Revista APELMAT - Ed. 163

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Edição 163 - Maio/Junho 2015 www.apelmat.org.br

Negócios de família Planejamento, governança e maturidade: aliados na condução da empresa em tempos de crise

Obras

Gestão e negócios

Apesar do estado de letargia em projetos de infraestrutura brasileiros, as Regiões Norte e Centro-Oeste recebem investimentos

Para ser competitivo, além de superar um ambiente hostil nos negócios, é preciso saber lidar com a alta carga tributária



Edição 163 - Maio/Junho 2015 PÁGINA

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Editorial

Otimistas com o pé no chão

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Manutenção e Mercado PÁGINA

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Obras PÁGINA

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Planejamento, governança e maturidade: aliados da gestão em tempos de crise

Apesar de grande parte dos projetos de infraestrutura no Brasil estar paralisada, o cenário é outro nas Regiões Norte e Centro-Oeste

Gestão e Negócios

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Leilões virtuais de equipamentos: uma alternativa para fazer caixa ou para complementar a frota com seminovos

Reportagem de Capa

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Destaques em terraplenagem, construção civil, infraestrutura, obras públicas e gestão

Cenário

Entrevista

Especialistas e empresários dão dicas para driblar a alta e desafiadora carga tributária

O cálculo do custo de locação envolve muitas variáveis. Davi Jeronimo, do Sebrae-SP, dá dicas para uma boa gestão

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5 lições do judô para o mundo dos negócios

Opinião

Internacional

De volta para o futuro

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Apelmat 30 Anos PÁGINA

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Apelmat Notícias, informativo mensal que precedeu a Revista Apelmat/Selemat, foi criado em 1990

Brazil Road Expo

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Atlas Copco e New Holland apresentam destaques de 2015

Lançamento

Social

Com mais de 6 mil visitantes, evento registrou saldo positivo

Acompanhe os eventos dos últimos meses

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Confira o contato dos anunciantes e patrocinadores desta edição

Linha Direta

Agenda Apelmat

Veja a programação da associação para este ano

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Classificados

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Tabela

As melhores ofertas de serviços e equipamentos

Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem


Expediente

APELMAT Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Vice-Presidente - José Antonio Spinassé Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão Vice-Presidente - Hilário José de Sena Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Secretário - Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito Superintendente - Luiz Antônio Sanches Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018 Diretor Adjunto - Eduardo Alperovich Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018 Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel Conselheiro - Antonio Augusto Ratão Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria Conselheiro Consultivo - Maurício Briard Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide

SELEMAT Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice - Presidente - Flávio Figueiredo Filho Secretário - Wanderley Cursino Correia Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro Suplente de Diretoria - José Ayres Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide Delegado Suplente - Maurício Briard Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho Superintendente - Luiz Antônio Sanches

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Rua Martinho de Campos, 410, Vila Anastácio São Paulo - SP - CEP 05093-050 Tel. (11) 3722-5022 www.apelmat.org.br

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Editorial

Otimistas com o pé no chão Fui convidado a escrever o editorial em um momento em que todos estão apertando os cintos, enxugando custos e tentando sobreviver em meio a uma das maiores tempestades em nosso setor. Bom seria estar aqui comemorando o crescimento do País tão anunciado em campanhas eleitorais, mas longe de ser realidade diante de uma crise moral na política, com inúmeros casos de desvio de verba pública. O Brasil é, sem dúvida, maior que tudo isso e seu poder de recuperação surpreende. Porém serão necessárias algumas medidas duras para retomar o crescimento econômico. É importante saber que não estamos sozinhos, nem despreparados. Contamos com significativas iniciativas da Apelmat na busca de parcerias e de oportunidades. A M&T Expo, feira que há 20 anos vem crescendo em tamanho e em relevância, é um dos empreeendimentos de peso para o setor. Só para se ter uma ideia, em 1995, o evento ocupava uma área de 8 mil metros quadrados e hoje acontece em um espaço de 110 mil metros quadrados. Em número de visitantes, passou de 7.500 para 55 mil. Entre os expositores, conta atualmente com mil marcas ante as 95 que participaram no início. A M&T Expo reúne o que há de mais moderno em equipamentos e tecnologia para o segmento, além de congressos que nos ajudam a entender as tendências de mercado, a ampliar nosso conhecimento e a nos preparar melhor para enfrentar os desafios. A Apelmat marca presença não só na feira, como também no 3º Congresso Nacional de Valorização do Rental. Realizado pela Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas (Analoc), em 11 de junho, o evento apresenta informações atualizadas sobre assuntos que estão em sintonia com o cotidiano das empresas de locação. Em tempos de crise, devemos estar preparados para aproveitar as oportunidades que surgem. Portanto, sejamos otimistas, mas realistas, prontos para atender à demanda neste momento de importantes mudanças que devem acontecer tanto na política quanto na economia.

Boa leitura! Paulo da Cruz Alcaide Diretor executivo da Apelmat

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Cenário BMC-Hyundai consolida atuação com Banco CIT A Brasil Máquinas de Construção (BMC) apresenta uma nova facilidade aos clientes interessados em adquirir equipamentos de linha amarela da Hyundai: a parceria fechada com o Banco Commercial Investment Trust do Brasil (CIT). O relacionamento entre as duas empresas, que já existia desde 2008, passa a funcionar de forma estruturada, por meio de um fluxo de processos montado para viabilizar as análises de crédito e acompanhamento de resultados. “Essa ação consiste em levar aos nossos representantes e clientes um novo aliado financeiro para as operações de crédito, com taxas e prazos competitivos”, ressalta o analista comercial e correspondente bancário da BMC-Hyundai, Sidnei Duca. Os financiamentos se aplicam às operações de leasing de máquinas com prazo de até 36 meses, com entrada mínima de 20%. Além do Banco CIT, a BMC-Hyundai mantém parcerias com outras empresas, como é o caso dos bancos Bradesco, Finvest, Solid Cred e Lecca Financeira.

Schwing-Stetter Brasil atende à América do Sul Desde abril, a Schwing-Stetter Brasil retomou as rédeas para ampliar os negócios em toda a América do Sul. A empresa foi nomeada responsável pelas vendas de equipamentos e atendimento aos clientes de nove países sulamericanos, até então atendidos pela filial norte-americana. De acordo com Luiz Polachini, que passa a responder pela gerência comercial de equipamentos para a região, as vendas eram operadas pelo Brasil antes de serem transferidas para os Estados Unidos no início de 2009, quando eclodiu a crise americana. “Naquele momento, os Estados Unidos entravam em recessão e o mercado brasileiro de equipamentos prosperava. A SchwingStetter Brasil passou o controle das operações da América Latina para a filial americana como forma de aumentar o fôlego nos negócios e manter o mesmo nível de qualidade e atendimento do grupo”, explica. Desde 2012, a América Latina vem sendo responsável por comprar cerca de 400 equipamentos para concreto por ano. De acordo com Polachini, 40% dessas vendas são da Schwing.

PPPs em foco O ambiente para o investimento privado em infraestrutura por meio de parcerias público-privadas (PPPs) melhorou na América Latina e no Caribe nos últimos anos, de acordo com o relatório Infrascope 2014, elaborado pela Economist Intelligence Unit. A melhora é resultado da iniciativa de muitos países em atualizar as leis de PPPs e concessões e de criar novos órgãos governamentais ou unidades especializadas no âmbito das instituições governamentais responsáveis por estruturar as PPPs. O Chile manteve a liderança em termos de prontidão e capacidade, permanecendo próximo ou no topo em todas as categorias. O país ficou em primeiro lugar na categoria clima de investimento, seguido do Uruguai. Brasil e México lideram a região em atividades de PPPs no nível subnacional (regional e local). O Infrascope 2014 observa, porém, que os mecanismos financeiros que apoiam as PPPs apresentaram a menor taxa de progresso, dificultando a identificação de opções de financiamento. O relatório ressalta que mercados de capitais locais e mecanismos financeiros precisam ser desenvolvidos, e os governos devem reestruturar suas operações a fim de torná-las mais eficientes e, ao mesmo tempo, melhorar as finanças públicas e sua supervisão da gestão de PPPs. 8

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Cenário Tracbel e Metso: novos parceiros de negócio A Metso, fornecedora de soluções para agregados, e a Tracbel, especializada em distribuição, pós-venda e prestação de serviços em máquinas e equipamentos pesados, fecharam um acordo exclusivo. Com a negociação, a Tracbel passa a atuar como o primeiro dealer da marca europeia para os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Goiás e Distrito Federal. O contrato envolve especificamente a distribuição de equipamentos para o mercado de agregados/construção e inclui os serviços completos de manutenção e reposição de peças. Segundo Marcelo Motti, principal executivo da Metso no Brasil, “a parceria com a Tracbel dá a oportunidade de oferecer um atendimento ainda melhor para o mercado de agregados nas regiões abrangidas pelo acordo”. “Nós do Grupo Tracbel temos a certeza de que será uma parceria de sucesso”, completa Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira, CEO do Grupo Tracbel.

Yanmar South América se instala em Osasco A Yanmar South América inaugurou uma filial em Osasco, Grande São Paulo (SP). Cerca de 150 convidados, incluindo os principais clientes locais e representantes da área de construção civil e locação de equipamentos, estiveram presentes na cerimônia de abertura.

O objetivo da instalação da filial é comercializar máquinas de construção civil, prestar assistência técnica e fornecer peças de reposição de forma mais rápida aos clientes da Grande São Paulo.

Executivos do Grupo Tracbel e da Metso no Brasil em coletiva de imprensa que anunciou a parceria entre as empresas

Implementos rodoviários registram queda Nos quatro primeiros meses de 2015, foram emplacados 38,6% menos implementos rodoviários que no mesmo período do ano passado. O levantamento é da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Segundo a entidade, no segmento pesado, que envolve reboques e semirreboques, a queda foi de 50,7%, com 9,3 mil unidades comercializadas. No primeiro quadrimestre de 2014, foram vendidas 18,9 mil. No setor leve, que contabiliza carrocerias sobre chassis, a variação negativa foi de 31,1%, com 21,1 mil implementos emplacados contra 30,7 mil no último ano. 10

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Cenário QBE foca em seguros para máquinas Uma das maiores preocupações dos setores que trabalham com máquinas e equipamentos pesados são os riscos de acidentes e perdas financeiras ocasionados por falhas mecânicas. Para evitar os prejuízos causados e amenizar as consequências desse tipo de ocorrência, a QBE investiu no lançamento de um seguro exclusivamente voltado para a proteção de máquinas e equipamentos de construção e mineração, o QBE Max. “A flexibilidade é nosso maior diferencial. Temos um modelo modular que oferece uma série de coberturas, que se adaptam a diversas necessidades. O cliente monta a apólice de acordo com o que precisa, sem gastar dinheiro com aquilo que não vai usar”, ressalta Raphael Swierczynski (foto), CEO da QBE Brasil. O seguro proposto cobre o equipamento em si e sua utilização. Estão incluídas, entre outras, coberturas para máquinas de locação, quebra de máquinas, responsabilidade civil, proteção financeira e danos ao equipamento.

Um jovem sexagenário O Grupo Atlas Copco comemora, em 2015, 60 anos de sua chegada ao Brasil. Em janeiro de 1955, a multinacional sueca começou a oferecer assistência técnica em São Paulo. “Desde o início, a Atlas Copco esteve presente em grandes obras. Muitas podem ser consideradas colossais, como a Usina de Tucuruí, nos anos 60; a construção do maior túnel do Brasil, na Rodovia dos Imigrantes, nos anos 80; e atualmente Belo Monte, apenas para citar alguns exemplos”, relata Claes Backlund, vice-presidente da companhia no Brasil. Atualmente, a empresa emprega mais de 1,4 mil funcionários e conta com duas fábricas, além de escritórios em Barueri e Sorocaba (SP), filiais em cinco Estados e distribuidores em quase todas as regiões do País. Em 2013 e em 2014, o Brasil foi o quinto maior mercado da empresa em receitas em todo o mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China, Alemanha e Austrália.

Soluções e inovações tecnológicas para a construção civil O Concrete Show South America 2015 (nona feira internacional de tecnologia e soluções para a cadeia produtiva do concreto e da construção civil), que será realizado entre 26 e 28 de agosto, apresentará mais de 600 marcas expositoras nacionais e internacionais de 150 segmentos distintos. Promovida pelo grupo inglês UBM, a feira espera superar 30 mil visitantes. Haverá uma área de exposição outdoor, onde será possível ver de perto o funcionamento das máquinas, vivenciar contextos das mais diferentes obras e até mesmo testar equipamentos e ferramentas. Além disso, o 9º Concrete Congress oferecerá cursos e seminários. Informações detalhadas, como grade preliminar, horários e valores de investimento, podem ser acessadas em www.concreteshow.com.br. Índice negativo Lay-off, cenário econômico incerto e programas de demissão voluntária marcaram o início de 2015 nos setores de veículos e, consequentemente, no setor de pneus para montadoras, que no primeiro quadrimestre teve uma queda geral de 2% nas vendas. No mesmo período, o segmento mais afetado foi o de cargas, segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Greves, aumentos de combustível, recessão econômica e mudança na regulamentação para os caminhoneiros determinaram números negativos na comercialização de pneus de carga. As vendas do produto para as montadoras caíram 44,7% na comparação entre os primeiros quatro meses de 2014 e 2015. Como resultado, a comercialização total de pneus de carga registrou queda de 17,5% no período de janeiro a abril de 2015 em relação ao ano anterior. 12

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Cenário

Destaques na M&T Expo Feira, que acontece entre 9 e 13 de junho no São Paulo Expo, reúne lançamentos para o setor No caso da New Holland, além de conferir novos produtos em duas linhas distintas – trator de esteiras e escavadeiras –, os visitantes poderão conhecer o grande lançamento da companhia: a escavadeira de rodas WE190B PRO, que promete desempenho, potência, estabilidade e alta velocidade. Duas versões da retroescavadeira RD 406, a Advanced e a Standard, que contam com estrutura reforçada para suportar grandes cargas, choques e torções nas mais severas aplicações, figuram como destaques da Randon. A Sany lança a motoniveladora SAG200, com transmissão composta, e a retroescavadeira BL70C. Por fim, entre as novidades expostas pela Wacker Neuson Brasil estão as pás-carregadeiras compactas 5035, 5055 e 850, com pesos operacionais de 1.720, 3.600 e 4.500 quilos, respectivamente. BMC Hyundai, Doosan, JCB, John Deere, Liugong, Volvo e XCMG também marcam presença com lançamentos e inovações tecnológicas.

A M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos espera 54 mil visitantes e conta com mais de 500 expositores nacionais e internacionais, representando mais de mil marcas. Além disso, comemora 20 anos de trajetória bem-sucedida. As novidades preparadas pelos expositores para o setor de terraplenagem são direcionadas Espaço para debates principalmente para obras em hidrelétricas, rodovias, aeroportos, ferrovias, refinarias e áreas O 3º Congresso Nacional de Valorização do industriais de vários segmentos, entre outras. Rental, da Associação Brasileira dos Sindicatos, A Case Construction Equipment apresenta os Associações e Representantes dos Locadores de lançamentos da marca no ano, como o modelo C da Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc), escavadeira hidráulica CX220 e a pá-carregadeira integra a programação do M&T Expo Congresso. 721E XR com braço estendido. José Protko, especialista em locação com mais de A Caterpillar expõe o trator de esteiras D6K2 XL, 25 anos de experiência de negócios nas Américas, irá equipado com novo motor, com modos econômicos apresentar a história da locação nos mercados inteligentes, lâmina mais ampla com controle eletrônico de estabilização e novo material rodante emergentes. No painel “Visão do mercado da construção 2015”, dotado de tração. A japonesa Komatsu destaca a ampliação da Paulo Safady Simão, presidente da Câmara família de tratores de esteiras Dantotsu com o Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), fará lançamento D61EX-23M0, que possui 170 hp de uma análise das perspectivas para o setor. potência e peso operacional de 20 toneladas. Pertencente ao grupo Sumitomo, a norte..americana LBX apresenta três equipamentos: dois modelos de escavadeiras hidráulicas com raio compacto e braço articulado da série Spin Ace (80SA e 135SA) e a escavadeira 210X2, de 21 toneladas.

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Manutenção e Mercado

Com a frota em dia Ainda que o ritmo das obras de infraestrutura não esteja a todo vapor, as empresas que trabalham com equipamentos pesados continuam preocupadas em renovar seus ativos. Para essa finalidade, os leilões têm se mostrado uma boa alternativa

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e um ano para outro, muita coisa pode mudar no setor da construção civil – e quem atua há algum tempo nessa área já aprendeu isso na prática. Essa experiência ensina, entre outras coisas, que é preciso estar com a frota preparada e atualizada, na medida do possível, para que as oportunidades de negócios não sejam desperdiçadas. Manter equipamentos com muito tempo de uso e altos gastos de manutenção, definitivamente, não é a melhor conduta, seja qual for o momento econômico vivenciado pelas empresas. Cientes disso, muitas estão procurando os serviços de leilão de máquinas, o que tem gerado boas transações para compradores e vendedores. “Em 2015, esperamos um movimento próximo de 2014 para máquinas usadas. Se, no ano passado, a principal força motriz foram as demandas por obras, agora o que está gerando um número maior de negócios é justamente a paralisia nas obras”, afirma Pedro Barreto, diretor comercial e de marketing da Superbid, empresa de leilões on..line.

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Jefferson de Vasconcelos, da WebPesados “Em nossos leilões, os compradores contam com o nosso exclusivo serviço de inspeção técnica”

Fundada em 1999, a companhia vem crescendo cerca de 20% ao ano em negociações e hoje recebe diariamente no site 50 mil visitantes, que navegam por 1 milhão de páginas por dia, interessados principalmente em caminhões e máquinas pesadas. “Ano a ano, agregamos liquidez no leilão on-line para novas categorias. Lembro-me bem, em 2004, quando havia um cavalo mecânico no site e não existia ninguém interessado. Hoje, temos uma participação maciça de compradores de caminhões. As máquinas pesadas também seguiram da mesma forma e alcançamos um nível bom de liquidez somente após 2007-2008”, conta Barreto. Maio/Junho 2015



Manutenção e Mercado As principais empresas que estão renovando sua frota atualmente são grandes construtoras que tiveram contratos interrompidos e vêm vendendo ativos como alternativa para a geração de caixa. “Vemos também várias locadoras aproveitando para vender maquinário usado e, com dinheiro em caixa, aguardar para negociar a compra de equipamentos novos no melhor momento, com calma”, observa o diretor comercial. Para Barreto, há uma tendência maior para a utilização de leilões pela internet na hora de vender os usados. “Se por um lado as concessionárias estão evitando pegar máquinas na troca, por outro, o leilão on-line atingiu um número elevado de compradores e vendedores em negócios realizados diariamente, o que permite dizer que os valores alcançados em leilão são os de mercado”, analisa.

Superbid A empresa de leilões on-line comercializa diversos ativos

Quem está comprando, por sua vez, também tem avaliado o leilão como uma ótima alternativa graças ao aumento da oferta e à diversidade de opções disponíveis. É possível encontrar equipamentos com os mais variados estados de conservação, para quem gosta de recuperar ou para quem quer praticamente um zero-quilômetro. Outra plataforma de venda on-line de máquinas pesadas, a WebPesados também conta com um canal de leilão diário. Segundo Jefferson de Vasconcelos, gerente-geral da empresa, as ofertas abrangem os segmentos de mineração, construção, movimentação de materiais, logística, transporte e agrícola. “A participação em leilões sempre se configura uma boa alternativa quando você encontra equipamentos de qualidade por preços justos”, avalia.

Vasconcelos conta que, nos Estados Unidos, os leilões especializados representam o maior canal de venda de ativos. Com o trabalho na WebPesados, o gerente-geral acredita estar “quebrando paradigmas” ao se tornar o primeiro no segmento a ser “100% focado e especializado”. “Em nossos leilões, os compradores contam com o nosso exclusivo serviço de inspeção técnica. Por meio de uma minuciosa vistoria, conseguimos passar informações criteriosas que a maioria não analisa na hora de adquirir um equipamento usado. Dessa forma é possível ter tranquilidade sobre a origem e procedência. Além disso, os clientes podem contar com a nossa opinião e experiência no mercado”, descreve. Desde 2009, a WebPesados contabiliza mais de 50 mil oportunidades de negócios por meio da ferramenta de vendas e, em 2014, contou com mais de 150 mil clientes segmentados em seu mailing. Mensalmente, são cerca de 200 mil visitas e mais de 4 mil anúncios ativos. “Devido à atual conjuntura econômica e à escassez de médias e grandes obras, a maioria das empresas busca complementar ou até mesmo renovar a sua frota por meio de aquisições de máquinas e equipamentos seminovos, visando a investir o mínimo possível de recursos”, observa Vasconcelos. Os usuários dos serviços do site são principalmente empresas que conseguiram algum tipo de serviço, mas que, no momento, não possuem em sua frota todos os equipamentos adequados para a execução da obra ou para locação. O procedimento para participar dos leilões oferecidos por essas plataformas é simples e envolve o preenchimento de cadastro e envio de documentação para análise e aprovação, que varia de 24 a 48 horas. “Isso é praxe, pois além de evitar riscos de fraude, esses documentos são requeridos pela Junta Comercial na prestação de contas que o leiloeiro realiza toda vez que se encerra um leilão”, explica Vasconcelos. Como prérequisito, o interessado deve ser maior de 18 anos. WebPesados A plataforma de venda on-line de máquinas pesadas também conta com um canal de leilão diário

Veja + Para quem está interessado em participar de leilões virtuais, estar bem informado sobre a idoneidade do vendedor e programar inspeções técnicas são cuidados que ajudam a não cair em armadilhas. Confira todas as dicas dos especialistas no site da Apelmat.

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Reportagem de Capa

Quando a união faz a força Planejamento, governança eficiente e maturidade são aliados indispensáveis na condução dos negócios familiares, principalmente em tempos de crise. A delimitação das esferas pessoal e profissional e a boa comunicação também devem ser exercícios constantes

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e são nos momentos difíceis que se conhecem os verdadeiros amigos, o que dizer daqueles com quem convivemos, muitas vezes, desde o berço? Os familiares geralmente alimentam cumplicidade e confiança decorrentes da longa convivência e do (re)conhecimento mútuo de qualidades e defeitos. Essa proximidade pode ser uma arma poderosa para lidar com as crises que se enfrentam em negócios dessa natureza, mas também pode trazer resultados catastróficos quando as empresas não são bem geridas. “É preciso sempre separar a relação profissional da familiar. Quando a companhia apresenta resultados positivos, essas relações são mais fáceis de administrar. Em tempos difíceis, a cobrança aumenta e, em geral, cortes precisam ser feitos. É essencial maturidade de todas as partes envolvidas para não deixar que a relação profissional afete a familiar e vice-versa”, fala Felipe Gasko, coordenador de apoio a empreendedores da Endeavor.

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Felipe Gasko, da Endeavor “É preciso sempre separar a relação profissional da familiar”

O conselho número um de todos os especialistas em empresas familiares é ter os papéis definidos em cada uma das esferas e esforçar-se para que uma não interfira com a outra. Trata-se de uma recomendação elementar, principalmente para quem já acumula anos de experiência, mas que pode ser de difícil prática quando o cinto fica mais apertado. “Em tempos de crise, os recursos devem ser priorizados ao extremo, e nessa hora as relações familiares não podem se sobrepor ao desempenho profissional das pessoas. No entanto, isso pode gerar atritos que antes não existiam entre os membros da família”, observa Gasko.

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Reportagem de Capa

Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), famílias estão à frente de 85% a 90% das companhias nacionais. Dentro desse universo está também inserida grande parte das locadoras de equipamentos. Como bem definido por Joseph Astrachan, professor da universidade americana Kennesaw State e especialista no assunto, as famílias têm o potencial de uma explosão nuclear: se bem controladas, geram enorme energia; caso contrário, podem se tornar verdadeiras “bombas”. Felizmente, estudos mostram que os resultados desastrosos são mais raros. Negócios familiares costumam ter boa reputação e confiabilidade – segundo levantamento da consultoria McKinsey, eles têm rentabilidade 3% maior do que a média. Trabalhando no limite Para que os resultados continuem positivos, mesmo sob condições adversas, planejar o caixa é essencial – o mesmo vale para empresas não familiares. O objetivo é ter visibilidade do fluxo pelos 90 dias seguintes e, assim, tomar decisões semanais sobre o que será pago ou não naquele momento. Dessa forma, evitam-se, por exemplo, as pesadas taxas de empréstimos ou dos limites de créditos concedidos por instituições bancárias. Para o coordenador de apoio a empreendedores da Endeavor, a crise pode auxiliar as companhias familiares a se tornarem até mesmo mais eficientes. “A necessidade de cortar custos para manter a saúde financeira em tempos de aperto faz com que a empresa aprenda a fazer as mesmas coisas com menos recursos”, destaca. A alta liderança deve ser a primeira a dar o exemplo e cortar despesas que não são essenciais ao negócio. “Se o presidente abre mão de seu carro de luxo para fazer caixa para a empresa, isso passa um sinal claro para o restante do time.” Algumas características peculiares aos negócios em família, entretanto, tornam mais arrastada a tomada de decisões difíceis. “Uma redução de custos que envolva a demissão de familiares, às vezes, gera discussões extras e demora mais do que em uma empresa de gestão profissional. Isso pode ser decisivo para a sobrevivência da empresa em períodos de turbulência”, exemplifica Gasko. O temido corte na própria carne muitas vezes é necessário em período de vacas magras, e o processo pode ser facilitado quando a empresa familiar é

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amparada por uma estrutura de governança clara. “Tem que existir um responsável pelas decisões na empresa. Caso seja preciso, para a sobrevivência da companhia, demitir ou cortar benefícios dos diretores, quem toma essa atitude?”, questiona. Nesse contexto, desponta um tema delicado na gestão de empresas dessa natureza: a opção por profissionais do mercado em lugar dos membros da família e vice-versa. Gasko enfatiza a importância de se avaliarem as pessoas de acordo com a vocação de competência, independentemente de possuírem laços famiDécio da Silva, da WEG “Ser empreendedor é uma liares com os donos. questão de vocação. Tem gente “Definir os melhores que nasceu para ser médico, artista ou jogador de futebol, sucessores para os e isso tem que ser respeitado” cargos de liderança pode envolver decisões difíceis, e, em tempos de crise, quanto mais se dá margem à emoção, menos chances de sobrevivência a empresa tem”, alerta. O coordenador cita Décio da Silva, ex-presidente da fabricante de equipamentos elétricos WEG e filho de um dos fundadores da empresa, que sempre destaca a importância de separar o papel de sócio do papel de executivo. Assim, todos os descendentes da família serão acionistas do negócio e terão direito a um percentual do lucro que for distribuído (caso a empresa dê lucro e decida distribuí-lo), mas a remuneração dos executivos deve ser vista como algo totalmente diferente. Mesmo que sejam membros da família, eles precisam ser avaliados e remunerados de forma compatível com o mercado. Contando sua história em um bate-papo durante o CEO Summit 2013, promovido pela Endeavor no Paraná, Silva frisou que ser empreendedor é vocação, e não algo hereditário. Além disso, a empresa deve constantemente buscar o que é melhor para seus acionistas, “por mais que desejemos muito que todos os nossos filhos venham a trabalhar na companhia”, disse. O executivo lembrou um

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Reportagem de Capa

episódio, nos idos de 1970, quando os três acionistas fundadores assinaram um documento (feito com máquina de escrever) reafirmando que iriam respeitar a vocação dos filhos. “Ser empresário, ser empreendedor é uma questão de vocação. Tem gente que nasceu para ser médico, artista ou jogador de futebol, e isso tem que ser respeitado”, enfatizou. “Devem prevalecer os interesses econômicos e de resultado para a companhia e para todos os stakeholders, e não ter como meta principal que o sobrenome da família permaneça nos cargos de alto escalão. Mas é lógico que é bom quando há profissionais com o sobrenome da família.” Governança e sistemáticas O depoimento do ex-presidente da WEG está em sintonia com as recomendações dos especialistas em empresas familiares. Entre eles, é unânime a opinião de que um sistema de governança ajuda a definir as atribuições específicas do proprietário da empresa e as que serão exclusivas do gestor. Diretor-presidente da Governance Solutions, empresa de consultoria e treinamento em governança, conselheiro de empresas e professor de programas de MBA da Business School de São Paulo (BSP), Carlos Airton Pestana Rodrigues acredita que boa parte dos conflitos está relacionada ao direcionamento dos negócios, participação em resultados e aspirações de poder por parte dos diversos membros da companhia. “É comum, por exemplo, que herdeiros tenham pretensões de ocupar cargos na empresa. Caso não existam regras claras para isso, basta que um membro da família ocupe um posto para que os demais se sintam no direito de também fazê-lo”, escreveu em um artigo sobre o tema. Em seu trabalho, Rodrigues recomenda a criação de um conselho de família, que não deve ser confundido com o de administração. “O conselho de família não integra o sistema de gestão da empresa, como é o caso do conselho de administração, mas tem o propósito de organizar as expectativas da família em relação à sociedade. Deve funcionar fora da empresa, como um fórum para que a família discuta e resolva eventuais temas de conflito, permitindo levar posições de consenso para a sociedade”, explica.

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Também especialista em empresas familiares, Fabio Mizumoto é professor do Insper-SP, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador acadêmico dos MBAs em agronegócios da FGV. Em sua palestra sobre as contribuições da governança para as empresas familiares, ele menciona que tal prática deve estar apoiada em três pilares fundamentais: planejamento, comunicação e transparência. Para efeitos de pesquisa, considera-se empresa familiar qualquer negócio que tenha uma família no controle – o que dá base para a estatística mencionada anteriormente. Em termos acadêmicos, porém, há um rigor maior nessa definição, que precisa estar apoiada em três premissas: uma família ou algumas famílias controFábio Mizumoto, do Insper-SP e da FGV lam e detêm a maior “Muitas vezes o próprio sobrenome parte das ações ou da família é o nome da empresa e, por isso, existe uma das cotas, e são prosérie de expectativas” prietárias; pessoas dessa família são dirigentes; e, por último, o negócio já passou por algum processo de sucessão geracional. Para ele, a característica principal desse tipo de empresa é a “maior preocupação com a perpetuidade. Muitas vezes, o próprio sobrenome da família é o nome da empresa e, por isso, existe uma série de expectativas”. Mizumoto cita um trabalho publicado em 2008 no Journal of Financial Economics que mostra que o mercado entende como positivo o fato de o fundador permanecer na empresa como CEO ou membro do conselho de administração. “Mas, por outro lado, não vê com bons olhos quando o herdeiro participa da gestão sem ter mecanismos de governança”, ressalva.

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Sócia da Tondo Consultoria, especializada em empresas familiares, Cláudia Tondo também acredita que a meritocracia em relação aos colaboradores familiares e não familiares deva ser adotada, principalmente em momentos difíceis. “Em geral, as famílias empresárias desenvolveram, ao longo do tempo, habilidades e capacidades para lidar com crises. O drama maior se dá quando toda a família depende exclusivamente de um negócio em crise”, observa. Autora dos livros Desenvolvendo a Empresa Familiar e a Família Empresária e Protocolos Familiares e Acordo de Acionistas – Ferramentas para a comunidade da empresa familiar, Cláudia também apoia a criação de estruturas que proporcionem mais estabilidade a essas organizações, tais como protocolos familiares, acordos de acionistas, processos de sucessão planejados, conselho de sócios, conselhos Cláudia Tondo, da Tondo Consultoria consultivos ou de “As famílias empresárias a d m i n i s t r a ç ã o e desenvolveram, ao longo do tempo, habilidades e capacidades conselhos de família. para lidar com crises” “Essas estruturas são fóruns nos quais os constantes ajustes das famílias empresárias e seus negócios ocorrem. Assim, elas tendem a estar acostumadas a tratar de temas difíceis e polêmicos e a encontrar encaminhamentos e soluções para eles”, aponta.

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Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, James Allen, sócio da companhia global de consultoria empresarial Bain & Company, recomendou a adoção da estrutura de holding para auxiliar na separação entre questões familiares e profissionais. “Assuntos familiares mal resolAllen James, vidos matam uma da Bain & Company empresa. Isso não é “Assuntos familiares mal resolvidos matam uma empresa” algo que ocorre só no Brasil, mas no mundo inteiro, em pequenas e grandes corporações. Em muitas empresas, metade dos assuntos discutidos em reuniões do conselho e dos gestores se refere a questões familiares”, relata. “É essencial separar as coisas. É primordial não misturar emoção com os negócios. Não se pode deixar que necessidades imediatas de dinheiro influenciem estratégias e façam com que as empresas ingressem em mercados em rápido crescimento, mas que estão distantes do foco”, orienta.

Veja + Informação nunca é demais. No site da Apelmat, foram elencadas algumas dicas de publicações (livros, artigos e entrevistas), vídeos e palestras que poderão servir de inspiração e auxiliar na condução dos negócios familiares.

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Obras

Em marcha lenta As obras para o desenvolvimento da infraestrutura brasileira sofreram golpes recentes que comprometeram parcial ou totalmente seu andamento. Para que haja efetivamente uma retomada do crescimento do País, é fundamental sair desse estado de letargia. Ainda assim, há quem esteja caminhando, mesmo que lentamente

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e fosse possível realizar uma grande radiografia do Brasil, por meio da qual pudesse ser analisada a condição de suas principais obras de infraestrutura, qual seria o diagnóstico atual? Profissionais e analistas do setor dão um parecer preocupante, cuja reversão depende sobretudo de vontade política para que o povo brasileiro não seja prejudicado. “Sabemos que a forma mais desastrosa de gastar recursos financeiros e investir montantes em uma obra pública ou privada é ela não entrar em operação para o benefício da população”, diz Mario Humberto Marques, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).

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Mário Humberto Marques, da Sobratema “A necessidade de aumentar a oferta de energia tornará obrigatória a construção das hidrelétricas no Rio Tapajós”

Na categoria de obras públicas inacabadas, Marques menciona o aeroporto de Vitória, capital do Espírito Santo, cuja primeira licitação data de 2004 e que, por conta de irregularidades, teve suas obras paralisadas em 2008. Segundo ele, futuramente, poderão integrar a lista as refinarias do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e de Abreu e Lima (Rnest). Além disso, as inúmeras denúncias, delações, prisões as investigações da Polícia Federal – sob o chapéu da Operação Lava-Jato – deixaram um rastro de descrédito nos negócios envolvendo grandes empreiteiras. “O mínimo que se espera é que prevaleça o bom senso e que os culpados sejam punidos, mas que as obras tenham continuidade porque, caso contrário, seremos nós, população, os punidos”, desabafa.

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Obras Os resultados da Lava-Jato atingiram em cheio obras importantes para o desenvolvimento da infraestrutura de várias regiões, entre elas a Transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia da Integração Oeste-Leste, o Cinturão das Águas do Ceará e o Rodoanel Norte de São Paulo – sem contar os próprios projetos da Petrobras. Um levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em março, mostrou que um total de 24 empreendimentos de grande porte se encontravam parados ou em ritmo lento. Atrasos nos repasses do governo, problemas de caixa e rescisões de contratos constam entre as principais alegações. Segundo o vice-presidente da Sobratema, os repasses do governo federal para Estados e municípios começaram a ser restringidos ainda nos meses finais de 2014 e, além disso, houve redução na arrecadação dos Estados por meio do ICMS em razão da redução do consumo. “As empresas estão sendo oneradas nos contratos em andamento com relação à aprovação de pleitos – a maioria deles legítimos – e, portanto, não recebem os recursos aplicados em serviços já executados. Por outro lado, novos créditos estão sendo negados ou a demora de aprovação pelos bancos privados e oficiais tem trazido enormes sacrifícios para o caixa das companhias, as quais não têm outro caminho senão reduzir as atividades e demitir trabalhadores”, justifica. O desemprego, também considerado consequência direta da operação da Polícia Federal, foi contabilizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, com o fechamento de 241.580 postos de trabalho no período de setembro de 2014 a fevereiro deste ano. Como não poderia deixar de ser, as incertezas atingiram as expectativas dos empresários com relação ao mercado de equipamentos para construção. Segundo estudo recente sobre esse assunto, realizado pela Sobratema, as empresas previam uma queda de 12,7% na comercialização de produtos da linha amarela. Divulgada em novembro do ano passado, a pesquisa foi revisada neste ano após o início das investigações da Lava-Jato. A expectativa, entre os empresários, agora é de 32% de diminuição nas vendas. Há luz no fim do túnel? Mesmo que, no primeiro momento, essa “radiografia” do País mostre uma situação bastante grave, uma análise mais minuciosa revela que ainda há movimento em alguns importantes canteiros de obras. Divulgada em novembro de 2014, a pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até

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2019 – também produzida pela Sobratema – apontou que os aportes previstos para essa área estavam na casa de R$ 1,17 trilhão, que seriam aplicados principalmente em mobilidade urbana, saneamento básico, urbanização e infraestrutura de habitação. Segundo o estudo, o principal destino desses investimentos seria o segmento de transporte, com um total de R$ 348,4 bilhões a serem aplicados de 2014 a 2019. Entre as obras em andamento, a entidade destacou a Linha 5 do Metrô de São Paulo; a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro; o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Santos; o VLT de Cuiabá/Várzea Grande; o Corredor Via 710, em Belo Horizonte; a Perimetral de Porto Alegre; o Túnel Santos-Guarujá (somado às obras municipais do entorno); a ponte sobre o Rio Baetantã, em Maragojipe (BA); e a Travessia de Juazeiro, também na Bahia.

Maurício Endo, da KPMG Segundo o executivo, as obras das hidrelétricas de Belo Monte e Jirau continuam em ritmo bastante intenso e são importantes para resolver a questão de energia

Devido à importância do agronegócio para a economia nacional, o Centro-Oeste é uma das regiões que vêm recebendo um nível de investimentos significativo e com tendência a crescer ainda mais. Algumas concessões já realizadas são a BR-163 em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e a BR-153 em Goiás e Tocantins. No entanto, o vice-presidente da Sobratema frisa que o ritmo desta última pode ser comprometido em razão de empréstimos a longo prazo. Entre os outros empreendimentos importantes previstos para a área, a Ferrovia da Soja (ligando Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, e Campinorte, em Goiás, à Ferrovia Norte-Sul) deverá ser a primeira obra a ser concedida. A Região Norte do País ganha destaque principalmente pela decisão estratégica de viabilizar o transporte de produtos agrícolas por sistemas multimodais, que combinam transporte ferroviário,

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Obras

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Duas parcerias público-privadas (PPPs), a Linha 6 do Metrô de São Paulo e o projeto de saneamento da região metropolitana do Recife, já estão em andamento. “A primeira teve início com certo atraso, devido ao processo de desapropriação, mas deve conseguir manter o cronograma”, analisa Endo. Para ele, as obras que são concessões ou PPPs, de alguma forma, estão caminhando. “Exceto aquelas que têm empresas envolvidas no furacão Lava-Jato”, salienta. Os recentes episódios de denúncias, prisões e investigações vão trazer mudanças importantes no cenário, antes dominado pelas grandes empresas. “Elas investiram bastante para conquistar os projetos de concessão dos governos federais e estaduais e faturaram a maior parte. Após a Operação Lava-Jato, tendem a parar, o que favorecerá a entrada de novos players”, acredita.

Cinturão das Águas (CE) Obras de aterro no km 63+400

Foto: divulgação Valec

Foto: divulgação/julho 2014

Canteiro de obras

Ferrovia Oeste-Leste (Fiol)

Metrô Obras da Linha 5-Lilás Pátio Guido Caloi

Ferrovia Norte-Sul

Foto: divulgação Metrô/janeiro de 2015

Tina Coêlho/Terra Imagem

hidroviário e marítimo. Com o objetivo de elevar a capacidade de escoamento para até 60 milhões de toneladas por ano via portos do Pará e do Amapá, deverão ser aplicados recursos importantes nas hidrovias dos Rios Tapajós e Tocantins, acredita Marques. “Além disso, a necessidade de aumentar a oferta de energia tornará obrigatória a construção das hidrelétricas no Tapajós, sobretudo a maior de todas naquele rio, que é a São Luiz do Tapajós”, acrescenta. Concordando com as expectativas do vice..presidente da Sobratema, Maurício Endo, sócio da empresa de auditoria e consultoria KPMG e líder da área de governo e infraestrutura, também aposta no desenvolvimento da Região Norte, em especial do Estado do Pará, onde o agribusiness tem ganhado espaço com o plantio de soja, milho e arroz. Para ele, também pesa o fato de o Estado possuir grandes jazidas de minério de ferro, cuja exploração pela Vale trará mais infraestrutura ferroviária e portuária nos próximos anos. Além disso, continuam em ritmo bastante intenso as obras das Hidrelétricas de Belo Monte e Jirau, que são importantes para resolver a questão de energia, considerada crítica. Publicado em 2014, o estudo Infrastructure 100, da KPMG, destacou seis outros projetos brasileiros: o programa Morar Carioca, de reurbanização das comunidades da cidade do Rio de Janeiro; a Transposição do Rio São Francisco; a exploração do pré-sal no Campo de Libra; a Ferrovia Transcontinental; a Linha 6 do Metrô de São Paulo; e o projeto de universalização do saneamento da região metropolitana do Recife. Destes, Endo acredita que aqueles que dependem de recursos públicos são os que têm o andamento mais prejudicado, como é o caso das já citadas obras no Rio São Francisco e também do Morar Carioca. “No caso da transposição, é um projeto muito grande. Há algumas partes prontas e outras abandonadas. É preciso fazer um replanejamento”, avalia. Em relação ao Campo de Libra, o consórcio formado pela própria Petrobras, além de duas empresas chinesas (CNPC e CNOOC), uma angloholandesa (Shell) e uma francesa (Total) vem conduzindo os investimentos conforme o planejamento. “Mas talvez venha a sofrer um pouco de atraso”, diz Endo. No caso da Ferrovia Transcontinental, planejada para ter aproximadamente 4.400 quilômetros de extensão – entre o Porto do Açu (RJ) e Boqueirão da Esperança (AC) – e uma importante saída para o Pacífico, a obra depende da aprovação como concessão pelo Programa de Investimento em Logística (PIL), o que se espera para os próximos dois anos.

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Gestão e Negócios

Acerto de contas Não bastasse o ambiente hostil nos negócios, os locadores de máquinas e equipamentos ainda precisam driblar uma alta e desafiadora carga tributária para tentar manter suas empresas competitivas. Especialistas e empresários do segmento dão dicas e orientações para minimizar esse impacto negativo

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uando o ano de 2015 surgiu no horizonte, os empresários do segmento de locação de máquinas e equipamentos já sabiam: é momento de sacudir a poeira e dar a volta por cima, como diz o samba popular. Depois das expectativas frustradas, principalmente no ano passado, a hora é de refazer as planilhas e acertar as contas para não deixar que o turbilhão de impostos – entre outras despesas – abale a competitividade dos negócios. “Diante das medidas adotadas até agora, bem como de algumas entrevistas concedidas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, os empresários devem estar preparados para um aumento ainda maior da carga tributária”, alerta Janssen Murayama, advogado tributarista e sócio do escritório Murayama Advogados.

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Janssen Murayama, do Murayama Advogados “Os empresários devem estar preparados para um aumento ainda maior da carga tributária”

Além do aperto inicial, Murayama acredita que haverá esforços para reduzir a “guerra fiscal” entre os Estados brasileiros e para que haja um aumento no rigor da fiscalização da Receita Federal do Brasil. Independentemente da ocorrência de uma reforma tributária, o advogado imagina que algumas medidas podem ser tomadas para minimizar o peso negativo dos impostos e que elas envolveriam, principalmente, a realização de um bom planejamento. “Esse planejamento deverá levar em conta as atividades desenvolvidas pelas empresas, a legislação e a jurisprudência, e poderá gerar maior competitividade para as empresas.”

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Gestão e Negócios

Entre os principais tributos envolvidos na atividade de locação de equipamentos para terraplenagem, o que pode trazer mais dor de cabeça é o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). “O maior impacto tributário para este segmento pode surgir da cobrança indevida do ISS pelos municípios, em que pese a existência da Súmula Vinculante nº 31 do Supremo Tribunal Federal (STF), a qual afasta a incidência do referido imposto sobre a locação de bens móveis”, observa Murayama. A atenção deve ser redobrada, porém, quando os contratos celebrados envolverem a locação de maquinário juntamente com a cessão do operador que o manuseará. “Nessa hipótese, o STF pacificou que há a incidência sobre os valores referentes ao serviço prestado com previsão na lista anexa da Lei Complementar nº 116/03, excluindo-se os valores referentes à locação”, explica. Contudo, muitas empresas não dividem os valores referentes às duas atividades, o que leva à tributação equivocada com base no valor total e, por consequência, afeta sua competitividade diante da majoração dos custos tributários. “Por fim, cabe ressaltar que, quando o maquinário é cedido apenas como meio à prestação de um serviço, sendo impossível desvincular ou separar a locação do serviço prestado em si, há a incidência do ISS sobre o valor total da operação”, enfatiza o especialista. Portanto, para evitar cobranças indevidas do ISS, é importante que a companhia locadora dos equipamentos sem operador tome alguns cuidados, tais como a elaboração de um contrato de locação de máquinas e a emissão de recibo referente aos valores pagos pelo locatário. Já no que se refere às empresas que locam os bens e cedem o seu operador, é recomendável a elaboração de dois contratos distintos: um de locação do maquinário e outro de prestação de serviços relativo ao operador. Além disso, é preciso emitir recibo para comprovação do recebimento dos valores pagos pelo aluguel do equipamento e também nota fiscal de serviços em virtude da prestação de serviço pelo operador. “Vale frisar que aquele que apenas locou o maquinário e pagou indevidamente o ISS poderá ingressar em juízo para recuperar os valores pagos irregularmente ao município”, orienta o advogado tributarista.

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Reivindicações do setor Afora o ISS, existem questões fiscais e tributárias bastante delicadas para as quais entidades do setor têm proposto mudanças. Entre elas, há a reivindicação para a elaboração de uma legislação interestadual para transporte e movimentação de máquinas pelo País. Atualmente, no direito tributário brasileiro, o serviço de transporte de bens entre um Estado e outro é considerado um serviço tributável pelo ICMS, explica Murayama, e este é regulamentado pela Lei Complementar nº 87/96 (chamada “Lei Kandir”). “Desta forma, tanto o remetente quanto o transportador devem observar o cumprimento das diversas obrigações acessórias do imposto para o livre trânsito da mercadoria no território nacional”, acrescenta.

“A criação de um imposto único simplificaria de forma contundente os custos de controle e apuração dos tributos” Por outro lado, não há incidência de ICMS na movimentação das máquinas alugadas entre Estados, uma vez que não existe o elemento caracterizador do imposto, que é a circulação jurídica da mercadoria (transferência de propriedade). “Tanto é assim que algumas legislações estaduais, entre elas as de São Paulo e do Rio de Janeiro, preveem expressamente que o ICMS não incide sobre as remessas de bens para locação, nos termos do artigo 7º, inciso IX, do Livro I do RICMS/SP e do artigo 47, inciso XVII, do Livro I do RICMS/RJ, respectivamente”, exemplifica o advogado tributarista. Ou seja, o eventual frete da transportadora será tributado pelo ICMS, mas o equipamento locado não. Especificamente sobre este tema, Reynaldo Fraiha, presidente da Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc), critica o fato de que as legislações estaduais e municipais muitas vezes são conflitantes e acabam gerando “um ambiente de extrema confusão na forma de atuar. O transporte de máquinas e equipamentos entre Estados requer análise antes de liberarmos a saída dos pátios para que não tenhamos autuações indevidas. Essas, se

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Gestão e Negócios

aplicadas, nos forçam à contratação de assessoria jurídica para destravar o processo e questioná-las, o que acaba gerando mais custos desnecessários. Existe a necessidade de termos legislação unificada e clara para evitar tantos transtornos”, pede. Para Fraiha, a alta carga de impostos prejudica toda a economia e ainda acarreta um custo extremamente elevado para destrinchar todo o “emaranhado tributário”. Dentro desse pacote oneroso, em que já está incluso o citado ISS, o presidente da entidade representativa ainda acrescenta o próprio Imposto de Renda (IR) e os encargos trabalhistas. “A flexibilidade nas leis trabalhistas, que poderia vir a colaborar com a redução dos custos, não consegue avançar”, pondera. Imposto único Assim como outros representantes do setor, Fraiha defende a simplificação do sistema tributário por meio da criação de um imposto único, semelhante ao IVA, tributação aplicada em Portugal. “Ele seria ideal para substituir os impostos e contribuições, pois simplificaria de forma contundente os custos de controle e apuração dos tributos, o que geraria uma carga menor, com impacto direto em toda a economia. Mas temos de ter cuidado para não gerarmos mais um imposto em vez de substituir os existentes”, aponta.

Reynaldo Fraiha, da Analoc “A alta carga de impostos prejudica toda a economia”

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Sobre esse aspecto, porém, tanto Fraiha quanto o advogado tributarista Murayama concordam que, até o momento, não existe nenhum indício de que o ministro Joaquim Levy trabalhará para emplacar a instituição do IVA no País. “Não acreditamos que, com a estrutura fiscal atual, possamos ter qualquer redução. Tampouco o ministro tem margem para isso, pois não vemos qualquer movimento no sentido de redução da máquina do Estado. O que vemos são aumentos dos tributos que independem de aprovação do Congresso, tais como IOF, Cide, IPI e outros”, observa o presidente da Analoc. Para Murayama, o imposto único, caso fosse aprovado, traria ainda outras complicações. “A instituição do IVA no País encontra algumas dificuldades decorrentes do modelo federativo brasileiro, especialmente no que tange ao ICMS e ao ISS, pois cabe à União legislar sobre os impostos, enquanto compete aos Estados e aos municípios, respectivamente, a regulamentação, a administração e, principalmente, a arrecadação”, detalha. Desse modo, com o IVA, os Estados e municípios não arrecadariam diretamente o ICMS e o ISS e se tornariam totalmente dependentes de repasses feitos pela União, “o que motivaria grandes embates políticos entre os entes federados”. Fazendo a limonada Com todos esses limões – para não dizer abacaxis –, o jeito é preparar uma limonada, uma vez que, como define Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), “não existe mandraca” quando o assunto é imposto. “Para se manterem competitivas, as empresas não têm muito poder de manobra. Elas devem avaliar o impacto, e o ISS deve ser incluído no pacote, pois há o risco de ele ser cobrado pelo valor total”, ressalta. No caso do Imposto de Renda, Daniel lembra que é importante trabalhar dentro da área contábil e também contabilizar a depreciação da frota (“o que pode reduzir o impacto”) e o pagamento de juros. “E ter um contador muito bom para planilhar tudo isso”, acrescenta. De modo geral, ele acredita que o momento atual pede ainda mais atenção aos tributos. “É um item que precisa ser tratado com mais carinho, pois sempre foi visto de maneira secundária pelas empresas.” Maio/Junho 2015



Entrevista

Quer cobrar quanto? Com muitas variáveis envolvidas, o cálculo do custo de locação pode se tornar uma tarefa complicada para os locadores de equipamentos da linha amarela. Nesta entrevista, o consultor do Sebrae-SP Davi Jeronimo dá orientações e dicas para auxiliar nessa importante etapa de gestão da empresa

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objetivo é fácil de ser determinado: oferecer um serviço a um preço competitivo e que, ao mesmo tempo, seja suficiente para cobrir todos os gastos e, de preferência, ainda renda uma margem de lucro. Mas resolver essa equação, cujas variáveis flutuam e são influenciadas por inúmeros fatores externos, pode exigir a ajuda de especialistas. Administrador de empresas, pós-graduado em engenharia de produção, finanças e controladoria, o consultor de administração do Sebrae-SP e professor na Universidade Paulista (Unip) Davi Jeronimo lembra que fatores como a depreciação do equipamento, gastos com manutenção e combustível, e até mesmo os juros de financiamento devem constar desse cálculo. “Existem vários modelos; o mais adequado é aquele que absorve todos os custos e despesas e gera lucros”, orienta.

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Davi Jeronimo “A melhor forma de a empresa determinar o valor do aluguel desses equipamentos para locação é o mark-up”

Jeronimo acrescenta que a saída para o aumento da margem nem sempre estará na redução de custos, algo difícil de ser obtido. Por isso, manutenções corretivas e preventivas nos equipamentos são importantíssimas. “O pagamento de fretes extras, em caso de envio de equipamentos e devoluções, também diminui a margem de lucro na locação, assim como o pagamento de horas extras por atraso em prazos”, lembra.

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Entrevista

Revista Apelmat/Selemat O que deve ser considerado pelo empresário para calcular o custo de locação? Davi Jeronimo Para fazer o cálculo do custo/hora de equipamentos, devem ser levados em consideração alguns aspectos importantes como custo/hora de depreciação do equipamento, custo/hora do combustível e do pneu, lubrificação, custo/hora da mão de obra do operador do equipamento, custo/hora da manutenção e custo/hora da energia elétrica. Para uma máquina que tenha essa característica, também devem ser considerados os juros, caso estes sejam realocados ou financiados.

“É importante negociar com o cliente quando houver atraso em obras e diminuir a ociosidade de mão de obra e de máquinas” RAS Qual a melhor forma de determinar o valor a ser cobrado e, desse modo, conseguir obter uma margem de lucro? DJ A melhor forma de a empresa determinar o valor do aluguel desses equipamentos para locação é o mark-up. Ou seja, depois de apurado o custo do equipamento por hora, o empresário deverá apurar as despesas variáveis (impostos, comissões, taxas bancárias), apurar as despesas fixas de sua empresa (despesas operacionais para o funcionamento do negócio) e estabelecer uma margem de lucro – que pode ser determinada pelo empresário ou pelo valor com que o segmento está operando no momento. RAS A redução dos custos é a melhor maneira de aumentar essa margem? Qual a melhor forma de gerenciar esses custos? DJ Geralmente, no processo de operação o custo é uma variável difícil de ser reduzida. Logicamente, se a empresa otimizar alguns processos e conseguir obter uma eficiência produtiva de horas/homem, ela pode diminuir seus custos. Outro ponto importante é fazer manutenções corretivas e preventivas programadas em seus equipamentos. Também é preciso reduzir a sua estrutura operacional com as despesas e evitar o pagamento de fretes extras em caso de envio de equipamentos e devoluções, pois também diminui a margem de lucro na locação, assim como o pagamento de horas extras por atraso em prazos.

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RAS Quais outros fatores têm impacto importante na determinação desse valor? DJ Pagamentos de juros em antecipações e financiamentos, falta de um critério específico para composição do custo da hora de trabalho, critérios para análise das despesas fixas e da margem de lucro estabelecida pelo empresário. Além disso, o mercado em crise gera diminuição do aluguel de equipamentos, o que faz com que os concorrentes reduzam seus preços. Tudo isso pode afetar a determinação do valor da empresa. RAS Em sua opinião, quais as maiores dificuldades para que esse valor seja estabelecido? DJ Acredito que na lista estão a dificuldade para o cálculo de custos de serviços (valor de horas cobrado), o estabelecimento das despesas variáveis, tais como impostos, comissões e taxas bancárias, fazer os rateios do custo indireto e também as despesas operacionais, e a dificuldade de estabelecer uma margem de lucro que seja competitiva. RAS Quais são suas principais dicas para ajudar nessa tarefa? DJ Ter planilhas de todos os custos por máquina ou equipamento e fazer um roteiro de onde estão os equipamentos e o tempo de uso de cada um na locação. Se necessário, fazer remanejamento de máquinas paradas em outras obras para ganhar produtividade e reduzir custos, pois ficar com o equipamento parado no canteiro ou em um local reservado gera uma série de custos com manutenção, mesmo quando ele não está sendo utilizado. Também é importante negociar com o cliente quando houver atraso em obras e diminuir a ociosidade de mão de obra e de máquinas; mantê-las em lugares adequados, evitando manutenções constantes devido a desgastes; e, por fim, elaborar um bom preço de serviço, que absorva todos os custos, despesas e o lucro na operação.

Veja + Davi Jeronimo dá o passo a passo de como organizar e calcular os custos que compõem o preço de um serviço. No site da Apelmat, você confere uma planilha detalhada pelo consultor.

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Opinião

5 lições do judô para o mundo dos negócios Por Thiago Costa*

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m tempos de crise, como os atuais, inovação e criatividade são ainda mais importantes para quem quer – e precisa – fazer seus negócios continuarem vivos. É, a cada dia, uma nova luta. Nesse momento, as analogias do mundo corporativo com as artes marciais tornam-se ainda mais óbvias, mas não por isso menos úteis. O judô, criado pelo professor Jigoro Kano em 1882, é hoje reconhecido mundialmente como um esporte olímpico de competição. Mas é muito mais do que isso. É um estilo de vida que tem muito a ensinar ao mundo dos negócios, como mostram os cinco pontos a seguir. 1. Caminho suave Judô, em tradução do japonês, significa “caminho da suavidade”, ou “caminho da gentileza”. Ser suave e gentil é a base para qualquer atividade, inclusive no ambiente corporativo. Desrespeitar pares, concorrentes ou superiores não é sinal de superioridade ou mesmo de esperteza, mas sim de despreparo e

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*Thiago Costa é professor dos cursos de pós-graduação em marketing da Faap, diretor de projetos da EVCOM e, atualmente, faixa-marrom de judô, batalhando arduamente em busca da faixa preta

fraqueza. No judô, os oponentes se cumprimentam sempre. Nas palavras de Kano, com esse ato “você está agradecendo ao oponente pela oportunidade de melhorar sua técnica”. Seu concorrente, seja ele quem for, pode fazê-lo melhor ao obrigar você a se superar. Você já pensou nisso?

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2. Ceder para vencer Existe uma lenda sobre o judô que conta que, ao observar a queda da neve nas árvores enquanto meditava, um dos antigos mestres viu que os galhos mais velhos e enrijecidos, ao receber os flocos de neve, armazenavam uma grossa camada, mas quebravam depois de um tempo. Já os mais novos, leves e flexíveis, curvavam-se, derrubando a neve que se acumulava neles. Assim é o princípio do ceder para ganhar: flexibilidade. Quanto mais somos rígidos, presos a velhos paradigmas, a roteiros preconcebidos, a ideias antigas e desatualizadas, maior a chance de o peso – que os negócios trazem naturalmente consigo – nos derrubar, nos quebrar completamente. Ser flexível é, na prática, ter a capacidade de se reinventar, algo imprescindível em momentos de crise. 3. Prosperidade e benefícios mútuos Um dos princípios do judô é chamado de “jita kyoei”, que é traduzido como “prosperidade e benefícios mútuos”. Basicamente, significa que é preciso praticar a solidariedade e que algo só é bom se for bom para todo mundo. Há anos fala-se da tal relação “ganha-ganha”, mas o cuidado é não transformar isso em um vale-tudo em que se faz qualquer coisa para ter lucro. Não se trata disso, mas sim de compartilhar verdadeiramente o seu melhor, tanto interna quanto externamente, pois essa soma transforma o resultado de um mais um em três.

“Seu concorrente, seja ele quem for, pode fazê-lo melhor ao obrigar você a se superar” 4. Lutar para se aperfeiçoar, não se aperfeiçoar para lutar A luta, diferentemente do que possa parecer a quem é de fora, não é o objetivo final do judô, mas sim a melhoria contínua e completa dos seus praticantes. Lutar, assim, torna-se um processo de aprendizado. No mundo corporativo, por diversas vezes os executivos são tomados pela fúria das metas, como se cumpri-las acima de tudo e de todos resolvesse os problemas. Trocam-se membros de equipes, fornecedores, mas sem que ninguém olhe para dentro e aprenda algo com os combates do dia a dia. E é nesse momento que um concorrente mais bem preparado toma a dianteira e, aí, só resta lamentar. A peleja pode ser dura, mas é também a melhor escola para quem está pronto para assistir à aula. 5. Máxima eficiência (seiryoku zen'yo) Kano dizia que devíamos utilizar de forma global, racional e utilitária a energia do corpo e do espírito. Para isso é preciso se colocar plenamente em suas atividades, usando de maneira integral todos os músculos e também a mente, com foco e decisão. Nos negócios, às vezes o peso é muito grande, com novos entrantes, problemas internos com a equipe, complicações diversas no desenvolvimento de novos projetos etc. Somente quem estiver totalmente entregue às suas responsabilidades será capaz de superar obstáculos. A questão é que, quando se está nesse estado de plenitude, os recursos são utilizados de maneira precisa: gasta-se (dinheiro, tempo e pessoas) pouco e recebem-se os melhores retornos possíveis – ou seja, o cenário ideal em qualquer momento, de crise ou não. www.selemat.org.br

“A tradição de ter os melhores tratores com a garantia dos melhores serviços do mercado”

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Internacional

De volta para o futuro “Um futuro fantástico.” Dessa maneira, durante o Congresso Mundial da Mobilidade, que teve lugar em Barcelona no começo de março, Ralph de la Vega, CEO da AT&T, classificou o mundo hiperconectado no qual vivemos Por Nuno Antunes Ferreira*

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stima-se que, em 2020, 50 bilhões de objetos estarão ligados ao mundo virtual por meio da tão falada internet das coisas (internet of things). Nessa época, acordaremos, de fato, no mundo da “maravilhosa” tecnologia em que o smartwatch se comunicará com a máquina do café e o espelho do banheiro se comportará como uma tela que projeta nossa agenda e lista de tarefas. Até que ponto tudo isso contribuirá para a “felicidade” do ser humano será, a seu tempo, tema para outro artigo. Agora, você pode se perguntar: o que tem a mobilidade ou a internet das coisas a ver com a Europa ou com obras e construção?

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*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais

Tudo, respondo. A tecnologia do futuro é algo em que a Europa vê parte de sua reafirmação. Por outro lado, é de vital importância que pensemos nas implicações que ela trará ao fazer parte do nosso dia a dia, na nossa indústria.

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Uma parcela significativa das máquinas que temos em nossas empresas, e com as quais os operadores trabalham, contam com alguma tecnologia avançada. E alguns fabricantes se preparam para recolher e interpretar toda a informação gerada por esses equipamentos. Olhemos, então, um pouco mais adiante. Carros autônomos são uma realidade, embora não generalizada. Não precisamos ser adivinhos para cogitar que se drones são operados remotamente, assim como instrumentos cirúrgicos de alta precisão, nossas máquinas (ou pelo menos parte delas) poderão atuar sem um operador presente. Faz sentido que comecemos a pensar e a antever o impacto da introdução da tecnologia avançada em nossas empresas e no emprego, sobretudo nas organizações que levam a sério seu papel na comunidade.

“Faz sentido que comecemos a pensar e a antever o impacto da introdução da tecnologia avançada em nossas empresas” Com tal cenário, instituições como a Apelmat podem ter uma atuação determinante nesse brainstorming. Mais vale prevenir que remediar. Canteiro de obras De acordo com o Euroconstruct, a Alemanha se mantém como o maior mercado de construção, representando um valor superior a US$ 320 bilhões, evidenciando crescimento de cerca de 2,3% em 2014 perante 2013. Mais a leste, o baixo ritmo de construção na Rússia se mantém, com uma queda de 4,5% em 2014 na comparação com o ano anterior. Prevê-se, no entanto, alguma retomada para 2016, uma vez que começarão os trabalhos de preparação para a Copa do Mundo de 2018. Embora o compasso de desenvolvimento varie de país para país, do lado dos fabricantes registra-se algum otimismo para o ano em curso, com previsão de crescimento de cerca de 2%. Segurança A National Access & Scaffolding Confederation (NASC), do Reino Unido, divulgou relatório sobre segurança e estatística de acidentes, com dados relativos a 2014. Embora não tenha havido vítimas fatais, o número global de acidentes aumentou 9% em relação a 2013, com predominância na faixa etária dos 21 aos 30 anos. De acordo com especialistas, a chave para a segurança e para a ausência de acidentes é um adequado treinamento.

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Lançamento

Economia e segurança ambiental em obras Novidades da Atlas Copco Construction Technique contribuem para que as empresas atuem de forma produtiva, preservando os recursos naturais

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tecnologia de compressores de ar portáteis acionados por motor elétrico se destaca pela ausência de emissão de poluentes e operação silenciosa. Até pouco tempo importado, o equipamento passou a ser fabricado no Brasil pela Atlas Copco. Segundo Alexandro Consentino, gerente de produto responsável pelo lançamento do compressor de ar portátil elétrico Atlas Copco XATS 900E, além da vantagem de ser uma máquina que pode ser adquirida por meio de Finame e BNDES, as peças e insumos utilizados são os mesmos dos compressores a diesel da marca. Como eles são amplamente difundidos, há uma grande disponibilidade de peças de reposição, tais como filtros, válvulas e fluidos. Outra novidade na linha de compressores portáteis de fabricação nacional é o modelo XAMS900, que oferece 893 pcm na pressão de 8,6 bar. Em termos de economia, ele permite a uma empresa que possua três conjuntos de carretas perfuradoras e compressores de ar, realizar o mesmo trabalho com apenas dois conjuntos. “O Atlas Copco XAMS900 utiliza um motor MWM Maxx Force, que requer manutenção a cada 500 horas, contra 250 horas da geração anterior”, explica Consentino. Além disso, o impacto ambiental em cada obra é reduzido consideravelmente graças ao menor tempo de funcionamento, volume menor de poluentes emitidos e chassi 100% vedado, que impede qualquer tipo de contaminação de solo proveniente do equipamento.

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Atlas Copco XATS 900E Compressor de ar portátil elétrico agora fabricado no Brasil

Pavimentadora Dynapac F2500CS Equipamento conta com CompactAsphalt, método que permite a aplicação simultânea de duas camadas de massa asfáltica

Para o mercado de pavimentação, o método “CompactAsphalt” foi recentemente desenvolvido e patenteado pelo Grupo Atlas Copco. Ainda pouco usado no Brasil, o dispositivo permite a aplicação simultânea de duas camadas de massa asfáltica, mesmo enquanto estão quentes. A primeira tem o objetivo de dar segurança e conforto de rodagem. Já a camada inferior tem a função de receber e distribuir as cargas no sentido vertical. Quando aplicadas ao mesmo tempo, consegue-se um melhor intertravamento mecânico entre as camadas. Isso pode ser traduzido em aderência superior à obtida com o método convencional de pintura de ligação, muito sujeito a falhas. Além disso, o consumo de recursos naturais é reduzido, assim como o custo de manutenção da estrada, e há o aumento da vida útil do pavimento em aproximadamente 25%.

Veja + No site da Apelmat, você confere mais detalhes sobre os lançamentos da Atlas Copco e a tecnologia embarcada que apresentam. Maio/Junho 2015



Lançamento

Amostras do ano Trator de esteiras, escavadeiras e o sistema FleetGrade são os lançamentos relevantes da New Holland Construction para 2015. Mais novidades serão apresentadas durante a M&T Expo, como a escavadeira de rodas

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New Holland Construction, marca global de equipamentos de construção pertencente à CNH Industrial, apresentou seus principais lançamentos para este ano no Brasil: o trator de esteiras D180C, as escavadeiras E215C e E245C ME e o sistema FleetGrade. Resultado da associação mundial da CNH Industrial com a Leica GeoSystem, o FleetGrade permite que equipamentos como motoniveladoras, tratores de esteiras, escavadeiras hidráulicas e retroescavadeiras possam trabalhar de forma guiada, como se utilizassem um GPS, ou podem ter o controle hidráulico feito automaticamente. Já o trator de esteiras D180C é o primeiro do segmento com transmissão hidrostática com mais de 200 hp produzido no Brasil. Destaca-se por apresentar baixo consumo e maior agilidade, qualidades já reconhecidas nos modelos D150B e D140B. As novas escavadeiras hidráulicas chegam com as maiores caçambas da categoria, com capacidade de até 1,7 metro cúbico e o mais novo sistema de dentes SmartFit, patenteado, com tecnologia de travamento, facilidade de instalação e substituição. A E215C é uma evolução da linha para atender à faixa de 21 toneladas, que concentra grande parte das vendas de escavadeiras. Já a E245C ME, com cerca de 23.600 quilos de peso operacional, chega para atuar em aplicações severas para os equipamentos da faixa de 21 a 24 toneladas ou aplicações tradicionais nas quais a produção máxima é atingida para uma máquina dessa faixa.

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D180C O trator de esteiras é o primeiro do segmento com transmissão hidrostática com mais de 200 hp produzido no Brasil

E215C e E245C ME As novas escavadeiras hidráulicas chegam com as maiores caçambas da categoria, com capacidade de até 1,7 m³

Sistema FleetGrade Permite que equipamentos trabalhem de forma guiada, como se utilizassem um GPS

Escavadeira de rodas New Holland lança o equipamento na M&T Expo

Além disso, a E245C ME está equipada com um braço monobloco de 5.160 milímetros e um braço de penetração de 2.400 milímetros, além de contar com uma caçamba HD de 1,5 metro cúbico de boca larga ou até 1,7 metro cúbico de uso geral. Todo esse conjunto é reforçado com chapas de desgaste adicionais, transformando-o em uma excelente opção para trabalhos extremos como minerações. Essa configuração transforma a máquina em uma mass excavator (ME), de alta produtividade e resistência. Para Marcos Rocha, gerente de produto da companhia para a América Latina, 2015 será desafiador, mas a empresa caminha em seu processo de crescimento de forma estruturada, com investimentos em tecnologia e inovação. “Seguimos otimistas e evoluindo para sempre apresentar aos nossos clientes novidades que representem ganhos em produtividade e eficiência, assim como a redução dos custos e mais segurança para os operadores”, comenta. Com os lançamentos, o número de novos modelos apresentados pela marca na última década sobe para 52. Segundo Rocha, a linha de produção, a logística e uma série de dispositivos da fábrica de Contagem (MG) receberam modificações para produzir as três novas máquinas. Maio/Junho 2015



Apelmat 30 Anos

Extra! Extra! O primeiro informativo da Apelmat começou a circular em novembro de 1990, uma “sequência natural da criação oficial, em maio de 1985, em São Paulo, da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem”, afirmava o editorial da edição

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or que nascemos.” O título do editorial da primeira edição do Apelmat Notícias apontava não só para a apresentação do que o leitor tinha em mãos, mas para o propósito da publicação. Publicado em novembro de 1990, o informativo mensal se propunha a comunicar as reivindicações da associação, tratar de assuntos legais e técnicos de interesse do setor, apresentar informações sobre a comunidade e a atuação da diretoria da entidade, levar orientação e conscientizar, entre outros temas, sobre a política de preços de serviços. “Representamos, até agora, 15 mil empregos diretos, 8 mil caminhões, 3 mil máquinas movimentadoras de terra e 200 associados, empresários muitas vezes injustiçados, criticados rudemente, nunca lembrados de que somos parte do processo produtivo nacional, responsáveis pela primeira base física de ruas, estradas, fábricas ou escritórios, geradores de tranquilidade e segurança. É por isso que nascemos”, expunha Armando Salles dos Santos, presidente da segunda diretoria da entidade (1989-1990) e autor do editorial.

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“Apelmat Notícias está sendo uma sequência natural da criação oficial, em maio de 1985, em São Paulo, da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem. Estávamos nos ressentindo da necessidade de termos um veículo impresso que pudesse transmitir reivindicações, nossos pontos de vista como categoria econômica e a orientação devida nas questões que nos afetam. Era fundamental surgirmos. Mensalmente, este será um dos nossos pontos de encontro”, continuava o texto. A edição trazia a tabela de preços para serviços de terraplenagem e pavimentação, do índice de custos e do horário de equipamentos. A tabela também passou a ser publicada na revista Construção, da Editora Pini. O acordo foi comunicado em dezembro de 1990, na segunda edição do informativo.

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Em pauta Orientações em relação a impostos, como o ICMS, a criação do Selemat, as novas diretorias eleitas, dicas e cuidados a ter com contratos, as discussões em torno de propostas salariais, a formação de mão de obra, entre outros, foram assuntos presentes nas primeiras edições. Os rumos da economia brasileira e o impacto das políticas governamentais também tiveram amplo espaço, sempre trazendo informações de interesse do associado. Em maio de 1991, por exemplo, a edição lembrava ao associado que, desde o começo daquele ano, vigorava um congelamento de preços ao consumidor, incluindo serviços, o que atingia a tabela de preços de serviços dos terraplenadores. “Exatamente por isso ela permanece inalterada até o presente momento”, destacava a nota. O ministro da Economia havia determinado ao titular da Secretaria Nacional de Economia, Antônio Maciel, que fossem apurados quaisquer indícios de desobediência ao congelamento praticada por empresários. “Vamos agir em conjunto com as demais autoridades do governo aplicando a lei onde estiver havendo desrespeito”, declarava Romeu Tuma. A inflação foi tema do editorial de José Dias da Silva, então presidente do Selemat. “É interessante como o ser humano se adapta a qualquer situação. Com a inflação não é diferente”, escreveu em abril de 1993. Naquela época, o índice batia a casa dos 28% no Brasil, enquanto a vizinha Argentina registrava 0,8% ao mês e o Uruguai, 4%. Em dezembro daquele ano, o quadro da economia continuava o mesmo. “Esboça reações e logo volta ao normal. Nada que possa se comparar a um clima de desastre, como alguns gostam de afirmar”, pontuava o editorial. Como não poderia deixar de ser, afinal nos anos 90 o País viveu um turbilhão econômico, o tema com frequência ganhava manchetes. “Salários e contratos mudam com a URV”, destacava a edição de fevereiro de 1994. Já em setembro, a capa estampava uma notícia mais positiva – o Plano Real estava aquecendo o mercado de caminhões. “A economia brasileira e a construção civil estão em alta”, anunciava a edição de fevereiro de 1995 na capa, enquanto o editorial, mais comedido, apontava alguns resultados do plano, como o aumento da massa salarial, do PIB e do nível do emprego formal. “Tudo parece uma fábula feliz. O desafio do governo agora é garantir a sustentação à estabilização e ao crescimento da economia com medidas eficazes de alcance social. E também administrar os interesses que nos momentos de glória, ao contrário do que possa parecer, são muito mais conflitantes.”

Metamorfose Inicialmente com oito páginas, o Apelmat Notícias era impresso em preto e branco. Em novembro de 1991, o logotipo da publicação passou a carregar também o nome do sindicato. Em fevereiro de 1992, o Apelmat/Selemat Notícias, já com 14 páginas, foi reformulado graficamente e passou a contemplar mais informações de uso frequente dos associados. Em maio de 1995, o informativo começou a ser impresso em duas cores e já contava com 20 páginas. Em dezembro encerrava-se um ciclo para dar início a outro – em janeiro/fevereiro de 1996, a publicação ganhou novo corpo como Revista Apelmat/Selemat. www.apelmat.org.br

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Brazil Road Expo

Visão panorâmica A Brazil Road Expo apresentou diversas soluções voltadas para o setor de infraestrutura viária e rodoviária, além de fomentar debates técnicos, políticos e estratégicos. A Apelmat promoveu o Seminário Apelmat/Selemat de Equipamentos & Rental

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quinta edição da Brazil Road Expo, dedicada ao setor de infraestrutura viária e rodoviária, realizada em março, em São Paulo, registrou resultado positivo ao seu final. Nos três dias, a feira recebeu a visita de 6,1 mil profissionais, entre congressistas e visitantes, que tiveram acesso às novidades de alguns dos principais fabricantes e distribuidores de máquinas e equipamentos, bem como novas tecnologias voltadas para a construção de viadutos, pontes e túneis, drenagem, pavimentação (em asfalto e concreto), geotecnia, projetos, sinalização e gestão da malha viária e rodoviária. De acordo com o gerente comercial da Brazl Road Expo, Fernando Merida, o evento deste ano superou as adversidades impostas pelo “mau humor” do mercado e foi um sucesso. “Além da variedade de produtos que as empresas apresentaram, o programa de conferências proporcionou um alto nível de debates técnicos, políticos e estratégicos”, ressaltou.

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Para Marcus Welbi, presidente da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar Comprimido (Apelmat), “a Brazil Road Expo impulsiona a busca por soluções”. A exemplo das edições anteriores, a feira contou com um extenso programa de conteúdo, com diversas palestras divididas em nove diferentes programas.

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Brazil Road Expo

A Apelmat, além de capitanear a ilha da linha amarela no centro de exposições, promoveu o Seminário Apelmat/Selemat de Equipamentos & Rental. No painel de abertura, Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e secretário da Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc), falou sobre o cenário atual do mercado de locação de equipamentos para construção civil, infraestrutura e mineração.

Cenário incerto de investimentos Antes da Operação Lava-Jato, havia R$ 458,9 milhões aplicados em obras de infraestrutura em andamento. Apesar da cifra vultosa, o Brasil poderia – e deveria – empregar mais recursos. O valor investido, considerando os últimos cinco anos, corresponde a 1,57% do PIB por ano. “É vergonhoso diante do tamanho do nosso País e dos impostos que pagamos. E o que efetivamente o Brasil tem que fazer é obra.”

O executivo apresentou dados econômicos comparativos para pontuar que o País cresceu e a indústria, o comércio, os locadores e toda a cadeia acompanharam esse crescimento. Novos fabricantes, crédito a longo prazo, câmbio atrativo e a entrada dos importados contribuíram para expansão do setor. Como resultado, o número de empresas locadoras aumentou, assim como a frota disponível. “Estima-se que só na linha amarela o mercado de locação disponha atualmente de 30 mil equipamentos com vida útil de até seis anos”, contabilizou. De 1994 a 2011, os preços subiram 300% e o suprimento de moeda em circulação cresceu 14 vezes. “Essa diferença é um indicativo de quanto a produção do País cresceu”, pontuou. Em 1994, o PIB era de US$ 550 bilhões e, em 2011, de US$ 2 trilhões. Nesse intervalo, o PIB quadruplicou. “O que isso tem a ver conosco? Quando a economia cresce em tamanho, temos mais facilidade em adquirir bens e expandir.” E um detalhe: nesse período, não sentimos a inflação. O contexto econômico no passado recente, porém, não foi tão vigoroso. Observa-se que em 2007 e 2008 o crescimento foi acima de 5%. Mas em 2009, mesmo com uma expectativa positiva, houve queda. E, em 2010, registrou-se crescimento de 7,5%. Nos anos que se seguiram – de 2011 a 2013 –, a média foi de 2%. “Nesse período, o governo ajudou a indústria com o PAC das máquinas”, lembrou. Enquanto isso, os locadores aumentaram a ociosidade. “O governo errou a mão; nunca fomos chamados para conversar.” Por fim, como todos sentiram, 2014 foi um ano complicado, “difícil de ser recuperado em 2015”.

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Havia a previsão de empregar R$ 429,1 bilhões para obras em projeto e intenção, com previsão de data de início – pelo menos no papel e nas licitações – e R$ 281,4 bilhões para obras em projeto e intenção sem previsão de data de início. Com a Operação Lava-Jato, a tendência é de mudança nesse prognóstico. A baixa (ou nula) aplicação de recursos leva à fragilidade das empresas, falta de capital de giro, depreciação de ativos, queda nos preços, crédito restrito, concorrência favorável ao cliente, inadimplência, possibilidade de empresas deixarem o mercado. Enfim, à crise instalada. “Hoje, o dia a dia do locador não é no canteiro de obra, mas na empresa lutando para manter o negócio”, falou Daniel. Equilibrar as finanças e a gestão passa a ser o grande desafio presente. Na visão de Daniel, para atravessar a fase atual é preciso adequar o custo ao faturamento, eliminar a improdutividade da equipe e da estrutura (pensar primeiramente no negócio), reavaliar investimentos já consolidados em uma nova realidade, valorizar a carteira em operação, ter cuidado com empréstimos (afinal, os juros são altos) e preservar a credibilidade da empresa no mercado. “O momento é de estabilizar com segurança; não de avançar”, finalizou.

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Brazil Road Expo

Foco em negócios De acordo com pesquisa feita pela Clarion Events, organizadora da Brazil Road Expo, quase 90% dos profissionais visitantes participam do processo de decisão nas organizações onde atuam. Cerca de 32% ocupam cargos como presidente, CEO, diretor e superintendente, e 36% estão em posições como a de gerente, chefe e coordenador. Pela primeira vez presente no evento, o engenheiro Carlos Sonvesso, da empresa maranhense Construeng, que atua na construção civil viária e rodoviária há 20 anos, elogiou a estrutura e diversidade dos produtos apresentados. “Vim por indicação de um amigo. De fato, seguindo suas dicas, encontrei aqui excelentes oportunidades para implementar nos projetos em que atuo”, afirmou. “É uma oportunidade de trocar experiências, difundir conhecimento sobre novas tecnologias e novos equipamentos”, disse o diretor de operações e engenharia da Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer), Ricardo Salles de Oliveira Barra. - Para o coordenador de obras da Prefeitura de São Paulo, Juarez Picerni, o importante na feira foi a apresentação de novas tecnologias. “Principalmente na parte de pavimentação e infraestrutura urbana, que é o que viemos buscar aqui. Com relação aos equipamentos, há algumas novidades interessantes que eu ainda não conhecia”, disse. Assim como nas edições anteriores, a Brazil Road Expo trouxe para São Paulo empresas nacionais e internacionais, com produtos destinados às mais variadas aplicações. É o caso da LDA Tanques, que, ao participar do evento pela quarta vez, mostrou sua usina de asfalto móvel e o distribuidor de agregados.

“Ao longo dos três dias, conseguimos fazer bons contatos que poderão nos render frutos em breve”, relatou gerente regional da empresa, Rodolfo Bitner. Para o engenheiro Paulo Pinto, da Pavesys, companhia que atua na engenharia de pavimentos, participar da feira é estratégico para o crescimento. “Primeiro pela sua grandeza e representatividade na América Latina, portanto, um ótimo lugar para promover nossos serviços. Segundo por estar em São Paulo, centro econômico do País, local ideal para prospectar e visitar clientes”, ressaltou. “O público que vemos aqui é qualificado, nos interessa e está em busca de melhorias. Então, para nós, foi uma oportunidade de divulgar as soluções em segurança rodoviária, uma área em que o Brasil é bem 'careta'”, destacou o engenheiro Jorge Constante Gavranic, da Armco Staco, que é também presidente da Associação Brasileira de Segurança Viária (ABSeV). Segundo o supervisor-geral da Margui Engenharia de Equipamentos, Marcelo Silva, o foco da empresa não foi apenas o fechamento de negócios, mas prospectar novos clientes. “Por ser um evento internacional, consideramos a Brazil Road Expo o local ideal para colocarmos em prática nossa estratégia de expansão.” “Esta é uma feira que dá visibilidade ao nosso mercado porque é onde encontramos todos os clientes do setor, empresas, consultores, projetistas e órgãos públicos”, contou Osvaldo Tuchumentel Junior, diretor da Betunel Asfaltos. Não é por acaso que a Brazil Road Expo foi a vitrine escolhida para divulgar a criação do Grupo GV, fruto da fusão das empresas Betunel, Greca Asfaltos e outras.

Em 2016... A próxima edição da Brazil Road Expo já tem data e local definidos: será realizada de 29 a 31 de março do ano que vem no pavilhão São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo.

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Evento da Shark M谩quinas

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Rodada de Neg贸cios Rekom e Divepe

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(11) 3340-7555 (51) 3041-9100 (11) 3525-8700 (11) 2141-1700 (11) 3782-7474 (11) 2952-8752 (11) 2413-3139 (11) 5513-4681 (11) 5061-7028 (11) 2409-4344 (11) 3621-4190 (11) 7846 2358 (11) 3776-7480 (11) 3609-6591 (11) 3977-4030 (13) 3222 8004 (11) 3637-1315 (11) 3637-1315 (11) 4448-1891 (11) 7808-5610 (11) 3079-8506 (11) 3079-8506

Veron Rodrigues Veron Rodrigues Leandro Ricardo Fonseca Luiz Monteli Dr. Luiz Fernando

www.dalterra.com.br atendimento@saluter.com.br www.fogacamaquinas.com.br simone@novakgouveia.com.br www.comercialrodrigues.com veron@brautomotiva.com veron@brautomotiva.com rodalinkvendas@gmail.com comercialsp2@perfproeletro.com.br info@monteliseguros.com.br ifmmacedo@martinsmacedo.com.br Peças

56

APELMAT - SELEMAT

Locação e Terraplenagem

Página 61 62/63 64/65/66 67 68 68 69 70 70 71 71 72 72 73 74 74 75 75 76 77 79 79 Serviços

Maio/Junho 2015



Agenda Apelmat REUNIÃO DE DIRETORIA

EXPO APELMAT DATAS

EMPRESA

DATAS

02 de junho 16 de junho 07 de julho 21 de julho 04 de agosto 18 de agosto 01 de setembro 15 de setembro 06 de outubro 03 de novembro 17 de novembro

Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva

18 de junho 13 de agosto 10 de setembro 08 de outubro 05 de novembro 03 de dezembro

RODADA DE NEGÓCIOS DATAS

EMPRESA

14 de julho 11 de agosto 08 de setembro 13 de outubro 10 de novembro

Machbert e Rodalink Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva

PALESTRAS DATAS

PALESTRANTE

23 de junho 28 de julho 22 de setembro 27 de outubro 24 de novembro

BNDES Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva Faça sua reserva

CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS com Oswaldo dos Santos Junior

DATAS

FEIRAS DATAS

EVENTO

09 a 13 de junho 26 a 28 de agosto 20 a 22 de outubro

M&T Expo ConcreteShow BW Expo

MÊS

DIAS

Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

11 02 06 03 01 05 03

18 16 13 10 8 12 10

25 23 20 17 15 19 17

27 25 27 24 29 26

30 29 26 31 28

ANALOC DATAS

EVENTO

11 de junho

Congresso M&T Expo

FECOMERCIO

SOBRATEMA

58

DATAS

EVENTO

09 a 13 de junho 10 a 12 de junho

Feira M&T Expo Congresso M&T Expo

APELMAT - SELEMAT

DATAS

EVENTO

15 de junho 29 de julho 17 de agosto 24 de agosto 14 de setembro 28 de setembro 19 de outubro 26 de outubro 16 de novembro 07 de dezembro 14 de dezembro

Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião Plenária (coquetel)

Maio/Junho 2015


APELMAT

CURSOS APRESENTAÇÃO Curso de operador de máquinas: Com o docente Oswaldo dos Santos Junior Reg. MTB SP/006609-5

DATAS MÊS

DIAS

Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

11 02 06 03 01 05 03

18 16 13 10 8 12 10

25 23 20 17 15 19 17

27 25 27 24 29 26

30 29 26 31 28

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ASPECTOS GERAIS 1-Operacionalidade a)Movimentação de cargas; b)Trabalho próximo a linhas elétricas; c)Trabalho de escavação/tubulação; d)Raio de operação; e)Manutenção corretiva e preventiva. 2-Segurança a)Raio de operação da máquina em relação a segurança; b)EPIs e sua utilização; c)Sinalização d)Atos e condições de não conformidade; e)Seguir as orientações dos técnicos responsáveis pela obra; f)Visão geral de norma regulamentadora, NR 06, 11, 12, 18 e 26; g)Ter conhecimento do local de trabalho. 3 – Direção Defensiva a)Conhecimento de leis; b)Negligência; c)Imprudência; d)Imperícia; e)Atenção; f)Habilidade; Simulador de escavadeiras g)Ação; Apresenta situações do mundo real, perigos do h)Descanso; local de trabalho, violações de segurança, i)Direção e álcool sinais de mão e os controles da máquina


Classificados

Setor de Peças Empresa

Página

ITR

61

Ecoplan

62/63

Everton

64/65/66

Sevilha

67

Setor de Locação e Terraplenagem Empresa

Página

Metragem

68

Luna

68

Montena

69

AF

70

Monte Verde

70

Seixo

71

Romana

71

Dalterra

72

Saluter

72

Faça sua reserva com nosso departamento! (11)

3722-5022

Celular Marcos Dechechi

(11)

99915-9713

Setor de Serviços Empresa

60

Página

Fogaça Máquinas

73

Novak Gouveia

74

Comercial Rodrigues

74

Kleenoil

75

Purifilt

75

Rodalink

76

Pró Eletro

77

Monteli Seguros

77

Martins Macedo Advogados

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PEÇAS

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Classificados

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Classificados

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PEÇAS

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PEÇAS

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LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM

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LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM

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Classificados

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LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM

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LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM

Classificados

Rua Cachoeira do Sul 412, Vila Jaguara - São Paulo / SP (11) 3621-4190 / (11) 3621-5283 / (11) 99904-4052 (Chacrinha)

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Classificados

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LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM

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