Revista Business Portugal - Setembro 2024

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MGEN SEGUROS REFORÇA APOSTA EM PORTUGAL

ÍNDICE

3. Índice

Nota de boas vindas...

6. MGEN

MGEN Seguros reforça aposta em Portugal

10. Conversas Sublimes

Alexandre Fonseca:

O homem por trás do gestor

17. Saúde & Ciências da Vida

18. Farmácia Oliveira "Uma Farmácia para todos"

26. Opella

Opella: um compromisso com a saúde de todos os portugueses

38. HOYA

Solução inovadora para a gestão da miopia

42. Região Oeste

44. Caetano Auto Caetano Auto, estratégia de expansão fortalece marca

46. Colégio Avião de Papel

Colégio Avião de Papel onde os sonhos ganham asas

48. RC20 Imediação

Imobiliária "Um parceiro dedicado a concretizar sonhos"

58. Air Summit 2024

60. Portugália Airlines

Sustentabilidade no futuro da aviação

64. Decor Hotel

68. Shi Studio Dar alma aos projetos

70. Raquel Soares

A importância da psicologia das cores no sucesso profissional

72. Líderes e Empresárias de Sucesso

73. SPSC Desmistificação da sexualidade

74. Chez Sónia Sabores Açorianos com alma

77. Empresas com História

78. Vomera Building Solutions

Inovação e Sustentabilidade em Construção

92. Especial Leiria

96. AtmoSensation

A revolução dos eventos em Portugal

Nota de boas-vindas...

Vivemos num tempo de mudanças aceleradas e desafios constantes, onde o papel do empresário nunca foi tão crucial. Mais do que geradores de empregos, os empresários são líderes que impulsionam a inovação, criam soluções para problemas complexos e moldam o futuro dos negócios e da sociedade. Esta edição da Revista Business Portugal é uma celebração do espírito empreendedor e do esforço contínuo para transformar ideias em realidades de sucesso.

Os empresários que destacamos nesta edição são exemplos vivos de resiliência, visão e coragem. Eles enfrentam diariamente o risco e a incerteza, mas também encontram oportunidades onde outros veem obstáculos. Nas suas trajetórias, encontramos histórias de superação, lições valiosas de gestão e exemplos inspiradores de como a inovação e a adaptabilidade são fundamentais para o crescimento no cenário empresarial atual.

Nesta edição, evidenciamos ainda a importância da cultura empresarial e da liderança. Empresas de sucesso não são feitas apenas de boas ideias, mas de equipas motivadas, comprometidas e alinhadas com os valores da organização.

O sucesso não é apenas sobre ganhar, é sobre deixar um legado, transformar vidas e contribuir para um mundo melhor. Esperamos que esta edição o inspire a alcançar novos patamares e a nunca desistir das suas ambições.

Boas leituras e sucesso nos negócios!

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Setembro 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares

Setembro 2024

Breves

Vodafone leva competências digitais a 18.500 crianças

A Fundação Vodafone relança o programa DigitALL, que agora beneficia 18.500 crianças do primeiro e segundo ciclo, um aumento de 46% em relação à edição anterior. O programa envolve 700 turmas em 140 escolas de 28 municípios e oferece aulas semanais de modelação, inteligência espacial, robótica e programação, com o apoio de mil professores e 20 monitores.

Algarve lidera receitas turísticas em julho

A região do Algarve continua a ser o motor das receitas do turismo em Portugal. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o setor do alojamento turístico no Algarve registou, no mês de Julho, 3,2 milhões de hóspedes e nove milhões de dormidas, gerando um total de 803 milhões de euros em receitas.

Web Summit 2024 com recorde de participantes

A edição 2024 da Web Summit em Lisboa, que ocorrerá entre 11 e 14 de novembro, promete ser um evento recorde com mais de 70 mil participantes, incluindo mais de mil investidores e 2.750 startups, superando o número de startups da edição anterior. O foco deste ano é promover conexões e comunidades significativas, através do Summit Engine, um software que facilita encontros entre participantes com interesses semelhantes.

Força Aérea e Neuraspace lançam telescópio ótico em Beja

A Neuraspace e a Força Aérea Portuguesa inauguraram, a 10 de setembro de 2024, o primeiro telescópio ótico em Portugal, localizado na Base Aérea N.º 11, em Beja. Este projeto, financiado com 25 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visa melhorar a segurança e a sustentabilidade no espaço, ajudando a evitar colisões entre satélites e detritos espaciais.

Inteligência Artificial no curso de Gestão da Porto Business School

O curso geral de Gestão da Porto Business School, um dos mais antigos do país, celebra 35 anos com uma atualização: a introdução de disciplinas de Inteligência Artificial e Sustentabilidade Empresarial. Esta decisão, segundo o diretor José Luís Alvim, visa preparar os gestores para liderar num contexto empresarial globalizado e em constante transformação. O objetivo é que os alunos compreendam e apliquem estas tecnologias de forma estratégica, maximizando o impacto positivo nos seus negócios.

Diogo Dias é o novo CEO da Sumol Compal

Diogo Dias foi nomeado o novo CEO da Sumol Compal, sucedendo a Duarte Pinto, que ocupou o cargo durante cerca de 15 anos. Duarte Pinto assumirá agora a função de Vice-Presidente do Conselho de Administração da holding, com responsabilidades na área de estratégia. Diogo Dias passará a liderar a Presidência da Comissão Executiva da Sumol Compal Marcas.

MGEN SEGUROS REFORÇA APOSTA EM PORTUGAL

A MGEN chegou a Portugal em 2009 e tem conseguido, desde então, um crescimento assinalável, contando, atualmente, com cerca de 150 mil aderentes no nosso país. À frente desta entidade está Ricardo Raminhos, Administrador da MGEN em Portugal, que aos 46 anos fala com entusiasmo do que tem sido feito por uma entidade mutualista com origem em França e que se afirma distante do conceito de uma seguradora tradicional, desde logo porque “as pessoas protegidas na MGEN partilham o risco entre si e não o passam para terceiros”.

Definindo o que é a MGEN, o nosso interlocutor dá conta de estarmos perante “uma seguradora não tradicional, de base mutualista, em que as pessoas protegidas na MGEN partilham o risco entre si. Numa seguradora tradicional, o risco é transferido para um terceiro com uma motivação lucrativa, mas, no caso da MGEN, não existe a típica triangologia de uma organização em sociedade anónima, com acionistas, clientes e colaboradores”.

Para Ricardo Raminhos, o ‘desenho’ da realidade da MGEN “torna tudo diferente”, explicando: “O que fazemos é em função do binómio formado entre os nossos colaboradores e os que são servidos por eles, os nossos aderentes. Só temos, por isso, dois lados na equação, o que torna tudo mais simples, seja nas tarifas ou nos serviços, e tudo é pensado para a satisfação dos aderentes”.

Com origem em França, a MGEN (Mutuelle Générale de L’Éducation Nationale) é uma mútua – “uma organização que não tem finalidade lucrativa, procurando antes conseguir um aprovisionamento para as catástrofes que possam acontecer” –, criada logo a seguir à II Guerra Mundial, quando o governo francês criou a segurança social e deixou os professores fora daquele serviço. “Os professores organizaram-se então numa mútua para se protegerem, procurando um mecanismo para partilhar o risco entre si, o que é, no fundo, o princípio básico do seguro de saúde, sem o propósito de gerar lucro, mas tão só de apoiar os que precisavam. Esse é ainda hoje o princípio que sobrevive na MGEN e que nos diferencia das seguradoras clássicas e tradicionais”, acrescenta Ricardo Raminhos, para quem o objetivo da MGEN passa hoje pelo reforço da sua presença em Portugal, após anos marcados, como refere, por um “crescimento avassalador”.

“Em 2015, tínhamos uma carteira de cerca de três milhões de euros de prémios e, hoje, temos uma carteira de 92 milhões, o que faz de nós a quinta maior seguradora na saúde em Portugal, sendo a nossa ambição posicionarmo-nos como líderes, ou pelo menos estarmos entre as três primeiras nos próximos quatro anos. Ora, isso resulta do facto das famílias portuguesas se terem apaixonado rapidamente pela MGEN, precisamente, porque temos esta postura de entreajuda, e todos os nossos contratos de saúde são desprovidos de discriminação, seja de idade, estado de saúde, condições pré-existentes, condições adquiridas à nascença ou condições congénitas, sendo tudo isso garantido de igual forma para todos”.

Ricardo Raminhos destaca esta realidade, ainda mais importante se nos lembrarmos que na atividade de uma seguradora “há riscos muito elevados”. E acrescenta: “Se eu, enquanto segurador, procurar selecionar o risco, obviamente que irei selecionar o risco que eu sei que é mais lucrativo e escuso de me preocupar com o que não traz lucro. Ora, isto é profundamente contrário aos pilares em que assenta a MGEN”.

Essa é, desde logo, uma grande diferença face ao que os concorrentes fazem, mas não fica por aí, até porque “temos

uma estrutura horizontal e focada na satisfação do aderente. Possuímos uma representação democrática a quem eu presto contas, nomeadamente a Assembleia Geral de Representantes, eleita democraticamente pelas pessoas seguras, um organismo independente e com a capacidade de, por exemplo, aprovar ou não todo o clausulado geral que é aplicado a todos, sendo esse clausulado aquilo que as pessoas seguras desejam e manifestam para estarem protegidas”, sublinha.

“Veja-se o exemplo da psicologia e da psiquiatria, que durante décadas foram alvo de exclusão no mercado português e que garantimos desde a primeira hora aos nossos aderentes. Além disso, a medicina preventiva, obesidade mórbida, tratamento das varizes ou roncopatia, estão entre imensas coisas simples que, hoje, continuam a ser excluídas dos seguros de saúde e que os nossos contratos consideram”.

“A despesa das famílias em saúde é elevada e desproporcional!”

A MGEN chega às pessoas de forma digital, pela Internet , mas também através dos acordos que possui com algumas entidades, como a Casa da Imprensa e diversos sindicatos, correto?

Tomando como exemplo a Casa da Imprensa, todos os seus associados estão protegidos na MGEN, desde 2011, o que tem permitindo a esta identidade a oferta de uma proteção bastante mais completa aos seus associados.

É esta simbiose com associações mutualistas, profissionais e sindicais, que têm muito na sua génese os mesmos princípios de dedicação aos seus associados, que tem permitido um “match” perfeito.

O mutualismo em Portugal é muito antigo, mas terá ainda margem de progressão?

Sem dúvida que sim. Creio mesmo que ainda falta mais integração e tecnologia. Veja-se que as pessoas não consomem nada hoje que não possua tecnologia e inteligência artificial embutidas. Ora, nós somos uma estrutura mutualista em Portugal, nascemos como entidade 100% digital, fomos a primeira seguradora de saúde a ter um percurso desde a subscrição até ao recebimento do reembolso na conta bancária com toda a gestão do contrato de seguro 100% digital. Esta facilidade da gestão do serviço, combinada com o princípio mutualista, tornou o nosso crescimento explosivo.

Abordar o mercado sem ter em conta pré-existências nem discriminações permite desafios particulares nessa abordagem inclusiva...

Há uma consequência e uma dificuldade, porque o mercado português é muito diferente. Em França, estamos todos a operar

com as mesmas regras, enquanto em Portugal competimos por preço, com seguradoras tradicionais que podem escolher os riscos que lhes interessam e são para elas lucrativos.

Nós não fazemos isso e a solução é mesmo o mutualismo. Saber mutualizar, tanto nas famílias como nas empresas, cria, desde logo, na base, o princípio da distribuição de risco, que depois em larga escala se torna equilibrado.

É complicado colocar tudo isso em funcionamento em termos práticos?

Não é complicado, mas fazer o que fazemos não é compatível com as margens que a indústria seguradora pratica em Portugal onde, tipicamente, nos resultados combinados, já depois de tudo pago, 15% dos prémios vão para os acionistas. Nós trabalhamos com rácios que variam entre os 97% e os 100%, e a pequena margem que sobra é toda aplicada para provisionar situações futuras de grande risco, tal como aconteceu com a Covid. Quando a pandemia disparou, éramos a única seguradora que não tinha exclusão para a Covid, e começámos a pagar reembolsos de internamentos em hospitais privados desde o primeiro momento. Isso faz-se com os pequenos remanescentes que perduram ao longo do tempo porque nunca são distribuídos.

Certo é que a despesa em saúde ao nível familiar é cada vez mais elevada...

É elevada e desproporcional para o que a indústria hoje consegue fazer. A despesa na saúde em Portugal é qualquer coisa como 25 mil milhões de euros, o Estado gasta dois terços deste montante e o resto é pago, diretamente, pelas pessoas aos prestadores privados. As seguradoras, todas no seu conjunto, suportam apenas onze por cento do financiamento dos prestadores privados na saúde em Portugal, à volta de mil milhões de euros em prestações na saúde, o que implica que as famílias pagam mais de sete mil milhões de euros diretamente, valor denominado como “out of the pocket”.

O valor médio que um indivíduo gasta para ter acesso à saúde ronda os 1100 euros, isto enquanto o prémio médio na saúde em Portugal é de 300 euros nas empresas e 350 euros em particulares, valores que mostram uma discrepância enorme. Está tudo por fazer.

Atualmente, há uma aptidão das pessoas em assinarem planos de saúde que, no entanto, não são seguros, mas simples cartões de descontos. O que tem a dizer sobre isto?

Sim, e a ASF tem muito trabalho a fazer para diferenciar as duas coisas e deixar bem claro o que é uma e o que é outra. Atualmente, depois da casa e do carro, e às vezes até à frente dessas despesas, está a despesa com a saúde, e quando oferecem à pessoa um desconto numa consulta médica, na qual ao invés de gastar 90 euros gasta apenas 60, as pessoas avançam por aí. O problema é que depois da consulta há um exame a fazer, um tratamento ou até um internamento, e o plano de saúde, o tal

cartão que a pessoa adquiriu, já não responde a essas despesas.

A presença da MGEN em Portugal resultou na primeira experiência da mutualista francesa a nível internacional. Porquê em Portugal?

O projeto da MGEN em Portugal tornou-se no primeiro de internacionalização efetiva da seguradora a operar fora de França, ainda por cima num território em que todos os nossos concorrentes selecionam o risco e nós não o fazemos, mas foi uma experiência que correu muito bem. Já a opção por Portugal funcionou como um laboratório, um mercado que se apresentava como difícil, mas que era também visto como o melhor teste que podia ser feito de forma controlada pela sua dimensão. Foi difícil, porque as seguradoras selecionavam o risco e porque não havia nenhum concorrente mutualista a operar, mas foi positivo, de tal forma que a MGEN quer agora copiar este modelo para outras geografias.

O crescimento da MGEN, depois de Portugal, passa por apostas em Espanha e Dinamarca?

Em termos imediatos, sim. Depois, a partir do mercado português, iremos avançar para outras localizações, nomeadamente, Itália e Grécia, países com semelhanças com o território português.

Por agora, estamos a crescer em Portugal, onde já abrimos uma licença de seguradora – a MGEN Portugal Companhia de Seguros S.A. –, que, para além da saúde, tem a missão de acrescentar coisas que em França não fazemos e que vão posteriormente ser feitas em França a partir de Portugal, na área da responsabilidade civil, perdas pecuniárias e acidentes pessoais.

Que outras necessidades do mercado é que estão a surgir desde já às quais a MGEN procura dar resposta?

Particularmente importante nesta atividade é a prevenção, algo que ainda não está a ser feito devidamente. Falamos de um investimento desfasado no tempo, porque estamos a fazer prevenção hoje, mas os resultados podem aparecer apenas daqui a vinte ou mais anos, e, por via disso, a ASF está a fazer um trabalho que entendo fundamental, no estudo de uma solução padronizada para o equilíbrio entre o investimento a fazer agora na prevenção e os resultados que teremos lá mais à frente no tempo.

“Tecnologia e prevenção são os dois pilares que vão transformar o mercado”

Olhando para a frente, quais os principais desafios que se antecipam para a MGEN?

Um dos principais desafios resulta da necessidade de resposta ao aumento dos prémios, porque a evolução demográfica da

população pressiona a frequência no acesso aos serviços de saúde. Por outro lado, a concentração dos operadores privados pressiona o lado do custo médico, sendo o nosso maior desafio gerir esta dupla pressão, o que teremos de fazer com tecnologia, sendo cem por cento digitais, hipereficazes e hiperprodutivos.

Temos, assim, dois pilares que resumem toda esta realidade e o seu próprio futuro: tecnologia e prevenção?

Sem qualquer dúvida, são esses os dois pilares que vão transformar o mercado nos próximos anos. Ao mesmo tempo, as seguradoras tradicionais irão ver as suas margens mais esmagadas, especialmente quando os prémios médios se aproximarem mais do valor out of the pocket per capita. Deste modo, num espaço de cinco a dez anos, acredito que possam surgir mais iniciativas como a MGEN em suportar pessoas que estão “do lado de lá” nos pagamentos diretos.

Também junto dessas pessoas “do lado de lá”, acredita que irá haver um aumento da consciencialização de que precisam de outro tipo de suporte?

Essa consciência será automática quando as pessoas se aperceberem que, ao invés de pagarem, em média, 1100 euros por ano em saúde, podem pagar apenas 700 euros e ter uma poupança de 400 euros. Depois, as margens terão que se adaptar para que o processo de mudança seja mais rápido, com os custos com a saúde a serem comprados através das seguradoras.

ALEXANDRE FONSECA: O HOMEM POR TRÁS DO GESTOR

No coração da inovação e do espírito empresarial português, Alexandre Fonseca destaca-se como um líder visionário e um exemplo de integração entre tecnologia, gestão e humanidade. Numa conversa que une passado e futuro, exploramos o homem por trás do gestor e a filosofia que guia a sua trajetória.

A trajetória e filosofia

Alexandre Fonseca é uma personalidade marcante no panorama empresarial português. Natural da Amadora e oriundo de uma família que sempre valorizou o conhecimento, desde pequeno que se fascinou pela tecnologia. Com apenas dez anos, o seu primeiro computador abriu portas para um mundo de possibilidades, levando-o a desenvolver aplicações e jogos. “Essa experiência foi crucial para conectar a tecnologia ao universo dos negócios”, recorda.

Licenciado em Engenharia, Alexandre fez a sua escolha na Consultoria de Gestão, passando por empresas como a Cooper’s & Library e a PriceWaterhouseCoopers (PwC). Ao longo da sua carreira, construiu uma base sólida com três pilares essenciais: tecnologia, gestão e pessoas. “Estes três elementos são interdependentes, uma vez que, a tecnologia deve ser utilizada para melhorar a gestão e, acima de tudo, para servir as pessoas”, afirma.

A sua curiosidade insaciável e o desejo de explorar o mundo levaram-no a enfrentar novos desafios em diversos países, enriquecendo a sua visão e adaptabilidade. “Essas vivências ampliaram o meu horizonte e ensinaram-me a ajustar-me rapidamente a novas realidades. A diversidade é uma força que deve ser abraçada”, sublinhando a riqueza que cada cultura traz para o mundo dos negócios e a importância de ouvir e respeitar diferentes opiniões.

Além da carreira empresarial, foi atleta de alta competição em andebol, uma experiência que lhe transmitiu o valor do trabalho em equipa e da resiliência. “Aprendi a importância da colaboração e a respeitar os adversários, o que influenciou a minha abordagem na gestão”, compartilha.

Para Alexandre, o equilíbrio entre vida profissional e familiar é fundamental. Valoriza a importância de se desligar do trabalho, mesmo que apenas por um dia, e manter uma comunicação aberta com a família. “Os jantares em família são momentos preciosos de partilha e descontração, e ouvir o meu filho ajuda-me a manter uma perspetiva equilibrada, uma vez que considero o autocuidado como a chave para preservar a saúde mental e emocional. São esses momentos que fortalecem os laços familiares e permitem recarregar as energias”, conclui.

Desafios e estratégias de gestão

Alexandre encontra inspiração no stress e na necessidade de resolver problemas de forma ágil. “O stress e a urgência de resolver questões rapidamente são o que me impulsionam. A disciplina é fundamental para mim, pois planeio o meu dia ao minuto e a pontualidade é uma característica que valorizo. Ter objetivos bem definidos e a capacidade de delegar são chaves para o sucesso. O desafio de recrutar pessoas melhores do que eu próprio é algo que me estimula e dá-me confiança para delegar com eficácia”, enfatiza.

A diversidade de experiências de Alexandre, tanto em Portugal como no estrangeiro, moldou a sua forma de liderar. “Aprendi que enfrentar diferentes contextos permite encontrar soluções criativas e adaptadas a cada situação. Esta flexibilidade constitui uma vantagem competitiva”, afirma. Alexandre identifica cinco pilares essenciais para a liderança: proximidade, conhecimento, liderança pelo exemplo,

capacidade de decisão e comunicação. “Um líder deve estar presente e interagir com todos para compreender os problemas e influenciar a equipa. Deve ter um profundo conhecimento das áreas que lidera, para tomar decisões acertadas e orientar a organização”, defende, acrescentando que um líder deve demonstrar, através das suas ações, o que espera dos outros e tomar decisões que mobilizem a equipa. A comunicação eficaz é crucial para a motivação e envolvimento da equipa, sendo importante adaptar a mensagem e ouvir o feedback como uma oportunidade de crescimento.

Na qualidade de Presidente do Conselho Consultivo do International Club of Portugal, fortalece as relações internacionais do país. “O clube funciona como uma plataforma de colaboração entre líderes empresariais, políticos e culturais, promovendo a troca de ideias e experiências essenciais para o desenvolvimento de soluções inovadoras e reforçar a posição de Portugal a nível global”, afirma o gestor, valorizando a diversidade de pensamentos e culturas, uma vez que acredita ser uma fonte de inovação. “Ao reunir pessoas de diferentes origens e áreas de atuação, conseguimos abordar desafios sob várias perspetivas, encontrando soluções mais eficazes”. Além disso, promove eventos e iniciativas para fomentar a colaboração e a responsabilidade social. “Estamos empenhados em apoiar causas sociais e promover a responsabilidade empresarial”, conclui.

Aprendi que enfrentar

diferentes contextos permite encontrar soluções criativas e adaptadas a cada situação. Esta flexibilidade constitui uma vantagem competitiva

Inovação e responsabilidade social

Como administrador do Tagus Park, Alexandre sente um carinho especial pela instituição e pelo desenvolvimento do maior parque empresarial da Europa. “Aqui, vivemos inovação, ciência e tecnologia todos os dias”. Colabora estreitamente com startups e com o Instituto Superior Técnico, com o objetivo de impulsionar o crescimento das empresas e valorizar o ecossistema que abraça.

Gerir o parque envolve desafios como a logística e a eficiência energética, mas Alexandre salienta a importância de criar um ambiente colaborativo propício à inovação e ao crescimento. “Criar um espaço onde as pessoas se sintam inspiradas e apoiadas é crucial para o desenvolvimento de novas ideias e soluções”.

Assumindo-se um apaixonado pela inteligência artificial (IA), Alexandre vê esta tecnologia como revolucionária, capaz de transformar setores como a saúde e a justiça. No entanto, reconhece

que a inteligência emocional humana permanece insubstituível. “A tecnologia deve sempre ter como objetivo melhorar a vida das pessoas, e a sua implementação deve ser ética e responsável, sempre voltada para o benefício da sociedade”, sublinha, acrescentando que a educação é essencial para a integração bem-sucedida da IA nas empresas, defendendo ainda a importância da formação contínua ajustada às necessidades do mercado. Alexandre tem estado ativamente envolvido em iniciativas que promovem a literacia digital e o desenvolvimento de competências tecnológicas, especialmente entre os jovens. “Ao capacitar os jovens, garantimos um futuro mais inovador e sustentável”.

Otimizando a sua visão sobre o futuro do trabalho, Alexandre Fonseca vê a transformação do mercado como uma oportunidade para novas possibilidades. “Uma organização onde as pessoas estão felizes tende a ser mais bem-sucedida. A meritocracia e o reconhecimento são fundamentais”, destaca, sublinhando a necessidade de repensar o sucesso no contexto atual, onde o teletrabalho e a flexibilidade horária são altamente valorizados. “O tempo é uma moeda preciosa. As empresas precisam adaptar-se a esta nova realidade para atrair e reter talentos”.

Alexandre acredita que as empresas devem ir além do lucro e contribuir para um mundo melhor. “A responsabilidade social é uma extensão da missão empresarial, utilizando os recursos e competências para gerar um impacto positivo”. Envolvido em várias iniciativas comunitárias focadas em educação e sustentabilidade ambiental, defende que a educação é a chave para um futuro promissor. “Investir na educação é essencial para o desenvolvimento da sociedade. As empresas devem colaborar com escolas e universidades para preparar os jovens para os desafios do futuro, criando oportunidades e facilitando a transição para o mercado de trabalho”.

Pequenas ações, como a redução de resíduos e o uso eficiente dos recursos, podem fazer uma grande diferença. Ao adotar práticas sustentáveis, as empresas não só ajudam o meio ambiente, mas

também se tornam mais competitivas. Alexandre acredita que é possível fazer a diferença fora da política. “A coragem de desafiar o status quo é essencial para moldar a sociedade”.

Investir na educação é essencial para o desenvolvimento da sociedade. As empresas devem colaborar com escolas e universidades para preparar os jovens para os desafios do futuro, criando oportunidades e facilitando a transição para o mercado de trabalho

Neste contexto, o nosso entrevistado expressa ainda o desejo de deixar um legado de inovação e compromisso social, inspirando outros a seguir os seus sonhos e a lutar por um mundo melhor. “O meu objetivo é deixar um legado que contribua para um Portugal melhor. Quero olhar para trás e sentir que fiz a diferença”. Com uma trajetória impressionante, Alexandre revela o poder da curiosidade, disciplina e desejo de aprender. “Cada pessoa tem algo único a oferecer. O meu papel como líder é ajudar a descobrir e potenciar essas qualidades”, acreditando que a inovação e a colaboração serão cruciais para enfrentar os desafios futuros. “Estamos numa era de transformação rápida. A capacidade de adaptação e a vontade de aprender serão as chaves para o sucesso”. A finalizar a entrevista, Alexandre expressa o desejo de ser lembrado como alguém que teve sucesso e fez a diferença na vida das pessoas. “Quero inspirar os outros a seguir os seus sonhos e a nunca desistir”, conclui.

EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NA CONTABILIDADE AÇORIANA

Há 57 anos, a Contabilaçores foi fundada, nos Açores, com um propósito claro: oferecer serviços de contabilidade e fiscalidade de excelência num mercado ainda em desenvolvimento. Desde então, a empresa, agora sob a liderança de Emanuel Cordeiro, filho do fundador, tem adaptado as suas operações às mudanças constantes do setor, mantendo-se como uma referência incontornável para empresas e contribuintes das ilhas açorianas.

Adaptação às novas realidades e crescimento sustentado

A história da Contabilaçores é marcada pela inovação e resiliência, com uma atenção constante à evolução das necessidades dos seus clientes. “Fundada em 1967 pelo meu pai, um contabilista de excelência, a empresa oferece serviços de alta qualidade que antes eram difíceis de encontrar nos Açores”, explica Emanuel Cordeiro. Desde a sua fundação, a Contabilaçores expandiu a sua atuação para além dos Açores, servindo também clientes na Madeira e em Lisboa. Contudo, o foco permanece nas ilhas açorianas, onde a proximidade com os clientes é um dos maiores trunfos da empresa.

Emanuel Cordeiro, que se juntou à empresa em 1978, lembra-se do impacto que o trabalho do seu pai teve na comunidade empresarial local e a forma como ele próprio desenvolveu uma paixão pela contabilidade. “Acredito que a contabilidade deve ser tão imediata e atual quanto a informação que obtemos numa caixa automática (ATM), atendendo às exigências dos empresários e contribuintes para decisões precisas e em tempo real”, afirma.

Este compromisso com a precisão e a atualidade levou a Contabilaçores a adotar uma abordagem tecnológica cada vez mais integrada. A empresa investiu em ferramentas eletrónicas avançadas, que permitem aos clientes aceder a atualizações financeiras diárias. “A nossa transformação tecnológica está a facilitar a vida dos nossos clientes e a permitir uma gestão mais eficiente das suas informações financeiras”, refere.

No entanto, o sucesso da Contabilaçores não se deve apenas à sua capacidade de acompanhar os tempos. A sua abordagem personalizada e o compromisso com a qualidade humana são igualmente decisivos. “A minha equipa e eu deslocamo-nos quase todas as semanas, durante todo o ano, às diferentes ilhas para apresentar resultados recentes e apoiar nas decisões dos nossos clientes. A contabilidade é feita através das pessoas, e a nossa missão é ajudar a escrever a história de cada empresa desde o início”, sublinha o CEO.

A nossa transformação tecnológica está a facilitar a vida dos nossos clientes e a permitir uma gestão mais eficiente das suas informações financeiras

Diferenciação através da proximidade e relações humanas

Um dos aspetos que distingue a Contabilaçores da concorrência é o seu envolvimento direto com os clientes. Emanuel Cordeiro destaca a importância da proximidade e da presença física nas ilhas mais pequenas, como Corvo e Graciosa, onde o apoio regular aos empresários locais é essencial para garantir decisões empresariais assertivas. “Esta semana estive na Ilha de Santa Maria e na próxima irei para o Pico, seguindo para São Jorge e Flores. Estamos em todas as ilhas dos Açores todos os meses. O nosso trabalho destaca-se pela sua qualidade humana e proximidade”, partilha o líder da empresa.

A abordagem humanizada da Contabilaçores é, aliás, um dos pilares fundamentais da sua estratégia de sucesso. “O papel de um contabilista certificado e da sua equipa é semelhante ao de uma equipa médica numa cirurgia: é crucial para o funcionamento da empresa”, explica Emanuel. Ele acredita que, embora a tecnologia seja uma mais-valia para melhorar a eficiência dos processos contabilísticos, não deve nunca substituir o contacto humano, essencial para entender as reais necessidades dos clientes.

Emanuel Cordeiro, CEO

Serviços de qualidade para empresas e contribuintes individuais

Além de apoiar grandes empresas e microempresas, a Contabilaçores também se destaca no apoio a contribuintes individuais, especialmente na complexa área do IRS. “Este nicho, coordenado com grande sucesso pela minha irmã Guida Cordeiro, é muito valorizado para quem tem o conhecimento adequado”, destaca Emanuel. A empresa tem uma equipa especializada que auxilia contribuintes com dúvidas relacionadas com transações, trocas, permutas e reformas do estrangeiro, sempre com um foco em oferecer soluções práticas e personalizadas.

Este nível de detalhe e atenção é algo que faz parte do ADN da Contabilaçores desde a sua fundação. A relação próxima com os clientes, o grande conhecimento da realidade fiscal e contabilística dos Açores, e a capacidade de adaptação constante são fatores que continuam a destacar a empresa no competitivo mercado atual.

Um olhar para o futuro

Com quase seis décadas de existência, a Contabilaçores não está apenas focada no presente, mas também no futuro. Emanuel Cordeiro está consciente da importância de uma transição geracional bem planeada, garantindo que a empresa continue a prosperar e a inovar nos próximos anos. “Espero que a Contabilaçores celebre 100 anos, o que poderá não acontecer na atual gestão, mas sim com a futura liderança da próxima geração ou de outros responsáveis”, admite o CEO. Este planeamento estratégico inclui a incorporação de profissionais jovens e qualificados, que trazem novas ideias e energias à empresa. “Os próximos cinco anos serão cruciais para a evolução da Contabilaçores”, projeta Emanuel, referindo-se à necessidade de manter a relevância num setor cada vez mais exigente.

Além disso, o mercado global tem mostrado interesse na empresa, com potenciais compradores a manifestarem interesse em adquirir total ou parcialmente a Contabilaçores. No entanto, Emanuel Cordeiro mantém uma postura cautelosa: “Ainda não chegámos a acordos concretos”, revela, mostrando que o foco da empresa permanece na melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados e no fortalecimento das suas relações com os clientes.

“Não posso deixar de realçar o papel crucial de apoio que passei a ter com a liderança da Bastonária Paula Franco à frente da OCC que me ajuda a ser melhor contabilista certificado e motiva pela sua proximidade a todos nós contabilistas certificados”.

Valorização dos colaboradores

Outro aspeto central da filosofia empresarial da Contabilaçores é a valorização dos seus colaboradores. Com cerca de 60 empregados, a empresa tem uma responsabilidade social significativa, algo que Emanuel leva muito a sério. “Cada um dos nossos colaboradores representa uma família. A empresa precisa estar organizada e segura para garantir o bem-estar desses colaboradores”, explica.

Esta visão reflete-se nas condições de trabalho oferecidas pela Contabilaçores, que vão além dos aspetos financeiros. “A Contabilaçores já se destaca ao oferecer 15 vencimentos anuais, aos seus

cc´s - contabilistas certificados o que proporciona uma maior satisfação e disposição para os seus profissionais”, referindo que também considera essencial no futuro garantir seguros de vida e outros apoios familiares para os colaboradores.

Esta abordagem de gestão de pessoas, que Emanuel Cordeiro adquiriu ao longo dos anos, é influenciada pela sua paixão pelo voleibol, desporto que praticou durante 25 anos. “Essa paixão pelo voleibol trouxe uma dinâmica de determinação e resiliência para a minha abordagem profissional na contabilidade”. A dedicação aos colaboradores e clientes faz parte do sucesso da empresa, tornando a Contabilaçores num exemplo de boa gestão de recursos humanos e um parceiro de confiança para os empresários açorianos.

Compromisso com a excelência

A história da Contabilaçores é, sem dúvida, uma história de sucesso. Ao longo de mais de 50 anos, a empresa soube manter-se fiel aos seus valores fundamentais, enquanto evoluía para se adaptar às novas realidades do mercado. Emanuel Cordeiro, seguindo as pegadas do seu pai, tem liderado a empresa com uma visão clara de futuro, focada na inovação tecnológica, sem nunca perder de vista o fator humano.

“A nossa missão é oferecer um serviço de excelência a todos os clientes, independentemente do seu tamanho”, afirma o CEO. Este compromisso com a qualidade e a proximidade com os clientes continuará a ser o principal motor de crescimento da Contabilaçores, que, nas palavras de Emanuel Cordeiro, pretende “continuar a escrever a história das empresas açorianas, em todas as ilhas”.

Com um olhar atento ao futuro e uma forte ligação às suas raízes, a Contabilaçores promete manter-se como um pilar fundamental do tecido empresarial açoriano durante muitos anos.

geral@contabilacores.pt

Ana Fernandes, Diretora Técnica da Farmácia Oliveira

“UMA FARMÁCIA PARA TODOS”

Ana Fernandes, Diretora Técnica da Farmácia Oliveira, revela a adaptação às necessidades da comunidade, a importância da formação contínua para a qualidade dos serviços prestados e os desafios que o setor enfrenta, nomeadamente, a redução das margens de lucro e o acesso a medicamentos.

A Farmácia Oliveira, localizada no meio das planícies alentejanas, fica situada numa das principais avenidas de Beja. Como e quando surgiu a Farmácia?

A Farmácia Oliveira foi adquirida pelos meus pais em 1977. O meu pai lecionava na Faculdade de Farmácia, em Lisboa, e a minha mãe estava a terminar o estágio final do curso de Ciências Farmacêuticas. Souberam que uma farmácia estava à venda em Beja, cidade onde a minha mãe nasceu e foi criada e, visto já estar grávida de mim, decidiram abraçar este novo projeto numa cidade mais tranquila.

Nessa altura, a farmácia encontrava-se na zona histórica de Beja, num prédio centenário que, com o passar dos anos, tornou as condições de trabalho e salubridade precárias. Assim, a minha mãe tomou a decisão de mudar a localização da farmácia, pediu a transferência ao INFARMED e aqui estamos nós, nesta avenida, que tem vindo a desenvolver-se nos últimos anos.

De que forma a Farmácia Oliveira concilia a oferta de produtos e serviços tradicionais com áreas mais especializadas, como a nutrição e a estética?

Nós, tal como muitas outras farmácias do país, talvez devido ao “esmagamento” das margens de lucro – a margem das farmácias portuguesas continua a ser a mais baixa da Europa, a par da Roménia – e à enorme concorrência online e das grandes superfícies, fomos levados a expandirmo-nos, e bem, segundo a minha opinião, para outras áreas, que não só nos ajudam a subsistir, como facilitam o acesso dos utentes a uma panóplia de serviços, os quais promovem a sua saúde e bem-estar.

No nosso caso específico, foi uma situação gradual. O facto de termos umas instalações amplas e com diversos gabinetes, também ajudou à sua implantação. Hoje, temos os serviços de estética, nutrição, podologia, massagem, osteopatia, temos acordos com a Bébé3D e a Medicapilar, e continuamos na demanda de encontrarmos outros serviços que possam ir de encontro às necessidades dos nossos utentes.

A formação contínua das equipas de profissionais qualificados é cada vez mais um investimento da generalidade das empresas. Neste contexto, como garante a Farmácia Oliveira a qualidade dos serviços prestados?

A formação continua é obrigatória, quer para a componente farmacêutica – para mantermos a nossa cédula profissional –,

quer para a componente técnica, pois as entidades patronais têm de fornecer um mínimo de 40 horas anuais de formação aos seus funcionários. Em ambos os casos, existem muitas ofertas de cursos para reciclar o nosso conhecimento e estarmos a par de novos desenvolvimentos. Eu, pessoalmente, gosto muito das formações da Escola de Pós-Graduação em Saúde e Gestão da ANF – Associação Nacional das Farmácias. Considero que se encontram sempre atualizadas e ajustadas ao momento (talvez, por vezes, um pouco extensas). No decurso do ano corrente já frequentei e terminei mais de 10 formações, tal como a minha equipa farmacêutica.

A componente técnica da equipa nem sempre consegue usufruir das formações da Escola de Pós-Graduação em Saúde e Gestão, pois muitas são exclusivas para farmacêuticos, mas hoje em dia já existem muitas empresas com oferta formativa no âmbito de saúde e bem-estar. Tenho um arquivo onde guardo todos os certificados de aproveitamento das formações e assim sei que todos vamos disfrutando de novos conhecimentos, mantendo a qualidade dos nossos serviços.

O que considera serem as maiores oportunidades e desafios que a Farmácia Oliveira enfrenta atualmente na área da saúde e do bem-estar?

Encontramo-nos num cenário de conflitos internacionais que altera toda a dinâmica comercial dos países. Existem faltas de matérias-primas ou subidas exageradas das mesmas, laboratórios farmacêuticos que se deslocaram para outros países, ocorrendo falhas nas cadeias de entrega de medicamentos. A lista de medicamentos rateados aumenta de mês para mês, tal como os medicamentos esgotados ou indisponíveis. Eu penso que o maior desafio para as farmácias, neste momento, é conseguir encontrar, e o termo é mesmo este, o fornecedor que, na altura certa, poderá ter uma maior quantidade do medicamento de que os utentes necessitam. Claro que, hoje em dia, tudo tem um estigma comercial, pelo que, para além de existir um rateio grande de medicamentos, consoante o valor de compras que fazemos ao fornecedor, maior ou menor será a quantidade de medicamentos a que, como farmácia, temos acesso. É uma gestão de stock muito exigente.

Oportunidades… está-se a iniciar uma sensibilização para a importância estratégica da gestão das situações clínicas ligeiras na Farmácia Comunitária, aliviando a sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e facilitando o acesso dos utentes aos cuidados primários. Responder a doenças sem gravidade, vacinar, renovar a medicação do utente, são situações perfeitamente plausíveis para ocorrerem em Farmácia Comunitária. Temos capacidade técnico-científica para tal, temos um amplo

Somos farmacêuticos, somos profissionais de saúde e, por vezes, apenas um ombro amigo. Trabalhamos todos os dias com o objetivo da promoção da Saúde e prevenção da Doença

acesso aos utentes e, em estreita comunicação com os médicos, poderemos melhorar os resultados em saúde para a pessoa que vive com doença e a prevenção da doença para a população em geral. Penso que este será o caminho evolutivo para as farmácias, que será um benefício para todos.

Como analisa o panorama atual do setor farmacêutico?

Tal como dito anteriormente, as farmácias estão a passar por uma altura em que as margens dos medicamentos são muito reduzidas. Assim, o farmacêutico tem de ser, também, um gestor do seu próprio negócio. Temos de nos fidelizar a Grupos de Compras para obter melhores condições de compras de medicamentos e assim subsistir no mercado. Os Grupos, por outro lado, regem-se com obrigatoriedades de quotas de venda dos laboratórios, seus parceiros. Ou seja, tenho que alinhar as minhas compras para cumprir os objetivos dos Grupos, e libertar assim margem para enfrentar os encargos mensais da farmácia, em vez de ser unicamente uma profissional de saúde, eticamente isenta de qualquer imposição.

No âmbito do Dia do Farmacêutico, que mensagem gostaria de transmitir à comunidade sobre a importância do papel do farmacêutico e das farmácias na sociedade?

Eu penso que não é necessário transmitir a importância do farmacêutico ou das farmácias à sociedade. Todos os dias somos reconhecidos pela mesma em relação às dúvidas expostas, pelos conselhos pedidos ou pelo simples olhar agradecido de resolução de um problema. Somos farmacêuticos, somos profissionais de saúde e por vezes apenas um ombro amigo. Trabalhamos todos os dias com o objetivo da promoção da Saúde e prevenção da Doença. Damos o nosso melhor.

farmacia.oliveira.beja@gmail.com www.farmaciaoliveirabeja.pt

Equipa da Farmácia

DIA DO FARMACÊUTICO

O farmacêutico é um profissional especializado no medicamento e desempenha as mais variadas funções dentro do circuito medicamentoso. Intervém enquanto especialista em análises clínicas, em áreas assistenciais e de prestação de cuidados de saúde diferenciados.

Os farmacêuticos exercem a sua atividade em áreas clássicas como farmácia comunitária local onde os portugueses se deslocam quando têm um problema de saúde, sendo habitualmente os farmacêuticos comunitários o primeiro ponto de contacto entre o cidadão e o sistema de saúde. Nestes locais prestam serviços como a promoção da literacia em saúde, dispensa de medicamentos e transmissão de informações de utilização, ensino e avaliação da técnica de utilização de dispositivos médicos; administração de medicamentos injetáveis e vacinas fora do plano nacional de vacinação, aconselhamento, acompanhamento e encaminhamento da pessoa com doença para o médico de família ou especialidade, quando pertinente, entre outras.

No dia 26 de setembro comemora-se, em Portugal, o Dia de São Cosme e São Damião – padroeiros da profissão farmacêutica – motivo pelo qual a Ordem dos Farmacêuticos, em 1989, adotou esse dia como «Dia Nacional do Farmacêutico».

Desde então, a Ordem dos Farmacêuticos assinala a efeméride com a realização de várias atividades e iniciativas marcadas pelo convívio e confraternização entre colegas e pela valorização do papel destes profissionais de saúde na sociedade. As comemorações do Dia do Farmacêutico são organizadas todos os anos, de forma rotativa, pelas três Secções Regionais da OF e envolvem várias outras ações em diversos pontos do País, muitas das quais de farmacêuticos a título individual ou de outras organizações e associações setoriais. Este ano, as comemorações do Dia Nacional do Farmacêutico são organizadas pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos (SRC-OF) e têm como ponto alto a realização de uma Sessão Solene Comemorativa, no dia 26 de setembro (quinta-feira), a partir das 16:30 horas, no Convento de São Francisco, na cidade de Coimbra. Cumprindo assim uma tradição com mais de três décadas, a OF vai homenagear vários farmacêuticos, entre os quais os que

completam 50 anos de licenciatura e dedicação à profissão, e também distinguir os alunos que obtiveram classificações mais elevadas no Mestrado Integrado em Ciência Farmacêutica nas várias Instituições de Ensino Superior que lecionam o MICF.

Fonte: Ordem dos Farmacêuticos

CNF’24

O Congresso Nacional dos Farmacêuticos está de volta!

O Congresso Nacional dos Farmacêuticos está de volta, no seu formato mais tradicional, depois de uma última edição em formato online Seis anos depois, os farmacêuticos portugueses voltam a reunir presencialmente no Centro de Congressos de Lisboa, nos dias 21, 22 e 23 de novembro, para o maior encontro nacional da profissão farmacêutica, novamente a par com a realização da Expofarma, também ela a maior feira nacional dedicada ao setor farmacêutico.

Expofarma 2024

Seja um dos protagonistas do futuro da saúde!

O maior evento do setor farmacêutico

A Expofarma tem como objetivo ser o ponto de partida para o futuro da saúde. É um evento de referência na área, promove a inovação, a qualidade dos cuidados de saúde, o networking e a sensibilização do público para a importância da saúde e bem-estar comum. 21, 22 e 23 de novembro de 2024 no Centro de Congressos de Lisboa.

O PRÉMIO QUE INCENTIVA AS FARMÁCIAS A INOVAREM

PELA SAÚDE E O BEM-ESTAR DAS SUAS COMUNIDADES

70

FARMÁCIAS ENVOLVIDAS DE FORMAÇÃO DA CATÓLICA-LISBON

40 16 20 PARA AJUDAR A CONCRETIZAR PROJETOS DIFERENCIADORES

HORAS DE CONSULTORIA CIENTÍFICA DO INSTITUTE FOR EVIDENCE-BASED HEALTH (ISBE)

PARCEIROS INSTITUCIONAIS

HÁ SEMPRE UM FARMACÊUTICO

Os farmacêuticos têm demonstrado ao longo dos anos o seu valor e contributo inestimável para a saúde das pessoas e para a sustentabilidade do país. Desde a sua intervenção na jornada de saúde e doença das pessoas enquanto profissionais que desempenham as suas funções nas farmácias comunitárias e contexto hospitalar até à sua participação enquanto elementos das equipas de investigação e desenvolvimento na indústria farmacêutica, os farmacêuticos têm contribuído para apresentar soluções tecnológicas e inovadoras para os problemas de saúde que afetam populações por todo o mundo e, assim, contribuir para melhorar os indicadores de saúde que são alvo de análise todos os anos.

Os farmacêuticos, como tantos outros profissionais de saúde, estão sempre onde são necessários, empenhados e ao serviço de todos e de cada um que precise de mais saúde.

Sempre, e de cada vez que um dos mais de 500 mil portugueses que diariamente vão às farmácias comunitárias entram em busca de aconselhamento, os farmacêuticos juntam o seu conhecimento e rigor a cada embalagem de medicamento que entregam com vista à sua segurança, saúde e bem-estar. São profissionais e membros ativos das suas comunidades, através de campanhas e programas de promoção de literacia em saúde e prevenção da doença, contribuindo para a mudança de comportamentos. Zelam pelos vizinhos que mais precisam, pelos idosos e enfermos e nas suas próprias casas, prestam conforto, apoio e os melhores cuidados ao seu alcance.

Os farmacêuticos têm conseguido trilhar um caminho de maior proximidade com as pessoas, de contribuição para o sistema de saúde e de melhoria no acesso aos cuidados de saúde. E, embora haja ainda um caminho a percorrer, tem havido reconhecimento por parte do poder político e das pessoas. Recordemos, por exem-

plo, a implementação do serviço de dispensa em proximidade dos medicamentos de contexto hospitalar que agora lhe permite ter os medicamentos de que mais precisa, ainda mais perto. Ou então, o serviço de renovação da prescrição da terapêutica crónica que reconhece o papel ativo do farmacêutico na rede de prestação de cuidados de saúde e que lhe dá espaço para contribuir, através de uma abordagem multidisciplinar, para o tratamento e controlo de uma doença crónica.

De cada vez que pensa sobre o seu estado de saúde, saiba que há sempre um farmacêutico disponível e empenhado para o ajudar e encontrar uma solução, se o seu contexto de saúde assim o exigir. Não só estes profissionais contribuem para a descoberta de novas tecnologias e soluções terapêuticas, como procuram garantir que existe equidade no acesso às mesmas. E o que seria de nós se não existissem farmacêuticos na área da distribuição farmacêutica que asseguram mais de 6 mil entregas diárias por todo o país, e cuja máxima preocupação é garantir as melhores condições de armazenamento? São eles que garantem que tem o medicamento certo à hora certa.

Os farmacêuticos têm conseguido trilhar um caminho de maior proximidade com as pessoas, de contribuição para o sistema de saúde e de melhoria no acesso aos cuidados de saúde

Também os farmacêuticos nos hospitais, heróis quase invisíveis, integram a sua equipa de saúde e discutem qual a melhor solução para si, em conjunto com os restantes profissionais que lhe prestam cuidados. Saiba que, diariamente, há farmacêuticos que contribuem para o desenho e fortalecimento de políticas de saúde e que almejam chegar mais longe, integrar outras áreas para que possamos ter mais e melhor saúde.

Saiba que, em qualquer lugar, há sempre um farmacêutico!

Carolina Simão, Secretária-Geral da direção da APJF

OPELLA: UM COMPROMISSO COM A SAÚDE DE TODOS OS PORTUGUESES

No Dia do Farmacêutico, é com orgulho que a Opella celebra o papel central dos farmacêuticos e das farmácias de oficina, que constituem a primeira linha de defesa na promoção da saúde em Portugal. O compromisso da nossa companhia está alinhado com este propósito de proximidade, ao entregar mais saúde nas mãos de todos os portugueses, promovendo uma maior literacia em saúde, tanto para os nossos consumidores como para todos os stakeholders envolvidos no sistema de cuidados de saúde.

A nossa visão passa por garantir que cada pessoa tenha acesso a informações claras e corretas, e soluções de saúde adequadas às suas necessidades. Num cenário onde a população portuguesa está cada vez mais envelhecida, torna-se imprescindível o papel do farmacêutico como conselheiro e suporte direto para aqueles que, muitas vezes, se encontram desprovidos de acompanhamento regular e próximo, como é o caso de muitos idosos.

As farmácias de oficina desempenham um papel crucial para evitar a sobrecarga do Sistema Nacional de Saúde (SNS). São elas o primeiro ponto de contacto para muitos utentes que procuram soluções para problemas de saúde comuns, funcionando como um filtro essencial para identificar casos que requerem atenção médica mais especializada. Ajudam, assim, a evitar deslocações desnecessárias às urgências hospitalares, libertando os recursos do SNS para aqueles que mais necessitam. Nos nossos dias, os farmacêuticos são, em muitas ocasiões, os primeiros profissionais

a quem a população idosa recorre quando enfrenta uma questão de saúde. Estes profissionais de saúde não só oferecem conselhos valiosos como desempenham um papel fundamental na triagem de sintomas, ajudando a identificar situações que possam requerer a intervenção de um médico. Este acompanhamento é especialmente importante para aqueles que vivem sozinhos, sem a quem recorrer, e que muitas vezes podem sentir-se perdidos ao tentar gerir a sua saúde.

A Opella reconhece e valoriza esta realidade, sendo a nossa missão diária apoiar os farmacêuticos com soluções de saúde de qualidade e confiança nas várias categorias onde operamos, como laxantes, soluções gastrointestinais, medicamentos para tosse, dor abdominal, alergias, descongestionantes, entre outras. Estas soluções são desenhadas para facilitar o trabalho dos farmacêuticos e oferecer aos utentes a tranquilidade de estarem a utilizar produtos eficazes, que podem melhorar a sua qualidade de vida.

Na Opella, acreditamos que a literacia em saúde é um pilar essencial para a construção de uma sociedade mais saudável. Queremos contribuir para que os consumidores façam escolhas informadas e conscientes, entendendo melhor os seus sintomas e identificando as melhores soluções para os seus problemas de saúde, com o apoio dos farmacêuticos. Para nós, um utente bem informado é um utente mais saudável.

Neste Dia do Farmacêutico, sublinhamos a importância de uma relação forte e contínua entre a Opella e os farmacêuticos portugueses, que trabalham incansavelmente para garantir a saúde e o bem-estar de toda a população. Sabemos que o sucesso na promoção da saúde depende, em grande parte, da colaboração entre todos os intervenientes, e estamos comprometidos em continuar a apoiar a classe farmacêutica, para que possam desempenhar o seu papel de forma ainda mais eficiente e eficaz.

Pedro Gouveia, Opella Country Head Portugal
Equipa Opella

TRICOLOGIA NA FARMÁCIA UMA NOVA DIMENSÃO

ESPECIALISTASEM

DO ACONSELHAMENTO CAPILAR

O desenvolvimento de serviços nas farmácias comunitárias tem transformado a forma como cuidamos da nossa saúde. Com comodidade, proximidade e confiança, os farmacêuticos têm-se revelado verdadeiros parceiros de saúde, disponibilizando um acompanhamento cada vez mais personalizado. Serviços como Nutrição, Podologia e Dermocosmética já fazem parte do dia a dia de muitos, refletindo uma evolução que aproxima ciência e bem-estar

Hoje, a beleza caminha lado a lado com a ciência. O crescente interesse por produtos cosméticos com ingredientes farmacêuticos é uma tendência clara, e a saúde capilar não fica de fora. A inovação tecnológica, a introdução de novos ingredientes e as formulações avançadas que chegam ao mercado capilar estão a abrir novas possibilidades de aconselhamento. Paralelamente, a personalização nos cuidados de saúde está a redefinir o papel do farmacêutico, tornando-o um protagonista no acompanhamento de cada cliente.

Aconselhamento Capilar by Bioscalin®

A vasta experiência do farmacêutico em saúde, aliada ao rápido acesso a inovações, faz dele um aliado essencial para quem procura soluções para patologias ou preocupações com o couro cabeludo e cabelo. É neste contexto que a Bioscalin®, a marca italiana líder no mercado anti-queda1, escolheu as farmácias como parceiras no aconselhamento personalizado dos seus cuidados capilares. Bioscalin®,

do laboratório Giuliani, disponibiliza seis gamas de produtos no mercado português, abrangendo a queda de cabelo, caspa, distúrbios do couro cabeludo e coloração.

Nas farmácias especialistas em aconselhamento capilar by Bioscalin®, qualquer pessoa pode marcar uma sessão de aconselhamento, onde o couro cabeludo e a fibra capilar são analisados em detalhe através da tricoscopia, pelas mãos de um farmacêutico especializado. Esta abordagem tecnológica e inovadora permite ao cliente visualizar, no ecrã, o estado do seu cabelo e couro cabeludo, garantindo um diagnóstico mais preciso e soluções personalizadas.

Vivemos numa era onde a personalização é cada vez mais valorizada, e o serviço de tricoscopia abre portas a uma nova dimensão do cuidado capilar. Para os clientes, oferece a possibilidade de aceder a tratamentos feitos à medida, com base em diagnósticos rigorosos. Para as farmácias, representa uma oportunidade de inovação e diversificação de serviços, elevando o padrão de atendimento e reforçando o seu papel como espaço de saúde de excelência.

Sofia Quintas, Farmacêutica Medical Business Manager

Boiron Portugal

1 - Fonte New Line, Mercado Antiqueda Capilar, SO Valor MAT 06/23

A MELHOR VERSÃO DO SEU CABELO

do cabelo em fase de crescimento, após 1 mês de tratamento1

Beatrice Venezi, maestrina de orquesta italiana. *Fonte New Line, Mercado Antiqueda Capilar, SO Valor MAT 06/23.
and female subjects affected by Telogen Effluvium.

SEDE DA OF VOLTARÁ A RECEBER OS FARMACÊUTICOS

Créditos: Ordem dos Farmacêuticos

Três anos após o início das obras, a Sede Nacional e da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos (SRSRA-OF), localizada na Rua da Sociedade Farmacêutica, reabrirá as suas portas no próximo dia 23 de setembro. A cerimónia oficial de inauguração, marcada para as 18h30, será transmitida online através dos canais digitais da Ordem e da SRSRA-OF, permitindo que todos os farmacêuticos do país acompanhem este momento especial.

Para a sessão de inauguração está confirmada a presença de Ana Paula Martins, Ministra da Saúde, e de Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Por limitação de lugares, não será possível convidar todos os farmacêuticos a estarem presentes. Queremos, no entanto, que todos os farmacêuticos interessados conheçam a sua renovada Sede. Por isso, a partir de 30 de setembro, todos os interessados poderão visitar as instalações, mediante agendamento que poderão efetuar desde já aqui. Independentemente deste agendamento, os farmacêuticos poderão dirigir-se normalmente à Sede para aceder aos serviços da instituição, no seu horário habitual e sem necessidade de marcação.

Com mais de 120 anos de história, a Sede da OF voltará a receber os farmacêuticos portugueses e a sociedade civil. A

preservação da imagem original, com a ampliação “tipo mansarda” e integração de um novo edifício, confere à Sede uma imagem renovada, sóbria e contemporânea, consistente com as características morfológicas do tecido urbano onde se insere, adaptado às necessidades atuais e futuras da instituição. Além de preservar a identidade urbana do edifício, o projeto salvaguardou ainda vários elementos de valor arquitetónico, nomeadamente a escadaria de entrada, o Salão Nobre e a biblioteca. https://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/noticias/sede-da-of-voltara-a-receber-os-farmaceuticos/

Fonte: Ordem dos Farmacêuticos

Prémios Almofariz 2024: Uma cerimónia especial para celebrar 30 anos

Os Prémios Almofariz são a celebração da Farmácia, constituindo um espaço privilegiado para a relação dos diversos elementos do meio farmacêutico como intervenientes fundamentais da Saúde Pública. Atribuídos pela primeira vez em abril de 1995, os Prémios Almofariz é uma iniciativa anual da revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO. Nesta 30ª edição da grande festa das farmácias e dos farmacêuticos – cuja cerimónia se realizará

no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, a 24 de outubro – serão premiadas as seguintes categorias: Anúncio Profissional do Ano; Desafiar o Futuro; Produto do Ano; MNSRM do Ano; Produto de Dermocosmética do Ano; Laboratório do Ano; Farmácia Hospitalar do Ano; Intervenção na Comunidade; Farmácia do Ano; Projeto do Ano e Figura do Ano.

ANF - Associação Nacional das Farmácias

A publicação da nova lista de medicamentos passíveis de integrarem a dispensa de medicamentos hospitalares em farmácia comunitária é um primeiro passo essencial para o arranque do serviço. Para a presidente da ANF, “a medida terá um impacto muito positivo para a população, em particular para as pessoas que atualmente têm de percorrer muitos quilómetros para aceder à sua medicação, e que em breve o poderão fazer na sua farmácia, em proximidade e com o acompanhamento profissional do farmacêutico comunitário em conjunto com a equipa hospitalar”. Ema Paulino considera que o passo seguinte passará pelo alargamento da lista agora publicada, “de modo a abranger os medicamentos até agora incluídos nos projetos-piloto e, de forma progressiva, incluir outras terapêuticas que beneficiem igualmente os utentes”.

Fonte: ANF

APEF – Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia

Estudantes de Farmácia vão discutir “Saúde Global: Uma Visão Além-Fronteiras”

A IX edição do Congresso Nacional de Estudantes de Farmácia (CNEF), da responsabilidade da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) e subordinado ao tema “Saúde Global: Uma Visão Além-Fronteiras”, vai realizar-se nos dias 27, 28 e 29 de setembro.

AFP – Associação de Farmácias de Portugal

Presidente da AFP defende em Podcast “Farmácias vão ter um papel central na prestação de cuidados de saúde”

Isabel Correia Cortez, Presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP) foi a convidada do segundo episódio do Podcast “A Farmácia e o Farmacêutico no Centro da Saúde” da Rede Premium Farma e defendeu, em conversa com Humberto Gameiro, que as farmácias vão desempenhar brevemente um papel central na prestação de cuidados de saúde à população.

A presidente da AFP contextualizou o trabalho desenvolvido pela associação em benefício dos interesses dos associados e falou do seu projeto inovador, na defesa da saúde pública, “Seringas Só no Agulhão” que a associação gostaria de ver implementado nas mais de 3000 farmácias existentes em território nacional.

Isabel Correia Cortez declarou que o caminho das farmácias deve passar pela sua afirmação na prestação de cuidados de saúde e que o seu modelo de remuneração deve ser pensado além da mera dispensa de medicamentos, considerando o papel das farmácias ao serviço da saúde pública e das populações.

Fonte: AFP

PORTUGAL HEALTHCARE

INNOVATION SUMMIT 2024

25 de setembro de 2024

Local: Eurostars Universal Lisboa Hotel

Gestão Inovadora em Saúde, Transformação Digital nos Cuidados de Saúde, Inteligência Artificial e Grandes Dados, Infraestruturas Hospitalares e Equipamento Médico, Inovação Terapêutica e Farmacêutica.

Junte-se ao Movimento na Série de Cúpulas de Inovação em Saúde

A Série HIS une importantes partes interessadas regionais – autoridades governamentais, reguladores, administradores hospitalares, pagadores, investidores, inovadores e especialistas clínicos – para promover discussões que levam à transformação real dos cuidados de saúde no mundo real.

Na Cimeira de Inovação em Saúde de Portugal 2024, serão realizadas conversas críticas sobre a otimização dos sistemas de saúde, transformação digital, tecnologia diagnóstica e terapêutica, e infraestrutura de saúde. Estamos dedicados a enfrentar desafios regionais únicos e desbloquear oportunidades para melhorar a entrega e gestão dos cuidados de saúde.

UBIPharma anuncia IV Jornadas Ibéricas de Toxicologia O Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Beira Interior (UBIPharma) e o Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS) anunciam as IV Jornadas Ibéricas de Toxicologia, que vão decorrer nos próximos dias 26 e 27 de setembro no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Cuidar é o nosso propósito

Cuidamos por meio de soluções inovadoras de diagnóstico e terapêutica, apoiadas por formação contínua e por uma estreita colaboração com os profissionais de saúde.

Atuamos lado a lado com farmácias, hospitais e outras instituições, com o objetivo de contribuir para um sistema de saúde mais eficiente, mais humano e mais sustentável.

Cuidamos há 50 anos. E continuaremos a fazê-lo com a paixão de sempre.

somos uma empresa

O dia 8 de setembro é celebrado mundialmente como o dia da Fisioterapia desde 1951. Este dia é sinónimo de unidade e solidariedade entre todos os fisioterapeutas em prol da sociedade como forma de reforçar o trabalho da profissão na melhoria da saúde e bem-estar da população em geral.

Numa altura em que a regulamentação é plena e a Ordem dos Fisioterapeutas autonomizou a prática clínica destes profissionais de saúde, cabe a todos fazer cumprir um acesso generalizado à Fisioterapia em todos os níveis de cuidados, desde as unidades de saúde primárias até aos Hospitais, como de resto acontece pela Europa fora. Cabe a todos os profissionais de saúde reconhecer a mais valia desta decisão e contribuir para a inclusão da comunidade em cuidados de Fisioterapia autónomos, seguros e mais desburocratizados.

Nas clínicas NBfisio o acompanhamento dos pacientes é realizado exclusivamente por fisioterapeutas. Existe sempre uma consulta inicial de Fisioterapia, em que o fisioterapeuta identifica as principais limitações e disfunções que permitem depois chegar ao diagnóstico. É proposto um plano de tratamento ao paciente, que em conjunto com uma equipa multidisciplinar terão ao seu dispor um conjunto de ferramentas para que a recuperação seja partilhada, informada e com recurso aos melhores padrões quer a

nível de exercício, eletroterapia ou terapia manual. O fisioterapeuta é o especialista do movimento!

A dor lombar é um dos principais motivos de consultas e tratamentos de Fisioterapia nas clínicas NBfisio. Trata-se do primeiro fator de absentismo no que diz respeito aos motivos de incapacidade laboral e funcional. A primeira fase do tratamento consiste na consulta de avaliação e é realizado um conjunto de técnicas e testes a nível muscular, nervoso e articular que permitem escolher a melhor abordagem para controlar a dor numa primeira fase com recurso a agentes físicos combinados com terapêuticas inovadoras tais como Tecarterapia, Laser ou Ondas de choque, que podem atuar no tecido muscular, vascular e sistema linfático ou mais profundamente em articulações, nervos, ligamentos, cartilagem ou osso. Numa fase seguinte, em que a dor já está controlada, a terapia manipulativa dos tecidos musculares e ósseo fazem toda a diferença para reequilíbrio funcional da coluna e da postura. No final do tratamento, são ensinadas estratégias que melhorem os cuidados diários com a coluna vertebral, sendo incentivado o exercício físico adequado à manutenção do equilíbrio muscular e funcional. É aconselhada uma consulta de Fisioterapia semestralmente para avaliação e acompanhamento dos fatores de risco por forma a evitar recidivas e melhorar a performance

Nuno Barreto, Fisioterapeuta e Diretor Técnico
Ordem dos Fisioterapeutas nº 10472 | ERS Lic 18098 | CR E145641

SOLUÇÃO INOVADORA PARA A GESTÃO DA MIOPIA

Sobre a HOYA

Quem é a HOYA e que valores a definem?

A HOYA é uma multinacional japonesa, fundada em 1941 e que entrou na Europa em 1980, com uma presença forte no segmento de cuidados de saúde e de tecnologias de informação.

Quem somos e o que fazemos pode ser resumido na seguinte frase: Inovação por um melhor amanhã

Nas próximas duas décadas, rumo ao centenário da fundação, continuaremos a procurar com entusiasmo a criação e inovação de produtos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de diversas pessoas em todo o mundo.

Nesse sentido, temos um programa chamado One Vision que se destina a criar um futuro mais sustentável. Este programa une todos os colaboradores da empresa a nível mundial para atingir objetivos comuns: apoiar as comunidades locais, reduzir o nosso impacto no ambiente e criar um local de trabalho seguro e diversificado.

Quais as estratégias que estão a implementar para fortalecer o posicionamento da HOYA em Portugal?

Os últimos anos têm sido de crescimento sustentado no mercado português. As grandes razões para isso são bastante simples de explicar: a qualidade dos nossos recursos humanos, a inovação constante de produtos para o consumidor e a construção de parcerias sólidas e duradouras com os nossos parceiros, a quem gostamos de chamar visionários.

Produtos e Soluções

Que pode dizer-nos sobre a MiYOSMART, a lente oftálmica da HOYA para a gestão da miopia?

O número de crianças com miopia está a aumentar. Estima-se que metade da população mundial poderá sofrer de miopia até 2050. É importante diagnosticar as crianças precocemente para corrigir o erro refractivo e a progressão da miopia, preservando assim a sua visão e a saúde visual para o futuro.

A HOYA através da sua lente MiYOSMART foi pioneira mundial, e também em Portugal onde foi lançada em Janeiro de 2022, no lançamento de uma solução simples e não invasiva que pode gerir a progressão da miopia. Esta solução permite não só, corrigir a miopia, mas também abrandar a sua progressão numa média de 60% (1). Este tratamento tem uma eficácia clinicamente comprovada e é adequado para crianças.

Porque escolheram a televisão como principal meio para alcançar o público português?

Um dos grandes motores para lutar contra a progressão da miopia passa pela informação. Neste sentido, nada melhor que o período de regresso às aulas para sensibilizar os pais para este problema. Tentamos fazer a nossa parte: consciencializar a população para o problema da miopia e para a existência de uma solução para abrandar a progressão da miopia infantil. Esta ação surge na sequência da nossa primeira campanha realizada nos meses de maio, junho e julho deste ano e que teve bastante sucesso no mercado.

Futuro

Quais são os planos da HOYA em relação à inovação e desenvolvimento de novos produtos nos próximos anos?

O nosso ADN é a inovação constante, temos um portfólio de produtos bastante extenso além da lente MiYOSMART. A única coisa que podemos dizer é que continuaremos a inovar e a melhorar os produtos que colocamos à disposição dos nossos clientes para que possamos garantir uma visão nítida e perfeita a toda a população.

MiYOSMART, a forma inteligente de tratar a miopia em crianças

*Lam CSY, Tang WC, Tse DY, Lee RPK , Chun RKM, Hasegawa K , Qi H, Hatanaka T, To CH. Defocus lncorporated Multiple Segments (DIMS) spectacle lenses slow myopia progression: a 2-year randomized clinical tria!. British Journal of Ophthalmology. Published Online First : 29 May 2019. doi: 10.1136/ bjophthalmol-2018-313739

QUE MODELO DE GESTÃO QUEREMOS PARA O FUTURO DA SAÚDE EM PORTUGAL ?

A escolha do modelo de gestão do sistema de saúde em Portugal representa uma das decisões mais cruciais para o desenvolvimento social, económico e humano do país. Esta questão transcende os limites do debate técnico e administrativo e inscreve-se profundamente no tecido ético e político de uma nação. Decidir entre um Serviço Nacional de Saúde (SNS) integrado e multidisciplinar ou um modelo biomédico centrado exclusivamente no papel do médico não é meramente uma questão organizacional; na essência trata-se de definir o caráter e os valores que orientarão o futuro dos cuidados de saúde em Portugal. Esta escolha é, na verdade, uma reflexão sobre que tipo de sociedade queremos construir e que tipo de proteção queremos assegurar aos cidadãos.

A importância deste tema reside, em primeiro lugar, na sua relevância para a qualidade de vida dos portugueses. Um sistema de saúde integrado e centrado no cidadão oferece uma visão holística da saúde, compreendendo que a doença e o bem-estar são fenómenos multi-dimensionais. Numa abordagem integrada, a saúde não se limita ao tratamento de patologias isoladas, mas expande-se para incluir a prevenção, a reabilitação e o acompanhamento contínuo. Cada profissional de saúde – seja médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, entre outros – desempenha um papel fundamental na construção de um sis-

tema coeso cujo objetivo é garantir o bem-estar do cidadão em todas as fases da sua vida. Este modelo promove a colaboração e a interdependência entre os diferentes profissionais de saúde e permite uma abordagem integrada dos cuidados de saúde.

Por outro lado, o modelo biomédico, centrado exclusivamente no ato médico, tende a fragmentar os cuidados de saúde e a subordinar as outras especialidades a um papel secundário. Esta visão reduz significativamente a complexidade da saúde a uma série de intervenções clínicas e diagnósticos, sem considerar o papel vital de outras formas de cuidados e de acompanhamento. A redução da saúde ao domínio estrito da medicina é tecnicamente eficiente em certas situações, mas falha em capturar a complexidade da vida humana, onde fatores emocionais, sociais e psicológicos desempenham um papel crucial no bem-estar geral. Assim, ao se centralizar o Poder e a tomada de decisões nos médicos estamos a desvalorizar o contributo essencial de outros profissionais de saúde, prejudicando decisivamente a qualidade dos cuidados prestados.

Adicionalmente, a escolha de um modelo de gestão de saúde está intimamente ligada à sustentabilidade económica e à justiça social. Um sistema de saúde integrado revela-se mais eficiente a longo prazo no sentido em que contribui para prevenir doenças,

promover hábitos de vida saudáveis e reduzir a necessidade de intervenções médicas mais dispendiosas. Ao envolver uma ampla gama de profissionais, este modelo permite uma distribuição mais equitativa dos recursos e garante que o sistema de saúde responde às necessidades da população de uma forma mais inclusiva e justa. Por outro lado, um modelo biomédico tende a conduzir a uma utilização excessiva de recursos em áreas muito específicas, negligenciando a prevenção e o acompanhamento contínuo, o que contribui decisivamente para aumentar os custos a longo prazo, criando em simultâneo desigualdades no acesso aos cuidados de saúde.

Um sistema integrado promove a valorização de todas as profissões e reconhece o papel fundamental que cada uma desempenha no processo de cuidados

O impacto desta escolha também se reflete na formação e na valorização dos profissionais de saúde. Um sistema integrado promove a valorização de todas as profissões e reconhece o papel fundamental que cada uma desempenha no processo de cuidados. Ao se apostar na colaboração e no respeito mútuo entre as diferentes áreas da saúde, este modelo incentiva o desenvolvimento de uma cultura de trabalho em equipa e de aprendizagem contínua. Em contraste, o modelo biomédico tende a promover uma hierarquia rígida, onde o poder está concentrado exclusivamente na classe médica, o que, em muitos contextos da prática clínica,

desincentiva a inovação e a interdisciplinaridade, essenciais para que se consiga enfrentar os desafios de saúde pública do futuro. Este debate é ainda mais relevante no contexto atual, em que as mudanças demográficas e os avanços tecnológicos estão a transformar rapidamente o cenário da saúde. O envelhecimento da população, o aumento das doenças crónicas e a crescente complexidade das condições de saúde exigem uma abordagem mais coordenada e bem mais integrada. Neste contexto, o modelo de saúde que escolhemos irá determinar a nossa capacidade em responder eficazmente a estas novas realidades. Um sistema centrado no cidadão e nas suas necessidades multifacetadas permitirá uma adaptação mais ágil e eficaz às mudanças que se avizinham, ao passo que um sistema excessivamente centrado na medicina poderá revelar-se inadequado para lidar com a diversidade e com a complexidade dos problemas de saúde do futuro.

Importa ainda salientar que a escolha de um modelo de gestão para o sistema de saúde é essencialmente uma escolha política no sentido em que esta irá refletir os valores e as prioridades de uma qualquer sociedade. E ficou claro que são modelos bem diferentes com resultados bem distintos. Um dos modelos valoriza a integração, a colaboração e o cuidado holístico colocando o cidadão no centro do sistema e reconhecendo a sua dignidade e a sua complexidade; certamente um modelo que reflete uma visão de sociedade que valoriza a justiça social, a equidade e o bem-estar de todos os seus membros. Por outro lado, o outro modelo - modelo biomédico -, ao concentrar o Poder e os recursos em torno da disciplina médica faz refletir uma visão mais tecnocrática e hierarquizada da sociedade, onde o foco está no Poder médico, na eficiência técnica e no tratamento de doenças, em vez da promoção global da saúde.

Em suma, a definição do modelo de gestão para o sistema de saúde em Portugal é uma decisão de enorme importância no sentido em que tem implicações profundas no futuro do nosso país. Esta escolha não se limita ao domínio da saúde, mas toca em questões fundamentais sobre o tipo de sociedade que queremos construir. Cabe, por isso, aos atuais decisores políticos e à sociedade como um todo, refletir profundamente sobre esta escolha, conscientes de que o futuro da saúde em Portugal irá certamente depender da decisão que hoje for tomada.

Enfº Sérgio Serra, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ASPE

geral@aspe.pt www.aspe.pt

REGIÃO OESTE

A região Oeste de Portugal destaca-se pelo seu dinamismo e diversidade, com uma ampla oferta de serviços essenciais que impulsionam o desenvolvimento local. No setor automóvel, há um aumento na comercialização de veículos novos e usados, adaptados às necessidades dos clientes. O setor imobiliário também é relevante, com várias opções de compra e arrendamento que atraem tanto residentes como investidores.

Além disso, oferece uma rede abrangente de serviços de apoio à família e à saúde, como creches e berçários, que ajudam as famílias a conciliar a vida pessoal e profissional. Farmácias e óticas garantem o acesso a medicamentos e cuidados visuais, com profissionais qualificados para oferecer aconselhamento personalizado.

Neste âmbito, pretende-se sublinhar a modernidade e o potencial de crescimento da região, tornando-a um excelente lugar para viver, trabalhar e investir.

CAETANO AUTO ESTRATÉGIA DE EXPANSÃO FORTALECE MARCA

Com a inauguração da nova instalação em Torres Vedras, a Caetano Auto, um dos principais representantes das marcas Toyota e Lexus em Portugal, reforça a sua presença na zona costeira do país. Fernando Monteiro, Diretor-Geral da Caetano Auto em Alfragide, Cascais, Sintra e em Torres Vedras, explica em entrevista exclusiva que a escolha da localização e a expansão para Torres Vedras são fruto de uma estratégia bem delineada para fortalecer a marca e para trazer um conjunto diversificado de serviços à região.

A estratégia da nova instalação

A expansão da Caetano Auto em Torres Vedras, como explica Fernando Monteiro, foi cuidadosamente planeada para complementar a cobertura geográfica da empresa. “Nós temos instalações localizadas de norte a sul do país, mas, em Torres Vedras, localizada numa área estratégica da Costa Oeste de Portugal, era uma peça que faltava no nosso mapa”, comenta o Diretor-Geral. Este posicionamento é crucial para que a Caetano Auto possa atingir um público-alvo específico, incluindo os clientes já fidelizados com a Toyota na região.

Além disso, Fernando reconhece a importância do legado deixado pelo anterior concessionário, gerido pela família Ferreira Nunes. “Nós sempre respeitámos muito os nossos parceiros. Quando houve interesse por parte deste parceiro em sair do mercado, vimos uma oportunidade para expandir e melhorar o serviço já oferecido”, destaca.

Serviços diferenciados e maior proximidade com clientes

Um dos grandes fatores diferenciadores que a Caetano Auto traz para Torres Vedras é a variedade de serviços que irá prestar. “Nós vamos oferecer serviços multimarca, incluindo a reparação e susbstituição de vidros automóveis, através da nossa marca representada, GlassBack, e a reparação de chapa e pintura, com a nossa marca representada, Caetano Colisão. Além disso, contamos com a nossa gestora de frota e um conjunto de serviços de mobilidade, desde o aluguer de viaturas ao dia, mês ou ao ano”, enumera o Diretor.

O grupo também oferece um leque variado de soluções financeiras, adaptadas às necessidades dos seus clientes, o que é um fator-chave no setor automóvel. “Além da nossa própria financeira de marca, temos parcerias com várias instituições financeiras. Se um cliente preferir financiar a sua compra através de outro banco, nós temos flexibilidade para o fazer. Essa é uma vantagem que um operador local muitas vezes não pode oferecer”, acrescenta.

Outro aspeto inovador é a capacidade de mobilizar veículos de outras localizações do grupo para Torres Vedras. “Se um cliente

estiver à procura de um modelo específico que só exista no Algarve, por exemplo, nós conseguimos trazer esse carro para Torres Vedras sem grandes dificuldades”, explica o entrevistado. Esta flexibilidade é mais um exemplo de como a integração nacional do grupo beneficia os clientes locais.

Desafios e oportunidades no mercado regional

Apesar das vantagem claras que a Caetano Auto traz para Torres Vedras, Fernando Monteiro reconhece que a marca enfrenta desafios, nomeadamente em relação à forte presença do concessionário anterior. “O carisma e o atendimento personalizado que os clientes estavam habituados a receber não podem ser descurados. O nosso objetivo é, além de manter esse nível de proximidade, oferecer mais. Temos uma equipa de profissionais altamente qualificados e vamos introduzir tecnologias e infraestruturas novas, que nos permitem prestar um serviço de excelência”.

As obras nas instalações são uma parte crucial dessa estratégia. A Caetano Auto pretende reformular o espaço, tornando-o moderno e funcional, com uma nova área de colisão e equipamentos de última geração para a mecânica. “Até ao início de 2025, teremos todas as obras concluídas. O cliente vai notar uma grande diferença, tanto no atendimento quanto nas condições técnicas das instalações”, projeto o Diretor.

Compromisso com a comunidade local

Mais do que apenas uma estratégia empresarial, a expansão para Torres Vedras é vista pela Caetano Auto como uma oportunidade de se envolver com a comunidade local. Segundo o entrevistado, este compromisso é central para filosofia do grupo: “Queremos

ser mais do que um concessionário de automóveis. Temos uma responsabilidade social e um dever para com a comunidade onde nos inserimos”.

A Caetano Auto tem planos para apoiar várias iniciativas na região, desde associações desfavorecidas até a eventos desportivos. “Já estamos a trabalhar para estabelecer parcerias com organizações locais e oferecer apoio em diversas áreas, não apenas através de recursos financeiros, mas também em termos de mobilidade, ajudando quem mais precisa”, explica Fernando.

A responsabilidade social faz parte do ADN do grupo, algo que se reflete no lema da Caetano Auto: “Movemo-nos Juntos”. Esta visão vai além do simples ato de vender carros. “Queremos mover a comunidade para a frente, contribuir para o seu desenvolvimento, e isso significa estar presente em várias frentes, não unicamente no setor automóvel”, sublinha o Diretor-Geral.

O futuro da Caetano Auto

A nova instalação em Torres Vedras é apenas uma etapa no plano de expansão da Caetano Auto em Portugal. Fernando Monteiro revela que a marca continuará a apostar no crescimento, com especial atenção às regiões ainda não cobertas, particularmente no interior do país. “Embora tenhamos uma presença forte nas áreas costeiras, ainda há muito trabalho a ser feito no interior. Esse é o nosso próximo objetivo estratégico”, comenta.

O compromisso com a inovação também faz parte da visão de longo prazo da empresa. “Estamos sempre atentos às novas tecnologias e às tendências do mercado automóvel. A eletrificação e a digitalização são áreas que estamos a explorar ativamente, e as nossas futuras instalações serão construídas já a pensar nestas evoluções”, garante.

Um marco importante no futuro da marca em Portugal

Com a inauguração marcada para o dia 20 de setembro, Fernando Monteiro deixa uma mensagem clara para a comunidade de Torres Vedras e da restante região: “Estamos aqui para ficar. Queremos que os nossos clientes saibam que podem contar connosco, não só pelo que fazemos no setor automóvel, mas também pelo que pretendemos fazer pela comunidade. A Caetano Auto está comprometida em oferecer o melhor serviço e, ao mesmo tempo, em contribuir para o bem-estar das pessoas que fazem parte desta região”, conclui.

A nova instalação da Caetano Auto em Torres Vedras, equipada com tecnologia avançada e uma ampla gama de serviços inovadores, promete melhorar a experiência dos clientes locais e estabelecer um novo padrão de atendimento e compromisso com a comunidade. Este projeto posiciona-se assim como um marco importante no futuro da marca em Portugal.

COLÉGIO AVIÃO DE PAPEL ONDE OS SONHOS GANHAM ASAS

O Colégio Avião de Papel, em Torres Vedras, assenta num conceito inovador de natureza socioeducativa.

Com um foco dedicado no apoio à família e ao desenvolvimento infantil, esta instituição acolhe crianças dos três meses aos três anos, proporcionando um ambiente acolhedor e estimulante. A Revista Business Portugal teve a oportunidade de conversar com a Diretora, Rute Miranda, e o Fundador e Administrador, Pedro Cunha, que partilharam a essência do projeto e as valiosas contribuições que oferece à comunidade.

que sim no mesmo dia, foi logo no seguinte. Acreditei neste projeto desde o início, e encheu-me de alegria e realização. Não havia como ficar de fora. Em Portugal, a educação ainda tem um longo percurso pela frente e, senti que com esta visão inovadora, poderíamos, sem dúvida, ajudar a encurtar esse caminho”.

As valências e o inovador sistema educativo

O início de um sonho

Foi em 2019 que Pedro Cunha decidiu abrir asas e abraçar um novo desafio. Com formação em administração e experiência na gestão de um Health Club, surgiu-lhe a oportunidade de adquirir um colégio, que até então operava sob outra direção e com um nome diferente. Sentindo que era o momento certo para voar mais alto, tomou a decisão de fundar o Colégio Avião de Papel. Desde o primeiro dia, Rute Miranda, atual diretora do colégio, faz parte desta viagem. “A Rute sempre teve uma ligação especial com o mundo infantil, e eu sabia que contar com ela seria essencial para o sucesso do projeto”, confessa Pedro com orgulho. Já a diretora recorda com carinho o momento em que recebeu o convite. “Se não disse logo

O Colégio Avião de Papel distingue-se pela sua abordagem única e inspiradora, oferecendo diversas valências que promovem o desenvolvimento das crianças desde os primeiros momentos de vida. No Berçário, a base e alicerce do trabalho pedagógico, cultiva-se desde cedo o gosto pelas histórias, experiências sensoriais e brincadeiras que estimulam os sentidos e a imaginação dos bebés. Na Creche Primeiros Passos, destaca-se a valência do desenvolvimento da identidade, onde as crianças começam a afirmar-se, explorando o conceito de partilha e criando laços fortes com os seus pares, num ambiente de descoberta e afirmação.

Uma outra valência notável é a Creche, uma sala heterogénea onde o desenvolvimento é ajustado às necessidades individuais e à faixa etária de cada criança. Aqui, a interajuda é um pilar essencial, permitindo um crescimento equilibrado e harmonioso, enquanto as crianças aprendem com e através das suas interações.

O Colégio Avião de Papel baseia-se em pedagogias ativas, onde a criança é o centro do processo de aprendizagem, e as suas interações com o mundo e com os materiais ao seu redor são o motor de todo

Pedro Cunha, Fundador e Administrador e Rute Miranda, Diretora

o desenvolvimento. Num ambiente seguro e cuidadosamente adaptado a cada etapa, são promovidas atividades, desafios e experiências que estimulam os sentidos e respeitam as formas de expressão de cada criança. O contacto com a natureza e a exploração do espaço exterior são, igualmente, elementos centrais da prática educativa. “Procuramos sempre que as atividades se realizem ao ar livre, com passeios ao parque e contacto direto com a natureza. Acreditamos que este é o melhor caminho para o crescimento saudável das nossas crianças. Tomamos todas as precauções e tem sido uma experiência maravilhosa, as crianças adoram”, partilha Pedro. Com base nas orientações curriculares para a educação de infância, o colégio adota o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna (MEM), uma corrente alternativa que coloca a inovação e o bem-estar das crianças no centro do seu método. “No Colégio Avião de Papel, não fechamos portas a novas abordagens. Queremos sempre o melhor para as nossas crianças e estamos abertos a mudar e evoluir para alcançar esse objetivo”, afirma Rute com entusiasmo e dedicação.

Gestão de emoções como prioridade

Fazer da gestão das emoções uma prioridade é fundamental para o desenvolvimento harmonioso das crianças, não só a nível emocional, como também social e cognitivo. Ensinar desde cedo os mais pequenos a reconhecer, compreender e lidar com os seus sentimentos traz benefícios que se refletem tanto no seu bem-estar individual, como nas suas relações com os outros. Para Pedro e Rute, esta é uma das bases estruturantes do colégio. “Acreditamos que é essencial que as crianças saibam identificar e lidar com as suas emoções. É algo que precisa de ser trabalhado desde a infância. Temos uma dinâmica que consideramos especialmente importante: o ‘canto da calma’, um espaço onde as crianças aprendem a tranquilizar-se. O mais gratificante é saber que também o utilizam em casa e que conseguem acalmar-se por si próprias”, partilha a diretora.

No colégio, a atenção ao bem-estar das crianças é reforçada pela presença de vários especialistas dedicados ao seu acompanhamento. “O bem-estar delas, assim como o das suas famílias, é sempre a nossa prioridade”, conclui Rute.

Novo projeto e a esperança no futuro

Após o enorme sucesso do Colégio Avião de Papel, em Torres Vedras, a administração sentiu que era o momento de abraçar novos desafios. No início deste mês, deram vida a um novo sonho: abriram um segundo colégio, desta vez em Cascais, com várias inovações, sendo o espaço exterior uma das mais marcantes. “Em Cascais, dispomos de um amplo espaço ao ar livre, o que nos permite realizar uma diversidade de atividades no exterior. Trouxemos também várias novidades, como a criação de quadros com elementos da natureza, experiências com massas coloridas e a nossa tão adorada cozinha de lama. São atividades que fazem as delícias dos mais pequenos e que promovem múltiplas competências, desde a motricidade às áreas sensoriais, mas, acima de tudo, estimulam a imaginação das crianças”, partilha Rute.

O Colégio Avião de Papel tem-se destacado pelo seu sucesso contínuo, sem nunca desviar o olhar do que é realmente essencial. “O que mais valorizamos são as famílias. Elas são o coração do colégio, e o seu bem-estar é a nossa prioridade máxima. Queremos continuar a crescer, mas sem nunca comprometer a qualidade de ensino que nos define. O nosso progresso só tem sentido se continuarmos a prestar a mesma dedicação às famílias, como sempre o fizemos”, destaca Pedro. São inúmeras as atividades educativas e workshops dedicados tanto às crianças como às suas famílias, oferecendo momentos de aprendizagem e partilha únicos. Para descobrir todas as novidades, não há melhor forma do que visitar o moderno site do Colégio Avião de Papel. Conheça este novo capítulo, repleto de sonhos e possibilidades.

“UM PARCEIRO DEDICADO A CONCRETIZAR SONHOS”

A região oeste tem-se afirmado como um destino de eleição para muitos portugueses que desejam adquirir casa. Paulo Lafaia, reconhecido no meio imobiliário e CEO da RC20, agência imobiliária de prestígio em Torres Vedras, partilhou com a Revista Business Portugal os desafios que o setor enfrenta e apresentou duas novas moradias excecionais situadas na Praia dos Coxos.

A RC20 e o foco na satisfação do cliente

A RC20 Imobiliária, fundada por Paulo Lafaia, surgiu da necessidade de responder à crescente procura de imóveis na região oeste, especialmente em Torres Vedras e áreas circundantes. Especializada na compra, venda e arrendamento de moradias, apartamentos e terrenos, a agência destaca-se não só pelo seu profundo conhecimento do mercado local, como também pelo foco num atendimento personalizado e próximo que presta a cada cliente.

Localizada estrategicamente no centro de Torres Vedras, a apenas 16 quilómetros das praias de Santa Cruz, a RC20 apresenta-se como a escolha ideal para quem procura imóveis nesta região. Segundo Paulo Lafaia, a cidade oferece inúmeras vantagens, estando a 25 minutos de Lisboa, mas com independência em termos de serviços. “Torres Vedras tem hospitais, escolas, colégios, além de uma variada oferta de serviços e restauração, e proximidade das praias. Um dos aspetos mais valorizados, especialmente por estrangeiros,

é a facilidade de fazer tudo a pé, sem necessidade de carro”. Com uma equipa dedicada e experiente, a agência tem como missão guiar cada cliente na procura do imóvel perfeito, sempre com um compromisso de transparência, rigor e seriedade. Este é o lema que norteia a empresa e que se reflete em cada interação. “A satisfação do cliente é o nosso maior objetivo. Acreditamos que o atendimento cuidadoso, a proximidade, a clareza e a honestidade são os pilares do nosso sucesso”, sublinha o agente.

Na RC20, cada cliente encontra na imobiliária um parceiro de confiança, dedicado a concretizar sonhos e a garantir que cada etapa do processo seja marcada pela excelência.

O valor de um comercial imobiliário

Apesar da crescente digitalização que se vive nos dias de hoje, com muitas pessoas a venderem ou arrendarem os seus imóveis de forma independente, a figura do consultor imobiliário mantém-se essencial. Este profissional não só conhece verdadeiramente o

Paulo Lafaia, CEO

mercado local, como garante que as transações imobiliárias sejam seguras e vantajosas para todas as partes envolvidas. “O nosso papel é muito mais do que simplesmente vender uma casa, ou arrendar um imóvel. Temos formação para facilitar todo o processo, desde a parte burocrática até ao aconselhamento, assegurando que cada cliente tenha uma experiência tranquila e segura”, explica o CEO.

Ainda que as vantagens da digitalização sejam bastantes, o agente imobiliário alerta para a necessidade de existir regras que protejam os operadores do setor e garantam a qualidade das transações online. “A digitalização do setor é uma mais-valia, mas têm de existir regras que protejam os operadores do setor e os seus investimentos nas ferramentas online. Atualmente, qualquer

pessoa pode pôr o seu imóvel na internet sem cumprir qualquer critério”, remata.

As novas moradias na Praia dos Coxos

As novas moradias na Praia dos Coxos, na Ericeira, representam o equilíbrio perfeito entre conforto e natureza. Com uma vista panorâmica sobre o Oceano Atlântico e situadas num dos destinos de surf mais procurados de Portugal, estas propriedades destacam-se pela sua localização privilegiada e design contemporâneo. “Estas moradias são especiais. A localização é de cortar a respiração, com uma vista para o mar que se pode apreciar de praticamente todas as divisões. Imaginem acordar, olhar pela janela e ver mar, ouvir o som das ondas… É uma sensação única”, refere Paulo Lafaia.

Cada moradia, inserida num condomínio privado, oferece uma experiência de luxo e tranquilidade. As suas amplas divisões, com acabamentos de alta qualidade, proporcionam um espaço onde o design moderno se funde com a serenidade natural da área envolvente. As piscinas infinitas e os jardins paisagísticos acrescentam um toque exclusivo, fazendo destas casas um refúgio ideal para quem procura viver junto ao mar, sem perder o acesso a todo o tipo de serviços e comodidades.

Com três pisos bem distribuídos, incluindo suites espaçosas e varandas com vistas deslumbrantes, estas moradias são o exemplo perfeito de qualidade de vida na costa portuguesa. “Estas casas transmitem uma energia incomparável e uma tranquilidade que poucos lugares conseguem proporcionar”, reforçando a singularidade destas propriedades que aliam o luxo à proximidade da natureza.

O futuro do mercado imobiliário e da RC20

Como é do conhecimento geral, Portugal está a passar por uma nova fase no mercado imobiliário, impulsionada por recentes alterações legislativas. Paulo Lafaia reconhece os desafios para os jovens casais que lutam para adquirir uma casa. “O esforço necessário é grande e poucos o conseguem sem apoio”. Contudo, mantém-se otimista: “Acredito que, com o apoio do Estado e a forma como o setor financeiro responder, o futuro será mais promissor”.

Em relação ao futuro, a RC20 tem a certeza que deseja continuar a investir vivamente na conquista da confiança do cliente: “Queremos crescer de forma sustentável, construindo relações de confiança com os nossos clientes. O nosso foco está sempre neles, em oferecer as melhores soluções e propostas. O nosso objetivo não é apenas crescer, é crescer bem”, remata o CEO.

Com um compromisso inabalável com a satisfação do cliente e um olhar atento ao futuro, a RC20 continua a ser uma referência no setor imobiliário da região oeste.

O PAPEL TRANSFORMADOR DAS FARMÁCIAS

A Farmácia Silveirense e Segurado, com sede em Silveira e Santa Cruz, são um exemplo notável de como tradição e inovação podem coexistir de forma harmoniosa no setor farmacêutico. Entrevistámos João Segurado, Rosamaria Graça, Bruno Segurado e Bárbara Segurado, para explorar a evolução das farmácias ao longo dos anos, a adaptação às novas exigências do mercado e o impacto das suas práticas na comunidade local.

A trajetória da Farmácia Segurado começa com o Dr. João Segurado, cuja história pessoal se entrelaça com a da farmácia. Natural de Santarém, mudou-se para Santa Cruz aos dois anos de idade, quando o seu pai, Francisco Segurado, decidiu adquirir uma farmácia na localidade. Na altura, Santa Cruz ainda não tinha farmácia, e a visão do pai de João foi crucial para estabelecer o serviço essencial na região. “O meu pai foi um verdadeiro visionário ao iniciar o posto de saúde que, mais tarde, transformámos numa farmácia oficial em 2009”, conta.

Essa visão não só introduziu o conceito de farmácia em Santa Cruz, mas também estabeleceu um legado de compromisso com a comunidade, que continua a ser uma pedra angular da farmácia até aos dias de hoje.

Desde a fundação, o papel do farmacêutico tem evoluído significativamente. João Segurado recorda um tempo em que o farmacêutico era o principal responsável por tudo relacionado com a saúde, desde a preparação de medicamentos manipulados até à coordenação com médicos e enfermeiros. “Naquela época,

a farmácia era quase como o SNS24 de hoje; éramos a principal fonte de apoio”, explica.

Essa transformação reflete-se também nas mudanças na formação e na prática profissional. Bruno Segurado, atual farmacêutico da farmácia, compara a sua formação com a do pai, destacando a maior especialização e as novas exigências regulatórias. “Antigamente, as farmácias focavam-se mais na venda de medicamentos que tinham outras margens.

Atualmente, há um maior controlo e regulação de preços pelo Estado e INFARMED”, explica.

A presença de espaços de saúde e venda de medicamentos nas grandes superfícies comerciais, tem sido um desafio constante para farmácias independentes. “A concorrência também aumentou com a venda de medicamentos e produtos de saúde em grandes superfícies e canais online, o que exige um serviço mais personalizado e especializado”, explica Bruno.

Apesar de a variedade e os preços das grandes superfícies serem um atrativo para muitos consumidores, a diferença crucial reside

João Segurado, CEO com Bárbara Segurado, Gestora, Bruno Segurado, Farmacêutico e Rosamaria, Diretora Técnica

no aconselhamento. “A formação e o aconselhamento especializado que oferecemos na farmácia são o que realmente nos diferencia. Embora os produtos sejam semelhantes, a orientação adequada é essencial para garantir a segurança e eficácia”, afirma o farmacêutico.

Rosamaria, Diretora Técnica, também destaca o papel da farmácia como um centro de aconselhamento personalizado. “Na nossa farmácia, oferecemos serviços complementares que vão além da simples dispensa de medicamentos. Temos nutricionista, especialistas em dermatologia, entre outras parcerias, o que nos permite fornecer um atendimento completo e personalizado”, explica.

Apesar de estar localizada numa zona balnear apresentar um desafio adicional, também há oportunidades para a farmácia.

Bárbara Segurado, Gestora da farmácia, destaca a importância de adaptar os serviços às necessidades dos turistas e promover a farmácia como um ponto de referência para cuidados de saúde.

“A diversidade cultural dos nossos utentes traz-nos motivação para oferecer produtos variados e adaptados às suas necessidades. Contribuímos para o turismo e desenvolvimento da região, servindo como um ponto de apoio e segurança para os visitantes”, afirma.

A experiência internacional de Bruno Segurado, que trabalhou na Noruega antes de regressar a Portugal, trouxe uma perspetiva diferente sobre a evolução das práticas farmacêuticas. “Na Noruega, o acesso aos médicos é mais rápido e fácil, e a farmácia tem um papel mais definido na gestão de prescrições e aconselhamento. Essa experiência permitiu-me trazer novas abordagens para a farmácia em Portugal”, explica.

A farmácia também enfrenta desafios no contexto competitivo e nas mudanças nas expectativas dos clientes. “Muitas pessoas vêm à farmácia para obter conselhos e depois compram em grandes superfícies por causa dos preços mais baixos. Este é um desafio constante que enfrentamos”, destaca João Segurado como um problema recorrente.

Além dos desafios práticos, a dimensão emocional da farmácia desempenha um papel crucial. “Como farmacêuticos, a nossa tarefa é comunicar de forma eficaz e entender as necessidades individuais de cada utente”, afirma João. Rosamaria acrescenta que gestos simples, como recordar o nome dos utentes, fazem uma grande diferença. “Esse contacto pessoal é essencial para criar uma relação de confiança e fazer com que os utentes se sintam valorizados”.

O futuro da Farmácia Segurado está focado na adaptação às novas necessidades da sociedade e na ampliação dos serviços oferecidos. Bárbara Segurado destaca a importância de ajustar os produtos e serviços às novas gerações e às influências externas. “Queremos expandir os nossos serviços, incorporar novas áreas de aconselhamento e assumir um papel mais proativo na região”, destaca.

Bruno também enfatiza a importância de manter o espírito crítico e a confiança estabelecida ao longo dos anos. “Queremos continuar a oferecer um bom serviço e um aconselhamento de qualidade, cultivando a confiança que construímos com os nossos utentes”, conclui.

A Farmácia Silveirense e Segurado, com a sua rica história e compromisso com a inovação e o atendimento personalizado, continua a ser um pilar fundamental na comunidade de Silveira e Santa Cruz. Através da combinação de tradição, especialização e adaptação às novas exigências, as farmácias mantêm-se como um exemplo de excelência no setor farmacêutico.

OLHAR OESTE A ÓTICA DE CONFIANÇA

Fernando Martins, um nome indissociável da ótica na região oeste, tem uma trajetória marcada pela inovação e pela busca constante por soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Em entrevista, partilha insights sobre a sua experiência, as evoluções na área e os planos para o futuro da Olhar Oeste.

Fernando Martins deu início à sua carreira no LNETI, (atual INETI) situado no Paço do Lumiar, em Lisboa. No entanto, em 1999, um convite e desejo de mudança levou-o a dar um novo rumo à sua vida ao mudar-se para Torres Vedras. “Comecei a minha jornada na Azinhaga dos Besouros, mas decidi que era tempo de recomeçar em Torres Vedras”, confessa.

O seu envolvimento num projeto local, que eventualmente acabou, fez com que refletisse sobre o seu futuro. A proximidade com a Lourinhã, onde reside atualmente, surgiu como uma escolha natural. Apesar dos desafios, especialmente a falta de modernização em várias aldeias, Fernando encontra na tranquilidade da região um valor inestimável. “A serenidade que aqui encontro tem o seu preço. Muitas aldeias ainda não evoluíram - especialmente na ordenação urbana - como deveriam, e sem uma vontade comum, pouco se pode fazer para alterar a situação”.

Durante a pandemia, a Olhar Oeste lançou um serviço pioneiro de consultas ao domicílio para idosos, mas a iniciativa não progrediu

como se esperava. “Fui contactado duas vezes para me deslocar a lares de idosos, mas a ideia não avançou muito. No entanto, continuo à disposição para ajudar”, revela. O optometrista sublinha as dificuldades enfrentadas pelos mais velhos, como a ausência de transporte público e o acesso limitado aos cuidados médicos. “Na Lourinhã, a ligação entre a cidade e a praia da Areia Branca é quase inexistente, o que se torna um desafio para quem não dispõe de transporte próprio”.

A trajetória de Fernando destaca uma abordagem cuidadosamente personalizada na seleção de lentes e óculos. Ele explica a presbiopia como um desafio frequente a partir dos 40 anos, originado pela perda gradual de flexibilidade da lente natural do olho. “A presbiopia é uma condição que dificulta a transição entre a visão de perto e de longe. Embora as lentes progressivas tentem replicar a função da lente natural, elas ainda não conseguem igualar a eficácia do mecanismo natural do olho”.

O optometrista, entusiasta das lentes progressivas, reconhece que a adaptação a estas lentes pode ser um desafio para alguns. “A taxa de

Fernando Martins, CEO

sucesso na adaptação a lentes progressivas é realmente notável, mais de 90%. No entanto, algumas pessoas podem enfrentar dificuldades, especialmente devido a questões posturais ou ao uso prolongado de grandes ecrãs”. Com isso em mente, sugere que, para determinadas atividades, as lentes progressivas “especiais para escritório” podem ser uma alternativa mais adequada, destacando a importância de personalizar as lentes para corresponder às necessidades específicas de cada pessoa.

A visão de Fernando Martins acerca da colaboração entre optometristas e oftalmologistas em Portugal revela um anseio por uma maior eficiência no sistema de saúde. “Recorro à Associação dos Diabéticos em Lisboa para auxiliar os diabéticos, mas o sistema de saúde português está sobrecarregado”, observa. O optometrista critica o corporativismo médico, que obstaculiza a integração plena da optometria no sistema de saúde. “A falta de reconhecimento da optometria em Portugal deve-se, em parte, ao poder corporativo dos médicos. Em Espanha, a colaboração entre optometristas e oftalmologistas promove uma melhoria significativa na eficiência do sistema”.

Além disso, explora a relevância da regulamentação e da ética no campo da ótica, sublinhando a necessidade de preservar a confiança e a integridade, especialmente num cenário competitivo dominado por grandes multinacionais. “A ética é fundamental. Com o crescimento das chamadas ‘fábricas’ de óculos, torna-se ainda mais vital optar por um optometrista e uma ótica em que se possa confiar plenamente”, destaca.

Creio que há espaço para todos desempenharem os seus papéis específicos. A cooperação entre diferentes profissionais de saúde é vital para aumentar a eficiência do sistema

Sobre o futuro da Olhar Oeste, Fernando Martins revela que o foco está em manter a excelência dos serviços e em responder às necessidades da comunidade. “Estamos dedicados ao trabalho essencial e ao presente. Sinto que falta uma dimensão mais social e estou aberto a colaborar com instituições que possam contribuir para o acesso e melhoria da saúde da população”, acreditando que a visão é crucial para o quotidiano, influenciando tanto o desempenho académico quanto profissional das pessoas.

Por fim, reflete sobre o futuro da oftalmologia em Portugal e a evolução do setor. “Creio que há espaço para todos desempenharem os seus papéis específicos. A cooperação entre diferentes profissionais de saúde é vital para aumentar a eficiência do sistema”, conclui.

Fernando Martins, com a sua dedicação incansável e visão inovadora, desempenha um papel fundamental na transformação da saúde visual na região oeste de Portugal. A Olhar Oeste vai além de ser uma simples empresa; é a manifestação do compromisso de Fernando Martins com a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade. Com uma abordagem centrada no cliente e uma atenção meticulosa às necessidades da população, Fernando Martins e a sua equipa estão a esculpir um futuro brilhante para a ótica, com um impacto significativo e inspirador.

261 244 030 (chamada para rede fixa nacional) geral@olhar-oeste.pt

DA TERAPIA DA FALA AO SUCESSO NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Lieve Sebreghts transformou a sua carreira ao transitar da terapia da fala para o setor imobiliário. Com uma abordagem proativa e uma mentalidade de aprendizagem contínua, a agente imobiliária da Century 21 Realty Art Inove é um exemplo de como a adaptação e a inovação podem levar ao sucesso no setor imobiliário.

Lieve Sebreghts, de origem belga, encontrou em Portugal o local ideal para recomeçar a sua carreira, mudando da terapia da fala para o setor imobiliário. “A terapia da fala também é uma empresa que precisa de clientes e de crescer. No início não tens nada, então é preciso fazer publicidade e marketing. E isto é a mesma coisa”. A transição foi facilitada pelas suas competências em comunicação e gestão de relações com clientes, essenciais para o sucesso na nova área.

A mudança para Portugal foi motivada pelo clima, trabalho remoto e desejo de uma nova vida. Inicialmente, dedicou-se ao arrendamento de pequenas casas de férias, o que lhe deu uma base sólida no mercado local. No entanto, enfrentou o desafio de se

A consultora observa que a região Oeste atrai muitos investidores estrangeiros, especialmente belgas e americanos. A fluência em várias línguas é uma vantagem competitiva que lhe permite atrair um público diversificado: “Trabalho com quase 90% de clientes estrangeiros”. Além disso, utiliza redes sociais e participa em feiras internacionais para promover os imóveis, adaptando a sua estratégia ao perfil de cada cliente. Um dos maiores desafios na venda para estrangeiros é a diferença na qualidade de construção entre Portugal e Bélgica. “Na Bélgica o nível de construção é elevado, com melhor isolamento e sistemas de aquecimento mais eficazes. Em Portugal, especialmente nas casas mais antigas, isso é muitas vezes impossível”, mencionando a humidade como uma limitação significativa. Acima de tudo, valoriza a transparência com os clientes: “A minha intenção é ser honesta e mostrar a realidade”.

O trabalho diário envolve a procura por nichos de mercado e a aplicação de uma mentalidade proativa. A aprendizagem contínua e a resiliência são fundamentais para lidar com os desafios e a desmotivação. “É exatamente nos momentos mais difíceis que aprendemos”, reconhece. Investir na formação profissional é outra prioridade. Nos últimos anos, concluiu cursos de avaliação imobiliária e especializou-se no mercado de luxo, além de estar a preparar-se para formar uma equipa que a ajude a crescer na carreira. “É realmente um percurso muito curto, tenho quatros anos nesta atividade, mas quero evoluir”.

Lieve recorre à inteligência artificial para facilitar o seu trabalho, desde a criação de descrições de imóveis até à produção de conteúdos para redes sociais. “A inteligência artificial é crucial em muitas atividades e vai ser um acelerador”, mostrando-se aberta às novas tecnologias. Quanto ao futuro do mercado imobiliário, prevê uma estabilização dos preços, sem grandes aumentos, mas com uma atenção especial às leis que podem influenciar o mercado, relacionadas ao alojamento local. “É difícil fazer futurologia nesta atividade”, conclui.

A trajetória de Lieve Sebreghts é um exemplo inspirador de como a combinação de habilidades interpessoais, adaptabilidade e inovação pode transformar uma carreira e alcançar o sucesso num setor tão competitivo como o imobiliário.

PORTUGAL AIR SUMMIT REGRESSA A PONTE DE SOR DE 10 A 12 DE OUTUBRO

A 7ª edição do Portugal Air Summit realiza-se no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor nos dias 10, 11 e 12 de outubro de 2024, sob o tema “Flying 4 Change”.

Este ano, a cimeira terá um programa dedicado ao futuro da aeronáutica, espaço e defesa em Portugal e no mundo, com um ciclo de conferências, áreas de exposição, espectáculos aéreos e diversas atividades lúdicas que trazem emoção aos céus da cidade alentejana.

O Portugal Air Summit, realizado desde 2017, e a partir de 2018 numa parceria entre o Município de Ponte de Sor e a entidade promotora do evento ACIPS – Associação Comercial e Industrial de Ponte de Sor, integra uma estratégia de posicionamento, promoção e desenvolvimento do setor na região e no país, tendo já contribuído diretamente para a atração de investimento gerador de emprego e dinâmica económica, contribuindo para a fixação de famílias, invertendo o ciclo de desertificação da região Alentejo.

O Portugal Air Summit desempenha um papel crucial no fortalecimento da aeronáutica, espaço e defesa em Portugal, constituindo-se como uma plataforma para a troca de ideias, promoção de parcerias e discussão de questões centrais e da atualidade para os setores.

Na sua última edição internacional, em 2022, o PAS reuniu 122 parceiros, 100 expositores e gerou uma estimativa de aproximadamente 150 M€ de negócio durante os dias do evento, com um impacto direto na economia do concelho de Ponte de Sor.

Em 2023, a organização preparou o lançamento do formato bienal da cimeira que se inicia este ano, dando a conhecer as oportunidades da próxima edição, marcada pela forte componente expositiva, destinada a stakeholders nacionais e internacionais, e pela aposta na convergência das áreas científica, industrial, académica e empresarial.

De 10 a 12 de outubro, o Aeródromo Municipal de Ponte de Sor volta a receber o Portugal Air Summit, que este ano tem como mote “Flying 4 Change”, para abordar tópicos como o conhecimento e oportunidades, sustentabilidade, transformação digital, visão estratégica e investimentos, regulamentação e liderança.

Para além de ser a casa do Portugal Air Summit, o Aeródromo Municipal tem acolhido eventos estruturantes do setor, como o EuRoc e Cansat, promovidos pela Agência Espacial Portuguesa e a Ciência

Viva, em parceria com o Município de Ponte de Sor, com o objetivo de aproximar a comunidade escolar nacional e internacional das possibilidades futuras de emprego no cluster aeronáutico do concelho.

“O Portugal Air Summit é um evento estratégico para o Município de Ponte de Sor que é uma montra para o que fazemos diariamente no nosso cluster aeronáutico e é espelho do espírito resiliente e inovador que se faz sentir no concelho. Desde logo, com o espaço onde se realiza o Portugal Air Summit, o Aeródromo Municipal, que é hoje o centro de um cluster de excelência, que acolhe 15 empresas, em áreas como a manutenção de aeronaves, a produção e a formação”, afirma Hugo Hilário, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor. E acrescenta: “É aqui que vai nascer o primeiro avião 100% português, o LUS222, e a fábrica que vai produzir esta aeronave, que estará localizada no aeródromo, bem como mais dois grandes projetos inseridos nas agendas mobilizadoras do PRR. As três agendas representam um investimento de mais de 100 milhões de euros e vão permitir ao Aeródromo Municipal acolher mais postos de trabalho, que crescem, ainda este ano, de 468 para 550, e prevêem-se ascender aos 800 no final de 2026.”

Ponte de Sor é um concelho onde a história se alia às necessidades do presente para preparar o futuro.

www.cm-pontedesor.pt • www.portugalairsummit.pt

Hugo Hilário, Presidente CM Ponte de Sor

CRESCIMENTO E INOVAÇÃO

A Caetano Aeronautic, empresa do Grupo Salvador Caetano, tem vindo a crescer e a internacionalizar-se através da sua parceria estratégica com o Grupo Aciturri. Filomena Sabença, Plant General Manager, fala-nos da equipa altamente qualificada, flexibilidade produtiva e foco na sustentabilidade e digitalização.

Tendo em conta a parceria estratégica entre o Grupo Salvador Caetano e o Grupo Aciturri, como é que esta joint venture tem influenciado a vossa estratégia de crescimento e internacionalização?

A Caetano Aeronautic foi criada em 2012, tendo iniciado a sua atividade em 2013 unicamente com a tecnologia de maquinação de peças aeronáuticas metálicas em alumínio, aço e titânio. A joint venture do Grupo Salvador Caetano com o Grupo Aciturri surge em 2015 quando a empresa inicia o seu alargamento para a tecnologia de compósitos. Esta parceria foi efetivamente estratégica e revelou-se crucial para a entrada da Caetano Aeronautic, como fornecedor da Airbus e Boeing, tanto de peças metálicas (término em 2022) como em compósito prepeg . Todo o know-how dessa tecnologia foi partilhado connosco e permitiu o nosso crescimento tanto em termos de novos equipamentos como de novas competências e qualificações. As competências adquiridas ao longo dos anos e o crescimento em volume de negócio permitem-nos ao dia de hoje sermos mais competitivos e considerados como uma empresa de referência no setor aeronáutico nacional na laminação manual de prepeg carbono.

Quais os fatores diferenciadores da empresa que a destacam face à concorrência?

As quatro Certificações Nadcap que possuímos, nomeadamente Processo de Compósitos, Processo de Pintura, Processo Ultrassons manual e automático (peças monolíticas e peças sandwich) e Processo de Inspeção e Medição são fatores de referência e de competitividade. No entanto, considero que o skill dos nossos colaboradores e a sua formação especifica é sem dúvida a nossa maior competência, somos uma equipa jovem e dinâmica, com elevada destreza na laminação manual, com conhecimento técnico especializado e possuímos os meios industriais adequados e qualificados pelo cliente. A nossa dimensão permite-nos ter grande flexibilidade produtiva, uma condição necessária para a rápida resposta a alterações, pedidos de pequenas series e prestação de serviços. Tudo isso nos posiciona de forma destacada no mercado e na cadeia de fornecimento do setor aeronáutico e aeroespacial.

Como a Caetano Aeronautic pretende alinhar-se com as novas tendências e inovações, face à sustentabilidade e digitalização na indústria aeroespacial?

A procura contínua por processos mais eficazes, mais eficientes e com menos desperdício é um valor sempre presente nas nossas equipas. Anualmente, desafiamos os colaboradores a liderar e a

participar em projetos de melhoria com objetivo de alcançarmos uma maior sustentabilidade da empresa e a redução do consumo dos recursos naturais. A digitalização dos processos faz parte da nossa visão futura e a experiência e lições aprendidas de outras empresas, nomeadamente, dos Grupos dos quais fazemos parte, serão por nós aplicadas para garantirmos o sucesso na sua implementação.

Quais as metas futuras da Caetano Aeronautic em termos de inovação e expansão? Existe alguma iniciativa ou projeto específico que pretende destacar?

Na Caetano Aeronautic estamos sempre disponíveis para abraçar novas tecnologias, adquirir novos conhecimentos e novas competências. Este ano está a ser um ano de enormes desafios internos. Estamos na fase final de industrializar um novo programa para um novo cliente, que nos deu a oportunidade de, para além dos processos já implantados (laminação e cura, recorte automático, medição tridimensional e ultrassons automático), avançarmos para a montagem de componentes, algo que seguramente nos irá abrir novas oportunidades de negócio, pois O NOSSO FUTURO COMEÇA EM 2024.

www.salvadorcaetano.pt

UTS Automatico

SUSTENTABILIDADE NO FUTURO DA AVIAÇÃO

Mário Lobato de Faria, Diretor-Geral da Portugália Airlines, destacou as iniciativas da companhia para reduzir a pegada ambiental e integrar a transformação digital nas suas operações. Com foco na eficiência e na segurança, a empresa compromete-se a acompanhar a descarbonização do setor e a investir em tecnologias emergentes para assegurar a competitividade e a longevidade da companhia.

Dado que a sustentabilidade é um dos tópicos centrais do Portugal Air Summit 2024, como é que a Portugália Airlines está a reduzir a sua pegada ambiental e a diminuir as emissões de carbono?

A pegada ambiental é um dos pilares da sustentabilidade de qualquer organização e a Portugália Airlines não foge à regra. O nosso foco tem sido sobretudo ao nível Operacional, através da gestão rigorosa que os nossos Pilotos fazem da utilização do combustível das aeronaves ao longo de cada voo. A utilização de ferramentas digitais permite-nos aferir o desempenho em termos gerais e avaliar a efetividade das medidas que vão sendo implementadas, bem como dotar cada Piloto de informação da sua performance

Neste momento estão em curso estudos para avaliar modificações que permitam reduzir o peso das aeronaves. De referir, ainda, que nos associámos à TAP no propósito de obtermos a certificação IEnvA da IATA, baseada num assessment ambiental. Este objetivo vai sobretudo permitir tornar mais claros aqueles que são os nossos objetivos ambientais, a forma como nos propomos cumpri-los e a taxa de adesão a esses mesmos propósitos. No médio prazo, a subs tituição da atual frota por aeronaves de nova geração, contribuirá, seguramente, para uma redução adicional da nossa pegada ambiental.

A transformação digital é outro tema crucial do Portugal Air Summit 2024. De que forma a digitalização tem sido integrada nos processos operacionais e na experiência dos passageiros da Portugália Airlines? Quais as tecnologias emergentes que estão a ser exploradas para melhorar a eficiência e segurança das operações, e como é que a companhia vê o futuro da aviação regional neste contexto?

Desde sempre que a Portugália tem procurado “surfar” a onda digital, com o objetivo de otimizar as suas operações através de processos mais eficientes e eficazes. As aplicações são várias e tocam aspetos como a Aeronavegabilidade, Logística, Manutenção, Ope rações de Voo, Planeamento de Tripulações e de Refeições a bordo, Informação aos Pilotos e Tripulantes de Cabina, Compliance, Gestão Documental, bem como Formação e Gestão das ações formativas. Naturalmente, todos estes contributos permitem

uma experiência melhorada do passageiro, em termos de segurança, conforto, pontualidade e conetividade. Contudo, considero que o elemento humano continua a desempenhar um papel crucial na experiência dos nossos passageiros e o zelo, carinho, flexibilidade e

Mário Lobato de Faria, Diretor-Geral

que fazemos. A aviação regional não pode e não irá manter-se à parte dos desenvolvimentos tecnológicos em curso. Por vezes, poderá ser mais difícil justificar determinados investimentos e os ganhos com a aplicação de certas tecnologias, mas com maior ou menor taxa de implementação a aviação regional adotará o curso das novas e futuras tecnologias, até por vezes de modo mais efetivo que as restantes Companhias Aéreas, dada a maior flexibilidade e agilidade, próprias de Organizações menores.

Com a crescente competitividade no setor aeronáutico e o papel central do Portugal Air Summit na discussão sobre o futuro da aviação, qual é a visão estratégica da Portugália Airlines para os próximos anos face à competitividade do setor e às tendências como a descarbonização e novas regulamentações europeias?

O facto de fazermos parte do Grupo TAP significa que a estratégia da Portugália Airlines está necessariamente ligada à estratégia da TAP, no que respeita aos desafios que se colocam à aviação comercial. Deste modo, a nossa principal preocupação é constituirmos valor para o Grupo e, como tal, o nosso foco está sobretudo na flexibilidade e capacidade de resposta, requeridas pela Rede da TAP, com custos competitivos. No que concerne aos temas ambientais, a TAP definiu como um dos seus cinco pilares para a Sustentabilidade, o do Planeta e, nesse sentido, a Portugália Airlines não só acompanhará as medidas que a TAP implementar e lhe sejam aplicáveis, como continuará a procurar outras formas de corresponder ao objetivo de carbono zero em 2050 e da redução da sua pegada ambiental.

O Portugal Air Summit é também uma plataforma para discutir investimentos e inovações tecnológicas. Quais são os planos da Portugália Airlines para investimentos futuros em aeronaves, infraestruturas e tecnologias emergentes? Que impacto espera que estas inovações tenham na operação, no serviço ao cliente e na longevidade da empresa?

Como já referi, a questão da nova frota, apesar de estar no nosso radar, poderá ainda demorar três a quatro anos a concretizar-se. Quanto a infraestruturas prosseguimos com a intenção de termos um simulador próprio, mas temos que obviamente ter um Business Case que justifique um investimento tão importante e é nisso que estamos a trabalhar presentemente. Ainda ao nível das infraestruturas continuamos a avaliar opções que nos permitam dotar da capacidade de realizarmos internamente todas as inspeções de Manutenção de Base, evitando desta forma o recurso à contratação destas ações de manutenção a terceiros ou o aluguer de slots de hangar. Sobre as tecnologias emergentes, para além de um conjunto de desenvolvimentos aplicacionais que estão em curso, concluímos muito recentemente a introdução da caderneta

Considero que o elemento humano continua a desempenhar um papel crucial na experiência dos nossos passageiros e o zelo, carinho, flexibilidade e profissionalismo dos nossos trabalhadores reflete o NPS da satisfação dos nossos passageiros

técnica eletrónica que nos permitirá conhecer em real time as queixas reportadas pelas tripulações técnicas e com isso melhorar a prontidão e capacidade de resposta da Manutenção aos problemas técnicos das aeronaves. Quase em simultâneo introduzimos o conceito de Cabina Digital que irá dotar os Chefes de Cabina de uma ferramenta com diversas vantagens operacionais na preparação e gestão dos voos, dando acesso a informação do voo e documentação atualizada, bem como efetuar relatórios de voo imediatamente após o final dos mesmos, sendo estes enviados para as áreas pertinentes em real time permitindo uma ação mais célere na tomada das ações necessárias. Não entendemos que a adesão ao mundo digital seja um nice to have, mas sim um must have. Tratando-se de investimentos significativos, em muitos dos casos, temos de ser ponderados na seleção dos mesmos e como investimentos que são, os mesmos têm de ter um retorno quer ao nível da eficiência operacional, da experiência dos nossos passageiros e trabalhadores e dos nossos custos e estas realidades não serão, em muitos dos casos, afetadas de forma independente. Acreditamos que cuidar do Planeta, dos nossos Passageiros e das nossas Pessoas, enquanto somos competitivos, é uma abordagem robusta para nos garantir a desejada Sustentabilidade e com ela uma longevidade promissora.

UMA ABORDAGEM TRANSVERSAL E PRÓXIMA

Em entrevista à Revista Business Portugal, Luís Loures, Presidente do Politécnico de Portalegre, destaca a transversalidade e a forma como encaram a investigação, não só como uma das missões da instituição, mas também como uma forma de dar resposta aos problemas sociais e aos problemas da região.

A transformação digital é um dos temas cruciais do Portugal Air Summit 2024. De que forma a digitalização tem sido integrada no Politécnico de Portalegre? Quais as tecnologias que estão a ser exploradas para melhorar os processos no instituto?

As prioridades de investigação do Politécnico de Portalegre estão muito associadas à sua oferta formativa, desde logo, tentando dar resposta a uma estratégia de ensino/aprendizagem, onde o ensino é prático e aplicado e onde, naturalmente, a existência de projetos ligados às áreas de educação e formação do Politécnico tem de estar sempre presente.Como resposta a esse quadro, nós temos duas unidades próprias – o VALORIZA (Centro de Investigação para a Valorização de Recursos Endógenos) e o CARE (Centro de Investigação em Saúde e Ciências Sociais) – e participamos numa terceira [CIEQV (Centro de Investigação em Qualidade de Vida)], que cruzam, de uma forma transversal, todas as nossas áreas e domínios científicos. As unidades de investigação próprias têm, essencialmente, membros/investigadores integrados do Politécnico de Portalegre, embora tenhamos um conjunto de parcerias muito alargado.

Tal permite-nos desenvolver projetos, estando centrados naquelas que são as grandes temáticas internacionais: as grandes transições, desde logo, energética, climática, digital, social, demográfica, migratória; e permite-nos centrar essas temáticas nas questões do nosso território e nos objetivos de desenvolvimento da nossa região. Isso, obviamente, garante que nós temos

investigação aplicada, com impacto global, mas também com impacto local e regional.

Esta transversalidade e esta forma como nós temos encarado a investigação, não só como uma das missões da instituição, mas também como uma forma de dar resposta aos problemas sociais e aos problemas da região, garantem uma aproximação muito grande entre a instituição Politécnico de Portalegre e as forças-vivas, mas também as empresas, as associações, os municípios da nossa região e envolvente próxima.

Sabemos que a sustentabilidade é um dos tópicos centrais do Portugal Air Summit 2024, como é que o IPP trabalha para reduzir a sua pegada ambiental e de que forma passam esses valores aos vossos alunos?

O Politécnico de Portalegre é uma instituição que tem um ensino essencialmente de natureza aplicada e, por isso, a componente da formação em contexto de trabalho (estágios e parcerias com as empresas) é fundamental, no que entendemos como um ensino aplicado, que habilita os estudantes para saber-fazer.

Por isso, nada melhor do que estreitar estas parcerias com o tecido empresarial, que tem aqui uma vantagem que é biunívoca. Permite, por um lado, que os alunos tenham contacto direto com a sua prática profissional, mas ao mesmo tempo garante que esses alunos, nestes contactos (estágios e formações em contexto de trabalho) acabem por encontrar o seu primeiro emprego.

Ainda antes de terem terminado as suas formações, os alunos em muitos casos, acabam por já ter garantida a sua empregabilidade. É algo que nós entendemos como extraordinário.

Cada vez mais, temos cursos com empregabilidades muito próximas de 100%, o que é, para nós, um motivo de elevada satisfação.

Luís Loures, Presidente

REFERÊNCIA NA FORMAÇÃO DE TRIPULANTES DE CABINE

Ortelinda Barros, CEO da Oceânica, destaca a formação de excelência, preparando profissionais para os desafios de um mercado em constante mudança.

Como avalia a evolução da Oceânica desde a sua fundação até ao momento?

Desde a sua fundação, a Oceânica tem vindo a evoluir de forma consistente, acompanhando as exigências do setor da aviação civil. Iniciámos com o objetivo de proporcionar uma formação de qualidade, e com o passar dos anos, temos investido fortemente em inovação tecnológica e metodológica para garantir que os nossos alunos recebam a formação mais atualizada e relevante. Graças à certificação ANAC e DGERT, conseguimos aliar o cumprimento de rigorosos padrões de qualidade à capacidade de nos adaptar às tendências globais. O nosso compromisso com a excelência tem permitido uma crescente procura dos nossos cursos, resultando no reconhecimento da Oceânica como uma referência na formação de tripulantes de cabine.

O que torna a Oceânica única no panorama da formação em aviação civil? Como isso se reflete nos cursos e serviços para formar tripulantes de cabine de excelência?

O que diferencia a Oceânica é o nosso compromisso com uma abordagem personalizada e inovadora. Não só oferecemos formação técnica de alto nível, mas também focamos no desenvolvimento de competências interpessoais e de segurança, essenciais para a profissão de tripulante de cabine. Além disso, utilizamos métodos interativos de ensino que reproduzem cenários reais da aviação, permitindo aos nossos alunos vivenciar o que enfrentarão no ambiente de trabalho. Outro ponto de destaque é o nosso corpo docente, composto por

profissionais altamente qualificados e experientes, que trazem uma visão prática e contemporânea ao ensino. Essa combinação garante que os nossos formandos estejam preparados para enfrentar os desafios do setor com competência e confiança.

Como pretendem expandir e melhorar os serviços de consultoria em inovação empresarial e gestão de projetos, aproveitando as oportunidades e desafios do mercado global?

A Oceânica está a expandir os seus horizontes para além da formação de tripulantes de cabine. Estamos a trabalhar para fortalecer os nossos serviços de consultoria em inovação empresarial e gestão de projetos, com o objetivo de apoiar companhias aéreas e outras entidades da aviação a adaptarem-se às exigências de um mercado em constante transformação. O nosso foco é proporcionar soluções personalizadas que promovam a eficiência operacional e a inovação. Para isso, pretendemos reforçar parcerias estratégicas a nível internacional e implementar práticas que vão ao encontro das melhores tendências tecnológicas e sustentáveis do setor. Através deste posicionamento, acreditamos que podemos contribuir para o crescimento e sucesso das organizações com as quais trabalhamos.

Quais os objetivos estratégicos para os próximos anos? Como se preparam para as tendências da aviação e as mudanças na formação?

Para os próximos anos pretendemos a expansão das nossas operações a nível nacional e internacional, com a abertura de novos polos de formação e a criação de novas parcerias com companhias aéreas de prestígio. Planeamos também investir ainda mais em tecnologias emergentes, como realidade virtual , para elevar a experiência de formação dos nossos alunos. Em termos de tendências, estamos a acompanhar de perto as mudanças relacionadas à sustentabilidade, a digitalização e o aumento da automação nas operações. Continuaremos a ajustar os nossos programas formativos para garantir que os profissionais que formamos estejam aptos a atuar nesse contexto em constante evolução, mantendo a excelência e o rigor que sempre nos caracterizaram.

info@oceanicacabincrew.pt www.oceanicacabincrew.pt

Ortelinda Barros, CEO

DECOR HOTEL

A 7ª edição da Decor Hotel, a Feira Profissional de Projeto, Construção, Decoração, Equipamentos, Produtos e Serviços para Hotelaria, realiza-se de 24 a 26 de outubro de 2024 na EXPONOR, Matosinhos, Porto.

Este evento é reconhecido como um dos mais importantes no panorama da hotelaria e design de interiores em Portugal. Todos os anos, reúne profissionais de diversas áreas – arquitetos, designers, construtores e fornecedores – num espaço vibrante onde toda a inovação e networking se encontram em perfeita harmonia.

Este ano, a feira promete ser o palco das mais recentes tendências em decoração, tecnologia e soluções sustentáveis, com o foco na melhoria da experiência dos hóspedes e na eficiência operacional hoteleira. Além da exposição de produtos e serviços, a Decor Hotel 2024 oferece ainda palestras e workshops interativos, onde serão debatidos temas como hospitalidade moderna, design criativo e práticas ecológicas. Para os profissionais da área, será uma oportunidade de partilhar conhecimentos, estabelecer novas parcerias e, transformar e melhorar o futuro do setor.

A ARTE DE TRANSFORMAR ESPAÇOS EM EXPERIÊNCIAS

No mundo do design de interiores, onde a estética e a funcionalidade se encontram, a From Scratch Interiors tem vindo a afirmar-se como uma referência no mercado português. Fundada pela Arquiteta Daisy Dias, a empresa destaca-se pela sua abordagem inovadora e personalizada, criando ambientes únicos que refletem a essência dos seus clientes.

Com uma carreira que começou no Brasil, Daisy tem dedicado os últimos anos a criar projetos que combinam criatividade, funcionalidade e uma profunda compreensão das necessidades dos clientes. “Eu gosto de me envolver diretamente com o espaço e com as pessoas que vão influenciar o projeto. É fundamental entender o que o cliente quer e, muitas vezes, ajudá-lo a perceber o que realmente necessita”, afirma.

A sustentabilidade e a inovação técnica são pilares fundamentais nos projetos da From Scratch Interiors. “Nós temos de fazer escolhas inteligentes que alinhem o budget dos clientes com as soluções mais ecológicas e inovadoras disponíveis”, sublinha. Para Daisy, é essencial manter-se atualizada sobre as tendências e materiais sustentáveis, embora nem sempre seja fácil encontrar alternativas ecológicas para todos os componentes.

A personalização é uma característica marcante dos seus projetos, cada espaço é pensado para refletir as preferências estéticas e funcionais dos clientes. “Uma das minhas prioridades é criar ambientes equilibrados, que promovam uma sensação de conforto e harmonia”, explica Daisy. Este compromisso com a qualidade exige um vasto conhecimento técnico e uma atenção minuciosa aos detalhes. “Todos os projetos que realizei ao longo dos anos contribuíram para a minha capacidade de prever problemas e assegurar que a execução mantém a excelência prevista”, destaca.

A tecnologia também desempenha um papel crucial no trabalho de Daisy, impulsionando novas formas de conceber e materializar ideias. Ferramentas como programas de realidade virtual e BIM têm revolucionado a apresentação e desenvolvimento de projetos. “Estas inovações facilitam o nosso processo criativo e de gestão, permitindo-nos trabalhar de forma mais eficiente e reduzir custos”, comenta. No entanto, adverte para a necessidade de discernimento no uso dessas ferramentas: “São uma ajuda valiosa, mas jamais substituirão o olhar crítico e a visão de um arquiteto”. Na From Scratch Interiors, Daisy Dias continua a superar-se e a desafiar o mercado, provando que o design de interiores vai muito além da criação de espaços bonitos. É sobre criar experiências de raiz que transformam e enriquecem a vida das pessoas, respeitando a sua singularidade e o meio ambiente.

Daisy Dias, Fundadora
Mostra Sleep In Porto 2017

DAR ALMA AOS PROJETOS

Sheila Moura Azevedo, Fundadora do Shi Studio, destaca a importância da multiculturalidade e das suas experiências internacionais, utilizando diversas influências no design de interiores e arquitetura para atender a clientes de várias origens.

Como a multiculturalidade e experiências internacionais moldaram a sua abordagem ao design de interiores e à arquitetura? Como integra estas influências nos projetos do Shi Studio?

A multiculturalidade e as viagens ajudaram-me a compreender melhor o Outro, a aceitar a diferença, a entender que somos todos diversos na forma de olhar e apreender o que nos rodeia. Por outro lado, percebemos ao viajar que somos todos humanos e em geral as ânsias e preocupações básicas são sempre iguais. A perspetiva em que vemos as coisas e em que nos posicionamos perante o Mundo é que muda. E o facto de ter nascido no Brasil, filha e neta de portugueses que já eram pessoas do Mundo, trouxe-me uma capacidade e flexibilidade que de outra forma dificilmente teria. Essa forma em que fui moldada desde que nasci, permite-me conseguir lidar com clientes de todas as origens e perceber que, quando faço o design de um hotel, por exemplo, as escolhas têm de “servir” a públicos diversos. A possibilidade que vou tendo de visitar outras culturas contribui todos os dias para o meu trabalho e para este posicionamento maleável, que não rejeita, mas antes abraça e consente, mostra mas não limita, aponta mas não dirige. No meu trabalho de interpretação do cliente esta perspetiva tem sido essencial e perpassa todo o meu trabalho.

Quais são os principais desafios que enfrenta ao trabalhar em projetos de reabilitação e como os aborda para garantir a preservação da traça das edificações enquanto adapta os espaços às necessidades modernas?

De facto sou apaixonada pela reabilitação. O desafio é enorme porque as condicionantes são várias e pré-existentes, como imposições legais, orçamentais e também morais, por esse respeito pela traça de que fala. O que faço é estudar muito bem a lição, pesquisar profundamente sobre o imóvel e o seu enquadramento histórico,

Sheila Moura Azevedo, Fundadora e Designer de interiores

geográfico e cultural. O respeito pela origem é total, e tentamos ao máximo manter o existente. As necessidades da vida atual nem sempre se compadecem de características de outros tempos, até porque é melhor atualizar um edifício e mantê-lo vivo e útil, do que respeitar tanto as características originais que o tornamos desinteressante ao investidor. Este jogo de equilíbrio, esta equação matemática, é uma das coisas que me dá gosto fazer, e no fim tornar o feio em bonito, o velho em novo, o inútil em útil, sempre com um orçamento exequível e lógico.

Como gere a coordenação e a colaboração entre os diversos especialistas para assegurar que os projetos sejam executados com excelência?

A nossa equipa multidisciplinar é algo que veio sendo construído e depurado ao longo dos anos. Neste momento somos realmente 17 pessoas internas, mas a multidisciplinaridade estende-se também a colaborações externas, algumas já com muitos anos e muita amizade pelo meio. Cada projeto tem um projetista coordenador e de uma forma mais macro sou eu que coordeno os trabalhos em geral com cada um deles. São 20 anos no mercado com muita experiência de coordenação de projetos.

Como é que o Shi Studio “dá alma” aos projetos de hotelaria e áreas comerciais, integrando a identidade e o marketing do negócio no design? Pode descrever um caso em que esta abordagem tenha transformado a experiência do cliente?

Alguém disse que “A alma é o segredo do negócio”. Fazer um projeto para um negócio é muito cativante. Não estamos a falar de uma pessoa ou família, mas sim de todo um universo de clientes que o nosso cliente quer atingir. E há um plano de negócios e um investimento que tem de ser reavido em determinado tempo. Já tivemos clientes que nos chegaram com uma ideia de negócio mas sem a tal “alma”. E nós mandamo-los para casa pensar. Sem alma é difícil ter um negócio que sobreviva. É o cliente que tem de trazer essa alma, essa paixão por um produto ou serviço, tem de haver aquela chama que será o motor do projeto e do negócio. Aí nós conseguimos trabalhar, desenvolver as ideias, traduzir essa alma para o espaço através das texturas, das cores, do equipamento, do funcionamento do organismo vivo que vai ser aquele negócio. Socorremo-nos de especialistas de marketing quando o cliente não os traz já com ele, dos designers de comunicação, aplicamos as regras do merchandi-

sing, e fazemos um projeto com pernas para andar! É um processo maravilhoso e criativo! Um exemplo são as zonas de “amenities” dos edifícios dos nossos clientes promotores imobiliários. Eles têm o nome do edifício, têm a história que querem contar, têm os serviços que vão disponibilizar, mas depois dentro do espaço arquitetónico do edifício é preciso determinar as áreas, atribuí-las a funções, criar os ambientes e os equipamentos que vão permitir ao utilizador ter a experiência que o promotor pretende dar ao seu cliente… Isto vai trazer ao utilizador um determinado estilo de vida que vai impactar diretamente no seu dia-a-dia, na agradabilidade do seu tempo, na sua felicidade. E isto é muito importante.

Como o Shi Studio integra práticas sustentáveis e soluções inovadoras nos seus projetos? Como estas práticas têm sido implementadas e o impacto que têm tido nos projetos recentes? As questões de sustentabilidade estão sempre presentes no nosso pensamento de projeto. Favorecemos sempre as boas práticas. Os fornecedores com que trabalhamos já respeitam esta mesma filosofia por princípio, e por isso estamos tranquilos. Muitas vezes, por exemplo, o cliente quer deitar fora tudo o que tem e comprar tudo novo. E isso é psicologicamente importante para ele, pois há momentos de novos começos e momentos de viragem que exigem esta espécie de catarse. Nós vamos sempre tentando reutilizar parte do existente que faça sentido. Mas reaproveitar pode acabar por usar mais recursos do que colocar algo novo, e é esse equilíbrio que buscamos. Isto faz parte do ADN da empresa.

Quais os principais objetivos e estratégias do Shi Studio para o futuro? Existem novas áreas de exploração ou tendências que o estúdio está particularmente ansioso para integrar nos seus projetos?

A nossa estratégia passa por estarmos extremamente atentos ao mercado e às mudanças. Adaptarmo-nos e respondermos com competência e propriedade é fundamental. Repare que a forma de habitar e de hospedar está em mudança de há algum tempo para cá. A pandemia trouxe um aumento exponencial no número de nómadas digitais e de pessoas que passaram a trabalhar a partir de casa ou a partir de unidades hoteleiras. Quando juntamos a nossa casa ou alojamento com o nosso local de trabalho diário, as necessidades mudam radicalmente. Serviços disponíveis e áreas exteriores passam a ter enorme importância, momentos de descanso e lazer mudam de sítio, de frequência, de hora. E o projeto tem de dar resposta adequada. O ShiStudio está atento e adapta-se. Temos projetado zonas específicas nos edifícios para este tipo de novo habitante/ trabalhador/utilizador. Estamos também a dar formação interna para estarmos todos preparados. Como é que um hotel faz frente à atração do alojamento autónomo? Como é que o alojamento local sobrevive com as novas regras? Como se vão posicionar os diversos players do mercado no futuro a curto, médio e longo prazo? O ShiStudio procurará estar cada vez mais preparado a responder a estes desafios extremamente interessantes e a poder dar resposta aos nossos clientes investidores e promotores.

SABE ESCOLHER AS CORES CERTAS? A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DAS CORES NO SUCESSO

PROFISSIONAL

As cores que escolhe para vestir não são apenas uma questão de estética. Elas podem influenciar, subtilmente, a perceção que os outros têm de si, impactando a sua imagem pessoal e profissional. As primeiras impressões são uma ferramenta essencial para transmitir confiança, autoridade e outros traços fundamentais.

Por isso, questiono, já escolheu as cores certas para a sua próxima reunião ou evento importante?

Seja numa entrevista de emprego, numa apresentação ou até numa reunião decisiva, as cores que usa no seu vestuário podem

reforçar (ou, infelizmente, prejudicar) a mensagem que quer passar. Enquanto especialista em Personal Branding, aconselho sempre os meus clientes a usarem as cores como ferramentas estratégicas no desenvolvimento da sua marca pessoal. E sim, a imagem é um dos pilares a trabalhar na gestão de marca pessoal. Não se trata de moda ou gosto pessoal, mas sim de alinhar a sua imagem com os objetivos que pretende.

A Psicologia das Cores é estudada e utilizada em várias áreas, desde o marketing à arte, mas que ganha um papel determinante

no contexto profissional. Escolher conscientemente as cores certas pode ajudá-lo a criar uma imagem mais forte e a destacar-se nos momentos mais decisivos da sua carreira.

O poder das cores. O que elas comunicam?

Para que possa tomar decisões informadas no seu próximo compromisso, preparei uma lista de cores comuns no vestuário e o que elas tendem a comunicar em ambientes profissionais:

Azul

O azul é, sem dúvida, uma das cores mais respeitadas no mundo dos negócios. É uma cor que comunica confiança, autoridade e tranquilidade. É uma escolha ideal para entrevistas ou reuniões de alto nível, onde deseja criar uma atmosfera de segurança e credibilidade. O azul-escuro, em particular, é muito associado a líderes de sucesso e a grandes corporações.

Verde

O verde remete para o equilíbrio, harmonia e leveza. Em contextos onde a serenidade e a inovação são valores assumidos, como empresas de tecnologia, sustentabilidade ou startups, o verde pode ser um excelente aliado. Além disso, esta cor tem uma ligação intrínseca à natureza, transmitindo uma energia leve e otimista.

Vermelho

Se procura captar a atenção de forma imediata e mostrar poder e dinamismo, o vermelho é a cor certa. Esta é uma cor associada à energia, à paixão e ao protagonismo. No entanto, deve ser usada com moderação e estratégia, especialmente em situações onde não quer parecer excessivamente agressivo. Uma peça vermelha num conjunto mais neutro pode ser suficiente para criar o impacto desejado.

Preto

A elegância intemporal do preto é uma escolha segura para eventos mais formais. Esta cor comunica sofisticação, autoridade e formalidade. Muitos líderes optam pelo preto para transmitir seriedade e um forte sentido de comando. Contudo, para não parecer distante ou inacessível, combine-o com outros elementos mais leves ou acessórios que quebrem o seu tom monocromático.

Cinza

O cinza é uma cor que simboliza neutralidade, maturidade e sabedoria. Profissionais em cargos de liderança que desejam mostrar equilíbrio e discernimento podem optar por tons de cinza para transmitir uma postura ponderada e confiável. É também uma cor versátil que se adapta a quase todos os contextos profissionais.

Branco

O branco é sinónimo de pureza, clareza e simplicidade. É uma cor que funciona muito bem para quem pretende comunicar frescura e foco. Seja num ambiente de brainstorming criativo ou

numa apresentação onde se quer destacar pelo rigor e simplicidade, o branco confere uma sensação de transparência e organização.

Amarelo

Conhecida por provocar criatividade, otimismo e inovação, o amarelo é perfeito para contextos criativos. Usar amarelo em ambientes onde a inovação são valorizadas ajuda a transmitir energia positiva e uma abordagem ousada. No entanto, como é uma cor muito vibrante, tal como o vermelho, convém equilibrá-la com outras mais neutras.

Roxo

O roxo está associado a luxo, mistério e espiritualidade. Quando quer comunicar uma presença forte, sofisticação e uma visão mais profunda sobre determinado assunto, esta cor pode ser uma escolha poderosa. No entanto, deve ser usada de forma subtil, pois o seu impacto pode ser marcante e, em excesso, desviar a atenção da sua mensagem.

Rosa

Longe de ser uma cor meramente associada à feminilidade, o rosa pode ser usado como um símbolo de empatia, sensibilidade e acessibilidade. Cada vez mais a inteligência emocional é valorizada em líderes e gestores, o rosa, quando usado com subtileza, ajuda a criar uma imagem amigável e aberta.

Castanho

O castanho transmite segurança, estabilidade e confiança. Profissionais que desejam afirmar-se como confiáveis e firmes nas suas convicções podem escolher esta cor para criar uma presença forte, sem recorrer a tons demasiado intensos.

Vermelho Burgundy

É sinónimo de sofisticação, elegância, poder e maturidade. Se quer transmitir uma imagem de autoridade, mas com elegância esta é a cor ideal. Pode usar reuniões importantes ou eventos formais, onde o seu objetivo é destacar-se com estilo.

A escolha consciente para o sucesso

A próxima vez que abrir o seu armário antes de uma reunião importante, lembre-se de que a cor que escolhe não deve ser apenas uma decisão estética. Considere o ambiente, a mensagem que quer passar e no impacto que deseja causar. Pense sempre como se quer sentir, vai ajudar a sua escolha. As cores, quando usadas estrategicamente, são uma extensão da sua comunicação e uma poderosa ferramenta na gestão da sua marca pessoal.

O sucesso na liderança e nos negócios depende não só daquilo que fazemos ou dizemos, mas também da forma como nos apresentamos ao mundo. Cada detalhe conta, e as cores que escolhemos para vestir podem ser o toque final que reforça a nossa posição e a nossa imagem. Então, já escolheu as cores certas para a sua próxima reunião?

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

No mundo atual, é crucial reconhecer e valorizar o papel das mulheres na economia e nos negócios. A crescente participação no setor empresarial demonstra a sua liderança e inovação, e reflete mudanças nas dinâmicas socioeconómicas. As mulheres estão, cada vez mais, a ganhar autonomia económica e profissional, desafiando estereótipos de género e conquistando posições de poder.

Nesse contexto, esta temática pretende destacar a importância do papel das mulheres nas sociedades atuais, reconhecendo-as como agentes essenciais de mudança no panorama económico global. Ao dar visibilidade às suas experiências de empresabilidade e empreendedorismo, pretendese oferecer uma visão diversificada das diferentes realidades em que as mulheres atuam, mostrando como transformam as empresas e a redefinir o conceito de sucesso no mundo empresarial.

DESMISTIFICAÇÃO DA SEXUALIDADE

A Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) destaca-se pela sua abordagem flexível e assertiva à formação e sensibilização em sexologia clínica. Em entrevista, a Presidente da SPSC, Joana Carvalho, defende a importância de combater a falta de literacia sexual e promover a saúde sexual e reprodutiva, através da educação, da ciência e da ação cívica.

Como é que a empatia e a flexibilidade, características frequentemente associadas à liderança feminina, influenciam a abordagem da SPSC à formação e sensibilização em sexologia clínica, num contexto onde a sexualidade ainda é um tema tabu?

A sexualidade é uma importante faceta das relações humanas. A sua representação existe muito antes de existir a escrita. Sendo tão natural, a sexualidade foi, e é, amplamente politizada e usada como matriz de controlo social. Mais do que tabu, é um instrumento com o qual as sociedades definem as suas liberdades. É neste contexto que a flexibilidade é um valor fundamental na forma como a SPSC opera, seja através do seu curso, Curso de Especialização em Sexologia Clínica, ou ações de consciencialização social. Sabemos que a população mundial, independentemente da sua escolaridade, carece de literacia sexual, perpetuando mitos que, sem fundamento científico, promovem a discriminação e são a principal barreira à promoção da saúde sexual e reprodutiva ou à prevenção de todas as formas de violência sexual e de género. Mais do que a empatia, diria que o equilíbrio entre a assertividade, a flexibilidade e a coragem com que contornamos barreiras ideológicas, são valores fundamentais com os quais a SPSC cumpre a missão de salvaguardar Direitos Humanos por via da educação, da ciência e da ação cívica.

Quais foram os maiores desafios que enfrentou enquanto mulher em cargos de direção? Como esses desafios moldaram a sua visão sobre a liderança e a resiliência no campo da sexologia?

A ausência de modelos de liderança e visibilidade feminina foi o principal desafio. Foi preciso construir um espaço psicológico onde desenhei e segui o meu percurso profissional em áreas onde nenhum nome de revelo era o nome de uma mulher (e.g., área da agressão e compulsividade sexual) e onde assumi a responsabilidade de ser exemplo para outras jovens mulheres. Quer queiramos, ou não, somos exemplo. Este exemplo afirmativo é uma fonte importante de conforto, incentivo e segurança. No confronto científico e de tomada de decisão, as mulheres debatem com grupos legitimados pela história e não apenas pela meritocracia. Na SPSC, em 16 mandatos, 8 foram presididos por mulheres. Isto não acontece noutras congéneres onde a ausência gera mais ausência, minimizando o potencial de muitas gerações de mulheres.

Como Presidente da SPSC, que iniciativas ou projetos tem em mente para inspirar a próxima geração de líderes femininas na área da sexologia? Que impacto espera que essas iniciativas tenham na sociedade portuguesa em geral?

Na SPSC há uma prevalência de mulheres nos corpos de gestão, que aqui cumprem o seu potencial, e fazem caminho para fomentar as suas carreiras pessoais. Há um particular investimento em mulheres em início de carreira, onde, frequentemente, escasseiam oportunidades de incremento curricular. À SPSC dão valor, às outras mulheres, dão exemplo e segurança. É também feito um trabalho de promoção da visibilidade de pessoas jovens (não apenas mulheres) através, por exemplo, da Galeria de Jovens Investigador@s, para valorizar quem ainda tem todos os desafios pela frente. Esta iniciativa vai estender-se a jovens que tenham feito projetos de intervenção social, em questões como educação para a sexualidade, Direitos Sexuais ou promoção da saúde sexual. A SPSC trabalha desde 1985 e formou dezenas de profissionais que todos os dias materializam a nossa missão e valores. Portugal foi o primeiro país do mundo a reconhecer formalmente o Dia Nacional da Saúde Sexual. Portanto, tivemos impacto. Importa continuar, conscientes que o nosso direito à igualdade e saúde sexual é reconhecido, mas nunca garantido.

geral@spsc.pt • www.spsc.pt

Joana Carvalho, Presidente

Qual é a história por trás do Chez Sónia? E como surgiu a ideia de criar o Azores Private Chef?

A minha jornada na culinária começou de forma simples e autodidata, aprendendo sozinha a importância dos ingredientes frescos e locais, com grande respeito pelos produtos da terra e do mar, algo muito presente nos Açores. O projeto “Chez Sónia” nasceu da vontade de criar uma experiência acolhedora e íntima, refletindo a simplicidade da vida em cada prato. Mais do que uma marca, é um espaço autêntico onde as pessoas se sentem em casa, independentemente da sua origem. Complementando este projeto, surgiu o “Azores Private Chef”, que leva essa experiência personalizada ao domicílio, oferecendo momentos gastronómicos únicos, aproveitando a riqueza natural dos Açores. Desde jantares íntimos a grandes celebrações, une-se a paixão pela cozinha à criação de momentos inesquecíveis.

Quais são os desafios e as vantagens de ser chef privada nos Açores? Como é que usa os ingredientes locais e da época nos seus pratos?

Ser chef privada nos Açores é simultaneamente desafiador e um privilégio. A localização isolada do arquipélago impõe dificuldades logísticas, como o acesso limitado a certos ingredientes e a dependência das condições meteorológicas, que afetam a disponibilidade de produtos frescos. No entanto, essa particularidade oferece a oportunidade de criar experiências gastronómicas autênticas, baseadas na frescura e qualidade dos produtos locais. A abundância de ingredientes sazonais permite homenagear a riqueza natural da região, respeitando a sazonalidade e destacando os sabores. Ser chef privada possibilita a criação de menus personalizados, ajustados ao gosto dos clientes e àquilo que a terra oferece em cada momento. Esta conexão

SABORES AÇORIANOS COM ALMA

Em entrevista, Sónia Melo, Chef e fundadora do Chez Sónia, partilha a sua paixão pela gastronomia, revelando, através da sua arte culinária, um verdadeiro tributo aos sabores e tradições dos Açores, uma região que conquistou o seu coração.

Sónia Melo, Chef e Fundadora

com a natureza e a cultura local é uma parte fundamental da minha identidade enquanto chef, e reflete-se em cada refeição que preparo. Cozinhar nos Açores é, assim, uma celebração contínua dos sabores regionais e da simplicidade essencial da gastronomia.

O que torna o Chez Sónia diferente de outros serviços de gastronomia? Como é que o feedback positivo dos clientes inspira a Sónia a criar novos pratos?

O Chez Sónia distingue-se pela autenticidade e atenção aos detalhes, proporcionando uma experiência íntima e envolvente, onde cada prato conta uma história e conecta os clientes com a cultura e sabores locais. A utilização de ingredientes frescos e sazonais, aliada à paixão por criar pratos simples, mas com alma, é um dos nossos principais destaques. O serviço personalizado, com menus adaptados às preferências de cada cliente, garante exclusividade e cuidado em cada evento. O contacto direto com os clientes permite criar menus que refletem tanto a minha visão gastronómica quanto os gostos individuais dos clientes, tornando cada evento único. O feedback dos clientes inspira-me e motiva a evolução contínua, contribuindo para a criação de novas combinações de sabores. No fundo, o Chez Sónia celebra a simplicidade, o sabor genuíno e a experiência humana, sendo a satisfação dos clientes a minha maior recompensa.

Para além do serviço de chef privada, também oferece workshops, showcookings e eventos. Como é que se mantém a par das novidades e tendências da gastronomia?

A cozinha é um mundo em constante evolução e manter-me atualizada com as tendências e inovações culinárias faz parte da minha paixão pela gastronomia. Sempre fui movida pela curiosidade e desejo de aprender, invisto em formação contínua e participo em eventos como congressos e feiras dedicadas à inovação gastronómica. Estes eventos são valiosos para aprender com outros chefs e descobrir novas tendências e ingredientes. Sou também leitora assídua de livros de chefs e acompanho programas de televisão, revistas e blogs sobre as últimas novidades culinárias. A comunidade local e os produtores regionais, especialmente nos Açores, são uma grande fonte de inspiração, graças à riqueza de produtos frescos e tradicionais. Workshops e showcookings são igualmente espaços de aprendizagem importantes, onde a interação com os participantes me leva a repensar técnicas e a explorar novas abordagens. Cozinhar é, para mim, uma troca constante de ideias e experiências, essencial para compreender as preferências das pessoas e adaptar as tendências à minha filosofia culinária.

Como é que pretende continuar a surpreender e a encantar os seus clientes nos Açores?

A minha estratégia para surpreender e encantar os meus clientes assenta na constante evolução, equilibrando tradição e inovação, e no contacto direto com as pessoas, algo que considero essencial, embora muitas vezes seja desvalorizado. Pretendo que cada experiência gastronómica que ofereço seja autêntica, inesperada e cheia de momentos que despertem todos os sentidos. Continuarei a utilizar ingredientes locais e sazonais, celebrando o melhor dos Açores, e a colaborar com produtores locais para promover o desenvolvimento sustentável e a excelência gastronómica da região. Também a personalização das experiências é fundamental para criar momentos únicos e ajustados às preferências de cada cliente. Além disso, investirei na minha formação e em colaborações com outros chefs, pois a troca de ideias e a aprendizagem contínua são essenciais para manter o meu trabalho inovador e inspirador. O meu maior objetivo é continuar a surpreender, encantar e criar memórias duradouras, oferecendo experiências que toquem o coração dos meus clientes e contribuam para o desenvolvimento e prestígio da região.

O que a motivou a fundar o Ariana Costa – Advogados? Como é que essa trajetória moldou o foco no direito imobiliário e laboral?

Com 17 anos de experiência em várias empresas e escritórios de advogados, acumulei um amplo conhecimento em diferentes áreas jurídicas, o que me proporcionou uma visão estratégica da profissão. Movida pela paixão em fazer a diferença na vida das pessoas através do direito, decidi criar o projeto “Ariana Costa – Advogados”, comprometido com a excelência, integridade e dedicação aos clientes. As áreas do direito imobiliário, pela sua complexidade e impacto económico e na vida das pessoas, e do direito laboral, por abordar questões essenciais nas relações de trabalho, tornaram-se o foco do escritório, que oferece um serviço personalizado e adaptado às necessidades de cada cliente.

Quais são os principais desafios e como mantém o compromisso com os clientes no direito imobiliário e laboral?

No direito imobiliário, é fundamental acompanhar as constantes alterações legislativas que podem influenciar significativamente os interesses dos clientes. Cada transação imobiliária é única e requer uma análise cuidadosa para garantir segurança jurídica e eficácia nos negócios. No direito laboral, é crucial lidar com a complexidade das relações humanas no contexto profissional, estar atento às mudanças nas leis laborais e equilibrar as necessidades de empregadores e trabalhadores. Acredito numa comunicação transparente e na construção de confiança, tratando cada caso com rigor, empenho e integridade. O meu objetivo é proporcionar tranquilidade aos clientes, assegurando-lhes um acompanhamento competente e de alta qualidade.

O Ariana Costa - Advogados está atento à evolução tecnológica. Como integra as novas áreas de cripto-ativos e inteligência artificial no seu escritório sem desviar o foco principal? Vivemos numa era onde a tecnologia transforma a sociedade e o direito. Para servir os meus clientes, é essencial estar na vanguarda

“COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE E CONSTRUÇÃO DE CONFIANÇA”

Ariana Costa, com uma vasta experiência em advocacia e uma paixão por ajudar as pessoas, fundou o Ariana Costa – Advogados. Em entrevista, explica a combinação da tradição do direito imobiliário e laboral com a inovação, para atender às necessidades de um mercado em constante transformação.

dessas mudanças. Embora o foco seja o direito imobiliário e laboral, áreas como os cripto-ativos e a inteligência artificial estão a ganhar relevância e podem impactar os interesses dos clientes. Integrar estas novas áreas permite abordar questões emergentes, oferecer consultoria especializada e antecipar desafios legais. Recentemente, escrevi um artigo sobre o impacto dos contratos inteligentes no imobiliário e estou a preparar outro sobre as implicações legais da utilização da inteligência artificial no recrutamento e gestão de recursos humanos. A inovação fortalece a capacidade de oferecer soluções jurídicas abrangentes, mantendo a qualidade e atenção personalizada.

Como vê o futuro do seu escritório? Quais são as estratégias para continuar a inovar e crescer em áreas tradicionais e emergentes do direito?

A nossa visão para o futuro é guiada pelo crescimento sustentável, mantendo os valores de dedicação, excelência e integridade. Pretendemos consolidar a nossa posição nas áreas de direito imobiliário e laboral, onde já temos um historial de sucesso. Para continuar a inovar, apostamos em várias estratégias: integração de ferramentas tecnológicas para otimizar processos internos; expansão dos serviços para novas áreas jurídicas; e estabelecimento de parcerias estratégicas com profissionais e entidades que partilham os nossos valores. Acreditamos que o equilíbrio entre tradição e inovação é essencial para superar as expectativas dos clientes e enfrentar os desafios do setor jurídico.

ac@arianacostaadvogados.com www.arianacostaadvogados.com

Ariana Costa, Advogada

EMPRESAS COM HISTÓRIA

Empresas com história são aquelas que se caracterizam pela sua durabilidade e capacidade única de se reinventar, mantendo a tradição e os valores que as tornaram referência nos seus setores. Estas instituições são negócios bem-sucedidos que sobreviveram aos desafios dos tempos, adaptando-se às mudanças sociais, económicas e tecnológicas.

Em Portugal, muitas são as empresas que carregam consigo histórias de perseverança e inovação, verdadeiros exemplos de resiliência que continuam a inspirar gerações. As suas jornadas oferecem lições preciosas sobre como permanecer relevante e influente, mesmo face a desafios constantes. Assim, destacamos as empresas com um legado que se consolidou com o passar dos anos. São histórias de superação, adaptação e, acima de tudo, de uma determinação incansável em continuar a trilhar o caminho do sucesso.

INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE EM CONSTRUÇÃO

A empresa celebra o seu 5º aniversário. Olhando para o percurso da VOMERA desde a sua fundação, quais foram os principais desafios que enfrentaram e como conseguiram superá-los para alcançar o sucesso que têm hoje?

Os desafios são intrínsecos ao percurso que tivemos de fazer. É impossível assumir uma estratégia que tenha como objetivos o crescimento e o sucesso sem desafios. É óbvio que, ao longo de cinco anos, vários foram os desafios, quer no que tange à natureza, quer no que diz respeito à dificuldade. Mas em momento algum perdemos a nossa entidade, deixámos de respeitar os nossos valores ou relegámos para segundo plano a nossa estratégia em função dos desafios que enfrentámos. Num exercício sumário da escala de desafios, destacamos a falta de mão de obra especializada e altamente especializada como a principal dificuldade.

Enfrentámos outros desafios também, nomeadamente, a necessidade de resposta a um quadro legal e de exigências técnicas para um mercado de engenharia e construção que estagnou na ultima década, mas seria incorreto argumentar que esse quadro reservado do setor não foi também uma oportunidade para acrescentarmos valor à nossa empresa e nos diferenciarmos da concorrência.

A internacionalização é um passo importante na estratégia da VOMERA, com a expansão para Cabo Verde já em andamento. Que critérios foram determinantes para a escolha deste mercado e que expectativas têm em relação ao impacto dessa expansão no crescimento da empresa?

Cabo Verde teria de ser, obrigatoriamente, a nossa primeira escolha para o inicio da internacionalização, não só porque existe uma forte ligação pessoal ao país dos sócios e fundadores da VOMERA, como grande parte do sucesso e das pessoas que constituem hoje o universo das empresas do Grupo VOMERA pertencem a essa geografia.

Evidentemente, entrando no campo da análise económica, a geografia em questão é por nós tida como essencial ao eixo estratégico de desenvolvimento da empresa. O continente africano é hoje considerado, pelos principais analistas económicos, como o continente que maior potencial de crescimento e de oportunidades para as próximas décadas. Seria imprudente da nossa parte, tendo em Cabo Verde um conhecimento profundo e sustentado, não iniciar a nossa atividade pelo continente africano por Cabo Verde.

Estamos atentos a outras geografias, com contactos avançados e teremos, consequentemente, um alargamento da nossa participação no continente africano. Estamos igualmente a estudar outras geografias na Europa e fomos, recentemente, convidados para uma participação no Brasil. Estamos em constante avaliação e o

A VOMERA Building Solutions é uma empresa líder em soluções inovadoras de engenharia e construção, especializada em métodos sustentáveis que priorizam qualidade, eficiência e a satisfação do cliente. Comprometida com a excelência, a Vomera representa o projeto de vida dos seus sócios, Delphine Gerardo e Sérgio Santos.

Delphine Gerardo e Sérgio Santos, Sócios

que entendermos inserir-se no nosso plano estratégico, teremos a necessária acuidade de a considerar.

A formação e o desenvolvimento do capital humano são pilares na estratégia da VOMERA. Como têm conseguido atrair e reter os melhores talentos num setor onde a mão de obra qualificada é escassa, e de que forma a aposta na formação contínua tem contribuído para a excelência operacional da empresa?

A nossa política sempre assentou no nosso maior ativo: o capital humano. As empresas só fazem sentido se considerarem no seu eixo de desenvolvimento o capital humano como maior ativo estratégico do projeto. A VOMERA alcança a posição que tem hoje, porque

sempre teve uma politica de seleção, contratação e valorização do capital humano que se distingiu da concorrência. Muitas vezes, não chega dar boas condições remuneratórias, que apesar de serem importantes, não são tudo. É importante envolver as pessoas no projeto, fazê-las sentir o ADN da empresa, passar a mensagem que o projeto contrata os melhores e dele fazem parte os melhores, dar formação, passar o conhecimento e assentar as decisões de valorização do capital humano no mérito e na competência. Esse tipo de iniciativas, não só potencia a moralização que quem já faz parte do projeto, como atraí de forma consequente mais profissionais para a possibilidade de fazerem parte do projeto.

O mercado de obras particulares premium é um dos focos da VOMERA. Que estratégias utilizam para se diferenciarem da concorrência nesse segmento específico, e como conseguem garantir a personalização e a alta qualidade que este tipo de clientes exige?

A VOMERA definiu no novo plano estratégico, para os próximos cinco anos, o setor das obras públicas, o setor das obras privadas industriais e o setor das obras particulares segmento residencial premium. Este último, adquire uma especial particularidade, dado que será dedicado a um nicho de mercado plenamente identificado, com parceiros de grande notoriedade neste segmento e para investimentos dentro do próprio Grupo VOMERA. O nível de excelência que a VOMERA alcançou permite-lhe hoje selecionar criteriosamente o conjunto de clientes com quem pretende estabelecer contratos, tendo uma carteira de encomendas que se situa nos 50 milhões de euros e estando em negociações para aumentar a mesma.

A VOMERA foi recentemente classificada como uma das TOP 5 e TOP 10 Melhores PME do Setor da Construção na região de Santarém. Quais considera os fatores-chave que impulsionaram este reconhecimento? Como a empresa tem mantido a sua posição de destaque num mercado tão competitivo?

A região de Santarém tem tido um problema de afirmação

nacional na escala empresarial. Os principais indicadores da região revelam um certo distanciamento dos distritos limítrofes, com enfoque para Leiria e Lisboa, onde a escala e volume das empresas de engenharia e construção supera com grande distanciamento as da região de Santarém.

É evidente que esses rácios são dinâmicos e as empresas de construção e engenharia são altamente adaptáveis à região onde querem estabelecer o negócio, sendo o mercado da região de Santarém muito procurado por empresas de outras regiões.

A VOMERA, sendo uma empresa de Abrantes, com sede em Santarém e estaleiros centrais em Água Travessa, concelho de Abrantes, definiu claramente como estratégico estas localizações.

A contratação de quadros de engenharia experienciados, assim como encarregados com elevado know-how, ao que se juntou depois elementos das áreas de apoio à atividade principal da empresa, nas áreas financeira, contabilidade, higiene e segurança no trabalho, recursos humanos, arquitetura, entre outras, permitiu agregar ao projeto um conjunto de recursos altamente especializados que harmoniosamente vieram transformar e alavancar no caminho do sucesso o projeto.

Os prémios alcançados são meramente a consequência de um conjunto de medidas criteriosas e do esforço e dedicação conjunta de toda a equipa.

Quais são os principais objetivos e metas que a VOMERA se propõe alcançar nos próximos anos? Como esperam que a empresa evolua para continuar a ser uma referência no setor da construção?

O sucesso será sempre a consequência do trabalho, e sem esforço e dedicação será impossível de alcançar esse resultado.

Numa escala diferente, onde os primeiros cinco anos foram alicerçados em valores como o Rigor Ambição e Profissionalismo, identificamos no novo plano estratégico para os próximos cinco anos o acréscimo de novos valores, nomeadamente a Confiança, a Inovação e Excelência.

Dizer que o futuro se quer numa linha de continuidade do que foi os primeiros cinco anos, onde crescemos, grosso modo, ao dobro do ano anterior em todos os exercícios, numa equação matemática simples, significa que daqui a cinco anos teremos de ter um volume de faturação na ordem dos 400 milhões de euros. Apesar de não ser impossível e, espero estar equivocado, parece-me altamente improvável, pela força da dimensão do mercado Português e do quadro de expetativas instalados no setor.

Agora, na linha de pensamento de alguns grandes casos de sucesso no mundo empresarial, de um modo subtil e irónico, diria que a sorte é um fator fantástico e de inquestionável necessidade ao sucesso, mas cada vez tenho menos dúvidas que quando maior for o foco e intensidade no trabalho, mais sorte haveremos de ter (sucesso). De modo que vetores como o trabalho, o foco e concentração no cumprimento íntegro do nosso plano estratégico e do nosso ADN serão essenciais ao alcance dos resultados que perspetivamos para os próximos cinco anos.

“TODAS AS FASES DA CONSTRUÇÃO COM O MÁXIMO

RIGOR E PROFISSIONALISMO”

O Segmento Urbano, empresa portuguesa de arquitetura e construção, celebra 18 anos de sucesso, marcada por uma trajetória de adaptação e inovação. Maria João Correia, Arquiteta e Fundadora da empresa, revela os desafios e as estratégias que permitiram construir um legado de excelência.

Com um percurso de 18 anos, que balanço faz da trajetória do Segmento Urbano? Quais foram os maiores desafios enfrentados e como foram superados?

O percurso de 18 anos do Segmento Urbano teve muitos altos e muitos baixos, como acontece em qualquer percurso (longo) que sempre tentamos usar como aprendizagem para crescermos, adaptando-nos às mudanças que eram necessárias. Começamos por ser apenas um atelier de projeto vocacionado para o mercado externo, porque em Portugal, ainda hoje se paga muito mal pelos projetos de arquitetura. O trabalho do arquiteto (normal, não famoso) é muito mal pago, porque Portugal ainda é um país muito ignorante no que concerne à arquitetura e para o que serve um bom projeto de arquitetura. As pessoas, no geral, tendem a achar que o arquiteto “serve para gastarem dinheiro” e que “no fundo sabem exatamente como querem as suas casas” só precisam de quem as legalize. Por esta razão estivemos mais vocacionados para o mercado onde a arquitetura é vista como uma mais-valia quer no sentido do investimento (imobiliário) quer em culturas onde as pessoas estão habituadas a pagar por projetos. No final de 2015, com a crise do petróleo que deixou os países sem dólares, fomos obrigados a procurar uma solução rápida para nos inserirmos no mercado nacional, e como só com projeto era impossível, decidimos passar a vender projetos com a construção. Ou seja, mudamos o destinatário, em vez de “vender” apenas projeto, passamos a “vender” a obra através do projeto. Primeiro aliados a uma marca, e depois, por questões alheias à nossa vontade, novamente a solo.

O Segmento Urbano assume hoje um conceito diferenciador de conceção e construção. Assim, como descreve o processo de conceção e desenvolvimento de projetos desde a fase inicial até a finalização da obra?

Passarmos a fazer quase em exclusivo conceção e construção foi um caminho também. Quando entramos na construção percebemos rapidamente que com a arquitetura conseguíamos mostrar aos clientes como ficaria a sua obra. Sempre trabalhamos em tecnologia BIM, o que nos permite rapidamente fazer com que a obra exista na realidade

virtual e isso é uma grande vantagem. Já vínhamos habituados a fazer projetos “a sério” com mapas de medições e mapas de quantidades portanto foi só uma questão de irmos contratando profissionais da construção para fazer, primeiro, as “pequenas obras”. Isto porque, fazer obras com subempreitadas em Portugal é uma quimera e continua a ser o grande problema da construção civil. A primeira construção de raiz que nos foi adjudicada, cujo projeto é da nossa autoria, decidimos subempreitar a estrutura, porque ainda não tínhamos, achava eu, mão de obra para esse trabalho, e isso quase nos arruinou a empresa. Aí percebi, da pior maneira, que a única hipótese de fazer bem as coisas era formar. Agora, já só construímos projetos nossos, porque chegamos também à conclusão, que construir projetos de colegas, muitos mal instruídos e sem o cliente ter noção dos riscos associados a isso e o seu impacto no valor de obra, trouxe-nos muitos problemas. Fizemos muitos favores e muitos deles acabaram por se virar contra nós. Basicamente na conceção e construção nós fazemos os projetos de acordo com o que o cliente tem para gastar na obra e gerimos quer a arquitetura quer as especialidades em função disso. Como não subempreitamos, conseguimos com a gestão de projeto, controlar os custos de obra e arranjamos soluções de projeto que otimizem recursos e soluções para que a obra fique de acordo com o preço acordado. Em suma, o cliente chega até nós com o terreno ou com a necessidade, fazemos o projeto de acordo com o orçamento que tem, apresentamos em 3D, licenciamos e construímos.

Um dos principais desafios da construção civil é o cumprimento de prazos com a qualidade desejada. Como é que articulam esses parâmetros, a relação com o cliente, e ainda assim garantir um projeto único e exatamente à medida, com tanto sucesso?

Penso que a base tem sido a nossa capacidade de nos adaptarmos

Maria João Correia, Arquiteta e Fundadora

constantemente aos desafios do setor, que são, em grande parte a falta de profissionais competentes, qualificados e sérios. Só assim é que conseguimos cumprir com os nossos clientes portanto para nós, é essencial o que temos hoje, uma equipa de 26 trabalhadores de construção civil, competentes e felizes por serem trabalhadores da construção civil. Da mesma forma que é essencial para nós trabalharmos (apenas) com clientes que respeitam o nosso trabalho, que entendem que ter um projeto e obra feita por nós, é muito diferente de ter uma obra feita por uma empresa com colaboradores que trabalham de sol a sol sem condições de trabalho dignas, onde se trocam diâmetros de ferros para ficar mais barato. O que nos diferencia, de facto, é tratarmos todas as fases da construção com o máximo rigor e profissionalismo, e tratarmos das nossas pessoas com o máximo de rigor e respeito, contribuindo para que a construção civil seja vista de outra forma.

Como é que o Segmento Urbano acompanha as tendências e inovações no mercado de arquitetura e construção? De que forma a Segmento Urbano pretende adaptar-se às demandas crescentes por tecnologias verdes e construções inteligentes? Somos profissionais atentos e por isso tentamos cada vez mais incorporar tecnologias verdes e sistemas de construção mais eficazes do que os tradicionais. Infelizmente, há pouquíssimos apoios para “descarbonizar” a construção e legislação ainda é muito castradora para os sistemas construtivos melhores para o ambiente. Penso que ainda há um longo caminho a percorrer nesse sentido principalmente porque os materiais como cimentos com baixo teor de carbono, que requer menos clínquer, ou o betão verde, são mais caros do que os normais, e normalmente os clientes não estão dispostos a isso, nem o podemos impor. Na medida da nossa responsabilidade enquanto projetistas, damos o nosso melhor para o que projeto seja o mais eficaz possível em termos de eficácia energética, orientação solar, ensombramento, reciclagem de águas, uso de painéis solares, etc. Usamos de forma crescente materiais reciclados, técnicas de construção passiva e o design biofílico a par de tentarmos, em obra, a redução do desperdício de materiais, diminuição dos custos de água, energia e combustível. No que respeita a sistemas como domótica/inteligência artificial, propomos, mas fica muito do lado do cliente se quer/pode incluir esses custos na sua obra.

Do vasto portfólio da Segmento Urbano, que projetos pode eleger como mais significativos ou mais desafiantes?

18 anos de projetos são mesmo muitos projetos, mas há certamente três que me marcaram como pessoa e como profissional. O Condomínio Palmeiras, o primeiro projeto do segmento urbano, um condomínio de 32 moradias que ganhamos precisamente por fazer o que os arquitetos devem fazer na minha opinião, responder com pragmatismo, arte, engenho e eficácia às necessidades do cliente. A nossa intervenção nas Conservas Portugal Norte, um projeto de conceção e construção, que conseguimos executar em 27 dias, que possibilitou que fosse inaugurado na data de ani-

versário do fundador, e que nos valeu estar na final do Mundial de Arquitetura em Amesterdão, e sem dúvida, o mais marcante de todos, o PORTA DO VALE, em Paços de Ferreira, que está em execução neste momento e que é o puro exemplo do (bom) funcionamento da conceção e construção.

À medida que avançamos para o futuro, quais são os desafios que vê para a arquitetura e construção?

Os desafios para a arquitetura são os mesmos, as pessoas que acham que sabem arquitetura e que de arquitetura sabemos todos um pouco. Isso aliado às centenas de aplicações de modelação tridimensional que qualquer pessoa pode usar para ver como fica é quase o nosso fim! (Mas, como as câmaras ainda precisam de projetos assinados por arquitetos, à partida, estamos safos por enquanto). No que respeita à construção propriamente dita, o maior desafio é a falta de mão de obra. A área é tão mal vista que não há jovem nenhum que queira trabalhar na construção. Como se dizia antes “se não estudas vais trabalhar para as obras” como se fosse uma espécie de punição. O que tentamos fazer é contrariar essa “punição cultural” associada às obras e fazer com que o trabalho na construção seja cada vez mais atrativo para os nossos colaboradores, porque acreditamos que só pessoas felizes a trabalhar podem gerar resultados. Tenho imenso orgulho em saber que quase todos os colaboradores do segmento urbano têm a sua casa, férias e os filhos a estudar. Que jovens que entraram há quatro anos na empresa sem saber fazer “nada” na área, são hoje ajudantes de eletricista ou aspirantes a pedreiro/oficial/ encarregado. Que a arquiteta que fora minha estagiária, é, ela própria hoje também, Júri no Mundial de Arquitetura. Ao mesmo tempo usamos a tecnologia e equipamentos de vanguarda o mais possível para poupar o esforço humano. Temos a ambição de continuar a profissionalizar o setor da construção e a formar para conseguirmos cumprir com os nossos clientes e continuar a fazer obras, porque essas dificilmente serão alguma vez executadas por inteligência artificial.

geral@segmentourbano.com

Projeto: Porta do Vale

A VALORIZAÇÃO DO CLIENTE E OS EXCLUSIVOS

NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Miguel Fonseca, CEO da JM Investments, revela a inspiração que o levou a criar a sua própria empresa, centrada na excelência do atendimento ao cliente e na transparência. Com uma estratégia de crescimento internacional, prometem continuar a inovar e a surpreender os seus clientes.

Formado em Contabilidade, Contabilista Certificado e Pós-Graduado em Gestão de Vendas, o que inspirou a sua trajetória no setor imobiliário? E quais foram os momentos mais marcantes?

Ao longo de toda a minha vida, pratiquei futebol federado, trazendo por natureza a emoção da competição. Essa mesma paixão e desejo de vencer sempre me acompanharam, impulsionando-me a levar esse espírito para o mundo dos negócios. Aliado a esse motivo, veio também a ambição em ser reconhecido pelo meu trabalho e ganhar dinheiro com isso. Mudar-me sozinho para um país onde não conhecia ninguém, com o intuito de me desafiar e evoluir profissionalmente, foi, sem dúvida, o momento mais marcante.

Como surgiu a JM Investments? Qual a essência da abordagem da JM Investments e como esse modus operandi agrega valor à experiência do cliente?

Em 2022, com vários anos de experiência no mercado imobiliário,

decidi mudar-me para Malta, pois sentia que precisava de expandir os meus horizontes e melhorar o meu inglês. Assim, aventurei-me e estive lá durante um ano, onde estudei inglês e trabalhei numa agência imobiliária de luxo, à qual agradeço o que aprendi e os contactos que adquiri. Lá, vi todo um mundo de negócios diferente e fez-me ambicionar e sonhar ainda mais, despertando o desejo de criar a minha própria empresa. Desde jovem, a influência familiar já moldava o meu espírito empreendedor. Acompanhar de perto negócios de família, proporcionou-me o contacto com diferentes tipos de pessoas, o que me fez desenvolver a confiança necessária para comunicar e negociar. O modus operandi da JM Investments passa essencialmente pela apreciação e valorização do cliente, e pelo regime de exclusividade. O nosso objetivo é tornar sempre a experiência de compra e venda um processo agradável para todos os envolvidos e com o mínimo de complicações.

Como é que a JM Investments se posiciona no mercado em relação à concorrência? Quais os principais fatores distintivos da empresa?

Como já todos sabemos, o mercado imobiliário tem crescido cada vez mais, fazendo com que haja sempre nova concorrência a surgir. No entanto, acredito que em qualquer área, os melhores sobressaem. Assim sendo, esforçámo-nos por colocar em primeiro lugar o bom atendimento ao cliente e a sua fidelização. Consideramos que a transparência e a eficiência são essenciais em cada etapa do processo de compra e venda de imóveis, por isso tentamos ao máximo que as visitas sejam objetivas e forneçam ao cliente todas as informações relevantes, de forma clara e completa. Não ocultamos nenhum detalhe que possa influenciar a decisão de compra, pois o nosso objetivo é garantir que o cliente esteja consciente de todos os aspetos do imóvel. Acreditamos que tudo isto é crucial para evitar arrependimentos futuros e para construir uma relação de confiança com os clientes, que se traduz em possíveis recomendações.

Como é que a JM Investments pretende continuar a inovar e a surpreender os seus clientes? Que objetivos acalenta e qual a estratégia desenhada para o futuro para continuar a fazer a diferença?

Não querendo desvendar todos os detalhes, pois o ‘segredo é a alma do negócio’, podemos adiantar que estamos a trabalhar em várias ideias, algumas das quais já estão em andamento. A nossa ambição é clara: expandir os nossos negócios e estabelecer relações profissionais sólidas, com clientes e investidores a nível nacional e internacional.

geral@jminvestments.pt www.jminvestments.pt

Miguel Fonseca, CEO

Podemos ajudar.

Para de colidir com o fracasso. Evolui o teu negócio com IA.

“OS VERDADEIROS UTILIZADORES CONTINUAM A SER AS PESSOAS”

A Unflow, liderada pelo Co-Fundador Vítor Monteiro, está a moldar o futuro da tecnologia, respondendo aos desafios de segurança e conformidade com soluções personalizadas e focadas na experiência do utilizador.

Como é que a integração das soluções de IA da Unflow transforma startups e organizações orientadas por dados? Quais são os desafios que enfrenta e como os supera?

Na Unflow, fornecemos soluções de inteligência personalizadas que transformam startups e organizações orientadas por dados, ajudando-as a automatizar processos e a extrair insights valiosos a partir dos seus dados. Trabalhamos de forma a integrar a IA de forma intuitiva e eficaz, sem interromper os fluxos de trabalho existentes. Os maiores desafios que enfrentamos são garantir a segurança dos dados e a conformidade com regulamentações globais. Para superar esses obstáculos, seguimos padrões rigorosos de segurança e privacidade, como os princípios da OWASP, as normas das auditorias SOC 2, e personalizamos cada solução para garantir que atenda tanto às necessidades comerciais quanto aos requisitos legais.

Como é que a sua experiência pessoal moldou a sua visão sobre inovação e o papel da IA no crescimento empresarial?

Pode partilhar um momento decisivo que influenciou a sua abordagem à tecnologia?

A minha visão de inovação e o papel da IA no crescimento das empresas foi moldada pela minha paixão em usar tecnologia para resolver problemas complexos de forma eficaz. Ao longo da minha carreira, trabalhei em áreas que vão desde o comércio à logística, da saúde ou até à educação, e essa diversidade ajudou-me a ver como as soluções digitais podem ser adaptadas para resolver desafios únicos em cada contexto. Acredito que a IA é uma ferramenta poderosa para impulsionar o crescimento, mas a sua implementação só é eficaz quando combinada com as pessoas certas ao nosso lado, garantindo que a tecnologia seja compreendida e usada de forma eficiente. A IA não é um fim em si mesma, e os verdadeiros utilizadores continuam a ser as pessoas. O foco deve sempre estar em como essas tecnologias podem ser integradas nas operações do dia a dia para melhorar a tomada de decisões, automatizar processos e libertar mais tempo para que as pessoas se concentrem em atividades de maior valor. O momento decisivo para mim foi perceber que, por mais avançada que seja a tecnologia, o sucesso de qualquer implementação depende das pessoas que a utilizam e de como essas pessoas estão preparadas para aproveitar ao máximo o seu potencial. Isso reforça a ideia de

que o nosso papel na Unflow é não apenas fornecer as melhores soluções de IA, mas também garantir que os nossos clientes compreendam e usem essas ferramentas de maneira que agregue valor real aos seus negócios.

Como é que a comunicação honesta e a parceria com perspetivas globais influenciam a colaboração com clientes e parceiros internacionais?

Na Unflow, acredito que a comunicação honesta e transparente é essencial para estabelecer parcerias duradouras e bem-sucedidas. Quando colaboramos com clientes e parceiros internacionais, a clareza nas expectativas desde o início é crucial para evitar mal-entendidos e garantir que estamos todos alinhados. Independentemente da localização, mantemos sempre a transparência, criando um ambiente de confiança mútua e colaboração eficaz. Trabalhar com empresas ao redor do mundo ensinou-nos a ser flexíveis e a ajustar as nossas abordagens para atender tanto às necessidades técnicas quanto aos desafios culturais de cada cliente. A troca de conhecimentos com clientes de diferentes mercados ajuda-nos a evoluir e a estar na vanguarda da inovação, trazendo novas ideias e abordagens que beneficiam todos os nossos clientes.

Temos uma equipa composta por especialistas em diferentes áreas, desde IA ao desenvolvimento de software full stack, do design à engenharia de requisitos e gestão de produto

Como é que a equipa da Unflow integra talentos e habilidades diversas para criar soluções inovadoras e eficazes? Quais são as melhores práticas para garantir a coesão e eficácia da equipa?

A diversidade de habilidades e talentos na Unflow é a base da nossa capacidade de criar soluções inovadoras. Temos uma equipa composta por especialistas em diferentes áreas, desde IA ao desenvolvimento de software full stack, do design à engenharia de requisitos e gestão de produto. Essa diversidade permite-nos abordar problemas sob diferentes ângulos, garantindo soluções mais robustas e criativas. Para manter a coesão da equipa, adotamos práticas como a revisão e a integração contínua (CI/CD), e uma comunicação clara e aberta entre todos os membros. Também incentivamos a troca de ideias e feedback constante, o que garante que cada solução seja cuidadosamente refinada antes de ser entregue ao cliente.

Que projeto melhor exemplifica a abordagem de melhoria contínua na Unflow? Como é que o Vítor e a sua equipa identificam e implementam melhorias para superar as expectativas dos clientes?

Um dos projetos que exemplifica a nossa abordagem de melhoria contínua é o desenvolvimento da Definition AI. Desde o início, adotamos uma metodologia flexível e iterativa, onde começamos com um produto mínimo viável (MVP) que foi ajustado e expandido com base no feedback constante dos utilizadores e nas necessidades emergentes da Definition. À medida que o projeto avança, focamo-nos em aprimorar funcionalidades e na integração de novas ferramentas de IA que otimizam processos e que fornecem mais autonomia ao cliente. Esta abordagem de melhoria contínua permitiu-nos não só corresponder às expectativas iniciais, como também superá-las, agregando valor em cada iteração. O nosso processo de melhoria contínua é guiado pela capacidade de adaptação rápida às mudanças. Utilizamos uma combinação de métricas de desempenho e feedback direto dos clientes para identificar áreas onde podemos aprimorar e adicionar novas funcionalidades que garantam que a solução entregue esteja sempre alinhada às suas necessidades e evolua com os desafios do negócio.

Quais são as tendências emergentes em inteligência artificial que podem transformar o setor tecnológico nos próximos anos? Como é que a Unflow se está a preparar para essas mudanças?

As tendências emergentes em IA, como a IA generativa de imagem e vídeo, e os agentes de IA, estão a transformar muitos setores. No entanto, acredito que a verdadeira inovação tecnológica só é eficaz quando permanece acessível e centrada nas pessoas. Embora a IA tenha o potencial de automatizar processos e aumentar a eficiência, o sucesso depende da forma como as pessoas a utilizam e interagem com essas soluções. Na Unflow, estamos sempre atentos a estas tendências, mas o nosso foco é garantir que as implementações de IA sejam práticas e intuitivas, para que as empresas possam extrair valor real. Além disso, trabalhamos para assegurar o equilíbrio da inovação tecnológica com a necessidade de manter o controlo humano e a segurança dos dados.

A REVOLUÇÃO DIGITAL COM UM TOQUE HUMANO

A C-Consulting, sediada em Castelo Branco, tem-se posicionado como uma referência no setor ao integrar novas tecnologias, sem perder de vista a importância crucial da humanização. Cristóvão Mendes, Sócio - Gerente da empresa, partilhou a sua perspetiva sobre os desafios e oportunidades que a digitalização traz, assim como as estratégias adotadas pela empresa para se manter na vanguarda do mercado.

Cristóvão Mendes destaca a importância de equilibrar a integração de novas tecnologias com a manutenção do toque humano na contabilidade. “Vivemos numa era digital indispensável, mas é essencial que a controlemos com discernimento.” Recordando as décadas de 80 e 90 como um marco na informatização da contabilidade, mas avisa que a atual ascensão da inteligência artificial é uma “evolução potencialmente mais arriscada”. Apesar de reconhecer que a digitalização melhora a eficiência e rentabilidade, acredita que “as pessoas continuam a ser o maior valor desta profissão”. Assim, a C-Consulting adota uma abordagem equilibrada, promovendo a transformação digital sem perder de vista a importância do contacto humano.

Embora a digitalização ofereça benefícios claros, o gerente destaca que a transformação tem um impacto reduzido.

“Os nossos clientes não são grandes corporações, são micro e pequenos negócios”, sublinhando que o progresso tecnológico tem sido crucial para as melhorias internas da empresa. A C-Consulting tem investido na digitalização de documentos e na integração de sistemas como o e-fatura, visando otimizar a gestão e a comunicação com os clientes. No entanto, ressalta que a verdadeira ligação com o cliente requer uma comunicação mais humanizada, algo que a digitalização não consegue alcançar por si só.

O crescimento sustentável é um pilar estratégico da C-Consulting. Cristóvão Mendes aponta que, embora a contabilidade permaneça no centro dos serviços da empresa, ela tem expandido para oferecer projetos de investimento que ajudam os clientes a adaptarem-se a cenários dinâmicos e exigentes. No entanto, reconhece que a falta de escala e dimensão apresenta desafios significativos, particularmente no interior do país onde a empresa está sediada. “O nosso grande desafio é a falta de escala e dimensão”, admite.

A experiência e o conhecimento acumulados são outras vantagens competitivas que a C-Consulting procura manter e desenvolver. O gestor destaca a importância da formação contínua num cenário de constante evolução legislativa. “Temos a necessidade de estar sempre a melhorar o nosso conhecimento”, afirmando que esta prática é essencial para manter a competitividade. A recente obtenção do certificado Great Place to Work reforça o compromisso da empresa com o bem-estar dos colaboradores, refletindo-se na excelência dos serviços oferecidos.

Num mercado onde a digitalização e o trabalho remoto estão a redefinir as relações empresariais, a C-Consulting permanece fiel a uma abordagem personalizada e atenta. “Somos uma microempresa e cada cliente é tratado de forma única”, destacando a vantagem de oferecer um serviço próximo, permitindo que o cliente “dialogue diretamente com a liderança”. Esta abordagem contrasta com a tendência crescente para o modelo de trabalho híbrido, que pode dificultar a comunicação direta. Cristóvão salienta que este contacto próximo é valorizado por muitos clientes e é um dos fatores que distingue a C-Consulting no mercado.

Olhando para o futuro, reconhece que a C-Consulting precisa ultrapassar a sua “zona de conforto” e explorar novas áreas de negócio. “O tempo em que a contabilidade era o nosso único foco já passou”, afirmando que a diversificação dos serviços será crucial para se destacar num mercado saturado. A aposta em complementar a contabilidade com serviços inovadores e diferenciados é vista como a chave para garantir o sucesso futuro.

contabilidade@c-consulting.pt • projetos@c-consulting.pt www.c-consulting.pt

Cristóvão Mendes, Sócio-Gerente

GRUPO PROTECTION

LIDERANÇA E INOVAÇÃO EM SEGURANÇA ALIMENTAR

O Grupo Protection, sediado nos Açores, oferece soluções de consultoria alimentar, laboratorial, higiene e arquitetura, com foco em acrescentar valor aos seus clientes. Com uma abordagem focada na inovação e dinamismo a empresa destaca-se no mercado pelo seu compromisso com a qualidade e segurança. Em entrevista exclusiva, Nélson Simas, Diretor-Geral, salienta que esta é a única empresa nos Açores, e das poucas a nível nacional, a dar uma resposta integrada e em cadeia às necessidades do cliente e, ao mesmo tempo, partilha a estratégia adotada para garantir a conformidade com os referenciais normativos, e como a empresa se mantém na vanguarda, impulsionando a transformação do mercado com tecnologia e expertise.

Como é que a integração de serviços como a consultoria, auditorias, análise laboratorial e formação, contribui para garantir a qualidade e segurança dos produtos alimentares dos seus clientes?

Somos a única empresa nos Açores e das poucas a nível nacional a dar uma resposta integrada e em cadeia às necessidades do cliente. A fidelização é a chave para que, na continuidade, se possa dar resposta aos desafios do cliente.

Como é que a equipa do Grupo Protection lida com os desafios complexos da indústria alimentar, como a sustentabilidade, a segurança alimentar e as novas tecnologias?

Apoiamos as empresas em referenciais complexos para a exportação; trabalhamos com vários referenciais normativos. Lidamos com frontalidade, transparência e apoio. Os clientes sentem o nosso efetivo apoio.

Em que medida a arquitetura e a Engenharia Alimentar se complementam para criar espaços de produção alimentar mais eficientes, seguros e sustentáveis?

A montante há que assegurar as condições do ponto de vista das infraestruturas, da legalidade e da funcionalidade. Para se cumprir com o último requisito são necessários muitos anos de know-how Este permite uma resposta rápida, mas sólida.

De que forma o Grupo Protection está a acompanhar as tendências futuras da Engenharia Alimentar e como pretende liderar a inovação para garantir a excelência nos serviços prestados aos seus clientes?

A engenharia alimentar é um mundo com muitos mundos e nós temos o orgulho de desenvolver todos os setores com a mesma velocidade.

geral.grupo.protection@gmail.com www.grupoprotection.pt

EDUDIGITAL INOVAÇÃO NA APRENDIZAGEM

Numa entrevista exclusiva, Ricardo Santos, Executive Director da EDUdigital, dá a conhecer o universo da empresa, destacando a implementação de plataformas eLearning e desenvolvimento de conteúdos digitais para melhorar a igualdade entre as pessoas, favorecer o acesso a formação de qualidade e promover a aprendizagem ao longo da vida.

Quais são os serviços que a EDUdigital fornece, destacando o que a diferencia das outras empresas de eLearning?

O que nos diferencia é sermos especialistas em aprendizagem assíncrona e online, utilizando tecnologias inovadoras e softwares de código aberto, que garantem uma relação custo-benefício vantajosa no mercado de Portugal. Fornecemos a instalação de plataformas de eLearning Moodle e Totara; a produção de cursos eLearning multimédia à medida dos clientes; a formação em TICs e entrega de dezenas de conteúdos digitais como entidade formadora certificada; o desenvolvimento de serviços web e programação de aplicações móveis; e ainda a configuração de sistemas de integração, autenticação, desenvolvimento de plugins, sistemas de análise online, entre outros.

A EDUdigital tem mais de dez anos de experiência em soluções eLearning. Como é que se posicionam no mercado português e internacional em relação à oferta de cursos e formações online de excelência?

A EDUdigital tem um posicionamento de nicho de mercado, em quaisquer dos quatro países onde possui equipas de trabalho. Trabalha em diversos setores de atividade, sempre no B2B (business to business), privilegiando as organizações que são atomizadas e que necessitam de formar constantemente os seus colaboradores ou estudantes. A empresa trabalha sobretudo nos mercados dos países de língua oficial portuguesa, e possui escritórios em Portugal, Moçambique, Angola e

Cabo Verde, com alguns projetos noutros países. O posicionamento de sermos especialistas em eLearning, possui dois pilares, que são o desenvolvimento e instalação de plataformas de aprendizagem, web services e apps móveis, e por outro lado, a produção e o design multimédia de cursos de eLearning à medida do cliente, com uma biblioteca de cursos certificados de eLearning e com formadores e parceiros que nos permitem criar formações em microlearning, com gamification, com extração de reports analíticos e que visam proporcionar uma experiência de aprendizagem ao formando que tenha impacto no seu cargo ou na sua formação académica.

A EDUdigital aposta em plataformas e conteúdos personalizados, adaptados às necessidades de cada cliente. Como funciona este processo de personalização e quais os principais benefícios para os clientes?

A EDUdigital tem uma abordagem personalizada a cada cliente, para conhecer as suas lacunas. Agenda reuniões periódicas, faz um processo de diagnóstico de necessidades, faz a análise de requisitos técnicos, para executar depois um plano de serviços de desenvolvimento, na configuração das plataformas, no hosting gerido em servidores, nos serviços web com integração com outros sistemas, na produção de conteúdos digitais à medida, desde animações em motion graphics até produção de vídeo e a oferta de dezenas de cursos de formação online Todos os processos começam com um alinhamento e induction report aos clientes e um adequado diagnóstico do negócio do cliente. Utilizamos, maioritariamente, dois tipos de metodologias, que são a metodologia Agile no desenvolvimento de plataformas e sistemas de aprendizagem. E a metodologia ADDIE na produção de conteúdos digitais, nomeadamente, a avaliação, o design, o desenvolvimento, a implementação e a avaliação final do impacto do curso e do seu design multimédia no objetivo especifico da formação. Esta personalização começa com o design de protótipos de cursos e de planeamento de plataformas, que depois são validadas pelo cliente num processo com três fases, realizado em co-construção, com uma implementação por parte de equipas de informática, de design multimédia, de gestores de projeto, de formadores especialistas e gestores pedagógicos que desenvolvem as atividades dentro de um cronograma definido, com flexibilidade em termos de tecnologias e ferramentas de autoria, e com prazos limite, geralmente com equipas muito próximas em termos de comunicação.

Ricardo Santos, Executive Director

A EDUdigital destaca a sua equipa multidisciplinar, com experiência em diversas áreas. Como esta diversidade de competências contribui para a qualidade e a excelência das formações online desenvolvidas pela EDUdigital?

O setor do eLearning ainda tem apenas 20 anos, como o conhecemos hoje, sendo que houve um grande impulso em 2020, com a pandemia da Covid-19. Costumo utilizar a expressão que “durante oito anos, evangelizei para as tecnologias e todos me diziam que era muito interessante, mas sem se implementar, e depois em oito meses, todos os clientes já queriam utilizar as plataformas eLearning e produzir os cursos eLearning, para resolver os novos desafios do confinamento e distanciamento social. Daí que o nosso setor das tecnologias na aprendizagem, nomeadamente, software para a formação, tem ainda escassez de talento nas empresas e nas universidades ainda não existe propriamente licenciaturas nesta área, pelo que cada projeto nosso tem cerca de seis a sete pessoas que se complementam para aportar valor e qualidade a cada projeto, entre gestores de desenvolvimento de negócio, designers instrucionais, formadores especialistas em conteúdo, learning managers, web developers e designers multimedia.

Com mais de 90.000 utilizadores ativos e mais de 100 clientes em todo o mundo, a EDUdigital tem uma vasta experiência em projetos eLearning. Quais os principais desafios e recompensas de trabalhar com esta escala de projetos e com clientes tão diversos?

Os nossos peritos de desenvolvimento de sistemas de aprendizagem e cursos eLearning tem como maiores desafios, manter um processo de melhoria contínua e de qualidade nos projetos executados, mantendo simultaneamente muita comunicação, e cumprimento de prazos com os clientes externos, mas também os clientes internos (colegas e parceiros), pois as nossas equipas estão dispersas remotamente. Trabalhamos com formadores e com profissionais de países diferentes, num mundo sem fronteiras, de forma a aplicar as melhores práticas e as mais recentes tecnologias em qualquer cliente, em países que vão desde Timor-Leste até à África do Sul. Isto implica um grande espírito de entreajuda e uma permanente adaptação a cada projeto e necessidade, fazendo o necessário ajustamento às multinacionais, às grandes empresas nacionais privadas, às entidades públicas e às entidades sem fins lucrativos. É também fundamental para a EDUdigital manter a sua rede de parceiros e marcas que representa e, por isso, estamos, anualmente, presentes nas feiras internacionais de eLearning, para acompanhar o que, de melhor se está a fazer desde a Austrália até aos EUA, passando pela Europa e África. Procuramos aprender com os melhores players internacionais e aplicar as mais recentes versões e tendências aos conteúdos e plataformas que implementamos em Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde.

Como é que a EDUdigital se posiciona em relação à democratização do acesso à educação e formação, especialmente em mercados lusófonos?

Acreditamos que as tecnologias open-source que utilizamos nos dão mais flexibilidade, mais escolhas de fornecedores e criam mais oportunidades para os países onde trabalhamos e para as empresas e

entidades que possuem grande número de formandos e que necessitam de fazer formação permanente, quer em formação técnica, quer em formação comportamental. E dentro deste paradigma, procuramos cada vez mais, seguir as tendências em que os clientes valorizam mais o serviço e a conveniência do nosso suporte técnico, e não propriamente as marcas; valorizam mais o microlearning e não tanto a formação intensiva e presencial; valorizam os processos de entrega de conteúdos mais rápidos e utilizando assistentes de inteligência artificial nos nossos LMS (Learning Management Systems).

A EDUdigital assume um compromisso forte com a responsabilidade social através do apoio a diversas entidades ou associações. Como é que esta visão de impacto social se reflete na missão da EDUdigital e no seu trabalho com formações e cursos online?

A génese da EDUdigital e a sua visão é que podemos, através das tecnologias, criar mais facilidade das pessoas acederem à aprendizagem, e de forma mais económica. A EDUdigital está presente, desde as idades dos jovens universitários com o Ensino a Distância até aos profissionais de topo e gestores séniores das empresas com o eLearning. E acreditamos que, tudo aquilo que os nossos clientes nos dão (desde o setor financeiro até ao setor público, desde o ensino superior até às entidades sem fins lucrativos), a EDUdigital também deve devolver à sociedade. Ou seja, o que as empresas e as entidades públicas nos dão, a EDUdigital também deve devolver uma parte, entregando uma percentagem dos seus lucros anuais a projetos de solidariedade social em Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde, a entidades sem fins lucrativos, que atuam na área da promoção do desporto juvenil, da saúde, da solidariedade com os mais frágeis. Além do impacto social, estamos muito comprometidos com o impacto ecológico da nossa atividade, pois as plataformas e os cursos digitais de desenvolvemos para os nossos clientes, também mudam o mundo, com uma consciência de preservar o planeta - produzimos menos 85% de CO2 no eLearning, quando comparado à formação em sala de aula.

Como a EDUdigital olha para a IA? É uma ameaça ou oportunidade?

Neste momento, ainda não sabemos onde a inteligência artificial nos pode levar, até devido a alguns temas de ética, mas o que sabemos é que é incontornável. Neste momento, a inteligência artificial, é também uma oportunidade para a EDUdigital se desenvolver, pois a nossa próxima versão do Totara LMS já vai possuir um assistente de IA para a gestão de formações e já utilizamos alguns serviços automatizados, como a criação de guiões instrucionais, elaboração de animações e vídeo, criação de microlearning, geração de locuções, entre outros, com recurso a inteligência artificial - se bem que existem ainda várias limitações da IA, que nos obrigam a que tenhamos de utilizar, necessariamente, as equipas para controlo de qualidade.

geral@edudigital.pt • www.edudigital.pt

ESPECIAL LEIRIA

A Revista Business Portugal dedica este especial à região de Leiria, um território em ascensão, com um dinamismo económico notável e um futuro promissor.

Com uma localização privilegiada, Leiria beneficia de uma rica história, de um património cultural diversificado e de uma paisagem natural de cortar a respiração. Mas a região não se limita a beleza e tradição. Leiria é também um polo de inovação e empreendedorismo, com um tecido empresarial forte e uma mão de obra qualificada.

Neste especial, exploramos os setores-chave da economia leiriense, desde a indústria e o turismo até à agricultura e à tecnologia. Desvendamos os projetos inovadores que estão a moldar o futuro da região e destacamos as empresas e os profissionais que estão a impulsionar o seu crescimento.

Junte-se a nós nesta viagem pela região de Leiria e descubra o potencial de um território em constante evolução.

A REVOLUÇÃO NA ALFAIATARIA

A alfaiataria, tradicionalmente associada ao mundo masculino, ganha uma nova e inspiradora protagonista, Marta Sargento criadora do projeto “Vidas Sargento Bespoke Tailoring”. Recentemente inaugurada na Rua Machado dos Santos, em Leiria, a sua alfaiataria surge como um refúgio de perfeição e detalhe, onde cada peça é única e moldada às especificidades do cliente.

A paixão pela alfaiataria não surgiu do acaso. Antes de se dedicar de corpo e alma à costura, Marta Sargento percorreu um caminho multifacetado. “Sempre gostei de trabalhar com as mãos. O design de produto surgiu naturalmente, porque foi a minha formação base, no entanto, não me preencheu totalemente. Preciso de criar algo físico, palpável. A pintura surgiu nessa mesma linha, como uma expressão pessoal, quase terapêutica”. Embora tenha partilhado as suas obras com o mundo, a alfaiate sempre sentiu uma certa distância em relação ao processo de pintar. “Pintar desperta em mim uma inquietação profunda, nasce de um lugar muito íntimo e doloroso, mas, no final, deixa-me mais leve e bem comigo mesma”, relembra. Apesar de continuar a pintar, foi essa procura incessante por algo que verdadeiramente a completasse que a conduziu ao ofício da alfaiataria. Após um período de pesquisa em várias criativas, a alfaiataria apresentou-se como o caminho certo. “Senti que era o que me faltava: algo com estrutura, rigor e perfeição”, afirma. Determinada a dominar esta arte, iniciou um curso de percurso de aprendizagem que a levou a Madrid, uma escolha feita tanto pela proximidade geográfica como

pela riqueza da tradição alfaiate espanhola. “Procurava mestres em Portugal, mas os alfaiates com quem falei diziam-me que esta era uma profissão em vias de extinção e que não havia jovens interessados. Não me deixei desmotivar”, relembra Marta. Em Madrid, encontrou o seu verdadeiro mentor, um mestre alfaiate com mais de 70 anos e uma vida inteira dedicada à costura. “Foi uma inspiração para mim. Ele começou aos 12 anos e nunca mais parou”.

No entanto, o caminho de uma mulher na alfaiataria nem sempre é suave. Embora nunca tenha sentido preconceito por parte dos seus clientes, a experiência entre colegas revelou-se diferente. “Durante a minha aprendizagem, lembro-me de um colega me dizer que para uma mulher, saber fazer casas de botão e forrar já era suficiente. Fiquei surpreendida, mas decidi que isso não me iria parar. Eu iria ser alfaiate, e mais nada”, recorda com determinação.

A ‘Vidas Sargento Bespoke Tailoring’ é a materialização desse sonho, e Leiria, a cidade escolhida para o seu atelier, não foi um acaso. “Leiria tem um público que valoriza o bom gosto e tem uma forte componente empresarial. É o ambiente perfeito para a

Marta Sargento

minha alfaiataria”, explica a alfaiate. Contudo, a escolha de uma cidade como Leiria também veio com desafios. A cultura do fato em Portugal é algo que se foi perdendo ao longo dos anos. “Em Portugal, o fato acaba por ser uma peça reservada para casamentos e eventos especiais, ao contrário de outros países, como Espanha, onde as pessoas ainda valorizam o bem-vestir no quotidiano. Eu quero mudar essa mentalidade”.

A proposta de Marta vai muito além de criar fatos exclusivos para ocasiões especiais. Ela quer que a alfaiataria seja vista como uma arte acessível e prática para o quotidiano, onde os homens possam encomendar não só fatos, mas também camisas e calças adaptadas ao seu estilo de vida. “A camisa, para mim, é a peça que mais valoriza um homem. Realça a sua figura muito mais do que uma t-shirt”, defende. No entanto, reconhece que a mudança de mentalidade será lenta. “Sei que este é um mercado exclusivo e dispendioso, mas acredito que com o tempo, as pessoas vão perceber o valor do trabalho artesanal e personalizado”. O processo de criação de um fato na alfaiataria da alfaiate é minucioso, uma verdadeira dança entre a arte e a técnica. Cada cliente é único e, para a entrevistada, isso começa desde o momento em que abre a porta do seu atelier. “O desafio começa logo ali, ao tentar perceber a personalidade do cliente. Como se senta, como fala, tudo isso vai influenciar a peça final”, explica. Após esta fase inicial, segue-se a escolha do tecido, um passo onde

o cliente participa ativamente, o que torna o processo ainda mais personalizado. “Mesmo que venham com uma ideia clara do que querem, como preferir um fato em tons de castanho, muitas vezes mudam de opinião quando veem as opções disponíveis”.

Cada peça criada por Marta Sargento é um reflexo da personalidade do cliente, mas também carrega consigo a marca da perfeição que a alfaiate tanto valoriza. “Fazer um casaco pode levar até 60 horas de trabalho. Cada detalhe, desde o corte até à costura, é feito à mão. É um trabalho demorado, mas é essa dedicação que torna cada peça única e irrepetível”, explica. O processo é artesanal em todos os sentidos. “Por mais que faça dois fatos do mesmo modelo, nunca serão idênticos. O trabalho manual nunca é o mesmo de uma vez para a outra”.

Essa atenção ao detalhe é igualmente aplicada na criação de peças femininas, embora reconheça que o corte varia ligeiramente devido às formas do corpo da mulher. Ainda assim, o cuidado e a dedicação permanecem inalterados. “Na alfaiataria feminina, o corte adapta-se mais ao corpo, mas o processo de construção é bastante semelhante ao dos homens. A diferença está no ajuste das formas, mas o trabalho de montagem é o mesmo”.

Lidar com a exclusividade de um trabalho feito à medida não é tarefa fácil para a alfaiate, mas Marta faz questão de manter um envolvimento em cada etapa do processo. “Eu faço tudo. Desde tirar as medidas, cortar o tecido, até à montagem final. Para mim, ser alfaiate é isso: estar envolvida em todo o processo, sem delegar nada”, realça. Este é um dos pontos que diferencia o seu trabalho dos outros ateliers, onde muitas vezes o corte e a costura são feitos por diferentes mãos. Apesar de todos os desafios, mantém-se otimista em relação ao futuro da alfaiataria em Portugal. “Acredito que o futuro passa por uma mentalidade mais aberta. Precisamos de valorizar o trabalho manual, o detalhe e a exclusividade. E acredito que, pouco a pouco, as pessoas vão redescobrir esse gosto pelo fato feito à medida”. Além disso, quer continuar a inovar e a expandir o seu negócio, sempre mantendo o rigor e a perfeição que define o seu trabalho. “O meu objetivo é continuar a aprender e a aperfeiçoar a minha técnica. Acima de tudo, quero que os meus clientes se sintam bem com o que vestem e que a experiência de fazer um fato à medida seja algo especial e personalizado”.

A essência de Marta Sargento transparece na sua resposta à pergunta sobre a quem ela gostaria de vestir um dos seus fatos: "Não tenho ídolos em nenhum aspeto da vida. O que realmente importa para mim é tratar todos com o mesmo respeito e igualdade, independentemente da sua profissão ou talento".

A REVOLUÇÃO DOS EVENTOS

EM PORTUGAL

A AtmoSensation, uma das empresas mais inovadoras no setor de eventos em Portugal, está a redefinir a forma como os eventos são planeados e executados no país. Em entrevista, Vítor Batista, CEO da AtmoSensation, partilha insights sobre a evolução da empresa, os desafios enfrentados e as estratégias que a mantêm na vanguarda da indústria.

A génese e evolução da AtmoSensation

Vítor Batista revelou que a paixão pela inovação e criatividade sempre foi o motor por trás da AtmoSensation. “Sempre tive um grande gosto por fazer algo diferente e por manter a minha criatividade muito ativa”. Inicialmente, a empresa focava apenas em eventos sazonais, mas com o tempo, a exigência e a experiência adquiridas transformaram-na numa entidade consolidada. “Passados cerca de quatro ou cinco anos, algumas decisões estratégicas levaram ao que hoje é o fio condutor da empresa”, explica.

A evolução da AtmoSensation não se deu apenas em termos de desígnio, mas também em tecnologia e equipamentos. O empresário destacou a necessidade de grandes investimentos, especialmente para eventos de grande escala. “Quando nos voltámos para municípios e empresas, a nossa estratégia focou-se em espetáculos e grandes eventos, seja no palco, no show ou noutras produções de grande escala”, afirma. Esta transição para grandes eventos exigiu uma evolução contínua dos recursos humanos e tecnológicos da empresa.

O papel crucial dos recursos humanos

A gestão de recursos humanos é um pilar fundamental para o sucesso da AtmoSensation. Vítor é claro ao afirmar que a qualidade da equipa é decisiva para a execução dos eventos. “Eu não tenho problema nenhum em admitir que isso é, provavelmente, a chave principal da nossa postura”, referindo-se à importância da equipa central. Com uma liderança moderna e liberal, a AtmoSensation oferece um ambiente de trabalho sem horários fixos, permitindo aos colaboradores a liberdade para criar e inovar. “Qualquer um destes oito é tão bom ou melhor do que eu”, destacando a importância da liberdade e do reconhecimento no ambiente de trabalho.

A empresa mantém um equilíbrio entre eventos de grande e pequeno porte. “As duas coisas caminham em paralelo”, explica Vítor, sublinhando que, durante o pico de verão, a AtmoSensation concentra-se em grandes eventos municipais, enquanto no resto do ano, foca em eventos corporativos e ativações de marca. Este equilíbrio é essencial para a sustentabilidade da empresa e a satisfação dos clientes em diferentes épocas do ano.

A AtmoSensation tem vindo a expandir a sua área de atuação, com um foco crescente em Lisboa e em eventos internacionais.

Vitor Batista, CEO

“Temos tido cada vez mais ações internacionais, muitas vezes, acompanhando os nossos clientes em eventos fora do país”, realça Vítor. A empresa tem acompanhado a evolução digital e as novas tecnologias, utilizando ferramentas como o Google para gerir a comunicação e a representação das marcas dos clientes.

Desafios e oportunidades

Organizar grandes eventos, como festivais e iniciativas municipais, é um desafio complexo. O empresário sublinha que o sucesso destes eventos depende de um planeamento minucioso e cuidadoso em relação aos detalhes. “O planeamento é essencial, principalmente devido à escassez de recursos, tanto humanos como materiais”, explica. A empresa não só planeia e executa eventos, mas também se destaca pela inovação no uso dos materiais e pela personalização dos detalhes. “É fácil perceber quando um stand ou evento é feito por nós”, destacando a singularidade do trabalho da empresa.

Além disso, a pandemia trouxe desafios significativos para o setor de eventos, reduzindo a atividade em 92% durante dois

anos. Contudo, o CEO viu nesta crise uma oportunidade para acelerar a transição digital. Com a crescente aceitação de produtos e serviços digitais, a AtmoSensation adaptou-se rapidamente, ampliando a sua presença online e ajustando as suas estratégias de comunicação.

Um dos grandes eventos organizados pela AtmoSensation foi as Comemorações Oficiais de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, um espetáculo que envolveu a Presidência da República e diversos municípios.

O futuro da AtmoSensation

Vítor Batista é otimista quanto ao futuro da AtmoSensation. “Temos um ano muito ambicioso à frente, o de 2025, que será desafiador para mim”, afirma. A empresa visa crescer em termos de faturação e manter a qualidade e fidelização dos clientes. “O foco está na qualidade do atendimento e na fidelização dos clientes”, destacando que o crescimento é uma consequência natural do bom trabalho realizado.

A AtmoSensation é um exemplo brilhante de inovação e resiliência no setor de eventos. Com uma abordagem centrada na criatividade, tecnologia e excelência dos recursos humanos, a empresa tem solidificado a sua posição como líder no mercado.

Vítor Batista e a sua equipa continuam a redefinir o conceito de eventos em Portugal, enfrentando desafios e aproveitando oportunidades para criar experiências memoráveis e impactantes.

info@atmosensation.com • www.atmosensation.com

Equipa da AtmoSensation

R20 AUTO: A EXCELÊNCIA NO CUIDADO DO SEU AUTOMÓVEL

A R20 Auto é uma oficina que se destaca pelo atendimento personalizado e de confiança, sempre com o propósito de garantir a máxima satisfação dos seus clientes. Ricardo Trindade, o visionário e CEO, partilha a história que inspirou a criação deste projeto e revela as suas ambições para o futuro.

O despertar de um sonho

Desde cedo, Ricardo Trindade sentiu uma grande paixão pelo mundo da mecânica. A sua formação na Marinha, nas áreas de eletrotécnica naval e supervisão de manutenção de aeronaves, foram o alicerce para o caminho que viria a trilhar. Essas competências rapidamente o fizeram destacar-se, levando-o a prestar assessoria técnica em oficinas de toda a península ibérica.

Antes de concretizar o sonho da R20 Auto, teve ainda uma experiência marcante como diretor de manutenção numa central de biomassa, um projeto ambicioso com tecnologia finlandesa e equipamentos indianos. “Foi um período que me trouxe muitas amizades internacionais e uma compreensão profunda sobre o mundo dos negócios e da gestão empresarial”, relembra. Após dois anos a liderar este projeto inovador, a oportunidade de abrir a sua própria oficina surgiu e, com ela, o início de uma nova jornada. “Este espaço é a realização de um sonho antigo, e a cada dia que passa sinto que estamos a construir algo especial”, remata com orgulho.

As valências da R20 AUTO

A R20 Auto não é apenas uma oficina tradicional presente no mercado, trata-se de uma empresa que desafia os padrões convencionais, oferecendo soluções adaptadas às necessidades individuais de cada cliente, seja no desenvolvimento de peças específicas, na modificação de veículos ou na resolução de problemas complexos que, muitas vezes, não são solucionados pelas marcas automóveis. “Somos uma empresa diferenciada, que faz praticamente todo o tipo de serviço em todos os carros”, explica o entrevistado.

Além disso, evidencia a aposta em carros novos e seminovos, algo que exige um conhecimento avançado e um desenvolvimento constante em inovação. “Estamos sempre avançados tecnologicamente e apostamos continuamente em equipamentos de diagnóstico e formação”, acrescenta. A oficina, estrategicamente localizada para atender a um público exigente e diversificado, faz parte da rede de oficinas de reparação automóvel multimarca, a RedService. “Pertencemos a uma rede de oficinas certificada, onde também somos sujeitos a vários testes, para garantirmos uma alto serviço de qualidade”.

A R20 Auto, uma das oficinas mais reconhecidas na região, destaca-se pela sua qualidade e confiança no mercado automóvel.

Gabriel Medeiros e Ricardo Trindade

Valorizamos muito a segurança dos nossos clientes. A simples operação como a montagem de uma roda, por exemplo, é uma responsabilidade que coloca em perigo tanto o condutor como terceiros

Sob a liderança de Ricardo Trindade, a oficina não só garante um serviço de excelência, como também está certificada como oficina multimarca, garantindo uma vasta gama de soluções para os mais diversos tipos de veículos. No entanto, a R20 Auto vai mais além, a oficina tem uma forte especialização em veículos topo de gama, uma estratégia que amplia a sua oferta e aumenta a confiança dos clientes que possuem estas viaturas. “Trabalhamos muito com Mercedes e somos parceiros auto também da BMW”, acrescenta Ricardo. A diversidade de parcerias nacionais e internacionais permite à R20 Auto manter-se atualizada com as mais recentes inovações

tecnológicas e proporcionar aos clientes um serviço adaptado às suas necessidades específicas. Esta abordagem abrangente, combinada com a certificação, coloca a oficina na vanguarda do setor automóvel.

O compromisso com o cliente

A criação da R20 Auto nasceu com a ambição de abraçar todo o universo automóvel, abrangendo desde os modelos mais recentes, como híbridos e elétricos, até aos veículos convencionais. A oficina destaca-se pelos seus serviços especializados de diagnóstico, intervenções rápidas, manutenção preventiva e corretiva, e pela execução de trabalhos de maior envergadura, como a substituição de motores.

Uma das grandes paixões de Ricardo são as corridas de automóveis. Foi precisamente essa paixão que o levou a oferecer serviços especializados para carros de competição, que vão desde a assistência técnica ao desenvolvimento mecânico, passando pela criação e melhoria de peças. Com vários anos de experiência no mundo das corridas, o empresário partilha a sua visão: “Os clientes que nos procuram já conhecem o nosso método. A nossa abordagem à manutenção de carros de corrida é distinta. Identificamos erros comuns em outras oficinas e fazemos as coisas de forma diferente. Sabemos que manter um carro de corrida exige um cuidado muito mais minucioso do que um veículo comum, e é com esse rigor que trabalhamos”.

Na oficina, a organização e a limpeza são pilares fundamentais. Cada membro da equipa é responsável pelas suas ferramentas e pelo rigor no trabalho que executa, sendo a segurança uma preocupação central. “Valorizamos muito a segurança dos nossos clientes. A simples operação como a montagem de uma roda, por exemplo, é uma responsabilidade que coloca em perigo tanto o condutor como terceiros. Por isso, trabalhamos com o máximo cuidado e sentido de responsabilidade, algo que só é possível graças à dedicação dos nossos colaboradores, que diariamente assumem essa responsabilidade e dão o seu melhor”, refere Ricardo.

Para quem procura uma oficina que alia competência técnica, experiência e compromisso com o cliente, a R20 Auto é a escolha certa.

As perspetivas para o futuro

Quanto às perspetivas para o futuro, Ricardo Trindade vê um caminho de crescimento e superação. “Claro que enfrentamos os desafios de qualquer empresa jovem, mas acredito plenamente que temos o que é preciso para triunfar”, remata.

Para o entrevistado, o crescimento da equipa é um fator fundamental para poder expandir a R20 Auto e continuar a marcar a diferença pela qualidade dos serviços. Desde a sua abertura, em fevereiro de 2022, a oficina tem vindo a destacar-se pela sua abordagem inovadora e pelo compromisso com a excelência, um modelo que Ricardo está determinado a manter e a aperfeiçoar nos próximos anos.

r20auto.oficina@gmail.com

Ricardo Trindade, CEO

PAIXÃO PELO VINHO EM CADA GOTA

Por uma curiosidade encantadora e um amor genuíno pelo vinho, nasceu a Garrafeira Duas Irmãs, uma empresa que, apesar de jovem, tem conquistado uma posição de destaque no mercado. A história da empresa é um conto de paixão familiar e dedicação, e foi com grande entusiasmo que conversamos com Inês Cabral, CEO da Garrafeira Duas Irmãs, para explorar a trajetória desta jovem empresária e a identidade da sua empresa.

Eu tenho clientes de todas as idades, desde a minha geração até pessoas mais velhas. E noto que a minha geração está a procurar vinhos de qualidade

A Garrafeira Duas Irmãs é muito mais do que uma simples loja de vinhos. O projeto começou de forma simples, como uma paixão do pai de Inês. “O meu pai tinha uma garrafeira pessoal e este terreno era todo nosso. Começou como um passatempo há cerca de seis anos”, revela Inês Cabral. Este ‘passatempo’ transformou-se numa verdadeira vocação quando Inês e a sua irmã decidiram criar a Garrafeira Duas Irmãs, apoiadas pela experiência e entusiasmo do pai.

Com uma abordagem única e autêntica, a empresa foi oficialmente inaugurada há quase quatro anos. Desde então, tem-se destacado pela sua dedicação à promoção de pequenos produtores e vinhos de qualidade. “Nós ganhámos gosto e experiência e, desde que abrimos, está a correr bem”, sublinhando o crescimento e a aceitação positiva que a Garrafeira tem obtido no mercado.

Inês Cabral, CEO

A Garrafeira Duas Irmãs adota uma abordagem diferenciada no seu modelo de negócios. Inês destaca que, inicialmente, a empresa focou-se em vender principalmente online e para o consumidor final, com alguma distribuição local para restaurantes. “O nosso público-alvo é mais online e consumidor final”, explica. Esta estratégia tem sido eficaz, especialmente considerando a localização da garrafeira, a apenas três quilómetros do centro de Leiria.

Inês detalha a dificuldade de competir com grandes distribuidores e supermercados. “Não é que o mercado não seja atrativo, mas o canal Horeca é um pouco complicado. Trabalhamos mais com pequenos produtores e apostamos em vinhos que não são muito conhecidos”, conta. A Garrafeira tem conseguido, assim, se destacar pela exclusividade e pela oferta diferenciada.

A seleção dos vinhos é um dos pilares do sucesso da Garrafeira Duas Irmãs. A empresária revela que o processo de seleção é rigoroso e pessoal. “Eu vou primeiro provar os vinhos, e muitas vezes os produtores convidam-me para provas”. A escolha recai frequentemente sobre vinhos de pequenos produtores e opções menos comuns, como os vinhos da Geórgia. “Eu fiquei impressionada com a qualidade e a história dos vinhos da Geórgia”, destacando a paixão da empresa por vinhos que oferecem uma experiência única.

A Garrafeira oferece uma vasta gama de vinhos, incluindo opções de todas as regiões de Portugal e também vinhos internacionais. “Temos vinhos do Douro e do Alentejo, mas também da Beira Interior, Tejo, Península de Setúbal, Lisboa e Algarve. E recentemente, vinhos da Geórgia, França e Itália”, menciona Inês.

A empresária observa que o perfil dos consumidores de vinho está a mudar. “Eu tenho clientes de todas as idades, desde a minha

geração até pessoas mais velhas. E noto que a minha geração está a procurar vinhos de qualidade”, afirma.

A pandemia parece ter acelerado a tendência de apreciação do vinho, com um aumento na compra online e uma maior curiosidade por vinhos de qualidade. “O vinho voltou a estar na moda, especialmente depois da pandemia”, analisa. Esta mudança no comportamento dos consumidores tem beneficiado a Garrafeira Duas Irmãs, que se adaptou rapidamente às novas dinâmicas de mercado.

A riqueza e diversidade dos vinhos portugueses são uma fonte de orgulho para Inês. “Temos um potencial enorme, e os pequenos produtores estão a surpreender cada vez mais”, afirma. A empresária destaca o crescente interesse internacional pelos vinhos portugueses e a valorização da qualidade sobre o preço. “Os turistas procuram vinhos portugueses pela qualidade e não apenas pelo preço”, conclui.

Além dos vinhos, a Garrafeira Duas Irmãs oferece uma seleção de destilados espirituosos, como aguardentes, vinhos do Porto, gin e whisky. “Vendemos bastante durante a época natalícia e no verão, com produtos como o gin”, conta Inês Cabral. A diversidade de produtos reflete a capacidade da empresa de atender a diferentes preferências e necessidades dos clientes.

A Garrafeira também promove eventos para divulgar os seus produtos. Inês realiza provas de vinho na própria garrafeira, frequentemente com a ajuda dos produtores. “Eu costumo fazer provas na garrafeira, com petiscos como queijo e presunto. É uma forma de dar a conhecer os produtos que temos”, explica. Estes eventos têm sido bem recebidos e ajudam a criar uma conexão mais próxima com os clientes. A empresária tem grandes planos para o futuro da Garrafeira Duas Irmãs. Aspira expandir a empresa a nível internacional. “Gostava muito de estar a nível internacional. Já tivemos contactos da Suíça e França, e o nosso site está preparado para exportação”, revela. Com um site robusto e uma transportadora que facilita as exportações, a Garrafeira está bem posicionada para alcançar novos mercados.

O percurso de Inês na indústria do vinho também trouxe mudanças pessoais significativas. “Antes, eu nunca tinha bebido vinho. Agora, é uma parte importante da minha vida. Aprendi a distinguir vinhos e a apreciar a sua diversidade”, partilha. Esta evolução reflete o crescimento profissional, mas também a transformação pessoal que a paixão pelo vinho pode proporcionar.

Inês deixa uma mensagem para os leitores: “Bebam e aproveitem a vida. Sempre que vou a algum lugar, tenho de provar o vinho local. É uma forma de experiência e descoberta”. Com esta filosofia, a Garrafeira Duas Irmãs continua a crescer e a cativar amantes de vinho com a sua paixão e dedicação.

duasirmasgarrafeira@gmail.com www.duasirmasgarrafeira.pt

“DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES EXCLUSIVAS”

Fundação e crescimento da Revesperfil

A Revesperfil, fundada em 2006, nasceu como um complemento natural à empresa de construção FG Santo, criada pelo pai de Diogo. “O meu pai, sempre atento às necessidades do mercado, percebeu que havia uma lacuna no fornecimento de perfis, rodapés. Na altura, comprávamos esse material em Espanha, o que representava um custo significativo para nós. Daí surgiu a ideia de criar uma fábrica própria, que nos permitisse controlar o processo de produção e reduzir a dependência externa”, relembra Diogo.

A empresa começou de forma modesta, focada inicialmente na produção para obras da própria FG Santo. Porém, com a crise do setor da construção em 2010-2011, a Revesperfil assumiu um papel central na estratégia de sobrevivência do grupo. “A crise obrigou-nos a repensar o nosso modelo de negócio e a investir seriamente na Revesperfil. Passámos a encarar a empresa como uma prioridade, apostando em aumentar a nossa capacidade produtiva e em procurar novos clientes”, explica. Com essa mudança de foco, a empresa começou a crescer, estabelecendo parcerias importantes com marcas de renome, como a Amorim Revestimentos e a Listor SA, e diversificando a sua gama de produtos. Em 2018, a Revesperfil deu um passo crucial, que se traduziu num crescimento exponencial, quando os seus sócios Dr.º Tiago Santo (Diretor Financeiro) e Eng.º Diogo Santo (Diretor de Operações), voltaram para a empresa fundada pelo seu pai Sr.º

A Revesperfil, fundada em 2006, distingue-se pela aposta em produtos inovadores e sustentáveis, como perfis e rodapés e revestimentos em PVC para paredes e tetos. O Eng.º Diogo Santo, Diretor de Operações e um dos Fundadores, partilhou uma perspetiva sobre a evolução da empresa, o seu crescimento e como tem conquistado o mercado nacional e internacional.

Fernando Santo, após anos de experiência acumulada em empresas na área de formação e em conjunto, abraçaram o desafio de colocar a Revesperfil no patamar das melhores empresas do setor, reforçando a aposta em produtos de revenda, nomeadamente, pavimentos flutuantes, vinílicos SPC e Decks e também no reforço e inovação de produtos fabricados, bem como na procura de novos clientes com maior dimensão, de forma, consolidar a sua posição no mercado, e tornar a Revesperfil uma referência do mercado nacional.

A inovação como diferencial competitivo

Desde o início, a inovação foi um pilar fundamental na estratégia da Revesperfil. “Fomos os primeiros a fabricar rodapés de cozinha em PVC em Portugal, um produto que rapidamente se destacou pela sua durabilidade e facilidade de manutenção. Não temos concorrência direta no país nesse segmento, o que nos coloca numa posição privilegiada”, orgulha-se Diogo.

Para além disso, a empresa também se destacou pela sua abordagem diferenciada na distribuição de pavimentos flutuantes. “Enquanto outros distribuidores apenas trabalhavam com gamas limitadas, nós apostámos na gama completa da Kronoswiss e mantivemos tudo em stock. Isso permitiu-nos oferecer aos clientes uma solução completa, que complementa com todos os nossos produtos fabricados, com uma disponibilidade imediata que era rara no mercado”, acrescenta.

Diogo Santo, Fundador e Diretor de Operações

Esse foco na inovação e na disponibilidade dos produtos foi crucial para o crescimento da empresa, especialmente durante o período da pandemia de Covid-19. “Enquanto muitas empresas reduziam os seus investimentos por causa da incerteza económica, nós fizemos o oposto. Apostámos em aumentar o nosso stock e isso permitiu-nos atender à procura, quando muitos dos nossos concorrentes não tinham capacidade para o fazer”, destaca Diogo.

Um modelo de negócio sustentável

A Revesperfil destaca-se pela sua marca própria, Perclic, que engloba uma variedade de perfis para pavimentos e rodapés, tectos falsos e revestimentos em PVC. “Os produtos Perclic são essenciais para a nossa oferta. Investimos constantemente em inovação e desenvolvemos soluções exclusivas”, afirma o diretor. A empresa também é notável pela produção de rodapés de cozinha e perfis de alumínio para pavimentos, e ripados em PVC para parede, sendo a única em Portugal a realizar todo o processo produtivo de perfis em PVC, aumentando a sua competitividade num mercado cada vez mais desafiado pela globalização e pela concorrência asiática. Embora a revenda, represente uma parte significativa da faturação, com 40% do total, a Revesperfil tem como meta expandir a sua

Diogo Santo, Diretor de Operações com o pai Fernando Santo, Fundador da Revesperfil e com o sócio e irmão, Tiago Santo, Diretor Financeiro

produção interna. “Queremos alterar essa proporção. Temos agora uma gama diversificada que nos permite reduzir a dependência da revenda e concentrar-nos na produção”, explica.

A gestão de resíduos e aposta em energia verde é uma prioridade para a Revesperfil. O diretor destaca que a empresa adota uma política de ‘desperdício zero’ na produção de PVC. “Reaproveitamos todo o material não conforme para criar novos produtos. A nossa abordagem à sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma responsabilidade, tendo em conta o impacto ambiental do nosso setor”. Além deste fator, a empresa tem atualmente mais de 1000m2 de painéis solares e 50% da sua frota em veículos elétricos, por forma a reduzir assim a sua pegada ambiental.

A expansão internacional: um novo capítulo

Com o mercado nacional bem consolidado, a empresa prepara-se para um novo desafio: a expansão internacional. “Este ano começámos a nossa presença nas principais feiras internacionais do setor, a Domotex, em Hannover (Alemanha) e a Maderalia em Valência (Espanha), além de explorações iniciadas no mercado da Nigéria e Gana. O mercado internacional é agora uma prioridade para nós”, destaca Diogo Santo. A empresa tem ajustado a sua capacidade produtiva e logística para garantir que consegue responder às exigências de um mercado externo cada vez mais competitivo.

O reconhecimento internacional veio recentemente em 2023 e 2024, com um prémio atribuído pela revista Financial Times, que identificou a Revesperfil como uma das mil empresas com crescimento mais rápido na Europa. “Fomos a única empresa portuguesa a figurar na lista pelo segundo ano consecutivo, o que foi um grande orgulho para nós”, destaca. Este prémio não só reforçou a credibilidade da empresa, como também abriu portas para novas oportunidades de negócio.

Desafios na gestão de recursos humanos

Como muitas empresas em Portugal, a Revesperfil enfrenta um dos maiores desafios atuais: a escassez de recursos humanos qualificados. “Encontrar pessoas qualificadas é uma das maiores dificuldades que enfrentamos. Muitos dos trabalhadores qualificados saem do país, e os que ficam muitas vezes não se enquadram nas nossas necessidades”, admite Diogo. Para colmatar esta falta de mão de obra, a empresa tem recorrido à contratação de imigrantes, principalmente

brasileiros, que se revelaram uma solução viável para suprimir a falta de trabalhadores no mercado nacional. “Temos recebido muitos currículos de brasileiros, que têm mostrado um grande compromisso e um esforço notável”, reconhece.

O futuro da Revesperfil

Com o olhar voltado para o futuro, a Revesperfil continua a investir na sua estrutura, tanto em termos de produção como de logística. A empresa tem planos para duplicar a capacidade do seu armazém e aumentar a produção com novas linhas mais modernas e eficientes. “Atualmente, trabalhamos 24 horas por dia, cinco dias por semana, mas podemos ter de aumentar ainda mais este ritmo para responder às necessidades dos nossos clientes internacionais”, antecipa Diogo Santo. A filosofia da Revesperfil permanece inalterada: adaptar-se ao dinamismo do mercado ou correr o risco de estagnação. Esta mentalidade tem sido a chave para o sucesso da empresa ao longo dos anos. “O mercado está em constante mudança, e é essencial mantermo-nos à frente. O mercado nacional já é bastante exigente, mas no internacional, onde estamos a construir a nossa credibilidade, temos de ser ainda mais assertivos”, conclui.

Trabalhar em família trouxe desafios, mas também a coesão necessária para enfrentar as adversidades. Com funções bem definidas entre os membros da família, a Revesperfil conseguiu prosperar sem que os conflitos interfiram no sucesso empresarial. “No início foi difícil, mas agora temos funções bem divididas e isso facilita o nosso trabalho”, confessa Diogo.

A Revesperfil é uma história de sucesso empresarial e um exemplo de inovação, sustentabilidade e resiliência no competitivo setor da construção. À medida que a empresa se prepara para novos voos no mercado internacional, continua a ser uma referência no mercado nacional, consolidando a sua posição como líder em perfis, rodapés e revestimentos de alta qualidade e fabrico nacional.

geral@revesperfil.pt

Breves Municípios

Alcanena

lidera investimento em habitação pública

O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, anunciou em Alcanena um aumento de cinco vezes no número de novas habitações públicas no município, como parte da decisão de duplicar a construção de casas a nível nacional. Este investimento coloca Alcanena entre os municípios com a maior aplicação de recursos per capita em habitações públicas.

38 municípios em Portugal vão implementar taxa turística

O número de municípios em Portugal que adotaram ou planeiam adotar a taxa turística tem vindo a aumentar significativamente. Em apenas um ano, o total mais que duplicou, passando de 15 autarquias em julho do ano passado para 38 que já a cobram ou que têm a intenção de fazê-lo até outubro. Esta medida visa promover o desenvolvimento e a manutenção do setor turístico local.

ANMP defende autonomia municipal na gestão do alojamento local

A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) defende a devolução da autonomia aos municípios para regular o alojamento local. No entanto, alertam que para que haja uma gestão eficaz, é crucial que as câmaras municipais recebam os recursos financeiros e o tempo necessários para se adaptarem às novas responsabilidades.

Rota Sefardita ligará Espanha a quatro municípios do Alto Alentejo

Os municípios de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, no Alto Alentejo, estão a colaborar num projeto de cooperação transfronteiriça para desenvolver uma rota Sefardita. Intitulado de “Kaminos”, este projeto visa criar um percurso turístico que conectará Cáceres, em Espanha, a Castelo de Vide, passando por Valência de Alcântara e Marvão. A iniciativa tem como objetivo atrair turistas para a região e promover o património sefardita.

Jornadas Atlânticas de Turismo

As II Jornadas Atlânticas de Turismo, um evento que reúne os municípios de Velas (Açores), Sal (Cabo Verde) e Porto Santo (Madeira), iniciaram-se na Ilha do Sal com o objetivo de promover a troca de experiências e o desenvolvimento sustentável do turismo nos três destinos. A iniciativa aborda temas como a competitividade, sustentabilidade e importância das cidades resorts para o desenvolvimento do turismo nas ilhas atlânticas.

Mealhada acolheu Fórum Regional da Bairrada

O Espaço Inovação da Mealhada acolheu no dia 12 de setembro, o quarto fórum regional da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), uma iniciativa que está a percorrer o país em todas as regiões vitivinícolas, dando a conhecer as ações e objetivos dos 145 municípios do vinho do país. A promoção dos territórios vinhateiros do país, desde os seus produtos ao enoturismo e à gastronomia é o grande objetivo da AMPV, que nestes encontros desenvolvidos pelo país quer fortificar uma estratégia concertada com municípios, comissões vitivinícolas, rotas de vinho e entidades de turismo.

FEIRA DOS GORAZES: A ALMA DA ECONOMIA DE MOGADOURO

A Feira dos Gorazes, que se realiza de 12 a 16 de outubro, promete ser um evento impulsionador para a economia do nordeste transmontano. Em entrevista, o Presidente da Câmara Municipal, António Pimentel, destaca a importância da feira como um catalisador para o desenvolvimento local, atraindo visitantes e impulsionando negócios.

A Feira dos Gorazes é um catalisador para a economia rural ao promover o território e os seus recursos em turismo, lazer e gastronomia?

Os Gorazes servem como um ponto estratégico para comerciantes e como uma plataforma para o lançamento de novos produtos, especialmente na área das máquinas agrícolas e da indústria agroalimentar. Além disso, funcionam como uma montra para o artesanato regional e atraem grande afluência de visitantes, levando à lotação esgotada dos estabelecimentos de alojamento e restauração. Negócios complementares, como transportes coletivos, táxis, postos de combustível, supermercados, talhos e lojas generalistas, também se beneficiam do aumento da atividade económica durante a feira e nos dias anteriores.

Quais são as expectativas do Município para a Feira dos Gorazes deste ano e que iniciativas e atividades estão previstas no programa?

As expectativas são elevadas para este evento, que visa promover o território e dinamizar a economia local, oferecendo tradição e qualidade a residentes e visitantes. O evento, que decorre entre 12 e 16 de outubro, contará com mais de 150 expositores, destacando produtos típicos, turismo, tradições culturais, cinegética, pecuária, agricultura

e lazer. Haverá um espaço dedicado à pecuária, com exposição de raças autóctones e o Concurso de Cão de Gado Transmontano, além de uma montaria ao javali. A Feira contará ainda com mostras e provas de gastronomia e vinhos locais, fechando todas as noites com grandes concertos e bailes populares, com destaque para o concerto dos Xutos e Pontapés, no dia 13 de outubro.

Que políticas têm sido implementadas para potenciar a atratividade territorial, captar investimentos, criar empregos e fixar pessoas, dada a localização estratégica e boas vias de comunicação?

Desde novembro de 2021, o Município tem implementado várias medidas de apoio que têm gerado resultados positivos tanto para as empresas quanto para a população. Em Mogadouro, todos os alunos até ao 12.º ano recebem gratuitamente os livros de fichas, e os estudantes do Ensino Superior têm acesso a bolsas de estudo. As famílias são apoiadas desde a primeira infância, com medidas de apoio à natalidade, devolução dos valores pagos por creche, ama social, ATL ou Jardim de Infância, e refeições escolares gratuitas até ao quarto ano do ensino básico. As empresas são incentivadas a criar empregos com um apoio de cinco mil euros por cada novo posto de trabalho e a devolução dos custos com a segurança social durante 48 meses. O Município está dedicado a cuidar das áreas essenciais para o bem-estar da população e o progresso do concelho.

Quais são os principais projetos em curso e as prioridades do executivo para o desenvolvimento do concelho?

Estamos a implementar várias obras de regeneração urbana em Mogadouro e nas freguesias rurais, visando criar uma infraestrutura sólida para apoiar futuros projetos sociais e industriais, com ênfase na sua sustentabilidade e eficiência. Estamos também a apostar na potenciação do turismo com a construção de dois eco resorts na margem do rio Sabor, que oferecerão alojamento, restauração, desportos náuticos e lazer, aproveitando a beleza natural da região e os atrativos locais, e com o lançamento de novas iniciativas, como o Parque Biológico do Juncal e vários miradouros. Além disso, estamos a construir um novo Matadouro Municipal e a apoiar novas explorações agrícolas, cobrindo totalmente as despesas com a sanidade animal, para reforçar a capacidade dos produtores e melhorar o processamento e escoamento dos seus produtos. Com iniciativas nas áreas da saúde, cultura, social, educação e economia, o nosso objetivo é consolidar um projeto integrado que transforme Mogadouro e melhore a qualidade de vida dos seus habitantes, priorizando sempre o bem-estar das pessoas.

António Pimentel, Presidente

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