revista Área - Especial

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Fotos Divulgação

ESPECIAL

Agradável surpresa

A arquiteta paisagista Juliana Castro inspirou-se nos jardins do período modernista na concepção do Jardim Frontal, em referência ao arquiteto Lucio Costa

A mostra Casa Cor volta a Santa Catarina, valoriza a criatividade e a técnica dos profissionais, homenageia a cultura catarinense e revela o potencial do mercado local. Já era de se esperar. Diante do título de maior evento do setor de arquitetura

obras que ficará com a comunidade após o evento. Uma doação da Casa Cor

e decoração das Américas, a Casa Cor não poderia apresentar outro resultado

SC, AsBEA-SC e empresas parceiras. Também permanecem no local parte do

na retomada da franquia em Santa Catarina. De 20 de março a 27 de abril, a

Jardim de Inverno; o gesso e o piso de madeira da Biblioteca; os dois Lavabos

mostra apresentou ao público a qualidade, o profissionalismo, as tendências e

completos da área de uso coletivo; e o piso e a cobertura do Recanto dos Aço-

as inovações que se desejava encontrar.

res; correspondendo a mais R$ 250 mil em material e mão-de-obra.

A principal surpresa ficou por conta do local do evento, o Centro Integrado

Em torno de 100 profissionais, entre arquitetos, decoradores, designers

de Cultura (CIC), em Florianópolis, ocupando cerca de 3 mil m2 da ala norte do

de interiores e paisagistas, criaram 59 ambientes. Muitos deles prestaram

prédio. A parceria com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) engrandeceu

homenagens a artistas e etnias do Estado, seguindo o tema proposto para a

a Casa Cor e gerou benefícios para o CIC, já que a contrapartida previu a

edição regional ‘Cores e formas da cultura catarinense’. E obedecendo ao tema

ampliação de salões internos, reparos na cobertura e outros trabalhos de obra

nacional da Casa Cor deste ano, priorizaram soluções de sustentabilidade e

civil, totalizando um investimento de R$ 120 mil. A fachada ganhou nova pintu-

referências ao arquiteto e urbanista Lúcio Costa, pioneiro da arquitetura mo-

ra, respeitando os tons de concreto e palha do projeto original, concebido pelo

dernista brasileira. Autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, que completa

arquiteto Marcos Fiúza há cerca de 30 anos. A Sala Lindolf Bell, com mais de

50 anos em 2010, Lúcio Costa ganhou notoriedade em planos urbanísticos no

330 m², que sediou a exposição Destaque das Bienais da regional catarinense

Brasil e no exterior.

da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-SC), é uma das

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CONFIRA ALGUNS AMBIENTES

Melhor Idade

projeto da arquiteta Rosete Cruz

As necessidades específicas de pessoas idosas foram consideradas nos ambientes do Apartamento da Melhor Idade: Suíte, BWC/ Closet, Saleta e Copa/Cozinha. O programa observou o conforto e a ergonomia inerentes a projetos para este público. Na Suíte, a arquiteta Francine Faraco aplicou iluminação no piso, para marcar os acessos; especificou cama articulada, para posicionamentos diferentes individuais; mesa de apoio móvel e, sobre balcão, dispôs um fogão portátil com aquecimento por indução magnética, mais seguro e prático. “Com base no desenho universal, criamos um ambiente adaptado, mas requintado”, frisa a arquiteta. Na decoração, contrastes interessantes, como a cabeceira da cama numa releitura do capitonê antigo, em composição com as linhas retas e modernas dos criados-mudos, que receberam puxadores com cristais swarovski. Na Saleta e Copa/Cozinha, a designer de interiores Rosete Cruz apostou na funcionalidade exigida por essa geração. Por isso, projetou móveis suspensos, para facilitar a limpeza; planejados com formas diferenciadas e redes de proteção nas aberturas, para evitar acidentes domésticos; e especificou equipamentos mais práticos, como o refrigerador com o freezer inverso. “Um ambiente sem excessos”, resumiu Rosete.

projeto da arquiteta Francine Faraco

Criatividade A arquiteta Simone Piva surpreendeu com o projeto dos lavabos das Áreas de Uso Coletivo. Com base no modernismo racionalista de Lúcio Costa, fez alusão à construção de Brasília no lavabo masculino. O preto da pintura do teto, das cubas e do painel dos espelhos simbolizam o asfalto da era dos automóveis. O tom escolhido

para a pintura das paredes faz alusão ao concreto predominante na Capital do País. Os espelhos foram criados e executados por Simone, com alças feitas com cintos masculinos. “A ideia foi despertar novos usos para produtos e ressaltar a masculinidade do projeto”, explica. No lavabo feminino, valorização das tradições açorianas e uso de materiais locais. Os apoios das cubas, concebidos pela arquiteta, foram executados pelo ceramista Alexandre Almeida, de Florianópolis, numa técnica artesanal de torno e queima a gás.

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Estar social, módulo Áreas de Uso Coletivo Os designers Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr. misturaram o clássico e contemporâneo numa proposta arrojada e sofisticada. No amplo ambiente estabeleceram uma simetria elegante. Detalhe para os paineis de madeira que revestem as paredes com entalhes feitos a mão.

Living, módulo Apartamento do Casal Simplicidade e modernidade. As arquitetas Claudia Wendhausen, Lisiane Wirtti e Helena Rocha criaram um espaço prático e conceitual que valoriza o design brasileiro. Diversas peças assinadas por Sérgio Rodrigues foram expostas no ambiente, repleto de obras de Juarez Machado.

Cozinha, módulo Apartamento do Casal Com dimensões semelhantes das cozinhas da maioria dos apartamentos, o ambiente apresentou configuração funcional, com ilha gourmet estar e mobiliário com diversos nichos. O espaço, projetado pelas arquitetas Cristina Maria da Silveira Piazza e Silmara Callegari apresentou uma obra inédita do artista Rodrigo de Haro.

Kaffegarten Ponto de encontro dos visitantes da mostra, o ambiente projetado pelos arquitetos Giovani e Taís Adriana Marchetti Bonetti simulava uma área pública de integração. Com 140 m2, o espaço apresentava fechamento em vidro e cortinas e cobertura tensionada, como as criadas pelo arquiteto e engenheiro alemão Frei Otto no Parque Olímpico de Munique.

Bar/Restaurante Outro ambiente muito frequentado na Casa Cor SC. A arquiteta Maria Aparecida Cury Figueiredo e o decorador Mohamad Chahin explicam que se inspiraram no modernismo de Lúcio Costa e na irreverência da arquiteta iraniana Zaha Hadid para composição do espaço, de 139 m2. Destaque para os paineis de MDF com acabamento em laca alto brilho aplicado nas paredes.

Lavanderia, Rouparia e Despensa Com muito planejamento, as designers de interiores Daniela Dresch e Juliana Cugnier projetaram um ambiente funcional, desejável por qualquer dona de casa. Misturaram a contemporaneidade e a tecnologia à tradição das rendas de bilro. Como inovação, utilizaram um material de gesso acartonado que lembra madeira laqueada alto brilho no mobiliário.

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ESPECIAL

Prêmio ao talento Fotos Divulgação

A mostra começou com clima de festa. Na véspera da inauguração, durante o brunch de apresentação do evento à imprensa, foram anunciados os vencedores da tradicional premiação realizada pela Casa Cor.

Melhor Ambiente Arquitetos Paulo Rosenstock e Luciana Blagits Ambiente: Home Theater A homenagem a Lucio Costa proposta pelo evento serviu de inspiração aos arquitetos, de Joinville, para concepção do espaço, de 65 m2. A linguagem modernista e atemporal do mestre estão destacadas no desenho do mobiliário, nas cores escolhidas e nas peças de design.

Melhor Execução de Projeto Arquitetos Carlos Lupatini, Ana Cláudia Ramos, Michel de Lima, Gabriela Accorsi e Bianca Lombardi Ambientes: Living, Sala de Jantar e Cozinha do Apartamento da Mulher Os profissionais do Lupatini Lima Ramos Arquitetos, com sede em Curitiba (PR) foram os primeiros a concluir a ambientação dos espaços. Integrados, somavam 70 m2, um dos maiores desta edição do evento. No desenvolvimento da proposta, pensaram nos gostos, interesses e nas diversas funções da mulher moderna e apostaram na estética arrojada, na funcionalidade, na independência e no conforto.

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A Casa Cor Santa Catarina 2010 nasceu com a pretensão de ser a maior mostra da franquia na Região Sul. E Lucas Petrelli, coordenador do evento, não mediu esforços para atingir essa meta. A impressão é de que a Casa Cor SC voltou com toda a força, com qualidade, profissionalismo e estratégia de operação surpreendente. Revista ÁREA – Qual a sua avaliação desta primeira edição da retomada da Casa Cor? Lucas Petrelli – O público superou o esperado. O evento estava lindo. Sou suspeito para falar, mas os profissionais se envolveram e se dedicaram muito. A localização, super privilegiada, a visibilidade, equipe de organização coesa, a bela relação com a cultura e o empenho de expositores, fornecedores e patrocinadores permitiram uma mostra grandiosa, luxuosa, cheia de requinte e bom gosto. É difícil ver um cliente sair daqui sem um sorriso no rosto.

Projeto mais Ousado Arquitetos Lúcia Horta de Almeida, César Rocha e Marcelo Schroeder Ambiente: Circulação Biblioteca Estimular as sensações, provocar curiosidade, experimentar a surpresa. Em alusão aos sentimentos inerentes à leitura de um livro, os arquitetos, de Florianópolis, exploraram a arte ao criarem o acesso à Biblioteca, também projetada por eles. Juntos, os espaços totalizavam 57 m2.

ÁREA – A família Petrelli tem um histórico em realização de mostras de decoração em Santa Catarina. Qual foi essa experiência? Lucas – A primeira mostra no Estado foi a Casa Arte e tivemos outras iniciativas fora de Florianópolis, como a Mostra Bourdeaux, em Blumenau (anos 90). A Casa Arte começou sozinha, não existia nada similar, com apoio do Marcello Petrelli (Vice Presidente do Grupo RIC Record), hoje apoiador do evento. A Casa Cor veio para cá, com outra franqueada, a Marina - hoje franqueada do Paraná há 19 anos, e começou a concorrência de mostras. Muita coisa aconteceu durante esses anos, a Casa Cor passou por duas outras gestões até ser retomada agora. Acreditamos que o momento permite essa retomada e por isso decidimos trazer o evento. ÁREA – E o mercado não era o que é hoje? Lucas – Nem de longe. Florianópolis teve um boom que começou no ano 2000 e não era ainda um lugar para ter tanta mostra, chegou a ter, em um mesmo ano Casa Cor, Casa Nova e Casa Bourdeaux. Depois de anos de diferentes formatos e concorrências, a partir de 2005, passamos a ter uma única mostra e começamos a perceber a necessidade de um evento de porte nacional de volta ao mercado regional. Agora é o momento interessante de ter a Casa Cor de volta, por vários motivos: porque tem muito tempo que não está aqui; porque neste período Florianópolis teve o boom do mercado; porque em 2008 a Casa Cor foi adquirida por Abril e Dória e ganhou grande projeção, dois grupos enormes de marketing e comunicação; pelo evento hoje estar em um patamar internacional, sendo considerado o maior das Américas e o segundo maior do mundo. E por Florianópolis ter hoje um dos maiores índices de construção por habitante.

Melhor Homenagem à Cultura Catarinense Arquitetas Gilian San Thiago, Lucimara Wandsheer e Rosana Mara Weckerle Ambiente: Ateliê Feminino, dedicado à artista plástica Elke Hering Linhas retas e puras foram eleitas pelas arquitetas, da Capital, para o projeto, como forma de valorizar as obras de arte da artista blumenauense: pintora, designer e programadora visual. Localizado no Apartamento do Casal, o espaço, de 13 m2, é uma proposta de home office carregado de personalidade.

ÁREA – E qual a relação da Casa Cor com o grupo RIC/Record? Lucas – A iniciativa, a ideia, de trazer veio do Marcello, mas o grupo não é o gestor. O grupo RIC ofereceu apoio ao evento, mídia, engrandeceu o projeto, mas a gestão não é lá dentro. o grupo dá todo o apoio de mídia para os patrocinadores e editorial para a mostra e para os expositores. No entanto, a gestão é independente; ela segue os interesses e diretrizes da Casa Cor e, por isso, mantém a essência de mostra. O grupo vê no evento uma forma de se relacionar com um nicho de mercado, e o evento vê no grupo uma forma de dar mais visibilidade aos profissionais e empresas envolvidas. ÁREA – E dá mais visibilidade para quem está participando. Lucas – Para o expositor, o importante é exposição. Mostrar esses profissionais, tudo o que são, o que podem fazer e o que podem gerar de negócio. Em muitos momentos, tive de tomar decisões para engrandecer a mostra em detrimento de resultado. Várias decisões, ao longo do processo, tiveram por objetivo melhorar a qualidade, a projeção e o retorno para os profissionais. A gente está trazendo uma mostra que está no mercado há mais de 20 anos. A marca Casa Cor tem um peso institucional que precisa ser trabalhado por todas as franquias com igual empenho. Temos um enfoque principal na marca Casa Cor, no formato do evento e no resultado de projeção dos profissionais.

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ESPECIAL Fotos: Rudi Bodanese/Casa Cor SC 2010

Casa Container Na era da sustentabilidade, utilizar contêineres como unidades habitacionais é uma proposta, no mínimo, interessante. A ideia é, ainda, prática e econômica.

Quem chegava à Casa Cor SC 2010 interessado em conhecer as tendências da decoração para reformar sua residência, era convidado a transformar os seus conceitos. Logo na entrada da mostra, em frente ao CIC, dois contêineres empilhados simulavam um imóvel comercial, no caso, o Loft do Arquiteto. Como se estivessem sendo atraídas por imã, as pessoas ingressavam no ambiente, muitas atônitas, impressionadas; outras curiosas, desconfiadas. Ao conhecer em detalhes a proposta dos arquitetos Lívia Ferraro e Lair Schweig, da Ferraro Container Habitat, surpreendiam-se com as possibilidades e as vantagens desse tipo de habitação. Ainda pouco difundido no Brasil, mas já comum na Europa, o uso dos contêineres para fins residenciais e comerciais apresenta um futuro promissor entre aqueles que priorizam a eficiência no sistema construtivo. Com o adequado tratamento corrosivo e térmico das estruturas e um criativo projeto arquitetônico, ninguém lembra que está dentro de um contêiner.

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Revista ÁREA – Como surgiu essa ideia?

que vem todo montado e até mesmo com manual de utilização. Os módulos

Arq. Lívia Ferraro – A ideia dos contêineres surgiu ainda na faculdade, quan-

são montados em nossa empresa e chegam prontos no terreno. Isso acaba

do pesquisávamos formas alternativas de produção, mais otimizadas e com

com a necessidade do cliente lidar com mão-de-obra (o que é um grande

menos desperdício do que a construção convencional. Unindo um conceito

complicador nas obras) e com a imprevisibilidade de orçamento. Outra grande

de arquitetura efêmera aliado às novas exigências do público (espaços mais

vantagem é a mobilidade da casa. Vai se mudar? Leve sua casa junto. A loja

práticos, compactos, que acompanhem a vida atual, tão dinâmica), surgiu a

não dá mais movimento? Mude de ponto.

busca por uma arquitetura modular. Encontrei fora do Brasil, em países como a Holanda, a utilização de containers para moradia como algo em ascensão.

ÁREA – E qual o desafio para implementar este conceito?

Temos no Brasil um enorme potencial com relação aos containers, pois aqui,

Lívia – O desafio é abrir o mercado brasileiro para esta nova possibilidade

em especial em Itajaí, se encontram extensos depósitos de contêineres suca-

como uma alternativa para o sistema construtivo tradicional, já tão consoli-

teados. Da ideia surgiu a empresa e hoje trabalhamos com produção de Casas

dado. Mas as perspectivas são boas. A aceitação está excelente, superando

Container, tanto para fins residenciais, como comerciais.

nossas expectativas!

ÁREA – E os contêineres já estão no mercado?

ÁREA – Qual o custo de um modelo como aquele apresentado na Casa

Lívia – Sim, nossa empresa já comercializa estes módulos. No final de março

Cor SC 2010?

enviamos um modelo para Alphaville, São Paulo, e estamos trabalhando em

Lívia – Considerando o Loft completo, incluindo toda a marcenaria, eletro-

diversos projetos. É uma proposta atraente econômica e esteticamente.

domésticos, móveis e objetos e os painéis fotovoltaicos custava R$ 112 mil. Estes valores são financiados diretamente pela empresa, em até seis parcelas,

ÁREA – Quais as vantagens deste sistema construtivo?

com juros de 2% ao mês. E já estamos trabalhando para que esse tipo de ha-

Lívia – As vantagens são inúmeras. Comercializamos um produto pronto,

bitação seja incluído no sistema de financiamento da Caixa Federal em breve.

Solução eficiente Os contêineres são uma excelente opção para edificações temporárias, como

to”, afirma a arquiteta Lívia Ferraro. E essa solução já está sendo colocada em

estandes de feiras e showroom para plantões de vendas de empreendimentos

prática em São Paulo, no bairro Alphaville, pioneiro na implantação de condo-

imobiliários. “Este é um mercado super potencial para nós. Normalmente, as construtoras erguem seus plantões de vendas e, depois, o destroem, gerando lixo e muito desperdício. Nesse caso, a estrutura no contêiner pode ser aproveitada em outros empreendimentos, reduzindo custos e minimizando impac-

mínios fechados no Brasil. “É o plantão de vendas de um empreendimento com lofts voltados para o público jovem. Como tem caráter sustentável, o contêiner foi fundamental”, acrescenta Lívia.

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O Loft do Arquiteto Utilizando dois contêiners reaproveitados, os arquitetos Lívia Ferraro e Lair Schweig conceberam uma residência para um casal, com 47m2, contendo sala, cozinha, banheiro, lavanderia, dormitório e varanda. No projeto, seguindo o conceito da sustentabilidade, utilizaram madeira de reflorestamento, rodapés de poliestireno 95% reciclados, piso de PVC com base de borracha (pneu reciclado), pintura térmica a base de água, iluminação externa em LEDs e painéis fotovoltáicos que são responsáveis por 50% da geração de energia.

A entrada do Loft acessava a sala de estar. Os contêineres receberam

Todo o mobiliário foi desenhado especialmente para o local,

pintura térmica externamente para garantir que a edificação não

aproveitando os espaços disponíveis. Na decoração, luminárias

absorva calor. Internamente, as paredes recebem um recheio de lã

feitas com garrafas de vinho e parede revestida com mosaico

de vidro, conferindo estabilidade térmica também no inverno.

produzido a partir das sobras do porcelanato aplicado no banheiro.

A escada, ao lado da sala, leva ao dormitório. Sob a estrutura, espaço suficiente para a disposição de um jardim de inverno, adega de vinhos ou armários.

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A cama traz como cabeceira um painel feito com caixas de madeira de feira recicladas. O dormitório tem saída para um terraço e, juntos, somam 20m2.

Um deck aproveita a cobertura do contêiner do primeiro pavimento para um terraço.


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