Revista Arkhé # 01_2014

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#01 2014

REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVALI

ENTRE ESCALAS


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EDITORIAL A melhor universidade é aquela que dialoga com a sociedade, que lança mão de instrumentos que repercutem sua voz além dos muros da academia e, obviamente, se faz atenta aos movimentos externos. Por isso, uma iniciativa editorial como esta é aplaudida e fortemente estimulada pela UNIVALI, ciente de que ela reflete um passo de qualidade e de avanços.

Prof. Dr. Mário Cesar dos Santos Reitor UNIVALI

A revista ARKHÉ explora a diversidade da atividade acadêmica no Curso de Arquitetura, dos projetos às práticas, dos eventos às visitas técnicas. Diante do escopo de divulgar as iniciativas de professores, pesquisadores e alunos, distinguimos a virtude da publicação no fato de ela replicar experiências inovadoras que miram a excelência, cuja evolução ocorre justamente dentro de uma cultura de valorização e difusão de referenciais mais elevados presentes nessas experiências. Como produto editorial que cruza a fronteira da Universidade, esperamos que a ARKHÉ possa exercer também uma influência catalisadora sobre o mercado, ao compartilhar o universo de ensaio criativo de nossos acadêmicos, dispostos a oferecer soluções inovadoras para os desafios do cenário contemporâneo. Afinal, a Universidade não só é um laboratório de ideias transformadoras, como deve também ser, para sociedade e mercado, uma fonte inspiradora e humanizadora diante dos desafios da arquitetura.

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI apresenta através desta primeira edição a Revista Arkhé que tem por objeto a publicação de trabalhos e projetos acadêmicos e profissionais relacionados à produção, à configuração e à apropriação do ambiente construído, considerando as escalas da paisagem, do território, da cidade e da arquitetura.

Prof. Me. Arq. Urb. Carlos Alberto Barbosa Souza, Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI.

Em suas edições a Arkhé refletirá sobre o caráter teórico-prático e dinâmico do exercício profissional e acadêmico da área da Arquitetura e do Urbanismo buscando o fortalecimento, a ampliação, o debate, a difusão e a utilização da produção do Curso de Arquitetura e Urbanismo. A ampliação e a divulgação dos conteúdos acadêmicos e profissionais do campo da Arquitetura e do Urbanismo que a revista proporcionará, contribuirão com o debate sobre o perfil e a responsabilidade profissional do arquiteto-urbanista na sociedade contemporânea. Sendo uma das poucas publicações acadêmicas do estado, permitirá a reflexão, o debate e a crítica da produção atual do ambiente construído em Santa Catarina. Através destas reflexões poderá identificar potencialidades para a atuação local, regional e nacional do profissional arquiteto-urbanista e por fim propõe-se a enriquecer a divulgação e a avaliação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI tendo por referência padrões contemporâneos, nacionais e internacionais. Este primeiro número tem sua publicação em um momento especial do curso que completa 18 anos de existência, e atualmente é o maior do estado de Santa Catarina. Representa o trabalho e o empenho de pessoas que pensam além dos desafios do ofício da profissão de arquiteto-urbanista, pensam nos desafios da formação do arquiteto- urbanista em um mundo tão plural e repleto de novas informações e tecnologias diárias. Esta publicação com periodicidade semestral vai procurar contribuir, através de edições impressas e eletrônicas, para a solução da problemática atual que envolve o pensar as cidades em suas mais diversas escalas. A partir deste momento esta publicação tem de ser um espaço democrático para se discutir e se refletir sobre ARQUITETURA E URBANISMO. Bem-vinda, Arkhé! Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

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EXPEDIENTE

ARKHÉ | 01 - REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO - UNIVALI Conselho Editorial Me. Arq. Urb. CARLOS ALBERTO BARBOSA DE SOUZA (Presidente) Dra. Arq. Urb. LISETE ASSEN DE OLIVEIRA Dr. Arq. Urb. JÂNIO VICENTE RECH Me. Arq. Urb. LUCIANA NORONHA PEREIRA Me. Arq. Urb. LUCIANO PEREIRA ALVES Dra. Arq. Urb. RAFAELA VIEIRA Me. Arq. Urb. GUILHERME LLANTADA Arte e Produção GUILHERME LLANTADA Jornalista Responsável CARLOS ROBERTO PRAXEDES DOS SANTOS (DRT SC 740 JP) Projeto Gráfico / Design GUILHERME LLANTADA (Coordenação) CARLOS DAVI MATIUZZI ARNILDO GEHRING JUNIOR Design e Diagramação ARNILDO GEHRING JUNIOR LUCAS GUILHERME GUSE RAFAEL MAYER BUCHINGER Capa GUILHERME LLANTADA Maquete do TFG de Fernando Ribeiro Nunes - 2013

Tel.: 47 3261.1219 | Fax: 47 3261.1245 | Ramal: 1219 Email: arquitetura@univali.br Reitor da UNIVALI MÁRIO CESAR DOS SANTOS Vice-Reitora de Graduação CÁSSIA FERRI Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional CARLOS ALBERTO TOMELIN Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura VALDIR CECHINEL FILHO Procurador Geral da Fundação UNIVALI VILSON SANDRINI FILHO Diretor Administrativo da UNIVALI RENATO OSVALDO BRETZKE Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer RENATO BÜCHELE RODRIGUES Coordenador dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo e Superior de Tecnologia em Design de Interiores - Campus Balneário Camboriú CARLOS ALBERTO BARBOSA SOUZA Coordenadora de Apoio Pedagógico – Campus Balneário Camboriú CARLA CARVALHO Gerente Administrativa - Campus Balneário Camboriú CLEUNICE APARECIDA TRAI Secretária da Direção do Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer - Campus Balneário Camboriú GABRIELA CALDEIRA DE ANDRADA

AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos aqueles que de alguma forma participaram desta publicação, direta ou indiretamente, colaborando para que fosse possível sua realização. Em especial oa Professor Coordenador

Revisão Gráfica GILCEIA PESCE DO AMARAL E SILVA

do Curso de Design Gráfico - UNIVALI, Marco Aurélio Petrelli, à Arq. Débora G. S. de Liz - ETAU (Escritório Técnico de Arquitetura e

Secretária JULLIA CATERINE ANDREAZZA DOS SANTOS

Urbanismo UNIVALI), a Of Design (Laboratório Acadêmico de Design) e aos colaboradores do Curso de Arquitetura e Urbanismo UNIVALI. Produção e realização

Impressão TIPOTIL - 2000 Exemplares

REDACAO@REVISTAARKHE.COM.BR 4

UNIVALI - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAMPUS BALNEÁRIO CAMBORIÚ COORDENAÇÕES CECIESA – CTL, BLOCO 4 5ª AVENIDA, 1100 - BAIRRO MUNICÍPIOS BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC | 88337-300

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

Apoio


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RETROSPECTIVA - 2013 IV ENEAU Luciano Pereira Alves

Semana Acadêmica Rafaela Alessandra de Souza (Acadêmica)

SUMÁRIO

Olhares Múltiplos

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ATIVIDADES ACADÊMICAS São Paulo - Trip Bienal de Arquitetura - 2013 Dado de Andrade e Guilherme Llantada

CASA COR SC - 2014 Katia Maria Véras

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OPINIÃO Entre Escalas Urbanas Janio Vicente Rech

Habitat, Ensino, Institutos Legais e Legislação Profissional Ronaldo Lima

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PERFIL DO ARQUITETO Projetos Diversos: Pedra Branca, Costão do Santinho, Jardim Botânico de Florianópolis, entre outros...

Imagem de Capa: ©Guilherme Llantada - “Maquete do Trabalho Final de Graduação de Fernando Ribeiro Nunes / 2013

André Francisco Câmara Schmitt

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NOVOS ARQUITETOS Nova Centralidade em Itajaí – SC Acadêmico: Arnon Rodrigues Orientador: Lisete Assen de Oliveira

Complexo Aquático Natatorium Acadêmico: Maicon Jonathan Maciel Orientador: Carlos Alberto Barbosa de Souza

Cidade dos Mortos - Complexo Mortuário para Joinville -SC Acadêmico: Márcio Fernando de Souza Campos Orientador: Jânio Vicente Rech

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PROJETOS ACADÊMICOS | PROJETO INTEGRADO II Nova centralidade - Navegantes - SC

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PROJETOS ACADÊMICOS | PROJETO INTEGRADO I A Barra - Nova Centralidade de Bairro para 25 Anos

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PROJETOS ACADÊMICOS | PAISAGISMO lll Estrada Parque Rodovia Interpraias

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ARTIGOS CIENTÍFICOS Estradas-parque como Patrimônio Ambiental e com Usos Turísticos no Brasil

Acadêmicas: Bárbara Fischer, Mariany L. Lehmkuhl e Taline Schroeder Professores: Lisete Assen de Oliveira, Letícia Castro, Luciano Pereira Alves, João Luís Pacheco, André Sagave e Marina Duarte

Acadêmicas: Caroline Parizotto e Suzana Demaman Professores: Gilcéia Pesce do Amaral e Silva, Nelson Saraiva, Elisa Beck, Heloisa Figueiredo Moura, João Luis Pacheco, SIlvia Santos e André Sagave

Acadêmico: Fernando Luigi Fontanella Professores: Luciano Tricárico e Josidelte Pereira de Oliveira

Luciano Tricárico, Josidelte Pereira de Oliveira e Diva de Mello Rossini

Dinâmica Urbana de uma Cidade Média Litorânea: Estudo da Lógica de Organização Espacial da Cidade de Itajaí (SC) Francisco Antonio dos Anjos ***O conteúdo dos artigos, imagens e textos é de total responsabilidade dos autores. A revista Arkhé não se responsabiliza por eventuais desacordos com os conteúdos, ou direitos autorais relacionados.

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RETROSPECTIVA 2013

NEWS

ARQUITETURA ARKHÉ + TÉKHTON

O PRINCÍPIO DE TODAS AS COISAS, UMA ESCOLHA COM SIGNIFICADO

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nome e o logotipo da Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI foram selecionados através de um concurso entre estudantes e avaliados por comissão julgadora, formada por integrantes do conselho editorial e um representante estudantil. Reuniram-se no dia 04 de novembro de 2013 e conforme votação classificaram-se três propostas nesta ordem: em 1o (primeiro lugar), Arkhé de autoria de Giovana Vilar Araújo; em 2o (segundo lugar), MurAU de autoria de Murilo Trevisol; e na 3a colocação, Cenário, de autoria de Fernando Fontanella. A seguir a justificação conceitual da proposta vencedora: "Para os filósofos pré-socráticos, arkhé é o princípio pelo qual tudo vem a ser, e estaria presente em todos os momentos da existência de todas as coisas, ou seja, no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. Era uma questão fundamental para os filósofos dessa era, que buscavam compreender o princípio de todas as coisas. A escolha do nome se dá pela junção do simbolismo desta palavra e sua derivação. O simbolismo se mostra no fato de que a arquitetura sempre esteve e estará presente na atividade humana, de modo a ser o ponto fundamental, o princípio (ou arkhé) da civilização. O significado da palavra também faz menção ao fato de ser a primeira revista do

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI está presente nas redes sociais através de sua fan page do facebook. O espaço virtual traz as principais novidades do curso, avisos importantes, lembretes, além é claro de mais interatividade entre alunos, professores e colegas do curso.

Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI." (Giovana Vilar Araujo)

BLOG: arqdesignunivali.wordpress.com FACEBOOK: ArquiteturaeUrbanismoUnivali

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RETROSPECTIVA 2013

IV ENEAU 4º ENCONTRO ESTADUAL DAS ESCOLAS DE ARQUITETURA E URBANISMO DE SC. DIÁLOGOS POSSÍVEIS: AS IES E O CAU NA REAFIRMAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS Luciano Pereira Alves

D The Hanging City em Minimal Ilustration by ©Tang YauHoong.com/divulgação Licence: Http://creativecommons.org **Esta publicação tem carater educacional, sem fins lucrativos.

urante os dias vinte e quatro e vinte e cinco de outubro do ano de 2013 foi realizado, nas dependências da Universidade do Vale do Itajaí – Campus Balneário Camboriú, o IV Encontro Estadual das Escolas de Arquitetura e Urbanismo do estado de Santa Catarina – 4° ENEAU. Desde 2010, com a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, a profissão de Arquiteto e Urbanista tem assumido novas feições através da reafirmação de suas atribuições e de seu papel social. Deste modo, o Encontro Estadual das Escolas de Arquitetura e Urbanismo, que contou com a participação de coordenadores de curso e professores de aproximadamente dezesseis escolas de Arquitetura e Urbanismo de todo o Estado, procurou, através deste evento, o estreitamento das relações entre as escolas e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Tendo como tema deste ano “Diálogos possíveis: as IES e o CAU na reafirmação das atribuições profissionais”, as escolas se reuniram com o objetivo de discutir o papel e a representatividade das IES junto CAU, bem como para traçar pautas coletivas visando a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN em função da definição das atribuições profissionais.

Considerando o papel fundamental que as escolas de Arquitetura e Urbanismo possuem na formação de novos profissionais, que em Santa Catarina constituem um corpo docente de aproximadamente 800 professores e mais de 4000 alunos matriculados e distribuídos em 30 cursos, o encontro surge como um fórum de discussão e de encaminhamento de questões

fundamentais para viabilização de diálogos não apenas possíveis, como necessários neste momento de transição profissional. Os debates foram organizados, no segundo dia do evento, por temas em quatro Grupos de Trabalho, abaixo relacionados: Grupo de Trabalho 1 – Novos cenários para o ensino de Arquitetura e Urbanismo: Revisão das Diretrizes Curriculares Nacional; Grupo de Trabalho 2 – Exame de habilitação – Projetos pedagógicos/perfil do egresso dos cursos e as atribuições dos Arquitetos e Urbanistas; Grupo de Trabalho 3 – O censo dos Arquitetos e Urbanistas: pontos a discutir na formação – mercado X matriz curricular e Grupo de Trabalho 4 – O papel das IES no fortalecimento do CAU e vice-versa. Os resultados de cada grupo de trabalho foram apresentados durante a plenária final do evento. As propostas produzidas durante as discussões passaram a integrar a Carta Aberta de Intenções que busca, como forma de um esforço coletivo das instituições presentes, fortalecer a construção de ações que possam pautar a qualidade do ensino de Arquitetura e Urbanismo para a formação dos profissionais da área. Dentre as deliberações que integram a Carta Aberta de Intenções destaca-se a criação da Associação Estadual das Escolas de Arquitetura e Urbanismo – ACEARQ

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XII SEMANA ACADÊMICA DE ARQUITETURA

© Luisa Copetti/ Divulgação

RETROSPECTIVA 2013

DO ABSTRATO AO CONCRETO Acadêmica Rafaela Alessandra de Souza

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Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí teve como objetivo principal trazer a realidade da profissão por meio de palestras e atividades extracurriculares que integraram, não só os alunos do curso como todos os agentes atuantes na área, no mercado imobiliário, arquitetos e urbanistas, engenheiros civis, designers, entre outros. O Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI – CAUVI – que é a entidade representativa dos alunos do curso, foi o responsável pela realização da Semana Acadêmica com o apoio da Coordenação do Curso. Tal motivação da realização deste evento para os integrantes da atual chapa do CAUVI proporcionou a alunos e profissionais uma ampliação dos seus conhecimentos e a aproximação com profissionais renomados mostrando outras realidades do ofício. A XII Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, realizada entre os dias 5 e 7 de Junho de 2013, teve como temática “DO ABSTRATO AO CONCRETO” que se volta para as questões de projeto arquitetônico e suas metodologias, englobando ainda seus formatos de apresentação e exposição de ideias. No período matutino e vespertino foram realizadas, na UNIVALI, atividades para os estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da universidade, como mini cursos de softwares, oficinas criativas, e workshops com empresas renomadas no mercado. No período noturno, aconteceram as palestras principais. 8

Estas contaram com a presença dos arquitetos Indio da Costa, Mario Biselli, HS arquitetos, Brasil Arquitetura, Estúdio América e Daniel Corsi, os quais apresentaram projetos arquitetônicos e urbanísticos dos seus respectivos escritórios, responderam a perguntas sobre a temática da semana acadêmica e sua importância, e tiraram duvidas do público. Dentro da Semana Acadêmica também ocorreu o projeto OASIS desenvolvido pela AIESEC. É um projeto de apoio à mobilização cidadã para a realização de sonhos coletivos, que para acontecer conta com a ajuda de voluntários e da comunidade. O projeto foi realizado na Vila Social do Bairro dos Municípios, antiga Casa da Criança, em Balneário Camboriú. No primeiro dia, foram feitas dinâmicas com as crianças e a comunidade para descobrir quais eram esses sonhos. O projeto se estendeu durante o sábado, onde acadêmicos e a comunidade interagiram por uma causa solidária revitalizando o local e criando novos espaços, como: horta, jardim vertical e campo de futebol. Além da revitalização através da pintura e paisagismo, o bazar e as demais áreas de convivência provaram que é necessário a integração com a sociedade, principalmente sendo acadêmicos de um curso que abrange tantas áreas do conhecimento. Ao final do dia, notou-se uma grande alegria e satisfação, principalmente da comunidade, pois a realização do projeto OASIS proporcionou grande aprendizado tanto a eles quanto aos acadêmicos.

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RETROSPECTIVA 2013

VEM TAMBÉM - 2014

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4ª edição do Olhares Múltiplos, evento realizado pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer (Ceciesa – CTL) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), realizada nos dias 27-29 de maio, foi um grande sucesso. Com a finalidade de promover uma reflexão sobre a diversidade de conhecimento que pode ser adquirido nos ambientes acadêmico e profissional, o evento foi composto por cinco arenas complementares, sendo elas: criatividade, tecnologia, tendência, mercado e social. Tendo em vista as necessidades e desejos do novo perfil do público jovem, o Ceciesa-CTL ofereceu um evento que abraça o conceito de profissionalização e realização pessoal, com mais de 200 atividades, entre elas palestras, oficinas, workshops, minicursos e talkshows. Acadêmicos, professores, profissionais e comunidade prestigiaram programação exclusiva do evento que aconteceu em três cidades. Realizada simultaneamente em três campi, Balneário Camboriú, Itajaí e Florianópolis, a programação do evento contou com a presença de renomados palestrantes, além de diversos professores e profissionais que ganham destaque na programação das cinco arenas.

IMAGENS: Divulgação UNIVALI

O Olhares Múltiplos, mais uma vez, buscou contribuir com os avanços científicos e mercadológicos desejados aos acadêmicos e participantes, indicando novas perspectivas e rumos para seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.

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ATIVIDADES ACADÊMICAS

TRIP BIENAL SAMPA 2013 Dado de Andrade e Guilherme Llantada

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omo se adquire conhecimento? Esta é uma questão extremamente ampla e em certos momentos até divergente. Porém todos concordam que ao viajar as pessoas ficam expostas as mais diferentes formas de experiências e vivências, e estas, influenciam diretamente na percepção de ver-se e colocar-se perante este novo mundo em descoberta.

As viagens acadêmicas são instrumentos importantíssimos na formação do profissional de arquitetura e urbanismo, pois qualquer espaço para ser compreendido em toda sua complexidade, e testado sua habitabilidade, ambiência, territorialidade, privacidade, entre outras sensações, exige do observador e seus sentidos, a presença física. Estas saídas de estudos em campo vêm sendo uma prática do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI, funcionando como complemento das aulas e servindo aos diversos projetos pedagógicos, fortalecendo o conhecimento através do contato com os lugares, pessoas e situações nos espaços das cidades visitadas.

IMAGENS: Guilherme Llantada

Tradicionalmente as viagens ocorrem no 4º e 6 º períodos. As turmas do quarto viajam para Minas Gerais, visitando Belo Horizonte e as cidades históricas (disciplina de Arquitetura Brasileira), enquanto as turmas do sexto período visitam Brasília (disciplina de Urbanismo III). Sem estar no calendário tradicional das viagens, a visita à capital paulista ofereceu aos acadêmicos do quinto período e alguns “agregados”, a possibilidade de vivenciarem espaços culturais, edifícios residenciais, além do cotidiano da metrópole paulista.

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ATIVIDADES ACADÊMICAS

A viagem teve como objetivo visitar alguns equipamentos culturais (tema do 5º período). Durante o mês de outubro de 2013, um grupo de estudantes, teve a oportunidade de conhecer a capital paulista e entrar em contato com os principais espaços culturais da cidade e suas arquiteturas mais representativas, além de participar da X Bienal Internacional de Arquitetura e Urbanismo, com uma nova concepção. A mostra aconteceu pela primeira vez em diferentes pontos da cidade, o que provocou uma experiência inédita de trajetos e deslocamentos.

IMAGENS: Guilherme Llantada

O roteiro teve inicio na Estação Paulista com destino a Praça da República, Copan, Teatro Municipal, Largo do Patriarca e Praça das Artes, nesta manhã de sexta além da pequena “muvuca” paulistana, teve-se contato com expressivas obras de diferentes

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ATIVIDADES ACADÊMICAS épocas e distintos arquitetos, de Niemeyer a Ramos de Azevedo, de Paulo Mendes ao escritório Brasil Arquitetura. Depois de uma rápida parada no hotel, o grupo seguiu para a primeira visita a X Bienal Internacional de Arquitetura, que se deu na Estação Vergueiro. De metrô a turma ainda visitou o Centro Cultural SP e o Conjunto Nacional. Todos em contato direto com o ritmo da Paulicéia Desvairada, muitas informações em poucas horas.

IMAGENS: Guilherme Llantada

Através dos percursos, perceberam-se as distintas possibilidades de locomoção: metrô, ônibus e caminhadas, muitas caminhadas por sinal, fizeram parte desta aventura. Outros destinos desvendados pelos ávidos estudantes foi o MASP e a própria Avenida Paulista, a Pinacoteca e o Museu da Língua Portuguesa (Estação da Luz). Ainda no sábado, o tour contemplou as instalações históricas reinventadas para novos usos. À noite, depois do dia cheio de novidades, o bairro da Vila Madalena, tradicionalmente boêmio serviu de refúgio dos guerreiros que se espalharam entre bares, restaurantes e galerias. Por sinal, com um novo cenário, onde a iniciativa da Incorporadora Ideia Zarvos, vem implantando os mais criativos edifícios (residenciais ou corporativos) da nova geração de arquitetos paulistanos, como o Grupo SP, Andrade Moretin, Triptyque, Isay Wenfield, entre outros. Em Pinheiros o roteiro contemplou a Praça Victor Civita, área que abrigava um antigo lixão/incinerador, transformado em Praça e Espaço Expositivo, num belo exemplo de Arquitetura Sustentável. Conforme Caetano Veloso descreve em sua perfeita tradução: “porque és o avesso do avesso, do avesso do avesso”... São Paulo presenteia seus visitantes com momentos ímpares e possibilidade de vivencias, situações que só uma grande metrópole pode proporcionar, do caos à tranquilidade, do barulho à boa música, do ar poluído aos parques arborizados, de áreas degradadas à intervenções eficientes, que resgatam e exploram o que se espera de uma boa cidade, a convivência nos espaços públicos. Domingo, hora de ir embora, mas antes de partir, uma caminhada pelo tradicional bairro residencial Higienópolis, tranquilo, arborizado com exemplares da boa arquitetura residencial multifamiliar do movimento moderno. O SESC Pompéia, obra representante da geração brutalista paulista, projeto belíssimo da arquiteta Lina Bo Bardi, que transformou uma antiga fábrica da década de 40, num dos mais movimentados espaços culturais da cidade foi o espaço escolhido para o final da manhã de domingo. Almoço no bairro do Bexiga com direito a feira de artesanato e antiguidades e finalmente pé na estrada, porque segunda tem aula e novas histórias para contar... Até a próxima... Boa Viagem!!! 12

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IMAGENS: Guilherme Llantada

ATIVIDADES ACADÊMICAS

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ATIVIDADES ACADÊMICAS

CASACOR SANTA CATARINA 2014

A IMPORTÂNCIA DE PRATICAR A TEORIA APRENDIDA EM SALA DE AULA Katia Maria Véras (texto) Professores Coordenadores: Me. Arq. Urb. Carlos Alberto Barbosa de Souza Me. Arq. Urb. Katia Maria Véras Me. Arq. Urb. Marina Otte Arquiteta colaboradora UNIVALI: Débora G. S. de Liz

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uma atitude totalmente inusitada no Estado, cinco alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI criaram, sob a minha coordenação e da professora Marina Otte, o projeto dos banheiros públicos da última edição da Casa Cor SC. O ineditismo se deu pelo fato de que os ambientes faziam parte de uma mostra profissional, que geralmente tem seus projetos desenvolvidos por arquitetos e designers que já atuam no mercado. O grande passo para que isso se concretizasse foi o total e irrestrito apoio da universidade e também da própria direção da Mostra, que se propôs a se abrir para o novo. A relação da Casa Cor SC com o meio acadêmico da UNIVALI foi além dos projetos e execução de espaços, os universitários também puderam estagiar na mostra e vivenciar todo o aprendizado repassado em sala de aula. Eles tiveram que lidar com os problemas pertinentes à criação de um projeto e tomar decisões em grupo, já que éramos oito - eu, Marina, o Coordenador do Curso, professor Carlos Alberto Barbosa e mais cinco universitários.

Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo: Alexandra Risello Ana Cristina M. Neves Gabriella Rebello Josimar Tiepo Tatie de Marchi

não foram selecionados, desenvolvesse um projeto e pudesse defendê-lo de acordo com o seu ponto de vista. Isso é muito enriquecedor. Foi gratificante para mim, como professora, vêlos expressarem suas ideias, aprofundarem as pesquisas sobre o tema e desenvolver novos conceitos. A repercussão da dobradinha Casa Cor SC e UNIVALI foi tão positiva que abriu portas para que nossos estudantes participassem de outros eventos profissionais, como a THAAD, em Curitiba. Participar de uma mostra profissional coloca os alunos em contato com o mercado de trabalho e é bastante enriquecedor,

O diretor da Casa Cor SC, Lucas Petrelli Wilmer, me apontou alguns aspectos que tornaram esta parceria interessante: a oportunidade de contar com a mentalidade e o desprendimento de quem está com a cabeça arejada, sem os calos da profissão, e o nascimento da ideia em um ambiente onde a criatividade e a irreverência foram mais valorizadas do que o resultado financeiro do espaço planejado, resultando num projeto muito próximo daquilo que os organizadores da Mostra esperavam. A participação destes alunos se deu por meio de um concurso, criando a possibilidade para que cada um, mesmo os que 14

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ATIVIDADES ACADÊMICAS principalmente para que adquiram senso prático e poder de negociação, fundamentais para o dia a dia de um arquiteto. A aluna Alexandra Risello, uma das participantes, traduziu bem este ganho de bagagem profissional: "O trabalho em equipe nem sempre é fácil, quando montamos um grupo geralmente é por afinidade de trabalho, ideias e ideais. Juntar duas ideias, de duas equipes diferentes, e transformar num projeto em tão pouco tempo, foi um pouco difícil. Além disso, nós nunca tínhamos acompanhado uma obra tão de perto. Mesmo assim a adaptação foi boa, porque todos estavam interessados e dispostos a ajudar. Embora tenhamos encontrado alguns percalços no caminho, a experiência foi extremamente produtiva para todos, com um crescimento profissional enorme."

IMAGENS: Divulgação UNIVALI

Depois desta vivência enriquecedora, aconselho universidades e responsáveis pelas mostras profissionais de decoração e arquitetura a incentivar, apoiar e abrir espaço para que a teoria apreendida em sala de aula seja colocada em prática. É uma vivência que não dá para mensurar, além de que o envolvimento e a vontade desses jovens em fazer certo é a mesma ou às vezes até maior do que as de um profissional. Aos estudantes, mantenham a curiosidade sobre tudo; questionem se a forma pela qual estamos respondendo com a arquitetura às necessidades do homem está correta, se não há novas possibilidades; que testem o novo, o diferente e se apaixonem pelo projeto que estão desenvolvendo.

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OPINIÃO

ENTRE ESCALAS URBANAS Dr. Arq. Urb. Janio Vicente Rech Prof. disciplinas de Urbanismo

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iramos a primeira década do novo milênio e os dados estatísticos da população brasileira continuam em um crescimento vertiginoso, mostrando que a esmagadora maioria da população se concentra em áreas litorâneas. A migração para essas áreas pode estar ligada à busca por oportunidades de trabalho, significativamente maiores nos grandes centros urbanos. Também, o fenômeno do turismo incentiva o aumento de viagens a cada dia em busca de lazer e tranquilidade, e grande parte destes turistas fixa residência em cidades litorâneas, influenciando que outros setores da economia se sobressaiam.

IMAGENS: © ISP - Instituto Silva Paes/ Projeto Vita Et Otium - Marcus Quint

No Estado de Santa Catarina não é diferente, pois as cidades litorâneas estão conformando uma grande metrópole conurbada ao longo de seu litoral, interligadas pela congestionada BR-101. Segundo dados do IBGE de 2010, é possível perceber que das dez cidades que mais crescem no Estado, nove estão no litoral e, destas, seis cidades no litoral Norte. A supervalorização turística, aliada à intensa urbanização especialmente em torno das cidades balneárias, deu origem a um processo de junção dos limites de municípios vizinhos. Tal junção faz surgir um grande número de novos problemas urbanos, que o poder público das cidades envolvidas quase sempre não consegue resolver. Além disso, a transformação de áreas rurais em áreas urbanas visando uma maior arrecadação de impostos e tributos, que muitas vezes, o poder público não oferece a contrapartida necessária em suprir a infraestrutura saturada ou inexistente dessas áreas, faz com que desapareçam as áreas de amortecimento representadas pela paisagem rural. Esta rede de cidades médias conurbadas, configurando uma região metropolitana, não pode mais deixar em segundo plano a necessidade indispensável da integração das ações de planejamento e gestão conjuntos, pois a perda da qualidade de vida se acentua cada vez mais. Para tanto, o planejamento deve estar baseado, principalmente, nas premissas de sustentabilidade relativas à proteção do meio ambiente, à mobilidade urbana, à segurança pública, à habitação, entre outros. Percebe-se que a expansão urbana excessiva, além de aumentar os custos de infraestrutura, invade e descarta as características dos lugares, deixando em segundo plano o relevo e outras particularidades morfológicas do sítio.

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IMAGENS: © ISP - Instituto Silva Paes - Marcus Quint

OPINIÃO

A influência do lugar e da cultura na Arquitetura e no Urbanismo antecede qualquer ação projetual, e pode ser considerada como condicionantes da forma urbana e arquitetônica. A percepção da paisagem e das formas naturais do sítio em intervenção devem se constituir na base do projeto urbano, tornando-se elementos qualitativos presentes e indispensáveis no fazer arquitetura. A alteração das relações entre as escalas pública e privada, motivada por diretrizes projetuais urbanísticas incoerentes com a realidade local, frequentemente leva à degradação do ambiente urbano.

Camboriú, 41 mil em Camboriú e, em Navegantes, 32 mil, totalizando perto de 285 mil veículos circulando na região, não computados os veículos da população flutuante citada. Além disto, as adversidades ocasionadas pelo tráfego urbano e pelos congestionamentos, causam problemas não só sociais e econômicos, mas também ambientais. Por outro lado, a maior dificuldade de frear o aumento da frota veicular é a cultura do carro próprio, somada às facilidades de aquisição promovidas por parte do Governo Federal, pois ter um automóvel é considerado um diferencial em todos os grupos sociais.

As cidades litorâneas do Estado já estão tomadas por automóveis particulares, pois o transporte público não é visto como prioridade pelos gestores municipais. Também, a falta de planejamento urbano e regional, principalmente na região conurbada do litoral Centro Norte do Estado, que agrega Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú e Camboriú, tem agravado a acessibilidade e a mobilidade da população, em torno de 410 mil habitantes segundo o último Censo do IBGE em 2010. Isso sem contar a população flutuante das cidades próximas que trabalham ou estudam na região. Segundo o DENATRAN, em julho de 2013, a frota veicular alcançou cerca de 137 mil veículos em Itajaí, 75 mil em Balneário

Ao poder público das cidades da região, as viagens pendulares, aquelas em que a pessoa se desloca para o trabalho ou estudo, deveriam servir como parâmetro para promover ações mais bem articuladas de planejamento e gestão territorial, uma vez que determinam um grande fluxo de pessoas dependentes de deslocamentos. Portanto, os sistemas de transportes públicos devem ser vistos como prioridade pelos prefeitos, pois a população destes quatro municípios teve um crescimento médio de 42% nos últimos dez anos, entre os censos de 2000 e 2010. Se considerarmos a mesma projeção para os próximos dez anos, em 2020, chegaremos perto de 585 mil de habitantes.

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OPINIÃO

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Ainda há limitações na utilização do transporte público, como a demora, o desconforto e o custo da passagem, o que realmente se verifica. Porém, o poder público deve melhorar as condições para o uso, incentivando a mobilidade coletiva. A utilização do automóvel, como mobilidade familiar até cinco usuários, deve ser estimulada apenas para percursos mais longos entre cidades ou áreas periféricas não supridas por transporte publico. Já o emprego de modais não motorizados como bicicleta, caminhada, entre outros, para o deslocamento urbano, como mobilidade individual, minimizariam os frequentes congestionamentos nas principais vias da área central das cidades. A solução de parte destes problemas exige assumir a mobilidade como prioridade do planejamento, como também a implementação de projetos inovadores, principalmente de sistemas de transportes intermodais integrados e eficientes, com efetiva participação da comunidade e, principalmente, vontade política do poder público. O município de Balneário Camboriú é o principal destino turístico do Sul do Brasil. Localizada no litoral Centro-Norte do Estado de Santa Catarina, distante 90 km da capital Florianópolis, se caracteriza como uma centralidade metropolitana entre as cidades vizinhas. Além de ser o 11º município mais populoso do Estado e o 2º menor em área territorial - 46.489 Km2 desponta, ainda, como o que possui maior densidade demográfica de Santa Catarina, com mais de 2.300 hab/km2 e uma das maiores densidades construídas do Brasil. Embora o município possua pouco mais de 100 mil habitantes, sua massa construída visivelmente verticalizada, principalmente na orla da Praia central, comporta cerca de 400 mil habitantes na alta temporada,

em seus quase 66 mil domicílios cadastrados. Nos meses de dezembro e janeiro, sua população quadruplica e faz com que esse inchamento populacional traga consigo um aumento muito forte na demanda por serviços e por infraestrutura urbana. Balneário Camboriú apresenta uma mudança significativa na configuração urbana, provocada por um novo padrão de crescimento, produto de dinâmicas de mercado. Sua dinâmica de crescimento vem sendo modificada nas últimas duas décadas, resultante de um fenômeno de verticalização que expulsou algumas atividades tradicionais defronte a praia, como o lazer noturno na Barra Sul, devido à pressão exercida sobre o valor do solo. Com o número escasso de terrenos disponíveis, a especulação imobiliária amparada em períodos de coerente ausência de legislação urbanística, transforma o skyline da orla em um paredão que alcança cerca de 120m de altura, condenando à sombra, a partir do início da tarde, quase toda a faixa de areia da praia. O poder público enfrenta o desafio de responder ao incremento de demanda de infraestrutura e de equipamento, para absorver esse crescimento, que se traduz na redução da qualidade dos serviços

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OPINIÃO oferecidos. Basta ver as atividades das concessionárias de serviços públicos quando chamadas para resolver situações de infraestrutura como as ligações do abastecimento de água, de energia, de esgotos pluvial e cloacal, de comunicações, entre outros. Realizada a manutenção e/ou ampliação da rede, simplesmente a concessionária remenda o pavimento da via e/ou passeio sem a qualidade necessária para o tráfego de veículos e pedestres em áreas centrais e bairros. Exemplos não faltam.

concessionárias a solução. Por outro lado, Balneário Camboriú está entre as maiores economias do Estado, tendo o turismo e o lazer como principais atividades econômicas, além da pujante indústria da construção civil. E, justamente por isso, depende dos avanços da construção civil para atender a demanda de moradores e visitantes. Mas o ideal é que o desenvolvimento desta indústria esteja aliado a um planejamento urbano, que permita que a cidade cresça de maneira ordenada e respeitando as questões ambientais. Assim, o bem-sucedido futuro das cidades dependerá da evolução das soluções urbanísticas levando em consideração a sustentabilidade no seu mais amplo conceito.

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Uma das principais ruas da cidade – a Av. Brasil, está com o pavimento em péssimas condições há incontáveis meses e o poder público não se mobiliza em proceder a manutenção ou exigir das

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OPINIÃO

HABITAT

ENSINO, LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL E INSTITUTOS LEGAIS Arq. Urb. Ronaldo Lima. Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Santa Catarina - CAU SC

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efletir e discutir acerca do amplo espectro das atribuições e competências profissionais dos arquitetos e urbanistas, remete ao âmbito das ações que envolvem a criação de nosso Habitat. Estas ações e as evidentes preocupações para com as importantes questões que envolvem as etapas de ocupação do território e o parco entendimento da complexa realidade brasileira, devem pautar avaliações e proposições sem o que, os objetivos maiores da visão que se inicia na compreensão da intervenção nos espaços macrorregionais, através de todas as escalas de atuação dos profissionais arquitetos e urbanistas, até o espaço construído, não terão consistência. Imprescindível que vejamos o planejamento urbano sob uma ótica ampliada que permita a apropriação de todos os condicionantes que interagem em sua criação: paisagem, cultura, memória e especialmente, as vocações peculiares de cada lugar, sem que se violente as principais simbologias que formam a identidade de cada cidade. Os conteúdos advindos destas riquezas, que processadas através de ampla participação de todos os atores, criam seus espaços cuja consolidação é fundamental à sua permanência.

A construção destes espaços democráticos é vital e depende da promoção de profundas reformas estruturais concretas de caráter político e urbano, que devem superar nosso estigma de derrotismo tendencioso. Estas discussões acerca de nosso Habitat não dependem de fórmulas mirabolantes, mas de organização e premissas mínimas, onde de fato os interesses coletivos predominem sobre os demais, na sociedade. Vivemos atualmente num contexto abstrato e de pouquíssima produtividade nas ações do planejamento urbano. A compreensão do amplo espectro de atuação dos arquitetos e urbanistas desenhado pela legislação federal e pelas atribuições profissionais estabelecidas pela Lei 12378, delineiam nossas responsabilidades sociais na criação de nosso Habitat, sinalizando em direção a uma visão abrangente dos três aspectos principais: Institutos Legais, Ensino e Legislação Profissional. O ensino, como agente qualificador dos futuros profissionais, tem grande responsabilidade na formação destes que estarão de imediato imersos em todo este leque de atividades possíveis e obrigatórias ao nível de sociedade como um todo. Como responsabilidade social e/ou escopos de planos de negócios, a perspectiva profissional cresce ou torna-se muito mais ampla do que se supõe à primeira vista e está na raiz das ações de qualificação do conjunto das atividades no País. A diversidade de nossos ambientes naturais, a riqueza de nossas paisagens, as múltiplas 20

vocações para nosso crescimento e desenvolvimento, propiciam ao ensino de arquitetura e urbanismo um cenário muito rico e desafiador para a formação dos criadores de nosso Habitat. A partir deste abrangente panorama no âmbito das atribuições profissionais, em contraponto com nossas responsabilidades sociais, os arquitetos e urbanistas poderão vislumbrar vastas e muito ricas possibilidades de ação na direção à qualificação crescente de nossa arquitetura e de nosso urbanismo, buscando inserção sustentável do homem em seu meio natural, tendo claro a dicotomia que estas representam na construção do Habitat Humano. Temos como categoria profissional, vastas responsabilidades acerca do futuro que se desenha contínua e ininterruptamente, quer tenhamos ou não consciência do envolvimento de nossas ações em larga escala. Nossa ação ou nossa omissão desenham inexoravelmente o espaço que constitui nosso Habitat. A legislação profissional fiscalizadora do Conselho de Arquitetura e Urbanismo exerce um papel integrador das atividades e ações voltadas à realização do objetivo maior destes desempenhos, através da aplicação da Lei 12.378, das Resoluções e de demais normas advindas do ordenamento gerado pelo CAU/BR. Os institutos legais já vigentes no País, permeiam as competências e o âmbito das atividades profissionais dos

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OPINIÃO

arquitetos e urbanistas através de todas as escalas do planejamento territorial e edilício estendendo-se através dos níveis macro, messorregional, microrregional, de planejamento urbano, parcelamentos do solo, edificações e interiores. A perspectiva que visualizamos através dos institutos legais vigentes, determina a missão das Escolas de Arquitetura e Urbanismo de formarem as competências profissionais necessárias para o atendimento destas exigências na criação de nosso Habitat e esclarece a responsabilidade social de todos os atores, complementada pela obrigatoriedade das

ações de fiscalização do exercício profissional levadas a efeito pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo, exigindo simultaneamente rigoroso cumprimento das atribuições e atitudes éticas dos profissionais. Apresenta-se a seguir, sinopse de artigos relacionados a Legislação Federal relativos a cidade e aos profissionais de Arquitetura e Urbanismo.

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OPINIÃO

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Art.

A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. O plano diretor é obrigatório para cidades: I – com mais de vinte mil habitantes; II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal; IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº 12.608 de 2012)

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Art.

Art.

Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano de que tratam o inciso XX do art. 21 e o art. 182 da Constituição Federal, objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município. Parágrafo único. A Política Nacional a que se refere o caput deve atender ao previsto no inciso VII do art. 2o e no § 2o do art. 40 da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988 Art.

Art.

182

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Art.

Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

2

2

Art.

LEI DA MOBILIDADE URBANA - LEI 12587/12

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ESTATUTO DA CIDADE - LEI 10257/01

XXII - É garantido o direito de propriedade; XXIII - A propriedade atenderá a sua função social; XXIV - A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. § 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

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OPINIÃO LEI DOS ARQUITETOS E URBANISTAS LEI 12.378/10 Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs; e dá outras providências.

LEI DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA LEI 11.888/08 Art. 1º - Esta Lei assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia, previsto no Art. 6° da Constituição Federal, e consoante o especificado na alínea r do inciso V do caput do art. 4º da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os art. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

LEI DA ACESSIBILIDADE LEI 10.098/00 10.048/DL 5.296/04 O Art 5º desta Lei/Decreto prescreve que o acesso prioritário às edificações e serviços das instituições públicas deve seguir os preceitos estabelecidos neste decreto e nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em seu texto de número 9050 de 2004.

ARQUITETURA COMO CULTURA - 2009 A partir da publicação da Portaria Nº 05, de 21 de dezembro de 2009 do Ministério da Cultura, a arquitetura passou a ser reconhecida formalmente pelo Governo Federal como atividade cultural. Por consequência A ARQUITETURA passa a ser representada - através de um arquiteto no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), órgão integrante do Sistema Federal de Cultura (Decreto Federal Nº 5.520, de 24 de AGOSTO de 2005) A diretriz aprovada pelo CNPC propõem que se “incentive a produção e a preservação da arquitetura como atividade artística e cultural”.

MINISTÉRIO DAS CIDADES - 2003 a) Política de desenvolvimento urbano; b) Políticas setoriais de habitação, saneamento ambiental, transporte urbano e trânsito; c) Promoção, em articulação com as diversas esferas de governo, com o setor privado e organizações nãogovernamentais, de ações e programas de urbanização, de habitação, de saneamento básico e ambiental, transporte urbano, trânsito e desenvolvimento urbano; d) Política de subsídio à habitação popular, saneamento e transporte urbano; e) Planejamento, regulação, normatização e gestão da aplicação de recursos em políticas de desenvolvimento urbano, urbanização, habitação, saneamento básico e ambiental, transporte urbano e trânsito; f) Participação na formulação das diretrizes gerais para conservação dos sistemas urbanos de água, bem como para a adoção de bacias hidrográficas como unidades básicas do planejamento e gestão do saneamento;

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ARQU


PERFIL DO UITETO


PERFIL DO ARQUITETO

ANDRÉ FRANCISCO CÂMARA SCHMITT Arquiteto / Urbanista e Coordenador de Projetos Urbanos do DESENHO ALTERNATIVO, um dos escritórios responsáveis pelo desenvolvimento do Projeto Pedra Branca, Costão do Santinho e Jardim Botânico de Florianópolis PLANO DE ROTEIRO - LAGOA DA CONCEIÇÃO - FLORIANÓPOLIS - SC (1979/81) O “PONTO DE PARTIDA” E AS ESCALAS DE TRABALHO

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Colaboradores: Estefanelli B.Monn e Cezario Simoes Consultores: Maria Elizabeth Rego e Nelson Saraiva da Silva

Várias são as escalas de trabalho do Arquiteto. Independente da ESCALA de trabalho, o “PONTO DE PARTIDA” de um projeto é o mesmo: um espaço físico para intervenção (um terreno, região ou território); um programa de atividades a serem desenvolvidas naquele espaço; e a incidência do conhecimento e das “ideias”.

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Enquanto que o conhecimento é representado pela “bagagem” de informações adquiridas pela formação e pela experiência pessoal e profissional (técnicocientífica, sócio-cultural, etc), as “ideias”, são “descobertas” pelo abstrato caminho da percepção e da intuição. É então que a colisão destes fatores determina o momento em que o papel em branco começa a ganhar VIDA, para surgir o primeiro “TRAÇO”.

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PERFIL DO ARQUITETO RESID. EPCS LAGOA DA CONCEIÇÃO - FPÓLIS - SC (1983)

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio

IMAGENS: © Desnho Alternativo/ Divulgação

RESID. HG LAGOA DA CONCEIÇÃO - FPÓLIS - SC (1980)

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PERFIL DO ARQUITETO COMPLEXO TURÍSTICO - COSTÃO DO SANTINHO AS DIFERENTES ESCALAS E SUAS RELAÇÕES

Normalmente os projetos demandados nos convocam para atuação em uma escala específica. Poucos são os que nos desafiam para atuação em várias escalas simultaneamente. Aos primeiros, há que se buscar a abordagem e o entendimento das escalas adjacentes e a abertura para suas relações: do Conjunto Arquitetônico, para o tecido urbano; do Edifício para o seu entorno imediato, para a rua, para os espaços públicos, para os pátios, etc...; do interior para o exterior; do espaço interno (vazio), com o mobiliário e os equipamentos para receber o “uso” e abrigar a vida.

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Colaboradores/ Coautores: Rolando Mello, Mirian Melim, Maria Ines Laurentino, Valdir H.Secco, Emilia Okuda, Fernando F. Barros, Maria Augusta Oliveira e Ricardo Monti

Aos segundos, o belo desafio do projeto (proposta), está em explorar a variabilidade destas escalas e a riqueza de suas transições, cujas descobertas se iniciam no “partido” (“ponto de partida” do projeto). O exemplo mais significativo de minha experiência profissional, neste caso de abordagem de várias escalas em uma única demanda, foi a do COMPLEXO TURÍSTICO COSTÃO DO SANTINHO.

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Ali estão presentes; a Escala Urbana, quando contribuímos para o desenvolvimento do Pré-Plano Urbanístico do Projeto Integrado da Praia do Santinho, juntamente com a equipe do IPUF – Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis. - A escala do Conjunto - A escala de Edificação - A escala de Mobiliário e de Equipamento - A escala da Paisagem

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PERFIL DO ARQUITETO

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PERFIL DO ARQUITETO PROJETOS TURÍSTICOS OU TURISMO E SUA RELAÇÃO COM O ESPAÇO

HOTEL CANAJURE CLUBE - JURERÊ, FLORIANÓPOLIS - SC (1980/82) Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Coautores: Victor Hugo Nicolla e Ostchega e Bari Arquitetos Associados (ARG)

Considerando-se as características da paisagem litorânea do Estado de Santa Catarina (em seus mais de 500 Km de recortada Costa Atlântica), abrangendo baías, enseadas, variedade de ilhas vulcânicas (incluindo a ilha de SC, que abriga a capital do Estado), conjunto de lagoas e parques dunares litorâneos, além dos cenários com “panos de fundo” da Serra do Mar, e um verdadeiro “mosaico de etnias” fundadoras de assentamentos ricos e diversos que se instalaram nessa mesma paisagem litorânea, podemos mensurar a importância da valorização e preservação deste patrimônio (natural e cultural), para o desenvolvimento do Estado de SC.

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Entendendo o TURISMO como uma atividade eminentemente espacial, constatamos: 1 - Ao haver deslocamento das pessoas em um espaço geográfico (região, cidade, bairros, etc) estamos falando em “mobilidade” (fluxos, roteiros, pontos de partida, atrativos, etc), portanto, atividade espacial e suas consequências; 2 - Como todo este deslocamento é motivado pela “atratividade” de seus pontos de interesses (naturais ou sócio-culturais), sabemos que a única forma de manter esta atividade (turística) implica na preservação de seus “atrativos”: o espaço/paisagem natural e o espaço/paisagem cultural produzido pelo homem. Os projetos arquitetônicos e urbanísticos ligados à atividade turística devem ser, necessariamente, indutores da preservação da paisagem natural e cultural. 30

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PERFIL DO ARQUITETO PORTO DA BARRA - BARRA DA LAGOA - FPOLIS - SC (1989/95)

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Colaboradores/ Coautores: Maria Ines Laurentino, Aline Tambosi, Ana Ogata Consultora: Lisete Assen de Oliveira

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Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Colaboradores/ Coautores: Maria Ines Laurentino, Valdir H.Secco, Ricardo Monti (ARG) e Alejandro Villalba (URU);

COMPLEXO TURÍSTICO PRAIA GROSSA - PONTA DO CABEÇO - ITAPEMA - SC (2008/13)

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PERFIL DO ARQUITETO A EXPERIÊNCIA DE “FAZER ARQUITETURA”

Também aqui, o ato de “produzir” os Projetos Arquitetônico, Urbanístico ou Paisagístico se presta a diferentes e ricas possibilidades: - De forma individual: geralmente quando as escalas de abrangência e programas são mais reduzidos; ou como também acontece, quando a personalidade do autor for mais “dilatada”; - Em grupo: quando da constituição de parcerias / sociedades para responder aos desafios das demandas; - Em empresas: quando o arquiteto se integra à equipe de pessoas de uma instituição organizadora, quer seja pública ou privada; - Em “coletivos”: quando um grupo de profissionais se reúne em torno de “ideias” (base comum) para produção de respostas criativas.

PARQUE METROPOLITANO DIAS VELHO - ATERRO DA BAIA SUL (CONCURSO) - FLORIANÓPOLIS - SC (1996/97) 1° Lugar no Concurso Público Nacional de Ideias (IPUF/PMF e IAB/SC) Equipe/ Coautores: André Schmitt (coord.), Daniel C.Rubio, Lisete Assen de Oliveira, Nelson Saraiva da Silva, Maria Elizbeth Rego, Maria Ines Laurentino, Raul Pargendler, Ricardo Monti e Valdir H.Secco

Mas também destacamos como extremamente gratificantes as experiências na participação de “coletivos”. Por vezes, montados para responder aos desafios de Concursos Públicos de Arquitetura (de projetos ou de ideias) – como no caso do Concurso do ATERRO DA BAÍA SUL, em Florianópolis. Por vezes, articulados para a intrigante experiência de "fazer arquitetura" a partir de "oficinas", "charretes", "workshops", com a composição de pessoas ou por escritórios de arquitetura. Este foi o caso do JARDIM BOTÂNICO DE FLORIANÓPOLIS, onde foi articulado um "consórcio" de 03 escritórios de arquitetura com consultores das áreas do urbanismo e ambiental. E, também o caso do projeto do "bairro sustentável PEDRA BRANCA" que envolveu sete escritórios locais de arquitetura com consultores nacionais e internacionais. Em todas estas experiências, o mesmo denominador: "Fazer arquitetura" para o uso e benefício das pessoas.

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Na minha experiência profissional, poucas foram as vezes em que a resposta do projeto foi efetivada em “viagem solo”. Na sua grande maioria, foram produzidas na rica experiência do trabalho em grupo (parcerias ou equipes dos escritórios de arquitetura que participei: MAQUETA 1966-70, ARQUIDÉIA 1975-77 e DESENHO ALTERNATIVO - desde 1977.


PERFIL DO ARQUITETO ARQUITETURAS PARA AS QUADRAS NU-12 E NU-04 DA PEDRA BRANCA - PALHOÇA - SC (2010/13)

Autoria: Consórcio 4 escritórios - Desenho Alternativo, Marchetti + Bonetti, Studio Methafora e Biosphera Consultores Especiais: Dr. Prof. Nelson Saraiva da Silva e Dr. Prof. Ademir Reis Coord. Proj. 3 ESTAÇÕES: André Schmitt e Nelson Saraiva da Silva Coord. Proj. MARCO ZERO: André Schmitt e André Lima

Autores: André Schmitt e Daniel C.Rubio Colaboradores/ Coautores: Maria Ines Laurentino e Suelen Weis Projeto Urbano premiado na Bienal de Arquitetura de Buenos Aires - AR (2007), coordenado por. Max e Marcela Rumis (DPZ) + 07 Escritórios de Arquitetura de Florianópolis: Desenho Alternativo, Mantovani e Rita, Marchetti+Bonetti, MOS- Arqs. Associados, RC Arquitetura, Ruschel e Teixeira Neto Arqs e Studio Domo

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JARDIM BOTÂNICO DE FPOLIS - 3 ESTAÇÕES + MARCO ZERO - FLORIANÓPOLIS - SC (2012/13)

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ARQU


NOVOS UITETOS


NOVOS ARQUITETOS

NOVA CENTRALIDADE EM ITAJAÍ – SC Orientador: Dra. Arq. Urb. Lisete Assen de Oliveira Acadêmico: Arnon Rodrigues ITAJAÍ - SANTA CATARINA Maior cidade da região da AMFRI em: População: 183.373 (IBGE 2010) PIB: 10.8 bilhões de Reais (IBGE 2010) Área: 289,255 km (IBGE)

2013

2013

“É por sediar o porto brasileiro campeão em cargas congeladas e o segundo maior em contêineres que Itajaí garantiu um lugar entre as dez cidades médias de maior renda per capita do Brasil.” (PAULIN, I. Cidades médias. Revista Veja, São Paulo, Set.2010.) O aglomerado urbano de Itajaí pode ser visto como uma rede interdependente e de complementaridade que funciona através de sistema, ou grupos relacionados de forma mais intensa, e que exercem maior ou menor papel de centralidade entre si. A área do litoral norte Catarinense apresenta dois grupos principais no papel de centralidade regional, podendo-se identificar segundo a ótica de centralidade turística (Balneário Camboriú e Camboriú) e da centralidade da indústria logística (Itajaí e Navegantes).

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LOCALIZAÇÃO

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NOVOS ARQUITETOS

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CONSIDERA-SE ITAJAÍ UMA CIDADE CONTEMPORÂNEA "A cidade compacta, lenta e de limites imprecisos, monocêntrica, vive agora uma relação dinâmica com outra cidade/ território urbanizado constituído por um padrão desigual de compactação e dispersão, de mono e plurifuncionalidade." (DOMINGUES, A. Contexto social e política urbana. In. PORTAS, N.; DOMINGUES, A. (ed.). Cidade e Democracia. Lisboa: Argumentun, 2006. p. 60.)

O mapa ao lado, demonstra o espaço necessário para absorver o crescimento da população de Itajaí na projeção de 20 anos. Comparando a densidade média (90 hab/ha) e o padrão de ocupação atual, com um padrão de ocupação sustentável com maiores densidades (300 hab/ha) + 40% de espaço público.

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NOVOS ARQUITETOS

PROPOSTA GERAL - ITAJAÍ - SC

Esquema de Fluxo de contêineres

Teleférico de contêineres

Na escala regional tem-se como propostas para fortalecer o fluxo e a cooperação entre as cidades do aglomerado urbano: - Uma via regional conectando as cidades sem que este fluxo atrapalhe os deslocamentos dentro do centro histórico. - Um metrô de superfície regional paralelo à BR-101.

Proposta para BR-101 Metrô de Superfície Regional 38

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PROPOSTA REGIONAL - AGLOMERADO URBANO


NOVOS ARQUITETOS PROPOSTA CIDADE Na escala da cidade tem-se como propostas: • Um circuíto de transporte público municipal por meio de um VLT. • Um parque linear em torno do rio conectando a cidade em toda sua extensão. • Um parque tecnológico, e fazendas verticais em torno da BR-101, fazendo a transição entre urbano e rural. O porto dentro da cidade de Itajaí é o elemento fomentador da economia, porém este traz alguns problemas, principalmente com a questão do transporte das cargas, então propõe-se uma área de expansão para o porto e uma área de depósito de contêineres, estas conectadas por um teleférico de cargas, que passaria junto ao canal retificado existente.

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NOVA CENTRALIDADE EM ITAJAÍ - SC

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NOVOS ARQUITETOS

Pensando em uma economia futura baseada no conhecimento, tem-se neste sistema como objetivo a construção de uma cidade inovadora e criativa. Isso acontece com espaços para a produção de cultura e inovação, espaços para a disseminação do que é produzido, fomentando a criatividade e a inovação que podem ser aplicadas na universidade, no parque tecnológico e no centro de pesquisa e gestão.

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NOVOS ARQUITETOS NÚCLEOS DE DISSEMINAÇÃO DE CULTURA - ITINERANTES

SISTEMA DE ESPAÇOS PÚBLICOS

O sistema de espaços públicos visa estruturar e conectar os outros sistemas propostos. Este sistema funciona com diferentes hierarquias tendo os parques e as praças conectadas pelos parques de passagem, os térreos elevados e a ciclovia também faz esta conexão. Praças na escala do bairro são localizadas também dentro do tecido existente fazendo a transição e a conexão do existente com o proposto. SISTEMA DE SUSTENTABILIDADE

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ESQUEMA CÍCLICO

A energia do projeto é proveniente de uma usina híbrida de biomassa implantada, esta é abastecida com o lixo orgânico e casca de arroz produzida pela área de agricultura. Este lixo é separado e transformado no centro de reciclagem, gerando produtos que são vendidos no mercado público. As fazendas verticais geram alimentos também vendidos no mercado público.

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NOVOS ARQUITETOS

O sistema de tratamento de efluentes é feito nas bordas do canal através de vegetação fitorremediadora. Ao longo do canal são locadas bacias de alagamento que ajudam a minimizar alagamentos.

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NOVOS ARQUITETOS

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A morfologia é pensada de acordo com a fragmentação da forma, onde no tecido mais central do projeto tem-se a forma preenchida, esta fragmenta-se quando se aproxima das bordas, fazendo a transição entre o tecido proposto e o existente.

O sistema mostra o abastecimento das redes de infraestrutura no projeto. Onde a infraestrutura é exposta no projeto pelas “torres de infra”, estas tem como objetivo o abastecimento da água por quadra. Estas torres captam a luz solar e a transformam em energia elétrica abastecendo carros elétricos. Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

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NOVOS ARQUITETOS

FAZENDAS VERTICAIS

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TÉRREO - TRECHO DETALHADO Recorte do projeto detalhado mostrando a centralidade regional e a transição entre os diferentes espaços.

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NOVOS ARQUITETOS

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TÉRREO ELEVADO - TRECHO DETALHADO

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NOVOS ARQUITETOS

USOS

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UNIDADES HABITACIONAIS MODELOS

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As unidades habitacionais são modulares e apresentam “núcleos molhados” facilitando assim sua flexibilização de acordo com a necessidade e o tempo. Modulação (1,65 x 1,65m).

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NOVOS ARQUITETOS

COMPLEXO AQUÁTICO NATATORIUM Orientador: Me. Arq. Urb. Carlos Alberto Barbosa de Sousa Acadêmico: Maicon Jonathan Maciel

O

Trabalho Final de Graduação - TFG visa desenvolver um Complexo Aquático em Balneário Camboriú. A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica além de desenvolver e melhorar tais formações. Na adolescência, as pessoas são influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros que também influenciam as demais faixas etárias, gerando conflitos internos que desviam valores e aprendizagens antes obtidos. É neste processo que o esporte mostra sua grande contribuição à sociedade, pois a prática esportiva promove o bem estar do ser humano, a saúde e a cultura.

JUSTIFICATIVA

DIRETRIZES DE PROJETO

Balneário Camboriú é uma cidade com muitas belezas naturais e com fácil acessibilidade, tais motivos influenciaram o seu rápido desenvolvimento, gerando uma grande expansão urbana com um foco na especulação imobiliária resultando em uma carência de espaços públicos destinados ao esporte e ao lazer da população.

Os eixos primordiais para a configuração da implantação foram a Avenida das Flores e o morro, em um ponto central de encontro está localizado o Complexo Aquático.

Em escala estadual, Santa Catarina possui grande carência de espaços destinados à prática de Esportes Aquáticos seja para treinamento ou competições, contando somente com um Complexo Aquático localizado na Cidade de Palhoça para atender todo o estado.

A partir do inicio da Avenida das Flores foi proposto um parque linear com direcionamento ao Complexo, com a preservação de uma vegetação existente. Ao longo do parque estão distribuídos alguns equipamentos como pérgolas sombreadas, playground, quiosque, áreas de gramados, praça seca e estacionamentos.

OBJETIVO GERAL

Grande parte do terreno está no nível de 5m sendo que levemente existe um aclive até o nível 15m, para aproveitar este aclive foi criado um estacionamento elevado proporcional ao nível do morro formando dois patamares de estacionamentos.

O projeto busca suprir a carência de um local adequado para a prática e realização de competições de esportes aquáticos na cidade e no estado, integrando outros serviços como pequenos comércios, e outros esportes de apoio, para gerar fluxo no local e criar vitalidade no complexo.

A partir do estacionamento elevado, o público acessa o interior do Complexo proposto por uma laje impermeável que se transforma em uma praça elevada de passagem e contemplação. O principal acesso do edifício está localizado em sua frente com parada rápida e estacionamento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Contempla ainda uma conexão através de uma passarela para o outro lado da avenida ligando o Complexo ao shopping e ao entorno com caráter residencial.

Criar um marco para o local; • Natureza X Complexo Aquático X cidade; • Abrangência regional; • Acessibilidade; • Proporcionar vivência entre usuários; • Público X Privado; • Linguagem Contemporânea.

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NOVOS ARQUITETOS

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Na direção nordeste foram implantados dois campos de futebol society e duas quadras de tênis de campo que servem como apoio ao Complexo Aquático. O acesso de serviço acontece pela rua lateral alcançando até os fundos do edifício, a partir deste ponto o serviço se distribui para o edifício.

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NOVOS ARQUITETOS

“CIDADE DOS MORTOS”

COMPLEXO MORTUÁRIO PARA JOINVILLE -SC Orientador: Dr. Arq. Urb. Jânio Vicente Rech Acadêmico: Márcio Fernando de Souza Campos

C

om o objetivo de racionalizar espaços e ser sustentável, o projeto “Cidades dos Mortos” apresenta o conceito que, com base na MIMESIS corpórea, ressignifica a visão corrente da arquitetura contemporânea, otimizando serviços mortuários, de modo que soluções adequadas, éticas, técnicas e ambientalmente aceitáveis sejam condicionantes à produção arquitetônica. O projeto de um Complexo Mortuário foi proposto para a cidade de Joinvile-SC, interpretando-o não somente como um memorial, morada final ou ante-sala da morte, mas como um lugar de encontro para os vivos e, talvez, um espaço propiciador de novos olhares, racionalizando o espaço público ocupado pelo cemitério tradicional, contribuindo cultural e socialmente com a preservação do meio ambiente e com contextos correntes da comunidade local.

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A escolha do tema surgiu pela observação do fato que os cemitérios convencionais podem ser fontes geradoras de impactos ambientais. A localização e a operação inadequada de necrópoles em meios urbanos podem provocar a contaminação de mananciais hídricos. O mesmo ocorre com a preocupação das grandes áreas que os cemitérios horizontais ocupam, concentrando apenas um único uso, o sepultamento.

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NOVOS ARQUITETOS

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PRO ACADÊ


OJETOS ÊMICOS


PROJETO INTEGRADO II

NOVA CENTRALIDADE NAVEGANTES - SC

Acadêmicas: Bárbara Fischer, Mariany L. Lehmkuhl e Taline Schroeder Professores: Dra. Arq. Urb. Lisete Assen de Oliveira, Me. Arq. Urb. Letícia Castro, Me. Arq. Urb. Luciano Pereira Alves, Me. Eng. João Luiz Pacheco, Me. Eng. André Matte Sagave e Me. Eng. Marina Martinelli Duarte Projeto Integrado II - 2013/01

A

fragmentação dos espaços dá à Navegantes uma configuração «dispersa, fragmentada e desestruturada », criando assim uma segregação sócio-espacial no município. Mostrou-se ser necessária a ligação entre esses fragmentos, valorizando suas características já consolidadas e seus potenciais de usos e movimentações muito diferentes que podem se relacionar e trazer vitalidade à toda a área. Assim, a proposta tem como objetivo criar uma centralidade que potencialize atividades e serviços da identidade atual (local) de Navegantes agregando a ela atratividades regionais que articulem escalas e desenvolvam diversidade, tendo como estruturadores os aspectos naturais e sociais.

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INTENÇÃO

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Eixos Naturais *Rios *Eixos verdes mais importantes

2. CENTRALIDADES / CONEXÕES

PROJETO INTEGRADO II PROJETO INTEGRADO - SISTEMAS N

CENTRALIDADE DE BAIRRO - GRAVATÁ PONTO AEROMÓVEL PARQUE AMBIENTAL/PESQUISA MALHA GRAVATÁ

LIGAÇÕES MAIS IMPORTANTES AEROPORTO

LIGAÇÕES COM AS VIAS DA MALHA JÁ EXISTENTE

CENTRALIDADE DE NAVEGANTES MAIOR VARIEDADE DE USOS E ATIVIDADES

Principais vias e suas escalas *Regional *Municipal

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Primeira distribuição de equipamentos e estruturação

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PROJETO INTEGRADO II

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PROJETO INTEGRADO II

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PROJETO INTEGRADO II Subsistema de drenagem: bacias de alagamento/ retenção - parques alagáveis Os subsistemas de drenagem foram um dos estruturantes principais da proposta, que se organiza através de duas lagoas de retenção ligadas por um canal linear circundado por áreas verdes alagáveis, conformando as centralidades em sua extensão.

LEGENDA LAGOAS DE RETENÇÃO ARQUE

Subsistema de drenagem: redes tubuladas As redes principais de drenagem se conectam diretamente à E.T.A., e formam circuitos ao redor da proposta, as quais recebem toda a vazão das redes secundárias que se distribuem pelo interior do sistema.

LEGENDA REDE PRINCIP REDE SECUNDÁRIA - RESER

Subsistema de esgoto: E.T.E.’s elevatórias e redes tubuladas O sistema adotado é de esgoto aeróbio, onde utiliza-se uma aeração prolongada em fluxo orbital. Esse sistema permite a obtenção de um efluente com alta qualidade, garantindo uma eficiência acima de 95% no resultado do tratamento. LEGENDA REDE INTERCEPT REDE COLET REDE TRONCO ETE ESTAÇÃO ELEV

Subsistema de energia elétrica: redes e transformadores O sistema escolhido na totalidade é o de rede subterrânea que, apesar do maior custo, apresenta vantagens uma vez que acaba com a poluição visual e a insegurança gerada pela rede aérea.

LEGENDA REDE DE TRANSFORMADOR C/ RAIO DE GÊNCIA

Subsistema de água:

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A necessidade de um novo reservatório se dá pelo fato de a captação de água da cidade ser juntamente com Itajaí. Sua implantação ficou próxima ao morro, para menor impacto com o entorno e por se localizar na extensão da via regional. A rede escolhida é a rede mista, que possui melhor eficiência que a rede aberta e custo menor que a rede malhada. O abastecimento segue a topografia do terreno, visto que carece de gravidade. LEGENDA SISTEMA PRIMÁRIO SISTEMA SECUNDÁRIO / RESERV

Subsistema viário: hierarquia viária Nas principais vias do sistema foi adotada uma pavimentação flexível asfáltica, devido ao maior fluxo de veículos. Já nas demais vias adotam-se os sistemas semi flexíveis, constituindo-se de blocos de concreto, lajotas sextavadas e paver, não incentivando grandes velocidades, e possuindo vantagens LEGENDA de ter maior durabilidade, drenagem e HIERARQUIA PAVIMENTAÇÕES ASFALTO VIA ARTERIAL facilidade na execução.

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VIA COLETORA

LAJOTA SEXTAVADA

VIA LOCAL

BLOCOS DE CONCRET

VIA PEATONAL

PAVER/PISO PERMEÁVEL

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PROJETO INTEGRADO II

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TRECHO 01

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PROJETO INTEGRADO II

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PROJETO INTEGRADO II

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PROJETO INTEGRADO II

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TRECHO 02

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PROJETO INTEGRADO II

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TRECHO 03

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PROJETO INTEGRADO I

A BARRA

NOVA CENTRALIDADE DE BAIRRO PARA 25 ANOS Acadêmicas: Caroline Parizotto e Suzana Demaman Professores: Dra. Arq. Urb. Gilcéia Pesce do Amaral e Silva, Dr. Arq. Urb. e Nelson Saraiva da Silva, Arq. Urb. Elisa Beck, Me. Arq. Urb. Heloísa Figueiredo Moura, Me. Eng. João Luiz Pacheco, Me. Eng. André Sagave e Dra. Eng. Silvia Santos. Projeto Integrado I - 2013/01

A

proposta de requalificação de bairro com habitação multifamiliar, desenvolvida no Projeto Integrado I do 4° período, partiu de uma abordagem de Arquitetura da Cidade e focou uma nova centralidade para daqui a 25 anos no Bairro da Barra, município de Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina.

O BAIRRO NA ESCALA DO MUNICÍPIO

Croqui: Raquel Pena

Partindo de estudos de caso e de uma maquete na escala do território 1:25.000 – lançamos propostas para todo o município (M1), considerando a Barra como caminho entre a cidade e as praias, conectadas pela Rodovia Interpraias, onde o fluxo de passagem de veículos é intenso, principalmente no verão.

A partir das propostas gerais e dos levantamentos e estudos realizados na área, elaborou-se uma maquete na 1:5.000 onde lançamos nova estrutura de legibilidade (baseada nos elementos de Lynch) para o Bairro da Barra, buscando reestruturá-lo, propondo nova centralidade para daqui a 25 anos, com programa e propostas que respondessem à pouca infraestrutura urbana e comunitária, ao sistema de transporte ineficiente, às ocupações precárias e às habitações em zonas alagáveis.

Nova estrutura de legibilidade para a Barra em 25 anos 66

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A NOVA CENTRALIDADE NA ESCALA DO BAIRRO


PROJETO INTEGRADO I IMAGENS: © Trabalho Acadêmico/ Divulgação

A NOVA CENTRALIDADE NO TRECHO PROPOSTO A proposta prosseguiu com a definição da estrutura de legibilidade no trecho da nova centralidade, com o lançamento de plano de massas, em maquete 1:2.000 e croquis. O lugar e as características da nova centralidade foram definidos por seus sistemas de espaços públicos e de equipamentos comunitários, o que poderia desenvolver e trazer maior qualidade de vida aos presentes e futuros habitantes do local.

Matriz estrutura de legibilidade da nova centralidade

Plano de massas para a nova centralidade

O TRECHO DA NOVA CENTRALIDADE Como parte da proposta, desenvolvemos o projeto de um trecho desta nova centralidade, expresso em croquis, cortes, cortes perspectivados, plantas baixas e perspectivas em escalas pertinentes, das áreas públicas e das arquiteturas que as configuram (M2) trabalhando simultaneamente suas diferentes escalas.

Cortes Gerais Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

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PROJETO INTEGRADO I

Planta Baixa do trecho da nova centralidade – relações espaços públicos e privados 68

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PROJETO INTEGRADO I Foram elencados alguns critérios para a elaboração do projeto, tais como: Iluminação e ventilação naturais tanto nos diversos caminhos propostos quanto nos edifícios de uso misto, tendo o pedestre como prioridade. Para tanto, o projeto se estrutura através da criação de eixos peatonais que configuram o caminho principal, onde está concentrada a maior parte do comércio e dos serviços, que conectam as principais áreas públicas (parques, praças, bordas de rios) e que ligam a pousada proposta a um parque linear ao longo do Rio das Ostras.

A HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR NA ESCALA DE SUBTRECHO DA NOVA CENTRALIDADE Já na última etapa (M3), desenvolvemos a configuração de um sub-trecho da nova centralidade em maior detalhe – escalas 1:250, 1:200 e 1:125 – buscando maior integração entre os espaços públicos e privados e melhor qualificação dos espaços internos das edificações.

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As edificações do trecho do novo centro configuram ruascorredor, estando dispostas em fita, e, com no máximo nove pavimentos, são escalonadas para configurar os diversos tipos de caminhos propostos e de acordo com a insolação e ventilação desejada, todas com sobreposição de usos, o que trará à área maior fluxo de pessoas, característica de centralidade.

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PROJETO INTEGRADO I PERSPECTIVAS DO SUB-TRECHO DA NOVA CENTRALIDADE

O EIXO PEATONAL - EDIFICAÇÕES COM SOBREPOSIÇÃO DE USOS

Fachada Oeste – Eixo Peatonal Principal

Eixo Peatonal Principal

Fachada Leste – Edificação escalonada

A escala da unidade habitacional Buscando trabalhar todas as escalas envolvidas em um projeto integrado, também desenvolvemos a arquitetura de interiores nos quatro layouts de apartamentos estúdio, onde pode-se alterar o número de ambientes conforme a necessidade de cada morador, com paredes internas em drywall e vedação externa em alvenaria; foram propostas unidades de 80m2 (8x10m) com modulação estrutural (pilares) de 4x5m.

Fachada Leste – Caminho Secundário – Rio das Ostras 70

Layout – Tipologia 01 apartamento estúdio

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Vista Geral Sub-trecho


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PROJETO INTEGRADO I

Suíte integrada com o living

Panorâmica: Cozinha , Estar/tv e Suíte

Escritório , BW e Estar/ jantar

Cozinha e Estar Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

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PAISAGISMO III

PROPOSTA DE ESTRADA PARQUE DA RODOVIA INTERPRAIAS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ Acadêmico: Fernando Fontanella Professores: Dr. Arq. Urb. Luciano Torres Tricarico e Dra. Arq. Urb. Josildete Pereira de Oliveira Paisagismo III - 2013/01

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A

proposta aqui apresentada se refere ao que seria o trecho inicial, entre o Bairro da Barra, núcleo original da ocupação da orla de Balneário e a Praia de Laranjeiras, importante polo turístico da cidade. A disposição do programa ao longo do trajeto a ser percorrido leva em consideração os fatores pré-existentes a cada altura do percurso. A proposta é centrada em um desenho paisagístico contemporâneo como por exemplo a apropriação de elementos significativos como o bondinho aéreo para a criação de paisagem.

Em geral, pode-se compreender através de cinco áreas sinalizadas no mapa geral como “detalhamentos” onde cada qual possui uma característica diversa e uma temática na apropriação espacial. No DETALHAMENTO 01 o projeto está inserido em um meio urbano consolidado, onde adotou-se estratégias como zonas de amortecimento, interação de espaço turístico e atividades locais, marco visual para indicação de acesso à estrada-parque e um ponto onde se toma a decisão de qual rota tomar, uma que vai para a borda d´água, outra que adentra mata na área com topografia e uma terceira que faz o percurso até a Praia de Laranjeiras na encosta. Os DETALHAMENTOS 02 e 03 trabalham com questões de acessibilidade a mirantes para a cidade de Baln. Camboriú e a potencialização destes mirantes com equipamentos. O DETALHAMENTO 04 diz respeito à apropriação da Praia de Laranjeiras, onde busca-se apropriação mais naturalística do espaço ainda pouco densificado. O DETALHAMENTO 05 trabalha com as questões de maior cota de nível com a inserção de um percurso off road. 72

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PAISAGISMO III

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PAISAGISMO III Imagem 01

Imagem 02

DETALHAMENTO 01 Imagem 01: Fotomontagem das áreas de borda dos córregos apropriadas como zonas de amortecimento entre os condicionante naturais e a área edificada. Imagem 02: Fotomontagem da criação de áreas com bacia de retenção de águas pluviais com um desenho que permita o uso destes espaços por moradores e turistas, resgatando a ideia de infraestrutura como espaço vivido também.

Corte 01

Corte 01: Apropriação da borda d’água com decks para ancoragem, restaurantes e as bacias de retenção utilizadas como espaço de convívio. Corte 02: Áreas de ancoragem e proposta de hospedagem em hotel Corte 02

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Implantação da área e as estratégias locais localizadas

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PAISAGISMO III Imagem 03

DETALHAMENTO 02 Imagem 03: Fotomontagem da espacialidade proposta de interação das áreas construídas com a vegetação existente e a implantação de elementos de captação de energia solar para abastecer o sistema. Imagem 04: Perfis de via propostos, destacando alguns momentos onde há a necessidade de instalação de passeios suspensos devido a topografia acentuada do terreno. Imagem 05: Fotomontagem com a proposição de muros de arrimo com painéis fotovoltaicos buscando conceito de ´paisagens de energia´, a interação do ambiente com os novos meios eletrônicos, hot spot internet e energia. Imagem 04

Imagem 05

Implantação do recorte Revista do Curso de Arquitetura e Urbanismo - UNIVALI

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PAISAGISMO III Imagem 06: Fotomontagem da introdução de novos elementos em concreto para a composição de paisagem na borda d´água. Imagem 07: Proposta de desenho integrado entre piso e edificação na Praia de Laranjeiras.

Imagem 09: Seleção de estratégias adotadas para a área, como meios de hospedagem alternativos (camping, e motorhome), estacionamentos subterrâneos ou semi- enterrados com o intuito de ´retirar´ da paisagem um número excessivo de automóveis.

Imagem 08: Perfis de via propostos, destacando alguns momentos onde há a necessidade da instalação de passeios suspensos devido a topografia acentuada do terreno.

Imagem 06

IMAGENS: © Trabalho Acadêmico/ Divulgação

Imagem 07

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PAISAGISMO III Imagem 08

Imagem 09

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ARTIGO CIENTÍFICO

ESTRADAS-PARQUE COMO PATRIMÔNIO AMBIENTAL E COM USOS TURÍSTICOS NO BRASIL PARKWAYS AS ENVIRONMENTAL HERITAGE AND WITH TOURISTIC USES IN BRAZIL Luciano Torres Tricárico Josildete Pereira de Oliveira Diva de Mello Rossini

RESUMO

ABSTRACT

A configuração de estradas-parque na experiência brasileira é muito recente. Mesmo assim ela é fato mundial, principalmente em relação aos avanços de uma legislação que pode amparar esta manifestação espacial em prol da proteção de um corredor ecológico e com usos turísticos; trata-se da consideração da categoria de estradas-parque no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). De modo que este texto tem por objetivo identificar conteúdos de estradas-parque a partir da experiência brasileira que procuram estabelecer definições de um corredor ecológico e ao mesmo tempo turístico. Para tanto o método interpretativo desta pesquisa se apoia no estudo de conceitos que podem assegurar a efetivação de um corredor ecológico e turístico, quando interpretados à luz de usos antrópicos e da natureza existente mutuamente em convívio. De modo que os materiais e procedimentos da metodologia procuram estudar os casos de estradas-parque no Brasil que de certo modo encerram potencialidades turísticas e com especificidades de um corredor ecológico.

The configuration of parkways in the Brazilian experience is very recent. Yet, it is indeed a global fact, mainly in relation to advances of a legislation that can support this space event in favor of protecting ecological and tourist purposes; the consideration of the category of parkways in the National System of Conservation Unit (SNUC). This study aims to identify contents of parkways from the Brazilian experience that intend to establish definitions of an ecological road, while tourist at the same time. The interpretative method of this research is based on the study of concepts that can ensure the realization of an ecological and touristic road, when interpreted in the light of anthropic uses and the nature existing in mutual interaction. The materials and procedures of the methodology seek to study the cases of parkways in Brazil which somehow contain touristic potential and specificities of an ecological road. Keywords: Parkways, Ecological Roads, Environmental and Touristic Planning

Palavras-Chave: Estradas-Parque, Corredores Ecológicos, Planejamento Ambiental e Turístico

INTRODUÇÃO Uma paisagem de ecossistemas degradados se configura em um sistema de grande fragilidade ou instabilidade nos quais os efeitos ou impactos ambientais poderão ser mais consideráveis concomitantes com as cadeias de efeito cumulativo prejudicial ao meio natural ou construído (portanto, também prejudicial ao ser humano). Tal compreensão da convergência entre 78

os processos naturais e antrópicos é uma das essências do planejamento ambiental e da paisagem. Ora, o planejamento da paisagem e do meio natural não é novidade nenhuma; ele remonta às antigas civilizações da China, Oriente Médio ou Egito, seja com objetivos agrícolas ou sociais de abastecimento alimentar. No entanto, a novidade está em considerar os

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ARTIGO CIENTÍFICO processos naturais dotados de inabilidades, escassez e até mesmo serem totalmente suprimidos. Desta forma, até recentemente, os conceitos de planificação, desenho e uso do ambiente sugeriam que a paisagem é totalmente controlada pelo homem; porém a experiência demonstrou que isto não é absoluto, segundo as teses de Michel Laurie (1983), porque há uma dialética nesta relação entre homem e natureza. É a atual fase da consciência ecológica preconizada na arquitetura paisagística como um importante instrumento de trabalho perante o ambiente; e intensamente vinculada ao processo de reconhecimento e valorização dos empreendimentos humanos em sua espacialização. Numa nova consciência ecológica, o território se especializa e instala um novo sistema da natureza como seu conjunto de recursos naturais potencialmente utilizáveis. A natureza passa a ser considerada como um sistema social de lugares. Por exemplo: os locais de produção se transformam em bases para instalação de infraestruturas nas quais o processamento da paisagem passa a anteceder a própria produção. Uma nova consciência ecológica expande uma nova comunicação, pesquisa e consumo do lazer e turismo em áreas restabelecidas ou preservadas, criando-se circuitos produtivos em suportes espaciais ao mesmo tempo em que são círculos de cooperação entre as necessidades do capital, geração de emprego e renda e natureza; uma tecno-esfera nos termos de Milton Santos (1996). Mas esta nova condição somente se efetivou no final da década de 60 do século XX quando os paradigmas da sociedade industrial (ditos “desenvolvidos”) foram questionados. Dentre as causas deste questionamento pode ser verificada a degradação de ecossistemas naturais, implicando uma série de problemas ambientais que afetavam diretamente os seres humanos. Neste sentido, esta pesquisa pretende expor um destes problemas: a necessidade de corredores verdes e ecológicos para a migração de organismos vivos junto às estradas-parque. Nesta condição, estes corredores surgem também como oportunidade ao ócio, lazer e turismo – eis as vias-parque e estradas-parque como possível manifestação espacial destes corredores.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: CONDIÇÕES PARA UM CORREDOR ECOLÓGICO Sabe-se que a presença humana contribui para modificar os processos naturais. Mas em muitos casos desta presença permanecem os ciclos de estações climáticas, de regimes de marés, ciclos hidrológicos e os reciclados de nutrientes vitais.

De sorte que não se trata de “banir” totalmente a presença do homem sobre porções de território até então consideradas de interesse de preservação ou conservação. É importante reconhecer o dinamismo dos processos que afetam o homem, e que por sua vez são afetados por sua intervenção. A gestão dos recursos hidrológicos, a prevenção da erosão, a provisão de habitat para a fauna selvagem e a sua condição de lugar de retiro e estudo e desfrute são alguns dos valores (também) sociais, associados às áreas verdes que se perdem quando se permite que um bosque desapareça ante a progressiva urbanização ou implantação de infraestruturas viárias. Uma vez aceita a idéia de que um lugar é a soma dos processos naturais e de que estes processos constituem valores sociais, podem-se extrair conclusões sobre o uso que se dará ao lugar, de maneira que se assegure a utilização e à melhoria dos valores sociais sem prejuízo da natureza (MCHARG, 1967, p. 104) De maneira que a natureza é um conjunto de processos e valores que implicam em oportunidades e limitações para o uso humano. Segundo Ian McHarg (1967, p. 110) os valores constituintes utilizados para realçar as zonas mais adequadas para a proteção do meio ambiente concomitante com o uso antrópico devem compreender: características de valor histórico (portanto do reconhecimento da cultura e da intervenção humana); florestas de qualidade; praias de baías; correntes de água; habitat de animais aquáticos; características geológicas únicas; características fisiográficas únicas; características cênicas da zona; características cênicas da presença de água; associações ecológicas; habitat de animais. De sorte que estes elementos podem ser observados na realidade empírica de muitos corredores ecológicos (não necessariamente em sua totalidade) caracterizando o uso deles como estrada-parque pelo homem (acessibilidade, permeabilidade, deslocamento, mobilidade). Pode-se ainda interpretar que as áreas adequadas para atividades recreativas podem ser entendidas através da presença do homem em um corredor ecológico. As atividades recreativas se combinam para poder chegar a estabelecer a idoneidade múltipla de um solo dito conservado. Os fatores mais destacados selecionados para fixar as áreas recreativas são: passivos (características fisiográficas únicas, características cênicas pela presença de água, características de valor histórico, florestas de grande qualidade, pântano de grande qualidade, características cênicas da área, características cênicas culturais, características geológicas únicas, habitat de animais aquáticos, habitat de animais em campos de cultivo e florestas); e ativos (praias de baías, extensões de água para embarcações desportivas, áreas com água doce, terrenos ribeirinhos, terrenos planos, zonas existentes e potenciais para atividades de esportes).

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ARTIGO CIENTÍFICO Diante de tudo isto então, percebe-se que as condições de conservação e recreação podem simultaneamente caracterizar um corredor ecológico. E se pode verificar até que ponto qualquer proposta de corredor que se implante destruirá ou realçará estes valores (sociais e naturais). Muitas vezes, reconhecer que certas áreas são aptas para diversos usos pode caracterizar um problema; ou pode ser visto como uma oportunidade de combinar os usos de uma maneira atrativa para a sociedade; neste sentido, não se descarta o uso antrópico, pelo contrário, ele é um constituinte para a própria idéia de conservação do meio natural. Para McHarg (1967, p. 127), é necessário compreender a natureza como um processo interativo que representa um sistema de valores relativos; e se pode interpretar como uma oferta de oportunidades de uso, mas também levanta restrições e inclui proibições para alguns desses usos; a natureza se apresenta então como um armazém de trabalho, com conseqüências para o uso do solo e sua gestão. O feito de que as coisas, os seres humanos e a natureza simultaneamente existiram, existam e continuarão existindo (devidas às emergências de preocupação com o meio) é prova de que estão adaptados e em relação comum entre si. Daí a idéia de uma comunicação entre eles: “(...) Mas a forma também é comunicação, ao deixar que umas criaturas se dêem a conhecer outras da mesma espécie ou diferenciar espécies ou ocultar a identidade como ocorre na camuflagem ou enganar como ocorre no mimetismo. A forma é, pois, comunicação, a apresentação do significado (...) O mesmo ocorre com a informação; a informação pode chegar a um corpo insensível ou pode ser percebida como informação e significado (...) Se o êxito evolutivo se mostra na existência das coisas e seres, então suas adaptações criativas serão visíveis não só nos órgãos e organismos como também em todo o ecossitema.” (MCHARG, 1967, p. 169)

Deste modo entendido, deve-se verificar uma série de condições presentes em espaços ditos naturais que consigam efetivar a presença humana, como que um “código” de situações em que a atividade antrópica não comprometa a desenvoltura dos envolvidos nas cadeias naturais de fauna e flora, bem como esta natureza (que não a humana) pode ser usufruída como suporte e bem público humano. Esta percepção dos aspectos naturais com usufruto pela sociedade pode criar um envolvimento de “pertencimento” por parte da população que, por “extensão”, acaba “protegendo” as áreas naturais. Tratando-se então da temática desta pesquisa, é possível verificar uma série de “códigos” construídos socialmente e atribuídos aos espaços 80

livres públicos como dotados de um bem social quando possuem equipamentos e infraestrutura adequados para um uso dos suportes naturais que não os degradem, numa espécie de convivência mútua entre homem e natureza. Sendo assim, vale recorrer à disciplina do Paisagismo para verificar se os objetos de nossa pesquisa estão adequados ao uso antrópico. É importante ressaltar que a sistematização dos dados coletados e analisados foi amparada por um roteiro de diagnóstico das áreas estudadas em função de uma experiência acumulada nas disciplinas de Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e de uma fundamentação teórica própria à disciplina do Paisagismo e do Planejamento Ambiental, referenciada em trabalhos como os de Maria Assunção de Ribeiro Franco (1997), Silvio Soares Macedo e Francine Gramacho Sakata (2010) e Rosa Grena Kliass (1993). Este roteiro procura encerrar aspectos relativos às peculiaridades de um corredor ecológico, bem como um programa mínimo que se constitui já codificado para interpretar uma área como um sistema de lazer; portanto de uso como parque ou estrada-parque. Assim sendo: 1. Entorno: pólos geradores de tráfego a partir dos principais equipamentos urbanos; usos do solo e turísticos; formas de transporte; permeabilidade e acessibilidade à área de parque; unidade do entorno. 2. Equipamentos e mobiliário urbano: adequabilidade (utilização, quantidade, funcionalidade, distribuição); interferência no conjunto; estética/ design. 3. Sinalização/Comunicação visual: identificação (espacial, por atividade, direcionamento, design). 4. Fauna e flora: elenco vegetal e animais existentes; áreas de proteção ambiental. Os objetos de estudo foram colhidos conforme um repertório adquirido que os indiciam como importantes casos de estradasparque dentro da experiência brasileira, seja através de estudos acadêmicos, seja pela “visibilidade” da propaganda turística; a saber: Estrada-parque do Pantanal (MS) e Estrada-parque da Cantareira (SP), dentre outras estudadas na pesquisa. Dada a abrangência destes estudos e limitações de pesquisa in loco por razões de custos e prazos para viabilidade deste trabalho, optou-se por uma “varredura” e análise dos estudos de caso a partir de sítios eletrônicos (sites da internet) constituídos pela propaganda de divulgação destes lugares como destinos turísticos. Entende-se que esta metodologia de análise a partir de sites de divulgação turística foi relevante para a pesquisa uma vez que se propõe (talvez) em um primeiro momento de busca a informações pelo turista; portanto, pode contribuir no “alimento” do imaginário e da imaginação necessário à fruição do turismo;

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ARTIGO CIENTÍFICO a internet pode encerrar também valores de acessibilidade popular ao vislumbre de uma vontade pela viagem turística. ESTRADAS-PARQUE: CORREDOR ECOLÓGICO E DE USO ANTRÓPICO TURÍSTICO PANTANAL (MS) A estrada compreende as rodovias estaduais MS-184 e MS228, sendo considerada uma unidade de conservação pelo governo de Mato Grosso do Sul em 1993. O traçado remonta às rotas originais das grandes boiadas e caminhos naturais do Pantanal. Foi traçada originalmente por Marechal Cândido Rondon ao trazer a rede de telégrafos para a região. Sua construção só foi possível com aterros que variam de um a três metros de altura que procuram garantir o deslocamento em qualquer época do ano; porém essa condição é comprometida nas cheias mais intensas (Estrada Parque Pantanal, 2010). Mas a própria cheia e a dificuldade de deslocamento acaba por se tornar também uma forma de atração ao turismo de aventura, segundo muitas imagens de divulgação. ENTORNO • Pólos geradores de tráfego: considera-se a cidade de Corumbá, por onde se tem verificado as principais partidas turísticas. • Usos: a única área urbanizada próxima à estrada-parque é a cidade de Corumbá. Ao longo da estrada existe apenas o setor de serviços hoteleiros com pousadas e hotéis-fazenda (predominantemente na porção sul da estrada). • Transporte: nota-se a ausência de transporte coletivo destinado para toda a via. O automóvel de passeio, geralmente para os esportes de aventura, apresenta-se com frequência nas imagens de divulgação. • Permeabilidade e acessibilidade: existem duas opções para percorrer a estrada-parque, partindo-se de Campo Grande, entra-se pelo Buraco da Piranha onde existe um Posto da Polícia Militar Ambiental, próximo ao Morro do Azeite; e pode partir de Corumbá, por um lugarejo conhecido como Lampião Aceso (Estrada Parque Pantanal, 2010). • Unidade do entorno: a constância de imagens com apelo à natureza realça este modo de vocação turística ao longo da estrada. Pode-se interpretar também que o mote da natureza é uma pretensa construção da imagem desta destinação turística que só foi possível em razão daquela realidade exuberante de paisagem. EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO URBANO • A estrada-parque é bastante conhecida por locais onde se pratica a pesca esportiva, há a presença de equipamentos destinados à fruição da fauna e flora. Possui setenta pontes

de madeira onde se observa grande número de animais e aves. Antigas sedes de fazenda de gado conciliam as atividades de pecuária e ecoturismo (Estrada Parque Pantanal, 2010). A coleta de imagens de divulgação turística não apresentou relevância quanto ao mobiliário urbano em seus aspectos de adequação e quantidade. SINALIZAÇÃO/COMUNICAÇÃO VISUAL • Imagens coletadas apresentam sinalização quanto à fauna e indicativas de equipamentos de serviços de hotelaria particulares. Não foi encontrada informação acerca de outro tipo de sinalização; mas é possível arriscar que há sinalização de trânsito. FAUNA E FLORA • A Estrada-parque do Pantanal é uma área de especial de interesse turístico tendo como possibilidade a manutenção da propriedade privada e do estilo de vida tradicional da região, onde programas de proteção à vida silvestre podem ser implantados sem haver necessidade de desapropriação de terras (Estrada Parque do Pantanal, 2010). Há vegetação rasteira com milhares de ribeirões (corixos) e lagos naturais (Estrada Parque Pantanal, 2010). Na flora da região pantaneira as espécies mais comuns florescem em diferentes épocas do ano, sendo um atrativo para o deleite visual do turista durante todo o ano, portanto independente de sazonalidade. SERRA DA CANTAREIRA (SP) O Parque Estadual Serra da Cantareira foi decretado como tal no final do Século XIX por ser uma das maiores florestas urbanas nativas do mundo (com oito mil alqueires). Em 1994 a região da Serra da Cantareira foi reconhecida pela UNESCO como parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. (Beller, 2010) ENTORNO • Pólos geradores de tráfego: a estrada possui bares e muita diversidade de usos nos finais de semana, mesmo não possuindo passeios públicos, ciclofaixas ou ciclovias. Há uma continuação da estrada como acesso ao núcleo Engordador através de uma via secundária (Conde, 2007). • Usos: o primeiro espaço aberto ao público foi o núcleo Pedra Grande com a Trilha das Figueiras, Trilha da Bica e Trilha da Pedra Grande. O núcleo Engordador também possui três trilhas: da Cachoeira, do Macuco, e para os esportistas de aventura,

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ARTIGO CIENTÍFICO a Trilha de Mountain Bike com 1,4 km de percurso variando de leve a íngreme. O núcleo Águas Claras está direcionado para educação ambiental, onde é possível percorrer a Trilha das Águas Claras; Trilha da Samambaia-Açú, com caminhada de 1,2 km por uma alameda de samambaias que chegam até 2,5 m de altura; Trilha das Araucárias com 1,2 km de percurso de pinheiros-doparaná; Trilha Suçuarana com 1,2 km, e que tem esse nome em homenagem à suçuarana, maior felino encontrado no Parque Estadual da Cantareira. Ainda nos arredores do parque podem ser encontradas atrações como tirolesa, cavalgadas, escaladas em rocha, passeios em veículos tração 4x4, um rapel que pode ser feito em paredões de até 96 m de altura. Possui um centro de visitantes com playground na entrada, garantindo uso para crianças (Parque Estadual da Cantareira, 2010). • Transporte: por se tratar de uma região metropolitana, o transporte coletivo de acesso à estrada está garantido, ainda que com baldeações, conexões e intermodalidades. • Permeabilidade e acessibilidade: o acesso só é possível através de transporte coletivo ou carros de passeio; não há sistema de ciclovias ou ciclofaixas que se integre à estrada. Pode-se considerar a área pouco permeável uma vez que as malhas urbanizadas das cidades que compõem a região metropolitana de São Paulo e que encerram o Parque Estadual da Cantareira não “tangenciam” efetivamente a estrada-parque. • Unidade do entorno: predomina a imagem da natureza do bioma Mata Atlântica. Pode-se interpretar que a diversidade de usos atrelada à natureza existente confere um ambiente codificado de parque urbano, com uma animação por usos ocasionados pela presença de visitantes.

FAUNA E FLORA

EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO URBANO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Nota-se uma predominância na linguagem do design dos equipamentos, bem como uma diversidade deles apropriada para usos de parque. A iluminação possui uma padronização, mas se encontra apenas junto aos equipamentos; disto decorre que os usos noturnos podem ser prejudicados ao longo da estrada, porém este fato também faz com que a população de aves não fique afugentada ao longo do percurso. SINALIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL • Ao longo da via existem placas informativas que dizem respeito às localidades e aos setores, assim como placas que informam a respeito de aspectos geográficos relevantes. Há quantidade suficiente de informação em placas para a legibilidade dos percursos e localização.

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• O parque estadual da Serra da Cantareira vem sofrendo processo acentuado de degradação ambiental com a expansão urbana. Observa-se que em alguns trechos do trajeto a vegetação nativa de Mata Atlântica foi substituída por vegetações mais rasteiras com o intuito de criar visuais interessantes, enquadramentos para morros. Ao longo do percurso é possível ser tomado pela surpresa de animais, portanto um atrativo, principalmente para crianças. Os fatores de infraestrutura, equipamentos, mobiliário urbano, sinalização e comunicação visual estudados nas estradasparque brasileiras denotam que os usos antrópicos não estão totalmente providos em termos de distribuição, quantidade, qualidade, adequação, unidade da linguagem visual e do design. Se a linguagem do espaço público está de certa forma codificada por estas condições analisadas neste roteiro aqui elencado (entorno, equipamentos e mobiliário urbano, sinalização/comunicação visual, fauna e flora), vale considerar que as estradas-parque no Brasil ainda não se configuram como suportes adequados ao lazer, ócio e turismo como assim se pretende. Mesmo que haja avanços em termos dos encaminhamentos de uma legislação ambiental (inclusive nas diversas instâncias municipal, estadual e federal), os aspectos espaciais da realidade devem ser revistos e considerados pelos agentes que procuram promover as estradas-parque no Brasil. Porém, é nitidamente através do fator fauna e flora que se potencializa a estrada-parque no Brasil.

De modo que o fator da natureza é um dos elementos que leva à escolha daquele local como possibilidade de usos para uma estrada-parque; sendo assim, esta natureza é o valor que se agrega às atividades da estrada (sejam turísticas, sejam do deleite visual, sejam dos usos para esportes convenientes ao local, entre outros). Os locais de produção de uma estrada-parque se transformam em bases para instalação de infra-estruturas nas quais o processamento da paisagem (já existente) passa a anteceder à própria produção do corredor natural como. Assim, uma consciência ecológica “funcional” abre uma nova comunicação com a natureza, permite o consumo do lazer e turismo em áreas restabelecidas ou conservadas, criando-se circuitos produtivos em suportes espaciais ao mesmo tempo em que são círculos de cooperação entre as necessidades do capital e da natureza.

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ARTIGO CIENTÍFICO Se um corredor ecológico compreende, no ideal de seus termos, oikos “casa” – o suporte (também) das atividades humanas; é necessária uma certa “desmistificação” de que as áreas de corredores ecológicos sejam essencialmente protegidas sem a presença do homem. Cultura humana e conservação “convivem” nesta “casa” (oikos). De sorte que os corredores verdes, quando usufruídos em sua visibilidade e espaços sociais para o bem coletivo, podem criar uma nova cultura de relação com a natureza. Em alguns casos, a estrada-parque está inserida ou acessa uma unidade de conservação e/ou preservação, porém não é tratada como tal, pois é considerada apenas por sua “beleza” cênica e não tem nenhuma padronização de informações ou cuidados por parte de algum órgão ou interesse privado. E mais: a estrada-parque enquanto unidade de conservação seria o “elo” necessário para a conexão de áreas conservadas/ preservadas, efetivando um sistema de espaços livres públicos em escala regional e até um ideal de sistema ecológico para a manutenção da biodiversidade entre “manchas” estanques.

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ARTIGO CIENTÍFICO

DINÂMICA URBANA DE UMA CIDADE MÉDIA LITORÂNEA: ESTUDO DA LÓGICA DE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DA CIDADE DE ITAJAÍ(SC) Francisco Antonio dos Anjos

O Município de Itajaí está situado no litoral centro norte do Estado de Santa Catarina, junto à foz do rio Itajaí-Açu, e contava em 2010, com 183.373 habitantes (IBGE, 2010). Sua localização litorânea, particularmente entre as mais populosas cidades de Santa Catarina, e as melhores infraestruturas para mobilidade regional dão uma condição singular à cidade que será devidamente explorada ao longo do texto. O litoral de Santa Catarina, nas terras compreendidas entre o seu extremo norte até Laguna - ponto extremo sul do território pertencente a Portugal, de acordo com os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas - foram incluídas na Capitania de Sant’Ana, por ocasião da divisão do Brasil colonial em capitanias hereditárias, em 1532, e doada a Pero Lopes de Souza. A efetiva ocupação destas terras a partir do Século XVII pela coroa portuguesa se deu com o interesse principal na exploração de possíveis minas de ouro. A fundação pelos paulistas de núcleos populacionais pelo litoral catarinense, primeiro São Francisco do Sul (1672) e pouco mais de uma década depois, Laguna (1684), permitiu a colonização dos diversos vales litorâneos, entre eles, o Vale do Itajaí, maior bacia hidrográfica da vertente atlântica em território catarinense (D’ÁVILA, 2001). A formação espacial de Itajaí está inserida no processo de ocupação da costa catarinense estabelecido a partir de vilas litorâneas estrategicamente implantadas no norte, no centro e no sul, particularmente na foz dos principais rios da vertente do Atlântico. No litoral centro-norte de Santa Catarina, a partir do núcleo de São Francisco do Sul foram instaladas as primeiras vilas, na foz do rio Itajaí-Açu, no território que atualmente constitui o município de Itajaí. A Vila de Itajaí teve o rio como fator decisivo de sua existência e expansão. Mesmo antes da ocupação efetiva, o Vale do 84

Itajaí já era conhecido na corte do Rio de Janeiro devido à passagem, em 1662, da primeira bandeira vicentina de colonização em direção ao Desterro (HEUSI, 1983). Também durante a ocupação da Ilha de Santa Catarina pelos espanhóis em 1777, muitos de seus habitantes fugiram e se estabeleceram por outras vilas litorâneas, dentre elas a Vila de Itajaí. Até meados do Século XVIII, a parte litorânea das terras da bacia do Itajaí permanecia habitada apenas por ameríndios, mesmo que a margem esquerda do rio (atual Município de Navegantes), já tivesse sido concedida a João Dias de Arzão. Tal concessão foi feita em 1658, ao referido explorador paulista que procurava minas de ouro e outros metais preciosos pelo interior do Brasil. A sesmaria se constituía de um lote colonial, às margens do Rio Itajaí-Açu, em frente à foz do Rio Itajaí-Mirim. A ocupação das terras do atual Município de Itajaí, ainda que ocupadas por habitações dispersas desde o começo do Século XIX, somente efetivou-se a partir de 1824 com a doação de um terreno para a construção de uma capela (e um cemitério) erguida por Agostinho Alves Ramos, que funda o povoado do Santíssimo Sacramento do Itajaí. Agostinho Alves Ramos torna-se o chefe do Curato e em 1833 lidera o processo que eleva o arraial para a categoria de Paróquia junto ao Governo da Província de Santa Catarina, primeiro passo para a futura cidade. A formação da cidade de Itajaí está relacionada a um conjunto de três fatores: porto, mercado e circulação de imigrantes. Itajaí não foi uma colônia organizada, com uma estrutura urbana pré-estabelecida. O centro urbano da Freguesia, na metade do Século XIX contava com apenas duzentas famílias, situação semelhante à maioria das Vilas litorâneas, cujo crescimento dependia da localização geográfica (CRUZ, 2002, p. 48).

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ARTIGO CIENTÍFICO No caso de Itajaí, a condição geográfica favorável permitiu o desenvolvimento da função portuária, fator fundamental para sua ocupação inicial e a consequente expansão. Severino (1999) destaca que junto à foz Rio Itajaí-Açu, Itajaí se constitui como uma das portas de entrada para o interior do Vale. Em 1860 o município é instalado, cujo território compreendia, além da atual área, também uma área ao norte (incluindo-se o território dos atuais municípios de Navegantes e Penha); ao sul área até o Morro do Boi (Camboriú) e para oeste, até a região de Blumenau. Em 1876, em decorrência da Lei Provincial nº 819, a Vila de Itajaí passa à categoria de cidade. Nos primeiros anos de instalação como unidade político-administrativa, o progresso econômico de Itajaí estabeleceu-se devido ao terminal portuário, particularmente para escoamento da produção da hinterlândia portuária que abrangia desde o Vale do Itajaí até o Planalto Catarinense e também porque “a visualização da grande concentração de atividades comerciais futuras neste porto estabeleceu o movimento do povoado e conseqüente elevação do município” (CRUZ, 2002, p.51). Itajaí teve seu espaço urbano ampliado muito rapidamente, facilitado por seu relevo plano, permitindo um crescimento horizontal sobre as planícies do Itajaí – Açu e Itajaí – Mirim. O processo de expansão na primeira metade do Século XX deuse em forma contínua, ocupando as áreas em torno ao núcleo urbano principal restrito à margem direita do Itajaí-Açu, ao longo dos eixos rodoviários. A partir de 1940, a mancha urbana assumiu a direção sudoeste e noroeste, tendo como condicionantes as barreiras físicas como o Rio Itajaí–Açu, e as serras ao Sul e a Sudeste. Desta expansão surgiram os bairros Vila Operária e Vila São João e os eixos viários em direção a Blumenau e a Brusque, dos quais surgiram os bairros Cordeiros e Dom Bosco respectivamente. Tal expansão encontrou outro condicionante natural: o Rio Itajaí–Mirim. Tal barreira se mantém importante até as décadas seguintes, condicionando a expansão pela construção de diversas pontes, marcos ainda presentes na determinação do crescimento da forma urbana de Itajaí. A expansão nas décadas de sessenta e setenta estiveram ligadas aos programas desenvolvimentistas que promoveram a criação de áreas industriais. As duas primeiras áreas, denominadas de I e II Distritos Industriais foram marcantes neste período. Enquanto o primeiro distrito foi instalado na área do antigo aeroporto, o segundo distrito se instala ao longo de uma via aberta com a finalidade de ligar diretamente a BR 101 ao Porto. Ao longo do trecho desta via foi demarcado

áreas para à instalação de indústrias. A demarcação não promoveu a ocupação imediata da área, no entanto permitiu a consolidação do Bairro São Vicente, intensificando a antropização com a conclusão de mais duas pontes sobre o Rio Itajaí-Mirim nas décadas de 1980 e 1990. A INSERÇÃO DE ITAJAÍ NA REDE URBANA A análise da rede urbana das cidades do Estado de Santa Catarina se presta à compreensão das novas determinações das cidades médias no cenário da rede urbana brasileira. O tamanho populacional tem sido um critério bastante utilizado para determinar o porte das cidades, que segundo as instituições de pesquisa e governamentais no Brasil, indicam um contingente populacional entre 100 e 500 mil habitantes para cidades médias. A partir dos cenários mundiais, Pontes (2001) mantém o patamar mínimo de 100 mil habitantes, mas amplia o patamar máxima para 1.000.000 de habitantes. Com base na colocação da referida autora, Santa Catarina possuía em 2010, de acordo com o censo do IBGE, doze municípios nesta condição, em ordem decrescente eram: Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Criciúma, Chapecó, Itajaí, Lages, Jaraguá do Sul, Palhoça, Balneário Camboriú e Brusque. Por tais dados podemos agrupar os municípios em três categorias de cidades de porte médio: superior, intermediário e inferior. A primeira inclui Joinville com 515.288 habitantes, Florianópolis com 421.240 habitantes e Blumenau com 309.011 habitantes. No grupo intermediário, demograficamente mais homogêneo, encontram-se São José, com 209.804 habitantes; Criciúma com 192.308 habitantes, Chapecó com 183.530 habitantes e Itajaí com 183.373 habitantes. Os demais municípios, Lages com 156.727 habitantes, Jaraguá do Sul com 143.123 habitantes, Palhoça com 137.334, Balneário Camboriú com 108.089 habitantes e Brusque com 105.504 habitantes estão num estrato inferior. Itajaí vem se mantendo no grupo intermediário das cidades de porte médio, particularmente, por sua taxa de crescimento demográfico. O estudo lançado pelo IBGE da Região de Influência de Cidades – REGIC, na versão 2007, permite algumas inferências sobre a rede urbana catarinense. Na análise realizada pelo IBGE (2008), o território catarinense, a exemplo dos estudos anteriores, não apresentava uma metrópole própria, se colocando sob a influência das metrópoles de estados vizinhos: Curitiba (Paraná) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Afirma, contudo, que Florianópolis assume o controle de quase todo o Estado de Santa Catarina

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ARTIGO CIENTÍFICO (excetuando-se a rede de Joinville, no norte, que continua diretamente ligada a Curitiba) (IBGE, 2008, p. 18). Por este estudo, Santa Catarina possui o seguinte quadro de distribuição dos centros principais, considerando-se no caso, as capitais regionais e os centros sub-regionais (Quadro 1). CIDADE ACP de Florianópolis ACP de Joinville Blumenau Chapecó

CATEGORIA Capital Regional A Capital Regional B Capital Regional B Capital Regional B

Criciúma

Capital Regional C

Caçador Itajaí Joaçaba Lages Rio do Sul

Centro Subregional A Centro Subregional A Centro Subregional A Centro Subregional A Centro Subregional A

Tubarão

Centro Subregional A

Quadro 1: Santa Catarina. Categorias dos principais centros urbanos. 2008 Fonte: REGIC (2008) Organização: Francisco Antonio dos Anjos.

As principais variáveis utilizadas pelo REGIC estão ligadas à gestão governamental e empresarial, bem como as ligações entre as várias cidades da rede. As cidades consideradas capitais regionais abrangem os municípios das categorias superior e intermediárias do recorte demográfico apresentado anteriormente. Encontram-se nesta categoria as Áreas de Concentração de População - ACPs de Florianópolis e Joinville e as cidades de Blumenau, Chapecó e Criciúma. A ACP Florianópolis inclui municípios de porte populacional acima de 100 000 habitantes, como São José e Palhoça, da mesma maneira que a ACP Joinville inclui Jaraguá do Sul. Tal análise identificou este recorte espacial como grandes manchas urbanas de ocupação contínua, caracterizadas pelo tamanho e densidade da população, pelo grau de urbanização e pela coesão interna da área, a qual é dada pelos deslocamentos cotidianos da população para trabalho ou estudo (CASTELO BRANCO, 2006). As ACPs se desenvolvem ao redor de um ou mais núcleos urbanos, em caso de centros conurbados, assumindo o nome do município da capital, ou do município de maior população.

continuidade espacial deste conjunto urbano, bem como o índice de relacionamento empresarial entre estas quatro cidades (IBGE, 2008, pg. 196-198). De acordo com o censo de 2010, Itajaí é o sétimo município em população de Santa Catarina, mesma posição do censo de 2000. Seu crescimento populacional entre 2000 e 2010 foi da ordem de 2,20% ao ano, índice superior à média de Santa Catarina (1,44% ao ano) e a do Brasil (0,90% ao ano). Outro fator para destaque é que tal índice é superior aos demais municípios mais populosos do Estado, com exceção de Chapecó (2,24% ao ano), porém com padrão muito similar. Em Itajaí, os dados demográficos demonstram que tanto no período de 1991-2000, quando Itajaí cresceu 2,35% ao ano, quanto no período de 2000-2010, com o índice de crescimento de 2,20% ao ano, o crescimento é superior à média catarinense. Destaca-se contudo que, apesar da taxa de crescimento ser menor na última década censitária em relação à penúltima, fenômeno semelhante ocorrido na grande parte dos municípios catarinenses, a redução foi bem menos acentuado de que outros centros pólos regionais da região centro-norte de Santa Catarina. Notadamente a redução da taxa de crescimento de Joinville, Blumenau e Florianópolis, que entre 1991-2010 tiveram taxas superiores a Itajaí, entre 2000 e 2010, a ordem se inverteu, com Itajaí mantendo uma taxa superior (Tabela 1).

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO TOTAL - 1991–2000 Joinville 2,40 Florianópolis 3,31 Blumenau 2,37 Itajaí 2,35 Santa 1.85 Catarina

1,44

Tabela 1: Municípios mais populosos da Região Centro-Norte (SC): crescimento demográfico Fonte: IBGE (2010) Organização: Francisco Antonio dos Anjos

A partir desta perspectiva analítica poderíamos identificar uma terceira ACP em Santa Catarina, a de Blumenau que abrange Itajaí, Brusque e Balneário Camboriú, idéia fortalecida pela 86

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO TOTAL - 2000–2010 1,72 1,68 1,34 2,20

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ARTIGO CIENTÍFICO POPULAÇÃO TOTAL 1970

POPULAÇÃO TOTAL 1980

TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL 1970–1980

POPULAÇÃO TOTAL 1991

TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL 1980–1991

POPULAÇÃO TOTAL 2000

TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL 1991–2000

POPULAÇÃO TOTAL 2010

TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL 2000–2010

Balneário Camboriú

10.839

21.854

7,26

42.458

6,22

73.455

6,28

108.089

3,94

Balneário Piçarras

4.416

5.593

2,39

8.152

3,48

10.911

3,29

17.078

4,58

8.716

5,80

14.293

5,07

Camboriú

9.862

14.038

3,59

23.656

4,86

41.445

6,43

62.361

4,17

Itajaí

63.139

86.456

3,19

120.228

3,04

147.494

2,30

183.373

2,20

Itapema

3.492

6.585

6,55

12.176

5,75

25.869

8,73

45.797

5,88

Navegantes

10.050

13.532

3,02

23.200

5,02

39.317

6,04

60.556

4,41

Penha

7.502

9.961

2,88

13.108

2,53

17.678

3,38

25.141

3,58

Porto Belo

7.298

8.419

1,44

6.443

-2,40

10.704

5,80

16.083

4,16

Santa Catarina

2.901.660

3.628.292

2,26

4.541.994

2,06

5.356.360

1,85

6.248.436

1,55

Brasil

93.139.037

119.002.706

2,48

146.825.475

1,93

169.799.170

1,63

190.755.799

1,17

MUNICÍPIO

Bombinhas

5.246

Tabela 2: Microrregião de Itajaí. Crescimento Demográfico da Região de Itajaí.1970 a 2010. Fonte: SPG/Gerência de Estatística – 2011 Organização: Francisco Antonio dos Anjos.

O quadro demográfico micro-regional, conforme o IBGE demonstra um conjunto de municípios que mantém crescimentos demográficos elevados na última década censitária, mantendo a tendência das décadas anteriores. Itajaí continua a apresentar uma média de crescimento inferior aos demais municípios configurando uma forte dispersão da população para os municípios vizinhos. Os dados da tabela 2 demonstram a redução da concentração da população micro-regional em Itajaí, pois em 1970 o índice era de 54% da população micro-regional, reduzindo para 34% em 2010. Destaca-se que não ocorreu nenhum desmembramento municipal de Itajaí que provocasse redução significativa, sendo, portanto resultado do crescimento relativo da população dos demais municípios da microrregião. O recorte de cidade média por dados populacionais deve ser considerado apenas como referência inicial sobre análises de dinâmicas urbanas que contribuam na caracterização da mesma. Salienta-se ainda que análises por recortes político-administrativos podem ser limitantes e levar a conclusões superficiais ou distorcidas diante das dinâmicas socioeconômicas que contextos contínuos (espaciais ou territoriais) podem apresentar como o caso aqui estudado. Buscando indicadores acerca da rede urbana catarinense, relacionados ao porte econômico das cidades, destacam-se outras questões importantes para a análise, como o Produto Interno Bruto (PIB). Os dados econômicos do PIB disponíveis de 2004 a 2009 demonstram, analisando-se unicamente pelo recorte municipal, que as cinco maiores economias catarinenses representam

mais de um terço da economia estadual, mantendo um processo gradativo de concentração econômica (Tabela 3). Os dados também vêm demonstrando que ao longo dos anos analisados, Joinville sempre manteve a liderança do dinamismo econômico catarinense, permanecendo num patamar sempre superior a 10% da economia catarinense. Outro dado que se destaca é a consolidação da posição de Itajaí na segunda posição, notadamente nos últimos três anos, quando se distancia de Florianópolis e Blumenau. Tais dados demonstram que em termos econômicos Itajaí vem ganhando destaque no cenário de Santa Catarina, na medida em que consolida seu dinamismo econômico. Tal dinamismo econômico reflete-se também no nível regional (micro). A tabela 4 demonstra o comportamento de Itajaí, na posição de centro sub-regional A na sua região de influência, com uma concentração da economia micro-regional em Itajaí em torno de 70%. Tal quadro, ao mesmo tempo em que demonstra a força econômica de Itajaí no cenário micro-regional, também permite perceber que a dinâmica é ainda concentrada, não alcançando os municípios vizinhos com mais impacto. As exceções ficam por conta dos municípios vizinhos e contíguos de Balneário Camboriú e Navegantes, respectivamente a segunda e a terceira economia micro-regional, permitindo inferir que a desconcentração é restrita às áreas contíguas a Itajaí. Salienta-se que tal inferência pode ter alguma validade para Navegantes, que tem segmentos econômicos muito similares a Itajaí, porém para Balneário Camboriú, que tem uma econômica fortemente vinculada à atividade turística, tal questão precisa ser vista com maior cuidado.

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87


ARTIGO CIENTÍFICO PRODUTO INTERNO BRUTO (R$ MIL) %

%

%

%

%

%

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

NO PIB-SC

NO PIB-SC

NO PIB-SC

NO PIB-SC

NO PIB-SC

NO PIB-SC

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Joinville 10,34 Itajaí 6,61 Florianópolis 6,56 Blumenau 6,07 Jaraguá do Sul 3,51 Total dos 5 maiores 33,09 Santa Catarina 100

10,63 7,07 7,06 6,16 3,33 34,25 100

11,48 6,76 7,14 6,52 3,27 35,17 100

10,97 7,63 6,79 6,39 3,37 35,15 100

10,72 8,26 6,58 5,99 3,89 35,46 100

10,28 8,37 6,38 5,91 3,62 34,57 100

MUNICÍPIOS

Tabela 3: PIB das cinco maiores economias de Santa Catarina 2003-2008 Fonte: SPG/Gerência de Estatística – 2011 Organização: Francisco Antonio dos Anjos

MUNICÍPIOS

% PARTICIPAÇÃO NO PIB-SC 2004

PRODUTO INTERNO BRUTO (R$ MIL) % PARTICIPAÇÃO % PARTICIPAÇÃO % PARTICIPAÇÃO % PARTICIPAÇÃO NO PIB-SC NO PIB-SC NO PIB-SC NO PIB-SC 2005 2006 2007 2008

% PARTICIPAÇÃO NO PIB-SC 2009

Itajaí Bal. Camboriú Navegantes Itapema

6,61 1,10

7,07 1,18

6,76 1,23

7,63 1,20

8,26 1,17

8,73 1,31

0,44 0,32

0,47 0,34

0,53 0,35

0,57 0,35

0,57 0,36

0,70 0,38

Camboriú Porto Belo

0,27 0,13

0,29 0,13

0,30 0,16

0,31 0,14

0,32 0,14

0,34 0,32

Penha

0,16

0,17

0,19

0,19

0,18

0,19

Piçarras Bombinhas Microrregião de Itajaí Santa Catarina

0,14 0,12 9,30

0,16 0,13 9,94

0,18 0,14 9,86

0,20 0,14 10,72

0,19 0,13 11,31

0,18 0,14 11,96

100

100

100

100

100

100

Tabela 4: Microrregião de Itajaí: crescimento do PIB – 2003-2008 Fonte: SPG/Gerência de Estatística – 2011 Organização: Francisco Antonio dos Anjos

Numa escala regional mais ampla, Itajaí encontra-se na porção Centro-Norte do Estado, onde também se situam dois centros polarizadores, no caso as Capitais Regionais Blumenau e Joinville. A expansão das malhas urbanas, em especial de Joinville e de Itajaí, em torno do eixo da BR 101, rodovia duplicada no final dos anos 1990, indicam tendência de consolidação de um eixo econômico entre Joinville e Florianópolis conjuntamente a um eixo de urbanização que vem sendo desenhado de forma cada vez mais nítida.

88

A área, ao longo da BR-101, onde se delineia tal processo de urbanização, pode ser percebido como um espaço privilegiado situado no eixo Porto Alegre - Curitiba, como também, incluído no corredor litorâneo sul-sudeste brasileiro processo identificado por Corrêa (2001) como uma das novas formas de urbanização brasileira. As regiões litorâneas vêm se mantendo como espaços privilegiados nas novas dinâmicas de produção, consumo e circulação de mercadorias e pessoas. Vale ressaltar que

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ARTIGO CIENTÍFICO no momento em que o capitalismo dá ênfase à flexibilidade e fluidez, espaços que propiciam tais características são favorecidos nas dinâmicas sócio-econômicas. A melhoria da infraestrutura para circulação, como a ampliação e modernização de rodovias, portos e aeroportos, permite que a região analisada se destaque das demais regiões catarinenses. Diante das dinâmicas, até aqui expostas, Itajaí parece situarse num quadro de transição, que precisa ser analisado com detalhamento. Para compreender melhor a situação de Itajaí, seguiram as análises de várias temáticas, com foco na formação espacial, no quadro regional e nas expansões recentes. A ESTRUTURA DA CIDADE E SUA EXPANSÃO RECENTE As secções anteriores permitiram que algumas características da Cidade de Itajaí fossem explicitadas, particularmente nos seus aspectos históricos e sua inserção regional. O sítio físico (particularmente os rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim), a presença da BR 101 e o complexo portuário são elementos fundamentais para o entendimento da estrutura de Itajaí. O Município de Itajaí possui uma área territorial de 289 km2, sendo 20% de área urbana e os demais de áreas de preservação e de área rural. O seu território é formado por uma faixa que se estende do Oceano Atlântico para o interior, na margem esquerda do Itajaí-Açu, e se alonga adentrando o vale do Itajaí-Mirim. Sua área urbana foi se expandindo da foz do Itajaí-Açu, onde está instalado seu centro primaz, e vem ocupando as áreas de planície, mantendo um padrão de expansão na direção oeste e sudoeste. A divisão administrativa de Itajaí reconhecida pelo seu Plano Diretor configura um conjunto de bairros centrais (Centro, Fazenda, São João, Vila Operária, Dom Bosco e Barra do Rio) que em 2000 representavam 40,4% da população total de Itajaí. O segundo grupo é formado por bairros mais recentes, com extensões maiores que os bairros centrais, que se situam entre o Rio Itajaí-Mirim e a BR 101, a saber: São Vicente, Cidade Nova e Cordeiros. Pelo Censo do IBGE de 2000 já era identificado que estes três bairros correspondiam a 46,6% da população do município. O terceiro grupo é formado por bairros novos, que se formaram a partir de comunidades rurais que sofreram processo de urbanização recente. Tais bairros são localizadas ao lado oeste do eixo da BR 101, e se constituem nos bairros Itaipava, Salseiros, Espinheiros e Canhanduba que representavam apenas 6,7% da população em 2000. Apesar de não estarem disponíveis os dados do Censo do IBGE por bairros de 2010,

pela observação em campo pode-se facilmente constatar que os três últimos bairros citados foram os que sofreram maior crescimento, devendo ampliar consideravelmente sua participação no contingente populacional de Itajaí. Além dos grupos assinalados, outros dois bairros localizados na parte sul do município completam o quadro da divisão políticoadministrativa, possuindo como característica comum a localização na orla marítima. O Bairro Cabeçudas, separado dos demais bairros pelo marcante relevo, constitui-se num enclave, com população que procura se auto-segregar, e que representava em 2000, apenas 0,6% da população total. Outro bairro com a lógica de crescimento diferente dos demais grupos é o Praia Brava. Tal bairro além de se estender pela orla marítima se constitui num espaço entre a mancha urbana principal de Itajaí e a mancha urbana principal de Balneário Camboriú, separada destes por um relevo acidentado. Em 2000 possuía uma população pouco expressiva no contexto do Município de Itajaí. Porém, também se constitui em uma área de expansão recente, fortemente explorada pelo mercado imobiliário de alto padrão. A maior parte da área urbana está localizada entre o oceano, o Rio Itajaí-Açu e a BR 101. A divisão administrativa da área urbana ajuda a compreender a sua estruturação como cidade. O centro primaz e seus bairros periféricos foram produzidos originalmente por uma lógica que dominou até a década de setenta do Século XX, onde a cidade se constitui num centro regional de pequeno porte que estendia sua abrangência a pequenos municípios do litoral centro-norte de Santa Catarina. Nesta fase, o porto era o destaque econômico da cidade, porém com pouca expressão regional/nacional. A maior parte do tecido urbano tinha um limite claro: o Rio Itajaí-Mirim. Os bairros que atualmente entram neste limite, Fazenda, São Judas, São João, Dom Bosco, Vila Operária e Barra do Rio foram produzidos na sua relação com o centro primaz e até hoje mantém uma forte ligação. O limite formal entre os bairros e deles com o próprio centro primaz é de difícil reconhecimento, fortalecido pelo deslocamento de estruturas governamentais e equipamentos urbanos para os bairros mais centrais, como o caso da sede da Prefeitura, para o Bairro Vila Operária e do Teatro Municipal que foi construído no Bairro Fazenda. Outro fator foi a expansão do complexo portuário em direção aos bairros São João e Barra do Rio fortalecendo a percepção de um centro contínuo e estendido. Algumas vias são marcantes neste centro estendido, quase sempre ligadas ao centro ou ao porto. O eixo conformado pelas ruas Blumenau/Alfredo Eicke/Reinaldo Schmithausen/

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ARTIGO CIENTÍFICO SC 470 (de saída/entrada da cidade para o interior do Vale do Itajaí-Açu), o eixo da Av. Sete de Setembro/Rodovia Osvaldo dos Reis (de saída/entrada da cidade para o litoral em direção à capital – Florianópolis) e o eixo da Rua Brusque/SC286 (de entrada/saída para o Vale do Itajaí-Mirim) se constituíam em marcas de uma dinâmica de cidade de passagem. Tais eixos se encontram na área do centro primaz, que se estrutura no entorno da Rua Hercílio Luz (Antiga Rua da Matriz), que até os dias atuais é reforçado como centro principal da cidade. Somente na Década de setenta do Século XX, com o intuito de expandir a cidade e promover o desenvolvimento industrial é implantado, uma mudança na estrutura viária da cidade que deixa o marca da mesma intensidade dos eixos descritos anteriormente. Foi criada uma via rápida de ligação do porto com a BR 101, aproveitando as ruas existentes, Rua Silva/ Heitor Liberato e instalando a Avenida Adolfo Konder, numa área ocupada por atividades agrícolas. O eixo modifica os bairros centrais, ao cortá-los (particularmente os bairros Vila Operária, São João e São Judas) e abre a possibilidade de desenvolvimento de áreas novas para a margem direita do Itajaí-Mirim. A construção da ponte e da Avenida Adolfo Konder, permitiu a expansão urbana para uma área ocupada quase exclusivamente com pastagens e plantação de arroz. Nesta área se instaram loteamentos e programas públicos de moradias populares, novas áreas industriais e uma extensa estrutura logística de apoio ao complexo portuário (terminais de contêineres, portos secos, depósitos, distribuidoras, etc.). O eixo instalado abriu a possibilidade de expansão da cidade modificando sua estrutura e permitiu que a cidade se “aproximasse da BR 101” e se posicionasse de maneira diferente no contexto regional.

Também a ligação direta entre Itajaí e Balneário Camboriú realizada pela rodovia Osvaldo dos Reis, prolongamento da Avenida Sete de Setembro, também foi duplicada na Década de 1990, e permitiu que o movimento de integração entre as duas cidades fosse intensificado. Aos poucos, as áreas ao longo desta rodovia começam a receber investimentos com a implantação de equipamentos, como revenda de automóveis, lojas de móveis de luxo e mais recentemente condomínios residenciais fechados.

Outro marco na mudança da estrutura urbana da cidade, porém com menor intensidade, ocorreu com a instalação da Avenida de Contorno Sul. Instala-se com o objetivo de se tornar outra ligação do centro com a BR 101, e através de seu prolongamento – Rodovia SC 486, fortalecendo a ligação com a Cidade de Brusque (pólo econômico do Vale do Itajaí-Mirim) e permitindo maior integração com área de expansão urbana e industrial pertencentes ao território municipal. Equipamentos como a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e o Porto-Seco – Multilog instalados neste eixo, demonstram sua importância na estrutura da cidade.

O contexto geral da pesquisa nos permite inferir que o conceito de cidade média, visado pela pesquisa, vem sendo aproximado com o estudo mais detalhado de Itajaí. Constata-se que tal cidade não se enquadra no conceito de capital regional, tanto pelo porte, quanto abrangência de sua hinterlândia e sua situação no contexto urbano catarinense. Tal situação facilitou a pesquisa, tendo em vista que tal categorização poderia encobrir a busca das novas dinâmicas da cidade média no Brasil. Emerge do estudo a constatação de que encontramos uma cidade que intermedia as relações entre o local e o global, entre os espaços cotidianos e espaços longínquos. Como cidade que concentra um complexo portuário, aeroporto e um conjunto de empresas que transporta por via terrestre (rodoviária) grande volume de mercadorias, Itajaí se posiciona como cidade da mediação. Associado ao quadro descrito, a sua situação geográfica, num aglomerado urbano que também é constituído pelo maior centro urbano de lazer e entretenimento do Sul do

A intervenção no sistema viário maximizou o terminal portuário de Itajaí, que aumentou consideravelmente seus negócios. Além deste fator, a BR 101 foi duplicada durante a década de 1990, e se configurou como um marco para o aglomerado e todo o litoral central e norte de Santa Catarina. 90

Outra mudança destacável é dada pela instalação de equipamentos ligados ao transporte/logística com investimento do setor privado. Na Década de 1990, um terminal logístico (EADI- Estação Aduaneira de Interior – Porto seco - Multilog), implantado na rodovia que liga Itajaí a Brusque (SC 486), desconcentrou os trâmites legais para exportação e importação, até então realizados apenas pelo terminal portuário de Itajaí. Outro importante investimento realizado é a implantação do terminal portuário de Navegantes, na margem oposta ao terminal de Itajaí, que movimentou a dinâmica da expansão urbana da margem esquerda do Itajaí-Açu, não apenas com o crescimento de novos loteamentos residenciais, mas também com a presença de novos investimentos junto a BR 470, no trecho entre a Rodovia BR 101 e o terminal portuário de Navegantes. Neste contexto, o processo recente de urbanização desenvolvese linearmente ao longo da costa, em massas urbanas separadas pela morfologia marcante de seu relevo. UMA SÍNTESE

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ARTIGO CIENTÍFICO Brasil (Balneário Camboriú), as relação são complexificadas, e, portanto, Itajaí e seu aglomerado urbano ganham importância ainda maior no contexto regional/nacional. Desta forma, cumpre registrar que, mesmo buscando tratar a cidade de Itajaí como situação específica, a compreensão da sua dinâmica socioespacial só é devida a partir do contexto do aglomerado urbano no qual se insere, definindo por tal condição, outra característica singular de tal espaço geográfico.

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PROFESSORES DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVALI Adriano Meira, Me. Aílton dos Santos Junior, Dr. Alcemir Medeiros da Silva, Esp. Alessandra Devitte, Me. Alessandra Pacheco Cavalheiro, Me. Alessandro Xavier, Esp. Ana Carolina Lozovey, Esp. Ana Lúcia Moraes de Oliveira, Me. André Matte Sagave, Me. Andrea Aguiar Kasper, Dra. Andrea Luiza Kleis Pereira, Me. Andréia Mara da Silveira Maia, Esp. Aníbal Alexandre Campos Bonilla, Dr. Camila Cesário Pereira de Andrade, Me. Carlos Alberto Barbosa de Souza, Me. Carlos Eduardo de Borba, Esp. Carolina da Rocha Carvalho, Me. Carolina Schmanech Mussi, Me. Cecilia Maria Serra Garcia, Esp. Daniel Krobel, Esp. Eduardo Baptista Lopes, Me. Eliane Maria Benvegnú, Me. Elza Aparecida de Oliveira, Esp. Evandro Rocha Gaspar, Me. Evaristo Marcos da Silva, Me. Fernando Toppan Rabello, Me. Francisco Antonio dos Anjos, Dr. Gabriela Radaelli da Silva, Esp. Gilcéia Pesce do Amaral e Silva, Dra. Graziela Donato, Esp. Guilherme Guimarães Llantada, Me. Heloisa Figueiredo Moura, Me. Hermínia Silva Machry, Me. Irineu Gallo Junior, Esp. Jânio Vicente Rech, Dr. João Luiz Pacheco, Me. João Wenceslau Ricardo Neto, Me.

José Angelo Casagrande Mincache, Me. Josildete Pereira de Oliveira, Dra. Juliano Darós Amboni, Me. Karine Lise Schäfer, Me. Katia Maria Véras, Me. Laércio Antonio Braggio, Me. Leandro Nicoletti Gilioli, Esp. Letícia La Porta de Castro, Me. Lisete Terezinha Assen de Oliveira, Dra. Lucéli Oliveira de Almeida, Esp. Luciana Noronha Pereira, Me. Luciano Pereira Alves, Me. Luciano Torres Tricarico, Dr. Luiz Eduardo de Andrade, Me. Luis Vinícius Mundstock Porto de Souza, Me. Mara Lucia Adriano Bueno, Me. Marcelo Galafassi, Me. Marcia do Valle Pereira Loch, Phd. Marcio Bittencourt, Me. Marcos Paulo Berribilli, Esp. Marcos Roberto Dalpiaz, Esp. Maria Cristina Bittencourt, Dr. Marina Martinelli Duarte, Me. Marina Otte, Me. Marshell Ferreira Almeida Ferraz, Dr. Nelson Saraiva da Silva, Dr. Pedro Ernesto Andreazza, Me. Rafael Prado Cartana, Me. Rafaela Vieira, Dra. Raimundo Celeste Ghizoni Teive, Dr. Rudinei Carlos Scaranto Dazzi, Me. Silvia Santos, Dra. Stavros Wrobel Abib, Dr. Taiana Polli, Me. Tiago Dell'Agnolo, Esp. Umberto Grando Paganella, Me.

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A partir de 2015 o conceituado Curso de Arquitetura e Urbanismo UNIVALI também será oferecido no Campus Florianópolis.

Arquitetura e Urbanismo

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