Revista Business Portugal - AGOSTO 2024

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Marta
REGIÃO OESTE
BRANDS POWER
SAÚDE & CIÊNCIAS DA VIDA • EMPRESAS COM HISTÓRIA

ÍNDICE

Agosto 2024

3. Índice

Nota de boas vindas...

4. Unilever

20 anos de Beleza Real Dove

9. Região Oeste

10. Santa Cruz Dive House

O fantástico mundo do submerso

14. Gold – Pastelaria e Padaria

A reviravolta GOLD da pastelaria e padaria

20. Restaurante NAU

Amor e tradição à sua mesa

22. Pé da Planta

“O sucesso vem com perseverança e dedicação à qualidade”

28. Saúde & Ciências da Vida

32. Unidade Saúde

Local Matosinhos

O foco na saúde mental

34. Brands Power

36. EPG

EPG: Inovação e Excelência em cada projeto

38. Europastry

Europastry: a combinação perfeita entre tradição e inovação

40. RMC Advogados “O Direito é antes de mais bom senso”

42. Líderes e Empresárias de Sucesso

43. Opticalia – Esonor “Sempre soube, de forma muito clara, qual o caminho a seguir”

46. Raquel Soares Marca Pessoal em agosto. Troque os emails pelos cocktails.

48. Empresas com História

50. RBwoodfinish Criar espaços geradores de Felicidade e de Sucesso

54. CS Wind Portugal

CSWind Portugal: Um modelo de inovação e sustentabilidade

56. Adega de Cantanhede

70 anos a moldar a excelência dos vinhos da Bairrada

60. Especial Leiria

62. Vinhos da Dona Cândida “Combinação única de estética e qualidade no vinho”

Nota de boas-vindas...

Empresas e empresários visionários têm sido fundamentais para moldar o mundo moderno. Estes líderes não preveem apenas o futuro, mas também o criam, desafiando normas estabelecidas e transformando indústrias inteiras. Um empresário visionário é aquele que vê oportunidades onde outros veem obstáculos. Eles não se contentam com o status quo, em vez disso, procuram constantemente inovações que possam melhorar produtos, serviços ou processos. Estes empresários partilham características comuns: uma profunda curiosidade, a capacidade de pensar fora da caixa e uma determinação inabalável, para além disso entendem a importância de reunir equipas talentosas e diversificadas que partilhem a sua visão.

Nesta edição da Revista Business Portugal, damos a conhecer histórias inspiradoras de empresários e empresas que estão a redefinir o que significa ter sucesso no século XXI. São testemunhos de pessoas que, com coragem e criatividade, estão a construir negócios sustentáveis, inclusivos e inovadores. O futuro pertence àqueles que têm coragem de inovar, a resiliência para enfrentar adversidades e a sabedoria para liderar com empatia e propósito.

R. da Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Agosto 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares

20 ANOS DE BELEZA REAL DOVE

No ano em que a campanha ‘Beleza Real’ de Dove celebra 20 anos, trazemos em destaque uma entrevista exclusiva com Marta Quelhas, Head of Marketing Beauty and Personal Care na Unilever.

Hoje, a Marta é Head of Marketing Beauty and Personal Care na Unilever, responsável pelo desenvolvimento da marca Dove. Com um largo historial no Grupo, como descreveria o seu percurso na Unilever?

Tem sido uma viagem incrível. A Unilever distingue-se de outras multinacionais pela amplitude de áreas de negócio em que opera e por seguir uma estratégia multimarca e não de umbrella institucional. Estes dois fatores tornam-na muito atrativa para gestores e marketeers ávidos de desafios. Nas últimas duas décadas, pude trabalhar em quatro categorias totalmente diferentes, passando por mais de 30 marcas, diferentes mercados, responsabilidades locais e regionais, B2C e B2B, negócios franchisados, enfim, quando olho para as últimas duas décadas sinto-me muito privilegiada por estar a trilhar um percurso tão diverso e multifacetado.

Focando-nos na marca Dove, quais foram os principais desafios e conquistas que Dove encontrou ao longo destes 20 anos de promoção da Beleza Real?

Quando Dove lançou a sua primeira campanha de Beleza Real, bastou uma simples imagem com mulheres de diferentes cores, idades, raças e estaturas para dar uma pedrada no charco do que era até então um panorama publicitário totalmente redutor na demonstração de beleza. Na altura, quem queríamos influenciar eram sobretudo os outros anunciantes como nós e a indústria da moda, as grandes

fontes dos estereótipos do que uma mulher bonita deve ser. Nas duas décadas seguintes, é impressionante como o alvo dessa mensagem se transformou, passando primeiro para os influenciadores, depois para cada um de nós que se tornou editor de imagem e produtor de conteúdos com o florescer das redes sociais e, hoje em dia, vemo-lo novamente a transferir-se, desta feita para a Inteligência Artificial Generativa. É um território inesgotável este da beleza real, onde nos vemos a ter trabalho pelo menos para mais duas décadas. Há muito por fazer, mas felizmente também já somámos no percurso muitas conquistas.

De que maneira acredita que a campanha pela Beleza Real influenciou a perceção da sociedade sobre padrões de beleza e autoestima? Quais são as mudanças concretas que observaram nas atitudes das pessoas em relação à sua aparência?

Dove tem investido consistentemente para promover o debate sobre a Beleza Real e a importância da autoestima, abordando ao longo do tempo os diferentes ângulos que a podem influenciar. Portugal tem sido um dos mercados que, a nível mundial, mais se tem dedicado a esta tarefa, facto de que muito nos orgulhamos. Fazemos questão de, a cada ano, investir em estudos de mercado locais para perceber melhor o que influencia a autoestima das mulheres portuguesas. Toxicidade das redes sociais, o papel das influencers ou da IA são apenas alguns dos ângulos que já investigámos a fundo

Marta Quelhas, Head of Marketing Beauty and Personal Care

em Portugal. Uma mudança concreta que muito me apraz é ver um número crescente de marcas a mostrar maior diversidade de beleza na sua publicidade. E, claro, recordar que no primeiro estudo que Dove fez sobre a autoestima apenas 2% das mulheres se consideravam bonitas e que, 20 anos depois, este número cresceu para os 38%. Não estamos nem ainda a meio caminho para o sonho de que atinja os 100%, mas isso só nos motiva mais a continuar este trabalho de desconstrução de estereótipos.

A IA está a transformar diversas indústrias, inclusive a de beleza. Como é que Dove vê o impacto da IA em relação à Beleza Real? Quais são as diretrizes da marca para garantir que a IA não perpetue estereótipos de beleza e continue a promover a autenticidade e a inclusão?

O estudo que Dove realizou este ano revela dados alarmantes, que demonstram que a IA tem um longo caminho pela frente no que respeita a representar a beleza de forma diversa e inclusiva. Fiquei em choque com um dado em particular, que nos mostrou que 1 em cada 5 mulheres estaria disposta a perder um ano de vida para atingir o seu ideal de beleza. Mais preocupante ainda, as raparigas até 18 anos sacrificariam até 5 anos de vida para atingir esse dito ideal, demonstrando que a beleza suplanta a própria vida na perceção das jovens portuguesas. Ficámos também a saber que metade das mulheres tem consciência de que existem influenciadoras completamente geradas por inteligência artificial. Sabendo que as redes sociais têm um papel determinante na forma como as mulheres se percecionam e na construção dos seus ideais de beleza, e juntando a estimativa de que mais de 90% dos conteúdos que vemos nas redes sociais sejam gerados por IA em menos de uma década, vemos com urgência a necessidade de “educar” a IA para a inclusão e a diversidade de beleza mostrada nas plataformas. Neste ano em que assinalamos 20 anos de Beleza Real, Dove renovou os seus votos para com esta missão, comprometendo-se a nunca usar imagens de mulheres geradas por

IA na sua comunicação. Adicionalmente, Dove lançou um guia prático com dicas fáceis e úteis para nos ajudar a usar prompts nas ferramentas de IA que levem a imagens mais diversas e inclusivas. A IA, como a generalidade das tecnologias, não é na sua génese má, muito pelo contrário, tem um manancial de vantagens que muito nos vão ajudar, mas a pedagogia para o seu uso é fundamental para que não se torne um motor interminável de geração de mais estereótipos de beleza.

Dove tem colaborado com várias personalidades e organizações ao longo dos anos. Quais foram as parcerias mais impactantes para a missão da marca? Como é que essas colaborações ajudaram a fortalecer a mensagem de Beleza Real?

Destaco duas colaborações, uma com a Getty Images e a Girl Gaze, em que criámos e deixámos aberto para utilização pública, um banco de imagens de mulheres reais, sem recurso a qualquer tipo de distorção digital. Foi o mote para convidar a indústria a que se juntasse a Dove no seu compromisso de nunca fazer manipulação digital nas suas campanhas e de ser mais representativa na imagem veiculada das mulheres. Outra mais recente foi a petição feita em conjunto com a Mental’s Health Europe, que aconteceu o ano passado, e pretendia angariar assinaturas suficientes para que o tema da regulação de acesso e consumo de conteúdos de redes sociais por jovens fosse debatido em Parlamento Europeu.

Recordar que no primeiro estudo que Dove fez sobre a autoestima apenas 2% das mulheres se consideravam bonitas e que, 20 anos depois, este número cresceu para os 38%

De que maneira Dove integra a inovação tecnológica no desenvolvimento dos seus produtos, sem comprometer os seus valores de autenticidade e naturalidade? Que produtos ou campanhas recentes ilustram essa integração?

Dove trabalha para proporcionar a todas as mulheres um cuidado e uma hidratação superior da sua pele. A funcionalidade do produto, e esta promessa de cuidado da pele, é parte integrante do propósito da marca. Para nos sentirmos confiantes e bonitas, o primeiro passo é sentirmo-nos bem na nossa pele. Inovação tecnológica e constante investimento em Research&Development são cruciais para mantermos essa promessa, que posso exemplificar com o mais recente lançamento em Dove Gel de Banho. A gama Dove Advanced lançada há poucos meses tem uma fórmula que garante pele hidratada por 24h, com agentes de lavagem ultra suaves e o dobro dos ingredientes de cuidado da pele.

A sustentabilidade é uma preocupação crescente para consumidores e marcas. Como é que Dove está a abordar a sustentabilidade nas suas práticas e produtos?

Dove tem tido uma evolução notável na redução da sua pegada ambiental, de onde saliento o uso de garrafas feitas com 100% PCR, a acreditação pela PETA e a percentagem de biodegradabilidade das suas fórmulas. Nos próximos anos, Dove continuará a contribuir para os objetivos de sustentabilidade da Unilever,

nomeadamente na redução de GHG gerados pela produção, a 100% até 2030; ou o compromisso de recolher e processar mais plástico do que aquele que vendemos, até 2025.

Recentemente, Dove proporcionou dois dias imersivos de Dove Beleza Real no Jardim da Estrela. O que levou à realização deste evento tão simbólico e impactante?

É verdade, conseguimos reunir centenas de pessoas no Jardim da Estrela, no último fim de semana de junho, para celebrar os 20 anos de Beleza Real da Dove com convidados especiais, aulas de yoga, sessões fotográficas, workshops de cerâmica e até um miniconcerto da Carolina Deslandes. Duas décadas é um marco importante que quisemos celebrar de forma imersiva com os que partilham do ideal de Dove. Foi inspirador ver todas as pessoas que exibiram a sua luz real, autêntica e confiante durante dois dias repletos de atividades inspiradoras, testemunhos emocionantes e momentos inesquecíveis. Cada atividade foi pensada para estimular beleza real e diversidade. Por exemplo, no workshop de cerâmica, a talentosa Catarina Bicker levou as pessoas a criar peças únicas, com formas naturais e assim provar que mesmo as formas “imperfeitas” podem ser perfeitas, pela sua autenticidade, singularidade e beleza. Também as sessões fotográficas com o magnífico Pau Storch revelaram o lado mais autêntico e belo de dezenas de mulheres, concedendo a cada uma delas um inestimável fôlego de confiança. E tenho também de falar das quatro conversas imperdíveis sobre beleza, autoestima, saúde mental e inteligência artificial, todas brilhantes, conduzidas e moderadas pela atriz e psicóloga Carla Andrino, ela própria uma embaixadora Dove e uma voz ativa na promoção da Beleza Real.

Olhando para os próximos 20 anos, quais são os principais objetivos e desafios que Dove espera enfrentar na promoção da Beleza Real? Como é que a marca pretende continuar a inovar e liderar a conversa sobre beleza, autoestima e inclusão?

O objetivo supremo mantém-se inalterado desde o início desta trajetória: tornar a beleza uma fonte de confiança e não de ansiedade para todas as mulheres. Todas. Só podemos considerar o trabalho terminado quando 100% das mulheres se considerarem bonitas. Desconstruir estereótipos é uma tarefa interminável, porque a cada momento a sociedade, a evolução tecnológica e a nossa própria condição humana vai-se autoimpondo padrões. Fazer essa curadoria, promover o debate, falar dos temas quentes de cada etapa das nossas vidas, desde a adolescência à menopausa, é uma agenda rica e que não se esgotará em breve. Temos, também, o desejo de trazer os homens mais para o centro destes debates e podem contar com uma marca Dove Men mais ativa e de braço dado com a Dove nesta missão de aumentar a confiança e a autoestima na sociedade em geral, como arma poderosa para sermos melhores seres humanos.

imagine uma mulher bonita

20 anos a mudar a beleza segundo um anúncio Beleza Real

Utilizámos Inteligência Artificial neste anúncio com o único objetivo de mostrar o preconceito de beleza das ferramentas generativas de IA.

Que

tipo

de beleza queremos que a IA aprenda connosco?

Há 20 anos que defendemos a beleza real. E isso não vai mudar nos próximos 20.

Prevê-se que, até 2025, a inteligência artificial irá gerar 90% dos conteúdos online.

Dove continuará comprometida em promover a beleza real. Saiba mais em: dove.com

Global Club

REGIÃO OESTE

O Oeste de Portugal é uma região rica em história, cultura e paisagens deslumbrantes. Desde a beleza imponente da Serra de Montejunto até às praias douradas da Costa de Prata, passando pelas encantadoras cidades medievais e pelos campos verdejantes do interior, o Oeste apresenta um mosaico de encantos que cativam o visitante.

Nesta edição, mergulhamos no coração desta região, explorando as empresas inovadoras que a impulsionam, o sabor inconfundível da sua gastronomia, a sua cultura viva que se expressa em cada canto e os encantos que a tornam um destino único.

Prepare-se para se deixar envolver pela energia da região Oeste, onde a natureza se funde com a história, o passado se entrelaça com o presente e a hospitalidade genuína acolhe todos os que cruzam o seu caminho.

O FANTÁSTICO MUNDO DO SUBMERSO

A 50 metros da Praia de Santa Helena, com o lema "Viver o Mar", encontra-se a Santa Cruz Dive House. Com um conceito pioneiro em Portugal e com a promessa de uma experiência única para os seus clientes, um esplêndido local para os apaixonados e curiosos pelo mergulho. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Mónica Carvalho, proprietária da Santa Cruz Dive House – PADI Dive Resort, percebendo a dinâmica presente na realização deste sonho que começou com duas pessoas muito apaixonadas pelo mergulho, Mónica, formada em Psicologia e Manuel, formado em Engenharia, que viram o seu amor despoletar devido ao mergulho.

E o que é mais interessante é ter uma janela de cristal, para ter uma melhor nitidez para quem assiste de fora, uma janela que nasce para criar segurança e confiança

Bem-vindo à Santa Cruz Dive House, onde a sua paixão pelo mergulho encontra o cenário perfeito para aventuras inesquecíveis. Localizada na encantadora localidade de Santa Cruz, a Dive House é um refúgio para entusiastas de mergulho de todos os níveis. Oferece uma gama completa de serviços, desde cursos especializados e aluguer de equipamentos de alta qualidade até emocionantes passeios de mergulho e acomodações confortáveis. A sua missão é proporcionar experiências seguras, educativas e divertidas, permitindo que quem procura a Santa Cruz Dive House explore as maravilhas subaquáticas da região com confiança e entusiasmo. Os rostos do projeto são Mónica e Manuel que, graças ao amor que partilhavam pelo mergulho, decidiram dar vida aos seus sonhos e criar este espaço único e apaixonante. Fruto da vontade do casal de partilhar com o mundo a sua paixão comum e também melhorar a qualidade de vida da sua família, saindo da agitação de Lisboa para a tranquilidade de Santa Cruz.

A Dive House tem o privilégio de estar a 50 metros da praia e situar-se em frente à praça onde ocorrem os eventos da região, nasceu

nas imediações de uma casa centenária que está neste momento a ser renovada para a expansão do alojamento. “É deslumbrante, saímos do portão e temos um oceano e diversas atividades a alguns metros. É tudo mesmo muito confortável, deixar o carro e andar ao ar livre”, são alguns dos comentários dos hóspedes.

Para além de todas as comodidades, a Dive House conta com um conceito inovador e único a nível nacional que atrai turistas de várias nacionalidades. “Procurámos criar aqui aquilo que nós, enquanto mergulhadores, sentíamos que faltava, ou seja, um centro de mergulho com todas as comodidades”. E foi assim que nasceu o primeiro PADI Dive Resort de Portugal: uma escola de mergulho recreativo com alojamento integrado. “Ou seja, um local onde posso aprender a fazer mergulho e pernoitar e onde tenho tudo o que preciso - o oceano, a piscina e os instrutores”, sublinha Mónica.

A Dive House oferece uma experiência inesquecível de mergulho, estando equipada com uma piscina de três metros de profundidade e janela panorâmica em vidro de cristal, que permite praticar os exercícios dos cursos em segurança e nas melhores condições. “E

Briefing de batismo de mergulho
PADI Dive Resort Santa Cruz
Quarto familiar

o que é mais interessante é ter uma janela de cristal, para ter uma melhor nitidez para quem assiste de fora, uma janela que nasce para criar segurança e confiança, tanto no mergulhador como à pessoa que está a assistir”, esclarece a nossa entrevistada, evidenciando as múltiplas sensações, a dimensão transcendental de mergulhar, e a forma como o mergulho altera a perceção do mundo e proporciona uma experiência única de humildade e conexão com a natureza. Os cursos e atividades da Santa Cruz Dive House vão desde o PADI Kids Bubblemaker destinado a crianças dos 8 aos 10 anos, o Batismo de Mergulho em Piscina para idades a partir dos 10 anos e o PADI DSD para idades a partir dos 10 anos, bem como o Curso PADI Open Water, Curso PADI Advanced, e experiências de mind floating e sound healing. Todos os cursos estão homologados e certificados, respeitando todas as diretrizes nacionais e internacionais. Mónica refere que todos os instrutores são certificados pela PADI (Professional Association of Diving Instructors), o que representa uma segurança enorme. Para além da certificação da PADI, a Dive House conta com mais certificações: “Temos três autorizações, uma de aluguer de equipamentos, uma de escola de mergulho e outra de estação de enchimento. Aqui reside a diferença, ou seja, o facto de proporcionarmos tudo o que é necessário para fazer mergulho, desde conforto, rigor técnico e segurança”, destaca, lembrando que este era exatamente o conceito que gostariam de ter tido quando receberam formação.

A importância das pessoas

Em entrevista à Revista Business Portugal, Mónica sublinha o imenso orgulho que sente no que concerne ao seu staff, destacando a Cristina, que dá assistência na operação e na gestão, o Rodrigo e o Sérgio, instrutores de topo, bem como o Ricardo e o Manuel, na assistência ao mergulho. Assumindo uma grande atenção aos detalhes, Mónica lembra que, quando chegam aos quartos, os hóspedes são surpreendidos com um cartão que contém a informação de quem preparou o quarto com o maior cuidado, mostrando assim a importância das pessoas que dão o seu melhor para que quem visita a Santa Cruz Dive House tenha a melhor experiência. Mónica

realça ainda a importância da simplicidade e genuinidade: “Quem nos fornece a comida, em catering é a D. Teresa, que tem uma banca no Mercado Municipal de Santa Cruz e faz as delícias da região. Tudo o que ela faz é incrível, sempre com um sorriso enorme e uma simpatia inimagináveis. E é isso que as pessoas adoram, porque é tudo do mais natural possível, com um sabor como já não se sente com frequência nos dias de hoje”.

Uma sensação de comunidade e partilha

A todos os curiosos e apaixonados pelo mergulho, Mónica deixa o convite para visitarem a Santa Cruz Dive House, evidenciando a atmosfera acolhedora e de apoio mútuo que é promovida neste espaço, onde os hóspedes se incentivam uns aos outros, criando uma sensação de comunidade e partilha.“Todos são bem-vindos. Aqui estamos acompanhados, daí o lema ocean living, de vamos viver em comunidade, viver o oceano e o mergulho, com o oceano à nossa porta. Só mesmo vindo conhecer o nosso espaço e realizar as nossas atividades para perceber toda esta dinâmica que conseguimos criar aqui. Queremos marcar e fazer a diferença nas experiências dos nossos hóspedes, proporcionando momentos aquáticos emocionantes, com muita segurança e conforto”, remata Mónica.

reservations@santacruzdivehouse.pt www.santacruzdivehouse.pt

Instrutor (à direita) com alunos na Reserva Natural das Berlengas
Curso de Open Water
D. Teresa, no Mercado Municipal de Santa Cruz

A PRIMEIRA CASA DO MOVIMENTO E DE CAMPO DO MUNDO

O CNS Santa Cruz – Movement & Nature House, fruto da experiência acumulada pelo CNS Campus Neurológico, representa uma inovação no setor de turismo de saúde e bem-estar. O projeto é liderado pelo Professor e Neurologista Joaquim Ferreira e pelo Engenheiro João Ferreira, que uniram os seus conhecimentos para criar um espaço que vai além do simples lazer, oferecendo um ambiente que promove hábitos saudáveis e a saúde.

O neurologista Joaquim Ferreira, um dos fundadores do projeto, revela que a inspiração do CNS Santa Cruz surgiu da necessidade de aplicar os conhecimentos obtidos no tratamento de doenças neurológicas também em pessoas saudáveis. “A melhor estratégia para lidar com estas doenças é preveni-las, e isso implica intervir não só em pessoas doentes, mas também em pessoas saudáveis”. Esta filosofia levou à criação de um espaço onde a saúde e o bem-estar são promovidos de forma holística, integrando exercício físico e estímulo cognitivo num contexto lúdico e prazeroso. Diferente dos tradicionais hotéis rurais, o CNS Santa Cruz destaca-se por ser a ‘Primeira Casa do Movimento e de Campo do Mundo’, ao combinar lazer com saúde de uma forma inédita. “Não é um hotel no sentido mais formal, mas sim uma casa acolhedora e familiar”, descreve o Professor. O conceito de ‘Movimento’ é central nesta iniciativa, inspirado pelas doenças do movimento, como a doença

de Parkinson. “Queremos que os nossos hóspedes saiam daqui com uma nova determinação para cuidar da sua saúde”, sublinha. O Engenheiro João Ferreira, cofundador e responsável pela concretização do projeto, descreve o CNS Santa Cruz como uma obra que integra a história e o know-how da família Ferreira. Utilizando uma propriedade já existente, o projeto foi concebido para criar um ambiente harmonioso com a natureza. “Queríamos que a casa estivesse o mais oculta possível do exterior, proporcionando privacidade e tranquilidade aos hóspedes. O objetivo era criar um espaço onde se pudesse ouvir apenas os sons da natureza”, revela. O resultado é uma estrutura discreta, situada numa propriedade com mais de 12 hectares, que oferece conforto e paz aos visitantes. Os programas oferecidos pelo hotel, como o Awake, Move e Engage, foram elaborados para proporcionar uma experiência equilibrada, combinando atividades físicas, cognitivas e recreacionais, adaptadas às necessidades individuais de cada hóspede. “Os nossos programas incluem uma avaliação inicial e são concluídos com a elaboração de uma recomendação personalizada”, explica o Professor.

Os programas incluem uma variedade de atividades, como caminhada nórdica, passeios de bicicleta, atividades aquáticas, artes marciais, dança, etc, escolhidas pelos seus benefícios comprovados na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. “Atualmente, sabemos que o Tai Chi e o Reiki, classificados como artes marciais, são eficazes no tratamento de certas doenças do movimento. Ao adaptar esta abordagem para pessoas saudáveis, oferecemos uma perspetiva holística e preventiva”, afirma Joaquim. A presença de profissionais de saúde na equipa reforça esta abordagem inovadora.

A curto e médio prazo, o CNS Santa Cruz ambiciona tornar-se uma referência nacional e internacional no setor. “O nosso objetivo é transformar-nos numa referência nacional e internacional, destacando-nos pela inovação e pelo impacto positivo na saúde e no bem-estar dos nossos hóspedes”, afirma o engenheiro.

O CNS Santa Cruz – Movement & Nature House é, portanto, um conceito inovador que promete revolucionar a visão sobre turismo e saúde, oferecendo uma experiência nova que combine lazer, movimento, cognição e bem-estar.

info@cnssantacruz.com • www.cnssantacruz.com

João Ferreira e Joaquim Ferreira, Fundadores

A REVIRAVOLTA GOLD DA PASTELARIA E PADARIA

A Gold – Pastelaria e Padaria não é apenas um estabelecimento, é um tesouro de sabor e tradição que brilha no universo da confeitaria e panificação. No seu interior, o aroma a pão fresco e as cores vibrantes dos doces convidam-nos a uma experiência única. Em conversa com Susana Gabriel, a alma deste empreendimento, descobrimos os segredos que moldaram a Gold, a essência que a torna especial e os desafios superados ao longo dos anos.

A origem da Gold

Após 20 anos dedicados à pastelaria, Susana Gabriel decidiu reinventar o seu negócio com uma abordagem que mistura tradição e inovação. A criação da Gold – Pastelaria e Padaria foi uma transformação completa, refletindo a personalidade dinâmica de Susana e o conceito modernizado da sua padaria. “Queria um nome que fizesse sentido comigo. Sendo uma pessoa muito dinâmica, aprecio o que é novo, e ‘Gold’ fazia-me pensar no brilho do ouro, algo valioso e especial, que combinava perfeitamente comigo”, revela.

Esta mudança não se limitou ao nome, envolvendo uma renovação completa do design e da qualidade dos produtos, culminando num espaço moderno e acolhedor, que convida todos a desfrutar de uma experiência única. A continuidade da tradição familiar e a reinvenção do negócio contaram com o apoio fundamental do marido e da filha, que se tornaram peças-chave na nova configuração da padaria.

Um novo conceito de serviço

A Gold destaca-se pela qualidade e frescura dos seus produtos, todos produzidos no próprio espaço. “O nosso bolo especial, os ‘marqueses’, são uma das nossas grandes apostas e o feedback tem sido excelente”, revelou Susana. Além de pães e bolos, a Gold introduziu um menu semanal de mini refeições, uma decisão que foi bem recebida pela clientela e diversificou a oferta.

O investimento inicial foi significativo, especialmente após os desafios impostos pela pandemia. Susana optou por investir no futuro da Gold, acreditando que a qualidade e inovação eram a chave para o sucesso.

O sucesso do novo conceito também é evidente no fornecimento de produtos para escolas, restaurantes e hotéis, mantendo sempre um alto padrão de produção. “Fornecemos para quase todos os cafés daqui, especialmente bolos. Em média, saem cerca de três mil pães por dia”, evidenciando o alcance e a capacidade produtiva da padaria.

Diferenciais e inovação

O que realmente distingue a Gold de outras pastelarias e padarias é a frescura dos seus produtos. Susana explicou que, ao contrário de muitos concorrentes que utilizam pão pré-cozido, a Gold produz tudo a partir de ingredientes frescos. “Utilizamos câmaras frigoríficas para

conservar e reutilizar a massa fermentada, minimizando o desperdício e garantindo a qualidade”, afirmou. Os pastéis de nata da Gold são particularmente populares, mas a pastelaria também oferece uma variedade de opções, incluindo brunchs e saladas. Susana destaca a importância da proximidade e da comunicação com os clientes, adaptando-se constantemente às suas preferências e feedbacks. “A inovação é fundamental. Se o cliente gosta de doces, oferecemos doces; se prefere salgados, também o fazemos. É importante acompanhar o que o cliente deseja”, completou.

Liderança e gestão de pessoas

A liderança de Susana Gabriel destaca-se pela proximidade e confiança que estabelece com a sua equipa. Embora saiba que não é possível agradar a todos, consegue criar um ambiente onde os colaboradores se sentem valorizados e motivados. “Sinto que sou uma presença positiva para a minha equipa. As pessoas apreciam o que fazem e como são tratadas”, destaca. Para a empresária, entender e resolver os problemas dos colaboradores é fundamental para criar um ambiente de trabalho motivador. “Basicamente, se eu sou alguém, é fruto do trabalho daqueles que tenho comigo, não construímos uma casa sozinhos”. Além disso, a sua filha, Cíntia é um brilhante

Susana Gabriel (ao centro) com o marido e a filha

Não penso no futuro, porque o sucesso é construído diariamente. Tenho uma equipa fantástica e é para isso que me levanto todos os dias

exemplo de dedicação e amor pelo que faz. “Ela é o meu braço direito. É evidente que ela gosta do que faz e trabalha com entusiasmo, não por obrigação”, afirma Susana com um orgulho visível.

Desafios e resiliência

A separação e as dificuldades financeiras foram momentos críticos, mas Susana manteve-se resiliente. “Foi um período muito difícil, mas sempre procurei ver o lado positivo e continuar a trabalhar arduamente. A pandemia e a crise foram desafios, mas também me deram a oportunidade de reinventar e fortalecer o negócio”, revelou.

A gestão de recursos humanos tem sido um desafio constante, especialmente na área da panificação, onde há uma falta significativa de profissionais qualificados. “Encontrar profissionais qualificados tem sido uma tarefa complicada, verdadeiramente difícil”. Susana nota que a formação e a motivação são essenciais para atrair mais pessoas para a área.

Também a crescente exigência dos clientes é uma realidade que não pode ser ignorada. “A pandemia trouxe mudanças significativas na mentalidade das pessoas e uma maior seleção natural no mercado. No entanto, sempre acreditei que as dificuldades também trazem oportunidades.

Perspetivas para o futuro

Para Susana, o futuro é uma continuação do trabalho diário e do compromisso com a excelência. “Não penso no futuro, porque o sucesso é construído diariamente. Tenho uma equipa fantástica e é para isso que me levanto todos os dias”.

A empresária mantém o foco na melhoria contínua e na realização de novos objetivos, sempre com a mesma paixão e determinação que a levaram a criar a Gold. “Não tenho planos a longo prazo, apenas a certeza de que o sucesso de amanhã será maior do que o de hoje, e que o sucesso do dia seguinte será ainda maior”, conclui.

A Gold – Pastelaria e Padaria é, assim, um exemplo de como a inovação e a paixão pelo trabalho podem transformar um negócio tradicional. Com uma abordagem moderna e um compromisso com a qualidade, Susana Gabriel e a sua equipa continuam a conquistar o coração dos clientes e a marcar a diferença no mercado da pastelaria e padaria pela qualidade e um serviço exemplar.

Equipa da Gold - Pastelaria e Padaria

SIMPLICIDADE E SABOR

COM VISTA PARA O MAR

Tiago Barroca é uma figura bem conhecida no universo da gastronomia. Natural de Leiria, iniciou a sua jornada na cozinha desde muito jovem. “Entrei para o mundo da cozinha aos 15 anos. Comecei a trabalhar em pastelarias durante as primeiras férias escolares, bem como nas férias da Páscoa e do Natal”, recorda.

Após concluir a sua formação na Escola Profissional de Leiria, Tiago construiu a sua carreira no Resort Marriott, onde começou como estagiário e, após oito anos, saiu como subchefe responsável. Mais recentemente, foi chefe executivo na Tasca do Joel, em Peniche. Com uma experiência sólida e uma vasta formação, decidiu abrir o seu próprio restaurante em Peniche. “Este projeto é recente, abriu em abril e ainda está em fase de arranque”, comenta.

Para o proprietário, a decisão de abrir o estabelecimento foi fortemente impulsionada pelo desejo de servir uma cozinha simples, tradicional e caseira, recorrendo a produtos locais de elevada qualidade. “O nosso objetivo é servir pratos de peixe fresco e mariscos de alta qualidade”, revela.

Tiago acredita que a seleção dos ingredientes é crucial para garantir o sabor autêntico e a qualidade dos pratos, realçando a importância dos produtos locais na sua cozinha. “O robalo é pescado na Berlenga, comprado aos pescadores locais e os bivalves como o lingueirão, as amêijoas e o berbigão chegam-me às mãos diretamente da Foz do Arelho. Isso faz toda a diferença, em termos de sabor, gordura e firmeza”, explica. Para além do peixe fresco, utiliza frutas e vegetais de fornecedores locais, assegurando que os pratos sejam sempre frescos e saborosos. “Compramos tomates, pimentos, cebolas, batatas e pepinos de um fornecedor de São Bernardino. Faz muita diferença”, completa.

Uma das características mais elogiadas pelo chef sobre o Bar do Cerro é a atmosfera acolhedora e despretensiosa, criada através de uma decoração que integra elementos ecológicos e reutilizados, conferindo um ambiente, simultaneamente, confortável e charmoso. A utilização de materiais como um paralelo antigo no chão realça a singularidade do espaço, enquanto a vista deslumbrante sobre a Praia do Quebrado e o Baleal convida a um momento de relaxamento. “Queremos que as pessoas se sintam em casa, com uma vista deslumbrante. A comida é fantástica e tradicional, com pratos como os pastéis de baunilha, uma reinvenção do leite creme, enrolado em massa filo. Temos também ovos rotos, torricados e tempura de peixe, tudo preparado de forma caseira”, acrescenta.

A preocupação com a qualidade e a originalidade estende-se também à oferta de bebidas. O Bar do Cerro colabora com a José Maria da Fonseca para a seleção de vinhos, apresentando uma carta

Tiago Barroca, uma figura proeminente na gastronomia portuguesa, revela a sua mais recente aventura no Bar do Cerro – Pranchas & Petiscos, um restaurante recém-inaugurado, em Peniche, que promete transformar a experiência culinária local. Em entrevista, o Chef destaca a sua dedicação em utilizar ingredientes frescos e regionais para criar pratos autênticos e saborosos.

Tiago Barroca, Chef e Gerente

variada que percorre o país de norte a sul. Para além dos vinhos, o estabelecimento oferece cocktails exclusivos, como a Pina Colada Tuga, com um toque de hortelã, e o Verão Citros, com toranja, que se tornam particularmente populares ao final da tarde, num ambiente descontraído e convidativo da esplanada.

O Bar do Cerro não se limita à gastronomia, transformando-se num ponto de encontro através de eventos que atraem diferentes públicos. As sessões de música ao vivo, com foco no jazz, têm sido um sucesso, com músicos locais, criando uma atmosfera única e proporcionando momentos memoráveis aos clientes.

O proprietário destaca a importância destes eventos, especialmente, durante a época baixa, para manter a animação e fidelizar os clientes. “No dia 28 de julho, tivemos mais uma sessão. A resposta tem sido muito positiva e estamos a planear mais eventos como estes”, afirma. Para além da música, o Bar do Cerro também assume um papel ativo na animação da praia, oferecendo comodidades como casas de banho e nadadores-salvadores, além de gelados e bolas de Berlim.

O primeiro ano de atividade não foi isento de desafios, com um clima instável que afetou a afluência, especialmente, durante os meses

Queremos valorizar os pratos tradicionais e fazer com que os clientes apreciem o que é autêntico e local

de maio e junho. “Este ano tem sido complicado, com muitos dias nublados e ventosos. E muitas vezes, são as boas ondas para surfar que nos valem, tem sido um ano de aprendizagem e de experiências que serão sempre uma mais-valia”, afirma Tiago.

O chef mostra-se confiante nos planos para o futuro, que incluem a expansão da oferta de jantares e a realização de eventos especiais. “A nossa ideia é começar a servir pratos de peixe grelhado e marisco, mantendo a qualidade e a simplicidade. Queremos atrair clientes durante todo o ano, não apenas na época balnear. Também a nossa esplanada está protegida do vento, que é um ponto forte para garantir o maior conforto aos clientes durante o inverno”, explica Tiago.

Tiago conta ainda com o apoio da família, especialmente da sua mulher que, apesar de não estar presente no restaurante, por gostar do que faz atualmente e, sobretudo, devido aos cuidados com a filha pequena, compreende a importância deste projeto. “Ela conhece bem a área e, quem sabe um dia queira juntar-se a nós. Ter o apoio da família, é essencial e faz toda a diferença”, declara.

Para atrair mais clientes, o chef está sempre à procura de novas ideias, como a inclusão do peixe ‘pata-roxa’, conhecido localmente por quelmes, um pequeno tubarão e a revitalização da caldeirada de peixe, que já foi um dos pratos tradicionais mais populares da região. “Queremos valorizar os pratos tradicionais e fazer com que os clientes apreciem o que é autêntico e local”, afirma. O Bar do Cerro ambiciona, também, alargar a sua oferta, apostando em jantares, sem nunca abdicar da sua cozinha simples, mas de elevada qualidade.

O anfitrião do Bar do Cerro convida ainda a todos a conhecerem o seu espaço único em Peniche. Com um ambiente descontraído, vista espetacular e pratos saborosos, o Bar do Cerro oferece uma experiência singular, com comida caseira e produtos locais. “Venham desfrutar da nossa cozinha e da nossa hospitalidade!”, convida Tiago Barroca.

A paixão e dedicação do chef, que transformam a simplicidade em algo extraordinário, são a alma do Bar do Cerro, um espaço que veio para ficar e dinamizar a gastronomia de Peniche, cativando os paladares com a sua proposta única e saborosa.

cerropetisco@gmail.com

DOCE LOURINHÃ IDENTIDADE E QUALIDADE

Na Lourinhã, uma vila portuguesa localizada na província histórica da Estremadura e no litoral da região Oeste, encontra-se o incrível atelier Doce Lourinhã — Bombons, Pastelaria e Garrafeira. A Revista Business Portugal teve o privilégio de conversar com a Chef Sílvia Baptista, que partilhou a fascinante história por trás do espaço onde a magia da doçaria se encontra com a excelência da Garrafeira.

O despertar da paixão

Para Sílvia, cada iguaria é mais do que uma simples sobremesa, é uma história cuidadosamente elaborada. A chef, uma apaixonada pela arte da pastelaria desde a infância, partilha que “desde miúda, sempre me encantei com a pastelaria. O meu pai trabalhava na distribuição de café e eu costumava acompanhá-lo. Havia sempre uma ou outra Pastelaria que eu adorava frequentar, onde me deixavam espreitar a produção e ver a magia acontecer. Esse fascínio ficou comigo, mas a vida seguiu outros caminhos e o entusiasmo acabou por adormecer”.

Durante a licença de maternidade, há 11 anos, Sílvia questionava-se sobre como ocupar o seu tempo livre e foi então que se apaixonou pelo Cake Design. Decidiu fazer uma pequena formação para aprender a trabalhar com pasta de açúcar e, após o nascimento da filha, começou a explorar as suas criações com mais profundidade. “A paixão cresceu tanto que, quando a minha filha fez nove meses, decidi aprofundar os meus conhecimentos com um curso mais extenso de Cake Design na Academia Profissional de Cake Design nas Caldas da Rainha. Aprendi a trabalhar com chocolate, que me fascinou bastante, e foi aí que passei a criar os bombons com a Aguardente DOC Lourinhã. Mais tarde, quando a Academia abriu um curso de pastelaria, inscrevi-me de imediato. E assim começou a minha aventura”.

O sucesso das especialidades

Em 2018, Sílvia lecionava aulas de pastelaria a mini chefs. Nesse mesmo ano, surgiu o ‘Festival da Abóbora da Atalaia’, e com o objetivo de envolver os seus jovens alunos, criou algumas receitas para que pudessem apresentar no festival. Entre essas criações, nasceu uma Tarte de Pevides de Abóbora. Esta delícia é preparada com produtos de alta qualidade, e a sua cobertura de pevides confere-lhe um sabor único, original e inconfundível, que encanta todos os que a provam.

A tarte foi levada a concurso por Sílvia e o nome surgiu mais tarde. A tarte teve um enorme sucesso,

Sílvia Batista, Chef

É engraçado ver como, desde 2018, tudo evoluiu de forma tão natural. Sinto um orgulho enorme do que construí, mas reconheço que isso se deve ao apoio que recebi e à colaboração da região. Sei bem que, sozinhos, não iríamos muito longe

e foi aí que tudo começou com a comercialização da mesma. “O nome de ‘Tarte D. Isabel’ surgiu, porque eu gosto sempre de batizar os meus produtos com referências à história local.

A Dona Isabel foi co-fundadora da associação que criou o Museu da Lourinhã e responsável pela descoberta do maior ninho de dinossauros do mundo, o que catapultou a Lourinhã para Capital dos Dinossauros, então de forma a homenageá-la, ainda em vida decidi dar o nome dela à tarte. Tento sempre batizar as minhas obras gastronómicas com nomes históricos”, remata a chef. Uma prova disso é o fabuloso ‘Pedro & Inês com ló’, um pão de ló deliciosamente confecionado com o melhor dos chocolate e Aguardente DOC Lourinhã.

A ‘Tarte D. Isabel’ é a especialidade mais comercializada e apreciada por quem visita a Doce Lourinhã. “Apesar de ainda não ter expandido o negócio a nível nacional, a Tarte D. Isabel é um produto que já conseguimos mandar para todos o país”, revela Sílvia com orgulho. Além do mais é um produto único com registo no INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, com produção exclusiva na Doce Lourinhã.

Num atelier onde cada detalhe é pensado ao mais ínfimo pormenor, o logotipo não poderia ser exceção. “Quis dar uma identidade ao nosso logotipo, pois é a nossa imagem. Para nos representar, escolhi a rosácea da nossa igreja matriz, que é um elemento arquitetónico com um significado muito profundo, representando um ponto de referência histórico e cultural”.

Um negócio familiar

A ‘Garrafeira O Casco’ já existe há mais de 40 anos, tendo sido originalmente um negócio dos pais de Sílvia. “Quando entrei na área da pastelaria, percebi que precisava de um espaço para comercializar os meus produtos. A produção podia ser feita noutro lugar, mas o ponto de venda era indispensável. Então tive a ideia de unir os dois negócios, que revelou-se a solução perfeita, e instalei o meu atelier atrás da garrafeira”. Com um conceito único na região o espaço trata-se de um negócio familiar, em que a chef e a mãe ajudam-se mutuamente, acabando por trabalharem ambos os negócios em plenitude.

A Garrafeira, por sua vez, acaba por ser um alicerce do atelier, especialmente numa altura em que cada vez mais se consomem vinhos de Lisboa e aguardente DOC Lourinhã. “Ainda me lembro de quando as pessoas só procuravam vinhos do Alentejo e do Douro, agora cada vez mais se consome os vinhos de Lisboa, especialmente os daqui da Lourinhã. Os clientes provam e percebem que aqui também há coisas boas”.

Quem visita a Garrafeira tem a oportunidade de conhecer o atelier de Sílvia, proporcionando uma experiência única e enriquecedora ao explorar a diversidade de sabores e aromas num só espaço.

O percurso até ao sucesso

A chef Sílvia iniciou o seu percurso do zero e, quase doze anos depois, prova que a resiliência é a alma do negócio. “Sou muito feliz, tento sempre dar o meu melhor e ser criativa. Faço o que gosto e ensino a minha arte, o que para mim é apaixonante”.

Além disso, o percurso da Doce Lourinhã tem sido feito com calma e paciência. “É engraçado ver como, desde 2018, tudo evoluiu de forma tão natural. Sinto um orgulho enorme do que construí, mas reconheço que isso se deve ao apoio que recebi e à colaboração da região. Sei bem que, sozinhos, não iríamos muito longe”, confessa.

Assim, fica o convite a todos os curiosos de pastelaria, a visitarem e deliciarem-se com os produtos da Doce Lourinhã — Bombons, Pastelaria e Garrafeira.

doce.lnh@gmail.com www.docelourinha.pt

AMOR E TRADIÇÃO À SUA MESA

No coração de Peniche, o Restaurante NAU, um ícone da gastronomia tradicional portuguesa, celebra 32 anos de existência com uma nova etapa, sob a liderança de Sérgio Franco, o Chef e Gerente, que herdou o legado dos pais. A Revista Business Portugal conversou com Sérgio para desvendar os segredos por detrás desta mudança e conhecer as novidades que prometem conquistar os paladares mais exigentes.

Uma história de família

O Restaurante NAU nasceu da paixão dos pais de Sérgio Franco pela cozinha e pelo serviço de excelência. O restaurante, que se encontra numa fase de renovação, mantém a tradição e o amor à comida portuguesa, valores que Sérgio e a sua esposa Mónica, chefe de sala, abraçaram com entusiasmo. “A Mónica sempre foi um pilar fundamental no restaurante e, apesar da restauração a tempo inteiro ter sido algo novo, enche-me de orgulho ver a forma como abraçou e abraça todos os dias este desafio”, confessa Sérgio. “O meu lugar sempre foi aqui, no Restaurante NAU. Comecei por servir às mesas, mas a cozinha sempre me fascinou. Investi muito em mim, fiz formação em cozinha e workshops para ser melhor, agora chegou a hora de investir no restaurante e dar o meu melhor”.

A nova etapa

Com a saída dos pais do restaurante, o chef reuniu uma nova equipa jovem e talentosa que, apesar dos desafios do setor da restauração, garante a qualidade e o serviço impecável que caracterizam o restaurante. “Começámos com esta nova equipa há cerca de seis meses. Apesar de ser geral a todas as áreas, a falta de trabalhadores afeta substancialmente o setor da restauração, mas estou contente com a equipa que reúno e tudo só é possível graças a eles”.

Apesar de estar focado na mudança, o entrevistado garante que há coisas que serão para manter. “Manter o nome NAU é essencial. Queremos honrar o legado dos meus pais, mas também inovar e oferecer uma experiência ainda mais memorável aos nossos clientes”, explica Sérgio. Desengane-se quem pensa que

Sérgio Franco, Chef e Gerente, com a sua esposa Mónica, Chefe de Sala

Os clientes podem esperar novos pratos, novas tendências, alguns eventos e também outras temáticas.

Tudo pensado para lhes dar uma nova experiência

o restaurante irá ser o mesmo ao dar um passo em frente. Apesar da mudança, Sérgio garante que a alma do espaço permanecerá. “Gostamos muito daquilo que é o NAU, mas é lógico que vamos ter uns upgrades”.

A promessa é de uma oferta revitalizada, com receitas aperfeiçoadas e uma exploração de novos sabores e experiências únicas. “Os clientes podem esperar novos pratos, novas tendências, alguns eventos e também outras temáticas. Tudo pensado para lhes dar uma nova experiência”, afirma o proprietário com entusiasmo.

Especialidades

Quando falamos no restaurante NAU é impossível não se falar das suas especialidades, como o delicioso pão com chouriço e a irresistível delícia de amêndoa, exclusiva do espaço. “A delícia de amêndoa é uma especialidade nossa e um doce único, que já esteve nomeada às 7 Maravilhas Doces de Portugal”.

O chef Sérgio com os seus pratos, elaborados com ingredientes frescos e de primeira qualidade, são um deleite para os sentidos. As caldeiradas, as amêijoas à bulhão de pato, as cataplanas de marisco, o arroz de marisco e o arroz de tamboril são apenas algumas das especialidades que fazem as delícias dos clientes. Para os amantes de carne, o bife à NAU é uma experiência irresistível.

“No verão, a caldeirada e as cataplanas são as grandes estrelas da nossa cozinha. Apostamos na cozinha tradicional portuguesa, mas com a nossa própria interpretação, que lhe confere um toque especial”, revela. Mas a experiência no NAU vai além dos pratos. A carta de vinhos, meticulosamente selecionada é um verdadeiro tesouro para os amantes da bebida. “A nossa prioridade é oferecer o melhor aos nossos clientes, por isso, prezamos a exclusividade, qualidade e variedade, optando por vinhos que dificilmente se encontram em supermercados”, explica o chef orgulhoso.

De forma a celebrarem os 32 anos de história, o restaurante lançou um vinho único e exclusivo, engarrafado pela Quinta da Lapa. “Este vinho é uma homenagem aos meus pais e à história do restaurante. Foram 600 garrafas, entre tinto, branco e rosé, um vinho do Tejo que combina na perfeição com todos os nossos pratos, tanto de peixe como de carne. Queríamos algo que casasse bem com todos os pratos e, acima de tudo, oferecer variedade a quem o iria provar”, esclarece Sérgio.

O futuro e a manutenção da qualidade

Para Sérgio, o futuro só fará sentido se continuar a entregar qualidade e sabor aos seus clientes. “Cozinhar para os meus clientes é um ato de amor e muito cuidado, é proporcionar experiências únicas.

O Restaurante NAU ambiciona continuar a fidelizar os seus clientes, tanto portugueses como estrangeiros, e oferecer uma experiência memorável a todos. “O nosso objetivo é que as pessoas saiam daqui com vontade de voltar. Claro que estimamos muito todos os clientes, mas temos clientes de bem longe, até estrangeiros, portugueses no estrangeiro e que fazem questão de cá voltar todos os anos”.

Para quem não conhece o Restaurante NAU, o chef Sérgio Franco deixa a sua mensagem: “Aqui prezamos muito pelo sabor e pela tradição. Fazemos tudo com muito amor. Queremos que quem vem ao NAU desfrute do sabor e da tradição e que saia com vontade de voltar”.

restaurantecafetaria.nau@gmail.com

“O SUCESSO VEM COM PERSEVERANÇA E DEDICAÇÃO À QUALIDADE”

A Pé da Planta, fundada por Luís Pereira e o seu sócio Jaime Alves, iniciou o seu caminho como um modesto viveiro no Oeste, que rapidamente se transformou num nome de referência para a região, na produção de plantas hortícolas. Nesta entrevista, desvendamos a sua história, as inovações implementadas e as estratégias que os ajudaram a ultrapassar os desafios do setor agrícola.

Início modesto e crescimento acelerado

A história da Pé da Planta remonta há 18 anos, num momento de crise. Luís Pereira e Jaime Alves, então trabalhadores noutro viveiro, decidiram arriscar e investir no seu próprio projeto. “Começámos com um viveiro pequeno, de oito mil metros quadrados, e uma pequena área de armazenamento. O objetivo inicial era produzir plantas de brássicas para a região de Lourinhã e Peniche, rapidamente se direcionou a produção também para tomate e abóboras.

Com uma abordagem centrada na qualidade, a empresa viu um crescimento exponencial. “Em 2007, a entrada no mercado do tomate indústria, cuja produção coincide com uma época de menor produção de couves, permitiu rentabilizar melhor as infraestruturas. A procura pelos nossos produtos começou a aumentar, a área de produção foi sendo gradualmente aumentada, sendo que atualmente conta com 4ha de área coberta e 2ha de ar livre”, explica.

Jaime Alves e Luís Pereira, Sócios

Inovação como pilar do sucesso

Um dos principais fatores que contribuíram para o sucesso da Pé da Planta foi a inovação. Os empresários destacam que a introdução de tabuleiros de plástico foi uma solução pioneira em Portugal que revolucionou a forma como as plantas eram produzidas. “Fomos os primeiros a adotar tabuleiros de plástico, em vez de esferovite, uma inovação que desenvolvemos internamente. Esta aposta, que nos levou a investir em moldes próprios de tabuleiros, permitiu-nos resolver vários problemas da utilização da esferovite, nomeadamente a dificuldade na extração das plantas, menor eficácia no controlo fitossanitário e higienização dos tabuleiros”, explica.

Esta mudança melhorou a qualidade das plantas, o que levou a um impacto positivo nos clientes. “No início, em 2009, alguns clientes estavam reticentes quanto à mudança, mas depois de experimentar, preferiram claramente os tabuleiros de plástico. Hoje, somos reconhecidos por essa inovação”, referem.

Muito importante foi também a menor pegada ambiental desta decisão, pois os tabuleiros partidos são reutilizados como matéria prima dos novos tabuleiros.

A agricultura está a tornar-se mais especializada e eficiente, mas é fundamental que continuemos a investir em produção própria

Desafios e estratégias de superação

Como em qualquer setor, a agricultura enfrenta dificuldades significativas, e o Pé da Planta não foi exceção. Um dos desafios foram os eventos climáticos adversos que a empresa teve de ultrapassar. “Em 2009, enfrentámos um grande temporal que causou danos significativos. Tivemos de reconstruir e adaptar as nossas infraestruturas para tornar os viveiros mais robustos”, recorda Luís.

Apesar dos desafios climáticos, a empresa tem-se destacado pela gestão da sua equipa. “Temos uma equipa de 22 colaboradores, todos portugueses, o que é relativamente raro no setor. A motivação e a retenção dos nossos colaboradores são essenciais para o sucesso da empresa.”

Manutenção da confiança do cliente

A confiança do cliente é fundamental para qualquer negócio, e a Pé da Planta tem-se destacado pela sua abordagem profissional e pela qualidade dos seus produtos. “Manter a confiança dos clientes envolve ter credibilidade. A constante preocupação em servir bem o cliente desafia-nos a melhorar constantemente, e

clientes que confiam na nossa qualidade continuam a trabalhar connosco,” explica.

Luís Pereira também enfatiza a importância de reduzir o desperdício e melhorar a qualidade, a modernização do tipo de estufas e de equipamentos, permite uma maior eficácia que é transversal da sementeira à expedição.

Desafios futuros e sustentabilidade

O futuro da agricultura em Portugal é um tema de preocupação para muitos, e Luís Pereira não hesita em abordar as questões regulatórias e de sustentabilidade. “A agricultura enfrenta desafios significativos devido à regulamentação rigorosa da União Europeia, que limita o uso de substâncias ativas e pesticidas. Enquanto outros países podem usar uma série mais ampla de produtos, em Portugal estamos restritos a um número menor”, afirma o empresário.

A sustentabilidade é uma prioridade para a Pé da Planta, e a empresa tem investido em várias práticas ecológicas. “Temos charcas para armazenamento de água em vez de depender de furos, e também temos painéis solares para produzir energia. Já os nossos tabuleiros de plástico são recicláveis e amigos do ambiente,” explica.

Para além disso, o gerente destaca a crescente especialização no setor agrícola e a importância de manter uma produção nacional robusta. “A agricultura está a tornar-se mais especializada e eficiente, mas é fundamental que continuemos a investir em produção própria. A falta de novos agricultores e a idade avançada da maioria dos produtores são preocupações, e a tendência é que grandes empresas dominem o setor”, observa. Para aqueles que aspiram a empreender no setor agrícola, Luís Pereira oferece um conselho valioso: “Acreditem no vosso trabalho e não desanimem diante das dificuldades. O sucesso vem com perseverança e dedicação à qualidade. É essencial investir na melhoria contínua dos produtos e serviços”.

A Pé da Planta exemplifica o sucesso no setor agrícola através da inovação, qualidade e um forte compromisso com a sustentabilidade. Com 18 anos de história, a empresa não só superou desafios, como se destacou como líder em práticas agrícolas avançadas e responsáveis. À medida que se prepara para enfrentar os desafios futuros da agricultura em Portugal, a Pé da Planta continua a ser um exemplo de como a combinação de tradição e inovação pode levar ao sucesso duradouro.

“CONSEGUIMOS MANTER-NOS FIRMES E RESILIENTES”

A F.J. Móveis, desde a sua fundação em 1983, tem-se afirmado como uma referência no setor de mobiliário em Portugal. A empresa, iniciada por Fernando e, mais tarde, ampliada com a colaboração da sua esposa Judite, evoluiu de um pequeno empreendimento individual para uma empresa familiar sólida e respeitada. Com sede na Lourinhã, esta é a história de resiliência, inovação e compromisso com a qualidade que define a F.J. Móveis.

As origens de uma visão

A história da F.J. Móveis é uma verdadeira ode ao esforço e à resiliência. Tudo começou numa época em que Fernando, ainda adolescente, decidiu deixar os estudos para se lançar no mundo do trabalho. “Comecei a trabalhar com 15 anos e, até hoje, mantenho a fábrica viva. Aos 21 anos, iniciei-me por conta própria, mas foi uma caminhada repleta de lágrimas. Houve vezes em que não tinha dinheiro nem para comprar um maço de tabaco, mas havia sempre dinheiro para os meus colaboradores”, refletindo sobre os primeiros anos de luta e dedicação.

Inicialmente, a empresa funcionava em nome individual, até à entrada de Judite Henriques, a sua esposa, que se juntou ao negócio para ajudar na gestão financeira e administrativa. “Foi com a chegada da Judite que realmente conseguimos continuar. Muitas empresas que surgiram na mesma época já faliram, mas nós continuamos firmes”, sublinha Fernando, destacando a importância crucial da parceria com Judite.

A F.J. Móveis não só resistiu a crises económicas e desafios logísticos, como também se adaptou às exigências da pandemia. “Nunca fechámos, mesmo com uma equipa reduzida, estivemos sempre a trabalhar”, relembra Judite. Além das adversidades, a empresa enfrentou prazos apertados e trabalhos noturnos em grandes projetos, como a montagem de lojas em centros comerciais.

Serviços personalizados e excelência

A F.J. Móveis é especialista em móveis personalizados sob medida, disponibilizando uma vasta gama de produtos, desde cozinhas, roupeiros, portas interiores, móveis de escritório e até mobiliário para lojas. “Trabalhamos essencialmente por medida. O cliente pode trazer o seu próprio desenho e nós concretizamos, ou então criamos o desenho de acordo com as especificações fornecidas pelo cliente”, explica Judite Henriques. Esta abordagem personalizada diferencia a empresa das concorrentes que oferecem produtos padronizados.

A clientela da F.J. Móveis é diversificada, abrangendo tanto clientes particulares como empresas de prestígio. Além disso, a empresa opera em várias regiões de Portugal, com uma presença significativa na área de Lisboa, mas também desenvolvendo projetos no Alentejo, Algarve e noutras regiões.

Equipa e formação

Atualmente, a F.J. Móveis orgulha-se de ter uma equipa dedicada composta por 12 colaboradores, mas enfrenta desafios consideráveis na contratação de mão de obra qualificada. Judite observa que, nos últimos anos, encontrar profissionais devidamente preparados tem-se tornado cada vez mais difícil. “Seria extremamente vantajoso se as escolas orientassem os jovens que não se adaptam ao ensino tradicional para formações práticas”, sugere, ressaltando a importância da formação profissional na carpintaria.

Trabalhamos essencialmente por medida. O cliente pode trazer o seu próprio desenho e nós concretizamos, ou então criamos o desenho de acordo com as especificações fornecidas pelo cliente

Antes da pandemia, a empresa funcionava como uma verdadeira escola de carpintaria, acolhendo estagiários de cursos técnicos e proporcionando-lhes uma experiência prática essencial. No entanto, essa prática foi interrompida devido ao impacto da Covid-19.

Tecnologia e adaptação

A evolução tecnológica tem desempenhado um papel fundamental na modernização dos processos produtivos da F.J. Móveis. “Com o passar dos anos, fomos incorporando máquinas que aumentam a precisão e a eficiência dos nossos produtos, especialmente nas lacagens e acabamentos. Em 1985, demos início a este processo e tornámo-nos pioneiros na nossa região”, relata Judite Henriques. Graças à implementação de tecnologias avançadas, a empresa conseguiu melhorar a qualidade dos seus móveis e aumentar significativamente a sua produtividade.

A capacidade de adaptação ao mercado tem sido uma das chaves do sucesso da F.J. Móveis. A empresa observou um crescimento no setor da hotelaria e restauração, adaptando-se para satisfazer essa demanda com projetos personalizados. “Temos feito vários trabalhos para restaurantes. Por exemplo, um restaurante na Lourinhã, com um aspeto de pub inglês, foi inteiramente produzido por nós”, conta Judite, exemplificando a versatilidade e inovação da empresa.

Estrutura familiar: um pilar de sucesso

A estrutura familiar da F.J. Móveis tem sido um dos pilares do seu sucesso. Com Fernando e Judite à frente, a empresa também conta com a colaboração de outros membros da família e colaboradores antigos. “Estamos eu e o meu marido, o meu cunhado, que é o irmão do meu marido, também trabalha aqui e depois temos um primo”, descreve Judite. Esta dinâmica familiar contribui para a eficiência da empresa. Fernando cuida da parte industrial e técnica, enquanto Judite se foca na gestão e também participa nas medidas e acompanhamento de obras. “Há conflito, mas pronto, é normal. Porque muitas vezes ele tem os clientes dele, eu tenho os meus. E depois nós competimos e há concorrência entre nós, mas é saudável e funciona”, admite Judite, destacando a capacidade de separar a vida pessoal da profissional.

40 anos de resiliência

A F.J. Móveis é um exemplo de resiliência, inovação e dedicação. Ao longo de 40 anos de existência, esta empresa familiar tem demonstrado uma capacidade notável para enfrentar desafios e adaptar-se às mudanças do mercado. “Com muito suor e lágrimas, conseguimos manter-nos firmes e resilientes”, afirma Fernando, com um orgulho visível pelo caminho percorrido e pelas conquistas obtidas. Atualmente, a empresa continua a prosperar, oferecendo produtos de alta qualidade e personalizados, sempre fiel aos princípios que a tornaram uma referência no mercado de móveis sob medida em Portugal.

261 413 456 (chamada para rede fixa nacional) fjmoveis@sapo.pt

Fernando e Judite

CARLOS CARVALHO ASSUME PRESIDÊNCIA

DA ANJE

Carlos Carvalho, que integrava a direção nacional da associação desde 2020, foi eleito para suceder a Alexandre Meireles na liderança da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE). Tomou posse no passado dia 25 de julho.

“É na inovação que o futuro estará sustentado; é na transição de conhecimento que mais valor se poderá gerar ao país, dinamizando e aproveitando o muito talento que Portugal tem e pode ter. O nosso país não é dos piores no incentivo à criação de novas empresas, mas há sempre mais a fazer, principalmente se quisermos competir com países cujas economias e mercados são, por si só, mais atrativas e facilitadoras do desenvolvimento de negócios”, afirmou Carlos Carvalho durante a tomada de posse, que se realizou no dia 25 de julho, na sede da ANJE, no Porto, acrescentando: “Queremos que a ANJE represente com clareza os agentes de mudança que são os jovens empreendedores; queremos contribuir com palavra própria e independente para uma sociedade que potencie o empreendedorismo e a ação empresarial; queremos contribuir para desconstruir fronteiras e barreiras e incentivar os negócios portugueses a internacionalizarem-se; queremos mostrar que este caminho se pode fazer com ética empresarial, com respeito e com atitude positiva e inclusiva.”

Carlos Carvalho garante: “Tenho vindo a ganhar a certeza de que a sociedade é tão mais evoluída, desenvolvida e positiva, quanto melhor forem as empresas e os empresários. E cabe também aos

empresários não abdicar da participação na sociedade. É com esse sentido de missão e de contributo que esta equipa hoje empossada exercerá o mandato. Estaremos sempre disponíveis para ouvir todos, para conversar com todos, para colaborar com todos, sempre com respeito e absoluta transparência”. Com 40 anos, Carlos Carvalho é sócio e CEO da empresa tecnológica Adyta e foi exatamente o desafio para que se juntasse a dois investigadores da Universidade do Porto que tinham acabado de fundar a startup tecnológica Adyta, spin-off da U. Porto, que levou Carlos Carvalho ao mundo da liderança empresarial.

Tornou-se assim CEO e sócio da empresa que desenvolve projetos nas áreas da cibersegurança e comunicações seguras, e que é responsável pelo desenvolvimento da única aplicação de comunicações móveis encriptadas certificada em Portugal.

Desde então, tem liderado o crescimento da empresa que continua a manter uma forte componente de inovação. Instalada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, a Adyta participa em projetos internacionais de desenvolvimento tecnológico para a Defesa Europeia, trabalhando, por exemplo, ao nível de segurança de comunicações quânticas, e é a única empresa portuguesa que integra o consórcio internacional SWAT-SHOAL, liderado pela espanhola Navantia, no desenvolvimento de drones subaquáticos.

Estudou Engenharia, mas foi na Gestão - que exerce diariamente - que aprofundou conhecimentos, tendo realizado uma pós-graduação na Universidade de Liverpool, onde também desenvolve Mestrado na mesma área, com foco nos temas da transferência de conhecimento, inovação e empreendedorismo. A vontade de empreender e o gosto pela inovação e tecnologia levou-o recentemente a ser cofundador de uma nova startup tecnológica, com origem em investigação académica na Universidade do Porto, e que desenvolve projetos baseados em inteligência artificial com uma forte componente em privacidade, a Plat4Ai. O gosto pela participação cívica impulsionou-o a integrar a Direção Nacional da ANJE entre 2020 e 2024, onde foi Diretor Nacional Norte. Foi nesse âmbito de participação que depois representou a associação nas direções da YES For Europe - European Confederation of Young Entrepreneurs, onde foi Vice-Presidente, e da FIJE - Federación Iberoamericana de Jóvenes Empresarios, onde é atualmente Vice-Presidente Ibéria.

Neste contexto internacional, foi delegado e representante europeu nos eventos do G20 Young Entrepreneurs Alliance, na Índia em 2023, e no Brasil em 2024. A G20 YEA é a maior rede de jovens empresários do mundo, composta pelos representantes dos países com economias mais desenvolvidas e Carlos Carvalho tem aproveitado a ligação a estes fóruns para dinamizar e acelerar a ligação do ecossistema dos jovens empresários portugueses com jovens empresários oriundos dos países membros do G20. Em representação da ANJE, integra também a administração não-executiva do IET – Instituto Empresarial do Tâmega e é Membro do Comité de Acompanhamento do Programa Regional do Norte (NORTE2030).

Carlos Carvalho assume agora a liderança da ANJE juntamente com Nuno Malheiro, Gonçalo Simões de Almeida e Filipa Pinto de Carvalho, que ficam na vice-presidência.

Carlos Carvalho, Presidente

1ª EDIÇÃO DO ‘MADEIRA ATLANTIC GOLF CUP’

O arquipélago da Madeira está prestes a receber a 1ª Edição do ‘Madeira Atlantic Golf Cup’, um evento de renome internacional que promete atrair golfistas de todo o mundo. Programado para decorrer entre 4 e 11 de outubro, o torneio proporcionará uma experiência única de golfe em três dos mais prestigiados campos da região.

O ‘Madeira Atlantic Golf Cup’, que marca a estreia do torneio no calendário internacional, surge como uma plataforma perfeita para jogadores amadores nacionais e internacionais testarem as suas habilidades.

O Vila Baleira Hotels & Resorts, um dos parceiros principais do evento, está a expandir a sua presença nas ilhas e será o responsável pelo alojamento oficial dos participantes. Bruno Martins, diretor-geral do grupo hoteleiro, destaca a importância desta nova competição: “Com o desenvolvimento do golfe na Madeira, com novos campos em projeto e construção, e com a afirmação crescente do destino e os parceiros certos, achamos que era o momento certo para realizar este projeto que tanto queríamos fazer acontecer: Um ‘torneio inter-ilhas’ que se afirme a nível nacional e internacional”.

A Golf Concept, empresa responsável pela organização do torneio, é reconhecida pela sua visão inovadora no mundo do golfe. Ana Massapina e Estela Sargento, fundadoras da empresa, destacam o desafio e a importância do evento: “Fazer parte deste projeto é um desafio muito enriquecedor. Queremos com o nosso expertise, em organização de torneios de golfe, elevar a qualidade do evento e garantir que seja bem-sucedido e memorável”.

Madeira como destino de golfe emergente

A Madeira, recentemente distinguida como o Melhor Destino de Golfe Emergente pelos World Golf Awards, é um destino de excelência para os amantes do golfe, com paisagens exuberantes e campos de primeira linha. Um dos campos anfitriões do torneio, o Santo da Serra Golf Club, destaca-se pela sua qualidade e pelas suas vistas panorâmicas sobre o Oceano Atlântico, oferecendo 27 buracos desafiantes perfeitos para torneios internacionais. Já o Palheiro Golf, integrado num jardim botânico com vistas espetaculares sobre o

Funchal, proporciona uma experiência singular, servindo de cenário para eventos como o Palheiro Gardens Golf Classic.

Porto Santo, um refúgio de beleza natural

Porto Santo, uma ilha que se destaca pela sua praia de areia dourada e águas cristalinas, é um refúgio perfeito para quem procura combinar desafios no campo de golfe com momentos de paz e beleza natural.

A ilha oferece uma experiência única, com o Porto Santo Golf ao proporcionar um campo que combina características de links com um estilo parkland. Com 18 buracos e uma extensão de 6.434 metros, o Porto Santo Golf oferece uma experiência diversificada e desafiante para golfistas de todos os níveis.

SAÚDE & CIÊNCIAS DA VIDA

A área da Saúde & Ciências da Vida abrange um vasto campo de conhecimento dedicado ao estudo e à compreensão da vida nas suas diversas formas, com foco especial na saúde humana e no bem-estar. Este domínio abrange uma ampla gama de disciplinas, desde a biologia molecular e genética até a medicina clínica e a saúde pública. O objetivo primordial é promover a saúde, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

À medida que a ciência avança, novas descobertas e tecnologias emergem, desafiando as nossas perceções e ampliando as nossas capacidades. Investigações sobre a complexidade dos sistemas biológicos, o desenvolvimento de terapias inovadoras e a aplicação de estratégias de saúde pública são fundamentais para enfrentar os desafios globais de saúde.

A interligação entre investigação, prática clínica e políticas de saúde molda um futuro, onde a saúde e o bem-estar estão em contante evolução. Com uma abordagem multidisciplinar, o campo das Ciências da Vida não procura apenas entender os mecanismos básicos da vida, mas também traduz esse conhecimento em soluções práticas que beneficiam a sociedade.

O CANCRO DO PULMÃO NÃO TIRA FÉRIAS!

O cancro do pulmão é o mais letal em todo o mundo. Em Portugal, segundo os dados mais recentes do Registo Oncológico Nacional, é o segundo tipo de cancro mais frequente e, também, a primeira causa de morte por cancro, correspondendo a uma em cada cinco mortes por neoplasia.

A incidência e as taxas de mortalidade por cancro do pulmão diferem geograficamente, refletindo padrões variáveis de tabagismo, mas também diferenças genéticas e de exposição a fatores de risco ambientais. Contudo, o tabagismo é o principal fator de risco, pelo que a incidência do cancro do pulmão reflete os padrões de consumo de tabaco. Por esta razão, as campanhas de controlo do tabaco são uma parte central das estratégias globais para reduzir a mortalidade por cancro do pulmão.

Os fatores de risco ambientais e profissionais, como os combustíveis de biomassa, o amianto, o arsénio e o radão, podem também

contribuir, de forma significativa, para a incidência do cancro do pulmão em certas zonas geográficas.

Nas últimas duas décadas, demonstrou-se diminuição da mortalidade por cancro do pulmão através de rastreio com Tomografia Computorizada (TC) de tórax de baixa dose. Essa redução de mortalidade ultrapassa os 20%, justificando-se pelo aumento do diagnóstico e tratamento em fases mais precoces da doença. Considerando a elevada taxa de mortalidade e o aumento da sobrevivência por cancro pulmão quando detetado em fase precoce, um programa de rastreio é uma prioridade, sendo recomendado para indivíduos com risco mais elevado, nomeadamente aqueles com maior carga tabágica.

A recomendação da União Europeia relativa ao Programa Europeu de Combate ao Cancro destaca a deteção de mais tipos de cancro, nomeadamente expandindo o rastreio populacional de cancro ao cancro do pulmão, próstata e, em certas condições, o gástrico. O rastreio de cancro de pulmão deverá abranger fumadores e ex-fumadores com elevada carga tabágica, com idade entre os 50 e os 75 anos. A mesma recomendação chama atenção à equidade de acesso ao rastreio e aos procedimentos diagnósticos, tratamentos, apoio psicológico e cuidados posteriores.

Sendo o consumo de tabaco a principal causa de cancro do pulmão e a cessação tabágica a medida com maior impacto na redução da sua incidência, um programa de

rastreio implica um programa de cessação tabágica. Realça-se que em 20% dos casos de cancro do pulmão não há relação direta com o tabaco. É necessário, também, proteger os pulmões de outros agressores, como a exposição a fumo passivo, ao radão, aos asbestos, como já referido anteriormente. O conhecimento da fisiopatologia do cancro do pulmão tem crescido paralelamente ao desenvolvimento de novas tecnologias de diagnóstico das alterações nos genes envolvidos na génese e resiliência tumoral. A evolução do conhecimento e a tecnologia têm contribuído para o desenvolvimento de tratamentos inovadores, como a imunoterapia e os tratamentos dirigidos a alterações moleculares específicas do tumor. Pratica-se uma medicina de precisão, específica para cada tumor e personalizada a cada doente. Esta forma de tratar o cancro do pulmão tem conduzido a uma franca melhoria dos resultados clínicos e do prognóstico da doença. Há nova esperança com o rastreio, com o diagnóstico precoce, com os tratamentos inovadores, porém esta doença continua a precisar de atenção, é importante evitá-la e diagnosticá-la precocemente. Alerta-se para os principais sintomas, tosse prolongada, falta de ar, expectoração com sangue, emagrecimento inexplicável, dores persistentes e qualquer outra alteração do estado de saúde basal ou dos sintomas respiratórios habituais. Em qualquer dos casos, ou apenas por dúvida, porque o cancro do pulmão não tira férias, procure o seu médico.

Dra. Gabriela Fernandes, Assistente Hospitalar Graduada de Pneumologia na ULS São João e Professora da Faculdade de Medicina da

O FOCO NA SAÚDE MENTAL

A saúde mental é um dos temas mais debatidos e relevantes da atualidade. No centro desta discussão, encontramos profissionais dedicados que trabalham incansavelmente para promover o bem-estar psicológico das pessoas. Uma delas é Mafalda Barral, Psicóloga Clínica e Diretora do Serviço de Psicologia da Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Em entrevista, partilha a sua trajetória, desafios e conquistas na área da psicologia, além de nos dar uma visão sobre o I Encontro do Serviço de Psicologia da ULS de Matosinhos.

Mafalda Barral, Psicóloga Clínica e Diretora do Serviço de Psicologia da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, é uma profissional que irradia paixão e dedicação pela sua área. A sua trajetória profissional, que começou numa área completamente diferente, é uma bela ilustração da importância de seguir os seus sonhos e paixões, mesmo que isso implique mudanças significativas no caminho. “Tenho a sorte de adorar o que faço, por isso, sou uma felizarda”, confessa Mafalda Barral.

A Psicóloga inicialmente ingressou no curso de Direito, impulsionada pelo desejo de ser juíza. No entanto, após perceber que essa área não correspondia às suas expectativas, decidiu mudar de rumo e seguir a sua verdadeira paixão: a Psicologia. “Muitas vezes, para chegarmos ao nosso objetivo, temos de explorar outras áreas”, salientando a importância de encontrar o verdadeiro caminho, mesmo que isso implique algumas mudanças.

Nos últimos anos, a saúde mental tem sido um tema cada vez mais central nas preocupações da sociedade, especialmente após a pandemia. Para a Diretora do Serviço, a pandemia teve um impacto significativo na maneira como as pessoas veem a saúde mental. “As pessoas perderam o estigma”, destacando que agora há uma maior abertura para discutir temas como a depressão e o burnout. Este movimento de desmistificação permite um acompanhamento mais rápido e eficaz dos problemas de saúde mental.

Só vamos conseguir ganhos reais em saúde se intervirmos mais precocemente

No entanto, a Psicóloga também destaca os desafios significativos que a pandemia trouxe, especialmente para os jovens. “São crianças mais isoladas, mais ansiosas, com mais receios e medos, com menos planos e menos abertura para o futuro”, referindo-se ao impacto do isolamento social imposto pela pandemia. Mafalda acredita que este fenómeno sublinha a necessidade urgente de promover e prevenir a saúde mental desde cedo, investindo em programas que promovam o bem-estar psicológico das crianças e adolescentes.

A chave para um futuro mais saudável passa pela promoção e prevenção da saúde mental. “Só vamos conseguir ganhos reais em saúde se intervirmos mais precocemente”, defende Mafalda Barral. Ensinar estratégias de coping, resiliência e gestão de adversidades desde cedo pode prevenir o desenvolvimento de doenças mentais no futuro.

Este foco na prevenção e promoção está também refletido no trabalho do Serviço de Psicologia da Unidade Local de Saúde de

Mafalda Barral, Psicóloga Clínica e Diretora do Serviço de Psicologia

Matosinhos, liderado por Mafalda. “A nossa responsabilidade não é só de intervir na doença instituída mas também a de investir na promoção da saúde e prevenção da doença”, afirma. A Psicóloga acredita que, através de uma intervenção precoce e de programas de promoção da saúde mental, é possível construir um futuro mais saudável para todos. Dirigindo-se aos futuros psicólogos, a Diretora deixa uma mensagem de otimismo e encorajamento. “Se acreditarmos nos nossos objetivos e sonhos, conseguimos concretizar planos que sejam estruturados”, destacando a importância de explorar diferentes áreas dentro da psicologia e de investir continuamente em formação e aprendizagem. “Temos de estar disponíveis para aprender com as outras experiências nacionais e internacionais”, acrescenta.

Comparando a situação de Portugal com outros países europeus, especialmente os nórdicos, Mafalda Barral reconhece que ainda há muito a fazer em termos de promoção e prevenção da saúde mental. “Eles têm um investimento na área da prevenção e promoção completamente diferente do nosso e, claramente, com muito mais ganhos em saúde”, admite. No entanto, destaca a qualidade e estrutura das equipas de saúde mental em Portugal, bem como o papel fundamental da Ordem dos Psicólogos na uniformização de procedimentos e formação contínua.

Além disso, aborda o papel crucial dos pais na saúde mental dos seus filhos. “A comunicação facilita os processos de desenvolvimento, o esclarecimento de dúvidas e a partilha de emoções, sejam elas positivas ou negativas”, salienta. Encoraja os pais a escutar e valorizar as opiniões e sentimentos dos filhos, promovendo uma comunicação inter geracional saudável. “Estamos a valorizar a comunicação inter geracional e eu continuo a achar que este será, sem dúvida, o melhor trabalho que os pais podem fazer, investir na escuta ativa e no empoderamento dos seus filhos pelas perguntas e não pelas afirmações. Estimular um espírito reflexivo e critico fá-los-á no futuro ter mais competências para ajuizar as suas escolhas”, afirma.

Um dos grandes projetos que Mafalda Barral está a liderar é o I Encontro do Serviço de Psicologia da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, que se realizará nos dias 7 e 8 de novembro de 2024. “A ideia surgiu em 2020 para comemorar os 20 anos da Unidade

Local de Saúde de Matosinhos”, explica. Este evento tem como objetivo partilhar o vasto conhecimento e experiência acumulados ao longo de 25 anos de articulação entre os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários, uma vez que foram a 1ª Unidade Local de Saúde a ser criada.

O encontro contará com a participação de diversos especialistas de renome, como a Professora Doutora Ana Fonseca com o projeto “Be a Mom”, e os Professores Miguel Oliveira e Pedro Gamito com a apresentação sobre os “Desafios da inteligência artificial na saúde mental”. Outros temas relevantes incluem orientação sexual, identidade e expressão de género, e o programa de rastreio, avaliação e tratamento da depressão do Professor João Salgado.

Organizar um evento desta magnitude traz desafios, mas Mafalda Barral sente-se confiante graças à coesão e motivação da sua equipa. “Nós temos a sorte de ter uma equipa muito coesa, unida, motivada e pró-ativa”, elogia. Esta união e empenho, tanto dentro da equipa como do Conselho de Administração, são fundamentais para o sucesso do evento.

A Diretora de Serviço espera que este encontro seja um momento de enriquecimento, tanto em termos de conhecimento como de networking. “Gostaria que todos nos sentíssemos mais enriquecidos do ponto de vista de conhecimentos, mas também que tivesse sido um momento muito agradável de networking”, conclui. Com uma visão clara e uma paixão inabalável, Mafalda Barral continua a trabalhar para promover a saúde mental e melhorar a qualidade de vida dos seus utentes. Este encontro, além de proporcionar um espaço de troca de ideias e experiências, representa mais um passo na construção de um futuro mais saudável e equilibrado para todos, profissionais de saúde, utentes, e comunidade em geral.

Equipa da Unidade Local de Saúde de Matosinhos

BRANDS POWER

Na era digital, onde a concorrência é global e os consumidores têm acesso instantâneo a uma infinidade de escolhas, o poder das marcas nunca foi tão crucial. A Brands Power explora o impacto e a influência das marcas no mundo empresarial contemporâneo, destacando como elas se tornaram mais do que simples logótipos ou nomes reconhecíveis. São símbolos de confiança, qualidade e inovação que moldam as decisões de compra, criam lealdade e, em última instância, ditam o sucesso ou o fracasso de uma empresa.

Nesta edição, iremos aprofundar a importância estratégica de construir e gerir marcas fortes, analisando casos de sucesso, tendências emergentes e o papel das emoções na criação de ligações duradouras com os consumidores. Descubra como o poder das marcas pode ser o motor de crescimento sustentável e vantagem competitiva, num mercado cada vez mais saturado e exigente. O futuro pertence às marcas que compreendem e dominam o seu verdadeiro poder.

CASAPARASI O SEU PARCEIRO DE CONFIANÇA

Com um profundo conhecimento do mercado imobiliário e um compromisso inabalável com a satisfação do cliente, a equipa da CASAPARASI oferece um serviço personalizado e de alta qualidade, como nos conta Sandra Lopes, CEO.

Em 2015, nasceu a CASAPARASI, que balanço faz da trajetória da empresa e como avalia o seu posicionamento no mercado? Quais as estratégias utilizadas pela empresa para se manter competitiva?

O balanço é bastante positivo. Por mais pedras que vá juntando ao longo destes nove anos, que só me servem de ajuda na construção do projeto que idealizei, ter criado uma marca, uma imobiliária competindo com marcas internacionais, só posso fazer um balanço positivo. Quanto a estratégias, elas são as de sempre, acreditar no trabalho, continuar a ter os mesmos objetivos desde o primeiro dia, o que nem sempre é fácil de manter perante as adversidades deste mercado, além da aposta do marketing na internet, utilizando todas as ferramentas possíveis, mas credíveis, nunca deixar aquela que considero a melhor estratégia, “o boca a boca”.

Quais são os valores que norteiam o atendimento ao cliente na CASAPARASI? De que forma a empresa trabalha para garantir a satisfação dos clientes?

Os valores passam por defender o produto, defender os propósitos que levam o cliente a procurar-nos. Acreditar no nosso trabalho, que é sempre um trabalho de equipa, uma parceria que deve manter-se unida ao longo de todo o processo, entre cliente e imobiliária CASAPARASI. Para obter a garantia da satisfação do cliente, é necessário acreditar no produto e no trabalho que se desenvolve, mostrando ao cliente que estamos em permanente formação, porque o mercado assim o exige. A adaptação faz parte do ser humano, saber que nunca sabemos tudo é um contributo, na minha opinião. Saber ler o cliente desde o primeiro

momento em que ele (ou ela) se dirige a nós é para mim a maior ferramenta que se pode ter. Faz parte de nós, outras vezes aprende-se. Dizer a verdade do mercado ao cliente, trazê-lo para o trabalho de equipa é importante.

Como analisa o atual cenário do mercado imobiliário na vossa região? Quais são as principais tendências que, na sua perspetiva, moldarão o mercado imobiliário nos próximos anos?

O cenário da região do Alto Alentejo não é muito diferente do resto do país, ou quase todo, muita procura, pouca oferta, preços elevados para a maioria do comum cidadão português, falta de imóveis para arrendamento e mais alguns pontos que agora não vou aqui referir, estes serão, talvez, os principais. Esta é uma pergunta com resposta difícil. Considero que o mundo imobiliário teve uma grande mudança com a Covid, mas ainda irá ter maiores, que em pequenas coisas tem vindo a demonstrar isso mesmo, mas que, perante os “ grandes senhores da rede imobiliária”, seja ela venda ou construção, tendem a ser minimizados e omitidos. A tendência aponta para uma necessidade maior de habitação, mas o que é facto é que existe um quadro enorme de habitações a necessitar de reabilitação, curiosamente pertencente, em grande quantidade, ao Estado português, e a todos nós, mas gerido pelo Governo português e que por uma razão ou outra são edifícios que vão ruindo e não são recuperados. Vem-me à memória as dezenas, para não dizer centenas, de casas que pertenciam aos guardas florestais, que infelizmente desapareceram, espalhadas de norte a sul, abandonadas, literalmente. Pode acreditar-se que a tendência é num sentido, mas o fator da variável é muito grande…teria muito para dizer, mas aqui não tenho espaço para tanto.

Quais são os planos futuros da CASAPARASI? Existem novos mercados ou segmentos que a CASAPARASI pretende explorar? Os planos são manter esta marca e crescer de forma saudável. Sim, existem mercados e segmentos que estamos a trabalhar há algum tempo, mas que não irei falar, ainda.

geral@casaparasi.com

www.casaparasi.com

EPG: INOVAÇÃO E EXCELÊNCIA EM CADA PROJETO

A EPG - Engenharia, Projeto e Gestão é uma empresa que se destaca pelo compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Sob a liderança visionária de Ruben Silva, a EPG tem consolidado a sua presença no mercado, alcançando novos patamares e enfrentando os desafios com soluções criativas e sustentáveis. Nesta entrevista, Ruben partilha a sua visão estratégica, a trajetória da empresa, os desafios e os projetos para o futuro.

Nascido na Ilha da Madeira, cidade do Funchal, Ruben Silva cedo se apaixonou pelas obras. Após terminar o ensino secundário, ingressou no curso de Engenharia Civil, na Universidade do Minho, em Guimarães. “Na minha família, estava tudo muito vocacionado para a parte da construção. Costumo dizer aos meus colegas que nasci nas obras, vivi nas obras e morrerei nas obras. Sabemos construir, gostamos de construir, faz parte do meu ADN”, realça o empresário. Assim que terminou os estudos académicos, Ruben iniciou o seu percurso profissional, desenvolvendo vários projetos de construção em todo país, tendo trabalhado em Coimbra, Lisboa, Algarve, bem como na Ilha de Porto Santo, entre outras localidades”. Com passagens pelo estrangeiro, Brasil e França, chegou à conclusão que queria trilhar o seu próprio caminho pela Engenharia Civil, criando o seu próprio negócio. “Percebi que se nós temos de trabalhar, então que seja em algo pelo qual sejamos extremamente apaixonados. Em

média as pessoas passam cerca de dez horas diárias no seu trabalho. Se considerarmos oito horas para dormir restam-nos apenas seis horas para as nossas atividades pessoais. Por isso, defendo a importância de sermos felizes no trabalho. E foi em busca da minha felicidade e de a poder partilhar com uma equipa, que há cinco anos nasceu a EPG”, esclarece o empresário Ruben refere ser um apóstolo confesso dos quatro compromissos da filosofia Tolteca. “Sinto que melhora a minha abordagem no dia a dia, como homem, engenheiro civil e empresário. Estes quatro compromissos essenciais definem-se como: seja impecável com a sua palavra, não leve nada para o lado pessoal, não tire conclusões e dê sempre o melhor de si”.

Excelência e compromisso com a qualidade

A EPG é um grupo de destaque no campo da engenharia, especializada na elaboração e gestão de projetos inovadores e sustentáveis, que se evidenciam pela utilização de materiais e técnicas construtivas alternativas, que primam pela “construção seca” e pela construção “off site”. Com uma trajetória marcada pela excelência e pelo compromisso com a qualidade, a EPG oferece soluções personalizadas que atendem às demandas específicas de cada cliente, desde a conceção até a execução de empreendimentos. Assim sendo, a EPG trata da elaboração e licenciamento de projetos de engenharia, revisão e compatibilização de projetos, elaboração e pormenorização de desenhos de execução Do vasto portfólio do grupo, muitas são as obras das quais Ruben sente orgulho, por isso assume dificuldade em eleger uma: “É difícil escolher uma obra que tenha feito, sei que damos sempre o nosso melhor em todas, cada uma tem a sua importância e particularidade”. O facto de Ruben fazer questão de andar no terreno é um fator bastante relevante para que os seus clientes se sintam acompanhados e depositem a sua confiança na empresa. O acompanhamento atento do CEO e de toda a equipa da EPG são o alicerce para a sustentabilidade da empresa. “Preocupamo-nos com o meio ambiente, sinto que não vale a pena demonstrar o nosso descontentamento em público e depois ignorarmos. Com pequenas ações diárias por parte de todos colaboradores, conseguimos reduzir a nossa pegada ambiental”, sublinha o empresário, evidenciando a importância da engenharia na economia circular, que permite trans-

Ruben Silva, CEO

formar desafios complexos em soluções eficientes que promovam a reutilização e a reciclagem de recursos dentro da própria obra, minimizando-se assim o impacto ambiental. A missão da EPG aponta para o desenvolvimento de soluções técnicas, aos “problemas não resolvidos” da construção e a missão consiste em apresentarem-se como sinónimo de garantia e rigor em qualquer intervenção ou parceria solicitada no âmbito da conceção e construção de soluções para todo e qualquer tipo de construção, acrescentando valor aos seus clientes e acionistas.

Se tudo correr bem teremos a nossa unidade em Viana do Castelo a funcionar em pleno daqui a cerca de 18 meses. É um grande investimento, mas felizmente tem corrido tudo pelo melhor

A importância dos recursos humanos

Para Ruben, a chave do sucesso passa pela sua equipa. Pelos quadros técnicos e não só. “Tenho a sorte de poder contar com uma excelente equipa, na qual confio inteiramente, por exemplo, a Elisabete Costa, que comanda a área económico-financeira do grupo, e o Rui Ribeiro, que está comigo desde o início e é o meu braço direito para todos desafios técnico construtivos. Ambos têm a minha total confiança. Por vezes acham-me maluco, mas, connosco é assim que as coisas funcionam. Acho saudável e desafiador a nossa “pitada” de loucura. Claro que para manter uma equipa focada e satisfeita têm de existir esforços da parte da empresa. Sou muito atento às minhas pessoas. Não se resume unicamente a aumentar salários, é demonstrar preocupação, prezar pelo bem-estar dos colaboradores. São estas 20 pessoas que fazem a nossa empresa, e eu preocupo-me com as minhas pessoas. Tenho imenso orgulho no ambiente interpessoal que criámos aqui”, remata o CEO emocionado.

Crescimento e expansão

Empenhada no crescimento, a empresa irá investir cerca de 1,2 milhões de euros na construção das novas instalações, que contará com uma nova fábrica dedicada à construção modular com estruturas mistas de aço, madeira e betão. “Se tudo correr bem teremos a nossa unidade em Viana do Castelo a funcionar em pleno daqui a cerca de 18 meses. É um grande investimento, mas felizmente tem corrido tudo pelo melhor”, salienta, acrescentando que, para além do investimento material, esta expansão também irá contar com um investimento em mão de obra, criando mais oportunidades de emprego. O empresário assume ainda o objetivo de expansão, mantendo a proximidade com os seus colaboradores e com os seus clientes.

EUROPASTRY A COMBINAÇÃO PERFEITA ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

A Europastry, líder em inovação e qualidade no setor de panificação, continua a moldar o mercado com a sua abordagem pioneira e compromisso com a excelência. Numa entrevista exclusiva, Filipe Canário, Sales and Marketing Manager da empresa, partilha insights sobre as estratégias que têm impulsionado o crescimento da marca e a importância da adaptação às tendências do consumidor. Com uma visão clara e orientada para o cliente, Filipe Canário revela como a Europastry mantém a sua posição de destaque no mercado e continua a investir fortemente em investigação e desenvolvimento para criar produtos inovadores.

A Europastry tem-se destacado no mercado pela sua aposta na inovação e qualidade. Como é que conciliam a tradição da panificação artesanal com as tendências contemporâneas, nomeadamente no que concerne à saúde, sustentabilidade e novas formas de consumo?

A Europastry é uma empresa que se tem destacado no mercado da panificação através de uma abordagem que combina tradição com inovação. A conciliação entre a tradição da panificação artesanal e as tendências atuais, como saúde e bem-estar, sustentabilidade e novas formas de consumo, nomeadamente conveniência e customização, é alcançada de várias formas. No que diz respeito à questão da saúde, utilizamos ingredientes naturais e de alta qualidade, reduzindo o uso de aditivos e conservantes artificiais, assim como procuramos desenvolver produtos que respondam às necessidades dos consumidores modernos, como opções sem glúten, integrais e com baixo teor de açúcar.

Através da nossa loja online, os nossos clientes e consumidores em geral têm a possibilidade de recolher todas as informações sobre as características, ingredientes e benefícios dos nossos artigos, assim como

Filipe Canário, Sales and Marketing Manager

efetuar as suas encomendas de forma consciente e prática. Estamos também comprometidos com práticas sustentáveis em todas as etapas da produção. Entre o período de 2020 e 2023, os dados dizem-nos que conseguimos reduzimos 62% a nossa pegada de carbono, 18% o consumo da água e 7,7% o consumo do gás. Além disso, desde o final do ano passado, estamos a trabalhar para a redução do papel e uma das alterações está relacionado com o processo de entrega de mercadorias que transitou para um sistema totalmente digital. Em relação às novas formas de consumo, trabalhamos, diariamente, para responder às necessidades do mercado e melhorar a experiência de consumo, quer através da produção de produtos customizados (tailor-made), quer de produtos fully baked (ideais para clientes que procuram conveniência e qualidade consistente), e também através de uma abordagem inovadora e flexível, que permite desenvolver soluções adaptadas às tendências e, simultaneamente, acrescentar valor ao sortido dos nossos cientes. Só em Portugal, lançamos em média mais de 200 produtos por ano para o mercado, o que faz com que sejamos uma das empresas mais inovadoras do setor. Estamos neste momento a trabalhar na nova coleção de novidades que iremos apresentar aos nossos clientes no início de setembro e estamos muito entusiasmados e expectantes para perceber a aceitação dos mesmos.

A Europastry opera em mais de 80 países. Como é que garantem a adaptação dos seus produtos e serviços às diferentes culturas e preferências locais, mantendo o compromisso com a qualidade e os valores da marca?

Na Europastry, a nossa presença global é sustentada por uma abordagem multilocal. Para garantir que os nossos produtos e serviços se adaptem às diferentes culturas e preferências locais, seguimos uma estratégia que combina pesquisa de mercado, inovação e colaboração com parceiros locais que vão desde fornecedores de matérias-primas, até distribuidores, que garantem que estamos alinhados com as expetativas e exigências do mercado local. Independentemente da

localização, todos os nossos produtos são fabricados de acordo com os mais rigorosos padrões de qualidade e mantemos um compromisso inabalável com os nossos valores de sustentabilidade, inovação e respeito pela tradição da panificação artesanal. Atualmente, a Europastry dispõe de 27 unidades de produção, 6 centros de I+D e estamos presentes em mais de 80 países, o que nos permite ter uma visão abrangente do mercado.

A Europastry destaca-se no mercado pela sua aposta na sustentabilidade. Como é que a empresa integra a sustentabilidade na sua cadeia de valor, desde a produção até à distribuição?

Na Europastry, a sustentabilidade é um pilar fundamental que permeia toda a nossa cadeia de valor, desde a produção até à distribuição. A nossa abordagem holística garante que cada etapa do processo contribui para um futuro mais sustentável.

Procuramos utilizar matérias-primas de origem responsável, privilegiando fornecedores que adotam práticas agrícolas sustentáveis. Além disso, investimos de forma contínua em tecnologias de produção que minimizam o consumo de energia e água, e reduzimos a emissão de gases de efeito estufa. Estamos também totalmente comprometidos em otimizar processos de produção, e a reduzir o desperdício alimentar, assim como trabalhamos para garantir que as nossas embalagens sejam, não só, funcionais mas também amigas do ambiente. Outra das preocupações da Europastry é garantir uma ótima gestão das rotas de distribuição com vista à redução da pegada de carbono. A nossa liderança no setor é todos os dias fortalecida pela busca incessante de inovação e pela integração de práticas sustentáveis em todos os aspetos do nosso negócio.

Quais são os principais desafios e oportunidades que a Europastry enfrenta no futuro, e como é que a empresa se prepara para os enfrentar?

A Europastry, como líder ibérico no setor da panificação, enfrenta uma série de desafios e oportunidades no futuro, entre elas as alterações dos hábitos de consumo, mas também questões relacionadas com IA, tecnologia e sustentabilidade. A nossa abordagem proativa e inovadora permite-nos estar preparados para enfrentar estas questões de forma eficaz. Continuamos a investir fortemente em pesquisa e desenvolvimento para criar produtos inovadores, assim como continua a ser uma prioridade para a Europastry capacitar os nossos colaboradores com as competências necessárias para enfrentar os desafios futuros.

Permanecemos ágeis e prontos para nos adaptarmos às mudanças do mercado, garantindo que estamos sempre na vanguarda da inovação e lideramos as tendências no setor da pastelaria e padaria.

“O DIREITO É ANTES DE MAIS BOM SENSO”

A RMC – Rui Melo Cordeiro – Advogados é um escritório de advocacia de referência, reconhecido por oferecer serviços jurídicos abrangentes, adaptados às necessidades específicas dos seus clientes. Dedica-se a fornecer consultoria jurídica personalizada e estratégica em diversas áreas de atuação, garantindo que cada cliente recebe o mais alto padrão de representação. Com uma carreira marcada por desafios e conquistas, Rui Melo Cordeiro revela os princípios que norteiam sua prática e o futuro que perspetiva para o Direito num cenário cada vez mais dinâmico.

A RMC – Rui Melo Cordeiro – Advogados dispõe de uma organização estruturada e orientada para os seus clientes, com um conjunto de meios técnicos e humanos vocacionados para a assessoria jurídica integrada e de proximidade. Como começou a RMC Advogados e que reflexão faz dos desafios enfrentados até aqui?

Durante muitos anos exerci advocacia em Lisboa, em contexto de sociedade de advogados, ao mesmo tempo que tirava o meu Mestrado

científico. Foram anos muito stressantes, de grande adrenalina diária até que decidi por questões pessoais fazer um reset, voltar aos Açores e, passado algum tempo, começar a solo, num registo diferente, mais próximo do cliente. A principal reflexão é que na Advocacia temos de encontrar o nosso registo, o nosso «tempo de jogo»…e ser felizes.

Assente numa cultura de proximidade com o seu cliente, a RMC Advogados procura diariamente as melhores soluções jurídicas. Quais as principais áreas de atuação do escritório de advogados? Quais os principais fatores que diferenciam a RMC Advogados?

Trabalhamos muito no setor do Imobiliário e Fiscalidade, embora possamos tocar as teclas dos outros ramos do direito. As nossas soluções vão muito além da simples assessoria jurídica. O perfil do nosso cliente é de procura de soluções transversais que demanda uma rede de contactos e serviços multidisciplinares, desde a área da arquitetura, engenharia, contabilidade, entre outras, a nossa diferenciação assenta muito neste vetor.

Com a evolução tecnológica e digital, como é que a RMC tem adaptado as suas práticas e estratégias para lidar com os desafios e oportunidades emergentes na área jurídica?

Enfrentamos uma concorrência cada vez maior, com limitações à publicidade, por um lado, com os «tubarões» das grandes sociedades de advogados a fazer «pesca de arrasto» e, por outro lado, com o número crescente de advogados a praticar preços de serviços jurídicos, muito abaixo da praxis normal. Tentamos acima de tudo assegurar qualidade, personalizar o serviço e a capacidade de resposta.Um serviço «coast-to-coast» feito à medida e necessidade de cada cliente. É a única forma de encontrarmos o nosso espaço. Termos o nosso «atelier jurídico».

Olhando para o futuro, quais são os principais desafios que vislumbra para a justiça em Portugal e qual é o papel que a RMC Advogados espera desempenhar nesse contexto, tendo em conta os valores e compromissos assumidos pela vossa firma?

Os principais desafios da justiça em Portugal são, por um lado, a celeridade e capacidade de resposta aos processos pendentes em Tribunal, cujas limitações são condicionantes de quem investe e recorre a Tribunal e, por outro lado, a confiança que é preciso recuperar no sistema judiciário como um todo. O nosso papel é continuar o nosso trilho, numa lógica muito preventiva de litígios, evitando ao máximo recorrer a Tribunal sem que antes se possa tentar outras vias alternativas. O Direito é antes de mais bom senso.

Rui Melo Cordeiro, Advogado

FÁBRICA DE BLOCOS TEODORO

EXCELÊNCIA E QUALIDADE

Em Canaviais São Pedro, em Vila do Porto, nos Açores, encontra-se a Fábrica de Blocos Teodoro, trata-se de uma empresa açoriana, a mais antiga do setor da construção civil na região, que nasceu da necessidade que a localidade tinha deste tipo de produção. Em entrevista à Revista Business Portugal, Carlos Teodoro, filho do fundador e atual gerente, faz um balanço dos 42 anos de existência da empresa e destaca os fatores que têm diferenciado a empresa no mercado.

A Fábrica de Blocos Teodoro destina-se à produção de material de construção civil e tem capacidade de responder a qualquer encomenda que possa ser solicitada e aluga também todo o tipo de equipamento relacionado a uma obra, sendo a qualidade e rapidez uma garantia da Fábrica de Blocos Teodoro. Atualmente, a empresa conta com cerca de 30 funcionários e, para Carlos, a equipa é o segredo para um bom negócio. “A minha grande ambição é que os meus colaboradores se sintam bem a trabalhar cá. Tento sempre cultivar o melhor ambiente possível. E penso que tenho conseguido alcançar esse objetivo, o que me deixa muito satisfeito, um bom negócio só se faz com bons colaboradores. E tenho a sorte de ter uma excelente equipa”. Pode-se

afirmar que durante estes 42 anos de existência a empresa teve de dar muita luta e realizar um enorme trabalho. “São 42 anos, não 42 dias, já enfrentámos inúmeros desafios, mas com a nossa capacidade de resiliência, boa vontade e entreajuda de todos os elementos da equipa conseguimos alcançar o sucesso e ser hoje uma empresa sólida.”

Sendo uma referência nos Açores, a empresa prima essencialmente pela seriedade, no sentido de dar sempre o seu melhor para responder às necessidades dos seus clientes. A capacidade de cumprir prazos é uma preocupação para o gerente. “Tentamos sempre ter tudo pronto atempadamente. Penso que seja esse um dos motivos de sermos uma referência nos Açores. Os nossos clientes sentem que podem confiar no nosso trabalho”.

Em relação ao futuro, o gerente refere que fará de tudo para honrar a empresa e fazê-la crescer. Para isso, ambiciona manter a qualidade e a rapidez dos produtos e serviços, e continuar aquilo que tem vindo a fazer, ou seja, acompanhar a modernização dos tempos e garantir a sustentabilidade da empresa. “Queremos continuar a apostar na inovação e evoluir a olhos vistos. Tudo para manter a confiança dos nossos clientes. Isto é o que tento transmitir aos restantes colaboradores, estamos cá para honrar a empresa e os nossos clientes”, remata Carlos Teodoro.

296 884 220 (chamada para rede fixa nacional) fabricadeblocosteodoro@hotmail.com

Carlos Teodoro, Gerente (à esquerda)

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

Num mundo empresarial em constante evolução, as histórias de líderes e empresárias de sucesso ganham cada vez mais relevância, servindo de inspiração para aquelas que pretendem trilhar caminhos de excelência.

Nesta edição dedicámo-nos a destacar essas trajetórias, repletas de desafios e conquistas, que moldam o cenário económico e social contemporâneo. De gestoras visionárias a empreendedoras resilientes, exploramos as estratégias, inovações e valores que sustentam o sucesso destas protagonistas. Através de entrevistas exclusivas, análises de casos reais e partilha de experiências, pretendemos não só celebrar o êxito, mas também proporcionar uma fonte rica de aprendizagem para os nossos leitores.

“SEMPRE SOUBE, DE FORMA MUITO CLARA, QUAL O CAMINHO A SEGUIR”

No contexto da liderança no feminino, a Revista Business esteve à conversa com Cidália Ferreira, CEO da Opticalia – Esonor, uma líder que se tem destacado pelo seu papel à frente de uma das principais redes de ópticas do país. Assumindo-se uma mulher determinada e lutadora com foco nos seus objetivos, Cidália partilha a sua experiência e visão sobre a liderança.

Quais foram os momentos mais desafiantes e gratificantes ao longo deste percurso? Como conseguiu manter a motivação e a visão clara para o crescimento contínuo da sua empresa?

Sempre fui uma mulher determinada e lutadora com foco nos meus objetivos, independentemente da sua dificuldade.

A viragem na minha vida deu-se a partir do momento em que deixei a empresa onde trabalhava (1997) e me lancei como empresária num mundo de grande competitividade e exigência.

Ao longo do meu percurso profissional sempre existiram etapas e metas a superar, mas o gosto pelo desafio de abraçar novos projetos sempre me motivou a ir mais além. Não sou uma mulher de medos ou inseguranças, até porque a vida sempre me provou que quando somos fortes e confiamos em nós próprios e no nosso trabalho, conseguimos sempre ir mais longe.

Durante toda a minha vida, sempre soube de forma muito clara, qual o caminho a seguir, assim, apostei na minha formação académica e em conseguir experiências diferentes e enriquecedoras,

o que me permite ainda hoje continuar motivada e com objetivos bem definidos na linha do tempo. Sou uma pessoa pragmática, determinada, confiante nas minhas capacidades e eficaz na concretização dos meus objetivos.

Quais são os principais desafios que as mulheres líderes e empreendedoras enfrentam atualmente no setor empresarial?

Como tem enfrentado esses desafios na sua própria carreira e que conselhos daria a outras mulheres que aspiram a cargos de liderança?

Os principais desafios que as mulheres hoje enfrentam no setor empresarial, são os mesmos que os homens, logo não me parece correto rotular com base no sexo estes mesmos desafios.

O que importa é termos uma noção clara das ideias-chave para o sucesso, ou seja, pensamento e decisões rápidas e assertivas, flexibilidade, saber ouvir os outros, gerir o tempo e as prioridades na vida profissional e familiar, formar boas equipas, ter as pessoas certas nos lugares certos e, acima de tudo, ter tempo para mim para que todos os dias possa reinventar os meus negócios.

Como vê a evolução do mercado ótico nos próximos anos e que estratégias pretende implementar para continuar a diferenciar a Opticalia da concorrência e manter o crescimento sustentável da empresa?

O mercado ótico em Portugal e no mundo será sempre um mercado em expansão, pois atualmente a necessidade de correção visual surge cada vez em idades mais precoces e é transversal a todas as faixas etárias, pois a saúde visual e a qualidade da mesma proporcionam qualidade de vida e são fundamentais para o desempenho profissional num mundo cada vez mais tecnológico e digital. Em 2050, estima-se que cerca de 50% da população mundial será míope, logo a necessidade de correção visual será cada vez mais necessária, assim como trabalhar na prevenção de doenças oculares de forma precoce e sensibilizar todos para a importância da saúde visual. A prevenção, a sensibilização e a correção visual são e serão cada vez mais os três conceitos-chave associados à evolução do mercado ótico em Portugal e no mundo.

Cidália Ferreira, CEO

A ESSÊNCIA FEMININA

NOS TRANSPORTES

O poder feminino está cada vez mais presente no tecido empresarial. Prova disso é Sónia Morais, Gerente da Transumo, uma média empresa especializada em transportes rodoviários de mercadorias, que reúne todos os esforços para garantir um serviço que vai ao encontro das necessidades dos clientes. Em entrevista à Revista Business Portugal, Sónia contou-nos como é ser mulher no mundo dos transportes.

História e serviços

A Transumo é uma empresa portuguesa localizada em Alverca do Ribatejo, especializada no transporte rodoviário de mercadorias. Focada principalmente no mercado nacional, a empresa oferece serviços de transporte e logística, realizando a recolha e entrega de cargas completas ou agrupadas.

A sua história, como Sónia descreve, tem sido uma jornada marcada por altos e baixos, como acontece com qualquer empresa: “é uma luta diária para proporcionar o melhor aos nossos clientes”.

Carreira e o ambiente na Transumo

Sónia, com 31 anos de experiência no setor dos transportes, sempre integrou equipas predominantemente masculinas ao longo da sua carreira, uma realidade que se mantém desde o início da sua vida profissional.

Apesar de assumir que não é fácil, e que há dias que se revelam bastante complicados, a entrevistada refere que a questão mais importante é, sem dúvida, o respeito. “Apesar dos desafios gosto muito do que faço, a empresa já era do meu pai, toda a minha vida trabalhei aqui. Passei muitos anos a coordenar os funcionários nas cargas e descargas, o que não era fácil”.

Na equipa da Transumo, o respeito e a compreensão são valores que prevalecem. Sónia destaca o ambiente de respeito mútuo que sempre existiu ao longo da sua carreira. Nunca se sentindo inferiorizada por ser mulher, observa uma evolução significativa na atitude em relação às mulheres na profissão. “Vejo muito uma evolução de pensamento. Cada vez é mais comum ver uma mulher camionista e, se antes eram tratadas de forma menos cordial, atualmente é muito comum ver os Homens a ajudar as Mulheres, é incrível ver esta evolução”.

Valores e futuro da empresa

Para a gerente, o mais importante é a qualidade do trabalho, independentemente do género. “Sinto que a mentalidade da sociedade ainda está a mudar, ainda há um caminho a percorrer, mas sinto que estamos a trilhá-lo corretamente”.

A entrevistada destaca que o segredo para o sucesso da empresa reside no empenho da sua equipa, que diariamente se dedica a manter a confiança dos clientes. Num mundo dos transportes que, por vezes, se revela bastante complexo, é este esforço contínuo que faz a diferença. “Tentamos que corra sempre tudo bem, mas é complicado, existem sempre adversidades, mas a nossa maior preocupação é oferecer um serviço de excelência ao cliente”.

A gerente refere que manter o cargo que ocupa e a empresa em funcionamento, é algo que a deixa extremamente orgulhosa. “Para mim é fundamental manter uma boa equipa e fazer com que as pessoas se sintam bem a trabalhar aqui, trabalhamos todos para que seja uma boa empresa”, remata.

Para o futuro da empresa, Sónia deseja continuar a assegurar a satisfação dos clientes, promover um ambiente de trabalho saudável para a sua equipa e, acima de tudo, manter o elevado padrão de excelência da Transumo.

214 013 235 (chamada para rede fixa nacional) transumo@sapo.pt www.transumo.pt

Sónia Morais, Gerente

SUPERAR BARREIRAS NA LIDERANÇA

Margarida Maia, Chief Services Officer da Hipoges, trilhou um percurso notável desde o seu início em Advocacia até alcançar um cargo de liderança global. Com um foco na igualdade de género e na promoção da diversidade, partilha como enfrentou desafios de preconceito e a importância de manter a autenticidade na liderança.

Como é que chegou ao cargo de Chief Services Officer e quais foram os desafios que enfrentou?

Iniciei num escritório de advogados, que foi a minha formação base. Contudo, sempre tive interesse noutras áreas e transitei para o mundo empresarial. Passei 12 anos no Grupo GE Capital, onde trabalhei em diversos países e projetos, assumindo várias funções. Em 2013, integrei a equipa de gestão da Whitestar e, em 2015, entrei para a Hipoges como Country Manager em Portugal. Depois, tive a grande oportunidade de assumir o cargo de Chief Services Officer a nível global e, atualmente, sou também Board Member da Hipoges, um desafio que encaro com grande responsabilidade. Porém, um dos maiores desafios que enfrentei foi estar em setores historicamente dominados por homens. Como mulher a iniciar a minha vida profissional, deparei-me com várias barreiras de preconceito, por ser mãe e profissional ao mesmo tempo.

Quais são as conquistas que as mulheres líderes e empreendedoras têm alcançado no mercado atual? Exemplos dessas conquistas no contexto da Hipoges.

As principais conquistas tem sido demonstrar que as capacidades não são definidas pelo género, mas pelo percurso de vida, qualificações, formação e espírito crítico. Tenho muito orgulho em fazer parte de uma empresa onde o mérito, competências, soft skills e entrega dos colaboradoras, ficam acima do género. A

diversidade das nossas equipas é notória e temos orgulho em ter uma margem de quase 50/50 de mulheres/homens na empresa. Para nós, isto é uma mais-valia, sentimos que uma equipa diversificada com diferentes valências e experiências, só vem acrescentar valor à Hipoges.

Quais os maiores desafios que as mulheres enfrentam ao assumir cargos de direção? Como a Hipoges tem trabalhado para superar essas barreiras e promove a igualdade de género na sua estrutura?

Os desafios prendem-se sobretudo com esse preconceito histórico. Na Hipoges, orgulhamo-nos de promover a igualdade em todos os processos, desde a contratação até à progressão ou gestão. Isso reflete-se numa política que incentiva a diversidade em vários níveis e valoriza a pluralidade de opiniões. Somos signatários da Women’s Empowerment Principles, que apoia a igualdade de género, e colaboramos com outras entidades. Além disso, a formação é um dos nossos focos, disponibilizando a todos os colaboradores a formação: Diversity, Equity, and Inclusion in the Workplace

Quais são as suas expectativas e objetivos para a Hipoges como para as mulheres em cargos de liderança? Que conselhos daria às mulheres que pretendem alcançar cargos de liderança?

O meu objetivo é extinguir a ideia de que as mulheres precisam de adotar comportamentos tradicionalmente considerados “masculinos”, e em sentido oposto, que sejam valorizadas as competências únicas que podem trazer para essas posições e para as organizações. O meu conselho é que permaneçam fiéis aos princípios e ideias em que acreditam, pois as competências que possuem serão a chave para alcançarem os seus objetivos. Embora o caminho nem sempre seja fácil, a resiliência e a agilidade que nos caracterizam serão fundamentais para superar os desafios que possam surgir. Acreditem em vocês próprias e nas vossas capacidades, lutem pelo que acreditam e não aceitem um “não” como resposta. Com esforço e dedicação, mesmo que o percurso seja difícil, os resultados virão com o tempo.

Margarida Maia, Chief Services Officer

MARCA PESSOAL EM AGOSTO. TROQUE OS EMAILS PELOS COCKTAILS.

As férias são vistas, muitas vezes, apenas como um momento de quebra da rotina e das pressões diárias, mas podem ser uma oportunidade estratégica para quem quer fortalecer a sua marca pessoal. Quando troca os emails por cocktails, também pode redescobrir o que o torna único e preparar-se para um regresso ao trabalho com renovada clareza e propósito. Este é o momento perfeito para redefinir objetivos, avaliar conquistas e definir um caminho que comunique a sua essência e ambições. As férias são, afinal, o tempo ideal para estar presente consigo, ouvir-se, pensar grande, sonhar alto e planear o próximo capítulo da sua vida profissional.

O valor do distanciamento

Afastar-se temporariamente do ambiente de trabalho proporciona uma perspetiva mais clara sobre as suas conquistas e desafios. Esta distância permite uma análise mais objetiva sobre como é percebido profissionalmente e qual a impressão que deixa no seu círculo de influência. As férias oferecem a pausa necessária para recalibrar a sua bússola interna, avaliar o alinhamento entre a sua imagem profissional e os seus objetivos. Aproveitar este momento de distanciamento permite observar a sua carreira de forma holística, como se fosse um consultor de si mesmo, avaliando onde está e para onde quer ir.

Planeamento e estratégia

Assim como as empresas reservam tempo para planeamento estratégico, analisar resultados e preparar orçamentos, deve fazer o mesmo para a sua marca pessoal.

Análise do ano corrente

Comece por fazer uma análise detalhada do seu “ano corrente” em termos de carreira. Que objetivos atingiu? Quais foram os desafios que enfrentou e como os superou? Tal como nas empresas, esta revisão permite identificar padrões de sucesso e áreas que necessitam de atenção. Faça um balanço das suas vitórias e dos momentos em que poderia ter agido de forma diferente. Esta introspeção oferece insights valiosos sobre o que precisa de mudar ou reforçar.

Planeamento do futuro

Assim como se definem objetivos financeiros e de crescimento nas empresas, é essencial estabelecer metas claras para a sua marca pessoal. Pense onde gostaria de estar daqui a um ano e quais passos que precisa de dar para lá chegar. Defina objetivos concretos e mensuráveis, deixo alguns exemplos que podem aumentar a sua rede de contactos, melhorar uma competência técnica ou assumir um novo

papel de liderança. Encontre forma de medir o seu progresso e de se manter responsável pelos seus objetivos.

Orçamento pessoal

Embora não se trate de um orçamento financeiro, aloque recursos como tempo e energia para o desenvolvimento da sua marca pessoal.

Considere que atividades e formações merecem o seu investimento pessoal para desenvolver a sua carreira. Determine quanto tempo e esforço está disposto a dedicar para crescer pessoal e profissionalmente.

Exercícios de reflexão e autoavaliação

Durante as férias, dedique tempo para uma reflexão profunda. Deixo a sugestão de alguns exercícios que podem ajudar neste processo:

1. Autoavaliação

Reserve um momento diário para refletir sobre a sua identidade profissional.

Perguntas que pode considerar:

Como sou visto pelos meus pares e superiores?

A minha marca pessoal reflete verdadeiramente as minhas competências e valores?

Este exercício de introspeção ajuda a identificar áreas que precisam de melhorias e a consolidar pontos fortes. Use um diário para anotar os seus pensamentos, acredite que este registo pode servir como referência futura.

2. Revisão de objetivos

Faça uma revisão dos seus objetivos de curto e longo prazo. Faça uma lista de metas que deseja alcançar no próximo semestre ou ano.

Pense em como essas metas podem contribuir para o crescimento da sua carreira e como podem influenciar positivamente a sua marca pessoal.

Perguntas que pode considerar:

Quais são as novas competências que gostaria de adquirir?

Que projetos gostaria de liderar?

Defina prazos realistas para atingir estas metas e crie um plano de ação claro.

3. Análise da rede de contactos

A rede de contactos é um dos ativos mais valiosos que um profissional pode ter. Durante as férias, pense em como pode fortalecer as relações existentes e quais são as novas conexões a serem criadas.

Perguntas que pode considerar:

Quem na minha rede pode ajudar-me a crescer?

Há alguém que gostaria de conhecer e aprender?

Planeie encontros informais pós-férias para discutir ideias e colaborações. Use o LinkedIn para manter-se atualizado sobre as conquistas e mudanças nos perfis dos seus contactos, e não hesite em enviar uma mensagem a felicitar ou um convite para um café.

Lembre-se que a sua rede precisa de ser cuidada sempre, não apenas quando se lembra que precisa de alguma coisa, seja cuidadoso com o próximo em qualquer circunstância, a sua marca pessoal vai ser

muito valorizada se o fizer de forma natural e não forçada.

4. Investimento em conhecimento

Considere dedicar uma parte do seu tempo de férias ao desenvolvimento de novas competências. Seja através de cursos online, leitura de livros inspiradores ou participação em workshops, o conhecimento adquirido será uma mais. Escolha temas que não só complementem as suas competências atuais, mas que também o diferenciem no mercado. Inscreva-se em webinars, participe em conferências virtuais ou ouça podcasts que o inspirem a pensar de forma diferente e a ampliar os seus horizontes.

Planeamento do regresso

O regresso ao trabalho deve ser uma oportunidade para implementar as mudanças e inovações planeadas durante as férias. Partilho algumas ideias para assegurar que tenha um recomeço pleno de sucesso:

1. Implementação de mudanças

Inicie pequenas mudanças no seu dia-a-dia que reflitam o que aprendeu durante as férias. Pode ser uma nova abordagem à gestão de tempo, uma forma inovadora de comunicação com a equipa ou a aplicação de uma nova competência adquirida. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença e ter um impacto positivo na sua produtividade e na perceção da sua marca pessoal.

2. Comunicação

Assegure-se de que a sua comunicação reflete a sua marca pessoal renovada. Seja claro sobre os seus objetivos e partilhe a sua visão com colegas e líderes. A comunicação eficaz pode consolidar a sua posição como uma voz respeitada e influente na sua área. Use técnicas de storytelling por exemplo, para contar a sua história de forma envolvente e autêntica.

3. Avaliação

Crie checkpoints regulares para avaliar o progresso das metas definidas. Este acompanhamento contínuo permitirá ajustar estratégias e manter o foco nas prioridades definidas, assegurando que a sua marca pessoal evolui. Defina um sistema de feedback onde possa obter opiniões de colegas de confiança sobre o seu desempenho e a sua presença no ambiente de trabalho, e esteja aberto a críticas construtivas. As férias são um momento privilegiado para um mergulho interno que não só revigora o corpo, mas também a mente e a carreira. Aproveitar este tempo para reflexão e planeamento, transforma-se numa força de inovação e liderança, que permite enfrentar novos desafios com confiança e clareza.

E brinde, pois! Às férias que inspiram e a um retorno triunfante que projeta uma marca pessoal autêntica. Com um espírito renovado e uma visão clara, estará preparado para fazer a diferença e deixar a sua marca no mundo.

Boas férias e bom regresso!

Raquel Soares, Especialista em Personal Branding

EMPRESAS COM HISTÓRIA

Desde a sua fundação até aos dias de hoje, as empresas percorreram um caminho de conquistas, adaptando-se aos desafios do mercado e construindo um legado de excelência.

Nesta edição, destacamos as empresas que celebram marcos importantes, como aniversários de décadas de atividade, os vencedores do Prémio Gazela, que reconhece o crescimento e a dinâmica das empresas portuguesas, e da distinção Top 5% Melhores PME Portugal, atribuído às empresas que se destacam pela sua gestão e performance.

Junte-se a nós nesta viagem no tempo, onde desvendaremos os segredos da longevidade e da prosperidade, aprendendo com os exemplos de empresas que se tornaram referências no panorama empresarial nacional e internacional.

CRIAR ESPAÇOS GERADORES DE FELICIDADE E DE SUCESSO

Numa entrevista exclusiva, Elisabete Napierre, CEO da RBwoodfinish, dá a conhecer o universo e a essência da empresa que foi recentemente distuinguida como Top 5% Melhores PME Portugal.

A RBwoodfinish comemora o seu 9.º aniversário, que balanço faz da trajetória da empresa? Quais foram os maiores desafios enfrentados e como foram superados?

Ao longo destes anos, o balanço é bastante positivo, a empresa tem vindo a crescer e a ser cada vez mais reconhecida no mercado.

O caminho nem sempre tem sido fácil, e no decorrer do tempo, fomo-nos deparando com alguns desafios, sendo o mais impactante a nossa própria ingenuidade enquanto gestores de negócios. Quando iniciamos um negócio, focamo-nos muito no que sabemos fazer. No entanto, existe muito mais do que isso: gerir pessoas, recursos, tempo, clientes e ainda desenvolver planeamento estratégico, técnicas de gestão financeira e de recursos humanos, encontrar meios para fazer a empresa avançar, no meio do corre corre do dia a dia é extremamente difícil. E tem sido necessário um forte investimento no nosso próprio desenvolvimento pessoal. A aquisição de novas competências e novos conhecimentos tem-nos conduzido a novas oportunidades e, consequentemente, ao desenvolvimento da empresa.

Adoramos espaços bonitos! Mas tem de ser mais do que isso. Acreditamos que a casa é a fonte do sucesso a todos os níveis na vida.

Ricardo Badarra, Fundador e Diretor-Geral, e Elisabete Napierre, CEO
Casa do Bairro

A simplicidade e sofisticação são o mote para a criação de toda a ideologia da marca. Como avalia o posicionamento da empresa e quais os fatores que a distinguem no mercado?

É verdade, todo o nosso conceito desenvolve-se em torno da ideia da Simplicidade e de Sofisticação. Bem! Adoramos casas! Adoramos espaços bonitos! Mas tem de ser mais do que isso. Acreditamos que a casa é a fonte do sucesso a todos os níveis na vida.

E o nosso propósito é criar espaços e ambientes geradores de Felicidade e de Sucesso, sempre com elegância e sofisticação. Quem não quer ser feliz, criar boas memórias?

Os espaços em que vivemos e trabalhamos têm um enorme impacto nessa construção.

Por isso, temos investigado o impacto do design de interiores na saúde emocional humana. Tudo isto é o que combinamos nos nossos projetos de carpintaria de design, totalmente personalizados às necessidades dos nossos clientes, tanto em projetos residenciais, como comerciais. Na RBwoodidnish, atendemos clientes como construtores, investidores, designers e arquitetos. Assim como clientes particulares que estejam a construir ou a remodelar os seus imóveis, que procuram acabamentos, que consigam captar a sua essência, gosto e personalidade. A nossa experiência permite-nos fazer um aconselhamento e acompanhamento muito próximo aos nossos clientes, tanto a nível de design como a nível técnico, garantindo ao cliente um serviço de alta qualidade.

Com uma vasta gama de serviços, a RBwoodfinish oferece um serviço chave na mão. Quais são os serviços específicos que contribuem para essa experiência? Como a empresa garante a satisfação dos clientes em todas as etapas do processo?

O nosso core business centra-se na produção e instalação de cozinhas e roupeiros personalizados, como complemento disponibilizamos também pavimentos flutuantes, portas interiores, portas de segurança, decks de exterior. O nosso objetivo é poder fornecer todos os elementos de carpintaria de um projeto. Hoje, podemos dar um acompanhamento numa ótica 360º, desde a criação do projeto de arquitetura e design de interiores, Modelação 3D, produção própria, instalação, acompanhamento de obra, remodelação, coordenação de obra, instalação e assistência. São serviços assegurados por profissionais qualificados e experientes, o que garante a satisfação dos nossos clientes.

Do vasto portfólio da RBwoodfinish, quais os projetos mais desafiantes e emblemáticos?

É sempre difícil enumerar, pois cada projeto é único. Mas posso referir um dos mais que mais me deu gosto fazer, o projeto CASA DO BAIRRO, muito completo com muitos detalhes, onde tivemos muita liberdade criativa, logo uma grande responsabilidade em mãos.

Ser distinguida como Top 5% Melhores PME Portugal é, sem dúvida, uma grande conquista. O que representa esta distinção para a RBwoodfinish e para a sua equipa?

Esta distinção é um enorme motivo de orgulho, satisfação e reconhecimento daquela que tem sido a nossa grande preocupação ao longo da nossa jornada: manter a sustentabilidade financeira e forte sentido de compromisso para com os nossos parceiros, colaboradores e clientes.

Acreditamos no compromisso, na responsabilidade profissional e no crescimento gradual e sustentável, sendo a saúde financeira da empresa crucial para dar resposta a este pressupostos.

Esta distinção é uma forte motivação para continuar e também um sinal de que estamos a seguir no rumo certo. Estamos comprometidos em levar o melhor de nós a todos os que cruzam o nosso caminho profissional.

Que estratégia está desenhada para continuar a manter toda a qualidade e desenvolver novos produtos e projetos alinhados com as tendências de mercado?

Estamos, neste momento, a preparar o nosso crescimento e mudança para novas instalações, de forma a ampliar a componente de indústria e showroom. Assim, poderemos dar melhor resposta a todos os pedidos que nos têm chegado, quer a nível produtivo com aquisição de novos equipamentos, quer a nível de exposição. Consideramos fundamental que o cliente possa experienciar o produto e o novo showroom pretende dar muito mais opções ao cliente.

Estamos constantemente em busca de novidades, tendências e inovações, quer em visitas a feiras nacionais e internacionais, quer em viagens onde procuramos inspiração, quer através de formação.

AP Cosmos

“PENSAMOS EM CADA PROJETO COMO SE FOSSE NOSSO”

Mafalda Marta, CEO e Partner da ARQUICEG, revela como a combinação de inovação e sustentabilidade tem impulsionado o crescimento e a consolidação da empresa no mercado. Em entrevista, partilha insights sobre os desafios e as oportunidades no setor, destacando a importância de uma visão estratégica e colaborativa.

A Arquiceg tem demonstrado um crescimento significativo desde a sua fundação. Quais foram os principais marcos e desafios enfrentados durante os primeiros anos de operação, e como esses eventos moldaram a estratégia da empresa até o momento?

A Arquiceg surgiu como um desafio familiar em 2017. Mostrando o primeiro projeto de arquitetura conseguimos desenvolver outros

para amigos, e a empresa foi-se mantendo, como segundo trabalho da família. Aquando da pandemia, a imposição do confinamento, fez com que surgissem pedidos de projetos/obras de reabilitação de interiores. As pessoas sentiram que a sua habitação não era Casa, e nós tivemos um papel importante ao dar conforto e qualidade na fruição do espaço de habitação. Foi nessa altura que decidimos dar um impulso à empresa. Criámos a marca ZECEGO®, porque queríamos este projeto mais especial. O Zé Cego foi uma pessoa importante e delineador dos nossos valores familiares, e por isso, sendo esta empresa tão nossa, sentimos que seria a nossa marca de imagem. Como microempresa atravessámos algumas dificuldades. Em Portugal, o mercado da arquitetura e da construção, são competitivos, e as empresas tem uma carga fiscal demasiado pesada para as fazer crescer. É preciso aproveitar as ondas do mercado, e o nosso trabalho não pode passar apenas por um eixo estratégico. Delineámos três eixos de mercado: arquitetura, construção e planeamento. Em 2022 a empresa demonstrou um crescimento significativo quando iniciou projetos de habitação social no âmbito do PRR. Sentimos que podíamos fazer a diferença na habitação a custos controlados e contribuir para um habitar menos desigual.

A Arquiceg oferece vários serviços, incluindo arquitetura, engenharia, design e atividades imobiliárias. Quais são os principais fatores diferenciadores que permitem à empresa destacar-se no mercado competitivo atual?

Não sei se nos diferenciamos do mercado atual, que é competitivo e instável, com muitas interferências, incluindo as externas ao nosso país. Sabemos que procuramos dar ao cliente um serviço seguro, de confiança respeitando as suas necessidades. Um dos grandes objetivos da empresa é conseguir dar um serviço chave na mão ao cliente, isto é, desenhar o seu projeto, construí-lo e pensar em cada detalhe de forma autónoma. Ainda não alcançamos todos os objetivos. Estamos a consolidar as nossas áreas de atuação, melhorando os nossos serviços a cada cliente, para continuarmos dentro do mercado com qualidade.

Como é que a empresa pretende adaptar as suas estratégias para manter a relevância e a liderança no setor, num cenário de mudanças rápidas e desafios económicos?

Em Portugal, uma empresa, não pode cingir-se apenas a um serviço que seja sempre constante ao longo do tempo, pois vivemos tempos de rápida evolução. A Arquiceg tem de acompanhar essas mudanças e dar resposta àquilo que são as necessidades/intenções dos seus clientes. Começamos com pequenas reabilitações e hoje estamos a projetar grandes complexos habitacionais e zonas empresariais. Temos de saber ler as flutuações do mercado, não só para sobreviver, mas principalmente para termos relevância na vida de quem nos procura.

Como é que a empresa incorpora novas tecnologias e tendências no design e na construção? Como é que garante que as suas práticas sejam sustentáveis e tenham um impacto positivo na comunidade e no meio ambiente?

Tentamos que os nossos projetos sejam sempre responsáveis. Para além da vida do cliente, qualquer que seja a nossa proposta, terá sempre impacto no ambiente. Os nossos projetos incluem uma eficiente gestão de resíduos, com a implementação de programas para reduzir, reutilizar e reciclar materiais de construção. Estamos a investir em formação para que os nossos projetos minimizem a pegada de carbono, de forma a implementar estratégias para redução

das emissões de carbono durante o ciclo de vida do edifício, desde a construção até à manutenção.

A Arquiceg é conhecida pelo seu trabalho de qualidade e pela entrega de projetos bem-sucedidos. Quais são os projetos que melhor representam a visão e os valores da empresa, e como a Arquiceg garante a excelência na execução desses projetos?

Todos os trabalhos têm relevância para nós, pois desenvolvemos com o mesmo afinco e dedicação quer sejam projetos de grande ou de pequena dimensão. A arquitetura tem isto, quando projetamos, nunca é apenas para o cliente, pois há que pensar no impacto na vida de quem deambula no espaço público que lhe é confinante. Claro que há trabalhos mais desafiantes, como os projetos de habitação a custos controlados desenvolvidos no âmbito do PRR. Estamos a contribuir para colmatar uma falha no nosso país: a habitação e a sua qualidade. A habitação a custos controlados tem regras apertadas: a dimensão dos espaços, o reduzido custo de construção, aliado à importância da eficiência energética. Tem sido um desafio, mas pensamos em cada projeto como se fosse nosso, e sempre com o foco em quem o habita.

Como a empresa vê a evolução do mercado de arquitetura e construção, e qual o papel que pretende desempenhar nesse cenário?

A Arquiceg vê a evolução do mercado de arquitetura e construção com otimismo e como uma oportunidade para inovar. Um desafio, claro! O mercado está em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, sustentabilidade, e novos pedidos dos clientes para soluções mais eficientes e personalizadas. Exemplo disso é a necessidade de projetar com sistemas mais avançados (Building Information Modeling BIM), esta é uma ferramenta importante, não só pela capacidade de aglutinação de informação dos vários técnicos, mas principalmente por nos permitir antecipar problemas em obra, reduzindo assim desperdícios (maior sustentabilidade) e a redução de custos ao cliente. Procuramos fazer formação contínua para acompanhar a evolução do mercado, e até superar.

Qual é a estratégia da Arquiceg para os próximos anos? Quais são os principais objetivos e metas que pretende alcançar, e quais são os principais projetos ou iniciativas que pretendem implementar para concretizar essa visão?

O nosso objetivo mais próximo será a autonomização dos nossos serviços, ou seja, criar uma equipa multidisciplinar sem necessidade de recorrer a contratação externa. A longo prazo o nosso objetivo será conseguirmos implementar a área da construção nos nossos serviços, sem nunca esquecer o foco principal que é o nosso cliente!

CSWIND PORTUGAL UM MODELO DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

A CSWind Portugal tem-se destacado no setor de energia eólica como um modelo de inovação e sustentabilidade. Sob a liderança de HJ Moon, a empresa não só impulsiona o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como também fortalece o seu compromisso com práticas ambientais responsáveis. Em entrevista, HJ Moon, Head of CSWind Portugal, partilha insights sobre a trajetória da empresa, os desafios enfrentados e as ambições para o futuro, reafirmando a missão de contribuir para um mundo mais sustentável.

Como é que foi o percurso da empresa desde a sua fundação até à criação da CSWind Portugal? Quais foram os principais marcos e desafios enfrentados ao longo deste percurso?

A CSWind Portugal foi efetivamente fundada em fevereiro de 2022, apesar da aquisição inicial ter sido feita em outubro de 2021 e, desde então, tem sido um processo de investimento para melhorar a produtividade e capacidade de produção. Ao longo deste tempo, houve muitos desafios, principalmente no início, pois tudo foi um pouco confuso, o que creio ser normal num processo de aquisição e fusão. Depois, conseguimos estabilizar e estabelecer uma organização forte para lidar com todos os objetivos a que nos propusemos nessa altura e que surgem todos os dias. Houve muitos momentos marcantes, mas destaco a aquisição a 100% do capital da anterior empresa e, consequente, nascimento da CSWind Portugal, a Cerimónia de

Groundbreaking em março de 2023 e a mais recente Cerimónia de Inauguração em maio de 2024, na qual comemorámos a conclusão da construção da nova fábrica.

A CSWind é reconhecida pelos seus sistemas de produção e gestão de qualidade. Quais são os principais fatores que contribuem para a excelência operacional e como é que garantem a qualidade dos produtos que fabricam?

A CSWind coloca a equipa de Produção e Qualidade na mesma posição e tem o mesmo nível de importância dentro da organização. Isto é o espelho da nossa política de “nunca comprometer a qualidade” para servir o cliente. Existe um diálogo aberto entre ambas as partes e um controlo efetivo entre todos para que o produto final seja executado, cumprindo os maiores níveis de exigência do mercado, colocando assim a CSWind numa posição de vantagem face aos seus concorrentes.

A CSWind Portugal está estrategicamente localizada para atender aos mercados onshore e offshore europeus. Como é que essa localização estratégica tem beneficiado a empresa e quais são os principais mercados que a empresa atende atualmente?

A escolha de Portugal para o investimento da CSWind já teve em conta a questão que menciona. Atualmente, exportamos diretamente para a Costa Este dos EUA, mas temos já na calha projetos para a Europa e o mercado offshore está em pleno desenvolvimento. O Reino Unido, a Alemanha, entre outros, são outros mercados que nos interessam particularmente.

O que distingue a CSWind Portugal dos seus concorrentes no mercado de energia eólica? Quais são os principais fatores diferenciadores que posicionam a empresa como líder no fabrico de torres eólicas?

A CSWind é uma empresa global, com oito unidades industriais espalhadas pelo mundo. Isto, só por si, é uma enorme vantagem, porque podemos beneficiar dos conhecimentos e suportar-nos mutuamente. Desde a China aos Estados Unidos, passando pelo

HJ Moon, Head of CSWind Portugal

Vietname e, mais recentemente, pela Dinamarca, existe um número de profissionais altamente especializado e qualificado, que diariamente pode trocar conhecimento entre si e desenvolver novas ideias para solucionar problemas. Adicionalmente, se uma entidade dentro do Grupo desenvolve uma tecnologia, podemos beneficiar dessa tecnologia e aplicá-la, sem custos adicionais de testagem, pois já foi colocada à prova noutras entidades, nos mesmos processos que temos em Portugal. Acima de tudo, temos a particularidade de conseguir trabalhadores especializados de outras entidades do Grupo CSW quando necessário e isso é uma tremenda vantagem face às dificuldades do mercado atual em matéria de recrutamento. Com os atuais défices do mercado, em termos de trabalhadores especializados nas áreas de soldadura, serralharia, pintura e controlo de qualidade, a possibilidade de aceder a esta mão de obra é muito importante, enquanto apostamos na formação de pessoas localmente e nas nossas parcerias com as entidades de formação e educação nacionais, particularmente na área de Aveiro.

Em 2023, a CSWind adquiriu a Bladt Industries A/S, expandindo o seu escopo para subestruturas eólicas offshore. Como é que esta aquisição tem impactado as operações da CSWind Portugal e quais são as expectativas para o futuro com esta nova capacidade?

As fundações offshore serão a nossa próxima grande aposta e gostaríamos de torná-las um dos nossos produtos principais, e a aquisição da Bladt foi o primeiro passo nessa direção. Também em Portugal, a CSW PT, com a concessão de terreno adicional no Porto de Aveiro, tem planos para produzir fundações offshore, mas esta produção será totalmente alinhada com a CSW Offhore (atual nome da Bladt) e acreditamos que as duas entidades criarão uma ótima sinergia para produção deste tipo de equipamento.

A CSWind Portugal foi reconhecida como Empresa Gazela 2023. O que significa para a empresa receber este reconhecimento e quais foram os fatores que contribuíram para este sucesso?

Desde a aquisição da ASM Industries, que a CSWind Portugal tem feito um forte investimento para melhorar a sua produtividade e capacidade de produção, com um aumento significativo em ambos. Neste sentido, melhorámos significativamente os nossos indicadores financeiros e conseguimos mostrar o nosso crescimento sustentável. O Prémio Gazela é um reconhecimento do nosso esforço e torna

a CSW Portugal uma empresa de referência no país, o que muito nos orgulha.

A CSWind está comprometida com a promoção da energia renovável e sustentabilidade. Como é que a CSWind Portugal tem contribuído para o desenvolvimento sustentável?

A CSWind Portugal está sempre alinhada com a estratégia do Grupo CSW e estamos a produzir torres e fundações com a mais avançada tecnologia, o que é central para os nossos produtos. Assim, sabemos que os nossos produtos têm um grande impacto na produção de energia renovável. Também temos um objetivo claro para a próxima década de desenvolver o nosso negócio para o próximo nível e ser a empresa número 1 quer na produção de torres, quer na produção de fundações offshore

Quais são os objetivos a longo prazo da CSWind Portugal e quais estratégias estão a ser implementadas para atingir esses objetivos? Em particular, como pretendem alcançar a meta dos 2.500 colaboradores até 2030?

Neste momento, em termos de torres offshore, temos a nossa capacidade produtiva vendida até 2030. Com o novo investimento e a perspetiva de iniciarmos a produção de fundações offshore, temos um claro objetivo de sermos cerca de 2500 colaboradores em 2030. Sabemos que é um grande desafio, nomeadamente face às dificuldades que são conhecidas de contratar pessoas especializadas. Conforme já foi referido, temos a vantagem de poder recorrer às outras empresas do grupo para suprir algumas das necessidades. Estamos também a trabalhar na formação interna com parcerias bastante sólidas com entidades de educação e formação da nossa região e já desenvolvemos projetos de recrutamento em países estrangeiros, onde existe mão de obra especializada, o que pretendemos eventualmente repetir. As estratégias que contamos desenvolver, ao longo dos próximos anos, visarão suportar este crescimento, em termos de número de colaboradores, de forma sustentada, mas também pretendemos focar-nos em conseguir ter condições para que todos os atuais e futuros colaboradores da CSWind Portugal possam crescer juntamente com a empresa.

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70 ANOS A MOLDAR A EXCELÊNCIA DOS VINHOS DA BAIRRADA

Em conversa com Carlos Alberto Reis, conhecemos a Adega de Cantanhede que celebra 70 anos de história, evoluindo de uma pequena cooperativa local para o maior produtor da Bairrada. Com presença internacional e mais de 1300 prémios conquistados, a adega aposta na inovação e sustentabilidade, sem esquecer a tradição e qualidade que a distinguem.

A Adega Cooperativa de Cantanhede celebra este ano o seu 70º aniversário. Olhando para trás, quais foram os momentos mais determinantes na trajetória da adega, e como conseguiram evoluir de uma pequena cooperativa para o principal produtor da Região da Bairrada?

Fundada em 1954 por um grupo de 100 viticultores, a Adega cresceu e congrega hoje cerca de 500 viticultores, representando uma área próxima dos 1000 ha. Cientes da qualidade dos nossos vinhos, nos anos 60 fomos a primeira Adega Cooperativa a nível nacional a engarrafar vinhos com a sua marca. Na década de 70 abrimos aos mercados internacionais, que representam hoje 30 % a 40% das vendas. A criação da Região Demarcada da Bairrada, em 1979, alavancou este percurso, e conduziu à apresentação em finais dos anos 80 de um portfólio alargado de vinhos e espumantes DOC Bairrada sob a marca Marquês de Marialva, hoje líder nacional de vendas nesta categoria. Na viragem do século, a afirmação nos mercados conduziu

à necessidade de um forte investimento nas infraestruturas gerais, com significativas melhorias nas áreas de vinificação e produção. Os últimos 15 anos testemunham uma afirmativa consolidação de posição de mercado e de notoriedade nacional e internacional, tanto da Adega como das suas marcas.

A Adega de Cantanhede tem investido significativamente em tecnologia para garantir a qualidade e segurança alimentar dos seus vinhos. Como é que esse investimento tem impactado a capacidade de competir tanto a nível nacional como internacional? E que outros fatores diferenciadores destacaria em relação à concorrência?

Cedo percebemos que a qualidade dos vinhos e a certificação dos processos produtivos abriam portas, principalmente nos clientes do canal off-trade, tanto nacional como internacionalmente, sendo hoje certificados pelas normas ISO 9001 e IFS Food. Além disso, a

Carlos Alberto Reis, Presidente

A diversidade e qualidade do nosso portfólio tem sido amplamente aplaudida pela critica nacional e internacional, aportando um valor acrescido aos nossos vinhos e à própria Adega

nossa dimensão – representamos 30-40% da produção na Bairrada – permite-nos construir um portfólio que responde às necessidades dos diversos mercados, com vinhos que vão desde os comuns a vinhos premium que alavancam o nosso posicionamento de mercado enquanto produtor de grande dimensão.

A vossa estratégia sempre valorizou as castas tradicionais da Bairrada, como a Baga, Bical e Maria Gomes, mas também outras castas portuguesas. Qual tem sido o papel dessas castas na construção da identidade dos vossos vinhos? E como vê a sua evolução no mercado nos próximos anos?

A qualidade intrínseca dos nossos vinhos e o facto de sempre termos privilegiado as castas autóctones, afigura-se hoje como uma aposta ganha, pois, os mercados valorizam a distinção que elas aportam aos vinhos, razão pela qual acreditamos que este factor diferenciador nos continuará a abrir portas nos diversos mercados.

O reconhecimento da Adega de Cantanhede a nível internacional é inegável, com mais de 1300 prémios atribuídos. De que forma estes galardões têm influenciado o posicionamento da marca e quais são os próximos passos para manter e expandir essa notoriedade global?

A diversidade e qualidade do nosso portfólio tem sido amplamente aplaudida pela critica nacional e internacional, aportando um valor acrescido aos nossos vinhos e à própria Adega. Estes galardões são uma ferramenta importante na alavancagem do nosso posicionamento, mas, antes de tudo, o nosso foco é ter consumidores satisfeitos e fidelizados, o que só se alcança com qualidade sustentada, que no final traduz em vendas efectivas este reconhecimento dos opinion makers. A melhoria contínua dos processos da vinha à garrafa é o nosso desafio diário para manter e expandir essa notoriedade global.

Com 500 viticultores associados e uma produção anual significativa, como é que a adega gere a relação com os seus associados, garantindo a consistência e a qualidade do produto final? E de que forma a cooperativa tem contribuído para o desenvolvimento da comunidade local?

Associados e colaboradores somam quase 550 famílias do concelho de Cantanhede que tem um vínculo à Adega. É uma enorme responsabilidade social, que assumimos com total comprometimento. Mantemos uma relação de parceria com os nossos Viticultores nos trabalhos na vinha 12 meses por ano, através do nosso Departamento de Viticultura, para garantir que a uva que recebemos chega nas melhores condições e com qualidade, focados em criar riqueza ao manter a tradição da viticultura no concelho, promovendo-a e agregando-lhe valor, em respeito ao território e às suas gentes.

Olhando para o futuro, quais são os objetivos estratégicos da Adega de Cantanhede para a próxima década? Como é que pretendem continuar a inovar e a diferenciar-se, assegurando simultaneamente o respeito pela tradição e pelo terroir da Bairrada?

Consolidar parcerias e abrir novos mercados, atentos às tendências de consumo, particularmente nos consumidores jovens. Dinamizar a área do Enoturismo como ferramenta de promoção e fidelização. Os espumantes, uma categoria onde a região e Adega tem uma reconhecida notoriedade (fomos já por duas vezes Melhor Produtor de Espumantes a nível nacional), serão uma aposta forte, pois crescem de forma sustentada a nível mundial. A inovação passará essencialmente por novos perfis de vinho, ajustados às tendências de mercado, mas também à garantia de práticas ambientalmente sustentáveis, da vinha à garrafa, e tudo isto respeitando sempre a tradição e o terroir da Bairrada.

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50 ANOS DE CRESCIMENTO E SUSTENTABILIDADE

No ano em que a Cooperativa Agrícola da Tocha celebra o seu 50.º aniversário, o Presidente Bruno Marques reflete sobre o legado de meio século de dedicação à agricultura e à comunidade. Numa entrevista exclusiva, partilha as conquistas, desafios e o papel vital que a cooperativa desempenha na sustentabilidade do setor agrícola local, destacando os valores que continuam a guiar esta instituição em direção ao futuro.

A Cooperativa Agrícola da Tocha comemora este ano o seu 50º aniversário. Que balanço fazem desta trajetória e quais foram as principais conquistas da cooperativa nos últimos 50 anos? Como a cooperativa impactou a economia local e a vida dos agricultores na região?

A Cooperativa Agrícola da Tocha (CAT) nasceu com a extinção dos grémios da lavoura, sendo forjado com produção de leite, produção esta que nos dias de hoje está condenada à “morte” nas terras da Gândara, pois há 25 anos produzia-se mais de 20 milhões de leite, hoje ficamos aquém dos 2 milhões. Esta situação deve-se a políticas erradas, ao longo das últimas décadas, empurrando os agricultores para produção de outros produtos além do leite, conseguindo assim sobreviver ao longo dos tempos. A CAT acaba por acompanhar esta ideologia, mudando o rumo da sua conduta, passando a servir o agricultor associado, de forma a resolver os problemas do seu dia a dia, na produção dos seus produtos.

Continuamos a dar esse apoio de forma diferenciada, indo ao encontro de todas as vertentes agrícolas locais, satisfazendo assim as necessidades do sócio CAT e usufruindo também de produtos agrícolas locais, de excelente qualidade, para podermos comercializar e escoar completamente a produção local.

A CAT foi criada em 1974 com o intuito de servir os seus cooperadores e a população em geral. Como é que conseguiram cumprir essa missão ao longo destes 50 anos?

A CAT tem sabido reinventar-se, investindo em tecnologias modernas, promovendo a formação contínua dos seus membros e procurando sempre novas formas de agregar valor aos produtos agrícolas da nossa região. Ao mesmo tempo que celebramos as nossas conquistas, também reconhecemos os desafios enfrentados. A agricultura é uma área de constante evolução e a capacidade de adaptação tem sido uma característica vital para a nossa sobrevivência e prosperidade. As adversidades, sejam elas económicas, climáticas ou sociais, foram enfrentadas com coragem e determinação, e cada obstáculo superado fortaleceu ainda mais a nossa comunidade. A CAT sempre se pautou pelos valores da solidariedade, transparência e desenvolvimento conjunto. Estes princípios não só nos guiaram as

Bruno Marques, Presidente

ações, como inspiraram gerações de agricultores a trabalharem em prol de um futuro melhor e mais sustentável.

Quais são os principais projetos e iniciativas atuais da CAT? Como se adapta às tendências atuais do mercado agrícola? Quais são as principais estratégias para manter a cooperativa relevante e competitiva?

A CAT luta a favor do emparcelamento territorial. Hoje, vivemos um problema grave na região do concelho de Cantanhede, possivelmente rosto do que se passa no território nacional, que é a pequena parcela agrícola abandonada, por falta de apoio ao agricultor, devido à melhoria de vida em alguns casos e dando a oportunidade às famílias de agricultores de formarem, os seus filhos noutras áreas, devido ao envelhecimento da população e desistência da agricultura por cansaço, entre tantos outros fatores, que descuidam algo demasiado importante para nós: “o nosso alimento saudável”. Os terrenos abandonados, onde já nem os próprios herdeiros sabem onde se encontram e quais os limites dos mesmos, fazem com que a agricultura fique também presa no tempo, presa na evolução, presa na sua propagação.

A CAT tenta ser a solução do problema, falando primeiramente com o Município de Cantanhede, passando também pela CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) do qual a CAT é associada, ter um contacto direto e assertivo para com o Ministério da Agricultura, onde no certame da EXPOFACIC conseguimos estar com o Sr. Ministro da Agricultura e sublinhar um pouco estas situações preocupantes. A evolução na solução deste e outros problemas tem sido muito lenta, no entanto o facto de se falar sobre eles, já é prova de que estamos a traçar o caminho certo.

Sabemos que a CAT é presença assídua na Feira da Expofacic de Cantanhede desde a sua primeira edição. Mas este ano reforçaram a vossa presença na feira. Que balanço fazem da presença na edição deste ano?

Este ano, temos uma presença diferenciada em relação à últimas edições, devido ao facto de estarmos a celebrar 50 anos de existência da CAT. Apresentamos uma nova imagem, dando a conhecer um pouco mais da nossa história e recebendo os nos-

sos sócios, clientes, parceiros e amigos num formato intimista e com um impacto mais informativo que publicitário. Esta é uma Feira que no seu princípio tinha como designação “Feira Agrícola”. Ao longo dos tempos, foi evoluindo e passando também a ser uma Feira Industrial e Comercial, diminuindo um pouco a visibilidade agrícola na mesma. No entanto, sabemos que há a vontade de evoluir e fazer melhor, ultrapassando adversidades em relação à exposição animal por exemplo, melhorando as condições dos mesmos ao longo dos 12 dias que aqui passam, trazendo assim uma ideia a quem visita a EXPOFACIC, em especial os mais pequenos, de que a agricultura tem beleza, tem seres incríveis, sendo um mundo a explorar e a apostar no futuro. O balanço é extremamente positivo após término desta grandiosa feira.

O que podemos esperar da CAT para o futuro? A expansão geográfica é uma prioridade? Como é que a cooperativa planeia continuar a inovar? Quais são as principais prioridades para garantir o sucesso contínuo da instituição?

A CAT pretende que a agricultura no futuro seja, acima de tudo, sustentável e rentável para o agricultor. Temos de aproveitar o melhor que a nossa região tem quando equiparada a outras, que é a água. Quando a produção de leite já não é o ex-libris enquanto produto local, temos de apostar e ajudar o agricultor nas suas explorações atuais a que se dedica, como é o caso da fruticultura e da horticultura, aproveitando a fertilidade local. Vamos continuar a fazer chegar a quem de direito a mensagem de urgência agrícola, ou seja, de melhorar a qualidade dos agricultores, de satisfazer atempadamente as suas necessidades financeiras e económicas, assim como facilitar a burocracia aquando da tomada de terrenos, emparcelamento, passagem de herdeiros, entre outros. Dessa forma, as pessoas não desistirão à primeira adversidade que encontrarem na resolução dos seus problemas.

geral@cooptocha.pt • www.cooptocha.pt

ESPECIAL LEIRIA

Leiria, uma cidade que combina tradição e modernidade, tem-se afirmado como um dos principais polos de desenvolvimento empresarial em Portugal. Situada estrategicamente entre Lisboa e Porto, a região oferece um ecossistema dinâmico e diversificado, onde indústrias tradicionais, como a cerâmica e os moldes, convivem com setores inovadores como o tecnológico e o turismo sustentável.

Este especial foca-se no potencial da região, explorando as histórias de sucesso de empresas que têm sabido adaptar-se aos desafios globais e locais. Analisamos as oportunidades de investimento, a qualidade de vida que atrai talentos e as iniciativas que estão a transformar a região num centro de inovação. Com este olhar atento sobre Leiria, pretendemos inspirar empreendedores e investidores a descobrir as vantagens competitivas de uma região em plena ascensão. Leiria é, atualmente, um exemplo vivo de como tradição e inovação podem coexistir e prosperar.

LOVE & FOOD “UM TOQUE DE AMOR E MUITO SABOR”

Após uma longa experiência em eventos e catering, Ângela Carreira deu vida à Love & Food em 2019, transformando a sua paixão por criar momentos especiais numa empresa dedicada a serviços personalizados e memoráveis. Nesta entrevista, partilha a sua história, os desafios que enfrentou e os sonhos que a impulsionam nesta jornada.

Ângela Carreira, apaixonada pela gastronomia e pelo convívio com as pessoas, encontrou na tradição familiar do restaurante ‘O Duque’ o palco perfeito para a sua paixão. Durante mais de 40 anos, o restaurante foi um ponto de referência na região da Nazaré, testemunhando a sua dedicação e talento. “Lembro-me de levar os cestinhos de pão aos clientes com três anos. Cresci no meio do público, da restauração, das mesas, das decorações. Mas não gostava da prisão do dia-a-dia que era o restaurante. Eu precisava de espaço, de andar na rua”, confessa.

O destino, levou-a para Leiria aos dez anos, onde a sua mãe, uma mulher de fibra, iniciou um projeto ambicioso - o restaurante ‘A Grelha’, com cerca de 400 lugares, arrastando consigo a filha.

Foi a partir dessa altura, que Ângela iniciou a sério o seu mergulho no mundo da restauração, tendo contacto direto com a gestão deste grande espaço e com a organização de eventos, na empresa ‘Fatifesta’, empresa de eventos da mãe, uma das primeiras em Leiria. “Era eu quem estava à frente da organização de grande parte dos caterings… sempre gostei da dinâmica dos eventos, da liberdade de criar e de construir momentos únicos”, revela. No entanto, o desejo de criar algo próprio, de construir a sua própria marca, sempre esteve presente. Em 2019, guiada pelo amor e empurrada pelo seu ímpeto empreendedor, cria a Love & Food! Focada em serviços de catering personalizados e de proximidade, com a missão de levar o sabor e

a experiência a casa dos clientes. “A Love & Food nasceu do meu amor pela gastronomia, pela criação de momentos especiais e pela vontade de tornar a vida dos meus clientes mais fácil”, explica Ângela. A vida, como se sabe, dá voltas inesperadas. O caminho trilhado por Ângela nem sempre foi fácil. A separação e a necessidade de assumir a responsabilidade da empresa sozinha representaram um desafio. Mas a sua força, paixão e crença no seu projeto foram mais fortes do que qualquer obstáculo. Com a experiência adquirida na ‘Fatifesta’ e a paixão que a move, Ângela transformou a Love & Food num nome de referência na organização de eventos, desde os mais íntimos até aos grandes eventos com centenas de pessoas. “A Love & Food é a minha cara: dinâmica, focada em oferecer o melhor aos nossos clientes, em criar experiências únicas e em facilitar a vida deles. O que parece impossível para os nossos clientes, para nós é um desafio a ser superado. Queremos que sintam que estão em boas mãos e que podem confiar em nós para transformar os seus sonhos em realidade”, destaca.

O sucesso da Love & Food é um reflexo do espírito de Ângela, que acredita na importância do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. “A família é o meu porto seguro, a minha base. Os meus filhos Camila e Gabriel, os meus cachorros, a minha família e amigos são a minha força e a minha inspiração. Acredito que a paixão pelo trabalho é fundamental, mas é preciso saber aproveitar os momentos com quem amamos e dedicar tempo à nossa própria felicidade para que a inspiração e vontade de fazer mais e melhor nunca me falte”, confessa.

No futuro, Ângela quer continuar a crescer, a inovar e a levar a experiência única da Love & Food a cada vez mais pessoas, sempre com o objetivo de criar momentos memoráveis que ficarão para sempre na memória de todos. “A nossa missão é tornar os eventos dos nossos clientes ainda mais especiais, com um toque de amor e muito sabor. Queremos que as pessoas se sintam em casa, quer seja num jantar romântico ou num grande evento corporativo.

A Love & Food está aqui para criar momentos únicos e inesquecíveis, a cada passo”, finaliza Ângela Carreira, com a paixão que a caracteriza.

info@lovefood.pt ww.lovefood.pt

Ângela Carreira, CEO

“COMBINAÇÃO ÚNICA DE ESTÉTICA E QUALIDADE NO VINHO”

Localizada na cidade de Leiria, a Vinhos da Dona Cândida é uma referência de qualidade e inovação no setor. Sob a liderança de Luís Golegã, a empresa tem-se destacado pela sua abordagem única e diferenciadora. Em entrevista, o Gerente detalha a filosofia por trás da empresa, as influências que moldaram o seu percurso e as tendências que estão a transformar o mercado de vinhos.

Percurso da Vinhos da Dona Cândida

Luís Golegã sempre alimentou o sonho de ter o seu próprio negócio, mas foi a oportunidade de obter apoio para empreendedores que lhe deu o impulso final para transformar a sua ambição em realidade. A paixão pelos vinhos, herança do pai Rui, um veterano do setor, orientou Luís na escolha do caminho a seguir. Com isto, Luís lançou-se na aventura, plantando a semente da ‘Vinhos da Dona Cândida’. A criação da marca exigiu dedicação e persistência, enfrentando os desafios impostos pela burocracia e pelo tempo. “Estabelecer o próprio negócio é um processo demorado e cheio de obstáculos. Levou-nos cerca de três a quatro meses para colocar tudo em ordem”, admite.

Com a união da família, a empresa começou a crescer. “Abordámos grossistas, garrafeiras e restaurantes, para aprender a dinâmica do mercado e a forma como deveríamos conquistar o nosso espaço”, explica. Assim, através de muito trabalho e dedicação, nasceu, há oito anos, a empresa Vinhos da Dona Cândida, uma história de sucesso que prova que, com determinação e paixão, os sonhos tornam-se realidade.

Diferenciação e qualidade no mercado

No competitivo mundo dos vinhos, a diferenciação é essencial. Luís revela com paixão o que torna a Vinhos da Dona Cândida verdadeiramente especial. “Para mim, ser diferenciador significa procurar uma combinação única entre a qualidade e a estética no vinho”.

Ao invés de seguir as tendências massificadas das grandes superfícies, a empresa aposta em vinhos que se destacam pela sua autenticidade e singularidade. “Quando os clientes entram e confessam que não conhecem os vinhos expostos, isso é um sinal claro de que estamos a oferecer algo verdadeiramente distinto e cativante”, explica.

Além disso, a estética do vinho – que abrange a apresentação, a embalagem e a rotulagem – desempenha um papel fundamental neste processo. O empresário destaca que, com a vasta quantidade

Luís Golegã, Gerente

de marcas disponíveis, a diferenciação torna-se essencial. “Sempre que um novo vinho ou marca chega até nós, procuro conhecer a sua história. Para nós, é essencial ser mais do que apenas um produto no mercado. Preferimos oferecer algo verdadeiramente único”.

A Vinhos da Dona Cândida dedica-se a colaborar com os produtores diferenciados e projetos menos conhecidos, mas de qualidade excecional. “Os vinhos de menor escala – ou os vinhos de garagem como costumamos dizer –, tendem a ser mais cuidados e especiais”, conclui o gerente.

Relacionamento com produtores

No início da trajetória da empresa, encontrar parceiros era um verdadeiro desafio. “Nos primeiros tempos, era eu quem tinha de ir à procura dos parceiros”, recorda Luís. Contudo, com o passar dos anos e o crescente reconhecimento, a Vinhos da Dona Cândida tornou-se o centro de interesse para muitos produtores. “Atualmente, a realidade é bem diferente. Vivemos tempos de constante mudança, onde o mercado é dinâmico e o cliente é que dita as modas. Um determinado produto hoje pode ser um best seller e amanhã aparece outra marca que o substitui. Temos de saber reagir a isso”.

O empresário vê o sucesso como a consequência de um trabalho diligente em cultivar e consolidar relações sólidas com produtores, um esforço que tem sido cuidadosamente desenvolvido ao longo dos anos. Esta dedicação personalizada possibilita a oferta de uma seleção de vinhos excecionais e de alta qualidade, cimentando a reputação da Vinhos da Dona Cândida no mercado.

Sempre que um novo vinho ou marca chega até nós, procuro conhecer a sua história. Para nós, é essencial ser mais do que apenas um produto no mercado.

Preferimos oferecer algo verdadeiramente único

O vinho é uma viagem olfativa e sensorial que nos permite descobrir as nuances das diferentes regiões

Experiência do vinho e tendências de mercado

Para o empresário, o vinho é muito mais do que uma simples bebida; é uma janela aberta para a diversidade das regiões. “Cada vinho revela um pouco da terra que o criou”, afirma com entusiasmo. A magia do vinho está na forma como o ambiente em que é degustado pode transformar a nossa perceção e enriquecer a experiência. “O vinho é uma viagem olfativa e sensorial que nos permite descobrir as nuances das diferentes regiões”, acrescenta.

O mundo do vinho, tal como a vida, está em constante evolução. E Luís observa divisão geracional no paladar dos consumidores. “Atualmente, há uma crescente preferência por vinhos mais leves, com menos álcool e uma expressão mais marcante do terroir”, revela. Esta evolução reflete uma distinção geracional no

consumo de vinho: enquanto os mais jovens se concentram na experiência e no sabor, os consumidores mais experientes ainda valorizam o teor alcoólico.

Impacto do turismo e o papel do digital

O turismo tem tido um impacto notável no crescimento do setor vitivinícola, e Portugal, como destino turístico, não é exceção. O charme da loja Vinhos da Dona Cândida, situada na cidade de Leiria, oferece uma visibilidade preciosa que atrai um fluxo contínuo de visitantes. “A nossa capacidade de comunicar em inglês e as excelentes referências no Google têm trazido turistas em busca de vinhos menos conhecidos, mas de elevada qualidade”. Embora a digitalização tenha transformado o setor, Luís mantém uma abordagem cautelosa. “O digital tem, de facto, alterado o setor, especialmente com o crescimento das garrafeiras online”. No entanto, a empresa opta por não vender diretamente online, preservando a forte relação comercial com os seus parceiros e privilegiando ao mesmo tempo sempre o contacto pessoal com os clientes. “Preferimos manter uma abordagem baseada em relações pessoais e não apenas no comércio digital. A interação física e o conhecimento do produto ainda são insubstituíveis”, explica.

Visão futura: crescimento sustentável

O futuro da Vinhos da Dona Cândida é pautado por uma abordagem pragmática. “Não somos muito de planear a longo prazo. Preferimos viver o presente com os pés bem assentes no chão”, relata o empresário. O objetivo é continuar a crescer de forma sustentável, preservando a qualidade e autenticidade que caracterizam a empresa. “Nos próximos anos, queremos continuar a oferecer aos nossos clientes e consumidores o que de melhor se faz no mundo do vinho português, sendo sempre fiel à qualidade e autenticidade que nos caracteriza”, revela.

Com uma trajetória marcada pelo sucesso e uma paixão inabalável pelo setor, a Vinhos da Dona Cândida está bem posicionada para continuar a crescer e a prosperar. “O que me mantém aqui é o carinho e orgulho que sinto pelo trabalho desenvolvido nestes oito anos. Sinto-me profissionalmente realizado”, conclui Luís.

A Vinhos da Dona Cândida é mais do que uma simples empresa de vinhos, é um exemplo de dedicação, inovação e excelência. Com uma abordagem diferenciadora, uma forte ligação com a tradição e uma atenção especial à qualidade e estética dos seus produtos, a empresa continua a escrever a sua própria história no mundo dos vinhos, mantendo-se fiel à sua identidade e aos seus valores. Cada garrafa representa uma experiência que transcende a simples compra, oferecendo um verdadeiro encontro com a arte do vinho.

A SIMBIOSE PERFEITA ENTRE CONFORTO E MODERNIDADE

Localizado no coração de Fátima, a escassos metros do Santuário, o Hotel Regina é a escolha ideal para quem procura conforto e modernidade. Com quartos modernos e bem equipados, o hotel oferece uma estadia tranquila e acolhedora, perfeita tanto para peregrinos quanto para turistas. Desfrute de um serviço de excelência, com uma equipa dedicada a tornar a sua visita memorável. Em entrevista à Revista Business Portugal, Rui Sousa, Diretor da unidade hoteleira, falou do seu percurso e do encanto que se encontra no Hotel Regina.

Natural da África do Sul, Rui Sousa veio para Portugal com 17 anos. O seu percurso fez-se de diversas experiências profissionais até que decidiu abraçar a área da hotelaria. A sua chegada ao Hotel Regina aconteceu no início de 2020. A pandemia causou o fecho temporário da unidade hoteleira, mas na reabertura, a próprietária lançou o desafio a Rui para ocupar o cargo de diretor, o qual aceitou com muito gosto. O Hotel Regina é um hotel quatro estrelas, que resulta de um negócio familiar, integrando a United Hotels of

Portugal, uma marca constituída a 100% por empresas portuguesas que detêm e operam hotéis independentes. “Cada unidade hoteleira é livre para desenvolver um relacionamento próximo ao seu hóspede, sem perder a sua própria marca e reforçando a sua personalidade”, refere o entrevistado, realçando que o Hotel Regina tem um ambiente bastante familiar.

Apesar de ser um hotel com história, foi recentemente remodelado, e conta com todas as comodidades para uma belíssima estadia em Fátima. Com uma fachada arrojada e marcante, o hotel demonstra a sua modernidade e inovação, tudo isto a escassos metros do Santuário de Fátima. Esta unidade hoteleira tem 84 quartos, dispõe de suites familiares, quartos para três pessoas, uma excelente oferta para quem quer visitar Fátima com a família. Para além disso, conta com uma sala de reuniões com capacidade até 50 pessoas, uma sala de jogos e um jardim. Em termos de serviço, realiza eventos como almoços e jantares de grupo. Aliás, uma das peças fundamentais do Hotel é o seu restaurante, que faz a delícia dos hóspedes e não só. “O restaurante está aberto a qualquer pessoa que o queira frequentar, não nos cingimos apenas aos nossos hóspedes, qualquer pessoa que queira vir e experimentar os nossos pratos é bem-vindo. Prezamos muito pela qualidade e variedade das refeições que servimos e estamos sempre atentos às necessidades dos nossos hóspedes”, refere, acrescentando que, em 2023, a taxa de ocupação foi de 70% e a sua ambição é este ano chegar aos 80%.

Fátima não é um destino que cativa apenas pelo Santuário. Seja para uma visita religiosa ou uma escapada relaxante, o Hotel Regina é a base perfeita para explorar as maravilhas desta cidade sagrada e da região envolvente. Se quiser desfrutar de uma estadia inesquecível, com boa comida, bom serviço e uma privilegiada localização visite o Hotel Regina.

Rui Sousa, Diretor

Breves

Panattoni investe 25 milhões em nova base logística em Santarém

A empresa californiana Panattoni anunciou um investimento de 25 milhões de euros na construção de uma nova base logística em Santarém, junto à autoestrada A1, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2025. O projeto inclui um armazém multi-inquilino de 34.344 metros quadrados, com 48 docas de carga e descarga. Pedro Almeida, da Fort Projects, destacou o impacto positivo na criação de empregos na região e a relevância estratégica de Santarém. O vice-presidente da Câmara, João Leite, sublinhou a importância do projeto para o desenvolvimento económico local.

CS Wind irá investir até 300 milhões de euros em Portugal

A fabricante de torres eólicas CS Wind, focada na produção de componentes para a indústria eólica offshore, irá investir entre 200 e 300 milhões de euros numa nova unidade industrial em Aveiro. O projeto, localizado no Porto de Aveiro, deverá gerar aproximadamente mil novos postos de trabalho e contará com tecnologia avançada para o fabricação de fundações offshore flutuantes. A concessão da área pelo Porto de Aveiro terá uma duração inicial de 30 anos, com a possibilidade de uma prorrogação única por mais dez anos.

Há mais duas frotas de empresas com scooters elétricas

A Cooltra, marca de scooters elétricas, expande a sua presença em Portugal com novas parcerias. A empresa renovou recentemente toda a frota de scooters da Food4Kings, operadora oficial do Burger King em várias cidades do país, entregando mais de 40 novas scooters elétricas para apoiar as 11 lojas da rede. Além disso, a Cooltra reforçou a sua parceria com a Delivery Express. A Cooltra, fundada em Barcelona em 2006, oferece soluções de mobilidade sustentável e opera em nove países europeus, incluindo Portugal, com uma frota de mais de 28 mil veículos, 85% dos quais são elétricos.

Startup portuguesa no caminho da eletricidade

A Avenidas, uma startup portuguesa fundada em 2016, atua nos setores de mobilidade, viagens, turismo, distribuição e logística. Em 2023, a empresa percorreu mais de 4.525 quilómetros, sendo 2.855 quilómetros com viaturas elétricas, o que corresponde a 11 viagens à lua e resultou numa redução de 376 toneladas de CO2 Manuel Reis, CEO e cofundador da Avenidas, destaca o compromisso da empresa em tornar o seu negócio mais sustentável e reduzir o impacto ambiental.

EQUALISER lança ferramenta que avalia a prática da igualdade nas empresas

O projeto europeu EQUALISER lançou uma ferramenta de autoavaliação para práticas de inclusão e igualdade de género nas empresas. Esta ferramenta ajuda a identificar disparidades ocultas, aponta áreas para melhoria e sugere materiais de formação personalizados para promover um ambiente de trabalho mais inclusivo. O projeto tem como principal objetivo reduzir estereótipos e comportamentos discriminatórios, promovendo ambientes de trabalho seguros e inclusivos para todos. O EQUALISER é um projeto Erasmus+ que foi implementado em Portugal, Chipre, Espanha, Grécia, Malta e Países Baixos.

Nestlé investiu 30 milhões na modernização da fábrica de Avanca

A Nestlé investiu 30 milhões de euros na modernização da fábrica de Avanca em Estarreja, para aumentar a capacidade produtiva das bebidas à base de cereais. Em declarações à Lusa, Teresa Mendes, diretora Ibérica de Cafés da Nestlé, explicou que o grupo de origem suíça decidiu apostar na fábrica de Avanca, concentrando aqui toda a sua produção de bebidas de cereais na Europa, como a Tofina, Bolero, Pensal, Brasa ou Mocambo. “Esta escolha teve a ver com o know-how que tínhamos na fábrica de Avanca na torrefação e extração dos cereais. Nós já produzimos bebidas de cereais em Portugal há mais de 60 anos e, portanto, era a fábrica mais antiga nesta área”, afirmou.

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