. Um projeto da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão, os satélites gêmeos GRACE foram projetados para fazer medições extremamente precisas das mudanças na gravidade da Terra. A sonda provou ser particularmente eficaz no monitoramento das reservas de água do planeta, incluindo gelo polar, níveis globais do mar e águas subterrâneas. A primeira missão GRACE foi implantada em 2002 e coletou dados por mais de 15 anos, uma década a mais do que a vida útil pretendida. No final deste período, os satélites GRACE começaram a perder energia da bateria, levando ao fim da missão em outubro de 2017. O GRACE Follow-On - baseado em uma tecnologia semelhante, mas também incluindo um instrumento experimental usando interferometria a laser em vez de microondas para

Michelle Kunimoto, coautora do novo estudo

medir pequenas alterações na distância entre a sonda dupla - foi lançado em maio de 2018. A lacuna entre as missões tornou necessário Velicogna e sua coorte para testar a compatibilidade dos dados acumulados pelas missões GRACE e GRACE-FO. “É ótimo ver como os dados estão alinhados na Groenlândia e na Antártica, mesmo em nível regional”, afirmou. “É uma homenagem aos meses de esforço das equipes de projeto, engenharia e ciência para tornar o empreendimento bem-sucedido”. “O brilho

técnico envolvido na pesagem das camadas de gelo usando satélites no espaço é incrível”, disse Richard Alley, um glaciologista da Penn State University que não participou do estudo. “É fácil nos distrairmos com as flutuações; portanto, os conjuntos de dados longos altamente confiáveis da Grace e de outros sensores são importantes para esclarecer o que realmente está acontecendo, mostrando o grande sinal e as manobras que nos ajudam a entender os processos que contribuir para o grande sinal”.

Concepção artística do telescópio Kepler observando planetas que transitam por uma estrela distante

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Podemos apertar o botão de reset no capitalismo?

À

m fungo que ocorre no solo da Floresta Amazônica revelou ser um importante estimulante do desenvolvimento de plantas. Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP) avaliaram mais de mil linhagens do fungo Trichoderma aplicadas em conjunto com duas fontes de fósforo, e constataram que muitas delas promovem o crescimento de plantas de soja. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports do grupo Nature. À medida que o mundo tenta se libertar da teia de dificuldades provocada pela pandemia do COVID-19, uma coisa ficou mais clara do que nunca: as novas formas de conceber a economia para o benefício do bem-estar humano são urgentemente necessárias. “Nestas primeiras décadas do século XXI, a história principal é econômica: crenças, valores e suposições econômicas estão moldando a forma como pensamos, sentimos e agimos”, escreveu FS Michaels em seu livro Monoculture: How One Story Is Changing Everything. Ecoando suas opiniões, Kate Raworth, economista da Universidade de Oxford, proclama que a economia é a língua franca das políticas públicas e a mentalidade que molda a sociedade. Talvez seja por isso que agora os especialistas no campo da economia estejam examinando longa e duramente uma massa de fatos, já que o público classificou as falhas do atual sistema econômico de nosso inimigo.

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Parece que está na hora de economistas e filósofos políticos usarem sua influência sobre governos e líderes políticos no processo de elaboração de políticas na era pós-vírus. A seriedade da questão também foi destacada por Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial (WEF), na reunião anual em Davos, na Suíça, das principais figuras políticas e econômicas. Ele disse uma vez: “Podemos sair desta crise para um mundo melhor se agirmos de maneira rápida e conjunta”.

Segundo Schwab, a recente pandemia representa uma rara mas estreita janela de oportunidade para refletir, reimaginar e pressionar o botão de reset em nosso mundo. Embora destronar o crescimento econômico como o motor do nosso sistema possa parecer um objetivo utópico para alguns, os governos ainda podem fazer alguns sacrifícios econômicos para criar um novo futuro no qual os limites do nosso planeta sejam melhor reconhecidos.

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Redefinir nos cartões? Mostrando otimismo, Olivier Schwab, um dos diretores administrativos do WEF, destacou que, com a pandemia, uma grande oportunidade pode ser aproveitada para colocar alguns dos grandes temas em cima da mesa para tornar o mundo mais sustentável.

Podemos apertar o botão de reset no capitalismo? Ele disse que é por isso que a cúpula de Davos em 2021 será realizada sob o tema do Grande Reinício. O Fórum Econômico Mundial define o Grande Reinício como um “compromisso de construir conjunta e urgentemente as bases de um sistema econômico e social para um futuro mais justo, sustentável e resiliente”. “Se você observar o que aconteceu em Davos este ano, chegamos realmente ao ponto culminante de pensar sobre o que muitas pessoas chamam de meio ambiente, social e governança”, explicou. Os critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) são uma maneira cada vez mais popular para os investidores avaliarem as empresas nas quais desejam investir, ajudando-os a evitar empresas que possam representar um risco financeiro maior devido a danos ao meio ambiente ou outras práticas prejudiciais. O gerente do WEF disse que, de certa forma, a crise do coronavírus acelerou o reconhecimento desses critérios entre os líderes empresariais e políticos.

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Ele disse: “Temos um projeto muito concreto sobre métricas ESG, que foi conduzido por 100 de nossos principais CEOs (membros do WEF). “Essas são grandes empresas multinacionais e, juntamente com elas, estamos desenvolvendo um conjunto de padrões que iremos promover e que essas empresas adotem como parte de seus relatórios”. O objetivo de formar esses padrões é mudar integralmente a forma como as empresas são administradas, tornando-as mais ecológicas, disse ele. A agenda de Grande Reinicialização da conferência de Davos do próximo ano se concentrará nos problemas não abordados que deixam o mundo menos sustentável, menos igual e mais frágil.

Apesar de elevar a cabeça como um pesadelo, a pandemia provou a rapidez com que as pessoas podem fazer mudanças radicais em seus estilos de vida. De repente, a crise forçou empresas e indivíduos a abandonar práticas há muito vistas como inquestionáveis como o ar que respiramos, de viagens aéreas frequentes a trabalhar em um escritório. E foi isso que fez os organizadores de Davos pensarem em remodelar o ecossistema. Segundo eles, a 51ª reunião anual terá um papel vital na obtenção de melhores resultados, renovando todos os aspectos de nossas sociedades e economias, da educação aos contratos sociais e às condições de trabalho, na esperança de um mundo melhor e mais justo.

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Reinventar o capitalismo. Para reconstruí-lo melhor

A pandemia colocou em foco muitas das vulnerabilidades em nossos sistemas e instituições. Mas também nos oferece a chance de moldar um mundo mais resiliente e sustentável. Eis como as empresas e os formuladores de políticas podem começar a construir o futuro verde e inclusivo de que precisamos. por *Peter Bakker **John Elkington

Fotos: André Minitti, Antônio Carlos Pereira Góes, Laura Bononi, Maurício Meyer, Neide Furukawa

Esta é a nossa chance de construir um mundo mais equitativo, resiliente e sustentável

G

raças à pandemia em andamento, o mundo está desequilibrado - e permanecerá assim nos próximos anos. Longe de nos estabelecermos em um “novo normal”, deveríamos esperar um efeito dominó COVID-19, provocando novas interrupções - positivas e negativas - na próxima década. A onda de agitação civil que se espalhou por toda a América e além recentemente pode ser um exemplo; parece provável que a pandemia tenha contribuído para o contexto em que a raiva e o desespero se transformaram em indignação e inquietação após a morte de George Floyd. Outras possíveis descontinuidades induzidas pelo COVID vão desde uma crise financeira completa até uma mudança na taxa da transição energética global: alguns analistas agora consideram que a demanda por combustíveis fósseis pode ter atingido o pico em 2019 - para sempre.

Ele enfatizou a interconexão de nossos sistemas naturais, sociais e econômicos e forneceu um lembrete da escala de riscos sistêmicos que podem se acumular quando permitimos que pontos fracos e impactos negativos se acumulem ao longo do tempo. Uma recuperação inclusiva e verde é vital para criarmos economias mais resilientes e um mundo no qual os negócios possam prosperar, não apenas agora, mas muito no futuro. Há sinais positivos de que, em alguns países, pacotes de resgate e estímulo foram projetados com esses critérios em mente, mas isso não é de forma alguma universal. Parece inevitável que alguns governos repitam os erros cometidos após a crise financeira de 2007-8, quando, em muitos casos, as políticas adotadas após a crise exacerbaram a desigualdade e travaram resultados insustentáveis. Uma verdadeira recuperação do COVID-19 não consistirá em recompor as coisas do jeito que estavam: precisamos ‘recompor melhor’, ‘reiniciar’, se quisermos abordar as profundas vulnerabilidades sistêmicas expostas pela pandemia. Para as empresas, reconstruir melhor é muito mais do que responsabilidade social corporativa: trata-se de alinhar verdadeiramente os mercados com os sistemas naturais, sociais e econômicos dos quais dependem. Trata-se de construir uma resiliência real, impulsionar um crescimento equitativo e sustentável e reinventar o próprio capitalismo.

Resiliência

O vírus destacou muitas vulnerabilidades - dentro de empresas, cadeias de suprimentos, economias, sistemas de saúde e instituições políticas - que precisam ser tratadas no mundo pós-crise.

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Para garantir que eles estejam melhor preparados para o próximo choque, as empresas precisarão estabelecer um melhor equilíbrio entre eficiência e resiliência em tudo, desde gerenciamento financeiro até configuração da cadeia de suprimentos. Cadeias de suprimentos complexas podem dar lugar a outras mais simples. O “just-in-time” pode ser substituído pelo “just-in-case” como o mantra das equipes de compras e produção. As empresas precisarão trabalhar com uma ampla gama de parceiros para garantir que todos os riscos - financeiros, ambientais e sociais - sejam adequadamente compreendidos, preços e - sempre que possível - mitigados.

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Cada vez mais, avaliações de risco abrangentes e integradas serão essenciais para as empresas cumprirem suas obrigações fiduciárias e manterem sua licença social para operar. Em última análise, porém, somos tão resistentes quanto os sistemas dos quais dependemos. As empresas devem enfrentar a necessidade e o impacto sobre a resiliência sistêmica. Após o COVID-19, isso exigirá investimento em regeneração (de economias enfraquecidas, comunidades abaladas e ecossistemas naturais superexplorados) e adaptação (para aumentar nossa capacidade de lidar com futuras rupturas).

Crescimento futuro

O argumento para medidas de estímulo ‘verdes’ é claro: é provável que elas gerem mais empregos e maior crescimento (equitativo) no curto prazo, enquanto reduzem os riscos de longo prazo relacionados às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade - crises que, se não forem tratadas, causará um nível de interrupção em ordens de magnitude de nossas economias e sociedades maiores que o COVID-19. Após a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de reconstruir fisicamente as cidades e a indústria da Europa significou que havia uma ampla demanda pelo capital fornecido pelo Plano Marshall e foi utilizado produtivamente. O COVID-19 não sofreu destruição física; portanto, uma questão vital para a recuperação econômica é de onde virá a demanda especialmente porque é provável que demore anos para que a confiança e os gastos do consumidor se recuperem para níveis anteriores à crise. O desafio de descarbonizar economias inteiras pode ser a fonte de demanda necessária para impulsionar a recuperação econômica e criar bons empregos. Agora, mais do que nunca, a integração das metas climáticas na estratégia de negócios pode ser um fator vital para o sucesso a longo prazo.

Capitalismo à prova de futuro O COVID-19 expôs a fragilidade e os resultados negativos da sociedade das economias capitalistas contemporâneas. Isso fortaleceu o argumento de mudar para um modelo mais sustentável e inclusivo. A pandemia enfraqueceu temporariamente o que Milton Friedman chamou de “a tirania do status quo” e criou um contexto no qual a mudança transformadora é pelo menos possível. É vital que aproveitemos esta oportunidade para corrigir os incentivos quebrados e os fluxos de informações no coração do nosso atual modelo de capitalismo. Governos e reguladores devem intervir para garantir que os custos de danos ambientais e sociais sejam internalizados pelas empresas responsáveis: os lucros não podem custar a resiliência social de longo prazo. As empresas devem melhorar a qualidade e a consistência das informações que divulgam sobre riscos, impactos e estratégias - e integrar esses fatores nas estruturas de remuneração, gerenciamento e governança. Os investidores devem, por sua vez, integrar melhor informações abrangentes sobre meio ambiente, social e de governança (ESG) nos modelos de análise e avaliação financeira. O fato de muitos fundos ESG terem superado os fundos tradicionais desde o início de 2020 deve dar aos investidores e às empresas o ímpeto de acelerar o trabalho nessa área.

Para que o capitalismo ofereça uma recuperação sustentável e inclusiva, é fundamental que o custo de capital das empresas reflita a qualidade de sua governança e seu impacto na sociedade e no meio ambiente. Se não aproveitarmos esta oportunidade para recuperar melhor - para redefinir e reinventar em vez de “voltar ao normal” - os riscos e vulnerabilidades sistêmicas continuarão a se acumular, tornando os choques futuros mais prováveis e mais perigosos. Apesar da tragédia, devemos alavancar a pandemia do COVID-19 e garantir que ela se torne o catalisador de uma transformação profundamente positiva da economia global, nos aproximando de um mundo em que todos possam viver bem, dentro dos limites do planeta. [*] Presidente e CEO, Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável [**] Presidente Executivo e Co-Fundador, Volans

A BlackRock Inc. acrescentou sua contribuição a um crescente corpo de pesquisa que mostra que os portfólios ESG - aqueles que consideram questões ambientais, sociais e de governança juntamente com considerações financeiras regulares - superaram as referências tradicionais de mercado na recente crise do mercado. Na foto, o monitor 52 REVISTA AMAZÔNIA onde o software exibe os ativos globais de US$ 6 trilhões da BlackRock

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Este não é um negócio (digital) tão usual por *Ali Aslan Gümüsay **Leonhard Dobusch

A

Fotos: Confco Mmercio, Gremlin/IPTC Photo Metadata, Instituto Humboldt, Wikimedia commons

pandemia do COVID-19 está atrapalhando a humanidade em todo o mundo, já que cidades e países se fecharam efetivamente para combater o vírus com distanciamento físico. Individualmente, as pessoas reagem de maneira diferente em situações de emergência: algumas tentam uma abordagem normal, enquanto outras passam para o modo de crise. O que todos compartilhamos é pelo menos alguma necessidade de improvisar na adaptação a uma situação sem precedentes. As organizações também tiveram que encontrar seus caminhos através da pandemia. Muitas empresas tiveram que mudar rapidamente para ambientes de trabalho virtuais.

também para identificar estratégias proativas para oportunidades futuras. Examinamos estratégias que as empresas podem adotar para abordar como gerenciam seus relacionamentos; como eles pensam sobre seu alcance; como eles usam essa chance para reflexão; e como experimentar a renovação organizacional.

A transformação digital pode e vai ser acelerada pelo COVID ‑ 19

Quatro estratégias organizacionais para adaptação em crise

No entanto, manter a continuidade dos negócios durante essa crise não significa simplesmente substituir o trabalho digital pelo trabalho analógico. As organizações estão sendo forçadas a lidar com uma interrupção no momento, além de restrições financeiras e outras crises, além de uma súbita necessidade de mudar as práticas e rotinas de trabalho. Não é um negócio (digital) como sempre. Há um lado positivo nessa situação: funcionários e clientes reconhecem que estamos em um momento extraordinário. Juntos, estamos compartilhando uma experiência universal de experimentação e improvisação. Sem que ninguém espere a perfeição, o espaço se abriu para oportunidades que não estariam disponíveis em circunstâncias diferentes. revistaamazonia.com.br

Acreditamos que as empresas têm a chance de usar esse tempo não apenas para reagir às demandas prementes da crise, mas

As duas primeiras estratégias nascem da necessidade: são formas reativas de lidar com a crise do COVID-19. As próximas duas estratégias incentivam as organizações a aproveitar proativamente esse momento como uma ocasião para contemplação e transformação.

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Gerencie relacionamentos, desde o distanciamento físico pessoal até a socialização digitalmente distante O trabalho em geral e a liderança em particular são relacionais. Como trabalhar no COVID-19 significa cada vez mais trabalhar em casa, os vínculos sociais são tensos. Isso exige que os gerentes adotem uma cultura de trabalho digital com a socialização digital, como compartilhar histórias e fotos ou ficar juntos online quando almoçam ou tomam café. À medida que as organizações incentivam os funcionários a preparar suas casas para os negócios, elas também precisam se preparar para casa. Este é o lado menos comentado do vínculo social. Com escolas e instalações de acolhimento de crianças presas, as organizações e seus líderes precisam respeitar os compromissos, o ambiente e as perturbações do lar. Reconhecer deliberadamente isso como um primeiro passo em direção a uma cultura de escritório em casa mais inclusiva para a família será benéfico não apenas para aqueles com responsabilidades de cuidado, mas para todos os funcionários, que se beneficiarão de um aumento na auto-eficácia e autonomia.

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Os funcionários existentes apreciarão isso, enquanto novos funcionários podem ser atraídos por essa cultura - teoricamente, ampliando o pool de possíveis contratações.

Os gerentes devem abraçar ativamente esses desafios e aceitar que a vida às vezes infringe o trabalho, enquanto ainda respeitam a separação quando o trabalho começa a entrar na vida. Isso será valorizado imensamente e levará a uma cultura de trabalho onde o trabalho está em casa, mas não competindo com ele. Também contribuirá para os relacionamentos que são respeitados e respeitosos à distância de novas maneiras - com a distância até se revelando um ativo no final. Entenda que o alcance local agora tem escopo global. Quando a interação pessoal é possível, geralmente parece a opção preferida. No passado, os funcionários remotos que trabalhavam em ambientes com trabalhadores predominantemente colocados fisicamente geralmente experimentavam uma participação de segunda classe. A proibição de se reunir pessoalmente agora permite - e obriga - as organizações a realmente se concentrarem em se envolver com sua equipe virtual .

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Em termos de alcance das empresas para seus clientes, novamente, a quase universalidade da crise faz a diferença. Como as ofertas de todas as organizações de um setor foram atingidas de maneira muito semelhante, os clientes comparam várias experiências digitais em vez das pessoais com as digitais. On-line, as organizações podem alcançar clientes e segmentos de clientes completamente novos com soluções novas e até improvisadas. Chamamos isso de alcance “global”, o que significa que as iniciativas locais podem ter um alcance verdadeiramente global. Para muitas empresas, o público global se torna o grupo-alvo - como agora é o único grupo. As organizações podem ser capazes de alcançar pessoas completamente novas, diversificando e ampliando as equipes de funcionários e os pools de clientes.

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Abrace uma chance de reflexão As consequências do COVID-19 podem desacelerar parte da corrida do trabalho. Quando não podemos ir fisicamente de um lugar para outro e ter que passar algum tempo em casa ou isolados, ficamos mais isolados. Essa independência tem potencial para ser uma coisa boa, oferecendo potencial transformador a longo prazo. Para os gerentes, o trabalho à distância significa potencialmente menos chances de microgerenciamento e mais foco nos resultados e resultados. Os gerentes podem aceitar e aceitar não saber o que os funcionários fazem em momentos específicos do dia e até reduzir a folga dos funcionários para incentivar os intervalos de tempo para reflexões criativas e exploratórias.

Os gerentes podem oferecer mais autonomia aos funcionários, verificando com menos frequência os progressos a favor da avaliação dos resultados. Facilitar o tempo autogerenciado longe da distração ajudará os funcionários a crescer durante esse período. Obviamente, isso pode ser difícil, especialmente se um gerente tem uma mentalidade negativa sobre a cultura do escritório doméstico ou se os gerentes criam trilhas de auditoria constantes. Novas formas de trabalhar também podem resultar em perda de produtividade a curto prazo. Ainda assim, os gerentes devem oferecer margem de manobra, observar novas idéias e práticas e usar essa interrupção para experimentar novas abordagens - incluindo as seguintes que se desdobram de baixo para cima.

Esteja pronto para uma reforma em grande escala Momentos de crise exigem resiliência : as organizações precisam ser capazes de se curvar sem quebrar. Esses momentos também podem se apresentar como oportunidades para se transformar em movimento e para explorar o que deve permanecer e o que pode acontecer. Kurt Lewin, em seu artigo de 1947, “Decisão em grupo e mudança social”, descreveu esses momentos como “descongelados” dos costumes gerais. As estruturas organizacionais que podem ter sido baseadas em situações físicas como tamanho da sala ou proximidade agora estão livres de restrições espaciais. REVISTA AMAZÔNIA 55


Os líderes podem experimentar e testar novas práticas e ferramentas digitais. Por exemplo, eles podem querer testar novos meios para debater. Os ambientes de trabalho virtual também podem mostrar que algumas pessoas que são relativamente mais calmas no escritório físico são mais ativas e mais familiarizadas online. Mais fundamentalmente, uma nova orientação estratégica pode mudar a estrutura organizacional de projetos regionais com base na proximidade dos membros da equipe para projetos baseados em produtos. Agora pode ser o momento de explorar transformações do futuro do trabalho, como equipes virtuais

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autogerenciadas ou colaboração com comunidades online. As barreiras para mudar essas formas de trabalho foram reduzidas. O melhor momento para iniciar os esforços de transformação será quando a crise ainda for uma experiência compartilhada universalmente. Haverá uma tolerância muito maior aos tropeços iniciais ou às deficiências que frequentemente acompanham qualquer processo substancial de mudança organizacional.Qualquer crise pode ser considerada uma oportunidade. Isso não significa, de forma alguma, que a crise seja boa em si mesma, mas aprecia como os humanos - e as organizações - lidam com as adversidades. Por necessidade

e comprometimento, as organizações podem se transformar de maneira reativa e proativa nessa situação universal e sem precedentes de organização sob o COVID-19. [*] Chefe do grupo de pesquisa sobre inovação e empreendedorismo do Instituto Humboldt para Internet e Sociedade de Berlim e pesquisador sênior da Universidade de Hamburgo. (**) Professor de administração de empresas na Universidade de Innsbruck, onde se concentra na organização e gerenciamento de comunidades digitais. Ele também é co-fundador do Momentum Institute, com sede em Viena. Em MIT SMR

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Compras públicas para moldar o futuro da regulamentação da IA - e impulsionar a inovação e o crescimento

A pandemia mostra que é importante que os governos moldem proativamente o desenvolvimento e a implantação de tecnologias de IA para garantir que sejam responsáveis e éticos. Assim, a inteligência artificial (IA) pode ajudar os governos a responder ao COVID-19. Utilizando contratos públicos, os governos poderiam apoiar a inovação e o crescimento econômico da IA, além de estabelecer padrões e regulamentos apropriados. por *Sabine Gerdon e Valesca Molinari

Fotos: John Murray @MurraryData, Oxford Insights/IDRC

Q

uando foi eleita presidente da Comissão Europeia em 2019, Ursula von der Leyen apresentou uma abordagem europeia coordenada sobre as implicações humanas e éticas da Inteligência Artificial (IA).Muitos cenários estavam dentro dos limites do que se pode imaginar: forte legislação de IA semelhante ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), proibição de tecnologias de reconhecimento facial em espaços públicos, como a proibição em San Francisco, e abordagens inovadoras para a implantação de IA no público setor semelhante à Diretiva Canadense sobre Tomada de Decisão Automatizada . Agora, a consulta pública sobre o Livro Branco da Comissão Europeia coincide com a pandemia do COVID-19. A IA pode ajudar no esforço de resposta, conforme destacado pela ONU Global Pulse . A IA pode ser tão precisa quanto a inteligência humana, economizar tempo dos radiologistas e diagnosticar o COVID-19 mais rápido e mais barato que os testes padrão. Por exemplo, a BenevolentAI, uma startup do Reino Unido, descobriu um medicamento já aprovado como um tratamento potencial para o COVID-19 em apenas 90 minutos.

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Esses são desenvolvimentos promissores, mas também levantam questões sobre como deve ser a implantação ética e responsável da IA. Como essa discussão é importante demais para ser deixada apenas para o setor, é importante que os governos moldem proativamente o desenvolvimento e a implantação de tecnologias de IA.

A regulamentação adequada e proativa dos governos é fundamental. Mas como os formuladores de políticas podem moldar uma regulamentação que mitigue os riscos, sendo restritivos e prescritivos, além de apoiar a abertura e a inovação? E, ainda mais importante, como a regulamentação também pode permanecer flexível à medida que a tecnologia amadurece?

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Esses requisitos levam à necessidade urgente de repensar como os governos regulam - e especificamente, como eles usam seu poder regulador para moldar o futuro da IA. Os princípios de governança ágil podem desempenhar um papel. Esses princípios incluem colaboração e tomada de decisão informada por dados, além de conceitos regulatórios flexíveis e inclusivos, que podem ajudar os governos a capturar a dinâmica do setor e do mercado e a acompanhar os novos desenvolvimentos. Uma oportunidade para os governos responderem a esses desafios é adotando uma abordagem ágil das compras públicas. Somente na UE, mais de 250.000 autoridades públicas gastam cerca de 2 trilhões de euros por ano em serviços, obras e suprimentos externos , com um montante cada vez maior gasto em software, armazenamento em nuvem e suporte de TI. Usando conscientemente esse poder comercial e utilizando contratos públicos, os governos não apenas poderiam apoiar a inovação e o crescimento econômico da IA, mas também estabelecer padrões, com um efeito de sinalização no mercado. Para impulsionar a inovação e o crescimento econômico , os governos poderiam considerar novas abordagens de compras para impulsionar a inovação no mercado. Por exemplo, rotas flexíveis para o mercado e solicitações de propostas permitiriam que os governos se concentrassem no desafio, e não em uma especificação detalhada da tecnologia.

Modelos de proposta específicos para IA, cláusulas de contrato modelo e estruturas de compras específicas, como compras baseadas em desafios (como o catalisador GovTech do Reino Unido ) podem apoiar isso. Outra ideia seria abordar sistematicamente empresas menores ou jovens, que podem não ter os incentivos certos ou a força organizacional para responder a uma chamada pública de propostas. Os desafios para eles incluem processos de licitação longos, pagamentos em atraso e falta de conscientização de oportunidades com o setor público. No entanto, à medida que o mercado evolui rapidamente, seria benéfico incluir esses participantes no discurso público. Como um caminho, os governos poderiam chegar a start-ups por meio de espaços de troca de informações. Isso poderia ajudar a garantir que os processos de contratação pública não impeçam empresas jovens e pequenas de obter o setor público como cliente.

Unlocking Public Sector AI

AI Procurement in a Box: Project overview TOOLKIT JUNE 2020

O kit de ferramentas “ Aquisições de IA em uma caixa ” da Plataforma de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina do Fórum Econômico Mundial fornece uma visão geral das melhores práticas para aquisições de IA e ferramentas que apoiam sua implementação pelas equipes do governo.

Os governos devem procurar startups e garantir que possam participar do processo de compras públicas Os contratos públicos de compras podem impulsionar a inovação

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O design proativo e estratégico dos concursos públicos também é uma oportunidade para os governos usarem os contratos públicos como uma alavanca para promover o desenvolvimento de IA ética e responsável. A incorporação da responsabilidade e da ética no ciclo de compras permitiria que os governos usassem seu poder de compra para operacionalizar efetivamente esses princípios de maneira prática. Por exemplo, os governos podem pré-aprovar fornecedores que atendem aos padrões éticos semelhantes à lista de fornecedores canadenses de IA ou solicitar o uso das melhores práticas para a IA explicável. A avaliação pode incluir uma pontuação para interpretabilidade. Além disso, os sistemas de IA e as avaliações de impacto da IA, como os descritos pela AINow , devem fazer parte da documentação de compras.

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COVID-19: Quais são os maiores riscos para a sociedade nos próximos 18 meses? Isso inclui as questões econômicas, sociais e geopolíticas que poderíamos enfrentar, sendo o risco mais provável para a sociedade é o dano econômico causado pelo vírus, pois milhões e milhões são forçados a deixar o trabalho ou a ficar em casa por *Iman Ghosh

N

Fotos/Imagem: Capitalista Visual, WEF

Os riscos mais prováveis

o relatório, um “risco” é definido como um evento ou condição incerta, com potencial para impactos negativos significativos em vários países e indústrias. Os 31 riscos foram agrupados em cinco categorias principais:

• Econômico: 10 riscos • Sociedade: 9 riscos • Geopolítico: 6 riscos • Tecnológico: 4 riscos • Ambiental: 2 riscos

Entre eles, os analistas de risco classificam os fatores econômicos no topo de sua lista, mas os impactos de longo alcance dos demais fatores também não devem ser ignorados. Vamos nos aprofundar em cada categoria. revistaamazonia.com.br

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Mudanças Econômicas

A pesquisa revela que as consequências econômicas representam a ameaça mais provável no futuro próximo, dominando quatro dos cinco principais riscos em geral. Com a perda de empregos em todo o mundo, uma recessão prolongada deixa 68,6% dos especialistas preocupados.

Classificação

Risco Econômico

%

#1

Recessão prolongada da economia global

68,60%

#2

Surto de falências (grandes empresas e PME) e uma onda de consolidação da indústria

56,80%

#3

Falha de indústrias ou setores em certos países em recuperar adequadamente

55,90%

#4

Níveis elevados de desemprego estrutural (especialmente os jovens)

49,30%

#6

Enfraquecimento das posições fiscais nas principais economias

45,80%

#7

nterrupção prolongada das cadeias de suprimentos globais

42,10%

#8

Colapso econômico de um mercado emergente ou economia em desenvolvimento

38,00%

# 16

Aumento acentuado da inflação a nível mundial

20,20%

# 20

Saídas maciças de capital e desaceleração do investimento estrangeiro direto

17,90%

# 21

Subfinanciamento acentuado da aposentadoria devido à desvalorização do fundo de pensão

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17,60% REVISTA AMAZÔNIA

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A pandemia acelerou as mudanças estruturais no sistema econômico global, mas isso não ocorre sem consequências. Como os bancos centrais oferecem trilhões de dólares em pacotes e políticas de resposta, isso pode inadvertidamente onerar os países com ainda mais dívidas. Outra preocupação é que o COVID-19 agora está afetando fortemente as economias em desenvolvimento , paralisando criticamente o progresso que está fazendo no cenário mundial. Por esse motivo, 38% dos participantes da pesquisa antecipam que isso pode causar o colapso desses mercados.

Ansiedades sociais

No topo de toda a mente também está a possibilidade de outro surto de COVID-19, apesar dos esforços globais para aplanar a curva de infecções.

Classificação

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Risco Societal

%

# 10

Outro surto global de COVID-19 ou outra doença infecciosa

30,8%

# 13

Retenção governamental de poderes de emergência e / ou erosão das liberdades civis

23,3%

# 14

Exacerbação de problemas de saúde mental

21,9%

# 15

Nova onda de desigualdade e divisões sociais

21,3%

# 18

Raiva com líderes políticos e desconfiança do governo

18,4%

# 23

Capacidade enfraquecida ou colapso dos sistemas nacionais de segurança social

16,4%

# 24

Os cuidados de saúde tornam-se proibitivamente caros ou ineficazes

14,7%

# 26

Falha nos sistemas de educação e treinamento para se adaptar a uma crise prolongada

12,1%

# 30

Pico de sentimentos anti-comerciais

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3,2%

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Com muitos países se movendo para reabrir , mais alguns riscos entrelaçados entram em jogo. 21,3% dos analistas acreditam que a desigualdade social será agravada, enquanto 16,4% prevêem que as redes nacionais de segurança social podem estar sob pressão.

Problemas geopolíticos

Restrições adicionais aos movimentos de comércio e viagens são um sinal de alerta para 48,7% dos analistas de risco - esses relacionamentos já eram difíceis para começar.

Classificação

Risco geopolítico

%

#5

Restrições mais rigorosas ao movimento transfronteiriço de pessoas e bens

48,7%

# 12

Exploração da crise COVID-19 para vantagem geopolítica

24,2%

# 17

Crises humanitárias exacerbadas pela redução da ajuda externa

19,6%

# 22

Nacionalização de indústrias estratégicas em certos países

17,0%

# 27

Falha em apoiar e investir em organizações multilaterais para resposta à crise global

7,8%

# 31

Exacerbação de conflitos militares de longa data

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De fato, o comércio global pode cair drasticamente de 13 a 32%, enquanto o investimento direto estrangeiro (IED) deverá diminuir de 30 a 40% em 2020. A queda na ajuda externa também pode colocar ainda mais ênfase nas questões humanitárias existentes, como a insegurança alimentar em partes do mundo em conflito.

Sobrecarga de tecnologia

A tecnologia permitiu que um número significativo de pessoas lidasse com o impacto e a disseminação do COVID-19. O aumento da dependência de ferramentas digitais permitiu o trabalho remoto em larga escala para os negócios - mas, para muitos mais sem essa opção, essa adoção acelerada dificultou e não ajudou.

Classificação

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Risco tecnológico

%

#9

Ataques cibernéticos e fraude de dados devido a mudanças sustentadas nos padrões de trabalho

37,8%

# 11

Desemprego adicional da automação acelerada da força de trabalho

24,8%

# 25

Adoção e regulamentação abruptas de tecnologias (por exemplo, votação eletrônica, telemedicina, vigilância)

13,8%

# 28

Divisão de infraestrutura e redes de TI

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Mais de um terço dos analistas de risco pesquisados vêem o surgimento de ataques cibernéticos devido ao trabalho remoto como uma preocupação crescente. Outros cerca de 25% vêem a ameaça da automação rápida como uma desvantagem, especialmente para aqueles em ocupações que não permitem trabalho remoto.

Reveses ambientais

Por fim, mas certamente não menos importante, o COVID-19 também está potencialmente interrompendo o progresso na ação climática. Embora tenha havido quedas iniciais na poluição e nas emissões devido ao bloqueio, algumas estimativas estimam que possa haver um efeito severo de recuperação no meio ambiente à medida que as economias se reiniciarem.

Classificação

Risco Ambiental

%

# 19

Maior risco de não investir suficientemente em resiliência e adaptação climática

18,2%

# 29

Erosão acentuada dos esforços globais de descarbonização

4,6%

Como resultado das preocupações mais imediatas, a sustentabilidade pode ficar em segundo plano. Mas, com as questões ambientais consideradas o maior risco global neste ano, esses investimentos atrasados e as metas climáticas perdidas podem colocar a Terra ainda mais para trás em ação. revistaamazonia.com.br

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Quais riscos são da maior preocupação? Os analistas de risco também foram questionados sobre quais desses riscos eles consideravam ser a maior preocupação para o mundo. As respostas a essa métrica variaram, com fatores sociais e geopolíticos assumindo maior importância. Em particular, as preocupações em relação a outro surto de doença pesavam muito em 40,1%, e o movimento transfronteiriço mais apertado chegou a 34%.

Pelo lado positivo, muitos especialistas também estão olhando para essa trajetória de recuperação como uma oportunidade para uma “grande redefinição” de nossos sistemas globais.

Este é um vírus que não respeita fronteiras: atravessa fronteiras. E, desde que esteja com força total em qualquer parte do mundo, está afetando todos os outros. Portanto, é necessária cooperação global para lidar com isso Gita Gopinath , economista-chefe do FMI

[*] Visual Capitalist [**] Em Plataforma de Ação COVID do Fórum Econômico Mundial

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Fonte: IBÁ, 2019.

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