Revista Business Portugal - Outubro 2024

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ANTARTE ELEGÂNCIA INTEMPORAL

Mário Rocha, Fundador e CEO da Antarte

ÍNDICE

3. Índice

Nota de boas vindas...

6. ANTARTE

ANTARTE

Elegância intemporal

11. Conversas Sublimes

Liliana Sousa

A Bastonária que (re) define a nutrição

15. Saúde & Ciências da Vida

18. EssilorLuxottica

Miopia nas crianças: conhecer os sintomas para poder atuar sobre a sua progressão

34. Zoetis

Novas terapêuticas e soluções de diagnóstico inovadoras

39. Help Who Helps Palhaços D´Opital a grande velocidade

44. Mês Europeu da Cibersegurança

46. Hitachi Evolução da cibersegurança na infraestrutura ferroviária

48. Inovação e Tecnologia

52. Haier Smart Home PT Candy e Hoover apresentam imagem renovada

58. Região Oeste

59. Leisure Launch International

A solução imobiliária completa para comprar casa em Portugal

62. O Farol

Pedro Brás

O ceramista que ilumina a sua arte com a luz do “Farol”

70. Líderes e Empresárias de Sucesso

72. Academia Negócios de Saúde Empoderamento e Liderança A visão de Ana Gonçalves

75. Especial Minho

76. Work3 A essência do profissionalismo

81. Grupo Zegnea Entre Arte e Construção A Visão do Grupo Zegnea

86. Especial Leiria

87. Joana Vieira Solicitadora “Quero que os clientes saibam que cuido do problema deles”

94. Brands Power

96. Ingtrust Proximidade e personalização

Nota de boas-vindas...

A liderança moderna passa por inspirar pessoas, transformar culturas organizacionais e conectar equipas em torno de um propósito comum. Os líderes de hoje são aqueles que conseguem motivar as suas equipas, não apenas através de palavras, mas mediante ações concretas que demonstram empatia, resiliência e visão de futuro. Liderança e transformação andam de mãos dadas no cenário empresarial contemporâneo. Num ambiente de constante mudança, o líder precisa ser o agente de transformação, capaz de adaptar a organização às novas realidades do mercado. Isso inclui não apenas a implementação de novas tecnologias ou estratégias, mas também a promoção de uma cultura de inovação. O líder visionário é aquele que está sempre um passo à frente, antecipando tendências e criando um espaço onde o erro não é apenas permitido, mas visto como uma oportunidade de aprendizagem.

Na edição de outubro, a Revista Business Portugal volta a trazer às suas páginas empresários e empresas de referência, que são verdadeiros modelos a seguir pela performance, atitude e estilo de liderança, mas também eventos de responsabilidade social, aos quais nos temos associado, quer na qualidade de organizadores, quer como media partners. Isto porque somos e queremos continuar a ser o parceiro de excelência das empresas!

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Outubro 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares

Outubro 2024

SABER USAR OS FUNDOS EUROPEUS

É inegável que Portugal tem um historial de aplicação inadequada ou inócua de fundos europeus. Como sabemos, muitos projetos com financiamento comunitário tinham à partida uma relação custo-benefício duvidosa e acabaram por gerar escasso retorno económico e social para o país. Em alguns casos, houve decisões pouco transparentes, derrapagens de custos, atrasos nas obras, impactos ambientais indesejáveis, despesismo e erros de gestão financeira.

Percebemos, assim, que a eficácia dos fundos europeus depende, não apenas do volume de recursos alocados, mas sobretudo da capacidade de planeamento e execução dos projetos. Para maximizar o impacto dos fundos, é indispensável visão estratégica, celeridade decisória, transparência e agilidade processual, qualidade de gestão e escrutínio político. Caso contrário, Portugal tenderá a reincidir nos erros do passado e a atrasar-se na convergência com a Europa.

No caso das empresas, importa alterar procedimentos e mentalidades no toca aos fundos. Os incentivos comunitários não devem ser usados para gestão corrente, mas sim para alavancar investimentos, expandir atividades, melhorar desempenhos, ampliar resultados. Ou seja, o financiamento europeu tem de servir como fator de aceleração empresarial, potenciando os recursos e capacidades das empresas.

A mesma premissa é válida para o Estado. Os fundos europeus não devem ser usados para suprir necessidades de gestão corrente dos serviços públicos, mas sim para melhorar a sua eficiência e qualidade. De resto, os decisores públicos deviam procurar desenvolver o país sem recurso às ajudas comunitárias, pois estas não vão durar para sempre. Portugal parece por vezes viciado no dinheiro que vem de Bruxelas, o que é contraproducente e revela falta de visão estratégica.

É verdade que Portugal recuperou de décadas de isolamento internacional, atrasos estruturais e subdesenvolvimento económico e social graças à poderosa alavanca que são os fundos europeus. As famílias viram as suas condições de vida e bem-estar melhorar substancialmente. O tecido empresarial desenvolveu-se, ganhou competitividade e capacidade de inovação. O Estado modernizou as infraestruturas e equipamentos públicos, reforçou a coesão social e territorial, investiu na qualificação, ensino, ciência e inovação e promoveu a sustentabilidade ambiental.

Tudo isto devemos à política de coesão da UE e à solidariedade entre Estados-membros. Mas, com os problemas e dissensões que o projeto europeu enfrenta hoje, há o sério risco de a política de coesão perder peso e dos fundos para os países de convergência, como Portugal, deixarem de fluir tão generosamente. Nessa altura, vamos olhar para trás e lamentar não termos traduzido em mais riqueza, qualidade de vida, recursos e competitividade económica o dinheiro vindo da UE. Mais: o país continuará impreparado para convergir com a Europa ou até para ser economicamente sustentável sem o respaldo dos fundos.

É consciente de tudo isto que Portugal deve focar-se, agora, na correta e atempada execução do PRR. O Plano de Recuperação e Resiliência não pode ser mais uma oportunidade perdida de desenvolvimento estrutural do país, designadamente no que se refere aos fatores críticos enfatizados nos Relatórios Letta e Draghi: produtividade, competitividade e inovação.

ANTARTE ELEGÂNCIA INTEMPORAL

A Antarte, empresa portuguesa de mobiliário, celebra 25 anos de história com um olhar firme no futuro. A marca, que se destaca pelo design intemporal e pela inovação, tem vindo a expandir-se e a marcar presença em novos mercados, sempre com a sustentabilidade em mente. Em entrevista, Mário Rocha, CEO da Antarte, falou sobre os marcos que mais o orgulham e a visão para os próximos anos

Mário Rocha, Fundador e CEO da Antarte

Este tem sido um ano muito positivo e cheio de novidades no seio da Antarte. Em abril deste ano inauguraram o Antarte Center, com a criação do Antarte Museum que pretende ser uma homenagem à história da marcenaria e ao mobiliário intemporal. Como vê o impacto deste museu na promoção do design e da marcenaria portuguesa a nível nacional e internacional?

O Antarte Museum é um feito único na Cultura em Portugal. É uma iniciativa de Responsabilidade Cultural, um novo patamar que deve estar na missão das empresas de vanguarda. Hoje falamos imenso de responsabilidade ambiental e social, mas a Antarte foi mais longe. Teve outra ambição e quis deixar um legado cultural ao país e à Europa –, uma vez que é o único museu na Europa – e provavelmente no mundo – que conta a história da marcenaria. Representa um investimento de 1,4 milhões de euros, totalmente financiado pela Antarte, mais de uma década a colecionar mais de mil peças de ferramenta e máquinas (com três séculos) e dois anos de investigação sobre este ofício milenar. Há zero euros de entidades públicas e o projeto viu a luz do dia com perspetivas de se tornar parte de roteiros Erasmus em entidades académicas portuguesas.

A recente inauguração da loja em Leiria marca um ponto importante na estratégia de expansão da Antarte. Que desafios e oportunidades surgem ao expandir a marca em capitais de distrito como Leiria? Quais são os próximos passos da marca nesse âmbito?

As capitais de distrito enquanto aglomerados populacionais de relevo, implicam o desafio de um investimento significativo na seleção das lojas, na criação de postos de trabalho e na comunicação. Dou um exemplo: a Antarte Leiria implicou um investimento de 2,5 milhões de euros e as empresas que materializaram o projeto de reconversão do espaço foram todas de Leiria. Os media locais também beneficiaram com a compra de espaço para divulgação da

nova loja. Os próximos passos irão passar pela abertura de uma loja numa das mais dinâmicas capitais de distrito do sul do país até ao fim do primeiro semestre de 2025.

A Antarte apresentou, recentemente, as primeiras peças de mobiliário portuguesas desenhadas com recurso à Inteligência Artificial. Como é que a integração da IA no processo criativo coexiste com o know-how artesanal e a filosofia de design intemporal da marca?

A IA está ainda numa fase de aprendizagem. Diria que estamos na infância de uma ferramenta que vai mudar a forma como se relacionam a tecnologia e o raciocínio humano. Após uma longa série de inputs, foi dada liberdade criativa à IA para apresentar a sua visão de peças de mobiliário com o design intemporal da Antarte. Naturalmente que houve ajustes necessários para as peças passarem à fase de industrialização. Alguns detalhes dos móveis propostos pela IA não faziam sentido numa lógica de produção em escala.

Após a produção da cadeira do Papa Bento XVI, agora foram convidados a criar um cadeirão para o Papa Francisco. Quais foram as principais diretrizes e inspirações para este novo projeto? E como foi a coordenação entre a equipa da Antarte e as exigências do Vaticano?

Não pude recusar assumir a direção criativa do design do cadeirão que a Antarte produziu para o Papa Francisco após o desafio lançado pelo Presidente da República de Timor-Leste e Nobel da Paz, Dr. Ramos-Horta. As principais diretrizes enviadas pelo Vaticano indicavam uma peça que devia ser materializada com matérias-primas sustentáveis pelo que usamos algodão e linho, tecidos em tear. O design deveria representar a personalidade do Papa Francisco: simplicidade e leveza intemporais com o brasão do Vaticano a destacar-se no topo da costa.

A Antarte tem uma das maiores redes de lojas entre as marcas portuguesas de mobiliário

A Antarte é um exemplo de uma empresa familiar que conseguiu manter-se na vanguarda do design e inovação. Quais têm sido as maiores vantagens e desafios em manter uma gestão familiar num contexto empresarial tão competitivo e em constante mudança?

Um dos pontos essenciais numa empresa ágil é a sua cultura. A Antarte tem na gestão de topo quadros da família fundadora com valências diversas, mas que partilham uma cultura única de rigor, inovação permanente, aceitação de desafios e metas ambiciosas. Esta unidade na forma de encarar a gestão de curto e longo prazo permite que os projetos não fiquem parados no tempo e que se cumpram objetivos, quase sempre acima das expectativas.

A sustentabilidade é uma prioridade clara para a Antarte, com iniciativas como o uso de madeiras sustentáveis (criptoméria) e o projeto Love Nature. Como equilibram a procura por matérias-primas sustentáveis com a exigência de qualidade dos vossos produtos? Quais são os próximos passos da empresa na área da responsabilidade ambiental?

A sensibilidade do consumidor europeu torna mais fácil esta mudança. É um consumidor que sabe o valor de um produto feito com matérias-primas sustentáveis e está disposto a pagar um valor mais elevado se tiver a garantia de que está a adquirir algo do género. Estamos num setor que utiliza recursos naturais e temos de devolver à Natureza o que generosamente nos dá. Iremos voltar a apostar em iniciativas que promovam a recuperação da floresta autóctone tão maltratada pelos nossos produtores florestais; no uso de energias renováveis na fase de produção (quase 70% da energia usada nas nossas fábricas provém de painéis solares); e no desperdício zero. Saliento que aproveitamos aparas de madeiras para a produção de calor para aquecer as instalações fabris nos meses mais frios e para as estufas de secagem dos produtos lacados e envernizados.

A Antarte criou peças únicas para personalidades como José Mourinho, Fernando Santos e Cavaco Silva. Como se desenvolve o processo criativo quando a peça é destinada a uma figura pública? Existe uma pressão adicional por causa da visibilidade dessas peças?

A Antarte tem um histórico notável de projetos desta natureza. Em 25 anos de história temos mais de uma dezena. O mais emblemático foi a materialização da instalação de arte “Encontro” desenhada pelo mestre da arquitetura portuguesa, Álvaro Siza Vieira. O primeiro Pritzker português queria ser escultor na juventude, mas o pai insistiu em ser arquiteto. Foi um enorme desafio de interpretação do conceito pretendido por Siza Vieira para este trabalho encomendado pelo

O Antarte Museum, inaugurado em 2024, é o único museu da Europa dedicado à Marcenaria
O design intemporal é a imagem de marca das coleções de mobiliário da Antarte
As coleções de mobiliário da Antarte têm nome de cidades referenciais em lifestyle

Vaticano para o seu pavilhão na Bienal de Veneza. Saliento a pressão do cumprimento de prazos, a logística de transporte e montagem das peças num destino fora de portas, mas sobretudo reproduzir fielmente o conceito que “o mestre” tinha em mente... e o facto de estar a realizar um sonho de juventude no ano em que celebrou 90 anos.

A Antarte tem um histórico de apoio a causas sociais, como o projeto “Árvore Solidária” e o donativo à Liga Portuguesa Contra o Cancro. De que forma estas iniciativas refletem os valores da marca e como pensa que elas influenciam a perceção pública da Antarte?

Trata-se de retribuir à comunidade o que nos entrega. Estes projetos são um dever cívico. Não há como questionar a sua nobre valia. Estes são os valores da Antarte que também se orgulha de ter recebido recentemente um certificado da CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), pelas boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens por trabalho igual ou de igual valor. Recordo ainda que a Antarte tem nos seus quadros, colaboradores de uma dezena de nacionalidades diferentes.

A Antarte está presente em diversos mercados internacionais, como França, Suíça e países africanos. Como foi o processo de adaptação do vosso design e oferta de produtos para mercados com culturas e estilos de vida tão distintos?

As coleções de mobiliário da Antarte estão na vanguarda das tendências em home decor. O facto de termos uma experiência de internacionalização quase desde a fundação da marca em 1998, e a aposta que fizemos em mercados sofisticados como os países do centro de Europa, deu-nos uma sensibilidade acrescida a antecipar o que os clientes pretendem. De notar que os consumidores portugueses sempre foram bastante vanguardistas na adoção de tendências e que exportamos imenso cá dentro. Em várias das nossas lojas, uma boa parte dos clientes são de outras nacionalidades. A nossa ampla rede de lojas permite-nos auscultar o mercado em permanência e ter uma oferta de produtos que seguem tendências globalizadas em home decor. No caso do Médio Oriente, a abertura de um ponto de venda no Dubai implicou alguns ajustes na oferta como a utilização de pormenores dourados nas peças de mobiliário, algo muito valorizado pelos gostos locais.

A Antarte tem como premissa a criação de peças de design intemporal. Como equilibram esta filosofia com as tendências temporárias do mercado de mobiliário e decoração? E como asseguram que as vossas coleções continuam a ser relevantes a longo prazo?

Diria que as peças Antarte estão num patamar acima desse conceito de tendências temporárias. A nossa filosofia de design faz-nos criar peças que se tornaram ícones e são até alvo de contrafação, tal como os artigos das marcas de luxo mundiais. Sempre que idealizamos coleções temos em conta a elegância do design, mas acompanhada de funcionalidade. Dou um exemplo: de que adianta criarmos um sofá com design vanguardista, mas que não proporciona conforto para ser desfrutado, sendo esta a sua função essencial?

A Antarte irá continuar a ser a marca do design intemporal e que está na vanguarda das tendências em home decor entre as marcas de mobiliário nacionais

A capacidade de as empresas ultrapassarem momentos adversos é também um fator de sucesso e longevidade. Há algum momento ou fase adversa que a Antarte tenha ultrapassado e da qual tenha retirado lições de gestão?

Como todas as empresas de sucesso, a Antarte passou e ultrapassou momentos difíceis. Recordo-me em particular do ano difícil de 2011. Tivemos de reconfigurar a nossa rede de lojas com o encerramento de quatro lojas em shopping para depois abrirmos três lojas de rua. Tivemos de reduzir o grupo de três empresas para uma empresa. Mas saliento que não despedimos um único trabalhador. Alguns quiseram sair por iniciativa própria. E hoje orgulho-me de a Antarte ter sido distinguida pela Scoring por um Índice de Desempenho e Solidez Financeira (IDS) “Excelente”, evidenciando uma Sustentabilidade Financeira acessível apenas a 5% das PME nacionais. A grande lição de gestão chama-se resiliência.

Após 25 anos de história, a Antarte continua a inovar e a expandir-se. Que marcos mais o orgulham e que visão tem para os próximos anos, tanto a nível de novos mercados como em termos de inovação no design e produção?

A nível de novos mercados, continuaremos a ponderar o momento certo de abordar o mercado norte-americano e expandirmo-nos nos mercados emergentes do Médio Oriente. Em termos de inovação, a Antarte irá continuar a ser a marca do design intemporal e que está na vanguarda das tendências em home decor entre as marcas de mobiliário nacionais. Uma marca que com apenas 25 anos tem projetos especiais desenvolvidos com Joana Vasconcelos, Álvaro Siza Vieira, Nini Andrade Silva, duas cadeiras personalizadas para os Papas, ou o único museu da Marcenaria na Europa, só pode encarar o futuro com a confiança de quem abraça desafios como oportunidades. Acredito que iremos continuar a receber convites para materializar iniciativas como estas e em breve teremos de ampliar o Antarte Museum para expor mais páginas douradas da nossa história.

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LILIANA SOUSA A BASTONÁRIA QUE (RE) DEFINE A NUTRIÇÃO

Atualmente, a nutrição tem assumindo um papel de destaque na prevenção de doenças e na promoção de uma vida saudável, sendo fundamental para o bem-estar de todos. No centro desta premissa está Liliana Sousa, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, que numa reflexão pessoal e profissional, partilha os desafios na promoção da nutrição como disciplina essencial, a formação dos futuros nutricionistas e as suas expectativas para o futuro desta profissão, que se encontra em constante evolução.

Quem é Liliana Sousa?

Liliana Sousa, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, construiu uma carreira de sucesso na área da saúde alicerçada na determinação e paixão pelo que faz. Desde cedo, decidiu que o trabalho árduo seria o caminho para alcançar a sua independência pessoal e profissional. “Sempre coloquei o trabalho e o esforço em primeiro lugar, com o objetivo de alcançar a autonomia em todos os aspetos da minha vida”, partilha. Embora tenha sido sempre fascinada pela área da saúde, não identificava uma profissão específica onde se enquadrasse. A sua verdadeira vocação surgiu durante a Licenciatura em Ciências da Nutrição na Universidade do Porto. “O currículo do curso cativou-me, ainda que, na altura, não soubesse ao certo o que fazia um nutricionista”, admite. O estágio académico, realizado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, foi um ponto de viragem, que a fez perceber que ali era o seu lugar de realização profissional. Entre várias atividades implementadas no Serviço de Nutrição, foi uma das impulsionadoras da implementação de um sistema de identificação de risco nutricional aos doentes internados, marcando a sua abordagem proativa: “Percebi que, como nutricionista, não podia esperar que me chamassem. Era necessário identificar problemas e apresentar soluções”.

Este sistema, mais tarde, veio a ser reconhecido em Despacho como um sistema a implementar em todos os hospitais, tor-

nando-se prática obrigatória em vários hospitais, reforçando a sua crença de que “a nutrição deve ser reconhecida como um elemento crucial nos cuidados de saúde hospitalares”. Com experiência em Nutrição Clínica e formação avançada em Gestão de Serviços de Saúde, Liliana defende a importância da formação académica e da especialização: “As competências em gestão de serviços de saúde são indispensáveis para qualquer profissional na área da saúde”.

Apesar da sua experiência efetiva em gestão ter sido sempre informal, decidiu investir numa pós-graduação e, mais tarde, no Curso de Especialização em Administração Hospitalar. “Hoje, reconheço a importância desse conhecimento, não apenas para o meu crescimento profissional, mas também para o desempenho das minhas funções atuais”, reconhece. Como docente na Licenciatura em Enfermagem, Liliana destaca a urgência de integrar a nutrição na prática clínica: “É essencial que a nutrição esteja alinhada com a prática médica e que todas as áreas da saúde partilhem uma base de conhecimento

A nutrição deve ser reconhecida como um elemento crucial nos cuidados de saúde hospitalares

comum”. A Bastonária também acredita que uma abordagem multidisciplinar é essencial para garantir o melhor cuidado aos utentes. “Quando um paciente recebe informações contraditórias de diferentes profissionais de saúde, isso pode gerar confusão e desconfiança”.

Desafios e transformações

Ao assumir a posição de Bastonária, a profissional deparou-se com desafios inesperados: “Nunca foi um objetivo pessoal que tivesse traçado”. Contudo, a sua preocupação com o futuro da profissão e a visão limitada que percecionava existir acerca do papel do nutricionista foram fatores decisivos para abraçar este desafio. “A profissão não estava a ser valorizada como deveria e a compreensão do que um nutricionista realmente faz era bastante limitada”.

A implementação dos novos estatutos da Ordem também gerou controvérsia: “Existiu uma pressão enorme para que os estatutos das Ordens profissionais fossem revistos rapidamente”. Embora a inclusão, pela primeira vez, dos atos próprios da profissão tenha sido um passo positivo, a falta de um caráter exclusivo de alguns desses atos levantou e levanta ainda preocupações sobre a proteção da profissão.

Além disso, a nova legislação trouxe novos desafios: “A nova lei previa que licenciaturas que já incluíam estágios curriculares nos seus currículos pudessem dispensar o estágio profissional como critério obrigatório para o acesso à profissão. No entanto, não foi esse o entendimento da anterior Direção, que decidiu manter esta premissa, com a exigência de remuneração num valor tabelado por lei, correspondente à remuneração mínima mensal, acrescida de 25%”, refere, destacando em consequência dessa decisão, a dificuldade atual em encontrar estágios remunerados, o que se tornou um problema urgente para os jovens licenciados que se veem impedidos de ingressar na profissão. “Temos tentado criar oportunidades através de parcerias e protocolos, mas as ofertas disponíveis são insuficientes para os cerca de 400 licenciados que, anualmente, saem das universidades”, resultando num desajuste entre formação académica e mercado de trabalho.

Para ultrapassar estes desafios, Liliana Sousa revelou que se iniciaram conversações com o novo executivo e a Ministra da Saúde: “Uma das primeiras medidas que tomámos foi solicitar uma revisão excecional do estatuto, com o objetivo de eliminar o estágio profissional como critério obrigatório para o acesso à profissão”, explica.

Uma das iniciativas inovadoras apontada por Liliana Sousa, conseguida através de uma articulação da Ordem dos Nutricionistas com os Ministérios da Juventude e Modernização e Ministério da Educação, Ciência e Inovação é a introdução do cheque-nutricionista: “Espero que esta medida tenha sucesso em termos de adesão”. Este programa visa disponibilizar cuidados nutricionais, combater estigmas, promover a literacia alimentar, garantido simultaneamente a proteção e a privacidade dos

estudantes através de um sistema informatizado, em que todo o processo de geração e receção de códigos se faz por SMS, permitindo também que o agendamento das consultas seja feito em qualquer região do país. “É crucial para incentivar aqueles que realmente precisam de ajuda a procurá-la”, sublinha. Além disso, o programa oferece seis consultas, sendo uma dedicada à avaliação inicial e cinco para apoio contínuo ao longo do ano letivo. O foco está na adaptação a novos estilos de vida e na adoção de hábitos alimentares saudáveis, a curto prazo, enquanto, a médio prazo, pretende-se promover a saúde dos estudantes, enquanto adultos jovens da Sociedade. “Espero que este acompanhamento contribua para a melhoria da saúde dos alunos, uma vez que muitos problemas de saúde na vida adulta têm origem durante o período universitário”, constata.

O Governo tem um papel decisivo na promoção da educação alimentar e deve assegurar que os alimentos saudáveis sejam financeiramente acessíveis a todos

Mudanças na alimentação da população

Nesta entrevista exclusiva, Liliana Sousa destaca a urgência de inverter a preocupante tendência do aumento do peso e dos hábitos alimentares inadequados em Portugal. “Embora tenhamos políticas focadas na educação alimentar, o verdadeiro desafio está na falta de recursos e de condições operacionais para a sua implementação eficaz”, explica. Na ótica da Bastonária, é fundamental aumentar o número de nutricionistas nos cuidados de saúde e noutros setores, assegurando que as políticas de saúde sejam aplicadas de forma eficaz. “Só assim será possível estruturar as equipas necessárias e garantir que os utentes em risco recebam os tratamentos que merecem, permitindo-nos agir conforme as diretrizes estabelecidas”.

A sustentabilidade é outro ponto vital na agenda de Liliana Sousa: “Não basta falar de sustentabilidade, é crucial que isso se traduza em ações concretas e responsáveis”. A entrevistada salienta a importância da dieta mediterrânica e a gestão do desperdício alimentar, enfatizando que a educação sobre práticas alimentares sustentáveis é essencial para promover mudanças significativas: “Precisamos ensinar a população a fazer compras, de forma consciente, e a reduzir o desperdício alimentar”. Além disso, defende que os nutricionistas desempenham um papel fundamental nestas discussões, por isso o seu contributo deve ser reconhecido e valorizado no debate sobre sustentabilidade alimentar.

Quando questionada sobre a indústria alimentar, Liliana Sousa adota uma abordagem colaborativa: “A indústria tem interesses económicos, mas estes podem coexistir com os interesses de saúde pública”. Aponta a literacia alimentar como pilar essencial para a mudança, sublinhando a necessidade de educar os consumidores sobre escolhas alimentares saudáveis. “O Governo tem um papel decisivo na promoção da educação alimentar e deve assegurar que os alimentos saudáveis sejam financeiramente acessíveis a todos”, defende.

Igualdade nas carreiras

A uniformização das carreiras no SNS é uma bandeira que Liliana Sousa tem defendido. A convergência das profissões de dietista para nutricionista há cerca de uma década nunca se acompanhou de uma efetiva convergência de carreiras, não existindo até hoje,uma verdadeira igualdade, o que resulta em disparidades significativas. “A nossa proposta vai no sentido de, numa primeira fase, conseguir-

mos colocar todos os colegas que assim o desejam, em uma mesma carreira – a carreira de Técnico Superior de Saúde – e numa fase posterior, avançarmos para a criação de uma carreira autónoma, de nutricionista, que deverá expandir-se além do SNS e ser comum aos vários ramos da Administração Pública que acolhem nutricionistas nos seus quadros de pessoal. Este caminho é essencial.”, explica.

A entrevistada sublinha, ainda, que muitos nutricionistas aguardam há mais de dez anos por uma resolução para esta situação: “O que pretendo é poder contribuir para que a carreira de nutricionista possa, um dia, ganhar a sua posição e autonomia, estabelecendo uma estrutura própria dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos outros setores públicos do país”.

Ao finalizar a entrevista, a Bastonária deixa uma mensagem aos futuros nutricionistas: “Acreditem na nutrição como eu acredito. Desejo que essa fé e convicção no valor da nutrição se transformem numa bandeira, que vos impulsione a atingir os vossos objetivos e a concretizar os vossos sonhos”.

Liliana Sousa, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas

DIA MUNDIAL DA VISÃO

No mês do Dia Mundial da Visão reforçamos a necessidade dos pais estarem atentos aos sinais que podem indiciar a presença de miopia nas crianças. Lentes desenvolvidas especificamente para as crianças ajudam a corrigir e a abrandar a progressão da miopia.

A data, criada pela Organização Mundial da Saúde, chama a atenção para os perigos à visão, como a cegueira e a deficiência visual.

O Dia Mundial da Visão é considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão. É uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira).

A OMS considera que a maioria de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada e, mundialmente, pelo menos 2,2 biliões de pessoas têm uma deficiência visual ou cegueira, das quais cerca de 1 bilião destes casos poderiam ter sido evitados ou tratados.

Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20% das crianças, tal como 50% dos adultos, sofram de erros refrativos significativos.

A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças são duas situações passíveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação.

Neste dia realizam-se rastreios visuais gratuitos em óticas acreditadas, assim como conferências, caminhadas, angariações de fundos para o pagamento operações dispendiosas, concursos de fotografia, entre outras atividades. O objetivo geral destas iniciativas do Dia Mundial da Visão é prevenir problemas visuais, proteger e tratar da visão das pessoas.

Problema de Saúde Pública e elevado significado social

Os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem um importante problema de saúde pública.

O sentido da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional.

Sabe-se, hoje, que mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui, ou seja, a sua visão funcional, e que existem medidas suscetíveis de a melhorar.

Sabe-se, ainda, que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com

repercussão negativa a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais.

67.º Congresso Português de Oftalmologia

A realizar-se de 5 a 7 de dezembro de 2024

O 67.º Congresso Português de Oftalmologia vai realizar-se entre os dias 5 e 7 de dezembro de 2024, no Algarve, no Tivoli Marina Vilamoura Hotel.

Contacto: https://spoftalmologia.pt/

Alguns conselhos para manter a saúde da visão

1. Durma no mínimo entre sete e oito horas por dia

2. Evite o consumo de bebidas alcoólicas

3. Afaste-se dos cigarros

4. Tenha uma alimentação equilibrada

5. Não se esqueça de usar óculos escuros

6. Não descuide dos olhos durante o tempo seco

7. Evite coçar os olhos

8. Faça pausas durante o dia e descanse os olhos

9. Se precisa de óculos graduados, não deixe de usá-los

10. Realize consultas oftalmológicas com regularidade.

Abrande a progressão da miopia com lentes Essilor® Stellest®

As lentes Essilor® Stellest® abrandam a progressão da miopia em média 67%**, comparativamente às lentes unifocais standard, quando usadas 12 horas por dia.

MIOPIA NAS CRIANÇAS: CONHECER OS SINTOMAS PARA PODER ATUAR SOBRE A SUA PROGRESSÃO

No mês do Dia Mundial da Visão reforçamos a necessidade dos pais estarem atentos aos sinais que podem indiciar a presença de miopia nas crianças. Lentes desenvolvidas especificamente para as crianças ajudam a corrigir e a abrandar a progressão da miopia.

miopia é duas vezes maior; se ambos os pais forem míopes, a probabilidade aumenta para cinco3

Os pais devem estar atentos a sinais comuns, facilmente observáveis em crianças. As seguintes situações ou relatos podem indiciar a presença de miopia nas crianças:

• Dificuldade em ver objetos distantes;

• Sentar-se muito perto da televisão ou de outros ecrãs;

• Referir que não consegue ver o quadro da escola;

• Não conseguir interpretar sinais à distância;

• Não reconhecer pessoas até que estejam bem próximas;

• Semicerrar ou esfregar os olhos e queixar-se de dores de cabeça e fadiga ocular.

Uma vez detetadas estas dificuldades, os adultos devem procurar uma primeira consulta oftalmológica para a criança.

O primeiro exame oftalmológico deve acontecer a partir dos quatro anos de idade. Antes dessa idade, se os pais detetarem algum sinal indicador de miopia devem falar com o pediatra ou com o médico de família, que encaminhará para a Oftalmologia.

A miopia está a aumentar a um ritmo alarmante nas crianças. Desenvolve-se, geralmente, em crianças em idade escolar e tende a aumentar até à idade adulta.1

A causa exata para o surgimento da miopia não é totalmente conhecida, mas estará amplamente associada a mudanças no estilo de vida, relacionadas com o tempo que as crianças passam em casa, a realizar atividades de perto. 2

Outros fatores, como os hereditários, estão também muito associados ao desenvolvimento da miopia. Filhos de pais com miopia estão mais suscetíveis a desenvolver miopia; se um dos pais tiver miopia, o risco de a criança desenvolver

Dr. Armando Costa, Optometrista na EssilorLuxottica (Licenciatura em Optometria e Ciências da Visão, Universidade do Minho)

Para reduzir a probabilidade de desenvolvimento da miopia, as crianças devem ser incentivadas a passar pelo menos duas horas por dia ao ar livre, sob luz natural.4 Em ambiente exterior, também é importante proteger os olhos da luz solar, com chapéus e óculos de sol.

A evidência científica mostra que atividades prolongadas em distâncias próximas podem levar ao surgimento e evolução da miopia, como ler, colorir e usar dispositivos digitais, como smartphones ou tablets.5,6 Por isso, dentro de casa, os pais devem seguir algumas recomendações:

• As crianças devem ser incentivadas a manter uma distância adequada, superior a 20 centímetros, ou a usar a “regra do cotovelo”, que garante que a distância do ecrã ou do texto é maior que a distância entre a mão e o cotovelo;

• Pausas frequentes são importantes para a visão, a conhecida regra 20-20-20 permite aliviar a fadiga ocular ao olhar para algo a 6 metros de distância por 20 segundos, a cada 20 minutos;

• As crianças devem gozar pelo menos de 2 horas por dia de tempo de lazer no exterior;

• A miopia é geralmente corrigida através da utilização de óculos graduados ou lentes de contato, mas as lentes comuns não abrandam nem impedem a progressão da miopia. As lentes Essilor® Stellest®, para combater a miopia em crianças, são concebidas para corrigir e abrandar a progressão da miopia;

• Garantir que a criança realiza exames oftalmológicos regulares. A miopia surge, geralmente, na infância, e os anos de maior progressão da miopia ocorrem durante esse período;

• Existem lentes específicas para combater a miopia nas crianças, como as lentes Essilor® Stellest®, que corrigem a miopia através de uma ampla zona de visão monofocal de acordo com a prescrição, o que proporciona uma visão nítida em todas as direções do olhar, e abrandam a progressão da miopia, criando um volume de luz não focada à frente da retina e respeitando a forma da mesma. Com

estas lentes, a criança beneficia de uma boa acuidade visual e de um conforto ótimo, sem comprometer a estética. As lentes Essilor® Stellest® abrandam a progressão da miopia em média 67%, em comparação com as lentes unifocais simples, quando utilizadas pelo menos 12 horas por dia, todos os dias.7

Levar as crianças ao profissional de saúde visual ajuda-as a perceber que não é uma experiência assustadora. Muitos consultórios têm já áreas dedicadas às crianças e uma equipa experiente e amigável para tranquilizar e ajudar pais e crianças durante a visita. Atualmente, também existem livros infantis e desenhos animados que incorporam nas histórias as visitas ao profissional de saúde visual (Peppa Pig, Mr Tumble, Tim, etc.), e que podem ser ferramentas úteis para ajudar a introduzir o tema às crianças e facilitar a experiência.

Referências:

1. Hou W, Norton TT, Hyman L, Gwiazda J, COMET Group. Axial elongation in myopic children and its association with myopia progression in the Correction of Myopia Evaluation Trial (COMET). Eye & contact lens. 2018 Jul;44(4):248.

2. Holden BA, Fricke TR, Wilson DA, Jong M, Naidoo KS, Sankaridurg P, Wong TY, Naduvilath TJ, Resnikoff S. Global prevalence of myopia and high myopia and temporal trends from 2000 through 2050. Ophthalmology. 2016 May 1;123(5):1036-42.

3. Jones L, Sinnott L, Mutti D, Mitchell G, Moeschberger M. Parental history of myopia, sports and outdoor activities, and future myopia. Invest Ophthalmol Vis Sci 2007; 48(8): 3524-3532.

4. Xiong S, Sankaridurg P, Naduvilath T, Zang J, Zou H, Zhu J, Lv M, He X, Xu X. Time spent in outdoor activities in relation to myopia prevention and control: a meta-analysis and systematic review. Acta Ophthalmol. 2017 Sep;95(6):551-566.

5. Li SM, Li SY, Kang MT, Zhou Y, Liu LR, Li H, Wang YP, Zhan SY, Gopinath B, Mitchell P, Wang N. Near work related parameters and myopia in Chinese children: the Anyang Childhood Eye Study. PloS one. 2015 Aug 5;10(8):e0134514.

6. Ip JM, Saw SM, Rose KA, Morgan IG, Kifley A, Wang JJ, Mitchell P. Role of near work in myopia: findings in a sample of Australian school children. Investigative ophthalmology & visual science. 2008 Jul 1;49(7):2903-10.

7. Bao J, Huang Y, Li X, Yang A, Zhou F, Wu J, Wang C, Li Y, Lim EW, Spiegel DP, Drobe B. Spectacle lenses with aspherical lenslets for myopia control vs single-vision spectacle lenses: a randomized clinical trial. JAMA ophthalmology. 2022 May 1;140(5):472-8.

DIA MUNDIAL DA ANESTESIOLOGIA

No Dia Mundial da Anestesiologia, celebramos a Anestesiologia como uma especialidade médica que garante a segurança e o conforto do paciente no período peri-operatório.

A Anestesiologia é uma pedra angular na segurança dos cuidados de saúde dos pacientes ao garantir que cada procedimento é acompanhado pelos mais elevados “standards” de monitorização, conhecimento e cuidado.

Por outras palavras, esta especialidade médica é o garante da segurança e do bem-estar do doente durante todo o período peri-operatório, tanto dentro como fora do Bloco Operatório, incluindo na área da Emergência Médica e na Medicina da Dor (Aguda e Crónica).

Ainda que os Anestesiologistas possam ser, através do olhar do doente, notados como uma figura discreta, reservada e, por vezes, algo silenciosa, eles são uma das principais personagens de qualquer ato médico no contexto do peri-operatório.

E é no meio de todo este eventual silêncio e discrição que, em múltiplas áreas da Medicina, os Anestesiologistas com todo o seu conhecimento científico e interpessoal, zelam durante todo o circuito do doente, pela manutenção possível de todas as suas funções vitais.

O porquê de confiar no seu Médico Anestesiologista?

Porque é o Anestesiologista que assegura que tudo está bem consigo durante o ato cirúrgico, que não tem dor durante o seu trabalho de parto ou que faz o seu exame complementar de diagnóstico com o melhor dos confortos.

Neste Dia Mundial da Anestesiologia, celebramos os Profissionais, que com saber, dedicação, empatia e cuidado, acompanham o doente em todo o processo cirúrgico, garantindo em qualquer passo deste circuito segurança, conforto e bem-estar.

O dar a conhecer junto dos seus pares o seu Saber e junto dos doentes a sua Proteção, converte a Anestesiologia num Pilar de Segurança e o Anestesiologista no Guardião do Doente.

Muitos Parabéns a todos os Anestesiologistas!!

Corpos Sociais da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia

DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA A DOR

O Dia Nacional da Luta Contra a Dor é uma data importante para consciencializar a população e os profissionais de saúde sobre a necessidade de tratar a dor de modo adequado e eficaz. Para o anestesista, que possui um papel central no controlo da dor, esta data é uma oportunidade para realçar a relevância da abordagem multidisciplinar e o aprimoramento constante das técnicas no manejo da dor, aguda e crónica. Na prática médica, o anestesista é frequentemente associado ao controlo da dor cirúrgica. No entanto, o seu papel vai muito além do Bloco Operatório. Uma visão moderna e integrada da Anestesiologia entende a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a danos reais ou potenciais aos tecidos. Mais do que um sintoma, é uma condição que pode ter múltiplas causas e exigir diferentes tipos de intervenção. Desempenhando um papel essencial como mecanismo de defesa do organismo, alertando-nos para possíveis lesões, em muitas situações a dor, pela sua severidade ou persistência, pode comprometer seriamente a qualidade de vida das pessoas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dor como um problema de saúde pública, onde o anestesista tem um papel crucial. O arsenal terapêutico inclui: diferentes medicamentos até aos opioides, técnicas invasivas como os bloqueios regionais, a neuromodulação, que utiliza dispositivos implantáveis para controlo da dor, terapêuticas alternativas como a acupunctura e as terapias baseadas em biofeedback e o cooping, que permitem ao doente ter maior controlo sobre a sua perceção da dor. Tem por objetivo um bem maior, no equilibrio entre eficácia e minimização de efeitos colaterais, como o risco de dependência medicamentosa e a cronificação da dor, em qualquer momento do ciclo de vida do doente, numa visão holística dos cuidados de saúde. No contexto do tratamento da dor, o anestesista integra equipas multidisciplinares com outros

profissionais (enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, reumatologistas e fisiatras), para uma abordagem holística. A dor crónica, resultante maioritariamente do manejo inadequado da dor, pode levar ao desenvolvimento de graves complicações. Afeta milhões de pessoas, comprometendo a qualidade de vida destas e das sociedades, com significativo impacto físico, psicológico, mental, social, económico e financeiro. Garantir que os doentes tenham acesso a terapias eficazes para o controlo da dor é uma questão de dignidade e qualidade de vida. Nos últimos anos, houve avanços significativos no tratamento da dor, com o desenvolvimento de moléculas analgésicas e técnicas minimamente invasivas, permitindo a oferta de soluções cada vez mais personalizadas e eficazes. Porém, a luta contra a dor vai além do tratamento e envolve uma mudança cultural em relação à forma como a dor é percebida e tratada na sociedade. Ainda hoje, muitos doentes são subtratados, seja por falta de conhecimento, preconceitos relacionados ao uso de opioides ou barreiras de acesso a serviços de saúde especializados. O anestesista, como um dos profissionais com maior expertise no controlo da dor, tem um papel formativo fundamental, tanto em relação aos doentes quanto aos demais profissionais de saúde, promovendo práticas baseadas em evidências e colaborando para a disseminação de conhecimento nessa área. Neste Dia Nacional, é fundamental refletirmos sobre os avanços alcançados e os desafios que ainda precisam ser enfrentados, para garantir que a dor seja reconhecida e tratada com a seriedade que merece.

Dr. Rui Valente (Presidente da Secção de Medicina da Dor – SPA)
Drª Cristina Carmona (Secretário da Secção de Medicina da Dor – SPA)
Dr. Pedro Trincão (Vogal da Secção de Medicina da Dor – SPA)

A DOR QUE TEMOS É SEMPRE INDIVIDUAL, SUBJETIVA E ÚNICA

Comemoramos o Dia Nacional de Luta contra a Dor na terceira sexta-feira do mês de outubro, de acordo com a agenda nacional e internacional de quem lida, estuda ou trata a dor. Assim também acontece em Portugal, como propõe a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a representante portuguesa da Associação Mundial para o Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain - IASP).

A dor crónica é reconhecida como doença desde 2001 e, em Portugal, estima-se que afete cerca de 1/3 da população portuguesa. É a principal razão pela qual todos nós procuramos aconselhamento profissional médico e, tanto quanto possível, especializado. Se na maioria dos casos se trata de uma situação passageira mais ou menos acentuada (dor aguda), que serve como sistema de alerta ao nosso cérebro de que algo não está bem no nosso corpo, noutros casos desenvolve-se ao longo da vida e acaba por se estabelecer como uma doença que afeta o ser humano na sua totalidade e em toda a sua vivência (dor crónica).

A dor que temos é sempre individual, subjetiva e única. Depende da experiência emocional passada de cada individuo, pelo que é difícil descrevê-la e impossível reproduzi-la. É única para cada ser humano.

Dor é o que cada um de nós experimenta e expressa, de forma mais ou menos emotiva, de acordo com o conhecimento e de cada situação dolorosa que vivemos no dia a dia. Por esta razão, a dor crónica torna-se um desafio enorme para combater, porque é sempre diferente em cada pessoa. Não há remédios e soluções para todos e muito menos pílulas douradas ou remédios milagrosos!

Para a combater, devemos usar todos os meios disponíveis, reduzindo ao mínimo possível as suas consequências nefastas e proporcionar a quem sofre de dor o máximo das suas capacidades funcionais.

Para isso, necessitamos de um conjunto alargado e abrangente de meios, desde os agentes químicos (medicamentos), aos meios físicos e às técnicas psicológicas para o tratamento da dor. Os medicamentos são usados de forma mais ou menos corrente por qualquer médico, ainda que em alguns casos necessitam de formação mais especifica e especializada para o seu correto

manuseamento. Os outros agentes físicos e técnicas psicológicas implicam formação especializada na sua utilização.

O médico fisiatra, especialista em Medicina Física e de Reabilitação, como eu, é um profissional privilegiado nesta situação, por dominar enquanto clínico os medicamentos, as técnicas e agentes físicos, tão ou mais importantes no combate à dor e na ajuda a quem sofre desta doença. Todos implicam diferentes meios e medidas de aplicação. São geralmente bem aceites, ainda que nem sempre completamente satisfatórios, pelo que o médico fisiatra é a garantia do saber clínico e médico na sua utilização para o tratamento da dor.

No entanto, o mais importante de tudo será mesmo prevenir o aparecimento da doença e daí a necessidade de termos uma vida saudável, regrada nos hábitos e estilo de vida, particularmente no que diz respeito à alimentação e à prática regular do exercício físico, como forma de combate ao sedentarismo, ao isolamento, à ansiedade e depressão que normalmente acompanham a dor Crónica. Fazemos assim jus ao saber de todos nós, de que “mais vale prevenir, do que remediar”.

Neste Dia Nacional de Luta contra a Dor, a APMFR destaca o papel multidisciplinar da Medicina Física e de Reabilitação que, com o seu trabalho e dedicação, auxiliam na gestão e prevenção da dor. Saiba mais sobre a APMFR em www.apmfr.pt

Dr. Filipe Antunes, Fisiatra e Presidente da Associação Portuguesa
Para o Estudo da Dor (APED)
Mais for te que a sua dor.

O AVC TEM DE SER UMA PRIORIDADE NACIONAL

Apesar dos significativos avanços no tratamento do AVC, a prevenção continua a ser a nossa maior arma.

Prof.ª Diana Aguiar de Sousa Médica Neurologista, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – ULS São José Membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC)

A cada 29 de outubro, o Dia Mundial do AVC serve de alerta para um dos maiores problemas de saúde pública. Em Portugal o AVC é a principal causa de mortalidade e de incapacidade a longo prazo em adultos. Além disso, a doença cerebrovascular é também a principal causa de demência no nosso país. No entanto, o impacto desta doença vai muito além dos números, afetando de forma devastadora famílias e comunidades e condicionando uma pesada carga para os serviços de saúde e serviços sociais. A cada hora, três pessoas sofrem um AVC em Portugal.

Apesar dos significativos avanços no tratamento do AVC, a prevenção continua a ser a nossa maior arma. Cerca de 90% dos fatores de risco associados ao AVC, como a hipertensão, o tabagismo, a diabetes e o sedentarismo, são evitáveis. É urgente agir de forma coordenada e intensificar os esforços para educar e mobilizar as pessoas para que adotem hábitos de vida mais saudáveis e controlem os fatores de risco.

O tratamento do AVC em Portugal tem evoluído bastante nos últimos anos. A criação de unidades de AVC e o progresso na implementação de terapias como a trombólise e a trombectomia mecânica têm permitido salvar vidas e melhorar a recuperação de milhares de doentes. No entanto, existe ainda um longo caminho a percorrer. Sabemos que apenas cerca de metade dos doentes com AVC tem acesso a internamento em Unidade de AVC e que a proporção de doentes que recebem trombólise endovenosa está ainda aquém do esperado. Conforme dados recentes recolhidos no estudo nacional "PANORAMA-AVC", só cerca de 40% dos doentes com AVC foi reavaliado em consulta especializada nos primeiros três meses após alta.

Outro ponto crucial é a reabilitação pós-AVC. Para muitos sobreviventes, a recuperação é um processo longo e difícil, que exige o apoio dos profissionais de saúde, das suas famílias e da comunidade.

A reabilitação, contudo, é essencial para restaurar a funcionalidade e proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Ao refletirmos sobre o impacto do AVC no nosso país, é também fundamental olharmos para o futuro. Fruto da investigação científica, têm sido feitos progressos notáveis na compreensão da doença, e novas terapêuticas estão a ser desenvolvidas para melhorar a prevenção e o tratamento. No entanto, é essencial que estes avanços sejam implementados a nível nacional, tanto através da participação ativa em investigação translacional e clínica nesta área, como garantindo que os doentes portugueses tenham acesso à participação em ensaios clínicos e beneficiem da rápida aplicação das mais recentes descobertas científicas.

Este ano, o Dia Mundial do AVC será ainda marcado por uma iniciativa especial: a caminhada nacional “Pare o AVC, junte-se a nós”, promovida pela Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC), que também celebra 20 anos de dedicação a esta causa. No dia 27 de outubro, em várias cidades do país e nas ilhas, cidadãos, profissionais de saúde e representantes locais irão unir-se para sensibilizar para a prevenção do AVC e da demência vascular. Esta caminhada será uma oportunidade para todos se envolverem ativamente na promoção da saúde do cérebro. A cada passo, podemos reduzir o impacto da doença cerebrovascular nas nossas vidas e nas vidas daqueles que nos rodeiam.

Pode consultar mais informações sobre a “caminhada nacional do AVC” em: https:// spavc.org/dia-mundial-do-avc-2024/

OS BENEFÍCIOS DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO PARA A SAÚDE HUMANA

Os animais desempenham um papel importante na vida de muitas pessoas. Além dos vários e reconhecidos atributos terapêuticos desempenhados pelos animais, também são muito valorizados como excelentes companheiros, o que certamente pode afetar a qualidade das nossas vidas. E essa companhia é benéfica para nossa saúde.

Vários estudos indicam que as pessoas que têm um animal de estimação podem ter um coração mais saudável, ficar doentes com menos frequência, fazer mais exercício e reduzir o risco de depressão. Os animais de estimação também podem ter um impacto positivo significativo em alergias, asma, apoio social e interações sociais com outras pessoas.

Ter um animal de companhia exige…

• Ter disponibilidade de tempo para interagir com ele

• Garantir e salvaguardar os cuidados (alimentação, higiene, saúde, etc.) que ele precisa

• Criar regras através de treino

• Socialização e integração do animal no espaço público

• Exige, acima de tudo, que você seja responsável e consciente, uma vez que um animal depende de si para ter uma vida saudável e feliz. Seja fiel ao seu animal como ele lhe é a si.

XIV Congresso da OMV

O XIV Congresso da Ordem dos Médicos Veterinários irá realizar-se nos próximos dias 25 e 26 de outubro, no Hotel Vila Galé Évora.

O XIV Congresso conta com Alto Patrocínio da Presidência da República e irá versar sobre a ‘Carreira Médico-Veterinária’, no qual serão abordados vários temas relevantes para a profissão, dos quais se destacam: a carreira especial de Médico Veterinário Municipal, a

definição da carreira dos Médicos Veterinários de Inspeção Sanitária, a carreira de Médico Veterinário Oficial nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, os desafios e oportunidades nas carreiras das profissões médicas, bem como a saúde mental na profissão médico-veterinária, entre outros.

Dia Mundial do Animal

O Dia Mundial do Animal celebra-se anualmente a 4 de outubro.

Origem da data

A data foi escolhida em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença. A escolha teve em conta o facto de o dia 4 de outubro ser o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais.O Dia Mundial do Animal é celebrado em vários países, através de diversos eventos e iniciativas. Nas escolas, sobretudo no ensino pré-escolar, as atividades no Dia Mundial do Animal deixam os mais pequenos encantados.

Frases para o Dia Mundial dos Animais

• Um animal de estimação é um membro da família, que deve ser tratado como gente

• Os animais são os nossos melhores amigos

• Felizes daqueles que têm a companhia de um animal, pois podem contar sempre com amor.

Principais objetivos da celebração do Dia Mundial do Animal

• Sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e a preservação de todas as espécies

• Mostrar a importância dos animais na vida das pessoas

• Celebrar a vida animal em todas as suas vertentes.

Atividades do dia

Nesta data realizam-se distintas atividades com base nos objetivos do dia, como por exemplo:

• Devolução de animais à natureza

• Campanhas de adoção de animais abandonados

• Passeios canis

• Jogos ludo-pedagógicos.

Congresso Internacional Veterinário Montenegro

Congresso Montenegro assinala 20 anos

Nos passados dias 11 e 12 de outubro, realizou-se a XXª Edição do Congresso Internacional Veterinário Montenegro.

Além das habituais Salas de Medicina, Enfermagem, Internacional – conduzida em inglês – e de Gestão, esta edição deste ano apresenta como grande novidade a Sala das Emoções. Tendo como principal premissa o bem-estar profissional, o objetivo principal passa por abordar a temática do burnout e o impacto que a atual dinâmica tutor-animal de companhia assume na rotina do médico veterinário, associada a um ambiente de maior desgaste e negatividade.

Congresso anual APMVE – 2024

O congresso anual da Associação Portuguesa de Médicos Veterinários de Equinos (APMVE), que terá lugar nos próximos dias 25 e 26 de outubro, é um evento de referência para os profissionais que trabalham com equinos em Portugal.

O congresso de 2024 promete ser ainda mais marcante do que o de 2023 e o programa inclui palestras de especialistas nacionais e internacionais sobre uma variedade de temas, como cirurgia, medicina interna, reprodução equina e bem-estar animal.

Dia do Médico Veterinário

O Dia do Médico Veterinário é celebrado anualmente no dia 4 de outubro.

O Médico Veterinário é o responsável por cuidar da saúde dos animais, sejam eles de estimação ou selvagens.

A 4 de outubro de 1991 foi publicado o estatuto que criou a Ordem dos Médicos Veterinários. Curiosamente, a data coincide no calendário litúrgico com o dia de São Francisco de Assis , o santo protetor dos animais, a quem são atribuídos milagres de cura.

O patrono efetivo dos médicos veterinários é Santo Elói (588-660).

Neste dia do veterinário são entregues pela Ordem aos novos Médicos Veterinários os diplomas de compromisso solene perante a sociedade do desempenho profissional.

LEISHMANIOSE CANINA: AS NOVAS PREVALÊNCIAS EM PORTUGAL E A CONSEQUENTE APOSTA NA PREVENÇÃO

A leishmaniose canina (LC) é uma patologia zoonótica, causada por um protozoário, Leishamnia infantum, que é transmitido através de um flebótomo, conhecido na gíria como mosquito.

Dr. Tiago Lima, Professor Assistente Convidado na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona e Médico Veterinário Dermatologista no Hospital Veterinário Escolar da Universidade Lusófona.

leishmaniose. O diagnóstico da LC pode ser em alguns casos complexo e vai requer uma avaliação dos sinais clínicas apresentados pelo animal e a realização de análises laboratoriais específicas.

É importante que o tutor tenha presente que o tratamento da leishmaniose poderá ser necessário para o resto da vida do seu animal,

Os animais infetados podem ser assintomáticos ou apresentar um quadro clínico grave que poderá conduzir à sua morte. O parasita tem capacidade afetar qualquer tecido, órgão ou sistema. Dependendo da sua localização poderá causar lesões cutâneas e oculares ou sinais clínicos sistémicos, incluindo sinais gastro intestinais, respiratórios, articulares e neurológicos ou uma combinação destes.

As lesões cutâneas são os achados mais comuns no exame físico aquando da visita ao veterinário, podendo ser a única manifestação da doença. São lesões típicas a descamação e ulceração da pele, o crescimento excessivo das unhas e a presença de feridas hemorrágicas na ponta das orelhas e cauda, sendo estas últimas são conhecidas como lesões de vasculite periférica. Nas alteações sistémicas a mais frequente é a afeção renal, que varia de insuficiência renal ligeira a grave e é a principal causa de morte em pacientes com

uma vez que é uma doença que não apresenta cura. Este tem como objetivos principais a remissão dos sinais clínicos através da diminuição do número de leishmanias; a redução do risco de recidivas através da inibição da multiplicação do agente e estimulação do sistema imunitário; e, evitar o aparecimento de alterações clínicas graves. Normalmente, a terapêutica instituída na LC é eficaz e induz uma diminuição da carga parasitária, fazendo assim que o animal desenvolva uma imunidade eficaz. Num número reduzido de cães a terapia pode não ser eficaz e estes apresentem recidiva doença.

O prognóstico dos animais com tratamento em curso vai variar de bom a mau, dependendo se há afeção renal ou não.

Portugal é um país endémico em quase todo o seu território continental, apresentado uma prevalência média de 12,5%%, podendo em alguns distritos atingir os 26%. Posto isto, é fundamental apostar na prevenção. E se num passado próximo apenas se realizava prevenção em algumas zonas do país, atualmente pelos novos dados da prevalência e pela maior migração de animais pelo país, parece-me imperativo que em todo o continente esta seja realizada de forma contínua e eficaz. Uma correcta prevenção irá consistir na imunização do animal através da administração de uma vacina contra a Leishmania infantum e na aplicação de repelentes (coleiras ou pipetas) contra o vector de transmissão da LC.

Pelo quadro clínico grave que esta doença pode trazer é fundamental que todos os tutores se informem com o seu médico veterinário a melhor forma de manterem o seu animal protegido contra esta doença.

UMA REFERÊNCIA NA SAÚDE VETERINÁRIA DE PROXIMIDADE

Numa entrevista exclusiva, a Dr.ª Carolina Rebelo, Diretora Executiva da Agrivet, dá a conhecer esta rede de unidades de saúde veterinária, concebida para estar próxima dos animais e dos seus tutores, respondendo às necessidades de saúde e de bem-estar animal.

A Agrivet tem crescido de forma acelerada, através da abertura de várias unidades e uma equipa em constante expansão. Quais os principais fatores que permitiram à Agrivet destacar-se num mercado competitivo (nacional e regional), face ao seu crescimento acelerado?

Há dois fatores fundamentais para o crescimento e para o sucesso da Agrivet. Uma equipa multidisciplinar, que todos os dias mostra o seu esforço, empenho e dedicação em tratar os animais, sem nunca esquecer os seus tutores. E o facto de termos o Grupo Agris na retaguarda, que ao longo de mais de 35 anos tem sido pioneiro em diversas áreas de negócio e que acredita que a Medicina Veterinária é uma medicina de proximidade, o que só é possível investindo-se nas infraestruturas e, principalmente, nas pessoas.

Um dos pilares do trabalho da Agrivet é o uso de tecnologia avançada no diagnóstico e tratamento de animais. Como avalia o impacto da inovação tecnológica no setor veterinário português, e qual a estratégia de investimento da Agrivet em novas tecnologias para garantir a excelência do seu serviço?

Na Medicina Veterinária todos trabalhamos para um objetivo comum, o de proporcionar o melhor cuidado aos nossos pacientes. O uso de novas tecnologias permite atingirmos este objetivo, de

uma forma mais rápida e mais precisa, o que consequentemente vai traduzir-se em menor sofrimento para o animal e menor ansiedade para os seus Tutores. No entanto, é extremamente importante não esquecer que podemos ter os melhores equipamentos, mas se não temos uma equipa formada e motivada para utilizá-los, de pouco ou nada nos serve. Pelo que na Agrivet, aliado a novas tecnologias temos a equipa certa, formação contínua e uma comunicação eficaz tanto com os Tutores para explicar as vantagens de determinado equipamento no diagnóstico ou tratamento do seu animal, como com outros Colegas de maneira a criar sinergias que permitam que o uso destas tecnologias esteja ao alcance de todos.

Como pretende a Agrivet equilibrar a qualidade dos serviços prestados? Qual é a estratégia a longo prazo para assegurar que as suas Unidades mantêm o padrão de proximidade e confiança com os clientes, que são valores centrais da vossa missão?

Na Agrivet estamos cada vez mais focados em desenvolver a medicina de proximidade, em que cada animal tem o seu Médico Veterinário de Família e os Tutores uma linha de comunicação mais rápida e direta. Fazemos inquéritos de satisfação regularmente para saber a opinião e as sugestões dos nossos clientes, vendo em cada crítica uma oportunidade de crescimento e de melhoria.

Dr.ª Carolina Rebelo, Diretora Executiva

Como a experiência dos Tutores nas nossas unidades é muito importante para nós, estamos a mudar as nossas receções para que fiquem mais confortáveis, a formar as nossas equipas em comunicação ao cliente e na comunicação de más notícias que infelizmente são uma realidade na prática clínica. Assim como acompanhamos um animal em todas as situações, também queremos estar presentes e apoiar os Tutores em todos os momentos.

O mês de outubro é sempre marcado por várias iniciativas importantes, como é o caso do Dia Mundial do Animal e do Médico Veterinário, mas este ano regista-se a particularidade de também ocorrerem três grandes eventos veterinários. Qual é, no seu ponto de vista, a relevância destas iniciativas para a promoção e desenvolvimento da saúde e bem-estar animal em Portugal, e de que forma a Agrivet participa, contribuindo ativamente neste tipo eventos?

Estes eventos, além da promoção da saúde e bem-estar animal em Portugal, têm um papel fulcral na divulgação do trabalho

dos Médicos Veterinários e da importância vital para a nossa sociedade, porém deveria ser constante e não apenas em Outubro. Como na Agrivet estamos a fazer uma forte aposta na formação da nossa Equipa, teremos Médicos Veterinários, Enfermeiros Veterinários e Auxiliares Veterinários nos três eventos. A par da formação, estes eventos possibilitam a troca de ideias e experiências, que acredito ser fundamental para o nosso crescimento e desenvolvimento.

A sua nomeação como Diretora Executiva da Agrivet marca um novo capítulo na sua carreira como médica veterinária e gestora. Como concilia a sua experiência clínica com a liderança da Agrivet, e que aprendizagens da sua formação veterinária aplica à gestão da empresa?

O facto de ter tido as minhas empresas e de já ter trabalhado noutras empresas tanto na área clínica como noutras áreas da Medicina Veterinária, permite-me ter uma visão global dos dois lados e trabalhar sempre para um equilíbrio, o que nem sempre é fácil ou possível.

Conjuntamente com a minha experiência em gestão de clínicas, estar no Grupo Agris e contar com as suas diferentes valências, permite criar sinergias dentro do Grupo, trocar experiências e ter uma visão e perspetiva diferentes do mercado veterinário. E assim potenciar o crescimento da Agrivet e aumentar a nossa presença nacional através da expansão.

NOVAS TERAPÊUTICAS E SOLUÇÕES DE DIAGNÓSTICO

INOVADORAS

A Zoetis, líder global em saúde animal, está na vanguarda da inovação no setor veterinário, com soluções que vão desde medicamentos até diagnósticos de última geração. Em entrevista, a Dr.ª Marta Sánchez de Lerin, General Manager da Zoetis, partilha a sua visão sobre os desafios e oportunidades no cuidado animal, a importância da tecnologia no setor e como a empresa está comprometida com o bem-estar e saúde animal.

Com mais de 70 anos de experiência, a Zoetis é a empresa líder mundial em saúde animal. Como avalia a trajetória da empresa e como descreve o seu posicionamento?

Efetivamente, a Zoetis tem tido um crescimento sustentado com a Investigação como linha mestra da nossa afirmação enquanto líderes e um posicionamento no mercado assente em três pilares: Inovação, Foco no cliente e Sustentabilidade.

Inovação que se traduz num robusto investimento para criar soluções avançadas que atendam às necessidades de saúde animal.

Foco nas pessoas e nos animais, mantendo um relacionamento próximo com os diferentes intervenientes do mercado da saúde animal, sejam médicos veterinários, tutores de animais de companhia ou detentores de animais de produção, com soluções para a melhoria da qualidade de vida dos animais.

Sustentabilidade, adotando práticas mais sustentáveis como o desenvolvimento de embalagens ecológicas, combate ao desperdício e implementação de processos de produção mais eficientes.

Que atividades e iniciativas são desenvolvidas pela Zoetis para promover a saúde, o bem-estar animal e a consciencialização sobre a importância dos cuidados veterinários?

Atuamos, fundamentalmente, em duas vertentes, a formação/ informação dos médicos veterinários e a partilha de informação relevante junto dos tutores e detentores de animais.

A nossa investigação e desenvolvimento tem permitido avanços científicos em diferentes áreas, que estão na génese do lançamento de novas terapêuticas e soluções de diagnóstico, enquadrados numa abordagem global - prever, prevenir, diagnosticar e tratar. Se a nossa missão junto dos médicos veterinários é conhecida, temos vindo a tomar iniciativas junto dos tutores para a consciencialização da prevalência de diferentes doenças, alertar para sinais que possam estar presentes e quais as alterações que justificam a visita médico-veterinária. Procuramos soluções para proporcionar a melhor qualidade de vida aos animais mantendo-os saudáveis o maior tempo possível e

Dr.ª Marta Sánchez de Lerin, General Manager

através de ferramentas de rastreio poder chegar a uma avaliação precoce de forma a instituir um tratamento adequado se e quando necessário. Um exemplo recente do nosso trabalho é relacionado com a osteoartrite, uma doença degenerativa, crónica e que afeta a qualidade de vida, mas frequentemente subdiagnosticada. Existem dados que apontam para que afete 40% de toda a população canina e felina e não só os animais de idade adulta mais avançada, embora nestes a prevalência seja maior: 80% em cães acima de 8 anos e 60% em gatos acima dos 6 anos. Disponibilizamos materiais de apoio como flyers sobre a doença, checklist de diagnóstico e vídeos para a sala de espera. Também no digital, temos partilhado publicações nas redes sociais e, muito em breve, iremos lançar um site direcionado para a sensibilização desta doença, nomeadamente com um questionário a que o tutor poderá responder para perceber imediatamente se existe algum sinal de alerta, de forma a encaminhar o animal para uma consulta médico-veterinária.

Atualmente, as duas grandes áreas de foco da Zoetis, no que respeita aos animais de companhia, são a dermatologia e a osteoartrite. Pode falar um pouco sobre as mais recentes inovações ou lançamentos no mercado, nestas duas áreas?

A entrada da Zoetis na área da dermatologia teve um enorme impacto e podemos dizer que marcou um antes e um depois no tratamento da doença alérgica. A partir desse momento, passou a estar disponível um produto com um perfil diferenciador e que tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida de milhões de cães em todo o mundo. Atualmente, desenvolvemos uma formulação mastigável que torna a administração mais fácil, fator importante quando se trata de medicação crónica. Além disso, no âmbito da inovação nesta área, lançámos o primeiro anticorpo monoclonal em medicina veterinária, sendo uma solução diferenciada pela especificidade e por permitir ao médico veterinário o acompanhamento próximo dos pacientes pela administração mensal do fármaco no centro de atendimento médico veterinário.

Na área da osteoartrite, a Zoetis lançou no mercado recentemente produtos inovadores utilizados como primeira linha de tratamento, direcionados a um mediador chave no desenvolvimento da doença osteoarticular, de elevada especificidade, para cães e gatos e que têm demonstrado um grande impacto na melhoria da qualidade de vida destes pacientes.

A Zoetis orgulha-se de ter sido a empresa pioneira no lançamento de anticorpos monoclonais na medicina veterinária. Quais as maiores vantagens destas terapêuticas?

Na Zoetis acreditamos que, no futuro, teremos opções terapêuticas cada vez mais dirigidas, que atuem, especificamente, e tenham o menor impacto possível no restante organismo.

Os anticorpos monoclonais são moléculas de elevada especificidade, que atuam diretamente em mediadores chave da doença para a qual foram desenvolvidos. São caracterizados pela longa

ação, já que uma única administração permite uma duração de ação de um mês. São proteínas, que são metabolizadas e eliminadas como qualquer outra proteína no organismo e, como tal, com um impacto renal, hepático e gastrointestinal residual.

O futuro da saúde e bem-estar animal vai passar, tal como a saúde humana, por um grande avanço tecnológico e será fortemente impactado pela inteligência artificial. Qual tem sido o papel da empresa e que objetivos pretendem alcançar a este nível?

Acreditamos que a inteligência artificial pode ter um papel muito importante para permitir a cada médico veterinário agilizar o seu trabalho diário e ganhar mais tempo para o contacto próximo com o tutor. Estamos a começar na área dos diagnósticos com o desenvolvimento de um equipamento que, com inteligência artificial de deep-learning, permite obter resultados de esfregaços sanguíneos, análise fecal, sedimento urinário e citologia cutânea compatíveis com os obtidos por especialistas diplomados em apenas 15 minutos, no centro de atendimento médico-veterinário. Nesta área, através de uma linha específica Vetscan Imagyst estamos comprometidos com o desenvolvimento de mais funcionalidades, que darão resposta à necessidade de resultados fidedignos, consistentes e rápidos, para fundamentar a decisão clínica e permitir a implementação de medidas terapêuticas adaptadas a cada caso clínico, de forma célere. www2.zoetis.com.pt

OSTEOARTRITE, SAÚDE ARTICULAR E MOBILIDADE DOS CÃES

A Dr.ª Joana Gomes, Médica Veterinária e Marketing and Sales Manager Pet Food na Virbac Portugal, em entrevista à Revista Business Portugal, fala-nos sobre a osteoartrite nos animais, nomeadamente na saúde articular e mobilidade dos cães

Dr.ª Joana Gomes, Médica Veterinária e Marketing and Sales Manager Pet Food

Osteoartrite: Como afeta os cães?

A osteoartrite é uma doença crónica e degenerativa que afeta as articulações dos animais, causando dor e dificuldades na mobilidade. Afeta cerca de 1 em cada 5 cães, especialmente animais idosos, de porte grande/raças predispostas ou com excesso de peso.

O que é o Movoflex e como funciona?

O Movoflex é um alimento complementar que ajuda a melhorar a saúde articular e a mobilidade dos cães. A sua fórmula combina cinco ingredientes de origem natural (97%): membrana de casca de ovo, extrato de Boswellia serrata, ácido hialurónico, farinha de krill e astaxantina.

O que se pode dizer dos ingredientes do Movoflex e como se diferencia de outros condroprotetores no mercado?

O Movoflex destaca-se pela sua combinação sinérgica de ingredientes naturais e inovadores. A membrana de casca de

ovo é rica em vários elementos que se encontram naturalmente nas articulações. O extrato de Boswellia serrata e os ácidos gordos ómega-3 do krill têm um efeito analgésico e reduzem a inflamação, enquanto o ácido hialurónico melhora a estrutura e elasticidade das articulações. Além disso, a astaxantina é um dos antioxidantes mais potentes da natureza, ajudando a proteger as articulações contra o stress oxidativo. É importante destacar que estes ingredientes atuam de forma sinérgica, o que significa que potenciam os efeitos uns dos outros. Por exemplo, os fosfolípidos presentes no krill aumentam a absorção de astaxantina e ácido hialurónico, melhorando ainda mais a eficácia do produto. O Movoflex oferece melhorias visíveis em apenas 7 dias, sendo recomendado por 94% dos tutores1.

Quais são as propriedades da membrana de casca de ovo?

A membrana de casca de ovo encontra-se entre a casca e a albumina (clara) do ovo da galinha, sendo o ingrediente estrela do Movoflex. Esta membrana é rica em colagénio, elastina, glucosamina, sulfato de condroitina, ácido hialurónico e aminoácidos, elementos essenciais para a reparação e regeneração da cartilagem articular. Foi realizado um estudo de eficácia da membrana de casca de ovo em cães com displasia da anca, e os resultados demonstraram uma melhoria da mobilidade e um aumento do perímetro muscular2. A adição deste ingrediente inovador, em sinergia com os restantes componentes, diferencia este produto dos demais condroprotetores presentes no mercado.

Como deve ser administrado o Movoflex?

O Movoflex pode ser dado como um snack, facilitando a adesão ao tratamento, na dose de 1 chew/dia e é seguro para cães a partir dos 3 meses de idade. Além disso, está disponível em três apresentações: S (<15kg), M (15-35kg) e L (>35kg).

Para além do Movoflex, a Virbac dispõe de uma gama de Nutrição Animal - a Veterinary HPM. Como é que esta pode ajudar no suporte da doença articular?

Toda a gama de nutrição animal Veterinary HPM é formulada com elevado teor de proteína de alta qualidade e baixo teor de hidratos de carbono. Neste aspeto, a referência Joint & Mobility complementa o uso do Movoflex, já que também contém membrana de casca de ovo, ajudando a melhorar a mobilidade dos cães com problemas osteoarticulares.

1 Nicolas et al. “Movoflex® Soft Chews Can Improve Dogs’ Mobility, According to Owners”. EC Veterinary Science 7.10 (2022): 13-21

2 Aguirre et al., J. Vet. Med. Anim. Health, 2018

É URGENTE UMA NOVA LEI DAS FINANÇAS LOCAIS

Os municípios portugueses estão sujeitos a esforços substanciais que têm um impacto relevante nos orçamentos municipais e na gestão municipal quotidiana. As exigências são cada vez maiores e os meios humanos, financeiros e patrimoniais, embora tenham aumentado nos últimos anos, continuam aquém do que é necessário em alguns municípios. Por isso, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) tem exigido, e continua a exigir do atual Governo, uma nova Lei das Finanças Locais adequada ao atual estádio de governação municipal.

A ANMP tinha em andamento, com o anterior Governo, o processo de elaboração de uma nova Lei das Finanças Locais, porém, com a mudança de Executivo governamental, o processo foi remetido para o próximo ano. Dadas as circunstâncias, a ANMP não se opõe a este adiamento, mas reivindica que este novo calendário seja, efetivamente, cumprido. É imperioso que tenha efeito no primeiro orçamento do novo mandato autárquico para que os novos Executivos camarários disponham de uma nova

Lei das Finanças Locais que permita fazer uma gestão municipal adequada às necessidades das populações sem colocar em risco a sustentabilidade das contas municipais.

Estamos perante uma oportunidade única para aprofundar e reforçar o financiamento local de acordo com as novas competências nos 308 municípios através de uma nova Lei das Finanças Locais que contemple um enquadramento legal adequado ao novo contexto nacional e internacional. Este é o único caminho possível para termos autarquias de nível europeu.

A nova Lei das Finanças Locais tem de ser um instrumento válido para o futuro e, por isso, deve eliminar a complexidade burocrática, os conteúdos desatualizados e as incoerências da lei atualmente em vigor - a Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro que define o Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais – e não pode, em caso algum, constituir uma solução pontual, destinada apenas a resolver alguns constrangimentos.

É fundamental que esta nova Lei confira aos municípios um nível de financiamento em linha com a média dos países europeus, nomeadamente os pertencentes à Zona Euro, pois só desse modo será possível criar estabilidade nas finanças municipais e desenvolver um trabalho que permita corrigir os problemas de coesão territorial.

Ao nível do reforço da capacidade financeira dos municípios para os níveis dos seus congéneres europeus, defendemos, desde logo, a retoma da participação de 25,3% da média dos impostos do Estado no cálculo do Fundo de Equilíbrio Financeiro; o reforço progressivo do montante do Fundo de Financiamento da Descentralização e das receitas das entidades intermunicipais.

Porém, convém sublinhar que para que o reforço da capacidade financeira dos municípios aconteça de forma equilibrada, esta dever ser ponderada de acordo com as caraterísticas próprias de cada território, de forma a fomentar a tão desejada quão fundamental coesão territorial nacional. É entendimento da ANMP que, para isso, por um lado, é preciso reforçar a capacidade de arrecadação de receitas próprias por parte dos municípios de maior dimensão e de maior dinamismo económico, e, por outro, é necessário estabelecer critérios redistributivos nas transferências do Orçamento do Estado que compensem os municípios mais dependentes dessas transferências. Em suma, é colocar o Estado ao serviço do desenvolvimento equilibrado do país.

PALHAÇOS D´OPITAL A GRANDE VELOCIDADE

Foi num ambiente magnífico de solidariedade, que amigos e patrocinadores se juntaram na manhã de sábado, 5 de outubro, para darem corpo ao evento dedicado aos Palhaços D’Opital.

Com a organização a cabo da Help Who Helps, o apoio da Revista Business Portugal, e a presença dos fundadores da Instituição Palhaços D’Opital, convidados, amigos e patrocinadores, todos imbuídos de um espírito de solidariedade, reuniram-se em Almada, no local que acolheria o Almada Extreme Sprint, para melhor conhecerem o fabuloso e indispensável trabalho dos Palhaços D’Opital .

Perante os presentes, Isabel e Jorge Rosado tiveram oportunidade de partilhar momentos inesquecíveis das suas vidas ao serviço desta instituição e o que os move a darem mais de si a cada dia, apoiados por uma excelente equipa que, diariamente, em diversos hospitais deste país, levam um sorriso, um afeto, um carinho a quem tanto necessita. Isabel Rosado, a CEO da instituição, partilhou algumas palavras com os presentes, referindo que “2024 está a ser um ano de sonho, continuamos a assinar mais protocolos com mais hospitais, graças

vivo”. No entanto, para Isabel Rosado o mais importante é “o trabalho feito no terreno, de apoio aos mais velhos, e a vivência de cada história de vida de cada um dos doentes que visitamos. O devolver-lhes o simples gesto de sentirem que existem é, sem dúvida, a nossa motivação maior”. Depois, seguiu-se um excelente momento de networking, onde os presentes tiveram a oportunidade de perceber como poderiam, de alguma forma, apoiar todo este trabalho.

Ainda antes do final da manhã, houve tempo para viverem um momento de pura adrenalina, sentados no banco do navegador de um carro de rali, com uma série de co-drives, que fizeram a delícia de muitos. Foi uma manhã intensa de sentimentos e adrenalina e segundo Fernando R. da Silva, na qualidade de promotor do evento, “o objetivo foi atingido, reunimos um grupo de amigos, convidados e patrocinadores para que conhecessem o fabuloso trabalho desta instituição, através dos seus fundadores, e saíssem daqui com vontade de os apoiar ainda mais. Para nossa alegria, sabemos que nasceram aqui possibilidades de colaboração entre empresas e os Palhaços D’Opital. Agora é importante divulgar o evento, e fazer passar esta mensagem de que há ainda muito para fazer, mas que os Palhaços D’Opital estão prontos e super motivados para darem continuidade a este excelente trabalho que prestam à sociedade e, particularmente, aos mais velhos”.

Claudete Teixeira - “Acredito que todos devemos abraçar estas causas, e a melhor palavra que posso usar neste caso é empatia. É fundamental conseguirmos colocar-nos no lugar dos outros, e perceber que ninguém é completamente autossuficiente. Todos devemos reconhecer que, um dia, poderemos ser nós a precisar de ajuda. E talvez, é essa a minha convicção, que as pessoas se apoiem nessa realidade: mais cedo ou mais tarde, todos vamos precisar que alguém esteja lá para nos ajudar”.

Estela Sargento - “A minha paixão pelos carros e por projetos como este foi o que me trouxe até aqui. Além disso, a componente solidária tem um peso enorme, pois é essencial, nos dias de hoje, cultivarmos a solidariedade”.

Joaquim Silva Nunes - “Em primeiro lugar, é importante destacar a questão do voluntariado, da segurança e do bem-estar das pessoas. Os Palhaços d’Opital têm uma vertente muito forte de voluntariado, apoiando a comunidade e, especialmente, aqueles que mais precisam. Isso sempre foi uma grande motivação para mim. Naturalmente, não poderia recusar um convite para participar num evento desta natureza, que apoia uma instituição dedicada a cuidar dos nossos seniores, que tanto merecem”.

Rui Ferreira Amaral - “Existem causas que, de verdade, são muito importantes, e a que nos reúne hoje é absolutamente essencial. Quantos de nós já não estivemos internados num hospital, a necessitar de uma mão amiga que nos transmitisse força e coragem? Pois bem, é com esta boa gente, presente aqui hoje, que contamos para nos alegrar o dia, para nos lembrar que existe esperança, para além do momento difícil que enfrentamos. É por isso que estou aqui, e é também por isso que convido todos a apoiarem estas causas tão nobres”.

Fernando Silva (RBP), Isabel Rosado e Jorge Rosado (Palhaços D´Opital)

Luís Fialho“No fundo, todo empresário é, antes de mais, um humano, e por isso carrega consigo uma responsabilidade social. Iniciativas como esta são aquelas em que todos devíamos estar presentes. Se cada um de nós contribuísse com um pequeno gesto, com uma parte do nosso tempo, o mundo seria certamente melhor. É esta mensagem que quero transmitir. Estes eventos contam com um bocadinho de nós, da nossa empresa, e a organização que os torna possíveis merece este reconhecimento”.

Manuel Ramalho“A nossa motivação para apoiar vem de algo que consideramos um dever fundamental de todos nós – cidadãos, instituições e empresas. É nossa responsabilidade estimular e fortalecer organizações como a Palhaços d’Opital que, através do seu trabalho, procuram aliviar o sofrimento dos nossos concidadãos que, por motivos de saúde, atravessam momentos difíceis. As informações que temos sobre esta instituição confirmam a sua seriedade e a importância do seu trabalho, que tem contribuído para que muitos sofram menos, sobretudo no âmbito emocional e sentimental. É, sem dúvida, uma instituição que merece o nosso respeito e apoio”.

Ruben Soares - “A Samsys tem uma cultura empresarial e de liderança profundamente humanizada, que valoriza o bem-estar das pessoas e a sua dimensão pessoal, enquanto seres humanos. Por isso, faz todo o sentido estarmos envolvidos em eventos que promovam o bem-estar na sociedade. É importante que as empresas que partilham esta visão, focada no equilíbrio e na felicidade no ambiente de trabalho, sejam exemplo e apoiem iniciativas como esta, que fazem a diferença na vida das pessoas”.

Daniel Gonçalves - “É sempre importante, em termos empresariais, virmos apoiar esta iniciativa, porque é para uma situação que é importante para a nossa sociedade e acho que faz todo o sentido à nossa empresa estar presente, apoiar e vir aqui. Acho que este é o tipo de iniciativa e o tipo de ajuda que as empresas devem facultar. Este tipo de iniciativas assume grande importância e reconhece uma instituição que faz a diferença na vida das pessoas”.

OS GRANDES DESAFIOS DO FUTEBOL PORTUGUÊS EM DEBATE

Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal e da European Leagues, foi o orador do Almoço-Debate promovido no passado dia 26 de setembro pelo International Club of Portugal, no Sheraton Lisboa Hotel, subordinado ao tema “Os grandes desafios do futebol português”. Diante de uma ilustre plateia, Pedro Proença fez um balanço da sua trajetória, destacando a sua paixão pelo desporto e o trabalho desenvolvido desde que assumiu a liderança da Liga Portugal, em julho de 2015. “Quando chegámos à Liga Portugal, o cenário era negro. Anos consecutivos de contas negativas. Ausência de

ALMOÇO-DEBATE DO ICPT COM JORGE REBELO DE ALMEIDA

qualquer estratégia ou plano de negócio”, lembrou, logo explicando: “Encetámos uma fase que apelidámos de Recuperação, seguida de uma fase de Consolidação, para dar lugar, finalmente, a uma fase de Afirmação. É com orgulho que digo, hoje, que desde que assumi a Presidência da Liga Portugal, apresentámos, sempre, contas positivas.”

A Liga Portugal consolidou-se financeiramente, mas também em termos de credibilidade, com grandes feitos sob a liderança de Pedro Proença, como a implementação do primeiro manual de licenciamento nas competições profissionais, a criação de mecanismos de apoio aos Clubes ou o novo modelo da Comissão de Instrutores.

“Lançámos as bases para uma estrutura altamente profissionalizada, e a partir de 1 de julho de 2023 entrou em funcionamento o novo modelo empresarial da Liga Portugal, com cinco empresas no seu ecossistema: Liga Comercial, Liga Portugal Infraestruturas, Liga Centralização, Liga Portugal Business School e Fundação do Futebol”, prosseguiu ao longo da apresentação, durante a qual destacou também o início da construção da Arena Liga Portugal – “será a casa de excelência do Futebol Profissional”, salientou –, assim como a assinatura do contrato de naming sponsor com a Betclic, o maior da história do organismo.

“Hoje temos uma Liga Portugal em ascensão. Somos relevantes e respeitados fora de portas. Somos uma Liga unida e mais preparada do que nunca para o futuro”, realçou.

Foi no dia 2 de outubro que o International Club of Portugal realizou um almoço-debate com Jorge Rebelo de Almeida, o presidente do Grupo Vila Galé, um dos maiores grupos hoteleiros de Portugal e Brasil.

O tema do evento foi “A grande reforma”. Durante o evento, Jorge Rebelo de Almeida falou sobre a expansão da rede, os desafios do setor da hotelaria no pós-pandemia e a grande importância da inovação e sustentabilidade associadas. Temas como o futuro do turismo, sustentabilidade e as novas tendências de consumo também foram debatidos. Jorge Rebelo de Almeida partilhou a sua visão sobre a expansão do grupo Vila Galé que, atualmente, possui 40 hotéis em funcionamento, e frisou ainda os desafios enfrentados pela indústria hoteleira. O empresário destacou também a importância da inovação e da sustentabilidade como pilares estruturantes para o crescimento do setor, além de mencionar os esforços do grupo sobre uma promoção do turismo acessível e o impacto que a digitalização está a ter no setor da hotelaria.

O evento foi considerado um sucesso, acabando por promover bons diálogos que podem ser bastante relevantes para o fortalecimento do setor hoteleiro em Portugal.

Pedro Proença
Jorge Rebelo de Almeida e Manuel Ramalho

MÊS EUROPEU DA CIBERSEGURANÇA

O Mês Europeu da Cibersegurança celebra-se, anualmente, durante o mês de outubro. O objetivo desta data é sensibilizar para as ameaças à cibersegurança, promover a cibersegurança entre os cidadãos e as organizações, fornecendo-lhes, através da educação e da partilha de boas práticas, informações sobre a forma de se protegerem em linha. Este ano, o tema é "#ThinkB4UClick" e está relacionado com o mundo da Engenharia Social, onde os cibercriminosos empregam tácticas de manipulação inteligentes para violar as nossas defesas de segurança. Desde e-mails de phishing a esquemas de falsificação de identidade, descodificadas as tácticas que os hackers utilizam e dar a todos a capacidade de reconhecer e frustrar tentativas de desinformação.

Ao dar prioridade à sensibilização para a cibersegurança e ao implementar medidas de proteção robustas durante este mês, pode salvaguardar as suas informações pessoais, proteger os seus ativos financeiros e garantir a segurança das suas interações digitais.

EVOLUÇÃO DA CIBERSEGURANÇA

NA INFRAESTRUTURA

FERROVIÁRIA

Introdução

No contexto do Mês Europeu da Cibersegurança, é necessário sublinhar que a Cibersegurança não é apenas uma questão técnica, mas também uma questão de responsabilidade e garantia dos padrões civilizacionais da Sociedade moderna. À medida que o incremento da utilização das tecnologias digitais nos setores-chave da Sociedade aumenta, novas ameaças emergem, tornando a Cibersegurança uma prioridade máxima.

Nos últimos anos, a indústria dos transportes e a infraestrutura ferroviária em particular, passaram por uma transformação digital muito significativa. Esta evolução trouxe por um lado mais eficiência, sustentabilidade e atratividade para os utilizadores, mas também uma exposição acrescida a ataques.

Estes ataques podem comprometer a circulação ferroviária, produzindo impactos negativos do ponto de vista operacional

originado pela indisponibilidade da infraestrutura e interrupção da circulação, financeiro com a consequente perda de receitas, custos associados à remediação e coimas aplicadas pelos reguladores, sociais devido à redução na mobilidade dos utentes, afetando as suas vidas pessoais e profissionais e reputacional com a consequente perda de confiança do utente nos serviços de transporte.

Neste contexto, a proteção das infraestruturas críticas, incluindo a infraestrutura ferroviária, tem tido um acompanhamento constante por parte da União Europeia, nomeadamente com a publicação das diretivas NIS e NIS2, que impõem requisitos rigorosos de proteção aos operadores de serviços essenciais, incluindo os de transporte.

Tendo como base a transposição nacional da directiva NIS2 e para garantir a implementação das obrigações legais é fundamental que todas as organizações envolvidas no sector ferroviário, indústria,

gestores de infraestrutura, operadores e restantes agentes, estejam prontos a investir de forma contínua em atualizações, formação e adoção de soluções avançadas de proteção com o objectivo de permanecer à frente das ameaças emergentes e garantir a proteção dos sistemas ferroviários contra ataques cibernéticos.

Compete aos fornecedores das tecnologias acompanhar este esforço desenvolvendo soluções robustas, que assegurem a protecção e a operacionalidade destas infraestruturas críticas, mesmo em situações de ataque cibernético, minimizando o seu impacto e garantindo sempre a segurança e bem-estar dos utilizadores.

As particularidades dos Sistemas Ferroviários

Os sistemas ferroviários são desenhados para garantirem a segurança na gestão da circulação do tráfego ferroviário mesmo em situação de falha técnica dos equipamentos e/ou falha de operação, tendo como fundamento intrínseco a proteção da vida humana e da infraestrutura, de acordo com os princípios de Segurança Intrínseca. Para tal, são integrados na conceção destes sistemas, mecanismos de validação, redundância e diversidade que garantem a integridade e segurança da circulação ferroviária. Além da segurança intrínseca, a Cibersegurança desempenha um papel fundamental, proporcionando uma camada adicional de proteção que garante a continuidade e a resiliência da infraestrutura ferroviária perante possíveis ameaças cibernéticas.

As soluções e procedimentos de Cibersegurança disponíveis no mercado para o setor das tecnologias de informação (TIC) revelam-se inadequados para o ambiente ferroviário, uma vez que não consideram o impacto sobre a segurança intrínseca desses sistemas. Qualquer atualização de segurança num sistema de sinalização exige uma análise extensa do impacto ao nível do software de todos os diferentes produtos e arquitetura da solução implementada, bem como a respetiva validação pelas entidades competentes, de modo a garantir que a segurança intrínseca dos sistemas ferroviários e da solução como um todo não é afetada.

Adicionalmente, a longevidade dos sistemas de uma infraestrutura ferroviária, alguns com mais de 20 anos de operação, representam um desafio adicional à estrutura de proteção de Cibersegurança a instalar. Grande parte dos sistemas em operação foram desenhados no final dos anos 90 e início da década de 2000, quando o tema dos ataques de Cibersegurança ainda não tinham o impacto que têm atualmente, mas a necessidade de conectividade já se fazia sentir.

Há, pois, que desenhar e implementar soluções de Cibersegurança que se adequem a este cenário complexo.

A proteção dos sistemas ferroviários, exige por isso a implantação de soluções abrangentes que incluam soluções de monitorização contínua dos sistemas, segmentação das redes, implementação de sistemas de autenticação multi-factor, utilização de mecanismos de análise em tempo real e gestão eficaz de vulnerabilidades, que facilitem a deteção e resposta rápida e automatizada a incidentes de Cibersegurança.

Neste contexto, a Hitachi Rail tem desenvolvido soluções especificas para os sistemas utilizados nas infraestruturas ferroviá-

rias, nomeadamente nas componentes de sinalização ferroviária e informação ao público. Estas soluções permitem monitorizar em tempo real, a integridade e autenticidade do funcionamento dos sistemas, possibilitando assim a deteção imediata de possíveis ataques cibernéticos. Por outro lado, o registo contínuo do funcionamento dos sistemas permite realizar análises forenses detalhadas de qualquer anomalia operacional de funcionamento por forma a ser possível melhorar os processos de segurança implementados. Estas soluções oferecem a capacidade de monitorização de sistemas ferroviários sem comprometer a certificação de segurança intrínseca das soluções em operação.

O Futuro

A Cibersegurança está em constante evolução, e o desenvolvimento de sistemas seguros desde a sua conceção, utilizando o conceito de Security by Design, como base para garantir a robustez e resiliência das infraestruturas críticas no futuro são uma prática na Hitachi Rail.

O cumprimento das normas internacionais, como a IEC 62443, são essenciais para garantir que novos sistemas são projetados com mecanismos de segurança robustos, bem como guia para a modernização da segurança das infraestruturas críticas existentes, uma vez que muitas delas contam já com décadas de operação e enfrentam hoje, ameaças para as quais não foram projetadas.

Uma questão de cultura

Tal como referido no início do artigo, a Cibersegurança não se restringe às questões técnicas.

Também as Organizações e as Pessoas têm que se consciencializar quanto à necessidade imperiosa da construção de uma cultura de Cibersegurança. Sendo que os colaboradores são normalmente o elo mais fraco na cadeia de segurança é essencial haver um investimento continuo na informação e formação de todos os colaboradores assim como dos parceiros que colaboram no mesmo ecossistema.

À liderança das empresas cumpre também um papel chave neste processo, ao promover e dar o exemplo tanto na criação e adoção de políticas de segurança claras, bem como ao incentivar e reconhecer que uma cultura de Cibersegurança contribui para aumentar a maturidade de uma organização.

A proteção e a Cibersegurança são responsabilidades coletivas.

Proteger hoje significa garantir que estamos preparados para os desafios de amanhã, assegurando a continuidade de setores críticos, como os transportes e a segurança da nossa sociedade.

Defend today, secure tomorrow.

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Nos dias de hoje, a inovação e a tecnologia ocupam um papel central na transformação global, impulsionando mudanças rápidas em todos os setores da sociedade. As novas soluções tecnológicas estão a redesenhar a forma como vivemos, trabalhamos e nos conectamos, disponibilizando ferramentas que não só melhoram a eficiência, como também aumentam a competitividade e criam oportunidades inéditas.

Desde a inteligência artificial à automação, passando pelas energias renováveis, o progresso tecnológico está a revolucionar indústrias inteiras, traçando o caminho para um futuro mais digital e sustentável. Neste cenário, as empresas e os governos que abraçam a inovação destacam-se, liderando o desenvolvimento socioeconómico e preparando-se para enfrentar os desafios de um mundo em constante evolução, com criatividade, visão e agilidade.

CANDY E HOOVER APRESENTAM IMAGEM RENOVADA

Candy Hoover Portugal agora é Haier Smart Home Portugal! Numa entrevista exclusiva, João Paulo Ferreira, Country Manager, e Pedro Aguiar, Country Leader, explicam a mudança de imagem, que acentua os valores do Grupo assentes na inovação e pionerismo.

Com o objetivo de reforçar a identidade do Grupo Haier no nosso país, decidiram, recentemente, proceder à alteração da vossa denominação social de Candy Hoover Portugal para Haier Smart Home Portugal. O que motivou esta decisão que implicou, também, um rebranding da marca Candy? Quais foram os principais fatores internos e externos que influenciaram essa escolha, especialmente no contexto do mercado português?

A alteração da denominação social, é consequência da aquisição do grupo Candy & Hoover por parte do Grupo Haier, e faz sentido que se atualize o nome da companhia.

O rebranding da marca Candy, vêm no sentido de renovar um pouco a imagem desta. Mudar a imagem é importante para passar inovação e emprendorismo, mas mantendo os valores base das marcas. Com a aquisição a marca ganhou mais fulgor e está hoje ainda melhor no que respeita a qualidade e fiabilidade.

Quais são os principais objetivos que pretendem alcançar com o rebranding da Candy? Como é que estes objetivos se alinham com a visão a longo prazo da empresa em termos de inovação e satisfação do cliente?

A Candy ficou com uma imagem mais jovem e sofisticada, mas a marca continua com o que chamamos “italianidade” associando o design Italiano e o “value for money” que a caracteriza há muito tempo. É para nós um grande desafio, pois em Portugal, a Candy tem uma imagem super conhecida e reconhecida.

A Candy é reconhecida por oferecer produtos com elevada conectividade e facilidade de uso. Como é que o rebranding ajudou a destacar essas inovações tecnológicas? Que papel a app Candy desempenha na experiência do consumidor e como se integra na nova estratégia da marca?

Sim, a ideia é essa, que cada vez mais a marca seja reconhecida

João Paulo Ferreira, Country Manager Haier Smart Home Portugal
Pedro Aguiar, Country Leader Candy e Hoover

como a marca inovadora e pioneira no IOT nos electrodomésticos. A app, continua a evoluir e, neste momento, está muito mais pratica, e fácil de usar, permitindo cada vez mais funções e interação com o consumidor. De início, os mais céticos achavam estranho que um electrodoméstico fosse utilizado via uma app, mas hoje é uma realidade e válida.

O consumidor português tem particularidades e preferências específicas. Que tipo de feedback têm recebido dos consumidores após o rebranding? Houve alguma mudança significativa na perceção da marca?

O feedback do consumidor ainda é pequeno, porque está a ser apresentada agora, mas os parceiros gostaram e consideram que a nova imagem transmite inovação e sofisticação.

A conetividade é, hoje, uma realidade e começa a ser valorizada e o futuro é hoje, não daqui a uns anos.

Rebranding é, muitas vezes, um processo delicado, que exige equilibrar o legado da marca com uma nova visão. Quais foram os maiores desafios enfrentados durante o processo de rebranding da marca Candy? Como é que a empresa superou esses desafios e que oportunidades surgiram como resultado desse processo?

O consumidor português tem uma imagem da Candy enquanto marca de um produto com design italiano, atraente e muito fácil de usar. Produto com qualidade a um preço razoável. O maior desafio será manter esses valores, porque a aposta é, cada vez mais, na

qualidade, inovação,e “user friendly”. Ao mesmo tempo, mantém-se a aposta em produtos muito sustentáveis, mas na minha opinião, estamos a chegar a um compromisso importante, já refletido na linha de produtos à qual chamamos “new Candy”.

Olhando para o futuro, quais são as expetativas para a marca Candy nos próximos anos? Que inovações ou lançamentos podemos esperar que reforcem a nova imagem e posicionamento de ambas as marcas?

A grande aposta é, sem dúvida, na continuidade da relação próxima que a marca tem com os consumidores, apresentando sempre produtos com inovação, características e muito sustentáveis. Produtos a um preço justo, face ao que os mesmos oferecem. Excelente relação qualidade/preço, com produtos sempre com um design apelativo e 80% da gama conectável. A conetividade é, hoje, uma realidade e começa a ser valorizada e o futuro é hoje, não daqui a uns anos.

n B anks UMA VISÃO ÚNICA E INOVADORA DA GESTÃO FINANCEIRA

A propósito das mais recentes inovações promovidas pela nBanks – o software de gestão financeira que permite empresas, contabilistas e assessores de negócios pouparem recursos e tempo – entrevistámos Orlando Gomes Costa, Co-Founder e CEO da nBanks.

que conta com mais de 60 funcionalidades pioneiras. Somos os únicos no mundo com esta oportunidade completamente aproveitada e entregamos, através de um software de gestão financeira com informação agregada, qualificada e independente, uma nova relação entre empresas, contabilistas, auditores e instituições financeiras.

Agregamos, num só spot e numa só view, Contas Bancárias de diferentes origens e com diferentes propósitos, com possibilidade de personalização do câmbio, filtragem por país, setor e empresa, visualização de saldos e cash flow em tempo real e categorização automática dos movimentos. Com a tecnologia aliada às finanças, nomeadamente por via de Inteligência Artificial com Machine Learning, materializamos esta proposta e conseguimos, hoje, automatizar tarefas outrora demoradas e rotineiras. Permitimos que cada operacional atue direta e unicamente na tarefa que a função lhe incube e garantimos que o gestor consiga com um “fast update” visualizar todos os dados necessários para uma tomada de decisão mais qualificada. O tempo é o nosso principal asset e ficamos felizes com o retorno dos nossos clientes que poupam já 86% do tempo habitualmente consumido na obtenção e tratamento diário de informação bancária e obtêm um ROI de 5.29.

A inteligência artificial tem sido amplamente discutida, tanto pelos benefícios que pode trazer às empresas, como pelas suas potenciais implicações éticas e sociais. Qual é a visão da nBanks relativamente a estas questões?

Apesar das recentes transformações tecnológicas e digitais nos provarem que estes novos recursos podem ser aliados, há ainda um medo patente na sociedade que, como quase sempre acontece, é oriundo do desconhecimento e que nos motivam também no investimento da literacia neste âmbito. Sabemos que podem fruir desta área inúmeras vantagens, para todos os stakeholders, motivo pelo qual acreditamos e continuamos a investir neste produto e o feedback positivo dos nossos clientes, que se sentem mais seguros, mais informados e mais conscientes do valor dos seus ativos financeiros, vem reforçar este ponto. São já 3000 users com os seus processos rotineiros automatizados, permitindo que as pessoas tenham mais tempo para se dedicar a tarefas de maior valor e estímulo e que os gestores tomem decisões sentindo-se mais seguros e com a informação do seu lado.

Como é que a combinação de Open Banking e inteligência artificial da nBanks está a transformar o mercado financeiro tradicional e que mais-valias acredita que estas tecnologias trazem, não só para as empresas, mas também para os consumidores finais? Vivemos num mundo globalizado, onde a tecnologia quebra continuamente com as fronteiras outrora firmadas entre países, setores, empresas. A nBanks emergiu num contexto de disrupção e de visão, com o objetivo de, através do Open Banking e Open Finance, colocar os dados do lado do cliente, reconfigurando o paradigma bancário e financeiro vigente. O nosso produto, seja no seu formato mais económico ou no âmbito mais personalizado, permite-nos chegar já a 75 países, integrando 2500 entidades bancárias numa proposta

Ricardo Vieira, Orlando Gomes Costa e Nuno Oliveira, Fundadores da nBanks

Cada vez mais, o talento humano tem de estar na decisão, na subjetividade, na capacidade e sensibilidade crítica e não nas tarefas rotineiras, muito ocupacionais e de pouco valor acrescentado. Como o nosso produto funciona 100% em cloud, com o nosso parceiro no âmbito da segurança sendo o Microsoft Azure, o maior provider do mercado, estamos também tranquilos sobre este que desde o início foi um tópico prioritário na nBanks. Adicionalmente, temos vindo também a voltar a nossa gestão organizacional para questões do âmbito da ESG, perspetivando recorrer à Inteligência Artificial para obtermos mais indicadores neste sentido. Como sempre, olhamos para o futuro e acreditamos que dentro de alguns anos o apoio desta tecnologia na promoção de rotinas laborais com mais bem-estar e eficiência não será tema de tantas dúvidas, mas sim uma necessidade.

A nBanks acaba de anunciar a criação da primeira equipa de advisors em Open Banking e Financial AI. Que desafios enfrentaram no desenvolvimento desta equipa e qual o impacto previsto desta equipa no setor bancário nos próximos anos?

Somos, uma vez mais, os primeiros no mundo com esta iniciativa. Acreditamos que com uma proposta inovadora deve vir também uma equipa de acompanhamento devidamente qualificada e, por isso, esforçamo-nos por selecionar os elementos que melhor respondem aos desafios impostos e dedicamos um sólido bloco temporal à sua formação sobre o tema. Na nBanks, promovemos o trabalho em equipa e, por isso, a estreita relação entre Marketing, Desenvolvimento Tecnológico e Advisoring permite um acompanhamento personalizado, próximo e orientado para a solução. A nossa proposta atual, que vem reconfigurar o paradigma bancário, é a de que o cliente tenha serviços bancários a trabalhar para si, independentes e isentos. Olhando os recentes fenómenos que se debatem sobre esta área, acreditamos que o futuro será também nesta linha.

A sustentabilidade é um dos pilares da nBanks. Como a tecnologia da nBanks contribui para o desenvolvimento sustentável e como antevê que a inovação tecnológica possa continuar a moldar as práticas sustentáveis no setor financeiro?

Assumimos a importância deste ponto de forma orgânica e, por isso, como tudo o que nasce dessa forma, acreditamos que é de dentro para fora que esta transição se dá. Na nossa lógica de operacionalização organizacional abolimos o papel, usufruímos de uma gestão de recursos materiais mais eficiente e assumimos até um regime de trabalho com uma menor carga de Office Days. No âmbito do nosso produto, promovemos também esta redução, desde já pela agregação de dados bancários num só sítio. Um processo outrora delimitado como o pedido de extrato bancário superior a 90 dias, com um custo associado para o cliente, além do custo ambiental, deixa de ser tema com a possibilidade de acesso ao ficheiro num só clique. Os nossos ficheiros podem ser extraídos em diferentes formatos e integrados em plataformas de gestão contabilística e de auditoria, possuímos já uma agenda organizacional e fiscal integrada na nossa plataforma e oferecemos a possibilidade de filtrar as permissões de visualização e extração de determinados dados, aos nossos clientes, permitindo que possam num só clique aceder a tudo o que precisam sem terem de passar por dados sensíveis e, deste modo, sem que os gestores e contabilistas tenham de imprimir e rasurar estes pontos. A inovação tecnológica continuará a ser aliada na promoção de rotinas organizacionais mais sustentáveis, tendo a nBanks já em mente um projeto que, através da IA, permitirá uma maior consciência sobre esta pegada.

Qual a visão da nBanks para o futuro da banca e da gestão financeira com o avanço de tecnologias como blockchain, criptomoedas e IA? E qual será o seu papel na liderança desta transformação digital?

O avanço das tecnologias, nomeadamente a IA, tem já no presente impacto na gestão bancária e financeira das empresas e, como prova disso, temos o aproveitamento desta oportunidade de negócio pela própria nBanks. Em cinco minutos, o tempo que demoramos a tomar um café, 3000 dos nossos clientes, oriundos de 75 países diferentes e por via da nossa integração de 2500 entidades bancárias, categorizaram aproximadamente 4000 movimentos e extraíram mais de 170 documentos. O tempo de um café, convertido em produção! O nosso produto assenta neste preceito e, com base no resultado positivo apresentado pelos nossos clientes, no âmbito da eficiência e da poupança de tempo e recursos, afirmamos com confiança que há potencial para a reconfiguração do paradigma no futuro!

Administração

BRESIMAR AUTOMAÇÃO LIDERANÇA E INOVAÇÃO

A Bresimar Automação, referência nacional em soluções de automação industrial, celebra a sua trajetória de inovação e crescimento contínuo. Em entrevista exclusiva, Ana Carolina Breda e João Breda, Administradores, destacam ainda a importância da tecnologia e do foco no cliente para manter a Bresimar na vanguarda da automação, além de comentarem sobre as perspetivas de expansão internacional e o papel fundamental da sustentabilidade no futuro dos negócios.

A Bresimar Automação conta com mais de 40 anos de experiência no mercado da automação industrial. Quais foram os principais marcos que definiram a trajetória de crescimento da empresa e de que forma estas conquistas moldaram a posição atual da Bresimar no mercado?

Ana Carolina Breda (ACB) - A Bresimar Automação tem enfrentado muitas mudanças e desafios ao longo dos seus quase 43 anos de história. Entre os principais marcos que definem a trajetória de crescimento e sucesso da empresa, destacam-se: a mudança de instalações em 1999, o rebranding da marca e a transição para Sociedade Anónima em 2008, a criação de uma nova unidade de negócios focada na exportação em 2011, e a entrada da segunda geração em 2014, refletindo a continuidade e o orgulho no legado construído pela primeira geração.

Com um portefólio que integra marcas internacionais de prestígio, de que forma a Bresimar tem conseguido equilibrar a aposta em inovação tecnológica com a exigência de garantir soluções personalizadas para cada cliente?

João Breda (JB) - Ao longo destes anos, temos mostrado uma capacidade contínua de inovar e reinventar, em parceria com as nossas marcas parceiras, muito graças aos nossos talentos. Temos uma equipa formada por engenheiros altamente qualificados, motivados e profissionais, com um sentido de missão e entreajuda extraordinários. Além disso, investimos constantemente na sua formação e desenvolvimento contínuos.

Quais são os principais fatores diferenciadores da Bresimar no competitivo setor da automação industrial? Como é que a empresa se destaca face a concorrentes, tanto a nível nacional como internacional?

JB - A nossa ampla gama de produtos e soluções de variadas marcas de prestígio internacional permite-nos alcançar os nossos clientes de forma diferenciada, através da nossa assistência técnica personalizada e gestores de produtos dedicados a cada marca. A nossa equipa de técnico-comerciais está sempre pronta para colaborar com cada cliente, desenvolvendo soluções à medida e propondo a melhor solução para atender às necessidades e requisitos específicos do cliente.

A certificação sob as normas ISO 9001:2015 e NP4457 demonstra o vosso compromisso com a qualidade e inovação. Como é que estes processos de certificação têm impacto na cultura interna da Bresimar e na relação com os vossos clientes e parceiros?

ACB - Ao sermos certificados por estas normas específicas, comprometemo-nos automaticamente com a responsabilidade, a ética empresarial e uma cultura organizacional de melhoria contínua e excelência, motivos pelos quais os nossos clientes reconhecem a qualidade e excelência do nosso trabalho diário. Estamos continuamente empenhados em seguir as melhores práticas que promovem a sustentabilidade e o crescimento contínuo do nosso negócio.

O setor da automação industrial está em constante evolução, impulsionado por tendências como a Indústria 4.0 e a digitalização. Como é que a Bresimar se está a posicionar para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que estas tendências trazem para o futuro do setor?

JB - A Bresimar tem um posicionamento sólido face a estas tendências, na medida em que possuímos uma unidade de negócio intrinsecamente ligada e direcionada para a Indústria 4.0 e para a digitalização. Desde 2011, a nossa unidade Tekon Electronics conta

com um núcleo de IDT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) que concebe e desenvolve sensores e tecnologias wireless, com o objetivo de exportar os nossos produtos para todo o mundo. Para além disso, participamos anualmente em feiras internacionais, incluindo a Hannover Messe, a maior feira industrial do mundo, onde apresentamos os nossos produtos e soluções e acompanhamos as tendências da Indústria 4.0. As marcas representadas pela Bresimar, que estão em constante atualização, introduzem novas tendências de mercado através das suas tecnologias disruptivas, permitindo-nos oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras e atualizadas.

Quais são os principais objetivos estratégicos da Bresimar para os próximos anos? Que papel desempenham a inovação e a internacionalização no vosso plano de crescimento e qual é a vossa visão para o futuro da empresa?

JB - Os objetivos estratégicos da Bresimar passam sempre pela aposta na inovação e no incremento da nossa taxa de exportação. Em termos de inovação, a nossa equipa está constantemente a receber formação e a atualizar os seus conhecimentos através das nossas marcas internacionais e os seus produtos. A partilha de informação é muito importante para que o nosso mercado possa crescer e manter-se atualizado, e por isso a nossa equipa comercial consegue estar presente nos principais setores do tecido empresarial português. No que concerne à internacionalização, através da nossa marca própria Tekon Electronics conseguimos demonstrar que Portugal tem talento e capacidade de inovar. Assim, um dos objetivos estratégicos da Bresimar é expandir-se para outros países, mantendo sempre o orgulho de ser uma marca portuguesa.

Ana Carolina Breda e João Breda, Administradores

REGIÃO OESTE

A Região Oeste de Portugal destaca-se pela sua diversidade natural, cultural e económica, sendo uma região dinâmica e em constante evolução. Em São Martinho do Porto, um grupo imobiliário ajuda investidores e famílias de todo o mundo a comprar imóveis na Costa de Prata. Na Foz do Arelho, um restaurante à beira-mar proporciona uma experiência gastronómica única, onde o sabor dos pratos locais é enriquecido pela vista deslumbrante do Oceano Atlântico. Nas Caldas da Rainha, a tradição da cerâmica é celebrada através de criações exclusivas que combinam o saber ancestral com o design moderno, reafirmando o legado artístico da cidade. No Bombarral, o comércio local desempenha um papel crucial na promoção de produtos de alta qualidade, impulsionando a economia regional. Ao longo desta jornada pela Região Oeste, é evidente como os diferentes setores contribuem para o desenvolvimento económico e cultural, oferecendo produtos e serviços que captam a essência única deste território.

A SOLUÇÃO IMOBILIÁRIA COMPLETA PARA COMPRAR CASA EM PORTUGAL

Há 20 anos que o grupo imobiliário Leisure Launch ajuda investidores e famílias de todo o mundo a comprar imóveis na Costa de Prata. Com sede em São Martinho do Porto, o grupo oferece um serviço completo que simplifica o processo de compra, garantindo valor a longo prazo. Através do programa ‘Simple Life Home Buyer’, já apresentou Portugal a mais de 2.000 famílias estrangeiras, facilitando investimentos de forma simples e eficiente. Numa entrevista exclusiva, Davide Patrício, Presidente do Conselho de Administração da Leisure Launch International, deu a conhecer o universo do grupo.

Davide Patrício, Presidente do Conselho de Administração

Pode apresentar o grupo Leisure Launch?

O grupo Leisure Launch é especializado em ajudar investidores estrangeiros a adquirir imóveis na Costa de Prata com tranquilidade e segurança. Com mais de 20 anos de experiência, oferecemos uma solução completa para cada etapa do processo de compra.

Atuamos através das nossas imobiliárias internacionais, a Portugal Realty (para clientes de língua inglesa e francesa) e a Immo Portugal (para clientes holandeses e belgas). Após a escolha do imóvel, a Leisure Launch Consulting supervisiona a construção, garantindo altos padrões de qualidade e o cumprimento de prazos. Depois, a Portugal Interiors cuida de todo o mobiliário e decoração, preparando a casa para os seus novos proprietários. Para quem deseja rentabilizar o imóvel, a Silver Coast Hospitality gere o aluguer e a manutenção. A Portugal Accounting apoia na questões fiscais. O nosso braço de construção, a Presprop, desenvolve projetos de alta qualidade em localizações privilegiadas junto à costa.

Com todos estes serviços integrados, oferecemos uma experiência simples, segura e sem preocupações.

O que levou a escolherem a Costa de Prata como a principal região de investimento?

Escolhemos a Costa de Prata pela sua combinação única de baixa densidade, costa deslumbrante e autenticidade. A região oferece não só um litoral magnífico, mas também paisagens rurais, com florestas, vinhas e pomares. A proximidade a Lisboa, a apenas uma hora de distância, aumenta a atratividade. Além disso, esta região oferece um valor de investimento excelente, sendo uma alternativa mais acessível comparada a outras áreas mais consolidadas.

Como descreve os imóveis promovidos pelo grupo Leisure Launch?

O grupo Leisure Launch especializa-se em imóveis novos, de construção e tecnologia moderna. Os nossos clientes valorizam casas confortáveis, de design elegante, com muita luz natural, localizadas em áreas privilegiadas junto ao mar. O nosso objetivo é entregar imóveis que combinam estilo moderno com localizações de excelência, garantindo uma ótima qualidade de vida e potencial de valorização.

Quais são os principais países de origem dos vossos clientes e como atraem investidores internacionais para Portugal?

Os nossos clientes vêm principalmente de países como Reino Unido, França, Canadá e EUA. Através da Immo Portugal, com sede em Antuérpia, somos também líderes na venda de imóveis portugueses para clientes dos Países Baixos e da Bélgica. Além disso, atraímos investidores da Europa de Leste, América do Sul, Médio Oriente, Extremo Oriente e Austrália. A nossa reputação, construída ao longo de duas décadas, leva muitos clientes a recomendar os nossos serviços. Mantemos uma forte presença em feiras internacionais e nos mídia digitais. Patrocinamos ainda o podcast “Portugal The Simple Life”, com audiência em mais de 68 países, fornecendo dicas sobre investimento e estilo de vida em Portugal.

Como selecionam os promotores imobiliários com quem colaboram?

Os promotores reconhecem que não somos uma agência imobiliária tradicional; fazemos um investimento financeiro substancial para atrair compradores para Portugal. A nossa forte reputação já estabeleceu uma relação de confiança com os investidores, o que é fundamental para o nosso sucesso. Como resultado, somos muito criteriosos na escolha dos promotores imobiliários com quem trabalhamos, privilegiando a capacidade de entregar imóveis de elevada qualidade, dentro dos prazos, e garantindo que estão bem financiados para proteger os interesses dos nossos investidores.

Qual tem sido o impacto dos investimentos do grupo Leisure Launch na região da Costa de Prata?

Sentimos que tivemos um impacto positivo, embora modesto, nas economias locais das vilas e aldeias onde operamos. A nossa política de contratar pessoas da comunidade local apoia o emprego e promove o crescimento na região. É muito bom ver aldeias, que há 20 anos pareciam esquecidas, cheias de atividade, com restaurantes e cafés lotados e mais oportunidades de emprego. Os investidores estrangeiros que atraímos também tendem a gastar mais na região, ajudando a revitalizar os mercados locais e incentivando os municípios a promover novos eventos. De modo geral, notamos uma melhoria acentuada na qualidade de vida e na vitalidade destas comunidades, e é muito gratificante testemunhar esta mudança positiva.

Como responde às preocupações sobre o aumento do preço da habitação como resultado do investimento estrangeiro em Portugal?

Embora os media apresentem frequentemente os investidores estrangeiros como uma concorrência à habitação local, considero essa visão algo distorcida. O investimento estrangeiro trouxe riqueza para Portugal, principalmente em zonas que não são tipicamente ocupadas por habitantes locais. Estas propriedades são frequentemente segundas habitações construídas de raiz, localizadas perto da costa, que não competem com as habitações existentes ocupadas por famílias locais.

Além disso, o aumento global dos custos de construção teve um impacto significativo no mercado imobiliário. Houve uma reavaliação dos imóveis em Portugal, que estavam historicamente subvalorizados em comparação com outros países. Este ajustamento, em conjunto com a subida dos custos da construção, contribuiu para o aumento

dos preços dos imóveis em geral, e não apenas dos imóveis novos. Como resultado, há escassez de habitação em vários setores, o que cria oportunidades para os investidores, dado o aumento da procura por habitação no nosso país.

Como é que Portugal tem conseguido tornar-se mais atrativo para os investidores estrangeiros, em especial no setor imobiliário?

Portugal tem-se saído muito bem na captação de investimento estrangeiro, especialmente no setor imobiliário. Quando o nosso grupo começou a investir em Portugal, o processo era bastante difícil devido à burocracia, sobretudo para os estrangeiros. No entanto, estes processos foram-se simplificando ao longo do tempo.

Hoje, Portugal oferece um ambiente acolhedor para os investidores e o mercado imobiliário está mais atraente do que nunca. O Governo português introduziu melhorias significativas que otimizam a experiência de investimento. No geral, acredito que o mercado imobiliário português está agora à frente de muitos concorrentes, tornando-se uma opção aliciante para quem procura investir. Embora haja sempre espaço para melhorias, estou otimista quanto ao rumo positivo que tomou nas últimas duas décadas.

Qual é a sua expectativa para o futuro do mercado imobiliário em Portugal?

As nossas expectativas são positivas. A valorização dos imóveis, em linha com o resto da Europa, tem sido vantajosa para os investidores. O quadro jurídico que apoia o setor é bem visto internacionalmente, e o ambiente político é estável, mesmo com mudanças de Governo, o que aumenta a atratividade para investidores estrangeiros.

Há uma forte procura de segundas habitações, mas a capacidade de produzir essas casas é limitada, o que torna Portugal um excelente local para investimento, com grande potencial de valorização. À medida que a riqueza no País continua a crescer, esperamos que os rendimentos das rendas aumentem a par do valor dos imóveis.

O número crescente de estrangeiros que escolhem viver em Portugal reforça ainda mais esta visão positiva, apontando para um futuro promissor no investimento imobiliário.

O principal desafio será ao nível da confiança por parte das famílias, promotores e investidores. Alterações recentes, como os programas de incentivo fiscal e de residência destinados a atrair investidores estrangeiros, foram subitamente cancelados. Tal como as regras relativas ao AL. Esta falta de clareza cria incerteza no mercado, fazendo com que os investidores se sintam desconfortáveis, o que nunca é bom para o sector. Quando as regras não são claras, isso desencoraja os investidores a assumirem compromissos a longo prazo.

PEDRO BRÁS O CERAMISTA QUE ILUMINA A SUA ARTE COM A LUZ DO “FAROL”

Pedro Brás, ceramista, empreendedor e presidente de uma União de Freguesias, é uma figura que representa a história, arte e espírito comunitário. Com mais de 40 anos dedicados à cerâmica, trouxe uma nova perspetiva à arte através da sua loja-atelier “O Farol”. Nesta entrevista, reflete sobre a sua trajetória, as fontes de inspiração e a forma como equilibra a sua paixão artística com o compromisso de servir a comunidade.

A paixão pela cerâmica

Pedro Brás encontrou a cerâmica por necessidade, mas foi a paixão pela criação e pelo barro que o fizeram persistir. Desde cedo, o seu interesse esteve nas artes, particularmente na pintura. No entanto, as circunstâncias da vida e as condições financeiras dos seus pais impediram-no de ingressar num Curso Superior em Artes. “Sempre quis seguir Belas Artes, mas os meus pais não tinham condições para que eu pudesse estudar nessa área”, revela. Porém, esse revés não o afastou do mundo artístico. A cerâmica, que já o fascinava desde os tempos escolares, acabou

por ser o caminho alternativo. “Escolhi a cerâmica, algo que sempre me fascinou, mesmo na escola, onde adorava mexer no barro e criar peças”, explica.

Nascido e criado em Caldas da Rainha, uma cidade com uma forte tradição cerâmica, teve a sorte de estar no lugar certo para seguir este ofício. No entanto, no início da sua carreira, a cerâmica ainda não tinha o prestígio que tem atualmente. “No passado, ser ceramista era visto como uma profissão menor, mas felizmente isso mudou. Hoje em dia, as pessoas reconhecem o valor desta arte ancestral”.

O significado de “Farol”

O ano de 2016 marcou um ponto de viragem na “O Farol”, com a inauguração de um novo espaço. O nome, tão significativo quanto o próprio Pedro, evoca luz, guia e acolhimento. “A palavra farol tem um significado especial para mim pelo verdadeiro sentido que ela tem, porque significa luz”, afirma. Mais do que um simples espaço comercial, a loja é o reflexo da sua filosofia de vida. “Quero que o meu espaço transmita essa luz, para que quem entre sinta essa energia positiva e acolhedora”, acrescenta. Além de que, o ceramista considera que as suas peças, muitas delas inspiradas pela natureza, são portadoras de vida e têm uma mensagem. “As minhas peças são feitas com amor, e esse amor reflete-se nelas. Não são meros objetos inanimados, têm vida e transmitem uma mensagem”, sublinha.

A inspiração na natureza

Pedro encontra a sua principal inspiração na natureza. sentindo que as suas criações estão ligadas ao meio ambiente. Através da observação do mundo natural, as suas peças, muitas delas inspiradas no belo jardim em frente à sua loja, o Parque D. Carlos I, ganham forma. “O meu trabalho reflete-se nos elementos naturais – animais, plantas, flores, entre outros”, revelando assim o seu processo criativo.

Para si, a conexão com a natureza vai além da estética, sendo uma ligação que o leva a refletir sobre as forças que alimentam a sua criatividade: terra, ar, fogo e água.

Pedro Brás, Ceramista

O processo criativo

Embora a sua ligação com a natureza e a cerâmica seja forte, confessa que o momento atual, onde é exigido uma permanência constante pelo exercício de funções de presidente de União de Freguesias, todo o seu processo criativo está mais adormecido, muito embora a vontade de criar seja enorme. “Esta nova versão de mim não me tem permitido o tempo necessário para pôr em prática o que me dá mais prazer, que é criar algo do nada”, lamenta, reconhecendo que a criatividade é algo que flui quando há espaço para tal. “Pegar num pedaço de barro e deixá-lo transformar-se, muitas vezes, sendo o barro a dominar-nos e não nós a dominarmos o barro, mostra a essência do processo criativo e a liberdade de deixar a matéria ganhar forma naturalmente, sem imposições.

O serviço público

Além de ceramista, assumiu, em 2021, a função de presidente da União de Freguesias das Caldas da Rainha – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório. A decisão de entrar na política não foi premeditada, mas sim um desafio que surgiu do seu

envolvimento com a comunidade. “O que me levou a aceitar este desafio autárquico foi o dever de cidadania”, realça, salientando que esta experiência tem sido um processo evolutivo, de uma aprendizagem constante e gratificante, embora por vezes, muito dura e extremamente violenta.

A estética contemporânea

A influência da tradição cerâmica das Caldas da Rainha com todos os seus artistas, clássicos e contemporâneos, é inegável no trabalho de Pedro Brás, contudo, o ceramista sente uma necessidade constante de olhar para o que era feito, dando-lhe uma nova roupagem e, consequentemente, uma nova vida. Considera que as suas interpretações das formas clássicas trazem uma nova vitalidade e uma mensagem própria, criando uma ponte entre o passado e o presente.

Para si, a simplicidade e a atenção ao detalhe são características que distinguem as suas criações e que refletem o seu bom gosto. “Muita gente diz que sou artista, mas eu não me vejo assim. Considero-me alguém de muito bom gosto e esse bom gosto reflete-se no que faço”, explica.

A arte como comunicação

Assumindo-se um artesão, considera que o seu trabalho tem tido um reconhecimento inegável. Para Pedro, arte é, acima de tudo, comunicação. “A arte, para mim, é comunicação, uma mensagem que quero transmitir”, reforçando a ideia de que a sua cerâmica é mais do que apenas técnica – é uma forma de expressar ideias e emoções.

O futuro

Questionado sobre o futuro, Pedro Brás revela uma abordagem pragmática. O cuidar e o amor à sua mãe é a sua prioridade. Continuar a respeitar o outro para que seja respeitado, a mesma vontade de sempre de servir, sem se querer servir são outros pontos incontornáveis.

Com uma visão positiva e com todos os desafios, está determinado a continuar a fazer o que ama, seja na cerâmica ou em qualquer outro projeto que abrace, tentando sempre manter a serenidade com que encara as adversidades da vida.

QUALIDADE E PROXIMIDADE A RECEITA DO SUCESSO DO INTERMARCHÉ DO BOMBARRAL

Há dez anos, João Fernandes assumiu a gerência do Intermarché do Bombarral, continuando o seu percurso de sucesso que já incluía a liderança do Intermarché do Cadaval. Ao longo destes anos, tem sido a qualidade, o atendimento atento e personalizado aos clientes, assim como a oferta diversificada de produtos de excelência, os elementos distintivos da loja. Em entrevista, o gerente destacou a importância destes valores no crescimento e reconhecimento do Intermarché do Bombarral.

O início do percurso

João Fernandes é o rosto por trás da gestão do Intermarché do Bombarral, assumindo-se como peça-chave na transformação desta loja. Desde a reabertura do Intermarché do Bombarral, em 2014, quatro anos após o seu encerramento em 2010, João trouxe uma nova vida ao espaço, superando todas as expectativas com um sucesso notável. Sob a sua liderança, a aposta em produtos locais tornou-se uma prioridade, criando fortes laços com os produtores da região Oeste. “O meu objetivo é oferecer sempre a melhor qualidade aos clientes e para isso valorizo os produtos

da nossa terra – desde frutas e legumes até vinhos – garantindo frescura e excelência”, afirma o gerente.

Para além de garantir a qualidade dos produtos, João está igualmente atento ao impacto social do supermercado. As suas iniciativas em prol da comunidade local refletem o seu compromisso em apoiar o desenvolvimento regional. Com uma visão focada no equilíbrio entre qualidade e preço, especialmente nos produtos frescos, o gerente tem como missão continuar a impulsionar o crescimento sustentável das lojas, sempre com um olhar atento às necessidades dos seus clientes e da comunidade.

O Grupo Intermarché trabalha incansavelmente para assegurar que todos compreendem a importância de oferecer produtos frescos, de elevada qualidade e com rigorosos padrões de higiene

O Intermarché do Bombarral

O Intermarché do Bombarral destaca-se pelo seu forte envolvimento com a comunidade local, sendo um parceiro ativo em diversas iniciativas e eventos regionais. Esta proximidade com a população reforça a relação de confiança que a loja foi construindo ao longo dos anos com os seus clientes. Além disso, a loja pretende oferecer, a breve trecho, o serviço de encomendas online, com a opção de recolher no local ou de entrega ao domicílio - uma solução prática para quem tem menos disponibilidade para fazer compras presencialmente.

Outro destaque é o investimento crescente na oferta de produtos dietéticos e biológicos, uma área que tem vindo a crescer significativamente. “É um setor em forte expansão, e nós estamos a dar cada vez mais espaço a esses produtos, porque a procura tem aumentado muito. Estamos atentos às novas tendências e vamos alargando as prateleiras para acolher as mais recentes novidades”, explica João.

O Intermarché do Bombarral tem vindo a posicionar-se como uma referência no retalho local, oferecendo uma vasta gama de produtos sem nunca comprometer a qualidade ou o serviço de atendimento ao cliente. “Mesmo os clientes mais idosos, que são grande parte da nossa clientela, já estão sensibilizados para a importância dos produtos biológicos”, acrescenta o nosso entrevistado, revelando a atenção que a loja dá às exigências dos seus consumidores. Aqui, o objetivo é simples: garantir que nada falte aos clientes, respondendo sempre às suas necessidades e preferências.

João Fernandes, Gerente

Os alicerces do sucesso: formação, frescura e qualidade No Intermarché, o compromisso com a excelência assenta em três pilares essenciais: formação, frescura e qualidade. “O Grupo Intermarché trabalha incansavelmente para assegurar que todos compreendem a importância de oferecer produtos frescos, de elevada qualidade e com rigorosos padrões de higiene”, partilha o gerente. A qualificação das equipas é também uma prioridade, sendo promovidas formações regulares em todas as áreas da empresa. “Contamos com formadores especializados que visitam as lojas, adaptando a formação às necessidades

específicas de cada setor, desde a secção da carne, à chefia, passando pela padaria ou qualquer outro departamento. As nossas equipas estão constantemente a ser preparadas e atualizadas para garantir um desempenho de excelência”, sublinha.

Este compromisso com a qualidade tem reconhecimento a nível nacional, com a marca PorSi a ser galardoada em quatro categorias nos prémios “Escolha do Consumidor 2024” e “Quality Award”, organizados pela Consumer Choice. Estas distinções reforçam o empenho contínuo em oferecer sempre o melhor aos consumidores.

O futuro do Intermarché do Bombarral

O Intermarché do Bombarral está preparado para abraçar o futuro, alinhando-se com as principais estratégias globais da marca, como as práticas sustentáveis, inovação em produtos de marca própria, e atendimento às necessidades locais. Com o cunho pessoal da equipa de João, o foco será garantir um atendimento de excelência, onde cada cliente se sinta valorizado e bem acolhido. “Somos uma equipa bastante focada e profissional, comprometida em proporcionar uma experiência única a quem nos visita”, sublinha.

No horizonte da loja, destaca-se uma forte aposta em práticas sustentáveis. O Intermarché do Bombarral está determinado a reduzir o impacto ambiental, promovendo o uso de embalagens ecológicas e diminuindo o consumo de plásticos. Ao mesmo tempo, a oferta de produtos biológicos será ampliada, refletindo a crescente procura por escolhas mais conscientes e amigas do ambiente. A linha “PorSi” será uma peça central desta transformação, trazendo ao consumidor local opções saudáveis e biológicas, sempre com a qualidade a que já está habituado.

Mas o futuro do Intermarché no Bombarral não se resume apenas a inovação e sustentabilidade. A proximidade à comunidade e o respeito pelas tradições locais continuarão a ser pilares fundamentais. A loja pretende manter-se atenta às preferências da população, criando uma oferta ajustada ao gosto regional, ao mesmo tempo que fortalece a ligação com o Bombarral e as suas gentes. “Queremos que os nossos clientes se sintam sempre satisfeitos”, destaca.

Para além disso, a marca continuará a apostar na modernização das suas operações, integrando tecnologias inovadoras e reforçando a sua presença digital. Estas mudanças trarão uma experiência de compra mais conveniente e diversificada, garantindo que o Intermarché do Bombarral se mantenha competitivo e relevante, sempre a pensar nas necessidades dos seus clientes e nas exigências do futuro.

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“UM RESTAURANTE À BEIRA-MAR DEVE OFERECER PRODUTOS FRESCOS E DA REGIÃO”

Na Foz do Arelho, o restaurante Cabana do Pescador destaca-se na gastronomia portuguesa. Sob a liderança de Marco Marques, o restaurante alia os sabores do mar a uma abordagem sustentável, incorporando a essência do Mediterrâneo e a tradição local. Em entrevista, partilhou as suas visões sobre a culinária, o papel da comunidade e os desafios do setor.

A brisa do Atlântico e o sabor da Lagoa

A apenas 100 metros do Oceano Atlântico e da Lagoa de Óbidos, o Cabana do Pescador respira a essência do mar. Esta localização privilegiada não só inspira a ementa do restaurante, mas também molda a sua filosofia: a utilização de ingredientes frescos e locais, num autêntico abraço à natureza. “A cozinha mediterrânica não foi um objetivo, mas sim uma consequência natural do meu ser e do lugar onde nos encontramos”, explica Marco Marques. A ementa, rica em pratos de peixe e marisco, é uma ode à riqueza da região, com a pesca a desempenhar um papel central na sua proposta.

A ligação entre a natureza e a gastronomia é inegável no Cabana do Pescador, onde a sustentabilidade assume um papel fundamental. “A sustentabilidade é essencial e está profundamente ligada ao respeito pelos ciclos naturais”, afirma com convicção. A preocupação com a reprodução dos peixes e mariscos é uma prioridade, garantindo a

qualidade e a continuidade dos produtos. “Trabalhar com fornecedores que compreendem e respeitam estes ciclos é fundamental para a nossa missão”, sublinhando o compromisso com a preservação do ecossistema.

Um refúgio para todos

Embora o restaurante esteja situado numa zona turística popular, Marco faz questão de integrar a comunidade local no seu modelo de negócio. “A praia é sinónimo de férias, e é importante acolher todos os que nos visitam”, afirma.

Com uma clientela variada, que inclui visitantes de Lisboa a Santarém, passando pelo Norte do país, o Cabana do Pescador mantém um fluxo contínuo de clientes ao longo do ano, independentemente da estação. “Felizmente, continuamos a ser procurados ao longo de todo o ano”, completa.

Marcos Marques, Gerente

Para responder às necessidades dos seus clientes, o restaurante também oferece um serviço de takeaway. “O serviço de takeaway não é uma novidade, mas sim uma resposta às necessidades dos nossos clientes”, explica o proprietário. A conveniência é um fator importante, principalmente durante os meses mais frios, quando muitos preferem desfrutar das refeições do restaurante no conforto das suas casas.

Um investimento na equipa

A paixão pela gastronomia do Cabana do Pescador não se limita à cozinha. Marco Marques acredita que a qualidade do serviço é igualmente fundamental para a experiência dos clientes, e a formação contínua dos seus colaboradores é essencial para garantir a excelência. “Estamos a preparar-nos para o inverno, período em que a atividade diminui, e é crucial que todos se mantenham atualizados”, explica.

Atualmente, está a estruturar um plano de formação que abrange diversos aspetos, incluindo a apresentação e o conhecimento dos vinhos. “As formações vão decorrer nos próximos três a quatro meses, para que, no início do ano, a equipa esteja mais preparada”, revela.

Apesar dos desafios de recrutamento, está otimista sobre a formação de uma equipa competente e motivada. “Embora seja difícil encontrar as pessoas certas, devemos aproveitar as oportunidades de investimento na sua formação”. Com cerca de 12 colaboradores, destaca a importância de adaptar as habilidades de cada pessoa às suas funções específicas, para que o Cabana do Pescador continue a oferecer um serviço de qualidade e excelência.

O ambiente convida à experiência

No Cabana do Pescador, a experiência gastronómica vai além do paladar. “A estética também é um fator crucial, tanto no que é servido no prato como na decoração do espaço”, destacando a harmonia entre modernidade e tradição que caracteriza o restaurante.

O gerente acredita que a estética e a decoração desempenham um papel fundamental para criar um ambiente acolhedor e memorável. “A experiência vai além da comida, está ligada ao ambiente, aos laços que se criam e ao conforto proporcionado”, enfatiza.

O espaço é cuidadosamente projetado para atender tanto a grupos quanto a refeições individuais, garantindo que cada cliente se sinta confortável e tenha um momento agradável. “Acho importante que as pessoas tenham um bom momento, longe do stress do dia a dia”, afirmando que também se prepara para eventos especiais, como comemorações de aniversários e reuniões.

Um brinde à região

Quando se trata da carta de vinhos, Marco Marques faz questão de dar prioridade aos produtores locais. “Na escolha dos vinhos, dou sempre prioridade aos produtores nacionais, principalmente aos da nossa região”, explica. O entrevistado observa que a crescente qualidade dos vinhos nacionais, aliada ao empenho dos pequenos produtores, tem sido um fator decisivo na evolução da sua oferta. “Esta aposta nos vinhos locais tem sido muito satisfatória e é algo que pretendemos reforçar cada vez mais”, afirma convicto.

A sinergia entre a comida e o vinho é fundamental para o Cabana do Pescador, onde os vinhos brancos são especialmente valorizados para complementar os pratos de peixe e marisco. “Trabalhamos com fornecedores locais, porque acreditamos que um restaurante à beira-mar deve oferecer produtos frescos e da região”, destaca, sublinhando o compromisso com a qualidade e a tradição.

Desafios e planos para o futuro

O sucesso do Cabana do Pescador não está isento de desafios. Marco Marques, como qualquer empresário, enfrenta as dificuldades de um mercado em constante mudança, com a inflação a afetar os preços dos alimentos. “Estou a enfrentar o desafio de equilibrar os custos elevados da matéria-prima e ainda assim manter a satisfação do cliente”, expressa.

A necessidade de ajustar o menu e os preços sem comprometer a qualidade tem sido um desafio constante, mas o proprietário, com a sua experiência, reconhece a importância de se adaptar às novas realidades: “Isso fez-me refletir sobre a necessidade de diversificar a oferta”, confessa. O Cabana do Pescador é um espaço que respira paixão pela gastronomia, valorização dos produtos locais e compromisso com a comunidade. Marco Marques, com a sua visão clara e experiência, continua a moldar a identidade deste icónico restaurante, assegurando que a tradição e a inovação caminhem lado a lado. “Acredito que vale a pena fazer as coisas bem feitas e que o reconhecimento por esse esforço virá com o tempo”, conclui.

Ao visitar o Cabana do Pescador, os clientes estão a saborear pratos deliciosos, como a participar de uma experiência que celebra a rica cultura e a beleza natural da costa portuguesa, sempre com um olhar atento para o futuro.

262 979 451 (chamada para rede fixa nacional) cabanadopescadorgeral@gmail.com

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

O papel das líderes empresárias de sucesso tem-se destacado cada vez mais de forma notável no cenário corporativo global. A mulher tem vindo a conquistar espaços estratégicos em organizações de diferentes dimensões e áreas, desafiando assim as barreiras históricas e rompendo estereótipos sobre a liderança. Estas líderes não só impulsionam a inovação e o sucesso das suas empresas, como também são excelentes exemplos de resiliência, visão estratégica e uma gestão mais humanizada. A crescente presença feminina em cargos de alta gestão reflete uma mudança positiva no mundo dos negócios, demonstrando que a diversidade é um pilar crucial para a competitividade e sustentabilidade empresarial. O seu exemplo torna-se, assim, uma fonte de inspiração para as gerações mais novas. Nesta edição, a Revista Business Portugal tem o gosto de destacar histórias de sucesso onde as Mulheres brilham e lideram com excelência.

EXCELÊNCIA DE SERVIÇOS E FOCO NOS RESULTADOS

Inês Coelho, CEO da PHARMAISSUES, em entrevista, dá a conhecer o universo da empresa e as razões que fazem dela um dos principais parceiros de negócio da indústria farmacêutica.

Fundada em 2015, a PHARMAISSUES é uma empresa vocacionada para o setor farmacêutico. Que balanço traça desta jornada e como descreve o seu posicionamento?

A PHARMAISSUES oferece uma gama diversificada de serviços, com atividades na área dos medicamentos, cosméticos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde. Somos uma empresa de referência nos serviços de Consultoria Farmacêutica, através da prestação de serviços globais, com três grandes pilares estratégicos: Assuntos Regulamentares, Farmacovigilância e Qualidade; Assuntos Médicos e Científicos; Tradução Científica e Médica. Tem sido uma jornada muito enriquecedora e entusiasmante, que me tem dado uma grande satisfação. Efetivamente, a PHARMAISSUES já tem uma presença marcante e indelével na Industria Farmacêutica (IF) e na área de atividade em que trabalhamos, com um reconhecimento e notoriedade singulares. Somos uma empresa com impacto no nosso mercado, ao lado das grandes companhias farmacêuticas, reconhecidos como uma referência idónea, vistos como os parceiros de excelência, como uma extensão da equipa interna dos nossos clientes. Mais do que parceiros somos companheiros sinérgicos em cooperação.

O que faz da empresa um dos principais parceiros de negócio da indústria farmacêutica? Quais são pontos diferenciadores que têm permitido a sua afirmação no mercado atual?

O que faz da PHARMAISSUES um dos principais parceiros de negócio da IF é a excelência dos resultados, alicerçada na expertise dos nossos RHs, altamente qualificados e de uma dedicação distinta e singular, com um sentido de responsabilidade e compromisso que nos diferenciam e destacam – motivação, entusiasmo e consistência seriam as palavras que elegeria. O nosso conhecimento do ecossistema de saúde português e a vasta experiência no setor farmacêutico são elementos fundamentais para o sucesso do nosso trabalho. A diferenciação na qualidade é, sem dúvida, a chave para o sucesso, alicerçada em competências, persistência e colaborações de excelência por uma equipa que partilha o entusiasmo e empenho.

Temos uma equipa multidisciplinar, diversificada e muito talentosa. É uma honra poder liderar uma equipa de pessoas que perseguem o poder da ciência para melhorar a vida das pessoas!

Como é que a PHARMAISSUES acompanha a evolução e tendências do mercado, garantindo sempre a satisfação do cliente com orientação para a qualidade e serviços de excelência?

O nosso compromisso assenta na escuta ativa dos nossos clientes oferecendo soluções adaptadas e personalizadas às suas reais necessidades, não descurando um acompanhamento rigoroso da evolução do mercado farmacêutico, seja nas alternativas terapêuticas que fornece à população, mas também, e obrigatoriamente, em toda a legislação que o suporta e controla. A escuta ativa dos nossos clientes, o nosso posicionamento ao lado de cada cliente e o considerar que as questões individuais e especificas de cada situação e cliente são as nossas também e a cada momento, são a nossa prioridade.

Estamos entre os melhores e é com eles que queremos estar, ter desafios que nos aceleram em direção e acompanhados com os melhores! Catalisando as principais ações, oferecendo impulso extra, com agilidade na execução de projetos ou serviços, amplificando a capacidade intelectual da empresa cliente, tornando-a mais apta para o sucesso. Os sucessos dos nossos clientes são as nossas vitórias, que vivemos com empenho e satisfação, com sentido de compromisso e partilha.

Ao longo do seu percurso, a PHARMAISSUES obteve diversos reconhecimentos, consolidando a sua marca indelével no setor. Que estratégia está definida para que a empresa continue a destacar-se no mercado?

Efetivamente, temos tido o privilégio de ser reconhecidos não só publicamente com prémios e distinções, mas também na esfera mais privada pelo reconhecimento dos nossos pares e clientes.

A nossa visão de futuro é continuar a alavancar o nosso bom nome, a nossa marca, oferecendo ferramentas e estratégias para que as empresas da IF desenvolvam o seu trabalho aportando melhores condições de qualidade de vida para doentes e familiares, agora e no futuro.

geral@pharmaissues.pt www.pharmaissues.pt

Inês Coelho, CEO

EMPODERAMENTO E LIDERANÇA A VISÃO DE ANA GONÇALVES

Na entrevista exclusiva com Ana Gonçalves, CEO da Academia Negócios de Saúde, conhecemos a essência, a visão e os desafios de uma líder que se tem destacado na área da saúde, tanto pela sua capacidade de inovação como pelo seu compromisso com a promoção de uma liderança, onde a comunicação e inteligência emocional são cruciais.

Quem é Ana Gonçalves? O que a inspira e motiva diariamente enquanto mulher e profissional? Quais são as palavras que a definem a sua essência?

Sou filha, mãe, mulher, empresária, consultora e mentora e adoro ser assim, muitos papéis numa mesma Ana. Sou fisioterapeuta, neste momento, já não praticamente, e Mestre em Gestão de Serviços de Saúde. Adoro criar projetos novos e simplificar processos. O que sempre me caracterizou foi a minha capacidade de descomplicar e ensinar, algo que hoje me ajuda na minha liderança (aos mais de 100 colaboradores) e na Academia Negócios de Saúde a ajudar outros profissionais de saúde empreendedores. Acredito que podemos ser empreendedores e ter um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, que o negócio serve e impacta clientes, colaboradores e empresários. Acredito que ter os certos ao nosso lado alavanca-nos os resultados e que no sucesso não existe um pódio, mas um palco em que todos podemos brilhar.

Ana Gonçalves é empreendedora na área da saúde há mais de 15 anos. É uma líder nata, mentora e uma inspiração para todos aqueles que sonham ter liberdade de tempo e liberdade financeira enquanto donos do seu negócio. Como descreve o seu percurso até chegar a este patamar de realização profissional?

Olhando para trás, percebo que houve um acontecimento que me fez mudar a visão que tinha da vida e, acima de tudo, do negócio.

Cresci com as telenovelas brasileiras em que o empresário era sempre o mau. Ter dinheiro e sucesso era mau e foi com essa crença que cresci. Quando decidi ter a minha primeira clínica, em 2009, vivia o projeto 24h por dia, achava que tinha que ser a primeira a chegar e a última a sair, que o negócio tinha que depender de mim e que se não recebesse financeiramente o justo, era o custo de ser empresária. Em 2016, e já com duas clínicas, tive cancro e tive que me ausentar totalmente dos negócios. Foi aí que percebi que não tinha um negócio, tinha uma verdadeira prisão que sem mim e sem a minha presença não funcionava. Foi, também, o momento que percebi que tinha uma grande equipa, que me ajudou a mudar processos e a perceber que só a paixão pelo negócio não chegava, tinha que investir na minha competência de Gestão. Comecei pelo Executive Master em Gestão de Saúde no ISCTE e recebi o prémio de melhor aluna. Percebi, claramente, que a minha paixão era a gestão e liderança. Fui para Mestrado em Gestão de Empresas e, em 2020, em plena pandemia e já com quatro negócios de saúde, ingressei no digital fundando a Academia Negócios de Saúde. Nestes 15 anos, desenvolvi o meu método, baseado no meu conhecimento académico, mas também na prática do dia a dia de quem gere um negócio, com um passo a passo para quem quer atingir a sua liberdade de escolha, de tempo e financeira. Corremos muitos riscos em sermos empreendedores, só faz sentido se neste caminho tivermos a recompensa que merecemos.

Como se define enquanto CEO da Academia Negócios de Saúde? Que qualidades e características a Ana Gonçalves mulher empresta à Ana Gonçalves profissional?

Tenho uma grande capacidade de trabalho, desde pequena que organizo o meu tempo e sou produtiva. A minha mãe conta que com dez anos tinha no calendário escolar tempo para estudar, brincar e já utilizava a técnica dos blocos de tempo sem saber. Como fui atleta de alta competição, acredito que o desporto deu-me as competências

Ana Gonçalves, CEO

para conseguir definir prioridades e manter o foco. Aliado a isso, considero que sou uma pessoa muito comunicativa e empática, o que ajuda na minha posição de liderança, a ganhar o direito de liderar e conquistar a confiança dos outros. Só desta forma, consigo ter a equipa certa e, simultaneamente, o tempo para ser esposa, mãe de três filhos e, neste momento, CEO de três empresas.

O equilíbrio entre as exigências da vida profissional e pessoal é um tema importante para as mulheres líderes. Quais são as estratégias que utiliza para manter esse equilíbrio?

Tenho muito claro o que é importante para mim, o que me dá energia e ao que quero dedicar o meu tempo. Tenho muitos inegociáveis, ir levar e buscar os meus filhos à escola, ter tempo para fazer exercício e ter tempo de qualidade com o meu marido e filhos. Gerir tudo isto e ser empresária não é fácil, mas consigo gerir bem o meu tempo. Primeiro, coloco na agenda este tempo, o que é inegociável para mim, de forma a marcar reuniões e trabalho sem descurar esse tempo para mim e para os meus. Depois, a importância de ter as pessoas certas, só desta forma consigo ter os meus negócios a funcionar sem dependerem de mim, porque tenho pessoas incríveis à minha volta. E, por último, ter um excelente trabalho de equipa com o meu marido, nunca deixarmos de ter tempo para namorar e para nós, bem como ter a dinâmica do dia a dia bem alinhada. Se é fácil? Não é! Mas é possível com o método e disciplina. Acredito que o segredo é saber bem aquilo que quero, que valorizo e onde quero gastar o meu tempo.

A liderança no feminino centra-se na capacidade de resolução de problemas de forma criativa e inovadora, autoconfiança, espírito de iniciativa, influência e resiliência, sem esquecer o poder da comunicação e a inteligência emocional. Revê-se nestas palavras e características?

Sim, digo muitas vezes que ser empresária é um doutoramento da vida, exige que se tomem decisões rápidas e com responsabili-

dade, tendo em conta, não só a saúde financeira do negócio, mas também o bem-estar dos colaboradores. Vejo a liderança como uma parceria, tem de funcionar tanto para o colaborador, como para o cliente, como para a empresa, o que exige comunicação e inteligência emocional. Considero que para liderar pessoas, precisamos de perceber de pessoas, os funcionários são pessoas, os líderes são pessoas, os fornecedores são pessoas, os clientes são pessoas! Se não tivermos isto bem presente, é difícil levar qualquer negócio a bom porto. Depois, como o meu filho Tomé diz: “O trabalho da mãe é resolver problemas!” E é verdade! Quem é empreendedor, dono de negócio, vai estar constantemente a resolver problemas e, aqui entram, a autoconfiança, resiliência e o espírito de iniciativa.

Atualmente, vemos cada vez mais mulheres a assumirem cargos de liderança no mundo dos negócios. Qual é a importância de apoiar e promover a igualdade de género nas empresas?

Acredito que este será o caminho. Cada vez mais é aceite o papel da mulher enquanto mãe e profissional. Temos de olhar para as pessoas como uma pessoa, cada uma com as suas capacidades, os seus talentos, independentemente, de sermos homens ou mulheres. Acredito que as novas gerações estão muito mais despertas e conscientes para esta evolução e, por isso, acredito que o futuro será muito promissor neste sentido. E gostava mesmo que houvesse uma igualdade genuína. Por exemplo, não sou muito adepta às obrigatoriedades de haver uma percentagem para mulheres em cargos públicos. Aceito e compreendo que talvez seja necessário para que haja uma mudança, para apoiar e promover a igualdade de género. Contudo, acredito que as pessoas devem chegar a determinados cargos pela sua competência e não porque são homens ou mulheres.

Sendo a Ana Gonçalves um exemplo nato de empreendedorismo e uma inspiração para as mulheres que querem aventurar-se no mundo dos negócios, que conselhos gostaria de deixar?

Diria para serem as comandantes da sua própria vida, não vivam a vida que os outros querem, a vida que a sociedade nos fez acreditar. Escolham ser responsáveis pela sua vida e façam por isso! Sou a prova de que é possível ter tantos papéis e fazer tantas coisas diferentes ao mesmo tempo. Que vão, mesmo que com medo. O medo vai existir sempre. A diferença está nos planos que colocamos em ação mesmo que com medo! E depois, que não desistam e que tenham consistência. As coisas levam tempo. Nada acontece do dia para a noite. Costumo dizer que o empreendedor que admiramos no futuro, é o empreendedor que não desiste hoje. Foco, consistência e ação são as palavras-chave.

GREEN FLAG AWARD CELEBRA A EXCELÊNCIA NA GESTÃO DE ESPAÇOS VERDES

O Green Flag Award (Prémio Bandeira Verde) celebra a excelência na gestão de espaços verdes, garantindo o acesso de todos a áreas naturais bem cuidadas e promovendo a biodiversidade e o bem-estar das comunidades. Este prémio internacional reconhece o trabalho árduo de gestores, funcionários e voluntários que se dedicam à manutenção destes importantes locais.

Criado em 1997 no Reino Unido, surgiu em resposta à degradação de muitos espaços verdes, vítimas de décadas de falta de investimento. Parques históricos, outrora vibrantes, tinham-se transformado em áreas negligenciadas e perigosas. Um grupo de especialistas estabeleceu então padrões rigorosos de gestão, justificando o financiamento e atraindo novamente as pessoas para estes espaços. O sucesso foi imediato, expandindo-se para além do Reino Unido e premiando hoje parques, cemitérios, crematórios e reservas naturais, de diferentes dimensões. A avaliação para a obtenção do Green Flag Award é exigente, baseando-se em

27 critérios. Os candidatos precisam de apresentar um plano de gestão ativo, demonstrando conhecimento das necessidades dos utilizadores, a importância do espaço e a sua gestão de acordo com normas de segurança, legislação ambiental e princípios de conservação. O objetivo é garantir que cada local seja seguro, sustentável e promotor de um ambiente natural saudável, servindo a comunidade que o utiliza.

Para além do reconhecimento, o prémio promove a partilha de boas práticas. Todos os participantes, independentemente de receberem ou não a Bandeira Verde, recebem um relatório detalhado com recomendações para melhorias contínuas. A flexibilidade do esquema permite a avaliação de qualquer espaço, independentemente do tamanho ou tipo.

O Green Flag Award representa, assim, um modelo de excelência na preservação e valorização de espaços verdes, reconhecendo o seu valor incalculável para a sociedade, o ambiente e as gerações futuras.

ESPECIAL MINHO

Situada no noroeste de Portugal, a região do Minho é um verdadeiro tesouro de história, cultura e paisagens deslumbrantes. Viana do Castelo, com o seu majestoso santuário da Senhora da Agonia e as suas praias envolventes, encanta tanto pela sua beleza natural como pela tradição das suas festividades. Em Monção descubra a história ancestral e identidade endógena, mas também o empreendedorismo que as empresas partilham. Por sua vez, Barcelos, famosa pelo seu galo e pelo artesanato, revela-se um centro de cultura popular e uma paragem obrigatória para quem deseja explorar a essência minhota. Não podíamos deixar de falar de Guimarães, que se destaca pelo seu setor empresarial diversificado, com indústrias que vão desde o setor tradicional têxtil, arquitetura, construção, até ao desenvolvimento de tecnologia e inovação.

Neste especial sobre o Minho, convidamos os nossos leitores a embarcar numa viagem que celebra a diversidade e a riqueza de uma das regiões mais emblemáticas de Portugal.

A ESSÊNCIA

DO PROFISSIONALISMO

A Work3, uma empresa de Arquitetura, Engenharia, e Fiscalização de Empreitadas 100% portuguesa, situada em Monção, tem-se destacado pela sua proatividade, agilidade e capacidade de personalização de cada projeto às necessidades do cliente. Em conversa com a Revista Business Portugal, a CEO, Sandra Caldas, revelou a essência da Work3 e os planos para a internacionalização da mesma.

A Work3 é uma empresa conceituada e reconhecida nas áreas da Arquitetura, Engenharia e Fiscalização de Empreitadas. Como avalia o percurso da empresa e que fatores foram determinantes para que a empresa alcançasse um patamar de destaque no mercado?

A Work3 tem feito um percurso baseado no trabalho e no rigor, características que nos tem permitido crescer, de forma gradual e sustentável. Não podemos, de forma alguma, desvalorizar o facto de termos participado em processos com alguma visibilidade o que tem facilitado o nosso crescimento.

Como é que a Work3 se destaca num mercado cada vez mais competitivo e global? Que estratégias de inovação têm sido fundamentais para o crescimento da empresa?

A única e verdadeira forma de nos destacarmos num mercado com este nível de competitividade é apenas com trabalho árduo e seriedade, é sentirmos o projeto de cada cliente como se fosse realmente nosso e lutarmos pelo seu sucesso. Creio que um dos nossos “segredos” possa ser o de fazer um acompanhamento extremamente personalizado a cada cliente, conhecê-lo e dar resposta às suas expectativas.

habitualmente desde Monção até Vila Real de Santo António. O facto de estarmos de norte a sul, permite dar resposta a clientes cuja presença não se resume apenas a uma zona. E claro, ver o nosso cunho em várias zonas ajuda a dar a conhecer a nossa empresa.

É a partir do norte de Portugal que a Work3 desenvolve projetos para todo o território português, mas também para Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Quais são os próximos passos para a expansão da Work3? Há planos de expandir para novos mercados ou investir em novos segmentos da engenharia e arquitetura?

A Work3 tem feito um percurso baseado no trabalho e no rigor, características que nos tem permitido crescer, de forma gradual e sustentável

A Work3 está envolvida em diferentes tipos de empreendimentos, desde urbanismo até grandes obras de engenharia. Quais são os principais desafios de trabalhar em setores tão diversos e como é que a empresa mantém a consistência na qualidade?

A Work3 sempre teve como objetivo estratégico o de ter os quadros internos, altamente motivados e em constante aprendizagem. Esse tem sido o fator diferenciador e que nos permite dar resposta aos vários desafios que tem aparecido.

O portfólio da Work3 inclui projetos como o Salinas Park, em Alverca do Ribatejo, a construção do Continente Bom Dia em Vila Nova de Famalicão, e a construção de um Burger King localizado no Sudoeste Retail Park, na freguesia de Alcantarilha. Poderia partilhar o impacto desses projetos na reputação da empresa e na sua consolidação no mercado?

De facto, não só possuímos grande diversidade no tipo de projetos que fazemos como também existe uma grande abrangência em termos geográficos, trabalhamos de norte a sul, como digo

A internacionalização tem de se fazer, de forma muito cuidada e sustentada, isso não é segredo para ninguém. Nos últimos anos, temos vindo a solidificar a nossa intenção de abrir novos locais, que creio que poderão ainda vir a ocorrer durante este ano. Felizmente, possuímos know-how que nos permite dar o salto que pretendemos.

Que estratégia está delineada para que a Work3 continue a superar as expectativas dos clientes e a promover soluções inovadoras, pautadas por elevados padrões de excelência e rigor?

A estratégia passa sempre, mas sempre pelo compromisso com o nosso cliente, conhecê-lo bem, saber as suas necessidades e objetivos e dar uma resposta personalizada, no fundo sentir as suas dores e ajudá-lo a atingir as suas metas.

Em relação à inovação, ao contrário do que muitas vezes se acha, surge em coisas muitíssimo simples, mas que fazem a diferença num determinado processo, a maioria das vezes acha-se que inovar é usar um software sofisticadíssimo, ou equipamentos onerosos, na maioria das vezes não é nada disso, é apenas uma alteração de procedimento que permite otimizar uma determinada tarefa. Mas isso, só surge com equipas altamente motivadas, coisa que tentamos fazer na Work3.

COMPROMISSO COM A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO MAIS SUSTENTÁVEL

O Jardim do Monte Latito e o Parque da Cidade de Guimarães foram distinguidos com o prestigiado “Green Flag Award”. Sofia Ferreira, Vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Guimarães, sublinha que o reconhecimento internacional celebra a excelência na gestão e manutenção dos espaços verdes, reforçando o compromisso do município com a sustentabilidade e a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Como é que se sente ao ver o Jardim do Monte Latito e o Parque da Cidade de Guimarães receberem o “Green Flag Award” pelo segundo ano consecutivo?

É com enorme satisfação que vemos Guimarães novamente distinguida com dois “Green Flag Awards”. Este reconhecimento internacional, que coloca os nossos espaços verdes entre os melhores do mundo, é um testemunho do trabalho incansável de todos os envolvidos e um forte incentivo para continuarmos a investir na qualidade de vida dos nossos cidadãos e na sustentabilidade do nosso município.

Quais foram os principais desafios na gestão destes dois espaços verdes que considera terem contribuído para esta distinção?

Manter a excelência reconhecida pelo júri internacional exige um trabalho constante e coordenado. A limpeza, a conservação da biodiversidade e a garantia da segurança são desafios que enfrentamos diariamente. No entanto, a nossa equipa técnica, em estreita colaboração com o Laboratório da Paisagem, tem demonstrado grande capacidade de adaptação e inovação, implementando soluções eficazes que valorizam a beleza natural destes espaços e promovem o bem-estar da comunidade.

O que destaca como os maiores benefícios para a comunidade local com a renovação deste prémio?

Além de reforçar a nossa reputação internacional, este prémio traz benefícios concretos para a comunidade local. Os nossos cidadãos têm à sua disposição espaços verdes de qualidade, ideais

para o lazer, o exercício físico e o contacto com a natureza. Esta distinção também contribui para a promoção do turismo sustentável, atraindo visitantes que valorizam a qualidade ambiental e a preservação do património natural.

De que forma o município tem trabalhado para manter e melhorar a sustentabilidade e a preservação ambiental nestes espaços?

O município tem implementado diversas medidas para garantir a sustentabilidade e a preservação ambiental destes espaços, como a promoção da biodiversidade, a gestão eficiente dos recursos hídricos e a utilização de materiais ecológicos. A nossa aposta na investigação e no desenvolvimento de novas soluções, em parceria com o Laboratório da Paisagem, tem sido fundamental para alcançar estes resultados. Além disso, a participação da comunidade através de iniciativas de voluntariado e de programas de educação ambiental é essencial para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Sofia Ferreira, Vereadora do Ambiente

Como vê o papel do envolvimento comunitário na gestão e manutenção dos espaços verdes em Guimarães?

O envolvimento da comunidade é um dos pilares da nossa estratégia para a gestão de espaços verdes. Através de iniciativas de voluntariado, de consultas públicas e de programas de educação ambiental, procuramos promover o sentimento de pertença e a responsabilidade partilhada. A participação ativa dos cidadãos em Guimarães é diversificada e fundamental para garantir que os nossos espaços verdes sejam vivos, dinâmicos e respondam às necessidades da comunidade. Temos exemplos como as Brigadas Verdes, que cobrem 79% do território municipal, onde cidadãos voluntários desenvolvem projetos de sustentabilidade nas suas freguesias. A Assembleia de Cidadãos no Bairro C, integrada na Missão das 100 Cidades, demonstra o nosso compromisso com a democracia participativa. Os Grupos de Ação Local e o Pacto Climático de Guimarães envolvem a comunidade na definição das prioridades e na implementação de soluções para os nossos espaços verdes e para a cidade no geral. Estes projetos demonstram a importância da comunidade na co-criação de soluções para os desafios que enfrentamos.

Quais são os próximos passos e projetos futuros para garantir que Guimarães continue a ser uma referência na gestão de espaços verdes?

Guimarães está profundamente comprometida com a construção de um futuro mais sustentável e verde. A obtenção do “Green Flag Award” e a distinção como finalista para Capital Verde Europeia 2026 são marcos importantes nesta jornada.

No futuro, pretendemos consolidar a nossa posição de referência na gestão de espaços verdes, alinhada com os objetivos do “European Green Deal” e com as missões da União Europeia. A assinatura do “Green City Accord” e a atribuição do “Mission Label” são testemunhos do nosso compromisso com a transição para uma cidade climaticamente neutra e inteligente.

Neste sentido, vamos continuar a investir em projetos inovadores que promovam a biodiversidade, a economia circular e a mobilidade sustentável, sempre com o envolvimento ativo da comunidade. O nosso Ecossistema de Governança Guimarães 2030, que integra a academia, o setor privado e a sociedade civil, será fundamental para a implementação dos planos estratégicos, garantindo uma gestão ambiental e climática integrada.

A Equipa de Ação Climática do Município, em estreita colaboração com o Laboratório da Paisagem e a Estrutura de Missão Guimarães 2030, continuará a trabalhar de forma sistemática para alcançar os nossos objetivos. Através de projetos como a criação do Green Belt – cintura verde, as ecovias do Ave, Selho e Vizela, os projetos de descarbonização do Bairro C, entre outros, pretendemos transformar Guimarães numa cidade mais verde, sustentável, mais justa e mais resiliente às alterações climáticas.

Jardim do Monte Latito
Parque da Cidade de Guimarães
Parque da Cidade de Guimarães

ARQUITETURA, IDENTIDADE E INOVAÇÃO NA HABITAÇÃO

O Porta 27—Arquitetura, localizado em Barcelos, é uma referência na arquitetura, que une inovação e funcionalidade em projetos que refletem uma estética sofisticada e prática. Conta com uma abordagem centrada na personalização de cada cliente, de forma a transformar espaços em ambientes únicos, onde o design moderno encontra a eficácia. Em entrevista à Revista Business Portugal, os Arquitetos Bianca Moreira e Hélder Costa falam sobre o estúdio, projetos desafiadores e muito mais.

Como nasceu o estúdio de arquitetura Porta 27– Arquitetura e como é que se diferencia de outros estúdios de arquitetura?

O nosso estúdio era um objetivo presente desde os tempos de estudantes. Após alguns anos a colaborar com outros profissionais, em 2016 consideramos que era o momento certo para iniciar a nossa atividade. Estamos vocacionados para a habitação. É um tipo de projeto que nos dá imenso prazer desenvolver, e temos como missão principal projetar espaços que se adequam às exigências e gostos do cliente. A funcionalidade e a fluidez espacial, é, para nós imperativa. Destacamos como principal característica da nossa arquitetura o uso da cor, do betão, da madeira, da pedra e da cortiça.

Qual o tipo de projetos que a Porta27– Arquitetura foca a sua abordagem? Qual é a importância do trabalho em equipa no vosso estúdio?

Aceitamos projetos de várias tipologias e escalas. Na temática da habitação, temos especial foco nos projetos de reabilitação. Geograficamente, estamos inseridos num meio muito rico neste tipo de projetos, e o nosso portfólio conta diversos exemplos deste tipo de intervenção. Para nós, o trabalho em equipa é o “pilar”. Temos de antecipar tudo em projeto, e tal só é possível com planeamento multidisciplinar.

Quais são os projetos mais desafiadores ou inovadores que o Porta 27– Arquitetura já realizou? De que forma integram as novas tecnologias no desenvolvimento dos vossos projetos de arquitetura?

Valorizamos todos os projetos, todos eles possuem características diferenciadoras, mas também elementos que nos caracterizam enquanto estúdio, dizem-nos por vezes, “passamos numa casa que de certeza que é projeto vosso”. Estas observações indicam que os nossos projetos possuem identidade. Ao fim de quase uma década de atividade, o projeto da nossa casa continua a ser um dos mais desafiadores. Para além de arquitetos, eramos os clientes, e, por vezes tínhamos de nos sentar em lados opostos da mesa, mas ainda hoje é um projeto que nos orgulha e que trouxe bastante visibilidade profissional. Foi definido logo à partida que teríamos de usar betão aparente. É um projeto de linhas bastante simples, e conjuga perfeitamente com as alvenarias de granito pré-existentes e os ripados de madeira.

Obrigatoriamente as novas tecnologias fazem parte do dia a dia, concedem rapidez e rigor ao processo, desde a conceção à execução.

Quais são os planos da Porta 27 – Arquitetura em termos de futuro? Que estratégia está delineada para continuarem a destacar-se num mercado cada vez mais global e competitivo?

Os objetivos da Porta 27 – Arquitetura são os mesmos que estão na sua origem, praticar uma arquitetura “habitável” através da criação de espaços confortáveis e adequados às reais necessidades da vivência do dia a dia. Acreditamos que aliado à nossa identidade e aos nossos princípios, a formação é também essencial para viabilizar a continuidade da nossa empresa.

Que conselhos dariam para jovens arquitetos que estão a iniciar as suas carreiras no dia de hoje e que ambicionam trabalhar por conta própria?

Devem defender as vossas criações independentemente das críticas. A arquitetura é uma arte, e como tal não é consensual. Se defenderem os vossos princípios, mais tarde ou mais cedo serão valorizados.

geral@porta27-arquitetura.pt www.porta27-arquitetura.pt

Hélder Costa e Bianca Moreira, Arquitetos

ENTRE ARTE E CONSTRUÇÃO A VISÃO DO GRUPO ZEGNEA

Criado em 2008, o Grupo Zegnea assume na atualidade uma posição de destaque, sendo um player de referência nas áreas que abraça. Em entrevista à Revista Business Portugal, o Arquiteto Hugo Lobo dá a conhecer a essência e universo do grupo que tem uma identidade singular e uma visão muito própria do mercado e do mundo.

Que balanço faz da trajetória do Grupo Zegnea e como descreve o seu posicionamento? Em que valores assenta a abordagem do grupo e o seu ADN?

A história da empresa é indissociável de uma herança e transmissão de conhecimento familiar. Faço parte de uma 3ª geração de pessoas ligadas ao sector da construção, condição que me obrigou desde muito cedo a lidar com as especificidades e natureza desta atividade. Em 2008, como reação à crise que assolou o setor, decido criar o Grupo Zegnea, numa interpretação própria e numa procura de posicionamento num mercado em falência, identificando onde poderíamos marcar a diferença e contribuir para uma mudança de comportamento daquilo que eram os padrões organizacionais e operacionais das empresas de construção. A medida mais ousada foi, sem dúvida, colocar a Arquitetura como o centro da nossa atividade. Lentamente, observa-se uma consciencialização do papel do Arquiteto, da mais-valia que representa a sua presença em todo o processo, mas ainda existe uma certa resistência em delegar na disciplina da Arquitetura a responsabilidade de pensar as nossas cidades e entendê-la como elemento central no setor da construção. No nosso ADN está bem patente esta influência e visão, por um lado a questão hereditária da “empresa familiar”, direcionada para o desenvolvimento de um trabalho a longo prazo, na procura de um crescimento sólido, sustentado na confiança e na criação de uma identidade, em paralelo com uma inquietação constante, numa visão muito própria do mercado e do mundo, na procura de deixar que a Arquitetura seja o estimulador de todo o processo, e o crescimento e os resultados que temos obtido validam este projeto “Zegnea”.

Além dos projetos arquitetónicos, o Grupo também se dedica à construção, reabilitação, arquitetura de interiores, mobiliário e promoção imobiliária. Como é que essa abordagem integrada contribui para a experiência dos clientes?

A Arquitetura é o ligante de toda a nossa ação, o elemento de coesão desta estrutura complexa. O setor da construção é extremamente exigente e demasiado resistente à mudança, desde quem

Hugo Lobo, Arquiteto

executa até ao cliente final, existe uma resistência na aceitação de novas abordagens e diferentes linguagens. Procuramos, de uma forma natural e gradual, integrar todos os serviços necessários para uma experiência plena de um qualquer processo de planeamento e construção. Temos dado passos sólidos no desenvolvimento de uma estrutura sustentada e robusta, que seja atrativa para quem procura os nossos serviços, mas também para quem connosco colabora. Acredito que um dos nossos fatores de crescimento é esta procura da valorização da relação humana e do equilíbrio entre todos. Não existe negócio sem o cliente, mas não existe o produto sem as pessoas que o executam, daí que a valorização e o respeito sobre o trabalho e função de cada um é essencial para o sucesso da estrutura.

A junção da arquitetura com áreas complementares permite o desenvolvimento de uma solução arquitetónica integrada, concebendo um produto pensado e construído, do início ao fim, com o maior rigor, qualidade e sentido estético?

Diria que não há outra forma de desenvolver um bom projeto/ construção, sem que se observe essas condições, ou seja, a Arquitetura trabalha sempre em complementaridade com as outras disciplinas. O nosso modelo organizacional proporciona-nos um maior controlo de todo o processo, para além de permitir uma discussão contínua e transversal de todas as fases. Esta multidisciplinariedade enriquece toda a organização e reflete-se na experiência do cliente e na qualidade do produto final.

Os projetos e obras executados pelo Grupo Zegnea caracterizam-se pela elegância e simplicidade, valorizando a qualidade do desenho e dos materiais, assim como o rigor e mestria na execução da obra. Do vosso portefólio, que projeto ou projetos elege como mais significativos ou desafiadores?

Não procuramos “padronizar” modelos, mas seguir e implementar princípios que se adequam a cada lugar, circunstância e vivência. Só assim conseguimos alcançar a identidade e individualidade de cada projeto. Todos os projetos, independentemente da sua natureza, programa, escala ou localização, contribuem para um contínuo desenvolvimento do nosso pensamento, da nossa linguagem e da forma como olhamos a Arquitetura.

O gabinete de arquitetura demonstra todo o seu mérito através das várias distinções e prémios que conquistou. O que representam estes prémios e reconhecimento? Qual o impacto destas distinções na visibilidade e notoriedade da organização?

As distinções nacionais e internacionais apenas trazem uma maior responsabilidade à forma como olhamos e nos dedicamos aquilo que fazemos. Sou, sem sombra de dúvida, o meu maior crítico e não permito nenhum tipo de deslumbramento perante as distinções e prémios alcançados. Um restaurante que consiga alcançar uma estrela Michelin não chegou ao topo da sua evolução, alcançou sim uma validação do seu pensamento e uma necessária continuação de um processo de inovação e criatividade, para além da manutenção de padrões de qualidade e de operação interna. Da mesma forma acontece na nossa atividade, interessa-me sempre que o maior reconhecimento seja transmitido pelos nossos clientes, quem nos confiou, provavelmente, o maior investimento da sua vida. Esse é o meu maior desafio, corresponder e respeitar a confiança que

em nós depositam. Os prémios e distinções serão sempre o reflexo da qualidade do nosso trabalho, não um fim em si.

De que forma a localização na região do Minho influencia o vosso trabalho? A cultura, o património e as características naturais da região têm impacto nas decisões de design e nos projetos que desenvolvem?

Todos os “Lugares” têm os seus próprios contextos e a Arquitetura obedece a esta relação intrínseca com a transformação do “Lugar”, da mesma forma, absorve esses estímulos, dos “Lugares” que a acolhe. O Minho é um território com características muito próprias e desafiantes, por um lado encontramos cidades de média escala, com centros históricos e urbanos consolidados, mas observamos também um forte tecido urbano difuso nas periferias e áreas de transição. Isto abre problemáticas e oportunidades muito interessantes que obrigam a um estudo contínuo e a uma adaptação a diferentes realidades e contextos. Temos neste momento muito do nosso trabalho concentrado na cidade de Guimarães, que tem sido a “porta” de entrada para o resto do Mundo. É aqui que procuramos validar e implementar a nossa ideia e visão, promovendo um discurso critico, criativo e ambicioso sobre a disciplina da Arquitetura, que contribua para uma valorização cultural da cidade e da região que nos acolhe.

Olhando para o futuro, quais são os principais objetivos e estratégias do Grupo Zegnea para continuar a inovar e melhorar o seu trabalho? Há alguma área específica em que estejam especialmente interessados em explorar ou expandir nos próximos anos?

Interessa-nos continuar a desenvolver, a pesquisar e entender as necessidades das pessoas e a evolução da sociedade. Olhamos com especial interesse para o tema habitação, que nos permite abordar muitas vertentes da problemática associada ao ato de projetar e construir. Mais do que tudo, interessa-nos dar respostas concretas e eficientes às solicitações que nos fazem ou que nós próprios promovemos. Neste momento, encontramo-nos a desenvolver um modelo habitacional otimizado, o qual chamamos de “Habitação Essencial”, no qual procuramos dimensionar este espaço “doméstico” numa relação de otimização/eficiência, que se apresente como solução válida para o problema do crescente aumento do custo da construção e consequente falta de habitação no mercado.

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A ARTE DA RENOVAÇÃO E DA REALIZAÇÃO DE SONHOS

A caminho dos sete anos de existência, a Construliving - Engenharia e Construção, sediada em Viana do Castelo, é uma conceituada empresa de engenharia e construção da região minhota. A arte da remodelação é um ponto fundamental para o sucesso da empresa. Em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Rocha, CEO da Construliving, conta-nos a chave para o sucesso, a importância de colocar amor no trabalho e de realizar tudo com o máximo rigor e dedicação possível.

O nascimento do sonho

Com a área da construção civil muito ligada à sua família, desde que se lembra Pedro sempre soube qual seria o seu caminho. “Venho de uma família ligada à construção civil, representando a 5.ª Geração dessa linhagem de mestres de obras, alicerçada essencialmente nas vivências partilhadas com o meu pai. Por isso, sempre tive presente que era o que queria para a minha vida. O meu futuro nunca foi uma dúvida, sempre foi uma certeza, e cá estou”.

Formado em Engenharia Civil e Ambiente, pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, com o alavancar da carreira, Pedro decidiu, há sete anos, que estava na hora de abrir a sua própria empresa e fazer o que realmente o fascinava, ou seja, executar projetos de renovação/reconstrução de edifícios com um cariz histórico e de relevância arquitetónica.

E assim nasceu a Construliving - Engenharia e Construção, onde tudo é feito com muito amor, sentido de responsabilidade e autenticidade. O objetivo da empresa é trabalhar bem de perto com os clientes na construção e reconstrução dos seus lares e dos seus espaços. Nascido e criado no Douro, mais propriamente, na Vila de Mesão Frio, quis o destino que Viana se tornasse a cidade onde se formou, constituiu família e se estabeleceu profissionalmente, mas considera-se pronto para o mundo. “Tenho muito orgulho nas minhas raízes, mas estou disposto a ir mais longe, sendo sempre fiel aos meus princípios”, realça o engenheiro civil.

O respeito pela história e os serviços da Construliving

Cada casa que necessita de uma renovação conta uma história, seja de quem lá viveu, ou de quem lá vive e a equipa da Construliving sabe a importância emocional de trabalhar com essas histórias. “O que nós tentamos trabalhar para manter alguma história da própria casa, são os detalhes”. Pedro garante que o importante é o cliente relembrar, seja o pai, o avô, ou as brincadeiras que tinham em criança, através da manutenção de características dos espaços

Pedro Rocha, CEO

ceder à tentação de majorar lucros em detrimento da qualidade da obra. Este é um dos princípios chave da profissão.

Sabemos que os sonhos são todos diferentes, e por isso, criamos espaços únicos, com a perspetiva de que os mesmos representem a essência de cada cliente

que registam memórias marcantes, o que demonstra o cuidado com que a Construlliving trata os seus clientes. Com serviços de construção, remodelação, reabilitação, engenharia, design de interiores, fiscalização, coordenação de segurança, planeamento e gestão de obra, a empresa gerida por Pedro assume a importância do seu trabalho. “Sabemos que uma casa é mais do que a construção de quatro paredes. É um sonho, sabemos que os sonhos são todos diferentes, e por isso, criamos espaços únicos, com a perspetiva de que os mesmos representem a essência de cada cliente”, defende o CEO da Construliving.

A importância da engenharia

A engenharia civil é fundamental para o desenvolvimento e o bem-estar da sociedade moderna, pois está diretamente envolvida na criação de infraestruturas e serviços essenciais de forma a otimizar a qualidade de vida das pessoas. Desempenha também, um papel crucial no desenvolvimento sustentável, na segurança e no progresso da nossa sociedade e economia, tornando-a uma das profissões mais relevantes para o crescimento da sociedade como a conhecemos. O CEO refere que para ele um bom engenheiro “tem de ser leal ao cliente e transparente, cumprir todos os protocolos e de levar a cabo o seu trabalho com critério e sentido de responsabilidade, sem

O futuro da Construliving

O futuro pode ser sempre algo que assuste alguns empresários, mas não é o caso do nosso entrevistado. “A pandemia da Covid19 fez-nos aprender, se por um lado nos deixou apreensivos, por outro foi crucial para a forma como hoje nos posicionamos no mercado. Nessa altura, percebi que havia a necessidade da criação de um plano de crise para a nossa empresa. Nesse sentido, destaco a importância da criação de uma base financeira sólida para fazer face aos desafios que possam surgir. A par disto, é essencial apostar nos recursos humanos. As empresas fazem-se de pessoas e, por isso, almejo continuar a investir num corpo humano que se coadune com os valores da empresa. Outro dos objetivos no qual estamos a trabalhar relaciona-se com a abertura de novos horizontes, diversificando a área de atuação, atualmente direcionada para a edificação, criando sinergias para ingressar na área da indústria”, refere Pedro. Como última nota, o nosso entrevistado deixou algumas palavras aos estudantes de Engenharia Civil que sonham em criar a sua própria empresa: “Aconselho a quem quiser ingressar nesta área que invista na sua formação e, que acima de tudo, se diferencie na procura de algo novo que acrescente valor. Na Construliving queremos assumir uma postura diferenciada e inovadora, apoiada por uma equipa especializada que, em conjunto, trabalha diariamente para estabelecer uma relação de confiança e de transparência com os nossos clientes”, finaliza o CEO.

962 189 531(chamada para rede móvel nacional) geral@construliving.pt

ESPECIAL LEIRIA

Situada no coração de Portugal, Leiria é uma cidade onde história, cultura e natureza são um ponto de encontro perfeito entre o litoral e o interior. Com um cenário dominado pelo seu incrível castelo que vigia a cidade desde os tempos medievais, Leiria vai muito além dos seus monumentos imponentes. Esta região é um verdadeiro tesouro de tradições, gastronomia e uma vitalidade empresarial que reflete a sua importância para a economia nacional. Neste especial dedicada a Leiria, convidamo-lo a descobrir os encantos que tornam esta cidade e a sua região um destino obrigatório, revelando um dos maiores tesouros do mapa português.

“QUERO QUE OS CLIENTES SAIBAM QUE CUIDO DO PROBLEMA DELES”

Joana Vieira tem-se destacado pela capacidade de oferecer um serviço jurídico completo e personalizado, acompanhando de perto cada cliente e proporcionando soluções jurídicas eficazes e adaptadas às suas necessidades específicas. Com uma abordagem focada na ética, no profissionalismo e na proximidade com os clientes, Joana Vieira construiu uma reputação de confiança no meio jurídico. O seu compromisso com a excelência e a defesa rigorosa dos interesses dos seus clientes fazem dela uma figura inspiradora na área da solicitadoria, sempre pronta a enfrentar os desafios com determinação, rigor e paixão. Em entrevista, revela a sua história marcada pela busca constante por ajudar pessoas, por resolver problemas e por aliviar a carga emocional que a burocracia pode trazer.

Quem é a Joana Vieira – Solicitadora?

Na tranquila localidade do Juncal, vive e trabalha Joana Vieira, uma solicitadora de 34 anos que se tem destacado na sua área. Natural das Caldas da Rainha, cresceu entre os desafios do negócio familiar, onde desde jovem se familiarizou com o mundo administrativo. Contudo, a sua ambição não se limitava a isso. “Desde cedo, a parte administrativa da empresa dos meus pais despertou o meu interesse. No entanto, percebi que apenas trabalhar na área de recursos humanos não seria suficiente, pois queria ajudar mais pessoas”, recordando os primeiros passos na sua carreira.

A sua decisão de seguir a solicitadoria, impulsionada pela influência familiar, foi um divisor de águas. “Adoro o que faço e o maior prazer que retiro do meu trabalho não é o salário, mas sim a satisfação e alívio das pessoas ao verem os seus problemas resolvidos”, destacando a essência da sua vocação. Embora tenha inicialmente considerado uma carreira no desporto, Joana rapidamente percebeu que o caminho das humanidades era o seu destino. “Muitas pessoas perguntam-me porque não segui advocacia. A verdade é que, como advogada, teria de defender causas em que não acredito. Como solicitadora, posso ser sincera desde o início e dizer logo se é possível ou não ajudar”, explica.

Diversidade na solicitadoria

A solicitadoria em Portugal é uma profissão antiga, mas muitas vezes mal compreendida. A solicitadora utiliza uma analogia divertida para descrever o seu trabalho: “Coloca um contabilista e um advogado num saco, chocalha bem, e sai um solicitador”. De facto, as suas funções são diversas, abrangendo áreas como direito predial, fiscal, automóvel, comercial e questões de família.

A entrevistada enfatiza que, embora possa atuar em tribunal, a verdadeira paixão reside na resolução de questões burocráticas. “O que realmente me apaixona é o desafio de resolver questões burocráticas,

Adoro o que faço e o maior prazer que retiro do meu trabalho não é o salário, mas sim a satisfação e alívio das pessoas ao verem os seus problemas resolvidos

organizar documentos e correr entre várias entidades para garantir que tudo está em ordem”.

Quando questionada sobre as áreas de maior relevância na sua prática, Joana não hesita: “Ajudo frequentemente com partilhas de heranças, onde o emocional e o racional se misturam de forma complicada”. É nesse contexto que a sua abordagem mediadora se destaca, ajudando famílias a resolverem conflitos que podem ser desgastantes. “Nunca houve uma partilha que não se tenha resolvido, mas posso garantir que não é fácil”, sublinhando a complexidade das relações familiares.

O desafio da burocracia

Joana Vieira também não se esquiva ao abordar a realidade desafiadora da burocracia em Portugal. Apesar dos esforços para digitalizar processos através do programa Simplex, a solicitadoria ainda enfrenta obstáculos significativos. “Mesmo com essa modernização, o serviço público continua a ser muito burocrático e exigente”, critica. A solicitadora menciona o exemplo do BUPi (Balcão Único do Prédio), que, embora tenha sido criado para simplificar o registo de terrenos, falha em garantir a precisão necessária, o que pode levar a conflitos

Joana Vieira, Solicitadora

futuros. “Estamos a viver numa era em que as instituições precisam de uma reformulação urgente”, afirma.

Joana enfatiza que a escassez de recursos humanos nas repartições públicas tem um impacto direto na eficiência dos serviços. “A falta de resposta atempada e os bloqueios no sistema persistem, levando-nos a recorrer constantemente a tribunais para tentar obter respostas”, lamenta.

A importância da colaboração

Uma das ideias centrais que a entrevistada defende é a colaboração entre as diferentes profissões jurídicas. “Gostava muito que as classes dos advogados, solicitadores e agentes de execução trabalhassem mais em conjunto, em vez de cada um tentar puxar a brasa à sua sardinha”.

Joana Vieira imagina um futuro em que os profissionais da lei operem num modelo de serviços integrados, semelhante ao que existe nos Estados Unidos, onde os clientes podem ser encaminhados facilmente para diferentes especialistas dentro de um único espaço. “Quero que os clientes saiam descansados, sabendo que eu cuido do problema deles e que só voltarão se for realmente necessário”, afirma com convicção.

O impacto do direito da imigração

Um dos campos de atuação que Joana considera particularmente relevante é o Direito da Imigração. Recentemente, a transição do SEF para a AIMA trouxe novos desafios para os solicitadores e imigrantes. “A regularização dos imigrantes tem estado marcada por ineficiências e falta de organização”, explica. Muitos dos seus clientes enfrentam dificuldades em obter respostas e, frequentemente, têm expectativas desmedidas sobre o que pode ser feito. “Na prática, estamos limitados pela própria ineficácia das instituições”, critica, alertando para o impacto que isso tem na vida dos imigrantes.

Quero que os clientes saiam descansados, sabendo que eu cuido do problema deles e que só voltarão se for realmente necessário”, afirma com convicção

A solicitadora trabalha diariamente para gerir não só os processos, mas também as expectativas dos seus clientes, o que exige um grande grau de paciência e empatia. “Acredito que a minha abordagem, de ouvir e mediar com calma, é a mais eficaz”, afirma.

Uma nova geração de solicitadores

A profissão de solicitador em Portugal tem passado por uma transformação. A entrevistada menciona as recentes alterações estatutárias que permitiram a publicidade e a utilização de logótipos pessoais pelos solicitadores. “Essa abertura permite-nos maior flexibilidade e conforto nos nossos escritórios”, declara.

Contudo, ainda vê áreas que precisam de reforma, especialmente no que se refere ao sistema de pensões dos solicitadores. “A situação atual não garante uma pensão ao nível da segurança social. Acredito que o sistema deveria ser mais parecido com o da Segurança Social para trabalhadores independentes”.

O futuro da solicitadoria

O futuro da profissão parece promissor, embora a solicitadora reconheça a necessidade de adaptação constante às exigências do mercado. “Estou a ponderar abrir um terceiro escritório e gostaria de encontrar o espaço certo na zona que idealizo”, revela, demonstrando uma ambição que a caracteriza. Além disso, acredita que a diversidade de serviços que os solicitadores podem oferecer pode ser um fator diferenciador no mercado.

Com uma abordagem centrada no cliente e uma visão clara para o futuro, Joana Vieira é uma figura inspiradora no campo da solicitação. Não só representa a modernização da profissão, mas também a busca por um sistema mais justo e eficiente para todos. “A minha visão é criar um espaço em Portugal semelhante ao que existe nos Estados Unidos, onde profissionais de diversas áreas estão concentrados num só lugar”, conclui. É uma visão audaciosa, mas com certeza uma que poderá moldar o futuro da solicitadoria em Portugal.

917 907 525 (chamada para rede móvel nacional) 7464@solicitador.net

JOANA VIEIRA

COMPROMISSO COM A QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE

A BagaCentro, uma empresa portuguesa com sede em Leiria, destaca-se pela sua localização privilegiada na Península Ibérica. Portugal, beneficiando de um microclima único, graças à proximidade ao Oceano Atlântico e a uma elevada exposição solar, Portugal de norte a sul, oferece condições excecionais para a produção de frutas praticamente durante todo o ano. Nesta edição da Revista Business Portugal tivemos o privilégio de conversar com Fábio Teixeira, o criador da BagaCentro, descobrir a sua história e os planos para o futuro.

A origem da BagaCentro

Fábio Teixeira começou o seu percurso profissional na área do vidro, no entanto, a agricultura sempre lhe esteve no sangue. “Fui criado pelos meus avós, praticamente no campo, e isso despertou o meu amor pela terra”, partilha.

Durante anos, investiu na sua formação em agricultura, com o objetivo de transformar essa paixão em realidade. Em 2017, deu o primeiro passo ao fundar a BagaCentro, começando com uma pequena produção de physalis, numa área de quatro mil metros quadrados. Escolheu este fruto por ser uma opção ousada, pouca cultivada e consumida na Europa, especialmente em Portugal.

Os primeiros tempos foram de aprendizagem, mas em 2018, com um hectare de cultivo, a BagaCentro atingiu um marco importante conseguindo resultados impressionantes. “Enquanto outros precisavam de dois hectares, nós, com apenas um, conseguimos produzir a mesma quantidade”, refere Fábio. Este sucesso, no primeiro ano, foi fruto de muita pesquisa e da realização de experiências.

No entanto, em 2019, um furacão destruiu as suas plantações, forçando a empresa a repensar a sua estratégia: “Foi nesse momento que decidimos introduzir novos produtos: framboesa, mirtilo, maracujá, amora, groselha e morango”. Embora não produzissem diretamente estas frutas, a BagaCentro estabeleceu parcerias com produtores, ampliando a oferta e reforçando a sua presença no mercado. “Foi uma nova etapa, e apesar dos desafios, continuamos a crescer”, remata o produtor.Tendo atualmente 190 produtores de norte a sul de Portugal, em parceria com a BagaCentro.

A produção própria e a componente humana Neste momento, Fábio destaca-se como o maior produtor de physalis na Europa, um fruto tropical que tradicionalmente

é cultivado na Colômbia e Peru, mas que se adapta surpreendentemente ao clima português. “Ao contrário do abacate, que tem causado impactos negativos na região do Algarve devido ao consumo excessivo de água, a physalis é uma fruta resistente. Consegue enfrentar condições adversas, como granizo e ventos fortes, que podem danificar a planta, mas esta consegue recuperar com facilidade. Além disso, o fruto, quando colhido no momento certo, pode ser conservado mais de 30 dias em frio, permitindo flexibilidade na logística e até a possibilidade de esperar por melhores preços de mercado”, explica o entrevistado. Atualmente, embora se dedique à produção de physalis, já existem planos para diversificar a sua produção. “Em 2025, quero cultivar, pelo menos, cinco hectares de framboesa e aumentar a área de mirtilo em mais 12 hectares, de forma a atingir um total de 50 hectares dedicados a este fruto”.

Fábio Teixeira, CEO

Um dos grandes obstáculos que o empresário enfrenta está na expansão da sua área de cultivo, devido à fragmentação dos terrenos na região, que pertencem a diferentes proprietários, levando a BagaCentro a concentra-se em outros distritos para a realização dos seus projetos de maior embergadura. Além disso, Fábio ressalta um problema estrutural no setor. “Dos 190 produtores com quem trabalho, metade não tem formação especializada na área ou são de pequena dimensão, o que é uma grande desvantagem. Em Portugal, é fundamental que os produtores se especializem para competir com mercados como o espanhol, onde a especialização e as economias de escala são uma realidade.

O produtor sublinha ainda a sua frustração com os pequenos projetos agrícolas financiados no país. “Apoiar projetos com apenas um ou dois hectares não faz muito sentido. Para ser viável, uma exploração agrícola em Portugal deveria ter, pelo menos, cinco hectares. Muitos queixam-se dos preços pagos pelas empresas, mas é incomparável colher duas ou três toneladas a quatro euros o quilo, face a quem entrega 100 toneladas pelo mesmo valor”.

Outro desafio relevante em aumentar mais em numero de produtores ( sendo fundamental para a empresa na sua evolução), Fábio defende que é crucial que a maioria dos produtores obtenha certificações, formações, que obtenham as variedades mais lucrativas/procuradas, tentem a sua expansão da sua propriedade e que cumpram rigorosamente as normas, garantindo que os produtos cheguem em boas condições. Contudo, muitos ainda operam em condições precárias, tais como difíceis acessos, ausência de câmaras de frio, sem certificações, quantidades de produção que não permite lucros e a sua evolução, dificultando a sua monitorização.

A physalis é uma fruta resistente. Consegue enfrentar condições adversas, como granizo e ventos fortes, que podem danificar a planta, mas esta consegue recuperar com facilidade

Outro problema são os preços dos produtos dentro da Europa, Europa esta, que não defende os seus produtores, permitindo que alguns países do leste e países fora da União Europeia, que possam ser colocados produtos a baixo do custo de produção, e isso é extremamente complicado na valorização do produto, pois a maioria de grandes empresas de obsorção, quer é preço baixo e só depois vem a qualidade/origem.

A equipa BagaCentro e a preocupação ambiental

Apesar de ser uma equipa relativamente pequena, a BagaCentro revela-se altamente eficiente e ajustada. O CEO acredita que o sucesso não se alcança sozinho e que é fundamental valorizar o contributo de cada colaborador. “Não faz sentido ter várias pessoas a desempenhar a mesma função. Na Baga Centro, cada membro da equipa deve passar por todas as áreas: desde a plantação e colheita, até à manutenção do campo, ao trabalho de escritório e armazém. Este processo é importante para que cada um entenda a importância de cada papel, e para que, por exemplo, alguém no escritório saiba exatamente do que está a falar ao lidar com questões de produção”.

Este modelo de gestão, porém, é exigente e requer tempo. Assim, Fábio admite apenas um número reduzido de pessoas de cada vez, dada a complexidade do processo. “Atualmente, contamos com sete colaboradores permanentes, além dos contratados e serviços temporários. Este grupo é o pilar da empresa, pois têm tanto conhecimento como eu. Com algumas exceções, todos dominam as suas áreas e possuem uma visão abrangente da operação. Cada um trabalha com o empenho de quem sente que a empresa é sua, criando um ambiente quase familiar”, assumindo que tem o desejo de manter uma equipa unida, onde o sucesso da empresa seja uma preocupação comum a todos.

No que toca à vertente ambiental, o foco está na produção sustentável de framboesas e mirtilos, com a ambição de alcançar a autossuficiência energética. “Já temos um edifício que funciona inteiramente com energias renováveis e, em breve, planeamos exigir aos nossos produtores que controlem rigorosamente o

uso da água, pois muitos supermercados em Portugal e não só, já estão a solicitar certificações nesta área. O nosso objetivo é concluir este projeto nos próximos dois anos, apesar da logística complexa envolvida, especialmente com a expansão rápida que estamos a viver”. Fábio refere ainda o papel da equipa no sucesso ambiental da empresa, reforçando a importância do seu apoio e empenho nesta causa.

O futuro

O produtor tem grandes ambições para os próximos anos e pretende continuar com a sua equipa profissional e unida. O seu grande objetivo é alcançar o top 5 das empresas do setor até 2026 – uma meta que, embora pareça próxima, requer muito esforço. O caminho já começou a ser trilhado, mas ainda há muito trabalho pela frente para garantir que esse crescimento se mantenha de forma sólida.

Em Portugal, é fundamental que os produtores se especializem para competir com mercados como o espanhol, onde a especialização e as economias de escala são uma realidade

Assim que o novo armazém estiver mais desenvolvido, a empresa terá a capacidade de embalar produtos de forma personalizada de cada produtor ou outro que não seja afeto à nossa empresa. Serviço, porém, não irá interferir nas relações entre os produtores e os seus clientes, sendo apenas um apoio adicional. Além disso, está em curso um projeto para a criação de um centro logístico que facilitará a gestão de cargas. O objetivo é centralizar produtos num único ponto. “Estamos a preparar-nos para o futuro, mas não podemos ficar à espera de aprovações de fundos financiados pela União Europeia, que demoram anos, uma vez que precisamos de soluções imediatas. Decisões cruciais não podem ser adiadas, sob a pena de perdermos oportunidades e sermos ultrapassados pela concorrência. Manter o foco e a rapidez de execução é vital para continuarmos presentes e relevantes no mercado”, completa Fábio.

geral@bagacentro.pt • www.bagacentro.pt

Fábio Teixeira, CEO ao centro com a equipa

O DESTINO IDEAL PARA EVENTOS CORPORATIVOS

Ideal para reuniões, conferências e workshops, o Real Abadia Congress & Spa Hotel garante uma atmosfera tranquila e funcional, com suporte profissional para atender todas as necessidades do seu evento corporativo, como conta em entrevista, Rita Leão, General Manager da unidade hoteleira.

Como descreve o Real Abadia Congress & Spa Hotel? Quais são os principais pontos fortes do hotel que atraem turistas e visitantes, tanto nacionais quanto internacionais?

O Real Abadia Congress & Spa Hotel é um espaço acolhedor, situado numa zona tranquila e rodeada de natureza, na região de Alcobaça. A sua arquitetura, inspirada na história local, cria um ambiente confortável e harmonioso, onde os visitantes podem desfrutar de uma estadia relaxante. O hotel atrai tanto turistas nacionais como internacionais, que procuram uma combinação entre descanso e proximidade com o património cultural, como o Mosteiro de Alcobaça, e a natureza envolvente. Os hóspedes podem desfrutar de uma atmosfera tranquila e autêntica, ideal para quem quer fugir ao ritmo acelerado do dia a dia.

Quais são os principais espaços e serviços que o Real Abadia Congress & Spa Hotel oferece para eventos corporativos, como conferências, reuniões e workshops? De que forma o hotel personaliza as suas ofertas para atender a diferentes tipos de eventos empresariais?

Para eventos corporativos, o Real Abadia Congress & Spa Hotel oferece diversas salas de conferência e espaços funcionais, equipados com os recursos necessários para reuniões, conferências e workshops As salas podem ser adaptadas a diferentes tipos de eventos, desde encontros mais intimistas até sessões de maior escala. Além disso, os

jardins e o terraço exterior podem ser utilizados para momentos de convívio e pausas, proporcionando uma ligação direta à natureza. A equipa do hotel trabalha de perto com as empresas para personalizar cada evento, desde a organização do espaço até ao apoio técnico, para garantir que todas as necessidades são atendidas.

Sabemos que o hotel oferece serviços de spa e bem-estar. Como é que esses serviços podem ser integrados nos eventos corporativos, especialmente para empresas que procuram proporcionar uma experiência de relaxamento e equilíbrio para os seus colaboradores?

Os serviços de spa e bem-estar do hotel podem ser facilmente integrados em eventos corporativos, ajudando as empresas a proporcionar uma experiência mais equilibrada para os seus colaboradores. Oferecemos a possibilidade de incluir momentos de relaxamento no programa dos eventos, com atividades como massagens ou acesso ao circuito de água, que ajudam a aliviar o stress e a melhorar o bem-estar dos participantes. Estes momentos de pausa ajudam a criar um ambiente mais descontraído, onde os participantes podem recarregar energias e voltar ao trabalho com mais foco e disposição.

Quais são as principais oportunidades de crescimento que o hotel identifica para expandir a sua atuação no setor corporativo? Como o hotel pretende evoluir para atender às novas demandas do mercado de hospitalidade e do turismo nos próximos anos?

O Real Abadia Congress & Spa Hotel vê várias oportunidades de crescimento no setor corporativo, especialmente na adaptação a novas formas de trabalhar e organizar eventos. O mercado está a mudar, com mais empresas a procurar soluções híbridas e espaços que permitam a realização de eventos tanto presenciais como virtuais. A nossa estratégia passa por melhorar a oferta tecnológica, para suportar estes novos formatos, e também por investir em atividades de team building ao ar livre, que estejam em linha com as preocupações ambientais e de sustentabilidade. Assim, pretendemos continuar a evoluir para responder às novas exigências do turismo de negócios e oferecer uma experiência completa aos nossos clientes empresariais.

Rita Leão, General Manager

BRANDS POWER

O conceito Brands Power traduz a força e a influência que uma marca exerce, tanto no mercado quanto na mente dos consumidores. Vai além da simples notoriedade, envolvendo a capacidade gerar valor, estabelecer reconhecimento e, sobretudo, criar uma conexão emocional duradoura com seu público. As marcas com verdadeiro poder – ou “Brand Power” – conseguem moldar escolhas de compra, conquistar a fidelidade dos clientes e até ditar tendências no mercado. Este poder é construído devido a diversos fatores, como a qualidade dos produtos, a consistência na comunicação, a inovação e a capacidade de transmitir autenticidade e propósito. Num mercado competitivo, este poder pode ser o fator determinante que leva uma marca a um patamar de liderança. Nesta edição, temos o orgulho de apresentar marcas que realmente deixam a sua marca.

SINGULARIDADE E A PERSONALIZAÇÃO

A Edgar Alexandre, Lda. – Soluções de Aquecimento é especialista em oferecer soluções de aquecimento eficientes e inovadoras que se adaptam às necessidades de cada cliente.

Com a experiência de mais de 20 anos no ramo, a Edgar Alexandre, Lda. – Soluções de Aquecimento alcançou um patamar de referência no mercado, apostando sempre na inovação e profissionalismo. Que balanço faz desta trajetória e como descreve o posicionamento da empresa?

A dedicação e o profissionalismo todos os dias entregue aos nossos clientes são o espelho do nosso trabalho e o reflexo do nosso ADN.

Quando entregamos um projeto ao cliente, entregamos com a confiança que lhe deixamos o melhor resultado que conseguíamos, isso traz-nos o sucesso e posicionamento que temos hoje, fruto da nossa jornada até aqui. Todos os dias trabalhamos no sentido de nos tornarmos cada vez melhores, procurando estar sempre a par da inovação, entregar a melhor formação aos nossos colaboradores, e realizando parcerias de qualidade.

Quais os principais serviços preconizados pela empresa?

A empresa oferece soluções personalizadas para os clientes? Quais os fatores distintivos da Edgar Alexandre, Lda. – Soluções de Aquecimento num mercado cada vez mais global e competitivo?

O principal foco da empresa é a instalação de Sistemas de Aquecimento, dos mais diversos modelos. Contudo, inerente a esta área, completamos a nossa oferta com alguns outros serviços, tais como assistência técnica, serviços de manutenção, fornecimento de combustíveis ao nosso tipo de máquinas, lenha e pellets, entre outros.

Quando um cliente chega até nós a, nossa maior preocupação é tentar perceber o projeto que o cliente traz em mente, depois percebemos se é exequível, após isso, aconselhamos o cliente e apresentamos-lhe diversas soluções. A singularidade e a personalização envolvidas em cada trabalho são detalhes que nos fazem crescer, mas permanecer diferenciadores num mercado cada vez mais competitivo e global como o que enfrentamos atualmente.

Como é que a Edgar Alexandre, Lda. – Soluções de Aquecimento se mantém atualizada em relação às tendências do setor?

Além dos nossos produtos serem algo que após a sua colocação o cliente fica servido por alguns anos, esta área é uma área de constante evolução. As marcas com que trabalhamos estão sempre em desenvolvimento e em estudos de maneira a conseguirem trabalhar com a melhor tecnologia e produtos de última geração.

Amália Pereira e Edgar Alexandre, Administradores

Todavia, é nas feiras nacionais e internacionais que se dão as maiores ondas de expressão no que toca a novidades e tendências, eventos esses que tentamos visitar sempre que temos oportunidade, pois conseguimos contactar com as marcas fabricantes e fazer estudos de mercado sobre o que se avizinha nas temporadas seguintes.

Quais são as metas estratégicas para o futuro? A empresa pretende diversificar os seus produtos ou serviços? Como planeiam responder às mudanças nas expectativas dos clientes nos próximos anos?

Em 15 anos de existência, muitos planos e metas foram sendo traçados, alguns concretizados com sucesso, outros ajustados sempre que necessário, mas fomos construindo o nosso legado e damo-nos felizes e concretizados por tudo o que conseguimos erguer até hoje. Num futuro próximo ou mais longínquo, esperamos conseguir responder às adversidades que nos forem surgindo pelo mercado. Os nossos serviços foram, ao longo do tempo, crescendo e adaptando-se às necessidades de cada altura, mais do que aumentar a quantidade, preferimos sempre entregar qualidade ao cliente e o melhor resultado possível. Todos os dias lidamos com as expectativas de quem nos visita, e é importante saber avaliar o cliente e percebê-lo, da melhor maneira, para no final sentirmos que o cliente ficou satisfeito, sentirmos que o cliente é cada vez mais informado e ciente do que procura e cabe-nos a nós entregar o que procura. Sabemos que nos informarmos e atualizarmos sobre os produtos, as marcas e toda a inovação envolvente à nossa área, será talvez a chave para conseguirmos entregar a melhor resposta aos desafios que estão pela frente.

geral@lareirasedgaralexandre.com www.lareirasedgaralexandre.com

INGTRUST PROXIMIDADE E PERSONALIZAÇÃO

Josué Costa, CEO da Ingtrust, partilhou insights exclusivos sobre a trajetória da empresa e os desafios do setor. Sob a sua liderança, a Ingtrust tem-se consolidado como uma referência em soluções financeiras inovadoras, focadas em oferecer serviços personalizados para atender às necessidades de clientes empresariais e individuais. Josué Costa destacou ainda o compromisso da empresa com a transformação digital e o impacto positivo das novas tecnologias na oferta de produtos mais ágeis e eficientes, além de discutir a visão estratégica que está a guiar o futuro da Ingtrust.

Com mais de 15 anos de experiência em contabilidade, fiscalidade e consultoria empresarial, como é que a Ingtrust se adapta às constantes alterações legislativas e fiscais em Portugal?

Todos os recursos humanos da Ingtrust, frequentam assiduamente formações relativas a alterações legislativas e fiscais. Nenhuma empresa do ramo da Contabilidade vinga se não se mantiver atual. A parte legislativa e fiscal vive em constante mudança e temos que nos manter sempre atuais. Somos uma empresa associada da APECA, e registada na Ordem dos Contabilistas Certificados, o que nos permite acesso a todas as formações necessárias.

A Ingtrust posiciona-se pela personalização e proximidade com os clientes, fugindo ao modelo de “serviço de massa”. Como é que conseguem equilibrar essa abordagem com o crescimento sustentável da empresa?

Exatamente pela proximidade e personalização. A Ingtrust cresce, porque os nossos clientes estão satisfeitos e, como tal, nos recomendam ao amigo/a que quer abrir uma sociedade ou que precisa de um Contabilista Certificado ou apenas algum apoio. E é assim que a Ingtrust cresce. Em proximidade, passo a passo, tendo um crescimento sustentado e estruturado e não um crescimento exponencial com todos os riscos que se corre.

Uma empresa não é mais do que um grupo de pessoas. Só pessoas com ambiente de trabalho saudável e felizes, conseguem ser produtivas e dar sempre aquele bocadinho a mais que faz toda a diferença

Josué Costa, CEO

A empresa apresenta uma cultura organizacional muito focada no bem-estar dos colaboradores, como é que esta política tem impacto na produtividade, na retenção de talento e na competitividade da Ingtrust no mercado de serviços contabilísticos e fiscais?

Nenhuma empresa cresce e vive sem a sua componente de recursos humanos. E nenhuma empresa sobrevive sem capital humano. Uma empresa não é mais do que um grupo de pessoas. Só pessoas com ambiente de trabalho saudável e felizes, conseguem ser produtivas e dar sempre aquele bocadinho a mais que faz toda a diferença e têm gosto do que fazem. Os nossos colaboradores têm todas as semanas o almoço de equipa. Têm direito ao seu dia de aniversário. O dia que precisam de ir ao médico com os filhos não é descontado é dado! Entre outras surpresas.

O setor da contabilidade está a passar por uma transformação digital significativa. Que papel têm as novas tecnologias nas operações da empresa? Estão a planear uma adoção mais ampla dessas tecnologias no futuro?

Sofre efetivamente uma grande transformação. O arquivo digital é a forma mais rápida e segura de termos toda a informação e contabilização.

Simplifica muito todos os processos. O nosso programa de contabilidade já tem tudo isso previsto e inclusive uma aplicação, de forma a que os clientes através dessa mesma aplicação conseguem, consultar elementos da empresa, enviar despesas

e outros documentos pela aplicação para nós recebermos deste lado. Veio facilitar a vida de todos. Para nos concentrarmos no que é importante, apoiar os nossos clientes nos seus negócios e tomadas de decisões.

A Ingtrust trabalha com diversos setores, como é que conseguem manter uma especialização tão diversificada, e que tipo de estratégia é utilizada para assegurar que compreendem as necessidades específicas de cada setor?

Temos várias áreas consoante o que fomos sentindo dos nossos clientes, especificamente as suas necessidades. A especialização passa sempre pela formação constante em todas as áreas que atuamos. Só assim nos sentimos robustos e capazes de um serviço de excelência.

Olhando para o futuro, quais são os principais objetivos estratégicos da Ingtrust? Estão a pensar explorar novos mercados e serviços que possam potenciar o vosso crescimento e consolidar a vossa posição no mercado nacional?

Sim, estamos a potenciar novas áreas de negócios. Aproveitando o digital, estamos a nos inserir mo mercado do marketing e social media. Está ainda no seu começo e especialização, mas já temos um cliente que nos deu trabalho através da adjudicação dos serviços, porque sabe que somos capazes e empenhados.

Pretendemos continuar a nossa expansão a nível nacional para irmos ao encontro dos empresários e das pessoas e podermos fazer a diferença.

A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA

“A transformação é possível e necessária” (Persson, 2023), uma das grandes especialistas da área, referiu estas palavras acerca das conclusões na apresentação do último relatório de Desenvolvimento Sustentável Global da ONU (GSDR 2023). E se tal afirmação é verdade, também é verdade que só será possível através da adoção generalizada de práticas de sustentabilidade corporativa, que corresponde a uma abordagem por parte das empresas, que visa não comprometer os três grandes pilares da sustentabilidade (ESG), o ambiental, o social e o de governance

No âmbito da ESG, consideram-se atividades como, por exemplo, o cálculo da pegada carbónica e gestão de resíduos na vertente ambiental. A igualdade de género e a justiça social na atribuição de cargos na vertente social e, por fim, o plano de benefícios e a transparência entre administração e estrutura na vertente de governance, sendo essencial neste processo a associação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A introdução destas práticas deve ser efetuada de forma gradual para evitar que haja um grande aumento dos custos, para introduzir esta cultura na organização e assim garantir a manutenção destas práticas no longo prazo.

Esta visão tripartida da sustentabilidade nunca pode ser pensada de forma isolada nos seus três vértices, o que é um erro típico de várias empresas. Focar-se apenas num dos pontos da pirâmide e procurarem apenas benefícios económicos, comprometendo a vertente social e ambiental, presente nas novas tendências que procuram a obtenção de lucros no longo prazo de forma insustentável.

Numa era em que cada vez mais as empresas e clientes se preocupam com outras vertentes que não apenas a monetária, torna-se imperativo para as organizações, especialmente as de pequena di-

mensão, que ambicionam alcançar novos patamares, desenvolvendo vantagens competitivas em áreas cada vez mais distintas. Desta forma, as tendências do mercado exigem a adoção de práticas no âmbito da Responsabilidade Social, como a criação de plataformas para divulgar a performance da empresa e a otimização de processos. Esta prática, aparentemente longínqua e utópica para as PME’s nacionais, é, na verdade, algo que já se aplica em palcos laborais como o Movimento Júnior Português.

Atualmente, a Iscte Junior Consulting afirma-se como uma referência na área da Responsabilidade Social Corporativa, ao aliar estas práticas aos valores intrínsecos da organização: Consultoria, Inovação e Formação. Com o objetivo de efetivar os seus pilares e materializá-los em ações, a IJC adota um conjunto de diretrizes, nas diversas áreas de atuação. Por outro lado, a nível externo, o impacto torna-se cada vez mais tangível através do trabalho do Departamento de Gestão e Qualidade, departamento especializado em Responsabilidade Social Corporativa.

Para além disto, a Iscte Junior Consulting comparticipa, com enorme orgulho e sentido de responsabilidade, 40% das propinas de um aluno carenciado da instituição de ensino a que pertence, o Iscte. Enquanto Júnior Empresa, a Iscte Junior Consulting destaca-se pela dedicação que coloca na área da Sustentabilidade Corporativa e pela importância que atribui a um tema estratégico como este, capaz de criar, a longo prazo, vantagens competitivas sustentáveis no mercado português.

Afonso Moriano e Tomás Querido, Iscte Junior Consulting

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