Revista Business Portugal - Junho 2024

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1 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

GRUPO FILINTO MOTA CELEBRA 90 ANOS Gualter Mota Santos

ANA MENDES GODINHO

SAÚDE

BRANDS

PRÉMIO

E CIÊNCIAS DA VIDA

POWER

AUTARQUIA DO ANO



ÍNDICE Junho 2024

3. Índice

Nota de boas vindas...

4. Grupo FILINTO MOTA Grupo FILINTO MOTA celebra 90 Anos

11. Conversas Sublimes Ana Mendes Godinho: A trajetória de uma mulher em missão

14. Líderes e Empresárias de Sucesso 16. SCP Pool

“Acredito que a liderança das mulheres consegue ser mais humana”

22. Raquel Soares

Gestão de Marca Pessoal. Por onde começar? Guia prático para iniciar a gestão da sua Marca Pessoal

24. Saúde & Ciências da Vida 30. SPMR

“Devemos prevenir a infertilidade e promover a fertilidade”

34. IERA

Pioneiros na Reprodução Assistida

39. Brands Power 40. PIICACE

Intermediários de Crédito: PIICACE - Paixão, Integridade, Inovação, Confiança e Ação

47. Deltatau

Nota de boas-vindas...

20 anos de qualidade e competitividade

52. DDC SAMSYS 54. Artigo de opinião Ricardo Costa 55. Empresas Gazela 56. Razões Teóricas “Todos os projetos são chave na mão”

62. PLAN-C Technologies Prémio Empresa Gazela reconhece trabalho e empenho dos últimos cinco anos

66. Setúbal Empreendedor 72. Grandosmile “O nosso sucesso é o seu sorriso”

74. Prémio Autarquia do Ano 75. CM Montalegre Montalegre conquista Prémio pela Excelência e Inovação Municipal

78. CM Freixo Espada à Cinta

Na paisagem dinâmica da economia global, os empresários emergem como os arquitetos do futuro, impulsionando a inovação e contribuindo significativamente para o desenvolvimento social e económico, até porque a inovação é a espinha dorsal do empreendedorismo moderno. Empresários visionários identificam oportunidades onde outros veem desafios, utilizando tecnologia e criatividade para desenvolver soluções que atendem às necessidades em constante evolução da sociedade. A capacidade de inovar não diferencia apenas as empresas no mercado competitivo, mas também impulsiona o progresso em diversos setores. Nesta edição da Revista Business Portugal, exploraramos o universo empresarial, destacando as histórias inspiradoras de empresários visionários, as inovações que estão a transformar as empresas e as estratégias que impulsionam o sucesso num mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, porque o futuro pertence àqueles que têm a coragem de sonhar grande, a resiliência para superar obstáculos e a visão para liderar a transformação.

Fernando R. da Silva

Uma das autarquias mais galardoadas do País

79. CM Machico

Excelência na gestão municipal

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Junho 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares


SETOR AUTOMÓVEL | GRUPO FILINTO MOTA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 4

GRUPO FILINTO MOTA CELEBRA 90 ANOS A propósito da celebração dos 90 anos da empresa, tivemos a oportunidade de entrevistar Gualter Mota Santos, Administrador do Grupo FILINTO MOTA – uma empresa de referência nacional que celebra, este ano, o seu nonagésimo aniversário!

Gualter Mota Santos, Administrador do Grupo FILINTO MOTA

O Grupo FILINTO MOTA tem uma história rica e longa, marcada por desafios e conquistas desde 1934. Quais foram os principais marcos e desafios enfrentados ao longo destes 90 anos e como é que eles moldaram a identidade da empresa? A trajetória do Grupo FILINTO MOTA é um testemunho de resiliência, adaptação e inovação no setor automóvel. Nos anos iniciais, entre 1934 e 1950, a empresa enfrentou desafios relacionados com a Segunda Guerra Mundial, que afetaram a economia global e a disponibilidade de materiais e veículos. A expansão geográfica e diversificação ocorreram essencialmente entre 1950 e 1980. Durante as décadas de 1950 e 1960, o Grupo FILINTO MOTA expandiu as suas operações para novas regiões e introduziu novas Marcas, aumentando a sua presença no mercado e diversificando o seu portefólio que atraiu uma base de Clientes mais ampla. Mais tarde, entre 1980 e o ano 2000, o Grupo FILINTO MOTA preconizou um forte investimento em tecnologia, automação e modernização das instalações e processos. De 2000 a 2020, o Grupo FILINTO MOTA teve de enfrentar desafios económicos e a adaptação ao mercado, designadamente a crise económica mundial de 2008 que representou um desafio significativo, com uma queda na procura de veículos novos e dificuldades económicas. O Grupo FILINTO MOTA teve de se adaptar e se reestruturar. Com a evolução do paradigma digital, desde então, o Grupo FILINTO MOTA investiu ainda mais nas plataformas digitais, facilitando a interação com Clientes. Esta transformação digital foi acelerada pela pandemia Covid-19, que mudou drasticamente os hábitos de consumo.

Ao longo das décadas, o Grupo FILINTO MOTA expandiu significativamente, abrindo novos stands e diversificando as suas atividades. Quais foram as estratégias mais eficazes para sustentar esse crescimento contínuo e alcançar uma presença tão forte no mercado automóvel português? O sucesso do Grupo FILINTO MOTA no mercado automóvel português é resultado de uma combinação de estratégias bem-sucedidas, incluindo a diversificação das Marcas, expansão geográfica, inovação tecnológica, foco na qualidade e satisfação do Cliente, campanhas de marketing eficazes, parcerias estratégicas e práticas sustentáveis. Essas estratégias não apenas sustentaram o crescimento contínuo da Empresa, mas também garantiram uma presença forte e duradoura no mercado automóvel português. Contudo, a estratégia mais eficaz do Grupo FILINTO MOTA continua a ser as pessoas que todos os dias se dedicam à Empresa com paixão e ambição. Garantir uma base de Colabores felizes e satisfeitos com a Empresa, com uma antiguidade média elevada e know-how para evoluir e enfrentar os desafios todos os dias, é o verdadeiro segredo do nosso sucesso! A inovação é um dos valores centrais do Grupo FILINTO MOTA. Quais são algumas das inovações mais impactantes que implementaram nos últimos anos? Como é que a sustentabilidade está a ser integrada nas operações e serviços oferecidos? Ao longo dos últimos anos, o Grupo FILINTO MOTA desenvolveu e implementou plataformas digitais que permitem maior interação online com os nossos Clientes. Essa transformação digital foi acelerada


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pela pandemia Covid-19 e tornou-se uma parte essencial do modelo de negócio, proporcionando aos nossos Clientes uma experiência conveniente e segura. Paralelamente, procedemos à renovação das instalações físicas, focada na melhoria do atendimento ao Cliente para garantir uma experiência única e personalizada. Com a mudança do paradigma automóvel e a crescente tendência da eletrificação, para além de ampliar as gamas eletrificadas no nosso portefólio e infraestruturas adequadas para as mesmas, estamos focados em auxiliar os nossos Clientes na transição energética. Garantimos um acompanhamento especializado desde a escolha do veículo eletrificado até à manutenção e instalação de soluções de carregamento. No âmbito da sustentabilidade, para além de assegurar o cumprimento da legislação do setor, o Grupo FILINTO MOTA incentiva práticas sustentáveis junto dos Colaboradores e implementou sistemas de energia solar e outras fontes de energia renovável nas instalações, de forma a reduzir os custos e a pegada de carbono. O Grupo FILINTO MOTA destaca a importância das pessoas e da cultura organizacional. Como é que investem no desenvolvimento dos seus Colaboradores e mantêm uma cultura que promove confiança, paixão e inovação? São várias as iniciativas que implementámos para uma melhor gestão dos nossos recursos humanos: o investimento no desenvolvimento dos Colaboradores, com programas de formação, plano de carreira e oportunidades de crescimento pessoal e profissional; a manutenção de uma cultura organizacional positiva, com comunicação de valores (Confiança, Pessoas, Inovação, Paixão, Ambição e Transparência); um ambiente de trabalho colaborativo, com espaços de trabalho abertos, eventos e atividades que promovem um bom ambiente e

entreajuda; e, por fim, o incentivo à inovação, com uma cultura de inovação e feedback aberto. Neste ano de 2024, o Grupo FILINTO MOTA celebra 90 anos de existência. Como é que o Grupo está a comemorar esta data tão significativa? Para celebrar os 90 anos de história e percurso, o Grupo FILINTO MOTA organizou um evento no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, onde reuniu Colaboradores, Clientes, Parceiros e figuras importantes do setor automóvel. Uma celebração na história da Empresa, na qual homenageámos todas as pessoas que contribuem diariamente para o sucesso da mesma. Durante o ano de comemoração dos nossos 90 anos, estamos também a dinamizar um conjunto de ações comerciais, com descontos e promoções exclusivas para os nossos Clientes, suportada por ambiciosas campanhas de comunicação multimeios (TV, Rádio, Outdoor e Digital). Paralelamente, sendo os nossos Colaboradores uma parte fundamental destes 90 anos de sucesso do Grupo FILINTO MOTA, temos vindo a dinamizar um conjunto de ações com os Colaboradores, que promovem a divulgação de histórias e experiências de Colaboradores de longa data no Grupo FILINTO MOTA e ações com vista a fortalecer o espírito de equipa. Com 90 anos de experiência, quais são os principais objetivos e estratégia traçada pelo Grupo FILINTO MOTA para os próximos anos? Há planos de expansão, novos serviços ou tecnologias que pretendam explorar para continuar a liderar o mercado? O Grupo FILINTO MOTA desenhou uma estratégia para o futuro que inclui a conclusão dos projetos de renovação de instalações ainda em curso, nomeadamente, em Braga e Guimarães. Adicionalmente, no decorrer de 2024, pretendemos adicionar novas Marcas de viaturas novas ao nosso já extenso portefólio. E, por último, apostar na otimização e aumento da capacidade da área de após-venda, para receber os Clientes das novas Marcas, garantindo sempre um “Um Serviço de Confiança”. No fundo, o nosso objetivo é garantir sempre um serviço rápido e eficaz nas nossas oficinas para os nossos Clientes terem mais tempo para viver. Reforço que a MISSÃO do Grupo FILINTO MOTA é: Existimos para Poupar Tempo aos nossos Clientes, na sua necessidade de mobilidade, através de Soluções Inovadoras, garantindo sempre um Serviço de Confiança. Assim, todo o nosso esforço futuro estará focado em evoluir continuamente os nossos processos (de Vendas de Viaturas Novas, Usadas e de Reparação Automóvel) tornando-os cada vez mais rápidos e com maior qualidade. Acreditamos que o Tempo é o bem verdadeiramente mais valioso. Rico não é quem tem dinheiro para ir de avião do Porto até Lisboa numa hora (33 minutos de voo). Rico é quem tem tempo para ir do Porto até Lisboa em sete dias.


SETOR AUTOMÓVEL | AUTODOC REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 6

EXCELÊNCIA OPERACIONAL E PROGRESSO TECNOLÓGICO Através das palavras de Dmitry Zadorozhny, CEO da AUTODOC SE e Diretor-Geral da AUTODOC Portugal, conhecemos o universo de um dos principais retalhistas online de peças e acessórios para veículos na Europa.

A AUTODOC foi fundada em 2008 e desde então tem registado um crescimento notável. Qual foi o desempenho da empresa em 2023 e quais as perspetivas de crescimento para o futuro? O desempenho tem sido de crescimento contínuo desde 2008. Nos últimos cinco anos, as nossas vendas aumentaram, em média, 26% por ano. Quando comparado com 2022, em 2023, alcançámos resultados recorde: o volume de negócios cresceu cerca de 16% para 1.3 mil milhões de euros, demonstrando um crescimento robusto. O resultado operacional aumentou 30,8% para 134 milhões de euros. Este é um resultado das estratégias bem-sucedidas de otimização de custos e da melhoria da eficiência operacional. O lucro permaneceu constante e forte, com uma margem superior a 10%. Estes números mostram o quão promissor é o nosso modelo de negócio e refletem a nossa capacidade de ganhar nova quota de mercado, mesmo em condições adversas. Estamos otimistas quanto ao crescimento no futuro. Vamos, por isso, investir na expansão e inovação dos negócios, oferecendo ao mesmo tempo aos nossos clientes um verdadeiro valor acrescentado: gama de produtos alargada, aumento e melhoria da infraestrutura logística e otimização de preços. A satisfação do cliente, a excelência operacional e o progresso tecnológico continuam a ser vitais. Este ano, esperamos um crescimento de vendas na ordem dos dois dígitos percentuais. A AUTODOC é reconhecida como um dos principais retalhistas online de peças e acessórios para veículos na Europa. Como é que garantem que continuam a ser líder de mercado e o campeão dos clientes? O foco sempre foi a expansão da nossa gama de produtos e a oferta mais ampla de peças

e acessórios de alta qualidade a preços atrativos aos nossos clientes. Em 2023, expandimos a nossa gama para 5,8 milhões de produtos de cerca de 2.300 fabricantes de marcas - um aumento de mais de 11% em comparação com o ano anterior. Com isto, respondemos também à tendência de os proprietários de veículos preferirem cada vez mais as reparações e a manutenção do que a compra de um carro novo. O número de clientes ativos aumentou em cerca de 800.000, atingindo 7,4 milhões. Isto significa que, apesar da inflação elevada e da queda da confiança dos consumidores, o número de pessoas que encomendou na AUTODOC, pelo menos uma vez, aumentou cerca de 12% em comparação com 2022. Assistimos a um aumento do número total de encomendas - em 1.6 milhões - para cerca de 14,3 milhões, com mais de metade dos clientes a encomendar através da aplicação AUTODOC. Estamos continuamente a trabalhar na otimização e personalização da experiência de compra, oferecendo aos clientes a melhor experiência possível. Que tipo de estratégias utiliza a AUTODOC para garantir que o seu crescimento é saudável e sustentável a médio e longo prazo? A diversificação da nossa atividade é o fator-chave. Lançámos as nossas próprias marcas “RIDEX” (2016) e “STARK” (2013), com base nos conhecimentos adquiridos nas relações comerciais com os clientes finais. As nossas marcas próprias são fundamentais para oferecer preços competitivos e gerar margens atrativas. A quota das marcas próprias nas nossas vendas totais era de cerca de 18%, em 2023, e ainda há espaço para crescer. Continuamos a desenvolver novas linhas de produtos em diferentes segmentos de preços sob as nossas marcas, atendendo às preferências dos clientes e expandindo o seu alcance no mercado. Como empresa líder no mercado europeu de pós-venda automóvel online (B2C), a expansão para o mercado de oficinas (B2B) é um passo natural. Em 2022, lançámos a AUTODOC PRO, em França, uma plataforma digital destinada a clientes B2B. Fizemos crescer a gama de produtos para aumentar as vendas e para desenvolver conceitos de

Dmitry Zadorozhny


AUTODOC | SETOR AUTOMÓVEL 7 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

produtos inovadores adaptados às necessidades das oficinas. No futuro queremos que a AUTODOC PRO sirva novas regiões para aumentar o seu impacto no mercado B2B. A estratégia continua a centrar-se na expansão da nossa atividade na Europa. Queremos reforçar os nossos principais mercados, nomeadamente Alemanha, Áustria, Suíça e França, e aumentar as vendas em mercados mais pequenos. A abertura de novos pontos logísticos, ajuda-nos a estar mais perto dos clientes e a diminuir os prazos de entrega. Por fim, estamos a aumentar a nossa presença na Europa através da abertura de novas localizações, como o Tech Hub em Portugal, o que nos permitirá trabalhar com grandes talentos. Só contratando os melhores profissionais vamos continuar a crescer de forma sustentável. O Tech Hub no Lagoas Park comemora um ano de funcionamento. Qual o impacto da digitalização e que papel desempenham a tecnologia e as IT na AUTODOC? Somos uma empresa de e-commerce, pelo que a digitalização é o motor do nosso negócio. Temos um historial de soluções tecnológicas próprias que são desenvolvidas internamente e adaptadas às necessidades da empresa. A análise de dados avançada, a automatização e a personalização baseada em dados ajudam-nos a otimizar a jornada do consumidor com o objetivo de aumentar o seu envolvimento, a frequência de compra e o tamanho médio das mesmas. Todas as estratégias implementadas são para fortalecer a fidelidade do cliente, promovendo a retenção e aquisição de clientes. Analisamos dados para otimizar a tomada de decisões em todas as fases da cadeia de valor do comércio eletrónico. Utilizamos a base de dados para: identificar e preencher espaços em branco na oferta de produtos (que podem ser introduzidos como parte da oferta de marca própria da AUTODOC), prever e otimizar a disponibilidade de produtos e identificar novas oportunidades. Os nossos sistemas de IT são um fator competitivo importante, uma vez que nos permitem posicionar melhor e aos nossos produtos no mercado. Atualmente, estamos a desenvolver ferramentas baseadas em IA que irão aumentar a nossa eficiência ao longo da cadeia de abastecimento. A AUTODOC opera em 27 países e emprega funcionários de mais de 60 nacionalidades. Como é que a empresa consegue gerir esta diversidade cultural e quais são os maiores benefícios que resultam desta abordagem multicultural? A AUTODOC tem sido uma empresa internacional desde o início. Pouco depois de abrir a loja online na Alemanha, a empresa rapidamente se expandiu para outros países europeus. Este rápido crescimento levou a uma necessidade crescente de equipas qualificadas, à abertura de novas localizações e à internacionalização da equipa. Temos atualmente cerca de 5.000 pessoas num total de dez localizações, incluindo três locais de logística. Estamos cada vez mais focados em abrir novas localizações e distribuir estrategicamente as nossas divisões de negócio e equipas por elas, de forma a alcançar uma estrutura mais global. Como empresa, podemos melhorar a estratégia de contratação, recorrendo a diferentes grupos de

talentos e promovendo a colaboração interfuncional, garantindo a continuidade das atividades e a distribuição do volume de trabalho. Para garantir a transparência e o fluxo de informação entre unidades de negócio em diferentes países e para alavancar o sentimento de pertença, organizamos Global Town Halls trimestralmente para todas as equipas. Defendemos que a diversidade estimula a inovação, desafia o pensamento convencional, encoraja novas ideias e promove a resolução criativa de problemas e tomadas de decisões. A promoção de um ambiente inclusivo e solidário são valores da AUTODOC. Quais são as principais iniciativas implementadas para promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores, dentro e fora do ambiente de trabalho? Em 2023, oferecemos a todos os colaboradores afetados pela guerra na Ucrânia a oportunidade de se mudarem para o Tech Hub em Portugal. Enquanto empresa, cobrimos alguns dos custos iniciais e apoiámos-los no processo de integração. Embora este projeto esteja concluído, continuaremos a oferecer esta oportunidade de se mudarem para os países onde temos presença, se assim o desejarem e se a sua função o permitir. Atualmente, muitos vêem-no como essencial para o desenvolvimento profissional e pessoal. Oferecemos horários flexíveis e um modelo de trabalho híbrido para que os colaboradores possam organizar melhor o seu tempo. Para quem preferir ou precisar, também temos sempre disponível o nosso escritório totalmente equipado. Além disso, oferecemos formações em conformidade com os nossos principais objetivos estratégicos, a fim de desenvolver as competências técnicas e pessoais dos colaboradores. Enquanto empresa internacional, damos acesso a diferentes cursos de línguas para facilitar a comunicação e a colaboração no trabalho. A AUTODOC disponibiliza aos seus colaboradores uma linha telefónica de apoio psicológico disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Qual foi a motivação para a implementação desta medida e quais os impactos observados em termos de bem-estar e prevenção do burnout? No que diz respeito ao apoio psicológico, a AUTODOC trabalha com uma empresa líder em aconselhamento sistémico para oferecer uma linha gratuita e confidencial 24 horas por dia, 7 dias por semana, e sessões online com psicólogos altamente qualificados, disponíveis para colaboradores e para o seu agregado familiar. Reconhecemos que o bem-estar dos colaboradores é crucial para manter a produtividade. Este serviço às equipas permitem que tenham acesso aos recursos de saúde mental necessários com vista à prevenção de burnout, melhoria da satisfação, retenção no trabalho e redução do estigma.


SETOR AUTOMÓVEL | RECIFE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 8

“A RECIFE CONCENTRA A SUA ATENÇÃO NA SATISFAÇÃO DO CLIENTE” No cenário crescente da sustentabilidade e gestão eficiente de resíduos, a RECIFE destaca-se como uma referência no setor. Numa conversa exclusiva, Eduardo Carvalho, CEO, discute as práticas inovadoras e ecológicas adotadas pela empresa para o desmantelamento e reciclagem de veículos. O empresário partilha ainda a visão e as estratégias que têm conduzido ao sucesso da empresa, ressaltando o compromisso com a sustentabilidade e a segurança ambiental.

Fale-nos um pouco sobre a Recife e sobre os serviços que oferecem aos vossos clientes. A RECIFE é uma empresa da rede Valorcar ligada, desde 2007, data da sua fundação, ao ramo automóvel. O nosso trabalho desenvolve-se segundo uma abordagem de dupla especialização: a comercialização de peças, acessórios e resíduos de automóveis usados e o abate de viaturas, em fim de vida ou acidentadas. A empresa iniciou a sua atividade em Viana do Castelo, mas o sucesso permitiu, desde cedo, expandir o negócio para Vila Real, Chaves e Braga, cidade onde se situa, atualmente, a sede da RECIFE. Desta forma, a empresa, com quatro filiais, resulta numa área total de 35.800 metros quadrados, sendo a área coberta 7.050 metros quadrados e os seus serviços são reconhecidos em matéria de rigor e profissionalismo. Para além disto, a RECIFE é uma empresa com responsabilidade social e ecológica que promove a reutilização de peças, com o objetivo de aumentar a utilização de recursos e garante práticas, definidas nos requisitos legais, que minimizam o impacto da sua atividade no meio envolvente. Com um crescimento apoiado em valores como a tradição, a transparência e a ética de mercado, a RECIFE concentra, atualmente, a sua atenção na satisfação do cliente. As evoluções constantes da tecnologia tornam os processos de desmantelamento mais eficazes? Os processos de desmantelamento de veículos têm beneficiado significativamente da automação e da tecnologia, tornando-se mais eficazes em várias áreas. A RECIFE desde 2018 que eliminou todas as requisições e comunicações via papel e caneta, com a implementação de um software de comunicação interna. Como estamos sempre em constante procura por fazer mais e melhor estamos, neste momento, a ultimar os últimos detalhes pré implementação de um software especializado que irá agregar todos os softwares e processos que são utilizados para gerir stocks, rastrear peças, otimizar processos

Eduardo Carvalho, CEO

logísticos e identificar os melhores métodos para a reciclagem de diferentes materiais presentes nos veículos. Todos os colaboradores da RECIFE dispõem de um dispositivo móvel onde têm acesso a todas estas informações relevantes e on time. Toda esta comunicação online, entre colaboradores e filiais, permite-nos responder com mais assertividade e rapidez a todos os pedidos que nos chegam dos nossos clientes. No que toca ao processo de desmontagem de veículos, estamos em fase embrionária do processo de desmontagem virtual que nos permite colocar em stock também os componentes que ainda não foram desmontados, podendo desta forma suprimir ainda mais as necessidades dos nossos clientes, através do alargamento do stock e das opções que apresentamos na nossa loja online. Como funciona a entrega de uma viatura? Quais são os passos necessários? O processo inicia-se com um pedido de orçamento da viatura por parte do seu proprietário, que pode ser feito via site, e-mail ou telefone. Após orçamento, a RECIFE segue os passos basilares para rececionar uma viatura para abate em Portugal, conforme as regulamentações nacionais. Como Centro de Abate Autorizado reconhecido e licenciado para desmantelar veículos de acordo com as normas ambientais e de segurança, a RECIFE antes da receção da viatura para abate, reúne toda a documentação obrigatória. Isso inclui o Documento Único Automóvel (DUA), também conhecido como livrete ou título de registo de propriedade do veículo e também cópia do documento de identificação pessoal do proprietário. Estando toda


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a documentação em conformidade, passamos ao agendamento da recolha do veículo ou à receção da mesma, em caso de o proprietário entregar diretamente nas nossas instalações. Finalmente, a RECIFE emitirá um Certificado de Abate. Este documento é essencial, pois atesta que o veículo foi desmantelado de acordo com as normas legais e ambientais, e serve para comprovar o encerramento do registo do veículo.

Com espaços em Braga, Viana do Castelo, Chaves e Vila Real, quais são as perspetivas em termos de expansão? Que objetivos ainda pretende alcançar? A curto/médio prazo queremos realizar a expansão da filial de Braga, através de terreno já adquirido, aumentando a disponibilidade de stock de componentes de carros mais recentes. Até ao final deste ano, iremos realizar algumas obras na sede em Braga, onde passará pela construção de três pavilhões, que nos permitirá ter cerca de 3.200 metros quadrados de área coberta com a finalidade de maior capacidade de armazenamento para as peças usadas. Os objetivos gerais da RECIFE são sempre os mesmos ano após ano: continuar a crescer, melhorar e servir melhor os nossos clientes.

Como descreve o processo 360 da RECIFE para o abate de veículos? Essa é a característica que melhor define a capacidade instalada da RECIFE. As viaturas para abate são recolhidas pela RECIFE, de forma totalmente gratuita, junto de particulares e profissionais. Uma vez no centro de abate, a RECIFE processa e trata de toda a documentação necessária junto do IMT para cancelamento de matrícula. Após estes passos, as peças que demonstram estar em bom estado são aproveitadas e o resto da viatura é abatida, sempre de acordo com práticas que minimizam o impacto da atividade no meio envolvente. Sabemos que a RECIFE assume um compromisso com a sustentabilidade, quais são os esforços que unem nesse sentido? É um caminho no qual pretendem continuar a investir? A reutilização de peças contribui significativamente para a redução do impacto ambiental e sustentabilidade mundial, deste modo, as mesmas não precisam ser descartadas como “lixo”. A reutilização de peças também evita a necessidade de fabricar novas peças a partir de matérias-primas virgens. Isso reduz a extração de recursos naturais, que são utilizados na produção de metais, plásticos e outros materiais presentes nos veículos. A RECIFE adota várias práticas específicas para minimizar o seu impacto ambiental e do mercado automóvel no geral, incluindo as baterias, e realizamos também a separação cuidadosa de diferentes componentes dos veículos, como a separação de metais (como aço, alumínio, cobre) e plásticos, que são então enviados para instalações de reciclagem especializadas para serem reutilizados na produção de novos materiais. No que toca a fluídos presentes nos veículos, como óleo do motor, líquido de transmissão, líquido de arrefecimento e travões, são drenados e tratados adequadamente para evitar a contaminação do solo, da água e do ar. Mas respondendo objetivamente à pergunta, sim, é um caminho que pretendemos continuar a trilhar e, em breve, iremos fazer investimentos direcionados para a reciclagem e reutilização.

Recife - Braga

Recife

Desmontagem de Veículos, Lda

pecas@recife.com.pt • www.recife.com.pt



ANA MENDES GODINHO 11 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

ANA MENDES GODINHO: A TRAJETÓRIA DE UMA MULHER EM MISSÃO No cenário político português, Ana Mendes Godinho destaca-se enquanto Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas também pela sua jornada pessoal e profissional multifacetada. Nesta entrevista, revelou-se como uma mulher que abraça múltiplas vidas e missões, sempre com o objetivo de transformar positivamente a sociedade.


ANA MENDES GODINHO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 12

O equilíbrio de várias vidas Ana Mendes Godinho, uma mulher que se define “com várias vidas que se vão sucedendo e que fazem parte de um puzzle coletivo”, é uma figura que transita com sucesso entre a vida profissional e a familiar, sem abrir mão de nenhuma. Com uma forte ligação à família, que considera um pilar essencial na sua vida, destaca a importância do equilíbrio entre as duas esferas: “Procurei ter uma vida familiar, que nunca me detivesse a uma participação muito ativa na sociedade em várias dimensões”. A educação dos filhos também é um pilar fundamental, guiada pelo lema “educar para a autonomia”. Uma vez que, acredita que cada indivíduo tem uma missão na sociedade, considera-se “uma mulher de missões em cada momento” encontrando satisfação em transformar vidas. Licenciada em Direito, iniciou a sua carreira como advogada, mas logo se viu atraída pela função pública, assumindo o papel de Inspetora do Trabalho. “Assumi este papel também de serviço público ao serviço das pessoas”, evidenciando o compromisso com a justiça e igualdade. Mais tarde, consolidou a sua experiência em áreas estratégicas como Turismo e Investimento Financeiro, atuando como Consultora Jurídica e Vice-Presidente do Turismo de Portugal. O ponto de viragem na sua carreira política ocorreu

em 2015, quando assumiu o cargo de Secretária de Estado do Turismo, e posteriormente, como Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, dedicando-se a uma das áreas mais desafiadoras do Governo: “Foram oito anos seguidos de funções de responsabilidade governamental”, relembra. Ana Godinho destaca os desafios de ser mulher em cargos de liderança, observando que “a sociedade ainda não está preparada para que nos cargos de liderança sejam as mulheres a assumirem estas funções”. Para si, a igualdade no ambiente familiar foi crucial para conciliar a sua exigente carreira com a vida pessoal: “Tenho uma estrutura familiar que o permite, e assumimos muito que a missão que temos como família é conjunta”. Iniciativas e impacto na sociedade A gestão da pandemia da Covid-19 foi um período marcante na sua trajetória, comparável à crise de 2010/2011, onde “as taxas de desemprego foram superiores a 20% e houve cortes e congelamento salarial”. A resiliência e a capacidade de resposta do país foram determinantes para superar os desafios, especialmente com a implementação de Acordos em Sede de Concertação Social, que permitiram medidas “focadas e assertivas” para proteger os empregos.

A sociedade ainda não está preparada para que nos cargos de liderança sejam as mulheres a assumirem estas funções

Ana Mendes Godinho


ANA MENDES GODINHO 13 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

No que diz respeito à valorização dos salários, Ana Godinho enfatiza o papel de dois acordos de valorização dos salários e da competitividade, que estabeleceram metas a médio prazo para a evolução do salário mínimo e dos salários médios. “Confesso-lhe que foi dos exercícios mais difíceis e exigentes que tive em cima da mesa, mas depois com um grau de satisfação brutal”, recorda. Ana Mendes Godinho, liderou a implementação da semana de trabalho de quatro dias em Portugal, um projeto inovador que considera “bastante inspirador” para o futuro do trabalho. A iniciativa surgiu no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, com o objetivo de “desenvolver novas formas de organização do trabalho e do tempo de trabalho”. O projeto piloto envolveu 41 empresas e cerca de mil trabalhadores, com resultados positivos: “A percentagem de trabalhadores que dizia que era difícil ou muito difícil conciliar trabalho e família desceu de 46% para oito por cento”. Além disso, houve melhorias na saúde mental dos trabalhadores, com reduções significativas em sintomas de ansiedade, fadiga, insónia e estados depressivos. Apesar de 85% dos trabalhadores aceitarem voltar ao regime anterior apenas com um aumento salarial superior a 20%, a produtividade manteve-se positiva. “As empresas reconheceram que o facto da pessoa dedicar um dia exclusivo às suas questões pessoais, acaba por nos dias em que está na organização, concentrar-se e dedicar-se muito mais”. Assim, 95% das empresas decidiram continuar com a semana de quatro dias após o período experimental. No entanto, a ex-Ministra afirma que “este tipo de soluções deve ser consensualizado e conciliado através do diálogo e não imposto”. Concluindo, destaca a importância de novas formas de valorização dos trabalhadores para o sucesso e a sustentabilidade das organizações. “Este tipo de novas formas de olharmos para a valorização dos trabalhadores como crítica das organizações é mesmo essencial, como também o oxigénio das organizações”, afirma. Entre as conquistas que celebra, destaca a criminalização do trabalho não declarado, uma medida crucial para combater a informalidade, especialmente relevante para as mulheres que trabalham no serviço doméstico. Ana Mendes Godinho acredita que esta medida, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, é essencial para combater a pobreza e a dependência ao longo da vida. Ainda na sua trajetória, destacou o desenvolvimento do turismo português, considerando-o um “instrumento detonador de posicionamento e afirmação de Portugal”, não apenas como destino turístico, mas como polo de atração de investimento, novos residentes e mercados. Um exemplo disso, foi a aposta estratégica no mercado americano, que tinha como objetivo combater a sazonalidade e aumentar o valor deixado pelos turistas no país. Outro grande exemplo, é o papel do turismo na recuperação do património e no desenvolvimento do interior. Em relação à Igualdade de Género, Ana Godinho acredita na necessidade de acelerar a inclusão das mulheres no mercado de trabalho, afirmando que se “a sociedade conseguisse acelerar mais do que o tempo normal levaria a que a participação das mulhe-

res em condições de igualdade de oportunidades acontecesse”. Embora reconheça os progressos desde o 25 de Abril, destaca a persistência de obstáculos como profissões vedadas às mulheres e a disparidade salarial de 12% entre homens e mulheres, que considera “inaceitável”. Numa tentativa de impulsionar a Igualdade de Género, a gratuidade das creches e a nova licença parental são medidas cruciais para Ana Godinho, uma vez que “liberta as mulheres para uma participação mais ativa no mundo do trabalho”. Estas ações promovem uma divisão equilibrada das responsabilidades parentais, a igualdade de género e a participação ativa das mulheres no mundo do trabalho.

É fundamental ter cada vez mais pessoas, jovens e mulheres e homens a participar na vida política ativa

Uma trajetória repleta de possibilidades Na sua trajetória de dedicação ao serviço público, defende a participação ativa das mulheres na sociedade e na política. “Não há impossíveis e nós, mulheres, muitas vezes, somos demasiado exigentes connosco próprias e achamos que não conseguimos, ou que é impossível”, encorajando as mulheres a acreditarem em si mesmas e a romperem barreiras. Durante o seu mandato como Secretária de Estado do Turismo, notou que nas fotografias oficiais, estava quase sempre rodeada por homens. “Era só uma evidência, porque quem estava nos lugares de topo eram homens”, sublinhando a predominância masculina nas esferas de poder. Determinada a mudar essa realidade, começou por garantir a presença de mulheres nas fotos oficiais e a incentivar ativamente a participação feminina em conferências e painéis, promovendo um ambiente mais inclusivo e equitativo. Para a ex-Ministra, a política é uma arte de transformação social e uma ferramenta para construir uma sociedade mais justa. “É fundamental ter cada vez mais pessoas, jovens e mulheres e homens a participar na vida política ativa,” acreditando que a participação é crucial para a mudança. A trajetória de Ana Mendes Godinho é um testemunho inspirador de como a dedicação ao serviço público pode resultar numa vida repleta de realizações e transmitir uma mensagem poderosa de que “não há impossíveis”. A sua história reflete a sua paixão e compromisso, mas também serve como uma chamada de atenção para todos os que procuram contribuir para uma sociedade mais igualitária e justa.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 14

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO As líderes e empresárias de sucesso representam uma força transformadora no mundo dos negócios, destacando-se pela sua capacidade de inovar, liderar e inspirar. Em diversos setores, estas mulheres têm rompido barreiras tradicionais, desafiando normas estabelecidas e criando novos paradigmas de liderança e gestão. Estas profissionais não alcançam apenas marcos impressionantes nas suas carreiras, mas também desempenham um papel fundamental na promoção da diversidade e inclusão nos ambientes corporativos. A liderança feminina é frequentemente associada a características como empatia, colaboração e resiliência, qualidades que se têm mostrado essenciais para o sucesso e sustentabilidade das empresas no cenário global contemporâneo. Muitas destas líderes começaram as suas trajetórias em contextos desafiadores, no entanto, através de determinação, habilidades excepcionais e uma visão clara, elas conseguiram transformar desafios em oportunidades, alcançando posições de destaque e influência. O reconhecimento e a celebração das líderes e empresárias de sucesso são fundamentais para continuar a avançar na igualdade de género e incentivar mais mulheres a aspirar e alcançar posições de liderança.


LÍDIA REIS | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO 15 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

MEDICINA E ARTE: TRAJETÓRIA DE LÍDIA REIS

Lídia Reis

Lídia Reis, Médica Coordenadora de GinecologiaObstetrícia nas clínicas CUF Miraflores e São Domingos de Rana, além de Diretora Clínica na CUF Miraflores, possui uma trajetória profissional marcada por conquistas e um compromisso com a saúde feminina. Em entrevista, partilhou com a Revista Business os desafios enfrentados ao longo da sua carreira, bem como as suas perspetivas sobre o futuro da medicina e o equilíbrio entre a sua carreira médica e a sua paixão pelas artes plásticas. A formação de Lídia Reis começou no Hospital Garcia de Orta, onde concluiu a sua graduação na especialidade. Posteriormente, exerceu funções de coordenação em diversos contextos, incluindo o Hospital de Cascais, onde trabalhou na área de Senologia durante 11 anos. “Fui convidada, juntamente com vários colegas, para fazer parte dum projeto Hospitalar, com formação de várias unidades funcionais. Fui coordenadora da Unidade de Mama daquele Hospital, onde tive o prazer de desenvolver um trabalho do qual me orgulho muito”, relata. Apesar do seu vínculo com o setor público, a médica acabou por aceitar um convite da CUF em 2017, ingressando na CUF Miraflores como coordenadora de Ginecologia-Obstetrícia. “Em 2018, fui nomeada diretora clínica. A partir daí, integrei a equipa da CUF Domingos de Rana como coordenadora de Ginecologia, após algum tempo”, explica. Lídia Reis acredita que as principais características necessárias para liderar equipas em Unidades de Saúde, são para lá da competência profissional, a capacidade de trabalho em equipa,

que nem sempre é fácil e capacidade de gerir conflitos. “Acredito que é essencial ter confiança na competência profissional das pessoas com quem trabalhamos, apostando na diferenciação, mas também olhar para o potencial do valor humano e individual de cada um. Na CUF, a médica tem implementado estratégias de gestão que têm como objetivo garantir a excelência clínica no atendimento aos pacientes. “No caso do Cancro da Mama, as doentes têm muitas fragilidades. É necessário uma equipa multidisciplinar, contando não só com Radiologistas, Oncologistas, Radioterapeutas, Cirurgiões Plásticos, entre outros, mas também com o apoio duma Psicóloga, uma Assistente Social e uma Enfermeira especializada que acompanha estas doentes no seu percurso de tratamento. Além da sua carreira médica, Lídia Reis é reconhecida internacionalmente como uma artista plástica talentosa. A pintura surgiu de forma natural, sendo uma paixão desde a juventude. “A pintura tornou-se uma forma de libertação do stress do dia a dia da minha atividade médica, que, por vezes, pode ser frustrante quando não conseguimos tratar os nossos doentes como desejaríamos. A arte ajudou-me a encontrar uma forma de libertar e transmitir os meus pensamentos e emoções para os outros. Apesar da dificuldade em conciliar a medicina e a pintura, Lídia acredita que ambas a acompanharão para o resto da vida. “Acredito que a Arte me acompanhará sempre, tal como a Medicina. Somos médicos toda a vida, mesmo após a reforma, e penso que a Arte, de igual modo, será uma parte da minha essência”, sublinha. Sobre a representatividade feminina, Lídia Reis reconhece que a mulher tem assumido um papel cada vez mais preponderante na sociedade. “Deixou de ser apenas mãe e companheira e passou a ser uma profissional, tal como os homens, afirmando-se cada vez mais na nossa sociedade. Isso traz vantagens e desvantagens. Para além de profissionais, somos também mães e esposas, temos múltiplas funções e responsabilidades na organização da família, mas também com uma forte sensibilidade para sentir o outro, que pode ser uma vantagem a nível profissional”. Olhando para o futuro da Ginecologia-Obstetrícia, acredita que a subespecialização e o desenvolvimento científico serão fundamentais. “Já não estamos na época do médico que fazia de tudo um pouco. Isso está ultrapassado e as unidades de saúde já reconheceram essa realidade. Por isso, devemos apostar na subespecialização”, afirma. Assim, a trajetória de Lídia Reis não se limita a marcos profissionais, mas é um testemunho de dedicação, inovação e paixão tanto na medicina quanto nas artes, exemplificando o potencial humano para a excelência em múltiplos domínios da vida. www.mariaoliveirareis.com


LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | SCP POOL REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 16

“ACREDITO QUE A LIDERANÇA DAS MULHERES CONSEGUE SER MAIS HUMANA” A SCP Pool Portugal é uma referência indiscutível no setor de piscinas e wellness, distinguindo-se pela qualidade superior dos seus produtos e soluções inovadoras. Assumindo-se como uma empresa diferenciadora, atribui cargos de chefia a mulheres empreendedoras. Através desta entrevista, conheça o mundo e a essência da SCP Pool Portugal.

Maria Inês Reis, Paula Caiado, Elisabete Santos, Filipa Santos e Isabel Ribeiro

A SCP Pool Portugal é uma empresa especializada na distribuição de equipamentos e soluções para piscinas e wellness. Como descrevem a sua jornada e posicionamento? Filipa Santos, Diretora-Geral - A SCP Pool Portugal teve o seu início no ano de 2001 e, desde então, temos tido um crescimento sempre muito consistente, numa média de 20% ao ano, sempre com contratações anuais de modo a fazer face a esse crescimento acentuado ano após ano. Desde muito cedo, foi ganhando reconhecimento no mercado por parte dos seus clientes, os profissionais deste setor. Neste momento, temos uma quota importante de mercado de

cerca de 25%, o que nos deixa muitos satisfeitos tendo em conta todo o percurso da empresa, e a dificuldade que temos, cada vez maior, da entrada da concorrência em mercado nacional, bem como o mercado digital com plataformas de venda online. No entanto, a preocupação com a formação e inovação, bem como um serviço rápido e muito personalizado aos nossos clientes, tem-nos mantido sempre em posições de liderança neste mercado. Prova disso é um mercado que ainda está em franca expansão, e que o setor das piscinas acumulou, que é o mercado wellness, somos uns dos principais dinamizadores deste mercado em Portugal, tanto a


SCP POOL | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO 17 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

nível privado como a nível comercial. Temos também uma equipa formada nesta área que faz todo o acompanhamento ao cliente profissional a nível de consultoria, proposta de equipamentos e acompanhamento na obra, sempre com ideias inovadoras e com a experiência e know-how que nos caracteriza desde sempre. Assumindo-se como uma empresa diferenciadora, atribui cargos de chefia a mulheres empreendedoras. Quais as mais-valias tangíveis que a presença de líderes femininas traz para a organização, tanto em termos de desempenho financeiro quanto de cultura organizacional? Filipa Santos - Nunca foi intenção atribuir cargos de chefias a mulheres especificamente, até porque também temos homens na liderança, no entanto as mulheres nos últimos anos da SCP Pool Portugal ocupam um lugar de destaque. Creio que o fato de eu ser mulher, ajudou a que não houvesse esse tipo de preconceitos, apesar de ter “nascido” profissionalmente num setor maioritariamente masculino, o setor da construção, seria natural que a tendência fosse contratar no masculino, no entanto acredito na mais-valia que as mulheres podem trazer para qualquer organização, nomeadamente numa liderança mais sensível às pessoas e virada para os colaboradores. Sempre acreditei que o mais valioso numa empresa são as pessoas, e apesar de muitas vezes não se conseguir ir ao encontro das expectativas de todos, o mais importante é ter uma política de transparência de recursos humanos que permita que as pessoas se sintam bem na empresa e acreditem na empresa. Acredito que a liderança das mulheres consegue ser mais humana, transparente e solidária e por isso levar uma equipa rumo ao objetivo de uma forma mais equilibrada e com verdadeiro empenho e compromisso de todos os elementos dessa equipa. Paula Caiado, Diretora de Vendas - Nem sempre é fácil impormo-nos enquanto mulheres, especialmente num negócio tão técnico, que implica acompanhar clientes à obra e testar equipamentos tão complexos. As diretoras da SCP Pool Portugal têm sido verdadeiras líderes, levando a empresa a novos patamares. Que características ou skills destacam de cada uma das cinco, que permitiram alcançar o sucesso e um patamar de excelência? Filipa Santos – O facto de cada uma de nós ter uma personalidade diferente, leva a um equilíbrio perfeito entre todas as áreas da empresa, de um modo mais leve e fluido. A Maria Reis, Diretora de Marketing, é uma pessoa muito humana, tem sempre uma perspetiva muito humanizada do mercado, e isso transparece em toda a comunicação da empresa, tanto para os nossos clientes como internamente. A Paula Caiado, Diretora Comercial, é uma mulher com uma energia inesgotável que nos leva a acreditar que tudo é possível, contagiando tudo e todos que estão em seu redor. A Elisabete Santos, Diretora Financeira, é uma pessoa com uma alegria contagiante e um positivismo perante as situações às vezes mais adversas, uma simpatia e grande capacidade de comunicação

integrando facilmente qualquer novo membro na equipa. A Isabel Ribeiro, Diretora de Compras, tem uma personalidade muito crítica e muito analista sobre as coisas, é muito objetiva e pragmática e estas características equilibram bastante a equipa no sentido de “nos trazer à terra”, e nos faz ajustar os pensamentos à realidade. Em 25 anos de carreira profissional, sempre dei grande importância ao bem-estar dos colaboradores, acredito que uma organização em que as pessoas se sentem bem, se sentem ouvidas, vistas, acarinhadas, é sempre muito mais produtiva, e gera uma rentabilidade muito maior, e para isso todo o meu foco sempre foi e continua a ser a área de recursos humanos. Para o futuro, o que podemos esperar da SCP Pool Portugal? Que mensagem podem deixar a mulheres que possam olhar para as cinco como modelos a seguir e que pretendem construir uma carreira de sucesso como a vossa? Filipa Santos - O futuro da SCP Pool Portugal vai continuar a passar pela aposta no cliente, temos de continuar a estar próximo do cliente, temos de entender os seus constrangimentos, as suas dificuldades e estar preparados para as compensar, somos o apoio que os nossos profissionais do setor precisam, de um modo muito humano, acessível e empático. O cuidado que temos com as pessoas a nível interno, temos também com os nossos clientes. A formação é uma área fundamental da nossa empresa, formação interna e para clientes, acredito que é preciso formar bons profissionais, e a SCP tem todas as ferramentas para dar esta formação, no nosso centro de formações certificado pela DGERT. Apostamos também na inovação dos nossos serviços, e apoio ao cliente, com vários showrooms e equipamentos preparados para serem experimentados (situação única em Portugal), plataforma de encomendas online para os nossos clientes, serviços expressos de peças, apoio em obra e consultoria, são alguns dos nossos serviços de algum modo inovadores no nosso mercado. Maria Inês Reis, Diretora de Marketing - Temos ganho muitos prémios a nível europeu, e isso ajuda ao reconhecimento do grupo enquanto equipa, e é este espírito de equipa e entreajuda que nos faz ser diferentes, e atingir resultados mesmo perante as adversidades do dia a dia. Filipa Santos - Não podemos pôr em causa a nossa competência, a nossa capacidade de trabalho, a nossa capacidade de liderança, ainda que liderança mais humana e empática, mas mais eficaz, e, portanto, confiança também num futuro de igualdade em que as mulheres terão um espaço no mundo profissional tão preponderante como os homens.

info.pt@scppool.com • www.scpeurope.pt


LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | LÍGIA ROSA - ADVOGADA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 18

“SER ADVOGADA, PERMITE-NOS TER OUTRA SENSIBILIDADE” A Advogada Lígia Rosa, conceituada pela sua atuação nas diversas áreas do direito, tem-se destacado como uma profissional comprometida com a excelência jurídica e a defesa dos interesses dos seus clientes. Com uma carreira sólida e uma reputação construída com base na ética e na competência, Lígia Rosa é reconhecida pela sua abordagem personalizada e eficaz na resolução de casos complexos, conquistando confiança e admiração no cenário jurídico português.

Na sua jornada profissional na advocacia, destaca-se uma abordagem distintiva e estratégias inovadoras. Quais são as características que entende distinguirem a liderança feminina na advocacia, particularmente em termos de assertividade, persuasão e empatia? Licenciei-me muito jovem, com apenas 22 anos, iniciei a minha jornada na Advocacia com um estágio não remunerado. Agreguei em junho de 2003 e decorrido pouco mais de um ano fui mãe, abri o meu primeiro escritório na aldeia que me viu crescer, tinha o meu filho poucos meses. Não é fácil conciliar o exercício da Advocacia com a maternidade, a nossa tão honrada profissão exige total entrega e dedicação. Recordo como se fosse hoje, o meu primeiro dia no escritório da “província”, em que me entrou porta dentro um trabalhador rural da zona que tinha sido despedido naquele momento. Representei o senhor na altura, e decorridas quase duas décadas, continua a ser meu cliente, bem como a restante família. Exerci em Águas de Moura por cinco anos. Foi uma experiência desafiante e enriquecedora. O contacto com os clientes nos meios pequenos, exige de nós uma abordagem e uma entrega diferentes. O meu filho foi crescendo e os desafios tornaram-se maiores. Rumei à “cidade” e abri escritório na cidade de Setúbal, onde me mantenho até hoje. Exerço Advocacia em prática individual há 21 anos. Não é fácil exercer no feminino, recordo-me que no início tive grandes obstáculos pelo facto de ser mulher e muito jovem, mas, como tudo na vida, o caminho, faz-se caminhando, e ao longo do tempo, fui conseguindo demonstrar o profissionalismo e a total entrega com que me dedico a todas as causas. Sempre que recebo um cliente, é-me trazido um problema, as pessoas buscam soluções. Há que olhar de forma direta e objetiva para encontrar a melhor solução, mas nunca esquecendo que quem temos na nossa frente são pessoas, muitas das vezes desesperadas e em busca de ajuda. Pauto por uma postura correta, honesta e profissional, mas sem nunca descurar que os clientes são seres humanos e não números. Talvez seja essa a principal característica que me distingue,

Lígia Rosa, Advogada


LÍGIA ROSA - ADVOGADA | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO 19 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

e a calma, sou sempre muito calma. Na realidade, os colegas homens que me perdoem, mas ser Advogada, permite-nos ter outra “sensibilidade”, não é uma questão de persuasão, é-nos inato. Quanto à assertividade, o segredo está na experiência, no trato, a calma em situações de grande stress, inteligência intelectual e emocional, capacidade de lidar com situações delicadas de forma serena, mas sempre com elevada competência e profissionalismo. Quais foram os maiores obstáculos que enfrentou na sua trajetória profissional e de que forma os superou, mantendo-se resiliente e determinada nos seus objetivos? A fase mais difícil da minha carreira, foi sem dúvida, o assalto de que fui vítima no meu escritório em Setúbal, seguido de fogo posto. Aconteceu em novembro de 2019 e ainda me custa falar sobre o assunto. Foi nos colegas que encontrei forças. Foi inacreditável, recebi apoio de todos os cantos do país. Foi mesmo o apoio de todos que me fez superar e, hoje, trajo com muito orgulho a toga que me foi oferecida pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados. Não é fácil falar sobre este assunto. Superei e agradeço publicamente o apoio de todos. Por vezes, olho para trás e parece-me impossível ter conseguido. Mas consegui! Obrigada a todos quantos me deram alento. Tal como Fénix, foi quase um renascer das cinzas. Na altura fiquei sem nada, mas nasceu em mim uma força inabalável, reergui-me, não consegui continuar a exercer sozinha, mas, como se costuma dizer, há males que vêm por bem e, neste momento, estou perfeitamente integrada num escritório de MULHERES. Sim nós somos três mulheres, a Dr.ª Cristina de Sousa e a Dr.ª Carla Pinto “acolheram-me” naquele que agora é o nosso escritório e está a correr muitíssimo bem.

Agradeço publicamente o apoio de todos. Por vezes olho para trás e parece-me impossível ter conseguido. Mas consegui! Obrigada a todos quantos me deram alento. Tal como Fénix, foi quase um renascer das cinzas. Na altura fiquei sem nada, mas nasceu em mim uma força inabalável, reergui-me

Os Advogados continuam sem qualquer proteção social, para além de mãe, também sou filha, e também os meus pais precisam da minha assistência. Este é um paradigma que tem de ser alterado com o máximo de urgência possível, é inadmissível

A conciliação entre vida profissional e pessoal representa um desafio singular para mulheres em posições de liderança. Como é que consegue equilibrar as suas responsabilidades pessoais e profissionais, assegurando um elevado desempenho em ambas as esferas? É extremamente difícil. O truque é fazer o que se gosta. Não é fácil ser-se mãe e Advogada a tempo inteiro. Não tive qualquer apoio na maternidade, direito a assistência a família ou baixas médicas. O meu filho tem quase tantos anos como a minha carreira, costumo dizer que cresceram juntos. Os Advogados continuam sem qualquer proteção social, para além de mãe, também sou filha, e também os meus pais precisam da minha assistência. Este é um paradigma que tem de ser alterado com o máximo de urgência possível, é inadmissível. A Ordem dos Advogados está a diligenciar nesse sentido, mas infelizmente, esta é uma luta que já dura há largos anos e ainda está longe de ter fim à vista. Projetar-se para o futuro é crucial, contudo, é igualmente essencial ponderar o impacto e legado que deixamos. Que legado ambiciona deixar à próxima geração de advogadas? De que forma está a contribuir para a construção desse legado? Nunca desistir de lutar pelos nossos objetivos e ideais, sempre com honestidade e transparência, perseverança e adaptação ao mundo moderno, acompanhando as mudanças tecnológicas mas sem nunca esquecer que a justiça é feita de pessoas e para pessoas.

Lígia Rosa ADVOGADA

ligiarosa-18978l@adv.oa.pt


LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | PISTACHO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 20

UM SERVIÇO DIFERENCIADO E EXCLUSIVO Através das palavras da Arquiteta Bárbara Dias, percebemos que a Pistacho se traduz numa jornada de criação e inovação.

Bárbara Dias, Arquiteta

A trajetória da Pistacho Decor é bastante inspiradora. Quais os principais desafios e estratégias adotadas para superá-los e garantir o crescimento sustentável? O Projeto Pistacho nasce e cresce em plena pandemia, uma época que por si só, já era bastante difícil em diversos aspetos. Nesta altura, as redes sociais foram a alavanca para que o projeto crescesse e prosperasse. Comecei a partilhar o meu conhecimento na área da Arquitetura e dos Interiores, o que me permitiu criar um público que compreendia as minhas capacidades, compreendia qual o trabalho que poderia desenvolver e identificava-se com ele, e sobretudo futuros clientes que consideraram que seria a pessoa ideal para criar as suas casas de sonho. Um processo evolutivo, que me permite entregar um serviço diferenciado e exclusivo, muito pensado e planeado, fruto de muito trabalho, permitiu criar aos poucos uma equipa que cresceu consoante o crescimento da empresa, permitindo-me delegar algumas tarefas podendo-me focar em aspetos que permitem aumentar o crescimento da empresa e a sua expansão. A Pistacho começou com ilustrações e expandiu-se para projetos completos de arquitetura e interiores. Como é que a sua formação e experiência em Arquitetura influenciaram essa transição e o desenvolvimento de um estilo único? A trajetória da Pistacho inicia-se pela criação de ilustrações para decoração de quartos de criança, que se tornou muito popular pelo Instagram. Da partilha de ilustrações comecei a partilhar semanalmente dicas sobre decoração de interiores e o meu conhecimento sobre a

arquitetura de interiores o que resultou em pedidos de projetos de interiores, inicialmente de divisões e progressivamente de moradias completas. Em 2023, publiquei o meu livro - “Aprenda a decorar a sua casa de sonho”. Todo este processo foi evolutivo, tendo demorado o seu tempo, o essencial foi garantir que o crescimento da empresa estava bem estruturado, o que permitiu o crescimento da equipa, e manter sempre uma forte presença nas redes sociais, garantido uma estrutura funcional. Como é que abordam a personalização de projetos para garantir que cada espaço reflita a individualidade dos seus habitantes? Os projetos da Pistacho são 100% personalizados! Todo o mobiliário e demais elementos são desenhados especificamente para cada cliente, tendo em consideração as suas necessidades e gostos. A produção destes elementos é na sua grande parte artesanal, o que os torna ainda mais únicos e personalizados. Não repetimos elementos em projetos, porque cada cliente é único, os seus gostos e as suas necessidades são dessa forma também únicos, o que torna os elementos de cada projeto exclusivo de cada cliente. Utilizamos muito a premissa de que cada cliente é um cliente e cada casa é uma casa pelo que nunca serão iguais. Procurando sempre corresponder aos seus gostos, mas sobretudo às suas necessidades, garantindo sempre a funcionalidade de cada espaço. Como é que incorporam os conceitos de sustentabilidade e bem-estar nos projetos desenvolvidos, equilibrando estética, funcionalidade e responsabilidade ambiental? Inicialmente, importa distinguir sustentabilidade do “design de interiores verde”, este último foca-se especificamente em preocupações ambientais e ecológicas ao passo que a sustentabilidade tem uma abordagem mais extensiva que engloba aspetos ambientais, sociais e económicos – o seu objetivo passa por criar projetos ecologicamente considerativos que ao mesmo tempo promovam o bem-estar de quem utiliza os espaços. Resumindo, não produzimos em larga escala, projetamos espaços atemporais diminuindo o rápido descarte dos artigos, apostamos em produção nacional e artesanal, procuramos matérias que sejam naturais e “amigas” do ambiente, e procuramos fazer o maior proveito dos recursos existentes como a exposição à luz natural entre outros. Quais são os principais objetivos da Pistacho para o futuro? Ao longo deste ano, temos um novo projeto muito especial preparado! É um projeto no qual temos trabalhado bastante, tem sido muito planeado e desejado. Acreditamos que nos fará chegar às casas de ainda mais clientes. Para já ainda não posso revelar mais detalhes. Por outro lado, pretendemos continuar a crescer, de forma consolidada, e expandir-nos no mercado internacional, de forma a criar casas de sonho em todo o mundo! help@pistachodecor.com www.pistachodecor.com


FILIPA FRAGA - ADVOGADA | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO 21 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Filipa Fraga Gonçalves, Advogada

“PARA MIM, ESTA PROFISSÃO, SEM EMOÇÃO NÃO EXISTE” Com uma carreira marcada pela defesa de causas complexas e de grande relevância social, a Advogada Filipa Fraga Gonçalves alia conhecimento técnico a uma abordagem humanista.

De que forma a sua experiência como monitora de toxicodependentes e fundadora da associação ‘Crescer’ influenciou a sua abordagem como advogada, especialmente em áreas sensíveis como Família e Menores? Quando co-fundei a associação “Crescer”, tinha terminado o estágio de Advocacia há pouco tempo. No entanto, o comportamento humano sempre me fascinou e propus-me para além de ajudar na parte jurídica, fazer trabalho de rua. Fi-lo, com muito orgulho e imensa gratidão, porque trabalhar fora da nossa zona de conforto dá-nos uma perspetiva de vida única. Este flagelo atinge todas as classes sociais, desde as infâncias mais sofridas às mais felizes. Não quero afirmar, nem poderia, que os problemas que os jovens têm, são responsabilidade dos pais. Mas afirmo com toda a certeza, que a falta de demonstração de interesse pela vida dos filhos tem uma forte probabilidade de se refletir na sua vida futura. E, infelizmente, tal reflete-se cada vez mais na vida destes jovens, com o crescimento do crime e da violência no nosso país. Presentemente, o Direito da Família e Menores e o Direito Penal, andam de “mãos dadas”. Portanto, esta vivência no terreno, só me deu mais certezas que as áreas onde queria trabalhar tinham de envolver pessoas e emoções, apesar do sofrimento que tantas vezes absorvo. Mas para mim, esta profissão, sem emoção não existe. Quais foram os principais desafios que enfrentou ao iniciar a sua prática de forma independente e que competências considera que contribuíram para o seu sucesso? Estagiei numa sociedade de advogados e poderia ter ficado, mas não era feliz com a falta de autonomia e independência que ali iria

ter. Por outro lado, queria dedicar-me às áreas de Família e Menores, bem como Crime, que não eram tratadas nesta sociedade e, desta forma, com 23 anos decidi queria ser dona do meu tempo e dos temas a tratar. A instabilidade financeira que advém desta opção, é uma constante ainda hoje, mesmo com uma carteira de clientes tão vasta. Basta lembrarmo-nos da pandemia em que a advocacia foi uma das profissões mais atingidas, ao nível monetário e com falta de apoios sociais. No entanto, acumulo outras funções como mediadora de conflitos e procuradora bancária, que também são uma fonte de rendimentos. Mas para aqui chegar, foram anos de coragem, foco e muita persitência. Acreditei sempre que o meu trabalho iria dar frutos, mas consciente que é preciso estudar muito e fazer sacrifícios, para vingarmos num trabalho digno. Quais as qualidades que uma líder feminina deve possuir para se destacar em cargos de direção na advocacia e em outras áreas? Como tem aplicado essas qualidades como Vogal do CRLisboa? Qualquer líder, independentemente do seu género, não impõe, dialoga, percebe quais as necessidades dos outros e onde se pode diferenciar. Não há nada que veicule melhor a liderança do que o exemplo. Colocando a liderança no feminino, acrescentaria o saber ouvir e daí partir para a objetividade de simplificar o que é complexo, mas acima de tudo sabermos fazer-nos respeitar como mulheres, em qualquer área que exerçamos. Somos diferentes e, por isso, começa por nós o auto-respeito, no Direito ou em qualquer área profissional. No CRL aplico estas qualidades, em prol da equipa, aprendendo com colegas que sabem mais do que eu e com respeito pelos princípios que regem este órgão tão importante da Ordem dos Advogados. Que conselhos daria a jovens advogados, especialmente mulheres, que pretendem alcançar cargos de liderança e empreender na advocacia? Respeitem a deontologia da nossa profissão, trabalhem nas áreas que vos façam felizes, mas não fechem as portas ao desconhecido que pode ser uma agradável surpresa. Estudem, façam formações, mas tenham a capacidade de desligar. Façam-se respeitar pelo cliente e respeitem os colegas. Ouçam e observem mais do que falam. Nos pequenos pormenores, pode ganhar ou perder-se uma ação. Para se trabalhar bem, tem de haver dedicação e fazer uma tarefa de cada vez, com eficácia. Assim, com planeamento e organização, conseguimos fazer muitas coisas bem feitas em tempo útil, mas não ao mesmo tempo e é isto que, ao contrário do que dizem, as mulheres conseguem fazer melhor, porque acumulam a parte profissional e familiar de forma natural. Por último, lembrem-se que aplicar a Lei nem sempre é fazer Justiça. Aquela é essencial para alcançarmos esta e só quando aqui chegamos, cumprimos a nossa missão.

964 299 196 (chamada para rede móvel nacional)

filipa_fraga_goncalves@hotmail.com


PERSONAL BRANDING | RAQUEL SOARES REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 22

GESTÃO DE MARCA PESSOAL. POR ONDE COMEÇAR? GUIA PRÁTICO PARA INICIAR A GESTÃO DA SUA MARCA PESSOAL

A gestão eficaz da marca pessoal hoje é mais do que uma diferença no mercado, é uma necessidade estratégica, seja qual for a sua área de atuação. Uma marca pessoal forte não cria apenas uma boa impressão, mas constrói confiança, credibilidade e um legado. Neste artigo encontra um guia, fundamentado na metodologia TO BE® que é um sistema estruturado para a gestão de marca pessoal que abrange cinco pilares essenciais: a identidade, o posicionamento, a reputação, a imagem profissional e a comunicação. Em 2014 desenvolvi a metodologia TO BE®, para a gestão da marca pessoal, baseada em cinco pilares que se interligam para criar uma marca robusta e coerente. Cada pilar é medido com base em objetivos claramente definidos pelo profissional, permitindo uma avaliação contínua e melhorias constantes. Esta abordagem sistémica assegura que todos os aspetos da marca pessoal são otimizados para alcançar o sucesso desejado.

Vou simplificar a implementação deste guia, contudo não quero criar falsas promessas, ou seja, se não estiver pronto para fazer este desenvolvimento, seja este ou outro guia nada vão fazer por si. Veja isto como um início para fazer de forma diferente todas as suas ações na sua vida pessoal e profissional. Ao identificar os cinco pilares da metodologia TO BE®, será o seu ponto de partida para entender, por onde deve começar o seu processo de gestão de marca pessoal: 1. Identidade, define quem é. 2. Posicionamento, que o destaca no mercado. 3. Reputação, que reflete a sua credibilidade. 4. Imagem profissional, que comunica a sua autenticidade visualmente 5. Comunicação, que transmite a sua mensagem ao mundo.


RAQUEL SOARES | PERSONAL BRANDING 23 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Cada pilar é medido com base em objetivos específicos, este sistema de melhoria contínua assegura que a marca pessoal permanece relevante, autêntica e eficaz ao longo do tempo. A inter-relação entre os pilares significa que mudanças num pilar podem impactar os outros, o que requer uma abordagem global e integrada para a gestão da marca pessoal. Assim, caro leitor, proponho a que faça esta leitura com a reflexão do que, até a data de hoje, tem feito de forma consciente para gerir a sua marca pessoal e que sirva de guia para esta viagem ao mundo do Personal Branding. Pilares da Metodologia TO BE® 1. Identidade. Refere-se à compreensão profunda dos valores, missão e visão do profissional. Este pilar envolve uma autoavaliação rigorosa que utiliza ferramentas, como a análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) para identificar características únicas e áreas de melhoria. A Identidade define quem é, as suas paixões e as suas competências, servindo como a base sobre a qual todos os outros pilares são desenvolvidos. Uma identidade clara e bem definida é essencial para a autenticidade e coerência da marca pessoal. 2. Posicionamento. Foca-se na definição precisa do público-alvo e na criação de uma proposta de valor única. Este pilar exige uma análise detalhada do mercado, incluindo a identificação de nichos e oportunidades. O posicionamento envolve o desenvolvimento de uma mensagem clara e coerente que comunique os benefícios e valores do profissional de forma distinta e atraente para o seu público-alvo. Ferramentas como a análise de mercado e o desenvolvimento de uma apresentação eficaz são essenciais para o sucesso neste pilar. 3. Reputação. Refere-se à gestão da perceção pública sobre o profissional. Este pilar envolve a monitorização de feedbacks e menções públicas, devendo até fazer um diagnóstico da sua reputação a esta data. A gestão eficaz da reputação inclui responder proativamente ao feedback, ajustando estratégias conforme necessário para manter e fortalecer a confiança e a credibilidade. A reputação é construída ao longo do tempo e é crucial para estabelecer uma base sólida de confiança com o seu público. 4. Imagem Profissional. Abrange todos os elementos visuais que compõem a marca pessoal, contudo não se limita apenas a esquema de cores e tipografia, inclui também a imagem pessoal, psicologia das cores, personalidade de estilo, comportamento, atitudes e comunicação não verbal. A imagem profissional deve ser refletida de forma coerente em todos os pontos de contacto,

desde o online até ao presencial. Através destas componentes visuais o profissional comunica quem é e o que o representa de forma eficaz e impactante, mas também reforça a perceção de profissionalismo e competência. 5. Comunicação. É a capacidade de transmitir a mensagem da marca pessoal de forma eficaz e consistente, tanto online como presencialmente. Desenvolver competências de comunicação verbal e não verbal, criar e partilhar conteúdos relevantes e manter a comunicação alinhada com os valores da marca, são passos essenciais. A coerência entre comunicação verbal e não verbal é fundamental para transmitir confiança e autenticidade. Este é pilar, é por vezes, o maior desafio para muitos profissionais, ou porque sentem dificuldade na comunicação em público ou porque decidem não usar redes sociais. A presença online é importante, independentemente da plataforma, são ferramentas poderosas para partilhar conteúdo relevante e manter uma ligação continua com o seu público. Para aqueles que preferem não usar redes sociais, podem usar outras estratégias como newsletters, webinars, podcast e artigos. O importante é que escolha canais que melhor se adequam à sua mensagem. A comunicação presencial continua a ser uma componente crucial da marca pessoal, ou seja, reuniões, apresentações, eventos são oportunidades valiosas para criar e fortalecer relações profissionais.

Você também é uma marca. Quer saiba ou não. Quer goste ou não. Marc Ecko

Veja na metodologia TO BE® um guia que oferece uma abordagem estruturada para a gestão da marca pessoal, permitindo que desenvolva uma marca sólida, autêntica e coerente. Focando nos cinco pilares fundamentais: Identidade, Posicionamento, Reputação, Imagem Profissional e Comunicação, deve avaliar cada elemento da sua marca e desenvolver para garantir relevância e impacto. Ao adotar e aplicar continuamente estes pilares, garante que a sua marca pessoal não só permanece relevante, mas também evolui conforme as suas necessidades e objetivos profissionais. A metodologia TO BE® é um processo dinâmico que promove a melhoria contínua, assegurando que a sua marca pessoal se adapta e cresce com as várias fases da sua vida pessoal e profissional. Sinta-se confiante ao aplicar estes princípios, sabendo que não apenas gere a sua marca pessoal, mas que a vai elevar a um patamar de distinção. Lembre-se que a transformação começa com um compromisso com a autenticidade. Comece hoje o seu compromisso e desenvolva a sua marca pessoal.

Raquel Soares, Especialista em Personal Branding


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 24

SAÚDE & CIÊNCIAS DA VIDA A área de Saúde e Ciências da Vida é uma das mais vitais e dinâmicas na sociedade contemporânea, dedicada ao estudo, compreensão e melhoria da saúde humana e animal. Este campo interdisciplinar engloba uma vasta gama de disciplinas, incluindo biologia, medicina, biotecnologia, farmacologia, saúde pública, entre outras, que juntas trabalham para desvendar os mistérios da vida e desenvolver soluções para os desafios de saúde que enfrentamos. O avanço em Saúde e Ciências da Vida é impulsionado por pesquisas científicas rigorosas e pela aplicação de tecnologias inovadoras. Tecnologias emergentes, como a edição genética, a biologia sintética e a inteligência artificial, estão a revolucionar a forma como entendemos e tratamos doenças, abrindo novas fronteiras para a medicina personalizada e preventiva. A saúde, como uma componente central desta área, abrange não apenas o tratamento de doenças, mas também a promoção do bem-estar físico, mental e social dos indivíduos. Profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e terapeutas, desempenham um papel crucial na prestação de cuidados de alta qualidade, trabalhando de forma integrada para atender às necessidades dos pacientes. Em resumo, a área de Saúde e Ciências da Vida é caracterizada por uma constante evolução e adaptação, respondendo aos desafios emergentes e às necessidades de uma população global em crescimento. A colaboração interdisciplinar e a aplicação de novos conhecimentos científicos são essenciais para enfrentar questões complexas de saúde, promover a inovação e garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos. Nesta edição, fique a saber mais sobre a Semana Mundial da Alergia, Prolapsos Vaginais, Mês da Consciencialização para a Fertilidade e Nutrição.



SEMANA MUNDIAL DA ALERGIA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 26

SEMANA MUNDIAL DA ALERGIA Semana Mundial da Alergia Todos os anos, a Organização Mundial de Alergia (WAO) assinala a Semana Mundial da Alergia, que este ano irá decorrer de 23 a 29 de junho. O tema em destaque este ano são as alergias alimentares. Estas patologias alérgicas vão merecer especial atenção, tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte das populações, através de uma maior sensibilização pública em todo o mundo. Nesse sentido, as Sociedades-Membros da WAO e os Centros de Excelência da WAO participam local ou regionalmente, realizando, assim, eventos educativos para o público em geral e também para profissionais de saúde, ou eventos mediáticos para promover a sensibilização geral sobre o tema, ou outras atividades de sensibilização baseadas nas necessidades locais. A WAO fornece recursos, organiza um webinar internacional e divulga informações educacionais através de vários canais.

1ª edição da Feira Nacional de Alergia Nos dias 29 e 30 de junho, Aveiro vai receber a I Feira Nacional da Alergia. Organizado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, este evento surge para “sensibilizar, informar e desmistificar a população sobre as doenças imunoalérgicas”, refere Ana Morête, presidente da SPAIC. Atividades físicas - como uma caminhada e um peddy papper -, espaços de convívio, música, dança, debates interativos, workshops e a aprendizagem de segredos de cozinha saudável (especialmente para alérgicos) são algumas das atividades planeadas para este fim de semana. “Contamos ainda com a presença de parceiros institucionais, associações de doentes e outros profissionais de saúde para o esclarecimento de dúvidas e distribuição de folhetos, entre outras atividades de consciencialização para as doenças imunoalérgicas” acrescenta Ana Morête.

A cidade escolhida para a realização desta primeira edição da Feira Nacional da Alergia é a Capital Portuguesa da Cultura 2024. O presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, considera serem importantes este tipo de iniciativas na medida em que “são feitas por quem tem competência técnica e profissional para aumentarmos a qualidade da mobilização e da sensibilização dos cidadãos para os hábitos de vida saudável - e é aí que a Saúde se mistura de uma forma particularmente feliz e útil com a Cultura”. A I Feira Nacional da Alergia é também uma forma de assinalar a Semana Mundial da Alergia (entre 23 e 29 de junho). Todos os anos, a World Allergy Organization (WAO) elege um tema relacionado com a patologia alérgica que merece especial atenção, tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte das populações, sendo, o deste ano, as alergias alimentares. Este será um tema em destaque no evento, estando programados diferentes momentos como workshops dedicados a alergias alimentares e leitura de rótulos, showcooking e a apresentação de Livro Alergias: comer sem medos. Saiba mais em feiradaalergia.com e consulte aqui o programa detalhado.

www.spaic.pt

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PROLAPSOS VAGINAIS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 28

DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONSCIENCIALIZAÇÃO Nesta edição do Saúde & Ciências da Vida, o Dr. Frederico Ferronha, aborda a complexa questão dos prolapsos vaginais, partilhando insights valiosos sobre as causas, sintomas e tratamentos disponíveis.

Dr.ª Frederico Ferronha Assistente Graduado em Urologia da Unidade de Saúde Local de São José Responsável pela área de Uroginecologia da Unidade de Saúde Local de São José Professor de Urologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa Urologista no Grupo CUF Membro da direcção da APNUG, Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia Membro do Grupo de Trabalho do CAU (Confederação Americana de Urologia) sobre UROLOGIA FEMININA,PAVIMENTO PÉLVICO E URODINÂMICA

O que são prolapsos vaginais? Descida dos órgãos pélvicos (bexiga, útero ou cúpula vaginal, intestino delgado ou recto) resultando na sua protusão da vagina. Existe forma de os prevenir ou mesmo evitar? Sim, nos casos em que os factores de risco são modificáveis: obesidade, hábitos tabágicos, obstipação, exercício em excesso com carga/halterofilismo ou profissões em que fazem muitos esforços. Claro que factores genéticos, doenças do colagénio ou cirurgias pélvicas prévias não podem ser prevenidas. Como são tratados? Com fisioterapia numa fase inicial, de baixo grau e precocemente. Se for um prolapso num grau mais acentuado apenas a cirurgia pode curar, quer seja por abordagem vaginal ou abdominal, sendo neste caso preferencialmente por via laparoscópica ou assistido por robot.

Recentemente, na 4ª Edição do Curso Live Surgery Uroginecology que organizou, foi por si realizada uma cirurgia de sacrocolpopexia robótica. Pode descrever de forma sucinta no que consiste? Trata-se de uma técnica minimamente invasiva de cura cirúrgica de prolapso, com apenas um dia de internamento. Através de 5 pequenos orifícios é corrigido a descida de órgãos pélvicos reforçando as fáscias e ligamentos lesados substituindo-os por material sintético, ou seja, uma pequena rede é usada para puxar a bexiga e a vagina para cima em direção ao sacro, mais concretamente ao promontório sagrado da paciente. Neste caso a cirurgia é auxiliada por um sistema robotizado com visão 3D em que o cirurgião controla numa consola os instrumentos que se situam nos braços do robot permitindo uma cirurgia mais rápida, minuciosa e com excelentes resultados anatómicos e funcionais.


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Também foi realizada por um colega seu uma cirurgia de pectopexia. Qual a diferença relativamente à que realizou? Esta cirurgia também destinada à cura de prolapso urogenital, foi realizada por uma via laparoscópica (4 portas), mas não auxiliada por robot. Em termos de técnica a rede tem uma colocação diferente da colpopexia. Pectopexia é uma nova técnica de reparo apical em que as partes laterais do ligamento iliopectíneo são usadas para a suspensão da cúpula vaginal ou do colo do útero. A rede segue estruturas naturais (ligamentos redondos e largos) e não se fixa ao promontório, ou seja, evita cruzar pontos sensíveis, como ureter ou intestino e o tronco hipogástrico está a uma distância segura e fora.

Resistência ao envelhecimento ao longo do tempo. Vantagem de visualização por imagiologia ajuda a verificar a qualidade do implante e aferir a sua posição caso haja falência do tratamento.

Em ambas as cirurgias foram usadas implantes de rede cirúrgica de PVDF Visíveis. Pode explicar qual a vantagem do PVDF e da nova possibilidade de visualização dos implantes por imagiologia? Vantagens do PVDF: apresentam boa biocompatibilidade e apresentam formação de granulomas (tecido cicatricial) significativamente menor. Portanto, o risco de reações indesejáveis a corpos estranhos é minimizado. Adesão bacteriana reduzida, pelo que o risco de infecção diminui significativamente.

Que futuros avanços se esperam nesta área? Espera-se que a evolução da imagem de diagnóstico e sobretudo da inteligência artificial nos ajude a personalizar ainda mais o tipo de cirurgia, se é preciso uso de rede e qual a correcta tensão a realizar na cura cirúrgica do prolapso urogenital. Um forte desejo neste campo é também que as redes evoluam ainda mais no sentido de mimetizar o máximo os tecidos nativos e assim sejam o mais biocompatíveis e mantenham a eficácia das redes actuais.

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MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE | SPMR REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 30

“DEVEMOS PREVENIR A INFERTILIDADE E PROMOVER A FERTILIDADE” Dr. Luís Ferreira Vicente, Presidente

Numa entrevista exclusiva, Luís Ferreira Vicente, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução (SPMR), partilha a sua visão sobre os desafios enfrentados, as recentes conquistas científicas e as expectativas para o futuro da reprodução assistida no país.

Recentemente, assumiu a presidência da Direção da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução (SPMR). Que visão tem para a SPMR e que inovações e avanços pretende implementar? A Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução tem vivido, nos últimos anos, uma atividade muito intensa. É muito interessante participar no rejuvenescimento duma Sociedade científica. Com a evolução científica constante e com atualizações que revogam paradigmas e dogmas anteriores, a discussão científica dentro de uma sociedade torna-se premente na nossa área. Para além disso, tem vindo a ser alargada a atividade a todos os profissionais que trabalham nesta área: médicos, embriologistas, enfermeiros e psicólogos. Conseguir um equilíbrio entre todos é um desafio que nos motiva para tornar a Sociedade mais forte. Tenho a honra de contar com uma equipa da direção excecional, que está preparada para orientar a Sociedade nos próximos três anos. Quais os principais objetivos e prioridades da medicina da reprodução em Portugal? Neste momento, a Medicina da Reprodução não se limita apenas aos tratamentos de infertilidade. É essencial na preservação do potencial reprodutivo, dos homens e mulheres, quer num contexto de ameaça oncológica, quer num contexto social. A Medicina da Reprodução permite também a realização do diagnóstico genético pré implantação. A Medicina da Reprodução é muito abrangente e implica um trabalho de equipa entre todos os envolvidos nos procedimentos. A atividade da Medicina da Reprodução portuguesa está ao nível dos melhores centros em todo o mundo, em termos de técnicas efetuadas e de resultados. Que estratégias gostaria de destacar ao nível da colaboração e parcerias com outras instituições médicas, organizações de saúde, associações de doentes, entidades governamentais (portuguesas e internacionais), entre outras? Vamos dar continuidade ao estreitamento de relações com sociedades congéneres com condições especiais aos sócios. Foi o caso da fundação de Federação Ibero-Americana de Reprodução Humana (FIbARH) que decorreu na Corunha em maio de 2024. A SPMR é uma das Sociedades fundadoras, que vai promover a ligação de

todos os profissionais destas sociedades. A SPMR está pronta para colaborar com o Conselho de PMA, outras entidades governamentais e associações de doentes no interesse último dos doentes. Junho é Mês de Consciencialização para a Fertilidade. Que iniciativas se podem desenvolver no sentido de aumentar a consciencialização sobre questões relacionadas com a medicina da reprodução (incluindo a importância da saúde reprodutiva) e os avanços científicos nessa área? Como Sociedade científica, temos a preocupação de promover a divulgação e atualização da área da Medicina da Reprodução entre os pares. Mas, para além disso, consideramos extremamente importante o papel social de promoção dos conhecimentos de saúde reprodutiva na população em geral. De facto, temos as soluções científicas para permitir a preservação social, mas temos de ter a preocupação de pressionar os decisores políticos para criar as condições para que a gravidez seja possível em idades mais jovens, por exemplo. Devemos prevenir a infertilidade e promover a fertilidade. Este mês foi criado para idealmente se alertar e consciencializar para a fertilidade, numa altura em que a OMS publicou que a prevalência global da infertilidade atinge 1 em cada 6 casais em alguma fase das suas vidas.

Mês da Consciencialização para a Fertilidade Assinala-se durante o mês de junho e foi instituído no sentido de se alertar para um problema que, segundo a OMS, afeta 48 milhões de casais e cerca de 186 milhões de pessoas que vivem com infertilidade em todo o mundo. Em Portugal, 15% a 20% dos casais em idade reprodutiva sofre de infertilidade e 30% das causas da infertilidade são associadas aos dois sexos. Esta iniciativa visa ainda estimular os casais a procurarem os tratamentos adequados para concretizarem o sonho de serem pais.

secretariado@spmr.pt • www.spmr.pt



MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE | NEXT FERTILITY FARO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 32

Dr. Kadir Güleresi, Diretor de Laboratório

INFERTILIDADE EM AUMENTO:

PORQUE ESTAMOS A PERDER A NOSSA CAPACIDADE REPRODUTIVA? • A taxa de natalidade continua a diminuir drasticamente na maioria dos países europeus e esta tendência pode dever-se não só a aspetos socioeconómicos, mas também a outros fatores biológicos relacionados com a perda da capacidade reprodutiva da população. • A Next Fertility, clínica especializada em reprodução assistida e que faz parte do grupo internacional Next Clinics, defende que a exposição a diferentes poluentes pode explicar o aumento de muitos problemas de fertilidade que estão a ser amplamente detetados na população, incluindo a perda de qualidade seminal nos homens.

Quando falamos de “fertilidade” referimo-nos à capacidade de tanto a mulher como o homem de ter descendência. Tradicionalmente, tem havido uma tendência para apontar o dedo à mulher como a “culpada” quando existem problemas reprodutivos num casal. No entanto, a realidade é que, de acordo com vários estudos, em quase um terço dos casos, a alteração e os problemas de ferti-

lidade devem-se apenas ao fator masculino, enquanto, na mesma percentagem, as causas estão na mulher. Existe ainda outro 20% de casos relacionados com condições em ambos os parceiros e outro 20% de causas desconhecidas. Neste contexto, ganham especial relevância os últimos estudos que indicam que a qualidade espermática diminuiu para metade no


NEXT FERTILITY FARO | MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE 33 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

último século, o que apoiaria a teoria de que a fertilidade poderia estar em risco a nível global e ser um dos fatores mais influentes na queda da taxa de natalidade. De facto, um estudo publicado na revista científica Human Reproduction Update, realizado por investigadores de diferentes universidades de todo o mundo, conclui que a qualidade do esperma diminuiu drasticamente nos últimos 50 anos, de forma generalizada e a um ritmo cada vez mais rápido. De facto, se esta tendência decrescente se mantiver, dentro de apenas dez anos os homens poderão ter sérios problemas para se tornarem pais.

Dispor de uma grande reserva de dadores garante uma maior probabilidade de encontrar amostras de ótima qualidade para a Fertilização in Vitro e a Inseminação Artificial, tanto agora como no futuro

As causas biológicas da perda de capacidade reprodutiva Na Next Fertility, clínica de procriação medicamentere assistida, que também possui um dos mais importantes biobancos de Espanha, Gametia, verificamos que atualmente, a hipótese mais plausível para explicar o declínio da taxa de natalidade e da qualidade do esperma humano é a combinação de fatores ambientais, sociais e de estilo de vida. Entendemos que entre os fatores ambientais, teríamos a exposição a diferentes poluentes denominados desreguladores ou disruptores endócrinos: um grande número de substâncias químicas, sintetizadas e libertadas no ambiente bem como algumas naturais, que têm efeito no sistema endócrino do homem e dos animais (pesticidas, compostos e metais sintéticos, etc.). No entanto, o seu efeito negativo não ocorre apenas quando os adultos são expostos, mas é o contacto durante o desenvolvimento fetal que afetaria mais gravemente a saúde reprodutiva do futuro bebé, uma vez que é nessa altura que os órgãos reprodutivos estão a ser formados. Além disso, esta exposição durante o desenvolvimento fetal levaria a alterações tanto ováricas como testiculares, e explicaria muitos dos sintomas que se observam atualmente em relação à reprodução. No caso das mulheres, uma menarca (primeira menstruação) mais precoce ou uma maior incidência de doenças como a endometriose; e, nos homens, uma diminuição da qualidade seminal, acompanhada de uma maior incidência de cancro testicular ou de problemas de descendência testicular (criptorquidia). Por conseguinte, a exposição a estas substâncias durante o desenvolvimento do embrião no ventre materno tornou-se um fator determinante que pode estar a prejudicar a capacidade reprodutiva, tanto de homens como de mulheres.

A reprodução assistida: chave para aumentar a taxa de natalidade Se bem que o declínio da natalidade se deva, em grande parte, a causas que não podem ser resolvidas pela ciência (como as questões económicas ou sociológicas), é certo que, neste contexto, a reprodução assistida é a chave para abrandar o declínio da natalidade, pelo menos num determinado sector da população: aqueles que não têm outra alternativa para ter filhos. Neste sentido, o trabalho das clínicas de reprodução e, naturalmente, dos bancos de gâmetas (células reprodutivas), como a Gametia, é essencial. Dado que a qualidade seminal está a diminuir de forma generalizada na população masculina, dispor de uma grande reserva de dadores garante uma maior probabilidade de encontrar amostras de ótima qualidade para a Fertilização in Vitro e a Inseminação Artificial, tanto agora como no futuro. Estas reservas de esperma de qualidade, que podem ser mantidas durante um período de tempo ilimitado se forem conservadas em azoto líquido, são absolutamente necessárias para todos os casais que têm problemas em conseguir uma gravidez natural ou casais que têm doenças genéticas. Em muitos destes casos, é necessário recorrer a esperma de um dador de alta qualidade e que corresponda às condições fenotípicas da recetora. Como tal, um grande número de dadores irá garantir que o maior número possível destes casos resulte em fertilizações e gravidezes bem-sucedidas. De qualquer modo, para além do papel desempenhado pelas clínicas de fertilidade, acreditamos que, enquanto especialistas, a exposição a poluentes, associada a outros fatores sociais, como o adiamento voluntário da maternidade, o estilo de vida, como o aumento do sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e o consumo de outras drogas, formariam a “tempestade perfeita” para conduzir a este declínio acentuado da taxa de natalidade.

289 805 170 (chamada para rede fixa nacional) rececao.faro@nextfertility.pt • www.nextfertility.pt


MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE | IERA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 34

Equipa da IERA

PIONEIROS NA REPRODUÇÃO ASSISTIDA A IERA destaca-se como uma referência de excelência na área da medicina reprodutiva. Com uma abordagem centrada no paciente e impulsionada pela inovação, a instituição oferece soluções avançadas para casais que enfrentam desafios de fertilidade. Através das palavras de Fernando Faria, Gestor da IERA, conhecemos os bastidores desta instituição conceituada e as suas contribuições pioneiras no campo da reprodução assistida. A IERA foi pioneira na implementação de diversas técnicas e tecnologias de Reprodução Assistida e recentemente introduziu o teste KIR-HLA-C para avaliar a compatibilidade imunológica materno-fetal e Plasma Rico em Fatores de Crescimento para recrutamento folicular. De que forma estas novas tecnologias podem melhorar as taxas de sucesso nos tratamentos de PMA? A área da medicina de reprodução é uma área em que os avanços tecnológicos ocorrem muito rapidamente. Somos pioneiros em apostar em novas metodologias que nos pemitam tratar melhor as nossas pacientes, aumentando as taxas de sucesso. Os testes imunológicos e os fatores de crescimento (PRP) permitem alterar a abordagem em mulheres com falhas de implantação repetidas ou baixa reserva ovárica. Mas não são apenas estes procedimentos que são inovadores; todos os nossos embriões são incubados com tecnologia Timelapse, que permite acompanhar o desenvolvimento embrionário sem abrir a incubadora, mantendo assim as condições ambientais ideais durante todo o processo. Instalámos, este ano, um sistema eletrónico de rastreabilidade dos gâmetas e embriões, de modo a aumentar a segurança na identificação de amostras e pacientes durante todas as fases do processo. Dispomos de um laser de última geração para fazer biópsias a embriões, o que nos permite realizar testes genéticos aos próprios embriões e estamos a testar a introdução da inteligência

artificial no laboratório para nos ajudar a classificar os embriões. O nosso compromisso com a disponibilização das últimas tecnologias aos nossos pacientes é total. Considerando o impacto psicológico que a infertilidade pode ter nos pacientes, como é que a IERA aborda o apoio emocional e psicológico durante os tratamentos? Qual é o papel do gabinete de psicologia no processo de tratamento e na preparação dos pacientes para as dificuldades emocionais que possam surgir? Damos a possibilidade aos nossos pacientes de usufruir de acompanhamento psicológico de uma forma integrada. Esta pode ser uma parte fundamental para o seu bem-estar e todos os nossos tratamentos têm incluídas três sessões, caso os pacientes assim pretendam. Estas consultas têm o objetivo de ouvir, acompanhar, tranquilizar e mesmo desmistificar alguns dos seus medos. Todo o processo é delicado e consideramos o acompanhamento psicológico uma boa prática que é intrínseca à nossa atividade assistencial. A IERA está envolvida em iniciativas de educação para a saúde reprodutiva, como palestras em escolas locais. Quais são os principais objetivos destas iniciativas e de que maneira acreditam que a educação reprodutiva pode contribuir para a consciencialização sobre a infertilidade e a procura precoces de tratamentos? Existe ainda um grande tabú no que concerne à saúde reprodutiva em geral e à infertilidade em particular. A melhor forma de mudar esse paradigma é começar a educar os jovens logo desde cedo. As nossas embriologistas e enfermeiras deslocam-se a escolas secundárias e, se por um lado, ajudam a explicar as partes mais técnicas relacionadas com técnicas e tecnologias, por outro lado, este torna-se um momento ideal para esclarecer e tirar as muitas dúvidas que estes jovens têm, criando um ambiente descontraído onde se podem fazer perguntas, tirar dúvidas, falar de assuntos mais práticos, como contraceção, prevenção de DST, ou infertilidade. Fomo-nos apercebendo que a informação disponível para estes jovens é muito centrada na contraceção, mas poucos sabem o que fazer se precisarem de ajuda para engravidar. Ter profissionais da área a abordar os temas, de forma aberta, pode fazer a diferença para termos a próxima geração com uma maior litereacia na área da saúde reprodutiva.


IERA | MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE 35 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

No contexto do Mês da Consciencialização para a Fertilidade, quais são alguns dos mitos mais comuns sobre a infertilidade que encontram no dia a dia dos pacientes e como é que a equipa da IERA trabalha para desmistificá-los? Podíamos estar aqui horas...diria que muitas mulheres pensam que a fertilidade é constante ao longo da vida até terminar abruptamente com a menopausa, quando a partir dos 35 anos ocorre um decréscimo significativo da capacidade reprodutiva da mulher. Outro mito comum é o de que os problemas de infertilidade são maioritariamente femininos, quando as estatísticas dizem que a prevalência da infertilidade masculina é semelhante à feminina. Todos estes mitos são abordados de forma tranquila pela equipa, nomeadamente médica e de enfermagem, que faz um trabalho excecional em informar e esclarecer os nossos pacientes para que possam tomar decisões informadas. A personalização dos tratamentos é uma marca distintiva da IERA. Como é que determinam a abordagem mais adequada para cada paciente e quais são os fatores considerados ao personalizar um plano de tratamento de infertilidade? A abordagem mais adequada é determinada em equipa e caso a caso. Temos em conta fatores como a idade da mulher, fator que mais influencia o sucesso dos tratamentos, número de tratamento realizados previamente, fator de infertilidade, mas também se os pacientes estão no país ou se precisam de orientação à distância, se se trata de um casal heterossexual, um casal de mulheres ou uma mulher sem parceiro, tudo isso é considerado de modo a tratar caso a caso

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de forma especial, não só do ponto de vista clínico, das técnicas e tecnologia que temos à disposição, mas também do ponto de vista do relacionamento que temos com cada um dos pacientes. Temos depois casos muito específicos, como por exemplo casos de doença genética conhecida, menopausa precoce, fatores masculinos muito graves, insucessos repetidos ou mesmo perdas gestacionais. São casos que têm que ser tratados com especial sensibilidade e temos uma equipa completamente preparada para construir com o casal um plano de tratamento adequado. Quais são as expectativas e metas para os próximos anos em termos de avanços e resultados na reprodução assistida no novo centro em Lisboa? Estamos em fase de grande crescimento, esperamos um crescimento de cerca de 25% já em 2024, a aumentar todas as nossas equipas. Acabámos, por exemplo, de contratar mais duas médicas especialistas em reprodução e imunologia, estamos a implementar uma nova estratégia de comunicação e a estabelecer parcerias com instituições, seguros e subsistemas de saúde que não têm no seu portefólio a medicina de reprodução, no sentido de produzir sinergias para que os seus pacientes possam ter acesso a tratamentos nesta área. Mas este crescimento, embora grande, será certamente sustentado nos nossos valores de receber e tratar os pacientes com humanidade, grande proximidade e foco na inovação, para obter os melhores resultados, com total empenho e dedicação da equipa IERA: Médicos, Embriologistas, Enfermeiras, Psicóloga e Equipa de Apoio ao Paciente.

Instituto de Reprodução Assistida IERA Lisboa Rua Xavier Araújo. Edf. Laranjeiras Plaza A/B. 1600-226, Lisboa +351 212 696 338

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Queremos fazer parte do seu sonho


MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A FERTILIDADE | CETI REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 36

DESAFIOS E AVANÇOS EM FERTILIDADE

Prof. João Luís da Silva Carvalho, Diretor Clínico

No âmbito do Mês da Consciencialização para a Fertilidade, tivemos a honra de entrevistar o Prof. João Luís da Silva Carvalho, Diretor Clínico do CETI, que partilhou perspetivas sobre os avanços mais recentes em tratamentos de fertilidade, os desafios enfrentados pelos casais que procuram realizar o sonho de ter filhos e as novas tecnologias que estão a revolucionar este campo.

O Mês da Consciencialização para a Fertilidade procura alertar para um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.Qual é o principal desafio para a sociedade em relação à infertilidade e quais são as ações mais importantes para o combater? Para a baixa natalidade contribuem fenómenos políticos, económicos, sociais e numerosos casos de infertilidade, de que se verifica uma progressão crescente. Estando com eles relacionados, cabe dar relevo ao atrasar da primeira gravidez para idades tardias na vida da mulher (mais de 35 anos), o que pode comprometer séria e definitivamente a sua fertilidade. A magnitude do problema é tal, que alguns pensam que o importante aumento do número de casais inférteis não é devido à crescente incidência de causas e riscos, mas apenas a uma progressiva tendência de adiamento da primeira gravidez para a 4ª década da vida. De facto, verifica-se uma indiscutível diminuição da fecundidade da mulher a partir dos 30 anos, com um declínio que se acentua marcadamente a partir dos 35, atingindo-se níveis mínimos aos 45 anos de idade. Assim,conceder prioridade cronológica a aspetos de satisfação económica e profissional pode, por vezes, comprometer o que para muitas mulheres é o seu principal desígnio de realização pessoal e familiar. Neste contexto, os meios de comunicação social podem desempenhar um importante papel pela divulgação e transmissão de conhecimentos. Um estudo que realizei mostra que sendo a informação escassa, a principal fonte são os meios audiovisuais (66,5%) e jornais/revistas(24,6%). A aquisição de informação e de conhecimentos através de médicos ronda apenas os 20%. Que avanços mais significativos ocorreram nos últimos anos no campo da infertilidade e como é que o CETI contribui para essa evolução? Posso realçar a vitrificação de ovócitos e embriões ou a implementação de um sistema de cultura embrionária com monitorização contínua do desenvolvimento que nos permite selecionar os embriões de melhor qualidade. No que nos diz respeito, este ano foram-nos atribuídos no Congresso Nacional da Sociedade

Portuguesa de Medicina da Reprodução um prémio pela melhor comunicação livre “Quantificação de microRNAS no liquido folicular para prognóstico de sucesso da PMA na endometriose” e uma bolsa para o trabalho “Inteligência Artificial e Embriologia: Parceria para o Futuro”. O prémio do melhor trabalho científico clínico foi concedido a uma investigação realizada num hospital público mas coordenado por um dos nossos principais colaboradores, o Prof. Rui Miguelote, intitulada “Unraveling the Overlap of Functional Hypothalamic Amenorrhea and Polycystic Ovary Syndrome with Polycystic Ovarian Morphology: A Comprehensive Cluster Analysis Approach”. O CETI completou 25 anos em 2023. Esta larga experiência acumulada no estudo, investigação, diagnóstico e tratamento da infertilidade é uma vantagem competitiva para o vosso centro? De facto, o CETI desde que foi criado, em 1998, tem acompanhado os principais desenvolvimentos científicos e tecnológicos. Entre outros, o prémio de GFIGrant que nos foi atribuído em 2012 que é um prémio de inovação na área da infertilidade. Mas, para além da investigação e da experiência, a nossa maior riqueza é podermos contar com uma equipa multidisciplinar de especialistas altamente credenciados e certificados, com reconhecimento oficial e interpares, a nível nacional e internacional, de ginecologistas, andrologistas, embriologistas, geneticistas, psicólogos entre outros, que se empenham na preservação e desenvolvimento dos nossos valores: verdade e respeito, excelência, empatia e foco na saúde do cliente.

226 076 530 (chamada para rede fixa nacional) 938 873 812 (chamada para rede móvel nacional) Av. da Boavista, 2300 – Piso 3 4100-118 Porto ceti@ceti.pt • www.ceti.pt


ANA BRAVO | NUTRIÇÃO 37 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A IMPORTÂNCIA DA MATURIDADE ALIMENTAR

A alimentação deve proporcionar sensações boas, tanto interna como externamente: tanto no corpo, nutrindo-o; como nas emoções, no que sentimos. Deve proporcionar prazer e bem-estar. Não há alimentos proibidos, e os alimentos especiais são tanto os que nos fazem bem como os que nos agradam. É verdade, podemos ver os alimentos como bons ou maus também conforme as emoções que nos proporcionam. O contrário também é importante. Todos sabemos que as emoções podem desencadear comportamentos alimentares. Sugiro que o leitor pare para pensar num momento em que esteve triste, irritado ou muito preocupado e comeu algo muito calórico e com pouco ou nenhum interesse nutricional. Refiro-me, por exemplo, a uma caixa de bombons, um pacote de batatas fritas ou de bolachas, um bolo cheio de chantilly ou um monte de queijos gordos. Conhece o cenário, não conhece? O que aconteceu antes e desencadeou tal episódio? E que aconteceu a seguir? Ficou bem? Sentiu-se feliz? Provavelmente, sentiu um prazer imediato. E depois? Não estou a desvalorizar o momento, que, provavelmente, decorreu no seguimento de algo que considerava uma fraqueza, uma grande dificuldade, talvez uma das maiores tempestades da sua vida. Se ainda não sabe, dou-lhe uma novidade: todos passamos por aí. Sugiro duas possíveis soluções, sendo que ambas têm de decorrer com amor. A primeira — e mais efectiva — passa por usar a «alimentação do sentir». Perante uma dificuldade, pare, observe e analise: o que desencadeou este episódio? É recorrente? Fá-lo sentir bem? O que deve mudar para ficar em paz com este tema? Bem sei que nem sempre a solução é clara, no entanto, ainda que não resolva no imediato, este exercício permite uma tomada de consciência importante, que, com o tempo, acabará por dar os seus frutos no momento certo. A segunda solução também passa por esse caminho de amor e aceitação: olhe para o que aconteceu com respeito, não se culpe mais e deixe ir. Siga, não viva no passado. O que importa

é evitar que se repita. Claro que o mais importante será evitar esses momentos e, para tal, a primeira solução que lhe apresentei é a ideal. Se ainda não estivermos nessa fase, usemos a nossa experiência para melhorar a relação com a comida, tal como fazemos em várias áreas da nossa vida, seja nas relações, no trabalho ou na gestão familiar. Chamo a isto «maturidade alimentar»: se conhecemos os erros que nos fizeram sentir mal ou nos trouxeram arrependimento, procuremos não os repetir. Comer poderia ser um acto meramente racional, mas somos seres que sentem e se inundam de emoções. Num mundo onde somos bombardeados com tanta informação, a ciência é o centro das atenções, sim, mas não podemos descurar as emoções, a realidade de cada um, o momento de observação, análise e aprendizagem por que cada um está a passar. Somos todos diferentes — únicos! — e estamos em fases de vida distintas, com um entorno familiar, social, profissional e emocional ímpar. Também é verdade que, além de não respondermos apenas a estímulos fisiológicos, cada um de nós tem uma realidade própria e não está limitado a um ambiente escrupulosamente condicionado, como acontece nos estudos científicos. Além disso, se há sociedades que não privilegiam o convívio à mesa, a nossa não é, felizmente, uma delas! Gostamos de comemorar degustando comida que estimule positivamente os nossos cinco sentidos, temos por hábito marcar um almoço para falar de trabalho, recebemos alguém em casa e servimos, no mínimo, uns petiscos, certo? Em algumas regiões do país, mais do que noutras, a comida e o convívio à mesa fazem-nos sentir mais seguros e confiantes em questões de trabalho, permitem-nos criar um ambiente romântico ou arranjar mais um motivo para conviver com a família e os amigos. Somos portugueses, e tudo isso faz parte da nossa cultura, que devemos manter e cuidar.

Ana Bravo, Nutricionista


ARTIGO DE OPINIÃO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 38

OS AEROPORTOS E O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS REGIÕES E DO PAÍS No dia em que redijo este artigo de opinião é publicada, em Diário da República, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, definindo a localização do novo Aeroporto Luís de Camões no Campo de Tiro de Alcochete, que substituirá de forma integral o Aeroporto Humberto Delgado, sem prejuízo da manutenção, numa primeira fase, de uma solução dual, com o funcionamento do Aeroporto Humberto Delgado, para minimizar o efeito de disrupção do tráfego aéreo de passageiros”. O diploma salienta que o “setor aeronáutico desempenha um papel fundamental na economia nacional, agindo como catalisador para o setor do turismo e contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto português. A importância do transporte aéreo reside na sua capacidade de facilitar a conectividade de Portugal e de integrar o País na economia global. O desenvolvimento do setor é sustentado na existência de uma infraestrutura aeroportuária capaz de acomodar as necessidades crescentes de procura, impulsionando o turismo, a indústria e outros setores económicos”. Estou inteiramente de acordo quanto ao papel crucial do setor aeronáutico nas vertentes enunciadas. Como estou de acordo quanto à importância de se ter avançado com a decisão da construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, um investimento estratégico que tem sido objeto de ampla discussão ao longo de meio século, onde foram equacionadas dezena e meia de possíveis localizações, mas sem nunca se ter avançado para uma decisão definitiva. O diploma justifica, de forma objetiva, a necessidade da construção e localização da nova infraestrutura aeroportuária, designadamente: as limitações de espaço e restrições de crescimento do Aeroporto Humberto Delgado, a menor qualidade de serviço prestado (face aos atrasos sistemáticos nas partidas e chegadas), tornando-o menos atrativo e competitivo, com perda de valor económico, ou ainda a menor qualidade de vida dos cidadãos, pela forte exposição ao ruído. A estes, somam-se os argumentos associados à dinâmica do mercado, onde é destacado o aumento progressivo da procura neste aeroporto na última década. Por outro lado, no período pós-pandemia, o Aeroporto Humberto Delgado tem demonstrado taxas de crescimento de tráfego de passageiros substancialmente superiores às perspetivas iniciais e as estimativas apontam para “um crescimento sustentado do tráfego de passageiros em Lisboa”. Por último, é realçado o efeito “catalisador da atividade económica a nível local e mesmo a nível regional, para além de permitir uma melhoria significativa da logística nacional, por potenciar uma plataforma intermodal entre aviação, ferrovia e rodovia”.

Reafirmo, todos estes argumentos elencados são absolutamente válidos para implementar um investimento estratégico desta natureza, crítico para estimular um crescimento e desenvolvimento económico mais robusto do País. Neste sentido, desde a primeira hora, a AEP num comunicado conjunto com a ACP - Associação Comercial do Porto - congratulou o Governo português pela decisão de avançar com a construção do novo aeroporto Luís de Camões. Contudo, ambas as instituições sublinharam que, a par da decisão do novo aeroporto, era importante não esquecer as reais necessidades de outros aeroportos do País, especialmente aqueles que servem as regiões mais industrializadas, de maior vocação exportadora e geradoras de excedentes comerciais, como é o caso do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Enquanto não estiver construído o novo aeroporto, o Governo deve reavaliar os investimentos necessários no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, pelo papel estratégico desta infraestrutura aeroportuária, que se insere e serve o Noroeste Peninsular, e avançar com os investimentos que a AEP e a ACP, por diversas vezes, juntamente com outras entidades, públicas e privadas, nomeadamente no âmbito do Grupo de Trabalho para a Conectividade Aérea da Região Norte, sinalizaram junto do Governo. Por tudo isto, foi com satisfação que, neste mesmo dia, a convite da ANA - Aeroportos de Portugal, SA, com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, pude assistir à assinatura do contrato de consignação para as obras de reabilitação da pista do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, estimadas no valor de 50 milhões de euros, mas que vem responder apenas em parte aquilo que a AEP e a ACP têm vindo a defender publicamente. Espero que este seja o primeiro de vários investimentos, para que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro continue a ser uma referência para servir uma maior conectividade do Porto e do Noroeste Peninsular, também na sua componente do longo curso. O investimento necessário neste aeroporto tem um caráter claramente reprodutivo em termos de potencial de crescimento e desenvolvimento económico do nosso País. Convém sublinhar que, no ano passado, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro voltou a bater recordes de passageiros, 15 milhões, ou seja, quase uma vez e meia a população residente em Portugal!

Luís Miguel Ribeiro Presidente do Conselho de Administração da AEP


39 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

BRANDS POWER O conceito de Brands Power refere-se ao poder e influência que as marcas exercem no mercado e na vida dos consumidores. Este poder é uma combinação de vários fatores, incluindo a qualidade dos produtos ou serviços, a confiança e lealdade dos consumidores, a capacidade de inovação, a responsabilidade social e a eficácia das estratégias de marketing e comunicação. Brands Power são aquelas que conseguem estabelecer uma conexão emocional forte e duradoura com seus clientes, transformando-se em mais do que apenas uma escolha de consumo, mas em parte integrante do estilo de vida e da identidade do consumidor. Estas marcas são reconhecidas pela sua consistência em entregar valor, adaptabilidade às mudanças do mercado e capacidade de antecipar e atender às necessidades e desejos dos consumidores. Num mundo onde a concorrência é intensa e as preferências dos consumidores estão em constante evolução, o Brands Power é um indicador crucial do sucesso e da longevidade de uma marca. Marcas que conseguem alavancar seu poder de forma eficaz podem liderar o mercado, influenciar tendências e criar um impacto positivo duradouro. Em suma, Brands Power representa a capacidade de uma marca de se destacar, conquistar e manter a preferência dos consumidores, e de se adaptar de forma dinâmica às mudanças do mercado, garantindo o seu crescimento e relevância contínuos.


BRANDS POWER | PIICACE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 40

INTERMEDIÁRIOS DE CRÉDITO: PIICACE PAIXÃO, INTEGRIDADE, INOVAÇÃO, CONFIANÇA E AÇÃO

Manuel Trancas, CEO

Recentemente premiada pelo Banco BPI, na categoria de novas redes de 2024, surge a PIICACE. Não conhecíamos e ficámos curiosos com o nome. Procurámos, encontrámos e estivemos à conversa com Manuel Trancas, CEO da PIICACE, para nos explicar o que é a PIICACE, qual a sua origem e quais os seus projetos para o futuro.

O que é a PIICACE, qual a sua origem e quais os projetos para o futuro? Fundada em junho de 2022, por uma equipa de especialistas com vasta experiência profissional em bancos de renome, a PIICACE (Plataforma Integrada de Intermediários de Crédito - ACE) surge como um novo paradigma no setor dos intermediários de Crédito, combinando experiência robusta com um modelo inovador de

franquia. “Com o lançamento iminente da nossa franquia, estamos prontos para estabelecer novos padrões de excelência e proximidade no relacionamento com os nossos clientes.” Começámos por ser um modelo de serviços partilhados. Somos um agrupamento de 10 empresas, todas intermediários de crédito, e com cerca de 13 lojas físicas. Nesta fase numa política de comunicação “white label”, dando enfase à marca local e proximidade, mas reforçando o poder do grupo “powered by PIICACE”. Experiência e formação “Continuamos a fazer o que mais gostamos, com muita PIICA (paixão, integridade, inovação, confiança e ação). São estes valores que nos movem e queremos transmitir. As nossas equipas possuem uma formação ímpar, com carreiras consolidadas em grandes bancos e uma contínua atualização


PIICACE | BRANDS POWER 41 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

nas melhores práticas financeiras globais. A chave para o nosso sucesso é a constante procura por conhecimento e melhoria, garantindo que estamos sempre à frente das novidades do setor", afirma Manuel Trancas. Com o cliente, pelo cliente! Cada solução oferecida é meticulosamente adaptada às necessidades individuais do cliente, garantindo não apenas a satisfação, mas um verdadeiro sucesso financeiro a médio e longo prazo. “A nossa abordagem é simples: ouvir atentamente, compreender profundamente e agir assertivamente”, afirma Manuel Trancas. Lançamento da Franquia “O modelo de franquia da PIICACE foi cuidadosamente desenvolvido para replicar a nossa cultura e o nosso modelo empresarial. Oferecemos serviços que vão além do crédito, como seguros e consultoria financeira. Estamos comprometidos em criar uma rede que beneficie tanto os franqueados, como os seus clientes.” “É uma das raras oportunidades win-win, promovendo não apenas os negócios, mas também a equidade e literacia financeira dos nossos clientes e da sociedade em geral”. Boas Práticas e Futuro “Promovemos a troca contínua de boas práticas entre as nossas agrupadas e franqueados, algo que acreditamos ser fundamental para o crescimento e inovação contínua. A PIICACE está também a explorar novas tecnologias que permitam melhorar ainda mais os nossos serviços, com o nosso CRM. Pretendemos oferecer soluções cada vez mais eficientes para ajudar quem nos procura, tanto na personalização do acompanhamento como no seguimento de oportunidades.” E onde está hoje a PIICACE? “Está onde estão os nossos clientes! O projeto online está em desenvolvimento e estará cada vez mais presente! As lojas físicas estão a esta data conforme o mapa e amanhã estarão ainda mais perto de todos com o projeto de franquia.”

“São já mais de 2.000 famílias que apoiámos ao longo dos últimos 2 anos. É este sentimento de realização que nos motiva e tudo isto sem custos diretos para o cliente!” Conclusão “À medida que nos preparamos para este emocionante novo capítulo, reafirmamos o nosso compromisso de continuar a servir os nossos clientes e parceiros com PIICA. Convidamos todos a conhecer mais sobre a PIICACE e a descobrir como podemos ajudar a alcançar excelentes resultados financeiros juntos.”

www.piicace.pt


BRANDS POWER | QUINTA DO BOMFIM REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 42

“150 MIL VISITANTES SÃO JÁ NOSSOS EMBAIXADORES” Frederico Mourão, Membro da Comissão executiva e Diretor de Enoturismo da Symington Family Estates, em entrevista à Revista Business Portugal, dá a conhecer a essência da propriedade, os principais marcos na sua evolução e reputação, bem como os seus pontos diferenciadores. A Quinta do Bomfim tem uma rica história que remonta à aquisição por George Warre em 1896. Como é que essa propriedade se tornou um símbolo da herança e tradição da Symington Family Estates ao longo dos anos? Quais foram os principais marcos na evolução da Quinta do Bomfim que ajudaram a consolidar a sua reputação no mundo dos vinhos do Porto? Na Quinta do Bomfim, a presença da família Symington atravessa várias gerações e traduz-se num profundo conhecimento da terra, bem como numa firme visão de longo prazo. Os mais importantes marcos para a reputação do Bomfim foram as pontuações dos Portos Vintages da Dow’s, aqui produzidos, nomeadamente o 2007 com 100 pontos na Wine Spectator e o 2011 classificado Nº1 na lista TOP 100 dos melhores vinhos do mundo. A nível de Enoturismo, o mais importante marco foi a atribuição de dois prémios globais Best of Wine Tourism, o primeiro em 2016 para o centro de visitas e o segundo em 2023 para o nosso espaço Merenda na Vinha. A Symington Family Estates é reconhecida pelas suas práticas sustentáveis e pela sua abordagem inovadora na viticultura. Que iniciativas sustentáveis foram implementadas e como estas contribuem para a produção de vinhos de alta qualidade? As iniciativas focam-se na adaptação climática. Por um lado, através da manutenção de um campo experimental denominado Coleção de Castas para potenciar a resiliência das plantas aos fatores externos. Por outro lado, a saúde dos solos; procuramos o mínimo impacto, através de medidas preventivas desfavoráveis à proliferação de doenças na vinha, resultando numa redução da aplicação de pesticidas. Através de manchas de vegetação nas proximidades das vinhas, criamos um refúgio de fauna auxiliar no combate das pragas. Através de imagens aéreas de infravermelhos, estações meteorológicas e sensores de humidade do solo, integramos os dados numa plataforma digital georreferenciada, que facilita a otimização da gestão agrícola.

No mercado do Enoturismo, quais são os fatores que diferenciam a Quinta do Bomfim das outras propriedades vinícolas da região? Como é que a Symington Family Estates utiliza essas características únicas para posicionar a Quinta do Bomfim no Enoturismo premium? Desde a inauguração em 2015, temos feito uma aposta contínua na qualidade, sempre focados na excelência do serviço, recebendo grupos pequenos a quem pretendemos dar a melhor experiência. Em 2020, abrimos o restaurante Pop up Casa dos Ecos e, em 2022, o Restaurante Bomfim 1896 with Pedro Lemos. A abertura do espaço Merenda na Vinha, em 2023, veio complementar a experiência do visitante na envolvente da natureza na paisagem Património da Unesco. 150 mil visitantes são já nossos embaixadores. O reconhecimento de todo este trabalho tem sido demonstrado com os prémios já recebidos: 5 Best of Wine Tourism, sendo dois globais, três anos no Top 50 World’s Best Vineyards e melhor Restaurante do Prémio Nacional de Enoturismo. De que forma a Symington Family Estates pretende continuar a inovar e a manter a relevância da Quinta do Bomfim nos próximos anos, especialmente diante dos desafios ambientais e do mercado? Adaptamo-nos às tendências continuando a apresentar novos projetos e novas experiências na Quinta do Bomfim. O nosso restaurante Bomfim 1896 with Pedro Lemos tem vindo a surpreender pelo seu sucesso. O espaço Merenda na Vinha caracteriza-se pelo aproveitamento e valorização das vistas panorâmicas sobre o Douro, com as grandes áreas de estar ao ar livre a seguir os contornos naturais do terreno. Não paramos por aqui e vamos continuar a inovar nos vários centros de visitas, no Douro, Vila Nova de Gaia e Alentejo.

quintadobomfim@symington.com • pt.symington.com



BRANDS POWER | JLR PISCINAS DE AREIA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 44

QUALIDADE, INOVAÇÃO E COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA A JLR Piscinas de Areia destaca-se no mercado de construção e design de piscinas ao oferecer soluções inovadoras que transformam qualquer espaço num autêntico oásis particular. Com um compromisso inabalável com a qualidade e a satisfação do cliente, a empresa cria projetos personalizados que trazem a beleza e a tranquilidade da praia para dentro de casa. Sob a liderança visionária de João Russo, a JLR consolidou-se como uma referência em piscinas de areia, unindo tecnologia de ponta e design sofisticado para proporcionar uma experiência de lazer única e exclusiva.

A JLR Piscinas de Areia é uma empresa que se tem destacado no mercado de construções de piscinas inovadoras. Como é que tem sido a trajetória da JLR? Como é que começou a empresa e quais foram os principais marcos ao longo do tempo? A JLR Piscinas de Areia, foi fundada há seis anos em Portugal, que já tínhamos em Espanha com a empresa associada Andpool SL. Trouxemos um conceito moderno, inovador e ousado sobre a construção de piscina de areia, esteticamente magnificas, com paisagem areal e um cenário exuberante de águas cristalinas. Este conceito, estava a ser muito bem recebido no mercado espanhol, devido ao feedback positivo que recebemos ao longo destes anos por parte dos nossos clientes e potenciais clientes, então decidimos explorar novos horizontes e trazer este conceito de piscina para o mercado nacional há quatro anos. Confessamos que esta, foi sem dúvida, a melhor decisão que tomámos, somos pioneiros nesta especialidade em Portugal, estamos muito orgulhosos de mergulharmos nesta aventura, porque fomos muito bem aceites e com adesão por parte dos portugueses e pessoas de outras nacionalidades a viver em Portugal. Ao escolher a JLR, está a optar pela qualidade, inovação e compromisso com a excelência.

Com uma equipa dedicada e uma abordagem centrada no cliente, garante que cada projeto seja uma realização única e gratificante. Como é que a JLR se posiciona no mercado em comparação com outras empresas de construções de piscinas? Quais são os principais desafios que enfrentam e como os superam para manter uma posição de liderança? A JLR Piscina de Areia é reconhecida pela sua excelência no setor, conquistando reconhecimentos pelos seus projetos inovadores e de alta qualidade. Essa reputação sólida e respeitável oferece aos clientes a tranquilidade de que estão a trabalhar com uma empresa confiável e segura, sempre cumprindo os prazos de construção. A JLR possui a vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, o que nos diferencia, somos pioneiros na construção de piscinas de areias Silice/Quartz em Portugal e temos o privilégio de ter parcerias com grandes fabricantes de matérias-primas de alta qualidade, para construção de piscinas de areias naturais e de várias cores, assim como fabricantes de resinas de última geração, o que deixa a areia compacta, e proporciona um incrível impacto visual. Podemos ainda orgulhar-nos de apresentar uma equipa talentosa,


JLR PISCINAS DE AREIA | BRANDS POWER 45 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

água da piscina tratada, a reduzir a necessidade de trocas frequentes e sendo menos agressivo para o corpo humano; Fornecemos orientações detalhadas aos proprietários para economizar e reduzir o impacto ambiental, isso inclui instruções sobre como operar com os sistemas de filtragem e aquecimento, assim como dicas de limpeza.

dedicada e diversificada o que nos permite criar projetos únicos, exclusivos e luxuosos, adaptados a cada cliente. O que torna as piscinas de areia de JLR únicas em relação a outros tipos de piscinas disponíveis no mercado? Quais são as matérias utilizadas e os métodos de construção que diferenciam as suas piscinas? A simplicidade da nossa abordagem na JLR é a base de nossa força, apresentamos aos nossos clientes a possibilidade de ter na sua própria casa uma praia única, resistente e duradoura. Construímos piscinas com superfície antiderrapante, de piso contínuo e com areia na cor e textura da sua preferência, que auxiliam na purificação natural da água e permitem uma visão mais realista, além de proporcionar um ambiente propício para água cristalina. Relativamente aos materiais utilizados e diferenciadores face à concorrência, destaca-se obviamente a areia. Imagine uma praia, o sossego da natureza e depois abra os olhos e constate que está mesmo à sua frente! Quer algo mais exclusivo? E com a forma que mais se adequa ao seu espaço e com o enquadramento paisagístico que mais lhe agradar! Ao selecionar, a equipe da JLR, leva em conta fatores como durabilidade, resistência às condições climáticas locais, facilidade de manutenção e impacto ambiental, assegurando que cada piscina não apenas atenda aos padrões de qualidade, mas também contribua para um ambiente mais sustentável e seguro. Um dos aspetos destacados sobre as piscinas de areia da JLR é o seu baixo impacto ambiental. Como é que conseguem reduzir o impacto ambiental e quais são as práticas sustentáveis adotadas durante a construção? Antes de construirmos uma piscina, procuramos sempre fazer um bom planeamento e criar o design que nos auxilia a ter uma visão clara das expetativas que temos em mente, que integre e seja compatível com o ambiente da construção; Escolhemos sempre um sistema eficiente e adequado de filtração de água e tecnologias de aquecimentos de alta qualidade, que ajuda na redução de perda e drenagem de água, assim como eficiência energética e redução de custos operacionais; Outro aspeto que adotamos, em vez do uso abusivo de produtos químicos, é o uso de sal para piscinas, que nos ajuda a manter a

Como é que a JLR trabalha com os seus clientes para garantir que cada piscina de areia atenda às suas necessidades e preferências específicas? Quais são as etapas dos processos de personalização e como garantem a satisfação do cliente? Na JLR orgulhamo-nos de oferecer um atendimento ao cliente excecional, escutando atentamente as ideias dos clientes que transformamos em obras únicas, com suporte contínuo para responder a quaisquer dúvidas ou preocupações dos proprietários de piscinas. Seja por telefone, e-mail ou visitas técnicas, a equipa está sempre disponível para fornecer assistência e garantir a satisfação do cliente. Na JLR Piscina de Areia, asseguramos não só a manutenção da beleza e funcionalidade de cada piscina, mas que também ofereça um ambiente seguro e agradável para todos os utilizadores. A componente de decoração, como cascatas Rochas ou inclusive as decorações do espaço envolvente também o fazem? Sim, isso foi o outro passo que demos fazendo cursos de tematização, para a criação de rochas cascatas, inclusive grutas, ou mesmo decoração em paredes de escritório hotéis ou casas residenciais. Podemos transformar espaços exteriores em espaços únicos de beleza. Podemos fazer o projeto de toda a decoração exterior do espaço envolvente a piscina de areia Silice/Quartz. Quais são os principais objetivos da JLR para os próximos cinco anos? Existem novos mercados ou tecnologias que pretendem explorar? Como é que a empresa se prepara em termos de inovação e expansão? A JLR tem como objetivo e ambição a internacionalização e introdução de novas tecnologias e materiais que surjam no mercado, optimizadoras dos sistemas utilizados na construção e manutenção das piscinas e que superem as atuais no que respeita à preservação do ambiente. Pretendemos nesse período alcançar um patamar de desenvolvimento e maturidade que nos permita representar o mercado português em feiras da especialidade, abrindo a porta a troca de ideias e estabelecimento de parcerias que nos alavanquem para entrar em novos mercados, privilegiando-se o espaço europeu. Temos o orgulho de poder dizer que a excelência do nosso trabalho tem permitido angariação de clientes por via de anteriores clientes, alicerçado pelo elevado grau de satisfação com o nosso produto, e que nos recomendam. Mas para que se incremente a velocidade na expansão pretendemos apostar numa forte componente de marketing digital para acompanhar as tendências e necessidades atuais.


BRANDS POWER | ADEGA REGIONAL FILHOS DE MOURA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 46

O PARAÍSO DO LEITÃO ASSADO Através das palavras de Agostinho Moura, descubra a Adega Regional Filhos de Moura, um tesouro culinário onde o leitão assado é o protagonista indiscutível. Localizado na freguesia de Aboim, em Amarante, o restaurante orgulha-se de oferecer uma experiência gastronómica incomparável, celebrando a tradição portuguesa com um toque de inovação. Saboreie o melhor leitão bísaro, preparado com maestria e temperado à perfeição, num ambiente rústico e acolhedor. Qual é a história por trás do nome «Filhos de Moura”? Quais foram os momentos mais gratificantes na jornada do restaurante até agora? Em Amarante, na freguesia de Aboim, a família Moura era proprietária de terras cultivadas, sobretudo, para produção de vinho verde. Quando o patriarca da família sucumbe de forma trágica, os três filhos passam a assumir a gestão dessas terras e decidem criar a marca de vinhos Filhos de Moura, em homenagem ao pai. Quis o destino que essa marca não ficasse por aqui. Hoje, Filhos de Moura é também o nome de um restaurante, em Amarante. Tendo posteriormente iniciado a criação de porcos da raça bísara, e tendo dificuldade em escoar o produto, resolveram diversificar a sua atividade e deram início à assadura de leitões e, posteriormente, ao restaurante. Preparar e servir o melhor leitão bísaro é a missão da Adega Regional Filhos de Moura. Quais as características desta especialidade que diferenciam a vossa casa? Qual o segredo para que a Filhos de Moura seja uma referência? Um dos principais segredos que diferenciam esta casa é a raça do leitão, uma vez que só se trabalha com o leitão bísaro, pelas suas características muito próprias. Falamos, afinal, de uma variante mais comprida, alta e estreita de um animal, cuja confeção resulta numa

carne com menos gordura e mais suculenta. Também pelos cuidados a que se propõem na aquisição dos animais. A recolha de leitões é feita pelos proprietários e os mesmos não compram em qualquer sitio, nem qualquer animal. Por outro lado, o processo de assadura é também fundamental para a qualidade do produto que vai para a mesa, sendo que não há duas assaduras iguais, porque também não há dois animais iguais. Logo, uns precisarão de mais tempo de forno e outros de menos. Que outras iguarias se podem degustar na Adega Regional Filhos de Moura? A seleção de vinhos e as sobremesas são outros dos fatores para uma visita obrigatória ao restaurante? Todos são convidados a degustar entradas como a alheira de leitão bísaro, os cogumelos salteados, ou o prato de presunto/salpicão. Para acompanhar a refeição, dispomos de uma carta de vinhos maduros, espumantes e frisantes. Para além destes vinho verdes produzido na quinta da família Moura, muito apreciado pelos clientes da casa. Para terminar esta experiência gastronómica da melhor maneira, existe ainda uma variedade de sobremesas todas confecionadas no restaurante, desde o pão-de-ló húmido, o pudim abade de priscos, bolo de bolacha, entre outros. São várias as possibilidades de sobremesas a provar.

Como define a experiência culinária que oferecem aos clientes? Como garantem que cada cliente tenha uma experiência memorável no restaurante? Quais são os seus planos para o futuro da Adega Regional Filhos de Moura? Contando com um ambiente rústico e acolhedor, o restaurante Filhos de Moura é um lugar onde as memórias se consomem sem pressas, pois assim todos têm a oportunidade de saborear o delicioso leitão bísaro. Nesse sentido, e de forma a garantir a melhor experiência para todos, o gerente reforça a necessidade de qualquer visitante fazer a sua reserva antes de se deslocar ao espaço. Esse compromisso deve-se não apenas ao facto de “a casa cheia” ser um cenário típico de fim de semana, mas também pelo facto de que apenas desta forma se torna possível manter a qualidade a que se propõem. Desta forma não será o leitão a esperar pelo cliente, mas sim o cliente a esperar pelo leitão. filhosdemoura@gmail.com www.filhosdemoura.pt


DELTATAU | BRANDS POWER 47 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

20 ANOS DE QUALIDADE E COMPETITIVIDADE O Prof. Fernando Ladeira, em entrevista, dá a conhecer um pouco do universo da Deltatau, destacando a inovação tecnológica, a evolução dos serviços, os fatores diferenciadores e as metas estabelecidas para o futuro.

Inovação tecnológica Comparação dos resultados obtidos no DPSH (Dinamic Penetration Super Heavy ou Penetrómetro Dinâmico Super pesado) com os ensaios SPT realizados no mesmo local para que a correlação fosse mais estreita e nos desse garantia da utilização genérica do DPSH. Foram muitos anos de pesquisa para obter esta correlação mais fidedigna. Evolução dos serviços A utilização sistemática das Cartas Geológicas e a experiência geotécnica adquirida do Diretor Técnico da Deltatau, ao longo de 50 anos de atividade, na área de Geotecnia, dão-nos a garantia de que o conhecimento geotécnico permite-nos Relatórios Geotécnicos com soluções ajustadas a cada realidade do local em estudo; Os projetos de estabilidade em taludes em solos e rochas têm-nos permitido ajustar soluções mais económicas para cada caso estudado. Exemplos: • taludes no mercado Mosqueteiros em Alcobaça, taludes nos arenitos triásicos em Coimbra e outros taludes em várias estradas municipais.

Prof. Fernando Ladeira

Competitividade A competitividade da Deltatau tem-se mantido ao longo destes 20 anos pela qualidade nos serviços que prestamos, o seu tempo de realização e os custos associados. Esta competitividade tem sido possível pela experiência acumulada ao longo de muito anos na vida ativa ininterrupta em que as soluções a adotar são quase automaticamente elaboradas. O software produzido ao longo dos primeiros dez anos de atividade tem-nos ajudado a ser mais competitivos, principalmente na elaboração dos relatórios. Futuro A Deltatau, no futuro, tem as mesmas metas anteriormente estabelecidas: qualidade nos serviços geotécnicos a desenvolver, rapidez nas soluções a adotar e custos competitivos.

deltatau.lda@gmail.com • www.deltatau.pt


BRANDS POWER | J. D. CARNEIRO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 48

Jorge Carneiro, Mediador de Seguros

“VENDO SEGUROS, NÃO COMPRO PROBLEMAS” Jorge Carneiro deixou o serviço público para se aventurar no mundo dos seguros e teve um sucesso notável. Após iniciar um trabalho a tempo parcial, construiu uma carreira sólida de mais de 25 anos como mediador na Generali Tranquilidade Seguros em Santo Tirso. A sua história é marcada por resiliência e compromisso com a excelência no serviço, tornando-se uma figura de destaque no mercado. Descubra mais sobre a jornada única deste empreendedor e a sua visão para o futuro de um setor em constante evolução.

Jorge Carneiro, da Generali Tranquilidade Seguros de Santo Tirso, tem uma trajetória que exemplifica resiliência, adaptabilidade e paixão pelo setor dos seguros. A sua história começou de forma inusitada, mas rapidamente se tornou numa carreira sólida e respeitada. Iniciou a sua jornada profissional no Instituto de Emprego de Formação Profissional, especificamente no serviço de apoio à criação de empresas, onde ajudava empreendedores

a estabelecerem os seus negócios. “Eu costumo dizer que aquilo me subiu à cabeça. Se eu pude ajudar outros empresários a começarem a atividade, porque é que eu próprio não podia criar a minha empresa?”, recorda. A viragem decisiva ocorreu quando uma empresa de Santo Tirso, contratada pela Tranquilidade para renovar a rede de mediadores, lhe apresentou uma oportunidade. Após completar


J. D. CARNEIRO | BRANDS POWER 49 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Aposto essencialmente no serviço direto com as pessoas, sempre disponível, e tento vender o produto adequado a cada pessoa, para que a pessoa compre informada

o curso necessário, Jorge começou a vender seguros em part-time em 1996 e, em 2000, dedicou-se inteiramente a esta atividade. “A partir daí, comecei a vender seguros de forma mais séria. Tudo isto foi final de 96 e início de 97”, relembra. O mediador testemunhou de perto a evolução do setor dos seguros, desde a oferta de seguros básicos até à inclusão de novas categorias, como seguros para animais. “É uma evolução natural, as pessoas vão criando necessidades à medida que os tempos mudam”, explica. Observa que, com o aumento do rendimento e a consciencialização sobre a importância dos seguros, houve uma democratização dos produtos disponíveis. “Quando comecei, os seguros contra todos os riscos eram muito caros, mas com o aumento do número de clientes, tudo isso tem sido democratizado”, acrescenta. O avanço digital também teve um impacto significativo no setor, embora, segundo Jorge, tenha levado a uma diminuição do número de mediadores. “Quando comecei a vender seguros, havia mais de 40 mil mediadores em Portugal. Esse número tem diminuído, e temos assistido a um movimento de concentração de mediadores”, afirma. A digitalização trouxe benefícios, como a agilização dos processos, mas também desafios, especialmente na comunicação com os clientes. “A Internet é boa, o digital é bom, veio ajudar, facilitou muitos processos, mas não foi passada muita informação para os clientes. Infelizmente, a maior parte dos clientes não compra de forma completamente informada”, diz. Para se manter competitivo no mercado, Jorge Carneiro aposta na qualidade do serviço, na formação contínua e na transparência com os clientes. “Aposto essencialmente no serviço direto com as pessoas, sempre disponível, e tento vender o produto adequado a cada pessoa, e para que a pessoa compre informada”, explica. Acreditando que um cliente bem informado é a chave para evitar problemas futuros. “Prefiro que a pessoa compre informada do que ser enganada. Vendo seguros, não compro problemas”, enfatiza.

Jorge Carneiro valoriza o contacto pessoal na sua abordagem, apesar da crescente digitalização. “Sim, por contacto pessoal, mas já fazemos muita coisa pela Internet e pelo WhatsApp. Enviamos sempre simulações por escrito com mais informação adicional, deixando espaço para a pessoa nos pedir mais esclarecimentos”, explica. Aceitando que o futuro do setor passará pela concentração de carteiras e pela adaptação às novas tecnologias, mas ressalta a importância de manter um serviço personalizado e próximo do cliente. A trajetória de Jorge Carneiro não foi isenta de desafios. Desde conciliar dois empregos até lidar com a complexidade dos seguros, enfrentou diversos obstáculos com determinação. “Sempre fui de trabalho, acho que em toda a vida tive sempre dois empregos. Agora estou mais calmo, mas antigamente levava 12 horas por dia à vontade de trabalho”, relembra. A credibilidade e a confiança que construiu ao longo dos anos são os pilares do seu sucesso. “Quando digo: ‘esta situação está coberta’, tenho a certeza que se acontecer, estará mesmo coberta. Isso faz a diferença e traz-nos credibilidade”, afirma. A perceção pública das seguradoras nem sempre é positiva, algo que Jorge reconhece e procura mudar através da educação e transparência. “Há uma imagem negativa dos mediadores no mercado. É difícil alterar esse paradigma, mas a aposta é na formação e na informação”, diz. Admitindo que o futuro da sua empresa está garantido pela confiança e credibilidade conquistadas, mas vê desafios significativos no caminho da digitalização total do setor. “Não sei se o futuro será digital. O mercado dos seguros tem de mudar muito e sobretudo a literacia dos consumidores”, conclui. A história de Jorge Carneiro é um exemplo de como a paixão, o trabalho árduo e a dedicação à ética profissional podem construir uma carreira sólida e respeitada. Continua a navegar pelas mudanças e desafios do setor dos seguros com uma visão clara e um compromisso inabalável com a qualidade e a transparência. A Generali Tranquilidade Seguros de Santo Tirso, sob a sua liderança, permanece um bastião de confiança e excelência no mercado de seguros.

geral@jdcarneiro.pt 252 860 480 (chamada para rede fixa nacional)

919 901 513 (chamada para rede móvel nacional)


BRANDS POWER | UF VIADE DE BAIXO E FERVIDELAS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 50

UF VIADE DE BAIXO E FERVIDELAS: A FREGUESIA DO FUTURO A Revista Business Portugal entrevistou Daniel Reis, Presidente da União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, para conhecer mais sobre as ações e projetos que estão a impulsionar o desenvolvimento da comunidade. Com uma gestão focada na inovação e na proximidade com os cidadãos, o autarca tem liderado iniciativas que melhoram a qualidade de vida e fortalecem o espírito comunitário. Durante a conversa, partilhou ainda as suas ideias para o futuro, os desafios enfrentados e as conquistas que demonstram o seu compromisso com a transformação e o progresso local.

A União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas é uma das mais importantes freguesias do concelho de Montalegre. Nessa linha, apresenta-se como um destino muito procurado, tanto a nível turístico, como de investimento particular e público. Montalegre é um local reconhecido não só a nível nacional, mas também além-fronteiras. Eventos como a “Sexta 13”, a Feira do Fumeiro e o Mundial de Rallycross configuram-lhe notoriedade a nível internacional. O concelho foi distinguido enquanto Património Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pela biodiversidade, paisagens, genuinidade dos costumes e, ainda, pela sua riqueza ao nível gastronómico. No que diz respeito a Freguesia de Viade de Baixo e Fervidelas, esta estende-se ao longo de 43,31 quilómetros quadrados, contando, atualmente, com cerca de 750 habitantes. Já há quatro mandatos à frente da freguesia, tenho procurado dinamizar as potencialidades da freguesia, criar novos postos de trabalho, atrair investimentos e prestar um serviço de proximidade. Destaco a construção de raiz do Posto dos Correios, as

obras de remodelação realizadas no edifício da Junta de Freguesia e o polidesportivo. Salientando que a população é a nossa principal preocupação e a quem prestamos especial atenção. Estamos a trabalhar para, em breve, ter mais obras e novidades, como a construção de um parque infantil, a colocação de multibanco e estamos a mover esforços para criar um centro de convívio. Devido elevada afluência de turistas àquela que é considerada a “Freguesia do Futuro”, foi inaugurado recentemente um Hotel, junto à Albufeira do Alto Rabagão (Barragem dos Pisões), mais unidades de turismo local, que para além de constituírem uma mais-valia para o território, vieram criar mais emprego. Importa realçar, igualmente, os investimentos que se têm realizado na freguesia, dos quais são exemplo, a Estação de Tratamento de Águas do Alto Rabagão e o Viveiro de Trutas Salmonadas. Estão em cursos mais investimentos em energias renováveis. Todas estas ações têm contribuído para o desenvolvimento económico da União de Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas. Quero deixar uma palavra especial de agradecimento aos seus cidadãos por todo o apoio que me têm dado ao longo dos anos, mesmo em circunstâncias mais difíceis. Aproveito este momento para lançar um desafio: venha conhecer o nosso Reino Maravilhoso, pois tenho a certeza de que vai ficar surpreendido com a beleza natural e patrimonial, nas suas diferentes vertentes, da nossa terra.

276 555 236 (chamada para rede móvel nacional) juntaviadebaixo@hotmail.com Daniel Reis, Presidente


AA CONSULTING | BRANDS POWER 51 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

“O NOSSO SUCESSO É O REFLEXO DA NOSSA DEDICAÇÃO AO SUCESSO DOS CLIENTES” No cenário dinâmico e competitivo das consultorias empresariais em Portugal, a AA Consulting temse destacado pela sua abordagem estratégica e personalizada, apoiando diversas organizações a alcançarem novos patamares de sucesso. Para entender melhor o universo da empresa, entrevistámos André Oliveira Antunes, o visionário CEO da AA Consulting.

A AA Consulting é reconhecida pelo rigor, celeridade, profissionalismo e sigilo na prestação de serviços. Quais as práticas específicas implementadas para garantir altos padrões de qualidade e como é que esses valores influenciam o dia a dia da empresa? Um dos grandes alicerces da nossa equipa é a formação contínua e a multidisciplinariedade dos elementos da mesma e, assim, garantimos que cumprimos atempadamente todas as obrigações fiscais e contabilísticas. Conseguimos ter um tempo de resposta muito inferior à concorrência visto que nenhum cliente fica sem resposta no próprio dia às questões que nos coloca. Os valores pelos quais nos pautamos conferem aos nossos clientes confiança nos serviços prestados, pois no nosso dia a dia mantemos sempre um padrão de qualidade com diversos procedimentos de conferência e confirmação para que quem nos procura sinta-se apoiado no seu negócio. O nosso sucesso é o reflexo da nossa dedicação ao sucesso dos nossos clientes. Num mercado competitivo, como é que a AA Consulting se posiciona para se tornar uma referência e fidelizar clientes? Quais são as estratégias utilizadas para manter a independência e a credibilidade, fatores cruciais para a empresa? Fidelizamos os nossos clientes com a constante demonstração de competência e dedicação. Parte da nossa carteira de clientes vem de recomendações de antigos e atuais clientes que sentem confiança e segurança no serviço prestado. A nossa Independência e credibilidade são mantidas, pois somos isentos de qualquer influência e cumprimos as normais vigentes com rigor e, claro que com o conhecimento adequado das mesmas conseguimos otimizar resultados em prol dos nossos clientes.

André Oliveira Antunes, CEO

A AA Consulting opta por não oferecer todos os serviços de consultoria, mas sim focar-se em áreas onde pode realmente acrescentar valor. Como é que essa especialização contribui para o diferencial competitivo da empresa e como é que escolhem as áreas de em que atuam? Desde a criação da AA Consulting que nos fomos especializando em diversos setores de mercado. Somos especialistas em serviços de consultoria, contabilidade e fiscalidade em setores como Advocacia, Comércio Automóvel, Hotelaria, Tecnologia e I&D, Serviços Especializados e Ótica. No entanto, aceitamos clientes de outros setores, visto que são todos bem-vindos e contribuem para o nosso crescimento. Quais são os principais objetivos e estratégias da AA Consulting para os próximos anos? Como é que pretendem continuar a evoluir e quais são as metas para fortalecer a posição da empresa no mercado e expandir os serviços prestados? A nossa estratégia para os próximos anos é de crescimento e aumento das áreas de especialização com o aumento da equipa. Queremos aumentar o número de clientes e escritórios dos atuais três para cinco indo ao encontro de territórios pouco explorados e com necessidades evidentes para os empresários locais como, por exemplo, o interior do país. Os nossos recursos humanos são sempre selecionados com elevados padrões de qualidade sem deixar o lado humano de parte. A AA Consulting tem tido sucesso pois temos um princípio de proximidade com os clientes e não abrimos mão deste aspeto no nosso quotidiano.

R. Eng. Moniz da Maia, 68 - Loja 4 e 25 - Atrium Azambuja - 2050-356 Azambuja R. Escola Primária, 23C - 2845-156 Amora R. da Matriz, 7 - 6320-211 Nave - Sabugal aoa@aaconsulting.pt • www.aaconsulting.pt


BUSINESS & EVENTS | DDC SAMSYS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 52

Ruben Soares, Co-Owner e Samuel Soares, CEO

COMPROMISSO TRANSFORMA O SONHO EM REALIDADE Na passada sexta-feira, dia 7 de junho realizou-se, no Multiusos de Gondomar, o Dia do Conhecimento, evento organizado pela Academia Samsys. O evento contou com vários oradores convidados tal como Fátima Lopes, Ricardo Costa, Madalena Carey, Rita Piçarra, Tarantini, Pauê Aagaard, Sofia C. Fernandes, e Fred C. e Castro. Os oradores partilharam com a plateia a importância do compromisso e de que forma o compromisso poderia ser a chave do sucesso, dando a conhecer ainda as suas histórias inspiradoras. Com alegria, emoção e muito compromisso, realizouse assim mais uma edição de sucesso do Dia do Conhecimento. A Revista Business Portugal esteve presente no evento e teve o gosto de falar com Samuel Soares, o CEO da Samsys e com Ruben Soares, o Co-Owner.

Em exclusivo à Revista Business Portugal, Ruben Soares, o Co-Owner da Samsys contou um pouco da história deste grande evento: “Em 2012, numa altura em que todas as empresas estavam no meio de uma crise, muitas sem dinheiro para pagar aos seus colaboradores, nós achámos que seria importante criar um evento que os inspirasse, então nesse ano, foi criado o Dia Do Conhecimento, e tivemos a presença de cerca de 300 pessoas. O evento foi crescendo e, nesta edição, foi dia de bater todos os recordes em 11 edições realizadas do Dia Do Conhecimento Samsys. Trata-se de um evento gratuito, através do qual queremos oferecer conhecimento, acreditamos que estamos assim, de alguma forma, a enriquecer a sociedade. Claro que isto só é possível devido ao enorme esforço da nossa Academia e também

por termos a bênção de ter incríveis parceiros que realmente reconhecem a importância deste evento”. O sucesso do evento sentiu-se logo nas primeiras horas da manhã “Sim! Batemos todos os recordes. Para terem uma ideia batemos as 7512 inscrições, mais de 6000 inscrições presenciais, mais de 1000 online, e no final da 1ª palestra já tínhamos ultrapassado o número de check-in validados do ano anterior, e continuam a entrar pessoas, por isso está a ser brutal. Nós esperamos de coração que todos os participantes consigam tirar proveito desta iniciativa e possam levar ideias que considerem valiosas para si. O sentimento que mais me enche o coração é gratidão, de termos o privilégio de partilhar ideias, conhecimento e princípios que podem, de alguma forma, ajudar as pessoas a crescerem, a desenvolverem-se, porque nenhuma empresa


DDC SAMSYS | BUSINESS & EVENTS 53 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Fred C. e Castro

Pauê Aagaard

Fátima Lopes

cresce se as suas pessoas não crescerem primeiro. Nós temos aqui esta possibilidade de levar até às pessoas ideias, experiências de vida e alguns princípios com base científica que podem ajudar todos aqueles que se propuserem a levar à prática, a ensaiar, testar e, acima de tudo, a modelar aquilo que eles são”, referiu Samuel Soares, CEO da Samsys. O DDC (Dia Do Conhecimento) é, sem dúvida, o maior evento da Academia Samsys, e se sempre o foi, este ano foi especial, foram batidos todos os recordes das 11 edições realizadas do Dia Do Conhecimento Samsys. Ruben Soares deixa ainda um grande agradecimento a toda a equipa Samsys: “Todo o sucesso deste evento só é possível devido ao enorme esforço de toda a equipa Samsys, são imparáveis, os nossos “ajudadores” como carinhosamente lhes chamo”. O Dia Do Conhecimento alcançou números incríveis, foi um autêntico sucesso, com mais de 3000 pessoas a marcarem presença no Multiusos de Gondomar, mais de 60 empresas com presença na zona de showroom, mais de 5000 visualizações na livestream do evento, e a certeza de que há mais pessoas com compromisso. Nas redes sociais, a equipa Samsys agradece a todos os intervenientes e parceiros que tornam o DDC Samsys possível. Porque só de compromisso se alcança o sucesso, já se encontram abertas as inscrições para o Dia Do Conhecimento de 2025, que certamente será novamente um sucesso. Fotos créditos: Samsys

Ricardo Costa


ARTIGO DE OPINIÃO REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 54

“A FELICIDADE É LUCRATIVA” A caminhada que culminou na criação do meu livro, “A Felicidade é lucrativa”, começou muito antes de eu sequer imaginar escrever sobre o tema. A minha trajetória foi moldada por uma insaciável vontade de mudança, pelo desejo de ser parte de uma nova geração de líderes e pela compreensão de que, no coração de qualquer organização de sucesso, estão as pessoas. Desde cedo, percebi um enorme gap nos modelos tradicionais de liderança e gestão. Havia uma desconexão flagrante entre as práticas empresariais e as reais necessidades dos colaboradores. Muitas empresas ainda se agarravam (algumas ainda o fazem) a métodos ultrapassados, focados exclusivamente em métricas de produtividade e lucro, negligenciando o bem-estar e a felicidade dos seus colaboradores.

Isso criou ambientes de trabalho estéreis e tóxicos, onde a satisfação pessoal era frequentemente sacrificada em nome de metas corporativas. A criação do primeiro Departamento da Felicidade em Portugal, em 2017, no Grupo Bernardo da Costa, foi um passo significativo nesta caminhada. Esta iniciativa não surgiu apenas como uma resposta às novas tendências de mercado, mas como uma verdadeira revolução no modo de liderar pessoas e negócios. Acredito firmemente que pessoas felizes, trabalhando em ambientes saudáveis e sob uma liderança humanizada, não só são mais produtivas, mas também trazem resultados financeiros excecionais para as suas empresas. Este livro nasceu do desejo de partilhar esta visão com um público mais amplo. Quero mostrar que é possível transformar o local de trabalho em um espaço de realização pessoal e profissional, onde os colaboradores se sintam valorizados, reconhecidos e motivados. O objetivo é proporcionar uma ferramenta prática, baseada em exemplos reais e testados, para que outros gestores e líderes possam aplicar estes princípios nas suas próprias organizações. Vivemos numa era onde o impacto das pessoas no mundo nunca foi tão significativo. Somos a nova geração de líderes, dotados de uma responsabilidade imensa: a de dar voz e ouvir verdadeiramente os nossos colaboradores. Temos o poder de transformar empresas em espaços de inovação e criatividade, o que podemos fazer ao simplesmente valorizar e escutar aqueles que fazem parte delas. O que me inspira? As pessoas. Além disso, é uma liderança saudável, consciente e equilibrada que me motiva a seguir em frente. É ver o brilho nos olhos de alguém que se sente ouvido e valorizado no seu ambiente de trabalho. É saber que, através de pequenas mudanças, podemos criar um impacto gigantesco na vida de nossos colaboradores, que se reflete em todas as áreas de suas vidas. Estamos numa posição única para moldar o futuro das nossas empresas e da sociedade como um todo. Temos a obrigação de fazer com que nossas vozes sejam ouvidas, e de dar voz àqueles que muitas vezes se sentem silenciados. Uma liderança que não apenas procura resultados, mas que também promove bem-estar e satisfação e que tem o poder de transformar o mundo. Ao escrever “A Felicidade é Lucrativa”, o meu propósito é não apenas partilhar as minhas experiências e aprendizagens, mas também inspirar outros a adotarem um olhar mais humanizado sobre a gestão. Acredito que estamos perto de uma mudança significativa no mundo corporativo, onde o foco nas pessoas será o diferencial competitivo mais importante. Espero que este livro não só ajude gestores e líderes a repensarem as suas abordagens, mas também que contribua para um movimento mais amplo de transformação nos ambientes de trabalho, promovendo a felicidade, a realização e, consequentemente, o sucesso de todos os envolvidos. Ricardo Costa Chairman do Grupo Bernardo da Costa


EMPRESAS GAZELA A designação de Empresa Gazela é um prestigiado reconhecimento atribuído a empresas que demonstram um crescimento rápido, sustentável e acima da média no seu setor de atuação. Caracterizadas pela sua agilidade, inovação e capacidade de adaptação, as Empresas Gazela destacam-se pela rápida expansão do volume de negócios e pela criação de empregos, desempenhando um papel crucial no dinamismo económico e no desenvolvimento regional. Ao celebrar estas empresas, reconhecemos o seu contributo vital para o desenvolvimento sustentável e para a criação de um ambiente empresarial vibrante e competitivo.

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EMPRESAS GAZELA | RAZÕES TEÓRICAS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 56

“TODOS OS PROJETOS SÃO CHAVE NA MÃO” A Razões Teóricas é uma empresa de excelência com um compromisso firme com a qualidade e a sustentabilidade. O seu foco na inovação e precisão permite-lhe oferecer soluções personalizadas, garantindo a satisfação e confiança dos seus clientes. Ricardo Pereira, Sócio-Gerente da Razões Teóricas, em entrevista à Revista Business Portugal, dá a conhecer a organização e demonstra o orgulho pela distinção “Empresa Gazela”.

Fundada em 2019, a Razões Teóricas celebra o seu 5º aniversário. Quais os momentos mais marcantes do percurso da empresa ao longo destes anos? Como líder, de que realizações se orgulha mais a nível empresarial e como pretende celebrar esta data especial? A empresa Razões Teóricas nasce fruto do trabalho de quase 50 anos do meu pai, a criação da empresa basicamente foi uma continuidade do seu trabalho, então eu e minha esposa decidimos criar esta empresa. Todas as obras são para nós uma fonte de orgulho, mas sempre existem aquelas que nos desafiam mais e, neste caso, foi a construção de raíz de um edifício todo em madeira que está dentro do Jardim da Estrela, em Lisboa, onde basicamente já existia um outro edifício ao abandono com 140 anos de existência, o desafio foi deitar tudo abaixo e construir outro de raíz, mas igual. Quase ninguém acreditava que seria possível, até porque tínhamos um projeto de arquitetura para recuperação, no entanto contratei um arquiteto que desenhou todos os pormenores e, neste momento, o edifício está lá para todas as pessoas o visitarem. Quais os principais serviços preconizados pela Razões Teóricas? A empresa oferece soluções personalizadas para atender às necessidades específicas dos clientes? A nossa empresa está mais vocacionada para as obras públicas, lares de idosos, centros de saúde, escolas, entre outras, tudo o que seja obra pública nós estamos lá. Podemos dizer que 90% da nossa faturação é referente a obras públicas. Depois temos os outros 10% de obras particulares para pessoas amigas, conhecidos e mais chegados. Todos os projetos são chave na mão. A Razões Teóricas destaca-se como uma empresa de prestação de serviços de excelência. O que a torna inovadora neste campo? De que forma proporcionam uma resposta eficiente, imediata e de alta qualidade aos vossos clientes? A nossa empresa fez grandes investimentos, nos últimos dois anos, a nível de maquinaria e tecnologia de ponta, ou seja, com esse investimento tanto podemos produzir uma simples obra,

Todas as obras são para nós uma fonte de orgulho, mas sempre existem aquelas que nos desafiam mais e, neste caso, foi a construção de raíz de um edifício todo em madeira que está dentro do Jardim da Estrela, em Lisboa


RAZÕES TEÓRICAS | EMPRESAS GAZELA 57 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A nossa relação com os clientes foi e sempre será de honestidade, aconselhamos e ajudamos os nossos clientes sempres nas suas decisões. Aliás, quando estou a efetuar um projeto é como se fosse a minha casa

Ricardo Pereira, Sócio-Gerente

como um grande projeto, isto porque são máquinas que produzem muito num curto espaço de tempo. Como é que a Razões Teóricas se diferencia da concorrência e se mantém inovadora e relevante para os seus clientes num ambiente tão dinâmico e desafiador? A nossa relação com os clientes foi e sempre será de honestidade, aconselhamos e ajudamos os nossos clientes sempres nas suas decisões. Aliás, quando estou a efetuar um projeto é como se fosse a minha casa. A Razões Teóricas foi reconhecida com o Prémio Empresa Gazela. O que considera ter sido o fator mais decisivo para o rápido crescimento que levou à distinção? Que realizações e méritos contribuíram para essas conquistas e como é que elas impactaram a empresa, os seus colaboradores e clientes? O mérito por termos sido escolhidos uma Empresa Gazela foi de todos os colaboradores da empresa, porque sem eles era

impossível receber esta distinção. Aliás, eu e a minha esposa representamos a empresa na gala para receber o prémio e no dia a seguir reuni com todos os colaboradores da fábrica a felicitá-los pelo prémio que a empresa recebeu. Este prémio é de todos nós e fruto de todo o nosso trabalho por um projeto. Quais as estratégias delineadas para continuar a encarar o futuro com optimismo, garantindo aos vossos clientes um parceiro com experiência, solidez e capacidade de resposta aos mais elevados desafios? Que objetivos assume em termos de futuro? Em termos de futuro, temos já planeado a criação de logótipo, site na Internet e publicidade nas nossas viaturas e vamos continuar a investir na fábrica com mais máquinas, sobretudo na linha de acabamento e embalamento.

Rua Principal 92 Boavista, 2460 603 Aljubarrota - Alcobaça 911 547 044 (chamada para rede móvel nacional) 262 098 677 (chamada para rede fixa nacional) geral.ccbarrio@gmail.com


EMPRESAS GAZELA | REDSTEEL REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 58

REDSTEEL DISTINGUIDA COMO EMPRESA GAZELA Numa entrevista exclusiva, Carlos Cabral, Gerente da Redsteel, revela os segredos por trás do sucesso da empresa no competitivo setor metalúrgico e destaca a importância da inovação contínua, da sustentabilidade e do compromisso com a excelência em cada projeto.

Carlos Cabral, Gerente

Quando foi fundada a Redsteel? Qual é a história da empresa e como avalia a sua evolução? Quais são as estratégiaschave que a Redsteel tem implementado para se manter competitiva e sustentável ao longo do seu percurso? A Redsteel foi fundada a 15 de maio de 2019, ela nasce devido a um empurrão da vida. Passa por um período difícil (Covid), por ser uma startup não teve direito a qualquer tipo de apoio, mas com o empenho e a resiliência de toda a equipa ultrapassámos este período. A evolução tem sido sustentável e progressiva a cada ano que passa. No ano 2023, obtivemos a certificação para o sistema de gestão EN ISO 9001:2015 e, no presente ano 2024, obtivemos a certificação de conformidade EN 1090-1:2009+A1:2011. A estratégia chave passa por dar condições de trabalho aos seus colaboradores, motivação dos mesmos e garantir a qualidade do produto ao seu cliente. Quais os principais serviços que disponibilizam aos clientes? Como funciona o processo da conceção à conclusão? Que projetos foram mais emblemáticos e que gostaria de destacar do vosso portfólio? Os principais serviços vão desde a fase do projeto até a aplicação do produto final, ou seja, nós transformamos a ideia do cliente em realidade.

O processo da conceção à conclusão divide-se em várias etapas: 1ª Etapa: Transformação da ideia do cliente em projeto; 2ª Etapa: Aprovação do projeto por parte do cliente; 3ª Etapa: Execução dos desenhos de fabricação a partir do projeto aprovado; 4ª Etapa: Aprovisionamento das matérias-primas; 5ª Etapa: Fabricação do produto através dos desenhos de fabricação; 6ª Etapa: Execução do tratamento anticorrosão do produto (Tipos de tratamento anticorrosão: Galvanização a quente, lacagem e pintura categoria C1, C2, C3 e C4); 7ª Etapa: Aplicação do produto final. Para nós todos os projetos são emblemáticos, mas os que ficam na memória são aqueles que desafiam as nossas capacidades. A Redsteel foi distinguida como Empresa Gazela. Que significado é que tem esta conquista para a empresa? Que mais-valias advêm desta distinção quer internamente, quer a nível da perceção do mercado? Esta distinção significa que a estratégia e o foco da Redsteel estão no caminho certo. As mais-valias internas passam pelo reconhecimento do trabalho de toda a equipa Redsteel. Que estratégia tem desenhada em termos de futuro para que a empresa seja, cada vez mais, uma referência, garantir um crescimento sustentável e desenvolver metodologias e tecnologias que maximizem a qualidade dos vossos serviços e a satisfação dos clientes? A estratégia passa por uma melhoria contínua dos seus serviços, qualificação dos seus colaboradores, qualificação/certificação dos seus processos, de modo a que o serviço prestado aos seus clientes seja um serviço de excelência e apostar cada vez mais no mercada externo.

geral@redsteel.pt • www.redsteel.pt


TAMANHO EFICAZ | EMPRESAS GAZELA 59 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

“A TRAJETÓRIA DA EMPRESA SEMPRE FOI MARCADA PELA APOSTA NA QUALIDADE” A Tamanho Eficaz tem-se destacado pelo compromisso com a eficiência e a qualidade. Filipe Silva, CEO, revela os pilares que sustentam o sucesso da Tamanho Eficaz, desde a sua abordagem centrada no cliente até a implementação de tecnologias inovadoras. Com uma visão clara e determinada, Filipe Silva lidera a Tamanho Eficaz rumo a um futuro promissor, pautado pela inovação e pela satisfação dos clientes.

A Tamanho Eficaz foi fundada em 2019 e, em apenas quatro anos, já foi reconhecida como uma das Empresas Gazela 2023 na Região Centro. Como é que foi a trajetória da empresa desde a sua fundação? Quais foram os principais desafios e marcos importantes nesse percurso? A trajetória da empresa, sempre foi marcada, pela aposta na qualidade da mão de obra especializada em todos os projetos desempenhados com os seus clientes. Um dos marcos mais importantes no nosso percurso tem sido o aumento da procura do nosso trabalho a nível internacional como é o exemplo da Bélgica e Espanha.

O prémio Empresas Gazela é atribuído a organizações que se destacam pelo crescimento acelerado e sustentável. Quais são os principais fatores diferenciadores da Tamanho Eficaz que permitiram alcançar este reconhecimento? Como é que se posicionam no mercado para manter esse ritmo de crescimento? Os principais fatores diferenciadores da Tamanho Eficaz devem-se à entrada no mercado internacional, onde estabelecemos as nossas maiores ligações e onde damos uma boa resposta à qualidade da exigência do cliente e devido aos projetos desafiantes. A excelência no serviço é um dos pilares da Tamanho Eficaz e têm parcerias de longo prazo, como é a com a Smulders Projects N.V. Como é que mantêm a qualidade e eficiência dos serviços prestados, especialmente em projetos internacionais? Qual é a importância dessas parcerias para o sucesso da empresa? A Tamanho Eficaz prima pela pré-seleção de todos os candidatos dando preferência a todos os que possuem uma formação profissional adequada. Cada cliente da nossa empresa é considerado de extrema importância para o nosso crescimento e sucesso. Quais são os principais objetivos e estratégias que a Tamanho Eficaz delineou para os próximos anos? Como é que pretendem continuar a crescer e a adaptar-se aos novos desafios do mercado, tanto a nível nacional como internacional? Os principais objetivos e estratégias da Tamanho Eficaz para os próximos anos passam pela melhoria continua dos seus projetos, aposta na formação especializada dos nossos colaboradores e um acompanhamento contínuo e exclusivo a cada exigência dos nossos clientes.

tamanhoeficaz@gmail.com • www.tamanhoeficaz.pt Filipe Silva, CEO


EMPRESAS GAZELA | COSMOHOUSE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 60

“O NOSSO FOCO É CONTINUAR A CRESCER” A Revista Business Portugal entrevistou Diogo Cabral, CEO da Cosmohouse, uma empresa que se tem destacado e redefinido padrões na indústria da construção. Diogo Cabral partilhou os desafios enfrentados e as conquistas da empresa, destacando o seu compromisso com a excelência e a sustentabilidade.

Diogo Cabral, CEO

A Cosmohouse é conhecida por ser uma empresa jovem, mas com uma vasta experiência no setor da construção. Como é que foi a trajetória da empresa desde a sua fundação até se tornar um nome de destaque na construção? Quais foram os principais desafios e inovações que marcaram essa trajetória? A Cosmohouse surge pela necessidade de soluções construtivas eficientes e sustentáveis, de forma rápida e económica. Surgiu como alternativa viável à construção dita tradicional em betão e tijolo que apresentam as patologias que todos conhecemos, apresentando imensas vantagens de eficiência térmica, acústica e de forma mais rápida. Sendo que em Portugal se encontrava enraizada a construção dita tradicional, que na minha opinião se encontra obsoleta e é muito pouco eficiente, foi necessário recorrer a técnicas e documentação técnica desenvolvida em países do norte da Europa, e alguma, mas muito pouca formação técnica que havia no nosso país na altura, dado que na minha formação base em Engenharia Civil não nos eram dadas todas as ferramentas necessárias. Os maiores desafios passam, sem dúvida, pela escassez de mão de obra, que foram superados criando condições de trabalho para os trabalhadores mais qualificados no mercado nesta zona do país, bem como a criação

de uma politica empresarial forte e com um ambiente de amizade e companheirismo entre os colaboradores e gerência. A Cosmohouse desenvolveu um portfólio impressionante de “obras chave na mão”, tanto em novos projetos como em reabilitações. Quais são os fatores-chave que garantem a excelência e a qualidade dessas obras? Os fatores-chave são fornecer ao cliente um produto final de qualidade, desmistificando o preconceitos iniciais, mostrando aos nossos clientes soluções de projecto “fato à medida” desenvolvido para as necessidades do cliente de forma personalizada, garantindo um preço final fechado ainda na fase de projeto e sem surpresas. Já em obra garantimos ao cliente uma rápida execução, com acabamentos de qualidade e acima da média e de forma cuidada, garantida pela nossa equipa técnica e de produção de cerca de 20 pessoas. Este ano para garantir ainda mais qualidade e prazo, iniciámos a produção das nossas carpintarias, com a criação de carpintaria de limpos própria. Um dos grandes diferenciais da Cosmohouse é a sua abordagem à construção sustentável. Como é que a empresa implementa as suas três principais medidas de sustentabilidade – eficiência energética, uso de energia renovável e materiais de fontes renováveis? Como é que essas práticas diferenciam a Cosmohouse das demais empresas no setor da construção? O Ambiente é uma das nossas preocupações de base. Costumo dizer em tom de brincadeira que é “hipocrisia ambiental” conduzir um carro elétrico e viver numa casa de betão, pois a indústria do betão é das mais poluentes a nível mundial. As casas em wood frame são as únicas cuja construção possui uma pegada de carbono negativa, quer pelo seu material base em madeira ser uma fonte renovável como pela utilização de matériais recicláveis. Para além disso, pela eficiência deste método, os meios necessários e energias fósseis utilizadas são muito mais reduzidas. Receber o Prémio Empresas Gazela é um reconhecimento significativo. O que é que este prémio representa para a empresa e como é que reflete o trabalho e a dedicação da equipe? Ao celebrar mais um ano de existência, quais foram os momentos mais marcantes da história da empresa e quais os objetivos para o futuro? Receber este prémio é, sem dúvida, um reconhecimento do trabalho da nossa equipa, e é uma motivação adicional para superar os desafios que nos são apresentados todos os dias, quer com a carga de impostos e encargos que temos de suportar numa estrutura da nossa dimensão, motivo pelo qual acredito que nem todas as empresas e empresários estejam dispostos a arriscar crescer. Contudo o nosso foco é continuar a crescer, de forma sólida e consolidada.

cosmohouse.geral@gmail.com www.cosmohouse.pt


FC WELDING | EMPRESAS GAZELA 61 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

ATENÇÃO E QUALIDADE NOS DETALHES Em entrevista, Núbio Canto, Gerente da FC Welding, partilhou insights sobre a trajetória e o sucesso da empresa, sublinhando que o conhecimento do setor e a experiência prática de mercado foram fatores essenciais para acelerar os resultados e obter a distinção Empresa Gazela.

Núbio Canto, Gerente

A FC Welding foi fundada em 2019 e, em apenas cinco anos, já foi reconhecida como uma das Empresas Gazela 2023 na Região Centro. Como é que foi a trajetória da empresa desde a sua fundação? Quais foram os principais desafios e marcos importantes nesse percurso? Ao longo destes cinco anos, na FC Welding, enfrentámos diversos desafios. Entre eles, podemos mencionar a pandemia e a dificuldade correspondente em manter-nos ativos no mercado, quando muitas empresas tiveram de encerrar as suas atividades. Além disso, como qualquer empresa em fase inicial, especialmente uma liderada por um imigrante, manter-se firme apesar da falta de apoio governamental foi uma realidade que enfrentámos. Contudo, acreditamos que a nossa dedicação em proporcionar aos nossos clientes qualidade acima de quantidade e o empenho em realizar um bom trabalho trouxeram resultados inevitáveis. Mesmo com grandes objetivos ainda por alcançar, continuaremos a esforçar-nos para atingi-los da melhor forma possível, independentemente das dificuldades que possam surgir ao longo do caminho. Quais os principais serviços desenvolvidos pela FC Welding? Que projetos gostaria de destacar do vosso portfólio? Nós fornecemos mão de obra qualificada e experiente para empresas do setor metalomecânico, tanto dentro como fora do país, com o objetivo de atender às necessidades dos nossos clientes e alcançar o

sucesso dos seus projetos em conjunto. Além de nos concentrarmos no cliente, realizamos o nosso trabalho de acordo com a legislação portuguesa e prestamos apoio aos trabalhadores de maneira honesta e transparente. Essas são as principais práticas da nossa empresa. Cada cliente que está ou esteve connosco foi fundamental na nossa história, e orgulhamo-nos imensamente de todos os projetos que tiveram a contribuição dos nossos colaboradores no seu desenvolvimento. Entre eles, destacam-se alguns clientes regionais que têm estado connosco há mais tempo nesta jornada, como a Electrofer, Momsteel e a Blocotelha. Desejamos que todas as nossas parcerias sejam duradouras e tragam bons resultados. O prémio Empresas Gazela é atribuído a organizações que se destacam pelo crescimento acelerado e sustentável. Quais são os principais fatores diferenciadores da FC Welding que permitiram alcançar este reconhecimento? Como é que esta distinção impactou a empresa, os seus colaboradores e clientes? Acreditamos que o conhecimento do setor e a experiência prática de mercado foram fatores essenciais para acelerar os resultados. Além disso, acompanhamos minuciosamente todas as etapas, desde a nossa apresentação ao novo cliente, passando por reuniões, elaboração da nossa melhor proposta comercial, avaliação do trabalho dos nossos profissionais, suas qualificações e documentação, oferecendo formação adequada, mantendo-nos atualizados com a legislação vigente e acompanhando de perto o progresso do projeto junto dos clientes e colaboradores, até ao pagamento e recebimento. Dentre os nossos diferenciais, mantemos a atenção e qualidade nos detalhes, para assim agir da melhor maneira possível diante as diferentes situações e prestar um serviço de qualidade. Quais são os principais objetivos e estratégias que a FC Welding delineou para os próximos anos? Como é que pretendem continuar a crescer e a adaptar-se aos novos desafios do mercado? Entre os principais objetivos e estratégias delineados pela FC Welding para os próximos anos estão: manter a qualidade do nosso trabalho, atrair novos clientes, expandir o nosso quadro de colaboradores e aumentar o reconhecimento no setor. Entendemos que esses objetivos são construídos com o tempo e dedicação, e estamos comprometidos com esse processo. Além disso, procuramos alcançá-los de forma honesta, humana, com muito esforço e trabalho árduo. Reconhecemos que o mercado atual requer que nos mantenhamos atualizados e em constante aprimoramento, e estas são questões nas quais estamos cada vez mais focados.

244 130 751 (chamada para rede móvel nacional) geral@fcwelding.pt • www.fcwelding.pt www.linkedin.com/in/fcwelding


EMPRESAS GAZELA | PLAN-C TECHNOLOGIES REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 62

PRÉMIO EMPRESA GAZELA RECONHECE TRABALHO E EMPENHO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS Num mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a PLAN-C Technologies destaca-se como uma das empresas de referência em soluções tecnológicas sustentáveis. Filipe Silva, CEO da empresa, e Cristina Almeida Silva, CFO, em entrevista à Revista Business Portugal, partilharam a sua visão inovadora e os valores que têm guiado a PLAN-C Technologies rumo ao sucesso.

Como e quando a PLAN-C Technologies foi fundada? Quais foram os marcos mais significativos na trajetória da empresa? A Plan C Technologies foi fundada a 28 agosto 2017 e surgiu do sonho de transformar a automatização residencial (domótica) num bem mais acessível. Filipe Silva, CEO da Plan C trabalhava na altura como Responsável Técnico na Julen & Steiger Cie, em Parceria com Sotheby's Internacional Realty, na Gestão técnica de Condomínios de Luxo. O seu gosto pela tecnologia e pelas smart homes foi impulsionado e já com formação, certificação e know-how, decidiu avançar com a materialização desse sonho. Até então ter uma smart home era reservado a um nicho de mercado muito específico pertencente a uma classe social com altos rendimentos. Aos poucos conseguimos desmistificar esse conceito e conseguimos criar condições para que a classe média tivesse acesso a estas funcionalidades. Entretanto, e com o crescimento da Plan C, fomos abraçando outros sectores sendo que no presente somos certificados para todas as Especialidades Técnicas no setor da Construção Civil. É fácil encontrar quem trabalhe na área, não é fácil encontrar tudo no mesmo parceiro. Como descreve o seu posicionamento e cultura organizacional? Consideramos a Plan C como uma família, criando condições para que os que trabalham connosco queiram mesmo cá estar, quer a nível de ambiente de trabalho, que apesar de ser profissional é leve e descontraído, baseado no respeito parte a parte, quer a nível pessoal. Essa relação de confiança criada entre administração e colaboradores permite um contacto mais pessoal abrindo portas para o envolvimento da administração na participação e resolução de assuntos pessoais, e nós estamos disponíveis na medida do possível. A cada elemento é dada a oportuni-

Filipe Silva, CEO

dade de crescer ao seu ritmo e mediante as suas aptidões, só assim podemos todos em conjunto ter sucesso. Temos casos de colaboradores transferidos para outro departamento pois não se adaptaram à função para a qual foram inicialmente contratados e até hoje continuam connosco. Quais são os produtos e serviços principais oferecidos pela PLAN-C Technologies? Como a empresa identifica e desenvolve novos produtos e serviços para atender às necessidades do mercado? Sendo certificados para todas as especialidades técnicas na área da Construção Civil, smart homes, Segurança, Climatização, Electricidade, ITED, Sistemas Autoconsumo, Energias Renováveis, temos capacidade para abraçar projectos de grande envergadura.


PLAN-C TECHNOLOGIES | EMPRESAS GAZELA 63 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

O cliente e ou investidor tem todas as vantagens em trabalhar connosco, pois contamos com uma equipa de colaboradores especializados nas diversas áreas, desde a parte administrativa à parte de produção. Participamos ativamente, juntamente com os nossos parceiros externos, no desenvolvimento de soluções procurando estar sempre na vanguarda e atentos ao surgimento de novas necessidades. A estreita relação de amizade que se cria com o cliente, permite-nos ter em primeira mão o feedback sobre falta de soluções para uma determinada situação e ou necessidade, e o acompanhamento na sua implementação, permitindo melhorias e adaptações em tempo real. Ninguém mais do que o cliente sabe o que necessita ou deseja, e nós colocamos o nosso serviço em prol do cumprimento desse desejo. O que significa para a PLAN-C Technologies ser reconhecida como uma Empresa Gazela? Qual é a relevância desta distinção para a imagem, visibilidade e notoriedade da organização? É o reconhecimento do trabalho e empenho dos últimos cinco anos, não só da administração, mas de cada elemento da Plan C, em prestar um serviço de qualidade, que apesar das dificuldades que foram surgindo nos últimos anos se conseguiu manter. Foi necessário um investimento muito elevado, quer financeiro, físico e psicológico para chegar aqui, mas começamos a colher os resultados. Com esta distinção queremos chegar ainda mais longe, mostrar e dar a conhecer que o centro do país tem profissionais qualificados e capazes e que é necessário apostar neles. Viseu tem uma localização central e conta com inúmeras empresas capazes. Em conjunto conseguimos fazer a economia do centro do país circular e travar o fenómeno de migração

para as grandes cidades, só nos últimos dois anos triplicámos a nossa equipa. Estas distinções mostram ao país que aqui também há vida e que vale a pena investir no desenvolvimento económico desta região. Quais são os planos futuros da PLAN-C Technologies para manter o crescimento e continuar a inovar no mercado? Quais são as principais metas estratégicas da PLAN-C Technologies? A Plan C adquiriu recentemente a Grau Zero Lda, uma empresa especializada em AVAC em Lisboa com mais de 40 anos de experiência, conjugando os know-how de ambas pretendemos crescer ainda mais e chegar aos quatro cantos do país com a mesma força que temos vindo a demonstrar. Em 2020, a empresa contava com a colaboração de dois funcionários, na atualidade somos cerca de 50. Para nós é óptimo saber que criámos estes postos de trabalho contribuindo para a economia destas famílias. É necessário que os executivos, no momento de legislar, olhem para o papel importante das empresas no desenvolvimento da economia e procedam com as alterações necessárias para as impulsionar, caminhando ao lado delas e não contra elas.

info@plan-c-technologies.pt www.plan-c-technologies.pt


EMPRESAS GAZELA | CORACINI REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 64

CORACINI: RUMO AO SUCESSO COMO EMPRESA GAZELA Na dinâmica indústria de transportes e logística, a Coracini destaca-se não apenas como uma Empresa Gazela, mas como um exemplo de inovação e eficiência. Na nossa entrevista com João Coracini, CEO da empresa, exploramos os segredos por trás do sucesso da Coracini, mas também os desafios enfrentados e as estratégias adotadas para se manter à frente no mercado competitivo dos transportes. Descubra como esta empresa está a moldar o futuro da logística com visão estratégica e compromisso com a excelência operacional.

A Coracini foi fundada há dez anos e desde então tem mostrado um crescimento notável. Como é que tem sido a trajetória da empresa desde a sua fundação e os principais marcos que contribuíram para o seu sucesso atual? O sucesso da empresa tem por base muito esforço e a união da família Coracini. A Coracini é reconhecida pelo excelente trabalho desenvolvido na área de transporte rodoviário de mercadorias e serviços relacionados. Quais são os principais fatores que acredita terem sido cruciais para alcançar este nível de excelência? Os fatores cruciais para alcançar este nível de excelência passam pelo compromisso com os clientes e por muita dedicação ao trabalho.

João Coracini, CEO

Num setor competitivo como o de transportes, quais são os fatores diferenciadores que posicionam a Coracini de forma única no mercado? Como é que a empresa se distingue dos seus concorrentes? Os fatores diferenciadores que posicionam a Coracini de forma única no mercado são a qualidade de trabalho, uma frota competitiva e o cumprimento dos horários. A Coracini foi recentemente reconhecida como uma das empresas Gazela. O que é que este prémio significa para a empresa e quais são os impactos que espera deste reconhecimento traga para o futuro da Coracini em termos de oportunidades e desenvolvimento? O prémio Empresa Gazela faz reconhecer o nosso esforço e os compromissos com o país. Para o futuro da Coracini, esperamos mais crecimento e desemvolvimento da empresa.

Rua Conego Jose Ferreira Lacerda Lote 69, 1º esq 2415-378 Leiria


INTERNATIONAL CLUB OF PORTUGAL | BUSINESS & EVENTS 65 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Miguel Relvas e Manuel Ramalho

de Cavaco Silva “houve momentos que hoje seriam considerados de populismo”. Referiu ainda o tema da debilidade das decisões, e aproveitou para se referir à Europa, e ao “pensamento débil”, dando como exemplo o caso de Itália, em que foram italianos eleitos, que começaram num espaço político e acabam em outro, defendendo que os “políticos não podem abraçar a debilidade das decisões”. Miguel Relvas recuou ainda no tempo e relembrou que todos diziam que há dez anos, Portugal caminhava para uma “mexicanização à esquerda”, e agora falam numa “mexicanização à direita”. O ex-Ministro remata afirmando que “o país tem o famoso síndrome da maioria absoluta, o que não é por si um significado de estabilidade”.

ALMOÇO-DEBATE COM MIGUEL RELVAS Foi no dia 4 de junho, no Lisbon Marriott Hotel, que se realizou o habitual Almoço-Debate do International Club of Portugal (ICPT). O tema do evento foi “a Política VALE A PENA. Porquê?” e o orador convidado foi o Dr. Miguel Relvas, ex-Ministro e atual Consultor de Empresas. Ao longo do almoço, foram diversos os temas abordados, o orador lembrou que no tempo do consulado

Breves Garcia Garcia constrói unidade industrial em Albergaria-a-Velha A portuguesa Garcia Garcia foi a escolhida pelo grupo alemão Testo para construir a nova unidade industrial que vai produzir equipamentos de medição portáteis no Município de Albergaria-a-Velha. A primeira pedra do edifício industrial que vai ocupar uma área de 21 mil m2 já foi lançada, estando a conclusão da obra prevista para o segundo semestre 2025 e que vai permitir criar até 500 novos postos de trabalho na região, a médio prazo. Com sede na Alemanha, a Testo destaca-se como líder mundial em tecnologia de medição fixa e portátil, desenvolvendo soluções nas áreas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) e ventilação, qualidade alimentar, tecnologia da construção e controlo de emissões.

Pedro Passos Coelho, Manuel Ramalho, Miguel Relvas e Miguel Morgado Ribeiro

Promotora portuguesa investe 20 milhões em edifício de luxo junto ao rio Douro O ‘The View II’ é o mais recente projeto da Rivage Properties e conta com 29 apartamentos, cujos preços vão dos 755 mil euros aos 1,5 milhões de euros. A comercialização deste empreendimento começa ainda este mês e a sua construção deverá estar concluída em 2026. Este projeto é mais uma aposta da Rivage Properties na região do Porto, onde já conta com outros três projetos de luxo. João Ribeiro, CEO e fundador da Rivage Properties, assume que o desejo de “expandir o nosso portfólio e realizar mais investimentos diferenciados, que se integrem no ambiente e que tenham um papel no desenvolvimento local da região, além de ser prioritário que estes tenham um sentido de comunidade, através de espaços que incentivem a interação e a convivência”.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 66

SETÚBAL EMPREENDEDOR O empreendedorismo no distrito de Setúbal está a emergir como um catalisador essencial para o desenvolvimento económico e a inovação regional. Com uma localização estratégica que abrange a proximidade da capital Lisboa e o acesso ao porto de Sines, Setúbal oferece um ambiente propício para o surgimento e crescimento de novas iniciativas empresariais. A região combina recursos naturais abundantes com um rico património cultural, criando uma base sólida para empreendimentos em setores diversificados como turismo, agricultura, tecnologia, indústria e serviços. A riqueza cultural e natural de Setúbal, aliada a um ambiente empresarial favorável, atrai turistas e investidores, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento e inovação. Com uma visão estratégica voltada para o futuro, o distrito de Setúbal está-se a consolidar como um polo de empreendedorismo vibrante e resiliente em Portugal. Nas próximas páginas, conheça o percurso inspirador de empresas e empresários do distrito de Setúbal marcado por histórias de inovação, resiliência e sucesso. Estas narrativas refletem a capacidade de transformar desafios em oportunidades, contribuindo significativamente para o dinamismo económico e social da região.


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SETÚBAL EMPREENDEDOR | PASTELARIA FIDALGOS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 68

PASTELARIA FIDALGOS: A CASA DAS FERRADURAS Há quase 50 anos, na Moita nasceu a primeira pastelaria das redondezas, criada por Amândio Campos em sociedade com a irmã. Uma pastelaria pioneira, com muita história e tradição, a Pastelaria Fidalgos, conhecida pela casa das ferraduras é, ainda, nos dias de hoje, uma paragem obrigatória para os amantes deste doce único e não só.

Aos 11 anos, Amândio Campos abandonou o Alentejo e rumou até à cidade, como era comum naquela época, os jovens deixavam para trás as suas terras e partiam em busca de uma vida melhor. A vida de Amândio deu uma reviravolta quando a sua irmã veio viver para a Moita, e juntos decidiram abrir uma pastelaria: “Após a chegada da minha irmã, percebemos que não existia nenhuma pastelaria na Moita, então vimos isso como uma oportunidade e, em sociedade, abrimos a primeira pastelaria da Moita”. Na altura, o gerente da Pastelaria Fidalgos vendia muitos pastéis de nata, mas ambicionava fazer sucesso com outros bolos e ter mais reconhecimento. Assim, começou a fazer os claudinos que se vendiam razoavelmente bem, mas mesmo assim ficavam aquém do que queria. “Quase como numa brincadeira nasceram as ferraduras, foram bem aceites, era uma receita que adaptei e moldei ao meu gosto e ao fim de quase 50 anos ficou conhecido como bolo típico local. A ferradura da Pastelaria Fidalgos é diferente do comum, trata-se de um bolo com doce de ovos ao contrário da normal que é mais seca”, refere, sublinhando que os bolos de destaque que podemos descobrir na pastelaria são as típicas ferraduras, os claudinos e o pastel de nata. Amândio fala com o maior carinho sobre a sua atividade e sobre o processo de fabrico dos seus produtos, defende que um bom pasteleiro é aquele que trabalha com carinho e delicadeza e, que acima de tudo, se preocupa com a composição do seu bolo. O gerente tem como principal preocupação a qualidade dos seus produtos, “claro que não deixam de ser bolos, têm gorduras como a margarina, mas tudo da forma mais controlada possível, temos muita atenção também ao açúcar que colocamos nos nossos produtos”, destaca, acrescentando que nenhum dos seus bolos tem aditivos, são todos cremes feitos da forma mais natural possível, sem aditivos nem conservantes, assumindo-se uma pastelaria orgulhosamente tradicional. Os clientes da Pastelaria Fidalgos podem contar com a melhor qualidade, a comprová-la também estão as certificações obtidas, como lembra amândio: “Temos a certificação de alguns bolos, no

Amândio Campos, Gerente

Quase como numa brincadeira nasceram as ferraduras, foram bem aceites, era uma receita que adaptei e moldei ao meu gosto e ao fim de quase 50 anos ficou conhecido como bolo típico local


PASTELARIA FIDALGOS | SETÚBAL EMPREENDEDOR 69 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

âmbito do projeto PORTUGAL SOU EU, no sentido de serem bolos mais naturais e com fácil identificação de ingrediente, tenho quatro bolos certificados neste momento, a ferradura, o pastel de nata, os claudinos e em processo o éclair de fabrico artesanal”. A Pastelaria Fidalgos tem participado em vários concursos a nível nacional e Amândio refere: “É tudo muito bonito e tem corrido tudo bem, embora algumas classificações não contem, porque vamos concorrer e aparecer num grupo de todas as zonas do país. Há sempre um almoço ou um jantar, e é tudo muito bom. Quando há classificações tenho ficado entre os primeiros, mas nunca conquistei uma vitória, o mais perto que estive foi num concurso de pastéis de nata que alcançámos o segundo lugar”. Contudo, Amândio considera que estes concursos são uma verdadeira janela para o reconhecimento dos bolos da Pastelaria Fidalgos. “Após esse concurso tive um cliente que me encomendou cerca de 1200 pastéis de nata, o que foi muito bom, deu uma grande evidência à casa”, lembra. Esse destaque fez com que o gerente pensasse na expansão do negócio: “Efetivamente, já pensei

Temo pelo futuro da pastelaria tradicional, pois quando acabarem os pasteleiros mais antigos, provavelmente, toda a gente se vai dedicar à pastelaria industrial, tudo pré-feito, que vem num saco que é mais fácil de fazer, vai-se perder o encanto

expandir o negócio e a sua dinâmica, mas as rendas fora daqui são muito altas, seria impensável, decidi que era melhor cá ficar”. Em relação ao futuro da casa, no geral, Amândio demonstra-se bastante receoso: “Temo pelo futuro da pastelaria tradicional, pois quando acabarem os pasteleiros mais antigos, provavelmente, toda a gente se vai dedicar à pastelaria industrial, tudo pré-feito, que vem num saco que é mais fácil de fazer, vai-se perder o encanto e temo que a pastelaria tradicional vai acabar por cair no esquecimento e acredito que vá mesmo desaparecer. Mesmo no ensino da pastelaria os próprios professores tendem já a ensinar técnicas mais industrializadas e eles próprios defendem que o futuro é esse”. Para prevenir isso, o gerente da Pastelaria Fidalgos defende que “deveria ter havido um acompanhamento mais intenso para evitarmos este desfecho, se os jovens tivessem tido um melhor acompanhamento, talvez houvesse aqui uma continuidade da pastelaria tradicional”. Para Amândio, o importante será continuar a defender a pastelaria tradicional, para isso investe muito na sua própria formação, e naqueles que o rodeiam, recentemente tirou uma formação em nutrição. “Achei bastante importante, invisto sempre na minha formação, devo ser a pessoa com mais formações a nível de pastelaria na Moita. Em relação à formação em nutrição, olho para ela como uma mais-valia, quero fazer boa pastelaria e o mais saudável possível, invisto na minha formação para que os meus clientes saibam que podem confiar em nós”.

Largo do Trabalhador Rural Nº 3, Moita 21 289 7730 (chamada para rede fixa nacional)


SETÚBAL EMPREENDEDOR | 2BURGER REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 70

2 BURGER UMA VIAGEM PELO MUNDO Situado no coração do Montijo, o 2Burger é um restaurante que traz ao público o melhor do hambúrguer, num conceito around the world que apresenta pratos com inspirações que vão do Porto aos Estados Unidos. Vencedor do Prémio Cinco Estrelas Regiões, este espaço é gerido por Márcio Ferreira juntamente com o seu pai Carlos e com a ajuda fundamental da sua mãe, Ema. Eis o 2Burger, um hambúrguer artesanal do mundo para a mesa. Márcio, pode contar-nos um pouco da história do 2Burger? Toda a minha vida foi envolta em livros, foi o ponto de partida para dar inicio a uma aventura empresarial que começou aos 16 anos. Contudo, já nessa altura sabia bem o que queria. Colocar as minhas ideias em prática. Felizmente tive a sorte de ter uns pais que sempre me apoiaram. Ainda hoje, mesmo não sabendo o quê, sinto que há mais coisas para conquistar, mas como dizia Steve Jobs: “Só conseguimos montar as peças do puzzle, olhando para trás”. O 2Burger foi apenas o resultado de anos de experiência dos três. Tínhamos todas as capacidades e gostávamos de trabalhar, foi só realizar o projeto. Contudo, houve muito trabalho para chegarmos até aqui. E porque o hambúrguer? O hambúrguer é um produto muito trabalhado, inclusive, por chefs com estrela Michelin. No entanto, sentia que havia muito para explorar e decidi apostar num novo conceito, o around the world. Este conceito, nasce das minhas viagens com a minha namorada, nas quais se deu o click. Porque não criar os hambúrgueres por cada região que visitei? Assim, nasceu o hambúrguer típico de Trás-os-Montes com alheira de Mirandela, o de francesinha do Porto, o dos EUA, o de Marrocos com as especiarias típicas, o Ibérico de porco preto de Espanha, entre outros. Numa das minhas últimas viagens, visitei a Escócia, provei porco desfiado e pensei, tenho que fazer um hambúrguer disto! Foi um sucesso tal, que acabamos por incluir na nossa carta. O que diferencia o hambúrguer do 2Burger que vos fez ganhar o Prémio 5 Estrelas Regiões? São várias as razões. O conceito around the world foi uma aposta ganha. As pessoas sentem a experiência e apreciam-na. Acreditar nos produtos e fornecedores locais, podendo dizer, que os produtos saem da horta “quase” diretamente para o prato também foi decisivo. Apostamos igualmente em vinhos exclusivos de pequenas produções. O cliente também teve um papel decisivo pois foram eles que ao longo do tempo tornaram o 2Burger um restaurante de excelência e estamos muito gratos por isso. Primamos pela qualidade dos produtos e pelo atendimento, bem como fazer com que os colaboradores se

Márcio Ferreira, Ema Ferreira e Carlos Ferreira, equipa

Da receção às sobremesas “O cliente é tratado como se fosse um convidado, ele no fundo escolhe o nosso estabelecimento para vir almoçar o que é a melhor distinção. Temos uma relação de proximidade com os clientes, explicamos-lhe a carta e tentamos que eles se sintam bem”, confidencia Carlos. “As sobremesas são feitas diariamente, com produtos frescos. Todas as semanas, tento inovar, mas temos as sobremesas diárias que nunca podem faltar. A última que lançámos chama-se mistério e está a ser um sucesso. Tudo feito com carinho, e eu penso que daí ter ganho um prémio, a nível regional, da doçaria”, revela Ema, a responsável pelos doces.

sintam parte da família, algo que faço com muito gosto. Somos 12 pessoas, estamos a crescer. Take-away e alojamento Com o crescimento do serviço de take-away sentimos que tínhamos de nos adaptar, não era cómodo para o nosso cliente ter a seu lado pessoas constantemente a sair e a entrar, decidimos então que necessitávamos de um espaço próprio para isso. Tivemos a sorte do espaço mesmo em frente à nossa porta estar disponível, fomos visitar esse espaço que pertencia a um Hotel, que mais tarde iria ser adquirido na totalidade por nós, são 19 apartamentos. Nasce assim o Ferreira d’Aire ApartHotel. Ferreira por ser o nome de família, Daire por sermos de Castro d’Aire. Temos também outros projetos em estudo, brevemente haverá notícias. Como se imagina dentro de alguns anos? Para já, sei que posso contar com a ajuda dos meus pais, isso é muito importante. Acredito que posso fazer alguma diferença e sinto ter os conhecimentos necessários para a fazer. Com a globalização e com a Internet, podemos chegar a todo o mundo e com isso mudar ainda mais vidas. “Se fizeres as pequenas coisas bem, as grandes também as irás fazer” é uma máxima minha. Uma coisa é certa, o arrependimento de não tentar é muito maior do que o de falhar. Quando for velho, quero sentir que se não consegui foi porque não deu certo e não por não ter tentado, até lá vou utilizar todas as ferramentas que me deram até agora.

www.twoburger.com


ROUGHSEA | SETÚBAL EMPREENDEDOR 71 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS António Cruz, CEO da RoughSea, lidera com maestria uma das empresas mais inovadoras no campo da consultoria empresarial. Em entrevista, partilha insights sobre a jornada da empresa, as suas áreas de atuação e a sua abordagem única.

António Cruz, CEO

A RoughSea é reconhecida pela sua abordagem única e focada na execução de soluções para empresas. Como é que essa mentalidade prática se traduz na oferta de serviços de consultoria personalizada e à medida para executivos na sua jornada de desenvolvimento? A RoughSea aborda todos os projetos segundo a sua metodologia: Análise da Situação Atual; Diagnóstico; Definição dos Objetivos; Desenho das Soluções; Validação das Soluções; Execução; Desenvolvimento das Equipas; Monitorização da Performance; e Melhoria Contínua. Em paralelo com o desenvolvimento do projeto e implementação das soluções, são identificadas necessidades de desenvolvimento de competências nas equipas do cliente para que possam acompanhar as mudanças introduzidas e garantir a perpetuação dos resultados. Para as áreas identificadas, são desenhados programas específicos, focados nas necessidades.

A primeira conferência da RoughSea, intitulada “Competências do futuro num mundo em transformação”, certamente atraiu a atenção de muitos líderes e executivos. Quais foram os insights-chave apresentados durante o evento e como é que se alinham com a estratégia da empresa para enfrentar os desafios do mundo em constante mudança? Os insights-chave da 1ª conferência RoughSea focaram-se na importância do desenvolvimento das chamadas soft skills – competências relacionais - como prioridade para a adaptação das pessoas num mundo onde a transformação acontece diariamente e a um ritmo alucinante duma forma que não permite conhecer o que será o “dia de amanhã”. Nesta envolvente, “Mais importante que o que muda, é o que fica na mesma.” No lado das Empresas, a importância crucial de cruzar a gestão da performance com a gestão do envolvimento e criar Sistemas Integrados de Gestão Efetiva de Talento.

Uma das áreas de destaque da RoughSea é a liderança e o mentoring, com um foco especial no executive coaching. Como é que a empresa desenvolve programas personalizados para elevar a liderança a novos patamares? O desenvolvimento de competências, em qualquer área, materializa-se pela modificação dos comportamentos que são reveladores dessas competências, sendo que estes comportamentos estão fortemente correlacionados com os talentos de cada pessoa. Assim sendo, em cada processo, consideramos que é fundamental conhecer o ponto de partida antes de definir um rumo para um objetivo. Neste caso, o ponto de partida é conhecer cada pessoa e os seus talentos. Nas formações de liderança “one training fits all”, muitas vezes traçam-se caminhos para objetivos sem conhecer o ponto de partida. Dificilmente resulta… Com o conhecimento da pessoa e dos seus talentos, através do nosso Talent Assessement, é desenhado um programa com duas componentes – formação em sala (conceitos e práticas) e acompanhamento individual personalizado (desenvolvimento efetivo das Competências de Liderança). Desta forma, os comportamento evoluem de uma forma sustentada e o desenvolvimento das competências é efetivo e sustentado para a frente.

Para o futuro, quais as principais estratégias delineadas para consolidar a posição como um agente de mudança no panorama empresarial? Como é que pretendem adaptar-se e inovar em resposta às mudanças no ambiente empresarial global? O nosso posicionamento assenta na vasta experiência da Equipa, na nossa Metodologia e na flexibilidade para colaborar nas nossas áreas de competência, sempre com um foco no desenvolvimento das pessoas e com especial incidência no Desenvolvimento Efetivo das Lideranças como fator potenciador do desenvolvimento. Consideramos os Sistemas Efetivos de Gestão de Talento como um MUST para que as Empresas possam atrair, contratar, desenvolver e reter o Talento que necessitam para as suas estratégias rumo ao SUCESSO. Acompanhamos os projetos na sua execução e implementamos soluções de monitorização de performance para sustentar práticas de melhoria contínua com o objetivo de perpetuar os resultados dos projetos.

geral@roughsea.pt www.roughseamanagement.pt


SETÚBAL EMPREENDEDOR | GRANDOSMILE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 72

“O NOSSO SUCESSO É O SEU SORRISO” A Grandosmile, Clínica Médica e Dentária de referência, tem-se destacado por transformar sorrisos e elevar a autoestima dos seus pacientes. Em entrevista exclusiva, José Ramos, Diretor Clínico, e Ana Silva, Gestora, partilham a jornada de crescimento da Grandosmile e as inovações e técnicas avançadas que impulsionam a excelência dos tratamentos disponibilizados. Aliando expertise e tecnologia de ponta, revelam como a Grandosmile se tornou sinónimo de qualidade e de cuidado personalizado.

com 500 metros quadrados e 6 gabinetes de medicina dentária, neste momento temos cerca de 18.000 utentes, e uma equipa de 50 pessoas. O sucesso da Grandosmile é o resultado de um serviço e atendimento de qualidade e de um grande trabalho e dedicação por parte de quem está á frente deste projeto.

Na Grandosmile apostamos em material de qualidade, bem como equipamentos que nos permitam dar o melhor plano de tratamento para cada caso concreto e para cada especialidade especifica em medicina dentária

José Ramos, Diretor Clínico

A Grandosmile tem uma história de crescimento e adaptação ao longo dos anos. Como é que foi o início da clínica em Grândola e quais foram os principais marcos que moldaram a sua trajetória até se tornar uma referência na região? A Grandosmile iniciou o seu percurso em 2011 com apenas dois gabinetes e um espaço de 70 metros quadrados, após surgir a hipótese de crescimento concretizou-se a aquisição de um espaço

A Grandosmile destaca-se pela implementação de tecnologias avançadas, como o Laser de Branqueamento, Raio-X Digital Intra-Oral e CBTC. Como é que estas inovações têm impactado a qualidade dos tratamentos oferecidos e a satisfação dos pacientes? Sem dúvida que para um atendimento de excelência é necessário recursos e um investimento em equipamentos e material de última geração para que os resultados apresentados sejam sempre os melhores possíveis. Na Grandosmile apostamos em material de qualidade, bem como equipamentos que nos permitam dar o melhor plano de tratamento para cada caso concreto e para cada especialidade especifica em medicina dentária. Adquirimos em 2023 um equipamento de alta tecnologia, para que as cirurgias sejam menos dolorosas posteriormente ás intervenções, consiste numa centrifuga de LPRF, que utiliza o sangue do próprio paciente para a criação da sua membrana em vez de utilizar algo sintético, o que nos possibilita uma recuperação mais rápida. Temos também um scanner intra-oral que nos permite digita-


GRANDOSMILE | SETÚBAL EMPREENDEDOR 73 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Grândola e arredores , sempre com o atendimento de excelência que encontram na nossa clínica. Com várias especialidades em medicina dentária, como implantologia oral, endodontia, odontopediatria e ortodontia, e uma vasta equipa de médicos especializados para o efeito.

Equipa de Coordenação

O Sorriso é Auto-estima, e para isso se trabalha com eficiência todos os dias. A Grandosmile é saúde!

Gerir uma clínica com tantas especialidades e inovações tecnológicas certamente traz desafios. Quais foram os principais obstáculos que enfrentaram ao longo dos anos e como é que os superaram? O desafio maior que se enfrentou foi mesmo na altura da pandemia da Covid-19, pois tivemos de encerrar as instalações e tanto para a equipa de médicos e assistentes bem como pacientes foi muito prejudicial, uma quebra relevante, mas que facilmente após reabertura se voltou ao funcionamento normal, até diria que com mais afluência.

Ana Silva, Gestora

lizar a boca do paciente e criar um ficheiro, sem que se tenha que utilizar as técnicas de moldagem com alginato ou silicones, proporcionando um conforto e um diagnóstico mais assertivo. A clínica oferece uma ampla gama de especialidades, desde medicina dentária até terapia da fala e psicologia. Como é que conseguem integrar essas diferentes áreas de saúde para oferecer um tratamento personalizado aos pacientes? Na Grandosmile para além dos seis gabinetes de dentária, dispomos de três gabinetes de especialidades. A gestão de pacientes e agendas é tratada desde o momento da chegada até á conclusão do caso clinico de cada utente com a nossa equipa de rececionistas, e posteriormente o acompanhamento pelo médico ou especialista que dará as indicações para o tipo de seguimento mais adequado em cada situação específica. Neste momento existem várias especialidades a decorrer na Grandosmile, tais como terapia da fala, psicologia, nutrição, podologia, osteopatia e até fisioterapia respiratória, para nós o importante é dar serviços de fácil acesso aos nossos pacientes de

Olhando para o futuro, quais são os objetivos estratégicos para continuar a crescer e inovar em Grândola? Que novos tratamentos ou tecnologias estão a planear introduzir e como é que pretendem manter a liderança na prestação de cuidados de saúde diversificados e de alta qualidade? O sucesso do nosso atendimento será continuo desde que se mantenham o registo de atendimento e a exigência na qualidade dos serviços prestados aos nossos utentes. Será sempre possível melhorar e continuar a inovar perante a evolução da medicina dentária, estagnar a nível de formação ou de utilização de recursos nunca foi um objetivo, para nós a evolução e o investimento na equipa de profissionais que atendem na Grandosmile, e também nos equipamentos e materiais utilizados é uma obrigação. O Sorriso é Auto-estima, e para isso se trabalha com eficiência todos os dias. A Grandosmile é saúde!

clinica@grandosmile.pt www.grandosmile.pt


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 74

PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO O Prémio Autarquia do Ano é uma iniciativa destinada a reconhecer e valorizar as boas práticas e a excelência das autarquias portuguesas no desenvolvimento de políticas públicas locais. Este prémio destaca as autarquias que se destacam em diversas áreas de atuação, promovendo a inovação, sustentabilidade, inclusão social, gestão eficiente e melhoria contínua da qualidade de vida dos seus munícipes. Criado para incentivar a partilha de experiências e a adoção de modelos de gestão que contribuam para o progresso das comunidades locais, o Prémio Autarquia do Ano é atribuído anualmente, abrangendo um amplo leque de categorias. Entre estas, encontram-se setores como a educação, saúde, cultura, ambiente, turismo, apoio social, entre outros. A iniciativa celebra não apenas as autarquias vencedoras como também serve de inspiração para outras entidades, fomentando um espírito de cooperação e troca de conhecimentos entre os municípios. O reconhecimento através deste prémio realça a importância do trabalho desenvolvido pelas autarquias e o seu papel crucial na melhoria das condições de vida da população. O Prémio Autarquia do Ano, ao promover a excelência e inovação, contribui para um desenvolvimento local mais equilibrado e sustentável em Portugal. Nas próximas páginas, conheça alguns dos municípios distinguidos, bem como os seus projetos.


Montalegre Paisagens e Sabores www.cm-montalegre.pt

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PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO | CM MONTALEGRE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 76

MONTALEGRE CONQUISTA PRÉMIO PELA EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO MUNICIPAL O Município de Montalegre celebra uma conquista notável ao ser laureado com o Prémio Autarquia do Ano. Este reconhecimento destaca o empenho e a inovação contínua da administração municipal em promover o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida dos seus cidadãos e a valorização das tradições culturais. Sob a gestão dedicada e visionária de Fátima Fernandes, Montalegre afirma-se como um exemplo de excelência, refletindo um compromisso sólido com a eficiência administrativa e o bem-estar da sua comunidade.

Qual é a importância de Montalegre participar na 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano? Como é que vê a relevância desse reconhecimento para o município? Se este prémio foi criado para “homenagear os municípios e freguesias que se destacam nas mais variadas áreas pelas suas práticas inovadoras e de gestão rigorosa do interesse público”, consideramos que nos enquadramos totalmente neste perfil. Montalegre é um território rural do interior Norte do país, de baixa densidade, mas de elevada identidade, cultura e tradição, decorrentes da sua antiguidade histórica, do enorme potencial da agricultura e pecuária, com um terço do seu território inserido no único Parque Nacional da Peneda Gerês. E ainda que não trabalhemos para receber prémios, é justo que o nosso trabalho, empenho, criatividade, dedicação, e a forma como envolvemos a comunidade nos projetos que idealizamos, mereçam reconhecimento, servindo de incentivo a todos quantos connosco trabalham diariamente e sendo motivo de orgulho para todos aqueles que fazem esta comunidade. Ser duplamente premiado no “Prémio Autarquia do Ano” em resultado de projetos dedicados ao apoio social a famílias carenciadas e na área da cultura e património, recebendo ainda duas menções honrosas nestes dois domínios, é a confirmação de que estamos a trabalhar bem naquilo que é a nossa obrigação: diligenciar pelo desenvolvimento do território tendo as pessoas, o seu bem-estar, a sua realização e a sua identidade territorial em primeiro lugar. Este reconhecimento é motivador para se prosseguir uma ação dinâmica, inovadora e empenhada, tendo em conta as competências e áreas de atuação da autarquia, e integradora, privilegiando-se o trabalho em rede, tendo por objetivo primeiro responder às necessidades da população.

Fátima Fernandes, Presidente

O projeto “CM Montalegre – Olhares pela maternidade” recebeu uma menção honrosa na categoria de apoio social às crianças. Quais foram os principais objetivos e desafios deste projeto, e como é que impactou a comunidade local? Os objetivos foram apoiar as famílias e a economia local considerando que este apoio reveste a forma de reembolso mensal de despesas efetuadas na área geográfica do concelho de Montalegre em bens e/ou serviços considerados essenciais ao desenvolvimento das crianças até aos três anos. É também um apoio à natalidade pois prolonga-se no tempo e é complementado com outros apoios dirigidos às famílias com escassos recursos económicos, designadamente apoio financeiro ao 2.º filho e seguintes até aos 12 anos, a atribuição de refeições, transporte escolar e cadernos de atividades gratuitos aos alunos de todos os níveis de ensino e atribuição de bolsas de estudo aos alunos universitários. O Regulamento Municipal para a Concessão de Apoio Financeiro à Família foi premiado na subcategoria de apoio social a famílias carenciadas. Quais são os critérios para a concessão desse apoio e quais são os resultados já observados desde a sua implementação? Os municípios afirmam-se, cada vez mais, no âmbito das políticas de ação social, atendendo àquelas que são as suas atribuições, mas com vista, sempre, por um lado, à progressiva inserção social e melhoria das condições de vida dos estratos sociais mais vulneráveis ou dependentes e, por outro, à fixação da população. Considerando que a diminuição da natalidade é um problema premente e preocupante, particularmente nas áreas rurais do interior


CM MONTALEGRE | PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO 77 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

onde a desertificação sociogeográfica é acentuada pela dispersão do povoamento e considerando que o envelhecimento e o decréscimo populacional têm originado consequências negativas no desenvolvimento económico local, este apoio à família, revestindo a forma de atribuição de um subsídio anual, a liquidar em seis prestações a atribuir a todos os segundos filhos e seguintes, até aos doze anos de idade, bem como um apoio à frequência na creche nas situações em que não é suportada pelo Estado, procura, como já se disse ser um incentivo à natalidade e à fixação de pessoas. Sendo a atribuição deste apoio indexado aos dois primeiros escalões do subsídio familiar a crianças e jovens, ajuda no orçamento das famílias com fracos recursos económicos. O que podemos dizer é que houve um ligeiro aumento da natalidade, sendo que o mais relevante foi ter parado o decréscimo sistemático dos nascimentos nos últimos anos. A “Sexta 13” é um evento tradicional de Montalegre que recebeu uma menção honrosa na subcategoria Cultura Popular. Como é que esta iniciativa contribui para a preservação e valorização da cultura local? Tendo em conta a presença bem marcada da cultura celta no nosso território, que se afirma pela existência de dezenas de castros, mas também pelas manifestações lúdicas e culturais que chegaram até nós através dos serões tradicionais de Barroso, espaço onde o fiadeiro de contos e lendas e estórias de magia e superstição, preenchia os longos serões de inverno, a “Sexta 13 – Noite das Bruxas” é um evento que acentua e revive a cada edição a cultura popular local, imbuída do misticismo que congrega e assume a vertente galaico-barrosã presente no esconjuro, que é uma espécie de récita de um feitiço, com raízes na vizinha Galiza, bem como na realização da “Queimada”, espécie de poção mágica capaz de afastar todos os males a quem a bebe e que contam sempre com a presença do conhecido Padre Fontes, embaixador do Alto Tâmega e Barroso, e um dos maiores divulgadores da etnografia barrosã. Este evento é já uma marca de identidade, tendo sido projetada pública e mediaticamente com grande êxito, pela novidade e qualidade do espetáculo piromusical que, em cada edição, enche a envolvente do castelo. Aliás, esta qualidade e alcance mediático valeram alguns prémios: Prémio Revelação do Ano, em 2009 e Melhor Evento Público, em 2010 e 2012. Em 2019, a “Sexta 13” foi certificada como EcoEvento, pela Environment Global Facilities. A Feira do Fumeiro foi premiada na subcategoria de Gastronomia. Quais são os principais destaques deste evento e de que maneira tem contribuído para o turismo e a economia de Montalegre? O prémio atribuído à Feira do Fumeiro, na área da cultura e património, reconhece o saber fazer e a identidade rural de um território com muitas expressões tradicionais e um grande potencial produtivo. Num espaço totalmente dedicado à comercialização dos produtos derivados do porco, as chouriças e chouriços nas diferentes variações, as alheiras e sangueiras, as diferentes partes

do porco - o pernil, a orelheira, o peito, a barriga, de diferente paladar, com especial destaque para o presunto e salpicão do Barroso, os nossos produtores dão cartas nesta arte culinária, tendo aliado conhecimento e tempero ancestral à modernidade com uma apresentação aprimorada. A fiscalização apertada desde o crescimento dos animais, passando pelo abate até à sua transformação nestas iguarias sem igual, é garantia da qualidade dos produtos. Mas além do fumeiro, o certame assume-se como uma grande celebração da ruralidade e no espaço exterior pode-se adquirir a batata farinhuda e com fama antiga, couves afagadas pelo frio e cenouras doces para compor o prato mais icónico do Barroso, o “Cozido à Barrosã”, que transforma a gula em virtude. É que não pode haver pecado no que é tão bom e perfeito! Mas também o pão centeio, o mel, as compotas e os licores, que podem ser comprados no espaço, fazem parte do cardápio desta grande festa que galvaniza toda a atividade económica e turística do concelho, que projeta a gastronomia, a restauração e a hotelaria. Além da venda dos produtos endógenos, os visitantes podem visitar a Praça de Sabores, onde podem degustar os produtos que se encontram à venda na Feira, acompanhados por uma boa sopa de lavrador, confecionada em grandes potes de ferro e assistir à noite a espetáculos musicais. Como somos Património Agrícola Mundial, conseguimos conjugar a gastronomia com a natureza. Há muito para ver e saborear no nosso concelho. Para além dos projetos premiados, Montalegre tem outras iniciativas em curso ou planeadas que visam o desenvolvimento social e cultural do município? Sim. O Município de Montalegre apresenta vários trunfos que se estendem ao longo do ano. Neste particular, podemos falar do “Incentivo ao 1.º emprego e valorização do ensino profissional”; “Mexe-te nas Férias” com envolvimento de toda a comunidade escolar; Itinerâncias Culturais e Sociais com os Seniores Barrosões; Carrilheiras de Barroso e “Rota do Pão Centeio”. Como é que a administração municipal de Montalegre pretende utilizar o reconhecimento obtido nesta edição do Prémio Autarquia do Ano para inspirar e implementar novos projetos no futuro? A atribuição destas distinções e a sua divulgação são, com toda a certeza, inspiradoras e motivadoras para se procurar fazer sempre mais e melhor. Quais são as expectativas da autarquia para as futuras edições do Prémio Autarquia do Ano? Há planos para novas candidaturas em outras categorias ou subcategorias? Considerando que há tantas marcas identitárias no nosso território e projetos inovadores que o afirmam, temos aqui matéria mais do que suficiente para outras candidaturas, porque a estratégia local e o investimento municipal são muito relevantes para a valorização das pessoas e deste território rural.


PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO | CM FREIXO DE ESPADA À CINTA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 78

UMA DAS AUTARQUIAS MAIS GALARDOADAS DO PAÍS

Nuno Ferreira, Presidente e Ana Luísa Peleira, Vice-Presidente

Freixo de Espada à Cinta emergiu como uma das grandes vencedoras na 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, um galardão que reconheceu a excelência e a inovação das políticas e projetos implementados pelo município liderado por Nuno Ferreira.

Freixo de Espada à Cinta foi uma das grandes vencedoras da 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano. Como este reconhecimento afecta a visibilidade e o prestígio do concelho? O Município de Freixo de Espada à Cinta foi uma das autarquias mais galardoadas do País ao alcançar 10 Prémios, entre os quais dois Grandes Prémios – o Grande Prémio da Categoria de Apoio Social e o Grande Prémio Especial Jurados - , mais 5 Menções Honrosas, divididas por várias categorias com destaque para o “Apoio Social”, “Turismo”, “Cultura e Património”, “Desporto e Vida Saudável”, “Saúde e Bem-Estar” e “Economia”, todas áreas de relevo essenciais para o desenvolvimento do concelho. Estes reconhecimentos afetam de forma extremamente positiva a visibilidade, notoriedade e o prestígio de Freixo de Espada à Cinta tanto a nível nacional, como internacional, cimentando e alavancando as políticas de desenvolvimento e progresso que têm vindo a ser implementadas. O projeto “Combate ao despovoamento do Interior” foi distinguido com o Grande Prémio. Qual o seu impacto na comunidade? Freixo de Espada à Cinta padecia de problemas associados ao envelhecimento da população e à desertificação e era imperativo desenvolver um plano de ação que combatesse estes fenómenos, capaz de atrair população jovem e em idade ativa, mas sem nunca esquecer a população sénior. Assim, foram desenvolvidas várias ações que passaram pela implementação do Ensino Secundário Profissional e pela criação de medidas de apoio extraordinário para atrair e fixar os jovens (nomeadamente, a atribuição de 5.000€ a empresas do concelho que criem postos de trabalho durante, no mínimo, três anos para os alunos saídos dos cursos de aprendizagem de Freixo de Espada à Cinta, o pagamento a 100% dos bilhetes de transporte dos alunos do ensino secundário e superior para que possam regressar a casa/ao concelho aos fins de semana e mantenham os laços com a comunidade local, entre outros), apoios à natalidade, apoios na saúde onde se destaca o apoio a doentes oncológicos e não oncológicos (nomeadamente através do transporte para os hospitais de referência e/ou públicos, apoio na aquisição dos medicamentos, apoio no tratamento de documentos) e o projeto de voluntariado que traz médicas especialistas ao concelho para dar consultas gratuitas, os projetos de valorização da 3ª idade

como a Educação Física Sénior e a Universidade Sénior, a valorização das Férias Desportivas e Culturais destinadas às crianças do concelho, a requalificação das infraestruturas e criação de novos equipamentos municipais como é exemplo o Campo Multijogos da Praia Fluvial da Congida, a valorização dos Miradouros e percursos pedestres do concelho, entre tantas outras medidas que contribuíram para atribuir o “Grande Prémio da categoria de Apoio Social” ao Município. Quais as iniciativas desenvolvidas ou em curso para promover e preservar o património e as tradições culturais únicas da região? Têm sido várias as medidas implementadas com o objetivo de salvaguardar o património arquitetónico, histórico, cultural e natural do concelho, assim como o vasto património imaterial que possuímos, prova disso são alguns dos projetos que foram submetidos ao “Prémio Autarquia do Ano” e que obtiveram galardões que atestam o seu mérito. Aliado a isto, o concelho tem registado um crescente envolvimento da população e de quem nos visita relativamente às politicas de valorização das tradições, do património, da cultura, da história, entre outras, que estão a ser levadas a cabo e que nos incentivam a continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor. Quais os objetivos de desenvolvimento para Freixo de Espada à Cinta? Estão a ser trabalhados inúmeros projetos que visam alavancar o desenvolvimento e progresso do concelho, sempre cimentados na defesa da população e do território, respeitando o passado, trabalhando o presente e projetando o futuro, através de politicas proativas, onde se pratica o Interior e a defesa de todas as suas potencialidades e oportunidades, de forma coesa e sustentada, dotando o concelho e os nossos municípes das melhores condições de qualidade de vida e bem-estar, e tornando-o atrativo do ponto de vista turístico, cultural e económico.


CM MACHICO | PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO 79 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

EXCELÊNCIA NA GESTÃO MUNICIPAL O Município de Machico, liderado por Ricardo Franco, foi reconhecido com o prestigioso Prémio Autarquia do Ano, uma distinção que celebra a excelência na gestão municipal, o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da comunidade. O programa de Ajudas Técnicas, que garantiu a Machico o Grande Prémio na categoria “Saúde e Bem-estar – Apoio ao cuidador”, foi apontado como um exemplo de boas práticas em apoio social. Quais os desafios enfrentados na implementação deste programa e como foram superados? A criação e implementação deste programa foi um grande desafio para o Município de Machico, que pretende ir ao encontro das famílias e das suas necessidades, sabendo que em causa estão equipamentos que pesam no orçamento familiar ou que são inacessíveis para os parcos rendimentos ou pensões que são auferidos por uma franja mais vulnerável da população. A autarquia considerou o crescente número de pedidos e a dificuldade em dar respostas aos munícipes, tendo em conta a escassez de respostas aos equipamentos por parte de outras entidades parceiras a tempo de colmatar as necessidades sentidas pelos munícipes. Para tal, foi criado o Banco de Ajudas Técnicas, que integra equipamentos inovadores, com objetivo de promover a melhoria dos cuidados prestados a pessoas em situação de dependência permanente ou temporária. Em contrapartida, pretende-se alcançar um impacto social positivo na qualidade de vida e no bem-estar do cuidador informal, derivado da redução da exposição a níveis elevados de sobrecarga. Consequentemente, existirá uma retribuição no ato de cuidar e propiciar-se-á uma prestação de cuidados de melhor qualidade à pessoa dependente. A CM Machico também foi distinguida com menções honrosas em várias categorias, incluindo “Ecologia e cuidado dos animais – Consciencialização ambiental” com o projeto Ecos Machico. Qual a estratégia para integrar a sustentabilidade ambiental nas políticas municipais? O projeto Ecos Machico pretende dar a conhecer o território a todos os seus munícipes e visitantes, partilhando boas práticas para a conservação dos seus ecossítios. Estes são todos os sítios nas delimitações territoriais de Machico que apresentam características notáveis do ponto de vista da geodiversidade, biodiversidade, paisagístico e/ou histórico-cultural que reúnam valores e interesses multidisciplinares de âmbito científico, didático e/ou socioeconómico para o concelho. Este projeto alcançou no ano anterior o Prémio

Geoconservação 2023, atestando a sua importância na divulgação da sustentabilidade do território. O projeto “Sopas com História” na categoria “Cultura e Património – Gastronomia” celebra a gastronomia tradicional de Machico. Como é que este projeto tem contribuído para a valorização e preservação da herança cultural local? A realização do evento contribui para a salvaguarda da tradição gastronómica através do envolvimento comunitário, com a participação de um conjunto de coletividades que, pela ação associativa desenvolvida no seio das comunidades locais, permite o resgate de saberes-fazeres comunitários agregados à gastronomia tradicional, à valorização social das pessoas e à sua identidade cultural. Com o projeto “Machico a Pontear”, a autarquia promove a valorização dos instrumentos tradicionais madeirenses. Quais foram as reações da comunidade local a este projeto e de que forma ele tem influenciado a identidade cultural e musical da região? O projeto “Machico a Pontear” inaugurou uma nova área de intervenção cultural no âmbito da valorização dos cordofones tradicionais madeirenses e da música tradicional. Através da realização de exposições, espetáculos, concertos comentados e conversas, pretendeu-se aproximar da população construtores de cordofones, instrumentos e praticantes da arte, quer no âmbito da aprendizagem formal, nas escolas, quer informal, nas associações culturais. Machico foi o único concelho madeirense a ser galardoado na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano. Quais os fatores que diferenciam a gestão da CM Machico que contribuíram para este sucesso? O Município de Machico apresentou-se à 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com várias candidaturas de projetos que, na visão do executivo, trazem mais-valias para os munícipes e/ou promovem o concelho nas mais diversas valências. Alguns destes projetos são de autoria própria ou em cooperação com outras entidades do concelho e não só, o que contribui, em muito, para o sucesso dos mesmos. Os projetos não se limitam ao presente, havendo sempre a possibilidade de melhorar aspetos de ano para ano, com base no conhecimento adquirido pela prática.


PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO | CM PROENÇA-A-NOVA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 80

“UM TURISMO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL”

Para João Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, o prémio recebido reconhece as iniciativas inovadoras e sustentáveis que têm transformado a região, impulsionando o desenvolvimento económico e a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Os projetos “Passeios Pedestres” e “Rota das Memórias, Aldeias e Histórias” foram galardoados na categoria de Turismo nos Prémios Autarquia do Ano. Quais foram os principais fatores que contribuíram para que esses projetos fossem premiados e se destacassem entre os demais concorrentes? Os passeios pedestres são uma das nossas ofertas turísticas mais consolidadas. Desde há 20 anos, que de forma interrupta (à exceção do período da pandemia) que ao terceiro domingo de cada mês, o Município organiza um passeio pedestre que conta com a participação ativa das associações locais e de outras pessoas comuns tanto na marcação dos percursos como nas questões logísticas que envolvem o próprio passeio e este envolvimento tendo sido essencial para o seu sucesso. Ambos os projetos se focaram na valorização dos recursos naturais e culturais de Proença-a-Nova, promovendo um turismo sustentável e responsável. A forma inovadora e criativa com que os percursos foram concebidos, integrando elementos históricos e culturais, é uma das suas mais-valias. Existe uma grande importância de conhecer o território para valorizá-lo verdadeiramente. De que forma a Câmara Municipal de Proença-a-Nova pretende envolver a comunidade local e os visitantes na descoberta e valorização dos recursos naturais e culturais do concelho? A criação de uma plataforma online com a informação dos passeios e das rotas a pé, de bicicleta ou de veículo motorizado, é uma das muitas iniciativas que o Município de Proença-a-Nova tem promovido de modo a aumentar a atratividade do concelho em várias áreas de

interesse, dotando-o de condições para ser um destino turístico de excelência, substancialmente nas áreas do turismo de, e na, natureza associados aos recursos naturais de qualidade ambiental e com forte pendor identitário da região. A par desta pretensão surge, ainda, a condição de diversificar a oferta tanto em deslocalizações pelo concelho, como em termos de especificidades do local, potenciando o melhor usufruto dos recursos. O site “Rotas de Proença” foi criado para facilitar a procura por percursos de natureza. Como é que avalia o impacto deste site na promoção do turismo local? Existem planos para expandir ou melhorar esta plataforma digital no futuro, e de que forma? O site “Rotas de Proença” tem desempenhado um papel crucial na promoção do turismo local ao facilitar o acesso a informações sobre percursos de natureza e pontos de interesse na região. O site proporciona fácil acesso a mapas, descrições de rotas e dicas para visitantes, tornando a experiência turística mais acessível e atrativa. Acredito que esta visibilidade online aumente futuramente o número de visitantes, beneficiando a economia local. Os recursos interativos do site, com a possibilidade de incluir feedback dos utilizadores e fotografias partilhadas contribui para o aumento do envolvimento dos visitantes. A Rota das Memórias, Aldeias e Histórias tem como objetivo preservar o património etnográfico e rural do concelho. Quais são os maiores desafios enfrentados na manutenção e preservação desses elementos patrimoniais? Como é que a autarquia está a trabalhar para superá-los, garantindo que permaneçam acessíveis e funcionais para as futuras gerações? A manutenção e preservação do património etnográfico e rural enfrentam vários desafios, como o despovoamento, tão comum a territórios como o nosso, e depois as próprias características destes elementos que estão expostos à passagem do tempo. A criação desta rota foi uma das estratégias do Município para superar estes desafios, implementando um projeto de restauro e conservação com o apoio de fundos europeus. Esta Rota das Memórias é inclusiva e permite que todos, sem exceção, a possam percorrer num veículo. O convite está feito: desfrute, observe, tire fotos e converse com as populações por onde passar, pergunte pelas histórias do sítio, as lendas e as memórias mais relevantes. Estas ações e planos visam garantir que o património etnográfico e rural de Proença-a-Nova permaneça preservado e acessível para as futuras gerações. Outro projeto com o mesmo objetivo são “Os Ecos de Proença” que são um repositório dos valores etnográficos das nossas gentes e que tomarão corpo em breve na Casa da Memória e das Artes que será um espaço, além de outras atividades culturais, terá de forma permanente os nossos ecos.


CM CADAVAL | PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO 81 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

UM TRABALHO CONTÍNUO EM PROL DA COMUNIDADE Ricardo Pinteus, Vice-Presidente do Município do Cadaval, em entrevista à Business Portugal, dá a conhecer os projetos que foram distinguidos, refletindo a proatividade das políticas implementadas.

Ricardo Pinteus, Vice - Presidente

O reconhecimento obtido com o Prémio Autarquia do Ano é um reflexo do trabalho contínuo do Município do Cadaval em prol da comunidade. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a implementação dos projetos “Semana da Floresta” e “Atitude Positiva – Cadaval” e como é que foram superados? Temos estado na vanguarda de projetos ambientais. A Semana da Floresta, por exemplo, tem mais de uma década de existência e tem sido um projeto de grande sucesso junto da comunidade escolar e um impulsionador da criação da consciência coletiva e cívica para a necessidade de proteger a floresta, assim como a sua flora e fauna. Quanto ao programa Atitude Positiva, surge da necessidade de promover o sucesso escolar e o desenvolvimento de competências socio emocionais, tendo sido muito bem acolhido desde o início da sua implementação. O projeto “Semana da Floresta” tem sido realizado desde 2006, visando a sensibilização ambiental e a valorização do património da Serra de Montejunto. De que forma a evolução do projeto ao longo dos anos tem impactado as crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo, e que resultados concretos foram observados em termos de consciencialização e ações ambientais por parte dos alunos? Este projeto anual tem sido um sucesso, quer pelo impacto na comunidade escolar com a sensibilização dos mais novos para a preservação do património natural que é a Serra de Montejunto, mas de todo o espaço florestal do concelho. Temos a sorte de ter profissionais

dedicados, que se preparam e envolvem diretamente no projeto. Nesta iniciativa, cujo tema difere de ano para ano, os participantes são desafiados a percorrer diversas “estações” onde recebem informação de forma criativa. Este trabalho cénico é totalmente desenvolvido por pessoal da autarquia que durante vários dias “encarnam” personagens ligadas ao tema, como se de atores profissionais se tratassem, o que valoriza muito a interação com os alunos. O programa “Atitude Positiva – Cadaval” tem como objetivo combater o insucesso e o abandono escolar, focando-se na melhoria das competências socio emocionais dos alunos. Como é que este programa foi adaptado às necessidades específicas dos estudantes do Cadaval e quais foram os principais indicadores de sucesso alcançados até agora? Eu diria antes que tem como objetivo promover o sucesso escolar, começando aí o sucesso do projeto, isto é, promover a “atitude positiva” é o que se pretende com o projeto. Com vista a aferir a utilidade e avaliar adequadamente as ações implementadas no âmbito dos Projetos Atitude Positiva – Cadaval e Mais Atitude Positiva – E8G, são sempre realizadas avaliações das diversas atividades desenvolvidas no âmbito dos programas implementados no Agrupamento de Escolas do Cadaval (AEC). A avaliação dos diferentes programas é realizada em dois momentos, avaliação inicial (no início da implementação dos programas) e avaliação final (aquando da conclusão da implementação dos mesmos) e consiste na aplicação de questionários de avaliação e provas psicométricas. A mesma é realizada pelos alunos (escalas de autorrelato), sendo que nos Programas de Aprendizagem Socio Emocional (4.º ano, 2.º e 3.º ciclos) também é efetuada pelos Diretores de Turma (escala de heterorrelato). No total, desenvolveram-se 134 sessões de aplicação de questionários de avaliação de programas, sendo que 38 dizem respeito à implementação dos programas das turmas ao abrigo do Projeto Mais Atitude Positiva – E8G. Participaram 415 alunos nestas avaliações (169, no âmbito do Projeto Mais Atitude Positiva – E8G). A colaboração entre o Município do Cadaval, o AEC e outras entidades locais tem sido fundamental para o sucesso dos projetos premiados. Como é que essa parceria foi estruturada e quais são os planos futuros para fortalecer e expandir essas colaborações? A transferência de competências do Estado para as autarquias levou o Município do Cadaval a delegar à direção do AEC essas competências, o que resultou numa gestão de maior proximidade que decerto terá contribuído para o sucesso dos projetos premiados. A Câmara Municipal está totalmente disponível para continuar a desenvolver projetos que visem o sucesso escolar, esse é um dos objetivos primordiais da nossa aposta na educação.


PRÉMIO AUTARQUIA DO ANO | UF CARCAVELOS E PAREDE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 82

UM INCENTIVO PARA CONTINUAR A TRABALHAR COM DEDICAÇÃO

culares, abordando outras vertentes mais práticas, o que resultou em melhores resultados escolares e uma crescente motivação dos alunos. Esta transformação positiva é visível no dia a dia e é frequentemente referida pelos próprios beneficiários dos projetos.

A União das Freguesias de Carcavelos e Parede foi reconhecida com o prestigiado Prémio Autarquia do Ano, um testemunho do seu compromisso incansável com a excelência na gestão pública e o bem-estar da comunidade. Conheça os projetos premiados pela voz do seu Presidente, Nuno Alves. Como é que os projetos “Envelhecer Mais Próximo” e “Educar Mais” foram concebidos e desenvolvidos? Quais foram os principais objetivos e desafios enfrentados durante a implementação dessas iniciativas que culminaram na vitória da União das Freguesias de Carcavelos e Parede na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano? Os projetos “Envelhecer Mais Próximo” e “Educar Mais” surgiram da necessidade de responder a questões fundamentais da nossa Freguesia. “Envelhecer Mais Próximo” foi concebido para proporcionar um envelhecimento ativo e com qualidade de vida, ao promovermos a inclusão social e o bem-estar dos nossos “jovens há mais tempo” através de uma série de atividades e iniciativas tais como os Passeios Seniores Mensais, Chá Dançante, Ginástica +65, Caminhadas, Ténis, passando ainda pelo Yoga, Atelier de Pintura, Literatura, entre muitas outras. Já o “Educar Mais” teve como objetivo reforçar a qualidade do Jardim de Infância/Ensino Básico, onde proporcionamos ferramentas e apoio aos alunos, docentes e encarregados de educação através de uma aposta forte nas atividades extracurriculares, AECs, CAFs e AAAFs: (Ténis, Dança, Andebol, Rugby, Hip-Hop, Violas e Cavaquinhos, Defesa Pessoal. Nas férias temos também Jiu-Jitsu, Hóquei e Yoga) e envolvimento com o meio natural em conjunto com as nossas ludobibliotecárias. Esta vitória no Prémio Autarquia do Ano é um reconhecimento que surge fruto do esforço conjunto de todos os envolvidos. Quais são os principais fatores que contribuíram para que a União das Freguesias de Carcavelos e Parede se destacasse nas categorias de “Qualidade de Vida na Terceira Idade” e “Ensino Básico”? Como é que esses projetos impactaram positivamente a comunidade local? Os fatores-chave para o nosso destaque foram a inovação, a proximidade com a comunidade sénior e educativa, e a eficácia na implementação destes mesmos projetos. No que concerne à “Qualidade de Vida na Terceira Idade”, destacámo-nos pela criação de programas de atividades físicas, culturais e de apoio social que melhoraram a qualidade de vida dos idosos. No “Ensino Básico”, investimos em tecnologia educativa, apoio nas atividades extracurri-

Nuno Alves, Presidente

Como é que a União das Freguesias de Carcavelos e Parede pretende dar continuidade e ampliar os projetos premiados “Envelhecer Mais Próximo” e “Educar Mais”? Existem novos projetos ou iniciativas em desenvolvimento que visam fortalecer ainda mais as áreas de educação e envelhecimento ativo na comunidade? A continuidade e ampliação destes projetos são uma prioridade. No caso de “Envelhecer Mais Próximo”, estamos a trabalhar na expansão do programa para incluir novas atividades e mais parcerias com instituições ou individualidades pertencentes à nossa freguesia. Um dos nossos objetivos passa por continuar a apostar em atividades intergeracionais, entre os seniores e as crianças, alvos da nossa intervenção, potenciando a partilha de experiências e crescimento/envelhecimento ativo e saudável. Para o “Educar Mais”, pretendemos introduzir novos métodos de ensino, bem como expandir os programas que envolvam associações da nossa área geográfica. A premiação da 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano traz um reconhecimento importante para a gestão pública local. De que forma é que esse reconhecimento influencia as políticas e estratégias futuras da União das Freguesias de Carcavelos e Parede? Como é que pretendem usar esse prestígio para atrair mais recursos e apoio para novos projetos? O referido reconhecimento de “Autarquia do Ano” serve de incentivo para continuarmos a trabalhar com dedicação, sempre em prol dos seniores, dos jovens e dos encarregados de educação. Influencia, e muito, positivamente as nossas políticas e estratégias, pretendemos usar este reconhecimento para atrair mais recursos, tanto individuais como coletivos, e fortalecer as nossas parcerias.



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Intermediários de Crédito Começámos por ser um modelo de serviços partilhados. Somos um agrupamento de 10 empresas, todas intermediários de crédito, e com cerca de 13 lojas físicas. Nesta fase numa política de comunicação “white label”, dando enfase à marca local e proximidade, mas reforçando o poder do grupo “powered by PIICACE”. Manuel Trancas, CEO PIICACE

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