Revista AE 61

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Ano XVI - nº 61

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arquitetura & estilo de vida

ATRAVÉS DO TEMPO

Reforma atualiza casa dos anos 1970 para casal jovem

COM ASSINATURA

Objetos de design marcam interiores de casa após reforma

B.V. DOSHI

Um perfil do vencedor do Pritzker 2018

GUSTAVO ZANOTTO

Especialista comenta dos desafios do mercado de imóveis

GEOMETRIA DETERMINANTE

Projeto de casa de praia no litoral paraibano tem formas e madeira como protagonistas

+ O Memorial JK, Oscar Niemeyer, e a arquitetura de ‘Monstros S.A.’




A Evviva está iniciando uma era de mudanças e novas experiências na sua história. O redesenho do seu logotipo e a nova campanha são apenas o início de um movimento que retrata a tradição e os valores da família Bertolini passados de geração para geração. Estamos escrevendo um novo capítulo, permeado pelo saber fazer, pelos detalhes, respeito ao produto, às pessoas e aos novos tempos.

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PELA TRADIÇÃO DO NOVO


SUMÁRIO

Ano XVI Edição 61

CONHEÇA 19 livro

Quatro olhares sobre a obra de Niemeyer

22 GRANDES ARQUITETOS

A preocupação social do indiano B.V. Doshi, vencedor do Pritzker 2018

26 A HISTÓRIA DE

Os portões, a porta de entrada antes da porta principal

30 ambientação

O que você precisa para um home office

38 aCERVO

A rota dos bustos de João Pessoa, do centro à praia

56 REPORTAGEM

As vantagens de mobiliar um apartamento para alugar

60 OUTRAS ÁREAS

O futebol arte do paraibano Junior

62 ARQUITETURA E CINEMA

O realismo arquitetônico do mundo de fantasia de “Monstros S.A.”

64 INTERIORES E MODA

A tendência UrbanJungle em casa e nas passarelas

66 VIAGEM DE ARQUITETO Mediterrâneo: Côte d’Azur

64 ARTIGOS VISÃO PANORÂMICA 12

Amélia Panet faz reflexão sobre a arquitetura genérica

Vida Profissional 14

Maurício Guimarães e as perguntas que atormentam muitos profissionais liberais que decidem empreender

VISÃO LATERAL 16

Hélio Costa Lima comenta a arquitetura de Oscar Niemeyer para superar a transitoriedade da vida

ENTREVISTA ENTREVISTA 20

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Gustavo Zanotto, do Café Imobiliário, fala sobre inovação do mercado de imóveis

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Qualidade | Flexibilidade | Conforto luminoso

Av. Geraldo Costa, 601, Manaíra, João Pessoa – PB Telefone: 83 3226 2622 I www.lightdesign.com.br


revista arquitetura & estilo de vida

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INTERIORES 34

Casa dos anos 1970 é reformada pela Tria Arquitetura para um jovem casal

INTERIORES 40

Projeto de interiores de casa por Juliana Pippi destacou o visual e o design

NOSSA CAPA

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PROJETOS

Casa de praia no litoral paraibano tem formas e madeira como protagonistas em projeto de Vera Pires e Roberto Ghione

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2018 • Ano XVI nº 61

NOSSA CAPA nº 61 Projeto: Vera Pires e Roberto Ghione Foto: Vilmar Costa



revista

arquitetura & estilo de vida ANO XV I- Edição 61

EXPEDIENTE Diretora | Editora geral : Márcia Barreiros Editor responsável : Renato Félix, DRT/PB 1317 Redatores : Alex Lacerda,Débora Cristina,

QUEM SOMOS

onde nos encontrar Contato : +55 (83) 3021.8308

/ 99857.1617

c o n t a t o @ a r t e s t u d i o r ev i s t a . c o m . b r d i r e t o r i a @ a r t e s t u d i o r ev i s t a . c o m . b r R. Tertuliano de Brito, 348 - Bairro dos Estados, João Pessoa / PB , CEP 58.030-044

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AE é uma publicação trimestral, com foco em arquitetura, decoração, design, arte e estilo de vida, com tiragem de 8 mil exemplares de distribuição gratuita e dirigida. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só poderá ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e artigos publicados e fotos de divulgação são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.

arquitetura & estilo de vida

Lidiane Gonçalves e Renato Félix

Diretora comercial : Márcia Barreiros Projeto gráfico : George Diniz Prod. e diagramação : MB Fotógrafos desta edição : Vilmar Costa e indicados Impressão : Gráfica JB

revistaae @revARTESTUDIO Artestudio Marcia Barreiros As matérias da versão impressa podem ser lidas, também, no nosso site com acesso a mais textos, mais fotos e alguns desenhos de projetos.

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EDITORIAL

Comprometido com a sociedade

Márcia Barreiros editora geral e diretora executiva

Colaboradores desta edição:

O indiano Balkrishna V. Doshi é o mais novo vencedor do Prêmio Pritzker, o mais importante do mundo da arquitetura. Como já é tradição aqui na AE, ele ganha um perfil nosso, que mostra os motivos pelos quais ele ganhou esse reconhecimento e o que pode servir de espelho para os demais profissionais. Neste caso, seu comprometimento com o país e com a sociedade indiana, concebendo projetos de baixo custo que beneficiam comunidades inteiras. Outro assunto desta edição: alugar ou comprar um imóvel? Qual é a opção mais vantajosa, ou mesmo possível? Hoje em dia há opções dentro das opções e abordamos esse tema nesta edição, mostrando que alugar um apartamento já mobiliado vai se tornando uma escolha que cai nas graças das pessoas. Também trazemos a volta de uma seção querida da revista: “Arquitetura e Arte”. A análise da arquitetura em Monstros S.A. marca o começo de uma série dedicada aos filmes do Pixar Animation Studios. Não é porque se trata de uma animação que não há arquitetura envolvida na concepção dos espaços e seu uso pelos cineastas para comunicar ideiais. “Outras Áreas” também está de volta, mostrando paraibanos que são destaque no Brasil e no mundo. O retorno é com o ex-jogador, hoje comentarista de futebol, Junior. Ídolo eterno da torcida do Flamengo, ele nasceu em João Pessoa e, com o escritor José Lins do Rego, é o grande representante do estado na história do clube mais popular do país. No finalzinho dessa edição confira a celebração dos nossos 15anos de revista AE.

Renato Félix editor de jornalismo

George Diniz

designer gráfico

AMÉLIA PANET arquiteta e urbanista

HÉLIO COSTA LIMA arquiteto e urbanista

ALEX LACERDA jornalista

Boa leitura!

Débora Cristina jornalista

Lidiane Gonçalves jornalista

ARTESTUDIO

MAURÍCIO GUIMARÃES master coach

GERMANA Gonçalves designer de interiores

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VISÃO PANORÂMICA revista

Arquitetura

genérica?!

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em contraponto à arquitetura de grife, assinada por grandes escritórios, projetadas para ganhar o interesse do público e da mídia, “produtos de celebridades” como denominou. Para a autora, os arquitetos deveriam se ocupar das necessidades da maioria da população, “atender à diversidade de classe, raça, cultura e sexo (...)”, e, resistindo aos rótulos e definições restritas, seria a produção dessa “arquitetura do cotidiano” o grande mercado dos arquitetos e, relacionou alguns pontos que podem identificar essa arquitetura. Uma das características apontadas pela autora é a generalidade dessa arquitetura. Assim como um produto genérico, sua produção é “anônima”, não é de “grife”. O produto não tem ostentação. No entanto, seu resultado é adequado, funcional e digno. Em alguns casos não está regularizada quanto aos documentos legais, por exemplo, chega a ser clandestina, mas existe, foi construída, está inserida na paisagem urbana e a transforma.

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esde que lançaram os medicamentos genéricos, a palavra ‘genérico’ se popularizou, acabou por tornar-se sinônimo de algo que não tem uma “marca comercial”, ´”grife”, ou que, em geral é vago, indeterminado, o contrário de específico. Na área da saúde, o medicamento genérico é aquele que é designado pelo seu princípio ativo e não por um nome fantasia dado pelo laboratório que o fabricou. Com o tempo a palavra se desdobrou para outras áreas, sendo utilizada em produtos que não possuem marca comercial definida. Existiria, pois, uma arquitetura genérica? Aquela sem grife, que não é concebida por um escritório de estrelas? Aquela que não é capa de revista, mas ocupa a maioria dos espaços das nossas cidades? Seria feita por arquitetos? Tema muito polêmico onde vale esboçar algumas reflexões. Em Pensamento sobre o Cotidiano (1997), Deborah Berke há 20 anos tocou nesse assunto. Na ocasião ela refletia sobre o que ela nomeou de “arquitetura do cotidiano”

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Imagem: Divulgação

arquitetura & estilo de vida

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O valor da arquitetura que não é de “marca”


Ainda de acordo com Berke, a arquitetura do cotidiano também pode ser banal e comum. Como a produções da maioria dos escritórios de arquitetura, elas estão espalhadas por todas as cidades. Não são excepcionais, não nasceram para ser diferente, para ser um exemplar único, referência de um estilo ou marco na historiografia da arquitetura. Uma arquitetura do cotidiano também pode ser ordinária. Para Berke, tal arquitetura “é rude, direta e despretensiosa. Celebra o potencial de criatividade dentro do ordinário e, com isso, é genuinamente ‘do seu tempo’”. Percebo que tais características confrontam com as próprias definições canônicas, onde só se considera arquitetura aqueles exemplares dotados de intenção plástica erudita, resultado “do jogo primoroso, correto e magnífico de massas reunidas na luz”, como definiu Le Corbusier, ou nascidas de um belo traço, capaz de criar tamanha surpresa, ao ponto de atingir “o nível superior de uma obra de arte” como definiu Oscar Niemeyer. Nesse caminho, seria tal intenção plástica, segundo Lúcio Costa, o que “precisamente” distinguiria “a arquitetura da simples construção.” No entanto, essa arquitetura erudita, de livros e revistas de grande valor, que representam a nossa historiografia, quase sempre não reconhecem os pormenores da vida doméstica, são superiores a eles. São obras de arte, pois não?! Somos nós, simples mortais, que precisamos nos acomodar aos seus espaços. Quase sempre são avaliadas pelas suas proporções, ritmos de aberturas, transparências, jogo de volumes e outras tantas categorias que nós arquitetos conhecemos tão bem, mas quase nunca observadas quanto ao conforto do cotidiano, quanto ao aconchego de suas proporções internas, quanto à adequabilidade de seus usos. Os estudos de pós-ocupação que revelem seus resultados. Nesse sentido, para Berke, a arquitetura do cotidiano também reconhece a vida doméstica e os ritos pessoais, pois é feita para

ser habitada, ocupada, vivenciada, e, portanto, pode ser transformada, pois acompanha a vida que nela existe. Aqui incluirei mais uma característica que creio ser pertinente com as reflexões de Berke, e que, na minha opinião, podem ser consideradas arquiteturas do cotidiano. Refirome a arquitetura de cunho social, aquelas que procuram solucionar problemas relevantes para determinada comunidade, e, quase sempre, não fazem parte das demandas comuns de escritórios de arquitetura. São atendidas por coletivos de arquitetos, escritórios modelos vinculados às universidades, ou o setor público. Na maioria das vezes, estão localizadas em interstícios urbanos, faces da “cidade não oficial”. Tais demandas são diversas e envolvem situações de vulnerabilidade social. Seus produtos, ou serviços arquitetônicos, caracterizam-se por não ter uma autoria única e, muitas vezes, é o resultado dinâmico de um coletivo composto por profissionais diversos, moradores e trabalhadores locais. Quase sempre são construídas de acordo com as possibilidades encontradas, com as técnicas dominadas pela equipe e com os recursos econômicos existentes. Quando são fruto de processos legítimos de envolvimento, são apropriadas pelos usuários e adquirem um significado simbólico de resistência e coletividade. Assim como as demais características, essa prática arquitetônica e seus resultados fogem das definições canônicas do que é arquitetura. Diante disso, creio que o melhor a fazer é ampliarmos o olhar para a nossa prática, revisitá-la, perceber o que nos rodeia e, assumirmos de vez, nosso papel social diante de tamanha carência e diversidade. O arquiteto precisa ser reconhecido como um agente social e ter remuneração digna para tão nobre missão. Precisamos chegar em todos os cantos da cidade, arquitetura deve ser um bem de necessidade básica, pois está diretamente relacionada com a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar.

AMÉLIA PANET

Arquiteta e urbanista Mestre em Arquitetura e urbanismo Doutora em arquitetura e urbanismo pela UFRN Professora do curso de arquitetura e urbanismo pela UFPB

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VIDA PROFISSIONAL revista

QUANTO VOCÊ PERDERÁ

POR NÃO SABER VENDER SEUS SERVIÇOS? e formei, e agora? Abri um CNPJ, onde estão meus clientes? Decidi empreender sozinho, como vendo? Essas perguntas atormentam muitos profissionais liberais que decidem empreender. Se você está passando por isso e não consegue entender o porquê de seus clientes não aparecerem, mesmo tendo pleno conhecimento e experiência no que se propõe a comercializar, veja as dicas que dou e faça essa breve leitura até o final. Quando me propus a atuar como consultor organizacional entendia que

meus conhecimentos acadêmicos e minha experiência profissional na área de gestão seriam suficientes para iniciar a comercialização de meus serviços. De fato, o ponta-pé inicial não poderia ser diferente, ou seja, como conseguir fazer diagnósticos precisos e sugerir soluções viáveis e certeiras sem conhecimento de causa? A questão é, quem estava disposto a acreditar que eu era capaz de mudar a realidade da sua empresa e conseguir entregar um bom trabalho? Comecei então a buscar amigos e conhecidos. Uma rede de contato que satura rapidamente, pois nenhum deles vai ficar comprando de

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As dicas para conquistar mais clientes e se livrar dqueles que não ajudam

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você o tempo todo e você precisa ter receita constante para pagar os custos de seu negócio, investir e receber o seu pró-labore (quando é possível). Então, comecei a buscar formas de me posicionar melhor no mercado. Diante de minha experiência, vou lhe sugerir três coisas legais que poderão (deverão – sugestão de amigo) ser feitas: 1. Atraia pessoas, com a força da sua reputação; 2. Por influência de referência dos seus primeiros clientes, conquiste novos negócios; 3. Procure gerar mais negócios com seus clientes atuais e antigos. Combinando esses pontos, cerca de 85% de seus negócios podem acontecer anualmente (fonte: A Bíblia da Consultoria de Alan Weiss, PhD), assim como ele sugeri que você deverá alijar 15% dos clientes indesejados, e isso demandará uma prospecção bem ativa para gerar novos negócios. Muitos profissionais enfrentam dificuldades significativas no início da carreira, e até depois, por não terem adotado essa filosofia e uma boa estratégia. Adentram na rotina de trabalho, não fazem marketing adequado de seus serviços e acham que o banquete, quando “as vacas estão gordas”, durará para sempre, sem se preocupar com a sazonalidade da receita e do mercado. Outras dicas importantes, em relação aos clientes que devem ser descartados, dando espaço para que você trabalhe na prospecção de novos e até aumento de ticket médio dos atuais é:

1. Dispense o cliente que deixou de ser lucrativo; 2. Encerre o serviço se você está enfadado com o trabalho; 3. Descarte o cliente problemático; 4. Se o trabalho é desagradável, encerre também. E então, estou ajudando a responder as perguntas que deram origem a este artigo? Vou ainda enfatizar o seguinte: as pessoas dizem por aí, “esse é um vendedor nato”. Essa mesma expressão também é direcionada a outras profissões. É claro que temos, cada um, uma essência, mas acredito no poder do aprendizado. Ninguém nasce engenheiro, odontólogo, médico etc. Portanto, o quanto você perderá por não saber vender seus serviços? A resposta é simples e óbvia: perderá muito! E se estiver confiante apenas no seu valioso conteúdo, construído ao longo do tempo, jamais ou dificilmente conseguirá vender da forma correta e conquistar mercado. A essência de um bom profissional está na habilidade dele se propor a estar em constante aprendizado. Nenhum profissional, a não ser o que estudou para isso, foi preparado para ser marqueteiro. Mas esse deve ser um propósito do profissional liberal ou microempresário. Então, seja bom nisso! Por fim, te desejo sucesso, e não, sorte, que está ligada ao acaso e o sucesso, ao seu esforço.

MAURÍCIO GUIMARÃES

Master coach e consultor em gestão empresarial. palestras, treinamentos e workshops para empresas

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VISÃO LATERAL revista

MAUSOLÉU PARA UM PRESIDENTE

arquitetura & estilo de vida

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Situado na porção oeste do Eixo Monumental de Brasília, uma região da cidade pouco edificada, em que o horizonte infinito do Planalto Central domina a paisagem, o Memorial JK surge solene e plácido em sua monumentalidade monolítica, horizontal e branca, indicando nitidamente tratar-se de um mausoléu. O impacto dessa primeira visão já nos deixa tomados pelo sentimento da nossa pequenez diante dos mistérios da vida e da morte. Sobre a grande lápide de mármore em forma de tronco raso de pirâmide, cuja brancura imaculada contrasta com o azul do céu límpido, ou com o vermelho vulcânico do pôr-do-sol do cerrado, repousa uma casca branca de forma oval, aberta, como que quebrada, em alusão direta ao momento primevo da vida: o nascimento. Um alto mastro de concreto encimado por um pedestal de forma curva, que quebra sutilmente a horizontalidade do conjunto, eleva às alturas a figura do homenageado, e puxa para o alto a nossa visão, antes presa à terra, nos conduzindo a experimentar, ofuscados pela luminosidade intensa do sol, o efeito místico da luz do céu.

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entre os grandes temas da arquitetura, os mausoléus, juntamente com os templos, estão entre aqueles que mais exigem dos arquitetos a capacidade de mexer com os sentimentos humanos. Claro! Desses monumentos se espera que cumpram o difícil papel de satisfazer nosso desejo de superar a transitoriedade da vida, mantendo viva a memória (daí também se chamarem memoriais) de nossos heróis, figuras públicas, grandes amores e entes queridos. A importância que a humanidade dá à memória de sua passagem na Terra pode ser medida pela quantidade e escala dos memoriais que, desde a pré-história, pontuam todas as regiões do planeta e cobrem todas as culturas humanas, sejam antigas ou modernas. Das pirâmides de Gisé, no Egito, ao Taj Mahal, na Índia, e ao Monumento aos Pracinhas, no Rio de Janeiro, é longa lista de memoriais que atraem visitantes do mundo inteiro. Dentre eles, destaca-se o Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília, obra-prima deste gênero de monumentos assinada pelo genial arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

Fotos: HCL

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O Memorial JK, em Brasília, celebra a vida do governante que fundou a capital federal


De volta à terra, nossa visão, ao se recuperar do ofuscamento, vislumbra uma escadaria descendente que nos convida a penetrar nas entranhas da terra sob a grande lápide, e participar de um intrigante ato de exumação simbólica e respeitosa para conhecer a vida de JK. Após cruzar um túnel escuro que nos separa da vida lá fora, adentramos o grande hall de recepção que, no subsolo, exibe material audiovisual sobre a biografia e a obra do ex-presidente, e dá acesso a uma sala que reproduz com móveis e objetos originais o escritório e biblioteca que ele usou em vida. Com este espaço ameno e reconfortante, o arquiteto nos permite preparar emocionalmente para o estágio seguinte do percurso. Através de uma larga escadaria revestida de carpete azul muito escuro, ascendemos ao interior da grande lápide. Um ambiente em profunda penumbra, que exibe mais informações sobre a vida e a obra pública de Juscelino e de Dona Sara, a primeira-dama. Fotos de eventos de que participaram, comendas e presentes que receberam, vestidos e fraques que usaram em festas e comemorações oficiais no Brasil e no

exterior. Tudo valorizado por uma iluminação direta e pontual, com luz quente e suave para não macular a penumbra dominante. No centro desta grande nave silenciosa e escura, em uma sala circular com entradas pelos quatro pontos cardeais, encontra-se o esquife do ex-presidente, solitário, solene, de forma geométrica pura em impecável granito negro, iluminado por uma feérica luz vinda do teto, filtrada pelos vidros coloridos, em tons dominantes de vermelho, alaranjado e lilás, de um magnífico vitral de Marianne Perreti. Uma cena de tirar o fôlego, que nos leva imediatamente a um sentimento de constrição, respeito e elevação espiritual. No Memorial JK, Oscar Niemeyer mostra, com a mestria que o faz ser reconhecido como um dos maiores arquitetos de todos os tempos, que o que diferencia uma obra de arquitetura de uma mera construção é a sua capacidade de incitar as nossas emoções. Para além da obrigação de conferir solidez, garantir funcionalidade e proporcionar conforto, este é o principal desafio dos arquitetos, e o que eleva o nosso trabalho à categoria de arte.

HÉLIO COSTA LIMA

Arquiteto e urbanista, Professor de projeto arquitetônico e conselheiro federal do CAU/BR pela Paraíba

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revista

arquitetura & estilo de vida

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2018 โ ข Ano XVI nยบ 61

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LIVRO

Quatro vezes o inesgotável

Niemeyer

O mais famoso arquiteto brasileiro ganha mais uma abordagem em ensaios sobre quatro aspectos de sua obra Texto: Renato Félix | Fotos: Divulgação

Quatro Ensaios sobre Oscar Niemeyer De Paulo Bruna e Ingrid Quintana Guerrero (org) Ateliê Editorial 336 páginas, Formato: 16 x 18cm R$ 47

Autores:

Paulo Bruna

Ingrid Quintana

‘Niemeyer via no trabalho que estava realizando, uma contradição com o quadro social do Brasil, pois entendia que sua arquitetura estaria ”relegada apenas a atender os caprichos das classes mais abastadas”’

A obra de Oscar Niemeyer, o mais famoso arquiteto brasileiro, é vasta e aparentemente inesgotável. Não é raro serem lançadas obras que estudem um projeto em particular ou sua trajetória como um todo. Um lançamento de 2017 é Quatro Ensaios sobre Oscar Niemeyer, organizado por Paulo Bruna e Ingrid Quintana Guerrero. Não por acaso, a introdução do livro tem como título “Niemeyer, nunca é demais”. Bruna é brasileiro, professor na USP. Ingrid é colombiana, professora na Universidad de los Andes. Eles reúnem aqui quatro textos sobre aspectos diferentes da obra de Niemeyer, extraídos de um volume maior chamado simplesmente O Arquiteto Oscar Niemeyer. Sylvia Fischer, professora da UnB que escreve o prefácio, brinca que o livro deveria se chamar Oscar Niemeyer – Um Aperitivo. O primeiro texto é de Paulo Bruna: “A obra de Oscar Niemeyer em São Paulo”. Como está claro, uma abordagem das ações paulistas do arquiteto carioca que tem obras espalhadas pelo Brasil. Abrange as mais conhecidas, como o Copan (projeto de 1954, inaugurado em 1966), o Parque do Ibirapuera (inaugurado em 1954), o Memorial da América Latina (inaugurado em 1989) e o auditório do Ibirapuera (inaugurado em 2005), e vai mais além, em um estudo mais profundo. Em seguida, Hugo Segawa, professor na USP, aborda “Entre dois pavilhões: a repercussão internacional de Oscar Niemeyer”. Faz um balanço da crítica à obra do arquiteto do ponto de vista estrangeiro e um passeio por sua obra fora do Brasil, como a sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York (inaugurada em 1952). “A revisão crítica de Oscar Niemeyer” é o terceiro texto, de Rodrigo Queiroz, também da USP. Ele analisa não só os ataques da crítica à obra de Niemeyer a partir do conjunto da Pampulha (1944), desde 2016 eleito patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, mas também como o próprio Niemeyer mudou seus procedimentos a partir de 1954, com base, segundo o texto, na influência que recebeu da crítica (o que ele sempre negou). Encerrando o volume, “O espaço sagrado em Oscar Niemeyer e alguns dos seus desdobramentos na América Latina”, de Ingrid Quintana Guerrero, aborda a arquitetura religiosa do arquiteto, que era ateu. A partir daí, também vê a influência de Niemeyer em arquitetos latino-americanos, um tema pouco explorado. A obra de mais de 336 páginas, da equipe de pesquisa Arquitetura e Cidade Moderna e Contemporânea, é um relato pontual, mas abrangente de, como define a organizadora, “um renascentista do século XX”.

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ENTREVISTA

O consultor fala sobre a necessidade de mudança no mercado de imóveis, o projeto Café Imobiliário e o interesse brasileiro por Portugal

arquitetura & estilo de vida

‘Mais do mesmo não adianta’

revista

GUSTAVO ZANOTTO Texto : Renato Félix | Fotos: Divulgação

AE – Quando você voltou ao Brasil? GZ – Voltei para o Brasil no ano de 2000, abri uma

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empresa e comecei a cuidar da parte de comunicação e me envolvi, no Brasil, com construtoras. Fui convidado depois para fazer parte do departamento de marketing de pequenas construtoras na cidade de Campinas. Passei a frequentar essas construtoras, prestar serviços, depois passei a ser funcionário dessas empresas. Em 2007, recebi o convite de tocar a operação da futura CBG, construtora criada depois da fusão de quatro outras grandes construtoras e que chegou a ser a maior operação imobiliária do Brasil. Fui gerente de planejamento e inovação da CBG até final de 2009. Depois fui para a Tecnisa, uma construtora de porte médio da cidade de São Paulo, que era a grande referência em inovação, que enxergava as mudanças do mercado através das plataformas eletrônicas, através das conexões criadas via digital, e passei então a ser gerente de mídia. Fiquei na Tecnisa até 2011, quando eu assumi a gerência geral de mídia

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AE – Como você entrou nesse ramo do mercado imobiliário? GZ – Eu entrei no mercado imobiliário em 2000. Fui para os Estados Unidos, eu tinha uma outra profissão, fui morar no estado de Iowa. E lá comecei a conversar com pessoas que participavam do desenvolvimento imobiliário e desenvolvimento urbano da cidade. Eu morava num hotel e lá também tinha pessoas de outras nacionalidades: venezuelanos, colombianos, bolivianos – que estavam no país para ajudar no desenvolvimento imobiliário daquela região. Comecei a conhecer o mercado, a conversar com construtores, me dedicava a visitar incorporadoras. E comecei a entender como funcionava o mercado imobliário americano.

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G

ustavo Zanotto entrou no mercado de imóveis meio por acaso, mas hoje é um nome importante no que diz respeito à inovação e à solução de problemas para os profissionais da área. Ele tem trocado informações pelo Brasil e no exterior, a bordo do Café Imobiliário, criado junto com Guilherme Carnicelli, um ciclo de palestras, consultorias e treinamento já realizado em váriios estados e também em Miami e Lisboa. Café Imobiliário hoje também é um canal no YouTube (https://www.youtube.com/channel/ UCDp11k8edeRx7duf3YRgmTA) tratando de temas como inteligência artificial, o comprador de imóveis na internet, e-mail marketing e outros. Ele conversou com a AE sobre sua trajetória, a necessidade de mudanças no mercado de compra e venda de imóveis e a abertura do mercado português para os brasileiros.


e inovação da Cyrela, que hoje tem a maior operação imobiliária do Brasil. Sempre cuidando das estratégias de comunicação, marketing e principalmente de inovação para as construtoras. AE – Esse período coincidiu com o crescimento da internet como aliada profissional, não é isso? GZ – Fui tomar conhecimento da importância da internet de maneira profissional em 2004. Para traçar estratégias de vendas e relacionamento. Lá atrás eu usava, mas apenas como curiosidade. Percebi como a internet é importante para criar estratégias de alavancar vendas, mas também como estratégia de relacionamento.

integração do mercado: construtoras, imobiliárias e corretores de imóveis. Hoje o mercado necessita de maius informação, diferente daquelas que já têm nos sites. Você tem que gerar valor para quem compra um imóvel de você. É preciso ter coisas que façam você se diferenciar. Não adianta fazer mais do mesmo.

AE – E como surgiu o Café Imobiliário? GZ – Com o nosso trabalho, começamos a ser convidados para dar palestras. E começamos a viajar o Brasil todo para dividir o nosso conhecimento, nosso conteúdo. O Café Imobiliário Miami começou em 2005 e, em outubro, vamos para a quinta edição. E tivemos a segunda de Lisboa em maio. O Café Imobiliário abriu as portas para o brasileiro conhecer o mercado português. AE – Nessa viagens pelo Brasil, como você vê a diferença de mercado entre as regiões? GZ – A primeira coisa que a gente percebe é que o Brasil é um imenso mercado imobiliário. Todas as cidades têm diferenças de mercado. O mercado de João Pessoa não é o mesmo de Campina Grande. Mas o que a gente mais percebe, por onde passa, é que as demandas são sempre as mesmas, os problemas são os mesmos, o empresário traz as mesmas dificuldades. No todo, é igual. O que diferencia é a maneira como seus profissionais trabalham. As ações são sempre as mesmas. O mercado é repetitivo. Mas poucas são as empresas que trazem novidades para o mercado. AE – Como melhorar esse mercado, então? GZ – Existe oportunidade onde tem o caos. Mas as imobiliárias não conversam com os corretores. E os corretores não têm como dar feedback para os clientes. AE – O mercado de Portugal tem crescido no interesse do brasileiro, não é? GZ –O Café Imobiliário já levou 30 pessoas para Portugal. O mercado cresceu nos últimos anos, passou a ser vitrine dos negócios imobiliários na Europa. Lisboa foi eleita um dos melhores destinos turísticos, tem a facilidade da língua e o país recebe bem o estrangeiro. E um governo que proporciona estabilidade econômica. O brasileiro tem se preocupado com estabilidade, segurança, tranquilidade, educação dos filhos. E como investimento, dá retorno. Você compra um produto e tem uma valorização. A taxa de juros é 1% ao ano. AE – Voltando ao mercado nacional, você fala bastante que os profissionais precisam mudar. Como chegar a essa mudança? GZ – Não existe uma fórmula mágica, uma receita de bolo. O que a gente tem visto é que é preciso uma

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GRANDES ARQUITETOS revista

Comprometido com a sociedade

Balkrishna Doshi, 90 anos e um trabalho dedicado à população humilde, é o primeiro indiano a ganhar o Pritzker

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com a representação de dois deuses hindus. Também trabalhou com o americano Louis Kahn. Um de seus projetos característicos é seu próprio estúdio, Sangath, em Ahmedabad, de 1979-80 (o nome significa “mover-se” em sânscrito). Nele, são combinados abóbadas de concreto, jardins e elementos aquáticos, com o uso de mosaicos feitos de telhas cerâmicas recicladas. Prédios públicos importantes foram a Ahmedabad School of Architecture (1966-68), que ele fundou na década de 1960, o Indian Institute of Management, em Bangalore (1977-83), o Gandhi Labour Institute, em Ahmedabad (1980-84), o National Institute of Fashion Technology, em Nova Delhi (1989) e a Amdavad ni Gufa Art Gallery (1992-95). Mas, tão importante quanto, é seu trabalho com empreendimentos de baixo custo, como a Indian Farmers Fertilisers Cooperative, em Kalol (1970-73), e o complexo habitacional Aranya, em Indore (1988), que acolhe 80 mil pessoas em casas, pátios e um labirinto de caminhos internos, projeto vencedor do

arquitetura & estilo de vida

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veterano Balkrishna V. Doshi levou este ano, e pela primeira vez para a Índia, o prêmio Pritzker. Em atividade desde os anos 1950, B.V. Doshi estudou e trabalhou com Le Corbusier e tocou a vida de inúmeras pessoas em sua trajetória profissional. É uma lenda da arquitetura contemporânea, com 70 anos de história. Uma característica importante de Doshi é seu comprometimento com a vida de seus compatriotas. A bordo de seu escritório Vastushilpa, em Ahmedabad, fundado em 1956, ele criou projetos que ajudaram no desenvolvimento da Índia e combinaram a modernidade com as tradições do país. Ele nasceu na cidade de Pune, em 1927, e começou os estudos em Arquitetura aos 20 anos, em Mumbai. Morou em Londres e depois em Paris, onde trabalhou com Le Corbusier. Sua volta à Índia foi para supervisionar trabalhos do mestre no país – ele mantém até hoje um retrato de Le Corbusier na entrada de seu escritório, junto

Texto: Renato Félix | Fotos: Divulgação

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Prêmio Aga Khan de Arquitetura, em 1995. Em outro trabalho, ele projetou espaços de estar para milhares de funcionários humildes do governo em uma nova capital de um estado da Índia. “Minhas obras são uma extensão da minha vida, filosofia e sonhos tentando criar o tesouros a partir do espírito arquitetônico”, afirmou Doshi, em entrevista reproduzida pelo site Casa Vogue. “Eu devo esse prêmio de prestígio ao meu guru, Le Corbusier. Seus ensinamentos me levaram a questionar a identidade e me obrigaram a descobrir uma nova expressão contemporânea regionalmente adotada para um habitat holístico sustentável”. No ano passado, Doshi comemorou seus 90 anos, enquanto a Índia celebrava seus 70 anos de independência. Foi o ano, também, em que o indiano recebeu da Royal Academy, na Inglaterra, o 27º Annual Architecture Lecture. Um reconhecimento que acabou sendo uma prévia do Pritzker, este ano. “Ao conceder-lhe a medalha deste ano, o júri do Prêmio Pritzker reconhece sua arquitetura excepcional, refletida em mais de uma centena de edifícios que realizou, seu compromisso e sua dedicação ao país e às comunidades que serviu, sua influência como professor e o excelente exemplo que estabeleceu para profissionais e estudantes de todo o mundo ao longo de sua longa carreira”, diz a citação do júri do prêmio. “Com uma compreensão e apreciação das profundas tradições da arquitetura indiana, uniu pré-fabricação e técnicas locais e desenvolveu um vocabulário em harmonia com a história, cultura, tradições locais e as mudanças pelas quais seu país de origem, a Índia, passava”. “Ao longo dos anos, Balkrishna Doshi sempre criou uma arquitetura sóbria, jamais extravagante ou em busca de tendências”, continua a declaração. “Realizou seu primeiro projeto para habitação de baixa renda na década de 1950. Em 1954, declarou: ‘Parece que eu deveria fazer um juramento e lembrálo por toda a minha vida: proporcionar à classe mais baixa habitações adequadas’. A habitação como abrigo é apenas um aspecto desses projetos. Todo o planejamento da comunidade, a escala, a criação de espaços públicos, semi-públicos e privados são testemunhos de sua compreensão de como as cidades funcionam e da importância do projeto urbano”.

Quartier em Berlim, Alemanha

Arquiteto:

Cemitério em Modena-Itália

Balkrishna Doshi

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A HISTÓRIA DE revista

Uma porta antes da porta Os portões foram criados para reforçar a segurança em casas e até em cidades; diversidade proporciona várias funções

Texto: Alex Lacerda | Fotos: Divulgação

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s portões são a primeira impressão que um visitante têm de um imóvel. Em seus mais diversificados estilos e formatos, os portões acompanham a humanidade desde que esta começou a sentir a necessidade de privacidade e segurança. Em termos de funcionalidade, o portão é um

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Tipos de portão Feitos dos mais diversos materiais, como madeira, alumínio, ferro e outros, são variados os principais tipos de portões conhecidos, como os abertos ou fechados, basculantes, corrediços ou de abrir. A escolha do material está diretamente ligado ao peso, estética e melhor aplicação dele naquele local. No entanto, além do material, seu estilo e forma de funcionamento irão determinar sua aplicabilidade e utilidade.

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ponto de entrada para um espaço que é cercado por paredes, servindo para a função dupla de impedir a entrada ou saída de pessoas de um local. No entanto, a privacidade e simbolismo também acompanham o uso dos portões pela humanidade. Os portões podem ser utilizados para um imóvel apenas ou para grandes construções, como um prédio inteiro, um castelo e até mesmo toda uma cidade. Atualmente, uma significativa quantidade de portões são abertos por porteiros automatizados. No entanto, o primeiro portão automático foi criado na Grécia no século I, por Heron de Alexandria, que viveu no período de 10 d.C. a 70 d.C.

Heron criou um dispositivo aparentemente “mágico” para a época, criando portas automáticas que se abririam quando o sacerdote chegasse ao templo. Ao acender uma chama em um altar, isso faria com que um arranjo de tubos, tanques e pesos, localizados abaixo dele, abrissem a porta em razão da evaporação da água concentrada no tanque.

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Trii, portão tradicional japonês


O portão basculante é o modelo com abertura feita na vertical, com a base de sustentação correndo em um trilho nas laterais direita e esquerda, permitindo sua abertura e fechamento. Geralmente é indicado para situações onde a abertura horizontal não seja possível ou para economizar espaço. Mais tradicional nos dias de hoje, o tipo “de correr” é bastante utilizado nos portões grandes, como os de garagens. A abertura horizontal possibilita que sejam mais reforçados e pesados.

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Já o portão de abrir, apesar de também muito comum, geralmente é encontrado em modelos menores e mais leves, possibilitando que sejam afixados numa parede que os suporte. É comum para entrada principal de casas e entradas laterais. Os portões eletrônicos são equipados com um mecanismo que automatiza a sua abertura e fechamento e podem ser tanto de correr, basculante ou de abrir. Apesar de necessitarem de uma maior manutenção, possibilitam uma série de vantagens e confortos para os usuários. Dois outros tipos de portões são o aberto e o fechado, correspondendo ao tipo de construção. Os abertos são chamados assim por possuírem aberturas, sejam em forma de grade ou vãos, permitindo visualizar a fachada do imóvel. Os fechados são construídos com material opaco, que impede a visualização do interior. Através dos tempos, a necessidade de segurança só foi aumentando, o que levou à criação desses diversos tipos de portas de entrada para nossas residências – ou até para uma cidade inteira.

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Jardim minimalista japonês

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AMBIENTAÇÃO revista

TRABALHAR EM CASA O que você precisa para um home-office

computador pode ter uma mesa de escritório pequena, ao passo que outra, que trabalha com arte e/ou faz artesanatos, com certeza precisará de uma mesa maior para comportar todos os seus objetos de trabalho. Certifique-se de escolher uma cadeira ergonômica e confortável, pois você passará horas sentadas nela e precisará manter uma boa postura para não acarretar problemas de coluna no futuro. Dê preferência a cadeiras com braços e altura ajustável, pois assim ela ficará perfeita para você. Afinal, ninguém gosta de ficar tanto tempo sentado com os pés balançando no ar.

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rabalhar de casa é o sonho de muita gente, e se você conseguiu alcançar este objetivo, parabéns! Mas se você vai trabalhar em casa, precisa de um local organizado e funcional, que tenha espaço suficiente para você desenvolver todas as suas atividades e guardar seus objetos de forma eficiente. Por isso, é importante pensar na decoração do home office para mantê-lo otimizado. Todo home office precisa de uma mesa, e você tem que escolher uma adequada ao seu tipo de trabalho. Uma pessoa que trabalha essencialmente no

Texto: DV | Fotos: Divulgação

Projeto da arquiteta: Thais Figueiredo

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Foto: Divulgação Foto: Divulgação

A utilização de apoios para os braços, pulsos e pés é essencial para quem passa muito tempo sentado digitando, por tanto, vale a pena investir um pouco nesses itens. Esses produtos são baratos e facilmente encontrados em lojas de departamento ou de informática e podem te ajudar prevenir problemas de saúde como tendinites, pés inchados e dores de coluna. Se você precisa armazenar algum tipo de material, talvez precise de uma mesa com gavetas, um pequeno armário ou uma estante. Dependendo do espaço que você tem, utilizar móveis com portas e gavetas pode ser mais interessante, pois são mais fáceis de limpar e deixam a sensação de que o cômodo está mais arrumado. Deixar o seu material de trabalho exposto e espalhado pelo home office, além de ser visualmente feio, cria uma sensação de bagunça e pode fazer com que alguma coisa acabe sumindo. Portanto, guarde suas coisas em locais apropriados e mantenha a decoração do home office em dia. Posicione sua estação de trabalho num local em que você consiga aproveitar a luz do sol ao máximo, mas de forma que ela não te cause sensação de ofuscamento. Na hora de instalar luzes e luminárias, lembre-se de que tanto o excesso quanto a falta de luz pode causar desconforto e dores nas vistas. Se você precisa fazer trabalhos minuciosos, talvez precise de uma luminária de mesa direcional para te ajudar. Com essas dicas, você já pode começar a fazer a decoração do home office em qualquer cômodo da sua casa.

Projeto da arquiteta: Thais Figueiredo

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INTERIORES revista

O passado e o futuro

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Reforma moderniza uma casa dos anos 1970 para um jovem casal, mas mantendo a história do lugar

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precisavam. E assim, a Casa Moema ganhou a forma, a cor e a vida que tem hoje. Sarah conta que quando elas conheceram o imóvel, o projeto já iniciou com o pensamento de manter a história da casa. “Isso era um respeito à arquitetura. Pensamos em deixar esses elementos originais para mostrar a história da casa de forma afetuosa. Deixamos a casa bem moderna, com bastante iluminação , materiais mais claros, abrimos novas janelas e aumentamos alguns

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ma casa dos anos 1970 ganhou os corações de jovens recém-casados. Apesar da ótima estrutura, o local precisava de modernização e de se adequar às necessidades dos novos moradores. Foi aí que as arquitetas Sarah Bonanno e Marina Cardoso de Almeida, da Tria Arquitetura, de São Paulo, entraram na história e fizeram um projeto que uniu a história arquitetônica daquela casa à modernidade que os proprietários

Texto: Lidiane Gonçalves | Fotos: Julia Ribeiro


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foi demolido e deu espaço a uma área de churrasqueira coberta com lavabo e área de serviço e a casa ganhou, ainda, uma área de estar externa com jardim. Segundo Marina, para integrar a churrasqueira e trazer mais verde à área interna da casa, buscou-se criar um pano de vidro na cozinha que também é a sala de jantar. “Dessa forma, logo ao entrar na casa, nota-se o jardim aos fundos da casa e os ambientes ganham amplitude”, diz a arquiteta.

O elemento que une todos os ambientes e mantém a memória da casa é o tijolo original que, ao ser descascado em toda a sua extensão, expõe um pouco da história da casa com os antigos caminhos dos conduítes e a idade da construção. No pavimento superior, foi criado um banheiro para o segundo dormitório e o dormitório principal virou uma suíte. A laje de cobertura do pavimento inferior se transformou em uma pequena varanda privativa. Exceto pelo

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casa. A outra, foi eliminar o quarto dos fundos e transformá-lo em uma área de lazer. A arquiteta explica que a casa de 120m 2 teve toda a sua estrutura preservada e que as mudanças feitas deram mais iluminação e ventilação natural, mesmo sendo uma casa “geminada”. O fundo da casa foi a área que mais sofreu mudanças: o quarto do fundo existente

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vãos. Modernizamos e demos mais praticidade com revestimento e pisos”, explicou. Com as mudanças propostas, a casa ficou de fácil manutenção, mais aconchegante e com a cara dos novos proprietários. Duas mudanças maiores aconteceram. A primeira foi fazer um novo banheiro, deixando a casa com duas suítes, já que o comum nos anos 1970 era que apenas um banheiro servisse a todos os moradores da

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tijolo que foi mantido, todos os revestimentos de piso, parede e caixilhos foram substituídos, trazendo identidade e contemporaneidade à casa. Assim, uma união entre passado e presente estabelece as fundações para o futuro de um jovem casal.

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Projeto: Interiores Arquitetas: Sarah Bonanno e Marina Cardoso Colaboradora: Gabriela Eberhardt Sofá: Breton• Cortinas: Dekora • Almofadas: Codex Home • Mesa de centro: Decarvalho Atelier • Tapete: Casa Fortaleza • Prateleiras cozinha: JHC Marcenaria • Ladrilho hidráulico: Dalle Piagge • Obra: Gargano Construções • Iluminação: Arquitetura da Luz

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INTERIORES revista

VISUAL E DESIGN

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Elementos foram combinados em projeto de interiores que acompanham reforma de casa em Floripa

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“Quando fui convidada para fazer o projeto de interiores, o time foi ótimo pois a mega reforma já estava em andamento e consegui participar desde as definições elétricas, hidro e iluminotécnica, revestimentos, etc. Os projetos foram compatibilizados pelo nosso escritorio e acrescentamos mais pontos onde eram necessários para atender melhor ao layout

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m projeto de interiores de Juliana Pippi para uma casa de 450m 2 em Sambaqui, Florianópolis, foi realizado numa antiga casa de uma família a um casal e duas filhas. Deu lugar a uma casa completamente nova em uma reforma realizada por Ruschel Arquitetura e Urbanismo e paisagismo de JA8 Arquitetura e Paisagem.

Texto: Mavi | Fotos: Divulgaçaõ


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do projeto de interiores. Deu super certo, afirma Juliana”. Os clientes queriam uma casa que, além de linda, tivesse muitos elementos de design, arte e materiais naturais. A arquitetura muito

bem inserida no terreno já tirava partido da linda vista do local, então a inspiração do projeto foi a natureza e seu entorno. “O projeto foi participativo. As crianças opinaram e escolheram as cores e o casal seguiu muito as indicações no

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nosso escritório e foram bem fiéis as especificações de projeto, item o que foi muito importante para o resultado final”, comemora a arquiteta. Então, qual a solução para cada ambiente? No living foi preciso criar alguns painéis que integrassem quando necessário o home theather , um espaço bem generoso foi destinado ao piano na sala de jantar, que o cliente toca e que fica direcionado para a bela vista que serve como fonte de inspiração para a sua música também. A cozinha foi desenhada com uma pegada de “casinha fofa”. Ali a cliente pediu que o estilo inglês fosse inserido no contexto do projeto. Sempre priorizando peças de design assinadas. Algumass peças foram desenhadas por Juliana exclusivamente para a casa. O resultado final é um lugar onde a arquitetura e o interiores dialogam com a natureza e vivem em harmonia com essa família que escolheu um refúgio para o bem viver.


Projeto:

Arquitetura de interiores Arquiteta:

Juliana Pippi

Piso: Indusparquet • Móveis soltos: mesa de centro Vigg, estante Code, mesa Sollos e cadeiras Diz e Malha, Jader Almeida • Tapete: Icon Interiores • Pintura parede: diamante lapidado da Sunivil • Marcenaria e portas deslizantes: H.Z. Móveis • luminárias: Ouse Iluminação . Pendente float e plafon : Iluminar • Colunas: Bertolucci • Forro em lâminas de bambu: Neobambu • Prateleiras em laca acetinada: Sayerlack • Painel da TV: Oben Design • Tijolinho: Pasinato • Sofá: Ettore Design . Tapete lona estonada: Amazônia Móveis • Bancada sob medida, madeira de demolição: Santo Graal • Louças e metais : Deca • Pintura: Tecnocimento • Persianas: Sofistique Decorações • Piso área externa: Solarium Newrock • Revestimento da piscina: Pastilha Jatobá • Móveis externos: Amazonia Moveis • Móveis planejados da cozinha: Florense • Revestimento da parede: Portobello • Moveis planejados do closet: Bontempo

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CAPA

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Convergindo

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para o centro

A geometria determinante e o protagonismo da madeira marcam o projeto de uma casa de praia Texto: Lidiane Gonรงalves | Fotos: Diego Carneiro

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ma casa de praia descontraída, para gerar um clima diferente do cotidiano da casa principal da família na cidade. Foi esse o objetivo do projeto que integra um condomínio na cidade de Pitimbu, litoral sul da Paraíba, criado pela dupla Vera Pires e Roberto Ghione, do escritório pernambucano VPRG Arquitetos. Com 290,81m2 de área, a construção durou de setembro de 2016 a junho de 2017. A centralidade do projeto e o uso da madeira são os aspectos marcantes da casa. Os dois arquitetos já haviam projetado a casa da cidade do casal cliente. “Combinamos manter as características de espacialidade e de conforto natural da casa da cidade”, conta Vera. “Porém adaptada às exigências de habitar na praia, de forma temporária. Uma casa para a convivência familiar e para receber amigos”. “O condomínio foi recém liberado para construir, a casa é a segunda construída em uma área relativamente grande”, completa Ghione. “Não existem fortes condicionamentos paisagísticos, além da vista para o mar e da disposição dos cômodos para garantir as melhores condições de ventilação”. Vera comenta que a casa resultou uma formalização autônoma, de geometria muito determinante, com telhado a quatro águas e uma lanterna central de iluminação e ventilação. “A planta baixa é um quadrado perfeito, com uma centralidade bem marcada, onde foi localizada uma escada que permite vivenciar, enquanto se circula, um terraço no pavimento térreo e o restante da casa no primeiro pavimento”, explica. A casa possui duas partes bem diferenciadas: uma é um “L” em alvenaria e laje de concreto, que contém


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uma espacialidade que integra três níveis: o terraço no térreo, as áreas sociais da família no primeiro, e a área técnica e para hospedagem informal no segundo, aproveitando a inclinação da coberta”. “A construção em madeira é um recurso para diferenciar a moradia em casa de praia, oportunamente combinado e aceito por nossos clientes”, diz Vera. “Também o desenvolvimento de experiências construtivas diferentes das chamadas ‘convencionais’, assim como para explorar o aconchego e as possibilidades espaciais que oferece o material”. Os dois espaços são integrados por uma

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as áreas privadas e de serviço; a outra é um quadrado com estrutura de madeira, onde se desenvolvem as áreas sociais. A geometria precisa e os dois sistemas construtivos complementados definem o conceito do projeto. “A centralidade define o espaço e a estrutura da casa”, diz a arquiteta. E há a madeira, que também é um destaque. A casa tem estrutura em eucalipto, coberta em massaranduba, assoalho em ipê, esquadrias, corrimões, guarda corpo de escada e escadas em cumaru. “A predominância da madeira como material natural é que dá identidade à casa”, afirma Ghione. “E tudo isso com

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escada central. “Acredito que resolveu as expectativas dos nossos clientes”, conta Vera. “Considerando que o local ainda encontra-se inóspito, a piscina foi elevada para aconchegar e dar certa privacidade ao terraço, além de proteger do vento, que em algumas circunstâncias pode ser incômodo”. Ghione conta que, mesmo sendo um projeto de construção, a ambientação não ficou para depois. “Em todos nossos projetos definimos os critérios gerais de ambientação”, conta ele. “Ao definir os projetos elétricos, hidráulicos, e a própria configuração dos ambientes, estamos definindo as bases para a ambientação. Também as integrações entre espaços interiores e exteriores através do paisagismo”. No caso desta casa, os móveis e peças de iluminação foram escolhidas pelos clientes. “Eles possuem muita sensibilidade e sabem escolher perfeitamente o que precisam, sempre de acordo com o layout fornecido no projeto”, diz o arquiteto. A preocupação com a sustentabilidade está presente, começando pela madeira, que é toda de reflorestação. “A estrutura é em eucalipto tratado e autoclavado, e os pisos em madeiras de lei certificadas”, conta Vera, que prossegue: “A utilização de tecnologia conhecida e de fácil interpretação (no caso da alvenaria

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melhores condições de ventilação, provocar sempre ventilação cruzada, proporcionar áreas sombreadas, tudo isso foi considerado neste projeto, como em todos os que realizamos. Isso contribui sensivelmente para tornar os projetos sustentáveis”. São detalhes importantes para que a nova casa aproveite o melhor do litoral nordestino.

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tradicional), complementada com tecnologia de ‘montagem’ de peças de madeira, racionalizadas e montadas sob uma estrutura geométrica rígida, que evita improvisações”. Nesse ponto, os critérios básicos para construir no Nordeste também precisam ser levados em consideração. “Proteger do poente, abrir para as

Projeto: Arquitetura e interiores Arquitetos:

Roberto Ghione e Vera Pires

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Piso e revestimento interno: Portobello • Revestimentos das paredes: Portobello e Nina Martinelli • Borda da piscina : Nina Martinelli • Pintura: Coral .• Verniz Madeiras: Sayerlack • Louças sanitárias e acessórios: Deca • Louças sanitárias e acessórios da área gourmet: Docol e Tramontina •Chuveiro piscina: Fidji • Vidros e espelhos: Vitrium • Alumínio: Perfimax • Splits: Dpi climatização, Eco Elgin • Projeto iluminação: Styluz • Luminárias: Iluminar e Brilia • Madeiramento, esquadrias e portas: Fecimal Art & Madeira • Fechaduras: Imab • Automação: Insteon • Iluminação e acessórios Piscina: Sodramar • Sistema de som/TV: Yamaha e Sansung • Eletrodosmésticos: Brastemp, Electrolux, Sansung e Fischer • Jardim: Itograss • Irrigação automatizada: Irrigold soluções em irrigação • Gesso: JC Forros. Cortinas motorizadas: Uniflex • Camas box : Kingcoil • Roupas de cama: Mmartan • Peças decorativas: Artesão local • Moveis planejados: Florense • Móveis: Tidelli • Telhas :Plann Boudeux, Perkus • Mámores e granitos: Granfuji


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REPORTAGEM revista arquitetura & estilo de vida

tudo dentro

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Com

Projeto da arquiteta: Jussara Chianca

Apartamentos mobiliados se tornam opção prática e vantajosa para alugar

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Texto: LIdiane Gonçalves | Fotos: Divulgação

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em um imóvel para alugar? Já pensou que mobiliar antes pode trazer vantagens? As duas principais são: conseguir locar mais rápido e com um valor maior que a média do mercado para aquele imóvel. Especialistas dizem que a procura por este tipo de habitação é grande, mas que ainda há pouca oferta. Estudantes, profissionais que estão vindo de outras cidades ou estados e pessoas que estão à espera que seu próprio imóvel fique pronto. Esses são alguns dos possíveis inquilinos. Afinal, para essas pessoas, é muito mais prático entrar em um imóvel sem a

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preocupação de fazer uma mudança e muito mais barato do que viver em um hotel, por exemplo. A arquiteta Silvana Freitas tem uma vasta experiência em aluguel de imóveis e dá algumas dicas para os proprietários que estão interessados em locar seu apartamento ou casa. “A princípio, o proprietário deve praticar o desapego, principalmente se já foi o seu lar. Ter em mente que se for alugar sem o mobiliário, o inquilino vai fazer à sua revelia, o que nem sempre é o melhor para o imóvel”, disse. Ela lembrou que mobiliar o imóvel, seja projetando ou não, agrega valor ao aluguel e diminui riscos de perfurações indesejadas nos revestimentos cerâmicos das áreas molhadas, bem como o risco de perfurações em canos e conduites elétricos. “Hoje em dia não há vantagens em deixar o inquilino mobiliar como quiser. Hoje em dia as pessoas estão procurando praticidade e menor custo. Quem vive no aluguel quer cada vez menos ter que adquirir móveis, para facilitar uma possível mudança de endereço”, argumentou.

Cuidados do proprietário Quando se vai alugar um imóvel, o contrato é a garantia de que os acordos serão seguidos, por isso, é importante que tudo esteja contido nele. “Quando o imóvel está mobiliado, deve constar a descrição de todo o mobiliário e se possível com um anexo fotográfico de todos os ambientes. Quando o aluguel é por temporada, um nicho de mercado cada vez maior em cidades turísticas, é feito um inventário inclusive de toda a louça, talheres e utensílios domésticos e de decoração, onde o inquilino recebe uma cópia conferida na entrada e na saída, se responsabilizando por qualquer dano ocorrido, substituindo o item físico ou em valor referente”, explicou Silvana.

Aluguel mais rápido A esteticista Valéria Medeiros passou pela experiência de alugar um apartamento já mobiliado. O apartamento do qual é proprietária tem todos os cômodos projetados: três quartos, sala, cozinha e banheiros. Por isso, em menos de um mês após o anuncio que o imóvel estava para alugar, ela assinou contrato com um inquilino. No condomínio onde fica o apartamento de Valéria, outros imóveis que estavam disponíveis antes do dela não foram locados justamente por não terem móveis. “Alugamos muito rápido e por um preço superior ao que estavam pedindo nos outros apartamentos”, disse. O analista de sistemas Bruno Azevedo decidiu que era hora de mudar para um apartamento maior quando recebeu a notícia que seria pai, mesmo morado em apartamento próprio e todo projetado. Os planos dele e da esposa incluem comprar um novo apartamento em um ou dois anos, mas, enquanto isso não acontece, a estratégia foi procurar um apartamento para alugar que tivesse móveis. “Como nossos móveis são projetados, não poderíamos levar muita coisa. Por isso, sempre que íamos olhar os apartamentos, dávamos prioridade aos que já tinham guarda-roupas e móveis na cozinha. Achamos alguns com este perfil, mas muitos deles estavam com os móveis com má conservação. Encontramos então um com móveis da cozinha e guarda-roupas seminovos e esse foi um dos motivos que nos levou a alugar”, disse. Ele disse ainda, que nem chegou a anunciar o seu apartamento, quando um amigo soube da intensão da mudança e que o apartamento ficaria com móveis na cozinha, banheiros e quarto, fechou o negócio do aluguel. A praticidade hoje é uma moeda valiosa.

Projetando para alugar Recentemente a arquiteta Jussara Chianca projetou um apartamento para alugar. Ela diz que algumas estratégias devem ser levadas em conta na hora de fazer um projeto deste tipo. “Criei ambientes leves e funcionais, criando uma decoração com um toque modernos, misturando cores – sempre predominando as neutras. A intenção é tornar o local agradável, que cause impacto positivo nos futuros inquilinos”, disse. Jussara explicou ainda que os ambientes têm que ser cleans e funcionais. “É muito mais fácil mobiliar um imóvel para alugar, pois não temos que nos preocupar com regras, desejos e inseguranças preestabelecidos quando conhecemos e até somos amigos dos futuros moradores”, comentou. Ela disse ainda que as vantagens de ter um apartamento já mobiliado para alugar vão sempre prevalecer. “É interessante ressaltar que um profissional de arquitetura e urbanismo é sempre importante neste processo, independente da complexidade do projeto”, disse.

Projeto do arquiteto: Lissandro Piloni

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ACERVO revista

Sentinelas históricos Do centro à orla, os bustos da capital paraibana contam um pouco da história da cidade

Texto: Renato Félix | Fotos: Divulgação

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Busto de Tamandaré

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Bandeira. A escultura é do italiano Umberto Cozzo, que tem outros dois bustos na cidade: o de Epitácio Pessoa, dentro da Faculdade de Direito (na Praça João Pessoa), e o de Augusto dos Anjos, que está no Parque Sólon de Lucena. Antes de chegar lá, porém, passamos pela praça Antenor Navarro. A praça foi restaurada em 1998 e o busto do ex-governador, antes escondido por um posto de gasolina, ganhou local nobre, à frente de um belo canteiro. É datado de 1934 e, na placa, há um poema de Políbio Alves sobre o bairro do Varadouro. O busto do pintor paraibano Pedro Américo está na praça que leva o nome dele, entre o Paço Municipal e o Teatro Santa Roza. Busto é modo de

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ilhares de pessoas passam por eles todos os dias. E quantas param e realmente olham para os monumentos que homenageiam personalidades da história da Paraíba e do Brasil e estão espalhados pela cidade? Um passeio da cidade baixa, onde tudo começou, até a orla marítima de João Pessoa, para onde a capital paraibana se expandiu, mostra alguns desses monumentos e os rostos de quem fez a nossa história. O primeiro da lista não é de um paraibano. Próximo à Estação Ferroviária, está o busto de Olavo Bilac, poeta carioca do parnasianismo, defensor do abolicionismo no século XIX e autor da letra do Hino à


dizer: Pedro Américo está reproduzido, imponente, de meio corpo, segurando pincel e paleta. Na base do pedestal, em alto relevo, a reprodução de dois de seus mais famosos quadros: o Grito do Ipiranga e a Batalha do Avaí. Um pouco mais acima, na vizinha Praça Aristides Lobo, está o busto do propagandista da República que batiza a praça. Lobo foi integrante do primeiro ministério da República, ainda no governo provisório. O busto está localizado no alto da escadaria que sai na rua da Areia. Nos anos 1950, era um local privilegiado para comícios. O busto só mostra o nome do homenageado e nenhuma informação a mais, mas, na parte de trás do busto, está a assinatura do escultor francês M. Sain. São dele outros dois bustos da cidade: o de Venâncio Neiva, no Pavilhão do Chá, e o de Epitácio Pessoa, no começo da avenida que leva seu nome – ambos com “Paris, 1919” acompanhando a assinatura. O monumento a Venâncio Neiva é um dos menores. O Pavilhão do Chá, vale lembrar, é o nome informal da praça que leva o nome do primeiro governador republicano da Paraíba. No pedestal, um selo do Conselho Nacional de Geografia. Está escrito: “Não destruir. Protegido pela lei” A maioria desses monumentos sofre evidentes ações do tempo: estão sujos, com a pintura do pedestal descascando ou com uma ou outra rachadura. Alguns já estiveram em situação pior. O do poeta Augusto dos Anjos, que se encontra na galeria homônima, por exemplo, já teve colado até um adesivo de campanha eleitoral que atravessou os anos. Com a reforma da galeria, o busto foi restaurado. Por um tempo, esteve ausente do local, motivando uma faixa no local que indagava seu paradeiro. Atualmente, está de volta, mais recuado e protegido. Nele, há placas com três poemas de Augusto e um de Adabel Rocha, este sobre o poeta. No Ponto de Cem Réis, nome pelo qual é mais conhecido a Praça Vidal de Negreiros, o busto do paraibano que foi o principal nome na luta contra a dominação holandesa, no século XVI, ganhou local nobre após uma grande reforma no lugar. Hoje fica sobre um pedestal. O outro busto do poeta está no Parque Sólon de Lucena (a ele ainda é dedicada uma estátua na Academia Paraibana de Letras). O busto permanece no mesmo ponto, mesmo após a grande reforma do lugar, agora conhecido como Parque da Lagoa. Há outro busto no parque, dedicado ao centenário de Severino de Albuquerque Lucena, sem maiores informações sobre o homenageado. A aurora da República e a Revolução de 1930 têm boa parte dos homenageados com bustos em João Pessoa. Em uma pracinha no canteiro da Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Liceu Paraibano, está o pequeno monumento a João da Mata Correia Lima. Advogado, foi professor da Academia de Comércio e um grande boêmio. A inscrição na placa – quase apagada – diz: “Grande democrata e maior tribuno de 1930”. A homenagem é de 1932. Finalmente, em direção à orla, estão dois dos mais conhecidos monumentos da cidade. Logo

no começo da Avenida Epitácio Pessoa, a principal da cidade, está o monumento ao paraibano de Umbuzeiro que se tornou presidente da República em 1919. No começo, o busto ficava em frente ao Palácio da Redenção – e sua postura de orador, apontando com firmeza para frente, foi logo alvo de gracinhas, com as pessoas afirmando que o presidente apontava “onde estavam os ladrões da República”. Só em 1965, o busto foi mudado para o começo da avenida homônima. Desde então, sobre um bloco de concreto de 2 metros de altura, ele aponta para o lado da praia, como se estivesse mostrando o futuro da cidade, para onde ela deveria crescer. Na praia, na outra ponta da avenida Epitácio Pessoa, está o famoso busto de Tamandaré. Mas quem foi ele? O almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, teve uma atuação importante na Guerra do Paraguai, comandando as forças navais no Rio da Prata. É o patrono da marinha brasileira. E esteve na cidade, bem antes da guerra, em 1859, comandando a esquadra que trouxe o Imperador D. Pedro II em visita à Paraíba. A localização e o visual privilegiados o tornaram uma referência para os pessoenses. O busto de Tamandaré está na divisa entre os bairros litorâneos de Cabo Branco e Tambaú e compartilha da visão de quem chega ao mar pela principal avenida da cidade. Talvez seja o monumento de quem o pessoense fala com maior intimidade. Pena que ficou meio ofuscado e deslocado pelo chamativo letreiro ‘I Love Jampa’, que foi instalado no local pela prefeitura da cidade.

Busto do poeta Augusto dos Anjos| Foto: Renato Félix

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OUTRAS ÁREAS revista arquitetura & estilo de vida

Recordista de jogos pelo Flamengo, o paraibano Junior é um dos maiores ídolos da história do clube carioca

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carioca em 1974, 1978, 1979 duas vezes (houve dois campeonatos aquele ano) e 1981; campeão brasileiro em 1980, 1982 e 1983; campeão da Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 1981. Também foi um dos grandes nomes de uma das mais queridas seleções brasileiras da história: a da Copa de 1982, tragicamente eliminada pela Itália naquela competição. Também foi titular na seleção da Copa de 1986, que foi eliminada pela França. Na Copa de 1982, no entanto, mostrou seu talento além do campo: compôs e gravou um samba que se tornou um hino oficial da seleção no torneiro: “Povo feliz”, que ficou conhecida mesmo como “Voa, canarinho”. O compacto vendeu 800 mil cópias. E ele já havia gravado um LP e sua relação com a escola de samba Mangueira é íntima: ele desfila todo ano como baterista da escola. Junior ficou no Flamengo até 1984, quando foi vendido para o Torino, da Itália. Era a primeira grande leva de grandes jogadores brasileiros vendidos para a Europa, principalmente clubes italianos – Falcão já jogava na Roma há anos, Zico tinha sido vendido no ano anterior para a Udinese, Sócrates foi para a Fiorentina também em 1984.

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ecente pesquisa da Datafolha mostra que o Flamengo ainda é o time de futebol mais popular do país. É, inclusive, o mais popular não só no Rio, mas em alguns estados, sendo mais popular que as equipes locais. A Paraíba é um desses estados. E é paraibano um dos maiores ídolos da história do Flamengo: o pessoense Leovegildo Lins da Gama Junior – ou, simplesmente, Junior. Ele é um recordista: o jogador que mais partidas disputou pelo clube, 875 jogos. Junior, hoje comentarista de futebol da Rede Globo, é da geração mais vitoriosa da Flamengo: aquela liderada por Zico, campeão continental e mundial em 1981, fora os títulos brasileiros e estaduais nos anos 1970 e começo dos 1980. Ele estreou no time principal como lateral direito em 1974, sendo já campeão carioca naquele ano. Dois anos depois, o jogador ambidestro se tornou lateral esquerdo, posição em que se consagrou na equipe. Acabou se tornando um dos líderes daquela equipe que ainda tinha nomes que o torcedor do Flamengo guarda com carinho até hoje: Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Rondinelli, Andrade, Adílio, Tita, Nunes, Lico. Nessa primeira fase, foi campeão

Texto: Renato Félix | Fotos: Divulgação

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Arte com a bola nos pés


Na Itália, Junior teve uma carreira bem sucedida e estável. Tinha já 30 anos quando estreou no Torino, e passou a atuar no meio-campo. Dois anos depois, atuou pelo Pescara. Sempre foi elogiado e eleito um dos melhores jogadores do campeonato. Em 1989, o filho do craque via uma fita com seus jogos pelo Flamengo e perguntou quando o veria jogar no Maracanã. Foi a senha para o retorno ao Brasil. Ele voltaria ao clube carioca que o consagrou para uma nova fase de conquistas. Tinha, então, 35 anos – era já um veterano para os padrões do futebol. Nessa fase ele, que já havia sido o “Capacete”, por causa do cabelo black power dos anos 1970 e 1980, ganharia outro apelido: “Maestro”. No meio campo, ele regeu os jovens da equipe nas novas conquistas, o Campeonato Carioca de 1981, a Copa do Brasil de 1990 e, principalmente, o Campeonato Brasileiro de 1992: o quinto do clube e seu quarto pessoal. Essa foi uma conquista especial. Aos 38 anos, o Maestro foi decisivo nos dois jogos da final, contra o Botafogo. Marcou gols nas duas partidas (vitória de 3 a 0 e empate em 2 a 2). Num gol de falta, sua vibração foi tanta que consagrou mais um apelido que já vinha recebendo: o “Vovô-garoto”. Foi um fecho de ouro. Junior encerraria sua carreira como jogador no ano seguinte, com 104 gols na carreira. Era um defensor que não raro estava presente no ataque. Bem, encerraria a carreira como jogador nos gramados, bem entendido. Porque ela seria renovada em outro campo: a areia. Ele foi o principal nome do esforço para alavancar o futebol de praia. Não era uma ambiente estranho a ele: tendo ido morar no Rio ainda pequeno, jogar bola na praia foi um passatempo comum para o pequeno Junior. Com o apoio do velho companheiro Zico, formou a seleção brasileira de futebol de areia e participou de torneio internacionais: foi campeão mundial em 1995, 1996, 1997, 1998 e 1999. Hoje, o futebol de areia é gerenciado pela Fifa, com copas do mundo oficiais. Sem a bola no pé, Junior foi treinador do Flamengo em duas breves ocasiões: 54 jogos entre 1993 e 1994 e mais 23 em 1997. Sua nova carreira é mesmo a de comentarista. Começou na TV paga em 1998 e depois passou para a Globo, onde comenta sobretudo jogos de equipes cariocas e nas Copas de Mundo de 1998 para cá. Assim, a torcida do Flamengo e os admiradores do futebol arte nunca deixaram de ter contato com o Maestro.

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ARQUITETURA E CINEMA

quase humano A animação ‘Monstros S.A.’ busca uma arquitetura que seja reconhecível por nós, mas ‘adaptada’ a seus habitantes

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ma fábrica é a responsável por gerar energia para sua comunidade, mas vive uma crise. Sua matéria-prima está escassa e seus profissionais buscam alternativas. É uma trama que poderia se passar em muitos lugares do nosso mundo, mas se passa em um mundo habitado por monstros. Para ser específico, os seres que saem dos armários para assustar as crianças à noite. Eles não fazem por mal: os gritos são o material que gera a energia para eles. Monstros S.A. é uma animação da Disney/ Pixar de 2001, o quarto longa do estúdio, após Toy Story (1995), Vida de Inseto (1997) e Toy Story 2 (1999). Nos três primeiros, a principal brincadeira com arquitetura vinha das pequenas dimensões dos protagonistas (brinquedos e insetos). Em Monstros S.A., haviam outros aspectos. O mundo criado é fantasioso, mas estreitamente calcado no mundo humano. A fábrica de sustos, em muitos aspectos, funciona como uma empresa do nosso mundo. “A fábrica tem muitos ambientes bem realistas, desde a entrada com um grande lobby e o balcão da recepção com a logomarca da empresa”, comenta a arquiteta Renata Madruga. “

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Texto: Renato Félix | Fotos: Divulgação

Passando pelos vestiários com seus armários individuais e bancos, o andar de sustos, com sua estrutura moderna e pé direito alto, o andar de escritórios com piso em carpete, forro com tratamento acústico e luminárias embutidas, os corredores de serviço com seus dutos e instalações, as saídas de emergência com barras na porta e placas de identificação iluminadas...”. Por outro lado, há também elementos que reforçam a diferença para o mundo dos humanos, sobretudo no que diz respeitos aos tamanhos diferentes de monstros que vivem nesse mundo. Agora, a arquitetura da Pixar precisa lidar com diferentes tamanhos de personagens e os ambientes da fábrica e da cidade do filme precisam atender a essa diversidade. “Essas diferenças são evidenciadas nas cenas que mostram as ruas – com casas, carros, portas, janelas, mesas e cadeiras de diversos tamanhos e modelos – adequandose ergonomicamente a cada tipo físico de monstro”, mostra a arquiteta. Um elemento importante no filme, naturalmente, são as portas. Elas são a passagem entre a fábrica e os armários das crianças. São trazidas, conforme uma programação pré-definida, de um depósito para o chamado andar do susto, onde assustadores profissionais entram em ação, e colocadas em suportes. Após o serviço, são levadas por trilhos suspensos de volta ao depósito.

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Um mundo

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Na reta final do filme, esse misterioso depósito é revelado: um complexo labirinto de trilhos suspensos com provavelmente milhões de portas armazenadas (considerando que cada uma leva a um armário de criança no nosso mundo). Mas há uma porta especial: a de Bu, a garotinha que faz o caminho inverso e vai parar no mundo dos monstros (causando confusões porque, na verdade, os monstros é que têm medo de crianças). Ressaltando isso, seu design “fala” mais que os outros. “Algumas portas são bem comuns”, analisa Renata. “Outras, como a porta de Bu, ‘comunica’ que é a porta de uma menina, por seu design clássico, com frisos e flores cor de rosa”. O andar do susto, aliás, é um dos ambientes muito trabalhados no filme. “Tem um design bem contemporâneo, com uma estrutura curva, que mais lembra os modernos saguões de aeroportos, do que os galpões tradicionais de fábricas”, explica a arquiteta. “Mantendo o pé-direito alto, com muitos painéis de esquadria de alumínio e vidro, permite a entrada da luz natural, mas que pode ser controlada através de sistemas roll-on de cortinas metálicas. O piso em grandes formatos deixa o ambiente mais clean e as luminárias com foco direcionados para os locais de trabalho facilitam as atividades”.

O trabalho geral do design dos ambientes chamou a atenção da arquiteta pelo realismo. “Nos mínimos detalhes, como no piso antiderrapante instalado na frente das portas de comunicação com o mundo dos humanos, a sinalização nas portas e paredes, a estrutura aparente, as instalações de ar condicionado nos forros, as luminárias adequadas a cada ambiente...”, enumera. “Os quartos das crianças também são muito realistas e representam bem o estilo de decoração americano, com móveis clássicos, frisos e papéis de parede”. E vale lembrar que Monstros S.A. é um filme sobre sustentabilidade. A crise energética em Monstrópolis, que existe porque as crianças estão perdendo o medo de monstros, é resolvida quando se descobre um “combustível renovável”: o riso.

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INTERIORES E MODA revista

FLORESTA EM ALTA A tendência “Urban Jungle” em casa e nas passarelas

Ambiente Bontempo na Casa Cor SP | 2018 por Roberto Migotto

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Desfile da Água de Coco por Liana Thomaz

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tendência e se escuta muito falar ultimamente, do termo “Urban Jungle”, ou simplesmente “floresta urbana”, que se refere à necessidade cada vez maior de se inserir a natureza, o verde, dentro do nosso lar, tendo em vista que este seria o refúgio de um cotidiano cada vez mais agitado e estressante. Ou até mesmo do ambiente de trabalho, para torna-lo mais humano e leve. Segundo a teoria da Biofilia, estudos comprovam que o ser humano, ao longo de sua evolução, é programado para amar tudo que é vivo. Portanto, a natureza e a predominância da cor verde, das folhagens tropicais, tem o poder de acalmar, e traz para os ambientes a sensação de tranquilidade e aconchego. A tendência futurista para as moradias e estabelecimentos prevê espaços cada vez menores e

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Texto: Germana Gonçalves | Fotos: Divulgação


minimalistas, levando em consideração praticidade e funcionalidade, com design apurado, e é aí que entra a necessidade de elementos da natureza para contrapor e dar mais leveza a espaços minúsculos. A tendência Urban Jungle, ao meu ver, pode ser “lida”, interpretada e posta em prática de várias maneiras... Tendo em vista hábitos da nova geração, de pessoas com uma consciência ambiental maior, mais ligados à natureza, engajados com causas ecológicas e que comem orgânicos, estes, sim não se incomodam em cultivar plantas naturais dentro de casa. Muito pelo contrário, isso os faz se sentir bem, podendo assim usufruir de uma verdadeira mini floresta urbana dentro dela, e esta seria minha primeira interpretação... Vale apostar em um cantinho de sua casa onde existam ventilação e luz natural favoráveis, tipos de plantas corretas, e ter um refúgio maravilhoso! Por outro lado há aqueles em que as plantas permanentes (artificiais), são a opção, pois não possuem tempo nem espaço para mantê-las naturais, e por isso, não deixam de seguir e usufruir dessa tendência. Neste caso a opção é abusar do verde na decoração, em vasinhos de tamanhos e formatos variados, suportes em alturas diferentes, ou até mesmo alguns vasinhos com plantas mais fáceis de manter como cactos e suculentas. É claro que tudo totalmente natural é mais bonito e surte mais efeito, mas as plantas permanentes disponíveis no mercado estão cada vez mais bem feitas e não deixam a desejar, tendo em vista estudos que comprovam que apenas observar o verde, já traz os benefícios de tranquilidade que a tendência propõe. Outra interpretação, e que pode ser complementar às plantas e folhagens propriamente ditas, são os elementos decorativos como almofadas, papéis de parede, tecidos e etc. Estes, em estampas de folhagens e motivos de natureza, completam essa atmosfera, aliados a tecidos como linho e móveis mais rústicos feitos de rattan, bambu e madeira. Apostar em cores quentes como laranja, amarelo e vermelho, além de cinzas e marrons, é certeza de acerto, basta lembrar-se das florestas. Nas passarelas, dos tons de verde às estampas vindas diretamente das pétalas de flores, além das texturas encontradas em folhas e pequenos insetos, o mood natural encontra-se em alta e dando forma às coleções do mundo fashion. Tecidos leves e esvoaçantes, capazes de unir conforto e elegância, a fluidez combinada com superfícies trabalhadas, nos desfiles de Chanel, Missoni, Tory Burch e Elie Saab, mostra uma tendência rica que une rusticidade com delicadeza. Na semana da alta costura, a estilista da Dior, Maria Grazia, armou um lindo jardim para apresentar sua coleção com perfume bucólico, e comprova em sua estreia, o desejo por coleções mais naturais, delicadas e com um ar romântico. Marcas como Água de Coco, por exemplo, já têm como registro forte as estampas naturais, porém em sua coleção verão 2018, trouxe na moda praia, registros e inspirações da ilha de Bali na Indonésia, entre elas suas folhagens e cores exuberantes. Afinal, se estar em um lugar que nos leve para perto da natureza e do verde de alguma maneira nos faz bem, imagina vestir?

UrbanJungle por Iná Barros

Christian Lacroix for Designers Guild Exo’Chic

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VIAGEM DE ARQUITETO revista

Riviera Francesa: Côte d’Azur

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Dentre as outras atrações oferecidas pela cidade, não poderia deixar de destacar o letreiro da cidade, de onde se tem uma vista incrível do mediterrâneo, bem como da cidade e seu porto. A Place Macena é outro destaque imperdível na cidade: compre seu café e aprecie os detalhes ímpares de cada um dos edifícios que circundam a praça. Em Monte Carlo, área mais disputada do Principado de Mônaco, a sensação de estar andando por um grande resort permeia todas as ruas da cidade. Indico três hot-spots imperdíveis na cidade: o jardim dedicado a princesa Grace Kelly (Jardin

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uando decidi conhecer a Riviera Francesa, a icônica Côte d’Azur (ou Costa Azul), elegi uma cidade base para me instalar, e não pude pensar em outra além da badalada Nice, em decorrência de sua proximidade com as demais cidades as quais almejei visitar: Monte Carlo, Cannes e Saint-Tropez. Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Nice, segui para o hotel Brice Garden, com uma localização excepcional e próxima dos principais destinos da cidade, como o famoso Hotel Negresco, o Promenade des Anglais e o Jardim Albert.


Japonais), a ala aberta ao público do Cassino de Monte Carlo e o Palais de Mônaco, de onde se avista toda a baía do principado. Para os que passam poucos dias na cidade, o passeio no estilo hop-on hopoff nos ônibus panorâmicos do Monaco Le Grand Tour pode ser um jogo certo. Para a noite, o Stars ‘n Bars será uma pedida certa. Cardápio a preço justo e uma vista ùnica da cidade inteiramente iluminada. O ápíce de Saint-Tropez, para muitos, é o verão. As ruas ficam repletas de turistas, longas filas por todos os lugares e os restaurantes saturados, o que pode tornar a experiência desagradável para aqueles que gostam de programações mais tranquilas. Já no outono, a cidade bem mais calma, torna-se atrativa por seus cafés e restaurantes. Recomendo uma visita a Maison des Papillons (Museu de Borboletas), o aconchegante café Senequier com vista para o mediterrâneo, seguido de passeio pela Doca Jean Jaurès, de onde terá uma bela vista de Saint-Tropez. Sinônimo de uma das maiores premiações do cinema, Cannes é, para mim, a mistura de Nice e Saint Tropez, em proporções menores. A cidade é muito aconchegante, e um passeio pelo Boulevard La Croisette é imprescindível. A parte antiga da cidade também é um ponto imperdível da visita, com prédios coloridos e as charmosas ruas estreitas. Em suma, viajar no outono pode ser a melhor opção se a preferência for a de realmente mergulhar na cultura local e desfrutar de tudo que as cidades têm a oferecer com maior tranquilidade, já que a baixa estação não atrai tantos turistas quanto o verão. As temperaturas tendem a estar amenas, o que significa esquivar-se do terrível calor europeu e, também, das temperaturas negativas.

Texto e fotos: Diego Porto

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AE completou 15 anos e marcou a data com o lançamento de um novo livro: Arquitetos na Paraíba. 37 arquitetos atuantes no estado ganharam perfis biográficos que mostram suas trajetórias e ideias. Uma obra inédita e de importância histórica que chegou ao público numa festa à altura, realizada no dia 14 de dezembro, no The House Mall – o local é um marco da arquitetura modernista na Paraíba. Também foi lançada na ocasião a edição especial de 15 anos da revista, com portfólios de jovens arquitetos. Entre os convidados presentes estiveram os biografados, seus familiares e amigos e representantes dos anunciante da Bontempo, Conselho de Arquitetura de Urbanismo da Paraíba (CAU-PB) e Oca Revestimentos além de nossos patrocinadores: Grupo Elizabeth, Oficina do Granito e Evviva.

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• Decoração: ALICE FLORES TROPICAIS • Mobiliário: CABANNA MÓVEIS • Painéis: BONECA MADEIRAS • Iluminação: START EVENTOS • Buffet: SONHO DOCE • Bem-vividos: SULA BEM CASADOS • Gerador: SE LIGUE GERADORES • Cerimonial: FÁTIMA TENÓRIO • Banda: ORQUESTRA CONCEPT • Impressão convite: GRÁFICA JB • Fotografias: JUAREZ CARNEIRO STUDIO • Apoio: GRUPO ELIZABETH, OFICINA DO GRANITO E EVVIVA

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CARTA DO LEITOR

ENDEREÇOS

PROFISSIONAIS DESSA EDIÇÃO:

É com prazer que aceitamos a sua opinião, críticas, sugestões e elogios. Entre em contato conosco:

JULIANA PIPPI

contato@artestudiorevista.com.br Os emails devem ser encaminhados, de preferência, com nome e cidade do remetente. A ARTESTUDIO reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Rua Orlando Phillippi, 100. Ed Techplan, sala 303 Saco Grande - Florianópolis,SC CEP: 88032-700 +55 (48) 3225-3974 | 99624-9928 adm@julianapippi.com www.julianapippi.com | @julianapippi

TRIA ARQUITETURA

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ERRATA:

Solar Tambaú Foto : Cacio Murilo

VERA PIRES E ROBERTO GHIONE Rua Ana Camelo da Silva, 275 A. Boa Viagem. Recife, PE CEP: 51.111-040 +55 (81) 981041445 | 981051461 www.vprgarquitetura.com.br

Contato : +55 (83) 3021.8308 / 9 9857.1617

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No livro Arquitetos na Paraíba, não recebemos a tempo os créditos de todos os fotógrafos no perfil do arquiteto Paulo Macedo. Seguem então os respectivos autores das fotos:

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A AE é uma publicação trimestral, com tiragem de 8 mil exemplares de distribuição gratuita e dirigida. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só poderá ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e artigos publicados e fotos de divulgação são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.

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Nós queremos ouvir você

contato@artestudiorevista.com.br Condomínio Bosque das Orquídeas Foto: Felipe Mazzaro.

revistaae @revARTESTUDIO Artestudio Marcia Barreiros

Zarinha Centro de Cultura Foto: Sérgio Sombra

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Somos um grupo composto por músicos com 15 anos de experiência no mercado, especializados em eventos de casamentos, aniversários, formaturas e confraternizações. Nosso objetivo é através do nosso talento, levar aos nossos clientes com toda responsabilidade e compromisso, o que há de melhor em interatividade, animação, entretenimento, tecnologia e um repertório diferenciado e dançante do início ao fim do show. ​ Seguimos o formato de Orquestra “Big Band”. E contamos com os seguintes instrumentos: Bateria, percussão, contrabaixo, guitarra, teclado, sanfona, trombone, trompete, saxofone, dois cantores e uma cantora. Nosso repertório é o mais eclético possível, sempre investindo em estilos dançantes e animados que vão desde estilos latinos como o mambo e a salsa, passando pelo rock nacional e internacional, jovem guarda, discoteca (anos 70), sertanejo universitário, funk carioca, samba, forró estilizado, forró péde-serra, forró das antigas, axé, frevo... entre outras surpresas. Jean Fidelis Produtor Musical - Orquestra Concept (83) 9 8804-3740

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A CASA INVENTADA

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LYA LUFT

Escritora e poetisa

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“ A vida são escolhas” é um clichê, talvez ilusão. Acredito nisso, mas também acredito que apenas em parte somos responsáveis: não há só fatalidade e traição. Falo do ser humano muito além de mim, essa criatura que sonha, luta, sente medo, e mesmo assim vai até a última hora, o último suspiro e último degrau da misteriosa escada, frágil, mas essencial, encostada num velho muro, no fundo do jardim da casa que inventamos e que nos inventa. Lá tudo é descoberta momentânea e eterno enigma. Nessa aventura imprevisível, feliz e torta, aqui e ali paramos para refletir: por quê? Como? Com quem? Até quando – e por que não para sempre? Nunca saberemos. Pois nesse trabalho de viver não somos arquitetos, nem pedreiros: somos amadores.


SOFISTICAÇÃO NÃO É TER MUITO. É TER EXATAMENTE O QUE VOCÊ IMAGINOU.

ESPAÇOS únicos, POSSIBILIDADES infinitas.

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Bontempo João Pessoa • Rua Professora Severina Souza Souto, 207 • (83) 3244.7075 • João Pessoa/PB 85


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