Revista APELMAT - Ed. 165

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Edição 165 - Setembro/Outubro 2015 www.apelmat.org.br

SELEMAT

Vencer crises e atingir o topo Decisões certas e muito trabalho podem fazer uma empresa superar a recessão econômica e fases ruins. Conheça a história – e as lições – de empresários que deram a volta por cima

Manutenção e mercado Equipamentos mais seguros e confortáveis tornam o dia a dia do operador leve e produtivo

Gestão e negócios Melhor prevenir do que remediar. Regras de segurança evitam acidentes e poupam recursos



Edição 165 - Setembro/Outubro 2015 PÁGINA

Editorial

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Exemplos de superação

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Reportagem de Capa

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Entrevista PÁGINA

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Opinião

O que as empresas podem – e devem – fazer para garantir a integridade física de seus empregados

Aumento da capacidade de carga nas estradas compromete o pavimento

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Social PÁGINA

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Agenda Apelmat

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Classificados PÁGINA

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9ª edição da feira movimenta o mercado e gera negócios

Tabela

Planejamento é a chave para uma sucessão familiar sem risco

Terceirização em pauta

Internacional

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10 passos para adequar-se à Lei Anticorrupção

Canal Aberto

Selemat PÁGINA

Com um novo modelo de pavimentadora importado, Sotreq atualiza o portfólio e amplia a oferta

Legislação

Concrete Show PÁGINA

Consagrados no segmento da construção civil, os equipamentos pesados se destacam no agronegócio

Obras

Lançamento

Fabricantes investem em equipamentos mais seguros e confortáveis para que o dia a dia do operador seja leve e produtivo

Emydio Gaio, da Titan Pneus, fala sobre os desafios e investimentos da empresa para manter o crescimento no segmento de máquinas

Gestão e Negócios

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Empresários dão lições que mostram como decisões certeiras e muito trabalho podem levar uma empresa a superar recessões e fases ruins

Manutenção e Mercado

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Destaques em terraplenagem, construção civil, infraestrutura, obras públicas e gestão

Cenário

Estratégia: fio condutor

Confira os eventos dos últimos meses

Acompanhe a programação da associação para este ano

As melhores ofertas de serviços e equipamentos

Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem


Expediente Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Vice-Presidente - José Antonio Spinassé Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão Vice-Presidente - Hilário José de Sena Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Secretário - Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito Superintendente - Luiz Antônio Sanches Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018 Diretor Adjunto - Eduardo Alperovich Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018 Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel Conselheiro - Antonio Augusto Ratão Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria Conselheiro Consultivo - Maurício Briard Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide

SELEMAT Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice - Presidente - Flávio Figueiredo Filho Secretário - Wanderley Cursino Correia Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro Suplente de Diretoria - José Ayres Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide Delegado Suplente - Maurício Briard Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho Superintendente - Luiz Antônio Sanches

Produção Editorial e Tecnologia Lasweb Soluções Inteligentes www.lasweb.com.br Editora Tatiana Alcalde (jornalista responsável) MTb 39428 imprensa@apelmat.org.br Colaboração Denise Marson (reportagem) Fotógrafo Thiago Capodanno Diagramação, design e arte-final Antonio Santo Rossi arte@apelmat.org.br Revisor João Hélio de Moraes revisor@apelmat.org.br Publicidade Comercial e Relações Públicas Marcos Dechechi revista@apelmat.org.br Impressão Gráfica Silvamarts Impressão de 6.000 exemplares Revista Digital Baixar gratuitamente na Loja da Apple ou no Google Play Portal de Notícias www.apelmat.org.br Site do Sindicato www.selemat.org.br Acompanhe nas mídias sociais Facebook, LinkedIn, Twitter, Issuu e YouTube A Revista Apelmat/Selemat é uma publicação da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar Comprimido e do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos e Máquinas de Terraplenagem do Estado de São Paulo.

Rua Martinho de Campos, 410, Vila Anastácio São Paulo - SP - CEP 05093-050 Tel. (11) 3722-5022 www.apelmat.org.br

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Editorial

Exemplos de superação Em meio à atual crise econômica que o Brasil vive, as empresas buscam soluções financeiras – reveem processos, cortam gastos, analisam custos, freiam investimentos. Em um ambiente tão suscetível a mudanças ao sabor do vento, equipes são reduzidas e profissionais assumem cada vez mais uma atuação multitarefa. Mesmo sob pressão e estresse, é preciso perseverar motivado e motivando nossos liderados, saber lidar melhor com os outros, estimular mudanças que gerem bons resultados, estreitar relacionamentos e identificar o que pode agregar valor. Quem sabe você já tenha atravessado tempestades em alto-mar em sua trajetória como empreendedor. Afinal, esta não é a primeira crise econômica pela qual o País passa. A experiência adquirida talvez o leve a ver com outros olhos – e encarar com outra postura e maturidade – o atual momento. Ainda assim, olhar para trás, analisar e extrair lições do passado pode contribuir para encontrar saídas. Olhar para o lado, também. Outros empresários nos mostram que decisões certas e muito trabalho podem fazer uma organização superar a recessão econômica e fases ruins nos negócios. Trajetórias de sucesso inspiram e encorajam. São casos de superação de gente como a gente, mesmo em setores diferentes da economia, que de uma maneira ou de outra sentiu na pele os desafios de enfrentar tempestades nos negócios. Empresários que não se acomodaram nem foram paralisados em um cenário de caos, mas aprenderam a enxergar e a aproveitar as oportunidades com criatividade, liderança e, acima de tudo, confiança.

Boa leitura! Marcus Welbi Presidente da Apelmat e do Selemat

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Cenário Pesados Online: representatividade expressiva em vendas Em 2013, a BMC-Hyundai lançou o Pesados Online, um canal direto de exposição das revendas autorizadas da Hyundai e de outras marcas. No ano passado, o portal respondeu por mais de 70% das vendas de equipamentos usados da empresa. A porcentagem diz respeito a 176 máquinas, do total de 252 que foram vendidas no período. “Nos últimos anos, a movimentação ficou entre 10 e 15 equipamentos por mês, totalizando quase 360 máquinas negociadas pelo site até agora”, conta Andrea Zomignani, da área de vendas do site. Ela destaca que a BMCHyundai opera de forma diferenciada, dando oportunidade de financiamentos próprios. “Com essa estratégia, nosso objetivo é crescer mais, tentando dobrar esse número.” O portal recebe cerca de 15 mil visitas por mês. O serviço é gratuito e disponibiliza mais de 120 mil máquinas usadas para pronta entrega, incluindo escavadeiras, páscarregadeiras, tratores de esteiras e caminhões, entre outras.

Em tempo

Desde o início de agosto, a BMC-Hyundai tem um novo site institucional no ar (www.bmchyundai.com.br). Com identidade visual moderna e navegação mais intuitiva, a página traz novidades como depoimentos de clientes, a lista completa de filiais e representantes autorizados e uma ferramenta de comparação de equipamentos. O cliente pode, ainda, solicitar um orçamento on-line e receber as informações por e-mail.

Rodada de negócios Em setembro, a Vetelli, concessionária Iveco, participou da Rodada de Negócios promovida pela Apelmat. No encontro, os associados puderam conhecer os produtos da Iveco, suas características e utilizações no segmento em que atuam. “Como primeiro contato, nossa expectativa era a de estreitar o relacionamento com a diretoria e com os associados para a geração de novos negócios”, fala Mauro Andrade Júnior, gerente de vendas de veículos da Vetelli. Segundo o executivo, como resultado do encontro há quatro negócios em andamento e foi efetuada uma venda para o associado Planater. Para ele, a importância da Rodada está na oportunidade de intensificar e ampliar a relação com a Apelmat a fim de levar novas soluções ao setor.

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Cenário Manual para crises Com informações valiosas para aqueles que precisam superar o momento pelo qual atravessa a economia brasileira, o Sebrae-SP lançou a cartilha “Alavanque sua empresa em tempos de turbulência”. Elaborada por especialistas, traz orientações para ajudar o empreendedor a escolher a melhor estratégia para enfrentar a crise e reduzir custos sem perder qualidade, com exemplos de quais pontos devem ser levados em consideração para que o empresário melhore a situação do seu negócio. A publicação ainda ensina o que deve ser considerado na renegociação com fornecedores, dívidas com bancos, compromissos de curto prazo que devem ser priorizados e, também, sobre quando recorrer a empréstimos bancários para retomar os negócios. O material está disponível no link sebr.ae/sp/turbulencia para download gratuito. Basta inserir o CNPJ para baixar o conteúdo.

Wirtgen Brasil abre nova filial A Ciber Equipamentos Rodoviários, subsidiária no Brasil do Grupo Wirtgen (Wirtgen, Vögele, Hamm, Kleemann e Ciber), prepara uma casa nova em São Paulo. Localizada em Campinas, a filial Wirtgen Brasil São Paulo é responsável pela venda de máquinas, peças e serviços para as marcas do grupo. “Com essa nova estrutura iremos aprimorar muito nosso atendimento aos clientes de São Paulo, bem como estaremos muito próximos para o devido suporte de pós-vendas. Com amplo estoque de peças e técnicos capacitados e certificados, com disponibilidade imediata para o devido suporte ao produto”, explica Luiz Marcelo Tegon, presidente comercial da Ciber Equipamentos Rodoviários. A nova planta paulista já conta com equipe comercial atendendo em todo o Estado, bem com um amplo estoque de peças disponíveis em uma estrutura temporária situada em Campinas. A construção da nova filial será iniciada nos próximos meses, nos padrões de todas as filiais do Grupo Wirtgen.

O que mais pressiona as empresas? Segundo levantamento realizado pela KPMG no Brasil, as regulações tributárias, trabalhistas e previdenciárias são o que mais impactam, atualmente, o ambiente de negócios das companhias. O tema foi apontado por 20% das cem empresas de diversos segmentos de atuação que participaram da pesquisa, destacando-se o bancário e de serviços financeiros, produtos manufaturados, construção, infraestrutura, agronegócio e óleo e gás. Normas contábeis e societárias (15%), regulações ambientais (12%) e a Lei Anticorrupção (11%) são os outros itens citados. Na opinião dos respondentes, esses mesmos temas continuarão interferindo nos negócios nos próximos 24 meses. “De modo geral, as demandas regulatórias advindas das exigências das diversas esferas governamentais, dos órgãos reguladores e do compliance em relação às leis estão exigindo das empresas uma elevação no seu grau de maturidade e alinhamento com as boas práticas de governança, principalmente em relação aos pilares de transparência e responsabilidade corporativa”, aponta o sócio da KPMG responsável pela pesquisa, Sandro Silva (foto). 10

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Cenário 58% de crescimento A Auto Sueco São Paulo registrou crescimento de 58% nas vendas do Consórcio Volvo em comparação com o mesmo período do ano passado. A organização está sorteando um caminhão Volvo VM 270 6x2 e, de quebra, viagens para a Grécia e para o Vila Galé Resort, na Bahia, com todas as comodidades incluídas. “O consórcio é um produto da Volvo Financial Services e atualmente é a maneira mais barata para se adquirir um produto Volvo, pois oferece parcelas menores e prazos de até cem meses”, fala o coordenador de consórcio Georgio Pereira. A organização propicia ainda pagamento de parcelas reduzidas para renovação de frotas, parcelas de 0,50% ao mês para novos grupos de consórcio, além de campanhas promocionais próprias.

Prêmios

O consórcio premiará um cliente cotista que pagar as parcelas em dia, até janeiro de 2016, com um caminhão VM 270 6x2 (foto). A cada parcela paga, aumenta a chance de ganhar a promoção, que é válida em todo o território nacional e vai até 21 de janeiro. O sorteio será realizado em 10 de fevereiro de 2016.

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A versatilidade dos acessórios Em um cenário no qual as empresas buscam cada vez mais eficiência operacional para aumentar a produtividade e reduzir custos, as work tools são aliadas. “Todos os clientes, em todos os segmentos, devem sempre considerar as ferramentas corretas para se manter competitivos”, afirma Cedric Gold, gerente regional da Caterpillar para América do Sul, América Central e Caribe. Há inúmeras opções para minicarregadeiras, miniescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, carregadeiras de rodas, retroescavadeiras e manipuladores telescópicos. As ferramentas podem ser utilizadas na construção em geral, leve e pesada, como demolições, terraplenagem, jardinagem, industrial (limpeza), infraestrutura, movimentação de cargas e materiais, preparação de terrenos e aterros. No portfólio da Sotreq, o destaque são os martelos hidráulicos da Série E, com fabricação 100% Caterpillar. A empresa também disponibiliza uma variedade de caçambas para cada tipo de aplicação, além da linha de engates rápidos utilizados em carregadeiras. O catálogo também conta com os novos modelos de multiprocessadores MP318 e MP324 para escavadeiras hidráulicas (demolição). No site da Apelmat, você confere a lista completa das work tools que dão versatilidade a algumas operações nos segmentos de construção e mineração.

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Cenário Empresa verde A Atlas Copco é a indústria que atingiu a melhor colocação no Ranking Newsweek de Sustentabilidade 2015. Na colocação geral, a empresa ficou na 11ª posição. O objetivo do índice é avaliar a sustentabilidade corporativa das companhias e o impacto ambiental de suas atividades. A revista norte-americana Newsweek realiza a pesquisa em conjunto com dois parceiros de investigação, Corporate Knights Capital e HIP Investors Inc., considerando indicadores como o uso de energia e água, as emissões de gases de efeito estufa e a reciclagem de resíduos. A Atlas Copco ficou em primeiro lugar entre as empresas do segmento industrial. A organização também estava na lista do ano passado. “Nossas metas ambientais são fundamentais para o nosso negócio, e estamos felizes em sermos reconhecidos por isso”, afirmou Mala Chakraborti, vice-presidente de responsabilidade corporativa da Atlas Copco (foto).

Advertência: burocracia faz mal De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático, e 62% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. Setenta e quatro por cento concordam total ou parcialmente que o excesso de burocracia desestimula os negócios, incentiva a corrupção e a informalidade e faz o governo gastar mais do que o necessário. A pesquisa indica que 77% acreditam que o excesso de burocracia é uma das principais dificuldades para o crescimento da economia brasileira. Entre as pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos, esse número sobe para 82%. A pesquisa, que ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios, ainda aponta que para 75% o excesso de burocracia eleva os preços dos produtos e serviços.

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SindusCon-SP projeta retração de 7% no PIB da construção Em razão da piora do ambiente macroeconômico, principalmente dos indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), juros, inflação, emprego e câmbio, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou suas estimativas para baixo, prevendo uma retração de 7% para o PIB da construção em 2015 ante os 5,5% projetados anteriormente. A entidade tem como base projeções do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) para o PIB do Brasil, que apontam retração um pouco superior a 2% neste ano. Parceria para a Construction Expo 2016 A Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), organizadora da Construction Expo 2016 – Feira e Congresso Internacional de Edificações e Obras de Infraestrutura, que irá acontecer entre 15 e 17 de junho do próximo ano, associou-se à Câmara Espanhola de Comércio no Brasil. Com isso, o evento fará parte da rede de negócios da Câmara, que conta com associados dos mais diversos setores, portes e nacionalidades. Segundo Hugo Ribas Branco, diretor de operações e feiras da Sobratema, existem na Espanha diversos projetos bem-sucedidos de mobilidade urbana e de infraestrutura de cidades que são exemplos para todo o mundo. “Por isso, essa aliança é estratégica, uma vez que o objetivo da Construction Expo 2016 é mostrar para gestores públicos que existem soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida, a acessibilidade e o trânsito de seus cidadãos”, ressalta. Com o tema “Cidades em Movimento – Soluções Construtivas para os Municípios”, a Construction Expo reunirá, em um único ambiente, gestores públicos e empresas privadas, apresentando casos nacionais e internacionais de projetos na área de infraestrutura urbana. Para os profissionais de prefeituras e governos estaduais, será uma chance de entrar em contato com as melhores soluções em materiais, serviços, equipamentos e tecnologias. Já para as empresas do segmento, é uma oportunidade de mostrar eficientes soluções para redução de custos, além de outras que ampliem a produtividade, qualidade e agilidade em obras públicas. Setembro/Outubro 2015



Cenário

Brasil recicla cerca de 20% dos resíduos de construção Mercado é oportunidade de negócios para o setor de equipamentos De 50% a 70% de todos os resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades são provenientes de atividades ligadas à construção civil. Embora a implantação de usinas de reciclagem tenha crescido entre 20% e 30% nos últimos anos, metade dos municípios ainda destina seus detritos para lixões ou locais de depósito irregulares. O Seminário Nacional da Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, promovido pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon) em setembro, reuniu empresas de reciclagem, construtoras, poder público e terceiro setor para evidenciar a questão, discutir soluções para desafios e apresentar a pesquisa setorial desenvolvida pela associação. De acordo com o estudo, o setor deve crescer nos próximos anos, o que gera boas oportunidades para as empresas prestadoras de serviço da área de equipamentos. “Hoje os Estados Unidos reciclam 140 milhões de toneladas dos resíduos de

concreto, enquanto o Brasil nem sequer chega a 5% disso”, ressalta Hewerton Bartoli, presidente da Abrecon. “Ou seja, o potencial de crescimento é enorme.” A pesquisa apresenta dados importantes desse setor, identificando ou não a presença de legislação nas regiões onde atuam as usinas, bem como a capacidade instalada, qualidade do resíduo, tipos de produtos fabricados, dificuldades e principais gargalos enfrentados. Veja alguns destaques: - O setor de reciclagem de resíduos da construção e demolição é constituído por 310 usinas, classificadas em pequenas e médias empresas que, juntas, movimentaram cerca de R$ 391 milhões no último ano. Sessenta e quatro por cento das usinas faturam até R$ 100 mil por mês. - O Brasil gera anualmente 84 milhões de metros cúbicos de resíduos de construção e demolição. No último ano, as 310 usinas reciclaram cerca de 17 milhões de metros cúbicos. O restante seguiu para aterros sanitários ou teve outra destinação. - A reciclagem desse material subiu 2%, saltando de 19% para 21%. - A capacidade nominal de produção das usinas é de 38 milhões de metros cúbicos por ano. De acordo com a Abrecon, o setor tem plenas condições de dobrar essa quantidade. - Atualmente, 84% das usinas brasileiras são privadas. Em 2002, cerca de 80% pertenciam ao poder público. - O Estado de São Paulo concentra 54% das usinas instaladas no País. Na sequência vêm Rio de Janeiro e Paraná, cada um com 7% das recicladoras. Confira no site da Apelmat outros destaques da pesquisa.

Mapeamento Durante o evento, foi lançado o Mapa Abrecon, sistema de geolocalização de usinas em todo o Brasil. O fato de apresentar todas as recicladoras cadastradas no País contribui para aproximar o mercado gerador de resíduos e o consumidor de agregado das empresas que estão mais próximas do negócio. Para o conselheiro da Apelmat Antonio Augusto Ratão, da MRT – Manuel Ratão Tratores, o Mapa Abrecon é bem interessante para os associados. “Ele aponta as empresas licenciadas que fazem reciclagem do entulho da construção. Algumas delas, inclusive, são móveis. Por exemplo, a recicladora móvel fica onde uma fábrica está sendo demolida na Zona Sul. Além de triturar o material dessa obra, ela recebe de terceiros. Se você está na Zona Sul, não precisa levar ao bota-fora do outro lado da cidade. A recicladora recebe mediante o pagamento de uma taxa. A mobilidade do seu equipamento acaba sendo mais econômica. E há ainda a possibilidade de trocar o material descartado por reciclado”, detalha. Outro ponto relevante é que a recicladora entrega um comprovante de que o material foi levado para reciclagem. “Hoje a obra é obrigada a dizer para onde segue o entulho. Então, você está dentro da lei.” O mapa pode ser acessado no endereço http://abrecon.org.br/mapa/.

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Reportagem de Capa

Crise não é o fim do mundo! Empresários de sucesso mostram que decisões certas e muito trabalho podem fazer uma organização superar a recessão econômica e fases ruins nos negócios

O

péssimo momento da econo.mia brasileira é um fato: em setembro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu que o PIB nacional encolherá importantes 2,8% em 2015. Mas nem por isso o empresariado deve se limitar a reclamar da situação, cortar despesas, frear investimentos e talvez demitir colaboradores... A história está repleta de executivos que souberam enfrentar momentos complicados com criatividade e liderança, segurando firme o leme dos negócios e, após passar pela tempestade, deram a volta por cima, voltando a navegar em águas calmas. Clodoaldo Nascimento, presidente da rede de ensino de idiomas YES!, é um desses exemplos de sucesso capazes de inspirar empreendedores que enfrentam tempos difíceis. No caso dele, os problemas não foram causados por abalos nas finanças do País, mas por uma decisão ousada: reformatar a empresa para se adequar às regras de franchising. Essa atitude representou, no início, a perda de 20 unidades da empresa.

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ANÚNCIO

Clodoaldo Nascimento, da rede de ensino de idiomas YES! “É importante que o empresário faça algo diferente do que era feito quando entrou na fase ruim. Ou seja, inovar”

“Algumas pessoas tinham regime de concessão de uso de marca e se mostraram resistentes às mudanças que passariam a ter que adotar. Outras não tinham o perfil adequado para o que queríamos e foram descontinuadas”, explica. “Em um primeiro momento isso foi um baque, pois o nosso plano era crescer. Mas, com a comercialização da primeira franquia, vimos que estávamos no caminho certo. E a continuidade das vendas das unidades franqueadas deu o ânimo que precisávamos para seguir em frente.” Setembro/Outubro 2015


Reportagem de Capa A decisão de investir no sistema de franchising foi tomada em 2006, dois anos após Nascimento, que era proprietário de duas unidades da YES!, comprar a marca das herdeiras do fundador da empresa e assumir a presidência. O objetivo era padronizar todas as escolas que faziam parte da rede e expandir franquias para todo o Brasil, baseado nos resultados obtidos por ele em suas próprias unidades. “Se dava certo para mim, por que não aconteceria o mesmo nas outras escolas? E aí é confiança total no que se tem em mãos! Acreditar muito e pensar grande”, afirma ele. Para cumprir essa meta, a empresa se associou à Associação Brasileira de Franchising (ABF), contratou uma consultoria e mudou a sede, a identidade visual e o material didático. Além disso, investiu fortemente em divulgação e abriu dez novas unidades. A iniciativa rendeu frutos em pouco tempo: em 2007, apenas um ano após o início do projeto, a YES! ganhou o título de melhor franquia de idiomas da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Entre outros prêmios que vieram depois, a empresa recebeu em 2015, pela décima vez consecutiva, o conceituado Selo de Excelência em Franchising, concedido pela ABF. Atualmente, a rede de idiomas possui 151 escolas em todo o Brasil, sendo que apenas duas unidades são próprias. No ano passado, o faturamento da YES! foi de R$ 32 milhões, com 10% de crescimento em relação ao período anterior. Para este ano, a meta é de R$ 40 milhões e 200 unidades em operação, espalhadas por todos os Estados. São planos ousados para um cenário difícil da atividade econômica como o previsto para o Brasil, mas nem a crise é capaz de frear o espírito empreendedor de Nascimento. “São em momentos como este que você consegue crescer, pois as oportunidades surgem de forma mais fácil. É preciso ficar atento a elas”, acredita. No caso de sua empresa, o alto índice de desemprego – a taxa ficou em 8,3% no segundo trimestre de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – gera uma nova demanda, formada por gente que deseja aprender idiomas com a intenção de melhorar o currículo e se recolocar no mercado. “No primeiro semestre, a busca por cursos de inglês cresceu 15%, enquanto as aulas de expansão subiram 8%”, diz o executivo. Ter uma boa visão sobre as possibilidades do seu negócio é importante, mas ser otimista e perseverante também ajuda muito quem deseja superar um momento desfavorável, afirma Nascimento. “Para sair da crise, o empresário deve se

empenhar e se doar cada vez mais para sua empresa. Além disso, é importante que ele faça algo diferente do que era feito quando entrou na fase ruim. Ou seja, inovar.” “Maior crise é a de falta de confiança” Ousadia também foi o combustível por trás da criação da rede de franquia de aluguéis de máquinas Casa do Construtor. Fundadores e proprietários da empresa, Expedito Arena e Altino Cristofoletti Junior tiveram a coragem de iniciar o negócio no ano de 1993, época em que a economia local estava em um período tão difícil quanto os tempos atuais, e com o agravante de uma hiperinflação.

Expedito Arena, da Casa do Construtor “A maior das crises é a de falta de confiança. Muitas empresas têm projetos que poderiam produzir oportunidades, mas não os colocam em prática por desconfiança”

“Nascemos num momento difícil para o Brasil, e a crise força a sair de uma zona de conforto que, em outra situação, você jamais abandonaria. E isso é muito bom. Para não desanimar, você tem que ser a pessoa que mais confia no projeto, na ideia. Se não estiver convencido disso, ninguém vai acreditar que sua ideia é boa. Sua empresa já nascerá morta”, fala Arena. De acordo com o empresário, a Casa do Construtor nasceu inspirada nas dificuldades que enfrentava em seu negócio anterior, uma pequena construtora. “Na época, havia grandes empresas que alugavam equipamentos para grandes construtoras com muita burocracia. Pensávamos em ser diferentes”, diz. “Abrimos o negócio baseados no nosso feeling. Se tivéssemos feito um plano de negócio detalhado, desistiríamos da ideia.”

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Reportagem de Capa A empresa começou com uma lojinha em Rio Claro (interior de São Paulo) que era administrada por terceiros sob a supervisão dos fundadores. Com o sucesso do empreendimento, Arena e Cristofoletti fizeram planos de abrir novas unidades em municípios vizinhos, mas a falta de capital os impedia de comprar mais equipamentos para fazer a locação. A solução encontrada foi adotar o sistema de franchising para melhorar as compras e o posicionamento no mercado com o apoio de parceiros. Após anos de preparação e estudos, eles inauguraram a segunda Casa do Construtor, em 1997, na cidade de Araras, como uma loja própria, mas funcionando no sistema de franquia. “Um ano depois, abrimos nossa terceira unidade, em Limeira, e a nossa primeira franquia em Americana. Buscávamos crescer nas cidades próximas, o que foi um grande acerto no início da nossa trajetória”, explica Arena. A ideia deu tão certo que a empresa, hoje proprietária de 222 lojas em todas as regiões do País, já ganhou vários prêmios de franchising. Foi eleita a melhor franquia do Brasil pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios em 2010 e, dois anos depois, pela ABF. Sob o ponto de vista econômico, também se tornou um case de sucesso. “Nos últimos

anos, crescemos no mínimo 14 vezes o PIB”, comemora Arena. E segue em alta neste ano, apesar da crise: cálculos internos apontam expansão de 8,9% em toda a rede (2% com a mesma base de lojas), índice que está na contramão do mercado de locação em geral, que caiu em torno de 30% a 40%. Apesar dos bons números, a Casa do Construtor está, sim, sendo afetada pelo mau momento da economia nacional. De acordo com Arena, o aumento do faturamento é mais tímido do que o de anos anteriores, assim como a inauguração de novas unidades. Apesar disso, as fachadas e os ambientes internos das lojas estão sendo revitalizados, ao mesmo tempo em que os funcionários e franqueados passam por um novo treinamento e investimentos em marketing são realizados. Nada de ficar parado! “É hora de rever processos, cortar gastos, analisar os custos e buscar surpreender o mercado. Mas a maior das crises é a de falta de confiança. Muitas empresas têm projetos que poderiam produzir oportunidades, mas não os colocam em prática por desconfiança”, diz o executivo. “Estamos atentos, focados nos clientes e analisando constantemente nossos pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças . Vamo s cap acitar f r an q u ead o s , colaboradores das lojas e da franqueadora, pois um bom time faz a diferença.”

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Reportagem de Capa Das finanças à alma O gestor precisa saber como lidar com o abalo psicológico de seus funcionários, que é causado por fatores como a pressão intensa por resultados e o medo do desemprego. A crise brasileira não afeta apenas os negócios, mas também o ambiente interno de uma empresa. O medo do desemprego, a pressão por resultados positivos, a perda de benefícios e a falta de perspectivas para promoções e aumentos salariais são fatores, reais ou imaginários, que podem tornar o clima bastante desagradável entre os funcionários. Diante disso, de que forma o líder deve agir? “O atual momento econômico exige que as empresas busquem soluções em meio a um cenário de desconforto, mais do que financeiro, emocional. O chefe deve ter consciência de como responder às ameaças e às novas experiências em um ambiente de mudanças muito sensível, em que existem necessidades motivacionais e as reações têm que ser adequadas mesmo sob pressão e estresse”, afirma a psicóloga e coach Adriana Fellipelli.

Adriana Fellipelli, psicóloga e coach “O líder precisa tomar novas atitudes porque, como diz um ditado chinês, se você não mudar a direção, terminará exatamente no lugar de onde partiu'”

A consultoria McKinsey aponta, por meio de pesquisa divulgada em janeiro deste ano, quatro medidas que devem ser adotadas pelos gestores para conseguir atender a essas exigências: dar apoio aos outros, trabalhar fortemente em busca de resultados, buscar pontos de vista diferentes e resolver problemas de maneira eficaz. Essas características foram observadas como comuns aos líderes mais bem avaliados de 81 organizações de segmentos e tamanhos variados da Ásia, Europa, América Latina e América do Norte. O líder dá apoio a seus funcionários de maneira correta, de acordo com Adriana, quando age com transparência em relação à realidade da companhia e às ações que estão sendo tomadas para superar a crise. “As pessoas já vivem um momento de insegurança, incerteza e medo. Com o treinamento adequado, o gestor pode lidar melhor com esses sentimentos, sendo dele mesmo ou de seu colaborador”, explica. Suportes eficientes para abordar essa questão já adotados por muitas empresas, alguns instrumentos são utilizados pelos departamentos de Recursos Humanos para aprimorar o autoconhecimento dos colaboradores. Alguns deles são o MBTI (identificação de tipos psicológicos com base nos estudos de Carl Jung), o método de avaliação multidimensional Birkman e o teste comportamental TKI. Essas ferramentas traçam perfis dos funcionários e também podem servir como base para que o líder tome decisões que solucionem problemas de maneira efetiva e satisfatória, na medida do possível, para a sua equipe. Funcionam também como fonte de apoio para a conciliação de pontos de vista diferentes entre os seus colaboradores. Nada disso é suficiente, porém, se o gestor não buscar resultados com urgência ainda maior do que em tempos de prosperidade econômica. Afinal, é disso que dependem não apenas a sobrevivência da companhia, mas também a de seu próprio emprego. Para fazer isso em uma atmosfera tão estressante quanto a de uma corporação em crise, Adriana recomenda a criação de um ambiente de trabalho onde a criatividade é estimulada, os líderes saibam recompensar e o colaborador possa aprender constantemente. “Instrumentos existem, basta saber onde buscálos. É possível promover mudanças mesmo em uma empresa conservadora, pois alterações desse tipo não dependem mais apenas da cultura organizacional hoje em dia. O líder precisa tomar novas atitudes porque, como diz um ditado chinês, ‘se você não mudar a direção, terminará exatamente no lugar de onde partiu’”, finaliza Adriana, que também é CEO da consultoria Fellipelli.

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Manutenção e Mercado

Operador bem cuidado O trabalho é pesado, mas a tecnologia é uma aliada importante para torná-lo menos desgastante. Fabricantes mostram o que as máquinas de última geração oferecem em termos de segurança e conforto para que o dia a dia seja mais leve e, consequentemente, mais produtivo

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perfil do consumidor de hoje é .o de alguém muito mais exigente que no passado. Graças às ferramentas disponíveis atualmente, o ato de compra é precedido por pesquisas aprofundadas, comparações, procura por indicações, testes e muita análise. No caso de equipamentos da Linha Amarela – bens que exigem alto investimento –, essa avaliação prévia é ainda mais importante e, nela, conforto e segurança estão no topo da lista. “A ergonomia tem evoluído muito e, nos últimos anos, ganhou atenção especial. Comprovadamente, a produtividade do equipamento está ligada à segurança e ao conforto do operador, pois quanto mais bem instalado ele estiver, maior rendimento oferecerá”, justifica Carlos França, gerente de marketing da Case Construction Equipment.

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Carlos França, da Case Construction Equipment “A produtividade do equipamento está ligada à segurança e ao conforto do operador”

Com o intuito de garantir o bem-estar do operador e, dessa forma, proporcionar mais produtividade, fabricantes como a Case Construction, a BMC-Hyundai e a New Holland têm enfatizado essas vantagens nos modelos mais recentes que entregaram ao mercado. No portfólio recente da Case, por exemplo, há inovações que abrangem desde a ergonomia dos assentos até facilidades na navegabilidade e controles eletro-hidráulicos. “Na escavadeira hidráulica CX220C, lançada em março deste ano e fabricada na unidade de Contagem (MG), além de ar-condicionado e poltronas com regulagem de assento e encosto, disponíveis para todos os modelos da marca, destacam-se a cabine confortável, silenciosa e segura, e os comandos leves e precisos”, enumera França. Setembro/Outubro 2015


Manutenção e Mercado Segundo o gerente de marketing da empresa, o conjunto de opcionais da CX220C inclui alguns dos recursos consagrados em carros de passeio, como a câmera de ré. “Nos veículos, ela é utilizada para facilitar manobras. Na CX220C, além desse aspecto, o dispositivo assume uma característica de item de segurança, uma vez que proporciona ao operador uma visão clara de obstáculos ou pessoas na parte traseira do equipamento”, explica. Por meio de um novo monitor colorido similar ao computador de bordo dos automóveis, a operação da máquina pode ser monitorada sem que seja preciso desviar a atenção da tarefa que está sendo executada. E para que a navegação seja ainda mais simples, o teclado de configuração da máquina foi redesenhado. Também lançados pela Case neste ano, os tratores de esteiras modelos 1150L, 1650L e 2050M apresentam, além dos itens de segurança e conforto citados anteriormente, duas entradas – uma de cada lado da cabine –, com portas que se abrem 180 graus. “Na operação, tanto o joystick direito quanto o esquerdo dispõem de controle eletro-hidráulico, o que praticamente elimina a fadiga do operador”, descreve França. Enquanto o joystick direito controla todos os movimentos da lâmina e inclui a posição de flutuação, o esquerdo é usado para os movimentos da máquina. Proteção em caso de acidentes Conhecidas pelas siglas ROPS e FOPS (de RollOver Protective Structures e de Falling-Object Protective Structures, respectivamente), duas normas tratam especificamente da segurança do operador em caso de acidente. A primeira, baseada na ISO 1117, certifica que a cabine preservará um espaço interno para a segurança do operador mesmo que deformada por tombamento. Já a segunda, baseada na norma internacional ISO 10262, cuida da integridade do operador em caso de queda de um objeto pesado sobre o teto.

Tiago Marques, da New Holland “Pesquisas e o acompanhamento de campo mostram que empregados que desenvolvem suas atividades em ambientes agradáveis e seguros aumentam sua produtividade”

Ambas foram previstas na concepção da cabine da escavadeira hidráulica CX220C da Case e também foram certificações obtidas pelas escavadeiras série C da New Holland Construction. “A busca pela satisfação de nossos clientes não só está pautada em requisitos como produtividade, economia e durabilidade. Está também alinhada à segurança e à conformidade para que o operador desenvolva sua atividade de forma mais eficiente”, pondera Tiago Marques, especialista de marketing de produto da New Holland Construction. Entre os demais itens de segurança incorporados aos novos lançamentos, Marques destaca o sensor no banco do operador. “Ele atua de forma a bloquear todo o sistema do trator caso o operador não esteja sentado, impedindo o acionamento de comandos de forma acidental”, explica. Assim como a Case, ele também cita a câmera de ré, que possibilita ao operador enxergar áreas que normalmente seriam pontos cegos durante a operação. Para proporcionar mais conforto, os novos modelos da New Holland incluem bancos com suspensão a ar, maior área envidraçada, novos posicionamentos do quadro de instrumentos e comandos posicionados de forma ergonômica. “As empresas estão valorizando esses itens, pois contribuem para um menor índice de absenteísmo, uma vez que o ambiente de trabalho fica mais favorável para o operador desenvolver sua atividade”, observa o especialista de marketing da New Holland. Marques acrescenta que esses componentes são tratados como standard e que a empresa negocia diretamente com seus fornecedores e parceiros para que essas vantagens sejam oferecidas sem acréscimos no valor final do produto. “Enxergamos isso como um diferencial da marca”, declara. “Os proprietários buscam equipamentos que tenham essas características, pois as pesquisas e o acompanhamento de campo mostram que empregados que desenvolvem suas atividades em ambientes agradáveis e seguros aumentam sua produtividade e a satisfação no trabalho que desenvolvem.” Satisfação = maior produtividade A BMC-Hyundai, por sua vez, desenvolveu sua série 9S pautada principalmente no conforto do operador. Para a empresa, o trabalho já é extremamente estressante por si só e, por isso, o ambiente deve ser o mais acolhedor possível. Com esse objetivo, as cabines contam com o conforto dos assentos, espaço adicional, ar-condicionado e sistema de áudio com tocador USB e AM/FM estéreo. “Nas cabines da série 9S, o operador pode

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Manutenção e Mercado ajustar facilmente as configurações do assento, console e apoio para os braços para melhor se ajustar às suas preferências operacionais pessoais. A posição do assento e a do console podem ser ajustadas juntas e independentemente entre si”, explica Felipe Augusto Caetano, coordenador de pós-vendas da empresa.

Felipe Caetano, da BMC-Hyundai “A satisfação do usuário com os itens que promovem conforto no momento da operação com certeza influenciará na produtividade do equipamento, pois eles também tornam as operações mais fáceis”

A ergonomia foi contemplada no aprimoramento da suspensão do assento, que pode ser ajustado facilmente por um botão seletor que permite aumentar ou diminuir sua altura. Também foram desenvolvidos joysticks ergonômicos com botões de controle auxiliares para o uso de acessórios e novos consoles, que passaram também a ter altura ajustável.

A execução das tarefas poderá se tornar mais fácil com o novo painel, que possui tela LCD colorida de 7 polegadas de largura e interruptor de alavanca que permite ao operador selecionar suas preferências pessoais da máquina. Por meio dele, é possível escolher modo de potência e trabalho, acionar o autodiagnóstico, a câmera traseira de visão (opcional), e também fazer um check-list de manutenção e segurança. “A satisfação do usuário com os itens que promovem conforto no momento da operação com certeza influenciará na produtividade do equipamento, pois eles também tornam as operações mais fáceis”, afirma Caetano. Segundo os conceitos da BMC-Hyundai, uma operação segura só poderá ocorrer caso haja uma boa visibilidade dentro da cabine. Tendo isso em perspectiva, foi incorporada uma janela direita maior, agora única, o que resultou em uma melhor visão à direita. Do mesmo modo, a emenda da janela frontal foi reduzida para proporcionar maior alcance visual. A nova série também traz vidro de segurança em todos os lados e quebra-sol para conveniência do operador. E quando o assunto é segurança, a estrutura da máquina é muito mais do que mero design. No caso dos lançamentos da empresa, a construção da nova cabine é feita com tubos de aço. O material foi escolhido principalmente por sua resistência a impactos, o que resulta em maior proteção em caso de acidente. Um novo mecanismo de abertura/fechamento das janelas também foi pensado para garantir a proteção adicional ao usuário. Graças a essa inovação, essas operações são feitas por meio de suporte de elevação do cabo e da mola e alavanca única.

Equipamentos

De olho na telinha Certificação Série S9 da BMC-Hyundai A escavadeira CX220C da Case Construction As escavadeiras série C da New Holland As cabines contam com o conforto dos tem monitor colorido similar ao computador Construction contam com certificação ROPS assentos, espaço adicional, ar-condicionado de bordo dos automóveis e FOPS. Além disso, entre os itens de e sistema de áudio com tocador USB e AM/FM Joystick estão sensor no estéreo. Além disso, foram feitas com tubos de Escavadeira CX220C da Case Constructionsegurança e conforto No trator de esteiras 1150L da Case, tanto o joystick banco do operador, ré, maior dispõem aço,de material maior resistência a impactos Poltronas com regulagem de assento e encosto, direitocâmera quantode o esquerdo controlecom eletro-hidráulico, área envidraçada e comandos cabine confortável, silenciosa e segura o que contribui para eliminar a fadiga do operador posicionados de forma ergonômica

Veja + A Case Construction investiu em opcionais importantes para garantir a ergonomia, o conforto e a segurança durante a operação. Confira os detalhes no site da Apelmat.

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Setembro/Outubro 2015



Entrevista

Nadando contra a corrente A Titan Pneus investe para fechar o ano com resultados positivos, apesar do cenário de retração que se instaurou no País

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ornecedora homologada pelas montadoras Caterpillar, CNH, JCB e Randon para o mercado OTR (off the road), a Titan Pneus anunciou, em 2014, um aporte de US$ 25 milhões em investimentos diretos. Esse valor foi usado para, entre outras coisas, aumentar a capacidade de produção, modernizar o parque industrial e ampliar a linha de produtos, que, nos últimos quatro anos, foi acrescida de “30 novas medidas de produção 100% nacional”. Quem fornece esses dados é Emydio Gaio, responsável pelo desenvolvimento da marca no Brasil. Profissional de carreira na companhia, ele assumiu o desafio de manter o crescimento dentro do segmento de máquinas.

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Emydio Gaio, da Titan Pneus “Com nossa estratégia de crescimento na linha fora de estrada, temos projeção de crescimento expressivo para o fim do ano”

Gaio iniciou sua carreira na Goodyear em 2005. Quando, em 2011, os negócios da linha Goodyear Farm Tires para a América Latina foram adquiridos pela Titan International, o executivo passou a ser consultor de vendas da Titan Pneus do Brasil nos segmentos Agro/OTR e Truck para os Estados da Região Sul, posição que ocupou até março deste ano. Desde então, assumiu a área de negócios OTR da empresa e tem como meta aumentar a participação de mercado da companhia por meio de uma série de ações comerciais e também pelo desenvolvimento de produtos cada vez mais direcionados. “Contamos com 20% de share of market (SOM) no equipamento original e 9% na reposição. Com nossa estratégia de crescimento na linha fora de estrada, temos projeção de crescimento expressivo para o fim do ano”, afirma, na contramão dos pessimistas. Setembro/Outubro 2015


Entrevista Revista Apelmat/Selemat Desde que assumiu a área de negócios OTR, um de seus principais desafios tem sido o de manter o crescimento da marca. Quais as ações tomadas com essa finalidade? Emydio Gaio A Titan investe forte na ampliação do seu portfólio de modelos diagonais e radiais para o segmento OTR e já ocupa posição de destaque na venda de pneus para a indústria de máquinas voltadas à construção e mineração. Devido ao grande potencial do mercado brasileiro, a Titan pretende continuar expandindo sua participação de mercado com ações comerciais, desenvolvimento dos seus canais de distribuição e diversificação das linhas de produtos. Além disso, buscaremos oferecer um atendimento diferenciado ao consumidor, em especial na assistência técnico-comercial, antes, durante e após a venda. RAS Recentemente, a Titan adicionou novas medidas com produção nacional. Há outros planos de investimento? EG Nos últimos anos, a Titan reforçou seu compromisso com o Brasil investindo US$ 25 milhões concentrados no aumento da capacidade de produção e na modernização do parque industrial. A aquisição de novos equipamentos, tais como prensas e moldes, para garantir um maior ganho em escala e o lançamento de novas linhas também foram feitos. A partir dos investimentos em nossa planta industrial, aliados aos trabalhos realizados pelas equipes de engenharia, pelos técnicos de campo e pela área comercial, a Titan segue inovando com novos modelos e medidas de pneus para atender ao mercado OTR. O resultado disso está na incorporação, apenas nos últimos quatro anos, de 30 novas medidas de produção 100% nacional. O portfólio compreende pneus para aplicação em equipamentos para obras de infraestrutura, mineração e operações portuárias, tais como motoniveladoras, pás-carregadeiras, caminhões articulados e rígidos, rolos compactadores, retroescavadeiras e outros. Além dos produtos nacionais, importamos outras medidas que tenham demanda no mercado. Estamos trabalhando com mais dois lançamentos previstos para 2015 e início de 2016. A primeira medida será a 18.00-25 SMO 40 PR, aplicada em equipamentos Reach Stacker (máquinas para movimentação de contêiner), utilizados em portos. A outra medida prevista é a 14.00R24 TG2, que irá complementar nossa linha radial e aplicada em motoniveladoras.

RAS Qual o posicionamento de mercado da Titan em relação à linha OTR? E qual a meta a ser alcançada? EG Contamos com 20% de share of market (SOM) no equipamento original e 9% na reposição, no acumulado de janeiro a julho. Com nossa estratégia de crescimento na linha fora de estrada, temos projeção de crescimento expressivo para o fim do ano. RAS Com os recentes lançamentos exibidos na M&T Expo voltados para pás-carregadeiras e motoniveladoras, a Titan oferece quais diferenciais competitivos para o segmento de máquinas da Linha Amarela? EG Nossos produtos oferecem em sua construção atributos tecnológicos, tais como capacidade de tração, desenho e profundidade da banda de rodagem adequados para cada tipo de operação, carcaça reforçada para suportar a carga e torque dos equipamentos, além de compostos adequados de borracha, assegurando maior resistência a corte. Nossa preocupação é sempre a busca por durabilidade e qualidade do produto, diminuindo o desgaste, trazendo mais benefícios, mas sem descuidar do fator preço. RAS Dados divulgados pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos indicam que a venda de pneus à indústria automotiva deve fechar o ano cerca de 19% abaixo em relação a 2014 e que, nos primeiros sete meses do ano, a tonelagem teve redução de 30,7% devido à grande diminuição das vendas de pneus de carga. Quais as expectativas da Titan para o fechamento de 2015? EG O período de retração econômica ao qual o mercado brasileiro está sendo submetido neste ano provoca impacto no planejamento realizado pelas empresas, porém isso não significa que o resultado final em dezembro tenha de ser ruim. Neste cenário, a Titan redobrou seus esforços para manter sua participação de mercado dentro das metas estabelecidas no planejamento anual, em que apostamos na manutenção da demanda pela reposição. Projetamos crescer este ano dois dígitos percentuais versus nosso fechamento de 2014, devido ao aumento do nosso portfólio de produtos e de nossa rede de revendedores, sem esquecer do trabalho junto às principais montadoras.

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Gestão e Negócios

Prevenção é a arma do negócio As regras de segurança no trabalho impedem acidentes e mortes, poupam dinheiro e evitam a sobrecarga da Previdência Social

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s empresas brasileiras ainda têm muito a fazer para melhorar a segurança no emprego. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, o Brasil é a quarta nação com mais mortes por acidentes no trabalho. Os índices mais recentes da Previdência Social, de 2013, apontam que quase 720 mil ocorrências do gênero foram registradas no País, com 2.814 mortes e 16.121 incapacidades permanentes. E o cenário não é trágico apenas do ponto de vista da saúde do funcionário, mas também das finanças públicas: em 2014, os gastos com benefícios e indenizações ultrapassaram os R$ 10 bilhões. Preocupado com essa situação, o governo federal lançou em março a Estratégia Nacional para Redução de Acidentes do Trabalho, plano de ação que tem o objetivo de reduzir o problema no Brasil. O Ministério do Trabalho também anunciou a adesão ao Movimento Abril Verde, iniciativa do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Paraná (Sintespar) que visa a colocar em pauta os cuidados com a segurança e a saúde do trabalhador brasileiro. Iniciativas estatais à parte, o que as empresas podem (e devem) fazer para garantir a integridade física de seus empregados?

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Cosmo Palasio de Moraes Jr., da Fenatest “Os programas que tratam de segurança e saúde no trabalho só cumprem o seu objetivo se forem específicos para a organização que pretende aplicá-los”

Em primeiro lugar, as empresas precisam se esforçar em realmente promover o bem-estar dos seus colaboradores no ambiente de trabalho. De acordo com o consultor de empresas Cosmo Palasio de Moraes Jr., vice-presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest), boa parte delas pensa no assunto só para cumprir tabela, tomando medidas protocolares com o objetivo de escapar das punições previstas em lei para quem ignora o tema. Setembro/Outubro 2015


“Os programas que tratam de segurança e saúde no trabalho só cumprem o seu objetivo se forem específicos para a organização que pretende aplicá-los, não apenas para cumprir a lei”, afirma. “Eles são de essencial importância, mas se feitos como mera formalidade custam dinheiro e não dão bons resultados. Por isso, é importante que, ao contratar ajuda especializada, as empresas levem em conta se aquele profissional vai ser útil de fato ou vai apenas enchê-las de papéis e nada mais.” Segundo a lei brasileira, todas as companhias com ao menos um funcionário CLT devem adotar programas para preservar a saúde e a segurança de seus profissionais. Caso tenham menos de 50 funcionários, devem nomear um funcionário para garantir o cumprimento dessas normas; se o número for superior, exige-se a criação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). A contratação de profissionais especializados em segurança e medicina do trabalho (engenheiro, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, técnico) não é obrigatória para todas as empresas. Essa necessidade existe apenas para quem se enquadra nas regras determinadas pela Norma Regulamentadora 4, do Ministério do Trabalho, que classifica as companhias de acordo com a sua atividade final e o número de funcionários. Para determinadas tarefas, porém, o auxílio de um técnico é muito útil, segundo Palasio. “Esse profissional pode ajudar na elaboração de listas de verificação, por exemplo, e treinar e ajudar os gestores para a implantação dos programas necessários. Ele é capaz de identificar e preparar o atendimento dos requisitos básicos que respeitam a legislação em vigor naquilo que seja pertinente às atividades que a empresa realiza, assim como prevenir possíveis riscos aos profissionais. Mas também precisa ter muita experiência nesse tipo de tarefa, além do conhecimento teórico, para não ‘engessar’ o andamento dos trabalhos com formalidades que não agregam nada”, afirma. Jornada A ação do gestor é baseada em três etapas. Para começar, ele deve fazer um bom diagnóstico das condições de segurança e saúde, considerando os aspectos técnicos e a própria realidade da empresa, além da legislação brasileira que trata do assunto. Esse estudo deve analisar não apenas os empregados, mas também o maquinário, os equipamentos, os métodos de trabalho e tudo mais que impactar nas atividades. O passo seguinte é a elaboração de um bom planejamento e de um manual de segurança e saúde, que deve servir tanto para funcionários quanto para terceirizados. Nessa fase, são criadas as listas de verificação, também conhecidas como check-lists, que consistem em relações com os passos básicos a serem seguidos para diversos procedimentos – por exemplo, em relação à operação de máquinas e ferramentas ou à vistoria de equipamentos que podem causar danos aos trabalhadores se estiverem inseguros ou sem boa manutenção.

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Gestão e Negócios “Essas listas jamais devem ser vistas como mera formalidade. Recomenda-se, aliás, que os envolvidos recebam treinamento para utilizá-las, ainda que sejam operadores experientes. Nesse momento, é preciso criar uma política de consequências, com o apoio da área jurídica, e que tanto os empregados quanto os terceiros sejam informados sobre o que poderá ocorrer a eles em caso de descumprimento das normas”, diz Palasio. O próximo passo é orientar os empregados e verificar o cumprimento dos novos procedimentos de segurança, coisa que, para o vice-presidente da Fenatest, a maioria das empresas não faz. Outro erro básico que ele destaca, e que acontece nessa fase, é não conferir as máquinas, equipamentos e outros recursos utilizados nas operações. Por fim, o gestor se torna responsável por fazer a inspeção – ou seja, a observação em campo, fiscalizando o trabalho dos funcionários a fim de conferir se as regras previamente elaboradas estão sendo seguidas. Ele também faz a auditoria dos documentos gerados nesse processo. Em todas as fases, planejar é fundamental para evitar erros simples, mas que são encontrados de maneira corriqueira nas organizações. Há casos de empresas que, por exemplo, compram empilhadeiras que não cabem ou não podem ser manobradas facilmente em suas dependências. Em outras, funcionários são contratados com problemas de saúde fáceis de serem identificados, resultando em afastamentos por longos períodos para tratamento pouco tempo após o início do trabalho. No que diz respeito à terceirização dos serviços de segurança e saúde em uma companhia, o gestor deve acompanhar com rigor os procedimentos realizados pela contratada, que pode integrar programas como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho). Setores mais afetados Dentro de uma empresa, alguns departamentos são mesmo mais propícios a acidentes de trabalho e, portanto, merecem fiscalização especial por parte do gestor. É o caso das áreas de operação e manutenção, onde existem máquinas e equipamentos pesados e um acidente pode resultar em ferimentos sérios ou, em situações mais graves, mutilações permanentes e até mortes.

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Na área de operação, segundo o vice-presidente da Fenatest, uma das precondições para a prevenção é realizar exames específicos para identificar o que possa impedir os funcionários de realizar a atividade com segurança. “Pode ser uma doença cardíaca, diabetes fora de controle, hipertensão ou outras coisas”, diz. Além da saúde, é preciso certificar-se de que o profissional tenha capacidade para operar. Dependendo do caso, essa habilidade pode ser assegurada por habilitação, qualificação ou capacitação, que devem ser exigidas e verificadas antes de se autorizar o empregado a trabalhar. Isso não significa que problemas com a integridade física ocorram somente com quem realiza as atividades mais pesadas. Muitos gestores cometem o erro de achar que acidentes e doenças do trabalho só acontecem no chão de fábrica, ignorando as demais seções da companhia. Em garagens e pátios, por exemplo, pode haver incidentes com manobras e reposicionamentos de veículos e máquinas, assim como com fixações ineficientes de objetos tanto no solo quanto em suspensão.

Segurança no trabalho passo a passo 1. Conheça as características da empresa e de seus departamentos, bem como dos trabalhadores que fazem parte dela 2. Mapeie as atividades e os processos de produção de todas as áreas da companhia, a fim de identificar possíveis falhas 3. Identifique as principais fontes de acidentes e os riscos que elas trazem 4. Verifique a situação da empresa em relação ao cumprimento das leis relativas à saúde e à segurança do trabalho 5. Defina metas e outros parâmetros que permitam mensurar o sucesso ou fracasso das políticas de prevenção de acidentes 6. Determine quais e como serão os programas que a empresa passará a adotar, assim como os gestores, os recursos a serem destinados e os prazos para conclusão das metas 7. Coloque em prática os programas formados pelas fases de controle operacional, medição e monitoramento para atingir os objetivos estipulados na etapa anterior. A ideia é estabelecer na companhia o ciclo básico de gestão de segurança e saúde no ambiente de trabalho, composto por cinco etapas: reconhecimento, antecipação, avaliação, prevenção e controle 8. Identifique e retifique possíveis desvios de rota, avaliando a necessidade de possíveis ações ou programas emergenciais, corretivos ou preventivos Setembro/Outubro 2015


Opinião

Aumento da capacidade de carga nas estradas compromete o pavimento Por Sílvio Ciampaglia*

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ma medida aprovada pelo governo há alguns meses pode trazer, a curto prazo, consequências graves para a segurança dos motoristas brasileiros e para a durabilidade do pavimento das estradas. Visando ao atendimento de demandas do setor de transporte de cargas, foi aprovada em março deste ano a Lei dos Caminhoneiros. Em seu bojo, a Lei 13.103/15 autoriza os caminhões a trafegar com tolerância de “até 10% sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo”. Essa simples mudança na capacidade máxima de carga traz benefícios para os transportadores, que poderão amenizar os custos dos transportes de produtos e serviços. Se por um lado a medida buscou atender à demanda de uma categoria importante para o desenvolvimento do País e com grande capacidade de organização e representatividade, por outro desconsiderou os riscos embutidos na medida.

*Sílvio Ciampaglia é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp)

Parece simples, mas não é. Comprovadamente, o aumento da tolerância de carga por eixo dos caminhões traz impactos significativos na qualidade do pavimento das estradas por uma razão técnica: elas não foram dimensionadas para esse volume de carga, ou seja, a lei trará vantagens ao transportador e ao embarcador e desvantagens à sociedade, que sofrerá com os transtornos ao tráfego, insegurança viária e arcará com os custos demandados na recuperação das vias. O que passaremos a observar, a partir de agora, é uma destruição acentuada da qualidade do pavimento das estradas. Além disso, as garantias das obras realizadas, para as quais foi considerado um determinado limite de carga nos pavimentos, estão comprometidas. As autoridades responsáveis pelas obras de infraestrutura rodoviária devem incluir imediatamente em suas pautas de trabalho a busca por uma solução que atenda ao setor de transportes de cargas, mas que não seja uma “bomba-relógio” para a segurança dos motoristas que utilizam as estradas brasileiras. Nesse sentido, já há algum avanço a destacar, como a manifestação da Secretaria Estadual de Logística e Transportes de São Paulo, que, em resposta à consulta realizada pelo Sinicesp, reconheceu que uma tolerância de até 10% sobre o limite de eixos implicará redução de até 50% no tempo de vida útil do pavimento, e por isso, diante desse fator, os órgãos administradores das rodovias terão um aumento substancial dos gastos com manutenção, tornando a situação econômica ainda mais frágil, pois os impactos no custo logístico afetam necessariamente uma longa cadeia de consumidores.

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Obras

Do canteiro de obras para a lavoura Consagrados no segmento de construção civil, os equipamentos pesados vêm se destacando também em atividades voltadas ao agronegócio. Feiras direcionadas aos empresários e produtores rurais deram uma boa mostra dessa tendência

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agronegócio brasileiro, ainda .que baqueado de alguma maneira pelo cenário econômico interno, apresenta números que não são vistos comumente hoje em dia: segundo dados divulgados em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra brasileira deve somar 210 milhões de toneladas em 2015, o que representa um crescimento de 8,6% em relação à produção de 2014, que foi de 193 milhões de toneladas. Esse foi o maior valor previsto desde 1975, quando teve início a série histórica. Para alcançar esse desempenho positivo, calcado principalmente no aumento da produtividade, o acesso às inovações tecnológicas voltadas para cada etapa da cadeia de produção é indispensável. E grande parte desses avanços se deve ao uso das mais modernas máquinas agrícolas e, em alguns casos, de modelos concebidos originalmente para construção civil e infraestrutura. “Por meio delas se obtêm melhor

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Leandro Pires, da John Deere “O aumento de produtividade continuará sendo demandado em função da competição internacional das commodities agrícolas e da sustentabilidade”

uso da terra, redução de custos com insumos, redução de desperdícios de produção e melhor eficiência operacional”, aponta Leandro Pires, engenheiro mecânico e mestre em economia, gerente de administração de vendas da John Deere. O gerente da John Deere acredita que esse cenário revela um alto potencial para que a disponibilidade de solo arável ainda não explorada seja aproveitada. “Entretanto, o aumento de produtividade continuará sendo demandado em função da competição internacional das commodities agrícolas e da sustentabilidade de longo prazo”, pondera, acrescentando que, segundo o Ministério da Agricultura, o PIB do agronegócio cresceu 1,08% e representou 21,3% do PIB do Brasil em 2014. Setembro/Outubro 2015


Obras Diferentemente dos dados gerais do Brasil, o saldo da balança comercial do agronegócio seguiu em curva ascendente de 2009 a 2013, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). De 2009 a 2014, o salto foi de US$ 54,9 bilhões para US$ 80,1 bilhões. Em relação a 2013, porém, houve queda: o saldo registrado naquele ano foi de US$ 82,9 bilhões. Sobre a comercialização de máquinas, os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que as vendas internas de tratores de rodas passaram de 65.089 unidades para 55.623 entre 2013 e 2104, enquanto o número de tratores de esteiras caiu de 942 para 835 no mesmo período. Para o mercado externo, foi observado um crescimento na venda de tratores de esteiras, que totalizou 1.869 unidades perante as 1.580 de 2013.

Já as escavadeiras hidráulicas, por exemplo, abrem valas enquanto as minicarregadeiras, por sua vez, podem ser equipadas com múltiplos implementos como caçambas, valetadeiras, roçadeiras, perfuratrizes e garfos pallets, que as tornam muito versáteis para atividades no setor agropecuário como carregamento de fardos e limpeza de currais. “Com o equipamento de construção adequado, é mais fácil padronizar o tamanho dos talhões, a largura dos carreadores, padronizar as áreas de carregamento e os modelos de curva de nível a serem adotados”, completa Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da New Holland Construction.

O pé da construção no campo As máquinas de construção têm encontrado aplicações variadas dentro do agronegócio – na cana-de-açúcar, em grãos (como soja e arroz, incluindo a cultura de arroz irrigado, muito comum no Rio Grande do Sul), na pecuária, fertilizantes, vinícolas etc. –, além das atribuições mais comuns, quando são adotadas na manutenção das unidades produtivas, na abertura de estradas para escoamento da produção, no preparo do solo e no manuseio de insumos, entre outros serviços. Reinaldo Remião, gerente nacional de vendas da Case Construction Equipment, explica que, com a mecanização da lavoura, os equipamentos de construção também são cada vez mais utilizados nas fazendas, que buscam a sistematização da produção para garantir maior eficiência das máquinas agrícolas. “O nivelamento do solo e as operações de terraceamento são extremamente importantes para a colheita mecanizada de cana-de-açúcar, garantindo a qualidade de matéria-prima.” Além dessas funções, Remião enfatiza o uso de tratores de esteiras para, por exemplo, operações de destocamento, preparo do solo para o plantio e limpeza de terrenos. Segundo ele, as vendas de máquinas de construção para o agronegócio crescem a cada ano e já representam 10% do volume total da marca no Brasil.

Agrishow A Case Construction expôs, entre outros itens, a escavadeira hidráulica CX220C

Rocha fala que a retroescavadeira, além de ser uma máquina usada amplamente no setor de construção, também tem sido adotada em atividades ligadas ao agronegócio, como nas culturas de soja, milho, arroz, trigo, cana-de-açúcar e na pecuária. Entre as diversas atuações, a máquina pode trabalhar, por exemplo, no desassoreamento, limpeza, confecção de curva de nível, adubação, cultivo e irrigação. “A retroescavadeira se destaca principalmente pela relação custo-benefício positiva”, afirma. Tecnologia em exposição Considerada uma das três principais feiras de tecnologia agrícola do mundo e a maior e mais importante na América Latina, a Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – é uma boa mostra desse potencial. Em sua 22ª edição, realizada no primeiro semestre deste ano em Ribeirão Preto (SP), ela reuniu importantes lideranças empresariais e setoriais, assim como fabricantes e empresas que compõem toda a cadeia produtiva.

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Obras Segundo dados oficiais da organização, cerca de 160 mil visitantes estiveram na área de 440 mil metros quadrados reservada ao evento. Além de autoridades como o governador Geraldo Alckmin e os ministros Katia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Gilberto Kassab (Cidades), entre outros, também foram recebidos convidados para a tradicional caravana de produtores rurais promovida por entidades como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que este ano envolveu mais de 15 mil agricultores.

Neste ano, a marca esteve na Agrishow ao lado da Case IH, braço agrícola do grupo, que fabrica e comercializa tratores de rodas, colheitadeiras e outros equipamentos de aplicação direta no agronegócio e também pertencente à CNH Industrial. Da Case, foram apresentados três modelos de tratores de esteiras – 1150L, 1650L e 2050M –, produzidos na fábrica de Contagem (MG), que resultaram de um investimento US$ 10 milhões em desenvolvimento de produtos. Segundo a empresa, os modelos L são equipados com motor Case common-rail, Tier III, e o modelo 2050M com o Tier II, de acordo com as normas ambientais europeias de baixos níveis de ruídos e poluentes. Eles possuem seis cilindros, tecnologia e projetos superiores que garantem respostas rápidas e baixo consumo de combustível.

Exposição A New Holland Construction exibiu na Agrishow o trator de esteiras D180C (foto) e a escavadeira E215C, considerada “multiuso” por causa da aplicação tanto na construção civil quanto na mineração e no agronegócio

Nesse universo composto por 800 marcas – incluindo máquinas, implementos agrícolas, sistemas de irrigação, acessórios, peças –, as fabricantes de equipamentos pesados da Linha Amarela também estiveram presentes para oferecer suas soluções para o setor, com vistas à redução de custos e ao aumento da rentabilidade do agronegócio brasileiro. E, apesar do cenário desafiador, a feira alcançou um volume de negócios na ordem de R$ 1,9 bilhão. Entre essas marcas, a Case Construction Equipment fez sua sétima participação consecutiva para reafirmar a importância do agronegócio nas vendas de seus equipamentos de construção. Segundo Carlos França, gerente de marketing da empresa, eles foram os primeiros a desenvolver uma pá-carregadeira versão canavieira, com sistema de hélice reversível e de arrefecimento, chamado Cooling Box. “O objetivo era fazer com que a máquina trabalhasse com o bagaço da cana por mais tempo, com maior segurança, menos paradas e aumento da produtividade”, explica.

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O trator de esteiras 1650L, da Case, e mais outros dois modelos (1150L e 2050M) foram apresentados em feiras agrícolas neste ano

A feira voltada ao agronegócio também foi uma oportunidade de expor o novo modelo de escavadeira hidráulica CX220C e a pá-carregadeira 721E XR. Entre as inovações da primeira, estão o motor de 145 HP Tier 3 com a função ECO e o aperfeiçoamento do sistema hidráulico-eletrônico para condições de trabalho mais severas. Já a nova pá-carregadeira conta com braço alongado em 40 centímetros para aumentar a produtividade no carregamento de caminhões e vagões, por exemplo. Também produzidos em Contagem (MG), os lançamentos da New Holland Construction foram exibidos em primeira mão na Agrishow: o trator de esteiras D180C e a escavadeira E215C. Outra integrante da CNH Industrial, a empresa exibiu as novidades em seu estande da New Holland Agriculture.

Setembro/Outubro 2015


Obras Divulgado pela empresa como o “primeiro do segmento com transmissão hidrostática com mais de 200 hp produzido no Brasil”, o trator de esteiras D180C promete baixo consumo e grande agilidade. Já as escavadeiras hidráulicas, consideradas “multiuso” devido à aplicação tanto na construção civil quanto na mineração e no agronegócio, foram apresentadas nas categorias de 21 toneladas com o modelo E215C, e de 24 toneladas com o E245C ME.

A minicarregadeira da New Holland pode ser equipada com múltiplos implementos como caçambas, valetadeiras, roçadeiras, perfuratrizes e garfos pallets, o que a torna muito versátil para atividades no setor agropecuário

Case, New Holland e Case IH também levaram seus lançamentos para a 38ª Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), realizada em Esteio (RS), entre 29 de agosto e 6 de setembro, considerada uma das principais feiras agropecuárias e de maquinário agrícola do País. A Case IH marcou presença com um estande de 5.200 metros quadrados, ocupando o dobro do espaço das edições anteriores. Segundo o gerente nacional de vendas da Case, Reinaldo Remião, a participação do agronegócio no Rio Grande do Sul é muito maior que no restante do País: enquanto no Brasil representa 10% das vendas totais da marca, chega a 40% nesse Estado.

Integração e versatilidade Também tradicional entre as fabricantes de máquinas para construção, a John Deere tem uma extensa linha dedicada ao segmento agrícola. Durante a Agrishow, porém, a empresa aproveitou para divulgar o emprego das pás-carregadeiras (524K e 624K), da retroescavadeira 4x4 cabinada (310K), da escavadeira (160G), do trator de esteiras (700J) e da motoniveladora (670G). “Pelo nosso nome já reconhecido, fomos bem recebidos e aceitos por toda a comunidade agrícola com as máquinas de construção para esse segmento”, salienta Roberto Marques, líder da divisão de C&F da John Deere Brasil. Para a empresa, a atuação das máquinas de construção também no meio agrícola reforça a premissa de soluções integradas da John Deere. “As máquinas da Linha Amarela colaboram efetivamente na produção, favorecem o transporte de cargas dentro da área rural, realizam a construção e manutenção de estradas vicinais e microbacias, além de fazerem controle de erosão e sistematização dos solos.” Com o uso de acessórios como garfos, garras, espetos ou caçambas, o manipulador telescópico da JCB também se mostra funcional para o agronegócio. Segundo a empresa demonstrou na Agrishow, seus produtos podem ser aplicados em diferentes setores da agropecuária, como na manipulação de bags de grãos, fertilizantes, fardos de algodão ou feno e carregamento de fardos de palha de cana em usinas de cana-de-açúcar, por exemplo. A JCB também sugere o uso na cadeia de produção de biomassa, aumentando a produtividade ao substituir tratores adaptados e pás-carregadeiras.

Veja + Confira no site da Apelmat o potencial e os desafios do agronegócio brasileiro e as alternativas para que o setor continue a crescer.

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ANÚNCIO



Lançamento

Made in USA Sotreq anuncia nova pavimentadora de asfalto Caterpillar para atualizar o seu portfólio e expandir a oferta

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mercado de pavimentação no .Brasil vem sendo foco de investimentos do governo federal em todas as regiões. O recente anúncio da nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), que prevê R$ 198,4 bilhões em investimentos – só em rodovias devem ser aplicados R$ 66,1 bilhões –, promete aquecer o mercado nos próximos anos. Atenta, a Sotreq, revendedor exclusivo de máquinas, equipamentos e serviços da Caterpillar, amplia a oferta de pavimentadoras de asfalto com o modelo importado de alta produtividade AP1055F, com mesa SE60 VT XW, produzido em Minneapolis (EUA).

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Pavimentadora Caterpillar Modelo importado, a AP1055F, com mesa SE60 VT XW, se destaca pela alta produtividade

Com isso, a revendedora, que está presente nas Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, atualiza seu portfólio de equipamentos para pavimentação, que também conta com recicladoras de asfalto, fresadoras e rolos compactadores de solo, de asfalto e pneumáticos. Setembro/Outubro 2015


Lançamento A AP1055F tem como padrão o recurso Eco Mode, modo de operação da máquina no qual a rotação do motor é reduzida de 2.200 rpm para 1.650 rpm, o que gera considerável economia de combustível. Em relação ao modelo anterior (AP1055E), a nova pavimentadora permite uma redução de aproximadamente 5% no consumo de combustível, diferencial importante em tempos nos quais se buscam cada vez mais eficiência operacional e redução de custos. “A tecnologia do produto Caterpillar, aliada à estrutura de suporte ao produto da Sotreq, posiciona a nova AP1055F como a melhor opção de compra na relação custo-benefício para o cliente”, afirma Chrystian Garcia, gerente de desenvolvimento de mercados da Sotreq. Principais características da AP1055F - Esteira de borracha do tipo mobil track system (MTS), que propicia maior velocidade de deslocamento, maior força de tração e absorção de desníveis durante a operação, e elevadíssima vida útil do material rodante

- Aquecimento elétrico da mesa mais eficiente (apenas dez minutos), com termostatos, diferentes faixas de temperatura e painel digital com informações sobre o aquecimento. Além da facilidade na operação, gera um aquecimento mais homogêneo e melhor acabamento do asfalto - Mesa com sistema vibratório + tamper bar, que gera maior pré-compactação do material - Larguras de pavimentação de até 10 metros (opcional) - Roscas sem-fim com altura ajustada hidraulicamente proporcionam maior facilidade no embarque e desembarque do equipamento e possibilitam ajuste de altura para pavimentação em altas camadas (material granular de base e sub-base)

- Motor Cat C7.1 Acert com 249 hp de potência - Duas estações de operador independentes, com painéis de controle modernizados e iluminados para operação noturna onde são indicados cálculos de produção - Gerador dedicado (acoplado ao motor) com potência de 70 kW para aquecimento elétrico da mesa principal, extensões e pontos de tomada de energia (se estiver equipada com esse opcional) - Com o sistema Eco Mode, todos os comandos são eletrônicos e interligados. Há também mais opções de modo de operação, como subir e baixar as comportas do silo com um só toque no botão, aquecer o sistema hidráulico e fazer a limpeza do silo com apenas um botão, e controle de velocidade de abertura das extensões da mesa - Entrada do silo rebaixada, para melhor acoplamento com qualquer tipo de caminhão de massa asfáltica - Sistema de nivelamento integrado: todos os painéis da máquina são integrados. Assim, tanto o operador da mesa quanto o operador do trator podem ter acesso às informações, o que também reduz o tempo de instalação - Blow System: a posição do radiador, na posição inclinada e “soprando” para a frente, evita o retorno do “vapor quente” do asfalto contra o operador - As montagens e desmontagens das extensões da mesa agora são do tipo “engate rápido”, com tempo menor de instalação Vantagens na manutenção - Aquecimento da mesa: além de mais rápidas, as resistências são deslizantes. A troca pode ser feita em poucos minutos, sem necessidade de remoção das placas - Em caso de falha no sensor de temperatura em alguma das zonas de aquecimento, o sistema lê o sinal da zona oposta e continua a operação - Intervalo de serviço para troca de filtros e óleo de mil horas - Gerador com potência de 70 kW, com durabilidade de 15 mil horas - Em caso de necessidade de reparo em algum botão de acionamento no painel, apenas o respectivo segmento do console é trocado - Protetor da correia e placas do transportador de material reforçados: em média, durabilidade 33% maior

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Legislação

10 passos para adequar-se à Lei Anticorrupção A lei prevê tratamento diferenciado entre empresas negligentes no combate à corrupção e as que se esforçam para evitar e coibir ilícitos. Portanto, é hora de investir em prevenção

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m vigor desde 29 de janeiro de 2014 mas somente regulamentada em março deste ano, a Lei Anticorrupção afeta grandes, médias e pequenas corporações, em especial as que têm ou pretendem ter relações comerciais com o setor público. De acordo com a lei e sua regulamentação, se um funcionário for pego em atos de corrupção, a companhia é punida mesmo sem a comprovação de que tinha conhecimento do que estava acontecendo. A punição prevê multa que pode chegar a até 20% do faturamento bruto do ano anterior, inclusão da empresa numa “lista negra” que a impede de firmar contratos e receber recursos financeiros de entidades públicas, suspensão e até encerramento de atividades, prisão dos envolvidos, entre outras medidas. Portanto, é preciso investir em prevenção.

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Murillo Onesti (esquerda) e José de Souza Lima Neto, do escritório Rodrigues Onesti & Lima Neto Advogados A Lei Anticorrupção prevê tratamento diferenciado entre empresas negligentes no combate à corrupção e as que se esforçam para evitar e coibir ilícitos

“A Lei Anticorrupção prevê tratamento diferenciado entre empresas negligentes no combate à corrupção e as que se esforçam para evitar e coibir ilícitos. Aquelas que possuem políticas internas de auditoria, aplicação de códigos de ética e conduta e incentivos a denúncias de irregularidades poderão ter as penas atenuadas, tendo certo que a lei importou do Direito norte-americano o conceito de compliance, procedimento implantado para satisfazer o cumprimento das normas e regulamentos de determinada jurisdição ou setor, que pode ser definido como o ato de cumprir, de estar em conformidade e executar regulamentos internos e externos impostos às atividades da instituição, buscando mitigar o risco atrelado à reputação e ao regulatório/legal”, explica Murillo Onesti, do escritório Rodrigues Onesti & Lima Neto Advogados. Setembro/Outubro 2015



Legislação A regulamentação, apresentada no Decreto nº 8.420/2015, se propõe a solucionar muitas das questões e impasses inaugurados pela Lei Anticorrupção, embora vários ainda persistam. Segundo o decreto, o programa de integridade (artigo 41 e seguintes) deve observar as características e riscos das atividades que a entidade desenvolve, garantindo-se seu constante aprimoramento e adaptação.

“A responsabilidade da empresa em garantir a correta compreensão do conceito de corrupção e os riscos e sanções que sua prática envolve é a função primordial na adoção de políticas de combate à corrupção” O decreto prescreve parâmetros de avaliação da efetividade dos programas, incluindo, entre outros, o comprometimento da alta direção da pessoa jurídica, a análise periódica de riscos, a confiabilidade dos registros contábeis, e ainda procedimentos específicos para prevenir fraudes e atos ilícitos em processos licitatórios, na execução de contratos administrativos ou em qualquer interação com o setor público. A efetividade do programa de integridade depende ainda das características da própria pessoa jurídica, tais como a quantidade de funcionários, a complexidade da hierarquia interna, a utilização de agentes intermediários como consultores ou representantes comerciais, o setor e o país em que atua. Passo a passo A seguir, confira dez ações para se adequar à Lei Anticorrupção: 1. Criação de uma política eficaz A responsabilidade da empresa em garantir a correta compreensão do conceito de corrupção e dos riscos e sanções que sua prática envolve é a função primordial na adoção de políticas de combate à corrupção. É preciso conscientizar os colaboradores sobre a necessidade da condução dos trabalhos sem que haja o envolvimento inadvertido em atividades ilegais – afinal, a violação de leis, segundo a nova lei, poderá penalizar individualmente com multas, prisões etc. Além disso, a implantação e aplicação de um programa de combate pode ser considerado um fator de atenuação da responsabilidade da empresa

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2. Formulação, aplicação e divulgação do planejamento estratégico da empresa De simples elaboração, essa ferramenta é bastante útil e deve ser compartilhada entre todos os funcionários, mesmo aqueles que não têm contato direto com autoridades públicas, pois auxilia na formação e manutenção da cultura da empresa 3. Adoção e criação de manuais de conduta e códigos de ética A empresa deve criar o seu próprio código, de acordo com a sua realidade. “Não se deve utilizar modelos aplicados em outras companhias, pois isso não funciona e ainda pode causar problemas”, adverte o advogado José de Souza Lima Neto, do escritório Rodrigues Onesti & Lima Neto Advogados 4. Realização de atualizações, treinamentos e cursos Não basta criar as regras, é preciso disseminá-las e reforçá-las periodicamente 5. Criação de um canal de comunicação aberto com os colaboradores Para Onesti, essa é uma das principais ferramentas a serem implantadas nas empresas. “É preciso que haja abertura para que se possa apurar os fatos e atuar rapidamente, evitando problemas jurídicos”, diz 6. Adoção de práticas contábeis de acordo com a legislação A precisão de diários, livros, registros e contas é fundamental a todas as transações/despesas (nacionais e estrangeiras) das empresas. Pagamentos incomuns, contas “sem registro”, faturas ou notas inexistentes devem ser abolidos, bem como a supressão de livros e registros. A fórmula é simples: um terceiro, alheio à empresa, entenderia a operação – como foi feita, as partes envolvidas, os beneficiários e sua razão? É preciso ter transparência e documentação 7. Acompanhamento periódico da legislação, inclusive das normas regulamentadoras da atividade Para os advogados, é fundamental acompanhar as constantes mudanças legislativas, pois muitas vezes as novas regras não são devidamente divulgadas e a empresa pode ter uma conduta indevida sem ter conhecimento 8. Realização periódica de auditorias Procedimentos internos de auditoria podem dar início a ações investigativas e fiscalizatórias com o fim de averiguar se os procedimentos adotados e a legislação estão sendo aplicados corretamente. Auditorias periódicas, internas e externas, são importantes ferramentas de controle e gestão de Setembro/Outubro 2015


Legislação riscos, aplicando transparência e eficácia na condução dos negócios da empresa. Aliadas a sólidos programas de compliance, elas formam mecanismos diligentes de atendimento à nova legislação, podendo oferecer a segurança necessária diante de uma eventual fraude ou um processo administrativo ou judicial 9. Apoio e orientação de um departamento jurídico (interno ou terceirizado) Braço fundamental, atuando em vários segmentos da empresa, o departamento jurídico contribui para a eficácia de suas transações. Orientando e apoiando o compliance e a auditoria, torna-se uma ferramenta imprescindível na aplicação, atualização e desenvolvimento das políticas de combate à corrupção 10. Rigidez e eficácia no manuseio e guarda de documentos e informações O acordo celebrado com o órgão ou entidade pública que visa à cooperação efetiva da empresa com as investigações é previsto na legislação, denominado acordo de leniência. O objetivo é a identificação de outros envolvidos, obtenção rápida de documentos, informações etc. A possibilidade de celebrar o acordo, associada à transparência nas

relações e à responsabilidade individual e/ou da pessoa jurídica, demanda uma grande necessidade de guarda e manutenção de documentos, informações, registros de atividades etc. Com a era digital, esse cuidado se torna ainda mais importante Dentre outros instrumentos que o decreto apresenta, as empresas, inclusive as de médio e pequeno porte, devem adotar uma estrutura de governança com compromisso claro por parte da alta administração, realizar auditorias e monitoramentos contínuos, executar reuniões periódicas para revisar pontos levantados pelas auditorias interna e externa, realizar treinamentos de funcionários de áreas de risco, estabelecer rotinas de atualização e de acompanhamento contínuo do pessoal com relacionamento direto com o governo, implementar medidas mais incisivas de análises nas contratações de pessoal, definir as sanções para os casos de desvio de conduta, avaliar a eficiência e revisar periodicamente a política adotada, propondo melhorias. Para empresas que não têm estrutura ou condições de criar ou gerir um compliance próprio (programa de integridade), há a possibilidade de adequação à lei por meio de sua terceirização, contratando escritórios especializados.


Concrete Show

Negócio fechado! Nona edição do Concrete Show South America reúne mais de 30 mil pessoas e movimenta mercado com lançamentos para a cadeia produtiva do concreto, conteúdo de qualidade e vendas

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iante dos desafios econômicos que o Brasil tem enfrentado nos últimos meses, a construção civil brasileira mantém a atitude positiva e acredita que a sinergia entre empresas, fornecedores e representantes do setor é fundamental para seguir em expansão de mercado. Esse tom otimista marcou a abertura da nona edição do Concrete Show South America, que aconteceu em São Paulo, em agosto. O evento, realizado pela UBM Brazil, reuniu mais de 30 mil profissionais da construção civil e da cadeia produtiva do concreto. Em mais de 60 mil metros quadrados de exposição indoor e outdoor, a feira contou com mais de 600 marcas expositoras vindas de 40 países, além de 70 novas empresas nacionais e internacionais, apresentando inovações em tecnologias e equipamentos para um público que busca aumento de produtividade e redução de custos nos canteiros de obras.

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Pá-carregadeira Case O produto foi apresentado durante a nona edição do Concrete Show

A instabilidade do cenário econômico não atrapalhou as vendas dos expositores. “Vendemos uma bomba-lança de 36 metros de altura, capaz de fazer a distribuição de concreto e o bombeamento em altura ou lugares confinados. O valor da transação foi de R$ 840 mil. O negócio superou nossas expectativas, pois viemos com o objetivo de fazer networking com os nossos clientes em potencial”, contou Rodrigo Satiro, diretor comercial da Putzmeister. O executivo disse que, com o mercado menos aquecido, o foco da empresa está direcionado ao setor de serviços. “O segmento da locação de equipamentos vem gerando receita considerável”, disse. Setembro/Outubro 2015


Concrete Selemat Show Quem também destacou o perfil mais especializado dos visitantes e o potencial de vendas foram os executivos da Schnell, empresa de ferragens e pré-moldados. “Cerca de 200 profissionais estiveram no nosso estande com real interesse em fechar negócios. Um desses contatos nos rendeu a venda de um PS4 para coluna soldada no valor de R$ 400 mil”, contou o técnico da empresa Eduardo Teixeira. “A situação está difícil para o Brasil como um todo, mas os principais players participaram do evento e a visitação foi qualificada. Por isso, por mais um ano ficamos satisfeitos com a nossa parceria com a UBM”, apontou Renato Giusti, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland. O diretor do Concrete Show, Cassiano Facchinetti, também afirmou que teve as expectativas superadas com a qualificação do público e com o volume de negócios gerado na feira. “Um dos nossos expositores revelou que vendeu 14 máquinas, o que consideramos muito positivo para atingir nosso objetivo com o evento, que é sermos parceiros estratégicos no desenvolvimento da indústria e do mercado. Os congressos realizados também geraram grande interesse, uma vez que propagaram conhecimento técnico a um público ávido por atualizações. A parceria com as associações mostrou-se muito proveitosa, pois são elas que detêm o conhecimento”, disse.

Iveco Tector Concreto 260E28 Caminhão exposto durante a feira se destaca pela robustez e versatilidade

Vitrine A feira é tida, entre os expositores, como excelente vitrine de produtos e negócios, além de um momento oportuno para relacionar-se com toda a cadeia da construção civil. Exemplo disso é a Schwing Stetter. “Estamos muito felizes com nossa participação, que gerou frutos além do que esperávamos. Recebemos somente visitantes realmente interessados nos equipamentos e na nossa marca. Pudemos ficar perto de nossos clientes e prospectar novos negócios”, explicou Marcos Almeida, gerente de marketing da empresa. A Liebherr também ficou satisfeita. “Percebemos que este ano o público estava ainda mais qualificado, sendo a maioria com foco em fazer negócios e encontrar novos fornecedores. Para nós, foi muito proveitosa a participação na feira porque nosso objetivo final é o relacionamento com o cliente”, afirmou a analista de marketing da empresa Tatiana Bielefel. Case e Iveco apresentaram soluções para elevar a eficiência e o rendimento do trabalho. Neste ano, as marcas se associaram à Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), participando em conjunto com palestras para as empresas do setor. O principal tema em pauta foi como obter o máximo de produtividade e baixo custo operacional. Entre os destaques individuais estavam as pás-carregadeiras na indústria do concreto, no caso da Case, e as vantagens competitivas de performance, robustez e versatilidade dos caminhões Iveco Tector Concreto 260E28. “Estar próximo dos clientes e apresentar fisicamente os produtos, bem como os serviços de pós-vendas e a rede de concessionários, é uma oportunidade importante. O peso da CNH Industrial, por ser um dos maiores grupos de bens de capital do mundo, também tem sido um diferencial na nossa relação com o mercado”, explicou Osmar Hirashiki, diretor de vendas corporativas e vendas ao governo da Iveco.

Dicas Em 2016, o Concrete Show vai comemorar uma década de existência. O evento será realizado de 24 a 26 de agosto no São Paulo Expo, na capital paulista. “Tínhamos certeza de que o setor da construção civil, com toda a sua pujança, responderia bem às oportunidades de negócios e inovações que nossos expositores trouxeram. Agora, nosso compromisso é de, no ano que vem, fazer um evento ainda melhor, sempre com o compromisso de trazer aos empresários e representantes do setor soluções que gerem eficiência operacional e também, sempre que possível, redução de custos”, afirma Jean François Quetin, presidente da UBM Brazil.

Veja + No site da Apelmat você confere as novidades apresentadas durante a nona edição do Concrete Show e outras notícias sobre o evento.

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Canal Aberto

Sucessão familiar sem risco Segundo o Sebrae-SP, os herdeiros só devem assumir o comando se estiverem preparados para isso

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expressão popular “de pai para precisa ganhar o respeito dos funcionários, e isso só acontece quando .filho” nem sempre é uma ele está integrado no negócio. O curso natural é que o pai sinta verdade no mundo dos negócios. São segurança no filho, perceba que é a hora de delegar mais muitas as histórias de empresas que responsabilidade e, aos poucos, vá se afastando e deixando a empresa fecharam as portas depois que os sob os cuidados do sucessor”, completa. herdeiros assumiram o cargo. No Cada vez mais os brasileiros apostam, acreditam e investem em Brasil, segundo o IBGE, mais de empreendimentos próprios. O Sebrae-SP aconselha que o 90% das empresas são familiares. empresário tome alguns cuidados para que o negócio continue Pesquisas mostram que de cada 100 crescendo de forma estruturada após sua saída. É muito importante abertas e bem-sucedidas, 30 chegam que o fundador faça um plano de sucessão e incentive seu sucessor a à segunda geração e 15 à terceira. se aperfeiçoar. Também é recomendado que o herdeiro já tenha Um alerta de que a falta de planeja- passado por outras companhias para aumentar a bagagem mento e de cuidados na preparação profissional. da sucessão pode trazer problemas e O herdeiro deve ainda possuir espírito inovador, já que enfrentará até acabar com um sonho. um mercado em constante transformação e, se não acompanhar as “A sucessão é um processo mudanças, apostando só em repetir o pai, corre sério risco de perder o demorado, que exige planejamento rumo e fracassar. Empresários que preparam seus filhos com e, portanto, precisa começar quanto antecedência têm muito mais chances de ver seu sonho de antes. O processo de sucessão é a empreender atravessar gerações. definição de quem assumirá o comando da empresa após a saída do Dicas Fonte: Sebrae-SP fundador. É importante escolher um 1. Planejamento: defina quem assumirá o comando após a saída profissional que se identifique com a do fundador. O profissional – da família ou não – deve se identificar missão, visão e valores da empresa e com a missão, visão e valores da empresa que deseje ocupar essa posição, 2. Conhecimento: é importante que o sucessor conheça todos os sendo que essa pessoa pode ser da processos e o dia a dia da empresa família ou não”, explica Esmeralda 3. Aproximação: o sucessor precisa ganhar o respeito dos Queiroz, consultora do Sebrae-SP. colaboradores, mas isso só acontece quando ele está integrado no Se for definido que um herdeiro negócio assumirá a gestão, é importante que 4. Responsabilidades: incentive seu sucessor a se aperfeiçoar; esteja familiarizado com todos os delegue mais responsabilidade e aos poucos vá se afastando e processos do negócio. “O principal deixando a empresa sob os cuidados dele erro é quando ele já entra com um 5. Experiência: é recomendado que o herdeiro já tenha passado cargo de comando sem conhecer o por outras companhias para ganhar bagagem profissional. Ele deve dia a dia da companhia. O herdeiro ter espírito inovador

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CanalSelemat Aberto ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oonno oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. oo no ononoon ono oonno oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oo oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oonno oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oo oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oonno oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoono ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon. No ono onoonon o ono oo no ononoon ono oono oon onon o oonon ooonono ono ono onoon o ono oo no

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Selemat

Terceirização em pauta Por Giovanni Picarelli Filho e Luiz Fernando Martins Macedo*

O

debate sobre a terceirização ..tem chamado a atenção porque está novamente em discussão no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 4.330/2004, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. O projeto visa a estabelecer normas para prestadores de serviço que forem sociedades empresárias que contratem empregados ou subcontratem outra(s) empresa(s) para a execução do serviço desejado (por exemplo: limpeza, segurança, informática etc.). A novidade do projeto seria permitir às companhias terceirizar todas as atividades por elas desenvolvidas, inclusive as “atividades-fins”, uma vez que no passado somente era permitida a terceirização das “atividades-meio”. Entretanto, uma série de dispositivos do projeto de lei tem sido alvo de duras críticas por parte de acadêmicos e entidades da sociedade civil organizada (sindicatos, OAB etc.). Segundo os críticos, diversos direitos trabalhistas conquistados ao longo de anos seriam subtraídos dos trabalhadores.

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SELEMAT

Por meio da Instrução Normativa nº 3 de 1997, o Ministério do Trabalho procurou estabelecer regras para a fiscalização do trabalho nas empresas de prestação de serviços a terceiros e de trabalho temporário. Nessa mesma instrução normativa definiu-se quem é companhia terceirizante e quem é tomadora, da seguinte maneira: - Terceirizante: empresa de prestação de serviços a terceiros, pessoa jurídica de direito privado, de natureza comercial, legalmente constituída, que se destina a realizar determinado e específico serviço a outra companhia fora do âmbito das atividades-fim e normais para que se constitui essa última Setembro/Outubro 2015


Selemat - Tomadora: é a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado que celebrar contrato com empresas de prestação de serviços a terceiros, com a finalidade de contratar serviços Na mesma instrução normativa ficou estabelecido que a tomadora e a contratada devem desenvolver atividades diferentes e ter finalidades distintas, bem como que os trabalhadores vinculados às companhias que prestam serviço não podem receber ordens dos donos e/ou diretores das empresas nas quais desenvolvem o serviço pelo qual foram contratados. Atualmente, no Brasil, a súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho contém orientações sobre os terceirizados e, segundo o jurista Maurício Godinho Delgado, apenas quatro serviços podem ser terceirizados: i) contratação de trabalho temporário; ii) atividades de vigilância; iii) atividades de conservação e limpeza; iv) serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador. Segundo a jurisprudência, apenas nessas quatro hipóteses poderia haver terceirização. Fica assim vedada expressamente a terceirização de quaisquer serviços ligados à atividade-fim à qual se destina a pessoa jurídica, sendo permitida apenas e tão somente às atividades-meio. Em resumo, atividade-fim é aquela operação principal à qual se destina a empresa. Já atividadesmeio são as demais ações desenvolvidas e que não são diretamente ligadas ao produto final feito por ela. A título ilustrativo, uma fábrica de carros tem como atividade-fim a produção de veículos; as demais funções, como do departamento de manutenção e conservação de edifícios, comunicação corporativa, limpeza, segurança, zeladoria, transporte etc., são as atividades-meio, podendo ser delegadas a companhias prestadoras de serviço (terceirizadas). Cumpre esclarecer que esse conceito é amplamente questionado e também é objeto de grande debate no meio jurídico. É justamente essa distinção que tem provocado maiores discussões, e o Projeto de Lei 4.330/04 aborda o tema. A dimensão do problema é tão vasta que Manoel Dias, ministro do Trabalho entre março de 2013 e outubro deste ano, declarou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo o seguinte: “Eu mesmo não sei perfeitamente o que é atividade-fim e o que é atividade-meio”.

Os críticos à ampliação da terceirização apontam, entre outros, os seguintes problemas que seriam ocasionados se for aprovado o Projeto de Lei nº 4.330/04: 1. Aumento do desemprego. Um trabalhador terceirizado trabalha, em média, três horas a mais. Ou seja, menos funcionários seriam necessários 2. Dificuldade em organizar-se sindicalmente: 98% dos sindicatos que representam os terceirizados protegem as empresas, com prejuízo do trabalhador 3. Salários mais baixos: dados apontam que o trabalhador terceirizado recebe de 24% a 30% menos do que o trabalhador diretamente contratado 4. O risco de acidente pode aumentar: na Petrobras, por exemplo, mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013 eram subcontratados. A fiscalização é mais frágil e, por isso, aumentam os acidentes 5. Aumento dos casos de trabalho escravo: dos trabalhadores em situação análoga à escravidão, 82% são terceirizados Por outro lado, os defensores do projeto afirmam que se trata de um processo de modernização das relações de trabalho no Brasil e que todas as sociedades modernas, pós-industrialização, inseridas no capitalismo financeiro passaram por essa alteração das relações econômicas. Em verdade, esta pode ser uma excelente oportunidade para diversos segmentos empresariais, na medida em que abre um leque muito grande de alternativas que podem inserir os prestadores de serviços em novos “nichos” de mercado. O Projeto de Lei nº 4.330/04 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e recentemente foi remetido ao Senado, onde passará por nova votação. Se aprovado por maioria simples, pois não há exigência de quórum qualificado nem maioria absoluta (metade mais um de votos a favor), o projeto segue para sanção da Presidência da República, que pode vetá-lo ou sancioná-lo. Cumpre-nos acompanhar e aguardar o desfecho de mais uma importante alteração da legislação brasileira em vários aspectos – trabalhista (inclusive sindical), tributário, empresarial e principalmente social.

*Giovanni Picarelli Filho é advogado, associado do escritório Martins Macedo Advogados Associados, especializado em direito empresarial. Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados

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Internacional

Estratégia: fio condutor Por Nuno Antunes Ferreira*

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stratégia é a direção e escopo de uma organização no longo prazo, capaz de obter vantagem para a organização através de uma correta utilização de seus recursos em ambiente constantemente desafiador, por forma a satisfazer as necessidades dos mercados e as expectativas dos ‘stakeholders’.” Assim Gerry Johnson, Kevan Scholes e Richard Whittington definem estratégia em Exploring Corporate Strategy.

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Dado que todas as organizações se debatem com a necessidade de direcionamento e decisões estratégicas, é fato tal definição encontrar aplicação em nossas empresas, no governo de nossos países e, por que não, em nossas vidas. Setembro/Outubro 2015


Internacional Selemat No plano da discussão teórica, tudo isso é pacífico. Entretanto, quando vamos à prática tudo se complica. Tenho dificuldade em recordar qual foi a organização (talvez The Economist ou Harvard Business Review) que há algum tempo publicou o resultado de uma pesquisa feita com mil CEOs das maiores empresas em nível internacional. Confesso que fiquei surpreso quando vi o resultado – cerca de 70% não tinham qualquer preocupação com o longo prazo das companhias a cujos destinos presidiam. Estão surpresos? Indignados? Com certeza e com razão. Agora pensemos no seguinte: dali a três ou quatro anos, pelo menos 70% dos inquiridos não estariam mais nas mesmas funções e/ou na mesma empresa. Aí tudo muda, não é? Infelizmente, isso é verdade no gerenciamento das empresas e dos países... e o resultado está à vista!

“Não se deve confundir agilidade, adaptabilidade e legitimidade em visar ao lucro com ausência de valores e falta de escrúpulos” Há não muito tempo, numa conferência em São Paulo, lembro-me de ter dito que os nossos governantes são, com honrosas exceções, ignorantes do ponto de vista histórico. É perigoso o desconhecimento do passado e dos seus enquadramentos. É fundamental ter presente de onde viemos, o que já aconteceu e o porquê. Para gerenciar profissionais, organizações e sociedades é preciso ter a noção de que a essência das pessoas não muda na velocidade da internet. Não se deve confundir agilidade, adaptabilidade e legitimidade em visar ao lucro, essenciais no mundo em que vivemos e ao desenvolvimento e crescimento das empresas, com ausência de valores e falta de escrúpulos. E, nesse sentido, é necessário o pensamento estratégico e a estratégia como linha condutora. O estado da Europa e a total incapacidade de reação e de uma resposta, qualquer que ela seja, em face da gravíssima situação de mais uma onda migratória que a assola, mostra bem o que acontece quando nem um nem outra estão presentes.

Canteiro de obras O Reino Unido é o país que maior desenvolvimento apresenta no conjunto da União Europeia. Como consequência, um crescimento acumulado de 13,2% no mercado da construção é esperado até 2017. A construção de habitações deverá ser um dos motores desse aumento. Adicionalmente, o governo tem no seu Plano Nacional de Infraestruturas um pipeline de projetos calculados em 562 bilhões de euros até 2019. Na França, o Grupo Bouygues lidera a joint venture que vai ampliar o Porto de Calais, um dos mais movimentados da Europa, que será aumentado com a construção de um quebra-mar de 3,3 quilômetros. O projeto vale cerca de 670 milhões de euros e se desdobrará até 2020. A empresa de pesquisas de mercado Off-Highway Research prevê um crescimento de 1% na venda de equipamentos de construção na Europa, em 2015, perfazendo um total de 125.704 unidades. Os dois mercados que evidenciam maior crescimento (3%) são a Alemanha e o Reino Unido. Depois de anos de profunda recessão, os analistas preveem um crescimento de 17% para a Itália e de 35% para a Espanha. Em contrapartida, é previsto um decréscimo de 15% no terceiro maior mercado europeu de equipamentos, a França, seguida pela Suíça com -12%. Para 2016 é antecipado um crescimento global de cerca de 4%, podendo os mercados de menor dimensão, como Portugal, Finlândia e até Espanha, crescerem dois dígitos. A empresa suíça Implinia, que no ano passado comprou a divisão de construção da alemã Bilfinger, ganhou seu primeiro projeto na Suécia. Ele consiste na construção da circular alternativa de Estocolmo (Forbifart Stockholm Bypass), criando uma nova ligação norte-sul na capital sueca, com um valor de cerca de 220 milhões de euros.

*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais

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Parceiro Apelmat

Testes comparativos de compactação atestam qualidade superior e economia Avaliações mostram performance na compactação de solo, economia e eficiência

Fotos: Banco de imagens Ciber

A

compactação é a etapa mais .importante dentro do trabalho de movimentação de solos e terraplanagem. Sem a utilização de um rolo compactador eficiente, que garanta a máxima densidade do material, toda a qualidade da construção pode ser comprometida. Para avaliar o desempenho das opções de equipamentos disponíveis no mercado, laboratórios de algumas construtoras testaram, juntamente com a fiscalização dos órgãos responsáveis em cada estado, a performance dos compactadores de solos nas mais diversas obras em andamento no Brasil, sob variadas condições de umidade.

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Foram testados, além do rolo da marca Hamm modelo 3520 P, também outros rolos aqui identificados de Marca B, C, D e F Setembro/Outubro 2015


Parceiro Apelmat Testes em Goiás / GO Rodovia GO-070 Objetivo: Avaliar o desempenho do rolo Hamm 3520 P com os rolos concorrentes da MARCA B e orientar a equipe quanto à melhor forma de utilizar o compactador, buscando atingir a máxima eficiência. Obra: Goiás – duplicação da rodovia GO-070 trecho próximo ao município de Itaberaí-GO Fiscalização: Ensaio realizado pelos laboratoristas da construtora e fiscalizado pela AGETOP (Agência Goiana de Transportes e Obras) Características do trecho em que o equipamento foi utilizado: Solo: base de solo argiloso Meta: compactação em camadas Comprimento: 500 metros Largura: 7,5 metros Espessura da camada: 20 cm Datas: 25, 26 e 27 de agosto de 2014. Responsável: Juliano Gewehr (Ciber) Três máquinas foram avaliadas em um trecho da obra de duplicação da rodovia GO-070, próximo à cidade de Itaberaí. O solo do local era predominantemente argiloso, compactado em camadas de 20 cm de espessura. Nele foi utilizado o rolo compactador Hamm 3520 P de 20 toneladas, e três rolos da MARCA B de 11 toneladas. Os equipamentos foram utilizados um após o outro com o objetivo de reduzir o número de fechas (ida e volta do rolo na mesma faixa). Na utilização dos rolos da MARCA B foram necessárias 7 ou 8 fechas. Já com o rolo da marca Hamm 3520 P o número de idas e voltas foi reduzido para 5 fechas.

Retirando a amostra para ensaio “In Loco”

O estudo concluiu que o rolo da marca Hamm 3520 P obteve sozinho um desempenho superior aos três rolos da MARCA B da faixa de 11 toneladas, quando testados simultaneamente em faixas laterais. O grau de compactação do solo necessário foi atingido pelo Hamm em 5 fechas, enquanto o comboio dos outros três rolos necessitou de 7 a 8 fechas para atingi-lo. A economia de combustível propiciada pelo rolo Hamm, no comparativo com a MARCA B, chegou a 59%. Outro grande diferencial apontado diz respeito à área de pata trapezoidal do rolo compactador Hamm 3520 P que é 152 cm², enquanto a máquina da MARCA B é de 137 cm², cerca de 10% de diferença. Para os solos coesivos (do tipo argiloso), quanto maior a área da pata, mais profunda a compactação, além de facilitar a remoção de umidade do terreno, favorecendo a compactação. Comparativos & resultados

Importante: Considerando que o rolo HAMM modelo 3520 P executou a performance de três rolos da MARCA B, a economia em consumo de combustível chega ser de até 59%.

Importante: O grau de compactação do rolo Hamm utilizado no teste ultrapassou com folga os 100%, tanto que os engenheiros responsáveis recomendaram diminuir de 5 para 4 fechas, o que resultaria num ganho ainda maior de tempo e economia.

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Parceiro Apelmat Testes no Rio de Janeiro / RJ Via de acesso uhos – COMPERJ Características do estudo Objetivo: Teste comparativo entre rolos compacta-dores vibratórios de um cilindro da marca Hamm 3520 P e da MARCA D de 11 toneladas. Os equipa-mentos foram colocados em operação lado a lado. Obra: Via de Acesso UHOS (ultra heavy over size – ultrapesados e grandes dimensões) – COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) Fiscalização: Ensaio realizado pelos laboratoristas da TecnoInst Serviços Técnicos Ltda. Características do trecho em que o equipamento foi utilizado: Solo: tipo saibro, que é produto proveniente de rochas quartzo – feldspáticas leucograníticas, como granitos e gnaisses, possuem características permeáveis e desmontáveis mecanicamente, extraído das jazidas próximas. Meta: compactação em camadas Comprimento: 60 m Largura: 12 m Rampa: 0% Espessura da camada: 30 cm Data: 10 de junho de 2014. Responsáveis: Engºs. Diogo, Davi e Lucas

Obra de grande importância, pois se trata de via responsável pelo tráfego de suprimentos com destino ao COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), um projeto de construção de refinaria com duas linhas de processamento de petróleo. No local, foi feito um teste comparativo entre o rolo compactador da marca Hamm e o da MARCA D. O solo do local é tipo saibro, que é produto proveniente de rochas quartzo. O trecho onde foi realizado o teste tinha 60 metros de comprimento e 12 metros de largura, totalmente plano. A espessura da camada era de 30 cm e a sua umidade era de 10,5%.

Como o rolo da marca Hamm possui 20 toneladas e o da MARCA D tem 11 toneladas, a proposta do teste foi realizar 6 passadas com o primeiro e 12 com o segundo, respectivamente, analisando posteriormente os resultados. Os dois produziram graus de compactação do solo similares: 99% e 99%. Porém, o compactador da marca Hamm atingiu este resultado com metade das passadas do equipamento da MARCA D e na metade do tempo. PodE-se concluir que o rolo da marca Hamm ao final dos testes apresentou o dobro da eficiência do rolo da MARCA D. Comparativos & resultados

Nos testes realizados, o consumo de combustível foi um dos grandes diferenciais do rolo de 20 toneladas da marca Hamm. Considerando que este rolo 3520 P possui um motor de 6 cilindros e ar condicionado, mesmo assim executou com eficiência o trabalho que com a MARCA D nescessitou de dois rolos para executar, com motores de 4 cilindros e cabine aberta, ou seja, mais potência de motor e ar condicionado na cabine, resultando mesmo assim num consumo menor de combustível.

Ensaio de Laboratório

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Parceiro Apelmat Teses no ceará / ce Anel viário de fortaleza Características do estudo Objetivo: Teste comparativo entre rolos compactadores vibratórios de um cilindro da marca Hamm 3520 P e da MARCA C, da MARCA E, e rolos adaptados tipo tamping da MARCA F. Obra: IV Anel Viário de Fortaleza – Via de Ligação – Distrito Industrial – Ceará. Fiscalização: Ensaio realizado pelos laboratoristas da JBR Engenharia. Características do trecho em que o equipamento foi utilizado: Solo: Solo tipo argila – arenosa, de procedência da jazida J7 – leucograníticas, como granitos e gnaisses, possuem características permeáveis e desmontáveis mecanicamente, extraído das jazidas próximas. Meta: compactação em camadas Comprimento: 40 m (estacas 284 a 286) / 190 m (estacas 319 a 328). Largura: 11 m Rampa: 0% / 5% Espessura da camada: 20 cm Data: 6 de agosto de 2014. Maior obra realizada nas rodovias federais que cortam o Ceará nos últimos 25 anos, o Anel Viário de Fortaleza irá desafogar o trânsito pesado da região. Neste local, foram feitos testes comparativos entre rolos compactadores vibratórios de um cilindro da marca Hamm 3520 P e os equipamentos das MARCAS C e E, e com rolos adaptados tipo tamping da MARCA F. Os equipamentos foram colocados em operação lado a lado para realização dos testes comparativos. Os trechos onde foram feitos os testes tinham solo tipo argila arenosa e 40 e 190 metros, cada um. O primeiro trecho era plano e o segundo possuía 5% de rampa, além da espessura da camada de 20 cm. Com o mesmo número de passadas, o equipamento da marca Hamm apresentou grtau de compactação de 97%, ante 84,6% do equipamento da MARCA E e 94,5% do rolo da MARCA C.

Comparativos & resultados

Compactação entre os rolos vibratórios para atingir 100%: Em síntese, para atingir 100% de compactação, o rolo da marca Hamm precisou da metade de fechas e passadas em relação ao rolo da MARCA E, e 33% menos fechas e passadas em relação ao rolo da MARCA C. O modelo de rolo testado da MARCA F é um equipamento adaptado com rolo do tipo tamping, que utiliza método estático para atingir o grau de compactação desejado. O equipamento usa seu peso e velocidade (acima de 17 km/h) para criar força de impacto por meio dos tambores pé de carneiro. Este tipo de máquina possui algumas limitações como, por exemplo, a necessidade de grandes áreas para poder compactar, assim como de local de aceleração e desaceleração para tingir os 17 km/h e conseguir frear. Também apresenta alto consumo de combustível e emissão de ruídos, acima de 100 decibéis. Em muitos casos é perceptível que a emissão de poluentes está em desacordo com as normas atuais e, além disso, a forma como é operado oferece alguns riscos de segurança para o operador.

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O resultado final ficou muito evidente e superior para o rolo da marca Hamm 3520 P em relação ao rolo da MARCA F. O número de fechas e passadas necessárias com o rolo Hamm foi de mais de duas vezes menos em relação ao rolo da MARCA F, sobressaindo um ganho de economia de combustível muito expressivo, conforme demonstra o quadro a seguir: Consumo X Horas de trabalho

Consumo de Trabalho

Na compactação dinâmica são utilizados pesos de valor desigual para movimentar o rolo do cilindro. As vibrações resultantes são transferidas para as partículas individuais do material a compactar. Isto diminui a resistência do atrito entre as partículas (muda de atrito estático para atrito dinâmico de baixa atividade), o que vai fomentar a movimentação das partículas. Em conjunto com a carga estática do cilindro, atinge-se uma compactação muito elevada. A maioria dos cilindros dinâmicos trabalha com a vibração. Neste processo, os rolos são colocados a trabalhar de forma a atingirem o chão com golpes verticais. A Hamm desenvolveu outro sistema de compactação dinâmica: a oscilação. Este é um tipo de compactação dinâmica especial; em vez de forças verticais, as forças de cisalhamento são enviadas diretamente para o solo ou para a camada de asfalto. Isto produz uma compactação suave, mas muito eficaz. Os fatores específicos do mecanismo para se atingir uma boa compactação através do uso de cilindros dinâmicos são: Carga linear estática; Amplitude; Frequência; Massa vibratória; Carga suspensa; Velocidade do cilindro.

Comparativo dos equipamentos utilizados nos testes Equipamento

HAMM 3520P

MARCA B

MARCA D

MARCA E

MARCA C

MARCA F

Peso Máximo

21.730 Kg

11,350 Kg

11.600 Kg

11.950 Kg

12.300 Kg

24.000 Kg

Motor

Deutz 207,7 hp

Deutz BF4M 2012 C

Cummins 110 hp

Cummins 125 hp

Cummins 145 hp

Cummins 220 hp

Frequência

33 Hz

33 Hz

33 / 30 Hz

-

Amplitude

1,93mm/ /1,15mm

1,84mm/ /0,92mm

1,6mm/ /0,8mm

1,8mm/ /0,8mm

1,95mm/ /1,0mm

-

Força Centrifuga

331 kN/ / 243 kN

310 kN/ / 222 kN

300 kN/ / 146 kN

307 kN/ / 150 kN

270 kN/ / 150 kN

-

Número de patas

150 patas

150 patas

130 patas

140 patas

132 patas

-

Área da Pata

152 cm²

137 cm²

146 cm²

137 cm²

114 cm²

-

38.870 kgf

30.591 kgf

29.200 kgf

-

-

27 Hz / 30 Hz 30 Hz / 36 Hz

Impacto dinâmico 45.790 kgf

Princípio da compactação dinâmica: as vibrações do rolo do cilindro são transferidas para as partículas no material a ser compactado. Em vez do atrito estático, este processo produz um atrito dinâmico muito inferior entre as partículas, o que vai provocar a deslocação e respectiva compactação. Compactação dinâmica por vibração. Amplitude baixa, força de impacto mínima, penetração mínima.

Compactação dinâmica Os sistemas dinâmicos fornecem melhor penetração e uma compactação mais eficiente do que os cilindros estáticos. Atualmente, devido à grande eficiência desta tecnologia, mais de 90% dos cilindros em todo o mundo utilizam a compactação dinâmica.

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Distância em (mm)

Amplitude A amplitude mede o movimento do rolo de vibra ção/oscilação, desde a posição inicial, em operação.

Frequência Na tecnologia de compactação, a frequência é o número de vezes que a massa de desequilíbrio no rolo cilindro roda por segundo, gerando o movimento de compactação. A frequência é medida em hertz (Hz); por exemplo, 30 Hz equivalem a 30 impactos (vibrações) do rolo por segundo. As frequências devem ser selecionadas de acordo com a configuração de amplitude da máquina. Um princípio básico é: Amplitude baixa – Frequência alta Amplitude alta – Frequência baixa

Frequência em Hz

Compactação dinâmica por vibração. Amplitude alta, força de impacto alta, penetração alta.

Nos cilindros de vibração, o rolo move-se para cima e para baixo. No caso dos cilindros de oscilação, a amplitude mede o movimento do rolo do cilindro, para trás e para a frente, no ponto de contato. Nesse caso, trata-se de uma amplitude tangencial.

As frequências altas são escolhidas para amplitudes baixas e as frequências baixas são escolhidas para amplitudes altas.

Quanto maior for a amplitude, maior é a energia de compactação produzida pelos cilindros, de vibração ou de oscilação. Deve-se ter em conta que o peso operativo do cilindro tem também um grande impacto na quantidade de energia produzida. Assim, a amplitude, por si só, não pode ser utilizada para determinar a capacidade de compactação de um cilindro. As amplitudes superiores a 1,0 mm são apropriadas para a compactação de materiais que tenham uma baixa capacidade de carga (coesiva), ou para compactação de camadas mais grossas. As amplitudes baixas são mais apropriadas para materiais com maior capacidade de carga, para camadas mais finas e para a compactação da superfície. Quanto menor for a altura do material a compactar e da força de impacto necessária, menor deverá ser a amplitude, de modo a prevenir fragmentações prejudiciais. As amplitudes normais para a compactação de terras com cilindros de vibração variam entre 0,7 e 2,0 mm. Na prática, uma maior amplitude com a mesma massa vibratória significa uma maior compactação e penetração. No caso da compactação de asfalto com cilindros tandem de vibração, são principalmente utilizadas amplitudes baixas, entre 0,25 e 0,8 mm, de modo a evitar a destruição de partículas e a deformação do asfalto, devido a impactos demasiado fortes.

Na terraplanagem utilizam-se frequências entre 25 e 50 Hz, dependendo do material a compactar e da configuração da amplitude. As frequências utilizadas na construção de estradas são, por norma, mais altas que as de terraplanagem, de modo a prevenir a deformação do asfalto devido a um espaçamento excessivo entre impactos. Massa vibratória A massa vibratória de um cilindro é composta pelo(s) rolo(s), pelo motor hidráulico e pela unidade de vibração ou oscilação. O rolo do cilindro está separado do resto da máquina por amortecedores de borracha. Massa suportada (Massa de carga) A carga exercida pelo eixo de um cilindro inclui a massa vibratória anteriormente descrita e a massa suportada. A massa suportada, também denominada massa de carga, é equivalente à parte que é separada do rolo do cilindro pelos amortecedores de borracha. Quanto maior for o cilindro, maior será a massa de carga. O peso da massa de carga exerce pressão sobre o material que vai ser compactado, contribuindo consideravelmente para o resultado da compactação. No entanto, é a massa vibratória e a relação entre ambas as variáveis que mais afeta o desempenho da compactação.

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Parceiro Apelmat A “massa vibratória” (assinalada em vermelho na ilustração) de um cilindro inclui o rolo do cilindro, o motor hidráulico e a unidade de vibração ou oscilação.

Velocidade do cilindro Especialmente na compactação dinâmica, a velocidade do cilindro afeta o tempo e a frequência da aplicação das forças de compactação numa área específica. Quando a frequência é a mesma, existem mais impactos a uma velocidade baixa do que a uma velocidade alta. Se a velocidade for demasiado alta em relação a frequência da vibração, os pontos de impacto individuais ficam demasiado afastados. A energia de compactação por área é mais baixa, o que obriga um maior número de passagens. Além disso, se os impactos forem muito espaçados, existe o risco de deformação do material. Na velocidade correta, os pontos de impacto estão suficientemente espaçados, para que toda a área tenha a compactação necessária, com apenas algumas passagens.

Se a velocidade do cilindro for muito elevada, o espaçamento entre os pontos de impacto é demasiado grande. O número de passagens deve ser aumentado para que se atinja a compactação desejada.

Oscilação Atualmente, as vantagens da compactação por vibração em relação à compactação estática são indiscutíveis. A Hamm tem otimizado esta solução e desenvolveu o rolo de oscilação. Os cilindros de oscilação são verdadeiras máquinas de alto rendimento. Compactam com um impacto baixo, evitando assim eventuais danos ambientais e em edifícios adjacentes. Também são necessárias menos

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passagens do que com os cilindros que usam a tecnologia de vibração. Deve-se ainda referir que, durante o uso da oscilação, a compactação aumenta continuamente, a estrutura do material não se fragmenta. Outra vantagem da oscilação é o excelente acabamento da superfície das camadas compactadas. A oscilação é uma tecnologia patenteada pela Hamm. Um rolo oscilatório é equipado com dois veios excêntricos de peso diferente e que rodam em sincronia. Os pesos nos dois eixos são dispostos de maneira oposta em relação ao outro. Forçam o rolo do cilindro a rodar num movimento que alterna rapidamente para a frente e para trás. Por oposição a um rolo de vibração, o rolo oscilatório está em contato permanente com o piso. Vibração Atualmente, não é possível imaginar uma obra de construção rodoviária ou uma terraplanagem sem cilindros tandem ou cilindros de terras com rolos vibratórios. A vibração é um método comprovado que garante resultados em diversas condições, de solos e de asfalto. O impacto, que gera a compactação nos cilindros vibratórios, resulta da interação entre a frequência (causada pelo desequilíbrio dos pesos no rolo), a amplitude, a velocidade de condução, o próprio peso do cilindro e a forma e tamanho da área a compactar. No entanto, o nível de compactação também depende das propriedades do material a compactar e das condições de pavimentação. A vibração dos rolos do cilindro é gerada através de um desequilíbrio rotacional de peso no qual a velocidade de rotação determina a frequência de vibração. Esse desequilíbrio de peso consiste numa parte fixa e noutra que não está fixa – o peso móvel. A posição do peso móvel depende da direção da rotação do veio excêntrico. O peso efetivo que resulta do movimento do peso aumenta ou diminui mediante a direção da rotação. Isto permite ao rolo do cilindro vibrar a duas amplitudes diferentes. O uso da vibração é adequado para quase todas as aplicações de terraplanagem e construção de estradas. Quando a direção de rotação do eixo é revertida, o peso efetivo que resulta do desequilíbrio de pesos no rolo de vibração altera-se, tal como a amplitude da vibração.

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Palestra Infinity Consulting

Social

Audiência Pública na Câmara Municipal

Social

Inauguração da Sany Jacareí

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Feira Concrete Show

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Rodada de Neg贸cios BMC e Comercial Rodrigues

Social

Rodada de Neg贸cios Iveco e BR Automotiva

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Agenda Apelmat FECOMERCIO CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS com Oswaldo dos Santos Junior

DATAS MÊS

DIAS

Outubro

22

29

31

Novembro

05

12

19

Dezembro

03

10

17

26

28

DATAS

EVENTO

19 de outubro

Reunião do Conselho de Serviços

26 de outubro

Reunião Plenária

16 de novembro

Reunião do Conselho de Serviços

07 de dezembro

Reunião Plenária

14 de dezembro

Reunião Plenária (coquetel)

PALESTRAS DATAS

PALESTRANTE

10 de novembro

Vermerr Geração de negócios lucrativos Dr. Marcelo Tadeu Clemente Consultoria ambiental Faça sua reserva

24 de novembro

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CURSOS APRESENTAÇÃO Curso de operador de máquinas: Com o docente Oswaldo dos Santos Junior Reg. MTB SP/006609-5

DATAS MÊS

DIAS

Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

11 02 06 03 01 05 03

18 16 13 10 8 12 10

25 23 20 17 15 19 17

27 25 27 24 29 26

30 29 26 31 28

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ASPECTOS GERAIS 1-Operacionalidade a)Movimentação de cargas; b)Trabalho próximo a linhas elétricas; c)Trabalho de escavação/tubulação; d)Raio de operação; e)Manutenção corretiva e preventiva. 2-Segurança a)Raio de operação da máquina em relação a segurança; b)EPIs e sua utilização; c)Sinalização d)Atos e condições de não conformidade; e)Seguir as orientações dos técnicos responsáveis pela obra; f)Visão geral de norma regulamentadora, NR 06, 11, 12, 18 e 26; g)Ter conhecimento do local de trabalho. 3 – Direção Defensiva a)Conhecimento de leis; b)Negligência; c)Imprudência; d)Imperícia; e)Atenção; f)Habilidade; Simulador de escavadeiras g)Ação; Apresenta situações do mundo real, perigos do h)Descanso; local de trabalho, violações de segurança, i)Direção e álcool sinais de mão e os controles da máquina


Tabela de preรงos elaborada pela Apelmat

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Locação de Equipamentos

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Execução de serviços de terraplenagem

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