Ano II Nº 8
Dez/2004/Jan/Fev 2005
Naturalmente Bonito Urbanizar sem agr edir oposta do pr ojeto de agredir edir.. Essa é a pr proposta projeto Marcos Santana para a Praia do Jacaré
Tesouros Abandonados
Belas e históricas, as igrejas barrocas da zona rural do litoral guardam relíquias arquitetônicas que ameaçam se perder por falta de cuidados
Segredos da Iluminação
Mais Mais que que simples simples questão questão de de estética, estética, um um bom bom projeto projeto de de iluminação iluminação deve deve levar levar em em conta conta a a racionalidade racionalidade e e funcionalidade funcionalidade do do ambiente ambiente
RÚSTICO – As origens nordestinas são as protagonistas no projeto do escritório de Alain Moszkowicz PRÁTICO – Henrique Santiago cria um ambiente inspirador para seu local de trabalho DESAFIO – Projetos de Débora Pires ultrapassam fronteiras e embelezam sertão da Paraíba
11 DE DEZEMBRO
DIA DO ARQUITETO
"Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; Agora construa os alicerces.” William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo e poeta inglês.
Campo V Volantin olantin Footbridge - Bilbao, Espanha - Arq. Santiago Calatrav Calatrava
Revista
Uma homenagem da
sumário
editorial
Feliz 2005 Parece que foi ontem o relançamento da Artestudio no mercado, mas lá se vai um ano inteirinho de notícias tendo como focos principais arquitetura, design e estilo de vida. Para nós que fazemos a revista, cada nova edição é carregada da mesma emoção do primeiro número. Agora no dia 11 de dezembro a revista faz aniversário, exatamente no dia do Arquiteto, esse profissional que temos o prazer de chamar de parceiro. É para vocês que a edição de dezembro foi planejada, gestada e finalizada. Estamos fechando o ano com a certeza de que as metas estabelecidas foram cumpridas e esta oitava edição é uma delas, uma espécie de troféu. Nosso desejo aos que estiveram com a gente em 2004 é que o casamento continue e que seja fortalecido. Temos muito a agradecer a muita gente. Sendo assim, muito obrigada aos que anunciaram, aos que sugeriram, aos que criticaram e fizeram a gente melhorar, aos que concederam entrevistas, aos que deram força, aos leitores, aos que mandaram correspondência...enfim, a todos que colaboraram de forma direta ou indireta. Esse número é para vocês. Para brindar novamente o sucesso, trazemos como matéria da capa um detalhamento do projeto de urbanização da Praia do Jacaré, em Cabedelo, proposta pelo arquiteto Marcos Santana. Nossa matéria especial mostra a beleza de igrejas abandonadas no município de Santa Rita, mas que escondem tesouros da arquitetura barroca. Nesta edição de aniversário, aproveitamos para trazer mais informações para você, leitor. Três arquitetos da cidade mostram seus projetos neste número: Henrique Santiago, Débora Pires e Alain Moscovicz. Além de diversas colaborações de arquitetos e decoradores que contribuíram para a elaboração das matérias. A reportagem sobre materiais, aborda o uso de couros e tecidos nas decorações de residências. Dicas práticas para quem quer renovar a casa no final do ano. A grande vedete atual é a seda, um sinônimo de bom gosto. A matéria internacional, de nossa correspondente Tereza de Arruda, fala da arte contemporânea dos autores latinos na Universidade de Essex (Reino Unido). Trazemos ainda uma matéria sobre iluminação. A rápida inovação do mercado vem com força para subsidiar os projetos arquitetônicos, diminuindo os custos e racionalizando o uso de energia. Aproveitamos o momento para lançar o nos.ar testudior evista.com.br sa home-page www www.ar .artestudior testudiorevista.com.br evista.com.br.. Então, ergamos as taças e tin tin. Feliz 2005! Que ele seja tão bom quanto foi 2004!
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capa O projeto de urbanização da Praia do Jacaré se destaca pela manutenção das características originais do local e sua vegetação
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Gerson Castelo Branco criou o estilo “Paraqueira” na década de 70 e, hoje, é um dos grandes ícones da tendência que resgata as raízes culturais
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O arquiteto Henrique Santiago projetou um ambiente inspirador para seu escritório, onde criatividade e conforto são as peças chaves
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Os projetos de iluminação, hoje em dia, não levam em consideração apenas a estética. O funcional e a racionalização são pontos essenciais
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A beleza das igrejas barrocas de Santa Rita escondem verdadeiros tesouros arquitetônicos do tempo da colonização da Paraíba
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Na dúvida entre o que escolher para renovar seu ambiente, opte pelas dicas que trazemos sobre usos de couros ou tecidos
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entrevista
interiores
iluminação
especial
materiais
internacional Universidade de Essex possui a única coleção pública no Reino Unido especializada na arte moderna e contemporânea da América Latina.
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entrevista
“Arquitetura tem que se aproximar da essência das pessoas” Gerson Castelo Branco arquiteto Gerson Castelo Branco não se enquadra no molde de arquiteto produzido pelas faculdades. Autodidata, “ex-ermitão”, irreverente, ele é precursor de um trabalho que é admirado por quem entende ou não das técnicas da Arquitetura. Hoje é considerado um dos grandes ícones da tendência que resgata as raízes culturais e utiliza o artesanato na arquitetura urbana. Nascido no Piauí e estabelecido profissionalmente no Ceará, Gérson é o criador do estilo “paraqueira”, uma mistura brasileira de raças e raízes, que resultou em uma arquitetura artesanal e natural, com espaços integrados. Conceitos atuais de loft e ambientes integrados, por exemplo, fazem parte de seu estilo, desde a década de 70. Como quem não gosta de seguir padrões, durante vários anos morou em uma aldeia de pescadores, na Praia do Coqueiro (PI) e, há 20 anos, projetou a Casa da Serra, a mais autêntica paraqueira, onde ele reside. Em visita a João Pessoa, no mês de novembro, Gérson concedeu a entrevista a seguir, à revista Artestudio.
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AE - Como você define o estilo Paraqueira ? Gerson - Todo trabalho tem que ter um nome, um conceito. Em 1974, fiz uma viagem pelos Andes, durante seis meses, em que comecei a reformular meu comportamento, meus hábitos e, conseqüentemente, meu trabalho. Mudei-me para uma aldeia de pescadores, reformei minha casa e todo meu caminho de vida. Comecei a observar a arquitetura dos meus avós, com um pé direito alto, tapetes de taboa e muito uso de madeira, de carnaúba. Essa mudança de conceitos, de volta ao útero, foi meu grande laboratório. A partir daí, começaram a surgir minhas primeiras publicações e nasceu o que eu chamo de paraqueira, uma palavra que eu inventei. Portanto, paraqueira é o resgate das raízes culturais do meu país, através da arquitetura, é a utilização do que está mais a mão, é esta grande mistura cultural.
AE - Como é a sua relação com o cliente? V ocê segue sempr e seu esVocê sempre tilo ou faz o projeto como o cliente deseja? Gerson - Tenho muitos clientes estrangeiros e brasileiros. E estes últimos são os mais desinformados. Para elaborar um projeto trabalho muito para chegar o mais próximo da necessidade de quem me contratou. Tenho mesmo que arquitetar. Vou dar um exemplo de um recente trabalho meu. Um milionário de Sorocaba (SP), conhecedor de meu trabalho, me chamou para projetar sua residência. Mas a esposa dele não queria nada de madeira, que é o principal dos meus projetos. Uni as formas do meu conceito, que era o que agradava ao cliente, com o material que agradava sua esposa, que era o aço. O cliente ficou super satisfeito e eu não fugi do meu estilo.
AE - Quais são os conceitos que você utiliza para elaborar seus projetos? Gerson - Geralmente, o processo da paraqueira é artesanal, mas os conceitos foram se atualizando. No início, a mão-deobra era local, os materiais (cestos, tapetes, por exemplo) eram feitos da própria palha de carnaúba, com texturas geométricas. Eu fazia isso desde a década de 70. E, agora, é uma tendência, é contemporâneo. Os conceitos de lofts, de cozinhas integradas, de tetos triangulares e formas em asa delta surgiram agora como novos, mas já eram utilizados em meu projetos desde a década de 70. Os conceitos artesanais estão sendo aplicados na arquitetura urbana.
AE - Quando começou sua relação com a arquitetura? Gerson - Admiro a arquitetura desde os 14 anos de idade. Mas trabalho profissionalmente há 34, ou seja, desde os 22 anos. Nunca entrei em uma faculdade de arquitetura. Aprendi exercitando. Cursei três anos e meio de Belas Artes, em Salvador (BA), mas larguei o curso antes de terminá-lo.
AE - Quando teve início, na arquitetura brasileira, esse resgate das raízes culturais? Gerson - Na década de 70, arquitetos como Cláudio Bernardes (filho do Sérgio Bernardes, que projetou o hotel Tambaú), Zanini Caldas e Janete Costa começaram a dar uma brasilidade na arquitetura. Essa foi uma iniciativa decisiva e inteligente. Confesso que eu também contribuí muito nesse aspecto. Inclusive foi nessa época que eu comecei a ser mais procurado, para dar palestras, participar de bienais e comecei a ganhar prêmios. Então, essa tendência atual já vem de muito tempo. Já tem muito arquiteto copiando a Paraqueira. AE - Isso lhe incomoda? Gerson - Não. É bom saber que o que fazíamos há 30 anos virou tendência. Não gosto quando vejo projetos que são cópias da paraqueira serem chamados de inovador.
AE - Como você define o trabalho de arquiteto? Gerson - A minha grande conquista como profissional é quando as pessoas desenvolvem uma sensibilidade, um olhar amoroso para as coisas, dentro de um espaço criado por mim. Este é o grande resultado do trabalho de um arquiteto. A arquitetura tem que sair do nível de concreto e ferro e chegar mais perto do interior e da essência das pessoas. AE - É verdade que foi difícil conseguir projetas sua própria casa? Gerson - Fazer a minha própria casa, que hoje chamo de Casa da Serra, era um grande desafio. Tudo que eu desenhava não tinha “cara de casa de arquiteto”. Sou muito exigente. Então comecei a projetar de cima para baixo, pensando primeiro no telhado, que deveria abrigar três pisos. Depois, o que eu chamo de camarinhas (cabines de dormir) suspensas no chão por duas vigas, protegidas da mata por toldos e cortinas. Hoje, minha casa é o que mais tem a cara da minha arquitetura. É minha referência, construída de talos de palmeira, vidro e pedras e que ganhou prêmios e dezenas de publicações. Nela brinco com o ser humano, quebro com a rotina.
“A minha grande conquista como profissional é quando as pessoas desenvolvem uma sensibilidade, um olhar amoroso para as coisas, dentro de um espaço criado por mim”
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interiores
Tempero
Rústico Fotos: Omar Gama
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O despojado e o sofisticado uniram-se no projeto de arquitetura e ambientação da tapiocaria Tempero da Goma, no bairro de Tambaú, em João Pessoa. O escritório de Alain Moszkowicz e Roberta Xavier, em parceria com Sephora Terzakis projetaram o ambiente usando materiais rústicos e artesanais, mas com um toque sofisticado. Como o local é de grande fluxo turístico, deveria ser ventilado e com uma movimentação na coberta. Os materiais rústicos utilizados pelos profissionais foram as cercas de varetas, feitas de varas de marmeleiro, as colunas de taipa, o piso em cimento cru com ladrilho hidráulico e placas de terracota artesanal incrustado. Para as bancadas de banheiro, os arquitetos optaram por pia em bacias de ágata apoiadas em toras de madeira. O mobiliário foi todo rústico, de madeira, pintados em cores vibrantes. “O uso dessas inúmeras tonalidades celebram as cores do arcoíris e a luz da nossa terra”, salientou Alain. Para as luminárias foram usadas modelos ar tesanais, em papel reciclado. Autores: Alain Moszkowicz Roberta Xavier Séphora T erzakis Terzakis Projeto: Tapiocaria
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interiores
Inspiração no
ambiente
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Um ambiente inspirador, que ajude no processo criativo e que faça o profissional se sentir bem. Assim deve ser o local de trabalho. Partindo desses princípios, o arquiteto Henrique Santiago projetou seu próprio escritório. Mesclando o moderno com o clássico, ele pinçou inúmeros detalhes que resultaram em um lugar aconchegante e funcional. Henrique, nos papéis de cliente e arquiteto, teve como meta principal o conforto. Para isso, iniciou o projeto com bases neutras, em branco e cinza. Desta forma, os objetos podem ser modificados de acordo com seu gosto ou estado de espírito. “Por exemplo, adoro colecionar. Agora estou com uma miniatura de bibicicleta e de poltroninhas aqui no escritório. Eu amo minha coleção particular e, com uma base neutra, posso mudar os detalhes sem interferir na estética”, explica o arquiteto. A cor que predomina na base neutra, atualmente, é o vermelho, presente na poltrona da recepção, em sua cadeira de trabalho e em diversos objetos de decoração. “Isso é o que eu estou amando agora. Mas depende do momento e nada é estático. Como minha estrutura é branca e cinza, posso trocar essa cor facilmente”, afirma. Como ele mesmo diz, o objeto atual que mais o inspira é um quadro do renomado artista plástico Romero Brito, The Fish. “Neste momento, é a minha paixão, é o que me faz viajar, me inspira”. Henrique define o estilo de seu escritório como moderno, mas com diversos toques clássicos. E é justamente esse equilíbrio que imprime personalidade a seu trabalho. Portanto, na fachada de seu escritório há uma mistura do aço com o mármore Carrara. Esse mármore ainda se estende pelos portais e bancadas. “Essa escolha foi uma exigência do cliente, ou seja, uma necessidade minha, que acho o mármore Carrara belo”, completa. A escolha dos materiais foi, inclusive, um detalhe primordial para o arquiteto. Os tapetes são de um tipo de trama de borracha, super modernos e práticos, em cor prata, compondo com as portas dos armários, do mesmo tom. O aço e o vidro, aliás, estão bastante presentes. Os vasos e objetos em vidro murano também são constantes na decoração.
Arquiteto
Um dos charmes do escritório é a iluminação muito bem planejada. Há várias possibilidades de cenários, a partir de um controle ao lado da mesa de trabalho do arquiteto. “Um leigo diria que há muitos pontos de luz. Mas lógico que todos não precisam e, nem devem, estar ligados ao mesmo tempo. Cada cenário depende da ocasião”, finaliza.
Henrique Santiago
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iluminação
Técnica e
N
criatividade
Não apenas estética, nem apenas funcional. Os sistemas de iluminação, hoje em dia, projetados por arquitetos, levam em consideração os dois aspectos. Os projetos de iluminação e design de luminárias têm contado com inúmeras novidades mercadológicas que, com o passar dos anos, vem diminuindo o custo, aumentando as possibilidades de efeitos e racionalizando o uso da energia. Para isso, uma dose de criatividade, aliada à técnica de um profissional experiente, é fundamental. “Foi-se o tempo em que uma luminária era escolhida apenas por sua estética. Hoje, os arquitetos, em parceria com seus clientes, perguntam que tipo de iluminação acontece com essa luminária”, ressalta a arquiteta e professora da Universidade Federal da Paraíba, Cláudia Torres. Essa pernambucana, formada na Federal de Pernambuco e mestra em Iluminação pela USP, é uma das difusoras da idéia de que ao se começar a pensar um projeto arquitetônico e de ambientação, a iluminação deve ser um dos primeiros passos. “A iluminação, hoje em dia, é um diferencial de projetos, sejam residenciais ou comerciais. Criou-se essa necessidade e o mercado vem atendendo bem. Há uma oferta maior de fontes de luz e há um universo especializado. Assim, cabe ao arquiteto conceituar essas idéias e aproveitar os recursos oferecidos”, completa Cláudia.
Tendências Os recursos mais utilizados atualmente têm sido a automação (controle remoto), o uso de circuitos diferenciados (que aumentam os pontos de luz, mas não aumentam o consumo) e o LED (Diodo Emissor de Luz). Esse último tem sido uma das tendências dos projetos atuais de ambientação. Os LEDs são componentes semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em luz. Eles apresentam melhor efeito visual (variedade de cores), baixo consu-
Fotos: Divulgação
mo de energia e longa durabilidade. Diferentemente do que ocorre com as lâmpadas incandescentes, o LED emite luz em uma determinada cor. A eficiência dos LEDs tem aumentado consideravelmente durante os últimos anos, graças ao avanço tecnológico. “Há inúmeras possibilidades de uso dos LEDs, principalmente para fachadas, como adorno. Acredito que esse seja o futuro da iluminação”, ressalta Cláudia Torres.
O Bem Estar Em locais de trabalho, o profissional deve ter em mente que a luz deve estar em seu favor. Por isso, os pontos escolhidos, a intensidade e as cores devem ser bem estudadas. Nas residências, a regra é a mesma. “O cliente, hoje em dia, está mais informado e exigente, por isso o arquiteto deve levar em conta o bem estar que uma iluminação propicia”, acrescenta Cláudia. Quanto à iluminação pública e, sobretudo, a de monumentos, os projetos devem ser especializados. “Na Europa e mesmo em São Paulo já há passeios turísticos por caminhos luminosos. Os prédios, os monumentos são vistos com outros olhos durante a noite e isso é um grande diferencial para o incremento do turismo. Tudo isso envolve um procedimento artístico que precisa ser bem analisado e bem empregado”, completa.
Fotos: Divulgação
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móveis planejados
arquitetura
De volta às
raízes Fotos: Divulgação
O princípio básico de trabalhar a forma e a função em equilíbrio foi a peça-chave encontrada pela arquiteta Débora Pires para projetar residências no Sertão paraibano. Retornando à sua terra natal, Sousa, Débora fez um trabalho de volta às raízes, adaptando a técnica e o arrojado às condições da cidade. O fator climático foi um dos principais para elaboração desses trabalhos. Ao mesmo tempo que Débora necessitava criar projetos com arquitetura diferenciada, tinha que permitir a climatização nesses ambientes. “A principal alternativa foi recorrer a espaços grandes de terraços e varandas”, disse a arquiteta. Tirar proveito da ventilação, explorando os ventos nordestes, foi imprescindível. Adaptar os projetos às condições dos terrenos também foi um dos desafios da arquiteta. “Geralmente, os terrenos são muito estreitos e, para minimizar essa visão frontal, tivemos que valorizar a altura de uma das edificações, por exemplo”, completa. “Além disso, um arquiteto que irá projetar em cidades menores tem que ter em mente a necessidade de adaptar as necessidades do cliente às suas condições econômicas”. Quanto aos estilos da arquitetura desenvolvida por Débora, em Sousa, ela diz que varia do moderno ao tradicional. “As residências variam de uma concepção simples, com cobertas com tehado em duas águas, até projetos com arquitetura moderna e arrojada. Nunca um projeto deve ser igual a outro”, explica. “É muito gratificante para mim, voltar ao lugar onde nasci e fazer projetos de edificações”, ressalta Débora. “No interior, as pessoas tem muito apego à sua casa, por passarem mais tempo nela do que quem mora na Capital. Por isso, eles valorizam bastante o projeto. Isso é muito bom para o arquiteto”, acrescenta. “Desta forma, pretendo continuar projetando em minha cidade para que ela fique cada vez mais bonita”, completa.
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Arquiteta 14 04
Débora Pires Xavier de Andrade
Divulgação
Novidades p para ara seu projeto: o conforto já está incluído.
Porque a luz se transforma em arte
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projeto da capa Localizada no Município de Cabedelo, a Praia do Jacaré é um dos pontos turísticos mais visitados da Paraíba. Situada entre o rio e o mar, este recanto ficou famoso por oferecer um espetáculo de rara beleza: o pôr do sol no rio Paraíba ao som do Bolero de Ravel.
Praia do Jacaré
Recanto preservado
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O grande desafio do projeto de urbanização da Praia do Jacaré foi criar condições e infraestrutura de apoio ao turismo, sem descaracterizar o local, os costumes e os habitantes. Partindo deste princípio, o arquiteto Marcos Santana lançou a proposta de tratar os 1.200m de orla disponíveis sem interferir nas áreas residenciais existentes. O resultado enche os olhos dos que visitam o local. Ao mixar em um mesmo ambiente o bom gosto de um projeto arquitetônico ao casario da vila dos pescadores com a revitalização de suas fachadas, o autor do projeto conseguiu harmonizar o ambiente, manter os traços originais e ainda melhorar as condições econômicas dos que tiram do local seu sustento diário.
Manutenção do original Em termos de tráfego o projeto propõe que a rua principal que margeia o rio transforme-se em um grande passeio para pedestres, ao longo do qual se distribuiriam equipamentos como ciclovias, praças, áreas coletivas de lazer -parques temáticos, museus, quadras de esportes além de bares, lojas, pousadas, agências de turismo. Nas margens do rio, do outro lado do passeio, se propõe a construção de alguns bares e quiosques sobre decks de madeira. “Sempre mantendo os equipamentos existentes no local, devendo apenas obedecer à nova tipologia proposta no projeto”, destaca Marcos Santana. “A idéia foi fazer com que as pessoas chegassem e circulassem livremente em toda a orla, desfrutando de toda a infra-estrutura de uma orla urbana, porém tentando resgatar alguns elementos característicos de praias pouco povoadas, como o passeio a pé, o contato direto com a natureza, a vila dos pescadores”, explica Marcos Santana. No eixo da entrada principal foi criada uma grande praça, com equipamentos coletivos, como um palco para shows e eventos ao ar livre, posto policial, de informações, posto bancário e de saúde. Um grande pórtico e colunas com iluminação fazem a marcação circular da praça. Propõe-se ainda a construção de um mirante.
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Preservação do verde Quanto à criação de áreas verdes, toda a orla deverá receber tratamento paisagístico e de iluminação adequados. A tipologia adotada em projeto faz alusão às construções náuticas, tão presentes nas águas do rio Paraíba desde a época dos nossos colonizadores, e tem como elementos principais mastros de alumínio e grandes cober tas em lona tensionada, sob as quais deverão ser construídos em sistema construtivo convencional, equipamentos como bares, quiosques, restaurantes, etc.
Arquiteto
Marcos Santana
Projeto: Urbanização da Praia do Jacaré Local: Cabedelo - PB Maq. Eletrônica: Gilton Lira
Atendimento personalizado Não importa a ordem dos elementos - se é um peixe que mora num vaso ou uma planta que vive em um aquário - mas sim o resultado do conjunto, que forma uma peça única de decoração. É com esse conceito de personalização de ambientes que chega ao mercado paraibano a FL FLORINI, ORINI, loja de decoração que traz para o arquiteto, o decorador e também para o leigo no assunto, o mais moderno na arte de decorar. Segundo a proprietária, Carolina Siqueira, o grande diferencial da loja será a exclusividade dada a cada cliente, a cada projeto, a cada idéia trazida pelo arquiteto ou decorador decorador.. ““Vamos amos trabalhar em parceria com os profissionais, queremos que o nosso cliente procure a Florini e tenha a absoluta certeza de que estaremos ao lado dele para ousar ousar,, inovar e criar juntos”. As peças exclusivas e únicas serão mais um diferencial da loja. “Estamos trabalhando com o que existe de melhor melhor,, mais moderno e belo no mundo da decoração, vamos trabalhar com as melhores fábricas do gênero, no país”, diz Carolina. Mas ela faz questão de frisar que a Florini não é exclusiva para profissionais de arquitetura e decoração, a loja também estará aberta para quem não entende de arte e de decorar decorar,, com um atendimento especial. “Estamos, inclusive, programando para 2005, uma série de cursos de arranjos, montagens de centros de mesa, entre outros com profissionais paraibanos e também de outros estados vizinhos para os clientes que desejarem conhecer um pouco mais da arte de decorar decorar.. T Temos emos certeza de uma coisa: profissional ou não, cada cliente da Florini será único e exclusivo”, finaliza Carolina.
especial
Beleza Barroca na Zona Rural M A Paraíba esconde verdadeiros tesouros arquitetônicos dos tempos da colonização. São igrejas católicas localizadas em propriedades rurais do município de Santa Rita Fotos: Odinaldo Costa
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RARIDADE - Alpendre da Igreja do Socorro separava negros e brancos
Muitas encontram-se abandonadas e em avançado estado de deterioração devido à implacável ação do tempo aliada a falta de cuidados. São belos monumentos em estilo barroco que correm o risco de se perderem na história. Cada uma carrega um momento histórico, muitas vezes esquecido, outras alterado por falta de registro escrito, mas todas com as marcas da historicidade dos primeiros anos da colonização da Paraíba. Somente em Santa Rita, a segunda cidade mais antiga do estado, são 12 desses patrimônios, quase nenhum tombado pelo patrimônio histórico. Fora isso, a falta de conhecimento da população, que em sua maioria não tem noção da importância desses prédios enquanto símbolos de uma época que é a base da história da Paraíba, uma vez que, por estarem localizadas na Várzea do rio Paraíba, elas representam o início do povoamento a partir do ano de 1585, data da conquista do Estado. Segundo a historiadora e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Martha Falcão, que estudou detalhadamente sete dessas capelas barrocas, à medida que os engenhos que deram início à colonização da Paraíba foram sendo construídos e favorecidos pelos excelentes preços do açúcar no mercado europeu, as capelas foram sendo erguidas. “Daí, justificar-se as belas capelas barrocas, muitas em ruínas estarem localizadas na zona rural de Santa Rita, que é a segunda cidade mais antiga do estado”, destaca a professora. Nossa viagem começa pela Capela de São Sebastião do Engenho Tibiri, a mais antiga de Santa Rita, que foi construída no então Engenho Real Tibiri. Fundada entre
os anos de 1586 e 1587 em homenagem a São Sebastião, patrono de um forte construído no local para defender as terras e ao rei D. Sebastião, desaparecido na guerra contra os mouros. A edificação é a única construção da época que sobreviveu. Uma das mais bonitas construções religiosas da região de Santa Rita é a Capela do Aterro de Santana do Gargaú. A edificação foi construída pelo colonizador Duarte Gomes da Silveira, dono do antigo engenho Gargaú, por volta do final do século XVI. Uma das justificativas que sustentam a atribuição é um velho escudo presente no frontão da igreja. Na inscrição se vê através dos relevos, um escudo com molduras artísticas e palmas em forma de concha, além de um capacete e um leão, com as armas nobiliárquicas de Duarte da Silveira. Outro ícone religioso da região é a Capela do Socorro, um dos dois exemplares brasileiros que possui uma espécie de terraço anexado à construção. Diz a lenda, que o local servia para separar homens brancos e livres de negros escravos. Estes últimos não podiam ultrapassar o limite da porta e assistiam às celebrações debaixo do alpendre. Situada à margem direita do rio Paraíba, ela foi construída em 1636 pelos portugueses. A história de sua construção remonta a uma promessa. Contase que quando as tropas guiadas pelo comandante Francisco Rabelo se defrontaram com o exército holandês no litoral paraibano, houve perigo de derrota por parte dos portugueses. Desesperado e com medo de perder a luta, Rabelo fez uma promessa à virgem do Socorro, prometendo que, em caso de vitória, ergueria no local duas igrejas, uma para Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Santa Rita e
outra dedicada a Nossa Senhora da Batalha em Cruz do Espírito Santo. O cumprimento da promessa resultou no que é hoje uma raridade, apesar da singeleza dos traços arquitetônicos. Também são exemplos de beleza arquitetônica nos arredores de Santa Rita, a Capela de São Gabriel, construída em forma de Forte e que atualmente encontra-se totalmente restaurada pelo proprietário das terras onde está localizada; a Capela de Nossa Senhora do Livramento que se assemelha em detalhes arquitetônicos com a Igreja da Misericórdia de João Pessoa e ao que tudo indica foi construída também por Duarte da Silveira. O que mais chama a atenção neste monumento é a magnífica beleza do seu interior, cujo altar-mor é todo trabalhado em pedra calcária. Dos templos estudados na pesquisa, apenas um não está localizado na zona rural, é a Igreja da Conceição. Construída em 1851 sua finalidade inicial foi dar espaço aos negros libertos. Naquele tempo, as leis impostas pela sociedade impediam a convivência de negros e brancos no mesmo espaço religioso, assim como separava escravos de negros livres e libertos. A história conta que no início do século XIX, muitos eram os negros libertos e convertidos ao cristianismo, que não possuíam local para exercer sua crença. Como não podiam freqüentar a Igreja de Santa Rita, porque era para brancos, também não queriam se ‘misturar’ com os negros escravos que utilizavam a igreja do Rosário, por isso construíram a igreja da Conceição. Em estilo barroco singelo, a igreja ainda possui o altar original construído em Cedro, no século XIX.
Acima - Igreja da Conceição Abaixo - Capela São Gabriel
materiais
Couros e Tecidos
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Fim de ano pede casa nova, mudança e renovação da decoração. Nessa hora surgem dúvidas sobre que material utilizar em sofás, cadeiras, cortinas, pufes...Os especialistas recomendam que o primeiro passo é observar o tipo de ambiente que se deseja criar, a proposta, o fluxo de pessoas que circulam no local e só então optar pelo material. Nessa hora pode-se optar por couros ou tecidos ou ainda misturar os dois materiais no mesmo projeto. As novas tecnologias proporcionam uma variedade infinita de cores, texturas, padronagens, tipos e tramas. A Artestudio pesquisou e traz as diferenças básicas entre esses dois tipos de material. Agora é só escolher o que mais lhe apetece os olhos, combinar os tons e entrar o ano com a casa de cara nova seja utilizando acessórios em couro ou tecidos.
Arquiteta: Márcia Barreiros
Bonito e prático Decoradora: Lili Guimarães
A tendência de usar o couro na decoração vem se ampliando nos últimos anos. Versátil, pode ser usado em pufes, bandejas, tampos, cachepôs, chaises, cadeiras, almofadas, jogos americanos, porta-prato, tapetes e até no revestimento de paredes. As possibilidades de utilização são infinitas, principalmente devido às variedades de cores, texturas e acabamentos que existem atualmente. Assim, além da durabilidade que lhe é característica, somem-se outros adjetivos como charme e elegância para compor o cenário. Cada vez mais forte em termos de tendência, trazendo cores escuras e neutras, como café e preto, além do branco e marfim, o couro 22 04
vem sendo usado de forma mais leve atualmente. São vários os tipos. O mais tradicional é o Couro Natural, muito utilizado em sofás e cadeiras proporcionando conforto e durabilidade. Há também o Ecológico, também conhecido como sintético e o Vacun que é muito utilizado pelos profissionais por adaptar-se melhor a estilos diversos de decoração. Uma das vantagens do couro sobre outros materiais é a praticidade: alguns são mantidos facilmente sem a necessidade de ceras ou conservantes e no caso de líquidos derramados sobre a superfície é bastante limpar com um pano branco e macio sem esfregar ou friccionar. Sobre a manutenção da beleza e maciez é só proteger dos raios do sol.
Nobres Tramas Grande vedete da estação, a seda - o mais nobre dos tecidos atualmente é sinônimo de bom gosto. Mesmo assim valem os chenilles, lãs, cashmeres e linhos que são sinônimo de conforto e maciez. “Um dos segredos no uso dos tecidos é saber dosar a variedade tramas e cores”, ensina a decoradora Lili Guimarães. Utilizáveis em cortinas, almofadas, colchas e estofados, os tecidos têm a grande vantagem de nunca sair de moda, principalmente se forem usados tons neutros e sóbrios. As novas tecnologias trazem como vantagens a resistência e durabilidade. Na prática vale combinar as tonalidades e padrões de tecidos para evitar excessos e poluição visual. As almofadas devem ser escolhidas de acordo
com o revestimento dos estofados. Nesse caso é pecado mortal em termos de decoração o uso de almofadas de tecidos finos com estofados revestidos de panos rústicos, por exemplo. É importante salientar que isso não significa que sofás e poltronas devam ter o mesmo tecido, mas devem combinar as cores entre si. Lili recomenda o uso de tecidos para ambientes mais requintados, mas não descarta a mistura dos dois materiais em um mesmo ambiente. “Você pode ter um sofá em couro natural e almofadas em tecidos que combinem com o estofado”, ensina. Aqui, devem ser levados em conta fatores como custo do projeto, gosto do cliente e proposta do ambiente.
internacional
Coleção de Arte Latinoamericana Universidade de Essex é pioneira na Inglaterra Fotos: Divulgação
H Ramiro Arango - Vênus Tunga
Siron Franco - Memória
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Há dez anos foi doada a primeira obra – a tela “Memória” de Siron Franco - como marco inicial da Coleção de Arte Latinoamericana da Universidade de Essex na cidade de Colchester. Esta atitude pioneira foi tomada por Charles Cosac, na época pós doutorando nesta instituição de História da Arte. A partir daí a coleção foi ampliada tendo hoje mais de 600 obras de artistas provenientes de 15 países em seu acervo. Seu caráter inovativo se dá por ser a única coleção pública no Reino Unido especializada na arte moderna e contemporánea da América Latina. Ente os destaques pode se citar entre os brasileiros obras de Siron Franco, Cildo Meireles, Tunga, Farnese de Andrade e Alex Flemming. O universo da arte latino americana é respaldado por obras de Roberto Matta, Carlos Cruz-Diez, Guilhermo Kuitca, Rufino Tamayo, Estério Segura entre tantos outros. O acervo em si não se encontra em um contexto isolado, pois o Departamento de História da Arte e Teoria da Universidade de Essex tem uma reputação ampla conquistada desde a década de 70 por sua longa experiência no campo de estudo da arte latino-americana. Desta forma as obras correspondem à necessidade de complementação do campo teórico da instituição. Apesar da coleção ainda não possuir uma sede própria ela possui grande visibilidade por apresentar constantemente parte de seu acervo na biblioteca Albert Sloman no campus da Universidade de Essex. Além disto duas vezes por ano sua curadora Gabriela Salgado elabora mostras coletivas temáticas explorando obras da própria coleção. Sua importância tem sido reconhecida de forma progressiva. Um exemplo desta evolução é a aquisição de um subsídio no valor
de 300.000 libras esterlinas para que todas obras sejam catalogadas digitalmente, processo este iniciado há três anos e com previsão de lançamento em abril próximo. Está planejada para esta ocasião um encontro teórico com especialistas internacionais da área, momento este em que o futuro e ressonância da arte contemporânea latino-americana passará a ser analisada almejando uma maior cumplicidade entre os profissionais e instituições empenhados neste contexto. Não é raro o fato de se deparar com obras deste acervo emprestadas a instituições européias ou parte da coleção sendo apresentada em outras organizações. O mapeamento da arte latino americana é muitas vezes feito “in loco” pelas diretoras Dawn Ades e Valerie Fraser ou mesmo pela curadora Gabriela Salgado, a qual esteve no Brasil em setembro passado por ocasião da inauguração da Bienal Internacional de São Paulo, plataforma esta fundamental para rever os artistas representados por suas obras em seu cotidiano profissional, ou ainda conhecer novos talentos que hão de ampliar um dia o laço cultural entre a América Latina e a Europa. Tereza de Arruda Jornalista e Curadora de Arte
A vocês arquitetos, por colaborarem para que o mundo fique mais bonito,
Ramiro José Pedro Costigliolo - Triângulos
Raul Piña - Doble Eclipse de Luna
Carlos Cruz - Physichromie Elisa Bracher - Angelim_2000
parabéns.
Rua Matteo Zaccara, 124 Jaguaribe - João Pessoa - PB (83) 241-6739 formatoassessoria@yahoo.com.br
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Fotos: Ricardo Ayala
painel A inauguração da loja de modulados Forma Espaço Espaço, representante dos móveis Italínea, situada em uma esquina privilegiada na avenida Edson Ramalho, contou com a presença de vários arquitetos e de representantes da sociedade pessoense. O ambiente de muito bom gosto e o clima de descontração da festa deixou muito feliz os proprietários: Fabiana e Alfredo Resende, que apostam no sucesso de seu empreendimento.
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01. Astrid Bakke (Mestre de Cerimônia), Fabiana, Louen e Alfredo Resende. 02. Alfredo Resende, Fabiana Resende, Nita e Assis do grupo Guaramóveis. 03. Milena Pinto, Eduardo Pinto, Fabiana Resende, Giovana Rolin e Yuri Gadelha. 04. Adelson Costa, Zélia Costa, Fabiana e Alfredo Resende. 05. Fabiana Resende e Marluce Vansconcelos. 06. Luiz Antônio Bronzeado, Eleonora Bronzeado e Vanessa Bronzeado. 07. Fabiana Resende e Marcela Falcão. 08. Antônio Dias Neto. 09. Fabiana Resende, Paulo Mota e Alfredo Resende. 10. Hugo Guimarães Filho e Tereza Ribeiro. 11. Viviane Sanguinette, Alfredo e Fabiana Resende.
11 12. Alfredo Resende, Sandra Marinho, Tadeu Marinho e Fabiana Resende. 13. Henrique Santiago, Fabiana Resende e Alfredo Resende. 14. Catarina Venâncio, Ana Carolina Paes, Iracema, Aveline Barreto, Renata Diniz, Maysa Barreiros, Alfredo Resende e Fabiana Resende (Equipe Forma Espaço).
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expediente Diretora Executiva: Márcia Barreiros Diretoras de Redação: Luciana Oliveira - DRT/DF 1.849/97 Socorro e Silva - DRT/PB 1.135/97 Redação e Edição: Formato Assessoria de Comunicação formatoassessoria@yahoo.com.br 83 241-6739 Diretora Comercial: Márcia Barreiros Diagramação: Renato de Sousa Fotografias: Stanley Talião, Márcia Visani Correspondente Internacional: Tereza de Arruda Pré-impressão: Multimagem Impressão: Gráfica JB
A revista Artestudio é uma publicação trimestral com uma tiragem de 6 mil exemplares de distribuição dirigida e gratuita. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só pode ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e artigos publicados são de responsabilidades exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.
carta do leitor “Acabo de ler o nº 7 da revista, ainda mantendo a qualidade de sempre. É um milagre fazer revista que não seja de fofoca e, ainda maior, no Nordeste com sua conhecida economia fraca das pernas. Mas vocês têm o braço, a cabeça e, sobretudo, a teimosia. Espero que continuem a me enviar esse colírio projetual”. Gildo A. Montenegro – Arquiteto e professor da UFPE
Teimosia nós temos de sobra professor, mas em parte ela vem da satisfação que temos em saber que existem pessoas como o senhor que acredita no nosso trabalho. Estamos acumulando uma dose extra de teimosia que pretendemos colocar em prática a partir do próximo ano. Ficamos muito agradecidas pelo incentivo. A editoria ••• “Acho que a editoria poderia explorar mais temas da nossa Paraíba. Coisas como criar sessões sobre os diversos estilos ou trazer projetos de casas de praia, casas de campo, estilos exóticos de decorar. As matérias são muito boas, o visual é lindo, mas ainda falta ousadia na seleção do que entra na revista. Temos uma arquitetura tão bonita que pode se explorada, procurem causos, pessoas, curiosidades que sejam pertinentes a arquitetura e acho q vai otimizar a revista que já é muito boa e vai ficar ainda melhor”. Luiza Monteiro – designer gráfica
Ok Luiza, muito obrigadas pelas dicas. Estamos sempre abertas a sugestões e as que forem interessantes para a revista serão utilizadas com toda certeza. A editoria
endereços ALAIN MOSZKOWICZ E ROBERTA XAVIER R. Antônio Lira, 55, SL 102 - Tambaú - João Pessoa-PB Fones: (83) 226-3866 / 9982-3670
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CLÁUDIA TORRES R. das Pernambucanas, 282, SL 503 - Graças - Recife-PE Fones: (81) 3421.1023 / 9945.1021 DÉBORA PIRES Av. Juarez Távora, 522, Edf Maximum, sala 306, Torre - João Pessoa - PB Fone: 83 244-4024 / 9985-9184 e-mail: deborapxa@uol.com.br HENRIQUE SANTIAGO Av. N. S. dos Navegantes, 415, Emp. Navegantes, Sl 203 - Tambaú - João Pessoa-PB Fones: (83) 226-5953 / 9982-9736 LILI GUIMARÃES Rua Hildebrando Tavinho, 174 - Miramar - João Pessoa - PB Fones: (83) 247 5161/9963 6992 LUIZ CLÁUDIO E VAUGRHAN CORNÉLIO Av. Pombal, 484 - Manaíra - João Pessoa-PB Fones: (83) 226-7266 / 9998-6378 MÁRCIA BARREIROS R. Tertuliano de Brito, 338B - 13 de Maio - João Pessoa-PB Fones: (83) 224-2108 / 9984-0629 e-mail: barreiros.marcia@bol.com.br MARCOS SANTANA R. Vereador Pedro Paulo, 306 Pedro Godim - João Pessoa - PB Fones: (83) 244-4258 / 9981-7018 e-mail: diebsantana@uol.com.br SANDRA MOURA R. Corálio Soares de Oliveira, 433, Edifício Átrium, Sl 603 - Centro - João Pessoa-PB Fones: (83) 221-7032 / 9981-6725
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vão livre Arquitetura e Música Jesuíno André de Oliveira* Espaço aberto para você, é a nossa proposta com esta coluna. Aqui você pode falar abertamente sobre arquitetura, decoração, ambientação, arte e design. Solte o verbo, afinal o Vão é Livre.
Qual a relação entre a Arquitetura e a Música? Há uma variedade de respostas pertinentes ao tema, mas nos apetecemos a uma breve interpretação. O entrelaçamento entre as duas ciências (?!) vai mais além, por exemplo, do óbvio argumento sobre a acústica;um item preponderante nessa relação. Os antigos cientistas e artistas não apenas se aferraram ao aspecto do Espaço como objeto principal da propagação do Som. Vide por exemplo, os suntuosos salões onde se realizavam festas com danças ou dos concertos patrocinados pelas expensas da nobreza entre os Séculos XVIII e XIX. Havia, poeticamente falando, uma similaridade entre a perfeição nas composições cujos elementos Harmonia e Tempo, denotam conhecimentos matemáticos, o que nos conduz a uma presunçosa comparação com a Arquitetura... Mas é na Era Moderna que a implicância entre estes aspectos tomam profundidade. Eruditos avant-garde do começo do século passado, com idéias experimentais como Edgard Vàrese e John Cale também exploravam o inusitado de novas ambientações, cujos resultados influenciaram nitidamente em novos conceitos de espaço e de acústica. A partir dos anos 70 a música pop executou com propriedade alguns desses novos conceitos. O famoso produtor e músico inglês Brian Eno, criou uma sonoridade especificamente voltada para o espaço físico com determinada ambiência, no caso o disco marco “Ambient 1: Music for Airports” de 1978, que era uma musica instrumental para preencher o ambiente dos saguões dos aeroportos enquanto se esperava para o embarque ou desembarque. Estava então cunhado o termo “ambient music” que provocou diversas vertentes. Nossa abordagem aqui é simples e bastante objetiva, o que naturalmente nos limita quanto ao esmiuçar sobre o tema. É claro que
podemos tomar subsídios para o conteúdo, observando as épocas desde os cantos gregorianos passando pelas idéias minimalistas de vanguarda nos anos 60 até novos conceitos da música eletroacústica. Também temos no país artistas estudiosos sobre o tema como Marcelo Badari.O ex-estudante de Arquitetura é um multiinstrumentista que assina diversos projetos sonoros entre os quais o Manta, já tendo lançado três discos; inclusive tem uma composição chamada “Gregori Warchavchick” em homenagem ao famoso arquiteto brasileiro de origem russa. Marcelo gentilmente nos respondeu algumas perguntas referentes ao nosso assunto: Há uma relação significante entre a música contemporânea e a arquitetura? MB: Composições de música eletroacústica são criadas já pensando no momento da sua execução, na quantidade de caixas acústicas disponíveis no local e na disposição das mesmas: é o uso do espaço arquitetônico de maneira mais consciente, proposital, para possibilitar uma experiência musical diferenciada... A disposição de caixas acústicas pelo espaço arquitetônico faz com que o ouvinte perceba a música vinda de todos os lados, não é só a música em si o foco da apresentação, mas o uso do espaço arquitetônico. Existem experiências de audição e espacialização sonora realizadas em centros de música experimental, como o GMEM - Grupo de Música Experimental de Marselha. Qual motivo para sua inspiração sobre o famoso arquiteto? MB: Essa música foi criada para um CD-ROM experimental sobre o arquiteto... A arquitetura modernista de Gregori Warchavchick era mais enxuta, sem tantos ornamentos... Procurei através da música eletrônica expressar esses elementos na composição... *Produtor artístico e editor do e-zine Junkmail, e-mail: junkmail@yd.com.br
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As cartas e e-mails para essa seção devem ser encaminhadas com o nome completo, profissão, endereço e telefone do remetente para o endereço r evistaar testudio@yahoo.com.br evistaartestudio@yahoo.com.br testudio@yahoo.com.br.. Por razões de espaço ou clareza do texto a editoria da revista Artestudio reserva-se do direito de selecioná-las e publicá-las da forma que melhor convier.
SER PortobelloShop
Você é o nosso principal convidado para dar vida ao SER Portobello Shop: o Programa de Relacionamento com Especificadores da Portobello Shop. Um jeito diferente de reconhecer atributos e qualidades e criar relações duradouras.
Premiação Quem pode participar Arquitetos, Designers de Interiores, Paisagistas e Engenheiros que realizam suas especificações nas Lojas Portobello Shop. O período da Premiação Maio de 2004 até abril de 2005
Os Especificadores SER Portobello Shop contam com os seguintes serviços em toda a Rede de Lojas Portobello Shop: a) Exclusividade (o Especificador quer se sentir como um SER especial, diferente). b) Flexibilidade (as pessoas na Portobello Shop estão dispostas a buscar soluções). c) Reconhecimento (na Portobello Shop nossos parceiros são sempre distinguidos por seus atributos e qualidades). d) Informação (somos uma organização que deve contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal do Especificador).
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Divulgação
Serviço
Sandra Moura Primeira colocada pela pontuação no 2º Ranking trimestral Regional
Granito Verde Ventura Arquitetos: Luiz Cláudio Carvalho Vaugrhan Cornélio da Silva
Mármore Nero Marquina Arquiteta: Viviane Sanguinette
Porque beleza é fundamental! MM COMÉRCIO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO BR230 - Km 11 - Quadra 78 - Lote 10A Lot. Jardim América, Cabedelo - PB Fones: (83) 245-3355 / 9305-5289 / 9305-9464 / mmcomercio@openline.com.br / www.mmcomercio.hpg.com.br