Agosto a outubro de 2014 • Ano III • Nº 13 • DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
MEDIC CENTER SAÚDE
A empresa ipatinguense que ganhou o direito de socorrer pessoas em todo o país com os revolucionários mini massageadores portáteis de combate a dores e tensões
REVELAÇÃO As ligações de Samuel, do Skank, com o Vale do Aço
MODA
Manu, a jovem blogueira que está bombando no Facebook
F1600
O garoto de 15 anos que já é o mais rápido em Interlagos
VIDA NO EXTERIOR O engenheiro fabricianense que virou cidadão do mundo por 20 anos
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CARTA AO LEITOR
Uma sinfonia e uma sintonia
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tragédia da vida real, já se disse, não é a tetraplegia, a paraplegia ou tampouco a morte prematura, mas uma vida longa e saudável desperdiçada pela apatia, a negligência e a omissão. O bem-estar - tanto o comum quanto o individual - é produzido por fazeres, mesmo que de início ou repetidamente equivocados até sinalizarem para o acerto. As guerras, inclusive, por mais duras e perversas que sejam, muitas vezes representam as maiores lições. Desse modo, parece bem fundamentada a teoria do engenheiro Wagney Machado, entrevistado por ATITUDE nesta décima terceira edição, de que “as sociedades imobilizadas tendem a desaparecer”. Ele chama atenção para a notável capacidade alemã de se reinventar em ciclos dinâmicos, a ponto de, na atualidade, tornar-se vitrine mundial. Diante da brasa caindo sobre os pés, experimente não se mover. Em meio a um pesadelo, teime em não acordar. Perceba um tijolo despencar do oitavo andar em sua direção e, impassível, não se esquive. É suicídio, autoflagelação. Por mais casual que se revele, a dor não cessa pela contemplação, como a noite não termina se o sol não raiar. Assim é que também a família ipatinguense Queiroga Melo, fundadora da empresa Medic Center Saúde, embora já envolvida em outras ocupações e negócios, se mexeu um pouco mais. Vislumbrou a preciosa oportunidade de se focar especialmente no expediente prático de fazer o bem às pessoas, menos sujeita a sensações ambivalentes, e assim se realiza. É fato inegável que a monotonia massacra e, se não cuidarmos, torna-se odiosa, adoecendo o coração - de onde procedem os nossos melhores ou piores pensamentos e atos. Talvez por isso Deus seja tão pródigo em criatividades, poupando não apenas a nós, mas a si mesmo do enfado. O som produzido por instrumentos musicais de corda, foles ou teclas pode ser agradabilíssimo, carregado de estímulo ou relaxamento. Dependendo de quem o execute. Ouça alguém ferir seguidamente a mesma corda, a mesma tecla, num único tom, um mono tom. E está feito o estrago. Curtam esta nova edição como de fato nova. A última coisa que pretendemos é nos tornar repetitivos e cansativos. Como os gols germânicos que se afundaram sem resistência pelas redes de Júlio César.
DIRETOR E EDITOR-CHEFE Luiz Carlos Kadyll Registro - JP 00141/MG (31)8586-7815/3824-4620 REPORTAGENS Luiz Carlos Kadyll kadyll.revistaatitude@gmail.com Alexandre Paulino alexandre.revistaatitude@gmail.com Janete Araújo janete.revistaatitude@gmail.com FOTOGRAFIAS Paulo Sérgio de Oliveira Luiz Carlos Kadyll Rodrigo Ruiz Mário Takahama Andreza Girardelli PROJETO GRÁFICO Alisson Assis DIAGRAMAÇÃO Fábio Heringer ASSISTENTE DE ARTE Ellen Villefer de Carvalho Almeida ellen.revistaatitude@gmail.com DIRETORA COMERCIAL Edileide Ferreira de Carvalho Almeida edileide.revistaatitude@gmail.com (31)8732-8287 COLABORARAM nesta edição: Ed Carlos, assessoria de Comunicação da Cenibra e Dr. Mário Márcio Tiragem 3.000 exemplares
ENVIE SUGESTÕES A revista atitude conta com a sua participação para proporcionar sempre um alto nível de informação aos seus leitores. Envie suas sugestões de reportagens para o e-mail sugestao.revistaatitude@gmail.com. Elas serão avaliadas por nossa equipe com
Luiz Carlos Kadyll Editor-chefe
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SUMÁRIO
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UM OLHAR MULTICULTURAL
O Brasil de hoje visto – e analisado – por Wagney Machado, o ex-comerciário filho de um balconista de açougue, que cursou engenharia elétrica em Fabriciano e cumpriu dois mestrados na França, onde também trabalhou por 12 anos.
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20 VALORIZANDO O ESTILO
Emanuelle Costa, a jovem blogueira antenadíssima nas tendências da moda, que ajuda as mulheres a escolherem os melhores looks para o dia a dia e ocasiões especiais.
32 ANTÍDOTOS CONTRA A DOR
A praticidade de uso e os formidáveis efeitos aliviantes dos massageadores trazidos para o Brasil pela Medic Center Saúde (foto ao lado). Autorizada pela Anvisa, empresa ipatinguense é exclusiva na distribuição dos equipamentos em todo o país.
48 CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA
A cobertura da diplomação de mais de mil novos alunos preparados pelo SERTEP - Serviço de Educação Técnica e Profissionalizante.
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BONITO E VELOZ
Nossa Capa
Nutricionista Sarah Gomes, fotografada por Paulo Sérgio de Oliveira
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De volta às pistas, o garoto prodígio Ígor Fraga (no alto), que começou a correr com apenas três anos de idade, já faz história na Fórmula 1600, com pole, recorde de pista e vitória em Interlagos, o templo sagrado do automobilismo nacional.
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APOIO GERENCIAL
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EM ARGEL, a capital da Argélia, conhecida como la Blanche (“a Branca”) pela admirável aparência do branco resplandecente dos edifícios que sobem a encosta vistos do Mar Mediterrâneo
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De volta ao Caladinho, o bairro fabricianense onde se criou como filho de um humilde funcionário de açougue e uma dona de casa, engenheiro eletricista fala de sua batalha até cumprir dois mestrados e uma rica vivência de cerca de 15 anos na França. Vinte anos se passaram desde que o jovem fabricianense Wagney Machado, então com 26 anos de idade, deixou sua modesta residência na região das casas populares, no bairro Caladinho de Baixo, rumo à França. Partiu, conforme ele mesmo diz, “dando um salto no escuro”, sem ter qualquer parente ou amigo na outra ponta. Então, no aeroporto de Paris, não havia uma só alma para lhe oferecer boas-vindas. Quando desembarcou, a primeira impressão foi como se estivesse chegando noutro planeta, com um monte de gente de língua enrolada à sua volta - já que não falava qualquer idioma além de um arrastado português ‘mineirês’ carregado de uai. A bem da verdade, era a primeira vez que havia entrado num avião e isto também foi desafiador, mas sua determinação gritava mais que tudo. Ele acabara de concluir o curso de engenharia Elétrica no antigo Instituto Católico de Minas Gerais (ICMG), hoje Centro
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Au revoir, Paris! Universitário do Leste de Minas (UnilesteMG), e o objetivo era encarar um mestrado para enriquecer o currículo. Assim, de volta ao Brasil, poderia concorrer em melhores condições no mercado de trabalho. Contudo, contratado por uma multinacional, sua permanência na Europa foi longa, e ali ele acumulou experiências valiosas, além da oportunidade de conhecer inúmeras outras culturas. Filho de uma dona de casa e um funcionário de açougue que, atuando por toda a vida na atividade, sofria com problemas no coração e acabou morrendo em 2006, Wagney conta que em sua casa são apenas dois irmãos, sendo ele o mais novo. Mesmo com as dificuldades da família, o primogênito também se formou em engenharia, mas na área Mecânica. Foi uma espécie de abre-alas para ele. Tornou-se funcionário da Usiminas e reside hoje em Santana do Paraíso.
EXPERIÊNCIA MULTICULTURAL Antes de seguir para o exterior, o fabricianense já se virava como podia para manter os estudos. Saiu de uma escola estadual e passou por um curso de auxiliar técnico em Química no Colégio João Calvino. Desde os 14 anos, trabalhou no comércio. O primeiro emprego foi substituindo o irmão num escritório de terraplenagem. Depois foi balconista numa loja de artigos para presentes e em outra de informática. Em seguida, ainda atuaria num escritório de arquitetura fazendo projetos civis, e num gabinete de decoração de ambientes (onde executaria projetos de armários embutidos, banheiros, dormitórios). Enquanto cursava engenharia, atuou por dois anos e meio como programador na Usiminas Mecânica. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ao concluir o curso, considerando que o país vivia um momento econômico desfavorável, decidiu vender a moto que tinha e usar o dinheiro da demissão na indústria para buscar novos horizontes. O irmão mais velho se casou, em junho de 1994, e em novembro Wagney viajou à Europa. O engenheiro diz que desde criança pensava em trabalhar com tecnologia, e sua preferência era pela área química. Um sonho infantil era tornar-se algo como um cientista maluco, confessa, seduzido por fantasias de plantas carnívoras, coisas do gênero. Porém, estudou Elétrica porque havia no máximo quatro opções de curso naquele tempo. “O final dos anos 80 e início dos 90 era desalentador” – lembra Wagney. “Quem viveu a época sabe bem o que era aquilo. Estávamos debaixo de uma terrível hiperinflação. Um salário de mil, em janeiro, valia apenas 100 em dezembro. Três mil por cento de inflação ao ano, 250% ao mês”. Vontade de mudar de vida, foi isto que o moveu em direção ao exterior, explica. “O futuro que eu estava vislumbrando não me agradava, pessoas sem perspectivas, sem sonhos, sobrecarregadas, esgotadas”. O engenheiro recorda que, após alugar um quarto, as coisas ainda pareciam bem desestimulantes para ele na França. Mas no consulado do novo país uma funcionária se sensibilizou com seu drama. Contou-lhe que aprendera a falar português em cassetes-aula disponíveis numa biblioteca de Paris, sendo que ali poderia também aprender o francês. E foi o que fez. “Por seis meses, de 13h às 21h, virei uma esponja naquele lugar. Usando inclusive os sábados e domingos, me esforcei para absorver o máximo que podia e assim é que passei a me comunicar na língua do país. Inscrevi-me para três universidades, submeti-me às entrevistas e fui aceito numa delas, no mês de abril”. Em Paris, Wagney concluiu dois mestrados, um na área de Ciência e Tecnologia e Sociedade, e outro em Pesquisa Comparada sobre o Desenvolvimento. No período de 2000 a 2012, também trabalhou como consultor em sistemas de informação na França. As universidades francesas são gratuitas. Paga-se apenas uma taxa anual de inscrição. Pela lei, alunos de
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mestrado e doutorado ainda podem trabalhar 20h por semana (o que é vedado apenas aos que estão se graduando), e assim é que Wagney se mantinha. O engenheiro detalha que logo que foi aceito na universidade voltou ao Brasil para pegar seu visto de estudante. No primeiro mestrado, pluridisciplinar, havia também participantes médicos, sociólogos etc. O objetivo: estudar uma tecnologia, uma técnica e o impacto social, econômico, ambiental e político na sociedade. A partir de janeiro de 1997, após concluir o primeiro mestrado, Wagney passou pouco mais de um ano no Brasil, trabalhando na Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Mas em 1998, ano de Copa na França, retornou à Europa. Uma amiga de São Paulo o convidou para acompanhar um grupo de crianças que faria um intercâmbio de duas semanas com uma escola de Paris. Cumprido o compromisso, resolveu ficar. Inscreveu-se na EHESS - École des hautes études en sciences sociales (Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais), agora para um mestrado na área de Pesquisa Comparada sobre o Desenvolvimento. “Desta vez, estudei os pólos tecnológicos. Via que esta se tornara uma área promissora, com muitas oportunidades no Brasil, já que estavam em ebulição planos de investimentos num pólo em Santa Rita de Sapucaí, empreendimentos de informática e biotecnologia em BH, novos estágios de desenvolvimento no Instituto Butantã, entre outros. Ainda, na época falava-se muito no Silicon Valley (Vale do Silício), nos EUA”. Ago s to a O utubro 2014
WAGNEY EM SAARBRUCKEN, a capital do fronteiriço Saarland, o menor estado alemão, onde vivem cerca de 350 mil pessoas em região metropolitana
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Em 2000, Wagney Machado recebeu proposta para trabalhar como engenheiro na área de sistemas de informática na França e confessa que no início ficou intimidado, embora já estivesse convencido de que talvez fosse hora de buscar uma recompensa maior pelo aprendizado que já acumulara. “Como já estava há quatro anos estudando, um pouco mais de experiência empregatícia não me faria mal. Contudo, quase não acreditei quando fui chamado. Pensei: eles devem ter se enganado. Quando me puserem para trabalhar com os engenheiros alemães ou franceses, sei lá, logo verão que não estou apto. Porém, para minha surpresa, acabei ficando seis anos empregado, apenas nesta empresa. Resumo da ópera: não era previsto, mas no fim das contas fiquei 12 anos trabalhando no país”. Com a situação mais estável, Wagney revela que procurou ampliar sua visão de mundo. “Fui aos Estados Unidos, andei pela África do Norte, percorri toda a Europa Ocidental. Estive várias vezes na Espanha, em Portugal, na Itália (desde o norte à Sicília), visitei a Inglaterra, Escócia, Irlanda, Noruega, Bélgica, Holanda, Alemanha, Hungria. Enfim, posso dizer que, lá fora, aprendi muito sobre mim mesmo e sobre o Brasil”, resume. De acordo com Wagney, as muitas experiências que vivenciou no exterior lhe permitiram descobrir, entre outras coisas, que o brasileiro é, de fato, muito talentoso. “Na minha cabeça, eu pensava: eu vou chegar, estudar, se tiver muita sorte vou arranjar um emprego no McDonald’s. Assim já estava de bom tamanho. Nunca imaginei que um dia pudesse trabalhar como engenheiro lá. A gente é formatado assim, para desacreditar de si. Contudo, posso dizer: o que a gente aprende nas empresas do Brasil sobre segurança no Trabalho, qualidade total e até mesmo higiene não se compara com o que tem lá. Aqui é muito melhor. O Ag o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
que há são conceitos equivocados”, afirma. Wagney segue teorizando: “De dois ou três séculos pra cá, implantaram em nós a mensagem de que a gente é ruim, que a situação no país está como está porque a sociedade é incompetente, as pessoas são incompetentes. Muitos falam ainda que está no sangue, o que é pior ainda. E não é verdade. Se temos problemas, e realmente os temos, tudo é em razão de um contexto histórico que a gente vive, isso faz parte do processo de desenvolvimento, do ciclo que estamos atravessando. Aos oito anos, via colegas meus botando lombriga pelo nariz e isto não existe mais. O contexto mudou. Não sou um otimista simplesmente porque sou emotivo ou quero acreditar que o Brasil é diferente ou vai ser diferente. Quando estava vindo pra cá, no avião, eu estava lendo uma revista e até recortei a página. Nela um artigo falava sobre as dificuldades da balança comercial brasileira. Em 95, pra cada celular que o Brasil importava, tinha que exportar 12 toneladas de aço. Significa que até nos anos 90, a regra no mundo era a seguinte: produto tecnológico é caríssimo, qualquer coisa, equipamento eletroeletrônico, de raios X, computador, até mesmo óculos, lentes, material de valor agregado, que precisa de maquinário. E quanto a tudo que é matéria-prima, milho, soja, minério, aço, leite, queijo, carne, ninguém pagava nada por isso. Depois de 90, a matéria-prima subiu muito, e o tecnológico passou a ser vendido a preço de banana. Por isso o Brasil cresceu e se desenvolveu nos últimos 15 anos. Lógico, os governos fizeram algumas coisas boas, que permitiram catalisar mais investimentos, como a estabilização da moeda. Mas eles não poderiam fazer isso se o dinheiro externo não estivesse entrando. E ele continuará entrando no mínimo pelos próximos 20 anos. Nem sou eu que estou falando, são os especialistas”, aposta.
EXPERIÊNCIA MULTICULTURAL
Um salário mínimo de R$ 4.200
NA NORUEGA, o segundo país mais rico da Europa, com um PIB per capita de US$ 99,170
O salário mínimo atual na França, segundo Wagney, é de cerca de R$ 4.200. Mas, ainda assim, o país ferve num permanente caldeirão de reivindicações. Em Paris, são mais de 5.000 manifestações de rua por ano. Protesta-se por tudo. Em seu processo de desenvolvimento, no Brasil, “também estamos chegando lá”, diz o engenheiro, observando que hoje muitas pessoas já não se contentam em trabalhar por um salário mensal de R$ 1.500, por exemplo. Um ponto positivo em nosso país, ele diz, é o modo como a sociedade reage bem às mudanças e as assimila mais rapidamente. “Na França, há 12 anos que tentam sepultar a fabricação de lâmpadas incandescentes, sem sucesso. Quando os computadores chegaram, eles se recusavam terminantemente a incorporá-los ao dia a dia. Hoje, no entanto, eles não vivem sem as novas tecnologias da informática, são completamente dependentes dela. Aliás, consomem tanto que talvez seja esta a razão da crise vivida pelo país, já que não produ-
zem estas tecnologias. O que estão gastando hoje com celular, computador, tablet, TV tela plana, filmadora, máquina fotográfica é um horror”, registra. O Brasil está especialmente avançado na agricultura, grande parte dela mecanizada, constata Wagney, considerando que temos uma produção de alimentos moderna, automatizada e isto faz o país crescer, já que se tratam de bens de consumo valorizados nos dias atuais. Em sua opinião, este é um momento muitíssimo atraente para os novos empreendedores vocacionados, se não tanto para os assalariados. Na competitividade acirrada do mundo globalizado, identifica que há outros emergentes vindo aí, mordendo nos nossos calcanhares, e cita o continente africano. “Na medida em que as multinacionais forem se instalando por lá, com certeza serão nossos concorrentes diretos, já que, como nós, dispõem de solo, área, condições climáticas favoráveis, tudo somado a uma mão-de-obra bem mais barata”.
O país ideal
mais que os EUA, que tem 300 milhões de pessoas. O trabalho deles é impressionante, eles se movimentam bastante, e esta talvez seja a receita básica. A sociedade que fica imóvel tende a morrer, a desaparecer. Eles têm uma capacidade muito grande de se adaptar aos contextos. A cada dez anos tem reforma lá. É reforma da educação, reforma política, reforma da saúde, das leis trabalhistas, tributária. Na França, diferentemente, eles não aceitam reforma nenhuma. Parece que vão ter que sair da crise sem reforma”. Outro padrão de sociedade ideal, avalia Wagney, é o dos países escandinavos (Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca), embora para muitos soe como mau exemplo, já que a tributação do trabalho chega a 75%. A questão, ele enfatiza, é que “ali naqueles países a população está plenamente satisfeita com as leis, o que os governos devolvem à sociedade, com o cumprimento
Depois de experimentar tantas culturas pelo mundo afora, Wagney arrisca dizer que o melhor modelo de sociedade que conheceu foi o alemão, “com uma característica única no planeta”. Ali, ele diz, “existe diálogo entre patrão e empregado, entre o político e o eleitor, há conversações pra todo lado, que permitem às pessoas entrarem em acordo, atingirem objetivos comuns”. É impressionante, ele avalia, “como a Alemanha, apesar dos desafios que teve no século passado e também nesse século, como a reunificação, conseguiu superar tudo, ao mesmo tempo em que acumula um extraordinário desenvolvimento científico, experimenta uma inovação muito grande. Até o ano passado, os alemães eram o primeiro exportador em volume do planeta. Com 80 milhões de pessoas, estavam exportando mais que país que tem 1 bilhão de habitantes,
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de seus papeis paternalistas de forma exemplar, dando legítima destinação aos recursos que arrecadam”. Ainda nestes países, acrescenta o engenheiro fabricianense, há as maiores taxas de sindicalizados, em torno de 90%, mas não há greves. “Na França – ele exemplifica -, os sindicalizados são em torno de 40%. Em setores como o meu, de engenharia de informática, a organização sindical não chega a 10%. E onde acontecem mais greves? Vivemos um quadro constante de revolta social. São produtores de leite, de beterraba, funcionários públicos da rede estatal de trem, estudantes, professores, todos reclamando. Se 2% de crescimento parece pouco, no Brasil, o que se dirá de um país com zero por cento de crescimento e abaixo disso, há sete anos, como a França ou a Itália?” – compara, ressaltando que na Europa não existe uma única crise, mas várias, cada uma delas com
suas particularidades. “Cada um queimou os dedos em uma fogueira diferente. Teve um ano na Espanha que liberaram mais alvarás de construção que França, Alemanha e Inglaterra juntas. Hoje, estão lá inúmeros condomínios abandonados, prédios, aeroportos, estações de trem. As empreiteiras, as prefeituras captavam dinheiro pra fazer os investimentos e gastavam simplesmente para gerar empregos, executar as obras, mas não havia sustentabilidade para elas”, exemplifica. Chama ainda a atenção de Wagney o fato de que na Escandinávia as pessoas vivem de forma muito calma, serena e não têm medo do futuro. “Isto, apesar do clima horrível, do gelo no mínimo por nove meses do ano. Quando chega o verão têm um inverno como o nosso aqui e apenas quatro semanas de calor. Apesar disso, não acham ruim”.
EM BUDAPESTE, a capital húngara, sexta maior cidade da União Europeia, localizada às margens do rio Danúbio
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EM MUNIQUE, circulando com um traje germânico típico: para o fabricianense, a Alemanha tem “uma característica única no planeta”
A imagem do Brasil no exterior
COM A MÃE, Trindade Machado, que mora e trabalha em Paris desde 2005
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De volta ao Brasil, atualmente Wagney Machado desenvolve dois sites, sendo um deles voltado para a propagação de novas tecnologias (www.desenvolvimento-sustentavel.com) e outro com o objetivo de promover o turismo em Minas (www.minas.gerais.info), que planeja traduzir em vários idiomas. “Venho trabalhando nesse site de desenvolvimento sustentável desde 2006, ainda na França, e meu foco é prestar consultoria internacional, auxiliar empresas, especialmente as mineiras. Gosto muito desta área porque entendo que não tem jeito de se fazer desenvolvimento sem
EXPERIÊNCIA MULTICULTURAL sustentabilidade tanto financeira quanto social e ecológica. Nesse site repertoriei várias tecnologias, cerca de 200, tecnologia verde ou produtos verdes, solventes menos agressivos, menos poluentes, graxas, óleos, equipamentos ou tecnologias para se fazer uma melhor gestão da água, da energia, para ter menos desperdício, reciclagem de material. Está claro que não só o Brasil, mas todo o mundo tem que ir por esse caminho, preocupando-se um pouco mais com o futuro”. Em relação ao turismo doméstico, Wagney revela que só no ano passado viajou mais de 4.000 km. Nos deslocamentos em Minas, além de cumprir os objetivos relacionados ao site, aproveita para rever parentes que estão espalhados por todo o Estado. “De certa forma quero recuperar esse tempo que perdi longe da minha família, revendo tios, primos”, conta. Perguntado se, financeiramente, também foi compensador o período vivido na França, Wagney considera que sim. “Levando em conta que por quatro anos fui estudante, sem renda fixa, acho que recuperei bem o tempo nos 12 anos em que tive carteira assinada”, raciocina, revelando que investiu em caderneta de poupança na Europa e ainda comprou
um apartamento em Paris, onde sua mãe vive desde 2005, ocupando seu tempo durante o dia como cuidadora de idosos. “Os filhos cresceram e acho que ela estava sentindo falta de ter alguém para proteger”, brinca, para revelar em seguida que, no mesmo espírito, ela chegou a trabalhar também como babá. Sobre a imagem do Brasil na Europa, isto é o que mais aborrece Wagney. Segundo ele, “após esses anos todos morando lá ainda me perguntavam sobre a chacina da Candelária, um acontecimento de mais de duas décadas passadas. Eles acreditam que no Brasil ainda tem gente de extrema direita que sai com a carabina de noite para matar criança na rua; acreditam que ainda trucidamos índios. Quando cheguei lá não entendiam como é que podia haver branco no Brasil e que, ainda mais, foi fazer mestrado. Na cabeça deles, só dois tipos de brasileiros saem do Brasil: jogador de futebol e travesti. Tô falando isso com mágoa no coração, por saber que a nossa imagem é tão ruim entre eles. Por esse ângulo, talvez a Copa do Mundo tenha contribuído positivamente. Espero que saiam daqui revendo conceitos, quem sabe disseminando em suas culturas nossas riquezas turísticas e o excepcional trato de amizade das pessoas daqui”, torce.
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Viver Mais a Cidade Ipatinga vai receber em setembro a primeira edição do Ciclo SESC, passeio ciclístico promovido pelo Serviço Social do Comércio com apoio do Sindcomércio Vale do Aço. Participantes receberão kits e concorrerão a prêmios. Com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço (Sindcomércio), Ipatinga vai receber no dia 28 de setembro um evento inédito. É o Ciclo SESC – Viver Mais a Cidade, iniciativa do Serviço Social do Comércio que deve reunir mais de mil ciclistas. A data definida é dia 28 de setembro, um domingo, com concentração dos participantes a partir das 8h, no Parque Ipanema, aquele que é um dos principais cartões postais da região. Para evitar atropelos e facilitar o envolvimento de um número maior de pessoas, as inscrições serão feitas exclusivamente pela Internet, por meio do site www. sindcomerciova.com.br. A participação é gratuita e destinada a ciclistas de todas as idades, sendo que os inscritos deverão realizar a doação de 1kg de alimento não-perecível (exceto sal e fubá). Os participantes receberão um kit personalizado, com camiseta, boné e lanche, ainda com direito a concorrer ao sorteio de vários brindes no final do passeio, previsto para o meio-dia. “O Ciclo SESC, evento promovido pelo Departamento Nacional do SESC, tem como objetivo fortalecer a
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imagem da bicicleta como uma prática de lazer associada à atividade física, à saúde e à qualidade de vida e, também, utilizá-la como meio para que as pessoas possam visitar, conhecer e preservar o patrimônio histórico e cultural das cidades”, explica a gerente de Projetos do Sindcomércio Vale do Aço, Ricássia Perdigão. A programação integra a Semana MOVE Brasil, iniciativa que quer contaminar o maior número de pessoas para que descubram o prazer de se movimentar. Trata-se de uma campanha aberta para aumentar o número de brasileiros praticantes de atividades físicas até 2016, expandir e facilitar a oferta de esporte em todo o Brasil e mostrar às pessoas o esporte e as atividades físicas como algo prazeroso, que pode melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento social. Alguns dos textos motivacionais criados para fortalecer a ideia do quanto é necessário movimentar-se contêm mensagens como “Vida é tudo aquilo que acontece quando você não está sentado no sofá” ou “Cuidado: as cadeiras estão cada vez mais confortáveis” e, ainda, “Acredite: o que você não viu em uma hora de Internet vai estar lá quando você voltar de uma caminhada”.
ESPORTE, TURISMO E LAZER “O Ciclo SESC, que embora já exista há nada menos que 19 anos nunca foi realizado no Vale do Aço, vai proporcionar à clientela comerciária, dependentes e à população em geral a oportunidade de participar de um passeio ciclístico alegre e revigorante pela cidade. Além do ciclismo se caracterizar como uma prática de lazer associada à atividade física, à saúde e à qualidade de vida, este evento é um meio para que as pessoas possam conhecer pontos relevantes de suas cidades relacionados à arquitetura, turismo, patrimônios históricos e culturais. Ainda, o evento se configura como uma oportunidade de encontro, promovendo a socialização e integração entre os participantes, suas famílias e as entidades organizadoras”, reforça José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. A realização nacional do Ciclo SESC ocorre tradicionalmente no mês de setem-
bro. Contudo, em Minas Gerais, outras edições acontecem ao longo do ano, proporcionando momentos de diversão e entretenimento nos finais de semana. “A escolha do Parque Ipanema como ponto de partida e de chegada – explica José Maria – deve-se também ao fato de ser um local onde é mais fácil aglomerar as pessoas, oferecendo tranqüilidade a todos inclusive para acompanharem os sorteios. E é importante destacar ainda o caráter social da promoção, já que muitas entidades filantrópicas da região deverão ser beneficiadas com as doações a serem realizadas pelos participantes”. A Polícia Militar e secretarias municipais também apóiam o Ciclo SESC, devendo haver disponibilização de batedores e ambulância.
Serviço Social do Comércio
JOSÉ MARIA, presidente do Sindcomércio, ressalta que o evento promove também a socialização e integração entre os participantes, suas famílias e as entidades organizadoras
O Serviço Social do Comércio (SESC), criado pela Confederação Nacional do Comércio, em 13 de setembro de 1946, conforme explica o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes, “estuda, planeja e executa medidas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, seus familiares e comunidade em geral”. Em Minas Gerais, acrescenta Facundes, o organismo atua com 40 unidades fixas distribuídas pelo estado, entre Unidades de serviços, hospedagens e Unidades de Saúde. Com relação aos municípios que não possuem unidades fixas, o SESC conta com 20 unidades volantes que levam a essas regiões serviços odontológicos, de saúde, recreação, lazer e até mesmo as bibliotecas volantes. Além disso, o SESC desenvolve programas, atividades e serviços nas áreas de educação, cultura, saúde, lazer, esporte, turismo social e meio ambiente, trabalho social com grupos de idosos e comunidades em geral. Com a visão de ser um agente de transformação social na prestação de serviços com padrão de excelência e sustentabilidade, prioriza valores como ética, excelência, transparência, comprometimento e valorização das pessoas.
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A Moda da Manu
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OS LOOKS APRESENTADOS por Manu chamam a atenção pelo bom gosto e despojamento, provocando frenesi entre internautas
Fanpage de jovem ipatinguense alcança mais de meio milhão de acessos e ganha selo especial de verificação do Facebook Ag o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
MARKETING DIGITAL “Fácil, não é. Mas, pra ser bem sincera, pensar em desistir eu nunca pensei não. Porque quando coloco algo na cabeça é difícil de tirar. Tenho uma personalidade muito forte. Você tem que manter o equilíbrio, isso é fundamental, e acredito que se consegui até aqui é porque tenho uma base familiar muito boa. E porque tenho muita fé em Deus. Quando você tem tudo isso, é muito difícil as coisas ruins te tirarem do caminho que você planejou seguir”. As palavras, dignas de uma veterana, são da jovem ipatinguense Emanuelle Costa, de apenas 19 anos, criadora do blog “A Moda da Manu”, que no início de julho ganhou do centro de monitoramento do Facebook uma distinção própria das celebridades: o Selo Azul de conta verificada. Para que se tenha uma ideia do que isso representa, pouquíssimas pessoas no Brasil (gente como o craque Neymar ou a presidente Dilma, por exemplo) já alcançaram esse status. Manu, como Emanuelle é carinhosamente chamada por familiares, amigos e todos os seus fieis seguidores, acaba de atingir a marca de mais de meio milhão de acessos em sua fanpage. E isso apenas dez meses depois de aventurar-se pelas incontáveis encruzilhadas do mundo cibernético com uma proposta de ajudar pessoas comuns, como ela, a se vestirem de forma mais apropriada segundo as exigências de cada ocasião. A garota, que além de um sorriso cativante e da bem cuidada silhueta também se destaca pela maneira simpática e prestativa como lida com o seu público, se diz muito motivada. Depois de registrar quase 550 mil acessos, já sonha com o primeiro milhão de seguidores. “Esse selo – ela explica –, o Face só proporciona às páginas que atesta como confiáveis, que têm um número significativo de internautas visitando-as e interagindo com elas de forma espontânea”. Sem se desligar um minuto sequer do seu celular (já que entende que a instantaneidade de suas respostas é um dos principais ingredientes da receita de sucesso), Manu conta que a primeira reação ao receber as mensagens do Facebook falando sobre o selo foi de espanto. “Fiquei muito assustada. Não imaginava que pudesse atingir em tão pouco tempo esse número expressivo. Se a gente pensar bem, são duas Ipatingas. A conta verificada traz uma série de benefícios. O próprio Facebook passa a recomendar a sua página, que além de tudo expressa maior confiança, não pode ser hackeada”, explica. “Não vou mentir. Eu pensava que iria dar certo, sim, mas jamais supus que esse reconhecimento fosse tão rápido. Isto porque, quem me conhece mais de perto sabe que eu nunca fui pop, como se diz, a popular do colégio, e até sou um tanto introspectiva, tímida. Bom, mas já que a coisa vai dando certo, o objetivo agora é continuar focada, tornar o blog o mais profissional possível. Deixou de ser um hobby, ficou algo
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bem mais sério. Na verdade eu sempre coloco muita responsabilidade em tudo que faço, me dedico bastante. E talvez seja esse o segredo”. Emanuelle Costa conta que é ela mesma que redige os textos do blog, o que faz religiosamente toda noite, depois das 23 horas. Para ‘desespero’ da mãe, algumas vezes, que precisa dar bronca, bater na porta do quarto: “Vai dormir, Manu, tá na hora!”. É que as ocupações da garota, ao menos de segunda a sexta, não se resumem ao cuidado com os looks do dia a dia. Ela começa a trabalhar bem cedo na empresa dos pais, onde responde pelo setor financeiro e também a área de compras. Começou a ralar ali há dois anos e oito meses, desde que entrou na faculdade. De 19h às 22h30, estuda no Centro Universitário do Leste de Minas (UnilesteMG), onde cursa o sexto período de Administração. “Tudo começou como um hobby, porque sempre gostei de moda, desde a infância. O blog acabou tomando uma proporção que eu não imaginava de início. É muito instantâneo. Eu coloco um look, passam três horas e daí a pouco a foto já tem 3.000 curtidas, uma enormidade de comentários, compartilhamentos inúmeros”, comemora a garota, que já decidiu: ao fim do oitavo período, após terminar o curso de Administração, pretende estudar Moda, e para isso deve se mudar para Belo Horizonte.
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Antenada
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A titular do blog e fanpage ‘amodadamanu’ conta que há tempos acompanha outros blogs de moda e assim é que suas sugestões são sempre embasadas nas melhores referências. Para sugerir visuais tops aos seus leitores, pesquisa cores, estampas, orienta com que traje o sapato pode combinar, assim como também acessórios e cosméticos. “Criei inicialmente um canal no Facebook, Instagram. Comecei a postar looks diários e as curtidas foram se multiplicando. Aí acendeu uma luzinha. Então busquei parcerias de lojas da região como a Leila Costa, Lili Alves, Rosane Dias, e graças a Deus está dando muito certo”, comemora. Quando precisa fazer as fotos (a cargo de Andreza Girardelli, a mesma que realizou seu book de 15 anos), a produção do visual (assessorada pela maquiadora Lucélia Lima), Manu fica o dia inteiro por conta. Isso começa normalmente às 8h da manhã e vai até as 7h da noite. Depois de receber as fotografias, começa a escrever os textos. “Em emails e mensagens, as pessoas consultam de tudo um pouco. Querem opiniões sobre looks ocasionais, de festas, maquiagens, cabelo, acessórios que estão na moda. Administro tudo, monitoro, respondo. Acompanho os números, de onde vêm as curtidas, e o interessante é que, no Brasil, o primeiro ponto de origem é São Paulo, depois BH, Rio e só em quarto lugar Ipatinga. Recebo também muitas curtidas de fora do país, a maioria de Portugal e da França”, diz, exultante com a receptividade.
OS TRAJES DE FESTA estão entre os mais procurados: para Manu, chamar a atenção com classe é a melhor receita
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EM TEMPO DE Copa do Mundo, um dos visuais especiais mostrados no blog e na fanpage
Dona Márcia, a mãe, de vez em quando tem que chamar a atenção no trabalho, até porque precisa frear os engraçadinhos, gente que segundo ela até brinca de pedir a filha em casamento. “Manu, tá no blog de novo?” – pergunta com voz de gerentona. A garota jura que não, mas a informação não resiste a uma inspeção mais rigorosa. Lá está a página, minimizada. “Nessa atividade, acho que é normal essa compulsão. Depois que posto o texto, quero ver a repercussão, medir o interesse”, ameniza Manu. O irmão caçula, Luiz Costa Filho, de 16 anos, também brinca: “Eu e meu pai estamos de olho. Nessa questão sentimental, tem que ter o nosso voto”. Aliás, de eleição ele entende. Como a própria Emanuelle admite, o extrovertido de fato é ele, que tem um perfil político, sempre foi mais popular nas redes sociais e inclusive já se elegeu vereador mirim na cidade. Ultimamente, até comentarista esportivo de rádio virou, sendo convidado para um tradicional programa futebolístico de emissora local. Sobre o sucesso do blog da irmã, Luiz Filho diz: “Um resultado tão expressivo, em tão pouco tempo, deve significar que o trabalho está sendo bem feito. No início, ajudei a divulgar pra todos que eu conhecia. Só que a aceitação ganhou uma proporção tal que a divulgação se tornou natural”, avalia.
1) Como é a sua alimentação, algum cuidado especial? “Sou bem saudável, eu diria. Procuro fazer minhas refeições como manda o figurino, comendo de duas em duas horas. Fujo das frituras, das gorduras. Não uso bebidas alcoólicas e tampouco refrigerantes; apenas águas e sucos. 2) No meio desse turbilhão de coisas, como é que você se diverte? Meu lazer, posso dizer, é sempre em família. Sou muito caseira. Festinhas, baladas não fazem meu gênero. No tempo que tenho livre, nos finais de semana, saio com meus pais, jantamos em algum restaurante, vamos à casa de algum parente, a um sítio. Gosto também de assistir futebol, cinema, de uma boa leitura. 3) Que livro você mais apreciou? Machado de Assis é um dos meus preferidos. Dom Casmurro, que li ainda no segundo grau, quando estudava no Mayrink Vieira, pra mim é uma obra especialíssima.
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coisas sobre Manu
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4) Seu prato predileto é... Frango com quiabo, sem nenhuma dúvida. Gosto de comida mineira, amo. 5) Que tipo de traje seria inadmissível, não usaria nunca? Um traje vulgar. Uma coisa é você ser sexy, outra coisa é você ser vulgar. Sainha curtinha, barriguinha de fora, sou contra esse estilo, se é que se pode chamar assim. É possível despertar a atenção com classe.
A INTERAÇÃO permanente com o público é um dos segredos do sucesso do blog
6) Você é uma garota religiosa? Sou católica, fiz catequese, primeira comunhão, crismei, frequento as missas aos domingos. Tenho bastante fé. Acredito que tudo na vida faz parte dos planos de Deus.
SERVIÇO BLOG: www.amodadamanu.com.br EMAIL: contato@amodadamanu.com.br FANPAGE: Facebook.com/amodadamanu
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QUANTO AO MARIDO Eduardo Ribeiro, Kézya diz que “é um companheiro amigo, lindo e cheio de amor só para mim”
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Quem canta, seus males espanta Casada e mãe de um filho, mulher de 23 anos, que nasceu com focomelia, ensina: “A vida é muito simples, quem complica somos nós” A data de 21 de setembro é marcada no calendário anual de celebrações como o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, e um exemplo superlativo é a cantora Kézya Nunes, 23 anos, que continua escrevendo uma bonita história de superação, dia após dia, a despeito das limitações físicas. Apesar de ter nascido com “focomelia”, uma anomalia congênita que impede a formação normal de braços e pernas, algo que nunca faltou a ela foi a capacidade de sonhar. Kézya tornou-se uma louvorista, como se diz no meio religioso, casou-se, concebeu e viaja por todo o país com muita coragem e disposição. Entrevistada pela revista ATITUDE num recente congresso de mulheres realizado em Governador Valadares, ela contou que começou a se envolver com o ministério de louvor ainda na infância, quando fazia participações em grupos e corais da igreja que frequentava. Com apenas 13 anos de idade, já havia gravado o primeiro CD, presente de um empresário que resolveu investir no seu talento.
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Positivismo
Kézya faz questão de mostrar o quanto é grata pela vida, apesar da deficiência que, aos olhos de muita gente, pode parecer um obstáculo grande demais. “A vida é muito simples, quem complica somos nós. A gente é que faz drama, que faz tragédia com tudo. Se você encarar as situações como tragédias, sua vida vai ser uma tragédia sempre. Mas se você encarar de forma positiva, as coisas vão acontecer de forma positiva também”, ensina a cantora. Natural de Taboão da Serra-SP, a jovem mulher canta desde os cinco anos e hoje já reúne quatro CDs e um DVD gravados. Antes de comparecer ao evento marcado para a cidade-pólo do Vale do Rio Doce, já postava em seu Facebook um novo capítulo de sua odisseia: “Viajando desde as 4 da manhã... Vôo super atrasado, mas enfim cheguei. Hoje e amanhã estarei no Congresso Mulheres de Fé da Igreja Batista Nacional de Governador Valadares-MG!”
EXEMPLO DE SUPERAÇÃO A maternidade
O dia 19 de fevereiro de 2013, precisamente às 9h09, é marcante na vida de Kézya. Ela diz, com emocionada paixão maternal: “Foi o exato momento em que veio ao mundo o meu eterno amor! Quando vi pela primeira vez aquele rostinho, foi embora todo medo, a preocupação e as dúvidas que eu tinha, dando lugar apenas a uma vontade descontrolada de amá-lo e protegê-lo de tudo. Deus é maravilhoso e nos deu o Luiz Eduardo como nossa herança”, ela descreve. Meticulosa, ela fez questão de registrar em fotos – também para edificação de tantos quantos acompanhem a sua trajetória – algumas das etapas especiais que precederam sua maternidade, assim como os primeiros meses de desenvolvimento do bebê. Grata por tudo, ela cita uma passagem bíblica do livro de Salmos: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” (116:12). Nascida caprichosamente no mês de fevereiro – mas no dia 7 –, como seu filho, Kézya vê cada ano de sua vida como um presente, sempre fazendo questão de agradecer a Deus por isso: “A bondade Dele é tão infinita que cada vez que essa data se repete percebo o quanto Ele me ama e cuida de mim, mesmo eu sendo tão complexa, explosiva e cheia de defeitos. Ele capacitou o meu enCADA ANIVERSÁRIO é para ela um momento de gratidão: “Deus cuida de mim, mesmo eu sendo tão complexa, explosiva e cheia de defeitos”
tendimento e me fez compreender porque existo neste mundo. Me deu pais amorosos, mas principalmente uma mãe guerreira e muito corajosa, que com todo amor abraçou esse desafio que ela chamou de Kézya. Educou-me à luz da Palavra de Deus e me preparou para um futuro de colheita das muitas promessas”. Referindo-se ao marido e novamente ao filho, ela continua: “Ele me deu também um companheiro amigo, lindo e cheio de amor só para mim. E pra fazer minha alegria ainda maior, formou com suas mãos, dentro do meu ventre, a pessoinha mais linda que já conheci, o meu Luiz Eduardo. Agora, quero apenas saúde para trabalhar, humildade para conquistar e sabedoria para administrar”, projeta. Na visão da cantora, a maior luta que as pessoas têm, indistintamente, “é aquela para vencer o EU. Se não o vencermos, certamente ele nos destruirá”, entende. E ensina: “O segredo, muitas vezes, está em jogar a rede do lado oposto do mar. De onde não se espera, Deus faz cenários de grandes milagres”. SERVIÇO Para contratação de Kézya: (11)4139.2773 • (11)98567-7493 agendakezyanunes@gmail.com
25 A JOVEM PAULISTA conta que ensaiou os primeiros números musicais aos cinco anos de idade
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KÉZYA, cheia de amor maternal: com Luiz Eduardo dez dias antes de nascer e juntamente com o marido, no marcante 19 de fevereiro de 2013
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O QUE É A FOCOMELIA
Focomelia é um termo médico que indica a má formação dos membros de um feto, caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros, tornando-os semelhantes aos de uma foca. Por vezes os ossos longos estão ausentes e os membros se prendem ao tronco por meio de ossos pequenos e de forma irregular. A focomelia é rara em seres humanos, sendo consequência de síndromes ou de administração de drogas. Muitos casos aconteceram no passado pela administração da droga chamada Talidomida. Trata-se de um medicamento desenvolvido na Alemanha, em 1954, inicialmente como sedativo. Contudo, a partir de sua comercialização, em 1957, gerou milhares de casos de Focomelia. Utilizado durante a gravidez, o medicamento também foi capaz de provocar graves defeitos visuais, auditivos, da coluna vertebral e, em casos mais raros, do tubo digestivo e problemas cardíacos. A ingestão de um único comprimido nos três primeiros meses de gestação ocasionava a Focomelia, efeito descoberto em 1961, que provocou a sua retirada imediata do mercado mundial. No entanto, em 1965 foi descoberto o efeito benéfico da Talidomida, no tratamento de estados reacionais em Hanseníase (antigamente co-
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nhecida como lepra), e não para tratar a doença propriamente dita, o que gerou a sua reintrodução no mercado brasileiro com essa finalidade específica. A partir daí foram descobertas inúmeras utilizações para a droga no tratamento de AIDS, lúpus, doenças crônico-degenerativas – câncer e transplante de medula. De qualquer modo, por força da Portaria nº 354, de 15 de agosto de 1997, ela é proibida para mulheres em idade fértil em todo o território nacional. Apesar da proibição, em casos especiais, médicos receitam a droga. Entretanto são previstas sanções legais, cabendo observar que mesmo com a assinatura de Termo de Esclarecimento aos Pacientes e Termo de Responsabilidade Médica, ambos podem ser responsabilizados pelo mau uso da droga.
Tratamento nos Homens
Conforme a Resolução n° RDC 140/2003 da ANVISA, a bula do medicamento informa que “os homens que utilizam a Talidomida e mantêm vida sexual ativa com mulheres em idade fértil, mesmo tendo sido submetidos à vasectomia, devem ser orientados a adotar o uso de preservativo durante o tratamento” e ainda “sobre a importância dos usuários não doarem sangue ou esperma”.
EXEMPLO DE SUPERAÇÃO
O histórico da Talidomida 1954: Alemanha desenvolve droga destinada a controlar a ansiedade, tensão e náuseas. 1957: a droga passa a ser comercializada em 146 países. 1960: descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a Focomelia (aproximação/encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas). 1961: a droga é retirada de circulação em todos os países, à exceção do Brasil. Têm início processos indenizatórios em diversos países. 1965: Dr. Jacobo Sheskin, médico israelense, descobre efeitos benéficos da droga no tratamento da hanseníase. Com isso, volta a ser comercializada.
No Brasil
1957: tem início a comercialização da droga. 1965: a droga é retirada de circulação, com pelo menos 4 anos de atraso. Na prática, porém, não deixou de ser consumida indiscriminadamente no tratamento de estados reacionais em Hanseníase, em função da desinformação, descontrole na distribuição, omissão governamental, automedicação e poder econômico dos laboratórios. Com a utilização da droga por gestantes portadoras de hanseníase, surge a segunda geração de vítimas da Talidomida. 1976: têm início os processos judiciais contra os laboratórios e a União. 1982: após várias manifestações que sensibilizaram a mídia, o governo brasileiro é obrigado a sancionar a Lei 7.070, de 20 de dezembro de 1982. Tal lei concede pensão alimentícia vitalícia, que varia de meio a 4 salários mínimos, de acordo com o grau de deformação, levando-se em consideração quatro itens de dificuldade: alimentação, higiene, deambulação e incapacidade para o trabalho. De 1986 a 1991: com a inflação galopante e as mudanças dos indexadores econômicos, defasam-se drasticamente os valores das pensões vitalícias. 1992: surge a ABPST - Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida para defender os direitos das vítimas da Talidomida, muitas das quais simplesmente nem recebiam as pensões a que tinham direito. 1994: é publicada a primeira Portaria 63, de 04 de julho de 1994, que proíbe o uso da Talidomida para mulheres em idade fértil. 1996: é formado o Grupo de trabalho para elaboração da 1º Portaria de Controle da Talidomida. 1997: é publicada a Portaria nº 354, de 15 de agosto de 1997, que regulamenta o registro, produção, fabri-
cação, comercialização, prescrição e a dispensação dos produtos à base de Talidomida. 2003: é sancionada a Lei nº 10.651, de 16 de abril de 2003, dispõe sobre o controle do uso da talidomida. 2005: é publicada a Consulta Pública nº 63 para proposta de novo regulamento técnico da Talidomida. 2005: a publicação da Resolução nº 356, de 10 de outubro de 2005, suspende a realização da Consulta Pública n° 63. 2006: é realizado Painel de Utilização Terapêutica da Talidomida, promovido pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2007: é realizada nova reunião na ANVISA visando à flexibilização do uso da Talidomida. 2009: participação em reunião promovida pelo Programa de Hanseníase para discussão de documento visando Orientação no uso Controlado da Talidomida, para profissionais em saúde. 2010: promulgação da Lei 12.190 que concede indenização por dano moral às pessoas portadoras da síndrome da Talidomida. Décadas 1990 e 2000: a diversificação e a continuidade do uso da droga no tratamento de Lúpus, Câncer, Leucemia, Vitiligo, Aftas, Tuberculose, etc. geraram o nascimento de dezenas de novos casos de crianças vitimadas pela droga (2ª e 3ª Geração); principalmente em função da desinformação, inclusive de profissionais da área da saúde e pela AUTOMEDICAÇÃO, uma prática constante no Brasil.
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DIA A DIA
Uma história pouco contada
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O zagueiro William Machado, 1,89m, capitão do Ipatinga na memorável conquista do título de campeão mineiro em 2005, continua em alta no meio futebolístico, mesmo quatro anos após pendurar as chuteiras. Com 38 anos a serem completados em 24 de agosto e depois de ter ganhado notoriedade nacional por atuar sucessivamente no Grêmio e Corinthians como titular da defesa e também gerente de futebol do Timão, ele migrou para o Bahia no final de 2013. Dali, para ganhar espaço cativo na telinha foi um pulo. Durante a Copa, como contratado do SporTV, comentou vários jogos, alguns deles ao lado do famoso Jota Júnior. Nascido em BH, William é filho de um policial civil aposentado e uma dona de casa. Os pais, já de cabelos branquíssimos, almoçaram com ele em um restaurante no bairro Jardim Panorama, em Ipatinga, no dia em que disse adeus ao Vale do Aço para elevar-se um pouco mais no patamar da fama. O que muitos também não sabem é que, lançado nos gramados pelo América Mineiro, o ex-jogador esteve na seleção brasileira sub-17 em 1993, junto com outros atletas que se destacariam até mesmo em nível mundial, como Ronaldo Fenômeno.
Um gesto nobre Um motorista de ônibus da Autotrans protagonizou cena digna de filmes, no mês de junho, ao descer do carro num cruzamento de grande movimento de veículos e ajudar uma senhora com dificuldades de locomoção a atravessar a rua. Apesar da estampa familiar do coletivo, pertencente à concessionária dos serviços de transporte que atua no Vale do Aço, o episódio ocorreu na cidade de Varginha, no Sul de Minas. Onde a Autotrans também detém exclusividade para as linhas municipais. Itaúna, Lavras e Uberlândia são igualmente atendidas pela mesma viação.
O perfeito papel de um anfitrião Na sempre concorridíssima Pizzaria do Jayme, tradicional ponto da boa gastronomia, no alto do C3, em Ipatinga, a Celulose Nipo-Brasileira S.A. (CENIBRA) reservou toda a varanda para mais uma homenagem especial à imprensa dos Vales do Aço e Rio Doce, no mês de junho. A cada ano, a ocasião se torna mais marcante, graças ao bom gosto e à simpatia dos anfitriões. Recebendo os convidados, e como sempre muito corteses, o presidente Paulo Brant, o vice Naohiro Doi e a assessora de Comunicação e diretora do Instituto Cenibra, Leida Horst, com sua competente equipe composta de Felipe Gonzaga, Eleonora Valadares, Rudson Vieira, José Roberto Gonçalves e Fernanda Borel.
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O ESTIMULADOR DE MÚSCULOS ELETRÔNICO (SM9090), também chamado de mini massageador, pode ser usado nas mais diversas regiões do corpo (em casa, no avião, no escritório ou mesmo ao volante de um automóvel), combinando a massagem da medicina chinesa tradicional e da fisioterapia da medicina ocidental
MEDIC CENTER SAÚDE
Antídotos contra a dor
Empresa ipatinguense é autorizada pela Anvisa para importação, exportação e distribuição de equipamentos médicos e hospitalares que agem em múltiplos focos de desconforto corporal, além de aliviarem as tensões do dia a dia. Tempo escasso para cuidar das obrigações de casa e trabalho, compromissos sociais importantes que exigem a sua presença, desafios estudantis, profissionais e de natureza familiar – esta é a combinação explosiva do dia a dia da sociedade atual, que invariavelmente converge para um drama comum: correria, estresse, tensões de toda ordem. O resultado é que, no caso do Brasil, como atestou pesquisa recente, nada menos que 40% da população sofrem de dores repetidas e freqüentes ou as chamadas dores crônicas. Combatê-las com êxito comprovado, sem necessidade de recorrer às soluções
químicas, é a proposta de uma nova empresa ipatinguense, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar com exclusividade em todo o país dois práticos equipamentos , já largamente utilizados na Europa, Ásia e nos Estados Unidos. Com reflexos rápidos no organismo das pessoas que se apresentaram para experimentar os aparelhos, logo na primeira semana que disponibilizou ao mercado o Estimulador de Músculos Eletrônico (SM9090) e o Travesseiro Massageador Multifuncional, a Medic Center Saúde alcançou estrondoso sucesso de vendas.
COMO AGE O MASSAGEADOR
O PRINCÍPIO DO tratamento com o TENS: interrupção do processo de comunicação da dor com o cérebro
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Há um ditado na medicina tradicional chinesa que diz: “O ponto de pressão da dor é selecionado como o ponto a ser alfinetado”. O ponto de dor é o ponto chave e a melhor parte da massagem. Encontre o ponto de dor e ali é o local a ser especialmente tratado. Parece um raciocínio raso e de certo modo até óbvio, mas o fato é que, na prática, a teoria funciona, e não é por acaso que a cultura ocidental tem-se curvado a esta sabedoria milenar. A acupuntura e as massagens localizadas, com raízes bem sedimentadas no Oriente, e já difundidas por todo o globo, são cada vez mais procuradas como alívio para as dores. Todavia, como se socorrer destes benefícios nos muitos momentos em que os especialistas não estão à disposição? – está criada a dificuldade. É assim que entram em cena os préstimos da Medic Center Saúde Ipatinga, trazendo a reboque uma solução mágica e absolutamente providencial no acelerado ritmo da vida moderna: portabilidade. Como explica Renato Cleber Queiroga - o diretor Administrativo da Medic Center Saúde e que divide as inúmeras responsabilidades da empresa com a esposa Rita de Cássia Melo Queiroga e o filho André Melo Queiroga -, no caso do Estimulador Muscular, também chamado de mini massageador, que pode ser usado nas mais diversas regiões do corpo (em casa, no avião, no escritório ou mesmo ao volante de um automóvel), a base de sua teoria é a perfeita combinação da massagem da medicina chinesa tradicional e da fisioterapia da medicina ocidental. Sua função clínica é para eliminar a inflamação asséptica, remoção da conglutinação, aliviar a convulsão muscular e analgesia. O princípio é o tratamento com o TENS (Transcutâneo Electrical Nerve Stimulation ou, traduzido para o português, Estimulação Elétrica Neuromuscular Transcutânea), muito conhecido nas clínicas de fisioterapia como instrumento de combate a um grande elenco de dores. Mas com a comodidade de estar sempre à mão
– ou literalmente no bolso, já que se trata de um minúsculo aparelho, com uma bateria de lítio de alta performance e duração de até três meses, sem necessidade de estar plugado a uma tomada. Renato exemplifica: “Você está em casa às 11 horas da noite, as articulações estão doendo. Neste momento você não tem um fisioterapeuta de plantão pra atender ou realizar uma aplicação. Então, sem complicações, seguindo instruções simples contidas num manual que o acompanha, o Estimulador de Músculos Eletrônico pode ser acionado. A onda de TENS é inofensiva, não invasiva, pode ser usada por qualquer pessoa, como atestam pareceres de profissionais pós-graduados em ortopedia e traumatologia. As restrições são apenas para quadros de cardiopatias graves, que nesse caso exigem orientação médica especial. Usuários de marca-passos também estão excluídos”. O diretor da Medic Center Saúde explica que de modo nenhum o aparelho deve ser visto como um concorrente, mas sim um importante aliado dos fisioterapeutas no tratamento e alívio das dores de seus pacientes, quando estiverem sozinhos ou viajando. O equipamento tem certificação européia, é vendido em todo o Velho Continente, assim como também na Austrália. Nos Estados Unidos, como em todas as partes do mundo desenvolvido, onde qualquer novo aparelho deve ser minuciosamente testado e estudado antes de ter a sua comercialização aprovada, tem aval do FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental que entre outras atribuições é responsável pelo controle dos medicamentos (humano e animal), cosméticos, equipamentos médicos e materiais biológicos. “Trata-se de uma tecnologia muito difundida, muito usada” – acrescenta Renato Queiroga. “O diferencial que trazemos para o Brasil é a portabilidade. Só será programada a intensidade para uso. É muito fácil de usar. O manual traz instruções sobre cada tipo de dor, onde colocar o aparelho, detalhes assim”, especifica.
NO SHOPPING do Vale do Aço, a Medic Center Saúde oferece às pessoas a oportunidade de experimentar a prodigiosa ação dos seus aparelhos
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MEDIC CENTER SAÚDE A AÇÃO DO APARELHO
O cérebro tem um sistema de comportas. Os estudiosos descobriram que a dor passa por um sistema de comportas. É como se fosse um canal, um caminho para a dor chegar, e essa comporta é como uma janela para dar entrada no cérebro, comunicar-se com ele. O tratamento com o TENS se dá da seguinte forma: a corrente elétrica viaja até o cérebro e interrompe essa comunicação, a dor deixa de se comunicar com o cérebro. Por isso a sensação de ausência de dor. Então, teoricamente, qualquer dor é tratável com o TENS. Renato Cleber Queiroga observa que a função do Estimulador de Músculos Eletrônico é aliviar a dor. “Naturalmente, é necessário que alguém que tenha uma dor desconhecida busque os meios clínicos para descobrir a sua origem, mesmo para que isto não fique mascarado. Porque o TENS tira a dor, e o usuário fica confortável, OK, mas identificar a causa em certas situações é um trabalho para o especialista. Isto sem prejuízo da continuidade do uso do aparelho”, ressalta. Dores musculares, de tendões e articulações de forma geral são combatidas: artrite, artrose, dores no calcanhar, fruto de manipulação de mouse de computador, bursite. O equipamento pode ser usado também em hospitais, porque alivia dores pós-traumáticas e pós-cirúrgicas. Ainda, a pessoa que tem uma lesão, uma luxação, um entorse, um trauma, e orientada pelo fisioterapeuta, vai poder usar o produto com muita eficiência. As incômodas dores no pescoço, que afetam principalmente homens de meia-idade e idosos, expondo sobretudo a vulnerabilidade de trabalhadores em mesa por um longo período, são outro alvo eficiente da ação do mini massageador, que age no combate às tensões nervosas que podem levar à hiperplasia da vértebra-cervical. O diretor da Medic Center Saúde enfatiza que embora não seja esta a função principal, mas acessória, o Estimulador de Músculos Eletrônico produz efeitos ainda na área da cosmetologia. De tamanho bem reduzido, seu pad (oval pads) pode ser colocado no rosto para relaxar a musculatura, contribuindo para melhorar a expressão facial. No modo Acupuntura, os resultados também são formidáveis, e para isso um mapa de pontos nevrálgicos do corpo humano acompanha o manual. Não por acaso, o equipamento ganhou o certificado registrado de instrumento de tratamento médico pela Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa da República Popular da China.
O ESTIMULADOR de Músculos Eletrônico e o Travesseiro Massageador Multifuncional já são comercializados em todo o país com a marca da Medic Center Saúde
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Travesseiro Massageador pode ser usado também em veículos
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Outro produto importado pela Medic Center Saúde é o Travesseiro Massageador Multifuncional. Também de fácil operação, resistente e confortável, o equipamento fortalece a imunidade corporal, alivia a dor e a fadiga, melhora a neurastenia (cansaço extremo), acelera a circulação sanguínea, ajuda no combate à anemia, equilibra o sistema endócrino e age na melhoria da elasticidade da pele. Assim como o mini massageador, ele pode ser usado no veículo – trazendo uma alça própria para adaptar-se ao encosto dos bancos –, em casa ou no escritório. As massagens podem ser feitas no corpo inteiro (pescoço, ombro, braços, mãos, costas, coxas, panturrilhas e pés). Os resultados são, além do alívio para as dores musculares, o relaxamento físico e mental - atestam as avaliações. No caso dos motoristas, um efeito notável é ajudar a mantê-lo mais acordado, pois a massagem no pescoço vai aumentar o fluxo de sangue para a cabeça, o cérebro ficará com mais oxigênio e, consequentemente, mais ativo. Sem contar que os outros passageiros também podem desfrutar dos benefícios. Ligado a uma tomada ou ao isqueiro do carro, o travesseiro produz uma massagem mecânica capaz de aliviar tensões nervosas, sobretudo quando usado na região do pescoço. Na função infravermelha (luz âmbar), é indicado para dores mais recorrentes ou maximização dos efeitos de recuperação no caso de
O TRAVESSEIRO Massageador Multifuncional produz efeitos relaxantes, aliviando tensões sobretudo quando utilizado na região do pescoço
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uma dor mais aguda, como uma luxação, por exemplo. Além da massagem, o infravermelho deflagra um processo de aquecimento superficial da área tratada. A função normal de massagem é identificada pelo acendimento da luz verde no equipamento. Outro fator relevante destacado pela Medic Center Saúde é que o travesseiro trabalha com qualquer voltagem, desde os 12v até 220v. Além de tirar a dor, destaca Rita Queiroga, o infravermelho age como redutor de gordura junto ao tecido adiposo, estimulando os fluidos linfáticos. “O mais interessante deste aparelho – acrescenta – é que o conforto é total. Ele realiza o trabalho que poderia ser feito por um(a) massagista e também não exige qualquer esforço de manipulação da pessoa que é atendida”. Entre muitos resultados favoráveis apurados junto ao público, Renato cita a experiência vivenciada por um policial militar que, num dia de folga, passeava com sua família no Shopping do Vale do Aço. “Convidado a experimentar o travesseiro, ele se recusava, confessando estar de mau humor e, até, uma crise de enxaqueca. Foi com muita insistência que, afinal, se dispôs a permanecer alguns minutos sentado na cadeira com o equipamento. O fato é que, passados alguns instantes distraído em bate-papo com as pessoas à sua volta, de repente ele descobriu que a dor de cabeça sumiu. E sua reação foi imediata: ‘Vou levar. Embala pra mim’”.
MEDIC CENTER SAÚDE
Jovem nutricionista conta como Estimulador ajudou a reabilitá-la Nutricionista, consultora em Segurança Alimentar, gestora em Gastronomia e especialista em Vigilância Sanitária e Qualidade de Alimentos, Sarah Gomes, 26 anos, conta que foi uma das primeiras pessoas, no Vale do Aço, a se beneficiarem do Estimulador Muscular Eletrônico. Ela relatou a ATITUDE: “Exames médicos constataram que uma série de desconfortos que vinha sofrendo eram decorrentes de problemas de coluna na região lombar. Tenho achatamento entre as vértebras, princípio de bico-de-papagaio, escoliose e lordose. O diagnóstico ortopédico foi feito há pouco mais de três anos e, como conseqüência, fui proibida de fazer musculação e indicada a sessões de fisioterapia. Sentia fortes dores diariamente. Frequentei uma clínica de fisioterapia durante um ano, depois passei para sessões de RPG (Reeducação Postural Global) associadas a exercício funcional, o que me ajudou bastante. Mas as dores, principalmente após viagens, ainda vinham muito fortes. Fiquei praticamente dois anos inteiros tentando me recuperar, sem alcançar os resultados desejados. Foi nesse instante que tive a oportunidade de adquirir e usar o Estimulador Muscular, que me proporcionou um mágico alívio para as dores”, conta ela. Sarah revela que comprou o aparelho no ano passado, num momento em que se encontrava terrivelmente fragilizada, travada numa cama em um apartamento de Belo Horizonte. Os gestores da Medic Center haviam acabado de chegar da China com a novidade e, já impressionados com outros resultados relatados no país de origem do equipamento, deram à jovem a oportunidade de experimentá-lo. “Usei o aparelho por meia hora e foi o que bastou para que eu pudesse me levantar e andar. A partir daí, comecei a usá-lo todos os dias, ao menos uma vez. E após um curto período já pude sentir as conseqüências positivas. Como as dores não persistiam, não precisei mais voltar ao médico. Só estou mantendo o exercício. Agora continuo usando o aparelho, mas na forma de relaxamento, porque as dores não são mais constantes. Comecei a fazer Pilates, o que também somou ao meu bem-estar, e isso tem me mantido”, revela Sarah Gomes. A jovem nutricionista conta que quando viaja leva sempre o Estimulador Muscular Eletrônico a tiracolo, usando-o se necessário por questão de dor, de esforço ou diante de algum incômodo, esteja onde estiver. “Uso em casa, vendo televisão, até mesmo dirigindo e durante viagens. O maior cuidado que tenho é de utilizá-lo por no máximo 40 minutos no mesmo ponto. Querendo usar por mais tempo eu troco os pontos, elevo os pads mais para os ombros, e programo o aparelho para mais no máximo 40 minutos. Ele maximiza muito os resultados da fisioterapia, onde também é utilizada esta técnica da eletroterapia. A vantagem é que com o aparelho eu posso continuar fazendo as aplicações em casa ou onde estiver”, conclui.
SARAH GOMES relata que experimentou progressos formidáveis desde o primeiro momento em que teve contato com o Estimulador Muscular
37 OUTROS DEPOIMENTOS
Entre muitos outros, quem também se diz aliviada desde que passou a usar o mini massageador é Glícia Melo de Menezes Alves, farmacêutica. Ela sentia uma dor crônica, contínua, no calcanhar, que só a utilização do aparelho fez desaparecer. Conforme Glícia, a solução veio depois de procurar Vânia Paula, fisioterapeuta da rede pública de saúde em Ipatinga, que a orientou a recorrer ao tratamento com o TENS combinado com imersão em água quente, entre outras medidas reparadoras. Quando o incômodo volta, ela obedece à orientação e então a dor cessa, relata, acrescentando que o marido, que é educador físico, igualmente passou a se socorrer do massageador como alívio para dores musculares. Entusiasmado com os relatos que só fazem confirmar a eficácia e praticidade de seu produto, Renato Queiroga pontua: “Numa contusão normalmente você sabe de onde se deriva a dor, mas quando ela se dá na articulação é complicado. Então é necessário que se descubra a causa, para que a pessoa se submeta ao tratamento médico adequado. Porém, na hora do alívio da dor o Estimulador Muscular Eletrônico é muito útil, podendo ser recomendado inclusive pelo ortopedista”.
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RENATO QUEIROGA, com a esposa Rita e o filho André, apresentando as novidades vindas do continente asiático: resposta rápida e eficiente para as tensões do dia a dia
Uma viagem que mudou a vida de uma família
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O fundador da Medic Center Saúde, Renato Cleber Queiroga, considera que foi algo transcendente o modo como sua família, unida no mesmo propósito, passou a atuar nesse segmento. Tudo aconteceu num momento em que decidira de forma consensual, juntamente com a esposa e o filho único, encarar novos desafios profissionais. Nascido na cidade de Alvinópolis, no centro-leste de Minas Gerais, ele veio para o Vale do Aço com apenas três anos de idade, acompanhado dos pais e mais oito irmãos. Contudo, lembra com pesar que perdeu o pai – dono de uma oficina de bicicletas – muito cedo, aos 42 anos. Desde a adolescência Renato atua na área de vendas, tendo como primeira experiência no comércio as Óticas Itapemirim. Por cinco anos, entre 1986 e 1991, foi funcionário da Brasauto, concessionária Ford na região, sendo que rapidamente ascendeu na hierarquia. Três anos após ser admitido já gerenciava a agência do bairro Horto, em Ipatinga. Em 1991, fundou com o irmão mais velho a Recar Retíficas, com sede no bairro Caladinho, em Coronel Fabriciano. Trata-se de uma empresa sólida, com 23 anos de história, mas ele entendeu que, de maneira a se preencher um pouco mais como pessoa, precisaria encontrar um perfil adicional de negócios, preferencialmente com características humanizantes. “Cheguei a voltar à venda de carros, mas alguns detalhes ainda pareciam incompatíveis com meus novos objetivos”, ele relata. “Além de tudo - complementa -, parecia estranho o fato de eu ter uma empresa e ser empregado ao mesmo tempo”. Numa viagem de férias que fez aos Estados Unidos acompanhado da esposa e filho, há pouco mais de dois anos, Renato diz que eles estiveram num shopping em Miami, onde um rapaz lhe propôs que experimentasse o Estimulador Muscular Eletrônico. Entretanto, mostrou-se desinteressado e se afastou. Quando voltou ao local, curiosamente era sua mulher quem já ficara seduzida
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pelos atrativos do aparelho. Depois de usá-lo, impressionou-se ainda mais. E ela disse: ‘Renato, você tem que experimentar e, mais ainda, nós vamos vender dele no Brasil’. Rita considerou que, em nível de Brasil, se tratava de fato de um produto revolucionário. Chegando ao nosso país, ainda encantado com os atributos do minúsculo e prodigioso aparelho, o casal decidiu se ocupar de pesquisas na Internet, procurando algo que ao menos se assemelhasse. A constatação foi de que não havia nenhum produto do gênero, com esta portabilidade. Ainda mergulhado na investigação sobre características, benefícios para a saúde e condições para comercialização do mini massageador, o casal constatou que se tratava de um produto médico. Antes de mais nada, para ser posto à disposição do mercado nacional, necessitaria de certificação do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Esse passo, lembra Renato, durou alguns meses, quase um ano. Depois a providência foi buscar autorização para o funcionamento da empresa junto à Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, seguindo-se então o registro dos produtos. Renato Queiroga revela que o registro aconteceu há cerca de dois meses e agora foi iniciado o processo de importação. Os equipamentos são originários de uma fábrica de alta tecnologia estabelecida na China, já visitada pelos novos empreendedores. A fabricação do Estimulador Muscular Eletrônico e do Travesseiro Massageador Multifuncional se dá em Shenzhen, uma moderna cidade formada há apenas 30 anos e por onde começou um novo boom industrial chinês, com implantação de uma zona econômica especial. Shenzhen, vizinha ao norte de Hong Kong, da qual está separada pela travessia de um rio, tem hoje nada menos que 12 milhões de habitantes e abriga alguns dos mais altos edifícios em aço do mundo.
MEDIC CENTER SAÚDE VISÃO DE um parque e o moderno aeroporto da cidade de Shenzhen, no sul da China, onde são fabricados os produtos da Medic Center Saúde
QUALIDADE ASSEGURADA
A Medic Center Saúde é revendedora exclusiva dos produtos no Brasil. A ideia dos empreendedores ipatinguenses é viabilizar a distribuição por todo o país, primeiro pela Internet e posteriormente por meio de franquias. A estratégia expansionista abrangerá inicialmente os pólos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A certificação dos produtos no Inmetro é mantida a partir de auditorias realizadas pela multinacional americana UL, que já opera em cerca de dez países na verificação de uma série de detalhes inerentes ao processo produtivo, como forma de assegurar a manutenção dos padrões de qualidade e atendimento às normas exigidas pelos organismos certificadores. A auditoria é feita anualmente nas fábricas. O Inmetro faz rígidas exigências, especialmente de ordem sanitária, e determina que se fiscalize até mesmo a maneira como os funcionários da indústria são tratados. “Nada passa despercebido por esta auditoria. A UL, é importante ressaltar, é uma empresa independente. Se houver não conformidade ela vai relatar, e a conseqüência é que imediatamente o processo vai parar. Nesse caso, é necessário sanar o problema para se manter a certificação”, enfatiza Renato Queiroga. Também em função desse rigor, o Estimulador de Músculos Eletrônico (SM9090) da Medic Center Saúde tem garantia de dois anos. Sua durabilidade é estimada para um período mínimo de cinco anos, sendo que a empresa importadora oferece suporte com técnicos de manutenção para eventuais problemas de funcionamento.
INTERVENÇÃO SOBRENATURAL
Vendedor nato e bastante intuitivo em relação a oportunidades mercadológicas, de uma forma geral, Renato Cleber Queiroga explica que, desse modo, está muito otimista quanto ao caminho a ser trilhado pela empresa familiar. Mas considera que “entre os fatores que contribuem para que o homem tenha
sucesso em sua caminhada, um deles é determinante: Deus”. Ele reflete: “A despeito das inegáveis qualidades dos produtos, eu atribuo a existência deste negócio, o sucesso e a aceitação dele no mercado única e exclusivamente a Deus. Eu digo que foi Deus que fez isso por mim. Foi uma intervenção sobrenatural, só assim consigo explicar. Foi Deus quem colocou esse invento no meu caminho, para me dar uma saudável perspectiva de convivência com um sem número de pessoas, sendo-lhes útil ao mesmo tempo. O princípio da eletroterapia é a analgesia pela não medicação. A dor é um dos principais sintomas de doenças, e o principal fator que leva os pacientes às clínicas. Também é a base importante para as pessoas encontrarem as doenças. Durante o tratamento, as pessoas geralmente escolhem analgésicos para aliviar a dor. No entanto, com efeitos colaterais grandes, os analgésicos podem facilmente causar hiper susceptibilidade, vício, danos no fígado e nos rins. O mini massageador pode efetivamente relaxar, acelerar a circulação sanguínea e aliviar a dor dos músculos, articulações e tecidos moles. Além de proporcionar também efeitos analgésicos para dores como aquelas relacionadas às vísceras e neuropáticas. Experiências mostraram que a analgesia pode ser realizada por diversos pontos estimulantes, por receptores de nervo periférico local, para melhorar a micro-circulação e metabolismo, perder conglutinação, aliviar convulsão e aumentar o limiar de dor”, conclui. SERVIÇO Medic Center Saúde Importadora de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Dentários Principais produtos: Massageadores e poltronas robóticas de massagem Televendas: (31) 3091-4267 Shopping do Vale do Aço
www.mediccentersaúde.com E-mail: ra.importadora@gmail.com contato@mediccentersaude.com SUPORTE TÉCNICO GERAL suporte@mediccentersaude.com Rua Macabeus, 910 Bairro Canaã • Ipatinga • MG
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Amor amarrado na chuteira Bombeiro e técnica de enfermagem que se conheceram na Copa do Mundo de 2010 sobem ao altar “com o coração batendo a mil” O Brasil não havia sequer estreado na Copa do Mundo de 2014, mas Kenner Victor Rodrigues Soares e Sarah Bernardes já haviam batido o martelo: com Neymar ou sem Neymar, com hexa ou sem hexa, desse ano o casamento não passaria e deveria acontecer, precisamente, na mesma data em que se conheceram. Em comum acordo, os dois decidiram celebrar sua união matrimonial no dia 28 de junho - exatamente na ocaAg o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
sião em que o time de Felipão passaria apertado pelo Chile, nos pênaltis, após um sofrido empate de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. O lema principal dos pombinhos: estarem juntos, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza (ganhando ou não a nossa seleção), aproveitando para iniciar sua caminhada com os bons ventos do campeonato mundial de futebol no Brasil.
ROMANCE EM CLIMA DE COPA
“Nos vimos pela primeira vez há quatro anos passados, na casa da Julianne Pimenta, uma amiga em comum, e era um dia em que coincidentemente assistíamos a um jogo da Copa. Não nos conhecíamos antes, foi amor à primeira vista”, relata o noivo. Naquele dia, 28 de junho de 2010, o Brasil passaria fácil pelo Chile, com uma goleada de 3 a 0. A relação afetiva do casal foi se fortalecendo mais e mais a cada ano, e assim é que os dois firmaram o compromisso de subirem ao altar por ocasião da Copa do Mundo seguinte, que caprichosamente veio se realizar em solo tupiniquim. A Brazuca ainda rolava com gosto de gás pelos gramados de norte a sul do país, e Kenner e Sarah já cuidavam dos detalhes para não fazer feio na hora de entrar em campo – ou melhor, o momento de subir ao altar. Entre muitas outras iniciativas voltadas para esse importante marco de suas vidas, os dois fizeram uma bonita produção de fotos, usando a grama e as arquibancadas do estádio Ipatingão como cenário. No chá de despedida de solteiro, também colocaram a Copa em evidência. “Cremos que estamos escrevendo uma bonita história para contar aos nossos filhos”, diz Sarah. Na festa do casamento, para não fugir à regra – que, afinal, é clara, como diz Arnaldo César Coelho –, alguma coisa também tinha que lembrar a Copa. E assim é que a boate teve como motivo decorativo a disputa promovida pela Fifa. Apesar do clima festivo pedido para a data, Kenner não deixou de ser crítico em relação à realidade social do Brasil: “Fico feliz da Copa ser no nosso país, pois é uma grande oportunidade de mostrar nossas belezas para o mundo todo. Porém, acho triste o Brasil, que necessita de tantos investimentos na saúde, educação, moradia e segurança, ter gastos tão exagerados com o certame”, ponderou.
Amor x Amor
Kenner e Sarah no chá de despedida de solteiros e em fotos produzidas no Ipatingão: paixão verde-e-amarela
De acordo com Kenner, independente dos resultados inter e extracampo, o fato é que seu amor por Sarah nasceu mesmo no calor da torcida brasileira. Os dois assistiam em companhia de amigos, numa residência do bairro Ideal, os jogos da Copa disputada na África do Sul. “Foi torcendo pela nação verde-e-amarela que surgiu nossa linda história de amor. O coração estava batendo a mil e não sabíamos se era a emoção de estar lado a lado ou era pela seleção. Enfim, descobrimos que havia algo muito forte entre nós, a partir de um abraço apaixonado e quase instintivo, no momento em que saiu um gol”, conta o bombeiro. “O meu coração também disparou, de tal forma que parecia sair pela boca. Então nossas mãos ficaram grudadas o tempo todo, numa emoção indescritível. Tivemos ali a certeza de ter encontrado o verdadeiro amor”, emenda Sarah. Ago s to a O utubro 2014
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Pop rock com finesse Com direito a emocionante revelação de vocalista, público do Vale do Aço é brindado com apresentação histórica do Skank e Orquestra Sesiminas em comemoração especial de Federação
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A ORQUESTRA DE CÂMARA Sesiminas deu um colorido especial às consagradas composições do grupo mineiro
80 ANOS DA FIEMG
“Tenho parentes em Ipatinga e assim desde criança passo por aqui, sei de muitas coisas relacionadas à cidade. Foi daqui também que saímos para cumprir um roteiro importante de shows no início da carreira e por isso temos um carinho especial por esse público que há tanto tempo nos acompanha de perto”. Foi com esse tom aconchegante e intimista, bem mineiro, que o compositor, vocalista e guitarrista Samuel Rosa de Alvarenga (48 anos completados neste 15 de julho) abriu na Associação Esportiva e Recreativa Usipa, na noite de sábado, 31 de maio, mais uma apresentação contagiante do grupo Skank. Num palco montado junto ao ginásio coberto do clube, com acompanhamento especial da Orquestra de Câmara Sesiminas, ele e seus companheiros de banda tocaram e cantaram para cerca de cinco mil pessoas que compareceram ao evento de encerramento das atividades alusivas aos 80 anos da Federação das Indústrias de Minas Gerais - FIEMG. O público convidado, inteiramente inebriado e elétrico, constituído de 10% dos trabalhadores ligados aos sindicatos associados à entidade no Vale do Aço, teve a oportunidade de desfrutar de cerca de duas horas de show. O set list do concerto musical passeou por antigos e novos sucessos, entre eles as obrigatórias Ainda Gosto Dela, Garota Nacional, Vou Deixar, É uma Partida de Futebol, JackieTequila e Saideira.
OITO DÉCADAS DE HISTÓRIA
Instituída no início da década de 1930, a FIEMG nasceu da necessidade de realavancar a economia mineira, num momento em que declinava o cultivo do café – até então principal produtor de riquezas para o estado. O organismo casou com o florescimento da indústria siderúrgica, tornando-se não apenas instrumento de organização e fomento das atividades do setor, mas também preparador de mão de obra qualificada. Por meio de parcerias com as grandes empresas como Vale, a então Acesita (hoje Aperam South América), Fiat, Usiminas, Cenibra, além da Fundação João Pinheiro e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG, ampliou ainda sua atuação pelos agronegócios, que se traduzem igualmente como fator estratégico de geração de emprego e renda para Minas Gerais. Em entrevista pouco antes do evento, o vice-presidente estadual e presidente reeleito da regional Vale do Aço da FIEMG, Luciano Araújo considerou que “como a região tem uma indústria siderúrgica forte, parte indissociável do crescimento da Federação, não poderia mesmo ficar de fora deste momento de celebração de oito décadas de história”. E chamou atenção para o fato
de que, apenas nos últimos seis anos, foram criados no Vale do Aço seis novos Senais para qualificação de mão de obra. “A parceria com a Usiminas para fazer do Centro de Desenvolvimento de Pessoal (CDP) o maior Senai integrado de Minas e o terceiro maior do país garante a qualificação profissional de 2.400 jovens a cada ano. E agora estamos lutando pelo incremento da logística”, comentou, referindo-se por último às ações desencadeadas com o objetivo de viabilizar as obras de asfaltamento da MG-760 e duplicação da BR-381. A assinatura da ordem de serviço para as obras na rodovia federal, no último dia 12 de maio, pela presidente Dilma Rousseff, foi provocada, entre outros fatores, pela criação em março de 2013 do site www.nova381. O estabelecimento deste endereço eletrônico de convergência para aglutinação da sociedade organizada, segundo Luciano, proporcionou a agilização no processo de contratação das empresas que vão realizar a empreitada em 11 trechos da estrada. “Agora, outro papel da FIEMG é acompanhar a execução pelos próximos quatro anos”, concluiu o industrial, revelando ainda que está discutindo com a Vale a criação de uma linha de trem de passageiros para o período noturno, no trajeto BH-Valadares. Outra iniciativa voltada para o aspecto logístico é a transformação do aeroporto de Santana do Paraíso em um porto seco para escoar com maior velocidade a produção regional. “Pretendemos elaborar e implementar um plano master para a região para os próximos 20 anos, para que o empresariado local possa aproveitar bem o desenvolvimento que a duplicação da BR-381 certamente vai gerar”, adiantou. Clênio Guimarães, presidente da Aperam South América, disse que o projeto tem sido feito de forma conjugada com as indústrias siderúrgicas da região. E observou que “isto é um exemplo de como a entidade é capaz de pensar no progresso metropolitano e unir forças para alcançar esse objetivo”. Para o presidente do Sindicato do Comércio do Vale do Aço - Sindcomércio, José Maria Facundes, a FIEMG veio fortalecer e somar com os sindicatos da região, já que no início havia apenas os sindicatos dos trabalhadores metalúrgicos. “Ela foi a precursora dos sindicatos das indústrias e desde sua instalação no Vale do Aço tem se destacado por sua ação ativa em favor do desenvolvimento regional”, sintetizou. Durante o evento, o presidente da Câmara de Vereadores de Ipatinga, Ley do Trânsito entregou uma moção de aplausos a Luciano Araújo pelos 80 anos da entidade e sua importância no fortalecimento industrial.
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Um menino feio, com baixa auto-estima
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Filho de uma dona de casa e de um psicólogo de Itabira, interior de Minas, Samuel Rosa, nascido em Belo Horizonte, teve entre seus amigos de infância e adolescência o repórter de ATITUDE, Alexandre Paulino de Castro, cujo pai também é um profissional da psicologia. Conforme Alexandre, seu pai, Evandro, foi colega de faculdade do pai de Samuel, e as famílias inclusive viajavam juntas para o litoral do Espírito Santo. “Quando a gente tinha uns cinco anos, aconteceu uma coisa bem engraçada, numas férias em Jacaraípe. O Samuel era muito brigador e eu um menino mais pacato, contido. Então ele vivia me surrando. Os nossos pais convencionaram que não deveriam interferir, deixar que resolvêssemos nossas diferenças por nós mesmos. Num certo dia, como eu já tinha um corpo bem mais avantado que o dele, enfim resolvi reagir. E acho que gostei do resultado. Meu pai conta que cheguei perto dele trazendo um tufo de cabelo arrancado da cabeça do Samuel, e que falei pra ele, agora com a segurança de ter descoberto a própria força: - Viu, é tudo dele!! E eu vou voltar lá pra buscar mais! (risos)”. Na adolescência, além da música, Samuel já apreciava muito o futebol e tinha entre seus hobbies os jogos de botão na casa de Alexandre. O líder do Skank conta que seu pai – também um bom letrista – sempre teve bom gosto para música, tinha até pudores demais. Se por um lado não gostava de Jovem Guarda, por outro, Samuel deve muito a ele, por tudo o que escutou em casa, como Beatles, Clube da Esquina, Tropicália, Chico Buarque, mas demorou para abrir o seu leque musical. Foi difícil assumir que gostava de Roberto e Erasmo, que são influências fortes do Skank, e na sua casa, só tocavam no rádio da cozinha. Sua vontade de trabalhar com música veio lá pelos 14,15 anos, em uma fase em que estava muito angustiado, segundo diz. Um tio materno (Spencer, que depois se tornou médico e, antes disso, chegou até a ganhar festival em Ipatinga) foi uma de suas maiores influências. A música praticamente salvou sua vida, o ajudava a manter um nível razoável de auto-estima. Foi um menino que demorou a crescer e não era bonito. Por tocar, ganhou algum destaque na sala de aula, na roda de amigos, virou popular no colégio. Aos 17 anos, não queria escolher profissão nenhuma. Pra ele, o colégio duraria só mais três anos. Pois sua vida estava muito boa, tinha uma turma ótima. Contudo, Samuel acabou entrando na faculdade e também fez Psicologia, por grande influência do seu pai. ‘Seu’ Wolber de Alvarenga vibrou muito por ele ter escolhido a profissão dele, mas o fato é que passou pelo curso muito dividido. Foi um péssimo aluno e, pra piorar as coisas, os professores jogavam na sua cara o fato de seu pai ter sido um ótimo aluno e ter se transformado em um profissional excelente. Aquilo mexia muito com ele. Samuel Rosa conta que, além de tudo, sua sala era formada 80% por mulheres. Na segunda-feira ele chegava louco para comentar os resultados do futebol e via aquelas dondocas com cara de espera-marido. Então, a faculdade foi um peso na sua vida. Depois, não chegou a trabalhar com a Psicologia, fez apenas alguns estágios. Ainda na escola, o músico tinha banda e assim se aliviava um pouco. Formado, poderia ter montado consultório. Só que chegou uma hora em que seu pai viu que a coisa não estava boa e que ele vivia muito angustiado. Houve então um divisor de águas. Chamou-o para conversar e disse: “Se eu fosse você, trataria de pensar essa relação com a música. Eu estou vendo que você corre o risco de nunca resolver essa divisão. E se você chegar desse jeito aos 40 anos não vai se perdoar nunca. E nem eu vou me perdoar”.
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COMO O PAI, Samuel também fez Psicologia, mas sua fama era de mau aluno
37 pessoas no show de estreia Samuel conta que montou sua primeira banda de forma muito precoce, ainda com 15 anos. Porque tinha apenas seis meses que aprendera o que era um Dó maior, um Ré no violão. Conheceu outros amigos músicos e a partir deste momento começou a haver uma regularidade incomum para aquela época e para aquela faixa etária. “Eu não me lembro de muita gente em Belo Horizonte da minha idade que tivesse uma banda já formada a ponto de tocar em festinhas de aniversário, em festivais com tão pouca idade”, recorda. O caso é que se apaixonou pelo negócio de música. “Eu lembro que eu andava de ônibus em Belo Horizonte e para qualquer lugar que eu fosse sempre imaginava a minha banda tocando ali”. O primeiro espaço público foi o teatro de arena do Parque das Mangabeiras. O cachê, um guaraná e um “PFzinho” no almoço. Só de ter alguém para pagar uma Kombi para carregar os equipamentos era uma vitória. Em 1983, Samuel Rosa e Henrique Portugal começaram a tocar em uma banda de reggae que nasceu como ‘Os Waffers’ e depois passou a ser chamada de Pouso Alto (o nome da rua em que moravam, na Serra), junto com os irmãos Dinho (bateria) e Alexandre Mourão (baixo). Em 1991, o Pouso Alto conseguiu um show na casa de concertos Aeroanta, em São Paulo, mas como os irmãos Mourão não estavam em BH, o baixista Lelo Zaneti e o baterista Haroldo Ferretti foram chamados para o show. A banda fez sua estréia em 5 de junho de 1991, e devido à final do Campeonato Paulista no mesmo dia, o público pagante foi de 37 pessoas. Foi após o show que o grupo mudou seu nome para Skank, inspirado na música de Bob Marley, “Easy skanking”. Começou então a tocar regularmente numa churrascaria belo-horizontina. A proposta musical inicial era uma adaptação do dancehall jamaicano aos ritmos brasileiros. Esse formato de reggae eletrônico era uma natural evolução do tradicional reggae de raiz, popularizado por Peter Tosh, Bob Marley e Jimmy Cliff. No primeiro álbum do grupo, gravado de forma independente, quando já havia se registrado a venda de 1.200 cópias das 3.000 iniciais, a Sony Music decidiu assinar contrato com a banda. Os produtores levaram o grupo a mais de 120 concertos pelo Brasil, que resultaram na vendagem de 120 mil cópias do álbum de estréia. O segundo álbum, de 1994, já vendeu 1,2 milhão de cópias.
BAMBAS PRECOCES: os integrantes do Skank em 1994, na época do lançamento do bem-sucedido segundo álbum de estúdio, “Calango”
Um tio que chegou a ganhar festival de música em Ipatinga foi sua maior influência para desejar os palcos.
CERCA DE CINCO MIL pessoas cantaram e dançaram com Samuel Rosa, orquestra e companhia ao som de antigos e novos sucessos
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MAIS DE 1.000 PESSOAS comemoraram sua vitória com familiares, amigos e parentes: a conclusão de um curso profissionalizante
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Combustível para o mercado de trabalho Um dos maiores do país, projeto social tocado há quase duas décadas por deputada já capacitou mais de 70 mil pessoas em cursos profissionalizantes gratuitos Foi mais uma apetitosa salada cultural, com tempero edificante, o que se viu na noite de 13 de junho, no salão nobre do clube Ipaminas, no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. A solenidade de diplomação de outras centenas de alunos do projeto social capitaneado pela deputada estadual Rosângela Reis (homologada em convenção do Pros – Partido Republicano da Ordem Social como candidata à reeleição) se transformou num verdadeiro encontro de gerações, caracterizado por harmonia incomum. Entre homens e mulheres maduros e de meia idade - muitos deles já atuando no mercado de trabalho, mas em busca de novas especializações -, uma plateia formada em sua maioria por adolescentes e jovens, aptos ao primeiro emprego, que capricharam no visual (cabelos tão bem penteados quanto intencionalmente desgrenhados, cortados ou pintados; ora bem comportados, ora exóticos, em estilo moicano e mesmo desenhados). Ao todo, mais de 1.000 pessoas estavam lá para comemorar uma grande vitória com familiares, amigos e Ag o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
parentes: a conclusão de um curso profissionalizante. Havia muitos convidados e a cerimônia de formatura das turmas dos 37 cursos oferecidos no último semestre pelo Serviço Educacional Técnico e Profissionalizante (Sertep) certamente deixou a melhor das impressões àqueles que não tinham conhecimento do alcance da iniciativa idealizada há 18 anos por um grupo de trabalhadores da Usiminas, entre eles o saudoso Ricardo Caram, ex-vereador, engenheiro e chefe de seção da siderúrgica. Também fundadora e apoiadora do Sertep, que é mantido pela Associação Ação Social pela Vida (AASV), a deputada estadual Rosângela Reis lembrou um pouco dessa história: “Estamos falando de uma caminhada de amor, trabalho e solidariedade. Nossa missão é proporcionar oportunidades e transformar vidas. São 18 anos qualificando e inserindo pessoas no mercado de trabalho. Já foram realizadas cerca de 40 formaturas ao longo dos anos. São mais de 70 mil alunos formados em centenas de cursos profissionalizantes gratuitos. É o maior projeto social de Minas Gerais e possivelmente do País”, enfatizou.
CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA
DURANTE A CERIMÔNIA, Rosângela também homenageou o coordenador do Sertep, Paulo Cézar dos Reis, agradecendo-o pelo apoio e incentivo através dos anos
DESENVOLVIMENTO E VOLUNTARIADO
José de Oliveira Flores, 47 anos, recebeu o diploma do curso de Cabeleireiro, atividade que já desenvolvia no salão do cunhado, no bairro Bom Jardim. “Havia feito anteriormente um curso intensivo, mas o curso no Sertep valeu muito, ajudou no meu desenvolvimento. Aprendi mais sobre hidratação, como trabalhar com cabelo feminino, entre outras coisas”, contou. O formando também ressaltou a oportunidade que teve de prestar serviço social durante os seis meses do curso. “Pessoas da comunidade procuram o Sertep para cortar gratuitamente o cabelo. Nós também estivemos em algumas entidades durante o curso, como na Fazenda Água Viva, no bairro Forquilha, onde cortamos o cabelo dos internos, estivemos também em uma
instituição no Naque e em algumas escolas”, relatou. Também da área de estética, a professora Neuza Maria Pereira acompanhava as 30 alunas que concluíram o Curso de Depilação. Há três anos no Sertep, ela explicou que todo semestre é oferecido o curso. Inicialmente, as participantes fazem quatro aulas teóricas e depois partem para o treinamento prático. “Nas aulas teóricas elas aprendem sobre os materiais que devem ser utilizados na depilação, requisitos de higienização, segurança, ética, entre outros assuntos. Ensinamos todas as modalidades de depilação que existem no mercado. As alunas já saem do curso trabalhando, muitas abrem seu próprio negócio”, disse Neuza.
UM A UM os formandos foram orgulhosamente receber seus diplomas, com direito aos cumprimentos da deputada Rosângela e do paraninfo das turmas, o empresário Altair Vilar
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CONHECIMENTO E ATITUDE
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Paraninfo das turmas, o empresário Altair de Jesus Vilar Guimarães destacou a importância da qualificação profissional oferecida pelo Sertep nas áreas industrial, comercial, de artes manuais e estética. “Como cidadão de Ipatinga, agradeço à Rosângela Reis e toda sua equipe pela árdua dedicação de 18 anos à frente do projeto. Digo a todos os participantes destes cursos o quanto é importante buscar este conhecimento maior para poder ingressar no mercado de trabalho”. Altair Vilar disse que o Vale do Aço tem sido prejudicado em termos de oportunidade de crescimento e empregos nos últimos dez anos. Mas, para ele, o grande obstáculo para o desenvolvimento da região está sendo removido, que é a precariedade da BR-381. Segundo o empresário, as condições da rodovia impedem que novos investimentos sejam feitos no Vale do Aço e mais empregos sejam gerados. “Estamos satisfeitos porque estamos vendo o início da duplicação da BR-381 e com a sua conclusão, daqui a três anos, acreditamos que novas empresas serão instaladas nas cidades da região. Aqueles que hoje estão se qualificando profissionalmente ocuparão as novas vagas de emprego que serão geradas”, previu o paraninfo das turmas. Ainda em seu discurso, Altair Vilar deu uma dica para o sucesso profissional dos formandos: “Existem três variáveis que gosto sempre de lembrar e suas letras iniciais formam a sigla CHA. É o chá que tomamos de sabedoria. A letra C é de conhecimento, a H é de habilidade e o A de atitude. O conhecimento nós buscamos na escola, nos cursos profissionalizantes, nos livros e outros lugares. A habilidade de utilizar estes conhecimentos nós adquirimos com os mestres, observando outras pessoas, colocando em prática nossos conhecimentos. O terceiro componente da sigla é muito importante. Não adianta nada termos o conhecimento, a habilidade, mas não adotar no nosso dia-a-dia a atitude de colocar em prática aquilo que aprendemos. E para vocês, formandos, essa atitude é não desistirem, baterem nas portas, levarem seus currículos, mostrarem seu conhecimento e buscarem a oportunidade no mercado de trabalho”, ensinou.
CORAGEM E PERSISTÊNCIA
A deputada Rosângela Reis também deixou uma palavra de estímulo aos formandos: “Aos nossos alunos digo que tenham fé, nunca desistam de seus sonhos, busquem a cada dia renovar suas forças. Tenham coragem, persistência, sejam éticos, cultivem a convivência diária com respeito e amor. Que os seus objetivos estejam claros, mirem o alvo e vocês alcançarão a vitória. Estejam sempre em busca do sucesso, da eficiência e de resultados”, recomendou. Rosângela também agradeceu aos professores, coordenadores e parceiros do projeto. “Às empre-
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A PROFESSORA NEUZA MARIA acompanhava as alunas que concluíram o Curso de Depilação
JOSÉ FLORES, 47 anos, recebeu o diploma do curso de Cabeleireiro
sas parceiras, nosso muito obrigado pelo apoio para que possamos encaminhar os nossos alunos para o mercado de trabalho. De nada adiantaria o investimento da qualificação se não pudéssemos inserir nossos alunos nesse espaço que completa a prática dos cursos. Que nós, do Sertep, possamos fazer no próximo semestre mais e melhor. Formar cidadãos participativos, criativos, competentes, polivalentes e multifuncionais. A cada formatura, cresce o desejo no meu coração de minimizar as diferenças e desigualdades por meio de ações positivas como esta”.
CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA
TALENTO E ESFORÇO
DALVA GOMES, formanda do Curso Cuidadores de Idosos e Oradora das turmas
WENDEL LIMA ELLER, homenageado como Aprendiz Destaque do PAT
Oradora das turmas, Dalva Gomes de Oliveira, formanda do Curso Cuidadores de Idosos, destacou a importância de concluir um curso profissionalizante. “O mercado hoje exige que sejamos qualificados na área que escolhemos para trabalhar. Se você é uma pessoa qualificada, tem muito mais chance de conquistar o seu lugar. O talento, o esforço, a boa vontade e a persistência nos fez chegar até aqui. Espero que esta vitória seja o início de muitas outras conquistas”. Durante a cerimônia de formatura do Sertep, Wendel Lima Eller foi homenageado como Aprendiz Destaque do PAT (Programa Adolescente Trabalhador). Quando fazia o Curso de Digitação, fez uma prova, participou de uma entrevista e foi admitido em uma empresa que atua no comércio de materiais elétricos. Hoje, ele trabalha de segunda a quinta-feira e, na sexta, faz o curso de Rotinas Administrativas no Sertep. Wendel Lima acredita que foi escolhido para receber o prêmio de Aprendiz Destaque do PAT pela sua participação nas atividades do Sertep, como a Feira Cultural e projetos sociais. “Sempre tive a iniciativa de estar à frente da apresentação dos trabalhos e meu grupo venceu a Feira Cultural no ano passado”, revelou a ATITUDE. Conforme Rosângela Reis, o Programa Adolescente Trabalhador já beneficiou 1,5 mil jovens com carteira assinada e todas as garantias trabalhistas asseguradas. O PAT foi criado em 2003, pela AASV, em conformidade com a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000) e com as diretrizes curriculares estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Lei da Aprendizagem prevê que empresas de pequeno e médio porte devem contratar número de aprendizes equivalente a, pelo menos, 5% do efetivo do seu quadro de funcionários.
OS 37 CURSOS OFERECIDOS • Artesanato (Pintura em Tecidos) • Auxiliar Administrativo (Rotinas administrativas) • Auxiliar Técnico em Farmácia • Cabeleireiro • Caldeiraria • Confeiteiro (salgados e doces) • Contabilidade • Corel Draw e Photoshop • Corte e Costura (malharia/ tecidos) • Cuidador de Idosos • Depilação • Desenho Mecânico
• Digitação • Elétrica Industrial • Elétrica Residencial • Excel Avançado • Informática Básica • Inglês Básico • Instrumentação • LP no Controle de Qualidade em Peças • Manicure e Pedicure • Manutenção de Motos • Massagem Corporal • Mecânico de Tubulação • Montagem e Manutenção em
Computadores • NR 10 • Piloto de Ultraleve (teórico) • Projeto Civil e Mecânico com Auto Cad • Recepcionista • Secretariado • Secretariado Jurídico • Segurança do Trabalho • Soldador • Técnica de Vendas • Telemarketing • Usinagem • Web Design
SERVIÇO Mais informações sobre os cursos oferecidos pelo Sertep podem ser obtidas pelo telefone (31) 3822-9388 ou na secretaria da entidade, na Avenida Livramento, nº 285, bairro Veneza II, Ipatinga.
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Adson Chagas, pilotando um Jet: os condutores da motoaquática têm que portar habilitação específica
Edson Lucas (de pé), proprietário da Lucas Náutica, zarpa com mais um grupo de alunos para oferecimento de aulas de pilotagem
Lanchas, barcos e Jet ski
Autoridade marítima naval condiciona novas habilitações para pilotagem de embarcações ao cumprimento de horas/aulas em escolas náuticas
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Pouca gente sabe, mas somente o Pantanal Matogrossense e a Amazônia, em todo o país, reúnem um sistema lacustre tão rico quanto o do Vale do Aço. Apenas no Parque Estadual do Rio Doce são 42 lagoas ou 136 lagos, com 17 espécies de peixes, fora os vários rios que cortam a região. Assim é que, nestes dias, é cada vez maior o número de pessoas que investe em embarcações e, obrigatoriamente, busca os meios disponíveis a fim de se legalizar para a recreação e prática de esportes aquáticos. De acordo com o cabo reformado da Marinha, Edson Lucas das Chagas, diretor da Lucas Naútica, em Ipatinga, os candidatos à habilitação para pilotagem de barcos e lanchas (Arrais Amador), assim como o Jet ski ou moto aquática (Motonauta), multiplicam-se mês após mês. Além do aspecto da segurança, a procura se deve também ao fator bolso. É que, como ocorre no trânsito terrestre, descumprir a lei que regula o tráfego aquaviário - como ser pego sem documentação da embarcação, documentação vencida, completamente inabilitado ou com habilitação não correspondente à categoria da embarcação que está pilotando - sujeita o infrator a multas que variam de R$ 40 a R$ 2.200.00. O cabo Lucas explica que, segundo novas regras da Diretoria de Portos e Costas (DPC), em vigor desde 2 de julho de 2012, para prestar exames de Arrais Amador ou Motonauta o candidato precisa recorrer, antes, a uma escola náutica cadastrada pela Marinha do Brasil, onde receberá orientações teóricas importantes e cumprirá aulas práticas. No caso dos que pretendem uma carteira de Arrais, é preciso comprovar que possuem no mínimo seis horas de embarque em embarcações de esporte e/ou recreio, isto atestado pela escola náutica. Os candidatos a pilotar um Jet precisam estar portando uma Declaração de Frequência para Motonauta, também expedida pela escola náutica, comprovando que realizaram no mínimo três horas práticas de motoaquática. Ag o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
Conquistado um ou outro destes documentos, para ambos os testes de habilitação na Marinha os candidatos só precisam acertar 50% de uma prova com 40 questões de múltipla escolha. A pessoa que realiza 9h de aulas práticas na escola náutica pode obter de uma só vez a habilitação para barcos, lanchas e Jet passando por uma única prova da Marinha. Os habilitados para barcos e lanchas, caso queiram pilotar um Jet ski, também precisam ter aulas práticas do equipamento. Cumprido este roteiro, as carteiras de pilotagem valem por dez anos, abrangendo a navegação em águas seguras de todo o país como rios, baías, enseadas, represas, lagos, lagoas e áreas marítimas abrigadas a 200m das praias frequentadas por banhistas.
Cursos semanais
O diretor-proprietário da Lucas Náutica e seu assistente direto, Adson Chagas, informam que a escola trabalha com instrutores profissionais da reserva da Marinha, sendo que há cursos de preparação dos candidatos às habilitações todas as semanas, em lagoas de todo o Estado de Minas Gerais, com opções de horários de 8h às 18h. Entre os vários ensinamentos estão práticas de primeiros socorros, luzes de navegação, manobras de atracação e desatracação de embarcação, leme e sistema de balizamento marítimo. A escola náutica também auxilia os interessados no encaminhamento à Marinha da inscrição de embarcação/ transferência de propriedade e jurisdição; 2ª via de Título de Inscrição de Embarcação (TIE); renovação e 2ª via de habilitação de Mestre, Arrais Amador e Motonauta. SERVIÇO Lucas Náutica Cursos todas as semanas de 8h às 18h (31)9176.5753 • 9815.8091 • 3823.5786 • www.lucasnautica.com.br
ACONTECE
Sem sombra de dúvidas
Na 26ª Exposição Industrial, Comercial e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Expo Usipa), promoção da Associação Esportiva e Recreativa Usipa no período de 23 a 26 de julho, certos estandes, em especial, chamavam a atenção entre algumas dezenas espalhadas pelo pátio externo e dentro do ginásio da agremiação. Quando não pela riqueza estética, pelo ineditismo. Os robustos troncos decorativos imitando eucaliptos originais foram uma atração à parte no box da Cenibra, e inevitavelmente eram tocados a todo momento pelos curiosos e impressionados passantes. A dúvida que não queria calar: afinal, seriam ou não de verdade? E, se não, de que material, afinal? Para não parecerem inconvenientes demais – embora não houvesse qualquer aviso ou advertência para que as colunas fossem respeitadas como objeto de exclusiva contemplação –, alguns observadores aproximavam-se o máximo que podiam, fitando bem os olhos. E, aí, se não perguntaram, pode ser até que tenham saído sem resposta, dada a perfeição dos objetos artesanais. A concepção do arranjo, segundo o colega Rudson Vieira, foi de Felipe Gonzaga. Na foto, ambos, da equipe de Comunicação Corporativa da Cenibra, recepcionam no local.
Linguiça e geleia
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No estande da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), um frisson compreensível, diante de duas vedetes gastronômicas estreantes na Expo Usipa: as ricas diversidades das lingüiças Que Filé, de Ipatinga, e da geleia Vitalidade, de Santana do Paraíso. Enquanto degustações eram oferecidas – de lingüiça com ervas até às com azeitonas e com queijo – e também se realizava o sorteio de uma cesta de produtos pela Que Filé (com movimento que deixava exultantes o empresário Luiz Pedro e os filhos Aline e Wesley Tolomeu), no espaço da Vitalidade a euforia tinha outra razão: o lançamento e distribuição das novas geleias em formato de barras de cereal, nos sabores tradicional, leite condensado e amendoim. Isto, para alegria dos irmãos Gilson e Mauro Toledo, sócios-proprietários do prodigioso negócio. Como autênticos exemplos do vigor e tenacidade dos empreendedores locais, ambas as fábricas foram premiadas pela FIEMG com o privilégio de darem ainda mais visibilidade aos seus produtos nesta importante vitrine mercadológica.
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Profissional de estimação 54
O Dr. Nivaldo da Silva, presidente do CRMV/MG, dá a boa notícia à categoria durante o encontro no Hotel Metropolitano
Para atuar como suporte para mais de 300 profissionais do Vale do Aço e redondezas, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV/MG) oficializou em reunião no dia 22 de julho, no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano, a decisão de implantar uma Delegacia Regional do órgão em Ipatinga. Dezenas de integrantes da classe compareceram ao encontro, no qual o presidente, Dr. Nivaldo da Silva, fez uma abrangente exposição sobre temas de interesse da categoria. Ele comunicou que a reivindicação foi atendida em plenária do conselho estadual e detalhou a estrutura básica que a delegacia irá oferecer. Vários imóveis foram visitados para definição do local em que a Delegacia do CRMV/MG irá funcionar, e as melhores possibilidades foram identificadas nos bairros Canaã e Iguaçu. A medida vai tornar realidade um sonho de quase duas décadas, e o objetivo é que a unidade seja inaugurada em 13 de setembro, na se-
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Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais define implantação de Delegacia no Vale do Aço e seu entorno, onde militam mais de 300 profissionais
mana em que se comemora o Dia do Veterinário (9 de setembro). A Delegacia Regional do Vale do Aço será a sétima implantada pelo Conselho. Sediado em Belo Horizonte, o CRMV/MG já conta com unidades estrategicamente localizadas em cidades-pólo da Zona da Mata (Juiz de Fora), regiões Nordeste (Montes Claros), Mucuri (Teófilo Otoni), Oeste (Uberlândia), Sudoeste (Passos) e Sul de Minas (Varginha). O Conselho Regional de Medicina Veterinária é a entidade que normatiza e fiscaliza todas as atividades relacionadas com a medicina veterinária em Minas Gerais. Congrega nada menos que 15 mil médicos veterinários e cerca de 2 mil zootecnistas no Estado, que atuam como responsáveis técnicos em inúmeros estabelecimentos como clínicas, cooperativas, casas comerciais ligadas à agricultura e pecuária, indústrias alimentícias, frigoríficos, pet shops etc.
CONQUISTA DA CATEGORIA A Açovet
Com foco na sua organização em nível regional, os veterinários locais criaram há 12 anos a Sociedade de Medicina Veterinária do Vale do Aço (Açovet), com sede em Coronel Fabriciano. Por meio do organismo, a categoria tem viabilizado encontros técnicos e culturais, congregando-se também em eventos para troca de experiências e cursos de capacitação.
Amplitude do trabalho
Além das atividades relacionadas diretamente aos animais (como tratamento, cirurgias, vacinação e o controle das zoonoses), os médicos veterinários e zootecnistas são importantes para assegurar à população alimentos com padrões de identidade e qualidade regulamentados pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A medicina veterinária é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha, num sentido amplo, com a prevenção e cura das doenças dos animais e dos huma-
nos num contexto médico. É a ciência médica que se dedica à prevenção, controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além do controle da sanidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. Busca também assegurar a qualidade, quantidade e a segurança dos estoques de alimentos de origem animal através do controle da saúde dos animais e dos processos que visam obter seus produtos. A Delegacia Regional do Conselho Regional de Medicina Veterinária no Vale do Aço deve facilitar bastante a tramitação burocrática dos processos de responsabilidade técnica, beneficiando não apenas os profissionais, mas um sem número de empresas. Basicamente, a unidade deverá dispor de um Delegado lotado, secretaria e fiscal das atividades profissionais. Para que se tenha uma ideia da importância da descentralização do órgão, somente nas cidades-pólo do Vale do Aço há quase 200 casas de produtos veterinários em funcionamento, todas elas com indispensável presença de responsáveis técnicos.
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Mais de duas dezenas de profissionais participaram da reunião em que foi anunciada a implantação da Delegacia
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EXTRA! EXTRA! Moção de Aplausos O presidente da Câmara de Ipatinga, Ley, entrega Moção de Aplausos a Luciano Araújo, presidente da Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), pela celebração dos 80 anos de história da organização que muito contribui para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Foi durante o show do Skank e Orquestra de Câmara Sesiminas, na Usipa. Ao lado, o empresário Gustavo Souza (da Rede Souza, grupo Vanguarda e jornal Vale do Aço), Clênio Guimarães (presidente da Aperam South America) e Flaviano Gaggiato (vice-presidente da Regional da Fiemg e diretor da Viga Caldeiraria).
Críticas implacáveis
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Como não poderia deixar de ser, foram ácidas, magoadas e ressentidas as manchetes do dia seguinte relacionadas com a goleada histórica sofrida pela Seleção Brasileira diante da Alemanha, no Mineirão. Mas as mais implacáveis - e que sem dúvida alguma melhor expressaram a humilhação imposta ao futebol nacional - foram as dos jornais fluminenses, em tom declaradamente revanchista. Inspirado na falta de inspiração dos nossos canarinhos, que sequer piaram no gramado da Pampulha, o tablóide ‘Meia Hora’ se recusou a dar-se ao trabalho de eleger uma foto ilustrativa. E ‘O Dia’ cerrou os punhos e bateu forte em Felipão, devolvendo-lhe a descortesia com que brindou a nação, inflacionada por juros e correção monetária.
Os Destaques do ano A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) definiram, em eleição de suas lideranças realizada no dia 9 de julho, os homenageados pelo setor em 2014. A escolha do Empresário do Ano recaiu sobre Adalton Toledo, proprietário da rede de Supermercados Odelot (que na foto aparece ao lado dos irmãos Anacleto e Andréia), multiplicada em várias unidades nos últimos tempos graças a uma notável visão empreendedora. Como Destaque Lojista, a escolha também não poderia ter sido mais feliz, com
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o reconhecimento de Uebson Candal (aqui em um de seus estabelecimentos, rodeado por diretores da Aciapi e CDL), proprietário da vitoriosa rede Drogaria Hebinho, capa da edição número 12 de ATITUDE. Outra personalidade merecidamente reconhecida, ganhando o título de Destaque na Comunidade, é a competente Leida Hermsdorff Horst (aqui à esquerda, junto ao atual prefeito de Belo Oriente, Pietro Chaves), coordenadora de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da Cenibra e diretora do Instituto Cenibra, organismo incentivador de inúmeros projetos sociais na região.
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INFERTILIDADE MASCULINA
Quando o problema é com ele!
DR. MÁRIO MÁRCIO DA PAZ mariomarcio.paz@providareproducao.com.br
Quando um casal não consegue engravidar supõe-se de imediato que a mulher deva ter algum problema. Talvez uma trompa obstruída, um defeito no útero ou um distúrbio qualquer que a impeça de ovular. Seja como for, a infertilidade é sempre vista como um problema feminino. Tanto que a maior parte dos especialistas em reprodução humana são originariamente ginecologistas. Os homens geralmente sentem-se confortáveis em sua posição. Em suas mentes eles são naturalmente férteis. Afinal, as mulheres são muito complicadas, elas menstruam todo mês, são emocionalmente instáveis neste período, têm cólicas e ainda têm a famigerada tensão pré-menstrual – a TPM – que eles têm de suportar! Nada mais natural que de vez em quando ela pare de funcionar. As estatísticas revelam que aproximadamente um em cada três ou quatro casais possui alguma dificuldade para engravidar e a maior parte é devido a problemas masculinos. O que antes era classificado como causa desconhecida, hoje, com a evolução diagnóstica, sabe-se que são problemas na estrutura e na função do espermatozóide. Por mais problemático que seja seu organismo (segundo a visão masculina, é claro!), a mulher aceita com bastante naturalidade o diagnóstico de infertilidade, e busca soluções e tratamentos de forma prática e rápida. Mas quando o problema é com ele, tudo muda! Primeiro o homem rejeita o resultado do exame. Provavelmente o laboratório trocou as amostras ou houve erro de digitação. Enfim, ele é normal, seus familiares são normais, seu avô teve 20 filhos! Vamos repetir em outros laboratórios, porque este não é de confiança. Confirmado o diagnóstico, seus sentimentos variam entre uma profunda indignação a uma raiva consigo mesmo, já que ele é incapaz de realizar a única coisa que se espera de um homem, que é engravidar sua esposa.
A naturalidade com a qual a mulher aceita um diagnóstico de infertilidade se deve, em parte, à sua capacidade de separar sua sexualidade da maternidade. Uma coisa é ser capaz de amar e ter uma vida sexual plena. Outra é engravidar e ser mãe. Apesar de a gravidez ser conseqüência do ato sexual, a mulher não mede sua sexualidade pelo número de filhos que possui. Já o homem se comporta de forma totalmente diversa. Em sua mente, sexo e fertilidade se confundem. Se não é capaz de engravidar sua mulher, sua virilidade pode ser seriamente questionada. Sua masculinidade também está em jogo. Em sua cabeça surge a dúvida se sua incapacidade de gerar filhos não comprometeria sua opção sexual. Esta forma imatura de pensar, fruto da desinformação, acaba por gerar conflitos pessoais que terminam por comprometer o relacionamento conjugal. Diversos casamentos simplesmente acabam após o resultado do espermograma. Apesar de a sociedade ser considerada machista, o homem encontra-se totalmente desamparado na questão da infertilidade. Existem inúmeros livros especializados orientando as mulheres, sem contar as revistas femininas que constantemente abordam o tema. Alguém já viu alguma publicação masculina falar sobre o assunto? A informação é a chave para mudar a situação. O comportamento do homem somente irá mudar no dia em que ele conseguir separar sua virilidade de sua fertilidade. E isto é urgente, pois, por diversos motivos, a fertilidade masculina vem diminuindo gradativamente nas últimas décadas. Mas este é um assunto para outro artigo.
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FILMES/LIVROS
Sofrer por antecipação Como combater o novo mal do século Com 160 páginas e um preço sugerido bastante acessível (R$ 14,90), o premiado autor Augusto Cury é novamente a indicação de ATITUDE nesta sessão de dicas de leitura. Desta vez, a obra recomendada é “Ansiedade: Como enfrentar o mal do século”, publicado pela editora Saraiva. Uma mensagem de autoajuda bastante providencial para este tempo em que predomina uma angústia sem fim (e tantas vezes inexplicável) nas relações sociais. Você sofre por antecipação? Acorda cansado? Não tolera trabalhar com pessoas lentas? Tem dores de cabeça ou musculares? Esquece-se das coisas com facilidade? Se você respondeu “sim” a alguma dessas questões, é bem provável que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Segundo o psiquiatra, este mal que acomete grande parte da população mundial suplanta a depressão. Neste livro, a proposta é fazer você entender como funciona a mente humana para ser capaz de desacelerar o pensamento, gerir a emoção de maneira eficaz e resgatar a qualidade de vida. Conforme Cury, o excesso de informação, de uso de smartphones e games, de trabalho intelectual e de atividades diárias estimulam fenômenos cerebrais e inconscientes que acessam a memória com uma velocidade nunca vista. O pensamento rápido demais e sem gerenciamento gera a ansiedade e o sofrimento por antecipação.Com isso a emoção perde em qualidade, estabilidade e profundidade.
O DETETIVE LOKI (Jake Gyllenhaal) interroga Alex (Paul Dano), que tem o QI de uma criança de dez anos
Um suspense para intrigar os mais peritos detetives O cenário de gravação é a Georgia, nos Estados Unidos. Keller Dover (Hugh Jackman) leva uma vida feliz ao lado da esposa Grace (Maria Bello) e os filhos Ralph (Dylan Minnette) e Anna (Erin Gerasimovich). Um dia, a família vai visitar a casa de Franklin (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis), seus grandes amigos. É quando fortes tensões começam a vir à tona. Sem que eles percebam, a pequena Anna e Joy (Kyla Drew Simmons), filha dos Birch, desaparecem. Desesperadas, as famílias apelam à polícia e logo o caso cai nas mãos do detetive Loki (Jake Gyllenhaal). Não demora muito para que ele prenda Alex (Paul Dano), que fica apenas 48 horas detido devido à ausência de provas contra ele. Alex na verdade tem o QI de uma criança de dez anos e, por isso, a polícia não acredita que ele esteja envolvido com o desaparecimento. Entretanto, Keller está conAg o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
victo de que ele tem culpa no cartório e resolve sequestrá-lo para arrancar a verdade dele, custe o que custar. O suspense aumenta a cada cena e não há como despregar os olhos da tela. É inevitável que os espectadores tracem uma série de conjecturas para tentar adivinhar em quem de fato recai a culpa pelo desaparecimento dos meninos, mas um emaranhado de possibilidades só faz aumentar ainda mais o mistério. Curiosamente, o roteiro de ‘Prisoners’ (título original de Os Suspeitos), lançado em 2013, já existia há muitos anos. Com a demora em ser produzido, muitos atores e diretores foram obrigados a desistir para poderem trabalhar em outros filmes. Leonardo DiCaprio, Christian Bale, Mark Wahlberg e Jessica Chastain já tinham assinado contrato para atuar na produção, mas deixaram o filme. Hugh Jackman também desistiu, mas acabou voltando mais tarde.
DITO E FEITO
Homens e Mulheres de “As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente”. ZIG ZIGLAR, 88 anos, escritor e orador norte-americano, um dos maiores palestrantes e conferencistas do mundo. Veterano da Segunda Guerra, tornou-se um top distribuidor em diversas empresas de marketing de rede e vendas diretas. Devido ao seu sucesso começou a ensinar a outras pessoas. Escreveu mais de duas dezenas de livros, publicados em diversos idiomas e com milhões de exemplares vendidos.
“Tudo o que perdemos, automaticamente dobra de valor”. MIGNON MCLAUGHLIN (1913-1983), escritora e jornalista estadunidense, nascida em Baltimore, Maryland, e que se criou em Nova Iorque, onde sua mãe era proeminente advogada. Trabalhou para a revista Vogue, foi Editora Geral da revista Glamour e era casada com Robert McLaughlin - editor da revista Time.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. CHARLES DARWIN (1809-1882), naturalista britânico. Começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. Em reconhecimento à importância do seu trabalho, foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo a Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.
“Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade”. MARTHA MEDEIROS, 52 ANOS, gaúcha de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Casada e mãe de duas filhas, fez sua carreira profissional na área de Propaganda e Publicidade, tendo trabalhado como redatora e diretora de criação em várias agências. Em 1993, mudou-se para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses apenas escrevendo poesia. De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Colabora também com a revista Época.
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O campeão VOLTOU Cinco anos depois de conquistar títulos na Ásia, jovem ipatinguense retorna às pistas em grande estilo, com pole position e vitória em Interlagos
ÍGOR FRAGA cruzou a linha de chegada na sétima etapa da F-1600 com mais de 34 segundos de vantagem sobre o segundo colocado
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AUTOMOBILISMO
A interrupção momentânea do campeonato de Fórmula 1600 - para que o circuito de Interlagos (SP) volte a ser palco da Fórmula 1, em outubro e novembro - não poderia ter ocorrido em melhor hora. Por pelo menos quatro meses, até que a competição seja retomada, o jovem piloto ipatinguense Ígor Fraga estará em lua-de-mel com a glória, curtindo os frutos de uma performance espetacular: além de fazer a pole position e subir ao lugar mais alto do pódio na sétima etapa, disputada em 12 de julho, estabeleceu um novo recorde de velocidade na categoria, ao cravar o tempo de 1min58s380 no templo sagrado do automobilismo nacional. A marca anterior estava acima da casa dos 1min59s. Na residência dos pais, onde recebeu a reportagem da revista ATITUDE para uma entrevista exclusiva, o garoto de apenas 15 anos de idade e que já deixa para trás um respeitado time de maduros corredores, não escondia a sua emoção por ter cruzado a linha de chegada 34 segundos à frente do segundo colocado. Foi, uma vez mais, a coroação do seu inegável talento, maximizado por uma disciplina de extrema dedicação ao esporte. Egresso do Japão, onde os pais viveram por cerca de 20 anos, até retornarem ao Brasil em 2009, o piloto voltou às pistas no início de 2014 para retomar uma trajetória de muitas conquistas já acumuladas no exterior. Mesmo com o empolgante balanço de uma vitória, três terceiros lugares, duas poles e duas voltas mais rápidas na F-1600, em apenas um semestre de atividade na categoria, Ígor se mantém introspectivo e contido. É surpreendentemente econômico nos sorrisos. Modesto, tem dificuldade de falar daquelas que seriam suas melhores qualidades, embora os observadores o classifiquem como “agressivo e cirúrgico nas ultrapassagens”. Prefere identificar os detalhes em que pode ser mais eficiente: “Hoje consigo marcar oito voltas na mesma casa do segundo e tenho buscado ser mais constante, um robô, como se diz. A pista muda muito de uma hora para outra, em função da sujeira, do clima, e o desafio é adaptar-se mais rapidamente às suas condições. Os motores dos carros são refrigerados a ar e é comum haver pelo menos duas quebras por dia, o que dificulta a regularidade”, expõe.
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COM A MINIATURA da Williams-Renault que Senna disputou o campeonato de 1994 e acabou morrendo, aos 34 anos, batendo a 200 km/h na curva Tamburello
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Para muitos dos amantes do automobilismo, 2014 é um ano emblemático, porque também se recorda do 20° aniversário da morte de Ayrton Senna. E no quarto de Ígor, numa estante junto à cama, a imagem do ídolo está bem viva: ali ele preserva a miniatura da Williams com que corria o tricampeão mundial de Fórmula 1 no fatídico 1° de maio de 1994, em Ímola. De controle remoto e movida a gasolina, a réplica foi adquirida e montada pelo pai quando Ígor ainda nem havia nascido, sendo-lhe, ao que tudo indica, ótima inspiração, já que a menos de dois metros dela uma prateleira abriga as dezenas de troféus conquistados pelo menino em competições mundo afora, desde quando se iniciou no kart, aos três anos de idade. Piloto da equipe Della Barba Racing e patrocinado pela Localíder Rent a Car, Annel Distribuidora e Êxito Rent a Car, Ígor Fraga não esconde que seu grande sonho é conquistar lugar no cockpit de um Fórmula 1. Mas, para isso, ainda terá que galgar outro degrau importante, a Fórmula 3. “Aí, a emoção é bem próxima” – explica o piloto, que andando com o F-1600 em Interlagos sente que poderia pisar bem mais fundo, embora o limite da categoria seja de 200 km/h. “Como o circuito foi feito para a Fórmula 1, a gente percebe que o carro fica devendo marcha nas retas”, descreve. “Um F-3 atinge quase 300 km/h, enquanto na Fórmula 1 a média é ligeiramente acima, de 340 km/h. O recorde, alcançado em Monza, foi de 370 km/h”, detalha. Ígor explica que como no kart não há suspensão e o carro anda colado no chão, o piloto sente bem mais as vibrações, além do fato de ter uma curva atrás da outra, sem retas longas para descansar. “O kart oferece um excelente aprendizado para a Fórmula 1, porque tem Ag o sto a O ut ub ro 2 0 1 4
NO KART, vitórias e vitórias desde a mais tenra infância
acelerações e frenagens muito rápidas, a sua velocidade de curva também é muito alta e a força da gravidade pode até ultrapassar 3G”. Contudo, na F-1600 ele tem experimentado importante aprendizado com relação à regulagem de suspensão, cambagem e convergência. “Tudo isso interfere no desempenho do carro, pode representar uma vitória numa competição muito acirrada. Por exemplo: quando a suspensão está dura o carro quica mais. Então é necessário esvaziar o pneu pra tentar fazer o trabalho da suspensão. Mas, nisso o pneu dobra e a velocidade de curva cai. Daí o valor da precisão do ajuste”. Respirando permanentemente velocidade, enquanto não está na escola regular, em aulas de inglês ou ao volante do F-1600 Ígor anda de skate, cuida do físico, se exercita em estudos do automobilismo. Outra atividade prática é um simulador de que dispõe numa saleta paralela ao seu quarto. O piloto confessa que, ali, Interlagos não era uma de suas pistas favoritas. Mas, depois de bater na trave algumas vezes e, enfim, vencer no autódromo de verdade, confessa: “Triunfar na pista é sensacional, muito gostoso. Sempre sonhei em andar em circuitos assim e agora que estou conseguindo alcançar esse objetivo, meu propósito é batalhar para chegar mais longe”. Na sétima etapa da F-1600, depois de fazer a pole Fraga perdeu a ponta na largada, caindo para a terceira colocação. Porém, na reta oposta já reassumiu a dianteira para não perdê-la novamente. A partir daí o piloto começou a abrir em relação aos adversários e avançou 34 segundos, deixando a briga pela segunda colocação - que só terminou na última volta – para outros quatro perseguidores.
AUTOMOBILISMO Nascido em Kanazawa, província de Ishikawa, no Japão, Ígor Fraga é um ipatinguense “de coração”, já que tem os pais radicados no Vale do Aço, de onde saíram há duas décadas, recém-casados, para se aventurarem no mercado de trabalho oriental. Ele é filho da intérprete Diana Omura e de Fabrízio Fraga, especialista em automação industrial, formação que, aliás, o piloto também está buscando, no Colégio Padre de Man. O casal iniciou sua jornada profissional em solo japonês como dekassegui, sendo que nos últimos oito anos no país montou sua própria empresa. O pai do garoto sempre teve paixão por aviões e assim é que o levava nas apresentações de acrobacias, além de visitar com ele todos os meses o Museu do Avião de Tokorozawa, a menos de uma hora de Tóquio. “Sempre fui apaixonado por carros desde pequeno e meu pai me levou a uma pista de kart pela primeira vez quando tinha três anos. Foi paixão à primeira vista. Alguns meses depois, ganhei um kart de presente. No começo era apenas uma diversão em família, nos finais de semana. Mas comecei a andar bem e as
coisas foram fluindo desde então”, recorda Ígor, que acabou conquistando vários campeonatos no Japão e também se tornou campeão asiático. Ele ainda acrescenta: “Gosto de carros em geral, principalmente os esportivos japoneses. Desde cedo meus brinquedos, desenhos, videogames, tudo era relacionado a carros”. Embora reconheça que há riscos reais no automobilismo, Ígor observa que havendo respeito entre os pilotos durante a disputa esses riscos diminuem bastante. “Acima de tudo eu respeito também a vida e não pensem que por isso sou um competidor fácil de ser vencido. Sei bem meus objetivos e sou muito dedicado para alcançá-los. Acredito que os títulos que conquistei podem falar por mim”, resume ele, que nesta nova fase ainda tem o privilégio de conviver de perto com gente como o ex-piloto de Fórmula 1 Roberto Pupo Moreno e o Tchê, amigo e preparador do Ayrton Senna quando corria de kart. “É muito emocionante poder estar com pessoas que já vivenciaram ou até mesmo participaram da história do automobilismo brasileiro e até mesmo mundial”, conta.
TÍTULOS CONQUISTADOS 2004 • Campeão do Kids Karting World Biwako Cup – Japão 2005 • Bi-Campeão do Kids Karting World Biwako Cup – Japão • Campeão do Kids Kart Kansai Cup - Japão 2006 • Campeão do Mini Rok Biwako Cup - Japão • Campeão do Mini Rok Inagawa Cup - Japão
CURTINDO A glória precoce, com os pais Fabrízio e Diana
ÍGOR com o pai Fabrízio: paixão pelos aviões
A PRATELEIRA recheada de troféus, no quarto de Ígor
2007 • Bi-Campeão do Mini Rok Biwako Cup - Japão • Bi-Campeão do Mini Rok Inagawa Cup - Japão • Campeão do Mihama Series - Japan na categoria Mini Rok, prova única onde se reúne todos os campeões da Ásia • Vice-Campeão do Macau International AKOC em Macau – China • 13° colocado no mundial da categoria em Lonato – Itália, campeonato que reuniu 420 pilotos de todo o mundo. (Obs. Igor Fraga conseguiu uma licença especial, devido excelentes resultados, para participar da prova aos 8 anos de idade. A idade mínima por regulamento era de 10 anos). 2008 • Tri-Campeão do Mini Rok Biwako Cup - Japão • Campeão do AKOC (Asian Karting Open Championship) disputado em Macau, Filipinas, Indonésia, Tailândia, China - Ásia
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