Edição 164 - Julho/Agosto 2015 www.apelmat.org.br
SELEMAT
Sob chuva e trovoadas No meio da tempestade que tomou conta do cenário econômico do País, o pacote de concessões anunciado pelo governo pode ser um sinal de calmaria. O que esperar pela frente?
Gestão e negócios Com 42 anos e uma trajetória marcada por desafios e cenários adversos, o que fez da Localiza uma companhia bem-sucedida?
M&T Expo 2015 Confira a cobertura do 3º Congresso Nacional de Valorização do Rental e os destaques da feira
Edição 164 - Julho/Agosto 2015 PÁGINA
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Editorial
Ficar parado ou aproveitar as oportunidades?
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Destaques em terraplenagem, construção civil, infraestrutura, obras públicas e gestão
Cenário
Reportagem de Capa
Em meio à turbulência econômica do Brasil, o empreendedor pode chorar ou vender lenços. Enxergar as oportunidades é a melhor saída
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Manutenção e Mercado PÁGINA
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Veja como ferramentas de machine control podem contribuir para uma operação mais segura e precisa dos equipamentos
Gestão e Negócios
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Redução de custos
Canal Aberto
Obras
Conheça os pilares de sucesso da Localiza, empresa de locação que tem 42 anos de uma trajetória inspiradora
Entenda as diferenças e as particularidades dos modelos de licitação em RDC e PPPs
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Milton Riitano fala sobre planejamento e mudança de hábitos para fazer do fator tempo um aliado
Entrevista
Internacional
Munição para competitividade
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Opinião PÁGINA
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Por um programa de concessões sem jabuticabas
Apelmat 30 Anos
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Empréstimo entre sociedades e sócios: cuidados e tributação
Selemat
M&T Expo
Apelmat e Selemat apresentam nova logotipia
As novidades apresentadas na feira
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Confira os eventos dos últimos meses
Social
Agenda Apelmat
Acompanhe a programação da associação para este ano
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Classificados
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Tabela
As melhores ofertas de serviços e equipamentos
Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem
Expediente Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Vice-Presidente - José Antonio Spinassé Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão Vice-Presidente - Hilário José de Sena Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Secretário - Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito Superintendente - Luiz Antônio Sanches Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018 Diretor Adjunto - Eduardo Alperovich Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018 Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel Conselheiro - Antonio Augusto Ratão Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria Conselheiro Consultivo - Maurício Briard Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide
SELEMAT Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice - Presidente - Flávio Figueiredo Filho Secretário - Wanderley Cursino Correia Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro Suplente de Diretoria - José Ayres Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide Delegado Suplente - Maurício Briard Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho Superintendente - Luiz Antônio Sanches
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Rua Martinho de Campos, 410, Vila Anastácio São Paulo - SP - CEP 05093-050 Tel. (11) 3722-5022 www.apelmat.org.br
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Editorial
Ficar parado ou aproveitar as oportunidades? Ninguém contesta que vivemos um dos momentos mais difíceis no setor. O cenário de instabilidade nos impõe desafios duros e requer, muitas vezes, decisões difíceis. Apertar os cintos, enxugar custos, buscar eficiência no dia a dia dos negócios faz parte do processo para enfrentar a tempestade. Nesse contexto, o contato pessoal, o olho no olho, tem maior valia na busca por alternativas e soluções. Afinal, ninguém faz nada sozinho. Nesse sentido, participar das Rodadas de Negócios promovidas pela Apelmat, juntamente com o Selemat, é uma forma efetiva de conhecer o que o mercado oferece e o que pode trazer vantagem competitiva para atender às atuais demandas e desafios. A iniciativa da Apelmat beneficia seus filiados. Como isso é possível? Nesses eventos, são apresentados itens e serviços de fornecedores que, muitas vezes, são desconhecidos dos associados ou passam despercebidos. Sem falar nos descontos oferecidos aos membros da associação. Além disso, as empresas fornecedoras contam suas histórias, que, no atual momento, podem inspirar e encorajar, pois retratam trajetórias de sucesso e superação. Em tempos de crise, sobrevivem os que aproveitam as oportunidades que surgem. E a Rodada de Negócios é uma delas – falo por experiência própria. Por mais negro que o céu esteja, sabemos que não ficará assim para sempre. Não é hora de paralisar, mas de ser ativo, buscar parcerias e agarrar com afinco as possibilidades que surgem. Ninguém avança sozinho. Vai ficar parado ou vai aproveitar plenamente as oportunidades?
Boa leitura! Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues Secretário da Apelmat
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Cenário
Mostra assertiva Vitrine de novas tecnologias no segmento de equipamentos móveis na América Latina, a M&T Expo 2015 reuniu 45.755 visitantes e rendeu bons negócios
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M&T Expo 2015 – 9ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e Mineração e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração foi realizada no início de junho no São Paulo Expo Exhibition & Convention, em São Paulo (SP). Em um espaço de 100 mil metros quadrados, o evento contou com 478 expositores, representando 25 países e cerca de mil marcas. Os 45.755 visitantes puderam conhecer uma grande variedade de equipamentos para terraplenagem, pavimentação, içamento de cargas, perfuração de rochas, mineração, entre outros, além de motores, material rodante, peças e componentes. A realização de negócios, segundo a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), organizadora da feira, foi expressiva. “Com base nos depoimentos de diversos expositores, chegamos à conclusão de que a movimentação de vendas antes, durante e depois da M&T Expo 2015 deve representar entre 20% e 30% do volume total de vendas anuais, que historicamente se situa em R$ 15 bilhões, mas que neste ano, em função da desaceleração, deve ser da ordem de R$ 10 bilhões”, afirma Afonso Mamede, presidente da Sobratema.
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O Grupo Wirtgen avalia que obteve uma exitosa participação. Entre os equipamentos que apresentaram melhor desempenho, o destaque foi a linha de fresadoras da marca Wirtgen, que alcançou um crescimento de 88% sobre as vendas realizadas na feira em relação à edição de 2012. “Tivemos um bom desempenho de vendas em todas as linhas, sobretudo em fresadoras, que apresentaram crescimento expressivo nesta edição”, afirma Luiz Marcelo Tegon, presidente comercial da Ciber Equipamentos Rodoviários. “Apesar de, no volume total de negócios fechados no evento, termos obtido um total de vendas aproximadamente 20% abaixo ao que atingimos em 2012, isso representou uma queda muito inferior ao que nossa indústria tem sentido em 2015, com redução do volume de negócios nas mais diversas linhas de equipamentos que produzimos de mais de 70% na média, se comparado ao mesmo período de 2014”, acrescenta. O Grupo Fayat, por meio de suas marcas Bomag e Marini, apresentou lançamentos fabricados no País e também importados. “Como as marcas do grupo no Brasil ainda estão em fase de aumento de reconhecimento pelo cliente, pois só estamos há dois anos operando com fábrica no País, consideramos que nossa participação na feira foi um sucesso acima do que tínhamos planejado”, comenta Reus Rosa, gerente-geral e CEO para a América Latina. “Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo mercado de construção no País nos últimos meses, o evento acabou gerando negócios acima do esperado para este momento. Entendemos isso como ganho de participação, e não crescimento da base de negócios”, completa. Paralelamente à feira aconteceu o M&T Expo Congresso, que reuniu um público de mais de mil congressistas. Com uma programação composta por 16 seminários e eventos especiais, foram debatidos os principais assuntos que norteiam o mercado de equipamentos para construção e mineração. Julho/Agosto 2015
Cenário
3º Congresso Nacional de Valorização do Rental Quatro apresentações levaram informações relevantes para os profissionais do setor de locação
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romovido pela Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas (Analoc) durante o M&T Congresso, o 3º Congresso Nacional de Valorização do Rental foi realizado em 11 de junho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Com o intuito de fornecer uma perspectiva real da atividade de locação de equipamentos no Brasil, o evento foi aberto por Afonso Mamede, presidente da Sobratema, e contou com quatro palestras.
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Mamede afirmou que a instituição da Analoc é fundamental para a integração e fortalecimento do segmento de locação, vital para a economia e um importante provedor de soluções para o mercado de construção no Brasil. “A Sobratema apoia, valoriza e não mede esforços para que o setor se estruture. Estamos nisso juntos”, disse. Na sequência, Reinaldo Fraiha, presidente da Analoc, falou sobre “a importância da integração do setor de locação através das entidades” e detalhou a missão da instituição. “Queremos trabalhar incessantemente com as entidades para fortalecer e criar um setor de rental respeitado no mercado”, afirmou. A Analoc atualmente é formada por 11 instituições e está presente em nove Estados. “Nossa intenção é ter uma entidade em cada Estado a fim de fortalecer o setor”, expôs. Julho/Agosto 2015
Cenário
A necessidade de batalhar pelos interesses comuns de forma organizada motiva a integração do segmento. “Somos de um ramo em que o investimento é intensivo, de alto risco, e temos que nos associar para debater o setor e encontrar melhores caminhos”, apontou Fraiha. A valorização da classe tem como alvos de ação o governo, a indústria de máquinas e bancos, e o mercado locador. Para alcançar tais públicos e elevar o nível de reconhecimento do setor, a Analoc se propõe a promover parcerias com entidades coirmãs, difundir a importância do preço justo, ter a ética como princípio fundamental nas relações e trabalhar para a capacitação empresarial a partir de palestras sobre gestão empresarial, cursos e workshops. Entre as políticas estratégicas – questões delicadas e importantes para o setor – focadas pela associação estão a metodologia de locação, a informação logística, a segurança jurídica e a relação com o sindicato laboral, com outras associações e com os grandes eventos do segmento. Visão panorâmica José Protko, especialista na área de locação da Caterpillar, apresentou aos participantes do congresso um pouco da história e do cenário da locação nos mercados emergentes. Protko enfatizou que a América Latina é uma região cuja infraestrutura ainda está em construção e que tem como desafios a urbanização e a consolidação de mercado de maneira particular em cada país. Segundo o especialista, identificam-se cinco modelos básicos de locação na região – os mesmos que são vistos no mercado americano. A diferença é que, enquanto o setor norte-americano levou 55 anos para passar pela primeira consolidação, o latinoaamericano precisou de aproximadamente 30 anos. “As coisas têm acontecido rapidamente”, disse. O primeiro modelo de negócio de locação é a empresa familiar, muito comum no fim da década de 50 na região latina. O segundo é a companhia, padrão que cresceu dos anos 1980 aos 2000. O terceiro é a entrada dos fabricantes no setor de locação a partir dos anos 1990. O quarto e o quinto modelos são os consolidadores (aquisições de empresas locais e fusões) e os integradores de serviço. Segundo o especialista, há muito trabalho por fazer nos países emergentes. “Um dado importantíssimo é que 65% de crescimento da América Latina para
2025 virá de mais de cem grandes cidades – e não só de localidades que conhecemos hoje, como Lima, Santiago e São Paulo, mas de cidades que ainda vão se expandir”, disse. “Existem muitos desafios, crescimento e oportunidades.” Aqui e agora Paulo Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), apresentou uma visão atual do mercado de construção no Brasil e falou do campo político no qual a Analoc quer atuar. “Temos que ser proativos no sentido de levar sugestões ao governo e de participar ativamente na elaboração das regras e das leis, porque assim minimizamos os problemas. É claro que gostaríamos de, às vezes, ter uma atitude mais forte, mas isso não resolve nada e fecha portas. Isso até pode ser papel de algumas pessoas, mas acho que temos que ter esse espírito de estarmos juntos para construir a mudança”, afirmou. Simão ressaltou que o mercado vive um momento complicado, com muitas incertezas, mas que é preciso enxergar o atual contexto de maneira equilibrada e com bom senso. “Não há nada que não possa ser revertido, e os sinais positivos existem e devem ser valorizados.” Eduardo Tevah, consultor e conferencista, encerrou o congresso com uma apresentação descontraída e repleta de recomendações para encarar os desafios presentes. “Mais do que motivação, quero levá-los a uma mudança de atitude”, disse. “O cenário exige uma nova atitude. O seu negócio depende muito da sua gestão, da sua decisão”, completou. As condutas a serem pensadas – ou repensadas – que podem inspirar e conduzir ao sucesso, segundo Tevah, são: 1. Como reinventar meu negócio? É preciso ter a mente aberta para o novo e para inovar. Isso requer sair da zona de conforto e buscar o aprimoramento. E é fundamental estar pronto para ouvir e buscar novas ideias; fazer benchmarking 2. Valorize as pessoas que trabalham com você. Capacitar, mobilizar e avaliar é o trinômio do sucesso da gestão de pessoas 3. Valorize o cliente. Torne a sua empresa uma referência em atendimento 4. Volte a trabalhar com alegria 5. Tenha foco em resultados. O sucesso não está na venda, mas na rentabilidade. O nome do jogo hoje é “caixa”
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Cenário Sinais de retomada? O mercado de construção civil é um dos que mais têm sofrido com a atual crise econômica. No caso do segmento de equipamentos para o setor da construção, o volume de vendas nos primeiros cinco meses de 2015 foi 44,3% inferior ao resultado do mesmo período do ano passado, de acordo com o Estudo de Mercado Sobratema: O Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção – Tendências. A pesquisa foi apresentada pelo consultor Brian Nicholson durante o M&T Expo Congresso, realizado em São Paulo. A sondagem ouviu 32 empresas (27 construtoras e sete locadoras).
Para os dirigentes da Sobratema, a recuperação do setor pode estar nas recentes concessões anunciadas pelo governo em obras de infraestrutura. Oportunidade é o que não falta, como mostrou o vice-presidente da entidade, Mario Humberto Marques, que também realizou palestra durante o congresso. Ele analisou os investimentos necessários ou previstos para melhorias em áreas
como portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, água, energia elétrica e mineração. Porém frisou que, apesar de ser um imenso universo de oportunidades de negócios, existem entraves como a queda do PIB, alta da inflação e, principalmente, falta de confiança. “Este último é motivado pela falta de transparência das concessões anunciadas em 2012”, citou.
O lado bom de todo esse cenário um tanto cinzento é que os empresários tendem a ser menos pessimistas do que o cenário real, segundo constatou Brian Nicholson em sua pesquisa. “Isso é importante, pois se a pessoa não for otimista, é melhor mudar de barco”, finalizou. E o quadro revelado pela sondagem é realmente impactante: para 94% dos entrevistados, os resultados de 2015 serão piores ou muito piores na comparação com 2014. Entre os dados negativos apontados, como atraso nas obras e falta de crédito, um dos destaques ficou com o desemprego: 79% das empresas demitiram neste ano, por conta da queda nas vendas.
LBX Company tem novo diretor A LBX Company, fabricante das escavadeiras Link-Belt, anunciou que Rob Orlowski (foto) juntou-se à companhia como diretor de marketing e comunicação. Recentemente, atuou como gerente de produto para a linha de escavadeiras na Komatsu America Corp e, antes, passou 14 anos na CNH em diversas funções. Rob é fluente em espanhol e português, e tem um bom conhecimento de mandarim. “Estou muito contente por tê-lo junto à nossa equipe como diretor de marketing e comunicação. Devido ao constante crescimento da LBX na América do Norte e América Latina, a liderança de Rob e sua vasta experiência em nossa indústria o tornam um profissional adequado para o trabalho”, afirmou Eric Sauvage, presidente e CEO da LBX. 12
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Cenário Quatro décadas
Ampliação
A Komatsu instalou-se no Brasil em 1975 na cidade de Suzano (SP) numa área de 634 mil metros quadrados. A fábrica brasileira foi a primeira planta fora do Japão, fazendo parte da estratégia de expansão global com um parque fabril completo. Em 1997, foi fundada a segunda planta no Brasil, na cidade de Arujá (SP) ocupando uma área total de 24 mil metros quadrados, onde são produzidos tanques, caçambas, cabines, chassis e chaparia em geral. Como parte do plano estratégico do Grupo Komatsu, o País ganhou mais atenção e dedicação a partir de 1998, quando foi fundada a Komatsu Brasil International, subsidiária de vendas destinada exclusivamente a cuidar do mercado brasileiro. Com presença em todo o território nacional por meio da rede de distribuidores, a Komatsu atua nos mercados de construção, florestal e mineração.
Com mais de 15 anos de experiência na área de venda de pneus industriais e de carga, a Comercial Rodrigues é a representante oficial no Brasil de grandes marcas mundiais de pneumáticos industriais e de superelásticos (pneus sólidos). Agora a empresa passou a representar também a Tiron, a Doublecoin e a Tyrfil, conhecidas pela tecnologia avançada, durabilidade, alto índice de recapagem, estabilidade e precisão em manobras, além do baixo custo de manutenção e garantia de fábrica em todo o território nacional.
Brasil: foco de investimentos internacionais Pesquisa realizada pela KPMG aponta que problemas de infraestrutura (69%), proteção da propriedade intelectual (51%) e complexidade das regulações (50%) são os principais desafios encontrados por companhias que almejam investir no Brasil. Apesar disso, o País, ao lado de China e Índia, continua, entre os mercados de alto crescimento (high growth markets, ou HGM, em inglês), no topo da lista de destinos de investimentos planejados para as empresas em expansão, seguido por México, Cingapura e Coreia do Sul.
Sotreq lança novo canal de distribuição A Sotreq abriu um novo canal de distribuição no mercado de mangueiras e terminais hidráulicos para equipamentos, solução que tem como objetivo ampliar o suporte ao cliente e desenvolver ainda mais esse segmento por meio de parcerias estratégicas com revendedoras locais e regionais. A CTL – Contagem Turbinas é a primeira revenda credenciada para esse modelo e vai atender ao Estado de Minas Gerais. “O principal ponto positivo dessa solução para os clientes é a conveniência: a agilidade na entrega, o telefone exclusivo e a flexibilidade tanto no horário de atendimento como na disponibilidade de estoque consignado”, comenta Frederico Campos, coordenador de desenvolvimento de mercado de peças da Sotreq. “A Caterpillar é a única montadora de máquinas no mundo que fabrica as próprias mangueiras hidráulicas. A abertura de mais um nível de distribuição é o passo que faltava para termos um sistema de produto 100% verticalizado, sem similares no mercado brasileiro”, afirma Nilso De Toni Jr., gerente comercial de sistemas de fluidos da Caterpillar para a América do Sul.
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Reportagem de Capa
Sob chuva e trovoadas No meio da tempestade que tomou conta do cenário econômico do País, o pacote de concessões anunciado pelo governo pode ser um sinal de calmaria? O que os empresários da construção civil devem esperar pela frente? Com mais ou menos otimismo, alguns especialistas revelam seus prognósticos para curto e longo prazo
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nuvem negra estava rondando há algum tempo, aproximou-se lentamente e, no momento em que menos se esperava, quando as previsões apontavam um longo período ensolarado, ela se estabeleceu sem dar muitos sinais de que irá desvanecer-se tão cedo. Ainda assim, será que ventos de mudança – ansiosamente aguardados – podem começar a soprar? Há quem aposte que sim e outros, ressabiados, Isaac Martins, da Training People acreditam que o mau tempo deve “O empreendedor possui dois caminhos: chorar ou vender lenço. Acredito que a persistir. De qualquer forma, há um segunda opção seja a mais adequada” consenso: não é hora de deixar o guarda-chuva em casa. Leroy acredita que, neste momento, é necessário ajustar para “Já estamos, desde o início do ano, crescer. Mesmo assim, crê em uma reversão no quadro já a partir do em recessão. Vale ressaltar que a ano que vem. “O governo está implementando um forte ajuste fiscal, economia brasileira em 2014 não necessário haja vista o seu elevado nível de endividamento. cresceu quando comparada com Associada à política fiscal contracionista, a monetária segue na 2013. A projeção para 2015 é de mesma direção. Minha expectativa é a de que, a partir do primeiro encolhimento, com taxa de desem- semestre de 2016, a economia volte a crescer.” prego subindo e, o pior, inflação de No início de junho, o governo federal anunciou um pacote de novas custos acelerada”, avalia Felipe concessões com investimentos de R$ 198,4 bilhões para modernizar Leroy, professor de economia do aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. Elas fazem parte da nova Ibmec/MG. “É contraintuitiva a etapa do Plano de Investimento em Logística (PIL), que prevê uma priori uma economia que não cresce, parcela de R$ 69,2 bilhões para o período de 2015 a 2018 e, a partir de mas apresenta uma expectativa de 2019, mais R$ 129,2 bilhões. Desse montante, R$ 66,1 bilhões inflação para o ano de 2015 duas deverão compor as concessões para as rodovias, para as quais já estão vezes acima do centro da meta, que é previstos cinco leilões referentes a projetos iniciados no ano passado, de 4,5% ao ano. Nesse caso, a infla- no valor de R$ 19,6 bilhões. Entre as obras, estão previstas ção é puxada pelo lado do custo.” duplicações de pistas, faixas adicionais e sinalização.
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Reportagem de Capa Considerada estratégica pelo governo para a retomada do crescimento, a expansão ferroviária também terá uma nova rodada de concessões – somando R$ 86,4 bilhões para cinco empreendimentos, incluindo o trecho brasileiro da Ferrovia Bioceânica, que vai até o Peru e receberá cerca de R$ 40 bilhões em investimentos. Já o setor portuário, importante para impulsionar as exportações, deverá contar com R$ 37,4 bilhões. Para a modernização aeroportuária, as concessões totalizam R$ 8,5 bilhões e incluem obras em Porto Alegre, Salvador, Florianópolis, Fortaleza e em outros sete aeroportos regionais. Os novos leilões estão programados para o primeiro trimestre de 2016. O professor Leroy, entretanto, se mantém cético em relação a esses números. “Acho pouco provável de ser implementado diante da forte restrição orçamentária”, opina. Para ele, a construção civil e, consequentemente, o setor de locação de equipamentos foram fortemente afetados, uma vez que o governo “desancorou o setor”. “Na minha concepção, o crescimento anterior foi artificialmente inflado pela política creditícia e de subsídios. O momento atual é de restrição orçamentária do governo, que não consegue manter a política fiscal expansionista”, expõe.
Reginaldo Gonçalves, da Faculdade Santa Marcelina “Na análise de viabilização econômica, as empresas só se interessam por opções com melhor taxa de retorno”
No curto prazo, Leroy avalia que os empresários do ramo de locação de equipamentos e de construção civil devem considerar o pior cenário possível para sua tomada de decisões, e isso envolve desemprego elevado, altas taxas de inflação e uma política econômica (monetária e fiscal) contracionista. Para o longo prazo, ele pondera que será preciso ajustar principalmente a estrutura de custos, “além de
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realizar adaptações no sentido de aumentar a competitividade dos produtos ofertados no mercado. Prezo sempre uma política conservadora diante de um período de alta volatilidade. Como há uma elevada incerteza com relação ao futuro diante da instabilidade política e econômica, é melhor traçar planos conservadores”, fala. Copo meio cheio Alguns especialistas veem com bons olhos a segunda etapa do PIL. Um deles é Reginaldo Gonçalves, coordenador de ciências contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM). Para ele, as regras de concessão e os modelos financeiros estão mais realistas, e isso poderá atrair mais investidores do que em 2012. Em sua opinião, os investidores esperam um choque de confiança do governo. “Na análise de viabilização econômica, as empresas só se interessam por opções com melhor taxa de retorno”, aponta. Gonçalves acredita que a busca por recursos privados pode aquecer o mercado, mas é preciso redobrar a atenção sobre a transparência das operações, uma vez que, em alguns casos, o governo participará dos negócios como investidor ou como financiador, com taxas de juros mais atraentes. “Muitas companhias que poderiam participar dos projetos estão envolvidas na Operação Lava Jato. Isso é um risco na busca por investidores tanto no mercado interno quanto externo”, observa. Apresentado na M&T Expo 2015, um estudo feito pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) indicou que, no segmento de equipamentos para o setor da construção, o volume de vendas nos primeiros cinco meses de 2015 foi 44,3% inferior ao resultado do mesmo período do ano passado. A sondagem ouviu 32 empresas, sendo 27 construtoras e sete locadoras. O lado bom de todo esse cenário um tanto cinzento é que os empresários tendem a ser menos pessimistas do que o cenário real, segundo constatou Brian Nicholson, consultor e coordenador da pesquisa. “Isso é importante, pois se a pessoa não for otimista, é melhor mudar de barco”, diz. E o quadro revelado pela sondagem é impactante: para 94% dos entrevistados, os resultados de 2015 serão piores ou muito piores na comparação com 2014. Entre os dados negativos apontados, como atraso nas obras e falta de crédito, um dos destaques ficou com o desemprego: 79% das empresas demitiram neste ano por conta da queda nas vendas.
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Reportagem de Capa Para os dirigentes da Sobratema, a recuperação do setor pode ser impulsionada pelas concessões anunciadas no PIL. Mario Humberto Marques, vicepresidente da entidade, considera que não faltarão oportunidades com base nos investimentos previstos para portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, água, energia elétrica e mineração. No entanto, lembra a existência de importantes entraves como a queda do PIB, a alta da inflação e, principalmente, a falta de confiança, motivada pela ausência de transparência das concessões anunciadas em 2012. Vender lenço Quem também reforça a tese de que é preciso ver as oportunidades no meio da crise é Isaac Martins, consultor da Training People, mestre em comunicação organizacional pela Universidade de São Paulo (USP) e consultor. “Hoje vivemos uma época turbulenta comparada a uma chuva bem forte, quase um temporal, porém empresas sólidas vão sobreviver”, analisa, definindo-se como “um otimista”. “Apesar desse cenário desfavorável, não acredito que estamos em uma recessão, pelo menos por enquanto. O empreendedor possui dois caminhos: chorar ou vender lenço. Acredito que a segunda opção seja a mais adequada.”
Especialmente para o atual momento delicado, Martins propõe algumas ações imediatas: 1. Reveja os processos internos – Avalie a estrutura da empresa, elimine desperdícios, melhore a comunicação interna e faça a empresa ser mais rápida nas decisões 2. Invista em novos canais – Há empresas que adotam novas tecnologias. Martins conta que uma loja de material de construção conseguiu aumentar as vendas utilizando televendas e o aplicativo WhatsApp 3. Renove a equipe – Infelizmente, a cada ano alguns colaboradores ficam caros e desatualizados. Em momentos como este, o gestor deverá tomar uma decisão: investir em qualificação ou realizar trocas 4. Estabeleça metas para corte de custos – Que tal fornecer um prêmio para os departamentos que mais economizaram no mês? Segundo Martins, essa pode ser uma ótima saída 5. Invista em treinamento – Treinar a equipe é um sinal claro de que a empresa está desejosa de melhorar
Brian Nicholson, da Sobratema “Se a pessoa não for otimista, é melhor mudar de barco”
Felipe Leroy, do Ibmec/MG “Minha expectativa é a de que, a partir do primeiro semestre de 2016, a economia volte a crescer”
Martins acredita que as “turbulências” ainda devam perdurar por uns 12 meses e que trarão grandes dificuldades para algumas companhias, principalmente para as que não se prepararam para isso, fato que considera um erro de estratégia. “O foco agora deve estar em fazer de tudo para manter o mesmo faturamento do ano anterior”, recomenda.
O consultor chama a atenção para outros fatores _e o principal entre eles, o relacionamento com os clientes. “Lembre-se de que vendas é relacionamento. Portanto, aumente o número de visitas, vá a campo, busque novos clientes e esteja junto aos vendedores. Segundo, explore novos mercados. Um empreendedor é aquele que observa o cenário atual e enxerga as oportunidades, não os problemas”, frisa. “Em resumo, não veja o que está acontecendo como um problema, mas sim uma adversidade que o gestor deve enfrentar com otimismo e motivação. Se sua equipe sentir que você está desanimado, o efeito será devastador.”
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Canal Aberto
Redução de custos Para se atingir o equilíbrio nas contas em tempos de crise, o corte estratégico e planejado de despesas é importante para qualquer empresa Por Fabio Faccio e Maurício Paulo*
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ão há custo que não possa ser reduzido. Com metodologia e visão completa dos processos internos, as organizações devem mantê-lo no nível mais baixo possível, até porque esse é um dos elementos do negócio que as empresas devem controlar. Um dos principais obstáculos ao processo de enxugar as despesas é um famoso argumento: o custo está no limite, não há mais o que reduzir. Independentemente do cenário econômico – e o atual nos força a rever os custos permanentemente –, toda companhia que tenha enfrentado e superado uma crise financeira sabe que não há despesa irredutível. O que acontece com frequência é que o objetivo de reduzir não é uma decisão consolidada e firme. É apenas uma vaga intenção, uma experiência, um projeto. As fortes reações dos setores envolvidos (operações, vendas, administração etc.) se encarregarão de boicotar ou dificultar a frágil orientação pela contenção. Muitas ações podem ser tomadas para alcançar competitividade em custos. Redefinir funções, fundir atividades, agilizar a logística interna e externa, visitar os clientes ou canteiros das obras, negociar com
fornecedores e parceiros, planejar e rever a carga tributária são algumas das lições de casa que os empresários devem fazer. Determinadas atitudes fazem parte de todo processo de abatimento de encargos financeiros. Para revisar e reduzir os custos globais dentro das empresas, é necessário reexaminar também os processos internos que os originam. A urgência em equilibrar as contas e ver resultados efetivos nas companhias faz com que realizemos as duas coisas em paralelo – diminuir encargos e reconsiderar processos. Uma boa redução das despesas com metodologia e planejamento tem como consequência, além da economia financeira de fato, uma reforma profunda de processos, o que traz um ganho perene e permanente de eficiência. Não há como reduzir custos de forma eficaz sem examinar os processos internos da empresa. Tradicionalmente, as companhias costumam inspirar-se no orçamento do ano anterior e aplicar-lhe índices de redução para montar o do ano corrente, sem saber se o valor de cada despesa corresponde à realidade daquele momento. Para evitar essa distorção, deve-se adotar o Orçamento Base Zero (OBZ). Parte-se sempre do zero, estudando as despesas uma por uma para identificar possíveis excessos (ou carências) nos gastos de cada item. Isso vale para tudo: compra de insumos, aquisição de material de escritório ou gestão de serviços terceirizados. A rigidez no controle de custos faz com que as empresas obtenham ganho significativo na gestão dos processos internos. A perseguição à contenção de despesas deve ser constante e permanente, mas para alcançar os resultados desejados deve ser tratada com urgência, pois sempre é tempo de rever seus custos! *Fabio Faccio e Maurício Paulo são sócios-diretores da Infinity Consulting – Consultoria Empresarial
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Manutenção e Mercado
Tudo sob controle Ferramentas avançadas de automação disponíveis no mercado podem ajudar o usuário a ter uma operação mais segura e precisa em seus equipamentos de terraplenagem, o que contribui para resultados cada vez mais satisfatórios. Veja como isso é possível
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m tempos de competitividade acirrada, os processos devem ser ainda mais produtivos. Cumprimento de prazos, eliminação do retrabalho e redução de despesas deixaram de ser metas e passaram a ser obrigações dentro de qualquer empresa. Atentas a essas novas demandas, principalmente entre os usuários de equipamentos de terraplenagem, as fabricantes de sistemas de automação têm oferecido ferramentas sofisticadas de machine control (orientação e automação operacional) que visam a auxiliar o operador na execução de suas tarefas. “A necessidade de reduzir custos é uma demanda que tem se intensificado nos últimos anos. A melhoria dos processos de execução e o aumento da eficiência e qualidade são pontos fundamentais para a sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo e com margens menores”, avalia Evandro Ferretti Manffra, gerente do segmento na América do Sul da Leica Geosystems, empresa com extenso catálogo de sistemas de automação para máquinas pesadas.
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New Holland FleetGrade Maleta de demonstração utilizada pela companhia para mostrar de forma mais didática e fácil como o sistema machine control funciona para clientes
Segundo Manffra, os mecanismos de controle de máquina são importantes para garantir que o trabalho seja feito sem erros e dentro da especificação do projeto. “A uniformidade obtida com a utilização de tais sistemas é fundamental para a execução perfeita sem necessidades de retrabalho”, salienta. Além disso, eles permitem que o empreiteiro consiga se manter dentro do cronograma e do orçamento estabelecido. Tendo em vista esse objetivo, foram lançados recentemente um sistema de indicação para perfuratrizes/bate-estacas – o Leica iCon rig – e os sistemas para controle de pavimentadoras 3D – o Leica PaveSmart 3D. Julho/Agosto 2015
Entre as principais vantagens destacadas pela empresa no sistema Leica iCon rig – que inclui os modelos iRD3 (para perfuração) e iRP3 (bate-estacas) – estão a diminuição de custos com a eliminação ou redução drástica do trabalho de demarcação (diminuição da dependência de estacas de marcação). Além disso, o equipamento fornece listas de pontos via GNSS diretamente para a cabine, para que os operadores possam navegar para os locais com rapidez e precisão. A companhia frisa também as facilidades de integração do sistema com outras soluções iControl sobre uma mesma plataforma e a interface simples e intuitiva. Além disso, as visualizações podem ser customizadas facilmente pelo usuário e o software rig iCON é compatível com vários formatos de dados 3D. Manffra explica que os sistemas podem ser classificados de duas formas: de indicação e de controle. “Os de indicação mostram ao operador a posição em que se encontra a concha, na escavadeira, e a lâmina, no caso do trator de esteiras e da motoniveladora. O posicionamento da lâmina é realizado pelo operador, que fará isso de acordo com a especificação do projeto. Os sistemas de controle fazem a movimentação da lâmina de maneira automática, e o operador se encarregará apenas de controlar a direção da máquina”, descreve o gerente. Por meio de uma interface considerada amigável, o operador consegue introduzir os parâmetros de referência diretamente no painel ou carregar o modelo 3D pelo computador do sistema. “A instalação do produto é feita por profissionais treinados da Leica Geosystems, que irão posicionar os sensores, painéis e demais componentes do sistema no local mais apropriado. Após a fixação dos componentes, o sistema é calibrado e fica apto a operar”, esclarece Manffra. O gerente calcula ser necessário menos de um ano para que o investimento feito seja pago devido à economia gerada com a sua utilização. “Há de se considerar que existem benefícios de difícil mensuração, como o aumento da segurança na obra. Um passivo trabalhista pode custar o valor do equipamento ou mais”, acrescenta. Parceria Entre os destaques apresentados pela New Holland Construction, fabricante de máquinas para construção e infraestrutura da CNH Industrial, durante a M&T Expo 2015 estava o New Holland FleetGrade, machine control da marca, resultado da associação mundial entre a CNH Industrial e a Leica GeoSystems. Ele permite que equipamentos como motoniveladoras, tratores de esteiras, escavadeiras hidráulicas e retroescavadeiras trabalhem de forma guiada, como se utilizassem um GPS. Também proporciona o controle hidráulico automático, no caso das motoniveladoras e tratores de esteiras. “Normalmente, para realizar uma terraplenagem é necessário realizar o estudo topográfico e depois uma pessoa usa estacas para fazer as instruções para o operador de motoniveladora, ou seja, a precisão do trabalho depende da visão e da habilidade do operador”, fala Rafael Barbosa, especialista de produto da New Holland Construction. “Mas com o sistema instalado na máquina usamos o mesmo estudo topográfico. Ele é carregado no sistema, que utiliza as coordenadas precisas para poder controlar a lamina, fazendo assim todo o trabalho. Ou seja, podemos ter menos passadas e consequentemente menos tempo para a conclusão do trabalho, além de garantirmos maior precisão”, explica.
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Manutenção e Mercado De acordo com Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da companhia, o usuário dos equipamentos da empresa pode contar com o auxílio de uma equipe especializada para encontrar a solução mais indicada para atender a suas necessidades em termos de automação. “No caso do recém-lançado trator de esteiras D180C, por exemplo, ele tem uma predisposição para esse uso, com botões de ativação desse sistema no console frontal e joystick, além de ativação no painel”, ressalta. Sem retrabalho Para John Fierro, gerente regional de contas da Trimble, o principal diferencial do machine control é a eliminação do retrabalho. Especialista em tecnologias de posicionamento, incluindo GPS, laser, óptica e inercial com software aplicativos, comunicação sem fio e outros serviços, a empresa oferece especialmente para máquinas de terraplenagem uma série de sistemas de automação do movimento de corte, incluindo soluções a laser, sistemas de navegação global via satélite (GNSS) ou ópticos para o controle e monitoramento do processo construtivo. “Eles permitem facilitar a operação durante a etapa de terraplenagem, reduzindo significativamente o retrabalho e aumentando a segurança na obra. Como há uma automação na máquina, mesmo operadores pouco experientes conseguem realizar um trabalho de qualidade”, destaca. Segundo Fierro, para que o operador possa se beneficiar com o uso desses sistemas, basta que os receptores GNSS, as eletroválvulas (dependendo do modelo da máquina) e um computador de bordo sejam instalados. “O receptor GNSS fornece o posicionamento preciso da lâmina da máquina, permitindo que as eletroválvulas acionem seu movimento. Um computador de bordo fornece as informações de corte e aterro em tempo real”, descreve. O gerentegeral de contas acrescenta que recentemente foram implementadas inovações no monitoramento da qualidade da terraplenagem na fase de acabamento, por meio de uma plataforma on-line. Fierro comenta que as empresas recorrem a essas soluções, entre outros motivos, para conseguir antecipar o prazo de entrega das obras, reduzir o valor da hora-máquina e aumentar a segurança na obra. De acordo com ele, em função do tipo de equipamento a ser instalado e da operação que será realizada, o tempo para o retorno do investimento pode ser de um a oito meses.
Controle total Trator de esteiras em operação com sistema da Trimble
Escavadeira hidráulica da New Holland equipada com o New Holland FleetGrade
Sem dúvidas 1. O que é machine control? Trata-se de um sistema de direção precisa, posicionamento ou controle da máquina para o aumento da eficiência e produtividade, reduzindo custos operacionais e otimizando o uso de materiais utilizados em processos finais. 2. Quais são os sistemas existentes? Os sistemas podem ser classificados de duas formas: de indicação e de controle. Os de indicação mostram ao operador a posição em que se encontra a concha, na escavadeira, e a lâmina, no caso do trator de esteiras e da motoniveladora. O posicionamento da lâmina é realizado pelo operador, que fará isso de acordo com a especificação do projeto. Já os sistemas de controle fazem a movimentação da lâmina de maneira automática, e o operador se encarregará apenas de controlar a direção da máquina. Orientação
Controle
O sistema detecta as correções que são necessárias
O sistema detecta as correções que são necessárias
O operador conduz a ferramenta até a posição indicada O sistema indica o que deve ser feito pelo operador
O sistema controla a ferramenta (lâmina) até a posição indicada Fonte: Leica Geosystems
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Gestão e Negócios
O cliente em evidência Atender bem quem está do outro lado do balcão e não deixar de valorizar quem está dentro são as principais preocupações da Localiza, que tem uma trajetória inspiradora
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ar atenção ao cliente, valorizar colaboradores e fornecedores e prestar o melhor serviço. Esse é o bê-aá-bá que toda companhia precisa decorar caso pretenda se destacar em qualquer ramo de atuação. Com a Localiza, empresa especializada em aluguel de carros, não foi diferente. Fundada em 1973, ela adotou essas ações como lema e, até hoje, após 42 anos, as considera como os pilares para a condução dos negócios. “Há especificidades em cada área, mas acredito que existam dois princípios que sempre valem e são fatores decisivos: a valorização do cliente e dos colaboradores. Além desses, está o comprometimento em prestar o melhor serviço”, pontua Nora Lanari, diretora de relações com os investidores da Localiza.
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Nora Lanari, da Localiza “Neste momento, quando temos inflação alta, PIB negativo, mercado encolhendo e alta taxa de juros, as empresas devem olhar para dentro em busca de eficiência”
Olhando para trás, Nora acredita que esses preceitos sempre nortearam cada decisão importante tomada ao longo dos anos e, acima de tudo, serviram para balizar toda nova estratégia e direcionamento. E não foram poucos os desafios enfrentados ao longo da história da empresa. Logo de cara, em seu ano de fundação, teve de encarar o primeiro choque do petróleo. O segundo veio pouco tempo depois, em 1979. “Acho que não é possível destacar apenas uma tática em especial, mas várias decisões foram importantes. Uma delas, por exemplo, foi a de atender 24 horas por dia, sete dias por semana, desde o início das atividades da empresa”, relembra Nora. Julho/Agosto 2015
Gestão e Negócios Em 1985, durante a crise da dívida externa brasileira – quando o capital se tornou escasso e o custo, mais elevado –, a companhia resolveu ampliar sua presença no mercado por meio do franchising e, desse modo, conseguiu alavancar as vendas muito acima do esperado. “Foi uma estratégia inteligente, pois uma franquia é menos intensiva em termos de capital. Além disso, foi possível desenvolver mercados locais”, avalia. Alguns anos adiante, em 1990, outra decisão que ampliou as possibilidades da organização foi a de vender os carros diretamente ao consumidor final, por meio da Localiza Seminovos. Segundo a diretora de RI, a empresa foi a primeira a adotar o termo “seminovos” para definir o tipo de carro que seria comercializado. Para chegar ao patamar atual, com quase 550 agências e mais de 118 mil carros em nove países, outras estratégias foram traçadas. Entre elas, a venda de um terço da companhia para um fundo de private equity, com o intuito de obter a capitalização necessária ao desenvolvimento de um planejamento de longo prazo, fato que ocorreu em 1997. Além disso, em 2005, iniciou a oferta pública de ações no Novo Mercado da Bovespa, com o valor de R$ 3,83. Destaque desde o dia de abertura de capital, as ações estavam valendo R$ 36,30 em 31 de março de 2015, o que representava um crescimento de 829,50%. Até o fim do primeiro trimestre deste ano, a Localiza estava avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões. Mais um cenário desafiador Segundo seus balanços, no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou crescimento de 6,5% na receita líquida em relação ao mesmo período de 2014 – com isso, alcançou R$ 1,007 bilhão (lucro líquido de R$ 100,3 milhões). Mesmo consolidada economicamente, a Localiza reconhece que a conjuntura atual exige atenção. “Neste momento, quando temos inflação alta, PIB negativo, mercado encolhendo e alta taxa de juros, as empresas devem olhar para dentro em busca de eficiência”, opina Nora. Segundo a executiva, para se ajustar à situação atual, a expansão da frota neste ano deverá ser menor. “Temos sempre que ajustá-la em função da demanda.”
Para atravessar mais este cenário de crise, as lições aprendidas com as dificuldades enfrentadas no passado mostram que o foco deve ser no aumento da produtividade. “É preciso ver se não há nenhum custo fora de controle, por exemplo. Além disso, nossa estratégia é a de preservar a posição de caixa: temos aproximadamente R$ 1,4 bilhão para passar por este período turbulento”, conta a diretora. Para ela, outras ações que podem servir de parâmetro para as demais empresas do segmento de rental são aquelas voltadas para a valorização e o comprometimento dos colaboradores. “Um exemplo é a nossa central de reserva. As atendentes que mais converterem ligações aparecem em destaque em um local que chamamos de Hall da Fama. Todos nós temos metas: o lavador de carros, o diretor financeiro, o presidente. É preciso saber fazer bem todos os elos do ciclo.” Mais do que nunca, a preocupação com a imagem da empresa deve estar no topo das prioridades. Nesse quesito, a Localiza lança mão de uma série de ferramentas para garantir a satisfação do usuário “em cada elo do ciclo”, principalmente durante a retirada e a devolução do veículo. “Temos que prestar o melhor serviço, com agilidade e qualidade. O cliente não pode diferenciar se está sendo atendido por uma franqueada ou pela própria empresa”, exemplifica. “É preciso zelar pelo nome da companhia, que tem nível de reputação elevado.” Na opinião de Nora, quem deseja empreender nesse mercado competitivo deve saber que hoje os clientes são mais bem informados e exigentes. “É preciso conhecer o cenário econômico para tomar as melhores decisões para o negócio, mas não se deve descuidar também do concorrente, do fornecedor e, principalmente, do cliente: é ele que gera receita”, reforça.
Veja + No site da Apelmat (www.apelmat.org.br), você confere os principais marcos na história de quatro décadas da Localiza.
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Obras
Público e privado de mãos dadas O desenvolvimento da infraestrutura necessária para o crescimento do País tem se beneficiado das parcerias entre o setor privado e o governo. Entender as particularidades dos diferentes modelos de licitação – RCD e PPP – pode ajudar o setor de locação a lidar melhor com cada contexto
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álculos feitos pelo Sebrae Nacional apontam que, do total de R$ 198 bilhões previstos pelo governo federal em seu novo plano de concessões em infraestrutura, cerca de R$ 11,88 bilhões representam oportunidades para micro e pequenas empresas. No rol de serviços oferecidos por elas, podem ser incluídos os de movimentação de terra, entre outros. Por isso, nesta etapa do processo, é importante entender como funcionam os modelos de licitação em Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e as Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Inicialmente, é preciso que fique claro que as Leis n° 12.462/11, do RDC, e n° 11.079/04, das PPPs, têm objetivos distintos”, explica a Alécia Paolucci Nogueira Bicalho, advogada especializada em direito administrativo que atende a entidades públicas e empresas privadas em contratações públicas de infraestrutura.
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Alécia Paolucci Nogueira Bicalho, advogada “As Leis n° 12.462/11, do RDC, e n° 11.079/04, das PPPs, têm objetivos distintos”
A advogada esclarece que a lei do RDC busca implementar um maior dinamismo na etapa de procedimento ao prever, entre outros mecanismos, a inversão das fases de julgamento de propostas e habilitação, a fase recursal única ao final do julgamento e prazos reduzidos de publicidade prévia. “Sua dinâmica é semelhante à modalidade licitatória do pregão, mas, sob o aspecto conceitual, esse sistema se aproxima da gênese das delegações ao prever a possibilidade de remuneração vinculada ao desempenho, contrato de eficiência e, enfim, sua grande vedete, a contratação integrada, na qual cabe ao contratado o encargo de desenvolver toda a concepção do empreendimento”, compara. Julho/Agosto 2015
Obras Com relação à contratação de obras e serviços de engenharia, o RDC considera preferenciais a empreitada por preço global, a empreitada integral e a contratação integrada. A empreitada a preços unitários passa a ser uma exceção que precisa ser justificada, destinando-se a obras que envolvam inovação técnica ou tecnológica de domínio ainda restrito no mercado. “Esse regime compreende a elaboração, pela contratada, dos projetos básico e executivo, e o cumprimento de todos os encargos de execução até a entrega do empreendimento em funcionamento. Em razão de sua complexidade e também por implicar custos mais elevados em função dos riscos alocados ao contratado (remunerados por taxa de risco inclusa no orçamento), esse regime se destina ao atendimento de equipamentos de grande porte”, observa. Além disso, as contratações pelo RDC são sempre totalmente orçamentadas, ou seja, os pagamentos são integralmente cobertos pela administração pública. Alécia explica que as PPPs, por sua vez, têm por finalidade a contratação de serviços – públicos ou não –, ao contrário das concessões comuns, que se prestam à delegação à iniciativa privada da prestação de serviços públicos. Além disso, há a possibilidade de aporte de recursos diretamente pelo poder público, quando possível, em prol da desoneração da contraprestação mensal (CPM) ou da tarifa, ou de ambas. “A deflagração das licitações de PPPs condiciona-se à observância de uma agenda prévia pelo poder público, contemplando os estudos de viabilidade econômico-financeira e ambiental, dados de oferta e demanda, custos de investimentos e de operação, a taxa interna de retorno do empreendimento; enfim, todas as projeções do projeto a serem acomodadas no horizonte de prazo alargado de execução contratual, de até 35 anos”, completa. Riscos e oportunidades Na opinião da advogada, ambos os regimes seguem uma nova cultura que vem se acomodando paulatinamente. “Eles impõem uma mudança de paradigma com relação às contratações públicas principalmente no cenário contemporâneo do direito administrativo e, em especial, da administração pública gerencial, com ênfase às regras dos contratos (tendência de contratualização), ao consenso e mecanismos amigáveis de soluções de controvérsias e, enfim, à efetiva parceria”, discorre.
Portanto, é importante saber avaliar os riscos contratuais que, no caso do RDC, seguem as regras do artigo 65 da LNL e, das PPPs, o artigo 10 da Lei n° 8.987/95. “Quanto às precauções a serem observadas na etapa de licitações, recomendaríamos, no RDC, o detido exame do regime de execução, medição e pagamento”, enfatiza Alécia. No caso das PPPs, ela salienta a importância do estudo aprofundado do edital e seus anexos (Evtea, projeto referencial, plano de negócios, projeções financeiras de Capex e Opex, caderno de encargos, matriz de risco, mecanismos de reequilíbrio). A participação de pequenas e médias empresas é admitida no RDC. “Neste caso, são aplicadas as regras de preferências para fornecedores ou tipos de bens, serviços e obras previstas na legislação, em especial aquelas referidas no artigo 38 da lei: artigos 3º das Leis n° 8.248/91 e 8.666/93, e artigos 42 a 49 da LC 123/06”, observa a especialista. Já nas PPPs, as exigências financeiras e encargos contratuais de execução, inclusive mediante obrigatória constituição de Sociedade de Propósito Específico (SPE), limitam a presença de companhias de menor porte, em razão da natureza dos empreendimentos. “Mas isso não exclui a possibilidade de sua contratação pela SPE para a execução de atividades acessórias, complementares, ou projetos associados.” Para quem está interessado, é importante saber que a fase preparatória das PPPs é mais demorada em razão do volume dos estudos e prazos prévios de publicidade, tais como audiência e consulta pública. “Os PMIs (Procedimentos de Manifestação de Interesse) e as PNSs (Propostas Não Solicitadas) são ferramentas úteis no ganho de tempo, na medida em que viabilizam a coleta de informações junto ao mercado, antes da fase de modelagem propriamente dita, em benefício da maturação dos projetos”, explica. Na lista de exemplos bem-sucedidos em cada um dos modelos, Alécia cita, entre as PPPs, escolas, aterro sanitário e de resíduos sólidos na região metropolitana de Belo Horizonte, além de consórcios públicos entre municípios, todos em Minas Gerais. “Quanto ao RDC, o líder de contratações é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com regimes tradicionais ou de contratações integradas”, finaliza.
Veja + No site da Apelmat (www.apelmat.org.br), você confere os detalhes do anúncio da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), os investimentos previstos por região do Brasil e a opinião de outros especialistas.
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Entrevista
No balanço das horas A falta de tempo é a principal reclamação de nove entre dez empresários, mas com algumas mudanças de hábitos é possível otimizar o dia e dia para fazer do relógio um aliado
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ouve um tempo em que encaixar todas as atividades cotidianas nas 24 horas do dia era relativamente simples. Hoje, com a pressão sobre os profissionais e as inúmeras ferramentas de conectividade que fazem com que todos estejam em estado de alerta em tempo integral, isso virou um verdadeiro desafio e fonte de estresse constante. Prova é a existência de um curso de extensão universitária voltado especialmente para esta nova “ciência”: a administração do tempo. Docente responsável pelo curso, que é ministrado na Universidade São Judas de São Paulo (SP), no campus da Mooca, Milton Riitano é categórico: “Prioridade e importância são dois fatores completamente distintos. Muitas pessoas consideram o que é importante como prioritário, e isso normalmente traz erros na condução das tarefas do dia a dia”. CEO da Packaging & Resources Brasil e diretor executivo do Grupo Refferência, Riitano é especialista na qualidade de atendimento e em projetos para a solução de conflitos e para a motivação de pessoal.
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Revista Apelmat/Selemat De modo geral, os profissionais veem o relógio como um aliado ou um inimigo? Por que isso acontece? Milton Riitano O relógio é visto como aliado ou inimigo dependendo do grau de organização dos profissionais ou mesmo de uma dona de casa. Quando uma pessoa sabe exatamente o que, como e quando fazer, terá o relógio como parâmetro para suas atividades, e não algo que o leva ao estresse ou até mesmo a angústias. Julho/Agosto 2015
Entrevista RAS Identificar as prioridades no cotidiano deve ser a primeira ação a ser feita? Quais outras ferramentas são importantes no gerenciamento do tempo? MR Muito se fala sobre prioridades, mas há certa confusão entre considerar algo prioritário e algo importante. Prioridade e importância são dois fatores completamente distintos. Muitas pessoas consideram o que é importante como prioritário, e isso normalmente traz erros na condução das tarefas do dia a dia.
“Muito se fala sobre prioridades, mas há certa confusão entre considerar algo prioritário e algo importante” RAS Empresários que lidam com serviços ou venda de equipamentos costumam ter uma rotina cheia de visitas a obras e clientes. Como não ser prejudicado por esses constantes compromissos e deslocamentos? MR O deslocamento faz parte da rotina desses profissionais, e isso deve estar no processo de organização do dia de trabalho. A locomoção não é o fator que cria barreiras, mas a falta de foco e objetividade entre as prioridades a serem feitas no escritório e na “rua” é que torna os resultados negativos. RAS Qual a melhor forma de aprender a dizer “não” a determinados pedidos? MR Falar “não” é necessário para que se consiga manter o foco nas prioridades e no controle das atividades. Mas o “não” nunca deve vir sozinho; simplesmente dar a negativa é um tratamento perigoso e pode causar, às vezes, algum tipo de constrangimento. O “não” deve vir sempre acompanhado de uma explicação ou mesmo de uma solicitação de prazo ou indicação de alguém que possa atender aquele que necessita de algo. RAS Como aproveitar o tempo de modo a buscar qualificação profissional e participar de treinamentos? MR Tudo é uma questão de prioridades, organização e uma boa dose de força de vontade. Normalmente sempre encontramos tempo – e energia – para fazer aquilo de que gostamos e que nos é importante.
RAS Em uma entrevista, você afirmou que “o autoconhecimento é fundamental para administrar melhor o tempo”. De que modo isso acontece? MR Nenhuma ferramenta, por mais simples ou complexa que se queira utilizar, terá qualquer efeito se a pessoa não entender realmente os hábitos e atitudes que podem prejudicá-la. Por exemplo, há pessoas que colocam o relógio para despertar às 6 horas da manhã, mas ficam enrolando de dez em dez minutos para levantar e quando percebem já estão atrasadas. Há quem simplesmente abre a porta do guarda-roupa e espera que um santo salvador decida por ele qual roupa usar. Não há agenda ou qualquer outro tipo de controle que dê jeito nisso. A mudança de hábitos é a grande sacada. RAS O que fazer para que o trabalho não comprometa as horas que devem ser dedicadas à vida pessoal? MR Tempos atrás, não era necessário colocar nos planejamentos o tempo de lazer ou convívio familiar. Diante de tantas mudanças no perfil de trabalho e das novas tecnologias, que praticamente deixam os profissionais 24 horas “ligados” à empresa, calcular a agenda de trabalho juntamente com o lazer é de fundamental importância. Até porque, em algumas atividades, o planejamento pessoal (lazer aliado à qualidade de vida) é de interesse da empresa que se preocupa com a saúde dos seus profissionais. RAS Como é estruturado o curso de gestão do tempo ministrado na Universidade São Judas? MR O público-alvo é formado basicamente por profissionais que buscam melhor desempenho em suas atividades e principalmente uma melhor performance diante de todos os objetivos desejados. Mas também por aqueles estudantes que, diante de um mercado cada vez mais exigente, querem organizar seus estudos e conseguir realizar um maior número de atividades para terem êxito mais rapidamente e estarem “prontos” para novos desafios. O curso conta, em sua grande parte, com cases e análises que podem levar a uma compreensão dos fatores que dificultam a eficácia e eficiência no trabalho ou nos estudos. São apresentadas ferramentas de controle e de planejamento do dia a dia e até mesmo um planejamento de vida para aqueles que desejam se organizar para alcançar objetivos a longo prazo.
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Internacional
Munição para competividade
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onjunto de processos específicos e identificáveis, tais como desenvolvimento de produtos, tomada de decisão estratégica e habilidade para fazer alianças. Assim, em 2000, Kathleen Eisenhardt e Jeffrey Martin definiram capacidades dinâmicas, num excelente artigo publicado no Strategic Management Journal (Strat. Mgmt. J. 21:1105 – 1121). A identificação das capacidades dinâmicas tornou-se capítulo obrigatório de quase todos os cursos para executivos, pós-graduações, mestrados. E é natural que assim seja, pois são esses processos que, correta e adequadamente desenvolvidos e exercitados, municiam as empresas dos recursos necessários à criação de valor para o cliente e as mantêm, pelo menos durante algum tempo, “a salvo” da ação de concorrentes.
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*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais
Como vimos na edição 162, a lógica do serviço-dominante implica a “metamorfose” dos bens tangíveis em aspectos intangíveis tais como competências, informação e conhecimento. Essa transformação é o resultado natural da maturidade da empresa, do seu conhecimento dos mercados em que opera e da adequada manipulação das suas capacidades dinâmicas. Julho/Agosto 2015
Vale a pena olhar para as nossas companhias, para os recursos disponíveis, para as novas formas de relacionamento com o trabalho e as respectivas curvas de aprendizagem e ver se chegamos à mesma conclusão que Kathleen Eisenhardt e Jeffrey Martin: “A vantagem competitiva de longo prazo reside em adequadas configurações de recursos, e não nas capacidades dinâmicas”. Canteiro de obras No que diz respeito ao andamento de obras, alguns fatos interessantes estão ocorrendo na Europa. Ao abrigo da Connecting Europe Facility (CEF), a Comissão Europeia anunciou a verba recorde de € 13 bilhões para o financiamento de um plano que engloba 276 projetos de transportes.
"Muito se fala da Copa do Mundo Fifa 2018 na Rússia, que tem custo previsto em € 10,44 bilhões" “Os projetos que selecionamos vão servir os cidadãos e as empresas. Quer pela ampliação e melhoramento de infraestruturas, quer pela remoção de gargalos existentes. Estou muito feliz por anunciar o maior plano de investimento alguma vez feito na União Europeia na área dos transportes”, disse Violeta Bulc, comissária europeia para os transportes. Espera-se que esse investimento contribua para a geração de cerca de € 28 bilhões de cofinanciamento entre verbas públicas e privadas. Assuntos quentes na Europa Muito se fala da Copa do Mundo Fifa 2018 na Rússia. A última revisão do custo total previsto para o campeonato é de € 10,44 bilhões. Com o impacto positivo que um projeto dessa magnitude tem no setor da construção, entre outros segmentos, os russos não querem nem ouvir falar em perda de direitos. No Reino Unido, as britânicas Carillion e Kier e a francesa Eiffage juntaram-se para assegurar a entrada em funcionamento da linha de alta velocidade High Speed 2, que ligará, numa primeira fase, as cidades de Londres e Birmingham. O início da construção está previsto para o começo de 2017, e a entrada em funcionamento para 2026. Na Suécia, a Autoridade Sueca de Transportes escolheu a Skanska para a construção do túnel da conexão sul da via de saída da cidade de Estocolmo. O túnel terá uma extensão de 350 metros e duas pistas em cada sentido. O valor do contrato é de cerca de € 139 milhões, e o início dos trabalhos ocorrerá na primavera de 2016 e terminará em 2021.
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Selemat
Empréstimo entre sociedades e sócios: cuidados e tributação Por Luiz Fernando Martins Macedo*
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e tempos em tempos, somos indagados sobre as consequências jurídicas da realização de operações de empréstimos entre sócios (pessoa física) e suas respectivas sociedades. Prática comum, mas que do ponto de vista jurídico exige alguns cuidados. Antes de mais nada é imprescindível celebrar um contrato que contenha, no mínimo, as seguintes informações: a qualificação das partes, o valor do empréstimo, o prazo de devolução, dentre outras cláusulas como o índice de correção monetária, os juros que serão pagos e eventuais penalidades por inadimplemento (multa, juros de mora etc.). Caso não seja formalizado um contrato, a fiscalização tributária pode depreender que se trata de uma doação, com a consequente incidência do tributo estadual (ITCMD). Além disso, de acordo com o art. 592 do Código Civil Brasileiro, se não houver prazo formalmente estabelecido no acordo, o período do mútuo será considerado de 30 dias, pelo menos.
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SELEMAT
*Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados
Uma questão relevante é a remuneração (juros) do empréstimo, que deverá ser estipulada considerando o valor praticado no mercado. Se os juros cobrados estão sendo exigidos no patamar de 1% ao mês, por exemplo, não é recomendável que se contrate uma remuneração maior, pois haverá risco de questionamento pelo Fisco, em especial se quem está tomando o empréstimo for uma empresa optante pelo lucro real. Pode haver também empréstimo de sócio (pessoa física) para pessoa jurídica da qual participe sem cobrança de juros. Também nos mútuos entre empresas ligadas (companhias controladoras e controladas e coligadas ou interligadas), pode ser dispensada a cobrança de juros. Deve-se observar que se o mutuante (pessoa jurídica que emprestou o dinheiro às empresas controladas, coligadas ou interligadas) tiver tomado emprestado de terceiros pagando juros, o Fisco poderá considerar indedutíveis as despesas financeiras pagas pelo mutuante por considerá-las não necessárias à atividade negocial da companhia. Julho/Agosto 2015
Selemat No caso de empréstimo feito por sócios, administradores ou acionista controlador, ou de pessoa a eles ligada, o Fisco poderá exigir que seja comprovada, além da efetiva entrega dos recursos à empresa, a origem do numerário, sob o risco de enquadramento da operação como omissão de receitas na companhia. Cuidado redobrado deve ser observado nos empréstimos em dinheiro feitos por sociedade aos sócios, sendo recomendável inserir cláusula com cobrança de juros, forma e prazo de pagamento, sob pena de o Fisco considerar como adiantamento de pró-labore e exigir retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) pela tabela progressiva. Observa-se ainda que os rendimentos obtidos na operação de mútuo recebidos por quem emprestou o dinheiro de pessoa jurídica mutuária sujeitam-se à incidência do IRRF. A responsabilidade pela retenção de tal imposto é da pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos dividendos. IRRF O Imposto de Renda incidente sobre essas operações tem alíquotas escalonadas considerando o prazo de contratação da operação: – 22,5% em operações com prazo de até 180 dias; – 20% em operações com prazo de 181 dias até 360 dias; – 17,5% em operações com prazo de 361 até 720 dias; – 15% em operações com prazo acima de 720 dias. Caso o sócio mutuante (aquele que emprestou o dinheiro) seja pessoa física, o IRRF incidente sobre os rendimentos é considerado definitivo, ou seja, os dividendos não entrarão na base de cálculo do IRPF devido na Declaração de Ajuste Anual e os rendimentos do empréstimo deverão ser declarados como rendimentos sujeitos à tributação exclusiva. Além disso, o imposto retido não poderá ser compensado na declaração. Caso o sócio mutuante seja pessoa jurídica: 1. Os rendimentos decorrentes de operações de mútuo integram o lucro real, o lucro presumido ou arbitrado para fins de determinação da base de cálculo do IRPJ; 2. O IRRF incidente sobre rendimentos é compensável com o IRPJ devido pela empresa com base no lucro real, presumido ou arbitrado. Se a companhia for optante pelo lucro real no cálculo do imposto mensal por estimativa, esses dividendos não são computados, e o imposto retido na fonte sobre eles não poderá ser compensado com o
tributo mensal calculado pela forma estimada. Nos meses em que forem levantados balanços ou balancetes de redução ou suspensão do imposto, os rendimentos integrarão o lucro real do período e o IRRF poderá ser deduzido do imposto calculado sobre o lucro real do período. Já o IRRF incidente sobre os rendimentos auferidos em operações de mútuo realizadas por pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional ou isentas do Imposto de Renda é considerado definitivo, o que significa que esse tributo não poderá ser restituído nem compensado. CSLL Os rendimentos recebidos em decorrência de operações de mútuo integram a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, inclusive da contribuição devida mensalmente, calculada por estimativa, presumida ou arbitrada. IOF As operações de empréstimo entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e física sujeitam-se, também, à incidência do IOF segundo as mesmas normas aplicáveis às operações de financiamento e empréstimos praticadas pelas instituições financeiras. O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado, e é incidente sobre o saldo devedor diário apurado no último dia de cada mês. As alíquotas do IOF na operação de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito, são as seguintes: - mutuário pessoa jurídica: 0,0041%; - mutuário pessoa física: 0,0082%. Além disso, o IOF incide sobre as operações de crédito à alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pessoa física ou jurídica. Vale lembrar que, para ser válido perante terceiros, o contrato de empréstimo deve ser registrado no cartório de títulos de documentos. De acordo com a jurisprudência judicial e administrativa, a falta de registro pode ser suprida pela apresentação do contrato e pela devida contabilização da operação. Por fim, este artigo não aborda as operações com residentes e domiciliados no exterior. Orientamos a todos que, sempre que for implementada alguma modalidade de mútuo em que sócio ou sociedades emprestam dinheiro entre si, é imprescindível uma orientação jurídica que subsidie a operação, evitando problemas e contingências futuras.
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Opinião
Por um programa de concessões sem jabuticabas Por Fernando Faria*
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governo federal anunciou o tão esperado novo programa de concessões. Um dos objetivos é dinamizar a economia nacional, severamente afetada pelo conjunto de eventos que impactou diretamente o setor da construção e infraestrutura. Outro propósito é mitigar a falta de investimento público acumulado, que posiciona mal o Brasil nos rankings de estoque e qualidade das suas infraestruturas. O anúncio aconteceu em um momento delicado da economia. O ajuste fiscal impede a adoção de medidas que poderiam ajudar a trazer mais segurança ao investidor e coloca pressão adicional sobre o BNDES, que não pode continuar a ser o principal, para não dizer quase único, financiador de grandes projetos de estradas, ferrovias, usinas hidrelétricas e aeroportos, entre outros.
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*Fernando Faria é sócio da área de assessoria em projetos de infraestrutura da KPMG
Porém, a pressão para que o novo programa de concessões se concretize é muito grande. O governo federal está competindo com outras nações na região para captar parceiros internacionais. O Brasil precisa dessa liquidez no seu processo de ajuste e de uma nova concorrência nesses projetos, reduzindo a dependência do mercado de players domésticos, alguns deles afetados pelos efeitos da Operação Lava Jato e pelo reduzido crescimento da economia. A verdade é que o País parte atrás de seus vizinhos nessa corrida, pois o modelo de concessão brasileiro está repleto de jabuticabas, que reduzem o apetite de novos entrantes. Entretanto, ainda é possível ganhar a corrida. Como? Julho/Agosto 2015
Opinião Primeiramente, melhorando a atratividade do programa – não é a primeira vez que o governo anuncia uma nova fase de concessões. Contudo, é importante que cumpra o que acabou de anunciar, pois não há mais espaços para descumprimento de planos e promessas. Executar o projeto agregará confiança e o colocará no topo das prioridades políticas. É isso que o parceiro internacional procura – credibilidade, cumprimento de prazos e compromisso político de longo prazo. Melhorar a atratividade significa, também, eliminar algumas das jabuticabas que esses projetos têm e que não são entendidas pelos parceiros internacionais. Precisa haver mais estudos prévios à licitação, que melhorem a alocação de riscos, seguindo excelentes práticas internacionais. O foco do decisor político tem de ser o output gerado pela concessão e o encargo para a sociedade, e não qual a rentabilidade que o privado exige nesses projetos – que é apenas uma variável da equação que se mitiga, assegurando concorrência no processo. O modelo licitatório também precisa ser aperfeiçoado, aproximando-se das melhores práticas internacionais já seguidas por outros países latino-aamericanos. Uma proposta só baseada no preço, definido na modalidade de pregão, não é necessariamente a mais adequada. Mais uma vez, o foco do setor público deve ser o valor econômico para a sociedade, e isso deve refletir-se na forma de contratar. Aprimorar o modelo de financiamento dos projetos é preciso, já que o contexto atual de financiamento dos empreendimentos está longe de ser o melhor. O BNDES é pressionado a financiar projetos de infraestrutura em condições preferenciais sem uma alocação correta de riscos, por deficiente estruturação inicial da concessão. Naturalmente, o banco procura garantias com quem as pode dar: o setor privado. Entretanto, há um limite para garantias privadas, e só a sua necessidade afasta os parceiros internacionais. Melhorar a estruturação da concessão e sua alocação de riscos certamente ajudará o BNDES a financiar com base no risco do projeto, facilitando também a entrada de outros players no mercado. Com o recente anúncio, o governo federal reconheceu que a solução não pode ser sempre o banco de fomento brasileiro. Mas agora é fundamental criar incentivos ou instrumentos de garantia que atraiam outras modalidades de financiamento.
Os instrumentos de garantia devem ser do próprio contrato de concessão, ou PPP ou acessórios que tragam conforto a outros financiadores privados. Peru e Chile fizeram isso muito bem. Hoje, o seu mercado de project finance é essencialmente privado. Existem formas de estruturar essas garantias sem afetar o ajuste fiscal em curso, dada a contingência das mesmas. Isso também significa adotar as melhores práticas para temas como resolução de litígios contratuais, reposição de equilíbrio financeiro, força maior ou consequências do término antecipado dos contratos. Aqui não é preciso inventar a roda – outros países bem-ssucedidos na implementação de programas de concessão já o fizeram. Outra jabuticaba do mercado de infraestrutura brasileiro é a multiplicidade de agências públicas envolvidas no processo licitatório de uma concessão. Tal fator precisa ser revisto, pois desresponsabiliza quem tem efetivamente de implementar o programa de concessões. Precisamos de um setor público forte, com capacidade de entregar um programa de concessões e PPP que agregue valor à economia. Isso só é possível definindo responsabilidades e redefinindo condutas, separando bem a função executiva do papel de regulação, que deve ser totalmente independente. A participação governamental nos projetos deve ser apoiada por consultores experientes, conhecedores das melhores práticas internacionais e capazes de contribuir para a capacitação dos agentes públicos, elemento essencial de qualquer programa. O desafio que o governo federal tem nas mãos não é fácil, mas a margem de erro é mínima. Desta vez, o programa de concessões tem de ser diferente, factível e ter credibilidade para atrair novos players. Não pode ser apenas para inglês ver, mas para britânicos, norte-americanos, chineses, japoneses, alemães e investidores do mundo todo conhecerem, acreditarem e participarem. Só assim o Brasil poderá vencer a corrida por atração de capitais internacionais, tão necessários na presente conjuntura de nossa economia.
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Apelmat 30 Anos
De “roupa” nova O aniversário de fundação da Apelmat foi marcado por homenagens e pela apresentação da identidade visual reformulada
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m 29 de maio, a Apelmat completou 30 anos de existência. Três décadas de uma história marcada por desafios, superação e perseverança. Na data de sua fundação, a associação celebrou esse marco recebendo fundadores, ex-presidentes, diretores e representantes de grandes marcas do setor como Caterpillar, John Deere, Case, Komatsu, New Holland, Sany, Volvo, Machbert, Sotreq, AGF e Ford Caminhões, ao lado de outros parceiros. Entre os presentes estavam José Dias, fundador e primeiro presidente da Apelmat; Manoel da Cruz Alcaide, presidente entre 2010 e 2013, que abriu as portas da sede própria; Afonso Mamede, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema); e Carlos Alberto Laurito, gerente de relações institucionais do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp). Marcus Welbi, presidente da Apelmat e do Selemat, entregou uma placa homenageando diretores e colaboradores da entidade, e Edmilson Júnior, diretor de vendas da VGM – Valor Global Máquinas, prestou homenagem com uma placa comemorativa concedida à Apelmat.
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Nessa mesma noite, foram apresentadas a missão, a visão e os valores da associação, reafirmando o compromisso da entidade em integrar as empresas associadas a fim de unir forças para ter melhores resultados na locação de bens móveis e na prestação de serviços mecanizados.
SELEMAT
SINDICATO DAS EMPRESAS LOCADORAS DE EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA TERRAPLENAGEM E CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
A nova identidade visual da Apelmat e do Selemat foi lançada. A letra “A” estilizada na logomarca da Apelmat remete à força, e a letra “S” do Selemat no logotipo aponta para o elo entre os filiados. O primeiro logotipo da Apelmat fazia referência à esteira de um equipamento e carregava consigo a ideia de união. Quando o Selemat foi criado, o mesmo conceito gráfico foi aplicado à identidade visual do sindicato. Em 2010, ambos os logotipos foram reformulados, recebendo um contorno. O objetivo era facilitar a analogia com a esteira. “Com a atual revisão, deixamos para trás a esteira, mas não abandonamos nossa origem, que é a linha amarela, e passamos a mostrar a força que a entidade tem no setor com a letra “A” estilizada”, comenta Welbi. Tripé fundamental Missão A Apelmat tem como finalidade integrar as empresas associadas a fim de unir forças para ter melhores resultados, seja na locação de bens móveis ou na prestação de serviços mecanizados. Atua na hora de adquirir equipamentos novos, peças ou serviços para manutenção da frota e na preparação da mão de obra especializada em nossas atividades. Visão A Apelmat tem como ideais a união e o espírito empreendedor, preparando as empresas associadas para suprirem a demanda de serviços na diversidade de mercados existentes, com a visão de que o setor seja referência nacional e internacional. Valores A Apelmat é uma entidade de classe que representa seus associados com trabalho, dedicação, profissionalismo, respeito, responsabilidade e transparência perante as empresas associadas, as demais entidades do mercado, seus patrocinadores, fabricantes de máquinas e equipamentos e revendedores, sendo seu principal objetivo fortalecer a união em um mercado que se encontra em ascensão. Julho/Agosto 2015
M&T Expo
O estado da arte em equipamentos Inovações tecnológicas em equipamentos para terraplenagem, pavimentação, içamento de cargas, perfuração de rochas e mineração, entre outros, além de motores, material rodante, peças e componentes. Confira os principais destaques apresentados durante a M&T Expo 2015
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m junho deste ano, profissionais da construção, mineração e locação de equipamentos que estiveram presentes no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), puderam ver de perto o que de mais inovador a indústria de máquinas tem a oferecer. A M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração reuniu mais de 500 expositores nacionais e estrangeiros. Veja a seguir uma pequena amostra dos lançamentos expostos durante a feira. No site da Apelmat (www.apelmat.org.br), você encontra mais detalhes e também outros destaques do evento.
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M&T Expo BMC-Hyundai Entre os produtos expostos, a linha de escavadeiras com os modelos R140-9S e R220LC-9S (foto) chamou a atenção. Com porte de 14 toneladas e motor de 126 hp, a R140-9S apresenta a potência de um equipamento de 16 toneladas. Já a R220LC-9S oferece, segundo a fabricante, maior produção por metro cúbico e o menor custo do mercado. Com capacidade para 22 toneladas, o equipamento possui um conjunto reforçado de braço e lança de escavação, o qual apresenta maior resistência em aplicações severas, além de baixo nível de reparos. A retroescavadeira H940C, com motor mais potente, de 100 hp, e peso operacional de 7.900 kg, foi outro equipamento exposto. Case Construction Equipment Segundo a empresa, a linha de tratores de esteiras lançada na M&T Expo 2015 garante uma economia de combustível de 10% em comparação com a concorrência, o que significa uma redução de cerca de R$ 12 mil por ano se a máquina trabalhar oito horas por dia. Os modelos lançados no Brasil são o 1150L (com peso operacional de 14.038 kg), 1650L (17.243 kg) – ambos na versão PAT – e 2050M (22.446 kg), na versão PAT e BD (Bulldozer). Os três possuem transmissão hidrostática totalmente automática e com sensor de carga, que elimina a necessidade de passar marcha. Caterpillar A empresa levou mais de 20 máquinas para construção de diferentes famílias e portes. Os lançamentos incluíram tecnologias como o rastreamento do produto e o controle automatizado da lâmina de alta precisão, por exemplo. Três máquinas foram exibidas pela primeira vez na América do Sul. As estreantes foram a pavimentadora de asfalto AP1055F com a mesa SE60 VT XW, a retroescavadeira 420F2 (foto) e a miniescavadeira hidráulica 302.7D.
John Deere Quem passou pelo estande da John Deere pôde conferir os lançamentos em três categorias de máquinas de construção – as pás-ccarregadeiras 744K-II, 824K-II e 844K-II (foto), com peso operacional de 24, 26 e 34 toneladas métricas, respectivamente; a motoniveladora 672G; e a escavadeira hidráulica acima de 45 toneladas, com modelo 470G. De acordo com a empresa, as pás-carregadeiras têm eixos maiores, de alta capacidade, com arrefecimento e filtragem-padrão, transmissão com tecnologia Smart Shift e a opção de direção por joystick. O sistema John Deere WorkSight, um pacote de soluções tecnológicas, também foi apresentado pela companhia.
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M&T Expo Ciber Equipamentos Rodoviários Subsidiária do Grupo Wirtgen (Wirtgen, Vögele, Hamm e Kleemann) no Brasil, a empresa apresentou quatro novidades: o britador cônico Kleemann MCO 9 EVO (foto), o pré-lançamento da nova usina de asfalto Ciber iNova 2000 P2 e a nacionalização da produção da pavimentadora Vögele Super 1300 “traço 3” e do compactador Hamm HD 90. As principais aplicações do novo britador da Kleemann são britagem secundária e terciária, gerando material de alta qualidade. A nova usina de asfalto Ciber iNova 2000 P2 tem capacidade de produzir até 200 toneladas por hora de concreto asfáltico em apenas duas mobilidades – segundo a companhia, algo inédito para uma usina de alta capacidade produtiva.
Iveco Expostos nos estandes da Case e New Holland (marcas da CNH Industrial), os caminhões semi e extrapesados Tector 260E28 e HiaWay 600S44T foram os destaques da Iveco. Eles foram desenvolvidos para transporte urbano de cargas e também trabalhos exigidos pela construção civil. Entre as principais características da linha Tector estão os dois tipos de câmbio e quatro diferentes opções de entre-eixos que totalizam 16 versões. Já a linha de extrapesados Hi-.Way foi projetada para longas distâncias, com economia na manutenção, operação e consumo de combustível.
Foto: Alexandre Andrade
Hitachi Tendo iniciado, em fevereiro do ano passado, uma joint venture com a John Deere para a produção local de escavadeiras em Indaiatuba (SP), a Hitachi dividiu o estande com sua parceira. No espaço, mostrou dois desses equipamentos: o lançamento ZX470LC-5 (foto) e a já conhecida ZX160LC-5. Outros dois modelos foram lançados, ZX670LC-5 e ZX870LC-5, que se somam aos quatro já produzidos. Entre as principais características desses novos equipamentos está a possibilidade de escolha entre três modos de operação com o intuito de balancear a produção com a eficiência de combustível.
Sany A Sany lançou três novos modelos de máquinas. Entre as principais características técnicas da motoniveladora SAG 200 (foto) estão um sistema de detecção de carga que eleva a precisão operacional em 30% e reduz o consumo de combustível em 5%. A retroescavadeira BL70C é produto “multitarefa”, com um dispositivo de carregamento em oito conexões, podendo ser implementado com rompedor hidráulico, caçambas de escavação e carregamento, entre outros acessórios. O guindaste STC 800S atende ao segmento de 80 toneladas e tem lança principal com cinco segmentos, em formato de “U”, com 47 m de comprimento e extensão treliçada (JIB) de 17 m. Ele possui todos os eixos direcionáveis com opção de trabalhar em modo caranguejo. 44
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M&T Expo New Holland A escavadeira de rodas WE190B PRO (foto) foi o principal lançamento exposto. Como diferenciais, o equipamento apresenta controle multifuncional, fácil dirigibilidade e simultaneidade de movimentos. Além disso, tem proteção ROPS/FOPS, sistema hidráulico de três bombas e uma bomba de giro exclusiva, entre outros. Apesar de ser fabricado na Itália, há planos de nacionalização desse modelo nos próximos anos. A escavadeira de rodas se juntou aos três outros novos produtos apresentados ao mercado brasileiro no primeiro trimestre: o trator de esteiras D180C e as escavadeiras E215C e E245 ME. Yanmar Os visitantes da M&T Expo puderam conhecer no estande da Yanmar a nova miniescavadeira Vio30, na classe de 3 toneladas, que possui algumas inovações e diferenciais, tais como Giro Zero, engate rápido e modo eco, que controla a rotação do motor, possibilitando uma maior eficiência e redução no consumo de combustível.
Komatsu A empresa lançou o trator de esteiras D61EX-23M0, da família Dantotsu. Com peso operacional de 19.770 kg, potência de 168 hp e lâmina de 3,8 m³, conta com itens inovadores, como o novo sistema HST de transmissão e conjunto do radiador na traseira da máquina, o que possibilita maior visibilidade por parte do operador. Além disso, o equipamento inclui monitor colorido de 7” e câmera traseira opcional, além da tecnologia Komtrax, com a qual é possível monitorar e registrar os dados de opção e condições da máquina.
Maxter Máquinas A empresa apresentou equipamentos compactos da marca Wacker Neuson, como miniescavadeiras, pás-carregadeiras compactas e minicaminhões (dumpers), além das autobetoneiras Carmix, rompedores hidráulicos, empilhadeiras e caçambas trituradoras AllWork e fresadoras de asfalto e escarificadoras da marca Simex. A companhia expôs seus produtos no estande da WebPesados, hoje o principal canal de prospecção de potenciais clientes da empresa.
Sotreq Ao lado da Caterpillar, a Sotreq apresentou os diferenciais das novidades trazidas para o evento pela fabricante. A representante dispôs de uma equipe comercial, técnica e de apoio operacional no local para mostrar os diferenciais das máquinas, soluções e serviços, como o Cat EMSolutions (Equipment Management Solutions), um portfólio de tecnologia associada à prestação de serviços com foco no gerenciamento de equipamentos. A exposição também contou com diversos modelos de work tools disponíveis para o mercado nacional, como martelos hidráulicos, multiprocessadores e garras de demolição, entre outros.
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M&T Expo Kobelco A Comingersoll lançou a linha de miniescavadeiras da marca Kobelco nos modelos SK35SR e SK55SRX. O primeiro é dotado de um braço de 1,37 m de comprimento, possui alcance máximo de escavação de 5,35 m e consegue escavar numa profundidade de 3,05 m, com uma altura máxima de escavação de 4,8 m. Seu peso operacional é de 3.770 kg. Já o modelo SK55SRX vem com um braço de 1,69 m de comprimento, tem alcance máximo de escavação de 6,24 m e consegue escavar numa profundidade de até 3,90 m. Seu peso operacional é de 3.770 kg. Atlas Copco A companhia apresentou vários equipamentos, entre eles: compressores e torres de iluminação, da área de negócios de energia portátil; rompedores embarcados e manuais e compactadores leves, entre outros, da área de negócios construção e demolição; e equipamentos Dynapac, da linha de construção de estradas, com os compactadores de solos e asfalto e pavimentadoras. Entre os lançamentos recentes da área de energia portátil estão geradores de energia e compressores de diversos modelos, que possuem chassi 100% vedado e eficiência energética superior. Falando dos equipamentos Dynapac, o destaque foi a pavimentadora de alto desempenho modelo F2500C (foto), de 18 toneladas de peso operacional. LBX A norte-americana apresentou três equipamentos: dois modelos da série Spin Ace – 80SA e 135SA – e a escavadeira 210X2 (foto), de 21 toneladas, da série X2. A linha Spin Ace, de escavadeiras hidráulicas com raio compacto e braço articulado, são ideais para aplicações em lugares confinados, em espaço restrito e áreas urbanas, devido ao seu giro traseiro radial compacto. Os dois são equipados com motor Isuzu Tier III e foram desenvolvidos para proporcionar produtividade, economia, baixo nível de ruído, força e potência.
Romanelli A empresa lançou duas vibroacabadoras para o mercado de pavimentação asfáltica, a VAR P 300 e VAR E 300, uma sobre pneus e outra sobre esteiras. De acordo com a companhia, as máquinas são indicadas para obras de pequeno e médio porte e contam com nova tecnologia eletrônica, incluindo joystick de alta resistência e transmissão hidrostática.
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M&T Expo Erkat do Brasil Uma nova linha de fresadoras com cabeça de corte transversal foi o principal lançamento da empresa. Elas são indicadas para as mais diferentes aplicações, como abertura de valas e canaletas, construção de estradas, escavação de túneis, extração de rochas para mineradoras e pedreiras, demolições e perfurações, entre outras. Os equipamentos se adaptam perfeitamente a todas as linhas de máquinas, são silenciosos e operam com baixa vibração.
Ammann O Grupo Ammann apresentou soluções para a construção de estradas, como os equipamentos de compactação leve. Os dois novos modelos de compactadores vibratórios ACR 60 e ACR 68 são equipados com o motor de quatro tempos Honda GX 100 e com potência de 2,2 kW a 4.300 rpm. Já o rolo compactador AV110X, de 11 toneladas, conta com motor diesel Cummins Tier 3 e cabine panorâmica, completamente envidraçada, que garante ao operador ótima visibilidade da área de trabalho.
Kubota A empresa mostrou quatro miniescavadeiras, com destaque para o modelo U-008, com peso operacional de 890 kg e motor a diesel de três cilindros, que possibilita melhor eficiência e baixo consumo de combustível e uma reduzida emissão de ruído e vibração. A miniescavadeira alcança uma profundidade de escavação de até 1.600 mm e uma altura de escavação de até 2.775 mm.
Volvo Construction Equipment A empresa apresentou a nova escavadeira sobre rodas EW205D (foto). Equipada com o motor D6 da Volvo, conta com a avançada tecnologia Eco, criada pela companhia para diminuir o consumo de combustível e aumentar a produtividade. O carro inferior (superestrutura) é robusto, conferindo estabilidade em qualquer condição de trabalho, como em terrenos irregulares ou na operação de cargas mais pesadas. A máquina tem ainda trava de eixo, que pode ser acionada manual ou automaticamente. Outra novidade é a escavadeira EC220DL para aplicação florestal.
Romac Com matriz na cidade de Gravataí (RS), a Romac passa a distribuir os equipamentos das marcas Doosan e Bobcat no Estado de São Paulo. Para isso, inaugurou recentemente uma filial em Campinas (SP), numa área de 6.200 m² com showroom de equipamentos, estoque de peças e serviços pós-venda. 48
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M&T Expo SDLG A empresa aumentou sua linha de carregadeiras com a LG933L (foto). Lançada no Brasil e em toda a América Latina, a companhia destaca como vantagem a elevada capacidade de manobra. A máquina tem pequeno raio de giro e elevada eficiência operacional. Equipada com o motor Weichal Deutz, a LG933L conta com um sistema hidráulico que tem comandos rápidos, fáceis e leves de operar. Além disso, o sistema de arrefecimento foi projetado com uma grande área e com excelentes entrada e saída de ar, o que garante uma alta eficiência na refrigeração do fluido de arrefecimento e do óleo hidráulico. Doosan Um dos destaques foi a escavadeira hidráulica modelo DX225LCA (foto) de 22 toneladas, produzida na planta industrial da empresa em Americana (SP), que pode ser adquirida pelo Finame. A empresa apresentou sua linha de pás-carregadeiras com caçambas que variam de 2,0 a 5,0 m³, como por exemplo a DL550. A marca também expôs soluções para trabalho em espaços confinados, com a apresentação dos novos modelos de miniescavadeiras DX63-3 e DX80R, com capacidade de 6 e 8 toneladas, respectivamente. JCB A empresa apresentou seu mais recente lançamento, a retroescavadeira ICXT (foto), modelo compacto de esteiras da já conhecida linha da marca; a conquista de mais um financiamento do BNDES Finame, dessa vez para a pá-carregadeira 422ZX; além do sistema LiveLink, tecnologia de monitoramento remoto das máquinas, agora disponível também para a pá-carregadeira 426ZX. A retroescavadeira compacta de esteiras ICXT conta com engate rápido universal, o que permite o uso de diversos acessórios, aumentando sua versatilidade e usabilidade. Auxter A concessionária dos equipamentos da JCB para o Estado de São Paulo esteve presente no estande da JCB. Atualmente a Auxter está focada em aprimorar a equipe de pós-venda em todos os sentidos. “O indicador de penetração de mercado, um dos mais importantes do nosso setor, mostrou um crescimento de 30% em 2015, em relação a 2014, do parque de equipamentos da marca com idade de seis anos”, informou o gerente de suporte ao produto da Auxter Luís Fernando de Carvalho. De acordo com ele, foram aproximadamente 900 clientes a mais no período, incluindo grandes frotistas. Liebherr A companhia participou da feira com duas novidades: a escavadeira R 954 C SME (foto) e a autobomba de concreto THP 70 D-C, produzida pela primeira vez nacionalmente. Essas máquinas foram concebidas após uma série de estudos da Liebherr Brasil para o desenvolvimento de produtos adequados às necessidades nacionais. Os projetos foram realizados em parceria entre a Liebherr Brasil e as empresas do Grupo Liebherr na Europa.
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M&T Expo Terex Latin America A companhia mostrou, pela primeira vez no Brasil, o guindaste todo terreno Explorer 5800 (foto). Com design compacto, o equipamento se destaca por sua versatilidade e acessibilidade aos mais variados tipos de obras. O Explorer 5800 tem capacidade para içar até 220 toneladas e pode chegar a mais de 100 m de altura. A marca da Terex, Genie, expôs a lança telescópica Genie SX-180. O equipamento é a maior plataforma aérea do portfólio da empresa e uma das maiores do mundo. Com braços telescópicos autopropulsados, o produto chega a 56 m de altura, levando dois profissionais em sua cesta de trabalho. LDA A nova linha de usinas para misturas asfálticas a quente da LDA Indústria e Comércio tem como diferencial a possibilidade de que elas trabalhem com uma “sobra” de potência para, assim, adaptar-se às variáveis do terreno. Outro aperfeiçoamento é que, para reduzir a emissão de poluentes, a máquina conta com um sistema de queima inteligente, que aproveita integralmente a capacidade calorífica do combustível e recupera materiais “finos” mediante filtros a seco tipo mangas. A nova máquina tem capacidade de 50 a 150 toneladas por hora, com tancagem de asfalto. LiuGong A empresa anunciou que reforçará sua presença no mercado nacional com uma melhor estrutura de pósvvendas, contemplando o estoque de peças e serviços que ficarão disponíveis a partir de sua primeira fábrica no Brasil. A planta, localizada no parque industrial de Mogi Guaçu (SP), já está recebendo os primeiros lotes de peças que darão sustentação ao crescimento de vendas. A expectativa é produzir 1.500 unidades por ano na nova instalação. O investimento se dará ao longo de três anos, refletindo as expectativas de evolução dos negócios no País. Machbert Os destaques foram os rompedores de grande porte sem tirante, que apresentam como benefícios o aumento da robustez e energia disponível, maior resistência e baixa manutenção. Eles atendem a qualquer tipo de aplicação destinada a rompedores hidráulicos, como as áreas de demolição, reciclagem, construção civil, pedreiras e mineração em geral.
Titan Pneus Os destaques expostos no estande foram os pneus 23.5R25 MXL (foto), Road Grader _- 13.00-24 e ND LCM 17.5-25, produtos indicados para uso em pás-carregadeiras e motoniveladoras. O diferencial tecnológico dos pneus, segundo a empresa, é que apresentam excelente estrutura de carcaça, assegurando maior resistência a cortes. Outra vantagem é o desenho da banda de rodagem não direcional, com barras transversais espaçadas no centro que proporcionam excelente tração e estabilidade lateral.
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Julho/Agosto 2015
Feira M&T 2015
Social
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Social
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Feira M&T 2015
Julho/Agosto 2015
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Social
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Social
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Apelmat 30 Anos
Julho/Agosto 2015
Apelmat 30 Anos
Social
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Social
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Palestra BNDES
Julho/Agosto 2015
Rodada de Neg贸cios Rodalink e Machbert
Social
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Agenda Apelmat RODADA DE NEGÓCIOS
REUNIÃO DE DIRETORIA
DATAS
EMPRESA
DATAS
14 de julho 11 de agosto 08 de setembro
Machbert e Rodalink BMC e Comercial Rodrigues IVECO Peças e Serviços e BR Automotiva
13 de agosto 10 de setembro 08 de outubro 05 de novembro 03 de dezembro
FEIRAS DATAS
EVENTO
26 a 28 de agosto 20 a 22 de outubro
ConcreteShow BW Expo
PALESTRAS DATAS
PALESTRANTE
22 de setembro
Redução de Custos em Alta Palestrante Dr. Mauricio Antonio da BMM Consulting
13 de outubro
TITAN “Pneus do Brasil” Palestrante Emydio Gaio
27 de outubro
CAIXA Econômica Federal Alternativas para Crédito e Financiamentos Palestrante Superintendente Sérgio Cançado
10 de novembro
Geração de Negócios Lucrativos Palestra VERMERR Consultoria Ambiental Palestrante Dr. Marcelo Tadeu Clemente
EXPO APELMAT DATAS
EMPRESA
01 de setembro 15 de setembro 06 de outubro 03 de novembro 17 de novembro
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CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS com Oswaldo dos Santos Junior
DATAS MÊS
DIAS
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
11 02 06 03 01 05 03
18 16 13 10 8 12 10
25 23 20 17 15 19 17
27 25 27 24 29 26
30 29 26 31 28
FECOMERCIO
64
DATAS
EVENTO
15 de junho 29 de julho 26 de agosto 31 de agosto 24 de agosto 14 de setembro 28 de setembro 19 de outubro 26 de outubro 23 de novembro 07 de dezembro 14 de dezembro
Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Coordenadoria da Capital Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços Reunião Plenária Reunião do Conselho de Serviços
FIESP DATAS
EVENTO
13 de julho 10 de agosto 14 de setembro 19 de outubro 09 de novembro 14 de dezembro
Observatório da Construção - DECONCIC Observatório da Construção - DECONCIC Observatório da Construção - DECONCIC Observatório da Construção - DECONCIC Observatório da Construção - DECONCIC Observatório da Construção - DECONCIC
Julho/Agosto 2015
Linha Direta Apelmat
PATROCINADOR EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
Página
Yanmar Sotreq Romanelli Ciber Analoc Veneza Iveco Auxter Komatsu Case Machbert Bobcat Maxter Apelmat Concrete Show BW Expo
Gilberto Sato Paulo Rogério
gilberto@yanmar.com.br paulo.rogerio@sotreq.com.br www.romanelli.com.br _
(19) 3801-9248 (11) 3718-5026 (43) 3174-9000 (11 ) 2605-2269 (11) 97662-7833 (11) 4335-6700 (11) 3602-6000 (11) 3693-9336 0800-727-2273 (11) 3225-4466 (11) 2505-6181 (11) 3173 1010 (11) 99915-9713 (11) 4878-5901 (11) 4304-5255
2ª contracapa 3ª contracapa 4ª contracapa 05 07 09 13 15 17 21 23 25 33 37 47 49
Página
Reciclotec Fabio Carmona Mauro Andrade Júnior Roberto Mazzutti Bauko Geraldo Brasif Alberto Moreira Alberto Rivera Fabio Mello Marcos Dechechi Cassiano Facchinetti Renato Grampa
www.analoc.org.br fabio.carmona@venezanet.com www.vetelli.com.br mazzutti@auxter.com.br www.komatsu.com.br albertomoreira@machbert.com.br alberto.rivera@doosan.com fabio@maxtermaquinas.com.br revista@apelmat.org.br cfacc@ubmbrazil.com.br rgrampa@bwexpo.com.br
CLASSIFICADOS EMPRESA
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Telefone
ITR Ecoplan Everton Sevilha Seixo Monte Verde Metragem Luna Dalterra Saluter Rodalink Novak Gouveia Comercial Rodrigues Martins Macedo Monteli Seguros
Celso Roberto Cardia Euler Valdir Paulo ou Eduardo Marcus Welbi César Madureira José Spinassé Adalto Vanderlei Cristiano Leandro Simone _
itr@itrsa.com.br fps@metalurgicaecoplan.com.br everton600@terra.com.br valdir@sevilhatratores.com.br www.seixo.com.br amonteverde@amonteverde.com.br contato@metragem.com.br lunatransportes@uol.com.br www.dalterra.com.br atendimento@saluter.com.br rodalinkvendas@gmail.com simone@novakgouveia.com.br www.comercialrodrigues.com ifmmacedo@martinsmacedo.com.br info@monteliseguros.com.br
(11) 3340-7555 (51) 3041-9100 (11) 3525-8700 (11) 2141-1700 (11) 2409-4344 (11) 5061-7028 (11) 3782-7474 (11) 2952-8752 (11) 7846 2358 (11) 3776-7480 (11) 4448-1891 (11) 3977-4030 (13) 3222 8004 (11) 3079-8506 (11) 3079-8506
Dr. Luiz Fernando Luiz Monteli
63 64/65 66/67 68 69 69 70 70 71 71 72 73 73 74 74
Peças Locação e Terraplenagem Serviços
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Classificados
Setor de Peças Empresa ITR
Página 63
Ecoplan
64/65
Everton
66/67
Sevilha
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ANUNCIE E VENHA EVOLUIR
Setor de Locação e Terraplenagem Empresa
Página
Seixo
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Monte Verde
69
Metragem
70
Luna
70
Dalterra
71
Saluter
71
Faça sua reserva com nosso departamento! (11)
Setor de Serviços Empresa
Página
Rodalink
72
Novak Gouveia
73
Comercial Rodrigues
73
Martins Macedo Advogados
74
Monteli Seguros
74
3722-5022
Celular Marcos Dechechi
(11)
99915-9713
O maior meio de informação do setor! REVISTAS IMPRESSAS 66
DIGITAL
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Peรงas
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Peças
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Rua dos Nauticos, 116 Vila Guilherme SĂŁo Paulo - SP - Brasil Cep: 02066-040 E-mail: itr@itrsa.com.br
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Classificados
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Peรงas
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Peรงas
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Classificados
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Locação e Terraplenagem
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Locação e Terraplenagem
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Serviรงos
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Serviรงos
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Serviรงos
Julho/Agosto 2015
CURSOS APRESENTAÇÃO Curso de operador de máquinas: Com o docente Oswaldo dos Santos Junior Reg. MTB SP/006609-5
DATAS MÊS
DIAS
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
11 02 06 03 01 05 03
18 16 13 10 8 12 10
25 23 20 17 15 19 17
27 25 27 24 29 26
30 29 26 31 28
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ASPECTOS GERAIS 1-Operacionalidade a)Movimentação de cargas; b)Trabalho próximo a linhas elétricas; c)Trabalho de escavação/tubulação; d)Raio de operação; e)Manutenção corretiva e preventiva. 2-Segurança a)Raio de operação da máquina em relação a segurança; b)EPIs e sua utilização; c)Sinalização d)Atos e condições de não conformidade; e)Seguir as orientações dos técnicos responsáveis pela obra; f)Visão geral de norma regulamentadora, NR 06, 11, 12, 18 e 26; g)Ter conhecimento do local de trabalho. 3 – Direção Defensiva a)Conhecimento de leis; b)Negligência; c)Imprudência; d)Imperícia; e)Atenção; f)Habilidade; Simulador de escavadeiras g)Ação; Apresenta situações do mundo real, perigos do h)Descanso; local de trabalho, violações de segurança, i)Direção e álcool sinais de mão e os controles da máquina
Tabela de preรงos elaborada pela Apelmat
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Setembro/Outubro 2015
Locação de Equipamentos
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Execução de serviços de terraplenagem
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Setembro/Outubro 2015