Revista Atitude 3ª edição

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CARTA AO LEITOR

Esperamos de vocês a mesma atitude.

EDITOR-CHEFE Luiz Carlos Kadyll kadyll@atituderevista.com.br (31)9239-6438

REPORTAGENS José Vinícius Ferreira josevinicius@atituderevista.com.br

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Diante de um sério acidente de percurso (um de nossos colaboradores estratégicos enfrentou problemas de saúde e, assim, o perdemos num momento de elevada demanda de trabalho), precisamos nos desdobrar. Foi tarefa hercúlea fazer com que este número 3 chegasse às ruas sem arranhões, primando uma vez mais pela alta qualidade. O resultado, com certeza, deve ser creditado principalmente ao privilégio de ainda podermos contar com uma equipe sensível e comprometida. Além disso, a confiança conquistada junto ao público leitor e anunciantes renovou o nosso ânimo.

Juliany Cristina Rigueira

O fato é que nos ligamos em torno de um pacto inquebrantável do bem-fazer, geramos forças das profundezas da alma para cumprir com dignidade o propósito maior que nos norteia: oferecer uma comunicação pulsante e vigorosa à sociedade local.

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Alisson Assis

Nosso combustível essencial continua sendo o ineditismo, mesclado com os melhores exemplos profissionais pinçados de indistintas áreas. Alguns deles, aliás, pouco dados aos holofotes habituais da mídia e, surpreendentemente, nunca antes incensados. Procuramos falar de amor e de dor com a mesma sinceridade, sem pieguismos ou acessos deprês; de dedicação e de compromisso sem arroubos de sensacionalismo, valorizando a informação segundo a sua intensidade real. Acreditamos que as atitudes aqui retratadas são tão fortes e relevantes que não necessitam de recursos artificiais para se projetarem.

ASSISTENTES DE ARTE Ellen Villefer

Tomara continuemos merecendo tantos comentários agradáveis como os que recebemos de leitores comuns, após as duas primeiras edições. Para massagear um pouco mais o nosso ego, alguns deles estamos reproduzindo na seção CARTAS À REDAÇÃO. Tenham ótima leitura!

Luiz Carlos Kadyll EDITOR-CHEFE

juliany@atituderevista.com.br

Goretti Zeferino goretti@atituderevista.com.br

FOTOGRAFIAS Nilmar Lage nilmar@atituderevista.com.br

Juninho Zeff juninho@atituderevista.com.br

alisson@atituderevista.com.br (31)8836-4002

ellen@atituderevista.com.br

Willian Júnior willian@atituderevista.com.br

Fernando Mageski fernando@atituderevista.com.br

Colaboradores Andressa Moreira Edileide F. C. Almeida AR - WEB Neuza Produções Tiragem

3.000 exemplares

ENVIE SUGESTÕES A revista atitude conta com a sua participação para proporcionar sempre um alto nível de informação aos seus leitores. Envie suas sugestões de reportagens para sugestao@atituderevista.com.br Elas serão avaliadas por nossa equipe com toda atenção.



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SUMÁRIO 22 UMA LUTA ARDENTE 40

Fundador da Betel Condimentos começou negócio plantando pimentas

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NEY, FALANDO FRANCAMENTE Uma entrevista exclusiva com o campeoníssimo técnico da Seleção Sub-20

A MARAVILHA DOS SONS Garoto surdo de São João do Oriente aprende a falar aos 8 anos, graças à tecnologia

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62 CLAUDINHO E MICHELE

No Mês dos Namorados, um amor pra mais de metro

TAMARA ALMEIDA Modelo/manequim ipatinguense roda o mundo trabalhando para a Ford Models


CafĂŠ c/ Design

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Experimente as linguicinhas nos sabores: mista, bacon, frango e suĂ­na.


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DIVERSÃO E SUSTENTABILIDADE

Trilhas duras,

sem perder a ternura 10

Empresários, médicos, profissionais liberais, metalúrgicos e até juízes, membros do Trail Clube Serra dos Cocais se aventuram pelas montanhas carregados de adrenalina e também espírito de solidariedade


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A porta de entrada da Serra dos Cocais está em Coronel Fabriciano. Portal para um lugar repleto de natureza, com vegetação remanescente da Mata Atlântica, cachoeiras, cascatas, nascentes e outras belezas naturais de tirar o fôlego, a poucos minutos das áreas urbanas de Fabriciano, Ipatinga e Timóteo. A serra é um dos principais destinos turísticos da região, de pessoas em busca de descanso ou de aventureiros viciados em esportes radicais, como o trekking, cascading, mountain bike e 4X4. Porém, um dos esportes mais praticados no local tem chamado a atenção por outra característica. Os adeptos do motociclismo fora de estrada e suas variações, como o trail, o enduro, a subida-de-montanha, sobressaem na Serra dos Cocais não apenas por suas máquinas potentes ou por se arriscarem em trilhas que muitos não encarariam nem a pé. Contados em mais de uma centena, desde empresários a metalúrgicos, passando por profissionais liberais, estudantes, gente dos mais diversos segmentos, os membros do tradicional Trail Clube Serra dos Cocais (TCSC) têm levado muito mais que audácia esportiva e o ronco dos motores para trilhas da serra. Sobretudo, transportam muita esperança e solidariedade O TCSC existe desde o dia 3 de outubro de 1985. Foi criado para reunir pessoas com uma mesma vontade: se aventurar pelas trilhas do Vale do Aço. Hoje, 25 anos depois e com mais de 140 membros, ainda mantém a mesma essência, só que maximizada por um senso de responsabilidade maior. “Geramos débito, é fato, mas sempre estamos em busca de gerar um crédito ainda maior”, diz o diretor Administrativo do clube, Ronan Barbosa, de 41 anos. O grupo vive os

conceitos de sustentabilidade de forma ampla, com a preocupação tanto com a natureza quanto com a sociedade que mora nas duas comunidades que ficam na Serra, Santa Vitória dos Cocais e São José dos Cocais. Além de vários empresários, entre os muitos praticantes do trail estão médicos, dentistas e até mesmo juízes de Direito. De acordo com o presidente do TCSC, Marcelo Duarte, mais conhecido como Dudu, os pilotos costumam sair no sábado ou no domingo, percorrendo as trilhas das 8 às 18 horas. A distância média percorrida vai de 130 a 160 quilômetros. 500 km de trilhas Dudu é um dos principais pilotos de trail do Vale do Aço. Segundo ele, a região tem abundância de trilhas para a prática do esporte. “Se interligarmos todas elas, dá mais de 500 quilômetros. Isto só de trilhas. Se contar as estradas que temos que passar para chegar em algumas, aí o tamanho triplica”, explicou, contando que costumam ter como limite a cidade de Ferros. Dudu conhece alguns locais que ele afirma serem “os mais belos do mundo”. E, entusiasmado, acrescenta: “As trilhas te fazem ver a natureza de uma forma que você não imagina”. Esporte e Ação Social O TCSC tem em seu calendário de atividades programações das mais diversas, desde o tradicional Endu-

ro, disputado em nove etapas, até a Campanha do Agasalho e o Dia das Crianças. Esporte e ações voltadas para a comunidade se fundem num só prazer, a cada incursão em grupo pelas áreas rurais. A pobreza é grande em alguns dos locais mais remotos da região e, assim, os motociclistas se mobilizam em mutirões de assistência, como foi com a construção de uma casa no Tribuna. Ronan explica que, quando viu a realidade de uma família naquele local, ficou muito emocionado. “A gente tem tantas coisas na cidade, e ainda reclama. A casa era de um cômodo só, cercada de tábuas e telhas de amianto, interior de chão batido, onde seis pessoas dormiam. Havia apenas uma cama. São pessoas carentes ao extremo mesmo”, disse. Assim é que um grupo decidiu construir uma nova moradia para a família, cada um ajudando na sua área. “A dona da casa é uma senhora aposentada. Nós estamos ajudando a terminar. Adotamos a casa dela. Eu vou fazer toda a parte elétrica, porque é a área na qual eu trabalho. O que trabalha com gesso vai fazer o interior da casa, e assim por diante”, disse Ronan. “Não podemos simplesmente andar e andar” Outra data social no calendário do TCSC é reservada à “Campanha do Agasalho”, quando levam roupas

Nos lugarejos da Serra dos Cocais, as campanhas de doação de brinquedos e bicicletas atraem todas as crianças, mexendo com o seu imaginário

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DIVERSÃO E SUSTENTABILIDADE

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para amenizar o frio dos que moram na serra. A solidariedade também é marcante no Natal e no Dia das Crianças, quando os motociclistas levam brinquedos e muitos outros presentes. No último mês de outubro eles reformaram e levaram oito bicicletas para a Serra. A cara dos pequeninos era de um êxtase só. Além da atenção com os moradores, o TCSC tem um cuidado especial com a natureza. Sempre são feitos períodos de recuperação das trilhas, para evitar a erosão, ou a queda de árvores. Nascentes também são preservadas. “Não podemos simplesmente andar e andar. Tem trilha na época de chuvas que não pode ser trafegada, porque vai ser prejudicial ao solo, vai desmoronar ou coisa assim. Então sempre estamos proibindo o trânsito em algumas trilhas, para que a natureza se recomponha. Abrimos mão do hobby e pegamos enxadas e pás para isto”, disse o presidente do clube, Dudu. A Serra dos Cocais é o ponto-chave para 70% das trilhas da região. Contudo, em meio a toda a adrenalina que o esporte proporciona, entender a necessidade do próximo virou uma espécie de código de ética para os integrantes do TCSC. A principal preocupação do clube é tirar dos pilotos a pecha de “arruaceiros”, alimentada pela irresponsabilidade de um ou de outro. Assim é que eles estão cuidando de circular pelas trilhas e lugarejos com vários distintivos especiais. Futuramente, a ideia é inclusive criar um cadastro especial que possa estar permanentemente acessível à polícia, para monitoramento de eventuais excessos e de modo que seja resguardada a integridade daqueles que realmente estão nas trilhas não apenas para se divertir, mas também para respeitar os seus semelhantes. Na Tribuna, a vida precária de seis pessoas, com uma única cama, num barracão de apenas um cômodo, sensibilizou Ronan e seus colegas motociclistas A recuperação de trilhas é uma constante, para evitar a erosão e a queda de árvores



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INDO ÀS COMPRAS

No top 10 de Mina Ipatinga é a 9ª cidade do Estado em potencial de consumo neste ano. Cidade ocupa o 107º lugar no ranking nacional A IPC Marketing Editora divulgou neste mês

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de maio pesquisa especializada sobre o Índice de Potencial de Consumo das cidades brasileiras para 2011. E Belo Horizonte, naturalmente a campeã do Estado, é a quarta colocada no ranking nacional. O potencial de consumo da capital para este ano é de R$ 46,669 bilhões. Segunda colocada em Minas e a 31ª cidade no ranking nacional, a metrópole do Triângulo Mineiro, Uberlândia, alavanca um potencial de consumo em 2011 estimado em R$ 10,148 bilhões. O Índice de Potencial de Consumo de Ipatinga é estimado em R$ 3,451 bilhões para este ano, o que lhe garante a 9ª posição no ranking estadual e o 107º lugar no ranking nacional. A cidade-polo do Vale do Aço deixa para trás Divinópolis (R$ 3,299 bi – 112ª no Brasil), Governador Valadares (R$ 3,222 bi – 114ª), Sete Lagoas (R$ 2,785 bi – 128ª) e Poços de Caldas (R$ 2,673 bi – R$ 132ª).

Conforme a pesquisa, o Índice de Potencial de Consumo (IPC) de Ipatinga para 2011 é estimado em R$ 3,451 bilhões


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INDO ÀS COMPRAS

Classe média: 44,3% do potencial Segundo a pesquisa IPC Maps, de 2010 para 2011 a

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Além de Belo Horizonte e Uberlândia, estão à frente de Ipatinga no IPC estadual para 2011 as cidades de Juiz de Fora (3º lugar), Contagem (4º), Uberaba (5º), Betim (6º), Montes Claros (7º) e Ribeirão das Neves (8º). Juiz de Fora é a 34ª colocada no ranking nacional, com potencial de consumo de R$ 9,342 bi este ano, e Contagem está no 39º lugar, com R$ 8,402 bilhões. Interiorização A pesquisa revela significativa expansão de consumo entre os brasileiros de todas as classes sociais, com destaque para a interiorização setorial da economia, bem

como a concentração da classe C e o poder de compra da classe média. Entre as inúmeras variáveis do cenário nacional o IPC Maps aponta perda de potencial de consumo entre as 27 capitais quando comparado com 2010, revelando uma tendência à descentralização do consumo para o interior. A participação das capitais será de 32,7% em 2011, ante os 34,5% registrados em 2010. O número de mulheres permanecerá maior que o dos homens (51% contra 49%). A população urbana representará 84,4% (em 2010 eram 83%), apontando um consumo urbano per capita anual de R$ 14.297,74.

COMO O BRASILEIRO GASTARÁ SEU $ EM 2011 (%)

classe média teve um crescimento significativo em potencial de consumo, da ordem de 20%, superando o patamar de R$ 1 trilhão de consumo puxados pelas classes B2 – com cerca de R$ 592,5 bilhões – e C1 (cerca de R$ 440,4 bilhões). Responde por 44,3% do total previsto para o País, em 2011, percentual significativamente superior à demanda de 2010, quando a participação foi de 41,4%. Já as classes A1, A2 e B1 (topo da pirâmide social) disputarão o poder de compra com a classe média com outros R$ 929,4 bilhões, ou seja, 39,9%.



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NEGÓCIOS

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O milagre da multiplicação Hoje uma referência estadual no ramo da panificação, Pão & Pães teve como primeiro padeiro um prefeito DOS 140 metros quadrados iniciais, a sede da padaria hoje ocupa uma área de 1.300m2 no Bairro Cidade Nobre, em Ipatinga


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Não por acaso, a antiga arte de fazer pães cantada em versos na letra de Milton Nascimento e Chico Buarque de Hollanda - “forjar no trigo o milagre do pão e se fartar de pão” - é elogiada em material promocional da Pão & Pães. Um texto que ilustra o vídeo comemorativo dos 15 anos da panificadora, hoje uma das melhores referências do segmento no Estado, diz que há poesia no preparo da massa, no fazer o pão. No último mês de maio, o empreendimento celebrou o seu debut com a exibição da peça para um seleto grupo de convidados, num evento carregado de emoções. Na sede da panificadora, no Bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, foram recebidos familiares e amigos de Carlos Antônio Martins, também conhecido como “Lu”, o gestor do bem-sucedido negócio.

época em que Carlos atuava no ramo de conserto de motocicletas. Dali ele migrou para um investimento até então inusitado: um depósito de pães. Percebendo que o mercado era promissor, “Lu” adquiriu equipamentos compactos e montou uma mini padaria, em um pequeno imóvel alugado. Na ocasião, ele trabalhava com a noiva, Lívia de Sá Guimarães, com quem se casou e teve duas filhas: Tainara e Talita. O passo seguinte em busca da expansão do empreendimento foi a contratação de duas funcionárias. Até então, “Lu” contava apenas com a mão-de-obra de um único padeiro, Joaquim Correia de Melo, o Kim - ninguém menos que o atual prefeito de Santana do Paraíso. “No começo, não sabíamos que estávamos dando início a uma história de sucesso, mas acreditamos na ideia, trabalhamos muito, fomos conquistando clientes, prosperando”, relata Carlos. Com o pensamento fixo na inovação, “Lu” e a esposa decidiram viajar para conhecer aquelas que seriam as maiores padarias do país. “Nossa intenção é sempre atender bem o cliente e surpreendê-lo

com produtos diferenciados”, diz o proprietário, enquanto puxa pela memória a origem do empreendimento. Na visão de “Lu”, a Pão & Pães é hoje o que ele sempre sonhou: uma extensão da casa dos seus clientes. “Eles se levantam e vêm cedinho buscar o pão, tomar um café. Mais tarde, já podem também almoçar aqui mesmo, na Pão & Pães, que recentemente inaugurou seu restaurante”, enfatiza ele. “Quisemos apostar não só nos produtos específicos de uma padaria, mas aproveitando os conhecimentos adquiridos na escola, implantar o self-service também”, explica Lívia, graduada em Nutrição. Para Lívia, a solidez da Pão & Pães se apoia na variedade de produtos, nos preços acessíveis e na alta performance em qualidade. “Tudo isso constitui a chave do sucesso”, resume. Lívia chama a atenção ainda para as características dos empreendedores. “Carlos e eu somos determinados e sonhadores. Compartilhamos os nossos sonhos de crescer juntos, em família, e buscamos juntos a realização. A união é fundamental nesse sentido”, teoriza

A história do empreendimento começou em maio de 1996, numa Ladeando os proprietários “Lu” e Lívia, o primeiro padeiro da Pão & Pães, Kim, hoje prefeito de Paraíso, prestigiou a inauguração do restaurante juntamente com a esposa Luzia

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NEGÓCIOS ela, que durante as comemorações de aniversário e ampliação da Pão & Pães trocou alianças com o marido num gesto de renovação de compromisso conjugal. “Um gesto de amor vale muito. Esperamos que cada pessoa que entrar aqui possa sentir a presença do amor, algo maior que nós”, diz ela, sem esconder a emoção. ESTRUTURA Hoje, a Pão & Pães é uma das maiores padarias do Vale do Aço. O empreendimento inicial, instalado em 140m2, praticamente se multiplicou por dez: ocupa atualmente 1.300m2, levando-se em conta os quatro andares da empresa, que possui dois elevadores, “inclusive facilitando o acesso ao restaurante, no segundo andar”, ressalta Lívia. Apenas o setor de vendas já ocupa uma área que é duas vezes maior que o negócio original: são 300m2 de espaço climatizado e que conta com sonorização ambiente, sistemas de TV, de segurança, adega, hortifruti e pizza jet, além de confeitaria com uma infinidade de tortas, bolos e doces finos. A Pão & Pães emprega 69 funcionários, número que pode chegar a 80 até setembro deste ano, já que sua produção vem crescendo significativamente, de acordo com Carlos. “Chegamos a desmanchar 15 sacos de trigo por dia”, destaca o empresário, que atende 120 empresas da região. A Pão & Pães oferece café da manhã especial (auto serviço), almoço self-service, chá da tarde e, ainda, rodízio de pizza à noite. Entre as novas metas de seus proprietários está a implantação do funcionamento 24 horas. “Seremos a primeira no Vale do Aço a adotar essa prática”, projeta Carlos.

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SERVIÇO Café da manhã, restaurante self-service, chá da tarde, encomendas de bolos e tortas de aniversário, salgados e doces (mais de 100 variedades), coffe-break, lanches para grandes empresas, rodízio de pizza à noite. Pão & Pães Av. Monteiro Lobato, 627 Cidade Nobre – Ipatinga-MG Tel.: 3821-8433 Dois elevadores facilitam o acesso ao restaurante, que funciona no segundo andar


Um toque de leveza na indústria pesada Corajosa e determinada, não se intimida com a competição. A executiva Nilza Lopes Barra, 35 anos, está à frente da Consultec, empresa fundada em 2009 e especializada em oferecer suporte técnico a máquinas de grande porte no Vale do Aço. Foi em suas instalações, no Bairro Caladinho, em Coronel Fabriciano, que recebeu a equipe da revista atitude para uma entrevista, no início deste mês de junho. ATITUDE – Como tem sido a experiência de buscar reconhecimento num segmento tradicionalmente controlado por homens? NILZA BARRA – Bem, creio que já não é novidade acreditar na sensibilidade da mulher para alcançar posições de vanguarda. Lógico que tudo depende de muito trabalho, mas estamos preparados e confiantes, projetando somente para este ano um crescimento da ordem de 50% em nossos negócios. ATITUDE – Como surgiu a idéia da Consultec? NILZA – Sempre estivemos muito atentos às oportunidades. E percebemos que havia no Vale do Aço uma grande lacuna a ser preenchida no setor de peças e serviços para manutenção de equipamentos pesados. ATITUDE – E quais são, exatamente, os diferenciais da empresa no mercado? NILZA – Bom, em primeiro lugar procuramos nos cercar de uma experiente equipe de profissionais, assim como investir em equipamentos de ponta, apostando na agilidade e precisão. A

Empreendedora acredita na sensibilidade da mulher para abarcar negócios no reservado mercado de máquinas de grande porte no Vale do Aço.

esses fatores, somamos ainda uma ampla estrutura física, numa posição geográfica privilegiada. Nosso instrumental e mão-deobra permitem realizar reparos em equipamentos tão robustos como tratores, guindastes e locomotivas. E a Consultec ainda está apta a dar manutenção em motores, caixas de transmissão e compressores industriais, por exemplo. Em pouco mais de um ano, a empresa já conquistou confiança e fidelidade de grandes indústrias, como Usiminas, Harsco e KTM. ATITUDE – Tanto investimento faz supor que o mercado continue acenando para um ‘boom’ de encomendas... NILZA – É verdade. A Consultec tem um foco bem definido em relação a novas oportunidades. Com as obras de duplicação da BR 381, a construção do novo aeroporto, a ampliação dos maciços florestais, a expansão do gasoduto e o sempre notável desenvolvimento das siderúrgicas e outras grandes empresas ligadas aos setores ferroviário e metal-mecânico, a região vai receber uma movimentação maior de máquinas pesadas. Com certeza, temos a resposta mais adequada para esta demanda. Serviço Consultec – Peças e Serviços Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, nº 4121, Caladinho do Meio, Coronel Fabriciano Contato: (31) 3842-1183 Há pouco mais de um ano no mercado, Nilza Barra já projeta um crescimento da ordem de 50%

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BETEL CONDIMENTOS

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Mais sabor para todas as casas A família continua trabalhando unida, apoiada ainda por 26 colaboradores nas áreas de produção, logística e vendas


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“Vencer sem luta é triunfar sem glória”, diz Dionísio, o visionário que fundou a indústria que tempera a vida dos habitantes do Vale do Aço.

23 sobrevivência para si e sua família. Era algo sem precedentes na vida econômica local: o foco eram as especiarias e, desta vez, Ipatinga a terra promissora contemplada por um novo conquistador de mercados.

Em um período em que as especiarias motivavam as grandes expedições, logo após o descobrimento do Brasil, mais precisamente em 1º de maio de 1500, o escrivão Pero Vaz de Caminha enviou uma carta ao rei de Portugal contando o que nesta terra viu. Descreveu o novo território especialmente por sua abundante riqueza vegetal. Homem simples, mas visionário, Dionísio Rodrigues de Souza teve o mérito de enxergar num Vale até então marcado exclusivamente pelas oportunidades ligadas ao aço, um estranho ramo de

Foi em 1978 que, de forma ousada, Dionísio deu início à empresa de condimentos Betel (em hebraico, Casa de Deus), uma alusão ao nome de uma cidade situada a 20 km de Jerusalém e onde há vestígios da antiga Cananéia dos tempos bíblicos. Inicialmente, o empreendedor produzia apenas pimenta malagueta em conserva, daquilo que ele mesmo cultivava. Tanto a colheita quanto a seleção de pimentas e retiradas de caules era feita por ele mesmo, com a ajuda da esposa, Maria do Carmo, e dos filhos Wagner, Waléria, Walter e Walthon. Hoje, o grupo mantém o trabalho em equipe e conta ainda com 26 colaboradores atuando nas áreas de produção, logística e vendas.

ponsável pela ardência das pimentas. Pra aliviar, a gente mergulhava as mãos numa bacia d’água. Era um sofrimento”, recorda Dionísio, que hoje conta com equipamentos que vieram facilitar o trabalho de envase. Anualmente, Dionísio visita feiras de tecnologia e equipamentos para indústrias promovidas em São Paulo e Belo Horizonte para a aquisição de equipamentos para desenvolver sua linha de produção. Natural de Tumiritinga, a 50 quilômetros de Governador Valadares, Dionísio é o sexto filho de uma família de oito irmãos, muito bem cuidados por seus pais, segundo ele conta. “Devo minha vida aos meus pais, que sempre tiveram muito zelo para com os filhos em todos os sentidos”. Ainda na adolescência, ele

Começo difícil “O início foi muito difícil. A gente ficava com as pontas dos dedos ardendo. A pele das mãos sofria com as queimaduras, devido aos teores elevados de capsaicina, o composto químico resDionísio, com a esposa Maria do Carmo e os três filhos homens, Vagner, Valter e Valton (NO ALTO, À DIREITA) A Betel tem sua área de produção instalada no Distrito Industrial de Ipatinga e mantém sua sede administrativa na Rua Manaus, nº 65, no Bairro Veneza II.


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lembra que começou a trabalhar ensinado por seu pai. “Eu era carreiro, uma atividade que exigia habilidade e conhecimento, já que o domínio dos animais e os cuidados com a condução do carro eram muito necessários por causa da precariedade das estradas ainda feitas por enxadão. Na época, o carro de boi era um importante meio de transporte usado nas pequenas propriedades”, recorda. Aos 14 anos, Dionísio foi para Central de Santa Helena, um distrito pertencente ao município de Divino das Laranjeiras, no Vale do Rio Doce, e ali continuou ligado à vida do campo. Contudo, em 1957, ele se mudou para Governador Valadares, onde suas atividades tiveram uma reviravolta. “Deixando a atividade rural, fui trabalhar em um hospital, como office-boy. Valadares tinha alguns poucos telefones, e dos médicos apenas dois possuíam veículo (importados ainda). Os doentes que chegavam de madrugada em busca de socorro tinham que aguardar a chegada do médico responsável pelo plantão, que precisava vir pedalando para fazer o atendimento”. Depois Dionísio fez um cursinho de Rádio Técnico que durou pouco. Com menos de um ano, decidiu abandonar a idéia, pois não viu futuro na profissão. Em dezembro de 1959 ele foi convidado por um amigo para vir para Ipatinga. Foi ser recepcionista no Grande Hotel, no Bairro Castelo, recém-inaugurado

As funcionárias da sede administrativa, que funciona no Bairro Veneza II

pela Usiminas. “Na ocasião somente os bairros em construção pela Usiminas tinham saneamento. O centro de Ipatinga era só poeira e barro”, conta, para acrescentar: “De recepcionista, fui para o Escritório, e cheguei a subgerente”. No Grande Hotel, Dionísio recepcionou personalidades importantes, três presidentes da República: Castelo Branco, que veio para inaugurar o primeiro Alto-Forno da Usiminas; Ernesto Geisel e, ainda, Garrastazu Médici, convidado especial na inauguração da ponte metálica sobre o rio Doce (IpatingaCaratinga). Quando dos preparativos para a vinda do presidente Castelo Branco, Ipatinga não tinha telefone. O Gabinete Militar da Presidência da República instalou um rádio no apartamento 33 do Hotel, onde às 9h15 eram passadas as informações sobre as condições do tempo e recebidas instruções para o preparo da sua visita. Transição para o empreendedorismo No Grande Hotel, Dionísio permaneceu por 14 anos. Em 1973 a empresa, com matriz no Rio de Janeiro, ganhou a concorrência para administrar o Hotel Pousada dos Pinheiros, recém- inaugurado em Itabira. Em 1975, atendendo convite do Dr. Renato Moretzsohn, então diretor da Vale, veio para a Cenibra, onde estava em construção a Casa de Hóspedes. Ali passou a supervisionar o

restaurante da empresa, que na ocasião atendia 1.200 funcionários da obra e do Departamento de Operação da futura fábrica em Belo Oriente. Essa ocupação durou até 1977. Sua atividade seguinte foi de representante comercial, até que, em 1979, decidiu montar o próprio negócio. “Passei a produzir pimenta malagueta e, ao mesmo tempo, trabalhar como distribuidor de uma importante fábrica de ração, na época em que a região possuía duas grandes granjas de Galinhas de Postura e suínos que abasteciam toda a região”. Dionísio relembra ainda: “Em 1979, registrei a Betel e ampliei o mix de produtos, passando a comercializar temperos, condimentos e especiarias. A maioria dos temperos e especiarias é importada da Espanha, Oriente Médio, Turquia e Ásia. Hoje, a Betel trabalha com dezenas de itens, entre pimentas e ervas aromáticas. Com seus modernos equipamentos, a empresa já produz para outras terceirizadas embalarem com suas próprias marcas”. A Betel é administrada pela família de Dionísio. “A Maria, minha esposa e com quem sou casado há 47 anos, acompanha a produção, juntamente com o Wagner; o Walter atua na aquisição dos insumos; o Whalton responde pela área de vendas. E a Waléria, juntamente com o seu esposo, fundou outra empresa para distribuir os produtos em outras cidades”, explica Dionísio. Para ele, a fórmula do sucesso consiste na dedicação, na perseverança e seriedade. “Não há mérito quando a prosperidade vem sem lutas”, sentencia. “Por isso, já chegamos a trabalhar até 16 horas por dia, sem desistir. Ensino aos meus filhos a vencer com honra, sabendo que ajudaram a construir nosso patrimônio com dedicação”, enfatiza. Quanto à seriedade, Dionísio diz que ela é fundamental na conquista do crédito. “A empresa zela pelos seus compromissos. É graças a esta política que ganhou a confiança dos principais agentes de desenvolvimento como o BDMG/BNDES etc”. Formado em Administração, Dionísio diz que ter paciência para esperar a vitória é muito importante. “Vamos devagar, mas com solidez, analisando as tendências do mercado”.



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EDUCAÇÃO CRIATIVA

Em memória de Marie Curie Escola ipatinguense desmistifica compreensões equivocadas sobre a Química e enfatiza suas muitas contribuições para a humanidade 26

Não por acaso, a Unesco proclamou o ano de 2011 como o Ano Internacional da Química. Celebra-se paralelamente o centenário do Nobel de Química concedido à polonesa radicada na França, Marie Curie, pela descoberta dos elementos rádio e polônio. Em 1911, Marie tornou-se a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Prêmio Nobel, já que em 1903 já havia faturado o de Física (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) - isso, graças às revolucionárias descobertas no campo da radioatividade, que naquela altura ainda era um fenômeno pouco conhecido. O Nobel de Química de 1935, o último ganho por uma mulher, foi de Irene Curie, filha de Marie. Tudo isso faz de Marie, primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, uma figura extremamente notável por suas qualidades pessoais e habilidades investigativas. Como explica o doutor em Metalurgia e professor de Química da Escola Educação Criativa, em Ipatinga, Sérgio Luiz de Souza Costa, a contribuição da Química para a humanidade, nas mais diversas áreas, é algo imensurável e talvez seja esta também a ocasião oportuna para desmistificar alguns conceitos equivocados em relação a ela. “É muito comum falar-se em dependência química, para traduzir situações de viciados em drogas;

associam-na exclusivamente a aspectos nocivos em relação ao solo e ao corpo, mas na verdade esta é uma visão míope, que mascara inúmeras contribuições da Química para o desenvolvimento da sociedade e seu bem-estar”. Sérgio exemplifica: “De certa maneira, é até injusto restringir a compreensão da Química a estas formas estigmatizadas, na medida em que, por suas incontáveis contribuições, ela é tão importante para a estética, para a saúde e a própria preservação ambiental. Muitas vezes, o indivíduo precisa de insulina para viver, de tranquilizantes para dormir, submeter-se a tratamentos de pele, dentre outros. Nada disso seria possível sem a Química”, ressalta. É dentro desse contexto que a equipe da Escola Educação Criativa se sentiu convidada e instigada a refletir sobre o valor da CIÊNCIA em seu cotidiano, explica a Coordenadora Rosemar Almeida Martins. “Desde o início do ano letivo, os programas de todas as séries foram enriquecidos com projetos interdisciplinares dando mais ênfase às CIÊNCIAS DA NATUREZA”, revela. NÚCLEO AMBIENTAL Entre inúmeras ações, destaca-se o Núcleo Ambiental, composto por três espaços educativos distintos – pomar, sala ecológica e sítio-escola. Os espaços educativos revelam o ciclo da vida e desper-

tam a atenção para evitar qualquer risco ao meio ambiente. Observando a área de pasto as crianças compreendem que é necessário alimentar os animais para o constante crescimento sem esgotar os recursos naturais do solo, entendendo que assim precisamos da Química para fertilizar a terra, conservando e aumentando o seu potencial produtivo. A horta pode precisar de defensivos para melhorar a produtividade das plantações e evitar a disseminação de doenças. Cuidando dos animais, eles compreendem que os medicamentos veterinários preservam a saúde deles e evitam epidemias. Na horta, alunos da Educação Infantil, principalmente, têm a oportunidade de apreciar o crescimento e desenvolvimento de culturas simples de plantas, como a beterraba e a alface. Como complemento do conteúdo de Ciências estudado nessa etapa, as crianças têm ainda


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a oportunidade de provar os sabores dos alimentos ali cultivados. Durante a aula experimental, aprendem sobre o valor nutricional dos alimentos e a importância para a saúde. Por outro lado, no sítio-escola os alunos têm contato com alguns representantes do Reino Animal. O sítio dá suporte às pesquisas relacionadas à educação ambiental e convivência com a natureza. Nesse ambiente, é possível encontrar além de árvores frutíferas da flora brasileira, alguns animais como coelhos, galinhas, codornas, peixes, patos, carneiros e um casal de bovinos da raça Santa Rosário. O espaço permite a valorização dos conteúdos de Ciências, Biologia, Química e Física, promovendo a sensibilização e a conscientização sobre a importância de se preservar o meio ambiente. A sala ecológica que, assim como a horta e o sítio, é um espaço aberto, possibili-

ta o desenvolvimento de trabalhos em grupo em contato com o espaço natural, que enriquecem as discussões durante as aulas. A experiência externa à sala de aula oferece às professoras e aos educandos um contato com a iniciação científica e a atitude investigativa.

zado no plantio de hortaliças e legumes na horta da própria Escola como forma de adubo orgânico.

COMPOSTAGEM Os alunos do 2° ano, orientados pela professora Jéssica Ulisses Barbosa, estão desenvolvendo o Projeto de Iniciação Científica “Compostagem: funcionamento, aplicações e benefícios”. As ações visam à mitigação do impacto gerado pela produção de matéria orgânica na Escola e os alunos têm a oportunidade de aprofundar alguns conceitos bioquímicos necessários à aplicação das técnicas de compostagem. A compostagem produz um composto equilibrado de nutrientes que será utili-

Desde o início do ano letivo, os programas de todas as séries foram enriquecidos com projetos interdisciplinares dando mais ênfase às CIÊNCIAS DA NATUREZA O Núcleo Ambiental é composto por três espaços educativos distintos – pomar, sala ecológica e sítio-escola


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EDUCAÇÃO CRIATIVA

UM PRESENTE CIENTÍFICO EM HOMENAGEM ÀS MÃES

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Nosso corpo pode ser comparado a uma perfeita usina química que produz, a cada segundo, inúmeras reações que nos mantêm vivos. Compreendemos que a química, como toda ciência, tem um percurso inacabado e que também se constrói com pesquisa, experimentos e diálogo. Com diálogos ricos de saberes, a equipe do Laboratório de Ciências da Escola Educação Criativa envolveu os alunos do Ensino Fundamental e Médio em atividades interessantes, práticas e reflexivas. Mais que memorizar, conceituar, classificar ou testar, compreendeuse a necessidade de conscientizar os alunos de que a química está presente promovendo proteção, cura de doenças, proporcionando saúde, alívio e bem-estar. Alguns produtos de origem química revolucionaram o universo feminino. Os modernos cosméticos aceleram resultados de beleza, oferecendo imensa diversidade de corantes em esmaltes e tinturas para cabelos, propriedades inovadoras em xampus, condicionadores e os perfeitos cremes e hidratantes. As coordenadoras do projeto justificaram que cada mãe ganharia mais encantamento com os benefícios da Química. E assim os alunos foram sensibilizados quanto à importância dos cuidados que devemos ter com a pele e investigaram os elementos da composição química de produtos disponíveis no mercado. O presente para o Dia das Mães tornou-se significativo à medida que os jovens cientistas compreende-

ram cada fase do processo de produção de uma loção hidratante. Os alunos manipularam uma amostra de loção hidratante, incorporando agentes hidratantes, emolientes e essências variadas. Seguiram corretamente as instruções, percebendo o valor da atenção, da disciplina e do método. Eles conheceram os ingredientes necessários para compor a loção, o processo para a manipulação e compreenderam que um bom pesquisador precisa entender que a curiosidade é aliada da organização e da precaução. Na segunda etapa, os alunos participaram de testes comparativos entre o hidratante manipulado e o hidratante industrializado. Em sala de aula, professores examinavam a eficácia do produto na pele. No laboratório, a equipe verificou o pH do hidratante industrializado e as informações contidas no rótulo. Os alunos puderam sentir as semelhanças e diferenças das loções no que se refere à textura, consistência, brilho, cor, perfume, hidratação, oleosidade, absorção e facilidade de dispersão pela pele. CIRANDA E ENGENHARIA QUÍMICA Pesquisar é um conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais e práticos que tem objetivo de produzir conhecimentos e gerar novas realidades. Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental participam da Ciranda da Ciência com o jogo Alquimia, instigados a refletir e conhecer reações químicas. Com este jogo eles trabalharão com experiências testadas e elementos

químicos diferenciados e terão a possibilidade de chegar às suas próprias conclusões e respostas para os diversos fenômenos que acontecem ao nosso redor, explica a direção da Escola Educação Criativa. Com o objetivo de estimular o interesse dos jovens pela química e gerar entusiasmo pelo percurso acadêmico, a Escola Educação Criativa solicitou ainda a colaboração ao curso de Engenharia Química do Unileste-MG, que garantiu apoio na ampliação das ações com os estudantes. Em diálogo com as mães de alunos, o professor Ricardo Cacau Melo socializou idéias de que a química está presente em nossas vidas, ampliando possibilidades. Divulgou novos produtos, novas aplicações e processos que impulsionam o desenvolvimento da economia, da tecnologia, das artes, da saúde, da agricultura e da indústria em geral. Nos próximos passos, dois alunos do curso de graduação em Engenharia Química do Unileste-MG desenvolverão um projeto de Iniciação Científica com alunos do Ensino Fundamental da Educação Criativa. Ao final do projeto “Engenharia Química”, pretende-se despertar a atenção dos estudantes para as possibilidades de geração de energia, de produção de alimentos, na purificação da água, na fabricação de bens como eletroeletrônicos, na construção de moradias e na produção de uma infinidade de itens, como roupas, utensílios domésticos e artigos de higiene que estão no dia-a-dia da vida moderna.



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CELEBRAÇÃO CAMPAL

De volta ao altar Vice-prefeita de Ipatinga, Márcia Perozini, casa-se em cerimônia na região de Ibirité

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Numa cerimônia para 250 convidados, na região de Ibirité-MG, a viceprefeita de Ipatinga, Márcia Perozini, 44 anos completados neste dia 23 de junho, casou-se novamente em 21 de maio. Seu marido é o diretor de diaconato da Igreja Quadrangular local, Fernando de Castro. Márcia, também ex-secretária de Educação do município e atual coordenadora metropolitana da Igreja do Evangelho Quadrangular, em substituição ao ex-marido, o também ex-

vereador de Ipatinga, Antônio Carlos de Morais, usou um vestido romântico, branco, com rendas, cheio de detalhes. O cenário da cerimônia – lembrando muito os enlaces campais ingleses - foi o Sítio do Parceiro, de verde abundante, contrastando com assentos, tendas e flores brancas. Os convidados tiveram direito a um buffet com caviar, jantar, coquetéis e sobremesa. E entre os mais especiais estavam os três filhos da vice-prefeita, Isabel, Lídia e Israel. Ao caçula cou-

A cerimônia contou com a presença de 250 convidados, muitos deles do Vale do Aço

be a missão de acompanhar a mãe até o altar. A celebração foi feita pela amiga da noiva, a pastora Rosiléia Santos. As irmãs Isabel e Lídia Perozini e o enteado Caio Castro fizeram a entrada das alianças, juntando-se ainda aos noivos durante a oração para a bênção da família. Para comoção dos presentes, os pastores Jair Ferreira e Sandra Lúcia, que também tiveram participação na cerimônia, lembraram fatos marcantes


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da história familiar de Márcia Perozini, nascida em Barra do São Francisco, no norte do Espírito Santo, a primogênita e única mulher entre cinco irmãos. Retomado o seu trabalho na IEQ, Márcia organiza no mês de setembro uma caravana para Israel, em parceria com a rádio 101,5 FM, emissora cujo controle foi recémadquirido por sua denominação religiosa. Serão 17 dias de excursão, com saída prevista para o dia 12. “Muito mais do que um passeio turístico, essa será uma viagem de caráter espiritual”, diz ela. No roteiro, entre outras cidades estão Cairo-Egito, Paris-França e Jericó, Nazaré e Jerusalém, na Terra Santa, com passagens pelos históricos Monte Sinai, Mar Vermelho e Mar Morto.

Os noivos ladeados por Caio e os irmãos Lídia, Israel e Isabel (NO ALTO) O caçula Israel levou a mãe até o altar




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CONTRATADA DA FORD MODELS

Rodando o mundo Depois de passar pela Europa, Ásia e África, modelo e manequim ipatinguense cumpre agora mais um roteiro de trabalho no continente americano

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Com a agenda sempre cheia de compromissos, a ipatinguense Tamara Almeida, Miss Mundo Brasil em 2008, está agora morando no México. “Vim cumprir uma temporada de trabalho aqui, depois de ter passado os últimos oito meses na Europa”, ela conta, detalhando ainda que seus principais focos de atuação, antes de retornar às Américas, foram a Turquia e a

Tamara Almeida em três continentes: África do Sul, China e Grécia

Alemanha. Há sete anos Tamara viaja como modelo e, hoje, sem dúvida alguma, se considera muito mais experiente e preparada, embora entenda que está chegando a um estágio de transição na sua vida profissional. Também na Europa, Tamara deslocou-se a trabalho para o Marrocos, Ilhas Seychelles e Abu-Dhabi. Sua dinâmica carreira focada em fotos e desfiles faz dela uma verdadeira nômade: já morou na China, Hong Kong, Tailândia, Grécia, África do Sul, Turquia, Alemanha, Chile e, enfim, aportou no México. São oito anos trabalhando para a agência de modelos Ford Models. “Quando estou no Brasil – diz Tamara –, moro em São Paulo. Mas claro que, de vez em quando, a saudade aumenta e, nas janelas sem ocupação, sempre dou um jeito de estar com minha família, que continua toda em Ipatinga, minha mãe Magdair, as minhas irmãs Laura e Mariany, que estudam e trabalham aí”. Ex-estudante de Direito na Fadipa, Tamara revela que se sente sempre feliz por voltar à cidade onde nasceu e em que estão as melhores recordações de sua infância - Hoje eu tenho pensado em estudar algo ligado à Comunicação, já que nos últimos sete anos a minha vida toda girou em torno disso, por causa das experiências que tive com as minhas viagens pelo mundo e pelos contatos que eu fiz”, revela a garota, que antes


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de ganhar o Miss Mundo Brasil participou de dois concursos internacionais, um na Colômbia (Miss Maja Mundial, em 2006) e outro na China (o Miss Tourism Queen International, em 2007). O título de Miss Mundo Brasil, em 2008, proporcionou-lhe a oportunidade de se mostrar ainda mais no cenário internacional, representando o país em Johanesburgo, na África do Sul. Nada menos do que 115 países participaram da competição e, na ocasião, Tamara emplacou sua beleza no top 15. “Em agosto completo 26 anos e, assim, chego à idade limite para ser miss. Então vou encerrar essa jornada” – ela conta, embora ainda participe de um concurso na China e outro na Bolívia, nos próximos meses, atendendo convite feito no final de maio pelo diretor do Miss Mundo Brasil, Henrique Fontes. - Eu tenho planos de continuar modelando mais alguns anos e esse ano eu devo passar uma temporada nos Estados Unidos trabalhando - diz. Em seus momentos de introspecção, Tamara gosta muito de escrever e, por isso, alimenta com freqüência o seu blog (almeidatamara.blogspot.com). “Faz poucos meses que comecei a meditar. Fora isso, gosto de correr e pedalar (o que faço quatro vezes por semana), além de yoga, e acabo de voltar a fazer aulas de dança flamenca”, conta. Tamara também fala com orgulho do seu pai, Itamar, que como ela mora fora do Brasil. “É o meu maior exemplo de garra, força e amor!”, elogia.

“Eu tenho planos de continuar modelando mais alguns anos e esse ano eu devo passar uma temporada nos Estados Unidos trabalhando”

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FONOAUDIOLOGIA

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Marcilene acompanha HĂŠzio nos deveres escolares: conectado com o mundo dos sons, ele agora frequenta escola regular


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A descoberta do som Surdo de nascença, garoto aprende a falar aos oito anos de idade

Por oito anos, o silêncio tangeu a vida de Hézio Moreira Mendes, um garoto de São João do Oriente-MG que nasceu surdo devido a uma má formação do nervo auditivo. Só recentemente, após se submeter a uma cirurgia para implante coclear, ele saiu do silêncio, descobrindo um mundo novo diante de si. “Curiosamente, ele não agradou dos primeiros contatos que teve com os sons”, revela sua mãe, Marcilene Gonçalves Boaventura, ao descrever sua via-crúcis desde que descobriu a deficiência do filho. “O Hézio tinha um ano e dois meses quando percebi o problema. Disse isso ao pediatra, mas ele me falou que ainda era cedo pra saber se eu estava certa. Ele me achou precipitada. De qualquer forma, era desesperador. O Hézio não respondia aos estímulos sonoros”, recorda ela. De acordo com a dona de casa, hoje voluntária na Apae, à medida em que o garoto ia crescendo, as coisas iam ficando ainda mais difíceis. “Ele sentia que era diferente das outras crianças, e se desesperava quando a gente não conseguia entender as coisas que ele dizia com as mãos, com os olhos, com o choro. Era muito difícil a conversa sem som e decifrar tudo, inclusive sua angústia, que o levava a arremessar os objetos quando não estava sendo compreendido”, relata Marcilene, que assim decidiu buscar ajuda de um psicólogo. “Meu medo era de o Hézio enlouquecer”, confessa. Ainda hoje, um psicólogo auxilia Hézio a superar suas limitações e também a família vive um aprendizado constante: “Tanto eu

quanto meu esposo e meu filho mais velho temos aprendido a ouvir o silêncio, ver sentido em cada gesto dele”, descreve a mulher, casada com um pedreiro. Hézio usou seu primeiro aparelho auditivo aos quatros anos. Só ouvia sons fortes, estrondos. Então a família continuou buscando outros recursos. “Apenas há um ano e meio, graças ao apoio do prefeito de São João do Oriente, Dr. Jorge, conseguimos o implante coclear”, sublinha Marcilene. O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral. A cirurgia durou oito horas e foi realizada por uma junta médica formada por seis especialistas, em São Paulo. O repentino contato com os sons não foi imediatamente assimilado por Hézio. Sua mãe diz que apesar de o volume do som do dispositivo ser controlado gradualmente, de tempo em tempo, ele se sentia incomodado com qualquer som, por menor que fosse. Contudo, hoje Hézio já cursa escola regular. Ainda, para adaptar-se melhor ao novo mundo, faz terapia com Joicy Bonfá - fonoaudióloga que está estimulando a sua fala -, recebe atendimento de especialista em implantes na cidade de Governador Valadares e faz terapia com psicólogo. O tempo todo, ele fica atento ao menor ruído, e até o folhear de um caderno, para ele, assume uma dimensão gigantesca.

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ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL

Uma associação motivada

Um dos mais antigos profissionais do ramo de mototáxi na região relembra perseguições e promessas, e crê em um momento diferente com criação da Motvaço

38 Já são mais de 14 anos de profissão, e Zé Lourenço, como é conhecido, se lembra de vários momentos problemáticos pelos quais os mototaxistas tiveram que passar no Vale do Aço. Eleito no último dia 8 de junho como vice-presidente da Motvaço (Associação de Mototaxistas e Motoboys do Vale do Aço), ele diz que quer fazer parte de um novo tempo para a categoria, acreditando que desta vez a história dos trabalhadores será realmente mudada.

O motociclista ipatinguense conta que entrou no ‘mercado das corridas’ em 1997. Em 26 de outubro de 1996, ainda durante o governo do ex-prefeito João Magno (PT), foi emitido o primeiro alvará para um ponto de mototáxi em Ipatinga. “Porém, o ponto não ficou com o alvará nem por 30 dias. Ele foi cancelado devido à falta de uma lei que regularizasse o serviço. Não havia nenhuma naquela época, nem municipal, nem

estadual e muito menos federal”, recorda. “No começo de 1998 – acrescenta Lourenço - veio a perseguição. Começaram a mandar prender e rebocar todas as motos para o pátio da polícia. Foi um transtorno muito grande. Tivemos que pagar altas taxas para liberar os veículos”. Segundo ele, depois veio outro tempo de paz, abreviado por aquela que talvez tenha sido a maior decepção. “Aliviaram um pouco

Zé Lourenço recorda a derrota fragorosa da categoria na sua primeira tentativa de ser legalmente reconhecida, há mais de dez anos


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as perseguições. Aí antigos políticos – alguns até já falecidos ingressaram no processo e tivemos muita frustração. Naquela época, na Câmara Municipal, em uma votação para definir a legalização, tivemos uma derrota esmagadora. O poder decorrente do dinheiro falou mais alto, e fomos derrotados” - avalia. Embora não seja a primeira vez que ele vê um movimento da classe na busca por se organizar, Lourenço entende que agora há uma diferença: a motivação. “A gente sempre tentou conseguir uma associação, mas sempre demos ‘com os burros n’água’. Desta vez será diferente. Não sou apenas um, mas uma classe profissional imensa na região. Com persistência, coragem, disposição e dedicação, iremos conseguir, ver a comunidade de Ipatinga, Fabriciano e Timóteo reconhecendo o nosso trabalho” – profetiza. Organizar e legalizar A Lei que regula a profissão existe, mas está suspensa. No Vale do Aço, em outra frente, mais regionalizada, a Mavimoto, principal revendedora de motos da região, apoiou a criação da Motvaço. Carlos Magno Barbosa, sócio-diretor da concessionária Honda no Vale do Aço, e seu assistente direto, Ricardo Angeli Bouzada, começaram uma série de reuniões com os mototaxistas atuantes em Ipatinga e em outras cidades da região. O resultado foi que em 15 dias se criou a Motvaço, a Associação de Mototaxistas e Motoboys do Vale do Aço. Para acreditar que desta vez os ventos são positivos, Ricardo se baseia em uma experiência que ele teve no ano 2000, quando foi um dos responsáveis pela criação de uma entidade congênere em Porto Seguro-BA. Dois anos depois, saiu a regularização municipal. “O reconhecimento da profissão só vem com a organização” – diz, com convicção. “Não adianta quererem

O presidente da entidade, Ricardo Angeli, com o diretor da Mavimoto, Carlos Carlos Magno Barbosa (no alto) e fazendo exposição do projeto: as reuniões da Motvaço em Ipatinga já atraem mototaxistas de Coronel Fabriciano e de Timóteo

legalizar primeiro, e depois organizar. O processo é inverso, e esta é a nossa sugestão, criar uma associação que realmente represente os profissionais, que os identifique, que dê credibilidade, segurança e representatividade, tanto para o mototaxista quanto para o usuário do serviço”, conclui Ricardo.

Pais de família em busca de sustento

39 Desde 2002 Fabrício Ferraz, 32, trabalha como mototaxista. Atualmente ele é proprietário de dois pontos de trabalho, empregando mais de 15 pais de família, que tem nesta ocupação profissional a principal forma de sustento. “Todos os que trabalham aqui são de confiança, sem passagem pela polícia, com motos novas, com uma responsabilidade maior no trânsito. Só assim para mantermos uma clientela boa. Focamos na segurança do cliente, no conforto”, disse Fabrício. Segundo ele, o principal problema da categoria, hoje, é o preconceito. “Sempre acham que mototaxista é vagabundo. Não pensam que a pessoa está aqui, vira a madrugada aqui esperando uma corrida, para alimentar seu filho. Além disto, temos alguns problemas com usuários também. O cara vem, pede uma corrida, e tá com drogas ou vai comprar. Muitos pais não tem coragem de deixar a gente carregar os filhos deles para a escola, por não verem na nossa classe, que é muito unida, uma organização”. Assim é que Fabrício entende que a única solução seria mesmo a organização da classe. “Quanto mais organizados formos, maior a credibilidade, vão nos olhar com outros olhos. E isto nos faria sentir mais seguros para trabalhar cada vez mais e melhor”.


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CAPA

Professor de futebol 40

Ney Franco chegou a tentar vestibular para Odontologia. Mas não era este o destino que lhe estava reservado. Em livro, dando palestras, na sala de aula ou no campo, ele transmite a maior lição que a vida lhe tem ensinado: com determinação, é possível vencer


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NEY FRANCO e Mano Menezes, da seleção principal do Brasil: trabalho integrado


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CAPA a dificuldade que é para estudar, para se formar’. Mas o que me surpreendeu foi a resposta dele, a certeza em suas palavras. ‘Esquenta não que um dia eu vou brilhar’”, relembrou dona Maria Conceição. Hoje, ela fala com orgulho do sucesso alcançado pelo filho, percebendo o quanto ele estava, de fato, seguro em suas convicções.

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Poderia ter sido jogador? Como quase todo garoto brasileiro, ainda pequeno Ney Franco jogou muita bola, e preocupava a família pelo quanto dava atenção a ela, mais até que à escola. Seu pai sempre foi artesão em Vargem Alegre, e tinha uma marcenaria que por bom tempo virou uma importante fábrica de móveis. Ney Junior nunca se interessou em trabalhar história do esporte de Ipatinga sempre será marcada pela passagem de com ele. O técnico que já passou por um treinador, responsável pelas mais memoráveis temporadas de seu Ipatinga, Flamengo, Atlético Paranaense, jovem clube de futebol profissional. Ele assumiu o plantel do Ipatinga Botafogo e Coritiba jogou futebol de forFutebol Clube, o Tigre do Vale do Aço, em dezembro de 2004 e conduziu-o a um ma amadora, nunca como profissional. inédito título mineiro em 2005, sucedido por um honroso vice-campeonato no Quando terminou a faculdade, trabalhou ano seguinte, além de chegar às semifinais da Copa do Brasil de 2006 e vender nos dois grandes de Minas. “Fui apenas caro uma derrota para o Flamengo que lhe tirou o direito de chegar à grande um atleta amador. Comecei a jogar aos decisão. Hoje, com uma consolidada carreira de técnico, a quem foi confiada 16 anos na equipe principal do SEVALE nada menos que a tarefa de zelar pelas equipes de base da nossa Seleção de Vargem Alegre, eram competições Brasileira, Ney Franco da Silveira Junior, 45 anos, é nome que figura entre os regionais. Depois, já na Universidade, jomelhores especialistas naquela que é a principal paixão nacional. E pensar que guei na LUVE, que é a Liga Universitária Viçosense. Quando me formei comecei muita gente queria que ele fosse médico ou, quem sabe, um dentista... a trabalhar nas categorias de base do Clube Atlético Mineiro como preparador Ney Franco, ou Ney Junior, como é conhecido na intimidade da família, é um dos cinco filhos de Ney Franco da Silveira e físico, durante três anos e depois me transferi para o Cruzeiro, Maria Conceição Campos Franco. Nasce na pequena cidade onde iniciei minha carreira de treinador. Como jogador, acho de Vargem Alegre, a 22 de julho de 1966, o ano em que a In- eu que minhas qualidades técnicas atendiam muito bem às glaterra, fundadora do esporte bretão, se tornaria campeã do exigências de uma equipe amadora. As competições eram mundo. Quase todos os seus irmãos optaram por estudos na boas, aprendemos muito durante as disputas, mesmo não área de Saúde, com ênfase para medicina. A revista atitude sendo uma equipe profissional”, afirmou Ney Franco com exapresentou matéria na sua última edição contando a vocação clusividade a atitude. da cidade, que já pertenceu a Caratinga, para fazer médicos. Ney Franco foi uma exceção a esta “regra”, e optou por cursar Poderia ter sido médico? Educação Física, decisão que à época lhe custou não poucas Sobre a cena descrita por Dona Conceição, incompreensões. Estudou na Universidade Federal de Viçosa quanto à preocupação em relação aos entre os anos de 1987 e 1992. Ele tinha uma meta bem defini- seus estudos, Ney diz que poderia ser algo da, quase uma obstinação, e estava certo de que iria cumpri-la. natural de mãe, porém, estava decidido, Dona Conceição se recorda de um momento na juventude do seria professor e não médico. “Em relação técnico da Seleção Brasileira Sub-20 que ainda está bem viva à minha mãe, ela como todas as mães se em sua memória. Enquanto Ney ainda estudava em Vargem preocupam com seus rebentos. Ela se preAlegre, foi reprovado e teve que repetir um ano. A mãe então ocupava com o meu futuro profissional, chamou a atenção dele. “Falei com ele assim. ‘Não brinca, olha e quando eu resolvi fazer Educação Física

A

Com a esposa Érica, homenageado com o título de Cidadão Honorário de Curitiba Nas categorias de base do Cruzeiro, lugar de muitas conquistas, inclusive no exterior Nas graças da imprensa carioca: destaque nos jornais Extra, Lance! e o suplemento Ataque, de O Dia


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achou que eu estava tomando uma decisão errada. A única coisa que me lembro foi acalmá-la e dizer que eu estava muito seguro e queria me formar em Educação Física com o objetivo de ser professor”, disse Ney. Alguns de seus irmãos estavam encaminhados na medicina, mas ele não tinha esta vontade. Contudo, tampouco passava por sua cabeça a ideia de que seria técnico de futebol. “O curso de medicina nunca foi minha prioridade, inclusive quando terminei o terceiro ano do segundo grau eu prestei vestibular para odontologia e não passei. Também não me passava pela cabeça a vontade de ser técnico de futebol e muito menos ser famoso, ser reconhecido como sou hoje. As coisas aconteceram naturalmente, o que foi excelente. Hoje posso dizer que vivo dignamente do meu trabalho, e meu maior orgulho é ter a certeza de que sirvo de referência para outros estudantes de Educação Física em todo o país”, revelou o treinador da Seleção. Uma das coisas que Ney Franco lamenta é a ausência de jogadores do Vale do Aço nas seleções de base do Brasil. “Infelizmente não tem nenhum atleta aí da região servindo a Seleção Brasileira. Quem sabe no futuro!”, projeta.

profissional da educação. Segundo Ney, autor da obra “Treinamento Tático no Futebol - Sistemas 4x4x2 3x5x2”, publicada em 2000, seu dia é “simples”, quando não está viajando, concentrado com a Seleção ou participando de algum campeonato. “Quando não estou viajando a serviço, passo a parte da manhã em casa curtindo minha família. De tarde sigo para a sede na CBF, no Rio de Janeiro, onde moro, para trabalhar em novos projetos e acompanhar de perto o trabalho de base dos clubes brasileiros. Temos que estar sempre atentos, observando a base, para captar bons jogadores que representarão nosso país nas competições internacionais. No próximo dia 4 de julho, faço nova convocação. Mas uma das minhas prioridades é manter um equilíbrio entre a vida profissional e familiar, para que trilhem lado a lado. Aprendi em casa que a família é base de tudo, e que ela não pode ser deixada em segundo plano na nossa vida”. Apesar da fama internacional, Ney Franco continua simples como era em Vargem Alegre, sem preocupações com riquezas ou apenas conquistas. “Invisto em qualidade de vida, minha e da minha família, sem a preocupação de ganhar ou perder dinheiro”, afirmou.

Rotina de treinador de Seleção Para o jovem que sonhava em ser professor, tornar-se um “professor de futebol” alterou um pouco o que seria a rotina esperada de um

Seleção Principal Hoje, Ney Franco está cotado entre os melhores técnicos do Brasil, e é um dos homens de confiança do técnico Mano Menezes, da Seleção principal do Brasil. Assim como para os jogadores, o sonho do treinador também é chegar ao topo, mas sem pressa, como todo bom mineiro. “Acho que é o sonho de todo profissional chegar ao topo e no futebol o topo é a Seleção Brasileira. Mas não tenho pressa, tudo tem o seu tempo certo. E espero que com muito trabalho e bons resultados, num futuro isto possa acontecer”, revelou ele a atitude.

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CAPA

Neymar e Lucas: jóias do futebol nacional Dois dos jogadores mais promissores do futebol nacional estiveram sob os cuidados de Ney na conquista do Sul Americano Sub-20, disputado no mês de fevereiro, no Peru, que garantiu a presença do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres, no próximo ano. Sobre os dois atletas, Ney não poupa elogios. “Os dois atletas são acima da média como jogador de futebol e isso já ajuda muito. Na questão disciplinar, foram referência da nossa equipe. Foi excelente trabalhar com eles, de um nível profissional muito alto, e com o resultado positivo”, resume.

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TÍTULOS EM CIMA DE TÍTULOS > Campeão da Taça MG Sub-15 em 1995 pelo Cruzeiro >Campeão do Mundialito Sub-17 em 1997, em Santiago do Chile, pelo Cruzeiro >Campeão do Torneio Nereu Rocco Sub-17 em 1999, na Itália, pelo Cruzeiro >Tetracampeão Mineiro Juvenil Sub-17 em 1996/1998/1999/2000 pelo Cruzeiro >Pentacampeão da Taça MG Juvenil Sub-17 em 1997/1998/1999/2000/2001, pelo Cruzeiro >Campeão Mineiro Júnior Sub-20 em 2001, pelo Cruzeiro >Campeão Brasileiro de Seleções Sub-19 em 2002, pela Seleção Mineira

>Campeão do Torneio Future Cup 2003, na Holanda, pelo Cruzeiro >Campeão da Taça BH de Futebol Júnior 2004 pelo Cruzeiro >Campeão do Interior Mineiro 2005 pelo Ipatinga >Campeão Mineiro 2005 pelo Ipatinga >Campeão da Copa do Brasil 2006 pelo Flamengo >Campeão da Taça Guanabara 2007 pelo Flamengo >Campeão Carioca 2007 pelo Flamengo >Campeão da Taça Guanabara 2009 pelo Botafogo >Campeão Paranaense de 2010, pelo Coritiba >Campeão Sul-Americano 2011 Sub-20, pela Seleção Brasileira

NEY FRANCO ENSINANDO >Professor convidado da disciplina de “Futebol de Campo I” do Curso de Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, em 1992 >Palestrante convidado para abordagem do tema “Táticas no Futebol” ao Curso de Graduação em Educação

Física da Universidade Federal de Viçosa – UFV, em 1997.

Orientação para Neymar e Lucas, os super craques do Santos e do São Paulo


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10ª MOSTRA TÉCNICA

Triunfo da

45 Com 30 trabalhos em exposição, Colégio CEST realiza maior evento técnico do Vale do Aço

inovação “Inovação: fonte de conhecimento prático”. O tema para a 10ª Mostra Técnica do Colégio Educacional de Suplência e Técnico (CEST), realizada nos últimos dias 2 e 3 de junho, em Ipatinga, não poderia ser mais sugestivo. Os estudantes entenderam bem o recado da organização e se superaram em criatividade, produzindo engenhosas parafernálias científicas. Assim é que o evento, desenvolvido

simultaneamente nas unidades da Rua Poços de Caldas e Av. João Valentim Pascoal, no Centro da cidade, atraiu a atenção de nada menos que 5 mil visitantes. Os coordenadores não têm dúvidas de que a edição deste ano superou o sucesso das anteriores e consolidou o evento como a maior e mais importante Mostra Técnica realizada por instituição de ensino da região. A Mostra envolveu todos os cursos técnicos, além das turmas de ensino médio


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Além de 30 trabalhos expostos – gerados por todos os cursos técnicos, além das turmas de ensino médio –, o evento ainda contou com praça de alimentação, música ao vivo, paredão de escalada e participação de expositores parceiros, como a Unipac – Universidade Presidente Antônio Carlos. A Mostra Técnica do CEST caracteriza-se como um espaço para exposição, apresentação e discussão dos trabalhos e projetos elaborados pelos estudantes e que tenham empreendido uma investigação sobre o tema, a partir da aplicação de métodos e processos técnico-científicos. “Por meio da Mostra, os alunos tiveram oportunidade de apresentar trabalhos à comunidade, bem como dialogar com o mercado de trabalho. No CEST, oferecemos uma ampla formação científica e profissional, sobretudo com o conhecimento teórico aliado ao prático”, ressalta o diretor-geral da instituição, Geovam Alves. Sem ressalvas, a coordenadora pedagógica, Daniela Soares, considera que todos os trabalhos foram excelentes. “As apresentações evidenciaram o grau de pesquisa, organização e planejamento - desde a definição do tema até culminar na exposição do projeto”, avalia. Muito impressionada com o nível dos projetos, ela ainda destaca a importância do trabalho em equipe. “Ficou nítido o envolvimento de alunos, professores, coordenadores e funcionários para que o evento fosse de alto nível. A 10ª Mostra Técnica retratou a qualidade que a equipe do CEST busca a cada ano”.

O trabalho “Resfriamento Acelerado - Inovação em Tratamento Térmico” (no alto), dos alunos de Metalurgia, faturou o primeiro lugar. A “Fábrica de Danoninho” (acima, à esquerda), do curso de Instrumentação e Automação Industrial, ficou em segundo lugar


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OS CAMPEÕES A comissão de avaliadores da Mostra confessou ter tido dificuldades para hierarquizar os primeiros colocados, e a própria coordenadora prefere opinar politicamente a respeito do resultado. “O maior prêmio já foi compartilhado: todo conhecimento adquirido e o reconhecimento do mercado a cada aluno”, frisou Daniela Soares. Contudo, o primeiro colocado da mostra foi o projeto “Resfriamento Acelerado: Inovação em Tratamento Térmico”, produzido pelo 3º Período Metalurgia, com 33,36% dos votos. O requinte da apresentação incorporou vídeos e amostras, além de uma maquete funcional e semi-automatizada, onde foi demonstrado o aquecimento e o resfriamento rápido do aço. Conforme explicaram os campeões, “trata-se da mais inovadora técnica de tratamento térmico dos aços, a fim de atender a atual demanda por aços aplicáveis em condições de altas complexidades (Pré-Sal). Foram aplicadas várias taxas de resfriamento em função de vazão, temperatura e tempo de exposição. Obtém-se assim a microestrutura martensítica, que garante maior resistência e dureza dos aços”. Com 22,2% dos votos, o segundo colocado foi a chamada “Fábrica de Danoninho”, produzida pelo 2º período de Instrumentação e Automação Industrial. Em terceiro lugar, com 11,11% dos votos cada, quatro projetos terminaram empatados: Controle de Energia Elétrica para Ambiente Fechado, dos 2º e 3º períodos de Eletrotécnica; Mapa de Risco de Erosão no Bairro Limoeiro, do 3º período de Agrimensura Noturno; Cooperativa de Reciclagem: a Inovação Sustentável, produzido pelos alunos de Gestão Empresarial, e Pista de Gelo para Patinação, um trabalho do 3º período de Refrigeração e Climatização. Referência em educação técnica no mercado educacional do Vale do Aço, “o Colégio CEST reafirma seu compromisso com a sociedade buscando uma educação de qualidade através do conhecimento”, diz o diretor Geovam Alves.

Quatro trabalhos empataram em 3º lugar: “Pista de Gelo – Refrigeração”, “Mapa de Risco de Erosão no Bairro Limoeiro” , “Cooperativa de Reciclagem: a Inovação Sustentável” e “Controle de Energia Elétrica para Ambiente Fechado”

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DITO E FEITO

Homens e Mulheres de O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte. FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900), filólogo e influente filósofo alemão do século XIX. Nasceu numa família luterana, seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor. Entretanto, rejeitou a fé durante sua adolescência. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, foi nomeado aos 24 anos professor na universidade de Basileia, adotando então a nacionalidade suíça. Com problemas de saúde, sua voz tornou-se inaudível, afastando os alunos. Assim, não cessa de escrever com ritmo crescente, até experimentar uma “crise de loucura” que dura até a sua morte, depois de ser colocado sob a tutela da sua mãe e sua irmã. Juntamente com Marx e Freud, é considerado um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna.

As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual (porque uso óculos) e que sou um artista (porque meus filmes sempre perdem dinheiro)

É possível mudar nossas vidas e a atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos. RUDOLF DREIKURS (1897—1972), psiquiatra e educador austríaco que desenvolveu o sistema de psicologia individual de forma a tornar-se um método pragmático para o entendimento das causas do comportamento repreensível em crianças e para estimular um comportamento de cooperação sem punição ou recompensa. Seu foco principal estava em pré-adolescentes, e ele argumentou que o seu comportamento problemático resulta de um sentimento de falta de significado em seu grupo social. Ele viu a família como a primeira configuração social em que a educação tem lugar, com o ambiente escolar como uma extensão da família.

Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.” MARTIN LUTHER KING (1929-1968), pastor e ativista político estado-unidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo. A pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. Foi um crítico severo das intenções de seu país na Guerra do Vietnã.

WOODY ALLEN pseudônimo de Allan Stewart Königsberg, 75 anos, cineasta, roteirista, escritor, ator e músico americano. Muitos de seus filmes falam sobre neuroses comportamentais do dia-a-dia, com longos diálogos analíticos. Desde pequeno já se envolvia no mundo do entretenimento. Aos 15 anos, começou a escrever para colunas de jornais e programas de rádio. Ao mesmo tempo, freqüentava a Universidade de Nova York, mas nunca chegou a se formar. Seu pai foi livreiro e restaurador.



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PERFIL

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O jornalista-prefeito Sérgio ao lado da esposa Viviane, das filhas Elis e Luísa, da irmã Evania e do sobrinho Marlon


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Sérgio Mendes relembra a infância difícil em Santa Maria do Baixio e conta como chegou a Timóteo, em meio a muitos percalços familiares, aos 13 anos de idade Primeiro jornalista eleito para uma prefeitura do Vale do Aço, Sérgio Mendes Pires, cada vez mais chefe do Executivo de Timóteo após as sucessivas derrotas na justiça acumuladas por seu antecessor cassado, diz que para ele as coisas nunca foram assim tão fáceis

como alguns talvez possam imaginar. Desde a infância na zona rural, passando pela perda de vários irmãos até a ruptura do casamento dos pais, segundo ele as dificuldades têm sido inúmeras, só superadas “com muita fé e determinação”.


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Sérgio Mendes vem de uma família de sete irmãos. Nasceu na cidade de São João do Oriente, ou melhor, na comunidade de Santa Maria do Baixio, como ele faz questão de relembrar. “Diante dos desafios que ainda são muitos, é uma espécie de elixir revigorante me lembrar sempre de onde eu vim e de tudo o que eu já tive que enfrentar”, afirmou o prefeito durante entrevista à revista ATITUDE, concedida dentro da biblioteca de uma escola, entre um e outro compromisso de sua agenda invariavelmente apertada. Dos sete irmãos, conta Sérgio, conta Sérgio, apenas três conseguiram chegar à vida adulta. “Os outros morreram ainda bebês, devido às condições em que vivíamos. A vida pra gente sempre foi de luta. Tivemos uma infância muito pesada. Na roça eu tive que aprender a lidar com adversidades. Sempre tínhamos atividades para fazer, nunca ficávamos ociosos. Trabalhava na horta, colhendo e plantando quiabo, jiló, e ajudava em casa. Sempre fui muito consciente. Hoje somos apenas três, eu e mais duas irmãs. Uma mora comigo em Timóteo, e a outra está na Itália”, revela. Seus pais hoje são divorciados. A mãe de Sérgio, Geralda Aparecida Mendes Pires, também mora com ele. Já seu pai se aposentou na Prefeitura de São João do Oriente e vive na cidade até hoje. Sérgio conseguiu trazer a mãe para Timóteo após estabelecer sua vida aqui, uma das coisas que ele se orgulha de ter feito. “Minha mãe sempre foi muito trabalhadora. Ganhou a vida nos pedais de uma máquina de costura. Agradeço a Deus por ter conseguido trazê-la para morar aqui em Timóteo comigo e com a minha irmã”, disse o prefeito. “Não é todo mundo que tem a origem que eu tive e consegue chegar aonde eu cheguei”, raciocina Sérgio. Mas, para ele, o principal segredo é aquele que pode funcionar para todos: o trabalho. “Sou um homem que nunca tive preguiça, nem fui muito de ficar reclamando do que acontecia. Tem que se viver assim, sempre olhando para frente”. Sua história com a cidade de Timóteo começou aos 13 anos, quando veio morar com o tio Nilton. Ele era proprietário da antiga Fasom, e Sérgio trabalhou lá, primeiro como office-boy, depois como vendedor e, por fim, gerente de uma das unidades da rede, que tinha lojas em Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e João Monlevade. Quando a Fasom fechou, Sérgio foi trabalhar em outra loja, também de um familiar, o Mercadão dos Móveis. Foi ali, segundo ele, que cativou muitos dos seus clientes e foi escolhido como alternativa política, entrando para a vida pública como vereador eleito pelo PT com 866 votos, em 2000. Estudos e ascensão política Sérgio Mendes também associa os rumos de sua vida ao estudo. Ele começou a cursar Ciências Contábeis e Administração no Unileste, mas não terminou. Mudou para o curso de Comunicação Social, com ênfase no jornalismo. “É por causa da relação da profissão com a sociedade. Sempre gostei de estar envolvido no meio de muita gente. Sempre fui muito comunicativo e tive uma vida dinâmica”, reflete. Antes de entrar para a universidade, ele participou do Grêmio Estudantil do IMETT, estudou no Municipal, onde fez o curso técnico em química. Do primeiro mandato para o segundo, na Câmara, Sérgio dobrou “Sou um cara acelerado (...) nunca tive preguiça, nem fui muito de ficar reclamando do que acontecia”

a votação, alcançando 1.723 votos quatro anos depois. E ele recorda: uma das ações mais impactantes foi a atuação que resultou no fim da cobrança de ligações interurbanas entre Ipatinga, Fabriciano e Timóteo. Sobre a candidatura à prefeitura, já nos quadros do PSB, enfim premiada com a elevação ao cargo após a cassação de Geraldo Hilário, ele resume: “Foi uma decisão que se deu por questões ideológicas. Saí candidato porque não acreditava no projeto do outro, e acreditei que poderia fazer melhor. Eu sabia que iria fazer diferença”. Mendes obteve 18.834 votos. Projeção para o futuro Sérgio se diz um “cara acelerado”. Costuma sair cedo de casa, por volta das sete horas, e voltar tarde, quase sempre após as 22h. Encontrou a mulher que hoje é sua esposa, Viviane, quando tinha 16 anos. Aos 25 eles se casaram e hoje, após oito anos, têm duas filhas: Luiza, de 3 anos, e Elis, de um aninho. “Fui filho de pobre, estudei com condições próprias, sempre mantive minhas finanças em dia e cumpri todos os meus compromissos a vida inteira. Não gosto de ser acusado, e faço de tudo para não dar motivos para isto. Procuro ser íntegro em minhas posturas. Só posso levantar a mão para o céu e agradecer a Deus por tudo o que aconteceu”, conclui o prefeito, que aos 34 anos de idade diz estar determinado a fazer de Timóteo uma referência nacional. “Seremos – ele acredita – sobretudo um exemplo em gestão democrática e de humanização dos serviços públicos”.



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MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

Quatro décadas reg

Rindo muito, a fundadora da Neuza Produções lembra da série de “Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”. Esta defini-

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ção do francês Henri CartierBresson (1908-2004), um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo, talvez seja a que melhor expresse o amor de Neuza Rodrigues pela sua profissão.

Comemorando

quarenta anos, a Neuza Produções é referência estadual no segmento de estúdio fotográfico. Hoje, rindo muito, Neuza lembra da série de dificuldades que precisou enfrentar para chegar aonde chegou.


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gistrando emoçþes

e dificuldades que precisou enfrentar para chegar aonde chegou

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MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

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Nascida em Mutum - cidade no Vale do Rio Doce, com pouco mais de 26 mil habitantes -, Neuza, de olho no futuro, veio para o Vale do Aço motivada pela implantação da Usiminas. Chegou em Coronel Fabriciano com 21 anos de idade, em 1969. É mãe de quatro filhos: Miriam, Amós, Thamar e Rachel. Ainda, “a avó do Lucca”, como gosta de ressaltar. Neuza respira fotografia desde a adolescência. A inquietação e a vontade de inovar sempre estiveram presentes em sua personalidade, diz ela. Começou em Ipatinga com um estúdio na Avenida 28 de Abril, onde tinha seu próprio laboratório em preto e branco. Fotografava durante o dia e, à noite, revelava as fotos. Além das fotos convencionais que fazia, com carinho, relembra que atendia os clientes em casa. Levava no porta-malas do seu carro uma mala cheia de roupas, acessórios e maquiagem para produzir seus clientes, principalmente crianças. Fazia de cada casa um estúdio e assim conseguia realizar os sonhos de todos. Bem humorada, fala dos desafios e conta histórias muito engraçadas dessa fase do seu trabalho. “Os quarenta anos de profissão me dão o privilégio de encontrar pessoas de famílias que fotografei quatro gerações!” – exclama. Ela faz questão de dizer que ama Ipatinga e com alegria lembra que registrou momentos especiais e inesquecíveis para a sociedade do Vale do Aço: casamentos, festas, grandes eventos sociais, políticos e artísticos. “Acompanhei e participei de perto do desenvolvimento de Ipatinga”, acrescenta. Herança familiar “A Neuza Produções é uma empresa familiar e a responsabilidade do empreendimento está distribuída entre os filhos”, observa Neuza. Com tanto talento, o filho Amós não poderia mesmo ser relaxado com a profissão, garante a mãe-coruja. Nos três anos que morou em Londres, se especializou na produção de fotos e vídeos e na bagagem trouxe modernidade e inovação para a empresa. “Fazemos questão de acompanhar os avanços tecnológicos. Esses recursos têm dado um novo rumo ao nosso trabalho”. Amós gerencia os estúdios da Rua Ponte Nova, no centro de Ipatinga.

é gerenciado por Thamar. Este espaço é voltado exclusivamente para noivas. Com muita dedicação e seriedade, Thamar é a responsável pela cobertura fotográfica dos casamentos. “Tudo precisa sair como o que foi sonhado, o cuidado precisa ser especial!” – ressalta. Ela lança no mercado o “Short Story”, que são vídeos de casamento com uma edição bem dinâmica, o que faz dele algo muito agradável de se assistir. ÓTICA VERSÁTIL Também na Rua Ponte Nova, no centro de Ipatinga, Neuza trouxe uma nova opção para os olhos ipatinguenses: a Ótica Versátil. A ótica está sob o bom gosto e os olhos atentos de sua filha Miriam. A filha caçula, Rachel, também optou pela fotografia. Ela mora em Belo Horizonte, onde tem um estúdio e mostra de quem é filha. A Neuza Produções, hoje, realiza todas as etapas da fotografia. “Fotografamos, manipulamos, tratamos, diagramamos, imprimimos e encadernamos as nossas fotos”, explica Neuza. A empresa também produz calendários, banners e outros produtos personalizados. Com uma equipe de funcionários bem treinada, a Neuza Produções, segundo sua fundadora, tem uma receita bem definida para continuar avançando em sua sólida trajetória histórica: “Ética, responsabilidade e paixão pelo que fazemos”. Com uma equipe de funcionários bem treinada, a Neuza Produções, segundo sua fundadora, tem uma receita bem definida para continuar avançando em sua sólida trajetória histórica: “Ética, responsabilidade e paixão pelo que fazemos”.

CASAMENTOS O estúdio da Avenida Brasil, no Bairro Iguaçu, A fundadora da Neuza Produções com o atual presidente da Federaminas, Wander Luís Silva: a empresa ganhou 8 prêmios Notorius consecutivos, com 65% de indicações do público Neuza respira fotografia desde a adolescência. Começou em Ipatinga com um estúdio na Avenida 28 de Abril, onde tinha seu próprio laboratório em preto e branco Com os filhos Amós, Thamar e Miriam: muitas alegrias e também responsabilidades divididas em família


Para a Usiminas, todo dia é dia do meio ambiente.

Carlos Gandra

Aplicador técnico Centro de Biodiversidade da Usiminas - Ipatinga/MG

A Usiminas produz aço com compromisso ambiental e foi a primeira siderúrgica brasileira – e a segunda no mundo – a obter a certificação ISO 14001. Seja adotando processos de redução de consumo de água e energia ou reaproveitando resíduos na linha de produção, a Usiminas está diariamente atenta às questões ambientais em seus negócios. Por isso, ela também investe e incentiva ações nas regiões onde atua, mobilizando e conscientizando a comunidade e seus empregados da importância de se preservar o meio ambiente. A Usiminas sabe que respeitar o planeta é respeitar a vida. É garantir o amanhã por meio de ações realizadas hoje. É evoluir. É fazer cada vez melhor. Sempre.

Dia 5 de junho. Pública

Dia Mundial do Meio Ambiente.


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LIVROS/FILMES

Harrison Ford, um doutor feito sob medida

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Bilionários por acaso - A Criação do Facebook A excitante história de como dois estudantes desenturmados de Harvard, que tentavam aumentar suas chances com o sexo oposto, criaram o site de relacionamento que se tornou uma das mais poderosas empresas do mundo, o Facebook. Bilionários por acaso: A Criação do Facebook é uma aventura real, que envolve investidores poderosos, mulheres maravilhosas, a busca do estrelato social e muitas intrigas. De forma divertida e interessante, narra o fim da inocência no ritmo da criação controversa da rede social que revolucionou a maneira como milhões de pessoas se relacionam. Autor: Ben Mezrich (norte-americano, graduado em Estudos Sociais em Harvard, em 1991. Alguns de seus livros foram escritos sob o pseudônimo de Holden Scott). Páginas: 232 Editora: Intrínseca Ano: 2010 Preço sugerido: R$ 22,50

“Decisões Extremas” surpreende logo no seu início. Não por invencionices do roteiro ou qualquer coisa envolvendo a história em si. Surpreendente é ver, pela primeira vez desde Star Wars, Harrison Ford não ser o nome principal a ser creditado. O longametragem é produzido pelo ator que, talvez até por isso, tenha se sentido menos tentado a encabeçar o elenco, deixando a função para Brendan Fraser. É no mínimo curioso. O filme é baseado no livro ‘The Cure’, da jornalista vencedora do Pullitzer Geeta Anand que, por sua vez, baseou-se em fatos reais. John Crowley (Fraser) é um homem de família, casado com a bela Aileen (Keri Russell) e pai de três filhos. Os Crowley tentam de todas as formas manter uma rotina normal, mesmo tendo de encarar uma batalha diária: dois de seus três filhos têm a doença de pompe, um mal degenerativo que afeta os músculos e sistema nervoso. De acordo com as pesquisas de John, as crianças têm expectativa de vida até os 9 anos de idade, o que o deixa desesperado por uma solução para o problema. Ao conhecer as pesquisas do Dr. Robert Stonehill (Ford), Crowley percebe uma luz no fim do túnel, larga seu trabalho e passa a dedicar todo o seu tempo a angariar fundos para a descoberta da cura para a doença. Brendan Fraser consegue uma atuação bastante comovente, merecendo créditos pela escolha do papel. Já Harrison Ford está num papel que parece ser escrito sob medida para ele e, por isso, não é de se estranhar que esteja tão à vontade como o doutor.



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CASAIS IMPROVÁVEIS

Quando o amor fala

mais alto

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Com diferenças de meio metro na altura e 17 anos na idade, Claudinho e Michele superam preconceitos e quebram paradigmas, provando o quão insondáveis são os segredos do coração O casal com a pequena Isabella Kelly, de quatro anos: “A cara da mãe, mas o gênio do pai”, diz ele


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A história de Cláudio dos Santos, 42 anos, e Michele Batista Serafim Santos, 25, poderia ser uma história normal, de um casal que se conhece, torna-se amigo, se apaixona e decide se casar, como tantos outros, mas não é. Eles são um daqueles casais para os quais todo mundo olharia e diria: é improvável que dê certo. Porém, vencidas numerosas barreiras, eles completam seis anos de matrimônio no mês de novembro.

E são pais de uma linda criança de quatro anos, Isabella Kelly Serafim Santos. Cláudio é muito conhecido por ter representado um dos mais populares personagens do futebol do Vale do Aço, o Tigrinho, mascote do Ipatinga. Com 1,10m de altura, ele e Michele, meio metro maior, tiveram que superar incompreensões de toda ordem para continuarem juntos.

Cláudio é o menor dos seus sete irmãos. Uma disfunção orgânica impediu-o de crescer como os outros. Michele tem quatro irmãos, ela e uma irmã, mais dois do sexo masculino. Quando Michele nasceu, Cláudio já tinha 17 anos, embora a altura passasse pouco de um metro. A história dos dois tinha tudo para não dar certo. Mas, vá entender as coisas do coração! O namoro nasceu em 23 de outubro de 2003, com um beijo roubado


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Como se conheceram O casal conta que se conheceu na Igreja Quadrangular. Cláudio já era membro, e Michele começou a freqüentar os cultos. Olhar maroto, Cláudio assegura que foi ela que ficou de olho nele. E ela, aos risos, nega. Certo é que, com o tempo, os dois ficaram amigos. Ela passou a freqüentar a igreja e começou a cantar no louvor, enquanto ele pregava. Cláudio diz que não imaginava que poderia existir algo além de amizade entre os dois. “Eu não acreditava verdadeiramente que ela poderia vir a gostar de mim. Eu mesmo pensava que era impossível, até mesmo pela diferença de idade. Mas, graças a Deus deu tudo certo”. Michele reconstitui os fatos na memória: “Cheguei como visitante na igreja e viao participando das coisas, sempre ativo. Admirava-o principalmente por causa da iniciativa, apesar do tamanho. Nunca tinha visto um homem adulto daquele tamanho, uma pessoa de pequeno porte. Um dia me convidaram para ir à igreja, e naquela noite, coincidentemente, ele estava pregando. Até disse para a minha mãe na ocasião: ‘Ele é tão pequenininho e estava pregando, mãe!’. Eu já conhecia ele, sempre comprava pão na padaria do meu pai, adorava o tareco”, recorda. Cláudio, brincalhão, garante que não ia na padaria para vê-la, apenas buscar o alimento. Amizade Com o passar do tempo, a amizade entre Cláudio e Michele foi aumentando. “Ele me defendia. Era quase o meu advogado”. Depois de três anos o interesse ficou mais forte. Segundo Cláudio, os caras faziam hora com ela, e isto o deixava com raiva. “Eu falava com ela que ela tinha que arrumar um homem de verdade. Se fosse eu o namorado dela, encarava até o Mike Tyson para defendê-la”, brincou Claudinho. Michele só se convenceu de que Cláudio queria algo mais com ela quando ele agiu de um modo diferente numa situação em que era importunada por um ex. “Ele queria voltar, eu não. Aí o Claudinho foi conversar com ele, dizer pra ele parar de querer reatar, pois isso

não iria acontecer. Ele perguntou pro Cláudio porque estava tomando as minhas dores, se acaso era meu namorado. Claudinho respondeu com um sugestivo ‘ainda não’. Fiquei meio sem graça, mas foi aí que percebi”, revelou Michele. O beijo roubado Um dia, Claudinho disse que precisava tratar de algo sério com a moça. Eles conversariam após um trabalho que faziam com os adolescentes na igreja. Ambos já sabiam do interesse de um no outro, porém, havia medo. Michele tinha apenas 17 anos na época. Temia que o namoro não pudesse ir adiante. “Vai que não dá certo, o que eu vou arrumar?” - refletia. Quem atuou como cupido nesta história foi uma amiga do casal. Michele namoraria Cláudio se esta amiga namorasse o irmão dela. A amiga era mais velha, o irmão de Michele, mais novo. O namoro do segundo casal começou primeiro. Um dia foram os quatro a uma pizzaria, e Michele reclamou dos homens, em geral, afirmando que todos eram iguais, que só brincavam com ela e não queriam nada sério. Cláudio respondeu imediatamente. “Peraí, eu não sou igual aos outros”. Assim é que cada vez Michele ficava mais encantada. Voltando à igreja, após a reunião com os adolescentes, Cláudio perguntou se eles conversariam ou não. Ela disse que sim e, então, as coisas começaram efetivamente a acontecer. “Eu me agachei pra ficar na mesma altura dele, aí ele se levantou de onde estava sentado, veio até perto de mim e me roubou um beijo”. Assim nasceu o namoro, em 23 de outubro de 2003. Barreiras A mãe de Michele gostava de Cláudio, mas achava que a filha não se casaria com ele. Por outro lado, o pai era mais resistente, por causa do tamanho dele e da idade também. “Uma vez – recorda a esposa do Tigrinho - eu tive uma conversa séria com meu pai, e falei pra ele que era o Cláudio que eu queria, que tinha idade pra escolher. Enfim, ele acei-

tou, mas disse que a gente tinha dois anos pra se casar. E no dia 26 de novembro de 2005, subimos ao altar”. “Quando ficamos noivos – acrescenta ela -, em novembro de 2004, meu pai disse que não tinha condições de bancar a festa. Na verdade, ele não esperava que nos casássemos, e ter ficado noivos já foi uma grande surpresa para ele. Nós surpreendemos muita gente. O medo do meu pai era de que a gente casasse e o Cláudio não conseguisse um emprego”, revelou Michele. Momentos difíceis E não é que, dias após marcar a data do casamento, Cláudio perdeu o emprego? O homem de pequeno porte ficou realmente com medo neste momento. “Foi difícil. Queria casar, mas sem emprego as coisas complicariam muito. Então, fui atrás de outro serviço. Lutei e consegui. Deus me abençoou, mesmo com os probleminhas que surgem no caminho”. Outro momento difícil foi quando Michele ficou grávida. “Eu andava com o barrigão na rua, com o Cláudio do lado, e me paravam para perguntar se ele era o pai. Isto me deixava muito nervosa. Só porque ele é assim quer dizer que não pode ter filhos? Até no posto de saúde sentia o preconceito das pessoas, perguntavam a idade e o tempo de casado da gente só por curiosidade”, revelou. Dizem que a criança se parece pouco com Cláudio, tem mais as feições da mãe. Ele não liga. “É a cara da mãe, mas o gênio do pai”, brinca. As loiras do ‘Tigrim’ Da época em que Cláudio trabalhava como Tigrinho no Ipatinga Futebol Clube, ele lembra: “A Michele foi ver o jogo, aí pediu pra me ver, falou que era a esposa do Tigrinho. Um amigo nosso lá, Cláudio também, respondeu pra ela que toda loira era esposa do Tigrinho só pra poder entrar de graça no jogo. Pra quê! Ela ficou com muita raiva. Tive que ir lá conversar com ela e falar pra todo mundo que era a minha esposa. E depois ela veio brigar comigo querendo saber que história era esta de toda loira ser minha esposa”, lembrou Claudinho.


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Uma constante superação de limites Cláudio sempre foi o cara descolado do grupo. Sentia muitas vezes o preconceito das pessoas em relação a ele, mas isto nunca o impediu de ser feliz, ele garante. “Nunca tive diferença com os meus irmãos em casa. Meu pai sempre me dizia que eu era igual a eles, até maior. Enfrentei o preconceito da família do meu sogro também. Sempre enfrentei preconceitos, sempre os quebrei. Quando eu trabalhei na Viação São Roque como cobra-

dor, diziam que eu não ia conseguir pular a roleta. Na escola, minha cadeira deveria ser mais alta, com uma almofada, e isto não me impediu de estudar. Quando ia para o quadro escrever, subia na mesa e escrevia como qualquer um. Sempre fui extrovertido. Nunca coloquei o meu tamanho como um obstáculo para mim. Eu aprendi a me proteger, a me proteger dos preconceitos dos outros confiando no que eu seria capaz

Claudinho e a frase marcante: “Um pregador me disse que um homem é medido daqui pra cima”

de fazer. E quando me dizem que eu não vou conseguir, aí é que eu fico invocado, e ganho mais forças ainda para superar. Sempre brinco com esta frase. ‘Onde eu passo, ninguém mais passa’”, disse. Claudinho ouviu algo que para ele é marcante. “Um pregador me disse que um homem é medido daqui pra cima” - narra, enquanto coloca a mão um pouco acima dos olhos. “O resto é só complemento”, conclui.





CARTAS À REDAÇÃO Um alerta às mulheres Primeiramente gostaria de parabenizá-los quanto à reportagem “Há vida após o Câncer” na revista ATITUDE de fevereiro/março de 2011, na qual foi relatada a história emocionante de superação da minha paciente Luciene Perfeito. Acho que a reportagem serve de alerta que o Câncer de Mama pode também ocorrer em mulheres fora da idade de risco e tanto médicos quanto pacientes têm que estar atentos a isto. Dra. Elizabeth Gallo - médica SANTA EFIGÊNIA - BELO HORIZONTE

É possível sonhar “Sonhe com aquilo que você quer, porque você só possui uma vida e nela só se tem uma chance de se fazer aquilo que quer”. Realmente é de muita ATITUDE esta revista. Bem diagramada, boas e belas matérias. A história da família do Sr. Luiz Pedro e a fábrica da Que Filé (1ª edição) é envolvente e de muita luta. Gilmar Rodrigues ASSOCIAÇÃO DE SKATE DO VALE DO AÇO Revista.indd 1

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08/12/2010 22:40:31

Revista de qualidade Devo confessar que fiquei surpreso em saber que é produzida na nossa região uma revista de tão boa qualidade. Surpreendeu-me sobremaneira a qualidade fotográfica, assim como as matérias jornalísticas. Chamoume especialmente a atenção a reportagem sobre Vargem Alegre (a cidade dos médicos), tanto quanto a reportagem sobre o picolé Boachá, a entrevista com o Israel de Paula e a reportagem sobre a vida após o câncer. Meus sinceros parabéns à editoria. O sucesso será apenas uma questão de tempo. Geraldo Araujo - empresário DINOX IND. E COM. LTDA – CORONEL FABRICIANO

Ação e emoção Com certeza, é de fato com ATITUDE que se faz uma revista como esta. Parabenizamos pelos excelentes serviços que estão prestando à nossa região. Destaco as matérias sobre Vargem Alegre, a cidade dos médicos, e a dos sorvetes Boachá. João Batista Soares do Carmo – Rep. Farmacêutico B. ESPERANÇA - IPATINGA

Centenas de edições Ao ler o nº 2 de ATITUDE, que não conhecia, me surpreendi com o bom gosto do conteúdo, além do excelente padrão gráfico. Achei muito feliz também o nome, que realmente casa com a reflexão de Lou Holtz citada na Carta ao Leitor. Parabenizo a toda a equipe pela qualidade e a mensagem proposta. Desejo sucesso para o futuro de centenas de edições. Antonio Cleber A. Otoni CALADINHO - CORONEL FABRICIANO

Desrespeito nos caixas Em primeiro lugar gostaria de parabenizar a revista pelo excelente trabalho, já em sua primeira edição. Gostaria de sugerir uma matéria sobre o serviço de atendimento preferencial para gestantes, idosos e deficientes nos vários segmentos existentes. Nos grandes e médios supermercados, sobretudo, não tem sido dada importância à proteção da lei, ocasionando transtornos (pessoas que não precisam deste atendimento usam os caixas preferenciais deixando os que precisam em situação constrangedora). Fabrício Gomes – Tecnólogo em Gestão/Produção Industrial - IPATINGA



Abr/Maio 2011

COMPORTAMENTO

Como ajudar as crianças a

lidar com o trauma Evitar falar sobre o assunto na tentativa de proteger os filhos não é a decisão mais correta

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Para o psicólogo Julio Peres, garantir a segurança e dar oportunidade à criança de expressar as suas emoções são os primeiros passos para superação do trauma. O trauma psicológico envolve situações inesperadas com expressão emocional/sensorial superior à capacidade do indivíduo de processar cognitivamente essas excitações. Não existe uma resposta universal para o trauma, é natural que diferentes reações pós-traumáticas sejam apresentadas como, por exemplo: estado de alerta contínuo, insônia, pesadelos, isolamento, silêncio, estado de choque, amortecimento emocional, agressividade, medo, entre outras. Respostas de hiperestimulação (medo e alerta) são comuns, como se o trauma fosse acontecer novamente. Alguns cuidados específicos podem abreviar mais facilmente o sofrimento e construir a superação das pessoas que apresentam sintomas pós-trauma. “Garantir a segurança do ambiente é o primeiro passo do processo de superação traumática. Nenhuma estratégia terapêutica poderá ajudar se a pessoa traumatizada ainda estiver em contato com o evento estressor e, portanto, em risco para re-traumatização. Porém, para poder transmitir essa mensagem de segurança, os pais devem acreditar nela, isto é: se a embalagem emocional não estiver de acordo com o conteúdo, o efeito pode ser muito pior quanto à angústia, a incerteza da dupla mensagem e a dissociação provocadas”, explica Julio Peres, psicólogo clínico e doutor em Neurociência e Comportamento, com pós-doutorado no Center for Spirituality and the Mind, University of Pennsylvania. O segundo passo é favorecer que a criança expresse em palavras (ou em expressões artísticas como desenhos), as suas emoções, angústias e sensações para significar e representar a ocorrência traumática. Conforme o psicólogo, ao invés de alguns pais evitarem falar sobre o assunto traumático na tentativa de proteger os seus filhos, eles devem escutar seus filhos várias e várias vezes. “Além disso, os pais devem abordar o evento traumático

com clareza e calma, sem ocultar os fatos”, ressalta. O acesso a exemplos de superação ajuda na representação de uma nova perspectiva para saída do trauma, gerando uma esperança que contrapõe o sofrimento: ‘Se ele superou, eu também posso’. Por isso, a ajuda profissional somada ao apoio e segurança passados pelos pais, permitirão que essas crianças consigam superar o trauma, servindo também de exemplo para outras pessoas. “Contudo, se após quatro semanas os sintomas continuarem, é preciso procurar ajuda profissional. Com a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra especializados em Transtorno de Estresse Pós-Traumático, a criança conseguirá atribuir significados aos fatos e em seguida ressignificá-los na direção da superação”, completa o psicólogo.



Abr/Maio 2011

HUMOR

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Pneus Usados e Inservíveis Leve para o Ecoponto Todos os pneus e carcaças inservíveis devem ser levados pelos revended0res de pneus para o Ecoponto no bairro Alegre, ao lado da ASCATI, de onde serão destinados para reciclagem.

Motoristas ao efetuar troca de pneus nas revendedoras, exija a apresentação do certificado de destinação dos pneus inservíveis para o Ecoponto Municipal. Os pneus que você usou não serão lançados inadequadamente no meio ambiente, evitando a proliferação de insetos causadores de doenças como dengue, malária ou febre amarela etc. As consequências mais comuns dos descartes inadequados de pneus são: o assoreamento dos córregos e rios, o risco de incêndios, a ocupação de grandes espaços em aterros. Com a queima de pneus a céu aberto são liberados substâncias gasosas cancerígenas como carbono e enxofre, além das contaminações do ambiente com metais pesados como, por exemplo, zinco, cromo, cádmio e chumbo, elementos presentes na composição química dos pneus.

realização

parceria

apoio

Secretaria Municipal de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente • Gerência de Meio Ambiente • Secretaria Municipal de Educação • Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Lazer e Juventude • EMATER • Instituto Vida Natural - VITA


5

JUNHO

dIA MUndIAl do MeIo AMBIente

2011

Ano InternAcIonAl dAs FlorestAs

Quem acolhe florestas, planta boas ideias e sustenta a vida Parte fundamental do nosso sustento, as florestas nos permitem obter matéria-prima, de maneira sustentável, para nossos produtos e recursos fundamentais para a preservação de todas as formas de vida.

Nossas propriedades são cobertas de florestas nativas e plantadas, o que nos faz conservar a biodiverdidade da fauna e da flora em mais de 100 mil hectares, preservar espécies ameaçadas de extinção e proteger mais de 3.500 nascentes.

Para a CENIBRA, acolher florestas significa cuidar, respeitar e chamar a responsabilidade para si. Fazemos Com boas ideias, manejo florestal responsável e ações isso de um jeito todo especial. socioambientais, contribuímos para sustentar a vida.


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