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comportamento

Por que nao consigo realizar todas as metas? (parte 2) Mariele Inghes traça agora três pontos essenciais para quem quer mudar para viver os sonhos, principalmente nesta nova época

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lá Bendita Leitora. Continuo aqui a responder a pergunta que abri na edição passada desta maravilhosa revista: por que não consigo realizar todas as metas? Trago três pontos internos da mente que precisam clarear para que se consiga atingir os objetivos: PONTO 1 - Entender se as motivações que nos levam a buscar tal meta fazem sentido verdadeiro, sustentável e consistente nas nossas vidas. PONTO 2 - Conhecermos todos prazeres da zona de conforto que precisamos abrir mão e se conseguimos realmente aguentar a dor desse despojamento. PONTO 3 - Analisar o que sabemos e não sabemos até o momento para chegar ao objetivo escolhido.

Abordarei esses pontos, com o exemplo de uma mulher de 59 anos, mãe de três filhos, aposentada de um cargo público que lhe reserva uma renda suficiente para si e seu/sua companheiro/a busca meu auxilio para passar numa prova da OAB, depois de muitas reprovações, pois quer advogar. Pergunto-lhe que propósito tem isso na sua vida. Ela responde: “para, com maior renda, poder ajudar meus filhos adultos”. Após muitos questionamentos construídos e respondidos na sessão de psicoterapia, ela percebe que esta razão não ajudará verdadeira e significativamente nem a ela e nem a seus

filhos, em suas etapas atuais de vida,a viver o que realmente eles podem e precisam viver, com todas suas forças e emoções. Qual a etapa de vida você está? E o que ela requer que você viva para que ela seja verdadeira, intensa e significativa? Esse motivo consciente não traz a energia suficiente ao ego para agir consistentemente em direção ao objetivo proposto. Assim mostro um motivo de uma meta traçada, que não sustenta ações de uma pessoa por muito tempo, ocasionando procrastinação e sentimento de fracasso. A partir desse insight, ela começou a buscar a razão genuína, que respondesse a uma necessidade interna, totalmente consonante apenas consigo. Analisou que advogaria para continuar sendo útil, sem necessidade primária e imediata do retorno financeiro desse serviço. Percebeu, que nessa etapa de sua vida, não carecia sustentar mais os filhos, não mais ser a mesma mãe que outrora vivera. Havia de ajudá-los a crescer de outra forma, reconhecendo as necessidades atuais deles, e não responder a elas da forma antigamente aprendida. Ou seja: Teve que abrir mão do conhecido e dominado na sua função de mãe, dos prazeres de ser mãe de filhos pequenos: sua zona de conforto, esclarecendo o ponto 2. Refletiu que a aprovação neste concurso e ser advogada não eram

Imagem: Freepik

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necessidades iminentes; e reconheceu tudo o que já havia construído e vivido. Assim com sua autoestima recuperada e ansiedade mais aliviada, pode comigo pensar objetivamente sobre a forma com que vinha se preparando para a prova. Reconheceu seus pontos fortes e fracos, percebeu que não precisava estudar para aprender a advogar, mas sim se preparar para acertar questões. Decidiu não ter aulas, revisar conteúdos e treinar questões. Uma prova não mede nem define quem somos, como pessoa ou profissional. Mede se treinamos bem para tal. Assim esclarecemos o ponto 3. E você, sabe responder essas questões frente a cada meta traçada em sua vida?

Mariele Inghes Psicóloga, Especialista em Equilíbrio Emocional e Produtividade E-mail: minghes@hotmail.com Instagram: @marielemginghes


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