Edição 166 - Novembro/Dezembro 2015 www.apelmat.org.br
SELEMAT
Sem dúvidas! Como conseguir capital para dar impulso à empresa e alcançar planos e metas: as respostas para as dez dúvidas mais comuns
Entrevista
Obras
Até onde nossos olhos alcançam: Maílson da Nóbrega traça um panorama da economia brasileira
Em retrospectiva e em perspectiva: como foi 2015 e o que esperar para o futuro próximo
Edição 166 - Novembro/Dezembro 2015 PÁGINA
Editorial
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Juntos somos mais fortes
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Reportagem de Capa
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Obras PÁGINA
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Canal Aberto PÁGINA
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Inspire-se
Opinião PÁGINA
Selemat
Internacional
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Entrevista
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Social PÁGINA
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Agenda Apelmat
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Classificados PÁGINA
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Novidades, tecnologias e tendências para o setor de meio ambiente foram apresentadas na feira
O que esperar para o futuro próximo?
Lançamento
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Tabela
Planejamento, atenção e competência na gestão operacional e dos recursos são essenciais para a manutenção correta dos equipamentos
Especialistas dão dicas para reduzir perdas por inadimplência
BW Expo
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Os motivos para buscar recursos financeiros podem variar, mas muitas dúvidas são comuns. Dez delas são respondidas por três especialistas
Manutenção e Mercado
Gestão e Negócios PÁGINA
Destaques em terraplenagem, construção civil, infraestrutura, obras públicas e gestão
Cenário
Atlas Copco apresenta nova linha de compressores de parafuso rotativo lubrificado GA 90+-160 e GA 132-160 VSD
Dificuldades e oportunidades
Livros, filmes e séries podem dar bons insights, lições sobre gestão e muita inspiração para conduzir a empresa no dia a dia
Colaborador engajado atua como “dono do negócio”
Parcelamento tributário de empresas em recuperação judicial
Debate sobre ética: discurso versus atitude
Para o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, o Brasil está longe da decadência que vem sendo anunciada
Confira os eventos dos últimos meses
Acompanhe a programação da associação para 2016
As melhores ofertas de serviços e equipamentos
Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem
Expediente Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Vice-Presidente - José Antonio Spinassé Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão Vice-Presidente - Hilário José de Sena Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Secretário - Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito Superintendente - Luiz Antônio Sanches Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018 Diretor Adjunto - Eduardo Alperovich Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018 Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel Conselheiro - Antonio Augusto Ratão Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria Conselheiro Consultivo - Maurício Briard Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide
SELEMAT Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Secretário - Wanderley Cursino Correia Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro Suplente de Diretoria - José Ayres Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide Delegado Suplente - Maurício Briard Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho Superintendente - Luiz Antônio Sanches
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Editorial Juntos somos mais fortes A desaceleração da economia brasileira, as políticas públicas dos investimentos em infraestrutura e o período eleitoral fizeram de 2014 um ano que não deixou muita saudade. E 2015 parece ter o mesmo final. Economia abalada, instabilidade no campo político, Operação LavaJato e outras circunstâncias deixaram sua marca em mais um ano difícil para o setor. O Brasil, na esfera pública e privada, carece de boa governança e ética, assim como precisa de investimentos em áreaschave para seu crescimento. A esperança, que dizem ser “a última que morre”, é a de que dias melhores virão. Talvez não em 2016, como alguns especialistas já preveem, mas chegarão. Afinal, o Brasil é um país de oportunidades. Como bem disse Maílson da Nóbrega, economista e ex-ministro da Fazenda entrevistado nesta edição, os principais problemas estruturais do País estão mapeados e existem excelentes ideias sobre como atacálos, à espera de uma liderança transformadora. Sabemos que a recuperação de nosso setor depende de uma solução da atual crise política, do restabelecimento do crescimento econômico e do investimento. Enquanto a luz no fim do túnel parece estar longe, precisamos nos preparar para enfrentar – e sobreviver – a um período penoso de baixo crescimento da economia e da demanda do mercado. Encontrar oportunidades em meio a dificuldades passa pela inovação, seja revendo processos, custos, métodos de operação, mercados de atuação etc. Na busca por fazer mais com menos, algumas ideias novas – e criativas – podem surgir. E é preciso seguir adiante, incentivando a unidade e a participação associativa. Afinal, juntos somos mais fortes e vamos mais longe. Mantendo o foco em sua missão, sua visão e seus valores, a Apelmat, juntamente com o Selemat, continuará o trabalho no próximo ano para beneficiar os associados e com eles enfrentar este período de baixo crescimento da economia e da demanda em nosso segmento, vencer os desafios e avançar em meio à tempestade.
Boa leitura! Luiz Antônio Sanches Superintendente da Apelmat e do Selemat
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Cenário
Tempo de mudanças “Brasil não recuperará sua economia sem o ajuste fiscal e sem atacar problemas estruturais”, diz Maílson da Nóbrega
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ex-ministro da Fazenda, economista Maílson da Nóbrega, participou do evento estratégico Tendências no Mercado da Construção, promovido em novembro, em São Paulo, pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Para ele, os desafios enfrentados pela economia nacional devem continuar no próximo ano, e a situação pode ficar pior caso o governo federal não consiga aprovar as medidas de ajuste fiscal. “Isso provocaria novos rebaixamentos da classificação de risco do País e novas quedas de confiança e de investimento, reduzindo ainda mais a atividade econômica”, explica. A expectativa para este ano é de recessão, com queda de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2016, Nóbrega estima que o percentual de retração seja menor, de aproximadamente 1%. “Neste momento, não há como sair da recessão. Ela foi determinada por eventos anteriores, particularmente pelos erros da política econômica e do intervencionismo do primeiro mandato do governo da presidente Dilma Rousseff”, avalia. No entanto, Nóbrega analisa que o governo está tentando, com a orientação trazida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, criar condições para voltar a crescer em
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2016. E tem acertado em algumas medidas, como o abandono da nova matriz macroeconômica do primeiro mandato, a correção de preços administrados nas áreas de combustíveis e energia, o estancamento das transferências do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a revisão das desonerações tributárias e as primeiras medidas estruturais, que incluem a revisão das pensões por morte e das regras do segurodesemprego. “Seja como for, o Brasil não recuperará sua economia sem o ajuste fiscal e sem atacar problemas estruturais, que são essenciais para restaurar níveis de produtividade que elevem o potencial de crescimento”, conclui. O Tendências no Mercado da Construção contou ainda com apresentação da economista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria Integrada, que fez uma avaliação sobre as perspectivas do mercado da construção, e do consultor Brian Nicholson, que trouxe informações sobre o setor de equipamentos para construção, com dados sobre vendas de equipamentos neste ano e expectativas para 2016 (veja notícia nesta edição). Na ocasião, foi lançado o Guia Sobratema de Equipamentos 20162017, que reúne informações de equipamentos nacionais e importados para manuseio de cargas, trabalho em altura e transporte vertical, e foi entregue o prêmio “Destaque Pós-Venda 2015 – Sobratema” para as marcas mais bem votadas em cinco categorias: escavação, movimentação de carga, transporte, concretagem e pavimentação (veja notícia nesta edição). Novembro/Dezembro 2015
Cenário
Pé no freio Projeções de venda de equipamentos para construção apontam uma retração de mais de 57% em 2015. E para o próximo ano, estudo da Sobratema estima que o mercado de máquinas registrará queda de 2,1% nas unidades vendidas
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egundo dados do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, a comercialização de máquinas para esse setor deve apresentar uma queda, em 2015, de cerca de 57,8% em relação a 2014. São estimadas vendas neste ano de 26,5 mil unidades contra 62,8 mil no ano anterior. A pesquisa é elaborada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), e sua compilação e análise contam com a consultoria do jornalista e economista Brian Nicholson. A desaceleração da economia brasileira, que teve início em 2014 com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo de zero, evoluiu para a recessão neste ano, que deve registrar PIB negativo. Esse cenário afeta diretamente os investimentos públicos em infraestrutura e é o principal fator para a estimativa de retração no mercado de equipamentos para construção.
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“Acreditamos que, quando for equacionado o problema da falta de credibilidade do governo federal, haverá uma natural retomada nos investimentos na área de infraestrutura. Isso impulsionaria o nosso setor, que é caracterizado como sendo o primeiro a ser afetado quando há cortes de investimentos governamentais, mas também um dos primeiros a retomar o crescimento no momento em que os governos voltam a investir”, afirmou Eurimilson Daniel, vicepresidente da Sobratema. Novembro/Dezembro 2015
Cenário A Linha Amarela (equipamentos de movimentação de terra) sofrerá uma diminuição inferior, de 50,2%, em suas vendas em 2015 ante 2014. Os equipamentos com menor retração neste ano são as miniescavadeiras (23,7%) e as escavadeiras hidráulicas (39,6%). Já a categoria com maior queda é a de motoniveladoras (86,6%). A pesquisa contempla os demais equipamentos, como gruas, guindastes, compressores portáteis, plataformas aéreas, manipuladores telescópicos e tratores de pneus. A queda na comercialização dessas máquinas será maior do que a da Linha Amarela e do percentual geral, com 61,1% em comparação com 2014. As plataformas aéreas registrarão uma redução expressiva nas vendas, de 75,5%. Já no caso dos telehandlers (manipuladores telescópicos), a queda será de apenas 2,9%. Outra categoria que colaborou para esse resultado negativo foi a área de caminhões rodoviários utilizados na construção civil, cuja estimativa é de retração de 64,4%.
O que vem por aí Para o próximo ano, as vendas também devem sofrer uma contração, porém menor, de 2,1% em relação a 2015. A Linha Amarela apresentará uma diminuição na comercialização de 3,7% e a categoria “demais equipamentos”, de 1,7%. Apesar da baixa nos índices gerais, algumas famílias de equipamentos poderão alcançar resultados positivos, como os tratores de esteiras, os compressores portáteis e os guindastes, que deverão crescer 13,3%, 13,6% e 11,1% respectivamente. A análise leva ainda em consideração uma pesquisa com usuários e fabricantes de máquinas que mostra uma perspectiva de retomada a partir de 2017, com recuperação mais robusta até 2020, podendo até mesmo alcançar os patamares de vendas de equipamentos obtidos em 2010, quando o segmento cresceu cerca de 70%. Para isso, é necessário que alguns fatores se concretizem ao longo dos próximos anos, como a eficácia do plano de ajuste econômico e das novas concessões, a resolução da crise política e os investimentos para a renovação das frotas dos usuários.
Um imbróglio chamado ISS Com mais de 16 anos de atuação no mercado financeiro, sendo seis deles voltados para a área jurídica, o escritório Nunes Advogados atua fortemente na área tributária. Especialista no assunto, o advogado Marçal Machado Nunes lembra que, no que diz respeito a empresas de locação de equipamentos, foi definido em súmula que não é constitucional a cobrança de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre operações de locação. “Com grande dificuldade de entendimento, haja vista a municipalidade querer cobrar e o contribuinte querer evitar o pagamento (pelas vias legais), as empresas acabam cometendo o equívoco de emitir documentos (notas fiscais ou faturas de locação) contrariando a norma preestabelecida”, afirma. Por isso, toda cautela é pouco. “O empresário precisa ser bem assessorado. Ouso afirmar que alguns profissionais deste setor pouco sabem sobre a não incidência de ISS na locação de máquinas e equipamentos.” O primeiro cuidado a tomar é fazer uma pesquisa com um profissional conhecedor do assunto (locação de equipamentos). O segundo, claro, é com a emissão da nota fiscal. “Locação é uma coisa e serviço, o que inclui mão de obra, é outra”, destaca. “Se a empresa emitir uma nota fiscal do valor total da contratação (contrato de locação de máquinas com operador), ela estará cometendo o erro de juntar serviço com locação, ou seja, o imposto sobre serviço será do total do contrato, quando na verdade deve ser apenas da mão de obra, que efetivamente e nos termos da lei é serviço. O restante é locação, que por sua vez não é fato gerador da taxa”, detalha. Outros impostos também merecem atenção. “Há um grande debate sobre o PIS/Cofins, pois, como no ISS, há casos de apuração de tributo de forma equivocada. Isso ocorre porque algumas empresas recolhem pelo faturamento ou pela receita bruta. Assim como o ISS, deve ser avaliado caso a caso”, orienta.
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Cenário
CTR eletrônico: sistema inadequado C
om o objetivo de agilizar a troca de informações entre o poder público e os operadores autorizados que prestam serviços de coleta e transporte de resíduos da construção civil e, também, o rastreamento de entulho para combater o descarte irregular, a Secretaria de Serviços, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), começou a implantar o Controle de Transporte de Resíduos (CTR) no formato eletrônico na cidade de São Paulo. Antes impresso, agora o CTR passou para a via eletrônica. Com uma senha, o documento pode ser emitido em qualquer lugar. O transportador deve acessar o sistema on-line com o registro referente ao seu cadastro na Amlurb e preencher o CTR com todas as informações referentes ao gerador e à unidade de destinação antes da colocação da caçamba no gerador ou transporte de RCC. Os CTRs eletrônicos são baixados imediatamente, via internet, pelas áreas de destinação no ato da descarga. Se não forem baixados, são bloqueados e o transportador fica sujeito às sanções previstas nas Leis 13.478/2002 e 14.803/2008. Os problemas começaram, porém, logo que o sistema entrou em operação, no início de novembro. Um deles é justamente a dificuldade
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em descarregar o resíduo e dar baixa no sistema. “Ao ligar no Aterro Itaquareia, por exemplo, o transportador fica sabendo que não consegue entrar com o caminhão e dar baixa porque o local não está apto”, explica Marcus Welbi Monte Verde, presidente da Apelmat e do Selemat. “Em uma das duas audiências públicas das quais participamos para tratar do tema, o prefeito Fernando Haddad ligou para o aterro na nossa frente e constatou a veracidade do problema.” Sem ter como descarregar, não há como dar baixa, e a multa corre em 24 horas. “O que conseguimos até agora é a suspensão da multa por 90 dias. Nesse período, o CTR impresso continua válido e o sistema deve ser ajustado. Se depois disso ele não funcionar adequadamente, a suspensão é prorrogada por mais 90 dias”, diz Welbi. Outra crítica diz respeito à forma de acesso. “A senha usada é a mesma para tirar a nota fiscal eletrônica. Isso não é seguro”, destaca. O tratamento dado ao transportador que atua no setor de terraplenagem também é alvo de reclamações “O volume de resíduo que movimentamos é muito maior do que o grupo de caçambas transporta. E nessa regulamentação fomos colocados no mesmo pacote, sem que nossas particularidades tenham sido consideradas”, destaca Welbi. “A Apelmat é a favor dessa normativa que regulamenta a destinação dos resíduos da construção na cidade. O problema é a forma como foi criada. Os transportadores não foram consultados previamente e o sistema foi implantado sem um período de testes – por exemplo, de seis meses – a fim de que as correções necessárias fossem detectadas e feitas antes da efetiva implantação”, completa. Novembro/Dezembro 2015
Cenário Destaques do pós-venda O Núcleo Jovem da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) divulgou as marcas mais bem votadas do projeto Destaque Pós-Venda 2015 – Sobratema durante o evento estratégico Tendências no Mercado da Construção, realizado em novembro na cidade de São Paulo. Entre os homenageados que conquistaram a melhor votação estão a Caterpillar, na categoria Equipamentos para Terraplenagem; a Sandvik, em Equipamentos para Perfuração; e a Schwing-Stetter, em Equipamentos para Concreto. Os coordenadores do projeto, Antonio Miranda e Bruno Marques, entregaram os troféus como forma de reconhecimento para Eduardo Freitas e Ricardo Fonseca (Caterpillar), Edison Rocha (Sandvik) e Rogerio Sousa e Quintino Melo (Schwing-Stetter). As empresas também receberam um selo para utilizar em seus materiais de divulgação. Para a definição das marcas mais bem votadas, um questionário foi enviado para empresas e profissionais associados à Sobratema, que avaliaram a qualidade dos serviços de pós-venda em quesitos como atendimento, (incluindo orçamento, prazo de entrega e garantia), qualidade (no que diz respeito a serviços e peças de reposição) e documentação de apoio (manuais, catálogos e boletins técnicos).
Destaque Pós-Venda: Caterpillar
Destaque Pós-Venda: Schwing-Stetter
Destaque Pós-Venda: Sandvik
Rumo ao mercado sul-americano A RCO adotou várias estratégias para manter seu crescimento em 2015, estimado em 20%, como a ampliação de sua fábrica e o lançamento de novos produtos com foco em mobilidade. Com a marca já consolidada no território nacional, a companhia traçou planos para conquistar o mercado de construção sulamericano. O primeiro passo foi a participação na Conexpo Latin America 2015, em outubro. Durante o evento, a empresa brasileira apresentou seus lançamentos, a central móvel dosadora de concreto Nomad D-20 e o silo vertical aparafusado de 70 metros cúbicos ou 98 toneladas de capacidade. Além disso, mostrou seu portfólio de centrais de concreto fixas e móveis e de silos de armazenagem. “Conseguimos alcançar nossa estratégia inicial de prospectar novos parceiros e nos posicionarmos como exportadores diferenciados”, afirma Carlos Donizetti de Oliveira, diretor da RCO.
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Cenário Titan Pneus realiza palestra para associados Em palestra promovida para os associados da Apelmat, a Titan Pneus apresentou a estratégia da companhia focada no desenvolvimento de inovações nas linhas de pneus para o setor industrial e OTR (fora de estrada), e na facilidade da prestação de serviços de assistência técnica personalizada aos clientes.
O evento permitiu a troca de experiências entre os empresários e a equipe da Titan Pneus, visando à efetivação de um projeto de cooperação nas áreas de vendas e orientação técnica sobre a melhor aplicação do portfólio de produtos e serviços. Emydio Gaio, responsável de desenvolvimento da marca no Brasil, chamou a atenção para o crescimento da oferta de novos modelos e medidas para atender às demandas da indústria de máquinas. Marcus Welbi Monte Verde, presidente da Apelmat, avaliou como positiva a iniciativa de buscar aproximação com os associados e conhecer melhor as reais necessidades em relação aos pneus. “A Titan mostrou que está trabalhando de maneira focada desenvolvendo mais de uma centena de novas medidas e modelos de pneus, produtos que podem atender a demandas específicas do cliente final de diferentes perfis e tamanhos.”
Mapa do planejamento Para ajudar o empresário na condução e organização de seus negócios, o Sebrae-SP lançou o Planeja Fácil Digital, ferramenta simples e de fácil utilização. Como um mapa de planejamento, ele é um quadro de apoio para que o empresário possa traçar um roteiro completo para pensar e organizar seus negócios e pôr em prática as ações necessárias para atingir seus objetivos. A ferramenta, que já existia na versão impressa, agora está disponível digitalmente. “A lógica de pensamento é a mesma da versão impressa e possibilita ao empresário visualizar o planejamento de uma operação, fazendo a avaliação de resultados. Uma vantagem da interface digital é poder acessar o conteúdo a qualquer momento, além de salvar diversos planejamentos em uma única plataforma”, explica Renato Fonseca, gerente do Sebrae-SP. O material impresso ainda estará disponível, porém empresários que preferem trabalhar por meio de tablets, notebooks ou mesmo pelo celular poderão contar com a nova interface. Quem tiver interesse deve acessar o link http://planejafacil.sebraesp.com.br/ e incluir o CNPJ da empresa para download da ferramenta. Mais informações em www.sebraesp.com.br ou pelo 0800-570-0800.
Baixas na construção pesada O Sindicato da Indústria da Construção Pesada de São Paulo (Sinicesp) registrou queda no nível de emprego de 1,18% em outubro. As empresas do setor empregavam 108.454 trabalhadores. No mesmo período do ano passado, o número de vagas ocupadas era de 119.934. No acumulado de 12 meses, a baixa é de 9,57% – foram 11.480 demissões no período. O setor registrou baixas significativas em sete meses, e em outros cinco houve apenas ligeiras altas, denotando estabilidade. “Foram dois os principais motivos que levaram a essa queda constante: atraso de pagamentos pelos serviços prestados por parte dos órgãos contratantes e falta de novas licitações que trouxessem mais obras para o setor”, explica o gerente do departamento de relações institucionais do Sinicesp, Carlos Alberto Laurito, que ressalta que a perspectiva para os próximos meses é de mais demissões. 16
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Cenário John Deere investe em expansão Como parte da consolidação dos investimentos no Brasil e para atender às necessidades de seus clientes com eficiência, a John Deere inaugurou a ampliação do Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, em Campinas (SP). A área dobrou de tamanho: passou de 40 mil para 74,5 mil metros quadrados.
Com a expansão, que contou com participação da Bresco Investimentos, o espaço ganhou um Centro de Treinamento destinado à capacitação de concessionários, distribuidores, funcionários e clientes. Os investimentos fazem parte de um plano de médio e longo prazo da companhia no Brasil, com valores que ultrapassaram US$ 200 milhões nos últimos cinco anos, em todas as divisões em que atua. “A ação reforça o objetivo da John Deere em oferecer soluções integradas ao mercado por meio do melhor desempenho, garantindo disponibilidade e produtividade dos equipamentos, que contam com tecnologias de última geração. É mais uma demonstração de como a John Deere acredita no potencial do País”, ressaltou Ilson Eckert, diretor de operações de peças para a América do Sul.
Ano de crescimento no pós-venda A Auto Sueco São Paulo, concessionária exclusiva de ônibus e caminhões Volvo, comemora o crescimento do pós-venda e comércio de seminovos. Ela superou em 2015 a marca de quase 3 mil contratos em planos de manutenção, o que equivale a 63% dos caminhões comercializados pela marca. De 2014 a 2015, o grupo registrou um incremento de 27,7% no número de adesões de clientes a esses planos, a exemplo do Plano de Manutenção Ouro do programa, direcionado à manutenção preventiva e atendimento personalizado de caminhões, que pode contribuir com até 17% de economia na operação dos veículos.
“Por meio dessas ações, sobretudo as direcionadas ao nosso pós-venda, conseguimos mostrar aos clientes a vantagem financeira de organizar a revisão da sua frota, sabendo com antecedência todos os custos. Por outro lado, essa fidelização nos permite prever o fluxo de revisões e nos concentrarmos para oferecer ainda mais qualidade em nossos serviços e produtos”, comemora Augusto Ramos, diretor de pós-venda.
China de olho no Brasil No começo de novembro, o presidente geral do Grupo XCMG, Wang Min, acompanhado de outras autoridades da empresa, esteve na fábrica em Pouso Alegre (MG). O objetivo principal da visita foi o estreitamento da relação entre Brasil e China, o estudo do mercado brasileiro e a definição de novas estratégias. Como a China está cada vez mais focada em investir no Brasil e trazer novas oportunidades, o presidente do grupo quis analisar a evolução da XCMG Brasil Indústria e também a economia do Estado e da cidade. O prefeito de Pouso Alegre, Agnaldo Perugini, apresentou os projetos de melhoria para o crescimento e desenvolvimento de Pouso Alegre. Wang Min também se reuniu com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, para discutir o planejamento em relação ao crescimento da economia do País e do Estado, e prospectar novos investimentos. 18
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Reportagem de Capa
Socorro financeiro No momento em que o cinto aperta – ou quando se planeja o crescimento da empresa –, uma saída é recorrer a recursos externos. Consultamos três especialistas para responder a dez perguntas sobre o tema
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s motivações para a busca de recursos financeiros podem variar, indo de formar capital de giro e incrementar a produtividade da empresa até levar a cabo planos de expansão, passando por reduzir os custos de capital. Os objetivos podem mudar, mas as dúvidas e o “friozinho na barriga” ao pesar a decisão de assumir financiamentos são comuns à maioria dos empreendedores.
Davi Jeronimo, do Sebrae-SP “Antes de procurar uma instituição de crédito, o empresário deve fazer um planejamento estratégico e financeiro”
Para mostrar que a obtenção de recursos não é um bicho de sete cabeças, apesar de parecer, a Revista Apelmat/Selemat conversou com três especialistas no assunto – o consultor do Sebrae-SP Davi Jeronimo, o superintendente executivo da Caixa Econômica Federal Sérgio Cançado e o professor de finanças da Fundação Vanzolini Roberto Lima – e submeteu a eles as dez principais dúvidas que rondam os empresários. As respostas, que funcionam como uma miniconsultoria, você confere a seguir.
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Reportagem de Capa 1. Quando é hora de procurar bancos ou investidores externos para a empresa? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP As empresas podem utilizar financiamentos de fornecedores, diminuir prazos de vendas, trabalhar com estoques de segurança e aplicar bem sua margem de lucro em investimentos. Só depois disso deverão buscar crédito no mercado. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini Uma companhia procura recursos externos quando suas necessidades são superiores ao lucro e aos recursos que os sócios queiram aportar na empresa. Na prática, ela também pode solicitar empréstimos para reduzir seu custo de capital. Companhias bem capitalizadas e com bom retorno operacional podem acessar financiamentos a custo inferior ao custo dos recursos próprios dos acionistas e, desta forma, aumentar o retorno obtido pelos sócios (processo conhecido como alavancagem financeira). Exemplos são os projetos de investimento em infraestrutura e em concessões, nos quais uma empresa busca subsídios a custos inferiores ao dos recursos próprios de seus acionistas. 2. Onde procurar recursos financeiros para impulsionar o negócio? Quais são as principais fontes e qual é a mais apropriada para a empresa? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP Bancos de varejo, que têm taxas de juros e prazo curto; instituições de fomento como BNDES, Desenvolve SP, Finep, Fapesp (com a menor taxa do mercado, carência e prazo mais longo); investidores-anjo e tradicionais; e cooperativas de créditos. O melhor empréstimo é aquele que tem baixa incidência de juros, prazo longo para pagamento e carência. Mesmo assim, a empresa vai precisar pagar o empréstimo total. Já no caso de investidores, é diferente. Eles assumem o risco do negócio para o sucesso ou para o fracasso e acabam até ajudando no modelo de negócio da empresa para ter seu capital recuperado rápido. Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal A empresa deve buscar, primeiramente, capital próprio dos sócios e acionistas. Em segundo lugar, empréstimos ou financiamentos bancários. E, na sequência, financiamento via fornecedores, linhas de fomento, que são estratégicas, ou capital de investidores ou novos acionistas. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini As companhias de capital fechado acessam o mercado de empréstimos basicamente por meio do sistema bancário. Empresas de grande porte têm como alternativa procurar recursos de investidores por meio do mercado de capitais, com a abertura de seu
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capital social. Na maior parte das vezes, estamos falando de companhias com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. Ainda que não exista valor mínimo requerido, as organizações menores têm dificuldade de arcar com os custos de se manter como empresa aberta listada em bolsa. Ao abrir o capital, a empresa se compromete com regras de governança e passa a ter seus resultados monitorados trimestralmente. Companhias menores e de capital fechado podem acessar investidores no mercado de investidores profissionais. Eles normalmente se organizam pela criação de fundos de investimentos, que, dependendo do porte, podem ser chamados de private equity (PE) ou de venture capital. Como definir a modalidade de recurso que se deve utilizar? Na escolha entre recursos por empréstimo e de investidores, a empresa tem que olhar para o investimento que está fazendo. A principal dimensão a ser observada é o risco. Para os de maior risco, aconselha-se optar por recursos de investidores (uma vez que os investidores dividem o risco) e, para investimentos de baixo risco, o ideal é utilizar recursos por empréstimo. 3. Como decidir quanto dinheiro é preciso obter? Como fazer uma captação de investimento mais eficiente? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP Antes de procurar uma instituição de crédito, o empresário deve fazer um planejamento estratégico e financeiro de pelo menos um ano para verificar quanto de capital será emprestado e qual o valor da parcela que será paga por mês. O importante é identificar onde esse dinheiro será aplicado na empresa, se é em máquinas e equipamentos, reforma de estrutura, necessidade de capital de giro, compras de produtos para o estoque etc. Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal Monte sua estratégia. O financiamento deve ser coerente com a necessidade de investimento ou de caixa da empresa. Por exemplo, evite tomar recursos de curto prazo para projetos de investimento. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini A decisão de quanto captar deve partir da premissa de um limite de endividamento. Empresas saudáveis apresentam baixo nível de endividamento. O que é baixo nível de endividamento varia de setor para setor. Para fazer uma boa captação, a companhia tem que ter um bom planejamento que permita o dimensionamento da quantidade de recursos de que irá necessitar em um prazo de no mínimo três anos. Novembro/Dezembro 2015
Reportagem de Selemat Capa 4. Qual o melhor tipo de investimento? Se já está certo de que precisa de investidor, como o empresário deve avaliar qual fonte de capital de risco é a mais adequada para o momento da empresa? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP O melhor tipo de investimento é aquele que faz a companhia crescer, aumentar sua produção, ampliar sua estrutura, modernizar seus equipamentos e aumentar o grau de tecnologia de produtos, processos e da cadeia de suprimentos. Esses investimentos possuem uma taxa de juros menor no mercado por fazerem parte da garantia. Além disso, o risco é menor para a instituição de crédito, já que a empresa está em pleno crescimento e a possibilidade de pagar o valor adquirido é maior. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini Devemse utilizar recursos de investidores para novos empreendimentos ou projetos em novas áreas de atuação, pelo fato de apresentarem maior risco. Projetos de expansão da empresa em produtos e mercados em que se atua devem ser financiados por empréstimos. 5. O que é crédito e como usá-lo de maneira sustentável? Qual a diferença entre crédito e outras formas de aporte de capital? Como usar o empréstimo a favor da empresa? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP O crédito é uma obrigação que a empresa tem com a instituição que emprestou; isso é corrigido e pago em determinado prazo. Deve ser usado com moderação, sempre em momentos cruciais da empresa: formar capital de giro – para não pagar taxas altas de juros –, comprar um equipamento e não descapitalizar a empresa, pagar esse financiamento a longo prazo e não pesar no caixa, renovar o estoque, conseguir desconto com fornecedor ou fazer uma reforma sem utilizar o capital de giro da empresa. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini O chamado crédito é a captação de recursos por empréstimo. Tem duas características básicas: prazo de devolução e custo (juros). Principalmente por ter um prazo de pagamento, o crédito tem a dimensão do risco. Para usá-lo de maneira sustentável, a empresa deve fazê-lo de forma limitada. As empresas no Brasil usam menos de 40% dos recursos de financiamento por crédito. Investimentos de baixo risco e que permitem o acesso a fontes de recursos subsidiados (agências de fomento e bancos de desenvolvimento) representam uma boa oportunidade de a empresa usar o crédito a seu favor, isto é, aumentando o retorno do investimento de seus sócios.
Roberto Lima, da Fundação Vanzolini “Negócios em sua fase inicial não devem ser construídos com base em empréstimos”
6. Se o empresário busca expandir seus negócios usando crédito em bancos, quais passos podem ajudar a planejar e organizar esse processo? Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal Ter um bom planejamento, conhecer sua empresa, montar seu plano de negócios, identificar a necessidade (capital de giro ou investimento) e manter sempre em dia demonstrativos econômicofinanceiros consistentes e confiáveis. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini Para acessar o mercado de empréstimos por meio dos bancos, a companhia deve procurar desenvolver o relacionamento com alguns deles. De preferência com mais de um banco, uma vez que o mercado de empréstimos, como muitos outros mercados, permite que um mesmo produto (recursos financeiros) possa ser cotado em diversos fornecedores. Ao mesmo tempo, ao iniciar o relacionamento com uma empresa, os bancos procuram limitar o risco e, desta forma, oferecem limites pequenos de crédito. Com o desenvolvimento do relacionamento e na medida em que se torne um cliente tradicional, a companhia tem oportunidade de crescer na obtenção de recursos com o banco. Na prática, ela deve reportar sobre seu desempenho financeiro e as oportunidades de negócios que possam ser de interesse do banco.
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Reportagem de Capa 7. Como é o processo de análise de crédito? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP As instituições do mercado financeiro, ao realizarem suas análises, classificam os chamados “Cs” do candidato ao crédito: caráter, capacidade, capital, colateral, condições e coletivo. Quanto maior a quantidade de informações organizadas e disponibilizadas pelos empresários, maior a possibilidade de conseguir financiamento. A parte mais importante é o relacionamento que a empresa tem com seu banco. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini A análise de crédito é feita principalmente a partir dos três demonstrativos financeiros básicos: o Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Normalmente, são solicitados os demonstrativos dos três últimos anos e o do ano corrente até onde tenha sido levantado. O banco irá analisar a geração de lucros que a empresa está sendo capaz de fazer por período, os investimentos necessários e o nível e a forma de endividamento. Ao analisar a geração do lucro, os bancos irão separar o lucro das operações – isto é, aquele que foi gerado sem o cômputo das despesas e receitas financeiras – do lucro final. Empresas com bom lucro operacional e com prejuízo final podem ser candidatas a empréstimos. Empresas com prejuízo no lucro operacional terão mais dificuldade de obter empréstimos.
Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal “O financiamento deve ser coerente com a necessidade de investimento ou de caixa da empresa”
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Esse processo de análise é feito por uma área de crédito do banco. A concessão do recurso, por sua vez, passa sempre por um comitê que envolve todas as diretorias do banco. Nesse momento, o proponente do crédito tem que “defender” sua proposta perante um colegiado. 8. O que é e como chegar a uma estrutura ótima de capital? Quanto é possível tomar em termos de dívida com bancos para ajudar a empresa a crescer, mas sem comprometer a operação? Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal A melhor estrutura de capital é a que apresenta o menor custo ponderado entre todas as fontes de recursos que financiam sua atividade. Compare permanentemente seus indicadores com as demais empresas do setor. Planejamento e controle são essenciais. O valor a ser tomado deve ser coerente com o caixa operacional gerado pela empresa. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini As empresas devem observar dois fatores: sua rentabilidade operacional e o nível de endividamento. O mercado considera por demais arriscadas empresas que apresentem nível de endividamento oneroso (empréstimos + leasing) superior a quatro vezes seu Ebitda/Lajida (o Ebitda é o lucro sem considerar as despesas financeiras e sem as depreciações e amortizações). Na medida em que a rentabilidade da operação seja superior ao custo dos empréstimos, a alavancagem (isto é, tomar empréstimos) é vantajosa. Outro aspecto a considerar é a manutenção de dívidas em longo prazo. Muitas empresas mantêm níveis elevados de endividamento, mas vão continuamente alongando os prazos das dívidas. A isso se chama administrar a liquidez. Empresas com alto nível de liquidez melhoram suas condições de custo dos financiamentos. Empresas cujas dívidas vencem em curto prazo têm maior pressão para negociar com seus credores. 9. Estrutura de capital: quais os erros mais comuns dos empreendedores? Quais cuidados tomar na hora de buscar financiamento para expandir o negócio e não comprometer o caixa? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP A empresa deve ter sempre como primeira alternativa levantar o dinheiro por suas próprias vendas ou pela organização de seu ciclo financeiro. Mas se essa organização não for suficiente para ajustar a situação financeira da companhia, ela pode solicitar um empréstimo para retomar os negócios.
Novembro/Dezembro 2015
Na composição de estrutura de capital, o erro mais comum é utilizar o capital de terceiros para capitalizar a empresa com juros altos e períodos curtos. Outra falha é achar que estocar produtos é saudável. Isso só se torna uma estratégia quando se trata de importação e a reposição pode demorar. Outros erros são conceder créditos sem uma política de vendas para o cliente, o que pode ocasionar endividamento de curto prazo. Nesse caso, a empresa fica sem liquidez e acaba descontando recebíveis nas instituições de crédito com juros enormes. Comprar de fornecedor à vista, ou com pagamentos em períodos menores, também faz com que a empresa tenha obrigações de curto prazo. Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal Entre as falhas, estão a má gestão e a falta de rigor com as finanças da empresa, a ausência de segregação entre as finanças pessoais dos sócios e os recursos da empresa, endividar-se excessivamente no curto prazo e escolher uma linha de crédito inadequada para a sua necessidade. Roberto Lima, da Fundação Vanzolini Os empreendedores, principalmente os iniciantes, muitas vezes entendem que conseguir recursos, mesmo que por empréstimos, pode vir a ser a solução para viabilizar seu negócio. Negócios em sua fase inicial não devem ser construídos com base em empréstimos. Principalmente aqui no Brasil, onde os custos são muito elevados (provavelmente temos a primeira ou segunda mais alta taxa de juros do mundo). Em sua fase inicial, o empreendimento tem que ser baseado em recursos dos sócios. 10. Quais as vantagens e exigências do Finame em relação a outras linhas de crédito? Davi Jeronimo, do Sebrae-SP É um produto do BNDES repassado às instituições credenciadas, geralmente bancos de fomento, para compra de máquinas e equipamentos para empresas, seja qual for o seu porte e independentemente da sua localização no País. Financia até 90% do valor do bem no Sistema de Amortização Constante (SAC), e suas prestações ficam menores a cada pagamento. As empresas devem procurar a agência em que possuam contas jurídicas e solicitar para o gerente essa linha de financiamento. São considerados produtos financiáveis máquinas e equipamentos nacionais novos, inclusive caminhões e ônibus, com índice de nacionalização em valor e peso igual ou superior a 60%, constantes no Credenciamento de Fabricantes Informatizados (CFI), do BNDES. Sérgio Cançado, da Caixa Econômica Federal As vantagens são baixa taxa de juros, grande diversidade de fornecedores, prazos adequados a investimentos, garantia do próprio objeto a ser financiado e intermediação por uma instituição financeira. As exigências são ter avaliação de risco pelas instituições financeiras, cumprir a legislação ambiental, ter capacidade de pagamento, não ter restrições cadastrais, estar em dia com as obrigações fiscais, tributárias e sociais, e o fato de o bem ser novo e de fabricação nacional.
Manutenção e Mercado
É proibido quebrar Equipamentos da Linha Amarela, quando são danificados, podem causar grande prejuízo. Por isso, a manutenção é essencial para a operação
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áquinas com problemas são uma grande dor de cabeça para o setor de construção civil – podem levar a atrasos no cronograma das obras, defeitos na execução do projeto e até causar acidentes com funcionários. Portanto, realizar a manutenção correta dos equipamentos da Linha Amarela traz a garantia de que os trabalhos serão realizados com rapidez, qualidade e com baixo custo. Mas fazer isso não é fácil: requer planejamento, atenção constante e muita competência na gestão operacional e dos recursos. Em um serviço pesado como o da construção civil, há muitas possibilidades de quebra ou de deterioração dos equipamentos. De maneira geral, sistemas hidráulicos, de combustível e transmissões são muito sensíveis ao desgaste por causa das tolerâncias apertadas entre as peças. No entanto, os pontos mais críticos podem variar bastante conforme o tipo de trabalho realizado pela máquina.
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Norwil Veloso, engenheiro mecânico “Na maior parte das vezes, a solução ‘em casa’ e com custo mais baixo está errada”
“Em obras com muita rocha, sapatas e outros materiais rodantes podem ficar defeituosos. Se o solo é abrasivo, isso acontece com as esteiras e roletes. Nos lugares com muito pó, a manutenção de filtros de ar e a contaminação dos óleos devem ser tratadas com mais atenção”, explica o engenheiro mecânico Norwil Veloso, que é autor do livro Gerenciamento e Manutenção de Equipamentos Móveis (Ed. Sobratema). A manutenção correta dos equipamentos exige, em primeiro lugar, que se faça o óbvio: obedecer às recomendações dos fabricantes escritas no manual de operação, adequando-as a situações específicas quando necessário. Com o tempo, é possível acrescentar mais itens em função de experiências da empresa com a máquina. Novembro/Dezembro 2015
Manutenção e Mercado
Silvimar Fernandes Reis, da Sobratema “O empresário deve sempre decidir se deve fazer os reparos preventivos ou trocar de máquina”
“Conforme o grau de maturidade de cada companhia, ela pode fazer planos mais abrangentes e bem elaborados”, afirma o engenheiro mecânico Silvimar Fernandes Reis, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Em relação aos reparos, os serviços básicos podem ser feitos pela empresa (seguindo, é claro, as instruções presentes nos manuais das máquinas). As tarefas mais complexas, que exigem mão de obra ou equipamento especializado, devem ficar a cargo dos representantes dos fabricantes ou de fornecedores credenciados. No entanto, muitas companhias caem na tentação de realizar qualquer tipo de manutenção com sua própria equipe, com o objetivo de poupar recursos. Essa é uma situação em que, de acordo com os especialistas, o barato sai mais caro. “Na maior parte das vezes, a solução ‘em casa’ e com custo mais baixo está errada. Os representantes sempre têm as ferramentas adequadas, o pessoal treinado e a última atualização dos procedimentos. A equipe do cliente não conta com o mesmo nível de treinamento e poderá não dispor da última atualização dos manuais. Não há sentido em competir com o mercado”, diz Veloso. “O ideal é terceirizar tudo que for possível, pois o aparente custo maior se pagará através da maior durabilidade das máquinas.” As manutenções devem ser feitas sempre tendo em consideração o ponto econômico de vida útil do equipamento (ELC), ou seja, até que momento vale a pena mantê-lo ativo na operação. “O empresário deve sempre decidir se deve fazer os reparos preventivos ou trocar de máquina”, afirma Reis, autor do livro Conversando com a Máquina (Ed. Sobratema). “A engenharia econômica é importante para que a empresa faça todo esse trabalho de forma otimizada.”
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Prevenção é tudo Fazer manutenção preventiva é a melhor forma de trabalhar com qualquer equipamento, e não seria diferente no maquinário da Linha Amarela. “Essa é a chave do bom desempenho, pois evita a ocorrência de paradas não programadas que normalmente trazem prejuízos grandes, tanto diretos quanto em relação ao cumprimento dos prazos contratuais”, diz Veloso. Para isso, é possível aplicar um grande número de técnicas, como a proativa (avaliação do óleo), por severidade (análise do consumo de combustível) e estatístico-preditiva, entre outras. Em geral, os serviços, os procedimentos e a periodicidade da manutenção preventiva devem seguir as regras escritas nos manuais. Casos críticos que forem detectados conforme a experiência adquirida durante o uso, no entanto, podem exigir que esse trabalho seja feito em intervalos menores do que os previamente determinados. Outro procedimento importante é fazer a medição periódica dos parâmetros físicos (pressões, temperaturas, vazões etc.) das máquinas com o objetivo de detectar eventuais anormalidades em seu funcionamento. A qualidade dos óleos deve ser observada com muita atenção. Evitar a contaminação por poeira, água ou outros agentes é um ponto fundamental. Além disso, eles devem ser analisados periodicamente para que possíveis problemas sejam diagnosticados a tempo e trocados na hora mais adequada possível. “Há uma metodologia, pouco aplicada no Brasil, que considera a capacidade do cárter para o cálculo do momento ideal”, diz Reis. Manter as máquinas limpas e funcionando apenas dentro da carga de trabalho estabelecida pelo fabricante também é importante para prolongar a vida útil dos equipamentos, assim como executar a lubrificação da maneira correta e nos intervalos indicados. Outra iniciativa essencial consiste em treinar os funcionários para que eles consigam trabalhar adequadamente. “Se isso não acontecer, os mecânicos sempre terão que consertar o resultado das bobagens feitas por eles. Então, o desempenho nunca irá melhorar”, afirma Veloso. Para isso, o empresário precisa em primeiro lugar detectar quais são as principais falhas no trabalho da mão de obra com o maquinário: acidente, má operação, baixa produtividade etc. “A telemetria pode e deve ser uma das fontes para definir isso, mas é muito pouco utilizada”, lamenta o vice-presidente da Sobratema. Com o problema devidamente diagnosticado, podem-se buscar orientações com fabricantes e representantes do segmento. Além disso, diversas entidades oferecem cursos de formação de operadores. Novembro/Dezembro 2015
Gestão e Negócios
Conversa franca As empresas precisam aprender a lidar com a inadimplência para evitar que as perdas se tornem uma bola de neve
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m função da crise e de uma consequente redução nos rendimentos, há quem priorize o pagamento de alguns compromissos em detrimento de outros. No atual cenário econômico crítico há, porém, os que são considerados insolventes – incluindo-se aqui até mesmo golpistas e clientes malintencionados. Em todo caso, as empresas devem encontrar a melhor forma de cobrar e, principalmente, evitar que a falta de pagamento possa prejudicar seus negócios. “Primeiro, é preciso separar o inadimplente do insolvente”, diferencia Alberto Borges Matias, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad) e doutor em finanças e marketing pela FEA/USP. Ele explica que, conceitualmente, a inadimplência é o atraso de pagamento de até 90 dias e a insolvência é o atraso de pagamento superior a 90 dias.
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João Carrijo, do Ipog Verificar o histórico financeiro do cliente com sua empresa é uma medida que contribui para mitigar o risco de inadimplência
Umas das principais armas para minimizar os efeitos do popular “calote” é recorrer a ferramentas de apoio antes da elaboração e assinatura dos contratos. As fontes de informação velhas conhecidas dos empresários são importantes para verificações de praxe, como cadastros comerciais no Serasa, SCPC etc., além de referências bancárias. Novembro/Dezembro 2015
Gestão e Negócios “Outra dica é também verificar o histórico financeiro com sua empresa, se ultimamente foi registrado algum atraso nos pagamentos. Essa medida contribui para a mitigação do risco”, recomenda o administrador João Carrijo, professor do curso Avaliação de Desempenho e Planejamento Financeiro do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (Ipog). Ambos os especialistas acreditam que o acompanhamento dos índices de inadimplência dentro da empresa é fundamental para que ela mantenha o controle financeiro. Para Carrijo, a melhor forma de fazer isso é registrar todas as operações financeiras detalhadamente, de preferência em um software de gestão financeira, e verificar mensalmente o resultado da sua cobrança comparado a um índice específico. “Para montar a taxa de inadimplência da sua empresa, basta dividir o
Alberto Borges Matias, do Inepad É preciso separar o inadimplente do insolvente
valor dos títulos não recebidos pelo valor de todas as contas (recebidas e não recebidas) de um determinado período. Com isso você consegue o percentual de inadimplência do período”, ensina. Lançar mão de lembretes e mensagens também são boas alternativas para ajudar os clientes no controle das datas de vencimento. Carrijo acredita que a melhor forma seja enviar mensagens por e-mail de cinco a dois dias antes do vencimento da fatura. “O prazo para envio tem que ser bem próximo ao vencimento para que o cliente consiga ver antes da data, de tal forma que não acabe esquecendo da mensagem. Para quem tem uma grande quantidade de clientes, essas mensagens podem ser enviadas automaticamente pelo sistema de informática”, aconselha. Já quando o título deixou de ser pago dentro do vencimento, a sugestão de Matias é fazer a cobrança. “E o lembrete deve ser feito de maneira educada, por exemplo: ‘Sabemos que você é nosso cliente antigo, confiamos em você, mas temos notado um atraso de pagamento etc.’. Assim o risco de perdê-lo é menor”, orienta. Há especialistas que orientam a ligar para cobrar o cliente já no segundo dia a partir do não pagamento da fatura, insistir no contato no décimo dia e, no décimo quinto, informar que o título será enviado para o cartório. Se nada surtir efeito, o título deve ser protestado. Entra em cena, então, o departamento jurídico. Outro ponto importante é a criação de uma política de suspensão dos serviços em caso de inadimplência.
Chaves para evitar dores de cabeça Clareza e planejamento são fundamentais para evitar prejuízos futuros. Os cuidados que antecedem a celebração de um contrato são os mesmos tanto para o locatário de pequeno porte quanto para o médio ou grande e incluem as verificações mencionadas anteriormente. Além disso, é imprescindível certificar-se de para qual obra o equipamento será mobilizado e que papel exerce o locatário. No caso de um empreiteiro global de uma obra pública (Dnit, DER etc.) ou de uma sociedade de economia mista (Petrobras, Eletrobras etc.), é importante buscar informações sobre o andamento da obra: quando começou, qual é a previsão de entrega e o valor global da empreitada e quem é o engenheiro responsável perante o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Antes de fechar o contrato, é importante questionar previamente quais são os critérios de medição, a forma e o prazo de pagamento, a existência de sistemas de integração de custos para acolhimento de notas fiscais eletrônicas (NF-e) e, acima de tudo, a carga tributária. Em relação à tributação, há leis que visam à redução de alguns encargos. Essas regras devem ser lidas e aplicadas ao contrato antes que ele seja fechado. Como as obras estão sujeitas a inúmeros fatores que podem atrasar sua entrega, o contrato deve prever regras claras do valor a ser pago pelo tempo excedente, tratar da possibilidade de retirada dos equipamentos depois de certo tempo e também definir as penalidades que possam mitigar os efeitos sobre eventuais sanções e encargos em outros contratos.
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BW Expo
Soluções para o terceiro setor BW Expo marca seu lugar no calendário de eventos reunindo mais de 100 marcas expositoras e cerca de 3 mil visitantes
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BW Expo – Feira de Tecnologias a Serviço do Meio Ambiente é a primeira que realmente pode levar o nome de “evento de sustentabilidade”, já que é a única a cobrir todas as áreas desse mercado. Durante três dias, em outubro deste ano, empresas expuseram equipamentos, produtos e serviços para água (extração, captação, tratamento, análises e distribuição), esgoto (tratamento, análise, distribuição e geração de energia), drenagem (controle de inundação, revestimento de taludes e canalização), gestão de resíduos (coleta, redução, aterro sanitário, reciclagem, geração de energia e logística reversa), energia (eólica, solar, gás, biocombustíveis, maremotriz, geotérmica e hidráulica), solo (descontaminação, tratamento, análises e monitoramento) e ar (medição, monitoramento, tratamento e análises).
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Em sua primeira edição, a feira reuniu na capital paulista mais de 100 marcas e cerca de 3 mil visitantes. Segundo os organizadores, o número de negócios gerados foi considerável e 53% dos espaços foram renovados para 2017. Novembro/Dezembro 2015
BW Expo No espaço Ilha de Equipamentos Apelmat (Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem, Ar Comprimido, Hidráulico e Equipamentos de Construção Civil), John Deere, New Holland Construction, BR Automotiva, Case Construction, Sotreq/Caterpillar, Machbert FRD Furukawa, Iveco/Vetelli e Titan Pneus do Brasil apresentaram equipamentos, serviços e tecnologia para o terceiro setor. Para Chrystian Garcia, gerente de desenvolvimento de mercados da Sotreq, é importante estar presente a fim de estabelecer parcerias comerciais. “Tivemos oportunidade de conhecer novos clientes e de estar perto dos que já conhecemos, tirar dúvidas deles, apresentar tecnologias e soluções novas ou desconhecidas por eles, e fechar negócios”, disse. A Vetelli Iveco apresentou o caminhão Iveco 90V18, de 9 toneladas. “Essa categoria representa 33% do mercado de caminhões e temos interesse nela”, comentou Jesus Rodrigues, representante comercial do concessionário. Outro destaque da BW Expo foi o lançamento do Guia de Sustentabilidade para a Indústria Plástica, desenvolvido em parceria pelo Instituto Nacional do Plástico (INP), Think Plastic Think Brazil e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O projeto, consolidado em março deste ano, consiste num entendimento integrado do cenário nacional e internacional, diagnosticando as melhores práticas de sustentabilidade do setor. Exposição e resultados A Bomag levou para a feira seus compactadores, utilizados tanto em obras de pequeno porte como na construção de vias e diques. A empresa ainda apresentou soluções especiais para a aplicação em aterros sanitários de todos os portes, entre outros usos. “As oportunidades no mercado são enormes, haja vista o potencial. Mas é preciso uma mudança de cultura e de mentalidade, que pode acontecer, em parte, pela percepção do que é ideal para que se tenha produtividade”, apontou Arthur Cassola Soldera, analista de serviços sênior da companhia. A Construrban expôs o maior caminhão compactador da América Latina, com capacidade para até 25 toneladas sem transbordo, enquanto a H2Life trouxe uma estação de tratamento capaz de transformar água doce não própria ao consumo em potável. Já a Trasix fez a compostagem de todos os resíduos orgânicos gerados na feira com um equipamento que recicla 30 kg/dia e possui uma versão residencial com capacidade para 5 kg/dia.
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“Encontramos no evento um público qualificado e direcionado para a busca de serviços”, afirmou Fulvio Farah, da ACO Soluções em Drenagem. “O público da BW Expo foi escolhido a dedo: certeiro e bem diversificado”, acrescentou Enelis Sacek, da Mais Consultoria. Viviane Zanaleto Moraes, da Tigre ADS, disse que a empresa tomou a decisão certa em participar do evento. “Acertamos na escolha da BW Expo. O visitante foi o público-alvo para a Tigre.” Monica Porto, secretária adjunta da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Governo do Estado de São Paulo, destacou o fato de que “feiras como a BW Expo fazem a diferença para o setor e são uma das ferramentas da sustentabilidade, pois têm a capacidade de divulgar o conhecimento e as novas tecnologias”. “É extremamente satisfatório ouvir esse retorno do mercado, pois foi um ano de desafios tanto para o empresariado como para a economia brasileira. Desenvolvemos a BW Expo para o mercado e pelo mercado. Por isso, sentimo-nos recompensados em acreditar no projeto e encorajados a seguir”, afirmou Guilherme Ramos, diretor da BW Expo. A próxima edição será realizada de 29 a 31 de março de 2017 no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo (SP). “A nossa expectativa é a melhor possível”, sintetizou.
BW Conference Com uma consistente grade de congressos e seminários, mais de 500 congressistas saíram do evento com a bagagem de conhecimentos renovada. Soluções tecnológicas disponíveis para aterros sanitários, planejamento, diretrizes para construção e organização de aterros, técnicas de drenagem, monitoramento ambiental, reúso de águas e efluentes, entre outros, foram temas debatidos durante a BW Conference. De acordo com Uladyr Naime, presidente da Associação dos Engenheiros e Especialistas (Asec) da Cetesb e idealizador de um dos seminários, a relevância dos assuntos abordados foi o grande diferencial. “Tivemos a preocupação de trabalhar temas focados no momento ambiental que vive o País e o Estado, no qual o planejamento, a gestão e as políticas públicas são os grandes alicerces de mudança”, explicou.
Novembro/Dezembro 2015
Obras
Há esperança O ano de 2015 foi marcado por índices negativos. O que esperar do futuro próximo?
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s investimentos em infraestrutura são vistos pelo governo como uma das apostas para tirar o País da crise que vive atualmente: a queda do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 deverá ser de 3,02%, segundo estimativa do mercado financeiro feita no mês de novembro. No entanto, mesmo com as iniciativas e os planos de estímulo que estão sendo idealizados pelo Estado, a construção civil teve problemas para realizar seus planos neste ano. O momento ruim da economia, a instabilidade política e as investigações da Operação LavaJato, entre outras situações, fizeram de 2015 um ano difícil para o setor, na opinião dos especialistas.
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Érico Giovannetti, da KPMG “O Brasil ainda tem um grande potencial e gera oportunidades atrativas para quem deseja investir”
“Este ano foi realmente mais desafiador do que os anteriores”, garante Érico Giovannetti, diretor de consultoria de gerenciamento de projetos de infraestrutura da KPMG no Brasil. Para ele, uma das grandes dificuldades enfrentadas pela construção civil foi obter financiamentos em um cenário cuja alta no dólar teve impacto significativo – entre setembro de 2014 e de 2015, a moeda subiu 71,57% em relação ao real. Novembro/Dezembro 2015
Obras “O câmbio tem relação direta com o custo do capital. As empresas precisam desse dinheiro para fazer as obras, comprar equipamentos e realizar outras despesas. Agora, tudo isso ficou mais caro. Esse é um problema importante”, explica o diretor da KPMG. Outra dificuldade reside na escassez de dinheiro recebido do governo, que é o grande responsável pela maioria das grandes obras no Brasil, inclusive aquelas que são estabelecidas no sistema de parceria público-privada. Como resultado da crise econômica, a União anunciou neste ano uma série de medidas de contenção de despesas em investimentos para equilibrar as contas públicas, em um pacote popularmente chamado de “ajuste fiscal”. Uma das decisões foi a de reduzir de maneira sensível as verbas disponíveis para o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), principal vitrine do governo na área de infraestrutura. O projeto sofreu o corte de metade de seus recursos em relação a 2014, sendo que a maior parte das verbas utilizadas diz respeito a compromissos assumidos anteriormente, segundo o site Contas Abertas. Outro reflexo é a redução de repasses feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 18% no primeiro semestre deste ano. No mesmo período, as consultas (passo inicial para a concessão de empréstimos) diminuíram 47%, o que reforça a ideia de que as empresas também estão com o pé no freio para novos projetos.
tentando modificar esse cenário, buscando melhores práticas de gestão. Só assim o investidor ficará seguro para voltar a financiar grandes projetos”, justifica. “Esse processo ainda não foi concluído e vai avançar bastante em 2016.” Os entraves mais recentes, econômicos e políticos, somaram-se neste ano a outros que são velhos conhecidos. Os investimentos em infraestrutura feitos pelo governo, por exemplo, continuam não atingindo os 5% do PIB recomendados pelos especialistas para impulsionar o crescimento do Brasil. De 2001 até este ano, o índice ficou em tímidos 2,36%, pouco mais que os 2,16% registrados na década passada. Marcas Os sinais desse cenário conturbado ficam nítidos quando se avalia a situação atual dos 15 empreendimentos apontados pela KPMG em estudo de 2014 como fundamentais para a melhoria da infraestrutura brasileira. De todas as iniciativas, nenhuma está concluída. As razões para isso são variadas e vão de atrasos no cronograma a falhas inexplicáveis no projeto, como no caso do plano de melhoria da telefonia móvel para o triênio 20122014. O cumprimento parcial das metas do programa, apesar do investimento de R$ 33 bilhões pelas operadoras, está sendo investigado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
As dificuldades econômicas do Brasil, que propiciam a valorização da moeda americana perante o real, trazem outras consequências negativas para o setor. Em palestra durante a M&T Expo, o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Mario Humberto Marques, destacou que o cenário em 2015 foi de “inflação, queda da confiança do empresário nas ações do governo, aumento nos preços da energia elétrica, do combustível e da água, além do crescimento das taxas de juros e do desemprego”. A Operação Lava-Jato, que envolve várias das principais construtoras do País em escândalos de corrupção, não ajuda o setor no curto prazo, pois o ambiente instável afugenta os investidores. No futuro, porém, essa turbulência deve gerar mudanças positivas, acredita Giovannetti. “As investigações mostram que o País sofre com uma carência de boa governança e ética. E agora as empresas estão
Mario Humberto Marques, da Sobratema Em 2015, o cenário foi de queda da confiança do empresário nas ações do governo, aumento nos preços, das taxas de juros e do desemprego
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Obras Os problemas atingem igualmente todos os tipos de obras. Tida como essencial para a melhoria da mobilidade urbana de São Paulo, cidade mais populosa do Brasil, a construção da Linha 6 (Laranja) do metrô começou com um ano de atraso (em abril de 2015) e realizou cerca de metade das desapropriações necessárias. No mesmo Estado, o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, teve novo terminal inaugurado de forma inacabada em maio de 2014. O consórcio que administra o empreendimento prometeu terminar o trabalho até o fim de dezembro. Um dos casos mais impressionantes diz respeito ao trecho da Ferrovia Norte-Sul entre as cidades de Ouro Verde (GO) e Estrela d’Oeste (SP), que deveria ter sido concluído em 2012, mas continua em construção: no fim do primeiro semestre deste ano, 83% estavam prontos. O último balanço do PAC afirma que os trabalhos acabam em dezembro, mas esse prazo também não é garantido porque ainda há problemas. As empresas responsáveis pela construção acusam a estatal Valec, do Ministério dos Transportes, de atrasar o envio de verbas e, por conta disso, realizaram cortes de funcionários nos canteiros de obras. Perspectivas melhores? Com todos os problemas citados, a construção civil e o setor de infraestrutura preveem que 2016 seja outro ano complicado, com baixo crescimento e muita cautela dos empresários para realizar novos investimentos. Mesmo assim, há luzes no fim do túnel: a mudança na gestão das empresas (e também do governo, por que não?) rumo a métodos de trabalho mais eficientes e transparentes, decorrente da situação exposta na Lava-Jato, pode criar novas situações positivas. “Na medida em que a melhoria na governança cria um ambiente melhor de negócios, o capital estrangeiro se sente mais seguro para alocar seus recursos. O Brasil ainda tem um grande potencial e gera oportunidades atrativas para quem deseja investir”, garante Giovannetti.
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Outra esperança reside na tentativa do governo brasileiro de estimular o desenvolvimento da logística e da mobilidade urbana nos próximos anos como estratégia para debelar ou ao menos minimizar os efeitos da crise econômica. Prova dessa vontade é que, em outubro deste ano, a presidente Dilma Rousseff anunciou planos de criar uma estatal exclusiva para projetos de infraestrutura. Meses antes, em junho, a União anunciou o lançamento da segunda fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), iniciativa que prevê investimentos de R$ 69,2 bilhões em mobilidade até 2018. Um dos principais eixos do projeto é a construção e o leilão de rodovias, entre as quais estão a BR-163, entre os municípios de Sinop (MT) e Itaituba (PA); a BR-101/232/PE (incluindo a construção do Arco Metropolitano de Recife); a BR476/153/282/480, que cruza Santa Catarina e Paraná; e a BR-101/493/465, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. No setor de aviação, o PIL prevê a concessão dos aeroportos das capitais Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis, além de sete com alcance regional, incluindo os de Caldas Novas (GO), Bragança Paulista (SP) e Ubatuba (SP). O arrendamento de áreas portuárias e a construção de terminais de uso privado (TUP) e de ferrovias (como a Norte-Sul e o trecho brasileiro da Bioceânica, rota para escoamento da produção via Oceano Pacífico) também estão nos planos. “Há uma grande preocupação em viabilizar projetos de construção e reforma de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos”, afirma o diretor da KPMG. Segundo ele, outra aposta importante dos empresários para o futuro próximo está na realização de obras relativas à gestão de recursos naturais. Na lista entram a geração, a distribuição e a transmissão de energia, além de obras variadas de saneamento básico, recursos hídricos e tratamento de resíduos sólidos.
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Lançamento Selemat
Aposta na inovação A Atlas Copco lançou a extensão da linha de compressores de parafuso rotativo lubrificado GA 90+-160 e GA 132-160 VSD
Compressores de parafuso rotativo lubrificado A nova linha GA 90+-160 e GA 132-160 VSD é o resultado do conhecimento da indústria sólida combinado com características inovadoras
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s novos compressores GA, de plataforma mundial, fabricados no Brasil, garantem maior confiabilidade e robustez, maiores intervalos de manutenção e máxima eficiência energética”, afirmou Henrique Triboni, gerente de negócios oil free air da Atlas Copco ao apresentar brevemente a história da linha de compressores GA em evento para a imprensa e convidados. Ao lembrar que a empresa completa 60 anos de presença no Brasil, disse que “a Atlas Copco não para de inovar”. O desenvolvimento do novo design mantém a melhor performance em eficiência energética do mercado. A linha também conta com a tecnologia VSD (Variable Speed Drive – acionamento de velocidade variável) da Atlas Copco. Isso resulta em uma economia de energia de até 35%, diminuindo o custo do ciclo de vida de um compressor em 22% (média). Segundo a companhia, milhares de compressores de ar da marca estão operando em todo o mundo, em aplicações como usinas de energia, mineração, cimento, vidro e indústrias metalúrgicas. A nova linha GA 90+-160 e GA 132-160 VSD é o resultado do conhecimento da indústria sólida combinado com características inovadoras.
Os sistemas de monitoramento e controle inteligente, o controlador da unidade Elektronikon MK5 Graphic Plus e o Smartlink oferecem muitas possibilidades para otimizar o funcionamento do compressor e aumentar ainda mais a economia. A nova linha inclui economias de energia, como o novo motor de alta eficiência semelhante ao IE3, o sistema de acionamento de velocidade variável nos VSDs, o separador de água sem perdas, além das opções de recuperação de energia e os secadores integrados. O conceito exclusivo de secador integrado fornece ar limpo e seco, maximizando o processo, aumentando a confiabilidade e economia de energia. Mantendo o conceito plug and play, os custos de instalação são consideravelmente reduzidos. “A Atlas Copco investiu nesse lançamento, levando em consideração a opinião e as demandas dos clientes”, disse Ricardo Carrela, gerente-geral da Atlas Copco Compressor Technique, que ressaltou o fato de a empresa investir em um momento difícil. “Acreditamos no País e que isso vai fazer diferença futuramente”, acrescentou.
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Canal Aberto
Dificuldades e oportunidades Por Hovani Argeri*
consenso que haverá recessão neste ano. Como a inflação também deve ficar bem longe da meta, a tendência de alta de juros se manterá e deixa dúvidas se haverá recuperação em 2016. Mas é evidente que o País não vive e não entrará na maior crise de sua história. Pensar nisso é desconhecer a história econômica brasileira e achar que o mundo foi criado juntamente com o real. A combinação de retração econômica com inflação e consequente elevação dos juros contamina todas as expectativas.
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É fato que palavras como desemprego e inflação, que, até anos atrás, tornaram-se pouco comuns no vocabulário dos brasileiros, voltaram. Mas esses fantasmas retornam com um porte muito inferior ao que ostentavam num passado recente. Ainda assim, surgem os profetas do caos a anunciar um cenário econômico catastrófico e a prever quanto a situação ainda irá piorar. Somos, de fato, afeitos à desgraça, principalmente se pudermos culpar alguém, desde que não seja a nós mesmos. Novembro/Dezembro 2015
Canal Aberto Todos esses elementos acabam por desanimar potenciais empreendedores. Abrir e manter um negócio no Brasil não é fácil hoje. Nunca foi. Há uma burocracia monstruosa, uma das maiores cargas tributárias do mundo e tantos outros obstáculos característicos de nosso País. Porém, há incontáveis oportunidades em qualquer segmento, até por conta da falta de competitividade a que boa parte dos empresários nacionais está habituada. Dessa forma, há várias formas de se diferenciar no mercado. As empresas brasileiras, de modo geral, não buscam a inovação. Embora dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) relacionem o País entre os 20 que mais pediram registros de patente em 2013, ano em que apresentou o quarto crescimento consecutivo no indicador, um estudo divulgado em maio deste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que, para 62% dos empresários consultados, o Brasil tem um grau de inovação baixo ou muito baixo. Entre as justificativas elencadas por esses executivos figuram a defasagem tecnológica acumulada em anos (que acaba por incentivar a importação), a falta de cultura inovadora e o baixo nível de escolaridade entre os profissionais. A inovação não passa necessariamente pela criação de um novo produto ou pela destinação de um percentual significativo do faturamento a pesquisa e desenvolvimento. Para o pequeno empresário, pode significar a revisão de processos, a utilização de softwares e aplicativos – muitos deles gratuitos – na operação e a integração entre departamentos. Mesmo a adoção de metodologias, como a observação dos custos totais envolvidos ao longo do tempo na aquisição de um bem ou serviço (treinamento, manutenção, consumo e custo dos insumos), pode resultar em vantagens competitivas relevantes.
Ações como essas podem elevar a produtividade da companhia, reduzir custos e, consequentemente, aumentar a competitividade. Eficiência significa obter o máximo do resultado utilizando o mínimo de recursos. É um conceito óbvio, mas, na cultura empresarial do País, sua adoção representa um diferencial. Um levantamento do Conference Board, entidade que realiza pesquisas econômicas em cerca de 60 países, apontou que o crescimento médio da produtividade no Brasil, entre 2003 e 2012, foi de 1,1%, o menor entre os chamados Brics, e, em 2013, a produtividade do trabalhador brasileiro foi a menor em toda a América Latina.
“Há incontáveis oportunidades em qualquer segmento, até por conta da falta de competitividade a que boa parte dos empresários está habituada”
Há dificuldades para quem quer empreender, mas elas já foram maiores. As empresas nacionais, em sua grande maioria, operam sob conceitos ultrapassados, cultivados durante o período em que nossa economia era fechada. Agir de forma diferente possibilita que se conquiste destaque. O cenário econômico dificulta, mas há grandes oportunidades. Quem sobreviver a este período com a adoção de modernos conceitos de administração estará forte quando a crise passar: será mais eficiente, terá mais chances de conquistar mercado e uma produção mais barata e competitiva. Difícil é, mas, como diz o ditado, só peixe morto não nada contra a maré.
* Hovani Argeri é consultor de empresas, mestre em finanças, advogado e atua há mais de 20 anos como gestor comercial de multinacionais
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Inspire-se
Sempre é tempo para aprender Livros, filmes e séries podem dar aquele insight que faltava para resolver um problema dentro da empresa ou para fazer sair do papel uma ideia inovadora
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inguém gosta de usar as horas livres para pensar em trabalho, mas, na maioria das vezes, é justamente quando se está relaxado e com a cabeça longe do escritório que surgem as melhores ideias. Então, se você quer aproveitar o tempo livre, especialistas da Endeavor Brasil e do Sebrae dão dicas de livros, filmes e séries inspiradoras. Confira a lista a seguir, escolha o que preferir, acomode-se no sofá e bom proveito!
o, r v i l m Um bo ilme f m o um b
Livros O Investidor Inteligente, de Benjamin Graham Com prefácio escrito pelo bilionário empresário Warren Buffet, este livro tornouse um best-seller com mais de 1 milhão de cópias vendidas e é considerado fundamental para quem quer ganhar dinheiro na Bolsa de Valores. Traz lições importantes sobre educação financeira, mercado de ações e investimentos.
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Inspire-se Repeatability: Build Enduring Businesses for a World of Constant Change, de Chris Zook e James Allen De maneira didática, o livro reúne um estudo feito com mais de 200 companhias bem-sucedidas e mostra a importância de se ter um plano de negócios que permita mudanças rápidas. Segundo os autores, essa flexibilidade garante a sobrevivência no mundo atual. Dobre seus Lucros, de Bob Fifer Por meio da análise de mais de 100 empresas norte-americanas, o autor chegou à conclusão de que é possível dobrar os lucros por meio da redução de desperdícios, da motivação dos funcionários e vendedores e do aumento da produtividade. Growing Pains, de Eric G. Flamholtz e Yvonne Randle Como o próprio título em inglês sugere, as “dores do crescimento” são sentidas por muitos empreendedores quando seus negócios começam a decolar. Os autores basearam-se na análise de vários cases para auxiliar os empresários nas etapas de planejamento estratégico como ferramenta para evitar erros. Grow to Greatness, de Edward D. Hess Obra importante principalmente para startups, ela analisa o papel do proprietário – que pode ser determinante para o crescimento ao agir como líder ou prejudicial ao se tornar um gargalo. Zero to One: Notes on Startups, or How to Build the Future, de Peter Thiel Mais um livro voltado principalmente aos donos de startups, este traz insights interessantes para quem quer ter pensamentos inovadores. Segundo o autor, conhecido por ser o fundador da Paypal, é importante fazer as perguntas certas para poder chegar a lugares inesperados. O Poder do Hábito, de Charles Duhigg Para o autor, o hábito é a chave para mudar a maneira como tudo é feito e até mesmo pode trazer ganhos de produtividade para a empresa. O estudo dos hábitos também é capaz de ajudar a prever respostas e, dessa forma, interagir melhor com o público-alvo.
O Empreendedor Viável – Uma Mentoria para Empresas na Era da Cultura Startup, de André Telles e Carlos Matos Apesar de importante, a paixão pelo negócio não é suficiente para que as empresas obtenham sucesso. Neste livro, os autores mostram a relevância da equipe e dos mentores, entre outros diferenciais que garantirão bons resultados.
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Inspire-se The Founder's Dilemma, de Noam Wasserman Praticamente um guia para o empreendedor, o livro relaciona os principais dilemas que envolvem a liderança em um negócio. As questões abordadas passam pela escolha do nome da empresa e vão até a seleção do sócio, permeando as decisões que precisam ser tomadas por empresários de qualquer porte. VQD – Vai Que Dá!, organizado por Joaquim Castanheira A obra reúne cases de dez empreendedores brasileiros e mostra quais foram os principais desafios para realizar seus sonhos. Cada capítulo conta a história de uma empresa selecionada pela Endeavor e também mostra a visão do mentor do negócio.
Na telinha Robôs (2005) – animação Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP, indica esta animação em que o personagem Rodney Lataria sai de uma pequena cidade com o sonho de trabalhar com o Grande Soldador. “Ele passa por várias provações e descobre que o caminho para empreender é identificar uma necessidade no mercado e atendê-la bem. A superação de obstáculos provém da força criativa com foco no mercado e da capacidade de pôr as ideias em prática”, analisa.
A Teoria de Tudo (2014) – filme Baseado no livro Travelling to Infinity: My Life with Stephen, escrito por Jane Wilde Hawking, esposa do físico Stephen Hawking, o longa conta a trajetória de uma das mais brilhantes mentes do século 20. Segundo Carrer, o espírito empreendedor do protagonista é exposto ao máximo, desde os primeiros desafios científicos até o início dos sintomas da doença que o acomete (esclerose lateral amiotrófica, ELA). “O uso da criatividade e a forma bem-humorada de encarar as barreiras são grandes lições aos empreendedores em geral”, diz. Meu Start (2015) – programa de TV Exibido pela Record News desde outubro, de terça a sexta às 22h30, a produção televisiva apresenta histórias inspiradoras de empreendedores. O primeiro programa contou a trajetória de Edu Lyra, escritor e criador da ONG Jovens Falcões. Shark Tank – série O reality show mostra empreendedores e inventores de todas as idades que querem transformar suas ideias em negócios bem-sucedidos. Para isso, precisam fazer um pitch (apresentação sumária de 3 a 5 minutos) de forma convincente para uma audiência formada por importantes investidores milionários a fim de que eles aceitem bancar seus projetos. A sétima temporada começou em setembro deste ano, e muitos episódios são disponibilizados na íntegra no YouTube. 46
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Inspire-se O Negócio – série Nesta série brasileira, três jovens prostitutas de luxo resolvem revolucionar o mercado em que atuam, aplicando conceitos de gestão e técnicas de marketing. Do seriado é possível tirar lições sobre decisões estratégicas que as diferenciam de qualquer concorrente. As duas primeiras temporadas podem ser conferidas no canal por assinatura HBO Go. No YouTube, é possível assistir a episódios e cenas avulsas. Suits – série Ambientada em um escritório de advocacia, a série mostra o protagonista Harvey Specter, que conduz seu negócio com algumas características importantes para um grande empreendedor: muito trabalho, estudo minucioso da concorrência, o reconhecimento dos riscos (e a opção por assumi-los ou não) e, principalmente, muita confiança. Além disso, o programa exemplifica a importância do trabalho em equipe por meio da relação de Specter com seu “protegido” Mike. Em sua quinta temporada, o programa tem as três primeiras disponíveis no Netflix. Silicon Valley – série No fértil Vale do Silício, seis jovens programadores precisam aprender sobre sociedade e planejamento para tentar criar sua startup de tecnologia. Entre os dilemas enfrentados pelas personagens desta comédia produzida pela HBO estão a venda da ideia do negócio por cifras milionárias ou o desafio de assumir riscos e perder muito dinheiro. Duas temporadas estão disponíveis para os assinantes do HBO Go.
Undercover Boss – série Poucas experiências podem ser mais enriquecedoras para um gestor do que estar na linha de frente, conhecendo cada detalhe da sua companhia. Essa proposta se torna possível nesta série, que tem uma versão brasileira reduzida dentro do programa Fantástico, da Globo, sob o nome de “Chefe Secreto”. Nela, CEOs e outros executivos são convidados a exercer funções de iniciante dentro de sua própria empresa e, para não levantar suspeitas sobre sua identidade, acabam sendo disfarçados. O Sócio – série O empresário Marcus Lemonis é o personagem principal desta série, por meio da qual mais de 100 empresas foram reerguidas. A cada episódio, Lemonis analisa uma companhia que está mal das pernas, oferece verba por uma parte dela e, então, faz de tudo para salvá-la mesmo que isso signifique tomar decisões difíceis para que os lucros sejam maximizados. O seriado é exibido pelo History Channel todas as terças às 22 horas.
Mr. Selfridge – série Em Londres, no período pós-Primeira Guerra, o empreendedor Harry Gordon Selfridge conduz seus negócios à frente das grandes lojas de departamento Selfridge. Baseada em uma história real, a série mostra a evolução e o crescimento da empresa pontuados pelas atribulações da vida pessoal do protagonista. Duas temporadas estão disponíveis no Netflix.
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Opinião
Colaborador engajado atua como “dono do negócio” Por Marcia Dolores Resende*
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utro dia, li uma matéria em um jornal de circulação nacional que me chamou a atenção. O texto trazia relatos de especialistas em recursos humanos alertando sobre a importância de promover o engajamento nas empresas – uma questão que eu e minha equipe sempre ressaltamos durante as nossas consultorias.
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A maioria dos líderes, mesmo sabendo que se trata de um assunto fundamental para um desempenho sadio e sustentável, não se preocupa diretamente com o termo “felicidade”, mesmo que o tema esteja intimamente ligado com a produtividade. Entretanto, este último, sim, tira o sono de qualquer gestor. Novembro/Dezembro 2015
Opinião A fórmula “engajamento + funcionário feliz + produtividade = aumento nos lucros da empresa” é clara, fácil de entender e já foi comprovada muitas vezes. Entretanto, a dúvida de todos os empresários é de como aplicá-la, uma vez que nem todos os elementos são facilmente identificados em uma corporação. Por exemplo: todos os colaboradores estão satisfeitos? O ambiente de trabalho proporciona uma interação saudável? Como está o nível de produtividade? Infelizmente, são poucos que conseguem ouvir em suas respostas o que tanto esperam!
“Vestir a camisa” se traduz em vontade de cooperar, doar-se de coração e sentir-se de fato pertencendo àquele lugar Para mudar essa realidade, é preciso voltar ao primeiro item da nossa fórmula: os funcionários. Para saber se estão satisfeitos e motivados, é preciso realizar constantes pesquisas sobre engajamento e satisfação. A partir das respostas obtidas, traçar estratégias para saber o que pode ser aprimorado para alinhar, cada vez mais, a função daqueles profissionais com o ideal (missão, cultura) da empresa e identificar os pontos que possam gerar desafios, que muitas vezes não estão ligados diretamente ao cumprimento das tarefas, mas que podem influenciar em uma série de outros fatores, principalmente no engajamento. “Vestir a camisa” se traduz em vontade de cooperar, doar-se de coração e sentir-se de fato pertencendo àquele lugar de forma genuína e única. É agir como se fosse o dono da empresa, ou seja, ser apaixonado pelo que faz e por como é feito. Ter um quadro de colaboradores com essa desenvoltura seria um passo para dominar o mercado e permanecer na liderança do segmento em que atua, de forma sustentável.
Este tema sempre foi foco da minha atenção quando comecei minha carreira no ambiente corporativo. Lembro claramente que a cada ação, sugestão ou resolução estavam atrelados resultado e felicidade. Sempre desconfiei de resultados com infelicidade, afinal, tudo o que uma pessoa determina para si com felicidade terá muito mais chances de se efetivar com empenho natural. Vale lembrar que engajar não significa apenas estar feliz e satisfeito, mas envolve uma série de outras coisas como comprometimento, saber se comunicar na linguagem da empresa, ter relacionamento com o cliente, saber qual a sua função – e, principalmente, como o trabalho deve ser executado – e estar ciente de suas metas e objetivos. O funcionário deve sentirse bem por pertencer àquela determinada organização. A relação deve ser de ganha-ganha. Comportamentos desrespeitosos e sem ética afastam qualquer profissional engajado e podem culminar em um processo de assédio moral. As consequências são ações trabalhistas, afastamentos, doenças psicossomáticas e pessoas talentosas procurando oportunidades em outras empresas. Separei algumas dicas para tornar os colaboradores ainda mais engajados: - Apoiar sempre que necessário - Compartilhar o sucesso - Manter o diálogo aberto - Ter uma política sólida de desenvolvimento e crescimento profissional - Sempre reconhecer o sucesso de cada projeto - Manter um relacionamento sadio entre equipe e liderança - Buscar formas inovadoras de reconhecimento *Marcia Dolores Resende é criadora do método Engenharia da Felicidade, diretora e coordenadora de desenvolvimento do Instituto de Thalentos
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Parcelamento tributário de empresas em recuperação judicial Por Thiago Ribeiro Barbosa e Luiz Fernando Martins Macedo*
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empre que uma empresa se encontra em dificuldades financeiras, além de não pagar seus credores, deixa de quitar os tributos devidos. A legislação brasileira, valendo-se dos conceitos da recuperação judicial usados nos Estados Unidos, adotou, desde a criação da Lei de Recuperação Judicial (Lei nº 11.101/05), a possibilidade de as companhias entrarem em moratória mediante um acordo geral com seus credores, exceto o Fisco. Até o advento da Lei nº 13.043/2014, as empresas com processamento da recuperação judicial deferido não tinham necessidade de apresentar as Certidões Negativas de Débitos Tributários (CNDs) para terem seus Planos de Recuperação devidamente homologados pelo Poder Judiciário.
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Considerando essa situação, foi modificado o Código Tributário Nacional (CTN) a fim de garantir o cumprimento da função social da empresa, procurando evitar seu encerramento por meio de uma equalização da satisfação do crédito da Fazenda Pública, de qualquer esfera, com proteção da unidade produtiva. Ficou, então, estabelecido que para as companhias em recuperação judicial deverá ser concedido o parcelamento tributário mais vantajoso em vigor no momento da concessão de eventual moratória (art. 155-A, §4º CTN, conforme redação dada pela Lei Complementar 118/2005). Novembro/Dezembro 2015
Selemat A atual conjuntura econômica é de recessão. A dificuldade de obter crédito, as demissões constantes e a ausência do Estado em promover o mínimo para o desenvolvimento econômico-social são facetas de um País que luta para manter-se. Discussões políticas à parte, vemos que o governo, mais uma vez motivado mais por interesses arrecadatórios do que econômicos, acrescentou o art. 10-A da Lei 10.522/02 (do Parcelamento Fiscal) à Lei nº 11.101/05 e criou regras que, no início, se mostraram vantajosas ao devedor em crise; todavia, após análise acurada, revelaram-se prejudiciais ao empresário em recuperação judicial. Tal norma simplesmente o obriga a ajustar as contas com o Fisco, que ruge como um leão faminto atrás de sua presa, exigindo o pagamento dos débitos tributários inadimplidos em primeiro lugar. Contrária ao entendimento do Fisco é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que decidiu que o parcelamento do débito tributário era uma faculdade colocada à disposição do devedor em recuperação judicial, não sendo, por isso, condição indispensável para o deferimento da moratória. Esse parecer pode ser verificado no julgamento do Resp nº 1.187.404-MT, (2010/0054048-4), tendo como relator o ministro Luis Felipe Salomão, apresentando que o parcelamento ou a comprovação da regularidade fiscal não poderia ser obstáculo para a homologação do plano, já aprovado em assembleia geral de credores. Não podemos esquecer que o parcelamento do débito da empresa é um direito público subjetivo do devedor em débito, e não um benefício que o Estado concede, ou não, de acordo com as suas políticas. Ora, contrariar esse direito significa estar diante de uma norma inconstitucional, cujas incoerências e máculas são uma questão de tempo para serem apontadas. Nesse sentido, é brilhante a explanação do promotor de justiça Arthur Migliari, encarregado do acompanhamento de milhares de recuperações judiciais e especialista nessa matéria: “Ademais, a inconstitucionalidade da disposição é manifesta,
bastando observar que nenhuma, absolutamente nenhuma, lesão de direito pode ser subtraída de apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal). Em outra desconsideração com o instituto da recuperação judicial, a legislação permite, agora no § 3º, que o empresário possa desistir de um parcelamento para se fincar neste, podendo parecer, à primeira vista, que se trata de uma benesse ao devedor, mas, em realidade, vem a esconder um caráter perigoso de novação de dívidas por parte do incauto devedor, pois os verbos desistir e solicitar bem demonstram a real intenção estatal de submissão do devedor ao crivo da União, que decidirá, pois haverá apenas uma ‘solicitação’ ou ‘pleito’ em andamento e a desistência do primeiro financiamento importa na adoção de uma série de medidas contra o devedor contumaz”. Todavia, mais uma vez insensível às demandas dos empresários, o legislador criou recentemente a chamada “Lei de Responsabilidade do Esporte” (Lei 13.155/15), que concedeu um parcelamento tributário muito mais benéfico aos clubes de futebol do que ao concedido às empresas em recuperação judicial! Isso denota pleno descaso e vai na contramão do que estabelece o instituto, pois, conforme a lei, para as companhias em recuperação judicial deverá ser concedido parcelamento tributário mais vantajoso em vigor no momento da concessão de eventual moratória. Não temos dúvidas de que no futuro inúmeras demandas judiciais serão endereçadas aos tribunais visando a fazer valer a Constituição, seja em virtude da falta de sensibilidade do legislador, seja em face da afronta aos princípios da isonomia/igualdade, da capacidade contributiva e da legalidade do Poder Executivo Federal em relação ao art. 10º da Lei 10.522/2002 (Lei do Refis). Garantir aos clubes de futebol um parcelamento tributário mais benéfico do que às empresas, além de injusto e contraproducente, é acima de tudo, na atual conjuntura econômica, dar uma sentença de morte às companhias em recuperação judicial.
* Thiago Ribeiro Barbosa é advogado, especialista na área empresarial e associado do escritório Martins Macedo Advogados. Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados
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Internacional
Debate sobre ética: discurso versus atitude Por Nuno Antunes Ferreira*
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ma das possíveis definições de ética, que encontramos no portal Brasil Escola, seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Um número crescente de cursos universitários tem a ética no seu programa curricular. A sociedade civil promove de forma consistente o debate sobre a questão no âmbito da vida corporativa, da cidadania, da medicina etc.
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Por outro lado, pelo menos aparentemente, as empresas cada vez mais estão se preocupando com sua responsabilidade social (e certamente muitas a utilizam como elemento diferenciador na guerra competitiva). Assim sendo, não deixa de ser pertinente meditarmos sobre o porquê de tantas companhias terem um comportamento prático que contraria suas melhores declarações de intenção. Novembro/Dezembro 2015
Internacional Selemat O caso da Volkswagen, envolvida em um escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes que levou à renúncia do presidente executivo do grupo, em setembro deste ano, tem intensificado a discussão em vários pontos do planeta. Vamos voltar um pouco no tempo. Estão recordados do escândalo da Enron? Falida há mais de dez anos, a empresa de energia norte-americana chegou a ser a sétima maior companhia dos Estados Unidos, mas protagonizou a maior fraude corporativa da história daquele país. Lembram-se do seu lema marcante: “Respeito, integridade, comunicação e excelência”? Na sua definição de visão e valores, essa organização, que se intitulava “cidadão corporativo global”, afirmava lidar com os outros como gostaria que fosse tratada. E acrescentava: “Não toleramos tratamento abusivo ou desrespeitoso”. A hipocrisia da atitude e do comportamento dos responsáveis pela Enron foi bem definida pelo professor Craig Johnson, da George Fox University, no trabalho O Colapso Ético da Enron: Lições para Educadores de Liderança. Ele afirmou que “os responsáveis máximos da Enron abusaram do seu poder e privilégios, manipularam informação, (...) colocaram seus interesses pessoais acima dos interesses dos empregados e do público, e falharam na supervisão e na criação de respaldo contra falhas éticas”. Em negócios não há santos. Se os houver, é até de desconfiar. Mas é certamente possível ganhar dinheiro, e muito, sem prejudicar tanta gente. Canteiro de obras A holandesa BAM foi indicada como a principal empreiteira para as obras de ampliação da Ferrovia Aberdeen-Inverness, na Escócia. O projeto, financiado pelo governo escocês e com valor estimado de 231 milhões de euros, deverá começar na primavera de 2016 e terá a primeira fase (Aberdeen-Inverurie com via dupla em cerca de 25 quilômetros) terminada em 2019.
De acordo com os Serviços de Informações sobre Custos de Construção do Reino Unido, os custos de engenharia civil cresceram 0,7% no segundo trimestre de 2015, o mesmo que em igual período do ano passado. Para os próximos cinco anos, é esperado que esses custos avancem a um ritmo anual de 3,5% a 5%. Os valores de materiais e os salários crescerão também. O grupo sueco Skanska reporta perdas de 68 milhões de euros na sua operação norte-americana, impactando os resultados do terceiro trimestre. Tal situação se deve primeiramente ao write-down (redução no valor estimado ou nominal de um ativo) relativo a seis projetos que sofreram alterações de design e fraca produtividade. Ainda assim, a empresa espera atingir um volume de negócios de 647 milhões de euros em 2015. A Bouygues UK, braço do grupo francês Bouygues no Reino Unido, conquistou um contrato de 257 milhões de euros para a construção de um hospital em Londres. O projeto prevê o design e a construção de uma unidade hospitalar dedicada ao tratamento avançado de câncer e serviços de cirurgia. O contrato foi concedido pela University College London Hospitals (UCLH) NHS Foundation Trust. Segundo Madani Sow, CEO da Bouygues UK, “é o reconhecimento da nossa reputação na construção de unidades de saúde na capital”. A fabricante alemã de turbinas de vento Nordex vai adquirir a espanhola Acciona Windpower, braço de fabricação de aerogeradores da Acciona. O negócio vale 785 milhões de euros e prevê pagamento em dinheiro e compra recíproca de ações. Como resultado, a Acciona se tornará o maior acionista da Nordex, que tem um valor de mercado de cerca de 2 bilhões de euros.
*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais
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Entrevista
Um país de oportunidades Para o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, o Brasil está longe da decadência que vem sendo apregoada – ainda há boas e empreendedoras ideias, mas elas dependem de uma renovação de esperanças e de uma liderança política transformadora
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inistro da Fazenda entre janeiro de 1988 e março de 1990, durante o governo de José Sarney – período considerado dos mais difíceis da economia brasileira –, o economista Maílson da Nóbrega tem muita bagagem quando o assunto é crise. E, apesar da perspectiva não muito animadora que traça para o curto prazo, ele aposta nas ainda numerosas oportunidades que o País tem a oferecer. “Felizmente, o Brasil não está condenado à decadência, como já se começou a dizer. Os anos do PT nos legarão perdas enormes de dinamismo na economia, mas isso poderá começar a ser revertido no próximo governo, quando deve acontecer uma renovação”, afirma.
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Maílson da Nóbrega, economista “Felizmente, o Brasil não está condenado à decadência, como já se começou a dizer”
Aos 73 anos, Maílson esteve desde os 20 envolvido em ações governamentais, incluindo a formulação de regras para gerir a intervenção do Estado na economia. Mais tarde, como secretáriogeral do Ministério da Fazenda, trabalhou na criação do sistema brasileiro de contas públicas e também atuou na organização da Secretaria do Tesouro Nacional e na reestruturação das funções do Banco Central. Durante o período em que esteve à frente do ministério, o economista avalia que deu os primeiros passos em direção à abertura da economia, às privatizações e à modernização das finanças nacionais. Novembro/Dezembro 2015
Entrevista Após deixar o governo, passou a se dedicar às atividades de consultor e, em 1997, foi um dos criadores da Tendências Consultoria Integrada. Permaneceu como sócio até julho deste ano, quando se desligou formalmente para se dedicar à produção de seu sexto livro e à função de palestrante, membro de conselhos de administração e colunista. Em seu currículo como autor constam títulos como O Brasil em Transformação, uma coletânea de artigos publicada em 2001, O Futuro Chegou, de 2005, e uma autobiografia, Além do Feijão com Arroz, que foi lançada em 2010. Nóbrega acredita que hoje o empresário encontra dificuldades para vencer o pessimismo instaurado no País, um ceticismo que “tem origem na má gestão da economia pelo atual governo e nas enormes incertezas causadas por sua incompetência, pela intervenção equivocada na economia, pelos erros de diagnóstico e pelos riscos criados pela crise política”. Mas, segundo ele, tudo indica que esse ciclo esteja chegando ao fim. “O País continua com enormes oportunidades. Seus principais problemas estruturais estão mapeados. Há ideias excelentes circulando sobre como atacá-los, à espera de uma liderança transformadora. A simples mudança de comando do País já será em si um fator de renovação de esperanças”, assinala.
Revista Apelmat/Selemat As previsões apontam para um PIB negativo neste ano. O senhor concorda com essa perspectiva? Qual é sua expectativa? Maílson da Nóbrega Concordo. O PIB deve cair em torno de 3% em 2015 e 1% em 2016 – neste caso, dependendo da evolução da crise política. A queda pode ser maior no próximo ano. RAS Em sua opinião, até quando o Brasil enfrentará esta conjuntura negativa? MN É provável que o País volte a crescer em 2017, mas a ritmo medíocre, inferior a 2% ao ano. RAS O que poderá contribuir para que a situação seja revertida? Quais os principais setores capazes dessa reviravolta positiva? MN Dificilmente será possível reverter essa situação, mesmo que a presidente Dilma Rousseff venha a ser substituída pelo vice-presidente Michel Temer. A reversão depende de mudanças estruturais para recuperar níveis satisfatórios de produtividade e de restauração da confiança. Embora esta última possa acontecer em parte com a eventual mudança de liderança, novos ganhos de produtividade – o principal motor do crescimento – dependem de reformas estruturais sem chance de aprovação até 2018. Mesmo assim, haverá setores que poderão mostrar desempenho positivo, como serão os casos do
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Entrevista agronegócio (ainda exibindo ganhos importantes de produtividade) e daqueles nos quais a depreciação cambial acarrete ganhos de competitividade interna ou externa. RAS Qual é a vocação econômica do Brasil? Qual o papel da indústria e da agropecuária? Qual a importância do setor de serviços? MN Não é possível apontar uma determinada vocação econômica para o Brasil. São muitas. O caso da agropecuária é inequívoco, dada a tecnologia desenvolvida nos últimos 40 anos, a qualidade de grande parte do empresariado do setor e a ampla disponibilidade de terras para ampliar a produção. Na indústria, há campeões que não dependem do governo, como são os casos da Embraer, de segmentos da construção civil, de bens de capital e do beneficiamento e industrialização de produtos rurais. Os serviços já representam cerca de dois terços do PIB e incluem setores de elevada eficiência, como o sistema financeiro, os supermercados e algumas áreas ligadas à eletrônica (caso dos jogos) e à tecnologia de informação. Mas no geral, infelizmente, os serviços ainda são muito ineficientes. RAS No cenário pós-Lava Jato, como o segmento de construção civil pode se preparar para uma recuperação? MN A demanda dos serviços da construção civil não depende das empresas. Sua recuperação tem a ver com a solução da crise política, a restauração do crescimento da economia – particularmente do investimento – e com condições para atrair interesses de investidores privados nas concessões de infraestrutura. Não sou otimista em relação a essas possibilidades nos próximos anos. Às empresas cabe preparar-se para conviver com um longo período de baixo crescimento da economia e, assim, da sua demanda específica.
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RAS De que forma os conhecidos desafios de infraestrutura e energia vivenciados pelo Brasil poderão ser vencidos? MN Vencer esses enormes desafios depende de restaurar um adequado ambiente de negócios, incluindo novas oportunidades de investimentos nas áreas de infraestrutura e de energia. O estrago causado pela desastrada intervenção no segmento de energia levará tempo a ser reparado. Será preciso repensar o setor e sua regulação para prevenir tais barbaridades no futuro. Na infraestrutura, onde as oportunidades são imensas, a retomada das concessões e dos investimentos depende da restauração da confiança e do estabelecimento de marcos regulatórios apropriados. Será preciso evitar o atual viés contra o lucro, que leva o governo à inacreditável postura de fixar a taxa interna de retorno dos respectivos investimentos. RAS De que maneira o empresariado pode vencer o pessimismo generalizado e investir? MN O empresariado não tem como, isoladamente, vencer o pessimismo que se instalou no País por razões alheias ao seu controle, como se sabe. O pessimismo, que às vezes se torna exagerado, tem origem na má gestão da economia pelo atual governo e nas enormes incertezas causadas por sua incompetência, pela intervenção equivocada na economia, pelos erros de diagnóstico e pelos riscos criados pela crise política. RAS Falando especificamente para os leitores da nossa revista, é possível dizer o que eles poderão esperar para os próximos meses? Haverá investimentos na área de construção civil e infraestrutura? Serão de qual natureza? MN Por certo haverá investimentos na construção civil e na infraestrutura, mas muito longe das necessidades do País e das expectativas das empresas. Não tenho informações para avaliar tendências de investimentos na Linha Amarela, mas tudo indica que as dificuldades são as mesmas. Felizmente, o Brasil não está condenado à decadência, como já se começou a dizer. Os anos do PT nos legarão perdas enormes de dinamismo na economia, mas isso poderá começar a ser revertido no próximo governo, quando deve acontecer uma renovação. O ciclo do PT no governo, tudo indica, está chegando ao fim. O País continua com enormes oportunidades. Seus principais problemas estruturais estão mapeados. Há ideias excelentes circulando sobre como atacá-los, à espera de uma liderança transformadora. A simples mudança de comando do País já será em si um fator de renovação de esperanças. Novembro/Dezembro 2015
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Palestra da Titan Pneus
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Feira BW Expo
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Palestra da Caixa Econ么mica Federal
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Palestra de Consultoria Ambiental e Vermeer Novos Neg贸cios
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Agenda Apelmat - Selemat Atividades Apelmat Data
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16/02/2016 15/03/2016 19/04/2016 17/05/2016 21/06/2016 19/07/2016 16/08/2016 20/09/2016 18/10/2016 22/11/2016
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Evento
Tema
Palestra Gestão de custos e formação de preço Rodada de negócios Gestão de custos e formação de preço Palestra Gestão de frota e logística Rodada de negócios Gestão de frota e logística Expo negócios Empresas dos temas da palestra e rodada Palestra Eficiência produtiva e capacitação de mão de obra Rodada de negócios Eficiência produtiva e capacitação de mão de obra Palestra Renovação de frota Rodada de negócios Renovação de frota Expo negócios Empresas dos temas da palestra e rodada
Reunião de diretoria Apelmat
Reunião de diretoria Selemat
Data
Dia da Semana
Data
Dia da Semana
02/02/2016 01/03/2016 05/04/2016 03/05/2016 07/06/2016 02/08/2016 06/09/2016 04/10/2016 01/11/2016 06/12/2016
Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira Terça-feira
07/01/2016 04/02/2016 03/03/2016 05/04/2016 02/06/2016 04/08/2016 08/09/2016 06/10/2016 03/11/2016 01/12/2016
Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira Quinta-feira
Feiras do setor
Curso de reciclagem de operador de máquinas Datas MÊS
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
DIAS
20 03 02 13 11 06 08 03 14 05 09 07
17 16 27 25 20 22 17 28 19 23
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Data
Dia da Semana
Atividade
29/03/2016 30/03/2016 31/03/2016 25/04/2016 26/04/2016 27/04/2016 28/04/2016 29/04/2016 15/06/2016 16/06/2016 17/06/2016 24/08/2016 25/08/2016 26/08/2016
Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Brazil Road Brazil Road Brazil Road Agrishow Agrishow Agrishow Agrishow Agrishow Construction Expo Construction Expo Construction Expo Concreteshow Concreteshow Concreteshow
Revista Apelmat
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Data
Anúncios revista
08/01/2016 10/03/2016 09/05/2016 08/07/2016 08/09/2016 08/11/2016
Arte da revista 167 Arte da revista 168 Arte da revista 169 Arte da revista 170 Arte da revista 171 Arte da revista 172
Novembro/Dezembro 2015
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Brasif Vicente Claudio Terciano Paulo Rogerio
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Kubota Feira Brazil Road 2015
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CURSOS 2016 APRESENTAÇÃO Curso de operador de máquinas: Com o docente Oswaldo dos Santos Junior Reg. MTB SP/006609-5
Datas MÊS
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
DIAS
20 03 02 13 11 06 08 03 14 05 09 07
17 16 27 25 20 22 17 28 19 23
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ASPECTOS GERAIS 1-Operacionalidade a)Movimentação de cargas; b)Trabalho próximo a linhas elétricas; c)Trabalho de escavação/tubulação; d)Raio de operação; e)Manutenção corretiva e preventiva. 2-Segurança a)Raio de operação da máquina em relação a segurança; b)EPIs e sua utilização; c)Sinalização d)Atos e condições de não conformidade; e)Seguir as orientações dos técnicos responsáveis pela obra; f)Visão geral de norma regulamentadora, NR 06, 11, 12, 18 e 26; g)Ter conhecimento do local de trabalho. Simulador de escavadeiras 3 – Direção Defensiva Apresenta situações do mundo real, perigos do a)Conhecimento de leis; local de trabalho, violações de segurança, b)Negligência; sinais de mão e os controles da máquina c)Imprudência; d)Imperícia; e)Atenção; f)Habilidade; g)Ação; h)Descanso; i)Direção e álcool
Tabela de preรงos elaborada pela Apelmat
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Locação de Equipamentos
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Execução de serviços de terraplenagem
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