Revista atitude 17ª edição

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Nov 2015/Jan 2016 Ano IV • Nº 17 R$ 10,00

TIJOLO ECOLÓGICO A revolucionária alvenaria que protege o meio ambiente, valoriza a arquitetura e ainda gera uma economia de até 40% nas construções

4 ANOS DEPOIS Como vive o bebê que sobreviveu milagrosamente a chacina com 4 mortos

ANÁLISE CONJUNTURAL Dr. Mário Márcio ESCREVE:

OS BANDIDOS QUE FABRICAMOS

A RECEITA DA MAIOR GOIABADA DO MUNDO




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CARTA AO LEITOR

A volta dos canibais Assim como a opulência, muitas vezes, gera soberba e insensibilidade no ser humano, tornando-o incapaz de comover-se com a dor alheia, a escassez também pode funcionar, paradoxalmente, como gatilho para anestesiamento do altruísmo. Há relatos de que, em meio a prolongadas assolações decorrentes de fatores climáticos ou mesmo da índole ambiciosa/beligerante de alguns povos da antiguidade, mães chegaram ao extremo de devorarem os próprios filhos. O que sinaliza que a linha divisória entre o pudor e a irracionalidade é meramente subjetiva, não havendo paredes visíveis a darem proteção aos circunstantes sequer no ambiente intrafamiliar, em tempos de dificuldades. Infelizmente, sobretudo nas crises, palavras empenhadas, contratos ou assinaturas, códigos de ética e conduta têm pouco ou nenhum valor. E

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esta talvez seja a má notícia dos nossos dias. O cuidado deve ser redobrado até com supostos amigos com os quais eventualmente possamos cruzar numa pinguela onde só cabe um. Mas nem tudo está perdido, afinal. É também nesses momentos de adversidade extrema que emergem altaneiras as pessoas capazes de fazer diferença em meio às obscenidades que futilizam a vida. Nosso desafio é nos redescobrirmos como gente, provar que o homem pode ser muito mais que apenas lobo do próprio homem, criado para valorizar o outro, respeitar, dignificar o seu igual. ATITUDES coerentes são cada vez mais necessárias. E é pelo que lutamos, numa espécie de contracultura que se opõe terminantemente à lógica tirana da sobrevivência a qualquer preço.

DIRETOR E EDITOR-CHEFE Luiz Carlos Kadyll Registro Profissional - JP 00141/MG (31) 98586-7815/3824-4620 REPORTAGENS Luiz Carlos Kadyll kadyll.revistaatitude@gmail.com Alexandre Paulino alexandre.revistaatitude@gmail.com Janete Araújo janete.revistaatitude@gmail.com FOTOGRAFIAS Luiz Carlos Kadyll, Joey Clay, Wellington Fred, Di vito, Rodrigo Ávila, Nilmar Lage, Helena Wolfenson e Fernando Trancoso DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL Fábio Heringer ASSISTENTE DE ARTE Ellen Villefer de Carvalho Almeida ellen.revistaatitude@gmail.com DIRETORA COMERCIAL Edileide Ferreira de Carvalho Almeida edileide.revistaatitude@gmail.com (31) 98732-8287 COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Ed Carlos, assessoria de Comunicação da Cenibra, Dr. Mário Márcio ENDEREÇO POSTAL R. Bororós, 125 - Jardim Panorama Ipatinga - Minas Gerais CEP: 35162-034 PARA ANUNCIAR: (31) 98732.8287 - 3824.4620 TIRAGEM 3.000 exemplares

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LUIZ CARLOS KADYLL Editor-chefe

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SUMÁRIO

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SOBREVIVENTE DE UMA TRAGÉDIA Letícia (na foto, com o pai Hermes e a irmã Alice), a recém-nascida que levou um tiro na cabeça, à queima-roupa, hoje tem 4 anos e contraria todas as previsões médicas.

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TUDO É POSSÍVEL A edificante história de recuperação do estudante Pedro Pimenta, que perdeu os dois braços e as duas pernas, mas não desistiu de lutar.

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DOCE GIGANTE Como foi feita - e quantas pessoas puderam experimentar - a maior goiabada do mundo, fabricada em Conselheiro Pena.

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REVOLUÇÃO NAS CONSTRUÇÕES As fantásticas propriedades do tijolo ecológico, já fabricado no Vale do Aço, símbolo de beleza, economia e praticidade nas obras.

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APOSENTADORIA Idade, tempo de serviço ou fator previdenciário? Veja qual é o modelo que é mais interessante para a sua situação.

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MEMÓRIAS DE UMA TRAGÉDIA

A sobrevivente

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HERMES COM LETÍCIA, sorridente e ativa, após quatro anos: “Preferia que ele tivesse atirado em mim”, desabafa o pai

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Quatro anos depois, ainda resiste heroicamente a garotinha recém-nascida que escapou de manhã de terror mesmo alvejada na cabeça, à queima-roupa, com bala dundum. Amante inconformado com fim de relacionamento matou três e tirou a própria vida.

Mais de quatro anos já se passaram desde que um homem enfurecido, ardendo em ciúmes, entrou numa residência do bairro Ayrton Senna, em Ipatinga, e atirou à queima-roupa contra a cabeça de uma menina recém-nascida. Nesta mesma casa, naquela manhã de 2 de agosto de 2011, também seriam metralhadas sem qualquer chance de defesa a mãe do bebê, uma irmã (ex-mulher do atirador) e um irmão dela. O curioso é que os tiros contra os adultos, que atingiram regiões teoricamente menos delicadas – rosto, braço e virilha –, teriam menor probabilidade de levar as vítimas a óbito. Ao contrário da garotinha, cujo crânio foi semi-esfacelado. Contudo, como que por milagre, só ela sobreviveu à fúria do assassino, que afinal acabou tirando a própria vida pouco depois, ao se dar conta da paranóica carnificina que havia produzido. O homicida era Vantuil Luís Soares, 41 anos, o ‘Vantinho’, dono de um sacolão no município de Pingo D’água, a 48,5 km de Ipatinga. Ele já fora casado e era pai de dois filhos, ambos dessa relação. A companheira que decidira deixá-lo, igualmente, vinha de um casamento desfeito e já era mãe de uma filha, herança do marido original. Até então, Vantuil era tido como um cidadão comum, cujo comportamento não alimentava qualquer suspeita quanto a traços de psicopatia. Natural de Caratinga, aqueles que conviviam com ele atestam que “conversava manso, não bebia, não fumava, não usava drogas”. Apenas, estaria inconformado com o fato de sua companheira resolver se desligar dele. Por causa disso, dizem que ele chegou a comentar com algumas pessoas em Pingo D’água que seria capaz de fazer o que fez e inclusive teria rondado o local da tragédia, algumas vezes. “Mas ninguém me avisou, só depois vieram me contar” – lamenta Hermes, chefe da casa onde a barbárie se consumou. “Se ele era agressivo com minha cunhada, era entre os dois, nunca o vi bater nela. Quando eles vinham a Ipatinga, mesmo ela tendo outros irmãos aqui, ficavam era na nossa casa” – completa. Malvina Souza, 33 anos, o pivô do massacre, viajara de Pingo D’água para a casa da irmã, Elizabeth Ferreira Lima Bonfim, de 29, a fim de auxiliá-la no resguardo. Esta dera à luz o bebê Letícia, apenas 25 dias antes. E também morava ali o irmão mais novo das duas (filho de criação de Elizabeth e seu marido), Júnio de Lima, 19, que se tornaria outro alvo mortal de Vantuil. N ov 2 0 1 5 /J a n 2 0 1 6

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UMA DOR INSUPERÁVEL

“É como se fosse ontem, meu psiquiatra adverte que o trauma parece irreversível” – diz Hermes Chaves Bonfim Filho, 42 anos, viúvo de Elizabeth. Na ocasião do múltiplo assassinato, ele era vendedor de uma companhia telefônica. Dava assistência aos pontos de venda na área card. A esposa, por sua vez, gerenciava uma loja de confecções com vendas no atacado. “A gente sabe que Deus é maior – continua ele –, mas as lembranças, os flashes, as recaídas vêm a todo momento. Hoje eu não me vejo mais em condição de trabalho. Não que eu não queira. Gostaria de estar levando minha vida normal, como eu sempre levei, mas infelizmente não dá mais”. Para se distanciar ao menos geograficamente do

palco da tragédia, Hermes mudou de bairro e, além do apoio médico, conta com a ajuda de uma irmã que deixou tudo em sua terra natal para dar suporte a ele e suas crianças. Alice, a primogênita do viúvo, tinha dois anos quando houve a chacina. Levada para uma creche minutos antes, também escapou da morte, assim como o pai, que já saíra para um compromisso de trabalho. Hermes lembra que no dia do crime ele despertou bem cedo, antes das 7h, e colocou Alice numa van que a levaria ao berçário. Depois, seguiu em direção a um bairro vizinho, onde deveria se encontrar com supervisores da empresa em que trabalhava. Eles estavam hospedados num hotel e, como ainda não haviam descido para o café, ficou aguardando numa banca de revistas próxima.

14 LETÍCIA com a irmã Alice, que escapou por pouco da chacina, quando tinha apenas dois anos

DA ESQUERDA PARA A DIREITA, as vítimas atacadas pelo comerciante: Júnio, Malvina, Letícia e Elizabeth

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MEMÓRIAS DE UMA TRAGÉDIA

O CORPO DE JÚNIO foi encontrado estendido na sala

APÓS A CHACINA, Vantuil fugiu pela estrada que liga o distrito de Revés do Belém a Pingo D’ Água, onde foi encontrado morto dentro do Gol que dirigia. O carro permanecia com o motor ligado e no colo do motorista estava a arma do crime, um revólver 38

O vendedor continua narrando: “Enquanto conversava com um rapaz na banca, meu telefone tocou. Era minha mulher. E ela dizia: ‘Hermes, onde você está? O Vantinho tá chamando aqui fora, vem cá atender ele. Estou com dor de cabeça e nem consigo sair da cama. Não dormi nada. A Letícia chorou a noite toda com dor de barriga. Atende ele aqui até a gente levantar’”. O vendedor refletiu por um instante, já que faltava pouco mais de meia hora para o início do expediente comercial. Mas, enfim, voltou à sua casa, ainda a tempo de ver Vantinho descendo a rua, de carro. Supôs que o visitante estivesse indo embora depois de ninguém ter atendido a porta. “Deve ter chamado, chamado e ninguém atendeu, pensei”. Hermes diz que chegou a gritar o nome dele sem, contudo, ter conseguido pará-lo. Foram dois minutos após o crime, no máximo. “Meu menino (de criação)

também estava dormindo. Era frentista e só iria trabalhar às 14h. Ainda subindo a rua, vi que ele estava me ligando, mas como eu já estava praticamente na porta de casa, encostando a moto, não atendi”. Logo ao abrir a porta da sala, Hermes deparou-se com as primeiras tintas vermelhas do quadro de horror. Viu o rapaz atirado e correu para ampará-lo. “Ele morreu nos meus braços” – contou, para acrescentar em seguida que ao seguir adiante lá estavam as outras vítimas ensanguentadas. “Ele atirou com bala dundum (projétil com maior poder de destruição, que expande o ferimento e se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes - o que normalmente não acontece com uma bala comum). O mais apavorante foi ver os miolos de minha filha recém-nascida espalhados pela cama”, conta, transtornado.

A CASA ONDE ocorreu a carnificina, cercada por curiosos: a crueldade do múltiplo assassinato chocou a todos

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MILAGRE

Inerte e indefeso, o bebê foi o último a ser assassinado. Vantuil matou primeiro a mulher que decidira deixá-lo após dois anos. Foi ela que se levantou e abriu a porta. Aos brados, começaram a discutir e ele disparou, atingindo-a num dos braços. A bala atravessou a barriga e chegou à região das nádegas. Naturalmente, os outros foram intervir. E o comerciante então alvejou o rosto do rapaz e em seguida baleou a esposa de Hermes na virilha. Ainda segundo o vendedor, o laudo pericial atestou morte instantânea para Júnio e Letícia. No entanto, quando a funerária já apanhava o corpo da garotinha, ela chorou. “Ouço contar sobre milagres, vejo relatos

Uma família de 18 irmãos

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Letícia chama de mãe a irmã de Hermes que deixou casa e serviço para ajudá-lo a cuidar de si e de suas duas filhas menores. Alice, hoje com seis anos, também é importante na recuperação da caçulinha, cobrindo-a de afagos e dialogando com ela, apesar do olhar triste que denuncia ter sido emocionalmente afetada pela tragédia. Vindo da cidade de Jequitinhonha, na região mineira do mesmo nome, Hermes Chaves Bonfim Filho é o caçula de uma família de 18 irmãos, dos quais apenas 11 ainda vivem. Uma das coisas que mais o incomodam é não poder mais cumprir as atividades a que estava acostumado para o sustento doméstico. “Eu comecei a trabalhar muito cedo, aos 13 anos. Minha carteira foi assinada pela primeira vez com 16 anos. Sempre trabalhei. Cheguei ao Vale do Aço em 1989. Vim só. Depois de dois anos trouxe mais três irmãos para morarem comigo, que a minha terra é um lugar bem sofrido, onde não é tão fácil conquistar aquilo que a gente almeja. A partir desse incentivo inicial, cada qual tomou o seu rumo. Em meados de 1992, as coisas foram ficando difíceis também por aqui e assim alguns acabaram voltando”, relata.

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na TV sobre eles, e quando constatei que ainda havia vida em Letícia eu vi que não poderia mais ter dúvida de que eles de fato existem. Um sargento – com o qual me relaciono até hoje e vive perguntando sobre o estado de saúde da minha filha – resolveu assumir a responsabilidade. Pegou a menina nos braços, arranjou um motorista e mandou correr para o hospital. Nem o SAMU queria levar”, relembra, agradecido ao policial, atualmente lotado no município de Açucena. A mulher de Hermes também chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. Antes, ainda teve tempo de suplicar ao marido: “Cuida da Tchuquinha, cuida da Tchuquinha” (como Alice já era carinhosamente chamada).

Contrariando a medicina Desde que foi atendida no hospital pela primeira vez, em estado de emergência extrema, a vida de Letícia tem sido uma história de sucessivos milagres, segundo o pai da garota. “Logo após a internação, o médico tirou as esperanças: ‘Tentei operar, mas não foi possível. Daqui a uma hora ela vai morrer’”, teria predito. “Acontece que cada dia que passa é um capítulo de superação. Ela já passou 30 vezes pelo bloco cirúrgico. Muitas vezes, já ouvi a sentença: ‘Sua filha não passa de hoje’. Mas ela continua respirando e quebrando conceitos, desafiando os prognósticos não muito animadores de pessoas leigas e mesmo de alguns especialistas”. Além de sobreviver heroicamente à agressiva lesão que significou nada menos que a destruição de metade de sua massa encefálica, Letícia vai desmentindo também todas as teorias médicas quanto às seqüelas que se derivariam do limitado cérebro remanescente. Ela não deveria falar, mas pronuncia muitas palavras; não deveria enxergar, mas enxerga. Não chega a andar com desenvoltura, mas os membros inferiores não se atrofiaram e se movimentam, embora também houvesse uma previsão de que ficaria tetraplégica. – As crises vêm e se repetem, ainda não estão extintas, é verdade. Mas o apoio dos médicos tem sido extraordinário, assim como há solidariedade de muitas pessoas de bom coração na nossa comunidade – atesta Hermes, que no mês de outubro já se movimentava para levar Letícia a nova cirurgia. Contudo, foi quando se descobriu que agora ela também enfrenta uma diabetes. O pai de Letícia observa que a bala afetou todo o lado esquerdo da cabeça da menina e, cientificamente, não há explicação para tantos progressos em seu estado de saúde. Com indignação, ele recorda que certa senhora que também tinha um filho enfermo no hospital chegou ao disparate de lhe pedir as latas de leite em pó que a garota havia recebido em doação, já que “ela vai morrer mesmo”... Infelizmente, o filho dela morreu – revela Hermes. E Letícia resiste. – Isso aqui a gente faz por fazer, mas... – teria lhe dito um médico, noutra ocasião, explicando que os neurônios destruídos não se refazem.

DOAÇÕES EM BENEFÍCIO DE LETÍCIA Ag.: 0118 - Conta: 83854-7 - Poupança da Caixa


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BRILHANTE ADELE

US$ 200 mil por minuto Fenômeno inglês da música não foge à regra dos super astros mergulhados em fortes crises existenciais. Mas sua voz, de fato, vale ouro.

A cifra parece impressionante? Pois isso foi há dois anos. Hoje, como se diz, são “outros quinhentos”. A magnata sul-africana Vivian Imerman contatou Adele na intenção de contratar um show para o casamento de uma de suas filhas, em 2013. Ficou chocada: já naquela ocasião, Adele cobrava US$ 200 mil por minuto. A apresentação custaria US$ 4,5 milhões. Por conta do preço ‘salgado’, Vivian decidiu desistir, mesmo depois de haver pago também muito dinheiro para Amy Winehouse se apresentar no casamento da filha mais velha, que subira ao altar três anos antes. Com apenas 27 anos, Adele Laurie Blue Adkins cantora, compositora e multiinstrumentista nascida em Tottenham, Londres, continua brilhando como fenômeno dos fenômenos da música, a ponto de já superar recordes de Michael Jackson, Whitney Houston, Madonna e Beyoncé. Já são nada menos que dez Grammy Awards desde que alcançou o auge da carreira com o álbum “21”, o sucessor de “19” (ambos uma alusão à idade da artista nas ocasiões).

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A ARTISTA vive desde 2011 com o empresário Simon Konecki (E), dono de uma ONG de limpeza e distribuição de água

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O sucesso estrondoso fez Adele receber várias menções no Guiness Book, por ser a primeira mulher a ter ao mesmo tempo dois singles (“Rolling in the Deep” e “Someone Like You”) e dois álbuns (19 e 21) simultaneamente no top 5 das paradas britânicas, fato que só os Beatles haviam alcançado em 1964. Uma cirurgia nas cordas vocais em 2011 – que a obrigou a longo período de repouso – não comprometeu a potência da artista, ao contrário. Assim é que passou a integrar a lista das celebridades com menos de trinta anos mais bem pagas e bem sucedidas do planeta. De acordo com o Sunday Times, há quatro anos consecutivos Adele é a cantora mais rica com menos de 30 anos no Reino Unido. Hoje tem uma fortuna estimada em 50 milhões de libras (aproximadamente 226 milhões de reais).

VIDA PESSOAL

Primeira e única filha de uma adolescente que foi abandonada pelo então namorado quando ela tinha três anos, Adele foi criada então pela mãe, sem qualquer relacionamento afetivo com o genitor. Começou a cantar já aos quatro anos, citando o extinto grupo pop Spice Girls como grande influência para a paixão pela música. Aos nove e aos onze anos, Adele e sua mãe se mudaram sucessivamente, até se instalarem no sul de Londres, região que a inspirou no sucesso “Hometown Glory”, do álbum 19. Até alcançar o estrelato, entre os dezesseis e dezoito anos, Adele trabalhou como atendente no café de sua tia, em Londres, dividindo o tempo com os estudos musicais. Em 2006 gravou três demos de música e as deu a um amigo, que postou no MySpace. Foi o ponto de partida para ganhar o mundo. Sua carreira de sucesso nos EUA começou após uma apresentação no programa Saturday Night

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Live. O programa acusou sua melhor audiência em 14 anos, com 17 milhões de telespectadores. Durante o verão europeu de 2008, Adele começou uma relação com Slinky Sunbeam (que possivelmente inspirou a criação do álbum 21), mas em 2009 o namoro acabou. Desde 2011 ela está com o empresário Simon Konecki, dono de uma ONG de limpeza e distribuição de água. Tiveram juntos o garoto Angelo, cuja gravidez foi anunciada em 2012. Em fevereiro deste ano, ela se mudou para uma mansão avaliada em 6 milhões de libras no interior da Inglaterra. A casa já foi habitada por Paul McCartney. Em agosto, Adele declarou ter mudado o seu estilo de vida radicalmente. Emagreceu trinta quilos, depois de deixar de comer carne e alimentos processados e beber refrigerantes. Diz que quer continuar a dedicar-se ao companheiro, Simon Konecki, e ao filho, e deixar a carreira para segundo plano. A artista teria recusado recentemente uma oferta milionária de 80 milhões de libras (cerca de 110 milhões de euros) para promover o seu novo álbum. O álbum “25” foi anunciado em outubro e já explode por todo o mundo. Em carta aberta, Adele explicou um pouco o conceito. Segundo ela, “21” foi sobre uma desilusão amorosa e “25” fala sobre conhecer a pessoa que ela se tornou sem nem perceber. “Fazer 25 anos foi um ponto de virada para mim. Estar no limite entre ser uma adolescente em idade avançada ou uma adulta completa me fez decidir ser quem eu serei pelo resto da vida sem um caminhão de mudança lotado com minhas velharias. Eu sinto falta de tudo do meu passado, o bom e o ruim, mas apenas porque não posso voltar atrás. Quando eu estava lá, queria sair. Tão típico”, disse, expondo seus conflitos existenciais. Não por acaso, ela define seu estilo musical como “A alma do coração partido”.


DIVULGAÇÃO COM ARTE

RAQUEL, como ela própria, e encarnando Flora Manga, boneca de pano que sai de dentro de uma mala apertada e incrementa o storytelling com técnicas de clown, contorcionismo, circo e música

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O magnetismo do ‘storytelling’ empresarial Com criatividade e resultados, marketing de engajamento ganha cada vez mais espaço

Há um consenso entre os analistas de marketing: vivemos numa época de mudanças de hábitos. A quantidade de informações a que uma pessoa é submetida nos dias de hoje, assim como a facilidade de encontrá-las e compará-las é algo revolucionário na história humana. Por esse motivo, as empresas antenadas buscam se destacar e investir em inovação, percebendo que para serem duradouras precisam fazer sua marca dialogar com o público: em síntese, criar uma relação de afeto com ele. É nesse contexto que a arte da contação de histórias aplicada ao ambiente dos negócios vai ganhando espaço, funcionando como uma ponte eficiente para a aproximação de empresas e consumidores.

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ABRILHANTANDO a comemoração dos 40 anos da Clínica São Judas Tadeu

O STORYTELLING EMPRESARIAL

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A arte de contar histórias é algo que existe desde tempos imemoriais, funcionando como instrumento lúdico de perpetuação da cultura e construção de sonhos, além da difusão de valores. O aprimoramento dessa tradição ancestral no marketing é o que se chama de “Storytelling”. “Com objetivos mercadológicos, composição de imagem e engajamento, o storytelling reúne as histórias de uma empresa, maximiza seu potencial e conecta-as com pessoas, motivando, estimulando sua imaginação, aflorando a sensibilidade, a criatividade e senso de pertencimento”, explica Raquel, ou Flora Manga, o nome artístico adotado por uma conceituada profissional que vem atuando neste segmento de trabalho, no Vale do Aço. Flora advoga uma convicção: “Quando falamos em histórias, não há dúvida de que os contos clássicos são eternos e atemporais. E são com eles que aplico o storytelling dentro das empresas, utilizando a fórmula das fábulas, mitologia e literatura universal para engajar e criar laços de afeto com a marca ou valores institucionais”. Há quase sete anos no mercado, Flora Manga se especializou em história aberta, “uma técnica de narrativa de improvisação e ressignificação de objetos. O público participa ativamente das histórias e encara, por analogia, suas próprias vitórias e desafios cotidianos”, ela explica. A história aberta ganha um tempero extra quando Raquel encarna a personagem que lhe rendeu o nome artístico: “A Flora Manga é um dos meus produtos mais impactantes. É uma boneca de pano que sai literalmente de dentro de uma mala apertada e incrementa o storytelling com técnicas de clown, contorcionismo, circo e música”, detalha. A força do carisma e magnetismo pessoal da Flora

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facilita o estabelecimento imediato do que em psicologia se chama de ‘rapport’: a criação de laços de empatia e sintonia com as emoções das outras pessoas. Suas apresentações são calorosas e o contato próximo e íntimo com o público torna cada apresentação uma experiência inesquecível e marcante.

TRAJETÓRIA

Foi na Universidade Federal de Minas Gerais, onde se graduou, que Raquel utilizou pela primeira vez a contação de histórias em um projeto de iniciação científica que estudava a infância e a cidade. “Após me formar, trabalhei numa escola de Campinas-SP, onde o espaço de educação física era um circo. Isso mesmo, a escola possuía um circo e todas as minhas aulas eram historiadas. Ali me aprofundei ainda mais na contação de histórias. Mas foi em Ipatinga, no SESI-FIEMG, onde trabalhei, que descobri a contação de histórias como profissão. Então, após entrar no grupo de empreendedorismo cultural do SEBRAE, do qual participo há três anos, me especializei e criei uma empresa onde aplico o storytelling como marketing motivacional”, destaca. A Flora Manga atende empresas, instituições públicas e privadas, já tendo sido contratada pela Copasa, Cenibra, SEBRAE, Colégio São Francisco Xavier, Usiminas, Clínica São Judas Tadeu, Instituto Cultural Usiminas e FIEMG, entre outros. Algumas das performances mais notáveis foram realizadas na abertura de palestras de celebridades como Paulo Henrique Amorim (Record), Luíza Trajano (presidente da Magazine Luíza) e Caco Barcelos (Globo).

SERVIÇO Para entrar em contato com a Flora Manga, basta acessar o site www.floramanga.com.br ou agendar uma reunião pelo telefone (31) 98711.0706.


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EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

Vigor biônico 22

Rapaz que perdeu braços e pernas venceu o fantasma da depressão e cursa faculdade de economia

Paulista, de uma família de classe média, Pedro Pimenta era, segundo ele mesmo diz, “saudável, estudioso, esportista e baladeiro”, o retrato de muitos adolescentes aos 18 anos, na plenitude de sua energia física. Estava pronto para prestar vestibular quando, em 11 de setembro de 2009, foi internado e diagnosticado com meningococcemia - infecção generalizada causada por bactéria, uma forma fatal de meningite que se espalhou por sua corrente sanguínea, sem que ninguém soubesse de onde veio. Os médicos lhe deram apenas 1% de chance de sobrevivência. Contra todas as possibilidades, o paciente agarrou-se ao pequeno fio de esperança e manteve-se com o coração pulsante. Mas a doença cobrou um preço alto. Foram amputados os dois braços, acima do cotovelo, e também as duas pernas, acima do joelho. Você poderá dizer: coitado, de qualquer modo, a vida acabou para ele. Pois, dez meses depois, nunca mais o rapaz sentou numa cadeira de rodas. Pedro mora sozinho na Flórida, Estados Unidos, onde faz faculdade de economia, e mantém-se muito ativo. “Essa bactéria não é rara e nosso corpo a elimina, mas o meu sistema imunológico estava muito baixo”, explica Pedro. No hospital, ele N ov 2015/ Ja n 2016


ATÉ DE COMPETIÇÕES de triatlo (natação, ciclismo e corrida) ele já participou, retirando as próteses na parte da água

ficou em coma induzido por uma semana e, quando acordou, deparou-se com uma dura realidade. “Quando abri os olhos meus braços e pernas estavam gangrenados. Num dia sou um cara de 1,80m, no outro meus membros estavam apodrecidos. Foi um choque”, admite ele, que teve que fazer enxertos tirando pele da barriga para colocar nas pernas. Mas nada desanimou o rapaz. “Quando acordei do segundo coma, perguntei sobre o show do AC/DC que teria em São Paulo. Minha família já tinha comprado ingressos duas semanas antes. Consegui a liberação do meu médico para ir de ambulância e voltar imediatamente - isso dois meses depois da cirurgia. Isso me deu mais energia para suportar o resto”, recorda Pedro. “Fui condenado a uma vida na cadeira de rodas, sem ter independência. Uma das coisas que me ajudou muito naquele instante foi estudar música eletrônica no hospital, no computador. Eu conseguia mexer com os restos dos braços. Até ganhei um concurso internacional de remixes. Não tive depressão porque tracei metas para manter minha cabeça distraída”, avalia.

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PRAZER DE SERVIR

PEDRO CONTA que começou a se libertar da cadeira de rodas assistindo vídeos de amputados “que andavam uma barbaridade”

TREINANDO COM AS PRÓTESES

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A ‘nova vida’ de Pedro Pimenta, com próteses, começou em 2010, seis meses depois de sair da internação. Ele detalha: “Comecei a assistir vídeos de amputados que andavam uma barbaridade. No fim, sempre via o logotipo de uma empresa e, então, refleti – ‘poxa, eu sou um baita cliente para uma empresa de próteses!’ Conheci o vice-presidente da empresa e comecei a fazer um tratamento em Oklahoma (EUA), o mesmo que era oferecido a ex-soldados feridos do Iraque e Afeganistão que viviam sem cadeira de rodas. Ele me disse: ‘Você tem que se adaptar ao mundo e não o contrário’. Isso mudou minha vida. Foi um treinamento bruto e saí de lá muito mais forte. Desde dezembro de 2010 não uso mais cadeira de rodas. Se você quer chegar a esse nível tem que ser uma pessoa regrada, porque gastamos cinco vezes mais energia do que uma pessoa normal para andar”, explica. Pedro lembra que quando entrava num restaurante ou lugares públicos fazendo tudo sozinho, as pessoas olhavam para ele com ar de admiração. E foi assim que começou a receber convites para dar palestras, até mesmo em outros países. Em 2012 ele se mudou para a Flórida para fazer faculdade de economia e até conseguiu uma namorada. Hoje, dirige carro sem adaptação, escova os dentes, faz sua própria comida, enfim, vive uma vida relativamente normal. “No início – acrescenta Pedro – eu colocava minhas próteses em 40 minutos. Hoje, consigo em cinco minutos. Cheguei num nível de independência que não poderia imaginar”, confessa, para brincar em seguida que vê mais problema em subir escadas que para encontrar namoradas. “Arrumei uma namorada muito rápido e isso é como você se enxerga, tendo ou não mãos e pernas”, afirma. N ov 2015/ Ja n 2016

O que mais mudou dentro de você? – ATITUDE pergunta. “Hoje sou um cara mais atento às dificuldades alheias, ao sofrimento do outro. Quero fazer algo filantrópico. Tenho muito prazer quando sirvo de mentor a outro amputado, por exemplo. Isso para mim é uma missão de vida, servir de referência para as pessoas. Na minha casa não tem nada adaptado. Lavo, cozinho, limpo a casa e, em vez de ficar desesperado e mandar tudo para o inferno, quebrei tudo em desafios pequenos. Uso a mentalidade para me considerar um cara normal e dizer não às adaptações. Nunca fiz terapia na vida”, diz, com orgulho. De todo modo, Pedro adverte: “Que ninguém se engane: apesar do curto espaço de tempo — apenas cinco anos — esse foi um processo árduo repleto de momentos de medo, insegurança e muita dor. Encaro meus braços e pernas como ferramentas que perdi. Elas foram substituídas por outras que não funcionam tão bem, mas que me possibilitam fazer quase tudo que fazia antes. De modo diferente, mas que de forma alguma condicionam a minha felicidade. Minha vida é uma luta diária, acompanhada sempre pela dor. Não mato um leão, mas um zoológico por dia. Em vez de me entregar à tristeza, penso em como posso dedicar ainda mais tempo e esforço para avançar com meus projetos e planos”. Especialistas destinavam Pedro a uma vida na cadeira de rodas, dizendo que nenhum outro amputado em sua situação obteve sucesso em viver uma vida com quatro próteses. Mas até de competições de triatlo (natação, ciclismo e corrida) ele já participou, retirando as próteses na parte da água. Ele nada periodicamente e faz academia todo dia. E foi para tentar edificar outras pessoas que escreveu o livro ‘Superar é Viver’ (Leya).

O RAPAZ mora sozinho na Flórida, onde faz faculdade de economia


PEDRO vê mais problema em subir escadas que encontrar namoradas

Movido por um “propósito” “Quando saí do hospital, após quase seis meses internado e sem partes dos braços e pernas, os prognósticos eram terríveis. Cadeira de rodas e um cuidador ao meu lado eram itens indispensáveis para eu fazer as atividades básicas do dia-a-dia. Os motivos segundo os quais eu não teria condições de viver uma vida normal andando com as próteses e sem cadeira eram vários: para caminhar, por eu ter perdido as pernas acima dos joelhos, gastaria de três a cinco vezes mais energia do que antes das amputações; pelo fato de eu ter enxertos de pele nas pernas, minha pele não aguentaria o uso intenso e extenso das próteses. Não havia qualquer notícia de alguém que pudesse andar com os mesmos tipos de amputações que eu. Basicamente, se eu desse mais de 10, 15 passos sem descansar, já seria uma vitória. E a ausência das mãos para segurar uma muleta só piorava a situação. Os argumentos eram mais que suficientes para tornar aceitável a decisão de optar pelo caminho mais fácil e prático, seguir o senso comum: sentar

na cadeira de rodas. Mas é aí que entra algo que move montanhas, força maior que qualquer outra já medida: o propósito. Propósito não é uma ideia; propósito é um sentimento. Não vem da cabeça, vem do coração. É a estrela que nos guia em momentos de pura escuridão. Minha reflexão foi a seguinte: se dá para dar 10, 15 passos, por que não 20, 30? Ou 50, 60? Ou 100, 1000, 10.000? Eu não corria mais que 7 km quando tinha minhas pernas, mas há quem corra ultramaratonas de quase 100. A diferença? A dedicação. E o que alimenta a dedicação? O propósito. Foi ali que decidi seguir o meu, a despeito das opiniões alheias. Em 06/12/2015, completo cinco anos sem usar uma cadeira de rodas. Vou à faculdade, viajo e faço palestras de pé. Meu sonho foi realizado e, dia após dia, fortalecido. O que tiro dessa experiência, é: se o coração fala mais alto do que tudo e todos, siga-o. Não há nada mais verdadeiro do que o mais puro sentimento”, conclui Pedro. PEDRO PIMENTA diz que mata “um zoológico por dia”, mas faz questão de fazer tudo de forma independente

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RECORDE RECONHECIDO

MILTON RAMOS DE OLIVEIRA e Gilmar Silva, da Só Goiaba e Frutos da Terra: orgulhosos do feito, junto à maior goiabada do mundo

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O doce gosto da fama Só Goiaba e Frutos da Terra dão a Conselheiro Pena visibilidade internacional, com fabricação da maior goiabada cascão do mundo

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Os shows dos astros sertanejos Gino e Geno e Michel Teló, inseridos na programação da 36ª Exposição Agropecuária de Conselheiro Pena, naturalmente criaram enorme expectativa. De igual modo, os rodeios e o glamouroso concurso leiteiro com vacas de primeiríssima linha. Mas nada superou, no tradicional evento, “A maior goiabada cascão do mundo”, feito que desde setembro – e até que a marca possa ser eventualmente superada – confere projeção internacional à cidade do Vale do Rio Doce. Produzida em conjunto pela empresa Só Goiaba e a fábrica de doces Frutos da Terra (a partir de um desafio proposto pelo Secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo do município, Luiz Antônio França), a goiabada gigante foi auditada pelo RankBrasil e ganhou status de Guinness Book. Segundo Bruno Saraiva, o técnico encarregado da checagem pelo organismo aferidor, ela pesou mais de uma tonelada ou exatos 1.040 quilos, praticamente o dobro da marca anteriormente alcançada. No ano de 2.000, uma goiabada de 555 kg havia sido produzida em Venda Nova do Imigrante-ES.


CAMILA VENTURIM e a filha Laura: “Foi um trabalho perfeito que nos fez crescer muito pessoalmente e como equipe”

Pessoas simples, ainda jovens, mas com grande domínio de todas as fases de execução dos negócios a que se dedicam - já que não é incomum encararem juntamente com seus trabalhadores as mais duras tarefas -, os casais proprietários da Só Goiaba e Frutos da Terra celebraram o feito histórico como verdadeira vitória familiar. E assim é que, para se alegrar com eles e os outros milhares de visitantes da Exposição, fizeram questão de levar os filhos. Aliás, filhas. Curiosamente, eles são pais de quatro meninas: Milton Ramos de Oliveira e Gislaine Januário (Só Goiaba), de Noelly e Iara; Gilmar Silva e Camila Venturim (Frutos da Terra), de Ana Luíza e Laura. Hoje um dos mais respeitados produtores de goiaba de Minas Gerais e desde os 11 anos envolvido com plantações de hortifrutigranjeiros, Milton foi quem teve a idéia de como tornar mais funcional a produção da goiabada. A forma em que o doce gigante foi depositado, com 4 metros de comprimento por 2,20m de largura e 15 cm de profundidade, foi montada na carroceria de um caminhão de sua empresa, que ficou durante uma semana à disposição da fábrica. A goiabada consumiu 660 quilos de açúcar ou 132 pacotes de cinco quilos, e nada menos que três toneladas de goiabas, colhidas por 16 funcionários. Para que se tenha uma idéia da grandeza do doce, se cada pessoa comesse dele apenas um tablete semelhante a uma mariola ele seria suficiente para atender com sobra a toda a população de Conselheiro Pena, de 23.088 habitantes. Caso cada um decidisse comer uma generosa porção de 50g, ainda assim poderiam ser contempladas mais de 20 mil pessoas. Apesar de desde menino lidar com a agricultura, a história de Milton Ramos de Oliveira com Conselheiro Pena começou com a produção de quiabo e milho verde embalados, no início da década de 2000. A transição para os goiabais se deu a partir de 2003. No início, vendia modestos 200 quilos por semana, depois evoluiu para duas toneladas e, atualmente, já fornece 20 toneladas semanais, destinadas a grandes supermercados e fábricas.

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ERGUENDO o troféu do RankBrasil: Milton e Gislaine, com as filhas Noelly e Iara; o prefeito Roberto e a esposa Glorinha; Gilmar e Camila, mais a caçula Ana Luiza

A “CONSTRUÇÃO” DA GOIABADA

Formada em laticínios e dirigente da fábrica de doces Frutos da Terra ao lado de Gilmar Silva, seu marido, Camila Venturim explicou que o trabalho de fabricação da maior goiabada do mundo exigiu grande envolvimento do casal, mais uma equipe de oito funcionários. “Estamos felizes porque todo o processo resultou no crescimento de todos nós, tanto como equipe quanto pessoalmente. Depois de tudo planejado, a execução durou em torno de 12 horas de trabalho. Foi lavar, picar, despolpar e, depois, o cozimento. Em seguida, o cuidado com o ponto e a enformagem”, detalhou. Com 11 anos de mercado e instalada no distrito de Penha do Norte, em Conselheiro Pena, a empresa Frutos da Terra, especialmente abastecida pela Só Goiaba, vem ampliando de forma meteórica a sua clientela. Além da goiabada cascão tradicional, a fábrica produz a goiabada cascão light, o doce de banana (também chamado mariola), igualmente nas versões tradicional e zero açúcar, paçoca de amendoim em formatos cilíndrico e retangular, rolhão de amendoim, geléias de abacaxi, morango e sortida. “Mas há outras novidades para o final do ano”, adiantou Camila, com ar de suspense.

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INCENTIVO AOS PRODUTORES

Quem também ficou exultante com a produção da goiabada gigante foi o prefeito Roberto Balbino de Oliveira (DEM), que ao lado da esposa Glorinha Coelho teve a honra de iniciar a distribuição do doce ao imenso público que compareceu à Exposição. Ele disse que os significativos investimentos feitos pela iniciativa privada tanto na agricultura como na pecuária, no município, com apoio de sua administração, mostram “o produtor rural dando o jeitinho brasileiro de driblar a crise”. E acrescentou: “O povo aqui é muito trabalhador e seguro no que faz. Além da goiaba, nós somos produtores de café. Produzimos 60 mil sacas de café/ano. Ainda, há legumes e cereais. Nos preocupamos em dar manutenção nas estradas, facilitar os acessos. Além disso, nossa Secretaria de Educação bate a meta de comprar os 30% da agricultura familiar, o que é exigido por lei. Tudo para que as pessoas sejam incentivadas a ficar na roça e produzir”, garantiu, para concluir que Conselho Pena também está ganhando este ano uma serraria de granito, tendo a cidade a melhor categoria de pedras do gênero em toda a região.


RECORDE RECONHECIDO

Mais de uma tonelada Engenheiro civil com MBA em Marketing, o auditor do RankBrasil, Bruno Saraiva, disse que os procedimentos para validação do recorde da goiabada gigante seguem um protocolo criterioso. “Como o doce estava dentro do caminhão, verificamos inclusive motor e interior das portas, para nos certificar de que não houvesse nenhum elemento estranho capaz de influenciar no peso, que acusou mais de uma tonelada”. Auditagens para recordes na área de alimentos feitas pelo RankBrasil, que funciona há mais de 15 anos com o objetivo de mostrar e valorizar o potencial do país a partir de demandas de empresas, associações

e municípios, são pouco freqüentes. A última foi de uma rapadura, produzida em um engenho em Pindoretama, a 49,3 Km de Fortaleza-CE. A maior rapadura do mundo foi exposta no Festival Internacional da Cana-de-Açúcar da Região das Palmeiras. Pesou 4,5 toneladas. A rapadura registrou quatro metros de comprimento, dois de largura e 30 centímetros de altura. A confecção do produto consumiu 60 toneladas de cana. Outro recorde brasileiro é o do maior picolé. Com 2,73m de comprimento e 227,1 Kg, o sorvete gigante foi distribuído gratuitamente à população de João Pessoa–PB.

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O MOMENTO DA CHEGADA da goiabada gigante e, depois, o prefeito de Conselheiro Pena, Roberto Balbino, e a esposa Glorinha Coelho, preparando-se para iniciar a distribuição do doce

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Por que a goiabada cascão tem esse nome? ALGUNS DOS muitos produtos fabricados pela Frutos da Terra

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A goiabada surgiu no Brasil quando os colonos portugueses substituíram o marmelo pela goiaba na fabricação da marmelada, um doce típico de Portugal. Reza a lenda que a goiabada feita pelos cozinheiros escravos para o consumo dos proprietários das fazendas só levava a polpa da fruta e o resto, as cascas e as sementes, eram utilizadas pelos escravos, que as cozinhavam juntas. A mistura pronta deixava os pedaços de casca de goiaba bem aparentes, dando origem ao famoso nome. No livro “Açúcar”, de Gilberto Freyre, a goiabada é mencionada como um dos grandes doces das casas-grandes no período colonial. O que é considerado brasileiro é a associação da goiabada cascão (a forma mais sólida em que se incluem cascas), acompanhada N ov 2015/ Ja n 2016

de queijo branco ou de requeijão, que Gilberto Freyre refere ser “saborosamente brasileira”. Esta sobremesa é hoje em dia conhecida no Brasil por “Romeu e Julieta”. O nome deve-se a uma campanha publicitária feita por Maurício de Sousa, nos anos 60, para um anúncio da goiabada «Cica», em que o queijo era Romeu e a goiabada Julieta. A associação foi tão perfeita que o nome ficou. No processo de fabricação da goiabada cascão, o miolo com as sementes é retirado e colocado à parte. Liquidificado e coado, as sementes são dispensadas. O suco resultante da coagem é juntado à outra parte com as cascas, que está sendo cozinhada com açúcar, buscando-se a partir daí o ponto ideal.


RECORDE RECONHECIDO

Goiaba ajuda a emagrecer e combate inúmeras doenças São inúmeras as doenças que podem ser curadas com goiaba. O alto teor nutritivo desta fruta a torna muito eficaz para a restauração da saúde humana. Num exemplo, a Vitamina C presente numa goiaba é 5 vezes maior que numa laranja, sendo concentrada na pele, e atingindo seu potencial máximo um pouco antes desta fruta amadurecer por completo. Visando tirar o máximo proveito desta fruta medicinal, confira várias receitas caseiras que você poderá fazer com facilidade: PARA FORTALECER O CORAÇÃO, melhorar o sistema digestivo: Beber um suco anticâncer com a seguinte mistura - 400ml de suco de maçã, 200ml de suco de melão, 100ml de mel puro e 200ml de suco de goiaba. Bata no liquidificador e beba meio copo todos os dias, de manhã e à tarde. PARA COMBATER OS EFEITOS DA DENGUE: pegue 3 goiabas quase maduras e 1 bem madura. Bata em dois copos de água até ficar bem homogêneo, e beba em seguida. Repita 2 vezes ao dia. PARA ATACAR A DIARRÉIA: separe 30 gramas de folha de goiaba, um punhado de farinha de arroz cozida, e misture em meio copo de água. Beba sempre que necessário.

PARA ÚLCERA NO ESTÔMAGO: cozinhe 4 folhas de goiaba, bem lavadas, em 1,5l de água. Beba 3 vezes ao dia. PARA CURAR FERIMENTOS: amasse 3 folhas de goiaba, golpeando até conseguir uma pasta. Aplique diretamente sobre o ferimento. Essa receita é indicada, também, para conter sangramento em feridas. PARA TRATAR PANO BRANCO: aquelas manchas esbranquiçadas que aparecem na pele. Pegue 2 punhados de folhas de goiaba ainda novas, misture com 7 folhas de erva Betel, e cozinhe em 1 copo de água mineral. Beba 2 vezes ao dia. PARA COMBATER DIABETES: pegue uma goiaba quase madura, corte em pedaços, e cozinhe em 3 copos de água, até que o líquido reduza a 1 copo. Beba 2 vezes por dia. PARA CURAR HEMORRÓIDA: pegue um punhado de broto de goiaba e 1 banana prata, triture tudo, e mescle num copo de água. Beba 1 vez ao dia enquanto for necessário. Ou pegue meio quilo de goiaba madura e cozinhe em 2 litros de água, até que a goiaba derreta. Deixe ferver até que se transforme num líquido viscoso, e se necessário acrescente mais água. Coe, para retirar alguma semente

que ficar, e passe a aplicar na área afetada até a cura. PARA AUXILIAR NO CONTROLE DA PRESSÃO: muitas pessoas sofrem com isso e recorrem a remédios. A goiaba possui fibras vegetais e muito potássio, além de um baixo teor de sódio, que é um dos principais elementos que ajudam a pressão a subir. PARA FORTIFICAR OS OSSOS E OS DENTES: um dos maiores problemas entre as mulheres com idade acima de 40 anos são os ossos fracos. A goiaba pode ajudar a deixar os seus ossos e dentes mais fortes e com menos chances de fraturas graves. PARA AJUDAR A EMAGRECER: Diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, a goiaba emagrece porque tem poucas calorias e muita fibra. Comer uma goiaba média, que pesa cerca de 100 gramas, não apenas oferece apenas 52 calorias e quase nenhuma gordura (0,2g), mas também muita saciedade. SERVIÇO SÓ GOIABA (33)98421-8604 (Claro) • (31)98766-7486 (Oi) (33)99966-6810 (Vivo) • (33)99152-1252 (Tim) sogoiaba@hotmail.com FRUTOS DA TERRA (33) 3261-7155 docesfrutosdaterra@hotmail.com

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ANÁLISE CONJUNTURAL

DR. MÁRIO MÁRCIO DA PAZ

Os bandidos que fabricamos

mariomarcio.paz@providareproducao.com.br

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As origens da violência urbana são extremamente complexas. Porém, alguns fatores chamam a atenção e merecem ser comentados. O homem precisa basicamente de três condições para que possa crescer e se transformar em um bom cidadão: alimentação, educação e renda. Não há como discutir sobre a violência apenas no âmbito de um município, já que as condições que permitiram que ela assumisse as proporções alarmantes de hoje em dia não são possíveis de serem resolvidas por medidas locais. Pode-se falar de medidas paliativas de repressão policial, cujos resultados são apenas efêmeros e transitórios. O cérebro precisa de um grande aporte de proteínas nos primeiros seis anos de vida, sem as quais ficam comprometidos o desenvolvimento dos neurônios e as conexões essenciais para o surgimento de sua principal função, o pensamento. Sem este substrato o cérebro não se desenvolve e o indivíduo, quando adulto, não terá a capacidade de reflexão e raciocínio essenciais para a elaboração de habilidades que lhe permitam ganhar e manter o seu sustento. É a capacidade de pensar e refletir sobre as consequências de seus atos que difere o homem dos animais, cujo cérebro é programado apenas pela luta imediata de sua sobrevivência. Tranque um cão dócil em um ambiente sem comida e observe seu comportamento após apenas 24 horas. Um homem sem alimentação adequada ou, pior ainda, sem ter tido um aporte protéico adequado na infância, passará a agir como um animal irracional, e não saberá frear seus instintos mais agressivos quando acuado por alguma razão. A educação é a base da prosperidade de uma comunidade e de uma nação. Cabe o parêntese de que aqui se fala de uma educação pragmática e não ideológica. Países que priorizaram uma educação impregnada de ideologias caminharam para a violência e autodestruição social. A ideologia, seja ela de que matiz for, alimenta o ódio de classes e entre pessoas. E o resultado final é o que ocorre ou ocorreu em países como Venezuela, Bolívia, Cuba, União Soviética e a Alemanha Nazista. A educação ideológica é um suicídio institucional. Entende-se por educação pragmática aquela que ensina o indivíduo

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a desenvolver todas as suas aptidões intelectuais e lhe permite a capacidade de desenvolver um senso crítico próprio, sem interferência de terceiros. Em outras palavras, trata-se de uma educação democrática e livre de rancores. Exemplos mundiais de sucesso deste tipo de política educacional estão aí em nações como o Japão e a Alemanha do pós-guerra, os Estados Unidos da América, o Canadá, o Chile e a Austrália e são reforçados por exemplos mais recentes de países que há 30 anos estavam com décadas de atraso quando comparados ao Brasil na escala do desenvolvimento, como a Coréia do Sul, a Malásia, Singapura e agora o México. Sem educação não há condição para o discernimento mínimo entre o legal e o ilegal, e neste caso entram também os políticos e autoridades corruptas, que apesar de terem tido boa instrução, não receberam boa educação.


Como um político, policial ou outra autoridade qualquer, mesmo tendo boa instrução, terá a capacidade de discernir o certo do errado se seu pai foi também uma raposa política, que achava que conchavos e falcatruas fazem parte do cotidiano e se ele não tirar a sua parte outro o fará? Aquela educação que a escola não pode suprir. A que vem de valores sólidos transmitidos pela família. Como um político, policial ou outra autoridade qualquer, mesmo tendo boa instrução, terá a capacidade de discernir o certo do errado se seu pai foi também uma raposa política, que achava que conchavos e falcatruas fazem parte do cotidiano e se ele não tirar a sua parte outro o fará? A terceira condição básica para o cidadão de “bem” é a renda. É preciso ter trabalho ou emprego para que um indivíduo possa se sustentar e sustentar aqueles que dele dependem. Aí começa o círculo vicioso. Se não há trabalho que gere uma renda suficiente para alimentar uma família, não haverá condição para o desenvolvimento cerebral, não haverá educação e o resultado final é um ser humano incapaz de agir e pensar de forma correta. Um indivíduo que lutará apenas para chegar ao fim do

dia sem fome. Que não hesitará em nenhum momento em puxar o gatilho de uma arma e matar sem piedade. Piedade que é incapaz de sentir por não ter tido nunca a sorte de experimentar o amor e a compaixão - que são sentimentos transmitidos por familiares que nunca teve. Agora, cabe à polícia zelar pelos cidadãos que tiveram a felicidade de não estarem mergulhados nesta espiral contínua de miséria de uma nação desgovernada. Sua ação deve ser proativa. Um exemplo a ser seguido é o programa “Tolerância Zero” instituído pelo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. Neste programa foi reduzido ao mínimo o efetivo burocrático da polícia local, o que levou a um aumento em mais de 50% do efetivo de policiais fardados nas ruas da cidade. Faça um teste agora: olhe pela janela e telefone para algum parente ou amigo e peça que faça o mesmo. Procure por um policial e diga quantos está vendo neste exato momento. A polícia fardada existe para estar nas ruas, e tem que ser vista. Câmeras de segurança não funcionam, servem apenas para o bandido se exibir. Quem não diminui a velocidade de seu veículo quando vê um policial na beira da estrada? Fora a ação policial ostensiva, nada mais pode ser feito em âmbito local. É preciso toda uma mudança na estrutura social do país. Escolas em período integral, para que a criança tenha o que comer. Emprego para que os pais possam alimentá-la em casa, e renda, para que a dignidade pessoal possa superar a indignação e a humilhação da pobreza. E, ainda mais importante, é essencial resgatar ou mesmo introduzir o conceito básico de uma sociedade democrática no Brasil, que é: “O direito de um cidadão termina no momento e começa o de outro”. Infelizmente o Brasil já perdeu muito tempo para corrigir suas distorções sociais e talvez seja até tarde demais. Da forma como está, o país caminha para crise institucional sem precedentes. A violência urbana é apenas um sintoma de um câncer que consome toda a estrutura do Estado. A resposta policial severa, a diminuição da maioridade penal ou outras medidas são apenas sucedâneos cujos efeitos desaparecerão rapidamente, deixando a sociedade à mercê dos facínoras que ela mesma criou.

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ANTES DE GANHAREM o mercado, os tijolos ecol贸gicos da Ecoleste passam por rigoroso controle de qualidade

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PAREDES SUSTENTÁVEIS

A nova vedete da arquitetura Práticos, resistentes e belos, capazes de gerar uma economia final de até 40% nas construções, tijolos ecológicos são cada vez mais requisitados em obras no leste mineiro. Empresário ipatinguense desenvolve linhas de produção que já atendem à demanda do mercado. Líderes de mais de 150 países se reuniram durante 11 dias no início do mês de dezembro, em Paris, na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática. O objetivo era alcançar um acordo universal para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa e dessa forma conter o aquecimento do planeta e seus impactos. O aquecimento global causa dezenas de milhares de mortes por ano, e uma das razões são os fenômenos meteorológicos extremos, desencadeados por fatores como ondas de calor e a degradação da qualidade do ar. Muitas empresas buscam o lucro a qualquer custo, não se importando com a vida no planeta. Assim é que ganha ainda mais significado a criação, em Ipatinga, da empresa Ecoleste, cujas linhas de produção de tijolos ecológicos – desenvolvidas por seu fundador, parceiros e colaboradores – já atendem à demanda do mercado regional. Além de gerar grande economia energética e evitar que florestas sejam destruídas para a obtenção da lenha comum aos fornos que atuam na queima dos tijolos convencionais, os tijolos ecológicos são um estímulo à criatividade de engenheiros e arquitetos. Oferecem inúmeras possibilidades estéticas para as obras, funcionam como isolantes térmicos e acústicos e, o mais interessante, também revelam-se vantajosos para o bolso. Profissional dos mais reconhecidos na área de usinagem no Vale do Aço, o empresário José Antônio de Menezes, 53 anos, resolveu utilizar a experiência e a sua habilidade inata para fabricar equipamentos como mola-mestra para iniciar um negócio inédito na região, ao mesmo tempo em que dá sua parcela de contribuição para a causa preservacionista. A Ecoleste, especializada na fabricação de tijolos ecológicos, nasceu há dois anos, tendo sua unidade embrionária instalada no mesmo galpão onde o empreendedor mantém ainda hoje a Mecvaço, empresa de usinagem e mecânica industrial. Mas a ampliação da clientela recomenda a expansão das áreas de elaboração e armazenamento do produto, ditando negociações para instalação de um novo parque fabril.

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APÓS A FABRICAÇÃO, os tijolos são submetidos a um processo de cura e secagem

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

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Toda a linha de produção da Ecoleste foi fabricada pela Mecvaço. Desde sua iniciação na indústria mecânica – “quase que por acaso”, diz José Antônio –, o empresário revelou um talento diferenciado para desenvolver equipamentos, e desse modo é que sua trajetória na atividade é marcada por soluções inovadoras em máquinas e ferramentas inclusive para clientes de outros estados, tendo sua atenção voltada especialmente para a área florestal. Hoje, o funcionamento da Mecvaço em paralelo com a linha de produção dos tijolos ecológicos é um ponto importante na competitividade do mercado, representando redução de custos. “Toda a manutenção dos equipamentos é executada com rapidez, dentro da própria empresa. Com isso nós economizamos na contratação dos serviços de terceiros e reduzimos o tempo de paralisação caso eventualmente ocorra algum problema no maquinário”, explica José Antônio. O trabalho de aperfeiçoamento e melhoria da linha de produção é permanente, segundo o empresário, e assim é que os tijolos da Ecoleste ganham aceitação cada vez maior. Transportada por esteiras rolantes, a terra que vai ser moldada numa prensa para compor a forma final do produto passa por várias etapas de processamento até chegar ao misturador, onde são adicionados outros componentes. N ov 2015/ Ja n 2016

CONTROLE DE QUALIDADE

Ejetados do equipamento que os prensa e molda, os tijolos ecológicos são aferidos um a um com um instrumento de medição. Apenas alguns décimos de milímetro de diferença fazem com que o tijolo defeituoso seja excluído, garantindo-se precisão às dimensões. Os tijolos que estão dentro do padrão de qualidade exigido são empilhados de maneira que o peso das unidades superiores seja bem distribuído e não danifique as camadas depositadas em plano inferior. Sobre um estrado, cada lote recém-produzido ainda precisa passar por um processo de cura e secagem que dura pelo menos duas semanas. O processo de cura, iniciado 24h após a fabricação do tijolo, se dá com a imersão do lote inteiro dentro de um reservatório com água. Depois de certo tempo, o estrado é retirado do tanque por uma empilhadeira e o material fica em repouso durante sete dias, protegido por uma lona. Findo este período, o tijolo é descoberto, ficando pelo menos uma semana em secagem, para então ser liberado para as construções. Cada tijolo produzido pela Ecoleste pesa cerca de quatro quilos, medindo 30 cm de comprimento, 15 cm de largura e 7,5 cm de altura. O tijolo é maciço e tem dois furos de 7,8 cm de diâmetro, próprios para passagem de dutos de água, energia e ferragem, assim como a concretagem. Também são fabricados o meio tijolo (para arremates nos cantos) e os tijolos canaletas (em formato de U, que preenchidos com concreto na parte superior da parede como também nas regiões de portas e janelas, funcionam como cintas de amarração).


PAREDES SUSTENTÁVEIS

Praticidade no assentamento Além de dispensar grande investimento em acabamentos, por ser modular, o tijolo ecológico diminui significativamente o tempo de construção, gerando redução de custos com mão-de-obra. Por ser vazado e possuir um sistema de encaixe, permitindo a passagem das mangueiras da rede elétrica, assim como o encanamento hidráulico, evita aquela tradicional quebra de paredes do sistema convencional. Como consequência, também são reduzidos os entulhos, há menos desperdício de materiais. Outra vantagem é que esse sistema de construção dispensa as formas de madeira e os pregos usados na instalação de pilares e vigas. Como no sistema tradicional, o dimensionamento da ferragem vai depender do cálculo estrutural. Os tijolos canaletas também possuem dois furos e são assentados na última fileira de cima da parede. Os vergalhões passam sobre eles na horizontal e são amarrados nas ferragens verticais. Depois é depositado o concreto sobre os tijolos canaletas e os vergalhões, substituindo dessa maneira as cintas. Além da economia com a carpintaria, deve-se lembrar que na maioria das vezes a madeira utilizada para fazer as formas de concreto é queimada após o término da construção. Portanto, no caso dos tijolos ecológicos não há corte de árvores e tampouco emissão de CO2. A natureza mais uma vez agradece.

COLAGEM

O assentamento dos tijolos ecológicos é outro ponto positivo do sistema, que dispensa mão-de-obra especializada e aquela constante movimentação para fazer e carregar a massa de cimento. “Os tijolos são assentados com uma mistura de argamassa convencional com cola branca. Em cerca de 20 minutos já está colado. Como o sistema é modular, de encaixe, é muito mais fácil levantar a parede, devendo-se observar os alinhamentos necessários”, explica José Antônio. A economia também acontece na fase de acabamento da obra. Como o tijolo ecológico é maciço e tem a superfície bem lisa, não é necessário rebocar as paredes. O revestimento deve ser escolhido de acordo com a finalidade da construção ou o gosto do proprietário. Qualquer tipo de revestimento pode ser aplicado no tijolo ecológico. Pode-se utilizar apenas impermeabilizante, ficando o tijolo à vista, ou tintas à base de água e óleo, gesso, argamassa para fixar azulejos, cerâmicas e pastilhas. Devido à perfeição dos tijolos, menos material será utilizado no acabamento. As casas construídas com tijolos ecológicos são aprovadas pela Caixa Econômica, pois é um material que possui certificação pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

CONSTRUÇÃO com tijolos da Ecoleste no bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso

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JOSÉ ANTÔNIO, diretor da Mecvaço e Ecoleste: desde cedo, mesmo de forma rudimentar, a visão do empreendedorismo

De Belo Oriente ao primeiro lugar na escola técnica 40

O ramo da construção civil sempre mexeu com o imaginário de José Antônio de Menezes, embora até os 15 anos ele vivesse na zona rural de Belo Oriente. Filho de dona Maria Rosa de Menezes Costa e do carpinteiro Agnel Pedro da Costa (de quem provavelmente tenha herdado o gene das habilidades artesãs), o empresário começou a enxergar possibilidades urbanas ainda garoto, enquanto se mantinha ocupado com atividades de agricultura e pecuária. Além de ajudar o pai na roça, José Antônio desde cedo resolveu empreender, e naquele tempo de modo bem rudimentar. “Percebi que havia necessidade de areia na cidade e o fornecimento era deficiente. Embora não tivesse melhor estrutura, decidi me empenhar para criar ali uma fonte de renda. Tirava a areia do ribeirão com uma pá e, para transportar às construções, como não dispunha de meio motorizado, alugava um animal de carga. Colocava a areia em dois caixotes presos na cangalha e era assim que o material chegava ao comprador”, recorda. Ainda com a cabeça voltada para o nicho das construções, José Antônio depois começou a fabricar blocos de concreto, dividindo o custo das matérias-primas com os proprietários de imóveis e recebendo pela execução do serviço.

ESTUDOS

Foram alguns anos nesse serviço pesado, o que acabou lhe custando problemas de saúde, por determinado tempo, diz José Antônio. Contudo, um novo horizonte se abriu. “Quando eu tinha 15 anos, uma tia minha ficou sabendo de um curso técnico do colégio Salesiano que era oferecido em Pará de Minas e sugeriu a meu pai que me encaminhasse. Mas a verdade é que fui para lá meio às cegas, sem saber qual área iria escolher. Na hora da matrícula ouvi dizer que usinagem era um bom ofício e com perspectiva de conseguir trabalho depois. Interessante é N ov 2015/ Ja n 2016

que, apesar disso, havia poucas matrículas feitas para esta área. Então consegui a vaga, embora naquela ocasião ainda não tivesse concluído o primeiro grau”, detalha. Sair de casa não foi nada fácil para José Antônio – ele confessa. A saudade da mãe e da família pesou para o adolescente. Conviver com dezenas de outros jovens em um alojamento e enfrentar um curso técnico para uma profissão sobre a qual não tinha qualquer informação foi desafiador. “Além do problema de sair de casa ainda muito novo, quando fiquei sabendo que no curso teria assuntos a respeito dos quais não tinha a menor noção, pensei que não seria capaz. Também fiquei muito assustado quando entrei na oficina e vi pela primeira vez o torno da escola, equipamento moderno, cheio de botões e alavancas”, lembra o industrial. Mas com muita dedicação e seriedade, o jovem conseguiu vencer os obstáculos. Não só superou-os como acabou se destacando entre os demais alunos. “No início, o professor afiava as ferramentas e entregava uma para cada aluno trabalhar. Quando era necessário, tínhamos que voltar até ele e pedir para afiar novamente. Contudo, uma coisa que contava a meu favor era a atenção, já que eu temia ser malsucedido se ficasse distraído diante de coisas tão diferentes. O resultado é que em apenas uma semana eu já tinha aprendido a afiar as ferramentas e então, para minha alegria, passei a ser uma espécie de monitor da turma. Os alunos entregavam a ferramenta para o professor e ele as repassava a mim”, relata o empresário. José Antônio finalizou no Salesiano o curso de torneiro mecânico e, além do diploma, levou para casa o orgulho de ter sido eleito o melhor aluno de todas as turmas da escola. Com a nova profissão, também pode contribuir no sustento dos pais e irmãos, que passaram então a morar em Ipatinga.


Usinagem, mecânica e engenharia estão no sangue de toda a família Logo após se formar no curso técnico, o hoje diretor da Mecvaço e Ecoleste, José Antônio de Menezes, conseguiu emprego em Ipatinga e foi mesmo na área de usinagem mecânica que acumulou grande parte da experiência que tem hoje. Foram várias as empresas pelas quais ele passou como funcionário, até que em uma delas conheceu a mulher que seria a mãe dos seus filhos. Maria das Graças era filha do proprietário da empresa em que trabalhou por vários anos. Eles começaram a namorar e, em certo momento, José Antônio resolveu deixar o trabalho com o sogro e montar sua própria empresa. Depois de muitos acertos e desacertos, inclusive envolvendo sociedades e parcerias profissionais desfeitas, o empresário iniciou a empresa Mecvaço, em 2006. Hoje, Maria das Graças é seu braço direito na empresa que atua com usinagem, caldeiraria, fabricação de equipamentos florestais, recuperação e locação de equipamentos. E além de tudo isso, tem a produção dos tijolos ecológicos pela Ecoleste. O filho mais velho do casal, Fernando, 26, concluiu o curso de engenharia mecânica e hoje trabalha em uma grande empresa da região. Ele ajudou a operacionalizar a linha de produção da Ecoleste e atualmente ainda realiza uma pós-graduação. A filha, Thaynara, 21, está cursando engenharia civil e também soma forças com Maria das Graças e José Antônio na empresa da família, atuando no setor administrativo. Entre muitas empresas de renome atendidas pela Mecvaço estão Usiminas, Aperam, Arcelor Mittal, Cenibra, Egesa, Komatsu, John Deere, White Martins, Sankyu, Queiroz Galvão e Vital Engenharia Ambiental. A Ecoleste comercializa sua produção diretamente com organismos públicos, empresas de construção e pessoas físicas, sendo que os tijolos ecológicos já podem ser vistos em projetos de várias edificações, com total aprovação.

O ACABAMENTO fino dos tijolos elimina maiores gastos com revestimentos

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FERRAGENS e tubos são embutidos no próprio tijolo, com utilização de furos que também recebem a concretagem, eliminando formas de madeira

JOSÉ ANTÔNIO, a esposa Maria das Graças e os filhos Fernando e Thaynara: vocação industrial no DNA


OS PROFISSIONAIS da construção civil são unânimes em aprovar a funcionalidade do material

TIJOLO CONVENCIONAL 42

X

Segundo estudos realizados em todo o Brasil, o sistema construtivo dos tijolos ecológicos traz para a obra, de 20 até 40% de economia com relação ao sistema construtivo convencional. Um dos motivos é que não há desperdício, como neste último. Hoje, em uma obra convencional, cerca de 1/3 do material vai para o lixo, é o que demonstram avaliações especializadas. Outras vantagens objetivas da nova tecnologia construtiva são:

• Diminui o tempo de construção em 30% com relação à alvenaria convencional, devido aos encaixes que favorecem o alinhamento e prumo da parede; • Estrutura • As colunas são embutidas em seus furos, distribuindo melhor a carga de peso sobre as paredes. • Redução de uso de madeiras nas caixarias dos pilares e vigas em quase zero; • Economia de 70% do concreto e argamassa de assentamento; • Economia de 50% de ferro; • Os tijolos ecológicos são curados com água e sombra, diferente dos tijolos convencionais que dependem da queima de lenha em fornos e contribuindo demasiadamente com o aquecimento global e com desmatamentos; • Durabilidade maior do que o tijolo comum, pois chega a ser até 6 vezes mais resistente; • Alivia o peso sobre a fundação, evitando gastos desnecessários com estacas mais profundas e sapatas maiores; • Fácil acabamento. Se preferir não precisa rebocar e N ov 2015/ Ja n 2016

TIJOLO ECOLÓGICO

pintar, economizando mais ainda. Os tijolos ecológicos já possuem um acabamento fino, semelhante aos tijolos aparentes, necessitando apenas do uso de impermeabilizante à base de silicone ou acrílico, e rejunte flexível (várias alternativas no mercado); • Revestimento é simples, usando•se direto sobre tijolo apenas uma fina camada (5 mm) de reboco, textura, gesso ou graffiato; • O assentamento dos azulejos é direto sobre os tijolos; • Obra mais limpa e sem entulhos; • Acústica: como o tijolo ecológico possui dois furos, as paredes formam um isolamento acústico, diminuindo os ruídos provocados na rua para o interior da casa. • Isolamento térmico (calor) – Os furos dos tijolos são importantes, pois formam câmaras térmicas, evitando com isso que o calor que está do lado de fora penetre no interior da residência. Com isso a temperatura interna é inferior à externa. • Isolamento térmico (frio) – Com o frio acontece o contrário, pois a temperatura da casa fica mais quente do que a externa. • Proteção de umidade • Esses furos também propiciam a evaporação do ar, evitando com isso a formação de umidade nas paredes e interior da construção, que causa danos à saúde e danos materiais. • Instalações hidráulicas • Toda a tubulação é embutida em seus furos, dispensando a quebra de paredes, como na alvenaria convencional. • Instalações elétricas • Como as instalações hidráulicas, estas também são embutidas nos furos, dispensando conduítes e caixas de luz, podendo os interruptores e tomadas serem fixados diretamente sobre os tijolos.


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O PRODUTO da Ecoleste empregado em uma moderna gelateria e cafeteria recém-inaugurada em Ipatinga: os tijolos foram usados em todo o ambiente interno e também na fachada

Projeto moderno amplia visibilidade do produto Além das paredes de casas, lojas, chalés e apartamentos, entre outros projetos com fins residenciais e comerciais, os tijolos ecológicos também podem ser empregados na construção de galpões, pisos, churrasqueiras, obras de paisagismo e jardinagem. Suas formas padronizadas, cores e texturas harmônicas favorecem a aparência decorativa. Pode-se construir até 3 pavimentos contando apenas com as colunas do próprio tijolo, tendo em vista que sua resistência é sete vezes maior que a dos tijolos convencionais.

VITRINE

Uma moderna gelateria e cafeteria inaugurada em um bairro de classe média-alta de Ipatinga, neste mês de dezembro, teve a sua fachada e interior enriquecidos pelo tijolo ecológico da Ecoleste. A atraente edificação, erguida dentro dos melhores padrões de arquitetura atual, reforça a quali-

dade do produto e suas variadas possibilidades estéticas dentro de um mesmo projeto. O tijolo é visto com suas características originais por toda a extensão de uma das paredes internas e também em parte da fachada frontal. Outras paredes em que o mesmo produto é utilizado ganharam uma fina camada de revestimento. Gessos, pastilhas, cerâmicas e azulejos decorativos casam muito bem com o produto, sugerindo múltiplas combinações à estética dos ambientes. Outro fator positivo é a simplificação do processo de aplicação destes revestimentos pelos pedreiros de acabamento. SERVIÇO ECOLESTE/MECVAÇO Rua Tuparis, 30 – Jardim Panorama - Ipatinga-MG (31) 3822-9811 (31) 98850-9811

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DITO E FEITO

Homens e Mulheres de “Quando você nasceu, você chorou e os ali presentes sorriram. Viva a sua vida de maneira que, no dia de sua morte, seja você a sorrir enquanto os outros choram”. 46

PROVÉRBIO SIOUX. Também chamados de Dakotas ou Lakotas, estes índios espalhavam-se pelos estados de Dakota do Norte e do Sul, no centro-norte dos Estados Unidos. A origem do termo Sioux tem a ver com a expressão serpente por serem ótimos na guerra. Eram os mais agressivos contra os brancos na luta por territórios.

“É sempre melhor ser otimista do que ser pessimista. Até que tudo dê errado, o otimista sofreu menos”. ARMANDO NOGUEIRA (1927-2010), filho de cearenses que emigraram para o Acre, pioneiro do telejornalismo, responsável por sua implantação na Rede Globo, com destaque para a criação do Jornal Nacional. Mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas 17 anos de idade. Formou-se na Faculdade de Direito e conseguiu um emprego de ensacador, mas desde então só pensava em ser jornalista.

“Não sei o que é a solidão. Nunca me senti só. Acho fantástico ficar comigo “Não se deixe levar pela distância mesma, com meus entre seus sonhos e a realidade. milhões de dúvidas e Se você é capaz de sonhá-los, preocupações”. também é capaz de realizá-los”. BELVA DAVIS, 83 anos, primeira mulher afro-americana a se tornar repórter de televisão na Costa Oeste dos Estados Unidos. Ela ganhou oito prêmios Emmy. Cresceu em Oakland, Califórnia, e começou a escrever artigos para revistas como freelance em 1957. Ela se tornou âncora de TV e organizou seu próprio talk show, antes de se aposentar em 2012.

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CLEYDE YÁCONIS (1923-2013), atriz nascida em Pirassununga (SP), filha de um imigrante italiano e uma professora. Irmã da também atriz Cacilda Becker, as duas – e uma terceira que não abraçou a carreira – eram ainda crianças quando o pai se separou da mãe. Por este motivo, fixaram-se na cidade de Santos, onde se envolveram com círculos boêmios e mais vanguardistas, já que por serem filhas de pais pobres e separados não podiam estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade. Foi casada com o ator Stênio Garcia de 1958 a 1969.


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ACONTECE Fogo e paixão A campeoníssima empresa ipatinguense especializada em temperos, condimentos e molhos, BETEL, que já reúne mais de uma centena de produtos aprovados e distribuídos em todo o Estado, acaba de lançar outra novidade que responde aos apelos de boa parcela de seus clientes. Conforme o diretor Administrativo Walter Rodrigues de Souza, está chegando ao mercado, em frasco de 150 ml, a versão Extra Forte do tradicional molho de pimenta da marca. A aceitação é garantida, já que, antes de ganhar as prateleiras, os produtos são testados à exaustão por gente de paladar apurado. A pimenta é uma fruta com muitas qualidades, inclusive anticancerígenas. Ainda, ela dilata as papilas gustativas da língua, abre o apetite, é rica em vitamina C e, principalmente, é afrodisíaca, sendo o seu consumo associado a níveis mais altos de testosterona (hormônio no organismo masculino que influencia o comportamento, o desempenho sexual e também algumas características físicas).

Frei e café Entre outros produtos locais, chamou a atenção na última exposição agropecuária do município de Conselheiro Pena um estande do café Frei Caneca, com nada menos que 58 anos de tradição. Os visitantes eram recepcionados pelo degustador Roni Von Amâncio de Souza, há 17 anos na empresa, apto para explicar em detalhes as muitas diferenciações de qualidade da bebida. O nome do café é uma homenagem ao pernambucano Joaquim da Silva Rabelo, depois Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mas popularmente conhecido apenas como Frei Caneca (1779-1825), notável religioso e político brasileiro. Das 44 milhões de sacas de café previstas para a safra deste ano, metade deve sair das lavouras de Minas Gerais. Minas tem a maior produção brasileira de café. O estado que um dia viveu o ciclo do ouro, hoje garimpa esta outra riqueza. Numa área 7 vezes maior que a cidade de São Paulo, se multiplicam pés de café e oportunidades de trabalho. Os empregos resistem ao avanço das máquinas. Colheitadeiras – pasmem! – fazem o trabalho de até 200 homens.

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Prestigiando a inauguração da expansão do Shopping Vale do Aço – que demandou investimento total de R$ 163 milhões, recursos financiados integralmente pela administradora Intermall Empreendimentos e Participações Ltda –, o diretor do Sindcomércio, Jair Zanella; o presidente da FIEMG Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, e a empresária Fátima Salles Fonseca (Ponto Óptico). Noutro ângulo, presença indispensável no evento, a viúva

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do saudoso Rinaldo Campos, Conceição Soares, ladeada por religiosos que foram impetrar a bênção: Padre Efrahim Solano Rocha e os pastores Antônio Rosa e Júnior Calais, líderes da Assembleia de Deus. A expansão do complexo de compras envolveu ainda a construção de sete andares de estacionamento, com criação de 850 vagas cobertas (totalizando agora mais de 2.000), 11 escadas rolantes e mais 1.026 lugares para a praça de alimentação.


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FILMES/LIVROS

A Travessia: história real em 3D mexe com os nervos

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Quem assistiu ao documentário vencedor do Oscar ‘O Equilibrista’ já conhece a história de Philippe Petit, o excêntrico artista francês que, em 1974, surpreendeu o mundo ao surgir caminhando por um cabo suspenso entre as duas torres gêmeas do então recém-construído World Trade Center, sem rede de proteção. Agora é a vez de Robert Zemeckis recontar o mesmo caso, com Joseph Gordon-Levitt no papel principal e efeitos especiais literalmente vertiginosos, ainda mais quando assistidos em 3D ou Imax. Trata-se certamente de um filme no qual a experiência com o formato faz diferença real. Pode parecer exagero, mjas já existem relatos de pessoas que passaram mal durante as sessões nos Estados Unidos, com medo das tomadas aéreas que fazem o público contemplar a longa distância entre o terraço dos prédios e a terra firme. Fiel à personalidade falante e magnética de Petit, o filme mantém seu protagonista contando todos os detalhes de sua proeza, olhando a câmera nos olhos, afinal, a quarta parede não é limitação para alguém disposto a desafiar espaços. Conhecido por viver com os sentimentos à flor da pele, Philippe Petit é alguém que parece nascido para ser personagem. E aí o ator Levitt deita e rola, para demonstrar tamanha intensidade. Outro ponto positivo do filme é a presença do impagável Ben Kingsley (ator inglês de ascendência indiana e russo-judaica), que cumpre a função de mentor di equilibrista. A história verídica é tão saborosa e cheia de reviravoltas emocionais que nem precisa de muito esforço para prender a atenção. N ov 2015/ Ja n 2016

Joseph Gordon-Levitt aparece no papel principal e os efeitos especiais fazem a aventura ficar ainda mais emocionante

Aprenda a Ser Otimista A partir de pesquisas realizadas inicialmente com animais, e depois com seres humanos, constatou-se que o desamparo pode ser aprendido, isto é, as pessoas podem aprender a ficarem passivas e deprimidas diante de acontecimentos incontroláveis. E, se podem aprender a ficar pessimistas, o reverso também é possível, ou seja, podem da mesma forma aprenderem a ficar otimistas. É isso para o que chama atenção o autor Martin Seligman em seu livro (escrito em 1990 e lançado no Brasil em 2005 - portanto, já fora do circuito comercial). A nossa sociedade atual supervaloriza o ego, o individualismo, e, por conta disso, aumentam-se os casos de depressão, que é a expressão máxima do pessimismo. Dessa forma, aprender a ser otimista, por meio da modificação de seu estilo explicativo, pode ser um importante aliado a protegê-lo, aumentando sua capacidade de realização, e melhorando seu bem-estar físico e mental. São apresentados questionários com várias perguntas, a fim de descobrir se você tem um estilo explicativo otimista ou pessimista. E essa é uma parte muito interessante e lúdica do livro. Há também outros questionários e testes para seus filhos, para verificar se eles são otimistas ou pessimistas, cujas pontuações e explicações são igualmente dadas. Outros testes para saber se você está deprimido ou não, com auto-estima alta ou baixa, são também fornecidos. O livro é resultado da experiência do autor em mais de 25 anos pesquisando sobre o tema. O melhor é que é prático, ou seja, com ensinamentos úteis que podem ser perfeitamente aplicados ao dia-a-dia do leitor. Número de páginas: 415 Faixa de preço: R$ 27 a R$ 35


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PREVIDÊNCIA

A melhor aposentadoria Veja quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo. O fator previdenciário é pior para quem se aposenta mais jovem. 52

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Aposentadoria não é um tema simples. O brasileiro tem quatro tipos de aposentadoria (tempo de contribuição, idade, invalidez e especial) e seis cálculos diferentes no total. Cada uma delas tem vantagens, e algumas têm desvantagens. Qual é a melhor aposentadoria para você? Só a sua idade e tempo de contribuição pode dizer, além do seu desejo. Alguns preferem se aposentar mais cedo, ganhando menos. Outros podem esperar um pouco mais, para garantir um valor melhor. A decisão cabe a cada um. Entender as vantagens de cada tipo, porém, pode ajudar a planejar o melhor e se preparar para esse período da vida.


1 - COMO ESCOLHER FATOR PREVIDENCIÁRIO, APOSENTADORIA POR IDADE OU FÓRMULA 85/95? Depende de cada caso: o sexo, a idade e o tempo de contribuição. É possível se aposentar mais cedo, mas ganhando menos, ou esperar alguns anos para ganhar a aposentadoria integral. Exemplo: considerando um homem de 55 anos de idade e 35 de contribuição em 2015, com uma aposentadoria integral de R$ 3.000. Hoje, ele ainda não pode se aposentar nem por idade (ainda não tem 65 anos) nem pela nova fórmula (a soma de sua idade e tempo de contribuição é 90, e precisa de 95).

O único jeito de ele se aposentar em 2015 seria com o fator previdenciário e, nesse caso, ele não teria aposentadoria integral e perderia dinheiro. O fator previdenciário dele hoje é de 0,7. Assim, ganharia R$ 2.100 de aposentadoria, 42,8% a menos que a integral. Para ganhar a integral, ele poderá esperar: 6 anos pelo fator previdenciário. Em 2021, o fator previdenciário dele será de 1,051. Assim receberá R$ 3.153 (pelo fator é possível ganhar acima da aposentadoria integral); 10 anos pela aposentadoria por idade. Se fosse pela aposentadoria por idade, ele receberia R$ 3.000 em 2025, quando tiver 65 anos. No entanto, o que vale sempre é o valor maior. Nesse caso, portanto, valeria o fator previdenciário, já que ele teria direito a R$ 4.137; 3 anos pela nova fórmula. Em 2018, ele poderá se aposentar recebendo R$ 3.000. A soma de sua idade com o tempo de contribuição será 96. Naquele ano, a fórmula que valerá será a 85/95. Como é possível ver, o jeito mais rápido de ele conseguir a aposentadoria integral é com a nova fórmula. 2 - QUAL É A VANTAGEM DA REGRA 85/95? A principal vantagem da fórmula 85/95 é que o fator previdenciário não é utilizado. Por causa disso, para algumas pessoas, é possível atingir o valor integral da aposentadoria mais cedo do que se fosse pelo fator previdenciário. 3 - QUAL É A VANTAGEM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO? O fator previdenciário é pior para quem se aposenta mais jovem, que vai ganhar uma aposentadoria menor. Porém, para quem é mais velho e contribuiu por muito tempo, o valor pode ser, até mesmo, maior do que o da aposentadoria integral. 4 - QUAL É A VANTAGEM DA APOSENTADORIA POR IDADE? A aposentadoria por idade é melhor para quem tem pouco tempo de contribuição com o INSS quando atinge a idade mínima para se aposentar (60 anos para mulher e 65 para homem). Por exemplo, se uma mulher se aposentar aos 60 anos, com 15 de contribuição, e aposentadoria integral no valor de R$ 3.000, a sua aposentadoria será de R$ 2.550 (85% da integral). Essa mulher não tem o tempo mínimo de contribuição para conseguir a aposentadoria por fator previdenciário, que é de 30 anos para mulheres. Ela também ainda não atingiu 85 pontos, número necessário para conseguir pela nova fórmula, porque a soma de sua idade com tempo de contribuição é igual a 75. Então, para essa mulher, o único jeito de se aposentar aos 60 anos é pela idade.

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VÁLVULA DE ESCAPE

Exportação duplicada Referência mundial em aços especiais, siderúrgica de Timóteo responde com agilidade e eficiência aos desafios impostos pela economia instável do país

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FREDERICO AYRES completa um ano à frente da Aperam neste mês de dezembro

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Com 19 anos de experiência na indústria de aço inoxidável, antes de assumir a presidência da Aperam Frederico ocupou diversas posições no Brasil e na Europa e, desde 2009, comandava a diretoria Comercial. Numa ação rápida e eficaz para responder à desaceleração do mercado interno, a siderúrgica Aperam South America, em Timóteo, praticamente dobrou, graças a ações desenvolvidas em apenas três meses, as suas exportações. O número saltou de 19% para 40%. A revelação foi feita pelo presidente Frederico Ayres Lima, 43 anos, que assumiu como COO (Chief Operating Officer) em dezembro de 2014. Frederico é engenheiro e mestre em ciências, graduado em Metalurgia pela UFMG e com MBA Executivo em Gestão Internacional pela Fundação Getúlio Vargas. Com 19 anos de experiência na in-

dústria de aço inoxidável, ocupou diversas posições no Brasil e na Europa e desde 2009 comandava a diretoria Comercial da Aperam. A companhia exporta para cerca de 40 países, principalmente da América Latina, Europa e Ásia, além dos Estados Unidos. De acordo com o executivo, a elevação das exportações de aço inoxidável não foi exatamente uma estratégia da empresa, mas uma “válvula de escape”, tendo em vista a desafiadora conjuntura que emergiu nos limites do país em função da desvalorização do real, alta da inflação, encolhimento do consumo e queda do PIB.

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INVESTIMENTOS

Surpreendentemente, apesar do quadro sombrio pintado para a economia do país pelos mais respeitados especialistas, o presidente da Aperam ainda informou que a empresa decidiu executar em 2015 um de seus maiores volumes de investimentos dos últimos anos. Indagado sobre as razões daquilo que para muitos poderia parecer um contrassenso, Frederico justificou que os recursos aplicados pela companhia estão relacionados especialmente com melhoria da eficiência e elevação dos níveis de produtividade. Produtora integrada de aços planos inoxidáveis e elétricos e ao carbono, a Aperam South America procura se capacitar ainda mais para enfrentar a forte concorrência imposta pela oferta excedente de aço no mercado internacional. Desde 2011 a empresa conta com um programa estratégico chamado Leadership Jouney, que implica em redução de custos fixos e variáveis, prevendo atingir um ganho de USD575 milhões até o final de 2017. Mas o presidente assegurou que as ações não envolvem demissões além daquelas naturais às reposições de quadro.

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ANTECIPANDO-SE À TURBULÊNCIA

Segundo acrescentou a assessoria de Comunicação da Aperam, no final de 2014 a empresa decidiu antecipar algumas paradas, o que garantiu mais produtividade, qualidade e performance no começo de 2015. O sucesso da implementação do projeto Aperam+ também permitiu retomar a produção aos patamares elevados de produtividade e rentabilidade de anos anteriores, o que mitigou parte do efeito da crise nacional sobre os resultados da companhia. “Estávamos mais fortalecidos para enfrentar a turbulência deste ano, que nos impactou bastante, é claro, mas havíamos nos preparado”, disse o presidente. Uma das relevantes características da Aperam é a flexibilidade na planta, que lhe permite, estrategicamente, adaptar a produção ao segmento de mercado que está mais demandante em determinado momento. Assim é que, atualmente, com o câmbio mais favorável, exportar é importante para a Aperam.

AÇO NOBRE

Em 2016, a Aperam começará a produzir o HGO (High Permeability Grain Oriented), um aço nobre, de alta permeabilidade e ainda maior eficiência energética. A empresa será a primeira siderúrgica nacional a ter o produto em seu portfólio. Com uma produção de 900 mil toneladas de aço líquido por ano, a companhia possui um amplo portfólio com mais de 25 produtos destinados a setores variados como automotivo, cutelaria, bens de capital, construção civil, açúcar e álcool, transportes, entre outros. Completando 71 anos de fundação no próximo dia 31 de outubro, a Aperam South America tem N ov 2015/ Ja n 2016

sua planta siderúrgica localizada em Timóteo e escritórios em Belo Horizonte e São Paulo. São, ao todo, mais de 2.300 empregados diretos. Compõem o Grupo Aperam outras cinco plantas produtoras de aços inoxidáveis e especiais, situadas na Bélgica e França, totalizando uma capacidade instalada global de 2,5 milhões de toneladas de placas/ ano. A Aperam BioEnergia, subsidiária da Aperam South America, planta florestas renováveis de eucalipto e a partir delas produz carvão vegetal que abastece os alto-fornos de Timóteo e comercializa tecnologia de carbonização, madeira, sementes, mudas e biotecnologia. Localizada no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, conta hoje com 1.200 colaboradores e atua nas cidades de Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha.


EXTRA! EXTRA!

Mineiro genial

O bina, criado em 1977, pelo eletrotécnico mineiro Nélio José Nicolai, 75 anos, é o invento brasileiro mais utilizado no mundo e o segundo do país efetivamente universalizado, depois do avião, por Santos Dumont. O identificador de chamadas que permite a quem recebe uma ligação saber, previamente, quem está ligando, tanto nos aparelhos fixos como celulares, teve sua patente reconhecida oficialmente pela Justiça somente em 2012. Foram anos e anos de disputa judicial com as operadoras de telefonia. O serviço rende para as operadoras brasileiras a “bagatela” de cerca de 2,50 bilhões de reais por mês, fruto da cobrança de seis a 10 reais de cada assinante. Por determinação da Justiça, as operadoras do país deverão pagar um percentual deste valor para o criador do sistema, de forma retroativa. O nome bina vem da sigla “B Identifica o Número de A”.

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Carioca abonado

O empresário Jorge Paulo Lemann, 76 anos, filho de suíços e nascido no Rio de Janeiro, entrou para o RankBrasil como o Homem mais Rico do País. Ele estudou na renomada universidade de Harvard e já foi surfista e jogador de tênis profissional. Ocupa o posto que pertencia ao valadarense Eike Batista, 59 anos, que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo em 2012. Com um patrimônio avaliado em 83,70 bilhões de reais, Lemann é também o 17° na lista dos mais influentes no mundo. O homem mais rico do Brasil é o maior acionista da rede de lanchonetes Burger King e da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do planeta (dona de marcas como a Antarctica, Brahma, Budweiser e Skol). Também é sócio da 3G Capital, que em parceria com Warren Buffet (o 4° mais rico do mundo) comprou a gigante americana de alimentos Heinz. Detém ainda empresas como Lojas Americanas e o comércio eletrônico Shoptime.

Ganho de R$ 3,86 milhões por hora Além de ser o homem mais rico do Brasil pelo terceiro ano consecutivo, Jorge Paulo Lemann é também o que mais ganhou dinheiro no último ano. Segundo a revista “Forbes”, seu patrimônio era de R$ 49,85 bilhões em 2014 e foi acrescido de mais R$ 33,85 bilhões. Isso representa um ganho de R$ 92,74 milhões por dia, ou R$ 3,86 milhões por hora em um ano. Está bom ou ainda é pouco, isto num chamado “período de crise”?

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HUMOR



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