Revista Business Portugal - EDIÇÃO PREMIUM 2024

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CRESCER NA SAÚDE

A ACADEMIA QUE FAZ A DIFERENÇA

Ana Gonçalves, CEO da Academia Negócios de Saúde

ÍNDICE

3. Índice

Nota de boas vindas...

4. Artigo de Opinião

Luís Miguel Ribeiro, AEP

8. Artigo de Opinião

Ricardo Costa, Grupo Bernardo da Costa

10. Academia Negócios de Saúde Crescer na Saúde:

A Academia que faz a diferença

18. Takeda Liderança que transforma a Saúde

31. Nobre

Lia Gonzalez de Oliveira, lidera transformação da Nobre

39. Saúde & Ciências da Vida

40. Egas Moniz School of Health & Science

Ensino Clínico moderno na Egas Moniz School of Health & Science

50. Artigo de Opinião

Carlos Cortes, Ordem dos Médicos

60. Artigo de Opinião

Eduardo Teixeira, Economista e Deputado

61. Neosanté

O homem por detrás da Neosanté:

O testemunho de João Pedro Paiva dos Santos

66. Na Linha da Frente

74. SIKLA Compromisso com a Sustentabilidade e Inovação

76. Coimbra Business School

Um Olhar para o Futuro da Educação e dos Negócios

92. Clay Arqueologia Confiança e Compromisso em cada Descoberta

104. Europastry Qualidade, Sustentabilidade e Inovação

111. Claudete Teixeira Crescer e continuar com o bom trabalho

119. ER Home Living

A Nova Era da Construção Civil

139. Cubo Drive Liderança no aluguer de viaturas e equipamentos

153. Região Oeste

159. Homaze

A visão humana por trás da Homaze

Nota de boas-vindas...

Enquanto o ano de 2024 chega ao seu capítulo final, convidamo-lo a celebrar connosco um momento especial. Este não é apenas um ponto de viragem no calendário; é também uma oportunidade de reflexão sobre o que conquistámos juntos, enquanto nos preparamos para os desafios e sonhos que nos aguardam em 2025. Esta edição Premium 2024 é um testemunho da resiliência, inovação e determinação das empresas que moldam o nosso presente e inspiram o futuro. Cada página desta edição celebra não apenas resultados e números, mas também as histórias de superação, as ideias transformadoras e os líderes visionários que têm feito a diferença no tecido económico e social do nosso país. Por outro lado, este momento é igualmente especial para nós, enquanto revista, uma vez que celebramos mais um ano de compromisso com os nossos leitores, parceiros e colaboradores. É um privilégio continuar a contar as histórias que importam, amplificar vozes que lideram e abrir espaço para reflexões que desafiam o status quo. Este aniversário é, antes de mais, uma celebração do vínculo que construímos com os nossos leitores ao longo dos anos. Com o encerramento deste ciclo, e à medida que 2025 se aproxima, um novo ciclo desponta no horizonte. Este será um ano de renovação, de novos desafios, oportunidades e novidades que, em breve, daremos a conhecer. Estamos prontos para continuar a trilhar este caminho, mantendo o compromisso de inovar e de elevar a qualidade. Afinal, cada fim de ciclo é também o início de uma nova jornada. Brindemos a 2024 e às possibilidades infinitas de 2025!

Fernando R. da Silva

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Edição Premium 2024 Simplificamos a contabilidade com excelência Valongo rececao@onfile.pt

A ESCALA EMPRESARIAL CONTA PARA FAZER CRESCER

O PAÍS

Como é sabido, o tecido empresarial português é composto maioritariamente por PME. Das cerca de 1,44 milhões de empresas existentes em Portugal no ano de 2022, 96,3% são microempresas, 3,1% pequenas, 0,5% médias, restando 0,1% de grandes empresas (em número, estas últimas são pouco mais de mil e cem).

Apesar da maior representatividade do número de empresas com menor dimensão, as grandes empresas foram responsáveis por gerar cerca de 29% do valor acrescentado bruto do setor empresarial, uma ordem de grandeza equivalente ao valor gerado pelo segmento das microempresas, que regista um número de empresas incomparavelmente maior.

Em termos de emprego, sabemos que as microempresas representam um papel importante, sendo responsáveis por cerca de 45% do total do pessoal ao serviço, face a um peso de 21% nas grandes empresas.

Uma leitura integrada e atenta a estes indicadores é por demais evidente a maior eficiência das empresas de maior dimensão, traduzida em maiores níveis de produtividade. Aliás, isto não é novidade, visto que através das economias de escala as empresas com maior dimensão conseguem otimizar os custos unitários, em grande medida pela diluição dos custos fixos no maior volume de produção e de vendas, o que permite libertar recursos para investimentos em capital físico e imaterial, incluindo inovação, internacionalização, formação, entre outros. Paralelamente, maiores níveis de produti-

vidade impulsionam uma maior valorização e retenção dos recursos humanos, através de melhores condições de trabalho, em particular dos níveis de remuneração.

De facto, há uma correlação positiva entre a dimensão das empresas e as remunerações médias dos trabalhadores, ou seja, quanto maior a dimensão das empresas, maior tendem a ser os níveis salariais. Uma análise mais fina aos dados dos Quadros de Pessoal do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mostra que, em média, as pequenas empresas pagam melhor do que as microempresas, as médias empresas pagam melhor que as pequenas empresas e assim sucessivamente.

Perante esta evidência, é no mínimo preocupante que Portugal se posicione como o quarto país da OCDE com o maior peso do emprego em micro e pequenas empresas. Com uma maior concentração do emprego nestes dois segmentos, surgem apenas a Coreia do Sul, Grécia e Itália.

Face a esta realidade o que devemos fazer?

É essencial reconhecer que o problema não está, de per si, na empresa de menor dimensão ou nos respetivos empresários ou seus gestores, mas sim na falta de um enquadramento adequado por parte das políticas públicas, que além de não acompanharem o esforço dos empresários na expansão das suas empresas, ainda são capazes de impor obstáculos ao seu desenvolvimento, particularmente por via dos problemáticos custos de contexto.

O redimensionamento do tecido empresarial deve ser encarado, de uma vez por todas, como um desígnio nacional, pelos efeitos positivos abrangentes que proporciona. Posteriormente e, de forma célere, recomendo medidas concretas que impulsionem a escala e a robustez económica e financeira das empresas, através de mais incentivos à capitalização das PME, permitindo-lhes transformar uma parte muito significativa dos seus resultados em aumentos de capital, do reforço dos apoios a processos de fusão ou aquisição, com a amortização fiscal do goodwill, da redução de impostos (IRC e IRS) e da diminuição da burocracia, que gera custos muito elevados.

Adicionalmente, é necessário flexibilizar o mercado laboral, medida que pode favorecer a expansão das empresas, visto que, por via da rigidez laboral atual, muitas hesitam em contratar.

Por último, para crescer, as PME necessitam de um acesso ao financiamento bancário menos rígido, de um Banco Português de Fomento que cumpra a sua missão, resolvendo as falhas de mercado e de um mercado de capitais, no geral, mais desenvolvido, que proporcione uma diversificação das alternativas de financiamento, nomeadamente via venture capital, mas não só.

A escala empresarial conta para fazer crescer o país, por isso a AEP tem vindo a dedicar uma atenção especial a este tema. “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País” foi precisamente o mote do II Congresso Portugal Empresarial, no âmbito do programa de comemorações do 175º aniversário da AEP, que se realizou no dia 29 de outubro, na Exponor.

da Associação Empresarial de Portugal

MULHERES NA LIDERANÇA

EM PORTUGAL: PROTAGONISTAS

DE MUDANÇA E PROGRESSO

Portugal está a viver uma transformação notável no papel das mulheres em posições de liderança. Em setores como a política, os negócios, a ciência e a cultura, mulheres estão a redefinir o conceito de liderança, desafiando estereótipos e começando a criar uma espiral inspiradora para novas gerações. E esta ascensão, está longe de ser o cumprimento de medidas positivas, está efetivamente a produzir impactos concretos na sociedade e na economia.

De Barreiras Históricas ao Progresso Atual

Ainda lidamos com barreiras históricas, mas é inegável o progresso. Durante grande parte do século XX, as mulheres em Portugal enfrentaram muitos obstáculos no acesso a posições de poder. Apenas após a Revolução de 1974 e a Constituição de 1976 foram consagrados direitos fundamentais à igualdade entre mulheres e homens. Desde então, leis e políticas públicas têm aberto caminho para uma maior representatividade feminina.

Hoje, as mulheres ocupam cerca de 33% dos lugares no Parlamento, que embora represente uma diminuição face a 2023 onde contávamos com 37%, não deixa de ser um reflexo direto da lei da paridade em aplicação há vários anos. E nas empresas

cotadas em bolsa, impulsionada também pela vigência da lei que obriga ao equilíbrio entre sexos nos cargos de direção, a presença feminina nos conselhos de administração também cresceu, atingindo quase 35%.

Mas, importa desocultar o impacto da liderança feminina. Desmascarar o mito de que as mulheres que chegam à política ou ao topo das empresas o fazem apenas porque as quotas o permitem. Essa narrativa é falsa! A inclusão das mulheres em cargos de topo não é apenas uma questão de justiça social. É uma estratégia negocial inteligente. Estudos globais mostram que empresas lideradas por mulheres ou com equipas de gestão equilibradas em género tendem a ser mais inovadoras e lucrativas. Já não estamos na fase das opiniões. Estamos perante factos.

Na área da Sustentabilidade e Responsabilidade Social: Líderes mulheres têm promovido iniciativas pioneiras, como as políticas de economia circular adotadas por Cláudia Azevedo, CEO da Sonae;

Na Saúde Pública: Durante a pandemia, Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, destacou-se pela sua gestão corajosa e orientada por evidências, numa altura em que muitos se refugiava na segurança das suas casas;

Na Ciência: Investigadoras como Maria Ramos Silva colocam Portugal no mapa mundial da astrofísica, desbravando caminho para futuras gerações.

Embora os exemplos sejam encorajadores, as mulheres em cargos de liderança ganham, em média, menos do que os seus pares masculinos, e a conciliação entre trabalho e família continua a ser um obstáculo para muitas abraçarem cargos de direção e para entrarem na política.

E ainda, as expectativas sociais e culturais frequentemente colocam as mulheres sob maior escrutínio, exigindo-lhes mais esforço para provar o seu valor. Mas cada vez temos mais exemplo de mulheres líderes que nos inspiram. São mulheres que não só lideram, mas também inspiram jovens a acreditar que o género não é uma barreira para o sucesso. A liderança feminina em Portugal está a crescer, e vai continuar a crescer, mas é essencial continuar a promover políticas que reduzam as desigualdades e continuar a apostar na educação para a igualdade para combater estereótipos de género por forma a combater a segregação profissional e académica, a desigualdade salarial e os desequilíbrios gritantes nas divisões das tarefas de cuidado nas famílias.

Sandra Ribeiro, Presidente da CIG - Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género

GERIR GERAÇÕES: O DESAFIO DE CONSTRUIR PONTES NO FUTURO DO TRABALHO

Na linha da frente das transformações sociais e económicas, está um desafio que poucos reconhecem na sua verdadeira dimensão: gerir gerações. No contexto atual, onde empresas, organizações e até famílias enfrentam o choque inevitável entre diferentes formas de pensar e trabalhar, a gestão de gerações mais novas e mais velhas tornou-se uma tarefa tão complexa quanto essencial. Não se trata apenas de lidar com idades; trata-se de compreender mentalidades, expectativas, valores e prioridades que, por vezes, parecem incompatíveis, mas que precisam de coexistir para que qualquer sistema – seja ele uma empresa, uma equipa ou até uma sociedade – funcione.

Em Portugal, onde a pirâmide etária está cada vez mais invertida, esta questão assume particular relevância. Temos, de um lado, uma população envelhecida que representa décadas de experiência, conhecimento acumulado e dedicação ao trabalho. Do outro lado, uma geração mais jovem que chega com energia, vontade de inovar e uma visão completamente diferente do que significa trabalhar, produzir e encontrar propósito. Estes dois mundos colidem inevitavelmente.

Os dados confirmam esta realidade. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, Portugal tinha mais de dois milhões de pessoas com 65 anos ou mais, enquanto a Geração Z e os Millennials já representavam cerca de 40% da força de trabalho. A coexistência destas gerações é inegável, mas gerir as suas expectativas e formas de trabalho é o verdadeiro desafio. A geração mais velha valoriza estabilidade, experiência e um modelo hierárquico que foi a base do sucesso de muitos. Já os mais jovens procuram flexibilidade, reconhecimento imediato e, acima de tudo, propósito. Por vezes, parece impossível conciliar estas visões. Enquanto uns pedem paciência e respeito pelo caminho já trilhado, outros

questionam por que razão devem seguir um sistema que consideram desatualizado. E aqui surge a pergunta: como podemos encontrar equilíbrio entre estes dois extremos? A resposta não é simples, mas é possível.

Antes de mais, é essencial reconhecer o valor único que cada geração traz à mesa. A experiência e a sabedoria dos mais velhos não podem ser substituídas, e ignorá-las seria um erro crasso. No entanto, é igualmente importante aceitar que as ideias frescas, a inovação tecnológica e a vontade de mudar dos mais novos são forças capazes de levar qualquer organização a novos patamares.

O problema surge quando as diferenças não são reconhecidas e quando a comunicação se transforma numa barreira. Muitas vezes, os mais velhos sentem-se desvalorizados e descartados, enquanto os mais novos consideram que as suas ideias são subestimadas ou limitadas. Esta falta de entendimento cria divisões que enfraquecem equipas, afetam a produtividade e, em última análise, prejudicam os resultados.

O caminho para gerir gerações exige um esforço consciente. É necessário criar espaços onde a partilha de ideias seja valorizada, onde a experiência se cruze com a inovação. É preciso incentivar o diálogo e a escuta ativa. E, acima de tudo, é essencial cultivar um ambiente onde todos sintam que têm algo a contribuir, independentemente da idade – um espaço para acrescentar, debater, melhorar e, sobretudo, ouvir.

Não se trata de forçar a mudança ou de insistir na tradição, mas de construir uma ponte que permita que o melhor dos dois mundos trabalhe em conjunto. É aqui que a verdadeira liderança entra em ação – não para impor, mas para mediar, inspirar e unir. Todos têm pontos fortes, e criar uma ponte entre eles é a base do sucesso. Não é apenas acreditar que o sucesso está ao virar da esquina, mas sim caminhar juntos nessa direção. Ter equipas unidas é, por si só, sucesso. Num país como Portugal, onde as gerações mais velhas continuam a ser uma parte significativa da força de trabalho, enquanto as gerações mais jovens assumem posições de destaque, gerir gerações não é apenas um desafio; é uma necessidade urgente. Mais do que nunca, precisamos de compreender que o futuro não pertence exclusivamente aos jovens ou aos mais experientes. Pertence – com toda a certeza – àqueles que conseguem, juntos, encontrar novas formas de colaborar e construir algo que nenhuma geração, sozinha, seria capaz de alcançar.

O primeiro cartão híbrido

do mercado

Duas energias num único cartão

A pensar no futuro, lançámos o primeiro cartão híbrido do mercado. Com o novo Galp Frota Corporate terá acesso à maior rede de postos de combustível da Península Ibérica, assim como aos pontos de carregamento elétrico da rede Mobi.E em Portugal. A isto somam-se as vantagens já conhecidas das empresas, tais como descontos imediatos, a possibilidade de adquirir produtos e serviços Galp e pagar portagens em toda a Península Ibérica. Abastecer e carregar as frotas de veículos a combustível, híbridos e 100% elétricos vai ser ainda mais fácil e cómodo, com o cartão Galp Frota Corporate.

galp.com

CRESCER NA SAÚDE A ACADEMIA QUE FAZ A DIFERENÇA

Com o início da pandemia em 2020, nasceu a Academia Negócios de Saúde, idealizada para transformar a forma como os empreendedores da área da saúde gerem os seus negócios. Atualmente, é uma referência a nível nacional no setor da saúde, devido à sua integração tecnológica e por uma abordagem prática e inovadora. Descubra mais na entrevista exclusiva com Ana Gonçalves, CEO da Academia Negócios de Saúde.

Ajuda empreendedores e empresas da área da saúde e bem-estar a alcançarem o seu sucesso com solidez e foco. Quais foram os principais fatores que motivaram a criação da Academia Negócios de Saúde? Qual é a missão principal?

Criei a academia em 2020. Em plena pandemia muitos negócios de saúde fecharam, e recebia muitos telefonemas de amigos a pedir ajuda. Percebi que tinha a capacidade de ler os decretos de lei, simplificar e na prática perceber como as clínicas podiam estar preparadas. E foi aí que nasceu a academia, aliar o meu conhecimento de gestão (Executive Master e Mestrado em Gestão) com a experiência e o conhecimento aplicado na prática de quem é empresário na área da saúde. Esta é a verdadeira missão da academia: simplificar e descomplicar a gestão, com base em evidência científica, e trazer as melhores práticas da gestão com esta componente muito prática. É muito diferente termos um professor a ensinar-nos a gerir uma equipa ou termos um empreendedor com experiência a ensinar o que funciona, o que não funciona e como melhorar esse caminho com menos tempo e menos perda de dinheiro. Eu sou empreendedora na saúde desde 2009 e sempre me senti muito sozinha neste caminho. Com a academia quero que nunca mais nenhum empreendedor na área da saúde se sinta sozinho, saiba que tem um espaço onde pode encontrar outros empreendedores, onde encontre a formação que precisa para gerir o seu negócio e a formação que as suas equipas também precisam.

Ana Gonçalves, CEO

O que mais a motiva a trabalhar neste setor e liderar uma instituição com um foco tão específico como a Academia Negócios de Saúde? A instituição utiliza ferramentas tecnológicas, como simuladores ou plataformas digitais, nos cursos? Quais são as estratégias que a Academia procura para se diferenciar?

Acredito que para sermos mentores de alguém temos de ser congruentes e coerentes com o que somos e vivemos no dia a dia. Podia ensinar um empresário da restauração a ter um restaurante de sucesso? Certamente iria agregar valor, mas não é a minha especialização. Estudo e vivo todos os dias os negócios de saúde e só fazia sentido fundar uma organização que fosse específica. Acredito que é um grande fator de diferenciação no mercado, estudamos as boas práticas dos negócios de saúde, todos os nossos especialistas trabalham no dia a dia em negócios de saúde e, por isso, só podíamos manter esta especialização. Tentamos estar, constantemente, a melhorar as nossas ferramentas, temos plataformas digitais de forma que os nossos empreendedores possam assistir aos nossos cursos durante muitos meses, com acesso a informação recente e com a interação e ajuda que precisam. Em 2025, vamos lançar a nossa própria escola, vamos ter a nossa própria plataforma para alocar os nossos cursos e estamos muito contentes por mais este passo. A nossa diferenciação é na entrega do serviço, a equipa de profissionais especializados em saúde, por exemplo, a nossa formação de marketing, de vendas, de equipas é direcionado para o mercado da saúde com profissionais especialistas nesta área. Além disso, a nossa oferta formativa não se cinge ao Curso Clínicas de Sucesso. Claro que esta é a nossa formação principal e onde os alunos recebem o apoio e conhecimento de toda a equipa, mas estamos já com uma vasta oferta formativa que ajuda a resolver várias necessidades dos negócios de saúde como é o caso do Curso de Vendas, Curso de Iniciação às Redes Sociais e o Curso de Atendimento na Saúde. Isto também é algo que nos diferencia. Não temos apenas Cursos de Gestão direcionados aos empreendedores, temos também formações que os empreendedores podem oferecer às suas equipas de acordo com as suas necessidades.

Como é que se mantém a equipa motivada, especialmente considerando os grandes desafios constantes do setor da Saúde? Que conselhos gostaria de deixar para as líderes que procuram inovação no setor de Educação e Negócios de Saúde?

Este vai ser o maior desafio dos Negócios de Saúde nos próximos cinco anos: atrair e reter colaboradores. Enquanto empresários na área da Saúde temos de mudar o nosso mindset, neste momento o poder de escolha da organização é muito mais do colaborador do que do empresário, contrariando o que tinha vindo a acontecer nos últimos anos. Por isso, primeiro o empresário tem de mudar este mindset e depois ter estratégia. A atração de colaboradores deve ser o foco do empresário em saúde, criar estratégia e planeamento de profissionais da área que queiram vir trabalhar com a nossa marca. Este desejo tem de ser criado com estratégia e ao longo do tempo. No fundo, é encarar este colaborador como o cliente interno e criar estratégias de atração para o mesmo. Tal como fazemos com clientes,

temos de fazer para futuros colaboradores. A escala de um negócio de saúde só se consegue com equipa, desta forma o empresário tem de se focar no que interessa. Os negócios de saúde privados estão a crescer, muito pela ineficiência do nosso Sistema Nacional de Saúde, por isso o problema que vemos na academia nos diferentes negócios de saúde não é ter clientes, mas sim ter colaboradores. Por último, percebermos que o nosso papel enquanto líderes vai ser o de formar e potenciar cada colaborador que entra. Não podemos querer contratar como antigamente, colaboradores altamente especializados e já preparados para o mercado de trabalho. Teremos de ser nós a formá-los e desenvolvê-los, devemos ter em conta este investimento. Desta forma, com esta estratégia, vamos conseguir atrair os colaboradores certos para os nossos negócios, mas o nosso papel não acaba aqui! Trabalhar a retenção é um trabalho diário, a liderança é uma parceria vivida todos os dias. Temos de acompanhar o nosso colaborador, apoiá-lo, ouvi-lo e adequarmos as nossas políticas de gestão de desempenho a cada um. Já ninguém tem a mentalidade de ficar a vida toda num trabalho, só fica até sentir que aquele trabalhe lhe serve as suas necessidades. Aqui entra o desafio, cada colaborador tem os seus desafios, as suas necessidades e devemos por isso, enquanto líderes, conhecer os nossos colaboradores. Uns irão motivar-se com prémios, outros com mais tempo livres, outros com mais funções e desafios, somos todos diferentes e isto exige às Organizações de Saúde terem líderes próximos que façam esta gestão dos talentos que temos. Se o CEO não consegue estar presente tem de delegar, os meus líderes são as réplicas de mim, tenho de garantir que tomam decisões como eu tomo e que tomam conta da equipa como eu tomaria, acredito que até tomam melhor! Se cuidarmos bem dos nossos colaboradores eles vão cuidar bem dos nossos clientes e saímos todos a ganhar. Os custos de atração e integração de um colaborador são altíssimos para ao fim de uns meses termos pessoas a sair das nossas organizações. Temos de nos focar então nestas estratégias de atração, mas também de retenção e desenvolvimento.

Quais são as principais dúvidas e dificuldades que um profissional de saúde que está disposto a criar o seu próprio negócio enfrenta? E como é que a Academia se propõe a ajudá-los?

A primeira dificuldade é nunca ninguém nos ter ensinado nada sobre negócios. Na nossa formação académica ninguém nos ensina a gerir negócios, por isso, começa logo com a dificuldade na conceção do projeto até à questão de licenciamento e legal. O mercado da saúde é muito regulado, um dos mais regulados em Portugal, temos por isso que fazer bem feito quando decidimos abrir um negócio. Às vezes, o empreendedor pensa que o mais complicado é ter dinheiro, mas não, o mais difícil é conseguir cumprir tudo aquilo que a lei exige num espaço de saúde. Na academia temos um curso chamado “Clínicas do Zero” em que ajudamos, em quatro semanas, o empreendedor a pensar no conceito de negócio, saber qual o melhor sítio para abrir a sua clínica, quais os papéis que tem obrigatoriamente que tratar, assim como neste mês tem o acompanhamento da nossa equipa para qualquer dúvida. Depois, quando

a agenda está cheia, até conseguiu contratar dois ou três profissionais para trabalharem com ele, mas começam a surgir as dificuldades. O sonho de ter um negócio torna-se um pesadelo porque o tempo é completamente ocupado a gerir o negócio com base na intuição! Deixa de haver tempo para a família, para os amigos e, muitas vezes, nem conseguem levar ordenado para casa! Eu sei que é isto que acontece, porque aconteceu comigo e foi precisamente por isso que o Curso Clínicas de Sucesso foi criado.

Quais são os principais setores de trabalho dos alunos após a formação na Academia? Como é que a Academia trabalha de forma a atender as necessidades de diferentes públicos dentro da área da saúde?

Na academia já tivemos empreendedores de todas as áreas da saúde e bem-estar, desde diferentes especialidades médicas (Oftalmologia, Plástica, Ortopedia, Clínica Geral), a fisioterapeutas, terapeutas da fala, psicólogos, nutricionistas, especialistas em exercício físico, clínicas de estética... são muitas as áreas de intervenção. Contudo, o mercado de atuação é o mesmo. As especificações do cliente, dos prestadores, dos fornecedores são as mesmas, por isso, esta troca de partilha e experiências entre diferente especialidade só agrega valor aos nossos empreendedores. Temos os veterinários que aprendem com os médicos dentistas, por exemplo, é muito interessante. Percebemos que as dificuldades dos empreendedores da saúde são iguais independentemente da área dentro da saúde.

Como profissional quais são as principais tendências que projeta para o futuro dos negócios de saúde?

Os estudos são claros na tendência dos negócios de saúde: 1. crescimento do mercado de saúde digital, hoje em dia quem não trabalha a pegada digital da sua clínica e da sua própria marca pessoal é como se não existisse; 2. digitalização e inteligência artificial, não como substituto do profissional de saúde mas como coadjuvante à prática clínica e à gestão; 3. aparecimento de programas de prevenção e promoção da saúde, como o aumento da esperança média de vida

e a crescente preocupação e consciência das pessoas na sua saúde; 4. personalização da experiência do cliente, temos cada vez mais um cliente informado e com um poder de escolha do seu prestador de saúde, por isso, temos de marcar a diferença na experiência que proporcionamos a cada cliente.

Nos dias 4 e 5 de abril de 2025 vai-se realizar o III Congresso de Gestão e Empreendedorismo para Profissionais de Saúde. Quais são os principais objetivos desse Congresso para os Profissionais de Saúde (e não só)? Que diferenças o congresso deste ano traz em relação às edições anteriores?

O Congresso é sempre um grande momento de partilha das novas práticas dos negócios de saúde, histórias inspiradoras dos melhores empreendedores na saúde em Portugal e partilha das novas tendências dos negócios de saúde. É um evento obrigatório para quem quer ter um negócio de saúde ou quem já tem. É o evento ideal para os empreendedores levarem as suas equipas. São dois dias que valem mais que uma Pós-Graduação. É o maior evento para profissionais de saúde em Portugal, desenhado exclusivamente para a partilha das boas práticas do mercado, dar a conhecer as tendências dos negócios de saúde e as estratégias e ferramentas necessárias para conquistar o sucesso. São dois dias em contacto com conteúdos sobre vendas, equipa, liderança, marketing, marca pessoal e gestão, aplicados à área da saúde, com os grandes nomes da gestão e empreendedorismo na saúde em Portugal. Além disso, este é um evento que junta as várias áreas da saúde, algo que nunca acontece! Por norma existem congressos para dentistas, congressos para fisioterapeutas, congressos para oftalmologistas, mas a verdade é que quando se fala de Gestão e destes temas, temos todos a aprender uns com os outros. Em relação às edições anteriores, estamos a falar de uma audiência muito maior! Estamos à espera de 1200 profissionais de saúde o que quer dizer que a partilha e o networking vão ser ainda maiores. Estamos também a preparar toda uma experiência para os participantes fora do auditório, fora do momento das palestras, mas não posso revelar tudo. Perdia a graça toda. Garantam o vosso lugar que não tenho dúvidas de que valerá muito a pena!

Quais são os objetivos para o futuro da Academia Negócios de Saúde? Que planos estão a ser traçados para alcançarem essas metas? Acredito que a Academia ainda não chegou nem a metade do seu potencial, temos ainda muito para crescer. Na questão formativa, chegarmos a mais empreendedores e termos as formações específicas para as suas equipas, e na área da consultoria e mentoria crescer a nossa equipa de mentores para dar resposta individualizada aos negócios. Estes são os nossos objetivos e se já conquistamos e evoluímos tanto em apenas quatro anos, tenho a certeza de que o futuro será promissor!

LIDERANÇA ESTRATÉGICA E INOVAÇÃO

Zuzana Fabianová, CEO da Wondercom, partilha insights sobre a sua trajetória e os desafios de liderar iniciativas estratégicas numa das empresas mais dinâmicas do setor. Com uma abordagem inovadora e foco nos resultados, a empresária revela como a Wondercom está a transformar o mercado e a fortalecer a sua posição como referência em soluções tecnológicas e de telecomunicações.

Quem é Zuzana Fabianová? Quais são as principais filosofias e valores que a orientam como líder da Wondercom? Sou uma mulher, mãe, esposa e sonhadora, e sou apaixonada pela minha vida profissional! Gosto de assumir compromissos e enfrentar desafios, tento ir além do que é esperado. Valorizo imenso a capacidade da Wondercom em atender às necessidades dos nossos clientes, colaboradores e fornecedores. Sou old school e acredito que um aperto de mão vale tanto ou mais do que um contrato escrito pelos melhores advogados. Confesso que sou uma workaholic e perfecionista e admiro profundamente pessoas criativas e responsáveis, elas são, sem dúvida, uma fonte de inspiração para mim. Embora seja eslovaca, amo Portugal. A minha família e a minha profissão são tudo para mim. Sinto-me feliz, embora nunca esteja completamente satisfeita, tenho um espírito inquieto. Sinto-me revigorada pela mudança, mas por outro lado, sou presa a rotinas que se tornaram quase rituais para mim. Acredito que não basta ter excelentes ideias, é necessário um espírito de sacrifício, resiliência e um toque de carisma para levar essas ideias a bom porto.

A Wondercom atua na área das telecomunicações, Energia e Tecnologias de Informação. A Wondercom começou com cinco trabalhadores do zero, passados 25 anos opera em todo o país com 600 trabalhadores. Qual é a reflexão que faz sobre o sucesso que alcançaram ao longo destes 25 anos?

A Wondercom é sinónimo de serviços, os quais são prestados por pessoas. Para que esses serviços sejam eficientes, é imprescindível que cada colaborador possua competências especializadas, motivação e uma forte orientação para o cliente.

Temos vindo a construir a nossa equipa ao longo dos anos: 25 anos em telecomunicações, dez anos em ICT e cinco anos em energia. Estamos cada vez mais fortalecidos em conhecimento e estrutura, especialmente num momento em que se verifica a escassez de mão de obra qualificada em Portugal. Por isso, acredito que devemos orgulhar-nos do nosso percurso. Acredito que a Wondercom tenha a capacidade e a qualidade necessárias para enfrentar os desafios dos nossos clientes. Posso ainda acrescentar que a Wondercom é uma das últimas empresas de serviços de telecomunicações ou energia a manter equipas de field service internas. Somos os “últimos mohicanos” que têm coragem de operar com equipas internas. Contudo, seria injusto afirmar que percorremos este caminho sozinhos; sempre contamos com um forte voto de confiança dos nossos clientes e com o apoio dos nossos parceiros externos e fornecedores.

Zuzana Fabianová, CEO

Quais as estratégias da Wondercom para continuar a crescer a pulso no setor de energia? Para si quais são os fatores que explicam o crescimento de 35% da Wondercom nos últimos cinco anos?

A Wondercom ambiciona afirmar-se, cada vez mais, como uma entidade competente com um portfólio robusto e uma vasta experiência junto dos seus clientes. Compreendendo a totalidade dos mercados de energia, telecomunicações e ICT, a empresa opera tanto em field service como em outsourcing de serviços, além de disponibilizar recursos humanos especializados. Na área das energias, a Wondercom está envolvida em projetos de energia solar fotovoltaica, abrangendo todas as etapas desde a engenharia, o design, a instalação, o comissionamento até à manutenção de sistemas com potência instalada de até 1 megawatt-pico (MWp). A empresa também opera na mobilidade elétrica e na gestão de consumos de energia. No setor de ICT, oferecemos soluções personalizadas de acordo com as necessidades dos nossos clientes, que incluem cablagem estruturada, switching, videovigilância, redes sem fios, videoconferência, segurança informática, além de TVs e displays de conteúdos. Uma das nossas principais apostas para este ano é a capacidade de fornecer serviços de Help Desk e gestão de LAN & Desktop Management. Disponibilizamos ainda soluções de gestão de recursos humanos através da nossa aplicação de software “YO!”. Estamos a trabalhar incessantemente na melhoria da nossa aplicação para a gestão de field service e logística, a qual estará acessível

não apenas para as necessidades internas, mas também para todos os clientes que prestam serviços nesta área.

Estes novos softwares abrirão, pela primeira vez, as portas não apenas ao mercado nacional, mas também ao mercado internacional. O nosso objetivo é dar passos pequenos, mas firmes, que atendam às expectativas dos nossos estimados clientes. É importante salientar que os nossos clientes não esperam de nós outra coisa senão respostas assertivas e eficazes.

Quais foram os maiores desafios enfrentados pela Wondercom ao longo destes 25 anos de operações? E como é que atuaram para os ultrapassar?

O maior desafio que enfrentamos é, sem dúvida, a pressão constante sobre os preços, que se torna cada vez mais competitiva, somada à crescente pressão de custos que continuam a subir de forma inexorável. Apesar de tudo isto, mantemos o nosso compromisso de crescimento e o investimento contínuo em competências especializadas.

Independentemente de termos muitos ou poucos “ovos”, a “omelete” deve sempre ser preparada da melhor forma possível. A generosidade e o espírito colaborativo são valores que orientam as nossas ações diárias, permitindo-nos construir uma cultura organizacional sólida e saudável.

Quantos centros operacionais a Wondercom possui em Portugal, e como é que se distribuem pelo território nacional? Como é que a Wondercom aborda a retenção e captação de talentos no seu setor?

Atualmente, contamos com 14 escritórios e armazéns em Portugal, posicionados estrategicamente em diversas cidades: dois no Porto, um em Gaia, dois em Coimbra, um na Covilhã, um no Entroncamento, quatro em Lisboa, um em Loulé, um no Funchal (Madeira) e um em Ponta Delgada (São Miguel). Esta rede abrangente não só nos permite otimizar as operações, como também capacita-nos a atender de forma mais eficaz as necessidades dos nossos clientes em todo o território nacional. No que se refere à retenção e captação de talentos, mantemos uma atenção constante à motivação dos nossos trabalhadores. Encorajamos a promoção interna e temos uma postura recetiva às sugestões de melhoria que nos são apresentadas pelas nossas equipas. Estamos comprometidos em cultivar um ambiente saudável e inspirador. Temos a certeza de que a equipa comprometida é a chave para o nosso êxito e o desenvolvimento contínuo da nossa empresa.

Quais são as perspetivas da Wondercom para o futuro? E que planos tem traçados para o futuro da Wondercom.

A Wondercom pretende crescer de forma proativa, abraçando a transformação necessária para se adaptar às novas necessidades dos seus clientes, sejam eles nacionais ou internacionais. Possuímos uma visão clara e uma estratégia bem definida e temos a paixão por sonhar e “tecer planos” que nos conduzam a um futuro que proporcione aos nossos clientes um ambiente propício ao desenvolvimento dos seus negócios. Nós, da Wondercom, como prestadores de serviços de excelência, desejamos apoiá-los e celebrar as suas conquistas de perto.

UM RESTAURANTE COM SABORES INÉDITU’S

No coração de Sines, o Restaurante Inéditu’s destaca-se como um centro de criatividade e excelência na gastronomia. Com uma proposta arrojada e uma experiência única, este espaço tem conquistado os corações e paladares dos que o visitam. Para entender a essência por trás deste restaurante de sucesso, conversámos com Ana Messias, a mente visionária que transformou o Inéditu’s numa referência culinária.

O início de um projeto inesperado

No mundo da restauração, onde cada detalhe é cuidadosamente planeado, a história de Ana Messias apresenta uma narrativa surpreendente. Antes de se aventurar na gastronomia, dedicava-se à gestão de um alojamento local no Algarve, sem qualquer ligação direta ao setor da restauração. Contudo, como tantas vezes acontece, a vida reservava-lhe outros planos. “Tenho de admitir que o Inéditu’s nunca foi algo que eu tivesse idealizado para mim. Nunca estive ligada à hotelaria ou à restauração, porque sempre trabalhei em áreas completamente diferentes”, confessa.

A sua chegada ao Inéditu’s, dá-se através de um convite do seu filho João para gerir alguns negócios, em Sines, nos quais se engloba este fantástico restaurante.

Ana abraçou o projeto, reinventando o espaço e dando-lhe uma identidade própria. Desde o nome, que espelha a singularidade que pretendia transmitir, até à conceção do menu de autor: “By Ana”, tudo passou pelas suas mãos. Sem formação na área, mas com uma bagagem repleta de vivências internacionais, fez da cozinha o palco para expressar a sua paixão. “Sou uma pessoa muito viajada, com muitas influências gastronómicas. Foi a minha visão que deu o pontapé de saída”, recorda. Atualmente, o Inéditu’s

Sou extremamente exigente comigo mesma, quando algo não está perfeito, dedico-me a melhorar. O menu do Inéditu’s é a minha identidade, as minhas raízes e as influências que recolhi ao longo da vida

Ana Messias, Chef
Ana Messias com o seu filho Pedro

é o reflexo de uma mulher que ousou reinventar-se e encontrou, entre tachos e panelas, uma nova forma de vida.

Raízes alentejanas e influências globais

O restaurante Inéditu’s, sob a orientação da Chef Ana Messias, revela uma cozinha única: uma deliciosa fusão de sabores internacionais com a alma tradicional alentejana. A herança familiar, especialmente as lições culinárias do seu pai – um mestre autodidata das ervas – inspiram cada prato. “Estas mãos são um legado do meu pai. Aprendi com ele esta arte e os milagres do sabor”, explica. Essa herança está presente em criações como o o inigualável Magret de Pato com molho de laranja e gengibre, ou o Arroz de Pinhões, pratos emblemáticos que conquistam paladares exigentes e revelam a essência do Alentejo. “Sou extremamente exigente comigo mesma, quando algo não está perfeito, dedico-me a melhorar. O menu do Inéditu’s é a minha identidade, as minhas raízes e as influências que recolhi ao longo da vida”, afirma. Além disso, a sua experiência pessoal e as suas viagens ajudaram-na a incorporar sabores de várias partes do mundo no menu. “Antes de abrir o Inéditu’s, sempre adorei cozinhar para a minha família e amigos. Para mim, a cozinha é um lugar de terapia. E, assim, fui aperfeiçoando os meus pratos”, acrescenta.

A sustentabilidade como pilar do restaurante

A sustentabilidade é um pilar fundamental do Inéditu’s. Com um compromisso inabalável com o meio ambiente, Ana Messias garante que o desperdício é zero: “Aproveitamos tudo o que temos: os legumes, as cascas até o marisco. Tudo serve para criar algo novo, como caldos para o risottos e sopas”, explica. A sua preocupação ambiental vai além dos tachos e panelas. Do rigoroso processo de reciclagem à escolha criteriosa de fornecedores locais, cada detalhe é uma peça no puzzle de um restaurante que deseja deixar mais do que memórias: “Queremos construir algo mais sustentável. Não é apenas um negócio, é um legado que quero deixar para as próximas gerações”. Embora admita que o conceito de desperdício zero ainda é raro na restauração, reconhece sinais de mudança nos clientes, cada vez mais atentos às questões ambientais. “As pessoas estão a evoluir e a perceber a importância do reaproveitamento”, nota. Além disso, a sua experiência no Algarve, nomeadamente na gestão de eventos e na criação de menus personalizados, ajudou-a a desenvolver confiança para abraçar o seu potencial. “Comecei a trabalhar com uma amiga que tinha um restaurante, e ali percebi que podia dar mais. Foi o momento em que acreditei verdadeiramente nas minhas capacidades”, recorda.

Desafios na gestão e crescimento pessoal

Gerir um restaurante de autor em Portugal, com uma identidade única e uma cozinha que desafia convenções, trouxe alguns desafios: “Formar uma equipa que realmente se dedique e vista a camisola foi difícil, mas encontrei o Vado e a Iara, que vieram do Brasil, e criámos uma parceria incrível”, referindo-se aos seus

principais colaboradores, salientando ainda a entrada do seu filho Pedro como barman do restaurante e mais um colaborador aspirante a chef.

O trabalho em equipa e a confiança mútua têm sido fundamentais para o sucesso do Inéditu’s. “Eu sabia que não conseguiria fazer tudo sozinha, por isso fui construindo uma equipa em que confio totalmente. A dinâmica é completamente diferente com eles, e isso faz toda a diferença”, destacando a importância da colaboração e do respeito mútuo. Todo o esforçou valeu a pena, o Inéditu’s não só atraiu uma clientela fiel como também chamou a atenção de figuras influentes, como o realizador Rui Goulart. A convite do cineasta, Ana participou nas filmagens de um projeto cultural que descreve como “um privilégio, uma experiência inesquecível e única”. Com o ano de 2024 a chegar ao fim: “O crescimento do projeto é algo que me enche de orgulho. Consegui envolver a minha equipa, motivá-la e criar um ambiente de confiança. O saldo é indiscutivelmente positivo”, destaca.

O futuro: novos projetos e expansão

Situado em Sines, este espaço gastronómico tornou-se um destino obrigatório para quem procura sabores únicos e um ambiente acolhedor. Com visitantes de norte a sul de Portugal a cruzarem o mapa para provar a sua cozinha, Ana Messias encara o futuro com confiança e entusiasmo, mas com os pés bem assentes no chão. “O reconhecimento que temos recebido é extraordinário e dá-nos uma motivação incrível para continuar a inovar”, partilha.

Essa energia renovada traduz-se já em planos concretos: 2025 arrancará com um novo menu, que trará pratos frescos e inovadores para surpreender os clientes, mas sem abandonar os ‘pratos estrela’. Além disso, a responsável está a ponderar levar o Inéditu’s além-fronteiras, com convites para abrir novos restaurantes em Lisboa ou em Luanda. Apesar do entusiasmo em explorar novos mercados, adota uma abordagem ponderada: “A ideia de crescer é emocionante, mas não quero perder o foco na solidez do que já construímos. É preciso saber quando avançar e como fazê-lo de forma sustentável”, reflete.

Com uma estratégia focada no equilíbrio entre inovação e consistência, Ana Messias mostra que o futuro do Inéditu’s promete ser tão saboroso quanto a experiência que oferece aos seus clientes.

Equipa do Inéditus´s

LIDERANÇA QUE TRANSFORMA A SAÚDE

A saúde, enquanto pilar essencial da humanidade, encontra nos avanços farmacêuticos uma força para transformar vidas. Neste contexto, profissionais como Sofia Cochado enfrentam os desafios, em projetos de equipa que procuram transformar o futuro do cuidado ao doente. Com uma trajetória marcada pela gestão estratégica, aliada ao compromisso com a inovação, Sofia destaca-se como uma peça-chave na Takeda Portugal. Em entrevista à Revista Business Portugal, Sofia Cochado, Market Access & Corporate Affairs Head da Takeda em Portugal, conta-nos os desafios deste cargo e os segredos de uma boa liderança.

A Takeda é uma empresa biofarmacêutica global de origem japonesa com mais de dois séculos de história, e representa mais que um legado, um farol de progresso que alia a tradição à pesquisa de ponta, atendendo às mais complexas necessidades terapêuticas. Presente em mais de 80 países, a organização dedica-se a áreas como Oncologia e Hematologia, Doenças Raras, Gastroenterologia, vacinas, derivados do plasma, entre outras, trazendo esperança para

milhares de doentes a nível global. A história de Sofia Cochado e da Takeda ilustra que a combinação de liderança apaixonada e a inovação tecnológica pode redefinir os padrões de saúde global. Essa é uma jornada que inspira, desafia e reforça a crença de que um futuro mais saudável é possível. “É o meu primeiro cargo de liderança, a área da saúde é uma área bastante complexa e cheia de desafios, mas estou empenhada em dar o meu melhor todos

Sofia Cochado, Market Access & Corporate Affairs Head

os dias”. Sofia assume que o maior desafio é conseguir motivar continuamente as equipas naquilo que é a exigência inerente a um setor tão competitivo e regulado. “Igualmente importante é garantir, junto da equipa, equilíbrio entre um ritmo que é bastante acelerado e que é muito competitivo, com aquilo que, enquanto filosofia corporativa, chamamos de work-life balance”, confessa a Market Access & Corporate Affairs Head

Eu diria que a indústria farmacêutica é um setor que me parece estar um pouco à frente, na medida em que muitos dos cargos de direção na indústria farmacêutica, nomeadamente, em Portugal e, especificamente, na Takeda, são ocupados por mulheres

Representatividade feminina

Sofia revela ainda que existe muito a fazer naquilo que é a equiparação do papel da mulher, nomeadamente, em cargos de direção. De uma forma geral, “eu diria que a indústria farmacêutica é um setor que me parece estar um pouco à frente, na medida em que muitos dos cargos de direção na indústria farmacêutica, nomeadamente, em Portugal e, especificamente, na Takeda, são ocupados por mulheres. E, portanto, existe um compromisso, e diria que uma valorização naquilo que é o papel da mulher em cargos de liderança e de gestão”, refere a entrevistada.

Atualmente, se tivermos como exemplo a direção da Takeda em Portugal, temos os cargos de liderança completamente equilibrados, mas independentemente disso, Sofia sente que ainda existe um caminho que deve ser feito.

A todas as mulheres que desejam seguir um cargo de liderança na área da Saúde, Sofia deixa um conselho: “Acho que o melhor conselho que posso deixar é que as pessoas sejam autênticas e cultivem relações positivas, estruturem as suas ideias com o máximo de profissionalismo possível e arrisquem, na maioria das vezes, se estivermos confortáveis com aquilo que estamos a fazer, corre bem. No limite, se falharmos, aprendemos com o erro”.

Transformação digital no ramo farmacêutico

Na Takeda, numa perspetiva global, existem várias dimensões onde a tecnologia é cada vez mais importante, nomeadamente,

naquilo que é a investigação e desenvolvimento através de programas que permitem a identificação de moléculas, de uma forma muito rápida, o que pode encurtar em muito o tempo de investigação e desenvolvimento de medicamentos. “A inovação e tecnologia é um pilar estratégico da Takeda. Também a nível local a tecnologia é um eixo estratégico, já integramos diariamente uma série de programas que nos permitem ser mais efetivos no nosso trabalho”, relata a entrevistada.

Colaboração na Saúde

Liderar num setor que trabalha diretamente com saúde é uma responsabilidade essencial que exige ética, cuidado e empatia. “O setor do medicamento é altamente regulado e escrutinado. Temos de ter a capacidade de conseguir, junto dos nossos interlocutores, ter relações de colaboração e estabelecer parcerias que garantam o acesso de doentes a tratamentos de qualidade”, sublinha Sofia Cochado.

Sustentabilidade e responsabilidade social

A sustentabilidade e a responsabilidade no setor farmacêutico são fundamentais para garantir a saúde das pessoas e a preservação do meio ambiente. Este setor deve adotar práticas que minimizem os impactos ambientais.

A Market Access & Corporate Affairs Head da Takeda revela que a empresa é um exemplo, com uma área de responsabilidade social corporativa que tem atividades a nível global e local. “A nível global, posso destacar tudo aquilo que é o nosso objetivo de neutralidade carbónica e a redução em 40% das emissões de gases poluentes até 2025 – temos vários exemplos de edifícios sustentáveis com 100% energia renovável. Em paralelo, damos prioridade a parceiros que também já tenham programas de sustentabilidade ambiental”.

A Takeda Portugal tem um grupo de responsabilidade social que faz cerca de duas a três atividades por ano e a nível ecológico fez também algumas alterações: “Erradicámos do nosso escritório garrafas de plástico e estamos a trabalhar numa frota elétrica progressiva, acompanhando a tendência do mercado. Na responsabilidade social, temos iniciativas que visam apoiar instituições locais e existem dias de voluntariado em que fazemos atividades junto da comunidade”, revela Sofia.

A Takeda destaca-se assim como exemplo de compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, integrando práticas inspiradoras tanto a nível global quanto local.

CARLOS RIBEIRO GENERAL MANAGER

DA TAKEDA PORTUGAL

Carlos Ribeiro assumiu a função de novo General Manager da Takeda, com efeito a partir de 1 de novembro. Com mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, especialmente nas áreas de Oncologia e Hematologia, entre outras, Carlos Ribeiro ocupou diversas posições de liderança estratégica e operacional, tanto em Portugal como em posições de liderança a nível global.

Antes de assumir o cargo de General Manager da Takeda em Portugal, era Oncology Franchise Head para Hematologia na Europa e Canadá, posição que ocupava desde dezembro de 2021. De 2019 a 2021, atuou como Oncology Country Head em Portugal.

Antes de entrar para a Takeda, Carlos Ribeiro acumulou uma vasta experiência em gestão de produtos oncológicos e terapias renais, em empresas como Celgene, Sanofi Genzyme e Janssen-Cilag. Foi responsável pelo lançamento de medicamentos relevantes, consolidando a sua especialização nas áreas de mieloma múltiplo, leucemia e linfoma.

Refere que o que mais o cativa nesta área é a velocidade do progresso científico. A introdução de novas soluções médicas que, em menos de uma década, conseguiram transformar doenças fatais em condições crónicas geridas de forma eficaz, é algo que o motiva a apostar na indústria farmacêutica.“Sempre tive um interesse profundo pelas Ciências, particularmente na Química, Biologia e Saúde. O que mais me fascina é como as descobertas científicas podem ser aplicadas no nosso dia a dia para melhorar o bem-estar da sociedade. Foi isso que me levou a seguir uma carreira na indústria farmacêutica. A descoberta da penicilina e das vacinas são exemplos que me inspiram e mostram o potencial da ciência para transformar e melhorar a qualidade e a expectativa de vida das pessoas”, afirma Carlos Ribeiro. Um dos maiores desafios na sua carreira foi sair da sua “zona de conforto” após vários anos de consolidação profissio-

nal em Portugal, ao assumir uma posição de destaque na Takeda com responsabilidade estratégica na Europa e Canadá. Esta função permitiu-lhe não só conhecer diferentes modelos de negócio, mas também lidar com uma diversidade de stakeholders e ajustar-se a diferentes dinâmicas de mercado. Acredita num estilo de liderança baseado no compromisso com a inovação e o alcance de metas de excelência. Valorizando o desenvolvimento individual e a coesão das equipas, acredita que a distribuição adequada de responsabilidades é fundamental para criar um ambiente de confiança e satisfação. Além disso, promove a participação ativa dos colaboradores na geração de ideias e soluções, com ênfase num feedback contínuo que impulsiona a melhoria e a inovação. Entre os valores mais importantes que tenta incutir nas suas equipas estão a integridade, honestidade, perseverança e justiça, pilares que se alinham com a cultura da Takeda. “Acredito que o futuro da Takeda em Portugal será de contínuo crescimento, impulsionado pela inovação. Temos uma oportunidade única de ser pioneiros em novas soluções médicas, tanto no mercado português como a nível global. A curto prazo, a minha prioridade é acelerar projetos inovadores, enquanto a longo prazo pretendo reforçar a posição da Takeda como líder no desenvolvimento de soluções que realmente melhorem a vida dos doentes”, acrescenta o novo General Manager da Takeda. A nível pessoal, o equilíbrio fora do ambiente de trabalho é encontrado em momentos com a família e na prática de ciclismo. É um ciclista de longas distâncias, capaz de percorrer 300 km num só dia, o que reflete o seu espírito de resiliência e determinação, características que também aplica na sua vida profissional.

CLÍNICA MARIA VINAGRE

U M LOCAL DE VERDADEIRO

EMPODERAMENTO

NO AGRIDOCE DA VIDA

Numa conversa exclusiva com Thaysa Viegas, Diretora Clínica da Maria Vinagre, discutimos os avanços e diferenciais oferecidos pela instituição, que se destaca pela excelência no atendimento e inovação em saúde. Thaysa Viegas partilhou ainda insights sobre a sua trajetória e a cultura que implementou na Maria Vinagre, um espaço terapêutico atento às diferenças, aos preconceitos e às desigualdades. Saiba mais através desta entrevista inspiradora.

Thaysa Viegas, Diretora Clínica

Como é que foi a sua jornada profissional até chegar à Clínica Maria Vinagre, e quais os momentos que considera mais marcantes? Como essa experiência moldou a sua prática clínica atual?

Para falar da minha carreira, tenho de começar por abordar o meu percurso académico, no qual tive o privilégio de estudar com grandes mestres, no Ispa e na Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, terminando no doutoramento na Faculdade de Psicologia, da Universidade de Lisboa. Estas foram as bases para um percurso profissional, que começou na educação, passou pela investigação e culminou no sonho de criar uma clínica, tendo por base os meus valores e a minha identidade como mulher, mãe, psicoterapeuta e terapeuta familiar.

O que diferencia a Maria Vinagre de outras clínicas?

Prefiro focar-me na Maria Vinagre, concebida para caminhar no empoderamento do agridoce da vida e para ser um espaço clínico onde todos são acolhidos e têm possibilidade de receber cuidados de saúde de qualidade. Temos uma equipa multidisciplinar, da Psicologia Clínica e Educacional, à Terapia de Casal e Familiar, passando também pela Nutrição, Terapia da Fala e Necessidades Educativas Especiais. Procuramos integrar mente e corpo, olhando a pessoa na sua unicidade e desfocando do sintoma.

Temos também uma forte vertente social, com protocolos com diversas entidades, nomeadamente uma instituição de acolhimento residencial, para meninas, onde efetuamos consultas a um preço simbólico e também com a YMCA através da participação em conversas e palestras com jovens e para a população em geral. Realizamos também consultas a um preço reduzido, para a população com menor rendimento. Temos consciência dos nossos privilégios e de que a desigualdade se perpetua, também, no acesso a cuidados de saúde com qualidade e queremos combater isso, de forma ativa.

Um paciente que procura a sua clínica pela primeira vez, o que pode esperar?

Pode esperar escuta ativa, empatia, ausência de julgamento e acolhimento. Recentemente, renovámos o nosso espaço físico, precisamente no sentido de uma maior humanização. Queremos proporcionar um ambiente seguro, de cura e reconstrução. Um local de verdadeiro empoderamento.

Professora Doutora Thaysa Viegas, Diretora Clínica da Maria Vinagre, Clínica de Empoderamento no Agridoce da Vida. Doutorada em Psicologia, com especialização em Psicologia da Família e Mestre em Psicologia Educacional, é também Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar, bem como Especialista Avançada em Sexologia, Psicoterapia e Necessidades Educativas Especiais.

Qual o impacto da sua história de vida, na cultura que implementou na Clínica Maria Vinagre?

O primeiro aspeto que quero realçar é ter sido uma criança muito amada e empoderada. Cresci a ser incentivada a acreditar que consigo ser e realizar tudo o que sonhar. Sou muito grata aos meus pais e à minha bisavó e avó maternas, os meus pilares.

Sou portuguesa, nasci no Brasil, filha de pais portugueses e tenho, com muito orgulho as duas nacionalidades: portuguesa e brasileira. Desde cedo, lido com o preconceito, relativamente ao meu nome, primeiro nos bancos de escola e, já como psicóloga, quando no primeiro contacto, perguntavam com desconfiança se era brasileira. Infelizmente, as mulheres brasileiras são alvo de forte preconceito, nomeadamente sobre o seu comportamento sexual e caráter.

Em 2000, o meu pai morreu com 46 anos. Ainda o choro, mas em paz. Aprendi sobre dor e luto.

Em 2010, adotei a minha primeira filha e em 2018 a segunda. Enfrentei o estigma das famílias formadas por via da adoção e o racismo passou a fazer parte da minha vida.

Em 2020, o meu marido morreu, depois de cinco anos a lutarmos contra uma doença oncológica. Fiquei viúva, em plena pandemia, com duas filhas, crianças, três patudos e uma clínica, com as portas fechadas, e a passar a funcionar online. Foram tempos muito desafiantes. Ainda hoje, passados quatro anos, enfrento o estigma da viuvez e da expetativa sociocultural de que devia viver em exclusivo para as minhas filhas. Sou, muitas vezes, alvo de críticas por me dedicar tanto à minha carreira. Sem o apoio da minha mãe, babysitter e amigas de sempre, nunca teria sido possível manter a clínica e fazê-la crescer.

Estes factos influenciaram, muito, a cultura da Maria Vinagre! A construção de um espaço terapêutico atento às diferenças, aos preconceitos e às desigualdades. Uma clínica que pretende permitir, através da sua política social, que todos possam ter acesso às suas consultas, nomeadamente pessoas de etnias com menor acesso

aos cuidados de saúde. Uma clínica particularmente atenta aos direitos das meninas e das mulheres, ao empoderamento feminino e ao desenvolvimento de uma sexualidade saudável, fundamental na saúde mental, e ainda um enorme estigma na nossa sociedade.

Que conselho daria a jovens mulheres que aspiram a carreiras de liderança no setor da saúde?

Diria para apostarem no amor próprio e na sua educação. Para se valorizarem como mulheres, para não permitirem que as limitem, nas suas escolhas, personalidade e relações. Qualidades como resiliência, persistência, coragem, criatividade e inovação, a par da competência técnica e científica, serão fundamentais.

Quais os seus planos para o futuro da Clínica Maria Vinagre?

Planeamos contribuir para um mundo mais justo e inclusivo! Continuaremos a lutar pelo fim dos preconceitos, da etnia, à orientação sexual e identidade de género. Acredito que, em 2025, vamos continuar a crescer, sobretudo na vertente social, possibilitando a cada vez mais pessoas, cuidados de saúde integrais e de qualidade. Deixo desde já o desafio, a potenciais parceiros/mecenas que se queiram juntar a nós!

Caminhamos juntos na construção de um mundo, onde todos temos os mesmos direitos e oportunidades! Um mundo com mais saúde, que aceita os desafios da vida e o seu agridoce.

911 740 495 (chamada para rede móvel nacional) geral.clinicamariavinagre@gmail.com

Créditos Fotos: Rui David

INOVAÇÃO E EXCELÊNCIA JURÍDICA

A sua carreira reflete uma impressionante progressão, com a sua especialização em Direito Económico e Fiscal. Quais foram os principais desafios e aprendizagens que marcaram esta trajetória de mais de 15 anos?

O Direito Fiscal não surge como área preferencial logo no início do meu percurso profissional. A especialização em Direito Económico e Fiscal surge mais tarde, após já vários anos de prática, não apenas por ser uma área do direito pela qual fui desenvolvendo interesse e gosto pessoal, mas sobretudo para colmatar uma lacuna que vinha sentindo - a necessidade de um maior conhecimento nessa área – por se tratar de uma área do direito intrinsecamente ligada àquela que era à data e, que continua a ser ainda hoje, a minha principal área de actuação, o direito imobiliário. O Direito Fiscal relevou-se essencial e determinante para uma abordagem mais completa e abrangente das situações trazidas pelos meus clientes, possibilitando por um lado, a apresentação de soluções mais eficazes, do ponto de vista fiscal para os negócios jurídicos e, por outro lado, antecipar o impacto fiscal de determinadas situação ou decisão, identificando potenciais situações de riscos, permitindo assim a sua eliminação ou redução dos seus impactos para os clientes.

A nível profissional, a minha preferência é exercer uma advocacia preventiva, ou seja, analisar e identificar antecipadamente os riscos inerentes ou suspectíveis de advirem de uma determinada situação e trabalhar no sentido de encontrar soluções que previnam a verificação de tais riscos, quer pela via da sua eliminação ou da redução. Quando um cliente procura os nossos serviços com uma transação em vista, seja da perspetiva da compra ou da venda, entre outras, é aliciante ter a possibilidade e capacidade de analisar a situação preventivamente e como um todo – o que envolve sempre diversas áreas do Direito, que vão para além do direito imobiliário e direito fiscal - procurando oferecer a solução mais adequada de acordo com o perfil do cliente, bem como planear soluções que possam trazer maior eficiência fiscal e eliminação de riscos, conferindo ao cliente uma maior segurança jurídica nas decisões por si tomadas. Em Portugal, infelizmente está muito pouco ou nada enraizado o papel preventivo do advogado, o qual continua a ser encarado, como um profissional a quem se recorre, por falta de outra opção, perante um problema e para a resolução de um conflito já existente, quando na verdade, a esmagadora maioria das situações de conflito e litígio, poderiam ser evitadas ou mitigadas nos seus efeitos, se as situações foram analisadas por advogado a título preventivo. A Ordem dos Advogados tem tido um papel incisivo na divulgação dos benefícios da advocacia preventiva, porém ainda insuficiente por si só, para reverter esta visão tão enraizada.

Com uma trajetória sólida no universo jurídico, Vânia Mendes Guerreiro é a mente por trás da Ad Hoc Lawyers, um escritório que se destaca pela excelência no atendimento personalizado e pela capacidade de adaptação às necessidades específicas de cada cliente.

Este ano foi de grandes transformações, nomeadamente com a fundação da Ad Hoc Lawyers. Que balanço faz deste novo capítulo? Que marcos ou conquistas destacaria?

Este ano, decidi embarcar numa nova aventura e abrir o meu

Vânia Mendes Guerreiro, Advogada

próprio escritório de advogados, que opera sobre a marca Ad Hoc Lawyers. A sua fundação surge da minha vontade pessoal de criar este novo projeto de trabalho, pensado à minha imagem, o qual representa, para além de um novo desafio, o lançamento de uma nova fase no meu percurso profissional. O apoio, o reconhecimento e confiança que os clientes depositam, quer no meu trabalho quer no da minha Colega, Dr.ª Jéssica Bento, que aceitou o convite que lhe enderecei para embarcar neste novo desafio, é efetivamente uma das maiores conquistas. O balanço possível até à data, é extremamente positivo. A abertura oficial do escritório terá lugar em janeiro de 2025.

De que forma a sua prática legal tem integrado novas tecnologias ou abordagens inovadoras para oferecer melhores serviços?

De facto, a advocacia é uma atividade ainda muito tradicional, muito relutante às novas tecnologias e, muito adversa a abordagens diferenciadoras. Esta visão tradicional da atividade é um resultado natural das regras deontológicas e princípios impostos aos advogados. No entanto, acredito que esta visão será revertida num futuro, pelas gerações mais novas de advogados, que são mais defensores de abordagens inovadoras e diferenciadoras. Na Ad Hoc Lawyers implementámos sistemas de software de gestão de horas, gestão de processos e tarefas, ferramentas que reduzem consideravelmente o tempo dispendido com tarefas de rotina e gestão, libertando tempo para a realização de outros trabalhos e permitem uma supervisão bastante eficaz do trabalho em curso e produzido pela equipa. Foi também implementado um sistema de segurança e proteção de dados, que na óptica da atividade da advocacia me parece indispensável e de especial importância. Os advogados estão sujeitos a deveres especiais de confidencialidade e na verdade armazenam imensa informação confidencial e sensível dos seus clientes. Ainda no segmento das tecnologias de comunicação nos dias que correm e num mundo cada vez mais digital, em que as reuniões presenciais foram substituídas pelas reuniões on-line, em que as comunicações entre advogado e clientes são cada vez mais imediatas e instantâneas, a presença online, seja através do website ou das redes sociais, como veículo de promoção e divulgação de informação afigura-se absolutamente crucial, na óptica da relação entre advogado-cliente quer na perspetiva da consolidação dos escritórios e sociedades de advogados.

Quais são os grandes desafios e oportunidades que antecipa para a empresa e para a advocacia em Portugal?

Há sempre desafios constantes e recorrentes no mundo empresarial que abrangem igualmente a área da advocacia, nomeadamente a gestão da equipa de trabalho. Esta é uma questão, cada vez mais, abordada, estudada e discutida e reconhecida como uma tarefa desafiante e, simultaneamente, essencial nos dias que correm, quando se procura proporcionar um bom ambiente de trabalho aos nossos colaboradores e se procura uma equipa coesa e produtiva. É evidente que a existência de um ambiente saudável e motivador no local de trabalho potencia o melhor da sua equipa e afigura-se imprescindível para um bom desempenho e produtividade da equipa.

Concretamente para o ano de 2025 e, mais especificamente, para os advogados que atuam na área do direito imobiliário, particularmente na região o Algarve - como é o meu caso - é inevitável não estar de olhos postos no tão aguardado arranque da ligação área direta entre Faro e Nova Iorque, prevista já para maio de 2025. A expectativa lógica que a abertura desta nova rota área se traduzirá no incremento significativo do número de visitantes e investidores à região do Algarve. Essa procura gerará um aumento de clientes e volume de negócios para todos os profissionais que desenvolvem atividades diretamente ligadas ao setor imobiliário, como é o caso dos advogados. Para a Ad Hoc Lawyers, considerando que 2025 será o seu ano de abertura oficial, o repto para o ano que se aproxima é simples: continuar a crescer de forma sustentável, consolidar a sua posição no mercado e posicioná-lo como escritório de referência no área do direito imobiliário na região do Algarve.

Que conselhos daria a jovens profissionais que ambicionam construir uma carreira de sucesso?

O meu conselho para as jovens advogadas é darem preferência à experiência prática antes de procurarem a especialização, pois esta última aliada à experiência prática de atuação no ramo do direito escolhido, será sim um fator distintivo e diferenciador na vida profissional das jovens advogadas. Do que tenho observado, das gerações mais novas de advogadas, não posso deixar de referir e enaltecer a visão que têm – em fases tão iniciais das suas carreias profissionais – sobre a noção de equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional e as ideias vincadas do que procuram no ambiente e local de trabalho. Acho esta esta nova visão muito refrescante e acredito que as gerações mais novas de advogados e advogadas acrescentam muito à forma de encarar o mundo empresarial.

Rua da Lusotur, Edifício do Cinema, Loja 1, Vilamoura 8125-468 Quarteira 961 158 044 • 913 901 449 (chamada para rede móvel nacional) info@adhoclawyers.pt • vmg@adhoclawyers.pt adhoclawyers.com

EMPREENDER COM PROPÓSITO

A história de Elisabete d’Oliveira Martins, CEO da SRS Consulting, sobressai como um exemplo de determinação e visão estratégica no mundo empresarial. Em conversa, a empresária revelou os bastidores da sua carreira, os desafios enfrentados na criação da sua empresa e a sua missão de fortalecer a presença feminina no mercado de trabalho.

O início de um sonho

A história da SRS Consulting é, antes de mais, a história de resiliência e determinação de Elisabete d’Oliveira Martins. Fundada em 2017, a empresa marca o culminar de uma trajetória feita de trabalho árduo, superação e equilíbrio constante entre a vida pessoal e profissional. “Iniciei o meu percurso como trabalhadora-estudante, conciliando desde cedo várias responsabilidades ao mesmo tempo. O que, de certa forma, acabou por me beneficiar”, confidencia. Contudo, o sucesso não veio sem sacrifícios. A empresária admite que equilibrar a gestão empresarial com o papel de mãe e estudante foi um dos maiores desafios que enfrentou. “Ser uma mãe presente, dedicar tempo à família, garantir o progresso nos estudos e, simultaneamente, administrar uma empresa foi uma tarefa difícil, mas gratificante”.

Para além dos desafios pessoais, enfrentou ainda as barreiras sociais que, infelizmente, ainda persistem no mercado de trabalho. “O estigma machista ainda é uma realidade. Apesar de vivermos num país europeu, notam-se, por vezes, retrocessos nas mentalidades. Não somos iguais aos homens, mas complementámo-nos, e a nossa presença traz sempre uma mais-valia, quanto mais não seja uma visão mais humanizada das organizações”, sublinha.

A sua história mostra que, mesmo perante os desafios, a resiliência e a determinação são as chaves para transformar sonhos em realidade.

Os pilares do sucesso

Desde a sua criação, a SRS Consulting tem vindo a destacar-se pela aposta consistente em dois pilares essenciais: humanização e inovação.

A abordagem diferenciadora da empresa não só a impulsionou no mercado, como também fortaleceu os laços internos e externos. Para a líder da empresa, o segredo do sucesso está na proximidade com os colaboradores. “Gosto de estar acessível para os colaboradores, eliminando barreiras que possam dificultar o diálogo. Esta prática, não só promove um ambiente de trabalho saudável, mas também reforça o sentido de pertença dos colaboradores à empresa”, explica.

A inovação, desde cedo, tornou-se uma prioridade estratégica, refletindo-se num investimento contínuo em tecnologia e no desenvolvimento das competências da equipa. Um exemplo concreto é a implementação de bots para automatização de tarefas. “Investimos anualmente em equipamentos e software que possam automatizar tarefas, permitindo que os colaboradores se concentrem, cada vez mais, em processos de análise e conferências”, descreve.

Este compromisso revelou-se particularmente crucial durante a pandemia da Covid-19, um momento de teste para empresas de todo o mundo. “Enquanto muitas empresas se adaptavam ao teletrabalho, nós já estávamos preparados para operar remotamente com eficiência e qualidade. Este fator foi uma mais-valia que nos permitiu dar resposta imediata às necessidades dos clientes”, remata.

Mais do que acompanhar as tendências, a empresa mostra-se capaz de as antecipar, mantendo o foco naquilo que verdadeiramente importa: as pessoas.

Pretendo lançar um projeto dedicado a apoiar mulheres que queiram iniciar o seu percurso no empreendedorismo.

Este projeto será estruturado sob a forma de workshops práticos, cujo objetivo é orientar e desbloquear o processo de transição, na lógica “da ideia à ação

Elisabete d´Oliveira Martins, CEO | Créditos Foto: Sofia Martins

Liderança feminina e o papel da persistência

Em tempos em que a presença feminina na liderança empresarial se torna cada vez mais visível, a história de Elisabete d’Oliveira Martins surge como inspiração. Contudo, o caminho do sucesso está longe de ser linear ou isento de dificuldades. “Os obstáculos estarão sempre presentes, mas é fundamental não desistir. Construir uma empresa exige dedicação, muitas vezes comparável à criação de um filho”, partilha. Para além da sua visão pragmática, a líder defende que o sucesso é, acima de tudo, resultado de um esforço coletivo e do apoio familiar: “Ninguém alcança o sucesso sozinho. Em momentos difíceis, procurem rodear-se de pessoas que acreditem nos vossos objetivos. Nunca desistam, porque a resiliência e a colaboração são os alicerces para qualquer conquista”.

Planos para o futuro

Com um olhar no futuro, a líder delineia metas ambiciosas tanto para a SRS Consulting quanto para o fortalecimento da presença feminina no mundo empresarial. Uma das principais iniciativas para 2025 será o lançamento de um projeto para apoiar mulheres que desejam empreender. “Pretendo lançar um projeto dedicado a apoiar mulheres que queiram iniciar o seu percurso no empreendedorismo. Este projeto será estruturado sob a forma de workshops práticos, cujo objetivo é orientar e desbloquear o processo de transição, na lógica “da ideia à ação”. Outro objetivo ambicioso para a SRS Consulting é a adoção permanente da

semana de quatro dias de trabalho. Após um teste bem-sucedido durante o verão de 2024, a empresa pretende implementar este modelo de forma definitiva no decurso do ano de 2025. “Acreditamos que este modelo permitirá melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos nossos colaboradores, promovendo a produtividade e o bem-estar”.

Uma liderança que inspira mudança

Elisabete d’Oliveira Martins compromete-se a inspirar outras mulheres através das redes sociais, onde pretende partilhar conteúdos que motivem e orientem quem deseja trilhar um caminho semelhante. “Temos apenas esta vida, e é fundamental perseguir os nossos sonhos de forma imediata. Se o seu sonho é empreender, siga-me no LinkedIn. Quero partilhar a minha experiência e ajudar a desbloquear o potencial de outras mulheres”.

Elisabete d’Oliveira Martins não é apenas uma empresária de sucesso, mas uma líder que acredita no impacto da inovação, proximidade e formação contínua. Através da SRS Consulting, prova que é possível alinhar tecnologia, colaboração e visão estratégica para criar uma empresa sólida e adaptável.

Com a sua determinação, inspira outras mulheres a desafiarem barreiras e a alcançarem o seu pleno potencial: “Nunca desistam, mesmo quando os desafios parecerem intransponíveis. Rodeiem-se de uma equipa forte, mantenham a resiliência e persigam os vossos sonhos”, conclui.

RAZÃO D’SER CUIDAR

DA VIDA E DA FAMÍLIA

A Razão d’Ser é mais do que uma clínica, é um espaço dedicado à essência da vida. Para Sónia Barbosa da Rocha, Enfermeira e Fundadora, a clínica é a Mulher, é a Maternidade, é a Família — pilares que inspiram um cuidado integral e humanizado.

O que a motivou a fundar a Clínica Razão d’Ser, e como transformou o seu sonho pessoal numa referência nacional em saúde feminina e familiar? Quais foram os maiores desafios e as lições mais significativas ao longo deste percurso?

Sempre sonhei ser Parteira1 e como mulher, que os meus filhos nascessem por parto natural e domiciliário. Os meus dois primeiros filhos, (2000 e 2003), nasceram no hospital, e embora experiências positivas, bem distantes do que idealizava. Era enfermeira, não especialista, mas bem informada e senti que os cuidados de saúde que recebi, ficaram muito aquém do que deveriam ser, por estarem desatualizados face à evidência científica, pela falta de empatia ou de respeito pela autonomia da mulher. Em 2007, após a especialização em saúde materna, percebi que precisava seguir um caminho diferente, plantando sementes para que germinassem no futuro. O grande motor para que o sonho se tornasse realidade surgiu com o nascimento das minhas filhas mais novas (2016, 2020), em dois partos domiciliários empoderadores, com Amor, Carinho, Respeito e Empatia, valores esses, que fizeram nascer a Clínica Razão d’Ser. Sou Mulher, Sou Mãe e Sou Parteira e vivo praticamente todos os dias da minha vida on call 24h/dia, pelo que o maior desafio é conciliar vida pessoal e profissional. A lição mais importante é entender que necessitamos carregar mais humildade, pois aprendemos mais com a mulher/pessoa que cuidamos do que ela connosco.

A Razão d’Ser é reconhecida pela abordagem personalizada e humanizada nos cuidados à mulher e à família. Que impacto sente que causam na vida dos vossos pacientes?

Já existem famílias em Portugal em que todos os bebés nasceram com a Razão d’Ser e em algumas mais do que dois bebés. Nascimentos pautados pela fisiologia, com bebés saudáveis, amamentados por dois anos ou mais anos, e que vivem com pais conscientes que se esforçam

todos os dias por uma parentalidade mais positiva. Percebemos que as famílias que cuidamos, pelos processos positivos que vão vivendo, facilmente se tornam famílias numerosas, pelo que não é difícil sentir que, contribuímos para mais saúde e mais Amor em cada cliente e em cada família, são as nossas famílias Razão d’Ser!

Como empresária e líder de sucesso, o que considera essencial para gerir uma equipa multidisciplinar com tanto sucesso?

O essencial é conseguir que os mesmos valores, pelos quais sempre orientei a minha vida pessoal e profissional, sejam transversais nos diferentes elementos da equipa. Conseguir que todos coloquem o cliente no centro e sintam que estamos numa missão de “servir” a pessoa contribuindo, com todo o nosso esforço, para o seu bem-estar em todas as suas dimensões.

Qual é a sua visão para o futuro da Razão d’Ser? E o que podemos esperar em termos de serviços, projetos ou iniciativas para 2025?

O nosso plano é apostar no desenvolvimento do serviço de formação profissional, pois acreditamos que quanto mais contribuirmos para modificar o cenário dos cuidados de saúde na área da saúde feminina, da maternidade e da família, melhor futuro para a sociedade, para cada um de nós e para a Razão d’Ser.

1Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia

geral@razaodser.pt • www.razaodser.pt

Créditos Fotos: magicfotografia.pt

CONFIABILIDADE E EXPERTISE

Bárbara Duarte é uma advogada portuguesa que iniciou a sua formação jurídica na Faculdade de Direito, da Universidade de Lisboa, em 2006. Após ganhar experiência em outras sociedades de advogados, a Dr.ª Bárbara Duarte fundou o seu próprio escritório, em 2018. Em entrevista à Revista Business Portugal, a Fundadora da BMD Advogados, conta-nos um pouco do seu percurso e deixa ainda um conselho às jovens que ambicionam uma carreira de sucesso no mundo do Direito – resiliência.

A Dr.ª Bárbara Duarte desde sempre ambicionou seguir a área do Direito, mais especificamente a área de magistratura, mas, devido ao facto de, na altura, se ponderar a exigência de um mestrado prévio para o ingresso, optou por realizar este e, ao mesmo tempo, realizar também o estágio na Ordem dos Advogados, começando assim a ter contacto com a advocacia. “Percebi aí que queria mesmo ser advogada. Portanto, o meu percurso foi um pouco definido por essa vontade, foi tudo muito natural. Entretanto, já passaram alguns anos e, mesmo com as suas adversidades, tem corrido pelo melhor “, refere a Advogada. Exigente, tenta ser a melhor Advogada possível, de acordo com os seus princípios e valores: “Tento sempre dar o melhor de mim em cada trabalho que tenho, há que ter um bom senso de justiça – ou pelo menos tentar-, verificar o que é o melhor para o cliente e, acima de tudo, decidir o que é que podemos melhorar em cada situação”, afirma.

O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional

O caminho rumo a cargos de liderança é sempre repleto de desafios. Para a Dr.ª Bárbara, o maior de todos tem sido o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, mas revela que, com boas práticas, tudo se consegue, “ou seja, temos de ter um grande senso, resiliência e capacidade organizativa para conseguirmos equilibrar a nossa vida profissional e a vida pessoal. Sinto que, hoje em dia, não é apenas desafiante para nós advogados, mas para todas as áreas e profissões – costumo afirmar que o mundo está muito rápido e cumpre-nos a nós abrandar e sermos compreensivos com os demais ou, pelo menos, tentar”, salienta. A Advocacia é uma área que exige uma grande proatividade, nunca há dias iguais, “tenho sempre dias diferentes, cada dia é um desafio, e isso faz-me muito feliz. Temos

de ter capacidade de multitasking e ser criativos, o que me realiza muito, e faz-me querer descobrir mais e tentar ser melhor todos os dias”, refere a Dr.ª Bárbara Duarte.

Realizações profissionais e conselho às jovens advogadas O ano de 2024 foi um ano de realizações profissionais para a BMD-Advogados – crescemos bastante e continuamos a lidar com processos diversos. No geral, tem corrido bem. “Em termos profissionais, um dos grandes desafios que tivemos foram os processos judiciais em que, na sua maioria, conseguimos, com sucesso, extinguir. E no final isso é muito gratificante”, conta a Fundadora da BMD-Advogados.

A Advogada é bastantes vezes desafiada a estudar temas diferentes, por clientes específicos que querem ser acompanhados pela BMD-Advogados, o que se traduz numa vitória mesmo a nível pessoal.

Em relação às novas gerações que ambicionam uma carreira na advocacia, a Dr.ª Bárbara Duarte deixa um conselho às jovens: “Acreditem sempre nelas, estudem muito, isto não se consegue do dia para a noite, há muito trabalho a ser feito e capacidade organizativa a ser trabalhada. O melhor conselho que posso dar é que nunca desistam e acreditem que é possível alcançarem o que pretendem – com esforço, dedicação, resiliência e humildade, tudo se consegue”, destaca.

Perspetivas para 2025

A Fundadora da BMD-Advogados demonstra ter o seu percurso bem orientado e focado, principalmente, no agora. “Quanto ao escritório em si, eu não gosto muito de planear o futuro, gosto de viver o dia a dia, e dar o meu melhor sempre. Portanto, olhando para os anos anteriores, desde que abri o meu escritório, só posso garantir que tudo continuarei a fazer para tentar alcançar os melhores resultados. Estou otimista e expectante que será mais um ano positivo. Veremos. A única certeza que, quanto ao escritório, posso ter é que será mais um ano em que a BMD-Advogados cá estará para dar o melhor aos seus clientes”.

barbaraduarte@bmd-advogados.com www.bmd-advogados.com

Bárbara Duarte, Advogada

“ACREDITO QUE POSSO FAZER A DIFERENÇA”

Filipa Jardim da Silva é a CEO e Diretora Clínica da Transformar, uma organização de destaque na área da saúde e do bem-estar. Com uma carreira marcada por uma visão inovadora e uma abordagem humanizada, Filipa tem-se dedicado a promover a transformação de vidas através de cuidados de excelência e práticas clínicas integradas.

Trabalha todos os dias e aposta na sua formação contínua para poder contribuir de forma eficaz para os objetivos que lhe são colocados. Qual foi a motivação para se especializar em Psicologia Clínica e Coaching? Que experiências pessoais ou profissionais moldaram a sua abordagem como profissional?

Desde muito cedo, percebi que o comportamento humano me fascinava. A minha motivação para me especializar em Psicologia Clínica e Psicoterapia e, mais tarde, Coaching, surgiu da perceção que na base das nossas vidas estão os nossos pensamentos, emoções e comportamentos.

Então seja num sistema educativo ou organizacional, seja uma pessoa individual ou integrada num casal, é trabalhando de dentro para fora, que contribuo para grandes mudanças.

Ao longo dos anos, lidar com diferentes desafios, enquanto filha, mulher, mãe e empreendedora, ajudou-me a desenvolver uma prática mais empática, descomplicada e orientada para resultados. O meu foco está na promoção de literacia em saúde, ajudando a desmistificar preconceitos e mitos sobre a saúde mental. Acredito que posso fazer a diferença ao capacitar as pessoas a lidarem com as suas emoções, erros e vulnerabilidades sem vergonha mas com curiosidade, levando ferramentas transformadoras ao maior número possível de pessoas.

Como surgiu a Academia Transformar, e quais são os seus principais objetivos?

A Academia Transformar nasceu do sonho de levar saúde mental a mais pessoas e de dignificar o trabalho do psicólogo clínico. Com uma equipa multidisciplinar, composta por mais de 40 profissionais, criamos um espaço que fomenta uma abordagem preventiva e integrada à saúde psicológica, tanto em formato online como em formato presencial (em Lisboa e no Porto), para pessoas individuais e também para empresas. Queremos desmistificar e acessibilizar ferramentas e estratégias que ajudem as pessoas a viver de forma mais consciente, proativa e autêntica. Os principais objetivos passam pela promoção da saúde mental como um direito básico e pelo empoderamento individual para que as pessoas saibam gerir as suas emoções e desafios, de forma a desenvolverem uma relação mais saudável consigo e com os outros.

Que mudanças na área da saúde mental acha que serão mais relevantes nos próximos anos? Como é que a tecnologia tem influenciado a saúde psicológica das pessoas?

Acredito que a saúde mental deixará de ser vista apenas como uma resposta ao sofrimento e passará a ser encarada de forma preventiva, como um investimento no equilíbrio geral de cada pessoa, existindo uma maior articulação com outras especialidades médicas para intervenções mais integradas. A tecnologia poderá continuar a apoiar em tornar diversos recursos mais acessíveis, mas nunca substituirá a relação humana.

Que conselho gostaria de deixar às jovens que almejam uma carreira de sucesso no mundo da psicologia?

O meu conselho é: tenham “um para quê?”muito forte e não tenham medo de errar, de ser vulneráveis e de crescer com as vossas próprias experiências. Acreditem no poder da mudança e mantenham sempre o compromisso de fazer parte da solução. Uma boa prática de psicologia requer coragem, ética e empatia, a par de atualização científica e autocuidado.

Filipa Jardim da Silva, CEO

LIA GONZALEZ DE OLIVEIRA LIDERA TRANSFORMAÇÃO

DA NOBRE

A propósito da consolidação da Nobre, enquanto uma marca alimentar abrangente, e das estratégias de comunicação muito bem pensadas, planeadas e executadas, com o objetivo de tornar esta marca mais relevante e, cada vez mais, presente na mesa dos consumidores, estivemos à conversa com a Diretora de Marketing da marca que assume um papel muito importante no dia a dia dos portugueses.

Sendo uma mulher líder num setor competitivo, quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo da sua carreira e como os superou? De que forma a sua experiência moldou o seu estilo de liderança e as decisões estratégicas dentro da Nobre?

Comecei o meu percurso na consultoria ligada às marcas e à comunicação e esse caminho ajudou-me a perceber como é que as pessoas são impactadas pelo marketing e pela comunicação e como as marcas servem as empresas e as fazem crescer. A passagem pela consultoria é fulcral na minha construção como profissional, uma vez que trabalhar setores tão distintos como alimentação, energia ou distribuição implica o contacto com realidades e necessidades totalmente distintas, o que é muito enriquecedor, já que promove um olhar diversificado sobre os negócios e esse olhar é algo que enriquece a minha forma de encarar os problemas e arranjar soluções até hoje.

O meu primeiro grande desafio surge quando sinto a vontade de implementar no dia-a-dia as recomendações que desenvolvia para as marcas nos projetos de consultoria, mas que já não estavam sob a minha alçada por em prática. A vontade de dar continuidade a essas estratégias de marca e ver os resultados nos negócios promoveu em mim uma vontade de passar para o lado do cliente e é assim que se dá a minha entrada na Nobre.

Na Nobre, o desafio passa por fazer a transformação da marca de uma marca de charcutaria para uma marca alimentar. O desafio não estava apenas em criar novos produtos, mas, e acima de tudo, em transformar a perceção do consumidor e, simultaneamente, dos nossos primeiros embaixadores - as nossas pessoas. Esta experiência leva-nos a criar uma cultura e um ambiente de proximidade, muito colaborativo e baseado no exemplo e na liderança da Nobre. Acredito no poder de rodearmo-nos das melhores pessoas para as funções certas e no crescimento conjunto. Como líderes, não temos que ter as respostas para todas as perguntas, temos que saber quem nos vai ajudar a ir buscá-las e fazê-lo em equipa.

Esta forma de trabalhar, colaborativa, foi fundamental para que, como equipa Nobre, evoluíssemos continuamente como marca cada vez mais relevante para as pessoas que impactamos todos os dias.

A Nobre tem-se destacado pela sua capacidade de inovação – passando de uma marca de charcutaria para uma marca alimentar. Quais foram as decisões-chave que marcaram essa transformação?

A transformação da Nobre começa com uma profunda compreensão do mercado e da antecipação das necessidades dos consumidores, que estão em constante evolução. Percebemos que se o papel da Nobre é ser relevante no desdramatizar das refeições dos portugueses, então como decisão estratégica teríamos que diversificar a nossa oferta para incluir produtos para todos os gostos e todas as ocasiões de consumo, oferecendo opções práticas e saborosas. Essa clareza permitiu não só desenvolver produtos inovadores, como também reposicionar a marca para que fosse vista como uma aliada no dia a dia das famílias e lares em Portugal. Sejam refeições prontas, produtos vegetarianos e veganos, snacks ou opções mais equilibradas dos nossos produtos mais icónicos, estes desenvolvimentos marcaram os primeiros passos desta mudança.

Acredito no poder de rodearmo-nos das melhores pessoas para as funções certas e no crescimento conjunto. Como líderes, não temos que ter as respostas para todas as perguntas, temos que saber quem nos vai ajudar a ir buscá-las e fazê-lo em equipa

Lia Gonzalez de Oliveira, Diretora de Marketing

Como a comunicação da Nobre evoluiu ao longo dos anos, principalmente com a mudança no posicionamento da marca? O que considera ser o principal diferencial da empresa em termos de comunicação e como liderou essa transformação?

A nova forma de comunicar da Nobre começou pela criação deste novo posicionamento, de estar ao lado das famílias em Portugal para descomplicar a hora e preparação das refeições, fazendo com gosto e oferecendo soluções práticas, saborosas, de qualidade e para todos os gostos, a todos os tipos de consumidores. Para podermos ter uma base de comunicação e de trabalho comum e para podermos efetivamente chegar aos nossos consumidores como marca alimentar, ganhando reputação neste novo território mais abrangente, é necessária muita consistência e coerência nas mensagens e em todos os pontos de contacto da marca com os portugueses, sejam em comunicação tradicional, seja na criação de experiências de marca relevantes, como a presença que tivemos no Rock in Rio 2024 ou Festival do Continente. A estratégia de marketing e comunicação da Nobre, também reflete o seu propósito - “Inspirar o Nobre sabor da vida”transversalmente noutras áreas de atuação da marca, nomeadamente, no apoio à cultura, e no teatro, uma vez que, enquanto marca líder, temos a responsabilidade de devolver algo à comunidade.

A Nobre tem assumido um forte compromisso com a sustentabilidade e ações sociais, como o projeto “Nobre Casa de Cidadania”. Como consegue conciliar os desafios do marketing com as exigências de sustentabilidade e responsabilidade social?

A sustentabilidade é parte integrante da estratégia da Nobre. Não vemos responsabilidade social e ambiental como algo separado do negócio, mas como um pilar que reforça a nossa relevância. Projetos como a “Nobre Casa de Cidadania” mostram como podemos alinhar os nossos valores de marca – partilha, cidadania e confiança – com iniciativas que beneficiam a comunidade. Conciliar marketing com sustentabilidade envolve fazer escolhas estratégicas conscientes, como reduzir o impacto ambiental nas embalagens ou apoiar eventos que promovam valores culturais. Cada ação é guiada pelo compromisso de criar impacto positivo para os consumidores e para a sociedade.

Enquanto Diretora de Marketing da Nobre, como garante que a marca se mantém relevante e diferenciadora no mercado? Quais os fatores que guiam as suas decisões?

A relevância da marca é assegurada pelo constante foco no consumidor. Monitorizamos constantemente as tendências de consumo e trabalhos diariamente para antecipar as necessidades dos consumidores. As decisões estratégicas são sempre guiadas pelo nosso propósito, pela qualidade dos produtos e pela inovação. Além disso, apostamos na consistência da comunicação e na criação de experiências marcantes que reforcem a conexão emocional com os portugueses.

Que avaliação faz de 2024, em termos de desafios e conquistas para a Nobre? Quais são as metas e projetos para 2025?

2024 foi um ano de consolidação do nosso posicionamento como marca alimentar e de reforço do compromisso com o papel

de desdramatizar as refeições dos portugueses. Apesar de desafios económicos, conseguimos lançar produtos inovadores e fortalecer a nossa comunicação.

Para 2025, a meta é continuar a cimentar este papel relevante junto dos lares portugueses, expandir ainda mais a nossa oferta, antecipando as tendências de consumo, sempre com o consumidor no centro de tudo o que fazemos. Continuaremos a investir em inovação e na criação de experiências que aproximem os consumidores da marca. Liderar esta evolução requer flexibilidade e foco nas pessoas – consumidores e equipa.

Como vê o impacto da presença de mulheres em posições de liderança na transformação e no futuro das marcas em Portugal? Quais são os principais obstáculos que as mulheres ainda enfrentam no mercado de trabalho e o que podemos fazer para ultrapassá-los?

Ter opiniões, e formas distintas de pensar em posições de liderança, traz diversidade de soluções, abordagens mais variadas e, por isso, mais ricas quando temos que tomar decisões. Esta diversidade é fundamental para criar marcas e negócios mais sustentáveis, humanos e relevantes.

Ainda todos enfrentamos desafios muito claros em equilibrar vida profissional e vida pessoal e esse é um tema que a Nobre leva muito seriamente, promovendo ativamente uma cultura de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Como concilia a liderança da equipa da Nobre com as responsabilidades pessoais e familiares? Que conselhos daria a outras mulheres que aspiram a cargos de liderança, especialmente aquelas que procuram equilibrar a carreira com a vida familiar?

Conciliar a vida profissional e a familiar requer planeamento e priorização. Também exige respeito entre as pessoas dentro das equipas. Se todos tivermos claro que só atingimos o pleno quando estamos realizados e felizes, nas várias vertentes da nossa vida, então trabalhamos para que esse equilíbrio exista. E a melhor forma de o conseguir é estarmos alinhados sobre o facto de que essa é a melhor forma de viver. Esse é o conselho que trago comigo e que trabalho diariamente para contagiar todos com quem me cruzo. Para mim, ser feliz não é uma busca de algo intangível, é ser feliz no dia a dia, no trabalho, em família e com amigos, nas pequenas coisas, nos pequenos momentos, na nossa autenticidade, respeitando a autenticidade dos outros. Se o fizermos, a liderança não é mais do que sermos autênticos e inspirar outros a fazer o mesmo, com um objetivo comum, para o qual todos vão contribuir.

RHevolution A VISÃO TRANSFORMADORA DE MARTA SANTOS

Em tempos de mudanças rápidas no mercado de trabalho, Marta Santos, Fundadora da RHevolution, está na linha de frente dessa transformação. Com uma visão inovadora, Marta desafia os modelos tradicionais de gestão de pessoas, apostando em estratégias que unem tecnologia, humanização e propósito. Nesta entrevista exclusiva, dá a conhecer ainda a sua jornada e a sua visão enquanto líder.

A RHevolution é uma empresa de consultoria na área de Recursos Humanos. O que a inspirou na criação da RHevolution? Qual é a sua visão enquanto líder?

A inspiração para fundar a RHevolution surgiu da minha profunda convicção de que o sucesso das organizações começa nas pessoas. Ao longo da minha carreira, percebi que soluções padronizadas frequentemente ignoram a essência de cada empresa e a singularidade dos seus colaboradores. Queria construir algo diferente: uma consultoria personalizada a cada cliente, que colocaca realmente as pessoas no centro, promovendo não só a produtividade e o desempenho, mas também o bem-estar e a evolução. Enquanto líder, a minha visão é clara: ser uma parceira estratégica das organizações, para evoluírem de forma sustentável,

alinhando os seus objetivos de negócio com a valorização das pessoas. Liderar é mais do que orientar; é inspirar confiança, estimular o potencial de cada indivíduo e construir uma cultura que impulsione inovação e resultados.

No mercado atual, quais são os principais desafios que a RHevolution tem enfrentado ao implementar soluções personalizadas de Recursos Humanos? Como é que a empresa incorpora as inovações no desenvolvimento de estratégias organizacionais?

Os desafios atuais em Recursos Humanos estão profundamente ligados à gestão de talento, ao desenvolvimento de competências e à criação de lideranças eficazes. O mercado exige soluções que combinem uma visão estratégica com uma execução prática, sem perder de vista as particularidades de cada cliente. A maior complexidade é alinhar estas necessidades com contextos organizacionais diversos e em constante transformação.

Na RHevolution, focamo-nos em estratégias integradas que promovem o desenvolvimento de líderes, a retenção de talento e a criação de culturas organizacionais alinhadas aos valores e objetivos de cada empresa. Utilizamos tecnologia como suporte e acreditamos que o impacto vem de soluções criadas em parceria com os clientes, baseadas em empatia, escuta ativa e uma execução cuidadosa. No centro do nosso trabalho estão as pessoas e é nelas que investimos para promover o sucesso a longo prazo. A RHevolution tem o privilégio de trabalhar com clientes em Portugal, Angola e Moçambique, abrangendo diversos contextos culturais e económicos e diferentes níveis de maturidade organizacional. Este trabalho exige flexibilidade e sensibilidade para adaptar soluções que respeitem cada realidade, garantindo que as estratégias sejam adequadas, de forma a serem eficazes e sustentáveis.

Que soluções oferece a RHevolution?

A RHevolution oferece um portfólio de serviços integrados em Consultoria de Recursos Humanos, Desenvolvimento de

Marta Santos, Fundadora

Lideranças e Coaching Executivo, com soluções personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente.

Em Recursos Humanos, alinhamos a gestão de pessoas com os objetivos de negócio, com foco em gestão de talento, planos de sucessão, avaliação de desempenho e bem-estar. Oferemos também serviços em Cultura Organizacional e Employee Experience, criando mudanças tangíveis e experiências positivas que impulsionam o sucesso das organizações.

No Desenvolvimento de Lideranças, capacitamos líderes em todos os níveis com programas personalizados que fortalecem competências e alinham estratégia e resultados. Completamos com o nosso Coaching Executivo, profissional e ético, que promove o crescimento de líderes ao alinhar objetivos pessoais com metas corporativas. Na RHevolution, cada solução visa gerar impacto duradouro, promovendo a evolução conjunta de empresas e pessoas para um futuro sustentável.

Como é que a sua experiência pessoal e profissional moldou a missão da RHevolution? Que conselhos gostaria de deixar a mulheres – futuras líderes?

A missão da RHevolution reflete muito da minha própria jornada. Trabalhei em diferentes contextos culturais e organizacionais, o que me permitiu perceber que não há uma abordagem única para os desafios das pessoas e das empresas. A capacidade de escutar, adaptar e cocriar soluções é o que mais valorizo e

tento transmitir através da missão da empresa: evolução com foco nas pessoas.

Às mulheres líderes, diria que o caminho exige trabalho árduo, competência e uma visão clara do que se quer construir. Apostem nas vossas capacidades, formem parcerias estratégicas e foquem-se na construção de relações de confiança. A colaboração é um dos pilares do sucesso!... E é essencial que inspiremos e sejamos inspiradas pelas pessoas com quem trabalhamos.

Mensagem para 2025

2025 será um ano de desafios num contexto internacional complexo, onde dinâmicas globais afetam organizações e pessoas, mesmo que distantes. Vivemos num mundo interconectado, onde cada transformação tem impactos que atravessam fronteiras. Na RHevolution, acreditamos que é essencial apoiar empresas e colaboradores, fortalecendo organizações e promovendo o bem-estar das pessoas. Oferecemos estratégias que respondem às exigências do presente e preparam para o futuro. O nosso compromisso vai além dos resultados: queremos contribuir para uma sociedade mais humana, resiliente e alinhada com a evolução global.

Desejamos a todos umas Festas Felizes! Vamos fazer de 2025 uma RHevolution, com as pessoas no centro da evolução organizacional! www.rhevolution.pt

A LIDERANÇA INSPIRADORA DE ANA MENDES NA SOTÉCNICA

Com 70 anos de experiência no setor, a Sotécnica é uma marca portuguesa focada em soluções de engenharia e serviços técnicos, que atua em áreas como manutenção, instalações elétricas, automação e serviços relacionados à eficiência energética. Em entrevista, Ana Mendes, Business Unit General Manager na Sotécnica, uma marca da VINCI Energies em Portugal, destaca a abordagem da sua unidade de negócio e os desafios do cargo que ocupa, partilhando a sua visão sobre inovação e sustentabilidade.

O papel de Business Unit General Manager numa marca como a Sotécnica envolve uma liderança estratégica e multifacetada. Ana Mendes, responsável por impulsionar o desempenho financeiro, supervisionar operações, liderar equipas e desenvolver estratégias de mercado para garantir a satisfação dos clientes, destaca-se pela sua autenticidade. “Sou uma pessoa bem-disposta e otimista. Tento transmitir sempre boa energia às pessoas à minha volta e acredito que esses valores me orientam como líder. Valorizo uma comunicação transparente e trabalho de equipa, e tento ser coerente entre o que sou, o que mostro e o que faço no dia a dia”, afirma Ana. Essa abordagem reflete-se no equilíbrio entre os desafios profissionais e a sua visão positiva da vida.

A Sotécnica e os seus desafios

A Sotécnica, integrada no grupo VINCI Energies, na linha de negócio Building Solutions, afirma-se como uma referência no setor das soluções de engenharia integradas e serviços multitécnicos. Es-

pecializada em áreas como Instalações Elétricas, Instalações Técnicas e Manutenção/Facility Management, a empresa destaca-se pelo seu alcance nacional e internacional. Em Portugal, a Sotécnica marca presença de norte a sul do país, bem como nas regiões autónomas dos Açores e Madeira. A sua atuação estende-se também a Moçambique, reforçando uma estratégia de expansão para mercados emergentes e consolidando o seu papel enquanto agente de transformação global.

Com um compromisso firme perante os desafios da transição energética e da sustentabilidade, a Sotécnica desenvolve soluções inovadoras que maximizam a eficiência energética e ambiental de edifícios e infraestruturas. Este empenho traduz-se na redução da pegada ecológica e num alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), refletindo uma visão de futuro onde tecnologia e respeito pelo ambiente caminham lado a lado.

Como em qualquer marca, os desafios fazem parte do quotidiano, e no setor da manutenção não é diferente. Ana, colaboradora dedicada há 13 anos, é um exemplo inspirador de como a motivação e a resiliência podem transformar obstáculos em oportunidades.

“Os desafios foram constantes ao longo destes anos, mas sempre os encarei como oportunidades para crescer e evoluir. Nem sempre é fácil, mas quando se tornam mais exigentes, é na força da equipa e na entreajuda entre os colaboradores que encontramos soluções inovadoras e eficazes.” Partilha com um brilho de quem sabe transformar momentos difíceis em histórias de superação.

O dom de saber liderar uma equipa

Saber liderar uma equipa é uma arte que transcende a simples gestão de tarefas, trata-se de inspirar pessoas, unir diferentes personalidades e transformar individualidades em força coletiva. É assim que Ana defende que deve ser uma liderança: “reconhecer que cada pessoa é única, com os seus talentos, desafios e perspetivas. Devemos procurar sempre criar um ambiente onde as diferenças se complementem em vez de colidirem. Liderar é saber ouvir com empatia, comunicar de forma clara e dar o exemplo através de atitudes que promovam confiança e respeito mútuo. Mas, acima de tudo, é compreender que lidar com pessoas não é sobre impor ideias, mas

Ana Mendes, Business Unit General Manager

Liderar é saber ouvir com empatia, comunicar de forma clara e dar o exemplo através de atitudes que promovam confiança e respeito mútuo. Mas, acima de tudo, é compreender que lidar com pessoas não é sobre impor ideias, mas sobre construir um propósito comum

sobre construir um propósito comum que motive cada membro da equipa a dar o seu melhor”, refere.

Quando um líder valoriza a diversidade de pensamentos e experiências, há espaço para que todos se sintam ouvidos, reconhecidos e motivados a crescer. Em suma, liderar é ter a coragem de enfrentar desafios ao lado da equipa, possuir a sabedoria de aprender com as diferenças e com a visão de transformar um grupo de indivíduos em algo extraordinário. Ana demonstra ter esses valores bem assentes e a vontade de continuar a exercer a sua liderança de forma eximia.

As perspetivas para 2025

O crescimento é essencial, não apenas para a sua sustentabilidade, mas também para o seu impacto no mercado e na sociedade. A impor-

tância do crescimento está intimamente ligada à evolução da cultura organizacional, ao desenvolvimento das competências da equipa e à melhoria contínua dos processos. É um processo transformador que permite à organização prosperar, inovar e posicionar-se como líder num mundo em constante mudança.

Para 2025, a entrevistada revela que a sua unidade de negócios já tem planos de crescimento claramente traçados e definido de acordo com o plano estratégico apresentado. “Somos uma marca com uma trajetória sólida e com 70 anos de existência, que nos permitem olhar para o futuro com confiança. Os nossos valores são a base do nosso crescimento, e com eles almejamos expandir os nossos serviços e atingir novos patamares de excelência. Acima de tudo, a nossa ambição é crescer de forma sustentável, sempre com um profundo compromisso com o meio ambiente e a sociedade.”, conclui Ana Mendes com entusiasmo.

A visão da Sotécnica é clara: evoluir com responsabilidade e consolidar-se como uma referência no mercado, sem nunca perder o foco nos princípios que a tornam única.

geral@sotecnica.pt • www.sotecnica.pt

DESPERTE OS SEUS SENTIDOS

Viva cada sensação. Grand Hotel Thermas – a essência do bem-estar.

ENSINO CLÍNICO MODERNO NA EGAS MONIZ SCHOOL OF

HEALTH & SCIENCE

Professor José João Mendes, Presidente da Direção da Egas Moniz School of Health & Science

ENSINO CLÍNICO MODERNO NA EGAS MONIZ SCHOOL OF HEALTH & SCIENCE

A Egas Moniz School of Health & Science está dedicada ao avanço do conhecimento e à educação, em prol da melhoria das condições de Saúde. O empenho e competência de toda a comunidade fazem da Egas Moniz uma referência internacional no ensino da Saúde, o que é demonstrado pela confiança dos Estudantes e dos utentes dos nossos serviços de Saúde, assim como pelos excelentes resultados das avaliações das agências reguladoras e de rankings universitários, nacionais e internacionais. Os Serviços de Saúde da Egas Moniz, incluem Medicina Dentária, Medicina Veterinária, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Análises Clínicas. A Egas Moniz oferece também Perícias Médico-Legais e Técnico-Científicas e dispõe de uma Residência Sénior. A responsabilidade social da Egas Moniz possibilita o acesso a serviços clínicos economicamente acessíveis.

A aprendizagem na Egas Moniz é baseada em situações clínicas reais, complexas, diversificadas e de aprendizagem autêntica, nos diferentes serviços clínicos, para imergir os Estudantes na realidade que enfrentarão profissionalmente. Esta aprendizagem ativa e prática contribui para o desenvolvimento de competências profissionais e transdisciplinares e facilita a transposição das aprendizagens teóricas para o conhecimento prático. Assim, os Estudantes ganham progressivamente autonomia, desenvolvem uma atitude reflexiva e uma identidade profissional responsável, capacitando-se para analisar situações, tomar decisões e atuar de forma eficaz e adequada.

Os Estudantes têm prática clínica com Professores de competência reconhecida pela sociedade e pelos pares, especialistas e experientes em clínica e no ensino. Todos passam pelos Centros de Simulação e de Competências Clínicas, em que treinam os procedimentos em modelos e simuladores, preparando a formação clínica e contribuindo para a melhoria da qualidade assistencial e segurança dos Pacientes. A exposição a modelos e simuladores contribui para a melhoria no contacto clínico e na tomada de decisão e de comunicação, num ambiente de ansiedade reduzida.

A aprendizagem é centrada no Estudante e o atendimento e tratamento são centrados no Paciente. Os nossos serviços clínicos diferenciam-se pelo ambiente ético, empático, eficaz e comunicativo, com uma equipa acessível, práticas baseadas na evidência e equipamentos modernos, de alta qualidade. A combinação de fatores técnicos, éticos, organizacionais e humanos proporciona uma experiência superior para Pacientes, Profissionais e Estudantes, com foco na Saúde dos Pacientes.

Os serviços clínicos da Egas Moniz, são os seguintes:

Clínica de Medicina Dentária

Com mais de 30 anos é hoje uma sólida referência, numa infraestrutura com 1800 m2, 116 unidades dentárias, mais de 117 mil pacientes e mais de 75 mil consultas por ano.

Disponibiliza todas as especialidades de Medicina Dentária, realizadas por dezenas de profissionais especializados.

Dispõe de todos os meios diagnósticos disponíveis em Medicina Dentária. Devido à qualidade dos serviços prestados e aos preços acessíveis, presta cuidados de saúde oral a uma população que ultrapassa largamente os limites do concelho de Almada.

A Clínica Dentária está aberta e tem atendimento de urgência de segunda-feira a sábado.

Professor José João Mendes, Presidente da Direção
Clínica de Medicina Dentária
Clínica de Medicina Dentária

Hospital Veterinário

É o primeiro Hospital Veterinário Universitário da Margem Sul. Está equipado com equipamentos médicos e cirúrgicos de última geração e conta com 28 profissionais especializados.

Com cerca de 400 m2, dispõe de consultórios, sala de urgências, internamento separado para cães, gatos e novos animais de companhia, unidade de doenças infetocontagiosas para cães, gatos e exóticos, duas salas de cirurgia, laboratório e três salas de imagiologia. Oferece consultas gerais e de especialidade, todo o tipo de cirurgias, imagiologia incluindo TAC, ecografia e radiografia e urgências médicas e cirúrgicas e internamento, 24 horas e 365 dias por ano.

Clínicas de Fisioterapia

Integra ensino, investigação e serviço comunitário, combinação pioneira em Portugal. Com 600m2 e 750m2 ambas as infraestruturas, de última geração, têm uma relação direta entre a produção de conhecimento em Fisioterapia e o ensino de fisioterapeutas.

Um inovador laboratório de investigação e instrumentação tecnológica avançada, promovem a melhoria contínua dos serviços e, em simultâneo, oferecem ferramentas de ensino em contexto clínico, levando a produção científica na área das Ciências da Fisioterapia mais longe. Nas Clínicas de Fisioterapia Egas Moniz, o modelo de intervenção é fortemente assente no exercício físico, numa perspetiva de prevenção e reabilitação.

Clínica de Nutrição

A Consulta de Nutrição promove a melhoria das escolhas e hábitos alimentares, fomentando a saúde e qualidade de vida e é dirigida à população saudável ou com doença, para objetivos alcançáveis com controlo nutricional.

O serviço consiste num trabalho individualizado, desde a avaliação do estado nutricional e dos hábitos alimentares, até à prescrição de um plano alimentar promotor da melhoria contínua da condição física, fisiológica e metabólica, do estado de saúde geral e da qualidade de vida.

Clínica de Psicologia

Criada durante a pandemia da Covid-19, é uma resposta abrangente a dificuldades, como ansiedade, stresse e depressão, que afetam o bem-estar.

A equipa é composta por psicólogos, psiquiatras, sociólogos e enfermeiros e colabora com os Estudantes de forma individualizada e personalizada. Oferece um apoio robusto, que ajuda a lidar com as dificuldades imediatas e desenvolve competências emocionais úteis ao longo da vida.

Fonte de dados para Investigação e Desenvolvimento, os Serviços Clínicos da Egas Moniz contribuíram para a publicação de 1767 artigos científicos, que foram, até agora, referenciados 84617 vezes. Comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Egas Moniz foi recentemente considerada a melhor universidade privada portuguesa no Ranking de Inovação, pela SCImago Institutions Rankings. Foi também primeira classificada a nível nacional no contexto dos ODS 3 e 4, respetivamente Saúde e Bem-estar e Ensino de Qualidade, entre as instituições de ensino privadas do país e 15ª no ranking mundial no contexto do ODS 3, no Impact Ranking do Times Higher Education

A Egas Moniz, dedicada à transformação do conhecimento de saúde e ciência em impacto positivo real, localiza-se na Caparica, no concelho de Almada e tem, desde a sua criação há mais de 30 anos, o objetivo de desenvolver um projeto educativo autónomo de ciências e saúde em prol da sociedade, consolidando-se como uma universidade cívica. Com dois estabelecimentos de ensino superior, o Instituto Universitário Egas Moniz e a Escola Superior de Saúde Egas Moniz, a instituição tem mais de 3652 alunos de 28 nacionalidades, mais de 400 docentes, vários projetos de investigação nacionais e internacionais na área da saúde e 158 projetos ativos de voluntariado.

egasmoniz@egasmoniz.edu.pt • www.egasmoniz.com.pt

Clínicas de Fisioterapia
Hospital Veterinário

LITERACIA EM SAÚDE NO OLHO DE UMA TRANSFORMAÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA

A literacia em saúde é preservar a confiança. É preservar a segurança. É preservar a acessibilidade. A literacia em saúde é proteger e defender os direitos humanos.

Reforça a confiança porque ao desenvolvermos intervenções que melhoram as competências das pessoas, isto é, ao garantir que elas incrementam os seus conhecimentos, capacidades e atributos, estamos a aumentar o nível de literacia em saúde. Investimos nas pessoas ao longo do ciclo de vida: no seu saber, no saber fazer o que lhes pedimos que façam para defender e proteger a sua saúde.

Com este investimento estamos a gerar empoderamento e controlo da sua vida. Estes fatores são geradores de maior autoestima, e, por isso, também de uma maior confiança nas decisões acertadas em saúde que toma minuto a minuto.

A literacia em saúde reforça a segurança, porque se os profissionais desenvolverem uma estratégia de melhor acesso, compreensão e uso dos recursos, vão diminuir os eventos adversos em saúde, tanto nas

organizações de saúde como nos grupos e nas comunidades, e a literacia em saúde contribui assim para uma maior segurança societal.

A literacia em saúde reforça a acessibilidade, porque ao tomar decisões acertadas no domínio da prevenção das doenças, na promoção da saúde, e mesmo nos cuidados, abre e deixa aceder, de forma mais fácil, um campo protetor e fortalecido junto das populações vulneráveis.

Literacia em saúde é ainda um determinante para os direitos humanos, porque dá voz e espaço para que as populações possam dizer por si o que são as suas reais necessidades. A literacia em saúde vai além das determinações regulamentares unilaterais. A manifestação das suas reais necessidades impacta nas políticas públicas, que são assim mais ajustadas às comunidades. A voz do cidadão, sobretudo o mais vulnerável, dá mais forma e força aos ecossistemas que se querem mais saudáveis, porque fazemos intervir todos. Todos devem ter voz e não serem substituídos. Entre as populações mais vulneráveis estão as pessoas mais velhas, as pessoas com deficiência, as pessoas migrantes, as pessoas LGBT, as pessoas com doenças crónicas, entre outras, em todo o ciclo de vida, que pelo seu perfil não têm tantas e iguais oportunidades.

Nunca o mundo, as organizações e os investigadores tiveram tantos dados sobre as desigualdades ao longo do ciclo de vida. Temos dados sobre os milhões de meninas e mulheres sem educação, temos dados sobre violência doméstica. Sabemos que a carência económica é preditora de populações mais obesas, com mais hipertensão, mais diabetes, mais doenças cardiovasculares e oncológicas. Os dados falam por si. Então, havendo tantos dados, o que é preciso fazer? É preciso ouvir mais os cidadãos e fazer intervenções à medida das suas necessidades. Investir mais na promoção da saúde que é promotora de maior literacia em saúde. Este tem sido o nosso trabalho na Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde.

Face a este enquadramento, posso afirmar que investir na literacia em saúde, nas competências, no esclarecimento do maior conhecimento, na garantia de uma execução para um estilo de vida saudável, mais duradouro, autónomo e independente, a literacia em saúde vem de forma inequívoca proteger e defender os direitos humanos, criando sociedades mais conscientes e sustentáveis.

Professora

em Literacia em Saúde (ISPA)

SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL

As raças de cães e gatos mais populares no mundo

Os animais de estimação são, cada vez mais, considerados como um grande contributo para a felicidade humana, segundo uma pesquisa de um estudo publicado recentemente. Confira aquelas que são as raças mais populares.

Raças de cães mais populares no mundo

1. Labrador (6%);

2. Chihuahua (6%);

3. Golden Retriever (5%).

Raças de gatos mais populares no mundo

1. Persa (16%);

2. British Shorthair (11%);

3. Siamês (9%).

Este novo estudo refere ainda que mais de um terço dos inquiridos consideram o seu animal de estimação a coisa mais importante da vida e que mais da metade da população mundial possui pelo menos um animal de estimação.

Para a pesquisa, foram consultados mais de 20 mil tutores de cães e gatos de 20 países diferentes. Este estudo foi realizado entre março e abril de 2024.

Os Benefícios dos Animais de Estimação para a Saúde Humana

Os animais desempenham um papel importante na vida de muitas pessoas. Além dos vários e reconhecidos atributos terapêuticos desempenhados pelos animais, também são muito valorizados como excelentes companheiros, o que certamente pode afetar a qualidade das nossas vidas. E essa companhia é benéfica para nossa saúde.

Vários estudos indicam que as pessoas que têm um animal de estimação podem ter um coração mais saudável, ficar doentes com menos frequência, fazer mais exercício e reduzir o risco de depressão. Os animais de estimação também podem ter um impacto positivo significativo em alergias, asma, apoio social e interações sociais com outras pessoas.

Razões para esterilizar o seu Cão ou Gato

Se tem um cão ou um gato, ou recentemente adotou um deles, uma das decisões de saúde mais importantes que deve tomar é de o esterilizar. A esterilização ou, em alternativa, a castração é um procedimento veterinário que exige uma hospitalização mínima e oferece benefícios de saúde ao longo da vida. A esterilização do seu animal de estimação fêmea ajuda a prevenir infeções uterinas e a evitar a formação do cancro da mama, sendo este fatal em cerca de 50% das cadelas e em 90% das gatas. Ao esterilizar o seu animal de estimação antes dos primeiros cios está a oferecer a melhor proteção contra essas doenças.

Além de evitar ninhadas indesejadas e potenciar a esperança de vida, esterilizar o seu animal macho previne o cancro do testículo. O seu animal de estimação viverá uma vida mais longa e mais saudável.

Por outro lado, os animais esterilizados ficam mais calmos e mais bem-comportados, pelo que muitos problemas de agressão podem ser evitados pela esterilização precoce.

Apesar de a esterilização poder aumentar a probabilidade de contração de algumas doenças, são muito mais as vantagens do que as desvantagens, nomeadamente a diminuição do risco de várias doenças graves e mais comuns, o que supera em larga medida as implicações negativas da esterilização.

Riscos de automedicar o seu animal

Sempre que o nosso animal está doente queremos que melhore rapidamente, para isso muitas vezes recorrem-se a medicamentos (para humanos) que estão em casa ou que são de fácil acesso na farmácia.

A administração desses medicamentos pode ser extremamente nociva e até fatal para o seu animal.

Os animais têm um metabolismo e uma resposta farmacológica diferentes dos nossos, pelo que mesmo em doses reduzidas os nossos medicamentos podem ser bastante tóxicos. Medicamentos tão simples (como os que contêm paracetamol ou ácido acetilsalicílico) e que se encontram em todas as casas, uma vez administrados podem ter consequências muito graves podendo mesmo levar à morte.

Lembre-se que a prescrição de um medicamento para o seu animal é um ato médico-veterinário que deve ser realizado presencialmente.

LEISHMANIOSE CANINA

Professora Liliana Silva - Médica Veterinária, Doutoramento Europeu em Ciências Veterinárias, EBVS® Especialista Veterinário Europeu em Parasitologia Egas Moniz School of Health and Science, Monte de Caparica, Almada

A leishmaniose canina é uma doença zoonótica causada pelo parasita Leishmania infantum, transmitido por flebótomos (um tipo específico de mosquito).

Nos últimos anos, o aumento da prevalência da doença em Portugal tem sido favorecido por alterações climáticas que promovem condições ideais para a proliferação dos flebótomos e a propagação da doença no nosso território. As temperaturas mais elevadas e a humidade adequada permitem que os vetores colonizem novas regiões, aumentando o risco de infeção numa vasta área geográfica. A maior circulação de animais, tanto a nível nacional como internacional, também contribui para a propagação da leishmaniose. Desta forma, a principal estratégia de combate a esta zoonose deve considerar uma abordagem de prevenção a nível nacional.

Neste contexto, a vigilância rigorosa e o uso de repelentes, como por exemplo pipetas ou coleiras eficazes contra os flebótomos, evitam o contacto do vetor com os cães protegidos, sendo estas as medidas mais eficazes para

prevenir a transmissão do parasita. Além disso, a vacinação contra a Leishmania está disponível em Portugal e ajuda a reduzir a carga parasitária no animal, auxiliando no controlo da doença.

O tratamento da leishmaniose visa a redução da carga parasitária e a diminuição dos sintomas, mas os cães infetados podem necessitar de tratamento contínuo ao longo da vida, e o risco de recidiva é elevado. A monitorização da saúde renal é essencial durante o tratamento, pois a insuficiência renal é comum em cães acometidos por leishmaniose, podendo levar à morte dos animais.

A eficácia das medidas acima mencionadas depende, em grande parte, da adesão dos tutores e da sua capacidade para lidar com uma doença que se pode tornar crónica, além do considerável esforço económico envolvido. Assim, a educação e a consciencialização dos tutores, para que saibam como proteger os seus animais, bem como a aposta numa

prevenção adequada, torna-se imperativa para o sucesso das medidas preventivas, especialmente em zonas altamente endémicas para a leishmaniose.

Como zoonose, a leishmaniose canina tem graves implicações para a saúde pública. A prevenção nos cães atua como uma medida de proteção para a população, uma vez que se reduz o número de animais reservatório.

A possibilidade de infeção de populações vulneráveis não deve ser ignorada, e a informação aos tutores e à população em geral sobre as formas de prevenção e as melhores práticas de cuidado é fundamental.

Concluindo, a leishmaniose canina é um problema de saúde pública que exige uma abordagem integrada de Uma Só Saúde, envolvendo médicos veterinários, tutores e autoridades de saúde. A prevenção continua a ser a solução mais eficaz para combater a doença e proteger tanto os animais quanto os seres humanos.

DESPARASITAR COM PRODUTOS NÃO QUÍMICOS

Laboratório AB7 Santé tem soluções mais respeitadoras dos animais, donos e meio ambiente

O laboratório farmacêutico veterinário AB7 Santé é uma empresa familiar fundada há mais de 40 anos baseada em fortes valores: a inovação como fator de diferenciação e o desejo de excelência, ambos guiados pela curiosidade de fortalecer, tanto quanto possível, o respeito por um ambiente sustentável. Desde a conceção, através de uma R&D de ponta, passando pela produção e industrialização na sua fábrica certificada BPF/ CMP e um rigoroso controlo de qualidade, a AB7 Santé oferece uma abordagem única para benefício dos utilizadores. Na verdade, no coração de cada uma das suas gamas de produtos para animais, a AB7 Santé coloca em sinergia inovação, “expertise”, novas tecnologias e comprometimento com

processos de qualidade que cumpram com os regulamentos vigentes. A empresa tem igualmente uma dimensão humana e ética compartilhada por todos os colaboradores, indispensável ao seu funcionamento e fundamental para o seu desenvolvimento. Através das suas marcas – PILOU REPUL7, ZOOSTAR e ALZOO – e em conjunto com outras empresas farmacêuticas, a AB7 Santé desenvolve inúmeros produtos de controlo de parasitas para animais de companhia, principalmente à base de ativos derivados de plantas. Os produtos antiparasitários repelentes de origem vegetal são uma excelente alternativa aos inseticidas de origem sintética (químicos).

Vantagens dos repelentes de origem vegetal

Os consumidores acreditam cada vez menos nos inseticidas sintéticos e procuram soluções que consideram mais respeitadoras dos animais, dos seus donos e do meio ambiente. Os repelentes de origem vegetal são fáceis de usar, dispensam a prescrição veterinária e não apresentam os efeitos colaterais de produtos injetáveis ou comprimidos. Mais: não são mais caros do que os inseticidas químicos de referência. É importante recordar que as coleiras e as pipetas antiparasitárias repelentes funcionam como meios preventivos de controlo de infestações e não curativos! No caso de uma infestação maciça por parasitas, especialmente pulgas, há uma grande probabilidade de o ambiente em redor do animal estar severamente contaminado. A primeira coisa a fazer é tratar o ambiente que o animal frequenta com a

ajuda de produtos adequados – por exemplo, EZALO Puf Puf.

Os animais, em si, devem ser tratados por meio de “ataque”. O champô repelente PILOU REPUL7, para cães, é um excelente meio para realizar esse ataque e, também, para utilizações sucessivas de caráter preventivo. Só quando o ambiente onde permanece o animal for tratado é que soluções preventivas, como coleiras ou pipetas, são eficazes, impedindo a reinfestação do ambiente e o ciclo reprodutivo dos parasitas.

Os repelentes de origem vegetal são recentes no mercado, em comparação com os produtos inseticidas, utilizados há décadas. Logo, os veterinários poderão mais facilmente aconselhar os donos de animais a utilizar os produtos que conhecem bem.

Evolução e credibilização

Os produtos de controlo de parasitas repulsivos evoluíram significativamente nos últimos anos, pelo impulso de centros de investigação como o da AB7 Santé. Por outro lado, estes produtos estão sujeitos a regulamentações exigentes, que fizeram retirar do mercado uma série de produtos ineficientes que causaram descrédito aos repelentes de origem vegetal.

Tudo está em evolução e a opinião de veterinários e donos de animais sobre estes produtos tende a mudar rapidamente. É importante fazer um trabalho pedagógico com os utilizadores, com a finalidade de lhes mostrar o desempenho, as vantagens e os benefícios que os produtos repelentes de origem vegetal podem representar, porque são benéficos para os animais, para os humanos e para o meio ambiente.

Jean-Pierre Lautier, Diretor Executivo Adjunto da AB7 Santé

REVISTA

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO?

A integração da Inteligência Artificial (IA) na Medicina representa, mais do que uma mera evolução tecnológica, uma revolução sem precedentes.

Se por um lado oferece oportunidades únicas para melhorar a eficácia de diagnósticos e tratamentos, e também a eficiência e a organização do sistema de saúde, por outro acarreta riscos e desafios que importa acautelar.

O potencial transformador da IA, não apenas da medicina, mas de quase todas as áreas de atividade humana, é enorme. Técnicas e ferramentas baseadas em IA permitem apoiar em cirurgias, analisar imagens médicas com uma precisão que complementa a avaliação humana, adaptar tratamentos de acordo com as características e necessidades de cada doente e até prever a evolução de doenças.

Todo este potencial, resultante do tratamento e análise de quantidades colossais de dados, pode melhorar os resultados clínicos, otimizar recursos e reduzir custos e transtornos para os doentes. No entanto, o acesso e proteção de informações clínicas, e a outros dados pessoais, deve ser uma prioridade para evitar violações de confidencialidade ou o uso indevido.

Outro dos pontos críticos da IA é o desenvolvimento dos algoritmos e a sua transparência. A opacidade pode comprometer a confiança dos profissionais de saúde e dos doentes nos sistemas de IA, especialmente quando ocor rem erros ou resultados inesperados.

Por todos estes riscos, recentemente, desa fiei o Governo para a criação de uma agência governamental dedicada à monitorização e regulação da IA na saúde. Tal como existe para a regulamentação e controlo de me dicamentos ou de instrumentos médicos, esta agência teria um papel determinante no acompanhamento desta revolução e na procura de abordagem regulatória robusta.

A sua criação, para a qual seria essencial um maior envolvimento da comunidade médica e científica, seria um passo significativo para assegurar que a implementação de soluções tecnológicas suportadas na IA é segura, eficaz e estaria alinhada com os valores éticos da medicina. Esta entidade poderia estabelecer diretrizes claras, promover a investigação responsável e garantir que os sistemas de IA são sujeitos a avaliações rigorosas antes da sua adoção generalizada.

Em suma, a integração da IA na medicina oferece oportunidades extraordinárias para melhorar os cuidados de saúde. No entanto, é imperativo que esta integração seja realizada de forma ética, transparente e centrada no doente, mas sobretudo deve contar com o envolvimento da comunidade médica. Só assim poderemos ultrapassar os desafios éticos e deontológicos que acompanham esta evolução.

A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta para potenciar as capacidades humanas, e nunca como um substituto para a humanização, para a compaixão, o julgamento clínico e a relação médico-doente que estão no cerne da prática médica. Ao equilibrar inovação com prudência, estaremos a assegurar que a IA contribui positivamente para a saúde e o bem-estar da sociedade.

É, por isso, crucial que a integração da IA na Medicina seja conduzida com otimismo, mas com prudência, ética e, sobretudo, sem desviar a medicina da sua génese: o humanismo e a Caso contrário, corremos o sério risco de a utopia tornar-se realidade e, tal como livro de Aldous Huxley, a quem peço emprestado o título para este artigo, a IA vir a contribuir, num futuro próximo, para condicionar a iniciativa, a criatividade e a decisão dos humanos.

Dr. Carlos Cortes Bastonário da Ordem dos Médicos

MITE SPECIALISTS

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INOVAÇÃO E COMPROMISSO NO TRATAMENTO DE DOENÇAS RARAS

Numa entrevista exclusiva, João Roxo, Head of Rare Diseases da PIAM Iberia, destaca a importância da inovação e do cuidado personalizado no tratamento de doenças raras.

A PIAM, farmacêutica líder no tratamento das Doenças Raras (DR) em Itália, oficializou a sua entrada em Portugal e Espanha no último trimestre de 2022. Fale-nos um pouco sobre o percurso da PIAM e em que valores assenta o seu ADN.

A PIAM é uma farmacêutica italiana de referência na área das doenças raras, nomeadamente, nas doenças hereditárias do metabolismo. Trata-se de uma empresa com uma grande notoriedade a nível europeu e, sobretudo, em Itália, que ao longo dos últimos 30 anos, introduziu no mercado produtos extremamente inovadores. O percurso da empresa tem sido dedicar-se ao desenvolvimento de fórmulas e medicamentos, cada vez mais eficazes, com vista a melhorar a adesão ao tratamento e à inovação terapêutica.

A expansão da PIAM na Península Ibérica resulta do compromisso criado entre o laboratório e a sociedade, nomeadamente para com os doentes raros. Tendo como premissa a ideia de que cada doente tem direito ao melhor tratamento possível, este tipo de doentes está no topo das nossas prioridades. Acreditamos que a expansão da companhia contribui de forma bastante positiva na comunidade médica e, consequentemente, na qualidade de vida dos doentes, através da oferta de melhores soluções, e de diferentes abordagens terapêuticas. A nossa missão tem sido, não só trabalhar, de uma forma contínua com vários stakeholders e diversas sociedades médicas, como também com as associações e grupos de pacientes, com o intuito de tentar aproximar e incluir os doentes

Dr. João Roxo, Head of Rare Diseases

raros na sociedade, exponenciando igualmente o conhecimento e a informação.

Relativamente ao ADN da PIAM, este está assente nos valores que para nós são básicos, como a excelência, a responsabilidade, a competência e a continuidade. Mantemo-nos muito fiéis a estes valores, focando-nos nas principais necessidades de saúde e bem-estar da população.

Qual é a realidade das Doenças Raras em Portugal? Quantas pessoas são afetadas por estas patologias e que repercussões têm tanto para os doentes como para os seus agregados familiares?

Sensivelmente, 6% da população em Portugal é afetada por estas patologias, não podendo, de igual forma, deixar de se considerar todo o agregado familiar e terceiros envolvidos. Nesta perspetiva, considero que, dadas as limitações e condicionantes pessoais e sociais dos doentes raros, bem como o peso social e emocional que representam para a sociedade, devem ser encarados como prioritários os investimentos na inovação e evolução deste tipo de doenças, quer pelo setor público, quer eventualmente pelo setor privado. Contudo, é com satisfação que verifico que, não só a medicina, mas também as abordagens terapêuticas que vão surgindo, têm evoluído de uma forma muito natural e gradual. E a prova disso é o número crescente de iniciativas no âmbito das doenças raras, não só no âmbito da comunidade médica, como também da própria sociedade.

Recentemente a PIAM desenvolveu uma linha nutricional especializada baseada em suplementos alimentares de uso médico destinados ao tratamento dietético de doentes raros. Em que consistem estes suplementos e a que doentes se destinam?

Com foco essencial nas necessidades de saúde e no bem-estar da população, a PIAM tem priorizado a inovação terapêutica em doenças raras, nomeadamente nas doenças hereditárias do metabolismo, com a integração de um pipeline inovador e a criação de novas linhas de negócio, especializadas para este tipo de doenças. Exemplo disso, é a criação de uma linha nutricional específica de suplementos alimentares de uso médico (MEDIFOOD), destinados ao tratamento dietético de doentes raros, que estão impossibilitados de utilizar alimentos comuns para satisfazer as suas necessidades nutricionais. Com a MEDIFOOD, e através dos seus suplementos, a PIAM consegue chegar de forma original e personalizada aos doentes com doenças metabólicas, suplementando-os consoante a sua necessidade individual e as fases da sua vida.

A Investigação & Desenvolvimento (I&D) em novos produtos é uma das prioridades da PIAM. Que estratégia tem sido adotada pela PIAM internacional e pela PIAM ao nível ibérico?

Portugal e Espanha não são, ainda, países de referência nas doenças raras. A PIAM está sediada em Itália, um país pioneiro em doenças raras e que tem diversos centros de referência com trabalhos interessantes publicados. O que a PIAM Iberia procura fazer em termos de estratégia é seguir e mimetizar o que foi feito pela casa-mãe nos últimos 30 anos. A aposta na Investigação & Desenvolvimento

(I&D) em novos produtos tem sido e vai continuar a ser uma das grandes prioridades da PIAM. Este investimento acompanha a tendência crescente que a companhia terá de acompanhar ao longo dos próximos anos para que continue a estar presente no mercado e próxima dos doentes. A importância de introdução de novos fármacos é uma das grandes ambições da PIAM. A expansão a nível ibérico, ao nível da investigação e do aumento de produtos, contribui, de uma forma bastante positiva, não só para a comunidade médica, através da oferta de soluções mais inovadoras, mas também para aumentar a informação e a difusão de novos dados clínicos, do nosso arsenal terapêutico e, com isto, melhorar a oferta de soluções e diferentes abordagens terapêuticas em Portugal e Espanha.

A consciencialização e difusão de informação são fundamentais para o sucesso e aproximação do doente raro à sociedade. Clínica e socialmente, que trabalho tem vindo a ser desenvolvido pela PIAM?

Acreditamos que a consciencialização e a difusão da informação são fundamentais para o sucesso e aproximação do doente raro à sociedade. Clínica e socialmente, o trabalho personalizado que exercemos junto das sociedades médicas e associações de doentes em Portugal e na Europa constitui uma das peças-chave da integração e aceitação do doente com patologia rara na sociedade. A nível nacional e internacional, são vastos, contínuos e em número crescente, os projetos em que a PIAM está envolvida.

O futuro das DR e da companhia passa, não só por continuar a apoiar diretamente estas sociedades, associações e grupos de pacientes, aproximando-os, incluindo-os, mas também pela criação de novas entidades e grupos de discussão que possam gerar não só uma maior partilha de experiências, como também um enriquecimento do conhecimento das mesmas. Este trabalho multidisciplinar tem igualmente como ambição maximizar a fluidez de comunicação de toda a rede de saúde em Portugal.

Enquanto companhia farmacêutica, a nossa função será sempre numa perspetiva de inclusão e de encontro, do equilíbrio entre os diferentes stakeholders, entidades da saúde e associações envolvidas nos diferentes quadrantes sociais. O objetivo passa por garantir a equidade e o acesso do medicamento a todos os doentes raros em Portugal. Neste contexto, todos estes players representam um enorme valor para a PIAM. Eu diria que são a nossa prioridade, o que se traduz na aposta da companhia em introduzir novos fármacos, ano após ano no mercado, através de programas de investigação, de parcerias estratégicas, com centros de referência, centros de estudo, porque o sucesso do tratamento é o nosso foco.

info@piamfarmaceutici.com www.piamfarmaceutici.com

VITRACLINIC: ONDE TECNOLOGIA E PAIXÃO TRANSFORMAM SORRISOS

Combinando expertise clínica, inovação tecnológica e um atendimento personalizado, a Vitraclinic tem redefinido padrões na saúde e estética dentária. Em entrevista exclusiva, Ana Pragosa e Sérgio Sousa, Diretores Clínicos, revelam a filosofia que guia a clínica, o impacto das novas tecnologias nos tratamentos e o compromisso em oferecer não apenas cuidados odontológicos, mas experiências transformadoras para os seus pacientes.

A Vitra Clinic é reconhecida pela sua excelência e inovação na área da medicina dentária. Como surgiu a clínica e o que motivou a criação deste projeto tão distintivo? Quais foram os principais desafios enfrentados até ao sucesso atual?

A Vitra Clinic, inaugurada em fevereiro de 2021, em Lagoa, no Algarve, nasceu do nosso desejo de proporcionar tratamentos dentários diferenciados, num ambiente personalizado, focado no conforto e bem-estar do paciente.

Enfrentamos muitos desafios, como qualquer nova empresa em Portugal. Abrimos durante a pandemia, confiantes num projeto que se alicerçava no nosso trabalho e na dedicação e experiência da nossa equipa. Desde então, nunca deixámos de investir em tecnologia, em novas instalações e equipamentos e principalmente em garantir excelentes condições de trabalho para todos os nossos colaboradores. A Vitra é gerida por médicos, o que garante um profundo conhe-

cimento das necessidades dos pacientes e um compromisso com a qualidade dos tratamentos. Acreditamos que o sucesso da clínica se deve à contínua busca por excelência por parte de toda a equipa e que esta dedicação é sentida pelos pacientes que confiam em nós.

Num setor competitivo como a medicina dentária, o que considera ser o grande diferencial da Vitra Clinic? Como é que a vossa filosofia de trabalho e o foco na experiência do paciente contribuem para se destacarem no mercado?

O grande diferencial da Vitra Clinic reside na sua equipa experiente e dedicada, que coloca o conforto e a experiência do paciente em primeiro lugar. A clínica oferece um ambiente tranquilo e acolhedor, quebrando o estigma negativo, muitas vezes, associado a clínicas dentárias. A filosofia de trabalho da Vitra Clinic valoriza a interação humana, dedicando tempo para entender as necessidades

Ana Pragosa e Sérgio Sousa, Diretores Cílínicos (ao centro ) com a equipa

e expectativas de cada paciente. A equipa multidisciplinar garante um tratamento integrado e personalizado, com médicos dedicados a diversas áreas da medicina dentária. Destacamo-nos por oferecer tratamentos personalizados, adaptando as técnicas e tecnologias às necessidades individuais dos pacientes.

A equipa médica, liderada pelos Drs. Ana Pragosa e Sérgio Sousa, dedica tempo a compreender as necessidades e expectativas de cada paciente, elaborando um plano de tratamento detalhado e transparente. Este plano, discutido em profundidade com o paciente, abrange não só os aspetos técnicos do tratamento, mas também a duração e os custos envolvidos, reforçando a relação de confiança entre a equipa médica e o paciente.

A inovação e sustentabilidade são pilares importantes da Vitra Clinic. Como integram as novas tecnologias e as práticas sustentáveis na vossa abordagem clínica, e de que forma acreditam que isso beneficia os vossos pacientes e o meio ambiente?

A Vitra Clinic integra tecnologias de ponta em todos os procedimentos clínicos. Desde scanners digitais intraorais, que eliminam a necessidade de moldes tradicionais (proporcionando maior conforto aos pacientes e dispensando a utilização de gessos e silicones), o protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy, desenvolvido pela EMS, Switzerland), alinhadores transparentes que corrigem o posicionamento dos dentes de forma discreta e confortável; tratamentos endodônticos com recurso a ampliação com microscópico; implantes cerâmicos (uma alternativa livre de metal para a reposição de dentes perdidos); cirurgia de implantes guiada por 3D, que permite um

planeamento preciso e resultados mais previsíveis; tratamentos com laser díodo, que reduzem e melhoram o pós-operatório e tem inúmeras aplicações clínicas.

A clínica também investe em práticas sustentáveis, como substituição de copos de plástico por copos de papel, utilização de tabuleiros biodegradáveis em vez de tabuleiros de plástico, separação de resíduos, instalação de um sistema que produz água destilada a partir da água da rede pública, reduzindo o consumo de plástico; isolamento térmico para reduzir a dependência de ar condicionado.

Estas técnicas e práticas não só beneficiam os pacientes, proporcionando tratamentos mais confortáveis e eficazes, como também contribuem para a preservação do meio ambiente, reduzindo a pegada ecológica da clínica.

Em relação ao futuro, que novidades a Vitra Clinic pretende implementar em 2025? Há alguma nova tecnologia, técnica ou abordagem que gostaria de destacar e que reforce ainda mais o compromisso da clínica com a excelência e o cuidado personalizado?

Em 2025, a Vitra Clinic continuará a evoluir e a reforçar o seu compromisso com a excelência e o cuidado personalizado, aprofundando a abordagem humana e abrangente que nos define desde o início. Claro que pretendemos continuar a apostar em tecnologias inovadoras que melhorem ainda mais a experiência dos nossos pacientes e a qualidade dos nossos tratamentos.

Um dos nossos principais focos será também a aposta em práticas de Medicina Dentária Biológica, promovendo cuidados dentários que se reflitam no bem-estar geral dos nossos pacientes.

Qual é a sua visão a longo prazo para a Vitra Clinic? Como gostariam de continuar a impactar a comunidade local e a área da medicina dentária em Portugal nos próximos anos?

A nossa visão de futuro é uma medicina dentária mais preventiva que interventiva e que tem em conta a saúde do individuo num todo. É por esse caminho que nos movemos e temos a convicção de que as gerações que são hoje os nossos pacientes pediátricos, onde conseguimos aplicar algoritmos que permitem antecipar e corrigir problema de harmonia dentária e facial, serão no futuro gerações com níveis de saúde oral excelente até idades muito avançadas. Com esta base, em 2025 iremos promover ações de motivação para a higiene oral nas comunidades escolares do concelho. O longo prazo da Vitra Clinic é manter a oferta de cuidados de saúde muito avançados, com o melhor que a tecnologia tem para oferecer, mas sempre com especial atenção ao calor humano, ao conforto, à empatia.

vitraclinic@gmail.com • www.vitraclinic.com

A IDENTIDADE E CRESCIMENTO DO GRUPO FASTFARMA

A farmácia Aliança, no centro do Porto, farmácia centenária, após a sua grande renovação em 1990, sempre considerou prioritário valorizar e desenvolver os serviços farmacêuticos, sendo essa vertente, atualmente, estratégica e central para a identidade e crescimento do grupo Fastfarma, onde se integra.

As farmácias do grupo são locais privilegiados para “Ganhos em saúde” através da oferta de uma vasta possibilidade de produtos e serviços num só espaço e com elevada capacidade de adaptação para cobrir várias necessidades em matéria de saúde pública. Além disto, ainda permitem que qualquer pessoa tenha acesso a um profissional de saúde com conhecimentos altamente diferenciados, o farmacêutico, de forma imediata sem marcação nem qualquer custo associado. A postura da equipa do grupo Fastfarma, assegura sempre que a expectativa de quem nos procura tem sempre a resposta mais adequada e rigorosa, cumprindo as orientações legislativas, de BPF e deontológicas. O grupo Fastfarma tem ainda a certificação ISO 9001 e renovou o estatuto de PME líder pelo 3º ano consecutivo.

O nosso projeto: Programa de cuidados farmacêuticos

Engloba todo o trabalho e atenção do farmacêutico para com quem nos procura diariamente. Desde o mais básico atendimento até ao que designamos como “serviços farmacêuticos diferenciados”, todos esses atos têm um cuidado adequado, sempre com o objetivo máximo de responder à solicitação e expectativa que nos foi dirigida.

Desenvolvemos e defendemos o conceito de atendimento personalizado, em que o farmacêutico acrescenta sempre valor ao atendimento com aconselhamento ajustado e adequado ao utente.

Os farmacêuticos do grupo, com base em formação especializada, realizam igualmente serviços mais diferenciados, como a Nutrição funcional, a Tricologia, a Homeopatia, a Naturopatia, o Apoio ao doente oncológico, a PIM em residenciais sénior, a Consulta farmacêutica, rastreios e campanhas especificas.

O impacto destes serviços específicos e personalizados, é muito positivo junto da comunidade, assegurando informação e formação em saúde com elevado nível de qualidade e confiança, com contributos valiosos para a manutenção da saúde e prevenção da doença.

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

Parâmetros biométricos, bioquímicos, fisiológicos; Consulta farmacêutica

LABORATÓRIO HOMEOPÁTICO

Manipulação de fórmulas unicistas e pluricistas

NATUROPATIA

Consulta integrativa; Fitoterapia, Homeopatia, Aromaterapia; Aconselhamento em suplementação natural; Naturopata c/ carteira profissional

ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL

Nutrição terapêutica; Nutrição no desporto

TRICOLOGIA

Consulta de avaliação de cabelo e couro-cabeludo; Tratamentos capilares; Marcas exclusivas

SERVIÇO PIM

Preparação individualizada de medicamentos Acordos com residências sénior de referência

SERVIÇO DE ENFERMAGEM

Aplicação de vacinas fora PNV e medicamentos injetáveis; Aplicação de primeiros socorros

SERVIÇO DE ENTREGAS NO DOMICÍLIO

Grande Porto, gratuito

Farmácia Aliança - Porto T. 222 073 500 Chamada para rede fixa nacional aliancaporto@gmail.com FARMACIA-ALIANCA.COM

POR FALAR EM AUTÁRQUICAS….

Isto de ser autarca, nos dias que correm, exige bem mais do que as qualificações inerentes a uma carreira realizada em serviço público. A responsabilidade, sobretudo, mas não limitada à honra do exercício da democracia é excecionalmente preponderante, devendo, entre outras, fazer valer não só a retidão, ética e probidade, mas também o amor.

Falo do amor às pessoas, um amor coletivo que se tem por um povo, cuja única vontade é amar desmedidamente. Esta proteção ao povo não se deve ficar pelo inerente espírito de liderança, mas sim, por uma vontade honesta e genuína de mudar as suas vidas para melhor.

Este amor às gentes da terra passa também, naturalmente, pelo amor à terra, à natureza e ao ambiente, à cultura e às tradições. As vivências fazem o meio (e o meio faz as vivências) e estas traduzem-se em tradições, procurando o autarca vivenciar e amar, proporcionando sempre o melhor de si.

O autarca é um fazedor, na verdade. Faz por dedicação, paixão e amor; e o que são os dois primeiros senão reflexo do terceiro? É isto que move o verdadeiro autarca, na esfera das atribuições e competências das autarquias. É um amor que dá, sem esperar retribuição. Arrisco-me a dizer, um amor puro e desinteressado.

O contrato social – muito debatido na filosofia política – designa-se por ser um pacto (hipotético) entre o povo (a sociedade) e os seus governantes, definindo estes os direitos e deveres de cada um, devendo sempre ser regido por valores e padrões de comportamento ajustados à cultura de cada povo, e, naturalmente, aos valores da Pessoa Humana.

Muitas foram as teorias, debatidas por uma enorme família de filósofos, e todas divergiam no mesmo: a tentativa de justificar e delimitar a autoridade política com base no interesse próprio individual e no consentimento racional.

Os governos autárquicos desempenham um papel preponderante na política local e são essenciais para a conscientização dos territórios e a melhoria das condições de vida das populações e da infraestrutura que os sustenta. A função da instituição autárquica é o alicerce por onde se rege o contrato social.

Um autarca, nas mais diversa funções é sempre um servidor do povo, que deve reunir uma combinação de capacidades políticas e administrativas, entre outras. Ele ou ela é, ainda, um fator decisivo no desenvolvimento económico, social e cultural da região e do país.

Ser-se autarca, é, sem dúvida, uma honra, embora seja também um desafio bastante exigente. Uma parte essencial no papel de autarca é fazer-se tudo o que estiver ao nosso alcance para manter as pessoas nos concelhos. Só assim se partilha a nossa paixão em proporcionar o melhor para o povo.

Os principais desafios dos autarcas, serão talvez os de natureza financeira. Pede-se ao governo local que dê mais por menos. Numa direção liderada pela procura, como a de crianças, famílias e educação, isto prova ser um enorme desafio, especialmente quando estamos continuamente a desafiar e a melhorar o serviço que prestamos.

Conhecer os jovens e ouvir as suas histórias e aspirações, o mesmo é dizer, ouvi-los quanto ao que procuram, ao que buscam. Porque esses serão os autarcas de amanhã, que governarão igualmente pelo amor e pela paixão que aqui descrevo, prosseguindo os exemplos que viram enquanto munícipes.

Embora tenhamos muitos desafios estratégicos a enfrentar, é crucial nunca perdermos de vista a responsabilidade que se tem em moldar a vida das pessoas. Estou certo de que isto é amá-las. Amar o Povo.

Posto isto, um autarca deve e deverá sempre ter tudo isto em mente aquando do seu mandato, e, consequentemente, exercê-lo sempre com os limites que a sociedade estabeleceu. Mas que o faça apaixonado por fazer o bem. Fala-vos alguém que, nos últimos vinte anos, já percorreu diversos patamares do poder local, de Presidente de uma Assembleia de Freguesia a deputado intermunicipal, de Vereador a deputado municipal, sempre na busca de um futuro melhor para a minha comunidade.

Uma coisa é certa: a vida de um qualquer autarca com paixão à terra, é desafiante, é emocionante, tem adrenalina e por isso, nunca será monótona! Não há monotonia possível quando se quer e se age pelo bem dos outros, pelo bem de todos.

Eduardo Teixeira, Economista Conselheiro, Deputado à Assembleia da República

O HOMEM POR DETRÁS DA NEOSANTÉ

João Pedro Paiva dos Santos, CEO

O HOMEM POR DETRÁS DA NEOSANTÉ

O TESTEMUNHO DE JOÃO PEDRO PAIVA DOS SANTOS

Com mais de 25 anos dedicados à indústria farmacêutica, João Pedro Paiva dos Santos é um nome incontornável no setor em Portugal. Atualmente, lidera a Neosanté – uma empresa que proporciona soluções e produtos farmacêuticos, genéricos, cosméticos, dispositivos médicos e suplementos alimentares completamente personalizados – e assume-se um líder que sabe equilibrar a vida profissional com a vida pessoal. Amante do desporto e da gastronomia portuguesa, concedeu-nos uma entrevista sobre a sua visão perante a atualidade do setor da saúde em Portugal e partilhou o testemunho, positivo e cauteloso, de um experiente empresário de sucesso português.

O seu percurso começou na área do Direito, mas a sua carreira desenvolveu-se em áreas muito diversificadas até culminar na fundação da Neosanté. O que o motivou a transitar para o setor farmacêutico e a criar uma empresa tão abrangente e internacional?

A minha transição para o setor farmacêutico deve-se ao meu pai. Deixando-me seguir o meu caminho enquanto advogado, começou a envolver-me na vida da empresa, de uma forma gradual. Primeiro, veio o fascínio por trabalhar com o meu pai, que sempre foi um profissional fantástico e muito conceituado. Comecei por gostar de trabalhar com ele e comecei, igualmente, a gostar de trabalhar na indústria Farmacêutica. É uma área que conheço desde pequeno. Por isso, decidi também ser advogado, fazer algo novo, que também adoro. A Neosanté é criada em paralelo com o processo de venda do Grupo FARMA-APS/ Generis. Eu estava a preparar aquilo que seria uma nova área de negócio do grupo, mas, com o processo da venda, acabei por

João Pedro Paiva dos Santos, CEO

tornar a Neosanté num projeto próprio, que hoje tem uma forte vertente internacional.

O Dr. João já mencionou, várias vezes, que encara os desafios como oportunidades. Pode partilhar um momento marcante da sua carreira onde um grande desafio resultou numa inovação significativa ou num crescimento inesperado?

Logo no início da nossa atividade, um dos produtos que íamos lançar era uma representação. O negócio acabou por não acontecer por diversos motivos, mas eu considerava o produto essencial. Então desenvolvemos fórmulas para esse produto, e para um outro complementar, que nos tornou líderes de mercado

Temos uma estrutura simples que nos permite ter um poder de decisão rápido e disponibilizamos soluções diferentes para cada cliente, ao invés de soluções fechadas

em dois anos. Outra situação de destaque foi, numa altura em que a empresa estava a crescer, mas a sentir algumas dores desse crescimento, um destes produtos acabou por interessar a uma grande empresa europeia que se tornou o nosso maior cliente e que antecipou o nosso processo de internacionalização.

Tendo liderado equipas em diferentes contextos, quais são os valores e práticas que considera essenciais para ser um líder eficaz e inspirador, especialmente num setor tão exigente como o da saúde?

Em primeiro lugar, acho que temos de ser genuínos, até para que a nossa equipa nos conheça bem e saiba com o que pode contar. A ética, a honestidade e a exigência pela excelência terão de estar sempre presentes. Além disso, o valor da humanidade e respeito pelo próximo é algo que trago desde pequeno. Se a isto acrescentarmos saber dar o exemplo, mostrar que sabemos fazer aquilo que pedimos que façam, se soubermos explicar porque pensamos de forma diferente ou porque queremos as coisas de determinada maneira, as pessoas saberão desempenhar melhor as suas funções e fá-lo-ão com maior dedicação e satisfação.

Com uma agenda tão preenchida, como é que consegue manter o equilíbrio entre a liderança da Neosanté, os seus hobbies e a vida familiar? Há algum hábito ou rotina que considere fundamental nesse equilíbrio?

Tenho a sorte de ter tido um pai que me ensinou a equilibrar a vida profissional e a pessoal/familiar. Nem sempre foi assim. Eu saía tarde da empresa e trabalhava em casa toda a noite. Atualmente, sei gerir bem o meu tempo, embora esteja sempre contactável. Por outro lado, tenho a sorte de ter uma equipa e um braço direito que permitem que seja fácil delegar o trabalho. Isto consegue-se com confiança, bom ambiente e competência. Somos uma equipa unida e que trabalha muito bem. Finalmente, o mais importante: a minha família. O seu apoio, e em especial o da minha mulher quando fica muito tempo com as responsabilidades todas, enquanto eu estou no meio de um deserto e muitas vezes incontactável.

Sabemos que tem vários hobbies, incluindo a cozinha, a gastronomia e o desporto. De que forma estas paixões contribuem para a sua criatividade e energia no mundo dos negócios?

São fundamentais. Se temos algum tipo de escape, de hobby que

O que vemos de negativo na área da saúde, mas creio que isso é transversal a todas as áreas, é o elevadíssimo custo de tudo, desde o transporte ao armazenamento e, pior ainda, das matérias-primas

nos permita recarregar as baterias e sermos felizes, de pensarmos noutras coisas, isso é fundamental para a nossa produtividade. Quanto à criatividade, acho que ela resulta também da vivência, do consumo de informação, de conhecer coisas, da partilha com amigos. Logo os hobbies são fulcrais.

A Neosanté é reconhecida pela sua capacidade de oferecer soluções personalizadas em saúde a nível global. Qual considera ser o fator-chave que distingue a empresa dos seus concorrentes no mercado internacional?

Eu não posso indicar apenas um, terei de indicar dois que se relacionam. O primeiro fator-chave é a nossa dimensão. Estamos dimensionados de forma a sermos mais eficazes e responsivos. Depois, a nossa competência especializada. Fazemos o que sabemos e o nosso foco é criar essas soluções personalizadas. Para isso, temos uma estrutura simples que nos permite ter um poder de decisão rápido e disponibilizamos soluções diferentes para cada cliente, ao invés de soluções fechadas. Finalmente, o nosso tempo de resposta e de implementação também se torna muito mais célere. Isto tudo somado à qualidade que temos, é imbatível.

Como é que avalia os desafios e as oportunidades atuais no setor da saúde, especialmente num contexto pós-pandemia e com a crescente digitalização e inovação tecnológica?

A nossa indústria sempre foi muito tecnológica. A inovação é uma constante na saúde. Essa vertente é a parte boa deste novo contexto. O que vemos de negativo na área da saúde, mas creio que isso é transversal a todas as áreas, é o elevadíssimo custo de tudo, desde o transporte ao armazenamento e, pior ainda, das matérias-primas. Torna-se muito complicado internacionalizar com transportes tão caros. Fica muito caro e a mim custa-me imenso ver o preço a que os produtos chegam aos pacientes.

Como empreendedor e líder, qual é o papel da ética e da responsabilidade social no mundo dos negócios? Como garante que esses valores estão integrados na cultura da Neosanté?

A ética é fundamental e está integrada na nossa cultura. Aliás, é um dos valores que mais promovemos. A responsabilidade social tem de estar a par com a ética. Esses dois princípios juntos levam-nos à maravilhosa frase do Comendador Nabeiro: “Se todos quiséssemos, o mundo seria extraordinário”. Ao longo dos anos, a Neosanté tem tido um papel do qual me orgulho, muito ao nível da responsabilidade social.

A saúde está em constante evolução. Onde vê a Neosanté, e o setor da saúde em geral, daqui a 10 anos? Quais são as tendências que acredita que terão maior impacto?

Acredito que no espaço de 10 anos podemos estar a falar de curas importantes para doenças graves. Acredito que em 10 anos a nanomedicina e a biotecnologia sejam as tendências. A Neosanté estará presente na comercialização, no fabrico e, espero, na investigação e desenvolvimento.

Com o mundo a enfrentar desafios globais, como as alterações climáticas e as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde, que papel acha que as empresas farmacêuticas devem desempenhar para criar um impacto positivo a longo prazo?

No que respeita à ecologia e às alterações climáticas, quero começar por dizer que esta é uma das indústrias mais limpas que existem. Acho que se pode melhorar nesta e em todas as indústrias no que respeita à utilização de transportes, a escolhas de materiais de acondicionamento e em mais aspetos para termos um contributo ainda mais acrescido. As desigualdades no acesso aos cuidados de saúde pertencem ao Estado. É o Estado que deve proporcionar o acesso a hospitais e médicos, reduzindo as desigualdades a que assistimos atualmente. Quanto aos medicamentos, tentamos todos otimizar as produções para baixar os custos e não termos preços elevados.

www.neosante-hs.com

NA LINHA DA FRENTE

MOBILIDADE ELÉTRICA • SUSTENTABILIDADE

INOVAÇÃO • FORMAÇÃO • RECONHECIMENTO

As empresas na linha da frente não são apenas protagonistas nas suas áreas de negócio, mas também catalisadoras de mudanças que impactam positivamente toda a sociedade. Elas combinam visão estratégica, inovação tecnológica e um profundo compromisso com a transformação social para enfrentar os desafios mais urgentes e complexos do nosso tempo.

As empresas que lideram o mercado atual são aquelas que integram áreas como mobilidade elétrica, sustentabilidade, inovação, formação contínua, e obtêm reconhecimento pelas suas estratégias. A mobilidade elétrica surge como um pilar fundamental para reduzir a pegada de carbono, impulsionando soluções que conciliam eficiência energética e impacto ambiental positivo. A sustentabilidade, por sua vez, orienta as operações dessas organizações, promovendo práticas responsáveis que geram valor para a sociedade e o meio ambiente. A inovação mantém essas empresas competitivas, fomentando o desenvolvimento de tecnologias disruptivas e modelos de negócios que atendam às demandas de um mundo em constante transformação. Complementando essas iniciativas, a aposta na formação contínua fortalece as capacidades dos colaboradores, garantindo a adaptabilidade e a excelência. Por fim, o reconhecimento através de prémios como o TOP 5 Melhores PME reafirma o compromisso com a qualidade, reforçando a sua posição como líderes e inspiradoras de boas práticas no mercado global.

#1

miio A SIMPLICIDADE QUE FALTAVA NA MOBILIDADE ELÉTRICA

A tecnológica portuguesa miio surgiu com o objetivo de tornar a mobilidade elétrica simples! A forma inovadora como atuam no mercado, e o olhar disruptivo face às necessidades do setor, permitiram o seu rápido crescimento e expansão além-fronteiras. Neste contexto, entrevistámos Daniela Simões, CEO da miio, que nos deu a conhecer um pouco mais sobre todo o trabalho desenvolvido pela sua equipa, que tanto tem feito a diferença na vida dos seus 350 mil utilizadores!

A miio foi fundada em 2019 com o objetivo de simplificar e democratizar a mobilidade elétrica. Como é que surgiu esta ideia e quais têm sido os valores e a visão da empresa até ao momento?

A miio nasceu em 2019, fundada por mim e pelo Rafael Ferreira, ambos condutores de veículos elétricos que sentimos na pele a falta de clareza no mercado de carregamento: onde carregar, quanto custa, e como simplificar a experiência de mobilidade elétrica. Com um foco forte na transparência e proximidade com a comunidade, a miio conquistou rapidamente a confiança dos utilizadores em Portugal.

Fomos pioneiros ao introduzir funcionalidades essenciais, como o cálculo antecipado do preço de carregamento, a possibilidade de carregar em qualquer posto através do smartphone, o acesso a carregamentos adhoc para estrangeiros e a classificação da rede nacional de carregamento. A visão da miio é clara: diariamente, trabalhamos para que a experiência de mobilidade elétrica seja mais simples, acessível e transparente. Nascemos centrados nas necessidades dos utilizadores e mantemos esse compromisso, inovando continuamente para democratizar o acesso à mobilidade elétrica e tornar a transição para um futuro mais sustentável o mais fácil possível para todos.

Nos últimos anos, a miio passou por uma expansão significativa, incluindo o avanço para o mercado francês e espanhol e a aquisição da Voltcharge. Quais foram os maiores desafios e aprendizagens durante este crescimento e internacionalização?

A expansão da miio para novos mercados, como França e Espanha, e a aquisição da Voltcharge foram etapas desafiantes e essenciais para o nosso crescimento. Como somos uma empresa

focada no cliente, qualquer expansão implica superar barreiras culturais e linguísticas. Para nós, conhecer o cliente local e as suas necessidades é fundamental para proporcionar uma experiência personalizada e de qualidade.

A diversificação do nosso negócio com a miio Store também tem sido um desafio gratificante. A loja reflete a missão da miio de estar mais próxima das necessidades específicas dos utilizadores de veículos elétricos, oferecendo produtos que facilitam o seu dia a dia e melhoram a experiência de mobilidade elétrica. Cada nova etapa reforça o nosso compromisso com a inovação e com o serviço ao cliente.

A miio destacou-se no mercado por funcionalidades inovadoras como o desbloqueio de cabos presos, o Miio Score e miio Fleets. O que considera ser o principal fator diferenciador da empresa face aos concorrentes e de que forma isso se reflete na experiência do utilizador?

O principal fator diferenciador da miio é a nossa abordagem centrada no utilizador, oferecendo soluções que combinam praticidade, transparência e eficiência. Cremos verdadeiramente que deve ser o ecossistema a simplificar-se e não somente o utilizador a educar-se para uma nova realidade. Desta forma, queremos continuar a caminhar para oferecer soluções cada vez mais proativas, que removam esforço operacional do condutor e melhorem a fluidez nas nossas redes de carregamento. Por exemplo, o miio Score providencia uma classificação imparcial dos postos de carregamento, permitindo aos condutores de veículos elétricos tomar decisões informadas na altura de escolher o posto de carregamento. Esta funcionalidade ajuda a evitar frustrações associadas a postos de carregamento não fiáveis. Além disso, o miio Fleets oferece uma plataforma integrada para a gestão de frotas de veículos elétricos, permitindo às empresas acompanhar sessões de carregamento em tempo real, gerir cartões e colaboradores, e aceder a relatórios detalhados. Esta solução simplifica a gestão de frotas, aumentando a eficiência operacional. Ao focarmo-nos em soluções que atendem às necessidades reais dos utilizadores e empresas, a miio diferencia-se dos concorrentes, proporcionando uma experiência mais confiável e conveniente na mobilidade elétrica.

Recentemente, a miio ultrapassou a marca dos mais de 270 mil utilizadores registados e mais de um milhão de sessões de carregamento. Como é que mantêm a promessa de simplicidade, transparência e fiabilidade com uma base de utilizadores em tão rápida expansão?

A rápida expansão da miio é, na verdade, um resultado dessa estratégia e compromisso para com os utilizadores. Crescemos porque mantemos o foco nas suas necessidades e trabalhamos constantemente para tornar a mobilidade elétrica mais simples e acessível para todos. Hoje, estamos a chegar aos 350 mil utilizadores, um marco que nos enche de orgulho e reforça o nosso propósito. O nosso objetivo é continuar fiéis aos princípios que nos guiaram desde o início: simplificar o dia a dia da mobilidade elétrica, garantindo transparência e fiabilidade. Para os utilizadores de outros países, e para quem visita os locais onde a miio já opera, estamos empenhados em recebê-los na nossa comunidade com o mesmo entusiasmo, prontos para partilhar esta jornada rumo a um futuro mais sustentável e verde.

Com a crescente importância da sustentabilidade e do uso de energias renováveis, quais são as estratégias para contribuir para uma transição energética e promover um ecossistema de mobilidade elétrica mais verde?

A miio posiciona-se no mercado português como um comercializador de energia para a mobilidade elétrica que compra

energia 100% proveniente de fontes renováveis, contribuindo para uma transição energética mais sustentável. Para promover um ecossistema de mobilidade elétrica mais verde, a miio aposta em estratégias como:

• Soluções Tecnológicas Inovadoras: Através de funcionalidades que simplificam a condução do utilizador de veículo elétrico e aconselham a que o mesmo realize uma boa escolha: por exemplo, que tomada selecionar, para que possa elevar a produtividade da rede de carregamentos. Além disso, a miio aposta fortemente nas sessões de carregamentos digitais para que se evite produção e distribuição de métodos de autenticação físicos, como cartões RFID.

• Educação e Sensibilização: Incentivando o uso de veículos elétricos, ao simplificar o acesso a informações sobre custos, eficiência e impacto ambiental, para acelerar a adoção de veículos de zero emissões.

Além disso, a miio está a inovar para garantir que se mantém à frente das tendências do setor, com iniciativas como a expansão internacional, o desenvolvimento de funcionalidades avançadas para a sua aplicação e parcerias estratégicas que potenciam a criação de novas soluções. Estas medidas não só melhoram a experiência do utilizador, como também fomentam a utilização de carros de zero emissões, tanto para empresas como para clientes particulares, contribuindo para que cada vez mais veículos elétricos estejam nas estradas.

Quais são as novidades e projetos futuros que a miio pretende lançar nos próximos anos, tanto em Portugal quanto internacionalmente? Existem parcerias ou inovações tecnológicas para continuar a liderar o setor da mobilidade elétrica?

Estamos a preparar um ambicioso projeto de internacionalização, que reforçará a nossa presença no setor da mobilidade elétrica em novos mercados estratégicos. Embora ainda não possamos revelar muitos detalhes, garantimos que novidades concretas serão anunciadas até ao final deste ano. Este movimento é um passo significativo para tornar a nossa plataforma acessível a um público global, mantendo o nosso compromisso com inovação e excelência.

Paralelamente, para 2025, estamos a desenvolver um projeto inovador baseado em inteligência artificial, que promete transformar a experiência dos utilizadores na nossa aplicação. Este avanço tornará a interação com a plataforma ainda mais intuitiva, simplificando e acelerando a forma como os utilizadores encontram o que precisam, desde localizar pontos de carregamento até às preferências dos seus perfis pessoais. Estamos confiantes de que esta tecnologia elevará os padrões de user-friendliness e consolidará a miio como líder em soluções de mobilidade elétrica.

RAMIREZ

INVESTE NO FOTOVOLTAICO RUMO

À AUTOSSUFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Apostada em associar ao estatuto de “mais antiga indústria de conservas de peixe do mundo em laboração” o de “indústria de conservas de peixe mais ecológica”, a Ramirez & Cª (Filhos), SA continua a investir na produção própria de energia verde, rumo à autossuficiência energética.

A empresa tem atualmente 100% da produção assegurada por energia verde, produção própria e comprada à rede com o respetivo certificado, produzindo ainda energia (calor) com recurso a caldeira de biomassa e dispondo de um sistema de armazenamento e utilização da água da chuva para os circuitos de lavagem de latas e solo. Porém, com o objetivo de se tornar energeticamente autossuficiente, decidiu investir um milhão de euros na instalação de painéis fotovoltaicos.

Em 2023, foram concluídas as duas primeiras fases de instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura da fábrica “Ramirez

1853”, em Lavra, Matosinhos. A terceira fase foi concluída neste final de ano, em área livre do solo, em parte dos 20.000 metros quadrados disponíveis. A Ramirez produz agora localmente 60% da energia de que a fábrica necessita com recurso ao fotovoltaico, ou seja, 900 megawatts.

A sustentabilidade é um pilar essencial da estratégia da Ramirez e reflete-se em vários domínios. «Privilegiamos a pesca sustentável, inclusive certificada pelo MSC. Produzimos com energia verde (fotovoltaica e biomassa). Captamos e utilizamos a água da chuva para processos de lavagem que dispensem água potável. Beneficiamos o ambiente fabril com 92 tubos solares, que desobrigam as lâmpadas, e apostamos na economia circular, por exemplo, com valorização de co-produtos. A “Ramirez 1853” é uma fábrica born green. A Ramirez conserva o futuro, para que o amanhã também tenha um bom gosto» explica Manuel Ramirez, presidente do Conselho de Administração.

Principais indicadores

Ramirez, Cocagne, The Queen of the Coast, Les Sublimes, Tomé, Gabriel, Berthe, Magalhães, Pescador, General e La Rose são algumas das emblemáticas marcas, algumas das quais centenárias, que a Ramirez & Cª (Filhos), SA produz na «Ramirez 1853», uma unidade industrial tida, por auditores internacionais, como uma das cinco melhores do setor agroalimentar mundial.

Liderada pela quinta geração da família homónima, já com o apoio ativo da sexta geração, a Ramirez produz mais de 200 referências. Do atum às sardinhas, com passagem pela cavala; bacalhau, lulas, carapau, potas, mexilhões, filetes de anchova ou patés. Com 220 colaboradores, produz 50 milhões de latas/ano e fatura €32 milhões/ano.

Avenida da República 2208 - 3º Drt Ctr Frt, 4430-190 - Vila Nova de Gaia

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SIKLA: COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO

A SIKLA, referência global em soluções de suporte modular para instalações técnicas e industriais, continua a consolidar a sua presença em Portugal com inovação e compromisso sustentável. Em entrevista, Nuno Cristovão, CEO, destaca como a empresa equilibra excelência técnica, proximidade com os clientes e uma visão orientada para o futuro.

O que representa a filosofia “siklasicher” para a empresa e de que forma esta promessa se traduz em inovações práticas que beneficiam os seus clientes?

A filosofia “siklasicher” reflete o nosso compromisso com qualidade, segurança e inovação em todas as soluções. Oferecemos produtos duráveis e seguros que facilitam a montagem, reduzem custos e aumentam a eficiência. Os nossos sistemas modulares minimizam erros e garantem segurança e confiabilidade, proporcionando economia de tempo e recursos, além de maior controlo nos prazos dos projetos.

A SIKLA tem um compromisso com a sustentabilidade e a neutralidade climática até 2030. Quais os principais desafios que enfrentam para alcançar esses objetivos, e que estratégias estão a ser implementadas para garantir a eficiência energética e a redução das emissões ao longo da sua cadeia de valor?

A Sikla enfrenta dois desafios principais. O primeiro é a limitação de espaço nas instalações atuais, dificultando soluções sustentáveis.

Contudo, as novas instalações terão foco em sustentabilidade, visando a certificação Gold LEED e maior produção de energia renovável.

O segundo desafio é a mudança de mentalidade dentro da organização, onde a sustentabilidade nem sempre foi prioritária. Estamos a transformar a cultura para integrá-la nas operações e entre as medidas já implementadas estão a substituição gradual da frota por veículos elétricos, a melhoria da eficiência energética e a inclusão de fornecedores sustentáveis na cadeia de valor.

Como a empresa tem adaptado os seus produtos e serviços às novas exigências do mercado, especialmente no contexto da digitalização e da BIM? Como estas inovações têm impacto na eficiência operacional e satisfação do cliente?

A SIKLA aposta na digitalização como prioridade estratégica, investindo em ferramentas BIM para integrar os nossos produtos diretamente nos projetos dos clientes. Estas ferramentas eliminam

Nuno Cristovão, CEO

incompatibilidades, aceleram o desenvolvimento e garantem maior precisão e eficiência operacional.

Além disso, disponibilizamos um catálogo digital completo compatível com BIM, permitindo aos projetistas simular instalações de forma prática, economizando tempo e custos. Contamos ainda com uma equipa técnica dedicada a apoiar os clientes na aplicação das soluções e a oferecer assistência personalizada, garantindo eficiência e uma experiência mais satisfatória.

A SIKLA é reconhecida pela sua abordagem orientada para o cliente e pelo suporte que oferece durante todas as fases dos projetos. Como asseguram a formação e a capacitação dos seus colaboradores para que possam atender às necessidades específicas de cada cliente? Que papel desempenha a cultura organizacional nesse processo?

A formação contínua é essencial na nossa estratégia. Realizamos ações regulares para desenvolver competências técnicas e melhorar o serviço prestado aos clientes. A nossa cultura organizacional incentiva a colaboração e a procura constante pela excelência, criando um ambiente onde os colaboradores se sentem capacitados para propor melhorias e tomar decisões que beneficiem os clientes. Este compromisso reflete-se na qualidade do atendimento e no sucesso dos projetos.

Que balanço faz da atuação da empresa nos mercados onde está presente, e quais foram as inovações que se destacaram em 2024? Que feedback recebeu dos seus parceiros e clientes sobre essas inovações?

O ano de 2024 foi o nosso melhor até à data. Mantivemos um crescimento sólido, reforçando a nossa posição como referência em soluções de instalação. Entre as inovações, destaca-se o sistema modular 3D siMetrix, que trouxe flexibilidade e eficiência aos projetos, integrando-se perfeitamente com o sistema siFramo. Outro marco foi a certificação ETA do sistema siFramo, tornando-o o único sistema de cargas pesadas com este reconhecimento, o que reforçou a confiança dos clientes e garantiu elevados padrões de segurança. O feedback foi extremamente positivo, destacando a redução de prazos e custos e sublinhando a importância da nossa abordagem inovadora.

O que podemos esperar da SIKLA em 2025, tanto em termos de novos produtos e serviços quanto de iniciativas em áreas como a responsabilidade social e a inovação tecnológica? Que objetivos definiram para se manterem competitivos e relevantes no panorama empresarial?

Em 2025, a SIKLA continuará a focar no crescimento e na liderança no mercado português, promovendo o desenvolvimento e a formação em torno dos sistemas lançados em 2024.

Outro objetivo será a expansão no mercado brasileiro, em parceria com o nosso parceiro de longa data, HARTBAU, criando uma base sólida para um crescimento expressivo. Paralelamente, reforçaremos iniciativas de responsabilidade social, como bolsas de estudo com o Instituto Politécnico de Setúbal, promovendo educação e inclusão. Estas ações refletem a nossa visão de crescimento sustentável e impacto positivo.

UM OLHAR PARA O FUTURO DA EDUCAÇÃO E DOS NEGÓCIOS

A Coimbra Business School | ISCAC tem vindo a reafirmar o seu compromisso com a formação de líderes capazes de enfrentar os desafios de um mundo em constante transformação. Em entrevista exclusiva, Alexandre Gomes da Silva, Presidente da CBS, destaca as estratégias que têm consolidado a escola como referência nacional e internacional.

Quais são os principais valores e missão da Coimbra Business School? De que forma a escola se distingue de outras instituições de Ensino Superior em Portugal e no contexto europeu, especialmente em relação à formação empresarial?

A Coimbra Business School |ISCAC, tem como missão fornecer formação de elevada qualidade, alinhada com as necessidades do mercado e orientada para a prática. A escola destaca-se por ser uma “escuta ativa” das exigências do mercado, oferecendo formações inovadoras e únicas na região e em Portugal, com o objetivo de capacitar os alunos a enfrentar desafios e transformá-los em soluções.

A CBS diferencia-se em relação a outras instituições de Ensino Superior por ter um foco na formação prática e inovadora adotando o princípio de formação/ação, na formação não graduada e executiva, por exemplo, há uma grande flexibilidade e acessibilidade no desenho dos cursos e nas modalidades de ensino: presencial, pós-laboral e live training facilitando o acesso à formação, conforme as diferentes necessidades e localizações. A CBS conta com um corpo docente altamente qualificado e com forte ligação às empresas e organizações, garantindo que a formação esteja alinhada com as exigências do mercado, além disso a escola investe em salas de aula equipadas com sistemas de videoconferência, ecrãs digitais interativos e outras

tecnologias, permitindo uma experiência de aprendizagem híbrida e adaptada às necessidades dos estudantes. De forma continua e através da participação dos seus docentes e investigadores em projetos e conferências a CBS tem estabelecido parcerias e protocolos em busca reconhecimento nacional e internacional.

Quais foram as iniciativas de maior impacto durante este ano? Em 2024, a Coimbra Business School (CBS) implementou e acolheu várias iniciativas de destaque que reforçaram a sua posição no ensino superior e na formação empresarial em Portugal, dos quais destacamos a 2.ª edição do Business Summit, organizada pela Coimbra iTEC, com o tema “Inteligência Artificial: O Impacto nas Empresas”. O evento reuniu empresários, estudantes e investigadores para discutir as aplicações da IA no contexto empresarial; a 10.ª edição da Business Week, uma feira de emprego que contou com a participação de cerca de 70 empresas, iniciativa organizada em parceria com a Associação de Estudantes, que teve como objetivo promover o emprego e facilitar a integração dos alunos no mercado de trabalho; seminário “Digitalização Vs Boas Práticas de Segurança e Saúde no Trabalho”, no âmbito da Campanha Europeia “Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis” 2023-2025. O evento abordou as boas práticas de gestão dos riscos profissionais no contexto da transformação digital. Além das habituais aulas abertas, business talks, exposições e diversificação da oferta, introduzindo novas pós-graduações e programas de MBA em áreas emergentes. A escola reforçou colaborações com entidades públicas e privadas, e com parceiros internacionais com vista a estágios e programas de mobilidade, foi disso exemplo o BIP (ERASMUS Blended Intensive Program) em Global Data Analytics Immersion: Theory and Practice for Tomorrow’s Decision-Makers

Quais são os programas de intercâmbio e os destinos mais valorizados pelos estudantes?

A Coimbra Business School (CBS) valoriza a internacionalização como componente essencial da formação dos seus estudantes, oferecendo diversos programas de intercâmbio que proporcionam experiências académicas e culturais enriquecedoras.

A escola tem programas Erasmus+, Collaborative Online International Learning (COIL), BIPs, participa na EUROWEEK desde a sua fundação e que terá em 2025 a sua 30ª edição, sendo membro da rede PRIME, participa na rede European Taxation and Accounting in Practice – ETAP que em 2025 terá a edição 25. Estão em curso programas bilaterais de dupla titulação para os quais se estabeleceram acordos de cooperação com universidades possibilitando intercâmbios académicos em países como o Brasil, Polónia e Canadá. A CBS oferece cursos intensivos (MBAs) de curta duração que combinam

Alexandre Gomes da Silva, Presidente

aulas teóricas com atividades práticas e culturais com a participação de alunos e docentes de vários países nomeadamente Angola, Brasil e Moçambique. Os destinos mais procurados pelos estudantes dependem muito do “passa palavra” e da quantidade de créditos obtidos sendo os países mais escolhidos pelos nossos estudantes a Espanha, Croácia, Turquia, Estónia e Lituânia.

Como a inovação está integrada no modelo de ensino da CBS? De que forma a escola tem adaptado os seus programas às tendências globais, como a digitalização e a sustentabilidade?

A CBS integra a inovação no seu modelo de ensino através de diversas estratégias que visam preparar os estudantes para os desafios contemporâneos, alinhando-se com tendências globais como a digitalização e a sustentabilidade.

A CBS reestrutura regularmente (nestes dois anos estão em avaliação 20 cursos) os planos curriculares dos seus cursos de licenciatura, incorporando unidades de ciência de dados e programação. Esta abordagem visa aumentar as competências digitais e de inteligência artificial dos alunos, preparando-os para as exigências do mercado atual, até porque estas competências não são de uma profissão em particular, mas todas as profissões são confrontadas com estas necessidades. Esta oportunidade permitiu incluir também unidades curriculares de responsabilidade social e sustentabilidade alinhadas com os ODS e ESG - Environment Social Governance. Além disso a escola é uma “eco-escola” pela Associação Bandeira Azul Europeia, promovendo um conjunto de iniciativas em prol da sustentabilidade e das boas práticas.

Como trabalham em parceria com empresas locais e internacionais para garantir que os alunos estão preparados para responder às exigências das organizações?

A Coimbra Business School (CBS) estabelece parcerias estratégicas com empresas locais e internacionais para assegurar que os seus alunos estão preparados para as exigências atuais e futuras do mercado de trabalho. Estas colaborações permitem alinhar a formação académica com as necessidades reais das organizações, proporcionando aos estudantes experiências práticas e oportunidades de desenvolvimento profissional. A CBS, em parceria com a plataforma Talent Portugal, disponibiliza aos seus alunos acesso a mais de 200 empresas que ofe-

recem oportunidades de estágio e emprego. Esta colaboração facilita a integração dos estudantes no mercado de trabalho, permitindo-lhes aplicar os conhecimentos adquiridos em contextos empresariais reais.

A escola organiza eventos como a Business Week, uma feira de emprego que conta com a participação de diversas empresas, participa no Job Summit IPC & Science2Business, e em conjunto de outros eventos organizado por parceiros como associações empresariais e profissionais como o Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE), a People Conference da APG, entre outras. Estas iniciativas promovem o contacto direto entre estudantes e empregadores, facilitando o networking e a compreensão das necessidades do mercado.

Olhando para 2025, que novidades a CBS pretende implementar?

A Coimbra Business School (CBS) tem delineado várias iniciativas estratégicas para 2025, visando fortalecer a sua posição como instituição de referência no ensino das ciências empresariais em Portugal. A CBS planeia introduzir novos programas de pós-graduação e MBA em áreas emergentes, como Inteligência Artificial, Sustentabilidade Empresarial e Transformação Digital. Estas formações visam capacitar os estudantes com competências alinhadas às tendências globais e às necessidades do mercado de trabalho. Apresentou, ainda, uma licenciatura em língua inglesa de gestão e IA, e uma proposta de doutoramento em ecossistemas empreendedores e desenvolvimento local.

A consolidação do centro de investigação CEOS.PP polo de Coimbra, a candidatura a projetos e a contratação de investigadores para reforçar a área de investigação.

Estão previstos investimentos na atualização das salas de aula e de estudo, com a integração de tecnologias avançadas e melhoria das áreas de bar e chill out.

Ainda pretendemos concluir a implementação do projeto de eficiência energética e gestão sustentável dos recursos, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.

UHU: SOLUÇÕES INOVADORAS, PRÁTICAS E SUSTENTÁVEIS

José Luís Raposo, General Manager da UHU Ibérica, revela os bastidores do sucesso de uma das marcas mais icónicas do mercado. Em entrevista, aborda os desafios de manter a liderança num setor competitivo, a aposta contínua em inovação e sustentabilidade, e como a UHU tem adaptado as suas estratégias para atender às novas exigências dos consumidores e do meio ambiente.

Ao longo de mais de 100 anos de história, a UHU conquistou a confiança de milhões de consumidores em todo o mundo. Como a marca tem conseguido manter a sua relevância e continuar a ser a escolha preferida para tantas gerações?

A continuidade da preferência pela UHU está diretamente relacionada ao nosso compromisso em antecipar as necessidades dos consumidores e em oferecer soluções inovadoras, práticas e sustentáveis. Mantemos uma abordagem centrada no cliente, apoiada em valores como qualidade, confiabilidade, segurança e responsabilidade ambiental. Além disso, promovemos iniciativas

educativas e parcerias estratégicas que reforçam a ligação emocional com a marca, assegurando relevância para diferentes gerações.

Este ano foi de grandes conquistas, como o reconhecimento pela EcoVadis e a ampliação dos produtos sustentáveis. Que iniciativas destacaria como os mais marcantes de 2024 e que impacto tiveram para a marca, tanto a nível interno como junto dos consumidores?

Entre as iniciativas mais marcantes de 2024 destacam-se o reconhecimento pela EcoVadis, que validou o nosso compromisso

José Luís Raposo, General Manager

com práticas sustentáveis, e o lançamento de novos produtos na linha ReNATURE, desenvolvidos com materiais biodegradáveis, reciclados e renováveis. Internamente, estas ações fortaleceram o alinhamento da equipa com os objetivos de sustentabilidade, enquanto externamente, consolidaram a perceção da UHU como uma marca inovadora e ecologicamente responsável, aumentando a fidelização e atraindo novos consumidores.

A UHU tem reforçado a sua aposta na diversidade e inclusão no local de trabalho, além de trabalhar com cadeias de valor mais éticas. Quais os desafios e progressos alcançados nesta área e de que forma estes valores têm impactado a cultura organizacional da empresa?

O compromisso da UHU com a diversidade e inclusão foi reconhecido em 2024 pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), que distinguiu a empresa com o “Selo da Igualdade Salarial”. Este reconhecimento reflete as nossas boas práticas na promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens. Entre os desafios enfrentados, destacam-se a necessidade de sensibilização contínua e a adaptação de processos internos. Contudo, os progressos obtidos têm fortalecido a cultura organizacional, criando um ambiente de trabalho mais justo, mais motivador, colaborativo e alinhado com os nossos valores éticos, além de reforçar a reputação da marca junto dos colaboradores e parceiros.

Um dos principais objetivos será a ampliação da oferta de soluções ecológicas, como a linha ReNATURE, voltada para crianças, e a gama UHU

Aqua Zero, direcionada a profissionais. Cada vez mais as nossas gamas são compostas por produtos não nocivos, sem solventes e neutros

A sustentabilidade é uma prioridade para a UHU, como demonstram os produtos ReNATURE e os objetivos da redução de emissões de CO2. Como a inovação tecnológica tem contribuído para alinhar os valores ecológicos da marca com a criação de novos produtos?

A inovação tecnológica tem sido essencial para integrar a sustentabilidade no desenvolvimento de produtos, permitindo

o uso de matérias-primas mais ecológicas e processos produtivos mais eficientes. A linha ReNATURE é um exemplo concreto, com embalagens feitas de plástico reciclado e biodegradável (feito a partir da cana do açúcar). Além disso, temos investido em tecnologias que reduzem a pegada de carbono ao longo de toda a cadeia de valor, alinhando os nossos produtos com as expectativas ambientais dos consumidores, destacando as produções com 100% de energia verde e zero desperdícios.

A campanha “Lixo? Repara, reutiliza!” reflete o compromisso da marca em promover estilos de vida sustentável. Quais têm sido os resultados desta campanha e que estratégias estão a ser usadas para sensibilizar o público, especialmente as gerações mais jovens, para a importância da reutilização e reparação?

A campanha tem gerado resultados muito positivos, aumentando a conscientização sobre a importância da reparação e reutilização, refletindo-se no crescimento das vendas de produtos como a Super Cola e o Max Repair. Para envolver as gerações mais jovens, destacamos a nossa parceria com a Eco-Escolas, onde, como mecenas, apoiamos iniciativas educativas que promovem a sustentabilidade. Além disso, utilizamos redes sociais, desafios criativos e parcerias com influenciadores para inspirar práticas conscientes, mostrando como pequenos gestos podem ter grande impacto no futuro do planeta.

Com uma visão clara para o futuro, quais são os principais objetivos que a UHU pretende alcançar em 2025, tanto no campo da inovação como na sustentabilidade? Há novos produtos, parcerias ou projetos que os consumidores podem esperar?

Em 2025, a UHU reforçará o compromisso em ser uma marca consciente e humanizada, educando os consumidores sobre práticas sustentáveis. Um dos principais objetivos será a ampliação da oferta de soluções ecológicas, como a linha ReNATURE, voltada para crianças, e a gama UHU Aqua Zero, direcionada a profissionais. Cada vez mais as nossas gamas são compostas por produtos não nocivos, sem solventes e neutros. Além disso, pretendemos fortalecer parcerias estratégicas que promovam a economia circular e aumentar o alcance de campanhas educativas que conectem os consumidores a um estilo de vida mais sustentável. Esses esforços visam consolidar a UHU como uma referência global em inovação e responsabilidade ambiental.

“AS PESSOAS E AS EMPRESAS PROCURAM EVENTOS DE QUALIDADE”

Francisco Mayer tem uma longa carreira dedicada ao mundo do audiovisual; esteve na Sanyo, de onde transitou para a LG até que decidiu criar a sua própria empresa numa época em que pouco ou nada se falava de empreendedorismo. “Para quem tem o know-how numa determinada área, o meu conselho é sempre o mesmo: arrisquem”, sublinha.

A Keybusiness atua em diversas áreas, desde eventos corporativos e até grandes festivais, com foco na qualidade e personalização e é uma presença no mercado. Que balanço fazem destes 20 anos?

O que começou por ser uma ideia, de criar a minha própria empresa e proporcionar soluções à medida, transformou-se no desafio da minha vida. Têm sido anos extraordinários, mesmo com quebras como as que todos vivemos entre 2020 e 2022.

Francisco Mayer, CEO da Keybusiness Audiovisuais, empresa especializada em soluções audiovisuais para eventos, acredita que a combinação para o sucesso se centra na inovação tecnológica, na sustentabilidade e no público.

Com a evolução tecnológica como é que a vossa empresa tem vindo a adaptar as suas soluções audiovisuais aos diferentes tipos de eventos e setores? Como é que a Keybusiness assegura a sua eficiência nos eventos que realiza?

Ao longo destas duas décadas, realizamos centenas de eventos, desde congressos, passando pelo Rally de Portugal ou por festivais de grande envergadura como o Rock’n’ Rio. Acreditamos que mantemos a confiança das marcas porque apostamos em equipamentos de última geração e na competência. Durante estes 20 anos, os próprios equipamentos e a forma de fazer eventos mudou. A nossa equipa de profissionais é excelente, tem uma vasta experiência e a capacidade de responder aos desafios do mercado e a imprevistos de última hora.

Estamos na reta final de 2024, que novidades podemos esperar da Keybusiness para 2025?

Este é um setor muito desafiante e a vários níveis: se por um lado, as pessoas e as empresas procuram eventos de qualidade, diria mesmo que precisam desses momentos, por outro acreditamos que as grandes metas para 2025 estão centradas na inovação tecnológica, na sustentabilidade e nas mudanças de comportamento do consumidor, neste caso, do público. A título de exemplo, em matéria de audiovisuais ir a um concerto no ano 2000 ou em 2024 não é igual. Estamos sempre a evoluir e a criar mais e melhores mecanismos para ir ao encontro das expectativas dos nossos clientes, sejam particulares, pequenas empresas ou organizações internacionais. Cada evento vale por si e o foco personalizado e a oferta de soluções à medida são uma das nossas imensas mais-valias.

Francisco Mayer, CEO

INOVAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E O FUTURO DA PESAGEM

INTELIGENTE

Com um compromisso contínuo com a sustentabilidade e a transformação digital, a empresa tem impulsionado avanços significativos no setor, consolidando a sua posição como líder de mercado e pioneira na integração de tecnologia em sistemas de pesagem.

A Cachapuz tem-se destacado como referência em inovação e sustentabilidade. Quais foram os principais marcos estratégicos alcançados neste último ano?

O último ano foi transformador para a Cachapuz. Entre os projetos mais inovadores, destacam-se um projeto piloto na área da visão e mobilidade com um grande player da indústria cimenteira, bem como uma nova implementação SLV Cement na Arábia Saudita. Além disso, reforçámos o nosso compromisso com a sustentabilidade. Instalámos painéis solares nas nossas instalações, promovendo uma transição para o uso de energias renováveis, e continuamos a substituir a nossa frota com veículos elétricos, contribuindo para a redução das emissões de carbono. Estes investimentos refletem a nossa dedicação em minimizar o impacto ambiental das nossas operações e em promover um futuro mais verde. Este ano estivemos muito focados em sedimentar a nossa posição como líderes de sistemas integrados de pesagem, a preparar o futuro tentando antecipar as tendências e definir novos padrões no setor, sempre com um foco no impacto positivo para clientes, colaboradores e comunidade.

No que diz respeito ao capital humano, como a Cachapuz tem investido no desenvolvimento dos seus colaboradores e assegurado a retenção de talentos num mercado competitivo?

Acreditamos que o verdadeiro motor da inovação são as pessoas. Por isso, temos um forte compromisso com o desenvolvimento e o bem-estar dos nossos colaboradores. Nesse sentido, a nossa abordagem holística promove a saúde, a formação e o bem-estar de todos.

A aposta na aprendizagem constante de cada um, não só contribui para um ambiente de trabalho mais saudável, colaborativo e inclusivo e para um bom desenvolvimento pessoal e profissional de cada um, como também alinha a organização com as metas globais de desenvolvimento sustentável, aumentando a competitividade e a resiliência.

É essencial uma cultura de trabalho em rede, apoiada pela partilha de conhecimento e pela aprendizagem contínua, de modo a enfrentar os desafios da competitividade atual. Sabemos que o sucesso da empresa depende de pessoas que acreditam nelas próprias, que estão envolvidas e comprometidas com a cultura e estratégia da Cachapuz e que percebem a importância e necessidade do contributo de cada um para o sucesso de todos.

A automação industrial tem evoluído rapidamente. Como a Cachapuz vê o papel da pesagem inteligente no contexto de tecnologias emergentes como a IA e a IoT?

Estamos numa era em que a automação e as tecnologias emergentes estão a redefinir as indústrias. Na Cachapuz, entendemos que estas inovações são mais do que tendências, são ferramentas essenciais para criar soluções avançadas e eficientes. A integração de Inteligência Artificial e IoT nas nossas soluções de pesagem é apenas o início de uma transformação mais ampla. Contudo, acreditamos que o verdadeiro impacto da tecnologia só é alcançado quando alinhado com uma visão sustentável e centrada nas pessoas.

Quais são os principais objetivos da Cachapuz para 2025? Em que áreas a empresa planeia investir mais recursos e como pretende responder às tendências globais no setor da pesagem?

Continuar a crescer com valor e propósito é um dos nossos objetivos a médio e longo prazo. Com os olhos postos no futuro, manter a inovação e a cocriação de valor como pilares centrais da nossa estratégia é essencial. No entanto, entendemos que o crescimento sustentável só é possível se equilibrarmos a inovação com a responsabilidade social e ambiental. A coragem de inovar e a ambição de promover mudanças sustentáveis são o que nos permitirá não apenas crescer, mas prosperar nos próximos anos, garantindo que o nosso impacto vá além do sucesso empresarial e contribua para um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos.

info@cachapuz.com • www.cachapuz.com

Graça Cunha Coelho, CEO

DESIGN, FUNCIONALIDADE E SUSTENTABILIDADE

Com mais de 70 anos de atividade, a RODI consolidou-se como uma referência mundial, combinando design e funcionalidade para oferecer produtos de alta qualidade.

Com 72 anos de história, a RODI prioriza a qualidade, inovação e sustentabilidade. Que serviços e produtos oferecem e qual a vossa principal vantagem competitiva?

Operamos em dois mercados estratégicos - Através da RODI Home, oferecemos lava-louças e acessórios de cozinha. Já no setor de ciclismo, com a RODI Cycling, produzimos rodas e aros em alumínio e carbono. Apesar da forte concorrência, acredito que a nossa vantagem se encontra no controlo total do processo de fabrico, desde a criação do conceito à distribuição, o que garante produtos personalizados para atender às necessidades de diferentes mercados.

Que balanço faz do desempenho da RODI neste ano? E quais foram os principais sucessos alcançados e os desafios superados?

No ciclismo, o ano foi marcado por desafios, com o mercado global a desacelerar devido ao excesso de stock nos distribuidores e à instabilidade económica e política na Europa Central. Ainda assim, mantemos o foco no crescimento e fortalecimento do negócio, através da produção de novos componentes. Por outro lado, com o objetivo de diversificar o portfólio e reforçar a presença da marca em diferentes áreas da casa, a RODI Home consolidou a sua posição com a aquisição das empresas portuguesas Restone, Lda. e ASD Banho, S.A., ambas produtoras de bases de duche, lavatórios e outros artigos de banho.

A RODI é reconhecida pela aposta em inovação tecnológica e consciência ambiental. Quais foram as iniciativas mais marcantes lançados recentemente no campo da sustentabilidade? Como a empresa tem conciliado os avanços em tecnologia com os seus compromissos ambientais e sociais?

Em todas as fases do processo produtivo, a inovação e a sustentabilidade são critérios transversais da nossa estratégia. Por exemplo, no que toca à escolha dos materiais, procuramos utilizar matérias-primas recicladas, permitindo diminuir o impacto do seu tratamento. Mais de 70% do aço inoxidável utilizado nos lava-louças é reciclado, assim como algumas das ligas que utilizamos na produção de aros de bicicleta.

Para os nossos processos produtivos, temos implementados sistemas de gestão de resíduos com foco no reaproveitamento e diminuição de desperdícios. Esta racionalização também é aplicada ao consumo energético e de água, o que nos tem permitido diminuir significativamente o nosso impacto ambiental.

A nível social, continuamos comprometidos com as comunidades locais, dinamizando diversas ações, com especial enfoque na mobilidade e desporto.

Quais os objetivos e desafios da RODI para 2025? Quais as novidades que os clientes e parceiros podem esperar, tanto no segmento de RODI Home como no de RODI Cycling? E como pretendem manter a liderança no mercado global?

Com a RODI Home, vamos lançar uma nova coleção de lava-louças, recorrendo a materiais além do aço inoxidável. Serão produtos de design funcional, alinhados com as às últimas tendências. Para a área de banho, a estratégia de exportação ganhará força e vemos muito potencial de crescimento. No ciclismo, lançaremos uma nova linha de rodas e aros de alto desempenho, além de um novo componente. Este produto, desenvolvido ao longo de anos, será um marco tecnológico para a RODI Cycling, fortalecendo ainda mais o seu posicionamento como referência no setor.

Armando Levi, CEO

A WEAS E O FUTURO DA TECNOLOGIA

Numa conversa exclusiva com Alípio Teixeira, CEO da Weas, exploramos as novas fronteiras da tecnologia e como a empresa se tem destacado no cenário global com soluções tecnológicas personalizadas, estando a moldar, cada vez mais, o setor com responsabilidade e inovação.

Como a Weas acompanha a rápida evolução tecnológica e garante que permanece na vanguarda da inovação?

Para uma empresa como a Weas, operando no setor tecnológico, o acompanhamento da rápida evolução tecnológica e a garantia de permanência na vanguarda da inovação exigem uma série de estratégias e medidas contínuas. É importante a implementação de sistemas de inteligência competitiva para monitorar tendências emergentes e avaliar como novas tecnologias podem impactar o setor em que a empresa atua. Também damos especial atenção a startups que estão a inovar em áreas específicas, adquirindo novas ideias e tecnologias que podem ser integradas ao portfólio da empresa. Adotamos metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban, para acelerar o desenvolvimento e a integração de novas tecnologias, além de permitir ajustes rápidos à medida que novas inovações surgem.

Devemos ter uma estrutura organizacional flexível, com equipas multidisciplinares que possam adaptar-se rapidamente às mudanças e trabalhar de maneira colaborativa. Devemos manter uma política de revisão e avaliação constante das ferramentas e plataformas tecnológicas em uso, para garantir que estão alinhadas com os melhores recursos disponíveis no mercado.

É importante explorar tecnologias emergentes, como IA, automação, machine learning e blockchain, para criar soluções disruptivas que otimizem operações e ofereçam novos serviços, bem como formar parcerias estratégicas com outras empresas do setor tecnológico para trocar conhecimentos e partilhar inovações. Estas ações ajudam a Weas a acompanhar a rápida evolução tecnológica, mas também a antecipar mudanças e integrá-las de forma eficiente nos seus processos, revalidando a sua posição na vanguarda da inovação.

Num mercado cada vez mais competitivo, qual o principal diferencial da empresa? Que estratégias de marketing e promoção são utilizadas para alcançar o público-alvo e destacar os seus serviços?

No mercado competitivo atual, o principal diferencial de uma empresa como a Weas pode ser uma combinação de fatores estratégicos que a destacam dos seus concorrentes. A Weas pode-se diferenciar ao oferecer soluções tecnológicas personalizadas e sob medida para as necessidades específicas dos seus clientes. Isso pode incluir a criação de serviços que atendem a nichos de mercado ainda

não totalmente explorados ou que oferecem vantagens operacionais significativas. A Weas pode-se posicionar como líder em inovação no setor, destacando-se pelo desenvolvimento constante de novas tecnologias, ferramentas ou soluções que antecipam as tendências e atendem a uma demanda crescente por soluções avançadas, como Inteligência Artificial, Big Data, automação, entre outras. Para alcançar o público-alvo e destacar os serviços da Weas no mercado competitivo, as estratégias de marketing e promoção precisam ser bem planeadas e executadas e passam por:

- Utilizar estratégias de SEO para garantir que a empresa seja facilmente encontrada em motores de busca.

- Investir em campanhas de PPC (pay-per-click) e anúncios em plataformas como Google Ads, LinkedIn ou Instagram, para alcançar um público mais amplo. Estratégias de anúncios direcionados e segmentação avançada são essenciais para atingir o público-alvo de forma eficaz.

- Implementar campanhas de email marketing altamente segmentadas, enviando ofertas e conteúdos relevantes com base no comportamento e necessidades dos clientes, criando um relacionamento mais direto e personalizado.

- Desenvolver programas de fidelização que recompensem os clientes de longa data ou que recomendem novos clientes, incentivando a lealdade e o boca-a-boca positivo.

- Usar depoimentos e casos de sucesso de clientes satisfeitos para gerar confiança e demonstrar os benefícios reais dos serviços ou produtos oferecidos.

Que valores norteiam as práticas da Weas? Pode dar exemplos concretos da vossa responsabilidade social, ética e compromisso com a sustentabilidade ambiental?

A Weas adota práticas sustentáveis, como o uso de tecnologias verdes, e promove iniciativas que contribuam para a responsabilidade social e ambiental. Investe em projetos e ações voltadas para a inclusão digital, educação e acessibilidade, mostrando um compromisso com o bem-estar da sociedade, fortalecendo a sua imagem da marca.

A Weas preza por seguir rigorosamente as normas de proteção de dados, como o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) na Europa, e implementar políticas claras e acessíveis sobre como os dados dos clientes são registados, armazenados e utilizados. Temos testes regulares de segurança realizados por especialistas externos para verificação das nossas práticas de segurança cibernética. No setor tecnológico, o compromisso com a sustentabilidade ambiental é um valor crescente, por isso a Weas está a implementar práticas de consumo consciente de energia, como a utilização de energia solar nas suas instalações e a otimização do consumo de energia através de tecnologias de eficiência energética.

A Gestão de Resíduos Eletrónicos tem um impacto ambiental significativo, a Weas já tem esse programa de reciclagem de dispositivos eletrónicos implementado, colaborando com organizações especializadas na reciclagem de componentes eletrónicos para garantir que todos os dispositivos sejam reciclados de maneira responsável. Os valores que norteiam as práticas da Weas podem ser exemplificados por um forte compromisso com a inovação responsável, ética, transparência, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental. A adoção dessas práticas não só melhora a

reputação da empresa, mas também contribui para um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Ao colocar esses valores em ação por meio de projetos educacionais, programas de inclusão, sustentabilidade energética e de resíduos, e uma cultura de diversidade, a Weas pode-se posicionar como uma líder ética e responsável no setor tecnológico.

Qual o maior desafio tecnológico que a Weas enfrentou até ao momento? Como é esse desafio foi superado?

O maior desafio tecnológico que a empresa Weas enfrentou envolveu a adaptação rápida a novas tecnologias e a implementação de soluções inovadoras em grande escala, mantendo a qualidade e a competitividade no mercado.

Desafio

1. Escalabilidade e Performance:

2. Segurança e Privacidade dos Dados:

3. Minimização de Interrupções Operacionais:

Como foi ultrapassado

1. Planeamento e Implementação Gradual:

2. Escolha de Parcerias e fornecedores Estratégicos

3. Fortalecimento da Segurança Cibernética

4. Formação e Capacitação das Equipes Internas

5. Monitorização Contínua e Ajustes

Este desafio foi um dos maiores desafios tecnológicos que a Weas enfrentou, exigindo não apenas uma adaptação técnica, mas também um alinhamento estratégico e cultural. Superando obstáculos como segurança, escalabilidade e minimização de interrupções operacionais, a empresa foi capaz de fortalecer as suas operações e melhorar a sua posição competitiva.

Como consegue a Weas manter uma equipa motivada num setor tão competitivo e exigente? Quais são as medidas para promover o bem-estar e desenvolvimento profissional dos seus colaboradores?

Manter uma equipa motivada num setor tão competitivo e exigente como o tecnológico exige uma combinação de fatores, incluindo um ambiente de trabalho positivo, oportunidades de crescimento

profissional, reconhecimento e a promoção do equilíbrio entre vida profissional e pessoal. A Weas, como uma empresa de tecnologia, adota várias práticas e medidas para garantir que seus colaboradores se sintam motivados, valorizados e comprometidos com o sucesso da empresa. Reconhecer o trabalho e os esforços dos colaboradores é uma das chaves para a motivação. Num setor competitivo, onde os desafios são constantes, os colaboradores precisam sentir que o seu trabalho é apreciado e que as suas contribuições têm impacto direto nos resultados da empresa. Criar um ambiente de trabalho que promova a colaboração e a inovação é fundamental para manter os funcionários motivados, especialmente num setor como o de tecnologia, onde a criatividade e a troca de ideias são vitais. Num mercado altamente competitivo, promover uma cultura inclusiva não só melhora o bem-estar dos colaboradores, mas também traz benefícios para a inovação. A diversidade de pensamentos, experiências e culturas enriquece as soluções criadas pela equipa e fortalece a dinâmica da empresa. A motivação e o bem-estar dos colaboradores na Weas são priorizadas através de uma combinação de desenvolvimento profissional contínuo, reconhecimento, ambiente de trabalho colaborativo e inclusivo, e bem-estar físico e mental. Oferecendo autonomia, oportunidades de crescimento e criando um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, a Weas consegue manter as suas equipas motivadas e comprometidas, contribuindo para um ambiente positivo e produtivo. Num setor competitivo, esses fatores são essenciais não apenas para reter talento, mas também para fomentar uma cultura de inovação e alta performance

Que ideias ou projetos foram implementados para se manterem na vanguarda tecnológica?

Para se manter na vanguarda tecnológica, a Weas foca-se em inovação constante, seja por meio do desenvolvimento de novos serviços ou pela melhoria contínua das suas soluções tecnológicas/processos produtivos. No setor de tecnologia, a inovação não se limita apenas a novos dispositivos ou software, mas também envolve como a empresa adota e aplica as últimas tendências e avançadas metodologias para melhorar a eficiência, o serviço ao cliente e a sustentabilidade. A sustentabilidade tecnológica é uma tendência crescente. A WEAS adota tecnologias que minimizem o impacto ambiental, ao mesmo tempo que otimizam a eficiência dos seus sistemas.

Que tendências a Weas prevê para o futuro e como se prepara para capitalizar essas oportunidades? Quais são as áreas de desenvolvimento e investimento que consideram prioritárias?

Para capitalizar as oportunidades futuras, a Weas concentra-se em áreas como IA, computação quântica, 5G, IoT, blockchain, realidade aumentada/virtual e sustentabilidade. Investindo em tecnologias emergentes e antecipando as necessidades dos seus clientes, a empresa pode garantir a sua posição como líder de mercado, promovendo inovação, eficiência e transformação em todos os aspetos das suas operações. Além disso, ao manter uma visão estratégica e uma abordagem proativa para explorar essas tendências, a Weas estará bem preparada para navegar nas mudanças que estão por vir no cenário tecnológico global.

UMA EMPRESA DE REFERÊNCIA NO SETOR TÊXTIL

A Lunefe é uma empresa portuguesa responsável por peças de vestuário de alto padrão para homem, mulher e criança. Manuel Mendes, CEO da empresa, partilha o percurso de sucesso e os pilares que sustentam a empresa, numa entrevista que desvenda os bastidores desta marca que já conquistou os mercados internacionais.

Uma estrutura vertical e portefólio diversificado

A Lunefe é um exemplo de modernidade no setor têxtil: “Posicionamo-nos como uma empresa jovem e fluída, refletindo isso na flexibilidade do nosso trabalho e na irreverência das coleções”, afirma Manuel Mendes. Com uma estrutura vertical que inclui desde o desenvolvimento de produtos até à produção e distribuição, a marca oferece um serviço completo.

Além disso, disponibiliza uma vasta gama de produtos para homem, mulher e criança, com especialização em corte, costura e impressão – tanto digital quanto convencional. Essa abordagem, permite à organização atender às necessidades de clientes exigentes e atuar em mercados como Espanha, França, Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos e Canadá. “Somos parceiros de grandes nomes da moda, como Aime Leon Dore, Val Kristopher e Tiger of Sweden. Esta capacidade de trabalhar com marcas reconhecidas deve-se à nossa aposta em tecnologias avançadas, profissionais qualificados e uma filosofia de qualidade intransigente”, reforça o empresário.

O impacto das feiras internacionais

O ano de 2024 foi particularmente transformador para a Lunefe, com destaque para a sua estreia em feiras internacionais: “Embora tenhamos participado apenas numa feira este ano, essa experiência foi essencial. Trouxe-nos não só novos negócios, mas também uma compreensão mais desenvolvida sobre o contacto direto com os clientes e as dinâmicas destes eventos”, explica o CEO.

A empresa já tem planos ambiciosos para 2025, com participações confirmadas em feiras em Londres, Las Vegas e Nova Iorque. Segundo o gestor, esta aposta reflete a importância estratégica das feiras: “São uma oportunidade para construir relações fortes, entender as necessidades dos clientes e impulsionar os resultados. É um investimento essencial para a nossa presença internacional”.

Sustentabilidade e eficiência

Num mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade, a Lunefe tem liderado pelo exemplo. “Este ano, implementámos painéis solares para reduzir o impacto ambiental e aumentar a eficiência energética. Além disso, de 60% a 70% da nossa frota já é composta

por veículos elétricos e estamos a substituir máquinas antigas por modelos mais eficientes e sustentáveis”, detalha Manuel Mendes. Essas mudanças reforçam o compromisso ambiental da empresa e aumentam a sua competitividade, reduzindo custos operacionais e otimizando processos produtivos. Em 2025, a marca pretende, ainda, inaugurar um novo pavilhão e renovar completamente o parque de máquinas na área leve, consolidando ainda mais a sua posição como líder no setor.

Integração e agilidade na produção

Desde a aquisição da estamparia Antarfer, em 2022, a Lunefe reforçou a sua estrutura vertical, ganhando agilidade e eficiência. “A integração da estamparia permitiu-nos reduzir os tempos de resposta e melhorar significativamente a produção. Atualmente, conseguimos

entregar encomendas completas em três semanas, um feito que seria impossível anteriormente”, comenta Manuel Mendes.

Essa rapidez não só otimizou o atendimento aos clientes, mas também resultou numa ligeira redução de custos. “A maior vantagem foi, sem dúvida, a capacidade de responder rapidamente às necessidades dos clientes, um diferencial crucial no mercado atual”.

Expansão internacional e adaptação estratégica

Com cerca de 95% da produção destinada à exportação, a Lunefe consolidou-se em mercados exigentes como os Estados Unidos, países nórdicos e, mais recentemente, a Alemanha: “O percurso nesses mercados não foi fácil. Foi um processo de adaptação às especificidades de cada território, desde os materiais até à abordagem comercial”, revela o gestor.

A estratégia inclui o foco em mercados onde os seus produtos têm maior aceitação, evitando áreas onde não se enquadram. “Atualmente, temos clientes na Austrália, Islândia e Japão, demonstrando a nossa capacidade de adaptação e expansão”, acrescenta.

Desafios do setor

Apesar do crescimento consistente, a Lunefe enfrenta desafios significativos no que diz respeito à contratação de mão de obra: “O setor têxtil tem emprego para oferecer, mas falta interesse, especialmente entre os jovens. Muitos preferem outras áreas porque os salários no setor não são tão atrativos”, admite o CEO.

Essa limitação reflete-se no ritmo de crescimento da marca, que depende de profissionais qualificados para expandir as suas operações. “Este é o maior obstáculo que enfrentamos atualmente, mas continuamos empenhados em criar oportunidades de emprego e contribuir para o desenvolvimento local”.

O futuro do setor têxtil

Manuel Mendes está otimista em relação ao futuro do setor têxtil em Portugal, mas alerta para a necessidade de adaptação às novas dinâmicas do mercado: “Portugal não é competitivo em termos de preço, mas destacamo-nos pela qualidade, rapidez de entrega e capacidade de resposta. Esses são os nossos diferenciais”.

Com certificações e padrões reconhecidos, o país tem potencial para atrair marcas emergentes que valorizam parceiros fiáveis. “O futuro do setor dependerá da nossa capacidade de nos adaptarmos e de continuarmos a oferecer produtos de excelência. É nisso que acreditamos e investimos”.

Com uma visão clara, investimentos estratégicos e um compromisso inabalável com a qualidade, a Lunefe está bem posicionada para enfrentar os desafios do futuro e continuar a representar o melhor do têxtil português no panorama global.

geral@lunefe.com www.lunefe.com

UM PLAYER DE EXCELÊNCIA NO MERCADO IMOBILIÁRIO

DO ALTO MINHO

A Arcobarca, reconhecida pela sua atuação inovadora e sustentável no setor imobiliário, tem-se destacado como uma referência no mercado. À frente dessa trajetória está Venâncio Fernandes, que partilha a sua visão sobre a região, a empresa, os valores que norteiam a sua gestão e as estratégias que têm consolidado a Arcobarca como sinónimo de excelência e inovação.

Quais são os valores fundamentais que definem a atuação da Arcobarca no mercado imobiliário, e como isso contribui para o vosso maior objetivo enquanto empresa?

A Arcobarca tem-se destacado, desde a sua fundação, por princípios de responsabilidade, transparência e rigor. Acredita mos que estes valores são fundamentais para construir relações de confiança duradouras. A responsabilidade, enquanto com promisso, com as melhores práticas. A transparência é essencial para garantir que todas as etapas da nossa atuação sejam claras e compreensíveis. Já o rigor tem de assegurar padrões de qualidade e eficiência, cumprindo com precisão os prazos e as expectativas de quem nos procura.

Situada em Arcos de Valdevez, a Arcobarca opera na região do Alto Minho. Quais considera ser os maiores atrativos desta região para quem procura qualidade de vida ou oportunidades de investimento?

O Alto Minho é, sem dúvida, uma das melhores regiões do país para viver. Não se trata de desconsiderar as outras áreas do território, mas sim de destacar um conjunto de atributos únicos que tornam esta região irresistível. A simbiose perfeita entre a ruralidade autêntica, ainda preservada em grande parte, e as comunidades modernas e dinâmicas, que oferecem uma vasta gama de serviços e infraestruturas, coloca o Alto Minho numa posição privilegiada para quem procura qualidade de vida e proximidade com a natureza.

Em termos de acessibilidade, o Alto Minho apresenta uma localização estratégica que permite, em pouco mais de meia hora, transitar do interior tranquilo e sereno até ao litoral, com a Costa Atlântica à nossa porta. A região encontra-se a apenas a 30 minutos das históricas cidades de Braga e Guimarães, e de Vigo, na vizinha Galiza, uma cidade que acrescenta uma dimensão internacional à nossa realidade. A cidade do Porto, a segunda maior do país, está a apenas 45 minutos. A riqueza das belezas naturais, praias de grande qualidade, autênticos paraísos fluviais,

Venâncio Fernandes, CEO

gastronomia é acompanhada por vinhos de qualidade superior, produzidos nas vinhas da região, cujos sabores são únicos. Somos também uma das regiões onde as tradições são vividas no quotidiano, refletindo a genuinidade da nossa identidade e do nosso povo. Em resumo, o Alto Minho não é apenas um lugar para viver – é um lugar onde se pode viver bem, com qualidade, equilíbrio e harmonia, em perfeita sintonia com a natureza e com as vantagens da modernidade, aliadas a oportunidades de investimento rentável.

Há 20 anos, comunicávamos a partir de placas “Vende-se”, hoje, estamos em prime time na televisão

Com as novas medidas do Governo implementadas no setor imobiliário, qual tem sido o impacto concreto dessas mudanças na dinâmica de compra e venda de imóveis? Acha que essas medidas foram ao encontro das necessidades reais do mercado?

Não estamos eufóricos, apenas expectantes com a esperança de que esta nova dinâmica positiva dê os seus frutos. Sabemos que a curto prazo, não será possível resolver os problemas que se acumularam ao longo dos anos.

No setor imobiliário, ainda persistem desafios constantes. Na sua opinião, quais são os problemas mais urgentes que necessitam de ser enfrentados e que propostas gostaria de ver implementadas para superar estas barreiras?

A dinâmica do tempo impõe, de forma contínua, desafios às sociedades, e o atual contexto habitacional é um exemplo claro disso. Estamos mais atentos a carências, que até recentemente, nem imaginávamos existir. Ao longo dos últimos anos, a informação parecia contraditória: a diminuição progressiva da população criou uma expectativa de um excesso de oferta e não de um défice habitacional.

Simultaneamente, assistimos, na última década, a um forte movimento de reabilitação e recuperação de edifícios devolutos transversal a todo o país. Ignoramos os fluxos migratórios e turísticos, e a diminuição de empresas de construção que não resistiram aos efeitos da crise do suprime. O resultado foi a surpreendente realidade em que nos encontramos atualmente. Mesmo antevendo algum alívio com os apoios do PRR, será necessário muito tempo até atingirmos um equilíbrio entre a oferta e a procura.

A nossa região enfrenta desafios específicos que dificultam e atrasam transações habitacionais. Construiu-se, sem a exigência

de licenciamento, o que coloca agora um número elevado de proprietários perante enormes obstáculos, face às exigências de regularização.

Uma regularização administrativa por parte dos municípios, permitiria uma solução rápida; atualização do cadastro habitacional face ao existente, titularidade, e contribuiria para o arrecadar de maior receita IMI, devido à atualização e regularização de áreas.

O mundo digital está a evoluir cada vez mais. De que forma têm integrado ferramentas digitais no vosso modelo de negócio, e como acredita que esta evolução beneficia a experiência dos vossos clientes?

Os desafios da digitalização têm sido sentidos ao longo dos últimos anos, obrigando-nos a adotar medidas para manter-nos na vanguarda. Reformulámos processos, investimos em novos softwares e equipamentos, mas sobretudo uma mudança de atitude. O tempo de resposta tornou-se crucial, e o nosso foco deve estar no essencial, sem descurar essa realidade. Há 20 anos, comunicávamos a partir de placas “Vende-se”, hoje, estamos em prime time na televisão.

À medida que nos aproximamos de 2025, como vê o futuro do ramo imobiliário? Que conselhos gostaria de transmitir aos investidores que procuram consolidar-se neste mercado?

O imobiliário é um porto seguro para investimentos, no entanto o mercado será cada vez mais influenciado pela sustentabilidade, digitalização e adaptação às mudanças climáticas. Para os investidores, é crucial diversificar os investimentos em imóveis sustentáveis e energeticamente eficientes, acompanhar as tendências económicas e sociais, e recorrer à ajuda de profissionais conhecedores da área; ajudará a consolidarem-se com sucesso no mercado.

AV5696 Moradia T3- F. de Soutelo - V. Castelo

www.clay.pt geral@clay.pt

CLAY ARQUEOLOGIA CONFIANÇA E COMPROMISSO EM CADA DESCOBERTA

Numa conversa exclusiva, Ana Penisga, CEO da Clay Arqueologia, destaca o papel da empresa na valorização do património histórico e cultural de Portugal. Atuando com rigor científico e inovação tecnológica, a empresa tem-se tornado uma referência em projetos de salvaguarda arqueológica, conectando as descobertas do passado às necessidades do presente e tem como meta para a 2025 a expansão nacional e internacional.

A Clay Arqueologia nasceu da necessidade de resposta rápida e eficaz na área do património. Como é que tem sido a trajetória da empresa até ao momento, destacando os momentos-chave do seu desenvolvimento?

A Clay Arqueologia nasceu para oferecer respostas rápidas e eficazes na salvaguarda do património, destacando-se pela qualidade e cumprimento rigoroso de prazos. Ao longo do tempo, diversificou os seus serviços, incorporando áreas como História da Arte, Antropologia Biológica e levantamentos tecnológicos avançados, organizados em quatro departamentos técnicos para uma abordagem integrada. Intervenções em sítios icónicos, como o Quarteirão da Suíça (atual loja Zara), o Convento do Beato e o Start Campus em Sines, consolidaram a Clay como referência no setor. O crescimento da empresa reflete a sua capacidade de adaptação ao mercado, com foco contínuo na excelência e inovação.

Quais considera ser os principais desafios que a área da arqueologia enfrenta atualmente em Portugal? E como a Clay Arqueologia se posiciona para contribuir para a valorização e proteção do património histórico-cultural do país?

A arqueologia em Portugal enfrenta desafios como a pressão urbanística, que ameaça o património histórico, e a falta de integração entre a arqueologia de salvaguarda e a investigação académica. Os arqueólogos de salvaguarda, embora essenciais na identificação e documentação de sítios, nem sempre são devidamente reconhecidos. Outro obstáculo é a colaboração multidisciplinar com áreas como engenharia e urbanismo, crucial para preservar o valor histórico dos sítios arqueológicos. A sensibilização pública também é limitada, subestimando esta a importância do património. A educação das novas gerações é fundamental para promover a sua preservação. Neste contexto, a Clay Arqueologia destaca-se pela utilização de tecnologia avançada, como laser scanner e drones, e pela promoção de iniciativas educativas que conciliam desenvolvimento e preservação. A empresa contribui ativamente para a valorização do património, com abordagens inovadoras e colaborativas que respondem às exigências do setor.

A inovação e a sustentabilidade são temas centrais em qualquer setor. De que forma a empresa tem incorporado novas tecnologias e métodos inovadores no trabalho arqueológico, garantindo ao mesmo tempo práticas sustentáveis na salvaguarda do património?

A Clay Arqueologia alia inovação tecnológica a práticas sustentáveis para garantir a eficiência e a responsabilidade ambiental no trabalho arqueológico. Ferramentas como a fotogrametria e os levantamentos 3D permitem criar representações digitais precisas de sítios e artefactos, reduzindo intervenções invasivas. As técnicas geofísicas possibilitam identificar estruturas enterradas sem necessidade de escavação, minimizando o impacto nos sítios arqueológicos. Drones e cartografia aérea facilitam levantamentos rápidos e precisos, mesmo em terrenos de difícil acesso, enquanto a análise de dados optimiza a preservação e estudo arqueológico.

Além disso, a empresa destaca a redução no uso de papel, reforçando o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Ao integrar tecnologias de ponta como laser scanner, drones e fotogrametria, e ao adotar práticas ecológicas e de conservação responsável, a Clay Arqueologia garante um trabalho eficiente, sustentável e orientado para a preservação do património e do meio ambiente, com impacto positivo para as futuras gerações.

A área da arqueologia é notoriamente burocrática. Como a Clay Arqueologia navega este contexto e constrói relações de confiança com os seus clientes, ultrapassando as barreiras burocráticas?

A arqueologia em Portugal enfrenta desafios burocráticos complexos, decorrentes das regulamentações rigorosas para a preservação do património. A Clay Arqueologia destaca-se pela sua abordagem proativa e eficiente na gestão destes desafios, antecipando exigências legais e evitando atrasos nos projetos.

A empresa aposta numa comunicação clara e transparente com os clientes, garantindo que compreendam todas as etapas do processo e as implicações legais. Além disso, a colaboração estreita com as autoridades tutelares e a capacidade de adaptação a mudanças normativas asseguram que os projetos sejam realizados dentro dos prazos e orçamentos estipulados.

Este modelo de gestão, aliado a um profundo conhecimento das regulamentações, per mite à Clay construir relações de confiança duradouras com os seus clientes, assegurando o cumprimento das exigên cias legais e a protecção do património histórico-arqueoló gico de forma eficaz e responsável.

Qual o trabalho interno e a dedicação da equipa que sustentam a vossa ambição de oferecer um serviço de confiança e qualidade na área do património histórico-arqueológico? Pode dar exemplos concretos?

A Clay Arqueologia distingue-se pela dedicação de uma equipa multidisciplinar altamente qualificada, valorizada através de formações contínuas, participação em eventos e uma política de reconhecimento que inclui um prémio anual de produtividade, equivalente a um salário adicional, consolidando a prática de pagamento de um 15.º mês. O Departamento de Felicidade reforça o bem-estar e o espírito de equipa com iniciativas como visitas culturais e atividades de team-building (paintball, escape rooms, entre outras).

A gestão eficiente de projetos, aliada ao uso de tecnologias de ponta, formação contínua e ética profissional, assegura a execução de cada projecto com elevados padrões científicos e respeito pelo património. Este compromisso coletivo sustenta o sucesso e a reputação da Clay no setor da arqueologia e preservação do património.

Que objetivos estratégicos a Clay Arqueologia definiu para o ano 2025? Que novidades ou projetos estão a ser planeados para o próximo ano?

Para 2025, a Clay Arqueologia foca-se na expansão nacional e internacional, na diversificação de serviços com a introdução de consultoria em turismo arqueológico sustentável e no reforço da inovação tecnológica. A empresa também aposta numa abordagem multidisciplinar e em iniciativas educacionais que promovam novas formas de interação com o património cultural. Estes objetivos consolidam o compromisso da Clay com a qualidade, sustentabilidade e valorização do património histórico-arqueológico.

CONSTRUINDO CAMINHOS PARA O SUCESSO

No coração do mercado empresarial, a Simões e Guerreiro tem-se destacado como referência no campo da construção e reabilitação. Sérgio Simões, Sócio-Gerente da empresa, traz à mesa uma visão única sobre os desafios do setor, a importância da inovação e como o espírito empreendedor impulsiona o sucesso.

Quais foram os maiores desafios enfrentados pela empresa e como estes influenciam os projetos futuros, particularmente no campo da reabilitação e reconstrução?

Como costumo dizer, a nossa empresa, felizmente, enfrenta desafios praticamente diários, seja pela constante mudança dos materiais e novas maneiras de os aplicar, passando pela manutenção dos nossos colaboradores, e também em cada vez mais o nível de exigência dos nossos clientes ser maior. É isso que nos desafia, nos faz crescer e evoluir diariamente, sempre com toda a dedicação da nossa equipa, em prol de apenas um objetivo, a concretização dos objetivos e confiança dos nossos clientes.

Num mercado cada vez mais competitivo e exigente, como a empresa se diferencia? O que considera ser o principal fator de sucesso e como equilibram a inovação e sustentabilidade nas suas operações?

O que sentimos que nos diferencia neste nosso mercado, é mesmo a manutenção da maior parte dos nossos colaboradores desde há vários anos, trabalharmos praticamente só com a nossa mão de obra, o que transmite uma enorme confiança aos nossos clientes. Este é também o nosso principal fator de sucesso, e que nos leva a estar constantemente a par da inovação e, consequentemente, nos traz a sustentabilidade que tanto pretendemos.

Com 2025 no horizonte, quais são as principais metas e projetos estratégicos da Simões e Guerreiro? Existe algum plano inovador ou parceria que possa destacar, com vista a continuar a liderar o setor?

Felizmente, temos várias metas e projetos em mente para o futuro da nossa empresa, sendo que um deles já se encontra a decorrer, com a entrada da nossa empresa no mercado da construção nova, através de parcerias com investidores nesta área, e que nos está a abrir as portas para o que pretendemos continuar a ser um contínuo crescimento da empresa neste setor, não deixando e descurando nunca o setor da reabilitação e reconstrução. Mas não iremos ficar por aqui.

info@simoeseguerreiro.pt • www.simoeseguerreiro.pt

Vista - Moradia (antes) Vista - Moradia (depois)
Vista - Interior da Moradia

TRANSFORMAR PESSOAS E NEGÓCIOS

Artur Nunes, Sócio-Fundador e Managing Partner da Humanpersi, partilha a trajetória e a filosofia que impulsiona a empresa a criar soluções inovadoras para desenvolvimento humano e organizacional.

Qual foi a principal inspiração para fundar a Humanpersi em 2002? O que diferencia a abordagem da Humanpersi de outras empresas de consultoria no mercado português?

Em 2002, os fundadores da Humanpersi, profissionais experientes na área da consultoria em gestão de recursos humanos, sentiram que faria sentido apostar na criação de uma empresa e marca associada a uma intervenção centrada no desenvolvimento de pessoas numa perspetiva sistémica e alinhada com a estratégia de cada organização cliente. Uma perspetiva focada em resultados e que se traduzisse num efetivo ganho de competitividade, sucesso e retenção de talento por parte dos clientes que recorressem a esses serviços. O nome da empresa resultou da expressão Human Performance Systematic Improvement, o que por sua vez consiste num processo de melhoria do desempenho humano assente numa abordagem na qual as dimensões que mais impactam nesse desempenho são trabalhadas de forma sistemática.

Pode explicar como a abordagem sistémica e integrada da Humanpersi se traduz na prática? Como a Humanpersi personaliza as suas soluções para atender às necessidades específicas de cada cliente?

As equipas de Consultores da Humanpersi trabalham em variáveis como a organização do trabalho dos nossos clientes (estrutura e funções), os seus sistemas de gestão de desempenho e feedback sobre objetivos de resultado e atividades, ou a forma como as carreiras e as remunerações estão desenhadas, por exemplo. Nas mais de duas décadas de experiência, a Humanpersi tem-se especializado num conjunto de técnicas de mapeamento e desenvolvimento do talento das pessoas que trabalham nos nossos clientes. Produtos como o Management Appraisal ou o Development Centre são hoje reconhecidos em grandes organizações para as quais trabalhamos, nacionais e internacionais, como intervenções de excelência para o desenvolvimento do potencial de liderança ou de evolução profissional noutras direções das largas centenas de participantes nestes nossos programas. Através de uma metodologia de avaliação e feedback centrada no mapeamento de talentos, a Humanpersi impulsiona, nos seus clientes, o seu

sucesso, produtividade e retenção de talento. A personalização dessas metodologias envolve o desenvolvimento à medida de diversas abordagens de avaliação e feedback, adaptadas a cada cliente, levando em consideração seu negócio, cultura, estratégia e modelos de competências, que também ajudamos a desenvolver.

Como a Humanpersi alcançou este reconhecimento entre as melhores PME de Portugal? Quais são os principais fatores que acredita terem contribuído para este destaque? O que este título representa para a empresa e para a sua equipa?

Este reconhecimento é o resultado do feedback que os nossos clientes nos foram dando ao longo dos anos. Tem sido a preferência desses clientes que nos tem permitido ter sucesso económico e financeiro ao longo de 22 anos. A parceria que temos desenvolvido com esses clientes, em Portugal e noutras geografias, com destaque para Cabo Verde, tem sido a causa desse sucesso global da empresa. Este reconhecimento é muito importante para nós, uma vez que é um reconhecimento absolutamente isento e objetivo, baseado na análise de indicadores de negócio que são públicos.

Quais são os principais objetivos da Humanpersi para os próximos cinco anos? Existem planos para expandir os serviços da Humanpersi?

Temos três objetivos estratégicos para os próximos cinco anos: continuar a aumentar a notoriedade da marca Humanpersi nos mercados onde operamos; consolidar o crescimento da equipa, no seguimento da recuperação de todo o negócio depois da crise pandémica; promover o lançamento de novos produtos com carater inovador, apostando na pesquisa e desenvolvimento, alavancada em parcerias com universidades. geral@humanpersi.pt • www.humanpersi.pt

Artur Nunes, Sócio-Fundador e Managing Partner

A EXCELÊNCIA NA GESTÃO DE PROJETOS

A Critical Path Managers destaca-se pela qualidade e inovação nos seus serviços, marcando presença em grandes projetos nas áreas da Habitação, Saúde e Escritórios. José Paulo e José Miranda Rodrigues, SóciosGerentes, revelam que a aposta no futuro passa pela aposta na tecnologia BIM e na formação contínua.

Quais foram os marcos mais significativos que ajudaram a construir a reputação da empresa?

Todas as obras constituíram marcos que ajudaram a construir a imagem da empresa. Sem dúvida que algumas, pela sua dimensão, ou pela exposição mediática, adquirem maior visibilidade. Na área da habitação, destacamos vários edifícios na Quinta da Trindade no Seixal, que há data de hoje já totalizam um número superior a 600 apartamentos. Na área da Saúde, não podemos deixar de destacar a Fiscalização do Edifício do Botton-Champalimaud Pancreatic Cancer Center, o Project Management dos Hospitais CUF Tejo, CUF Sintra e a Ampliação do Hospital CUF Torres Vedras, e também a Fiscalização do Hospital CUF Leiria, atualmente em curso. Na área dos escritórios, destacamos, das muitas intervenções realizadas pela CPM, a Fiscalização da Remodelação dos espaços comuns de quase todos os edifícios do Lagoas Park, bem como da Remodelação dos Arranjos Exteriores e Galeria Comercial.

Quais os principais fatores que diferenciam a CPM de outras empresas? Como tem sido a estratégia para manter uma posição sólida no mercado?

Não estaríamos a ser corretos, se fizéssemos comparações com outras empresas cujo funcionamento não conhecemos. Os colaboradores da nossa empresa, tem um denominador comum, que é a entrega aos projetos em que estão envolvidos e a defesa dos interesses dos nossos clientes. Se juntarmos a esses fatores a compe-

tência técnica para o desempenho da função, então temos a garantia de conseguirmos assegurar serviços de grande qualidade. A nossa estratégia tem passado por fornecer aos nossos clientes serviços de qualidade, o que por si só é uma garantia de fidelização do cliente.

Como a CPM integra a inovação e a sustentabilidade nos seus projetos e serviços?

A metodologia de execução dos projetos e acompanhamento das obras tem vindo a alterar-se, nomeadamente com a introdução de tecnologias BIM (Building Information Model), já implementadas noutros países europeus, e que têm vindo também a ganhar espaço no nosso mercado, com muitos projetos a serem realizados a três dimensões, o que permite uma melhor coordenação dos mesmos, e uma melhor compatibilização das várias especialidades, garantindo-se depois, na fase de execução, um eficaz acompanhamento da obra, com recurso às tecnologias BIM. Tendo em consideração esta tendência, a CPM investiu recentemente na formação dos seus técnicos, tendo em vista dotá-los de capacidades para o uso das ferramentas necessários ao acompanhamento da construção, com recurso às referidas tecnologias BIM.

Quais as novidades que podemos esperar para 2025?

Para 2025, esperamos um ano com muito trabalho e também com muita concorrência. Vamos acabar alguns projetos importantes e começar outros também interessantes, já em carteira, e esperamos conseguir alguns que estão ainda em “pipeline comercial”. Manteremos com certeza a vertente relativa ao tipo de obras que têm sido a especialização da empresa, nomeadamente na área dos edifícios habitacionais, edifícios de escritórios, e edifícios na área da saúde. Para estes projetos, esperamos atrair jovens colaboradores, que queiram integrar-se em equipas experientes, que permitam uma base de formação motivadora e personalizada dos jovens quadros, aliado a um ambiente de trabalho positivo que é o lema da CPM.

www.cpmcritical.pt

Obra Quinta da Trindade lote 2.7 – Seixal ( 119 apartamentos+5 lojas)
Obra ORO2 – Lote 1 – Marvila (105 apartamentos)

UMA ABORDAGEM CENTRADA

NO CLIENTE

Alberto Lemos Unipessoal, Lda é uma empresa reconhecida pela sua excelência, compromisso com a qualidade e enfoque em soluções personalizadas para os seus clientes como conta o Sócio-Gerente, Alberto Lemos, em entrevista.

Quais são os principais desafios que a Alberto Lemos Unipessoal, Lda enfrenta ao conciliar preservação histórica com técnicas modernas de construção? Que estratégias utilizam para manter um acompanhamento próximo e personalizado ao cliente?

A preservação histórica e a implementação de técnicas modernas são desafios complexos que exigem um equilíbrio cuidadoso. Na A. Lemos, encaramos esses desafios como oportunidades para inovação e excelência. Ao lidarmos com património, respeitamos e preservamos o legado histórico dos edifícios, utilizando as mais recentes técnicas de construção, sempre com foco na sustentabilidade, na eficiência e no respeito pelas normas de conservação. Com mais de 30 anos de experiência, somos capazes de integrar as necessidades de preservação com as exigências contemporâneas de funcionalidade e segurança. A nossa abordagem ao trabalho é centrada no cliente, com um acompanhamento próximo e personalizado. Realizamos uma comunicação constante, desde a fase inicial de conceção até à entrega final, assegurando que cada cliente esteja sempre informado, com a certeza de que cada decisão será tomada com rigor, transparência e expertise.

Em que medida a sustentabilidade e a eficiência energética estão presentes nos vossos projetos?

A sustentabilidade é um pilar fundamental em todos os projetos que realizamos. A nossa visão vai além do simples cumprimento das normas ambientais: procuramos soluções que promovam a eficiência energética a longo prazo e que minimizem o impacto ambiental.

Incorporamos materiais ecológicos e técnicas inovadoras, adaptando cada projeto às exigências da sustentabilidade, independentemente da sua natureza. Na reabilitação de edifícios históricos, integramos tecnologias modernas que garantem o desempenho energético, respeitando as limitações dos imóveis, sem comprometer a estética ou a funcionalidade. Em novos projetos, desde o início, adotamos soluções de eficiência energética que reduzem os custos operacionais e o impacto ambiental, o que reflete o nosso compromisso contínuo com o futuro do planeta e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Foram distinguidos como Top Melhor PME Portugal. Que impacto é que esta distinção trouxe para a empresa?

A distinção como Top 5% Melhores PME de Portugal foi um marco muito importante na nossa trajetória. Este prémio representa o reconhecimento do esforço contínuo da nossa equipa e da nossa capacidade de inovar e manter elevados padrões de qualidade. A visibilidade proporcionada por esta distinção tem sido significativa, permitindo-nos fortalecer a nossa reputação junto dos nossos clientes, parceiros e no próprio setor.

Esta conquista tem aberto novas portas e consolidado a confiança dos nossos clientes, o que resultou na expansão das nossas áreas de atuação e em novas oportunidades de negócio. Ao mesmo tempo, tem reforçado a nossa posição como uma referência no mercado, o que impulsiona o nosso crescimento e o aumento da competitividade da nossa empresa.

Quais são as grandes metas da Alberto Lemos LDA para 2025?

Em 2025, a A. Lemos Construção Civil, LDA está a focar-se numa fase de expansão estratégica e inovação contínua. Um dos principais objetivos é a nossa entrada no segmento das obras públicas. Além disso, em 2025, queremos continuar a ser uma empresa que se distingue pela excelência, comprometida com o desenvolvimento sustentável. A nossa prioridade é continuar a promover soluções inovadoras e de alta qualidade que possam transformar as comunidades onde atuamos. A sustentabilidade e a eficiência energética continuam a ser pilares dos nossos projetos, sempre com foco em melhorias constantes. Adicionalmente, investir na formação e desenvolvimento da nossa equipa será uma das áreas-chave, pois acreditamos que a inovação no setor da construção depende da capacitação constante dos nossos profissionais. Queremos garantir que todos os colaboradores estejam alinhados com as melhores práticas do setor e com os avanços tecnológicos que podem transformar a construção civil.

Alberto Lemos, Sócio-Gerente (ao centro)

INDÚSTRIA DE MADEIRA E MOBLIÁRIO, UMA VISÃO DE FUTURO

PARA UM SETOR

EM CRESCIMENTO

Em entrevista ao Presidente da AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, Vítor Poças, recolhemos um testemunho sobre uma visão de um setor em crescimento, que representa mais de 4% do PIB nacional e que, nos últimos dez anos, duplicou as suas exportações.

Quais foram os avanços mais significativos no setor da madeira e do mobiliário em termos de inovação e sustentabilidade? Que iniciativas destacaram o compromisso do setor com a redução do impacto ambiental e a valorização da economia circular?

Nos anos de 2023 e 2024, testemunhámos avanços notáveis no setor, especialmente na incorporação de tecnologias e no exercício de boas práticas de economia circular de uma forma mais estratégica. A madeira é uma matéria-prima com qualidades naturais que posiciona o setor de forma excelente no desafio da sustentabilidade, contudo há otimizações a realizar, nomeadamente iniciativas como o desenvolvimento de materiais eco-friendly, aumento da reciclagem de resíduos de madeira e até na melhoria dos processos produtivos. Nesse contexto, a AIMMP lidera o projeto DECARBWOOD – Roteiro para a Descarbonização das Indústrias de Madeira cujo objetivo é reduzir o impacto ambiental do setor, melhorando a sua pegada carbónica. Este projeto é realizado com o apoio do PRR – Programa Recuperar Portugal e inclui um grupo de parceiros científicos como a ADITEC, INEGI e o SerQ e ainda o LABORATÓRIO DO TERRITÓRIO, LDA (ESSÊNCIA DO AMBIENTE). Paralelamente ao estudo e pesquisa de materiais biodegradáveis e sustentáveis para incorporar nos produtos do setor, desenvolvimento de processos produtivos, o recurso a energias renováveis e a promoção de certificações de sustentabilidade entre as empresas associadas. Isto, sem perder de vista o debate e a necessidade urgente de proteger e promover a floresta, um recurso do qual dependemos e que é naturalmente uma fonte de riqueza que o país tem de acautelar. Estas ações refletem o compromisso contínuo do setor com a sustentabilidade e exigem um processo de inovação contínuo e responsável.

Que balanço faz deste ano de 2024? Quais foram os maiores obstáculos enfrentados e as principais conquistas alcançadas pelas empresas associadas à AIMMP?

O ano de 2024 apresentou desafios significativos, incluindo a volatilidade económica global acelerada por muitos ajustamentos pós-covid, comerciais, tecnológicos, económicos, financeiros e culturais à escala internacional, para além do impacto das guerras e a alteração do mapa geopolítico. Observamos aumentos dos custos das matérias-primas e novas barreiras logísticas. No entanto, o setor respondeu com enorme resiliência, otimizando as suas operações e explorando novos mercados, nomeadamente com geografias e culturas mais distantes e exigentes, como é o caso dos Estados Unidos. As principais conquistas incluíram assim o fortalecimento de parcerias estratégicas e a expansão para mercados fora da Europa, que demonstraram um novo dinamismo na diversificação de mercados. Mesmo assim, globalmente, não será um mau ano para as exportações, uma vez que se prevê globalmente a manutenção das quantidades exportadas, mas observando uma queda de 4% em termos de valor, resultante de ajustamentos nos preços.

Como avalia o desempenho das empresas portuguesas no mercado global em 2024? Quais as estratégias previstas para 2025 no reforço da competitividade e da presença internacional?

Em 2024, as empresas portuguesas de madeira e mobiliário consolidaram a sua presença global, destacando-se pela qualidade e design inovador. Para 2025, a estratégia visa reforçar esta presença internacional, com foco em mercados estratégicos mais distantes como os Estados Unidos, Médio Oriente e a consolidação do mercado Europeu, através de missões empresariais e participação nas grandes feiras internacionais. Além disso, a AIMMP pretende aumentar o investimento em marketing digital, numa lógica de promoção internacional, para maximizar o alcance global.

Quais as principais iniciativas da AIMMP para tornar o setor mais atrativo? Há novos projetos em vista para 2025 que promovam uma maior ligação entre as empresas e os jovens?

A retenção de talento, e do talento jovem em particular, é crucial para uma cultura de inovação em processo contínuo e para assegurar o futuro do setor. Em 2023 e 2024, a AIMMP lançou vários desafios sobre este tema. Destacamos o desenvolvimento e celebração com o SETTACOP do novo CCT - Contrato Coletivo de Trabalho para o setor, o qual consideramos um marco histórico,

Vítor Poças, Presidente da AIMMP

VIC PROPERTIES

INICIA COMERCIALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

SOUTH DO PRATA RIVERSIDE VILLAGE

A propósito da conclusão do edifício South, do Prata Riverside Village, João Cabaça - CEO da VIC Properties -, enumerou as muitas mais-valias do empreendimento que é um “sonho tornado realidade” e que “eleva a experiência urbana de Lisboa ao seu expoente máximo”.

Crianças brincam no parque ribeirinho Oriente. Adultos fazem passeios e passam na ciclovia a caminho do Parque das Nações ou do Beato. Avós chegam com as crianças da escola. Os restaurantes preparam a mudança da sala para o próximo turno. Clientes chegam e partem das lojas do bairro, que já conta com cerca de 900 moradores. Foi esta a visão que o conceituado arquiteto, e vencedor do prestigiado Pritzker Architecture Award, Renzo Piano, teve para aquela frente ribeirinha de Lisboa e que a VIC Properties concretizou, deixando para trás décadas de esquecimento e trazendo vida, atividade, negócios e comunidade.Nos últimos anos, é inegável a transformação que o Prata Riverside Village trouxe à cidade de Lisboa. Uma transformação que se consolida a cada dia e que agora acelera em direção à sua fase final de desenvolvimento, com o lançamento do edifício South, no extremo sudoeste do bairro. Vistas inteiramente desimpedidas para o Rio, tanto a Sul como a Nascente, arquitetura e urbanismo de autor, qualidade de design e mapa de acabamentos de referência, áreas exteriores generosas, elevadores panorâmicos com vista tanto para o Tejo, como para o jardim comum do edifício e um enorme cuidado em combinar conforto térmico e acústico com eficiência energética de classe A ou A+ todo o ano, são algumas das bandeiras do novo edifício South.Sendo que, e tal como se pode verificar nos restantes edifícios do Prata, também o South conta com cozinhas Ernesto Meda em conceito aberto, com

ou sem ilha, e equipamentos SMEG. Para além disto, e reforçando os ideais de sustentabilidade do empreendimento, o South dispõe de estacionamento privativo com carregador para veículos elétricos e de um sistema de domótica que permite tirar maior proveito do ensombramento das janelas, minimizando, com efeito, a quantidade de energia utilizada para regular a temperatura das casas.

São mais 72 apartamentos já com a obra iniciada, com tipologias T0 a T4, o que, segundo a promotora, permite que cada edifício

Crédito Foto: Ricardo Oliveira Alves
Crédito Foto: Ricardo Oliveira Alves

tenha uma diversidade interessante de moradores, criando uma comunidade mais orgânica, com diferentes perfis e em distintos momentos da sua vida. São também unidades que vão permitir a quem já não chegou a tempo de encontrar o que procurava no Park - o edifício ao lado, já mais de 95% comercializado, com entrega prevista no início de 2025 – escolher então a casa dos seus sonhos no Prata Riverside Village.

“Com uma clientela com mais de 50% de compradores portugueses, mas também compradores dos 4 cantos do mundo, a vizinhança é naturalmente eclética e incrivelmente diversa, talvez unida por uma visão comum do que esperam da vida moderna. Podemos dizer que o Prata Riverside Village se afirmou como um projeto ao nível não só do que de melhor se faz em Portugal, mas mesmo a nível global. E o reconhecimento de clientes de mais de 40 países é prova disso mesmo”, segundo João Cabaça, CEO da VIC Properties.

“Depois da afirmação com o lançamento em 2019 de um projeto novo e promissor na cidade de Lisboa, com apartamentos exclusivos localizados sobre o Tejo, seguiu-se a confirmação com a conclusão da primeira fase do empreendimento, com edifícios terminados, comercializados e entregues aos seus proprietários. É agora altura de celebrar a consagração do Prata Riverside Village, com a criação de uma comunidade viva e vibrante em Marvila, trazendo um novo dinamismo e uma nova realidade à cidade”, explica João Cabaça. Acrescentando que: “Neste momento, o Prata é um projeto de sucesso, com provas dadas, um ritmo de vendas inédito do mercado e vamos fechar o ano de 2024 com quase 500 apartamentos vendidos, de um total de 600 unidades colocadas à venda”. A crescente oferta comercial do Prata Riverside Village está também a dar frutos com restaurantes e cafés, cabeleireiro e estúdio de Pilates, mercearia, lojas de decoração e bicicletas, lavandaria, galerias de arte, ateliês de autor e, brevemente, vai contar com mais novidades, como uma farmácia e outros espaços que vão contribuir para servir quem mora e visita o bairro.

Para além da aposta nos diversos espaços comerciais, a VIC Properties tem vindo também a procurar demonstrar que o Prata Riverside Village é um bairro onde se respira arte e cultura. Para além de acolher, no primeiro sábado de cada mês, o Mercado P´la Arte, uma iniciativa que resulta da parceria entre a VIC Properties e a Plataforma P´la Arte, ao longo dos últimos anos o Prata recebeu iniciativas como o Open House Lisboa, o evento Over & Out Underground, a exposição ‘Brilha Rio’ ou o projeto Lisbon Week Mais recentemente, foi parceira da exposição Siza, na Fundação Calouste Gulbenkian, e foi palco da décima edição do projeto PARTI-cipation, nos meses de outubro e novembro deste ano, uma exposição coletiva que reuniu artistas de todos os continentes com o propósito celebrar diversas formas de arte. No âmbito do compromisso da VIC Properties e do Prata Riverside Village com a comunidade, lançamos o SO!Prata, uma iniciativa cultural que quer impulsionar o desenvolvimento artístico da freguesia de Marvila. Um evento que teve início no verão de 2023, com DJ sets, projeção de obras artísticas num sunset à beira-rio, passando pelo teatro, poesia, música, serigrafia ao vivo, circo contemporâneo e um parque com obras artísticas temporárias.

No dia 30 de novembro, o Prata recebeu o evento

SO!Christmas com uma grande árvore de natal e muita animação para toda a família

O Dia da Criança foi também celebrado sob a submarca SO!Kids, que reuniu muitas crianças e famílias num dia cheio de atividades e diversão. No dia 30 de novembro, o Prata encheu-se, uma vez mais, de luz no evento SO!Christmas! Desta vez, com o acender de luzes de uma grande árvore de Natal na praça central do Prata, acompanhado de workshops natalícios, música, diversões e, claro, o Pai Natal e o seu ajudante a concretizar os desejos de Natal dos mais pequenos.

De acordo com o CEO da VIC: “Para a VIC Properties, a centralidade do Prata Riverside Village é fundamental e, por isso, destacamos a proximidade ao aeroporto e ao futuro Hospital de Todos os Santos, o maior e mais completo de Lisboa e até do País. A recente conclusão da ciclovia que liga a Praça do Comércio ao Parque Tejo, assim como a inauguração de uma Estação Gira no Parque Ribeirinho Oriente, tornou o Prata ainda mais apetecível do ponto da mobilidade suave e próximo de todos os lisboetas”.

“Desde o início, o objetivo do projeto foi criar um espaço que pudesse devolver esta área da cidade aos lisboetas, proporcionando uma qualidade de vida única e unir a tradição de Marvila ao seu futuro”, explica o responsável. “Esse sonho já é hoje uma realidade, e será cada vez mais, com uma oferta residencial, cultural e de lazer que eleva a experiência urbana de Lisboa ao seu expoente máximo”, conclui João Cabaça.

info@vic-properties.com

Crédito Foto: Fernando Piçarra

Que momentos ou experiências, ao longo deste ano de 2024, mais marcaram o sucesso do Chez Sónia? O que a motiva a continuar a inovar e a oferecer um serviço tão personalizado?

Em 2024, os vários reconhecimentos que tivemos, nacionais e internacionais, o meu curso de cozinha e o feedback positivo dos clientes foram os marcos mais importantes. Estes momentos reforçam a nossa missão de oferecer uma experiência gastronómica única e personalizada. O que me inspira a continuar é o poder de criar experiências memoráveis que conectam as pessoas à cultura açoriana, enquanto as surpreendemos com um serviço verdadeiramente personalizado. A paixão pela cozinha, pela partilha de histórias e pela preservação das nossas tradições é o que me faz acreditar que ainda há muito para explorar e oferecer.

De que forma o Azores Private Chef - Chez Sónia equilibra a tradição da gastronomia açoriana com técnicas ou tendências contemporâneas? Que estratégias utiliza para criar uma experiência verdadeiramente memorável para os seus clientes?

O equilíbrio entre a tradição e a inovação é a nossa essência. Valorizamos profundamente a riqueza da gastronomia açoriana. Porém, acreditamos que a tradição não precisa de ficar parada no tempo. Incorporamos técnicas contemporâneas, empratamentos modernos, que permitem realçar os sabores autênticos dos Açores, enquanto surpreendemos os nossos clientes com apresentações sofisticadas. Também acompanhamos as tendências internacionais, como a valorização de ingredientes sustentáveis e menus adaptados a dietas específicas. A chave para criar uma experiência memorável

SABORES EXCLUSIVOS DOS AÇORES

Sónia Melo é a talentosa chef por trás do projeto Azores Private Chef - Chez Sónia, uma proposta exclusiva que leva os sabores autênticos dos Açores diretamente à mesa de quem deseja uma experiência gastronómica única e personalizada.

está em ouvir o cliente. Cada refeição é planeada com base nos seus gostos, preferências e até no contexto cultural do momento. O objetivo é que cada prato conte uma história, que o cliente viaje pelos Açores, mesmo que esteja a jantar na sua casa ou num local privado. A personalização é, sem dúvida, o pilar que transforma cada refeição em algo único e inesquecível.

A gastronomia pode ser uma excelente forma de contar histórias? Qual é a emoção ou sensação que mais gosta de despertar nas pessoas que provam os seus pratos e criações?

Sim, acredito que a gastronomia é uma das formas mais poderosas de contar histórias. Cada prato é uma oportunidade para partilhar um pedaço da nossa cultura, das nossas raízes e da nossa história. Nos meus pratos, tento transmitir a riqueza da tradição açoriana, mas também as histórias pessoais e as memórias que a cozinha desperta em mim. Gosto que os nossos clientes tenham gosto e prazer em comer e também o fator surpresa. Adoro ver a expressão de satisfação nos rostos dos clientes quando provam algo que nunca experimentaram antes, mas ao mesmo tempo lhes possa ser tão familiar.

Quais são os principais objetivos para o Chez Sónia em 2025?

Pretende lançar novos conceitos ou experiências gastronómicas?

Há planos para colaborar com outros chefs ou projetos nos Açores ou fora da região?

Para 2025, o nosso principal objetivo é continuar a expandir a nossa oferta de experiências gastronómicas exclusivas e personalizadas, sempre com o foco na excelência e na inovação. Vamos ter surpresas, projetos novos, assim como ligações internacionais, mas tudo ainda no segredo dos Deuses. A ideia é criar uma rede de profissionais que partilham da paixão pela gastronomia e pela cultura açoriana, elevando a região a nível mundial e de forma que exista experiências ainda mais enriquecedoras.

Sónia Melo, Chef e Fundadora

EUROPASTRY QUALIDADE, SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO

A Europastry, referência em panificação e pastelaria ultracongelada, tem-se consolidado como líder no mercado português ao aliar tradição, tecnologia e compromisso com a qualidade. Filipe Canário, Sales & Marketing Director da Europastry Portugal, partilha como a empresa está a moldar o setor através de soluções inovadoras, sustentabilidade e uma abordagem centrada no cliente. Em entrevista, destaca ainda as estratégias e perspetivas, para 2025, tanto para a expansão internacional, quanto para reforçar a presença da empresa no mercado nacional e fortalecer o relacionamento com os clientes.

A Europastry tem uma longa trajetória, onde a tradição e inovação caminham lado a lado. Que balanço faz da atuação da empresa no ano de 2024, destacando os principais desafios e conquistas?

A atuação da Europastry em 2024 reflete o nosso compromisso contínuo com a excelência, equilíbrio entre tradição, inovação e foco no cliente. Continuámos a consolidar a nossa posição como líder ibérico no setor de panificação congelada, alcançando um crescimento significativo e superando diversos desafios. Durante o ano, a empresa aumentou o seu volume de faturação e número de clientes e esse crescimento foi impulsionado tanto por aquisições estratégicas quanto pela inovação contínua em produtos.

Entre as principais conquistas, destacam-se as aquisições da DeWi Back na Alemanha e da De Groot Edelgebak, B.V. nos Países Baixos, que fortaleceram a nossa presença no canal de foodservice e ampliam a nossa capacidade de produção.

Além disso, montámos uma nova linha de produção de cookies em Oldenzaal, Países Baixos, e aumentámos a capacidade de produção de pães de brioche em Azuqueca de Henares, Espanha, para conseguir responder às necessidades do mercado.

No entanto, 2024 também trouxe desafios significativos. A integração rápida das novas aquisições e a adaptação às mudanças nas preferências dos consumidores exigiram uma gestão ágil e inovadora. O balanço tem sido extremamente positivo, refletindo a confiança dos nossos clientes e parceiros na nossa capacidade de inovar e fornecer produtos de alta qualidade e a expansão da nossa base de clientes são o testemunho do sucesso das nossas estratégias de crescimento e inovação.

Filipe Canário, Sales & Marketing Director

A inovação e o desenvolvimento de produtos diferenciadores é um dos pilares da empresa. Como é que a Europastry pretende continuar na liderança em termos de novos produtos e tecnologias, no setor da panificação? Que feedback recebeu dos seus parceiros e clientes?

Na Europastry, a inovação é um dos nossos principais pilares e é essencial para mantermos a nossa posição de liderança no setor da panificação. Em 2023, investimos 107 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D) e tecnologia, o que resultou no lançamento de mais de 480 novos produtos e na realização de mais de 1.500 projetos de I&D. Para continuar na vanguarda, a nossa estratégia de inovação baseia-se em três pilares principais:

Continuar a investir na Inovação e Desenvolvimento. Contamos com seis centros de inovação localizados estrategicamente em Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos. Nestes centros, mais de 50 mestres padeiros, nutricionistas, engenheiros e biólogos trabalham em conjunto para desenvolver produtos que respondam às tendências globais e às necessidades dos mercados locais. Depois, continuamos comprometidos com práticas sustentáveis e com a criação de produtos que promovam a saúde e o bem-estar e atentos ao mercado e às necessidades dos consumidores, para que o nosso I&D possa desenvolver novos produtos e melhorar as gamas existentes, sempre com o cliente no centro da nossa política de inovação. O feedback tem sido extremamente positivo.

Os nossos clientes valorizam a nossa capacidade de inovar e de oferecer produtos de alta qualidade. A nossa abordagem flexível e a capacidade de desenvolver soluções personalizadas têm sido particularmente apreciadas, permitindo-nos fortalecer as relações e aumentar a satisfação dos nossos clientes.

Ao atuar em mais de 50 países, a Europastry adapta-se a diferentes mercados e culturas. Que estratégias têm sido fundamentais para este sucesso global?

O sucesso global da Europastry em mais de 80 países deve-se à nossa capacidade de combinar uma visão global com adaptação local, pensamos global mas agimos localmente. A empresa desenvolve produtos ajustados às tradições regionais. As parcerias com distribuidores locais fortalecem a presença nos mercados, enquanto a inovação é guiada pelos nossos centros de Inovação e Desenvolvimento que integram tendências globais e culturais. A sustentabilidade é um pilar essencial, alinhando práticas éticas e responsabilidade social, o que atrai consumidores conscientes em diversos mercados. Além disso, a comunicação é adaptada a cada região, garantindo relevância cultural. Essas estratégias consolidam a Europastry como líder no setor, mantendo uma forte conexão com diferentes culturas e consumidores.

Quais são as principais perspetivas e estratégias que a empresa tem planeado para o ano de 2025, tanto para expandir internacionalmente como para fortalecer o relacionamento com os clientes?

Para 2025, a Europastry tem várias estratégias e perspetivas interessantes tanto para a expansão internacional, quanto para reforçar a nossa presença no mercado nacional e fortalecer o relacionamento com os clientes. Quer seja através de parcerias estratégicas com distribuidores locais, quer seja através da expansão através de investimentos em novas unidades de produção ou via possíveis aquisições estratégicas. Para além das aquisições já referidas que permitem aumentar a nossa capacidade de produção, mas também oferecer uma gama mais diversificada de produtos aos nossos clientes, contamos inaugurar em 2025 uma nova unidade de produção do Carregado, e outros investimentos que comunicaremos mais tarde, que nos irão permitir reforçar a oferta em produtos tipicamente portugueses a nível nacional e internacional. Depois, expandir a presença no digital. Quer seja através da plataforma de e-commerce, facilitando o acesso dos clientes aos produtos da Europastry, mas também utilizando estratégias de marketing digital para comunicar com um público mais amplo e aproximarmo-nos dos clientes através de redes sociais e campanhas online. Estas estratégias refletem o compromisso da Europastry em crescer de forma sustentável e inovadora, enquanto mantém um forte foco na satisfação e lealdade dos clientes.

www.europastry.com/pt

CULTIVAR A FELICIDADE DE FORMA HOLÍSTICA

A H2O – Holistic Happiness Organization, fundada por Dália Ramalho, dedica-se a promover o crescimento pessoal e organizacional de forma sustentável e focada no bem-estar. Através de serviços de coaching, formação e consultoria, a H2O capacita pessoas e organizações a aumentarem os seus níveis de felicidade, integrando metodologias como a Psicologia Positiva, Inteligência Emocional, Programação Neurolinguística (PNL) e a análise comportamental DISC.

Quais os principais objetivos da H2O - Holistic Happiness Organization ao promover a felicidade pessoal e organizacional?

O principal objetivo da H2O é contribuir para o bem-estar das pessoas e organizações por intermédio dos seus serviços. A seguir, é ser uma parceira na entrega de soluções personalizadas, alinhadas à sustentabilidade e aos princípios ESG. O nosso objetivo para 2025 é apoiar as empresas no design, construção e implementação de políticas e medidas que promovam o bem-estar dos seus colaboradores. A ‘empresa’ tem a responsabilidade de criar as condições, enquanto a ‘pessoa’ tem a responsabilidade de buscar a sua própria felicidade. Ninguém pode obrigar ninguém a ser feliz se a pessoa não quiser!

Em tempos de desconexão, muitas pessoas recorrem a soluções rápidas, mas essas abordagens falham a médio e longo prazo. A H2O procura inverter estas tendências com ferramentas da psicologia positiva e o desenvolvimento de competências socioemocionais e mentalidade de crescimento. Programas como a Happier Journey (para adultos), a Oficina Ser + Feliz na Minha Escola (para crianças) e o Happier with One Shot são exemplos disso. Trabalhamos com o modelo SPIRE e ferramentas com fundamento científico, priorizando

o desenvolvimento integral e sustentável. O coaching também é um serviço essencial para ajudar os clientes a desenvolverem as competências pessoais necessárias para alcançarem os seus objetivos alinhados ao propósito maior: ser mais feliz.

A Dália tem formação e experiência em Psicologia Positiva e Coaching. De que forma essas competências influenciam os serviços oferecidos pela empresa?

A psicologia positiva (PP) é a raiz da H2O e influencia todos os nossos serviços. Com base na PP, na abordagem do Wholebeing e nos elementos SPIRE (espiritual, físico, intelectual, relacional e emocional), a nossa missão é capacitar os nossos clientes a enfrentar os desafios do dia a dia em qualquer dimensão do ser humano.

Estas ferramentas ajudam a encarar as adversidades como oportunidades de crescimento, como os ventos que fortalecem a “árvore da vida”: mesmo que um galho quebre, ela continua a florescer. A minha formação permite oferecer soluções práticas, realistas e fundamentadas, promovendo mudanças efetivas e sustentáveis. Seguramente que não é com “pensos rápidos”!

Que mudanças considera necessárias, na nossa sociedade, para se alcançar a conexão humana? E como é que a H2O trabalha no sentido dessa mudança?

A sociedade precisa de uma mentalidade sistémica e de crescimento, focada na construção de relações autênticas e no desenvolvimento sustentável. O grande desafio é conciliar o “eu” e o “outro”, o que pode ser feito introduzindo a genialidade do “e”.

A H2O promove essa mudança com programas que desenvolvem empatia, generosidade, inteligência emocional e capacidade para lidar com a complexidade das relações humanas, sempre destacando que “tudo está interligado”- como aprendi com o Dr. Tal Ben-Shahar.

Quais são as novas metodologias que pretende implementar na H2O como resposta ao mundo atual? E como antevê o futuro da sua empresa?

A nossa maior novidade é a Happier Journey, um programa imersivo de três meses que capacita os participantes a desenvolverem competências para o bem-estar integral. Através de práticas concretas, este programa ajuda a criar as condições que impulsionam o florescimento humano e promovem o impacto positivo.

Acreditamos que as empresas têm um papel crucial na criação das condições de bem-estar dos colaboradores e na adoção de metodologias que realmente fortalecem o bem-estar organizacional. Vejo a H2O como uma referência em soluções inovadoras suportadas em evidências, a ajudar a construir organizações mais conscientes e alinhadas aos ODS, ESG e sustentabilidade. Vou chamar-lhe: Felicidade Sustentável.

info@h2ohappiness.pt www.h2ohappiness.pt

Dália Ramalho, Fundadora

FILE: TRANSFORMAR DESAFIOS EM SOLUÇÕES DE CONFIANÇA

Com longos anos de experiência no mercado de contabilidade e seguros, a FILE destaca-se pela experiência, pelo compromisso com a excelência, e por uma visão estratégica para atender às necessidades dos seus clientes. Ao longo do seu percurso, construiu uma sólida reputação de confiança e inovação, onde combina o conhecimento profundo com soluções personalizadas. Em entrevista à Revista Business Portugal, Vítor Carvalho, CEO da FILE, fala sobre os desafios da empresa e os planos para o futuro.

Criada em 1986, a FILE é uma empresa dedicada a contabilidade e seguros, duas áreas que desempenham um papel fundamental na gestão financeira de empresas e de cidadãos. A contabilidade é essencial para manter o controlo financeiro e assegurar a saúde económica de um negócio, permite o registo detalhado de receitas, despesas, lucros e prejuízos, fornecendo uma visão clara da situação financeira. Além disso, a contabilidade é indispensável para cumprir obrigações legais e fiscais, evitando problemas com as autoridades reguladoras. Por outro lado, os seguros são instrumentos indispensáveis para proteger empresas e indivíduos contra os riscos imprevisíveis da nossa vida, funcionam como uma rede de segurança que mitiga os impactos financeiros de situações como acidentes, desastres naturais, roubos ou problemas de saúde.

“Estes dois pilares são indispensáveis para quem procura prosperar num ambiente económico cada vez mais dinâmico e competitivo”, sublinha Vítor, referindo que nos próximos anos tem a intenção de arrancar com áreas conexas.

O empresário acrescenta ainda que no crescimento e posicionamento da empresa no mercado têm sido nucleares os valores tradicionais “como a confiança, o empenho, viver os problemas dos clientes como se fossem os nossos, aliando a estes valores um acom-

panhamento rápido e eficiente, mantendo os clientes conscientes do posicionamento do seu negócio”.

O principal objetivo de Vítor passa por simplificar os processos de comunicação com o cliente: “Uma das nossas grandes apostas é, sem dúvida, a inovação e simplificação na nossa comunicação. Queremos que o nosso cliente tenha toda a informação otimizada, estamos a falar de processos bastante burocráticos, então, é necessário promover a sua simplificação”, refere, lembrando que acabar com os papéis na contabilidade, neste momento, não é algo viável, mas é possível minimizá-los. Inclusivamente, Vítor tem feito um esforço por dotar a empresa com equipamentos e hábitos mais sustentáveis, tendo em vista os valores da sustentabilidade.

Em 2024, a FILE registou um crescimento acima do mercado, mas tímido para o seu crescimento habitual. Para Vítor, foi um ano de consolidação de processos, com uma grande aposta na melhoria de sistemas informáticos, processos internos e a empresa está na fase inicial do desenvolvimento de novas ferramentas de comunicação.

Focado no futuro, Vítor assume que crescer é, inevitavelmente, uma grande meta, mas o maior objetivo é manter a confiança e o cuidado com os clientes. “Queremos crescer e quem sabe adicionar novos serviços, mas sem nunca perder a nossa essência e preocupação com o cliente. 2025 e 2026 vão ser, sem dúvida, anos de crescimento para a FILE”, vaticina Vítor Carvalho.

Com uma abordagem centrada no cliente e a sua experiência, a FILE desenvolve soluções inovadoras e serviços integrados, mostrando-se comprometida em continuar com o excelente atendimento e acompanhamento do cliente.

Vitor Carvalho, CEO

7 ANOS DE RESILIÊNCIA E INOVAÇÃO

Fundada há sete anos, em Ílhavo, a Âncora Gold tem sido uma referência no setor, uma empresa de turismo e viagens, que conta com um atendimento e apoio personalizados, focados no cliente. Em entrevista exclusiva, Stefane Mota e Sónia Capão, os Sócios-Gerentes, falam dos desafios que têm vivido e das perspetivas para o futuro

A Âncora Gold celebra sete anos de existência. Quais são os momentos mais marcantes ou as conquistas mais importantes que destacam da vossa história?

Ao longo dos últimos sete anos, a Âncora Gold consolidou-se como uma referência no setor de viagens e turismo. Momentos marcantes incluem o lançamento do nosso programa exclusivo de viagens personalizadas, a expansão para mercados internacionais e o reconhecimento com prêmios no setor de hospitalidade e atendimento. A criação de parcerias estratégicas com fornecedores globais também foi fundamental para garantirmos excelência e exclusividade nos nossos serviços.

Quais as tendências no setor das viagens e do turismo que considera mais promissoras para o futuro? O turismo sustentável tem sido uma prioridade para muitas empresas. Como é que a Âncora Gold aborda esse tema?

Entre as tendências mais promissoras, destacamos o aumento da procura por experiências autênticas e imersivas, viagens de bem-estar e o turismo sustentável. Na Âncora Gold, temos implementado práticas de sustentabilidade como a seleção de parceiros comprometidos com iniciativas ecológicas, a promoção de destinos menos explorados para aliviar o impacto do turismo de massa, e a conscientização dos nossos clientes sobre a importância de escolhas responsáveis. Estamos empenhados em contribuir para um futuro em que o turismo seja benéfico tanto para os viajantes quanto para as comunidades locais.

O foco continuará a ser criar experiências inesquecíveis para os nossos clientes

Como é que a empresa trabalha para oferecer uma experiência personalizada aos seus clientes? Quais são os maiores desafios em manter a satisfação do cliente num setor tão dinâmico?

A experiência personalizada começa com uma compreensão profunda das preferências e expectativas dos nossos clientes. Utilizamos tecnologia avançada e atendimento consultivo para criar itinerários únicos e adaptados. Além disso, investimos na formação contínua da nossa equipa para garantir um serviço de excelência. Os maiores desafios incluem a constante evolução das expectativas dos clientes e as flutuações no setor, como mudanças de regulamentações e crises globais. Para superá-los, mantemos flexibilidade e adaptabilidade como pilares da nossa abordagem.

Quais são os principais objetivos da Âncora Gold para o novo ano que se aproxima?

Para o próximo ano, a Âncora Gold pretende expandir a sua presença em mercados emergentes, lançar novos serviços digitais para facilitar a interação com os clientes e reforçar o nosso compromisso com o turismo sustentável. Outro objetivo importante é aprofundar as parcerias estratégicas e diversificar as ofertas para atender às novas demandas do mercado. O foco continuará a ser criar experiências inesquecíveis para os nossos clientes, enquanto promovemos práticas éticas e responsáveis no setor de viagens.

ilhavo@ancoragold.pt ancoragold.paquetedinamico.com

Stefane Mota e Sónia Capão, Sócios-Gerentes
“CRESCER E CONTINUAR COM O BOM TRABALHO”
Claudete Teixeira, Advogada

“CRESCER E CONTINUAR COM O BOM TRABALHO”

O escritório Claudete Teixeira – Advogados registou um crescimento notável em três áreas chave: direito societário, direito do trabalho e contencioso civil. Este sucesso assenta numa estratégia focada na experiência jurídica e, sobretudo, na proximidade com os clientes. Para Claudete Teixeira, a formação contínua e o acompanhamento personalizado são fundamentais num contexto jurídico tão dinâmico, garantindo a melhor resposta às necessidades de cada cliente.

Como descreve 2024 para a Claudete Teixeira – Advogados?

Foi um ano muito bom. Foi um ano em que a área do direito societário e direito do trabalho tiveram um grande desenvolvimento, no nosso escritório, assim como o contencioso civil, o que marcou muito positivamente o ano 2024.

uma sólida formação e experiên cia diversificada. Como essa bagagem se reflete no dia a dia da sua prática e no sucesso do escritório?

Acho fundamental estudar e apostar na minha formação e, naturalmente, isso é uma mais -valia no trabalho do dia a dia. O direito está em constante mutação e atualização e é fundamental que nos mantenhamos a par. Para sermos bons no nosso traba lho, é funda mental aliar a experiência ao conhecimento atualizado do direito e das suas inúme ras interpre

tações. Se tivermos só o conhecimento ou só a experiência em algum lado vai correr mal. Por outro lado, embora seja muito importante aprofundarmos os conhecimentos na nossa área de atuação, ter uma visão ampla e diversificada é também importante. Os ramos do direito entreligam-se entre eles e os problemas das pessoas, igualmente, muitas vezes, abrangem várias áreas e é importante ter essa visão abrangente.

O vosso lema é “Experiência, Eficiência e Proximidade”. Como conseguem manter uma relação tão próxima com os clientes, especialmente num mundo cada vez mais

A relação próxima com o cliente começa desde logo com o facto de o escutarmos, compreendermos e sermos empáticos com o seu problema. Embora sejamos profissionais e técnicos, o cliente percebe que estamos verdadeiramente envolvidos com o seu assunto, que nos preocupamos e assumimos o seu processo como único e irrepetível. Além disso eu faço questão de me manter contactável e disponível para os meus clientes. Quando alguém contrata um advogado, é porque tem um problema ou questão jurídica para tratar, que poderá ter implicações muito impactantes e irreversíveis na sua vida. Nós temos confiados nas nossas mãos o destino dos filhos das pessoas, o seu património, o seu posto de trabalho ou a sua liberdade. A responsabilidade é imensa e proporcional à fragilidade das pessoas naquele momento. O advogado tem de ser uma verdadeira resposta e deve compreender as necessidades do cliente.

Claudete Teixeira, Advogada

O escritório abrange diversas áreas do Direito. Quais foram as mais procuradas em 2024? Houve algum foco ou expansão de serviços específicos?

Nós estamos numa fase em que a economia está muito ativa e, portanto, há muito negócios ao nível do imobiliário. Nós temos um departamento muito experiente e ativo nessa área e que esteve muito ocupado este ano, com a assessoria jurídica às empresas, realização de contratos e também ao nível da responsabilidade civil. Igualmente as necessidades de assessoria ao nível do direito laboral esteve muito ativa e em crescimento. Por outro lado, a área do direito da família e do direito sucessório requer sempre muita atenção e acompanhamento e tem sempre um grande volume de trabalho.

Em Portugal é frequente as pessoas assinarem contratos promessa, contratos de arrendamento ou escrituras sem previamente consultarem um advogado, o que é um erro e muitas vezes geram-se problemas difíceis de resolver

Quais os principais desafios e questões complexas com que um advogado lida na área do imobiliário?

O principal desafio talvez seja mantermo-nos sempre a atualizados em face das alterações legislativas muito frequentes e conseguirmo-nos mover bem na área do urbanismo, que é bastante complexa. Assim como é muito importante ter um bom conhecimento das mais diversas interpretações jurídicas possíveis para a mesma questão de direito. Acontece com frequência, as entidades a quem dirigimos os pedidos terem interpretações diferentes para a mesma questão. A apresentação de registos nas Conservatórias de Registo Predial ou Comercial são um bom exemplo disso mesmo.

O processo de compra e venda de uma casa envolve uma série de processos burocráticos. Qual a importância de um advogado no processo de transação de uma habitação e quais os serviços que fornece nesta área?

A presença do advogado é fundamental e insubstituível. Em Portugal é frequente as pessoas assinarem contratos promessa, contratos de arrendamento ou escrituras sem previamente consultarem um advogado, o que é um erro e muitas vezes geram-se problemas difíceis de resolver. Problemas que seriam evitáveis se as pessoas tivessem tido aconselhamento jurídico prévio. No meu escritório temos uma vasta experiência nesta área e tratamos de todo o processo desde obtenção da documentação, análise da

documentação para perceber que o imóvel está em condições de ser transacionado, resolução de problemas registrais ou ao nível da matriz, fazemos o contrato promessa, obtemos as guias dos impostos, realizamos o documento particular autenticado (DPA) de compra e venda do imóvel - que é o equivalente à escritura de compra e venda, mas que nos caso dos advogados se chama DPA - e fazemos os registos na Conservatória do Registo Predial. É um trabalho que fazemos há muitos anos e que se tornou muito expressivo quando as entidades bancárias, financiadoras do crédito habitação, começaram a trabalhar com os advogados, não apenas na sua representação nas escrituras, mas também na outorga dos títulos de compra e venda.

Uma parte significativa do trabalho do escritório envolve assessoria a empresas. Quais têm sido as principais preocupações dos clientes empresariais e como têm ajudado a enfrentar os desafios atuais?

As empresas precisam de uma assessoria permanente para os seus negócios. É fundamental que em processos de aquisições, fusões ou transformações societárias, por exemplo, a empresa esteja devidamente assessorada. Na verdade, na realização de qualquer contrato, a empresa deve estar devidamente assessorada. Existem também as dúvidas acerca de questões laborais e procedimentos legais a adotar e nós damos todo esse acompanhamento. Como disse, o acompanhamento de um advogado é fundamental e insubstituível. Se o acompanhamento do advogado for constante e se iniciar numa fase preliminar do assunto evitam-se muitos problemas.

Quais são os principais desafios e responsabilidades enfrentados por um(a) advogado(a) ao lidar com questões tão complexas e sensíveis como são as familiares?

Também nesta área o acompanhamento do nosso cliente deve ser constante, especialmente nas fases mais críticas, porque as dúvidas e os problemas são frequentes. E quando as pessoas não sabem como agir, facilmente poderão agir mal. Em situações de divórcios, regulação do exercício das responsabilidades parentais, ou partilhas, por exemplo, as pessoas são confrontadas com uma realidade que era desconhecida até então e que gera duvidas acerca de situações concretas do dia a dia que, até essa altura, não se colocavam. A situação torna-se particularmente desafiante quando há crianças envolvidas em conflitos parentais. O advogado tem de ser o guia dos pais para melhor resolver o problema do adulto, sem danos para a criança. A criança deve ver o divórcio como uma alteração na sua vida; não como uma desarmonia, desorganização e conflito, mesmo que, entre os pais, exista litígio. É um desafio guiar pessoas em sofrimento.

A mediação familiar é uma área em que a Dra. Claudete também tem formação especializada. Como vê o papel da mediação no contexto jurídico atual, e de que forma esta prática contribui para resolver conflitos?

Eu tirei um curso de mediação familiar em 2018 e, embora eu

A situação torna-se particularmente desafiante quando há crianças envolvidas em conflitos parentais.

O advogado tem de ser o guia dos pais para melhor resolver o problema do adulto, sem danos para a criança

não exerça a mediação familiar profissionalmente, foi uma ferramenta extremamente útil para os processos de família e menores e até mesmo para os outros. Não se deve confundir mediação familiar com terapia familiar. Quem faz terapia familiar são os psicólogos. A mediação familiar o que visa é que as pessoas encontrem solução de consenso para os seus litígios, como alternativa aos tribunais. Assim, a mediação familiar pode ser uma ferramenta muito importante para ajudar as pessoas em conflito a encontrar uma solução dialogada e negociada para os processos em que estão envolvidos.

Se tivéssemos esta cultura de mediação, ao invés de litigância, muitos problemas poderiam ser resolvidos mais rapidamente e com menos angústia. É pena que não haja uma aposta mais séria na mediação familiar.

Quais são as novidades que podemos esperar da Claudete Teixeira – Advogados em 2025? Existe alguma área nova ou projeto que estejam a planear lançar?

O meu objetivo a curto/médio prazo é ampliar e consolidar a área do direito societário e direito do trabalho, no apoio a empresas e particulares. É uma área de que tem vindo a ter uma ascensão significativa e o nosso objetivo é que cada vez mais os nossos clientes possam contar com aconselhamento jurídico especializado em todas as fases do seu desenvolvimento e fornecer uma resposta tecnicamente sólida e com respaldo na prática.

Qual a visão de futuro para a Claudete Teixeira – Advogados? O que a inspira a continuar a liderar este escritório com tanta dedicação e profissionalismo?

O nosso objetivo é continuar a crescer e continuar com o bom trabalho. Eu sou uma apaixonada pelo direito e pela advocacia e por essa razão o próprio trabalho é um motivação constante.

“O NOSSO FOCO É SEMPRE NA SOLUÇÃO”

Na vanguarda da transformação sustentável, Susana Serrano, CEO da CircularStrategy, lidera a missão de integrar a economia circular nas estratégias empresariais de grandes organizações. Em entrevista exclusiva, a empresária partilha a visão da empresa, os desafios do setor e como a CircularStrategy se tornou uma referência.

A CircularStrategy surgiu de uma necessidade de tornar as empresas mais competitivas economicamente sustentáveis, através de estratégias complementares mais eficientes, apostando nas competências internas e na inovação. Como é que ajudam as empresas a implementarem estratégias para uma economia circular?

Bem, tudo começa com um levantamento inicial sobre toda a cadeia de valor da organização, provocado por uma necessidade da empresa. Este levantamento tem por objetivo avaliar o estado de maturidade da empresa e identificar em cada área, não só as oportunidades de melhoria em recursos (humanos e equipamentos) como o potencial de inovação, para garantir a economia circular. Dependendo da área de negócio, e desse estado de maturidade, podem ser identificados novos produtos e/ou soluções, novos processos, formação e alinhamento de competências para uma nova estratégia e/ou cultura, entre outros.

Queremos ajudar assim a construir uma estratégia empresarial com base nos fatores ESG (Enviromental, Social and Governance) de forma a abranger todas as áreas de negócio no caminho da economia circular.

Mas mais do que tudo garantir que a organização consegue monitorizar o desempenho da sua empresa para definir uma estratégia clara, suportada na missão e na visão, com um DNA próprio na direção da sustentabilidade.

Promovem a sustentabilidade através de auditorias e soluções de eficiência que otimizam os recursos da sua empresa e reduzem impactos ambientais. O que incluem essas ações?

A sustentabilidade tem sempre de ser avaliada em três grandes vetores: ambiente, responsabilidade social e económica, e como tal não podem ser tratados de forma independente.

Portanto, as ações a implementar poderão abranger diversos departamentos e áreas da empresa, sejam elas relacionadas com a energia, eficiência produtiva dos processos ou área financeira. Ou seja, poderemos analisar processos e implementar medidas de digitalização ou automação, dependendo da área, que reduzam os tempos processuais e eliminam tarefas desnecessárias, identificar equipamentos mais eficientes e com menor pegada de CO2, identificar desperdícios

implementando as praticas de economia circular, implementar medidas para o uso racional da água, ações de otimização financeira, através de redução de custos na cadeia de valor, entre outros. Existe uma panóplia de ações, muitas até sem investimento, que podemos ajudar as empresas a identificar e implementar.

Qual é o primeiro passo que uma empresa que deseje trabalhar com a CircularStrategy deve ter? Como é que se dá o processo inicial de diagnóstico e planeamento?

Aqui poderemos ter duas situações, ou a empresa já identificou as medidas a tomar e contacta a CircularStrategy, no sentido de ajudar na sua implementação, ou solicita um diagnóstico integral a todas as áreas para saber o seu ponto de situação atual. O nosso processo passa numa primeira fase, por reunir com o cliente para alinhar necessi-

Susana Serrano, CEO

dades, expectativas e objetivos estratégicos, para estabelecer bases do projeto. Numa segunda fase, elaboramos um levantamento do estado atual dos processos da empresa, identificando as oportunidades de melhoria e pontos críticos para a transformação. Apresentamos um relatório com a avaliação e proposta da visão futura alinhada com as metas e objetivos do cliente.

Com toda esta informação, e uma vez aprovada pelo cliente, a nossa equipa passa para a fase de execução das soluções, assegurando uma implementação eficiente com suporte contínuo monitorizado no cliente.

Como é que na CircularStrategy identificam as áreas que uma empresa mais precisa de transformação em direção à economia circular? Como é o acompanhamento e monitorização dos resultados de um projeto implementado?

O levantamento do estado atual é muito exaustivo e detalhado, e em todas as áreas é possível identificar ações para o caminho da economia circular. Toda a cadeia de valor tem de ser avaliada, quer a montante, quer a jusante. A economia circular não é mais do que um modelo económico, que visa a eliminação de desperdícios e que maximiza a eficiência dos recursos, portanto ao fazer o levantamento com base neste modelo é fácil de identificar e priorizar as áreas de transformação. Trata-se de um modelo de ciclo contínuo.

Portanto, desde a reengenharia de produtos com maior ciclo de vida, desde a produção destes mesmos produtos de uma forma mais eficiente, e com recurso a energia verde, desde soluções de reciclagem, tudo é identificado ao pormenor.

Bem sabemos que não é possível atuar em todas as áreas ao mesmo tempo, mas para isso é que a CircularStrategy, faz reuniões de alinhamento com o cliente para priorizar as ações e estabelecer um plano ambicioso de implementação.

O acompanhamento e a monitorização dos resultados é das etapas mais importantes, não so pela garantia de sucesso de execução, como pela garantia da confiança do cliente. Por isso, as ações são realizadas através de planos de ação devidamente calendarizados, com responsabilidades individuais e com o respetivo orçamento. É controlado o desempenho, a identificação de riscos e o alinhamento de toda a equipa (interna e externa). Dependendo da duração dos projetos, são realizadas reuniões periódicas que avaliam cada ação deste plano através de critérios e KPI´s para medir o progresso do projeto.

O que diferencia a CircularStrategy das outras empresas do mesmo ramo? Como é que a experiência e o conhecimento da equipa contribuem para o sucesso dos projetos?

O que nos diferencia, essencialmente, é que somos transversais a todas as áreas, e por isso somos multidisciplinares, tal como os serviços que prestamos. Temos uma equipa especializada para cada área de atuação com muita experiência e em várias áreas de negócio, desde a construção civil, indústria alimentar, indústria têxtil, indústria química, eficiência energética, eficiência de processos através de ferramentas Lean, entre outras. É este know-how que nos permite garantir o sucesso dos projetos, pois todos nós já sentimos as difi-

culdades destas necessidades, que são o futuro das organizações. O nosso foco é sempre na solução e não no problema. Também porque no caso da CircularStrategy, não fazemos só a estratégia, criamos cultura, formamos competências, estamos presentes na definição, implementação e monitorização de todas as etapas. Não deixamos os nossos parceiros sozinhos. A nossa experiência e conhecimento das áreas 360º, ajuda na realização mais rápida e eficiente de todo o processo.

Quais são os planos futuros para a Circular Strategy? Existe algum plano de expansão para novos mercados? Há planos para o desenvolvimento de novos serviços ou parcerias que possam expandir o alcance da vossa consultoria?

Acima de tudo, continuar a fazer parte da solução dos nossos clientes. Queremos ter a oportunidade de construir mais parcerias sólidas com empresas que reconhecessem a necessidade de melhorar e inovar, e converter o conhecimento empresarial em ações eficazes para que sejam economicamente sustentáveis e responsáveis.

Queremos fazer parcerias com universidades, de forma a ajudar os alunos de hoje, os profissionais do futuro, a desenvolverem soft skills para o mundo do trabalho, com um mindset mais alinhado às necessidades empresariais alinhadas, obviamente, com a economia circular. A nova geração tem de estar preparada para os mais adversos desafios e, hoje, esta área ainda não está bem explorada. No que respeita à expansão de novos mercados, já iniciámos uma parceria com uma empresa espanhola, embora ainda num estágio embrionário, mas sabemos que estamos no caminho certo, e vamos continuar a explorar.

Elisa Coelho, CEO

ER HOME LIVING A NOVA ERA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Elisa Coelho é a CEO da ER Home Living, uma referência em inovação e sustentabilidade no mercado de construção civil. Numa entrevista exclusiva, Elisa partilha a sua visão, o primeiro aniversário da empresa, os desafios de implementar práticas sustentáveis e como a ER Home Living se posiciona como líder na criação de espaços que refletem os valores de uma sociedade em transformação.

A ER Home Living celebrou recentemente o seu primeiro aniversário. Quais foram os maiores desafios que enfrentou e como conseguiu transformar esses obstáculos em conquistas? Que lições aprendeu que considera fundamentais?

Este primeiro ano não foi fácil, até porque surgem desafios todos os dias, mas apesar disso, posso considerar que estamos a celebrar um ano de crescimento e sucesso profissional. Foi com grande sacrifício que fomos criando a nossa existência, agarrando os trabalhos mais pequenos para que pudessem e possam chegar os maiores. Comecei literalmente do zero e tudo isto nasceu fruto do meu trabalho ao longo destes anos. Cheguei a trabalhar a full-time numa empresa de construção civil, a part-time numa outra empresa de construção civil, onde só fazia a parte de orçamentação e ainda

assim fazia alguns projetos de arquitetura a título particular. Tudo em simultâneo. Isso fez-me crescer todos os dias.

Acredito que o maior desafio neste setor é que para começarmos precisamos de trabalhadores, não é um trabalho só nosso. Para termos trabalhadores, precisamos de capacidade financeira para contratá-los, para eles trabalharem precisam de condições, viaturas, equipamentos e tantos outros. É uma roda e temos de garantir trabalho para que ela não deixe de girar.

A ER Home Living tem-se destacado na construção civil. Quais foram as principais estratégias que utilizaram para se destacar e garantir que a empresa se diferenciassem neste mercado competitivo?

Acredito que a organização é meio caminho andado para que tenhamos um trabalho de excelência e para nos diferenciarmos num mercado cada vez mais competitivo. O meu objetivo é que a minha empresa seja notada pela organização com que trabalha, pelo brio, cuidado e limpeza. Além disso, temos muito equilíbrio na compra dos materiais para que não haja qualquer desperdício. Na realidade, muitas vezes, inovar não é mais do que colocar em prática conceitos simples, o que não acontece em grande parte das empresas de construção.

Na ER Home Living procuramos sempre estar atualizados com a inovação dos materiais e das técnicas aliados à nossa postura de trabalho, que considero verdadeiramente diferenciadora.

A inovação tem sido uma característica marcante na ER Home Living. Como conseguem garantir um trabalho de excelência? Como a inovação e tecnologia têm sido integradas para melhorar a precisão e eficiência no processo de construção?

Neste âmbito, começamos logo pelo controlo de materiais, para que o desperdício não exista. Isto é mesmo muito importante. Muito do prejuízo tem a ver com esta falta de noção. Ter uma ferramenta de apoio para controlar tudo ao pormenor é muito bom. Vamos sempre tentado atualizar-nos, isso é fundamental. Podemos também referenciar as “Construções Inteligentes”. A capacidade que temos de monitorizar a nossa habitação à distância, a redução de custos e desperdícios que os novos sistemas “alertam” para que não os façamos, não só na obra, mas no dia a dia, traz-nos bastante “conforto”. Assim conseguimos aliar um conjunto de elementos que de facto facilitam a nossa forma de viver, desenvolvendo-se em torno da inovação e tecnologia.

No contexto da sustentabilidade, como a ER Home Living integra práticas ecológicas nas obras e na escolha de materiais? Quais são as soluções que têm implementado para garantir a eficiência energética e reduzir o impacto ambiental dos projetos?

A promoção da sustentabilidade na construção civil tem cada vez mais relevância. O desenvolvimento de edifícios sustentáveis é muito importante para o meio ambiente, tendo em conta o seu impacto, a durabilidade dos materiais e a sua manutenção. No mercado, existem inúmeras as soluções para facilitar a inserção de práticas sustentáveis nas obras, nomeadamente, nas energias renováveis, como painéis solares, gestão de resíduos, de forma a que durante a construção se reduza o desperdício e promova a reciclagem. Por outro lado, a eficiência energética é de extrema importância, na qual se insere o uso de isolamentos térmicos, caixilharias eficientes, sistemas de iluminação led e tantas outras tecnologias que permitem reduzir o consumo de energia. O aproveitamento das águas da chuva, podendo ser usada para realizar lavagens de pavimentos exteriores, sistemas de rega. São diversas as soluções que podemos desenvolver para melhorar a sustentabilidade na construção.

Quais são as principais metas e planos de crescimento para a ER Home Living nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à expansão e à consolidação da marca no mercado? E o que espera para o futuro do setor em Portugal? Nos próximos anos, espero alcançar reconhecimento, respeito e valorização. Quero fazer crescer esta empresa da melhor forma possível e todos os que estão comigo vão crescer ao mesmo tempo. Valorizo muito os meus trabalhadores, sabem que para além de uma líder, têm uma pessoa que no que depender dela os irá ajudar em tudo. Ter um controlo máximo das “minhas pessoas”, estar presente em todas as obras/equipas, motivá-los e mostrar que “estou aqui” ´é a minha principal meta. Sempre com os pés assentes na terra e conscientes de que para se subir a escada começa-se sempre pelo primeiro degrau e nunca pelo último.

COMUNICAÇÃO EFICAZ, ATENÇÃO AO DETALHE E PAIXÃO SÃO O MOTOR DA MOMENT

De comemorações históricas a parcerias inovadoras, 2024 foi um ano de conquistas para a Moment - Eventos que Marcam. Em entrevista exclusiva, o Diretor-Geral, Ricardo Pereira, reflete sobre os desafios e aprendizagens do ano, destacando a importância da inovação e o papel fundamental da dedicação da equipa.

Quais foram os momentos mais marcantes de 2024 para a Moment - Eventos que Marcam? 2024 foi um ano marcante para a Moment - Eventos. Podemos destacar o evento de comemoração dos 35 anos do Institutoptico, a presença na Futurália e a abertura da Zara Rossio, em parceria com a Inditex, refletindo a confiança das marcas no nosso trabalho. Consolidámos a parceria com o Lidl Portugal no desporto e

criámos diversos momentos dedicados às famílias, sempre focados em gerar impacto positivo. Tudo isto só foi possível graças à nossa equipa, cuja dedicação, talento e trabalho em conjunto são o coração da Moment e a chave para continuarmos a fazer a diferença.

Houve algum evento que superou as suas expectativas? Quais considera que foram as principais tendências ou inovações no setor de eventos que se destacaram em 2024?

Todos os eventos foram importantes e marcaram-nos positivamente, mas destaco a presença do Lidl nas Festas de Lisboa com os ‘Santos PoupaLares’. Este projeto foi muito especial, pois desenvolvemos toda a criatividade, imagem, produção e implementação nos bairros lisboetas, criando uma forte ligação com toda a comunidade. Quanto às tendências no setor, destaco a crescente procura por experiências imersivas e personalizadas, que envolvem os participantes de forma única, e o impacto da inteligência artificial, que tem revolucionado o planeamento e execução de eventos, proporcionando maior eficiência e inovação.

Na sua opinião, quais são as competências essenciais para quem trabalha na organização de eventos?

Na organização de eventos, considero três pilares essenciais para o sucesso: comunicação eficaz, atenção ao detalhe e paixão pelo trabalho. A comunicação clara garante que todos, desde clientes a fornecedores, estejam alinhados para alcançar os objetivos. A atenção ao detalhe transforma um bom evento em algo memorável. E, por fim, a paixão é o motor que nos leva a superar as expectativas, criando experiências únicas. A dedicação e entusiasmo que colocamos em cada projeto são o que nos torna diferentes.

Quais são os próximos projetos ou eventos que mais o entusiasmam? Quais são as principais lições de 2024 que pretende aplicar na sua estratégia para o futuro?

O futuro da Moment - Eventos enche-nos de entusiasmo e ambição. Estamos a preparar iniciativas que refletem a nossa inovação constante e o compromisso em fortalecer parcerias com marcas de renome. Ao mesmo tempo, exploramos novas áreas de mercado, com o objetivo de conquistar novos clientes e consolidar o nosso crescimento sustentável. As lições de 2024 reforçaram a importância da flexibilidade e adaptação, além de destacar a necessidade de uma comunicação eficaz e clara dentro da equipa, fundamental para o nosso sucesso.

info@moment-eventos.com • www.moment-eventos.com

Ricardo Pereira, Diretor-Geral

ENFERMEIROS CONTINUAM LONGE DE SEREM VALORIZADOS

Desde setembro que Primeiro-ministro, Ministra da Saúde e outros membros do Governo afirmam terem valorizado a grelha salarial dos enfermeiros e feito um “acordo histórico”. Propaganda!

A valorização é insuficiente para as responsabilidades e competências que os enfermeiros já têm e sem contar com o discurso da Ministra da Saúde que, sistematicamente, anuncia mais responsabilidades para os enfermeiros principalmente quando sente a “casa a arder”.

A Lei de Bases da Saúde obriga a que existam carreiras profissionais no SNS e que sejam equitativas entre si. A proposta do governo que cinco sindicatos de enfermagem aceitaram e acordaram não cumpre esse requisito.

Pelo contrário, não tem equidade externa porque discrimina negativamente os enfermeiros face a outros trabalhadores incluindo

outros grupos profissionais de saúde, designadamente no que respeita aos valores remuneratórios da Posição 1 das categorias de Enfermeiro e de Enfermeiro Especialista. Inaceitavelmente, o partido político que sustenta o atual governo, o PSD, propôs e aprovou na Assembleia da República a Categoria de Técnico de Especialista de Diagnostico e Terapêutica em que a Posição 1 é o nível 33 da TRU (2 294,95€) é o mesmo que agora, sendo governo, propõe e é aceite a posição 26 da TRU (1915,46€) para início da categoria de Enfermeiro Especialista, a partir de janeiro de… 2027. UMA VERGONHA!

Relevante é, ainda, não haver abertura para resolver várias injustiças que continuarão a ser motivo de descontentamento dos profissionais, como por exemplo, a utilização de 10 pontos correspondentes a outros tantos anos de trabalho para progredir

das posições intermédias para as posições certas da carreira ou, ainda, o pagamento dos retroativos por anos trabalhados e não pagos. Estimamos que, só referente a esta questão, a divida aos enfermeiros ascenda os 250 milhões, o mesmo valor que o governo afirma ir agora gastar nesta insuficiente valorização da grelha. Ou seja, o governo não está a “dar nada”. Quanto à compensação do risco e da penosidade, é tema que a Ministra da Saúde e o Governo nem querem abordar.

Que Governo é este que conta e paga todo o tempo de serviço para uns, os professores, e não paga retroativos do tempo de serviço aos enfermeiros; que acorda medidas de compensação do risco para outras várias carreiras, mas não para os enfermeiros.

Os enfermeiros saberão com o SEP organizar-se para continuar a exigir e a lutar pela correção das diversas injustiças, pela resolução dos seus problemas, pela sua justa valorização e melhoria das suas condições de trabalho.

A Carreira de Enfermagem entre 2010 e 2019: A Enfermagem tinha na mão o seu futuro!

Entre 2010 e 2019 os enfermeiros tinham uma Carreira e uma grelha salarial cujo o início, na categoria de Enfermeiro, é verdade, ficou 400€ abaixo do que exigíamos. Contudo, o início da categoria de Enfermeiro Especialista/Enfermeiro Principal ficou consagrado nos 2950€. Nunca as funções, competências e responsabilidades dos enfermeiros especialistas foram reconhecidas como tão relevantes. Mas a importância daquela Carreira (que não é só a grelha salarial) ia mais longe e tornou-a única na administração pública. Na categoria de Enfermeiro juntavam-se os enfermeiros (chamar generalistas por comodidade) e os especialistas que tendo feito a especialização e obtendo o título da Ordem dos Enfermeiros era-lhes atribuído um suplemento remuneratório (a nossa proposta era de 600€). Significava que, imediatamente à obtenção do título, os especialistas teriam um salário de 1801€ e ninguém ficava à espera de autorização do Ministério da Saúde e das Finanças para a aberturas de concursos de acesso à categoria. O caminho tinha sido iniciado. Na perspetiva de todos os enfermeiros serem especialistas, fosse pela formação puramente académica ou o misto entre o reconheci-

mento do percurso profissional, da responsabilidade da Ordem dos Enfermeiros, e académico aquela carreira dava resposta. No final, a Enfermagem teria conquistado a quase total autonomia para garantir o desenvolvimento profissional e salarial.

Esta visão de futuro não foi acompanhada pelos responsáveis de várias organizações da profissão.

A carreira de 2019: a desvalorização!

Pelos restantes sindicatos de enfermagem que mobilizaram os enfermeiros para uma greve cirúrgica (2018 e 2019) que só desvalorizou a profissão. Não existiu um único ganho resultante daquele processo. A tão desejada categoria de Enfermeiro Especialista introduziu a necessidade de um concurso para, no final, os enfermeiros ganharem o mesmo e começarem do zero a contabilização de pontos para efeitos de progressão. Quanto aos Enfermeiros Supervisores, foram descategorizados para Gestores e colocados na mesma categoria dos Enfermeiros Chefes.

A Ordem dos Enfermeiros que desde 2011 e principalmente desde 2015 preocupa-se com questões que são da competência dos sindicatos e não resolve um dos maiores problemas da Enfermagem: somos a única profissão regulada que, com Bolonha, saímos pelo 1º ciclo, Licenciatura quando todas as restantes saem pelo 2º ciclo, Mestrado. E, contrariamente ao que acontece com as restantes licenciaturas (3 anos), a dos enfermeiros é de 4 anos. Ainda que possa ser interessante o reconhecimento das competências acrescidas e/ou avançadas que a Ordem faz, qual é a tradução prática no valor económico do trabalho dos enfermeiros quando a montante continuamos com um problema que, tão pouco, é revelado aos jovens enfermeiros.

Uma mentira dita muitas vezes só se torna numa verdade se o permitirmos!

E não permitiremos! Já referimos atrás as razões que nos levam a afirmar que este “acordo histórico de valorização dos enfermeiros”, afinal não o é. Disso mesmo também deram conta os cerca de 5000 enfermeiros que enviaram pareceres onde exigiam, entre outras matérias, uma outra grelha salarial.

Os enfermeiros saberão com o SEP organizar-se para continuar a exigir e a lutar pela correção das diversas injustiças, pela resolução dos seus problemas, pela sua justa valorização e melhoria das suas condições de trabalho.

Enfermeira Guadalupe Simões, Dirigente do SEP

sede@sep.pt www.sep.org.pt

CARIAS CAR O SEU STAND DE CONFIANÇA

O Stand Carias Car, referência no setor automóvel na região do Algarve, é um exemplo de como a dedicação, inovação e foco na satisfação do cliente podem impulsionar uma empresa a atingir novos patamares. Sob a liderança de Marco Carias, tem consolidado a sua posição ao longo dos anos, oferecendo mais do que simples soluções automóveis – entregando experiências que fidelizam e encantam os seus clientes.

Trajetória marcada por dedicação e visão

Marco Carias descreve a história do Stand Carias Car como sendo pautada por uma filosofia clara: inovação, qualidade e, sobretudo, a satisfação do cliente. Desde os seus primeiros passos, a empresa cresceu sustentada por um esforço conjunto de uma equipa jovem, dinâmica e apaixonada pelo que faz. “Os principais marcos do nosso percurso refletem o esforço contínuo de toda a equipa, que trabalha incansavelmente para garantir que os sonhos dos nossos clientes se tornem realidade”.

Para o líder da empresa, a criação de relações genuínas com os clientes vai além do simples ato de vender automóveis: “Oferecemos também soluções para seguros auto e outros seguros que possam necessitar, sempre com a mesma dedicação”.

Este espírito de proximidade e compromisso é sustentado pela equipa, que desempenha um papel central na evolução contínua da empresa. “Partilhamos os mesmos gostos e a mesma forma de

estar, porque acreditamos que, para satisfazer verdadeiramente, é essencial compreender e partilhar os desejos de quem nos procura”, destaca o empresário. É uma abordagem que transforma desafios diários em oportunidades para inovar e surpreender.

Expansão e diversificação: um novo stand

O futuro do Stand Carias Car é promissor, e o próximo grande passo na sua história já está em curso: a abertura de um novo stand dedicado exclusivamente a viaturas comerciais. Este projeto reflete a visão estratégica da empresa de diversificar a oferta e atender às necessidades específicas de diferentes segmentos de mercado. “A ideia para este projeto surgiu da necessidade de diversificar a nossa oferta e segmentar os serviços, permitindo um foco mais direcionado nos diferentes tipos de veículos e nas necessidades específicas dos nossos clientes”, explica Marco.

O novo stand estará localizado a apenas 800 metros do espaço

Marco Carias, CEO

atual, na zona envolvente ao Zoomarine, em Albufeira, garantindo proximidade e eficiência operacional entre as duas instalações. A inauguração já tem data marcada para 15 de dezembro de 2024. Neste espaço, os clientes poderão encontrar uma vasta gama de viaturas comerciais, desde automóveis e ligeiros até motos. A escolha de marcas reflete a diversidade e qualidade que a Stand Carias Car se compromete a entregar: Iveco, Peugeot, Citroën, Volvo, entre outras.

O empresário está confiante de que este novo projeto será um marco significativo, não apenas para a empresa, mas para o mercado local. “Os clientes podem esperar um serviço de excelência, uma oferta abrangente e um compromisso em ser pioneiros na especialização de viaturas comerciais no Algarve”, sublinha. Este movimento estratégico é mais uma prova do compromisso da Stand Carias Car em ser uma referência em inovação e qualidade na região.

CERTIFICADO 2024

A SCORING (NIF 515 020 346) certifica que, com base nas contas anuais (IES 2023) e analisados os principais rácios económico-financeiros, a empresa

MMSCARIAS – COMERCIO DE AUTOMÓVEIS, UNIPESSOAL, LDA NIF 515066710

cumpriu os requisitos de acesso à certificação e apresentou um Índice de Desempenho e Solidez Financeira (IDS) “Excelente”, o que só é acessível a 5% das PME nacionais.

Certificado emitido pela SCORING em 25 de Novembro de 2024

Reconhecimento e igualdade

O ano de 2024 foi marcante para a Stand Carias Car, com conquistas que reforçam o impacto positivo da empresa tanto no mercado como na sociedade. Um dos momentos de maior orgulho foi a atribuição de um diploma que reconhece o compromisso da empresa com a igualdade salarial entre homens e mulheres. “Este é um valor que sempre defendemos e praticamos. Receber este diploma é um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver para garantir um ambiente de igualdade e respeito para todos os nossos colaboradores”, partilha Marco Carias.

Além disso, a empresa foi distinguida como uma das melhores do Algarve no ramo automóvel, um feito que celebra a excelência do serviço prestado e a dedicação da equipa.

Uma mensagem de

Natal

Com o Natal a aproximar-se, Marco Carias deixa uma mensagem especial aos colaboradores, clientes e amigos que têm sido pilares do sucesso da Stand Carias Car. “Gostaria de deixar uma mensagem de profundo agradecimento a todos os nossos colaboradores, clientes e amigos. Este ano foi mais um marco de sucesso, graças ao esforço conjunto e à confiança depositada na nossa empresa”.

A Stand Carias Car continua a inovar, evoluir e a criar laços de proximidade com os seus clientes. A abertura do novo stand é apenas o próximo passo de uma caminhada que promete muitos outros marcos significativos. Para Marco Carias e a sua equipa, o objetivo mantém-se claro: superar expectativas, manter a qualidade e fortalecer as relações de confiança que definem a essência da empresa.

stand.cariascar@gmail.com • www.standcariascar.pt

FOCO NA SATISFAÇÃO DO CLIENTE E NA NUTRIÇÃO ANIMAL

A Joaquim das Rações tem estado focada na satisfação do cliente, demonstrando-se atenta às necessidades nutricionais dos animais. As retrospetivas do ano de 2024 são favoráveis e o fator climático tornou-se benéfico para o setor. Em entrevista à Revista Business Portugal, Joaquim Caeiro, Sócio-Gerente, contou-nos os desafios do último ano e as perspetivas para o futuro da empresa.

A Joaquim das Rações é uma referência no mercado da nutrição animal. Criada por Joaquim Domingos Caeiro, que conta com mais de 30 anos de experiência no setor da comercialização de rações, a empresa destaca-se por oferecer produtos de alta qualidade e atendimento personalizado aos seus clientes. Fundada com a visão de atender as necessidades de criadores e produtores rurais, a empresa construiu ao longo do tempo uma sólida reputação no setor. Sob a liderança de Joaquim, a empresa combina tradição com inovação, trazendo soluções modernas e eficientes para o cuidado e alimentação de animais. Com uma equipa comprometida e parcerias

com fornecedores de confiança, a Joaquim das Rações dedica-se a entregar produtos que garantam a saúde e o bem-estar animal, contribuindo para o sucesso das atividades agropecuárias dos seus clientes. Para dar o melhor de si aos clientes, Joaquim investe em produtos de qualidade, parcerias de sucesso e numa boa nutrição: “Investimos em parecerias de longevidade e sucesso e trabalhamos para entregar ao cliente a melhor opção para os seus animais” remata. Localizada em Beja, a Joaquim das Rações é reconhecida pelo atendimento próximo e pela procura contínua em superar as expectativas do mercado, estando sempre pronta para oferecer as melhores opções e um suporte técnico especializado. Assumindo o compromisso com a excelência e a inovação, a empresa reafirma a sua posição como uma das principais do setor.

Desafios e estratégias para os superar Como em todas as áreas, a área da nutrição animal tem os seus desafios, que se têm agravado devido a problemas na saúde animal. Apesar disso, Joaquim mostra-se confiante com o que ainda está por vir. “Temos vivido uma época mais delicada no setor, mas estou confiante para o novo ano que aí vem. Acredito que a preocupação do cliente com os seus animais vai ajudar a resolver estes problemas, ou pelo menos a minimizá-los”.

Joaquim Caeiro, Sócio-Gerente

No ponto de vista ambiental, ao contrário do ano transato, em 2024, o facto de ter existido precipitação fez com que ,a nível de produção, se tratasse de um ano mais produtivo. “Felizmente, este ano o clima foi uma boa ajuda, já houve mais chuva, o que nos permitiu uma produção mais sustentável. O nosso negócio é sempre assim, há anos melhores que outros, felizmente, 2024 foi um bom ano, e assim espero que seja com 2025, mas cá estaremos, focados em ultrapassar da melhor forma os desafios que irão aparecer no nosso caminho” afirma o Sócio-Gerente.

Queremos promover uma visão de consciencialização com a saúde e bem-estar animal como essência de todos os produtos e serviços que oferecemos, não queremos apenas vender rações

Os trunfos para o sucesso

Como referido anteriormente, a Joaquim das Rações é uma empresa com um grande foco na nutrição animal. “O nosso objetivo é oferecermos ao nosso cliente uma ração de alta qualidade, para todas as necessidades dos animais, para isso apostamos também num amplo portfólio, isso permite que clientes encontrem o produto ideal de acordo com a espécie, idade e fase de vida dos animais” conta Joaquim. A Joaquim das Rações investe na seleção de ingredientes nutritivos e seguros, seguindo normas e padrões de qualidade rigorosos. Isso assegura que as rações contribuem positivamente para a saúde e bem-estar dos animais. O atendimento especializado também é uma das mais-valias, já que a empresa

valoriza o relacionamento com os clientes e detém os melhores profissionais para o orientar sobre os melhores produtos, de acordo com a necessidade de cada caso. Outras das mais-valias da empresa são, sem dúvida, as parcerias de topo e a distribuição, “temos uma pareceria de longos anos com marcas de renome, que uma mais-valia para a Joaquim das Rações, devido à variedade e qualidade dos seus produtos. Em termos de distribuição, tem tudo fluído de forma bastante favorável. Também investimos em pesquisas de mercado, para termos o melhor produto que vá ao encontro daquilo que os clientes procurem”, remata Joaquim.

Ambições futuras

Joaquim Caeiro ambiciona que a sua empresa seja reconhecida como uma referência em nutrição alimentar no mercado português, mais especificamente no Baixo Alentejo, pretende continuar a oferecer produtos de boa qualidade para promover a saúde e bem-estar animal. Para Joaquim Caeiro, crescer não é descabido e, apesar de o ambicionar, prefere priorizar a qualidade do produto e do atendimento na sua empresa. “Queremos promover uma visão de consciencialização com a saúde e bem-estar animal como essência de todos os produtos e serviços que oferecemos, não queremos apenas vender rações, queremos consciencializar o nosso cliente sobre o importante papel que a nutrição tem para a saúde animal. Ambicionamos ainda manter uma equipa de confiança e ser lembrada pelos clientes pelo excelente atendimento, suporte e serviços personalizados que respondam às necessidades específicas de cada animal”, salienta. Em suma, Joaquim Caeiro ambiciona continua a traçar um caminho claro e firme no ramo da alimentação animal, assume que, hoje, o cliente já tem mais noção da importância da alimentação na saúde do animal, mas mostra-se empenhado em que tanto ele como a sua equipa consigam transmitir, de forma ainda mais clara, essa ideia aos seus clientes.

961 700 312 (chamada para rede móvel nacional) joaquimdasracoes@gmail.com

45 ANOS DE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

Prestes a celebrar 45 anos de história, a Carnes Avenida destaca-se pela união entre tradição e inovação. Com uma trajetória marcada pelo crescimento sustentável e conquistas, Tiago Faustino Ferreira, gestor da empresa, projeta o futuro com ambição, apostando na qualidade, responsabilidade e competitividade no setor agroalimentar.

Olhando para a história da Carnes Avenida, quais são os principais marcos que definem a evolução da empresa ao longo desta trajetória?

No próximo ano, a Carnes Avenida irá celebrar um marco importante da sua história. Serão 45 anos marcados por desafios e superação, entendendo o nosso posicionamento num mercado extremamente competitivo, estabelecendo metas e objetivos claros tendo em vista uma longevidade que pretendemos que perdure. Quando olhamos para a evolução da empresa não poderemos esquecer a sua génese, um talho no centro de Leiria, passando por um pequeno espaço onde se começaram a produzir os enchidos e relembrando todas as pessoas que colaboraram ao longos dos anos para esta evolução, culminando pela nova unidade industrial inaugurada em 2021 na Zona Industrial de Porto de Mós. No fundo, um crescimento sustentado por um planeamento e estratégias bem definidas. Por fim, ter uma missão e valores dos quais não abdicamos e nos mantemos fiéis desde início. Acreditamos que o caminho que estamos a fazer se enquadra no que queremos para as Carnes Avenida para o futuro.

Qual é o balanço que a empresa faz do ano 2024 em termos de desafios, oportunidades e impacto no mercado?

Este ano começou de uma forma muito gratificante para a nossa empresa, tendo sido distinguida com o prémio 5 Estrelas na Categoria

de Charcutaria Tradicional. É um posicionamento que acarreta enorme responsabilidade, mas que ao mesmo tempo se enquadra nos objetivos que temos de sermos referência na produção destes artigos. Saber que temos esse tipo de reconhecimento aumenta o nosso nível de exigência e responsabilidade para com todos aqueles que acreditam na nossa marca. Implementámos igualmente na nossa organização a Certificação em Bem-Estar Animal Welfair, onde tentamos promover o consumo de carne de origem controlada e que respeite uma melhoria continua de boas-práticas, não só relacionado aos animais, mas visando também uma maior sustentabilidade. Não obstante, este ano apresentou-se com enormes condicionantes e o impacto no mercado não foi tão célere como desejaríamos. Sentimos o mercado mais retraído em determinados momentos do ano, tendo a partir do início do segundo semestre ido ao encontro do que estaríamos a projetar para esta fase.

Como a empresa concilia a tradição com a inovação na sua produção? Que exemplos concretos de inovações recentes em produtos e processos demonstram essa conciliação?

Essa constante sempre foi para nós fulcral para o sucesso do nosso negócio. Atuamos numa área muito específica, em que cada zona do país defende e promove os seus enchidos tradicionais. No que respeita à Carnes Avenida, a inovação, quer seja em recursos produtivos ou logísticos, só vem incrementar valor a um produto, por si só de qualidade, que são os enchidos tradicionais de Leiria. Os nossos investimentos visam sempre aportar algum tipo de valor à nossa estrutura, mas sem nunca condicionar a essência da produção destes artigos.

Que novidades ou projetos reserva para 2025? Há planos de lançamento de novos produtos ou expansão para novos mercados que possam ser revelados?

O mercado da carne e charcutaria tradicional encontra-se em grande mudança e com um dinamismo muito interessante. Analisando de forma equilibrada, temos em atenção os investimentos que estão a ser efetuados e também os grandes grupos no setor agroalimentar que estão a ganhar, cada vez mais, quota de mercado. Para nós, temos de continuar este processo de produzir qualidade, sabendo as nossas limitações, produzir de forma consciente e responsável, indo sempre ao encontro daquilo que é o nosso posicionamento no mercado, sendo o mais competitivos possível.

info@carnesavenida.pt www.carnesavenida.pt

A TECNOLOGIA COMO PILAR ESTRATÉGICO NO FUTURO

DO SETOR ALIMENTAR

Num mercado cada vez mais exigente com a segurança e qualidade dos alimentos, Ângela Leal, CEO da SARA HACCP, lidera uma verdadeira revolução. À frente de uma plataforma que combina tecnologia com expertise, tem ajudado empresas do setor a garantir padrões elevados de conformidade e sustentabilidade. Nesta entrevista, a empresária destaca que trabalham com empresas que procuram não apenas cumprir obrigações legais, mas também transformar os seus processos internos, tornando-os mais ágeis, transparentes e sustentáveis. E partilha ainda a sua visão sobre o futuro, salientando que a tecnologia será, sem dúvida, um pilar estratégico no futuro do setor alimentar.

Hoje, a SARA HACCP posiciona-se como um parceiro estratégico para empresas que valorizam inovação e excelência, integrando a tecnologia com o conhecimento prático do setor

Em 2018, criou a SARA HACCP, uma plataforma digital para apoiar empresas na manutenção de sistemas de gestão de segurança dos alimentos. Que balanço faz desta trajetória e como descreve o posicionamento da empresa?

Desde a sua criação, a SARA HACCP tem-se consolidado como uma aliada indispensável para as empresas que procuram não apenas cumprir com as obrigações legais, mas também transformar os seus processos internos, tornando-os mais ágeis, transparentes e sustentáveis. O feedback positivo dos nossos clientes reforça a nossa missão de tornar os processos mais eficientes e acessíveis, apoiando as empresas no cumprimento das suas obrigações legais e na adoção de boas práticas no setor alimentar, ao mesmo tempo que promovem a sustentabilidade e a redução do uso de papel.

Hoje, a SARA HACCP posiciona-se como um parceiro estratégico para empresas que valorizam inovação e excelência, integrando a tecnologia com o conhecimento prático do setor.

Este posicionamento reflete o nosso compromisso contínuo com a segurança dos alimentos, a eficiência operacional e a sustentabilidade.

A SARA HACCP é muito mais do que uma ferramenta de gestão da segurança alimentar. Quais são os benefícios para as empresas em utilizar esta ferramenta tecnológica?

A SARA HACCP fornece uma abordagem integrada que vai muito além da simples conformidade com os requisitos legais. Destacam-se os seguintes benefícios:

• Eficiência Operacional: Monitorização de processos que permite a criação de rotinas de registo de pontos de controlo e manutenção das instalações, com alertas automáticos que libertam tempo para outras áreas do negócio;

• Formação e Capacitação: Recursos educativos para promover as boas práticas de higiene e segurança dos alimentos;

• Acessibilidade: Interface intuitiva, adequada para usuários com habilidades digitais mais reduzidas;

• Sustentabilidade: Diminuição do uso de papel, promovendo práticas ambientais responsáveis com redução de custos;

• Adaptabilidade: Personalização às necessidades específicas de cada cliente;

• Suporte Contínuo: Apoio técnico e formação personalizada.

Estes fatores fazem da SARA HACCP uma solução indispensável para empresas que pretendem aliar segurança, eficiência e sustentabilidade. Além de reduzir o uso de papel, a SARA HACCP incentiva a adoção de práticas responsáveis, otimizando os recursos e ajudando as empresas a tornarem-se mais eficientes e conscientes da sua responsabilidade ambiental.

O setor onde a empresa atua está em constante evolução. Acredita que a tecnologia desempenhará um papel cada vez mais crucial na gestão das empresas do setor alimentar? Que ambições e objetivos assume a empresa para o futuro?

Acreditamos que a tecnologia será, sem dúvida, um pilar estratégico no futuro do setor alimentar. Para a SARA HACCP, cada inovação representa uma oportunidade de construir um setor mais eficiente, transparente e sustentável, onde a segurança dos alimentos não é apenas uma obrigação, mas um compromisso com o bem-estar da comunidade e do planeta. A nossa visão é liderar esta transformação, capacitando as empresas a serem não apenas competitivas, mas também agentes de mudança positiva no setor, promovendo práticas mais eficientes, transparentes e responsáveis em todas as etapas da cadeia alimentar.

TONY CARREIRA

FALA SOBRE

RESPONSABILIDADE

SOCIAL

Tony Carreira, Cantor, foi o orador e convidado de honra do Almoço-Debate do International Club of Portugal que se realizou no passado dia 26 de novembro, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa. A sua intervenção foi subordinada ao tema “Das cantigas aos negócios: o Homem, o Artista e o Empresário… o percurso de uma vida”.

Num ambiente mais reservado e num formato de debate, moderado por Alexandre Fonseca, atual Presidente do Conselho Consultivo do ICPT, Tony Carreira partilhou aspetos pessoais importantes da sua vida, destacando os filhos como a sua maior prioridade.

Tony Carreira revelou ainda que se deixa influenciar pelos projetos e, num ambiente de empresários e gestores, falou sobre seu trabalho e os negócios que envolvem a gestão de uma produtora de audiovisuais que o apoia nos seus espetáculos como cantor, e negócios pontuais, como o setor imobiliário.

Durante a sua intervenção, a palavra “agradecimento” foi repetida diversas vezes, não apenas para expressar a sua gratidão aos colaboradores, fãs e aos portugueses, mas também para destacar o trabalho desenvolvido pela Associação Sara Carreira, que tem apoiado crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O artista enfatizou que a responsabilidade social deve ser um compromisso de qualquer pessoa ou organização bem-sucedida e, embora reconheça que a sua contribuição na formação desses jovens seja uma gota no oceano diante das necessidades globais, considera uma honra estar envolvido nessa missão.

ÁLVARO BELEZA APELA A GRANDE REFORMA FISCAL EM PORTUGAL

Álvaro Beleza, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Social e Económico (SEDES), discursou no International Club Of Portugal (ICPT), no passado dia 21 de novembro em Lisboa, e apresentou uma visão urgente e ambiciosa para o futuro do país. A necessidade de uma reforma fiscal abrangente e consensual foi o tema da intervenção, que reuniu um público atento de empresários e líderes de opinião.

Álvaro Beleza criticou o atual sistema tributário português, que descreveu como “excessivamente burocrático, estratificado, oneroso e complicado”. Segundo o líder da SEDES, Portugal não realiza uma reforma fiscal desde 1988, quando Miguel Cadilhe introduziu o IRC e o IRS. Desde então, as sucessivas alterações têm apenas acumulado camadas de complexidade. “Temos mais de 600 benefícios fiscais que apenas servem para advogados e contabilistas encontrarem formas de evitar impostos”, defendendo a criação de um sistema mais transparente e compreensível, com redução de impostos e simplificação de escalões. Para o próprio, o atual modelo não é apenas desatualizado, mas também prejudicial à competitividade do país.

O presidente desafiou ainda os portugueses a repensarem a sua atitude perante o Governo e a adotarem uma postura mais empreendedora. “Portugal poderia ser a Dinamarca do Sul”, sublinhando que a ambição e a inovação são fundamentais para o futuro do país. Contudo, isso só será possível com uma reforma estrutural do sistema fiscal e com políticas que incentivem o investimento estrangeiro e o espírito empreendedor.

ESG: PARA ALÉM DO FATOR DE RISCO

Num contexto global marcado por desafios complexos, desde as alterações climáticas e o agravamento da desigualdade, até ao esgotamento de recursos e à incerteza geopolítica, os princípios ambientais, sociais e de governação (“ESG”) emergem como uma estrutura indispensável para a gestão de riscos e a promoção da resiliência a longo prazo. Longe de se limitarem a um papel meramente defensivo, os critérios ESG possuem um potencial transformador, atuando simultaneamente como um mecanismo de proteção contra vulnerabilidades e como um motor de inovação, crescimento e criação de valor sustentável.

Compreender esta dualidade é crucial para ultrapassar as interpretações simplistas que frequentemente dominam o debate sobre ESG, ora visto como uma obrigação onerosa de conformidade, ora como uma solução universal para as crises globais. Em vez disso, o ESG deve ser entendido como uma abordagem integrada que equilibra exigências regulatórias com oportunidades estratégicas, permitindo que as organizações não só naveguem na complexidade, mas também prosperem num ambiente em rápida transformação. Na sua essência, o ESG funciona como um mecanismo para identificar e abordar os riscos que as métricas financeiras e operacionais tradicionais não conseguem captar. Os riscos ambientais, por exemplo, tornaram-se cada vez mais importantes para as empresas. As empresas não podem ignorar os impactos em cascata das alterações climáticas, desde as alterações regulamentares, como os impostos sobre o carbono, até aos riscos físicos, como as perturbações na cadeia de abastecimento causadas por condições meteorológicas extremas.

Estruturas como a Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (“TCFD”) clarificaram estes riscos, categorizando-os como de transição ou físicos, e forneceram às empresas ferramentas para os incorporar no planeamento estratégico. No entanto, mesmo quando as organizações se esforçam para satisfazer estas expectativas, há uma percepção crescente de que a gestão do risco é apenas uma parte da equação.

Considere-se a Diretiva da União Europeia (“UE”) relativa aos Relatórios de Sustentabilidade Empresarial (“CSRD”), que vai além de exigir a simples divulgação de riscos climáticos. Esta diretiva impõe às empresas a obrigação de realizar análises de cenários prospetivos, um exercício estratégico que visa antecipar os potenciais impactos de mudanças políticas, da evolução do preço do carbono e das flutuações do mercado. Tais exigências, sustentadas por padrões como os European Sustainability Reporting Standards (“ESRS”), colocam as organizações perante a necessidade de adotar abordagens mais sofisticadas e integradas na gestão dos riscos associados à sustentabilidade.

Para muitas empresas, estas análises não só têm exposto vulnerabilidades estruturais, como também têm evidenciado oportunidades estratégicas de transformação. No setor da energia, por exemplo, a adoção de técnicas avançadas de modelização permitiu identificar vias concretas para a diversificação de portfólios energéticos, reduzindo assim a dependência de combustíveis fósseis e respondendo à crescente procura por fontes renováveis. Estas iniciativas não apenas mitigam os riscos de transição, mas também posicionam as empresas como líderes num mercado em rápida transformação, onde os critérios ESG estão cada vez mais integrados nas decisões de investidores e reguladores.

Neste contexto, os critérios ESG deixam de ser meramente uma ferramenta de gestão de riscos e assumem-se como uma verdadeira alavanca estratégica. Para além de prepararem as operações das organizações para as exigências futuras, permitem gerar valor sustentável a longo prazo, reforçando a resiliência empresarial e contribuindo para a transição para uma economia de baixo carbono. As empresas que abraçam esta abordagem estão não apenas a cumprir obrigações regulatórias, mas também a explorar um terreno fértil para inovação, competitividade e liderança no novo paradigma económico global.

Global Shaper no Fórum Económico Mundial,

Jurista especialista em regulação das alterações climáticas

Forbes 30 Under 30 em Sustentabilidade e Inovação Social Leia

BOAS FESTAS!

LEIRIA NA LINHA DA FRENTE

Leiria é um território que se destaca pelo seu tecido empresarial diversificado, resiliente e exportador. A nossa região tem dado provas de grande capacidade de adaptação às mudanças, demonstrando uma força notável no mercado global. As nossas empresas têm-se afirmado em diversas áreas de atividade, desde a indústria ao setor dos serviços, passando pela inovação tecnológica. Contudo, como em qualquer processo de desenvolvimento, há desafios que precisamos enfrentar e superar.

É importante reconhecer as nossas fraquezas, não como obstáculos intransponíveis, mas como pontos de partida para uma reflexão e ação contínuas. Muitas das nossas empresas são de pequena dimensão, o que, por um lado, é uma característica que aporta alguma flexibilidade, mas que também implica limitações na capacidade de inovação, crescimento e internacionalização. A intensidade tecnológica no nosso tecido empresarial precisa de ser reforçada, e muitos dos nossos empresários enfrentam problemas de sucessão, o que pode comprometer a continuidade e sustentabilidade das suas empresas.

Apesar destes desafios, temos a convicção de que estamos num caminho de evolução, e mais do que isso, temos a determinação de fazer com que Leiria passe a estar, não apenas na “linha da frente”, mas à “frente da linha”. E, para atingir esse objetivo, é fundamental apostarmos em novas soluções e no reforço da colaboração entre diversos agentes da nossa região. Acreditamos que só com uma estratégia integrada e concertada, conseguiremos alavancar a nossa economia para novos patamares de sucesso.

Um dos trunfos de Leiria é, sem dúvida, a excelente e invulgar articulação entre o poder político, o sistema de ensino e investigação e o tecido empresarial. O nosso município, as comunidades intermunicipais e o Politécnico de Leiria trabalham em estreita colaboração

com os centros de investigação e com as incubadoras e associações empresariais, criando um ecossistema de inovação robusto e dinâmico.

E é precisamente desta excelente articulação entre os diversos agentes que surgem projetos concretos que têm vindo a ganhar destaque na região. A Startup Leiria, como centro de empreendedorismo e inovação, tem sido um pilar importante no apoio ao surgimento de novos projetos, proporcionando as condições necessárias para que as startups se possam desenvolver e prosperar. Paralelamente, a Leiria Business School tem assumido um papel fundamental na capacitação dos nossos líderes empresariais, reforçando as competências de gestão e liderança que são imprescindíveis para o sucesso no mundo de hoje.

Outro projeto relevante é o Fundo Capital de Risco Leiria Região Crescimento, criado com o objetivo de promover o acesso das empresas e projetos inovadores da nossa região ao financiamento de capital de risco. Este fundo representa uma oportunidade valiosa para as empresas que precisam de alavancar os seus projetos de crescimento, mas que, por vezes, enfrentam dificuldades no acesso a fontes de financiamento mais tradicionais.

É esta força coletiva que nos permite olhar para o futuro com otimismo e confiança. A nossa gente, o nosso espírito empreendedor e a nossa capacidade de trabalhar em conjunto são os alicerces sobre os quais vamos continuar a construir o futuro de Leiria, que tem tudo para ser uma das regiões mais dinâmicas e inovadoras do país, e juntos, vamos chegar lá.

António Poças

Presidente da Direção da NERLEI CCI – Associação Empresarial da Região de Leiria/Câmara de Comércio e Indústria

DISTRITO LEIRIA

LIDERANÇA NO ALUGUER DE VIATURAS E EQUIPAMENTOS

LIDERANÇA NO ALUGUER DE VIATURAS E EQUIPAMENTOS

No competitivo mundo do aluguer de viaturas e equipamentos de apoio à construção e indústria, a Cubo Drive tem-se destacado como uma referência nacional. Fundada com o propósito de responder às crescentes necessidades de mobilidade e infraestruturas no setor, a empresa portuguesa tornou-se um símbolo de resiliência, inovação e capacidade de adaptação. Em conversa com Rui Carreira, líder da empresa, partilhou os marcos que definem o percurso da organização e os princípios que traçam o caminho para o futuro.

A história de crescimento da empresa

O que começou como uma solução interna de gestão de frota para um grupo de construção tornou-se uma história de reinvenção e sucesso. Fundada sob o nome Cubomarfim, a empresa tinha um propósito modesto: gerir a frota de veículos e equipamentos do grupo. Contudo, em 2015, uma decisão estratégica mudou para sempre o rumo da organização. A administração optou por abrir os serviços ao mercado externo, marcando o que Rui Carreira descreve como: “Esse foi o ‘ponto zero’ da empresa. Deixámos de ser uma extensão do grupo e adquirimos uma identidade própria”, afirma.

Este novo capítulo ganhou forma no final de 2015, com uma “modesta” aquisição das primeiras 4 viaturas de 9 lugares, mas a estratégia era clara: explorar as necessidades do mercado com o propósito de alavancar a estratégia de um crescimento sustentado do negócio. Até ao final de 2018 foram anos de forte investimento direcionado essencialmente para as “carrinhas” de 3 lugares; 5 lugares; 9 lugares.

A estratégia de crescimento traçada tinha duas linhas orientadoras: reforço da frota de viaturas e diversificação das áreas de negócio. No início de 2019 e com o setor da construção civil e indústria a darem sinais de forte crescimento, criaram três novas áreas de negócio: o aluguer de máquinas; módulos e o serviço de transportes especiais. Foram 3 anos consecutivos de investimento, a empresa duplicou a frota, tendo sofrido uma ligeira quebra no volume de negócios em 2020 ano da pandemia. O abrandamento sentido durou apenas 4 meses, em meados de 2020 os projetos dos nossos clientes foram reativados, tendo-se verificado um crescimento significativo até 2022. A nossa afirmação como empresa de referência no setor, ocorre em 2022, onde a distribuição nacional e europeia, o aumento do número de clientes e

Reconhecer o esforço da equipa é a chave. Mesmo os menos experientes podem revelar um potencial incrível quando bem orientados e recompensados

o investimento em “frota”, culminam com um forte investimento na marca Cubo Drive. A mudança e a afirmação, foi consolidada com um rebranding para Cubo Drive, uma marca que traduz a visão moderna e ambiciosa da organização.

A frota foi totalmente personalizada, passando a refletir a nova imagem de marca. Procedemos à criação de um novo website, mais direcionado às necessidades dos nossos clientes, com enormes vantagens para ambas as partes.

Com mais de 300 veículos ligeiros; 150 máquina e uma frota de 600 módulos, aliado a um serviço de transportes próprio, a empresa tornou-se uma referência no setor. “Passámos de uma operação limitada a um negócio robusto que apoia qualquer projeto que envolva as reais necessidades dos nossos clientes, nos diversos setores, por todo o território nacional e europeu, proporcionando soluções rápidas, fiáveis e adaptadas, desde a construção civil, à indústria, à agricultura, às energias renováveis entre outros projetos”, sublinha.

Somos uma empresa de soluções rápidas de aluguer de viaturas e equipamentos de obra. A nossa vasta experiência permite-nos encontrar a melhor solução em tempo recorde

A dinâmica do setor da construção

No competitivo setor da construção, onde “tudo é para ontem”, gerir recursos e prazos torna-se desafiante. Em 2023, o setor de aluguer em Portugal teve um crescimento significativo, impulsionado pela procura em diversos setores, especialmente na construção civil e em projetos de infraestruturas. Neste cenário, a Cubo Drive surge como um aliado detendo um vasto conhecimento, pelas experiências partilhadas, como pela capacidade técnica dos seus recursos. A flexibilidade que o aluguer oferece, permite que as empresas ajustem rapidamente a sua frota às necessidades específicas dos projetos, sem os encargos financeiros e logísticos necessários na compra e manutenção de equipamentos próprios, é especialmente vantajoso em projetos de curto prazo ou procura variável, onde a necessidade de equipamentos específicos pode mudar rapidamente. De acordo com o gestor da empresa, o mercado adota duas abordagens principais: algumas empresas mantêm uma frota própria e recorrem ao aluguer em momentos de maior trabalho ou situações extraordinárias; outras, numa visão mais estratégica, delegam por completo a gestão de frotas, preferindo o aluguer como forma de evitar custos “não previstos” como o risco de avarias. Em ambos os casos, o aluguer destaca-se

como uma solução prática e financeiramente inteligente. “Assim, as empresas podem focar-se no essencial: a execução dos seus projetos com custos fixos e sem surpresas”.

Com uma base de cerca de 200 clientes ativos, a logística assume um papel vital e desafiante. Os pedidos surgem frequentemente com prazos de entrega mínimos. “As obras são adjudicadas hoje e, amanhã, já se espera que o equipamento esteja na obra. Este ritmo exige de nós decisões rápidas e uma capacidade de adaptação quase sobre-humana”, reconhece. A Cubo Drive continua a demonstrar capacidade para transformar desafios em crescimento, sempre orientada para a criação de valor através do crescimento sustentado, e uma gestão rigorosa focada na eficiência e controlo de risco.

Manutenção e eficiência: pilares do sucesso

Na Cubo Drive, garantir a eficiência e a fiabilidade dos equipamentos alugados não é apenas um compromisso, mas a base de toda a operação e sucesso junto dos clientes. De viaturas e contentores, a maquinaria de médio porte, a empresa aposta numa manutenção híbrida, combinando o trabalho dos técnicos internos com o apoio de parceiros das próprias marcas das viaturas ou das máquinas. “Com

esta estrutura, chegamos a 10 assistências técnicas no mesmo dia e em locais distintos do País. Internamente realizamos manutenções preventivas e verificações técnicas regulares em toda a frota de forma a antecipar avarias graves, com tempos de imobilização e custos elevados”, destaca o gerente. Outro ponto forte da empresa é a sua política de renovação estratégica da frota, que se alinha com um serviço ao cliente disponível 24 horas por dia. “Estamos sempre prontos para resolver situações urgentes, ajustando os custos de forma justa e garantindo que os nossos clientes se concentram noutras responsabilidades”, sublinha o responsável.

Essa abordagem, aliada a uma frota moderna composta por marcas premium, coloca a Cubo Drive como uma referência num mercado cada vez mais competitivo.

Dispomos de um serviço de confiança. Agilidade, flexibilidade e a satisfação do cliente são parte integrante do nosso ADN

Sustentabilidade e desafios da transição energética

A sustentabilidade tem sido uma prioridade para a Cubo Drive, mas a transição energética enfrenta desafios que dificultam a adoção em massa de veículos ou máquinas elétricas. Rui Carreira destaca as dificuldades que a companhia encontra na implementação de uma frota totalmente elétrica, sobretudo quando se trata de viaturas para viagens internacionais de longa distância. “Embora já utilizemos algumas carrinhas elétricas, a sua autonomia condiciona a necessidade para trajetos mais longos, que representam uma parte significativa da nossa operação”, afirma. No entanto, a empresa permanece vigilante às inovações tecnológicas que possam surgir. “Estamos preparados para adaptar a nossa frota assim que forem disponibilizadas soluções com maior autonomia (no segmento das carrinhas de 5; 6 e 9L) e com tempos de carregamento mais rápidos, assegurando sempre

um equilíbrio entre a sustentabilidade e a viabilidade financeira”, conclui.

Crescimento, desafios e expansão no horizonte

Desde 2015, a Cubo Drive tem traçado um percurso de crescimento, crescendo de forma sustentada e constante. O ano de 2024 destacou-se como um marco importante, com um investimento de 3M€ no aumento e renovação da frota, sublinhando o compromisso da empresa em acompanhar a procura crescente e sustentar os planos de expansão. Este movimento estratégico reflete-se no compromisso assumido pela gestão, permitindo à empresa continuar a investir e a gerar valor. Mas o sucesso não chega sem desafios. Com uma equipa de apenas 12 profissionais, Rui Carreira reconhece que a estrutura atual enfrenta pressões crescentes. “Precisamos de melhorar processos e reforçar as equipas nas diversas áreas, garantindo a ambição de superar as expectativas de que o cliente procura deve estar na raiz da nossa entrega e dedicação. Acreditamos que o compromisso e a proximidade são a base para criação de valor”.

A empresa, que valoriza o talento e a dedicação dos seus colaboradores, encara a atração e retenção de profissionais como um pilar estratégico. “Reconhecer o esforço da equipa é a chave. Mesmo os menos experientes podem revelar um potencial incrível quando bem orientados e recompensados”, defende. Este enfoque humano, aliado à inovação e ao serviço de qualidade, tem permitido à Cubo Drive manter a confiança dos clientes e reforçar a sua reputação no setor do aluguer. Os planos de expansão não se ficam por aqui. Para 2025, na zona de Lisboa e no Algarve, regiões consideradas estratégicas para aumentar a competitividade e melhorar a eficiência operacional. “Estas infraestruturas vão permitir-nos estar mais próximos dos clientes e oferecer um serviço ainda mais ágil”, explica. Com um histórico de inovação e compromisso, a Cubo Drive enfrenta o futuro com ambição. Apostada em solidificar a sua presença no mercado e fortalecer as relações com os seus clientes, a empresa prepara-se para novos desafios e conquistas, reforçando a sua posição como um aliado orientado para a parceira e criação de valor.

30 ANOS DE PIONEIRISMO E COMPROMISSO COM O FUTURO

Sob a liderança de Vítor Guisado, a Amorlux tem vindo a afirmar-se como um nome de referência no panorama empresarial em Portugal. Em entrevista, o CEO falou sobre os desafios do setor e sobre o compromisso com a sustentabilidade. Com uma abordagem que alia visão de futuro e tecnologia, Vitor partilhou como a Amorlux está a posicionar-se para responder às necessidades de um mundo em constante mudança.

Fundada em 1994 por Vítor Guisado, a Amorlux, Projetos e Instalações Elétricas, Lda é uma empresa sediada no Seixal que tem crescido de forma sustentada e que desenvolve uma relação próxima com a comunidade. Quando há 30 anos decidiu criar o negócio, Vítor precisava de um nome para registar. Como «amorense de gema», acabou por escolher Amorlux, um nome reconhecido nacionalmente e sinónimo de competência e excelência comprovados pelos diversos prémios PME Líder e PME Excelência que lhe foram atribuídos.

A atividade da Amorlux compreende o desenvolvimento, engenharia, instalação e assistência técnica de instalações especiais em

empreendimentos habitacionais, escritórios, unidades industriais, unidades hoteleiras e infraestruturas públicas e construção.

A empresa tem cinco áreas específicas de atuação: segurança, eletricidade, redes estruturadas, energias alternativas e gestão técnica. Desenvolve sistemas de controlo de acessos, fabrica e instala quadros elétricos, desenvolve e implementa instalações elétricas de baixa tensão, instala e certifica redes estruturadas ou implementa sistemas de controlo específicos para aplicações de climatização, iluminação e racionalização de energia em edifícios.

Da carteira de clientes fazem parte o Metro Transportes do Sul, vários hotéis de norte a sul do país, empreendimentos, empresas e ministérios.

Após 30 anos, a preocupação com o cliente mantém-se em cada trabalho executado e é essa marca que melhor vende a Amorlux, uma empresa que se destaca pelo compromisso com a qualidade, inovação e satisfação do cliente. A atividade da Amorlux compreende o desenvolvimento, engenharia, instalação e assistência técnica de instalações especiais em empreendimentos habitacionais, escritórios, unidades industriais, unidades hoteleiras e infraestruturas públicas e construção

Vitor Guisado, CEO

A Amorlux celebra 30 anos de sucesso em 2024. Quais foram os maiores desafios enfrentados pela Amorlux ao longo dessas três décadas e como é que a empresa os superou? Quais foram os momentos decisivos que ajudaram a moldar a identidade e o sucesso da Amorlux?

Começámos em áreas inovadoras como Gestão Técnica Centralizada de Edificios (GTC) e Segurança Eletrónica (Deteção e Extinção de Incêndios) como determinava o mercado nos anos 90 com a construção de novos hospitais (Cova da Beira e Portimão) e grandes parques de escritórios empresariais na região de Lisboa como 17 edifícios na Quinta da Fonte em Porto Salvo. Daí, alargámos para complexos habitacionais como condomínios e edifícios e moradias de gama alta nos anos 2000, bem como energias renováveis, nomeadamente fotovoltaicos.

Mais tarde e, a partir da década de 2010, seguindo a tendência de Portugal estar na moda, enveredámos pelo setor da Hotelaria onde fizemos até hoje diversos hotéis

Transparência, honestidade, mente aberta e boa vontade são os valores que tento incutir e promover dentro da organização

Como vê a evolução do setor em que a Amorlux atua? Quais são as principais mudanças que marcaram o mercado e como é que a empresa se adaptou? O que acredita que diferencia a Amorlux de outras empresas do setor e contribuiu para o seu sucesso duradouro?

A Amorlux, no momento, tem uma abrangência muito grande no setor onde atua, pois fazemos sinergias de todas as valências na nossa atividade e isso diferencia-nos das outras empresas, uma vez que estamos constantemente em inovação, como por exemplo no setor da Domótica (vulgo casas inteligentes), ou no setor das energias renováveis.

A evolução da tecnologia tem impactado profundamente os negócios. Como a Amorlux tem integrado novas tecnologias e inovação nos seus processos para se manter competitiva?

Neste momento, a maioria das nossas instalações já são controladas remotamente através de aplicações a partir dos telemóveis a partir de qualquer parte do mundo. Outra vertente passa pelas ferramentas, ou seja, só usamos máquinas e ferramentas a bateria sem fios e em plano de leasing, em que temos sempre máquinas topo de gama e que já dispõem de rastreio por GPS.

Como é que a Amorlux tem investido no desenvolvimento e na capacitação da sua equipa ao longo dos anos? Qual a importância do fator humano no sucesso da empresa?

Através de formações e de uma política de transparência total do conhecimento e em que todos os colaboradores podem executar todas as atividades, não havendo setores especiais ou atividades dentro da organização. O fator humano é, hoje, de importância capital devido à falta de mão de obra especializada.

A empresa recebeu recentemente a Medalha de Mérito Empresarial da Câmara Municipal do Seixal. O que esta distinção representa para a Amorlux e para a sua equipa? Como acredita que a comunidade empresarial e local tem visto o impacto da Amorlux na região?

Representa o reconhecimento da comunidade ao nosso empenho. A Amorlux é muito mais do que isto. A empresa tem uma forte ligação à freguesia de Amora e é um dos principais patrocinadores do Amora Futebol Clube, apoio esse que foi reconhecido já este ano com o troféu de patrocinador da década.

A Amorlux é muito mais do que isto. A empresa tem uma forte ligação à freguesia de Amora e é um dos principais patrocinadores do Amora Futebol Clube, apoio esse que foi reconhecido já este ano com o troféu de patrocinador da década

Quais são os planos da Amorlux para 2025? Que objetivos a empresa tem para continuar a crescer e destacar-se no mercado?

Para 2025, os objetivos da Amorlux passam por continuar nos setores onde já atua e estar atentos às tendências da economia.

Como CEO, como define o papel da liderança na trajetória da Amorlux? Quais foram os valores que procurou promover ao longo da sua gestão?

A liderança foi sempre o motor, estando presente, participando das decisões e dando o exemplo diariamente a todos os colaboradores. Transparência, honestidade, mente aberta e boa vontade são os valores que tento incutir e promover dentro da organização. Cumprimento de prazos e pagamentos são sagrados nesta empresa. Nunca falhámos um pagamento em 30 anos.

Com 30 anos de experiência, que conselhos daria a outras empresas ou empreendedores que estão a começar agora?

Dar o seu melhor a cada dia.

geral@amorlux.pt www.amorlux.pt

RESILIÊNCIA E CRESCIMENTO NO SETOR AUTOMÓVEL

José Grosso, CEO da GrossoRent, é um exemplo de como a perseverança e a capacidade de adaptação podem transformar um sonho em realidade. Fundada a solo em 2013, a empresa especializada no aluguer de viaturas tem demonstrado um crescimento consistente, superando desafios económicos e transformações no mercado automóvel.

De Leiria para o mundo

A história de José Grosso é um exemplo inspirador de determinação e reinvenção. Natural de Leiria, o empresário encontrou o seu caminho no competitivo setor automóvel, mas a trajetória que o trouxe até aqui foi tudo menos linear. Antes de se entrar para o aluguer de viaturas, começou no ramo do desporto e restauração, onde trabalhou durante vários anos. Apesar do sucesso no setor da restauração, e um dos mentores de uma época dourada de bares no Terreiro-Leiria sentia-se ‘preso’ a uma rotina que não o preenchia. Foi então que tomou uma decisão: vender o restaurante e o bar que geria. “Foi o dia mais feliz da minha vida”, recorda, sublinhando o alívio e a liberdade que sentiu ao dar o passo que mudaria a sua vida.

O caminho até ao sucesso no setor automóvel não foi imediato. O primeiro projeto revelou-se um desafio maior do que

o esperado onde manter honra e amizade o fez perder muito. Contudo, em 2013, José decidiu arriscar novamente, desta vez sozinho, fundando a GrossoRent. O nome da empresa é um tributo às suas raízes e á cidade que o viu crescer – uma escolha carregada de simbolismo, ainda que inicialmente contestada por especialistas em marketing. “A receção ao nome não foi das melhores, especialmente no mercado Brasileiro, onde o nome Grosso tem uma conotação negativa. Mas, com o tempo, a marca foi ganhando força”, explica.

O arranque da GrossoRent deu-se num contexto económico desafiante, marcado pela crise. No entanto, José Grosso transformou a pequena frota inicial num negócio em crescimento constante. Atualmente, a empresa é o reflexo de uma história de resiliência e da capacidade de transformar sonhos em realidade, mesmo quando o percurso parece impossível.

A confiança nos nossos serviços permitiu alugar três viaturas premium a Elon Musk na sua visita há bem pouco tempo a Portugal

A fórmula do sucesso

Num mercado de aluguer de carros marcado pela presença dominante de multinacionais, José Grosso e a sua empresa desafiam as probabilidades e conquistam espaço graças a uma abordagem que privilegia o toque humano e a personalização.

Para o empresário, o segredo não está apenas no preço competitivo, mas na forma como cada cliente é tratado: “Trato os meus clientes como amigos, com uma relação de confiança. Se precisarem de um carro melhor, resolver um problema de oficina ou de mobilidade, resolvo na hora, sem complicações”, destaca.

José Grosso, CEO

Se um cliente precisar de um carro melhor por um tempo, basta ligar-me e resolvo imediatamente.

Trato os meus clientes como amigos, mantendo uma relação de confiança

Ao contrário de muitas empresas que recorrem a call centers, a GrossoRent opta por uma comunicação direta/pessoal, ágil e transparente. “Explicamos todos os direitos dos clientes e oferecemos o melhor preço possível”, sublinha. Essa proximidade, aliada à qualidade do serviço, tornou-se a base para fidelizar clientes – muitos deles fiéis há mais de 20 anos.

A personalização é outro pilar essencial do negócio. Com uma frota de centenas de viaturas, a empresa adapta-se às necessidades de turistas, famílias ou empresas. O serviço vai além do básico: entrega e recolha de carros nos aeroportos e uma linha de contacto simplificada via WhatsApp transformam a experiência em algo prático e acolhedor. “A minha abordagem é distinta. Se um cliente precisar de um carro melhor por um tempo, basta ligar-me e resolvo imediatamente. Trato os meus clientes como amigos, mantendo uma relação de confiança”, partilha.

Num setor onde a concorrência é feroz, José Grosso demonstra que a diferença está na simplicidade e na transparência. Transformar cada interação num momento de confiança é a chave que continua a abrir portas no mercado de aluguer de carros. A confiança nos nossos serviços permitiu alugar três viaturas premium a Elon Musk na sua visita há bem pouco tempo a Portugal, destaca

A resiliência do setor automóvel no pós-covid

O setor automóvel viveu momentos de grande turbulência após a pandemia da Covid-19, expondo fragilidades nas cadeias de fornecimento globais e lançando novos desafios para empresas como a GrossoRent. A escassez de veículos tornou-se uma realidade incontornável, alimentada pela falta de peças essenciais e por interrupções logísticas sem precedentes. “A produção de carros foi severamente afetada e, para justificar a escassez, surgiram várias explicações, como a falta de aço/ferro por ter destino a material bélico para a Ucrânia e problemas logísticos”, explica José.

Com a necessidade constante de renovar a sua frota para garantir a mobilidade dos clientes, a empresa enfrentou momentos de incerteza. Mas nem por isso abdicou da sua missão de oferecer um serviço de qualidade. “Foi um desafio, mas adaptámo-nos para assegurar a confiança dos nossos clientes”, destacando a força da equipa e a importância de uma visão estratégica para ultrapassar os tempos difíceis.

A pressão da mobilidade verde Além das disrupções logísticas, a transição para a mobilidade elétrica revelou-se um segundo grande desafio. Se, por um lado, está em linha com o objetivo global de sustentabilidade, por outro, a implementação apressada das metas ambientais criou tensões em toda a indústria. “As marcas tiveram que adaptar-se rapidamente a estas metas ambientais e aumentar a produção de veículos elétricos. Porém, deveria ter sido dado mais tempo para essa transição”, defende o empresário. A GrossoRent, contudo, manteve o foco em garantir uma frota diversificada, capaz de atender tanto às exigências de sustentabilidade quanto às necessidades de mobilidade aos seus clientes. Destaca também que o Turismo em Portugal deveria estar na agenda do Ministério da Economia por ser um motor de economia do negócio em Portugal.

Uma presença nacional com desafios

A história da GrossoRent é um reflexo de superação e crescimento sustentado, com uma trajetória que começou em Leiria, numa altura em que o mercado estava em crise e a empresa enfrentava desafios significativos. A localização, sem grandes oportunidades devido à ausência de aeroportos, não foi obstáculo para a sua visão arrojada. Determinada a expandir, a empresa deu os primeiros passos em Lisboa e no Porto, locais com um potencial de aluguer mais elevado, onde o movimento é maior e as oportunidades mais amplas.

O nosso compromisso com o cliente e a nossa forma de trabalhar são o que nos diferencia. Crescemos com os nossos clientes e, juntos, seguimos em frente

Atualmente, a equipa da GrossoRent é distribuída por várias cidades: “Em Leiria, a equipa central mantém a sua base de operações, enquanto no Porto há dois colaboradores e, em Lisboa, o núcleo da empresa é composto por sete pessoas”, descreve. Apesar de a capital ser o centro de maior volume de alugueres e de maior potencial devido à predominância de alugueres de curta e média duração, Leiria mantém-se com uma movimentação intensa, particularmente em alugueres de curta duração.

De um pós-pandemia marcado pela incerteza, surge uma lição de adaptação e visão estratégica, que pode servir de inspiração para o setor automóvel e além.

O futuro: expansão contida e melhoria contínua

Com uma frota limitada, José Grosso tem uma visão clara para o futuro da empresa. “A nossa estrutura é pequena, mas tem funcionado bem até agora”, explica. Embora o aumento da frota seja uma possibilidade, a prioridade não passa por uma expansão desmesurada. “Já cresci mais do que queria. O meu objetivo agora é manter a frota atual e garantir uma faturação estável. Prefiro ter tranquilidade e saber que os problemas estão resolvidos ao dia”, acrescenta.

Num mercado altamente competitivo, onde a pressão por resultados é constante, a empresa aposta no que realmente faz a diferença: confiança, atendimento personalizado e a capacidade de se adaptar às necessidades dos seus clientes. “O nosso compromisso com o cliente e a nossa forma de trabalhar são o que nos diferencia. Crescemos com os nossos clientes e, juntos, seguimos em frente”, conclui.

Com um crescimento constante e uma visão focada na qualidade e sustentabilidade, a GrossoRent demonstra que a perseverança e a inovação são essenciais para o sucesso no mercado atual.

reservas@grossorent.com

NIGEL: UMA HISTÓRIA DE SINGULARIDADE NO SETOR DO PESCADO

Peniche é um pilar estratégico que sustenta a operação da Nigel. Segundo Elsa Nicolau, a proximidade ao mar e às lotas é um dos principais fatores que garantem o acesso ao pescado fresco, elemento essencial para a qualidade dos seus produtos. “Grande parte dos colaboradores aqui em Peniche possui conhecimento e habilidade na manipulação do peixe, fruto da tradição local, embora reconheça que as gerações mais jovens já não têm a mesma predisposição”, destaca.

Além disso, a península oferece uma vantagem única: a possibilidade de captar água do mar através de um furo para a lavagem do pescado. “Este benefício seria impossível numa localização diferente, reforçando a importância estratégica de estarmos aqui em Peniche para o sucesso da nossa atividade”, explica.

Da tradição à inovação no portefólio de produtos

Desde a sua fundação, a Nigel tem-se destacado pela capacidade dos seus produtos. Em 2010, a empresa diversificou

Fundada a 1958 em Peniche, uma das principais cidades portuárias de Portugal, a Nigel é um dos nomes de destaque no setor de transformação, congelação e comercialização de pescado. Com uma história marcada pela capacidade de adaptação às exigências de um mercado em constante evolução, a empresa alia tradição e inovação, mantendo-se fiel ao compromisso com a qualidade e a sustentabilidade. Elsa Nicolau, CEO da empresa, partilha os principais marcos, as estratégias de expansão e a visão para o futuro

O mundo hoje é muito diferente do que era há cinco ou dez anos, com um crescimento significativo da dimensão digital. É crucial acompanhar esta evolução rápida para responder às necessidades dos clientes e criar oportunidades em novos mercados

José Nicolau (Pai) e Elsa Nicolau,CEO

A aceitação tem sido muito positiva, tanto no mercado nacional – em cadeias como o El Corte Inglés e outros retalhistas – como internacionalmente, em países como o Brasil e o Canadá.

Os consumidores valorizam a qualidade e voltam a repetir, o que nos motiva a continuar a inovar

o portefólio, introduzindo refeições prontas à base de peixe, como polvo à lagareiro, medalhões de pescada com molho de bechamel, e hambúrgueres de salmão e cavala. “Não utilizamos subprodutos ou partes menos nobres do peixe, mas ingredientes de qualidade comparável a uma refeição de restaurante”, descreve Elsa.

O desenvolvimento destes produtos conta a colaboração de instituições como o Politécnico de Leiria e com a equipa interna da Nigel, refletindo o compromisso da empresa com a inovação. “A aceitação tem sido muito positiva, tanto no mercado nacional – em cadeias como o El Corte Inglés e outros retalhistas – como internacionalmente, em países como o Brasil e o Canadá. Os consumidores valorizam a qualidade e voltam a repetir, o que nos motiva a continuar a inovar”, acrescenta a empresária.

Certificação e confiança dos clientes

Outro marco no percurso da Nigel foi a obtenção da certificação IFS com uma pontuação de 93,10%. “Como 50% das

nossas vendas e grande parte da produção são direcionadas para exportação, esta certificação tornou-se imprescindível”, realça Elsa.

A certificação reforça a confiança junto dos clientes, tanto nos mercados europeus como no interno. “A nossa estratégia foca-se em atender às necessidades dos clientes, garantindo sempre um padrão consistente e cumprindo rigorosamente o que é acordado. Este compromisso tem sido essencial para fortalecer os laços com os nossos parceiros comerciais”, sublinha.

Investimento e eficiência operacional

Entre 2012 e 2015, a Nigel investiu 2,5 milhões de euros em remodelações que incluíram a construção de uma nova câmara de armazenamento e a instalação de painéis solares. Mais recentemente, entre 2020 e 2023, a empresa destinou três milhões

O investimento mais recente em equipamentos reflete o nosso compromisso em continuar a melhorar e a consolidar a nossa posição no setor

de euros para a modernização de equipamentos, automatizando linhas de produção e embalamento. “Automatizámos grande parte dos processos, o que nos permitiu aumentar de cinco para nove linhas de embalamento. Antes, cada linha exigia entre oito e dez pessoas, atualmente necessita apenas de três a quatro. Conseguimos produzir em apenas um turno de oito horas o que anteriormente exigia múltiplos turnos”, esclarece.

Estes avanços refletem-se não apenas na eficiência, mas também na competitividade da Nigel, que exporta para 23 países.

“O investimento mais recente em equipamentos reflete o nosso compromisso em continuar a melhorar e a consolidar a nossa posição no setor”, reflete.

Também a sustentabilidade é uma prioridade para a Nigel. Além do investimento em painés solares e sistemas de otimização energética, a empresa possui certificação MSC, que assegura práticas sustentáveis na cadeia de custódia do pescado. “Pretendemos criar novos produtos, utilizando os subprodutos do pescado, reduzindo o desperdício e contribuindo para a sustentabilidade. Este esforço é fundamental para o futuro da nossa atividade”, reforça Elsa.

Expansão global e feiras internacionais

A exportação é uma tradição na Nigel desde 1972, quando a empresa começou a vender para o Canadá. Atualmente, os produtos da empresa chegam a cinco continentes, incluindo mercados exigentes como França, Suíça, Inglaterra, Bélgica, Luxemburgo, Chipre, Brasil, Austrália, Canadá, USA, Hong Kong, África do Sul.

Segundo Elsa Nicolau, a participação em feiras internacionais, como a SeaFood Expo e a SIAL, desempenha um papel fundamental na estratégia da empresa. “Estes eventos permitem-nos manter contacto com clientes atuais e apresentar os nossos produtos a novos parceiros. Mais do que uma oportunidade de exposição, são uma forma de ajustar operações às necessidades específicas de cada mercado”, explica.

O futuro: inovação e adaptação

Com mais de 60 anos de história, a Nigel mantém-se focada em expandir os mercados existentes e explorar novos. “O mundo hoje é muito diferente do que era há cinco ou dez anos, com um crescimento significativo da dimensão digital. É crucial acompanhar esta evolução rápida para responder às necessidades dos clientes e criar oportunidades em novos mercados”, sublinha a CEO.

Para além da aposta na inovação e na adaptação digital, a empresária reforça a importância de continuar a fortalecer parcerias sólidas com os clientes. “Queremos crescer, corresponder às expectativas e aproveitar o potencial que o setor ainda oferece, seja através da aquicultura ou da pesca no mar”, conclui.

A Nigel, com a sua tradição, inovação e compromisso com a sustentabilidade, é um exemplo de sucesso empresarial, de resiliência e de visão no setor do pescado. A empresa continua a moldar o futuro da indústria, mantendo-se fiel às suas raízes e com os olhos postos nos destinos e oportunidades do mercado global.

nigel.peniche@nigel.pt • www.nigel.pt

REGIÃO OESTE

A região Oeste de Portugal é uma área rica em diversidade natural, cultural e económica, situada entre o Litoral Atlântico e o interior do país. Composta por 12 municípios, incluindo cidades como Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche, esta região destaca-se pela combinação harmoniosa entre paisagens costeiras, campos agrícolas e um forte património histórico. No âmbito empresarial, o Oeste é uma área de dinamismo económico, marcada por setores estratégicos como a agricultura, particularmente a fruticultura (com destaque para a produção de maçãs, peras e vinhos), o turismo, e a indústria transformadora. O tecido empresarial da região é caracterizado por pequenas e médias empresas (PME), muitas delas de gestão familiar, que impulsionam a economia local e contribuem significativamente para as exportações. Adicionalmente, a proximidade a Lisboa e o acesso a importantes infraestruturas, como a autoestrada A8 e o Porto de Peniche, favorecem a atratividade para novos negócios e investimentos. A região também tem investido na inovação e no empreendedorismo, destacando-se pela capacidade de adaptar-se às novas tendências globais e às exigências do mercado internacional.

UTILIZAR A IA PARA PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA DE TODOS OS CIDADÃOS

Vivemos uma revolução tecnológica de informação e comunicação. Revoluções tecnológicas trazem progresso e elevam a qualidade de vida coletiva para níveis inegavelmente superiores. Em períodos de (r)evolução, é porém observável, progresso a diferentes velocidades: os que avançam ao ritmo do desafio, e outros, que não acompanhando o movimento, acabam excluídos dos seus benefícios. A realidade portuguesa reflete esta tendência, quando observamos valores de literacia digital de 86% entre os jovens e 17% na população com mais de 65 anos. Para criar melhoria da qualidade de vida através de soluções digitais, é necessário que hajam condições e competências que possibilitem o acesso a todos. Outro aspeto por vezes ignorado pelos impulsionadores do digital, é a sua aceitação social. Este conceito é definido sociologicamente pela forma como a sociedade, ou grupos da mesma, aceitam a inovação como parte integrante das suas vidas. O recurso a soluções tecnológicas para problemas de sociedade, deve visar a adoção de novos hábitos por parte dos diversos grupos demográficos e socioeconómicos, integrando as suas especificidades. Em geral, todos reconhecemos algum benefício da era digital, mesmo quando oferecemos resistência. A formação pode

ter um papel importante na desmistificação das novas tecnologias, mas a participação da comunidade no processo de desenvolvimento e implementação desta forma de inovação social, pode ser um aliado ainda mais forte para a sua adoção.

Um tema que alimenta discussões na atualidade é o da Inteligência Artificial (IA) e o impacto na sociedade da sua generalização. De forma racional, compreendemos o enorme potencial ao nosso alcance, se usada com transparência e sensibilidade social. A sustentabilidade desta tecnologia é possível, quando munidos das motivações certas, utilizarmos a IA para promover a qualidade de vida de todos os cidadãos, sem exclusões.

O projeto eXtendRCity apresenta-se como defensor destas boas práticas, desenvolvendo um demonstrador de tecnologias IA generativa e XR avançada, para criar um assistente virtual socialmente aceitável. Este demonstrador integra um projeto europeu, SERMAS*, codesenvolvido pela inknow solutions, a Kontraproduções e o Município de Torres Vedras. O assistente será instalado num ecrã exterior, potenciando a interação entre os cidadãos e o seu meio urbano. Ao alavancar a tecnologia XR com um avatar amigável que oferece informações em tempo real, o projeto visa desenvolver o sentido de identidade cultural, enquanto recolhe opiniões relevantes para o projeto de reabilitação urbana em curso. A experiência acumulada no desenvolvimento deste projeto abre inúmeras possibilidades de exploração nos mais diversos setores económicos, como por exemplo em zonas turísticas, comerciais ou de serviços públicos. O eXtendRCity irá dar uma contribuição para responder a questões que nos aproximam de uma forma responsável de interação entre o homem e a máquina.

*O projeto eXtendRCity recebeu indiretamente financiamento da UE, através do SERMAS OC2 DEMONSTRATE executado no âmbito do projeto SERMAS (G.A. 101070351). As opiniões são, no entanto, apenas dos autores e não refletem necessariamente os da UE ou do SERMAS, que não podem ser responsabilizadas por eles.

Ana Veloso-Luís, inknow solutions

PREDIMED RAINHA A REFERÊNCIA IMOBILIÁRIA NA REGIÃO OESTE

Nos últimos dois anos, a Predimed Rainha consolidou-se como uma das agências imobiliárias mais dinâmicas das Caldas da Rainha, destacando-se pela combinação de proximidade com os clientes, ética profissional e visão estratégica. À frente deste projeto está Pedro Mendes da Silva, um empreendedor apaixonado que transformou desafios em oportunidades e criou uma marca que se diferencia num mercado altamente competitivo.

Pedro Mendes da Silva, CEO

A origem de um projeto inovador

A Predimed, uma rede imobiliária em grande crescimento em Portugal, está a revolucionar o setor com uma abordagem inovadora que combina um sistema de remuneração atrativo para os consultores e um serviço personalizado aos clientes. Este equilíbrio visa garantir a máxima qualidade nos momentos cruciais da compra ou venda de imóveis, conquistando um espaço de destaque num mercado em constante mudança. Com o impacto do teletrabalho e a crescente procura por residências em áreas mais tranquilas, a Predimed tem demonstrado capacidade de adaptação às novas tendências. Este posicionamento estratégico foi o que atraiu Pedro Mendes da Silva.

O empresário iniciou a sua trajetória no setor imobiliário há mais de dez anos, num ambiente familiar. Contudo, a ambição de ir além levou-o a fundar uma imobiliária em parceria com dois sócios nas Caldas da Rainha. Apesar do sucesso inicial, conjuntamente com os ex-sócios, optou por dissolver a sociedade e seguir um caminho independente. Foi nesse momento que se deparou com a oportunidade de integrar a Predimed, uma marca já consolidada com 20 anos de experiência no mercado. “Quando decidi trabalhar sozinho, percebi que era mais estratégico juntar-me a uma marca já existente. Escolhi a Predimed e abri a primeira agência nas Caldas da Rainha. Desde então, o crescimento tem sido exponencial, e a decisão revelou-se acertada para ambas as partes”, explica.

Os pilares diferenciadores da marca

Apesar de a Predimed Rainha ser uma agência relativamente jovem, o seu crescimento reflete a experiência acumulada da marca Predimed, aliada à visão de Pedro Mendes da Silva. A aposta em princípios como a proximidade com os clientes e a transparência nos negócios tem sido essencial para este progresso: “A nossa mis-

Prezamos um atendimento personalizado e ajustado às necessidades de cada caso, garantindo uma experiência positiva com suporte dedicado em todas as etapas do processo

são é atender o cliente de forma exímia, encontrando a casa ideal. Para isso, prezamos um atendimento personalizado e ajustado às necessidades de cada caso, garantindo uma experiência positiva com suporte dedicado em todas as etapas do processo”.

Também a adoção do código de ética da NAR (National Association of Realtors), promovido em Portugal pela Portuguese International Association of Realtors, é outro fator que diferencia a Predimed Rainha. “A subscrição deste código reforça a credibilidade e a confiança que queremos transmitir aos clientes. Acredito que a transparência é o futuro do setor imobiliário em Portugal”, defende.

Pedro é enfático ao afirmar que o foco deve estar sempre no cliente vendedor, mesmo quando o pagamento advém do comprador. Este princípio, ainda pouco comum no mercado português, tem raízes no sistema MLS norte-americano que promove a partilha de imóveis entre agentes, algo que acredita ser essencial para aumentar a eficiência e a confiança no mercado português.

Equipa pequena, resultados grandes

A equipa da Predimed Rainha é composta por cinco membros, mas a sua dimensão reduzida não é um entrave. Para Pedro, a seleção criteriosa e o alinhamento de valores são mais importantes do que o número de colaboradores. “Já tive experiências negativas ao contratar pessoas desalinhadas com a visão da empresa. É preferível ter uma equipa pequena e coesa do que uma grande com elementos desajustados”.

Além disso, o foco na experiência e formação contínua dos colaboradores é crucial. A Predimed adota um modelo de formação especializada, tanto interna como externa, para garantir que cada membro da equipa tenha as ferramentas necessárias para oferecer um serviço de excelência. “O modelo das agências Predimed é estruturado com brokers experientes, que não só lideram mas também formam as suas equipas com o suporte total da marca”, explica o empresário. Contudo, a prioridade está em atrair comerciais já consolidados, oferecendo comissões elevadas como incentivo.

Atualmente, as pessoas percebem que podem viver fora de Lisboa e, em menos de uma hora, estar no trabalho ou nos principais pontos da cidade

A região oeste como atrativo estratégico

A região oeste está a conquistar corações e a transformar-se num dos destinos de eleição para quem procura qualidade de vida e proximidade dos grandes centros urbanos. “Atualmente, as pessoas percebem que podem viver fora de Lisboa e, em menos de uma hora, estar no trabalho ou nos principais pontos da cidade. Esta zona destaca-se por ter tudo: natureza, um microclima fantástico, uma rede educativa de excelência e uma cultura artística variada, como a que encontramos nas Caldas da Rainha”, relata Pedro.

Além das Caldas da Rainha, áreas como Bombarral, Cadaval e Óbidos têm registado um crescimento significativo na procura. No entanto, segundo o empresário, locais costeiros como Nazaré e Peniche estão a atingir níveis de saturação, o que leva os compradores a explorar opções no interior.

O significado do sucesso

Para Pedro Mendes da Silva, liderar a Predimed Rainha vai além dos números. É um reflexo de uma vida dedicada ao autoconhecimento e à superação de desafios. Após experiências profissionais em diferentes áreas, encontrou no setor imobiliário a sua verdadeira paixão. “Hoje, acordo todos os dias com a sensação de realização. Preciso de metas e desafios para me sentir vivo, porque empreender

não é fácil, mas é o meu caminho. É preciso acreditar, investir e lutar”, declara. Além disso, acredita que o sucesso no ramo imobiliário depende de paixão e dedicação. “Sem paixão, qualquer negócio está condenado ao fracasso. Aprendi que o segredo não está apenas em vender casas, mas em vender sonhos, confiança e amor pelo que faço”, reflete. O empresário aconselha futuros empreendedores a abraçar a liderança, mesmo que isso signifique enfrentar medos e assumir responsabilidades. “Liderar é desafiante, mas é onde reside o verdadeiro crescimento pessoal e profissional”, conclui.

Um futuro com propósito

Com os pés bem assentes no presente e os olhos postos no futuro, Pedro partilha uma visão clara e determinada para o futuro da empresa: “Tenho outros projetos na minha cabeça, contudo a minha prioridade é ver este alavancado e bem encaminhado”.

Num mercado onde o crescimento acelerado é muitas vezes a meta, o entrevistado traça um caminho diferente, pautado pela sustentabilidade e fidelidade à essência da marca. “Não tenho interesse em crescer só porque sim. Quero crescer, mas continuar com a qualidade e essência que nos define”, sublinhando o compromisso em não perder de vista o que torna a Predimed Rainha única. O futuro da Predimed Rainha parece assim promissor, com a promessa de um desenvolvimento sólido, pensado ao detalhe e com foco na excelência. A ambição é evidente, mas não atropela a missão que já define a empresa no presente. E com Pedro Mendes da Silva ao leme, os próximos passos prometem consolidar ainda mais a sua posição no mercado.

914 500 807 (chamada para rede móvel nacional) rainha@predimed.pt • www.predimed.pt/rainha

A VISÃO HUMANA POR TRÁS DA HOMAZE

O percurso de Rita Pinto, CEO da Homaze, é uma história de resiliência, reinvenção e paixão por um setor que, embora muitas vezes subestimado, impacta profundamente a vida das pessoas: o imobiliário. Em entrevista, partilha como, de forma inesperada, encontrou na Lourinhã a oportunidade de construir uma carreira que reflete os seus valores e uma abordagem diferenciada.

O nascimento do projeto

Rita Pinto, natural de Lisboa, nunca imaginou que trocaria o ritmo frenético da capital pelas paisagens da Lourinhã, muito menos que criaria a sua própria agência imobiliária. Contudo, a vida tem formas curiosas de nos levar onde menos esperamos.

A mudança começou por volta de 2006, num período de transição. Os seus pais tinham iniciado um projeto na região e, simultaneamente, Rita sentia o peso de uma rotina desgastante em Lisboa. “Decidi arriscar quando surgiu a oportunidade de trabalhar numa imobiliária. Saí do meu emprego, não por uma grande paixão pela área, mas porque fazia sentido naquela altura”, admite.

O início foi tudo menos fácil, mas com o tempo, os desafios transformaram-se em aprendizagens. “Na altura, por saber um pouco de inglês, comecei a ser recomendada para atender clientes internacionais. Esse contacto despertou o meu interesse por este mercado”, recorda.

Mais tarde, ao colaborar com uma empresa belga de gestão de projetos, a empresária aprofundou os seus conhecimentos, uma experiência determinante para moldar a sua visão sobre o setor. Quando regressou ao imobiliário, percebeu que queria criar algo que refletisse a sua abordagem: próxima, personalizada e profissional. Assim nasceu a Homaze, uma agência imobiliária que a CEO define como uma extensão dos seus valores. “Para mim, o verdadeiro trabalho imobiliário vai além das transações. Trata-se de cuidar do cliente de forma humana e próxima. Foi esse princípio que quis trazer para a minha marca”, explica.

É imprescindível elevar os padrões de entrada na profissão e investir na formação.

Apenas assim conseguiremos que quem trabalha com seriedade e dedicação receba o reconhecimento que merece

Um negócio à sua imagem

Apesar da clareza de visão, o caminho não foi fácil. Desde os primeiros passos no arranque da sua agência, cada detalhe teve o seu toque pessoal. “Cheguei a pendurar estores sozinha no escritório”, recorda, exemplificando a determinação que marcou o início do projeto. No entanto, percebeu que liderança vai além de empenho. “Achava que bastava contratar uma coordenadora e comerciais competentes para tudo fluir naturalmente, mas a verdade é que não estava preparada para gerir uma equipa”. A lição, como tantas outras, veio com o tempo. Atualmente, passados dois anos, Rita continua na linha da frente na área comercial. “Desde 2022, faço tudo: angariação, visitas, vendas e acompanhamento. É assim que consigo garantir uma ligação direta com os clientes, do início ao fim”.

Apesar da carga, a líder encontrou um importante equilíbrio com a chegada de Tânia Querido, uma profissional com formação em marketing e comunicação. A nova parceria trouxe estrutura e minuciosidade ao dia a dia da agência. “A Tânia é organizada,

Rita Pinto, CEO com Tânia Querido, Marketing & Front Office Manager

metódica e complementa o meu perfil impulsivo. Ela já sabe o que vamos publicar daqui a três semanas”, elogia Rita.

Entre aprendizagens e conquistas, é uma prova de que o crescimento empresarial é também uma jornada de autodescoberta e adaptação.

Um mercado em transformação

No competitivo mundo do imobiliário, Rita destaca-se pela sua crítica ao modelo tradicional das grandes redes. Para a CEO, muitas destas empresas funcionam mais como máquinas de recrutamento do que como organizações centradas nas pessoas. “Contratam sem avaliar o valor humano ou a experiência oferecida ao cliente. Isso desvirtua o verdadeiro propósito deste setor: as pessoas”, defende. Outro ponto que a preocupa é a falta de regulação no mercado. “É essencial que existam formações e certificações obrigatórias. Afinal, estamos a lidar com o maior investimento da vida de alguém. Isso exige mais do que conhecimento técnico, requer preparação e seriedade”.

Foi essa visão que a levou a criar uma abordagem diferente, onde a confiança é o alicerce de tudo. “O que nos distingue é a forma como nos relacionamos. Muitos dos nossos clientes regressam porque sentiram que foram tratados com genuinidade. A nossa missão na Homaze vai muito além de vender casas, queremos proporcionar uma experiência que espelhe os nossos valores”.

A concorrência

Na Zona Oeste, onde o número de imobiliárias cresce a olhos vistos, Rita não sente a pressão da concorrência. “Eu não vendo apenas um serviço, eu vendo o meu serviço, com a minha marca e o meu toque pessoal”, destaca. A sua estratégia, passa por um trabalho baseado em recomendações, que alia qualidade a um atendimento

único. “Enquanto mantiver o nível de excelência, sei que continuarei a destacar-me”, sublinha. Como evidenciam os testemunhos:

“Acompanhei a Rita Pinto como consultor do comprador e só posso dizer que ela é uma profissional exemplar. Extremamente simpática, correta e atenta a todos os detalhes, antecipa as necessidades antes de qualquer outro interveniente. O seu profissionalismo tornou todo o processo simples e eficiente. Foi um verdadeiro prazer trabalhar com ela. Desejo-lhe muito sucesso!” — Francis David, Portugal.

“A Rita foi fundamental para a realização do nosso sonho de nos mudarmos para Portugal de forma permanente, vindos do Reino Unido. Num passo tão significativo para nós, garantiu que todo o processo de compra da nossa casa decorresse de forma tranquila e segura. Esteve sempre disponível para esclarecer qualquer dúvida, mantendo a comunicação em todas as etapas. Para além de ser extremamente simpática, é um verdadeiro exemplo na sua área e com um atendimento ao cliente incomparável. Recomendamos a Rita, sem qualquer hesitação, a quem pretenda comprar ou vender uma propriedade” — Paul e Julie Richards, Reino Unido.

A região tem-se revelado um mercado atraente, sobretudo para clientes estrangeiros, onde a empresária soube identificar este nicho e explorar o seu potencial. “Muitos dos meus clientes internacionais precisam de um serviço mais personalizado. São mais diretos no processo e compreendem o valor de investir em qualidade”, explica. Apesar disso, não desvaloriza o mercado nacional, que considera igualmente crucial. “Tenho muito orgulho em trabalhar com portugueses. Cada mercado tem as suas especificidades, e a chave é compreender e respeitar as necessidades de cada cliente”, conclui.

O futuro da Homaze

Rita encara o futuro da Homaze com uma visão pragmática e centrada no presente. “Não penso muito a longo prazo. O que importa é que hoje faço o que gosto, com paz de espírito e satisfação”, partilha. Embora aspire ao crescimento da empresa, para si, o mais relevante já foi alcançado: “Oferecemos um serviço de excelência e construímos confiança, e isso é o essencial”.

Um dos pilares que a CEO procura fortalecer é o prestígio da profissão de consultor imobiliário. “É imprescindível elevar os padrões de entrada na profissão e investir na formação. Apenas assim conseguiremos que quem trabalha com seriedade e dedicação receba o reconhecimento que merece”. Entre desafios e aprendizagens, a líder transformou a Homaze num projeto inovador que reflete a sua paixão e autenticidade, valores que se tornaram a assinatura do seu trabalho no competitivo mercado imobiliário português.

info@homaze.pt • www.homaze.pt

A HARMONIA FAMILIAR COMO SEGREDO DO SUCESSO

Foi em junho deste ano que o icónico Restaurante Camaroeiro Real voltou a abrir portas nas Caldas da Rainha. O Camaroeiro pertence agora ao grupo do Restaurante O Litro, e da mais recente Loja o Pacote. Em entrevista, Sara Vieira, Sócia-Gerente do Grupo, conta os desafios e as perspetivas para o futuro do grupo.

A ligação desta família com o Camaroeiro vem do facto da avó de Sara Vieira ter trabalhado neste espaço: “A minha avó trabalhou nesta casa no passado, e a ligação da minha mãe a este espaço é muito especial, pois cresceu entre o balcão e a cozinha do restaurante. Foi esta história que nos motivou a recuperar o Camaroeiro e a devolvê-lo à comunidade”, refere a entrevistada. Ao longo do último ano, a família empenhou-se na renovação e na modernização do espaço, mas sem que o restaurante perdesse a sua identidade. “Mantivemos pratos emblemáticos, como o Bife à Camaroeiro, que continua a ser o ex-libris da casa. Contudo, trouxemos também um conceito inovador para a cidade: uma cervejaria club, com um bar no piso superior” afirma Sara.

Este modelo de cervejaria Club permite aos clientes não só desfrutar de uma boa refeição, mas também prolongar a noite, sem necessidade de procurar outros espaços. É um conceito que já se vê em Lisboa e no Porto, mas que era inexistente nas Caldas da Rainha.

“Para além da parte gastronómica, quisemos criar um espaço acolhedor e dinâmico, onde as pessoas se sintam em casa. E estamos a conseguir, quase todos os dias temos a casa cheia, o que nos enche de orgulho e valida o esforço que fizemos para manter a tradição, ao mesmo tempo que inovamos” refere a entrevistada.

A animação é sempre garantida, especialmente às sextas e sábados, quando há a presença de um DJ, o espaço encerra aos domingos e segundas-feiras, mas de terça a quinta estão abertos das 12h00 às 00h00, e às sextas e sábados prolongam o horário até às 02h00 da manhã. O objetivo é apresentar alternativas, especialmente durante a semana, com atividades pontuais e criativas, o grupo esforça-se também para divulgar tudo de forma ativa, para que quem os acompanha esteja sempre a par das novidades.

Trabalhar em família

O Grupo é constituído por Sara Vieira, a mãe Zélia Marques, os irmãos Tomás Vieira e Maria Inácio, e Pedro Mazarelo. Sara garante que trabalhar com a família é, sem dúvida um desafio, mas também uma experiência única. “Muitas vezes, durante os almoços de domingo, temos a oportunidade de debater assuntos que durante a semana não conseguimos, porque estamos todos ocupados. A minha mãe, o meu irmão e eu, às vezes não conseguimos encontrar um momento em que todos possamos estar juntos, mas ao domingo, é quando as coisas fluem. É uma altura em que surgem boas discussões “conta Sara. O processo, muitas vezes, envolve um brainstorming, em que a família fala abertamente do que pensam. A proximidade da família

Sara Vieira, Sócia-Gerente do Grupo

faz com que possam ser bastante diretos uns com os outros, e, mesmo que haja algum desentendimento, tudo acaba por se resolver no final do dia todos estão alinhados, e as coisas correm bem. “A minha mãe é, sem dúvida, o cérebro da operação. Ela é o motor que nos impulsiona, e, como costumo dizer, vamos atrás das suas ideias, mesmo quando a ideia parece um pouco diferente, acabamos sempre por nos convencer e dar o nosso melhor para que as coisas aconteçam. No início, a nossa reação à ideia de alargar o grupo e adquirir o Camaroeiro foi de dúvida, pois já tínhamos muito trabalho, no entanto, acabou por ser uma excelente decisão e o projeto tem corrido bem. O nosso trabalho em conjunto é muito importante, e mesmo eu estando mais na parte dos bastidores, sempre que necessário, estou lá para ajudar no que for preciso. A minha mãe sempre nos ensinou que este é um trabalho de equipa”.

A união entre a equipa é forte, e cada um sabe o seu papel, este espírito de colaboração é fundamental para o bom funcionamento do grupo.

O Grupo

Antes da aquisição do Camaroeiro Real, a família já geria o Litro, uma cervejaria focada em petiscos e pratos mais descontraídos, que também sofreu transformações desde que a família assumiu a gestão. “Estamos muito satisfeitos com o resultado, ambos os espaços completam-se, quem janta no Litro, muitas vezes, termina a noite no Camaroeiro, e vice-versa” conta Sara.

Mais recentemente, a família abriu a loja “O pacote” uma loja com produtos regionais do nosso país, ideal para quem deseja conhecer um pouco de cada região.

O grupo está empenhado em alavancar não só as suas marcas, mas também a região, foi num almoço de domingo que surgiu a ideia de dar vida à rua que outrora estava com ar de abandono. “A rua estava muito esquecida, apesar de ser uma zona muito movimentada da cidade. Foi então que nos lembramos da ideia de decorar a rua com

chapéus de chuva em que o cabo é um falo tipicamente caldense. A princípio, todos achavam que seria um projeto impossível, mas a minha mãe estava convencida de que seria possível e, depois de muito trabalho, conseguimos transformar a rua, com a ajuda de outros comerciantes. Foi um projeto coletivo, e a rua passou a ser vista como uma atração turística, algo que não estávamos à espera” a ideia dos chapéus com a cerâmica característica das Caldas , que acabaram por se chamar “chafalos”, foi um sucesso. “O trabalho tem sido duro, mas estamos focados em continuar a inovar e a dar o nosso melhor”, remata Sara.

Perspetivas futuras

Sara garante que o objetivo é focar-se no que têm neste momento, apesar de serem uma família que está sempre a pensar no futuro. Para além dos espaços que já possuem, todos os anos a família organiza o arraial de Natal. É uma festa inspirada no arraial tradicional, mas acontece no Natal, com música popular portuguesa e num espaço amplo, perto do Restaurante O Litro. “Este evento é gratuito e tem atraído muitas pessoas da cidade, que gostam de se reunir ali, no dia 23 de dezembro, antes da véspera de Natal. Este ano será a nossa terceira edição e já se tornou uma tradição” garante Sara.

O grupo demonstra-se empenhado em continuar a manter as tradições, mas também a inovar e enriquecer a cidade de Caldas da Rainha, trazendo a qualidade de sempre em todos os seus estabelecimentos.

913 532 200 (chamada para rede móvel nacional) ocamaroeiroreal@gmail.com

Tomás Vieira, Zélia Marques e Pedro Mazarelo

INTERMARCHÉ DA LOURINHÃ A ESSÊNCIA DA MUDANÇA

O Intermarché da Lourinhã faz parte do Grupo Os Mosqueteiros, reconhecido pela sua presença marcante no mercado europeu. Localizado na região Oeste de Portugal, o Intermarché da Lourinhã destaca-se por oferecer uma vasta gama de produtos alimentares. O casal, Leandra Pereira e José Pereira, assumiu recentemente a gerência desta unidade comercial e, em entrevista à Revista Business Portugal, contou-nos o seu processo e as metas futuras.

Foi em 2016 que o casal, Leandra Pereira e José Pereira, assumiu o Intermarché de Vila Nova de Santo André, uma unidade que já na altura contava com 20 anos de história. O gerente revela que, na altura, foi um desafio bastante interessante, e que fez com que crescesse a nível profissional. “Esse desafio foi crucial para o meu percurso, e para chegarmos aqui, o Intermarché da Lourinhã já existia, e graças ao nosso passado soubemos a melhor maneira de agir”, recorda o gerente, salientando que reforçar, ainda mais, o ADN dos mosqueteiros é uma meta bem traçada pela nova gerência.

Leandra e José viram a sua vida mudar quando souberam que iam ser pais de gémeos e, sem dúvida, que isso foi a razão de procurarem a mudança. “A nossa vida mudou completamente, estávamos longe da família, e não queríamos isso para os nossos filhos, queríamos dar-lhes uma infância feliz perto da família.

Aqui na Lourinhã estamos felizes e realizados, a nossa equipa tem sido incrível e dá-nos um carinho singular”, confessa Leandra.

Marcar pela diferença

O Intermarché da Lourinhã reconhece que o sucesso da sua operação está diretamente ligado à qualidade do atendimento e à competência dos seus colaboradores, devido à sua cultura o Intermarché consegue que cada loja seja uma família. E o grupo é gerido pelos gestores que dois dias por semana, vão todos à central e cada um desempenha uma função num determinado departamento, é um grupo bastante dinâmico e acolhedor.

Este grupo então, investe continuamente em programas de formação e desenvolvimento profissional, garantindo que as equipas estejam preparadas para responder às necessidades do mercado e dos clientes, e no Intermarché da Lourinhã não é

Leandra Pereira e José Pereira, Gerentes

exceção. “Queremos continuar a investir na formação dos nossos colaboradores, para oferecer o melhor serviço de excelência ao cliente. Gostamos que os nossos colaboradores saibam com o que trabalho, e isso também os deixa satisfeitos, e isso é uma vitória” remata José. A decoração de Natal do Intermarché da Lourinhã não deixa ninguém indiferente, a responsável por isso é Leandra, “queremos marcar pela diferença, gostamos que os clientes gostem do que veem e, sem dúvida, que a decoração natalícia é para que eles se sintam bem e entrem no espírito do Natal”, afirma Leandra.

Mudar a ideia que as pessoas têm sobre o talho das grandes superfícies comerciais também é uma das ambições do casal, “algo que quero mudar é o facto das pessoas verem os produtos do talho de supermercado como produtos de qualidade inferior, é uma das novas novidades em que iremos investir, queremos dar a máxima qualidade em todos os produtos ao nosso cliente” revela José.

Aposta nos produtores locais

Uma das mais-valias no contexto português, passa por o Intermarché ser conhecido por apoiar a agricultura nacional, trabalhando com produtores de várias regiões do país. Este foco na produção local também ajuda a preservar tradições culturais e gastronómicas, enquanto reduz o impacto ambiental associado ao transporte de mercadorias, a aposta em produtores locais é uma estratégia que beneficia todas as partes envolvidas e reforça em grande parte o compromisso do Intermarché com a sustentabilidade e a proximidade com a comunidade.

Um dos maiores desafios do casal tem sido conservar essa cultura com os produtores locais. “Estamos empenhados em fazer crescer ainda mais a nossa variedade de produtos locais, estamos muito contentes com os que temos até agora, e queremos aumentar a nossa variedade, estamos abertos a novas oportunidades. Queremos sem dúvida investir no bom, no local, no que é nosso”, afirma José.

A proximidade para com o colaborador e consumidor

O facto de os gerentes estarem em loja, com muita proximidade dos seus colaboradores faz toda diferença, “a melhor maneira de levar a minha equipa a bom porto também é isto que nós insistimos em fazer, mostrar o exemplo, mostrar que estamos ali com eles, eu tenho de estar cá para os ajudar, e também para perceber o que é o cliente procura. Fico muito feliz quando me abordam à procura de algo que não temos, gosto de saber o que procuram, para depois claro, fazer de tudo para efetivamente ter esse produto” refere José.

A área do retalho alimentar é uma área que está sempre em crescimento e, por consequência, aumenta também o volume da concorrência, mas isso não intimida o casal. “Acho que a concorrência é bastante positiva, faz-nos mudar, evoluir, e eu quero reinventar-me e ser melhor, melhorar o nosso espaço” revela José.

Foco no futuro

O casal demonstra ter uma dinâmica bastante organizada, focados sempre em reinventarem-se e melhorarem. Leandra, está mais ligada à parte da imagem do espaço e revela algumas ideias que tenciona pôr em prática. “Queremos apresentar ao cliente uma loja cuidada, que acompanhe as estações, e que transpareça os eventos que vivemos na nossa vida, como por exemplo o Natal. Não queremos criar uma rotina, uma loja que esteja sempre igual, esse claramente não é o nosso objetivo, queremos ser diferentes, não só pela decoração, mas também pela nossa resiliência, qualidade e atenção aos nossos clientes e colaboradores. Acredito que o Intermarché da Lourinhã tem ainda pela frente uma bonita história para viver”.

pdv12036@mousquetaires.com • www.intermarche.pt

YUKIMURA SUSHI DE EXCELÊNCIA NO OESTE

O Yukimura é um restaurante de sushi da região Oeste, fundado em 2016, que se inspira no lendário guerreiro samurai japonês: Sanada Yukimura. Com espaços em Lourinhã e Torres Vedras, oferece uma experiência gastronómica autêntica, destacando-se pela sofisticação e frescura dos seus pratos. O menu é diversificado, com opções de sushi de alta qualidade, disponíveis tanto para consumo no local como para take-away

Uma história de determinação e sucesso

O restaurante Yukimura nasceu de um sonho ousado, na Lourinhã, numa época em que abrir um restaurante de sushi parecia improvável. Contra todas as previsões, o Sócio-Gerente João Antunes decidiu desafiar as expectativas. “Recordo-me de, há vários anos, me dizerem que era impossível abrir um restaurante de sushi na Lourinhã. Mas sempre soube que nada é impossível. Basta ter vontade e que as energias se alinhem. E cá estamos, a caminho dos nove anos de existência”, relembrando com orgulho a sua trajetória.

Desde o início, o restaurante cresceu com o esforço diário e a persistência de quem acredita no seu projeto, enfrentando obstáculos e conquistando o seu espaço num mercado onde a culinária japonesa ainda era desconhecida. No entanto, o seu crescimento não se deve apenas ao trabalho árduo, mas também ao espírito de colaboração que sempre esteve presente. “O Yukimura sempre foi um projeto de todos. Ao longo do tempo, as ideias dos meus filhos, dos clientes e dos

colaboradores foram essenciais para o nosso desenvolvimento. Elas ajudaram a construir o restaurante que temos hoje”, reconhecendo a importância do trabalho coletivo no sucesso alcançado.

Atualmente, o Yukimura é um exemplo claro de como a determinação pode superar qualquer desafio. O que começou como uma aposta arriscada na Lourinhã transformou-se num marco na região, culminando na abertura de um segundo espaço em Torres Vedras.

A equipa: a alma da excelência gastronómica

João Antunes não esconde o brilho nos olhos quando fala da sua equipa. Para o Sócio-Gerente, o segredo do sucesso do restaurante vai

João Antunes, Sócio-Gerente

muito além da qualidade dos pratos ou da frescura dos ingredientes. A verdadeira força reside na dedicação, no talento e na paixão dos seus nove colaboradores. “Os meus restaurantes funcionam muitas vezes como uma escola. Tenho pessoas que chegaram sem experiência e, com o tempo, foram crescendo connosco, conquistando novas oportunidades. Sinto-me imensamente feliz ao ver o seu progresso, a forma como eles voam e levam consigo tudo o que aprenderam aqui”, confessa orgulhoso. No Yukimura, o ambiente é uma fusão perfeita entre rigor e descontração. A colaboração entre os membros da equipa é a base que sustenta o sucesso contínuo dos restaurantes. Cada elemento, seja na cozinha, no atendimento ou na gestão, tem um papel essencial, e sabe que pode contar com o apoio dos seus colegas para superar os desafios do dia a dia.

Para o empresário, a formação contínua é uma prioridade. “Um serviço de excelência não depende apenas da paixão, mas também do conhecimento e da experiência”, sublinha. É por isso que a equipa recebe formações regulares que os capacita para oferecer uma experiência gastronómica memorável. Desde a preparação cuidada do sushi até à atenção minuciosa ao cliente, cada detalhe é pensado para surpreender e encantar. A simpatia e o acolhimento são, sem dúvida, marcas registadas no Yukimura. Aqui, os clientes não encontram apenas um serviço profissional, mas também um calor humano que os faz sentir-se em casa. Essa combinação única de rigor e leveza transforma cada refeição numa experiência inesquecível, onde a excelência é a palavra-chave.

A essência do sushi no Yukimura

Escolher sushi de alta qualidade vai além do luxo, é uma questão de garantir uma experiência gastronómica segura, saborosa e que respeite a rica tradição japonesa. É precisamente isso que o restaurante Yukimura se propõe a oferecer aos seus clientes, com um compromisso inabalável com a excelência. “Temos plena consciência da importância da qualidade dos nossos produtos. Usamos um arroz próprio, acompanhado de peixe fresco e da melhor qualidade. Como o sushi envolve o consumo de peixe cru, sabemos que é fundamental ter todos os cuidados necessários. Garantimos que os nossos ingredientes são mantidos nas condições ideais, para proporcionar uma experiência única e segura aos nossos clientes”, refere o responsável. No Yukimura, cada prato é preparado com atenção e rigor, sempre com o objetivo de entregar a frescura e a qualidade que os verdadeiros apreciadores de sushi merecem.

Eventos que marcam a diferença

A organização de eventos bem-planeados, que refletem os valores e as necessidades dos clientes, é uma estratégia poderosa para se destacar no mercado e oferecer algo verdadeiramente único. A equipa do Yukimura sabe disso e está determinada a trazer as melhores experiências aos seus clientes. Após o êxito incontestável da Boat Party de 2023, o gerente revela que a missão de continuar a proporcionar momentos memoráveis está viva. “A Boat Party, que marcou o final do verão, foi um verdadeiro sucesso. Contámos com 300 lugares, e esgotámos todas as vagas em apenas uma semana. Foi uma festa

incrível, com sushi, bebidas, um DJ a comandar as pistas e, claro, muita animação. Os clientes adoraram, e já estão a perguntar quando será a próxima. Este ano não a fizemos, mas para 2025, quem sabe”, explica. João adianta ainda que a equipa tem grandes planos para o futuro: “A vontade de repetir uma dinâmica como esta é enorme. Sem dúvida, vamos voltar a fazer algo do género, e faremos tudo para que aconteça”, remata.O compromisso do Yukimura em criar eventos diferenciados continua forte, com a promessa de novas experiências que, certamente, irão deixar uma marca no coração dos clientes.

O caminho do Yukimura

João Antunes foi claro quanto ao rumo deseja para o Yukimura: uma evolução constante, mas sem perder a sua essência e os valores que sempre guiaram a marca. Para o empresário, a qualidade é uma prioridade inquestionável. “Queremos manter a nossa qualidade. Esse é, sem dúvida, o nosso maior compromisso e preocupação. Crescer é essencial, mas só faz sentido se o fazermos de forma a preservar os nossos princípios”, destaca. Nesse sentido, o Yukimura pretende uma expansão cuidadosa e sustentável, garantindo que o crescimento não ponha em risco os pilares que sempre sustentaram a sua visão: um atendimento atento e próximo ao cliente, e uma dedicação incansável à excelência em todos os detalhes. A qualidade continua a ser o alicerce sobre o qual o restaurante se constrói, assegurando que cada passo em frente seja dado com responsabilidade e respeito pelos seus valores.

Lourinhã . Torres Vedras yukimurasushibar@gmail.com www.yukimura.pt

CASA ANTERO ONDE TODOS SE SENTEM EM CASA

Caldas da Rainha tornou-se o palco de uma das mais emblemáticas histórias gastronómicas da região: a evolução do restaurante Casa Antero. O negócio, com raízes na tradição das tabernas portuguesas, transformou-se num espaço que equilibra a autenticidade com a modernidade, mantendo sempre um espírito acolhedor e familiar. Paulo Feliciano, um dos responsáveis pela Casa Antero e membro da segunda geração da família a liderar o empreendimento, conta-nos a história fascinante de um restaurante que se adaptou às exigências dos tempos sem perder a sua essência.

A história de geração em geração

A história da Casa Antero remonta ao início dos anos 50, quando Manuel Calisto, proprietário da Taberna Coradinho, convidou o sobrinho, Antero Feliciano, a integrar o negócio. Num tempo em que as Caldas da Rainha contavam com 58 tabernas, foi nesse ambiente de tradição que Antero aprendeu os segredos do ofício. Poucos anos depois, Antero tornou-se proprietário do espaço, transformando-o na Casa Antero. Ao lado da esposa, Olímpia Simão, introduziram petiscos, lançando uma tradição culinária que continua a atrair clientes de várias gerações até aos dias de hoje.

Em 1987, Paulo e Anabela sucederam aos pais, Antero e Olímpia, na gerência da Casa Antero. Em 2007, a sobrinha e filha de Anabela, Filipa Pereira, deu início a uma nova era, marcando uma

expansão com a abertura do moderno Pachá, que complementou o estabelecimento original.

O equilíbrio entre tradição e modernidade

A dualidade entre tradição e modernidade é uma das marcas da Casa Antero. Paulo destaca que, ao longo dos anos, os clientes nem sempre aceitaram de imediato as mudanças, como a fusão dos dois ambientes – um mais clássico e outro mais moderno. Contudo, foi durante o confinamento provocado pela pandemia que a Casa Antero encontrou uma forma de unir os dois mundos de forma harmoniosa. “Preservámos os elementos originais, como os mármores, e adaptámos o espaço para criar uma experiência onde tradição e modernidade coexistem”, explica.

Anabela, Paulo Feliciano e Filipa Pereira

Apesar da modernização, a essência da Casa Antero permanece intacta. “A autenticidade sempre foi o nosso valor mais importante. Os clientes sentem-se como parte da família, porque aqui todos são tratados como amigos”.

A arte de harmonizar vinhos e sabores

Desde os primórdios, o vinho desempenha um papel central na identidade da Casa Antero. Nos primeiros anos, era vendido a copo ou em pequenas garrafas, que acompanhavam as refeições trazidas pelos clientes. Atualmente, a tradição do vinho a copo mantém-se, mas com uma abordagem mais sofisticada. Além disso, o restaurante passou a ser também garrafeira, permitindo que os clientes escolham garrafas e as consumam no local mediante uma taxa de rolha. “Apostamos muito nos vinhos da região e temos parcerias com produtores locais para organizar jantares vínicos”, partilha o gerente.

Sem uma carta de vinhos fixa, a oferta varia consoante os fornecedores e as colheitas disponíveis, promovendo assim o que a região tem de melhor. “Adoro recomendar vinhos Espera para acompanhar pratos de peixe, ou um bom Castelão para carnes. Cada refeição aqui é pensada para ser uma experiência”.

Um cardápio que aquece o coração

A oferta gastronómica da Casa Antero é tão variada quanto cativante. Combinando pratos tradicionais e criações contemporâneas, o restaurante conquista pela frescura dos ingredientes e pela criatividade. “Os clientes confiam nas nossas sugestões, porque sabem que aqui servimos produtos frescos e de qualidade”, sublinha Paulo.

A cada dia da semana, há um prato especial: dobrada à segunda-feira, feijoada à terça, cozido à quarta, arroz de pato à quinta e arroz de cabidela à sexta. “Apostamos em ‘pratos de tacho’, que trazem o sabor da tradição e o conforto da cozinha caseira. É essa comida que nos reconforta, que faz as pessoas voltarem”, afirma o responsável.

Para além disso, o menu abrange desde petiscos tradicionais, como saladas de polvo e pastéis de bacalhau, até pratos modernos, como atum braseado e ovos com espargos, garantindo que até os clientes mais assíduos encontram sempre algo novo no menu.

O turismo e os desafios do crescimento

Com o aumento do turismo na região, a Casa Antero beneficiou da crescente visibilidade das Caldas da Rainha. No entanto, Paulo

reconhece os desafios associados a esse crescimento: “O turismo trouxe novas oportunidades, mas também contribuiu para o aumento dos preços, o que afeta a vida local. É um equilíbrio difícil, mas essencial para preservar a autenticidade da região”, observa.

Apesar das dificuldades, a Casa Antero continua a ser um espaço que beneficia da beleza local, atraindo turistas que valorizam a autenticidade e o charme do restaurante. “Recebemos muitos turistas nacionais que vêm pela história e pela comida, mas também trabalhamos para que os clientes regulares continuem a sentir-se em casa”, acrescenta.

Um ambiente de trabalho saudável

Na gestão interna da Casa Antero, a prioridade é criar um ambiente de trabalho positivo: “Somos 14 pessoas a trabalhar aqui, e desde o confinamento aprendemos a valorizar a qualidade de vida dos colaboradores. Respeitamos os horários com turnos equilibrados e os tempos de descanso. Para mim, o mais importante é que a equipa se sinta feliz e realizada”, destaca o gerente.

Este ambiente positivo é essencial para manter um serviço de excelência, onde a dedicação de cada funcionário contribui para o sucesso do restaurante.

Futuro: um dia de cada vez

Para Paulo Feliciano, o futuro da Casa Antero passa por continuar a fazer o que sempre fez: proporcionar momentos de partilha e sabor. “Espero continuar a viver um dia de cada vez, mantendo a dedicação e o amor pelo que faço. Não faço grandes planos, mas sinto-me orgulhoso do que alcançámos até agora”, reflete.

Com 67 anos de história, o restaurante olha para o futuro com serenidade, mas com a mesma paixão que o viu nascer. A Casa Antero permanece um símbolo de autenticidade, onde tradição e inovação se unem para criar experiências inesquecíveis. “Este é um espaço de acolhimento, de amizade e de prazer genuíno. Um lugar onde o passado encontra o presente, e onde todos se sentem em casa”, conclui.

911 762 388 (chamada para rede móvel nacional) casaantero1957@gmail.com

TÊXTEIS-LAR COM

ALMA PORTUGUESA

A Casa Lusa é um exemplo de como a paixão pelo design e pela autenticidade portuguesa pode transformar-se num negócio de sucesso. Com uma aposta clara na qualidade e no carácter único dos produtos ‘Made in Portugal’, tornou-se uma referência na zona oeste para quem procura têxteis e artigos de decoração diferenciados.

Origem do projeto

Tudo começou com uma ideia simples, mas repleta de ambição. Em 2012, as amigas Natalie Pudelsky e Dinah Thain, lançaram-se num projeto: dar vida a uma loja dedicada a têxteis-lar, decoração e utilitários domésticos, com uma assinatura inconfundível — o selo ‘Made in Portugal’. “Sentimos que havia espaço para algo especial. A qualidade dos produtos portugueses, o design cuidado e os pormenores minuciosos são reconhecidos dentro e fora do país. Como estrangeiras, percebemos que fazia todo o sentido apostar nisso”, recorda. Contudo, o percurso não foi linear. Em 2017, após um período de pausa, Natalie tomou uma decisão audaciosa: reabrir a Casa Lusa sozinha e devolver à comunidade local algo único. “Percebi que havia uma procura na zona e que as pessoas sentiam falta de algo diferente, e que enriquece os seus lares. Foi então que decidi voltar ao que realmente gosto de fazer”.

A construção da marca

A evolução da marca também trouxe uma transformação no perfil do público-alvo. Se, no início, a maioria dos clientes era local, atualmente grande parte é composta por estrangeiros que já conhecem a qualidade dos produtos. “Isso é um grande diferencial para o nosso negócio”, destaca. A relação com os fornecedores é outro pilar essencial, sendo uma área que a empresária acompanha de forma criteriosa. “Pergunto sempre de onde vêm e como são feitos os produtos. Felizmente, os fornecedores acabam por nos procurar, o que facilita muito. Além disso, a sustentabilidade está muito em

voga e tento incorporar isso nos tecidos, escolhendo opções mais sustentáveis”, enfatizando a importância de garantir práticas éticas e qualidade em todas as etapas da cadeia de valor.

Uma oferta autêntica e personalizada

Para quem visita este espaço encontra uma ampla variedade de produtos que destacam o melhor do design e da qualidade portuguesa. Desde a louça em grés até às coleções de roupa de cama, mesa e banho: “A personalização é o nosso ponto central. Trabalhamos com peças que podem ser adaptadas às necessidades de cada cliente, uma opção especialmente procurada por estrangeiros que necessitam de dimensões específicas”, explica a responsável. Recentemente, a loja ampliou o seu portfólio para incluir peças de artesanato, respondendo à crescente procura: “O que tenho vindo a introduzir é o artesanato local. Ofereço peças como azulejos, fotografias, pinturas, cerâmica e ainda trabalhos em madeira”. Apesar de explorar novas categorias, como pijamas e loungewear, Natalie mantém a prioridade nas áreas que definem a essência da marca.

O futuro

A empresária identifica tendências emergentes no setor, destacando a busca por combinações de estilos. “Vejo uma procura crescente por materiais naturais e decorações mais coloridas, afastando-se do monocromático”, revela. A decoração mista, que alia elementos clean a peças artísticas, tem ganho popularidade, e a inclusão de toques artesanais tem sido um diferencial importante para a loja, atraindo clientes à procura de um estilo único e personalizado. Quanto ao futuro, Natalie espera que uma recuperação económica traga mais confiança ao mercado e maior poder de compra. “Se a economia ganhar confiança, as pessoas investirão mais na qualidade. Representar a marca portuguesa é um desafio, mas é gratificante mostrar o que de melhor o país tem”. A Casa Lusa continua a ser um espaço onde a autenticidade e a excelência se destacam, oferecendo produtos que refletem o melhor de Portugal. Para Natalie Pudelsky, esta é mais do que uma loja — é um reflexo da sua paixão e compromisso com a qualidade e o design

Serra D'El Rei-Peniche 963 463 243 (chamada para rede móvel nacional) info@casa-lusa.com

Natalie Pudelsky, Fundadora

Breves Regiões

Município de Aveiro investe um milhão de euros em monumento

O monumento alusivo à antiga muralha de Aveiro, erguido no local da histórica Porta do Sol, e a requalificação do adro da Sé de Aveiro, assinada por Siza Vieira, representam um investimento de um milhão de euros com grande valor patrimonial, histórico e cultural, segundo o autarca Ribau Esteves, que destaca ainda que esta obra valoriza a história da cidade, enriquece a zona central e confere uma presença urbana digna à Sé de Aveiro. Além disso, sublinha que se trata da única obra de arte pública no mundo criada por Siza Vieira, um dos mais renomados arquitetos portugueses.

Alijó celebra época natalícia com Pista de Gelo

Para celebrar a época natalícia que se avizinha, o Município de Alijó preparou um programa de atividades para tornar esta quadra festiva ainda mais mágica. A partir de 8 de dezembro, Alijó iluminou-se para dar início à celebração da época natalícia. Uma das atrações preparadas pela Câmara de Alijó é uma Pista de Gelo com cerca de 100 metros quadrados, que promete animar miúdos e graúdos, junto ao anfiteatro das Piscinas Municipais, onde ficará até 31 de dezembro. No mesmo local, será possível fazer compras no Mercadinho de Natal, onde será possível encontrar artesanato e produtos locais.

Fundão participou na primeira reunião dos Municípios

Reconhecendo a agricultura como setor estratégico para o desenvolvimento local e a inovação como essencial à sustentabilidade e competitividade territorial, o evento contou com uma sessão paralela dedicada ao primeiro encontro de Municípios com Pelouro da Agricultura. O Município do Fundão foi representado pelo Vereador Pedro Neto, que destacou as iniciativas do Centro Agrotech do Fundão.

Arganil destacado entre os municípios com maior qualidade de vida

Arganil subiu 9 posições no ranking nacional de qualidade de vida, ocupando agora o 43.º lugar e destacando-se como o 3.º melhor município da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. O estudo, realizado anualmente pela Marktest, avalia os 308 municípios portugueses, analisando detalhadamente seus pontos fortes e fracos. O Presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, celebrou o resultado, atribuindo-o ao trabalho realizado e à trajetória positiva que mantém Arganil entre os melhores municípios do país em qualidade de vida.

Avis leva a magia do Natal a todo o concelho “Natal na minha Terra” é o nome da iniciativa que o Município de Avis promove até dia 22 de Dezembro, por todo o concelho, para assinalar o espírito de alegria e harmonia da época, com actividades para toda a família. O programa teve início a 1 de Dezembro, no Mercadinho de Natal de Alcórrego, que contou com uma festa de Natal intergeracional, que reuniu crianças e participantes do projecto AnimaSénior. O objetivo passa por incentivar a população a viver o espírito e as tradições desta época de particular magia e emoção, em ações descentralizadas e para todas as gerações.

Portalegre inaugura Festival Transfronteiriço “Tascas e Bodegas”

A cidade de Portalegre deu início à primeira edição do Festival Transfronteiriço “Tascas e Bodegas” , um evento que surge como complemento à terceira edição dos Vinhos de Altitude da Serra de São Mamede. A iniciativa, que combina gastronomia, vinhos e cultura, foi apresentada pela presidente do Município, Fermelinda Carvalho , que sublinha a relevância do festival para reforçar a identidade de Portalegre e estreitar os laços com os municípios espanhóis vizinhos.

FEIRA GASTRONÓMICA DO PORCO REGRESSA A BOTICAS

Fernando Queiroga, Presidente da Câmara Municipal de Boticas, em entrevista, ressalvou a importância da 27ª edição da Feira Gastronómica do Porco, um evento que celebra a rica tradição da gastronomia local e é uma referência no Norte de Portugal.

A 27ª edição da Feira Gastronómica do Porco realiza-se de 9 a 12 de janeiro de 2025. Que novidades aguardam os visitantes este ano?

A Feira Gastronómica do Porco tornou-se, ao longo destes anos, num dos maiores eventos gastronómicos da zona norte do país por vários motivos, mas essencialmente, por aliar a venda de fumeiro à componente gastronómica, uma vez que os visitantes podem usufruir em simultâneo de ambas as experiências no recinto da feira. Ultimamente, temo-nos focado em afinar alguns pormenores, fazer pequenos ajustes ou melhorias ao nível de infraestruturas e condições, não apenas para os produtores, mas também para os visitantes, mas sem perder a identidade da feira. Embora haja sempre a preocupação de inovar, trazer algo diferente em cada edição para atrair mais visitantes, para valorizar ainda mais o evento e contribuir assim para um maior retorno económico para a região e, sobretudo, para a nossa terra.

Quais os produtos gastronómicos mais procurados e como espelham a riqueza e a tradição da gastronomia local?

Boticas tem vários produtos de excelência, sendo estes apenas alguns excelentes exemplos daquilo que se produz na nossa terra. Na Feira do Porco, podemos encontrar do melhor que há e se faz no nosso concelho. Naturalmente que os produtos tradicionais do concelho de Boticas são os mais procurados, sobretudo o fumeiro e os enchidos de fabrico artesanal, que continuam a ter um lugar de maior destaque na feira. Para além da venda do fumeiro e os derivados do porco, no interior do recinto, podem encontrar as habituais tasquinhas tradicionais, com ementas especiais onde se destacam alguns pratos tipicamente barrosões, confecionados à base de carne de porco e enchidos, como é o caso do Cozido Barrosão, o Arroz de Costelinhas ou a Assadura. Também haverá na parte lateral do pavilhão um espaço dedicado aos petiscos, com o hambúrguer barrosão no pão, preparado com carne de vitela barrosã, produto típico desta região e Denominação de Origem Protegida (DOP). Para além da produção tradicional de fumeiro, existem outros produtos de excelência que são conhecidos nacionalmente. É o caso da Carne Barrosã ou o Mel de Barroso, ambos com selo de Denominação de Origem Protegida e detentores de vários prémios nacionais e internacionais, que também vão estar à venda no recinto. São excelentes exemplos de produtos de qualidade do setor primário e que estão no topo da cadeia dos produtos endógenos mais procurados.

Como garante a organização a autenticidade dos produtos e o seu valor cultural?

A qualidade dos produtos é a grande imagem de marca da Feira Gastronómica do Porco.

A grande preocupação da organização é sempre a qualidade dos produtos, uma vez que a feira não se resume apenas aos dias em que decorre, requerendo um trabalho contínuo ao longo de todo o ano, com a equipa veterinária municipal no terreno a monitorizar o processo de criação dos animais e, posteriormente, o abate e respetiva produção de fumeiro e enchidos, como forma de garantir a qualidade dos produtos feitos proposita damente para o certame.

O rigoroso controlo de qualidade dos pro dutos apresentados é um dos pilares funda mentais e garantia

de sucesso da Feira do Porco, confirmado através do estrito cumprimento das regras de higiene e segurança alimentar exigidas por lei, em todas as fases do processo.

Esta feira é um importante impulsionador para a economia local, nomeadamente para os produtores que vendem praticamente a totalidade do fumeiro que produzem. Os produtores aproveitam os recursos naturais que a terra oferece, bem como os saberes ancestrais de fabrico para elevar a fasquia dos seus produtos, levando até ao consumidor o sabor único e inconfundível que tanto carateriza o fumeiro de Boticas. Com o objetivo de valorizar a qualidade do trabalho realizado pelos produtores de fumeiro e, simultaneamente, catapultar os produtos endógenos de excelência apresentados na Feira Gastronómica do Porco, implementámos também, em 2019, o Concurso de Melhor Chouriça e Melhor Salpicão. A iniciativa foi criada com o intuito de distinguir os melhores exemplares de dois dos produtos mais vendidos no certame, a chouriça e o salpicão do lombo, com o objetivo de reconhecer, valorizar e fomentar o gosto pelo fabrico artesanal de fumeiro e enchidos. Em cada edição da feira, os produtores são convidados a apresentar aquele que consideram o melhor modelo destes enchidos para serem alvo de avaliação.

As distinções são envergadas com muito orgulho pelos produtores vencedores, que fazem questão de expor na sua banca os troféus e diplomas alusivos à prova. A edição deste ano não será exceção e contará com a realização de mais uma edição do concurso que vai eleger o “top três” da Melhor Chouriça e do Melhor Salpicão do certame.

Este concurso serve não só para comprovar a qualidade, mas sobretudo incentivar os produtores a produzirem fumeiro tradicional com características únicas deste território rural.

De que forma a feira contribui para dar a conhecer os encantos naturais e patrimoniais do concelho?

O concelho de Boticas tem muito para oferecer, quer em termos gastronómicos, quer culturais e turísticos, por ser um território com caraterísticas únicas e classificado como Património Agrícola Mundial, pela FAO. Há 27 anos que esta feira ajuda a promover o território do Barroso, os seus produtos de altíssima qualidade e que muito têm ajudado economicamente este concelho. O certame acaba por movimentar todo o concelho, designadamente o comércio, restauração e hotelaria. Quem visitar Boticas durante os quatro dias da feira, tem ao seu dispor, para além da gastronomia típica, os produtos regionais, as tradições, a cultura e a natureza. Afinal, este é o “Reino Maravilhoso de Miguel Torga”.

Como é que o evento trabalha para se alinhar com a designação da região como Património Agrícola Mundial, garantindo práticas sustentáveis na produção e comercialização dos seus produtos?

A Feira do Porco de Boticas é uma montra para os produtos do Barroso, Património Agrícola Mundial, e é também uma oportunidade única de negócio e promoção do concelho. As práticas agrícolas ancestrais e o espírito de entreajuda são importantes fatores

de valorização dos produtos endógenos locais, fazendo da Feira do Porco um dos maiores eventos gastronómicos da região e do norte do país. Isto tudo só é possível graças à conjugação e dedicação da população do concelho a duas atividades predominantes no concelho, a agricultura e a pecuária. Este fator é que dá origem aos produtos genuínos e de excelente qualidade, que são produtos diferenciadores que têm vindo a contribuir ao longo destes anos para o sucesso e o sucessivo crescimento do certame, catapultando assim o Concelho de Boticas e a região em termos económicos, turísticos e gastronómicos, quer a nível nacional quer a nível internacional.

As pessoas que continuam a permanecer neste território são fundamentais para manter viva esta tradição, estes saberes e sabores ancestrais. É a forma como é feita cada chouriça, cada salpicão, cada alheira, que distingue o fumeiro de Boticas. São a dedicação e o carinho que os produtores têm, desde a criação dos animais até a produção do fumeiro, que acrescentam valor ao produto e à experiência gastronómica.

Quais são as expectativas da organização em termos de afluência de visitantes à feira?

As nossas expetativas para a XXVII Feira do Porco são as melhores. Este é um evento com um significado especial para o concelho de Boticas, pela sua dimensão e atratividade, e também para os produtores de fumeiro tradicional, principais impulsionadores do certame. Durante quatro dias, os visitantes poderão, além da componente gastronómica e da comercialização de fumeiro, desfrutar de muita animação dentro e fora do Pavilhão Multiusos. Junta-se ainda o artesanato, o folclore, os cantares tradicionais e as afamadas Chegas de Bois, uma tradição secular que continua bem enraizada na cultura popular das gentes do Barroso. A feira é uma montra daquilo que se produz nesta região e é uma excelente oportunidade para conhecer o concelho de Boticas e descobrir os encantos da nossa terra. Estamos de braços abertos para receber todos os visitantes, seja por ocasião da Feira Gastronómica do Porco, ou em qualquer altura do ano. Visite Boticas e deixe-se encantar pela Sedução da Montanha.

O PALCO DOS SABORES QUE CELEBRA TRADIÇÕES E A ALMA PORTUGUESA

António Serra, é um exemplo de perseverança e de visão empreendedora, já trazia consigo uma bagagem no ramo alimentar antes de dar o passo decisivo que transformou a sua vida. Foi há cerca de 15 anos que surgiu na sua vida a especial oportunidade: a de abrir um restaurante especializado em leitões, um prato tradicional que exige muita técnica, conhecimento e paixão. António, encarou o desafio e comprometeu-se a aprender e a dominar a arte culinária, reconhecendo a importância de estar bem preparado para oferecer o melhor aos seus clientes. “Há cerca de 15 anos surgiu na minha vida a oportunidade de abrir um restaurante de leitões, então investi na área e formei-me, para perceber mais sobre esse prato”, relembra orgulhoso. Hoje, como fruto da sua dedicação e empenho, António é o Sócio-Gerente de dois restaurantes de sucesso: um localizado em

O Restaurante Dom Leitão, em Lisboa, é um verdadeiro refúgio de sabores e tradições, onde a gastronomia de excelência se encontra com o Fado, Património Imaterial da Humanidade. Sob a liderança de António Serra, o restaurante tem conquistado o público, não apenas pela qualidade dos seus pratos, como o famoso leitão assado à moda da Bairrada, mas também pela autenticidade das apresentações de Fado, com talentosos fadistas dando voz à alma do nosso país. Com uma equipa dedicada e um serviço exímio, o Dom Leitão continua a celebrar a cultura e a gastronomia portuguesa, proporcionando experiências únicas a todos os seus visitantes.

António Serra, Proprietário

Pina Manique e outro em Venda Nova. Essas duas casas refletem, não somente a sua visão de negócios, mas também a sua paixão pela gastronomia e o compromisso em proporcionar experiências únicas aos clientes. A história de António Serra é uma enorme inspiração para quem acredita que os sonhos podem tornar-se realidade, quando acompanhados de esforço, determinação, vontade de aprender continuamente e coragem.

A importância do fator humano

Ter uma equipa de qualidade é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer negócio e no setor da restauração essa premissa é ainda mais evidente. Um bom funcionário vai além de simplesmente realizar as tarefas, ele é a cara do estabelecimento, representa os valores e a missão da casa. Atender os clientes com simpatia, eficiência e atenção aos detalhes é essencial para criar uma experiência memorável. Além disso, o conhecimento profundo dos produtos e a capacidade de lidar com diferentes situações transmitem confiança e contribuem para um ambiente acolhedor e profissional. No restaurante Dom Leitão, essa realidade é reconhecida e valorizada pelo Sócio-Gerente, que atribui grande parte do sucesso dos seus dois restaurantes à dedicação e competência da sua equipa. “Valorizo muito a minha equipa, são fundamentais para o sucesso dos restaurantes”, elogia António. Destaca ainda o esforço diário dos funcionários em oferecer um serviço de excelência, demonstrando que o trabalho coletivo e o compromisso são fatores indispensáveis para alcançar e manter a satisfação dos clientes. Essa valorização da equipa fortalece não só o desempenho da mesma, mas também cria um ambiente motivador e harmonioso, refletindo-se diretamente na qualidade do atendimento e na experiência oferecida aos clientes.

O papel do cliente no sucesso de qualquer negócio é indiscutível, algo que António faz questão de destacar com entusiasmo, valoriza profundamente a relação que mantém com os clientes e enfatiza a importância de cultivar um vínculo genuíno com os

Os jantares de fado fazem parte da nossa identidade. Queremos dignificar esta tradição que é tão portuguesa, tão nossa, por isso a nossa intenção, sem dúvida, é continuar

mesmos. Como ele mesmo revela: “É impossível chegar a todos, mas tento sempre cumprimentar os meus clientes, principalmente os habituais. É importante sentir o feedback deles, gosto que saiam daqui felizes. Enche-me o coração ter clientes de todas as partes do mundo, que quando cá vem saem satisfeitos e felizes”. Essa postura não só reforça a fidelidade dos clientes como também fortalece a reputação do estabelecimento. No restaurante Dom Leitão, a satisfação do cliente é prioridade, e foi com esse propósito que António se juntou a José Gonzalez e juntos criaram os jantares de fado. O Sócio-Gerente reflete sobre essa iniciativa, que teve José como mentor, com evidente orgulho e emoção: “Sinto muita felicidade em falar nisso. Os jantares de fado fazem parte da nossa identidade. Queremos dignificar esta tradição que é tão portuguesa, tão nossa, por isso a nossa intenção, sem dúvida, é continuar”. Essa integração da cultura e gastronomia não valoriza apenas uma tradição enraizada na cultura portuguesa, mas também cria uma experiência única que encanta os clientes e os conecta com espaço. A combinação entre a atenção personalizada e o destaque às tradições faz do Dom Leitão um exemplo de como o respeito pelos clientes e pela cultura pode ser um motor poderoso para o crescimento de um negócio. “É com orgulho que digo que tenho em cada cliente um amigo”, acrescenta António.

Autenticidade e qualidade

O Dom Leitão não é apenas um restaurante é, sem dúvida, símbolo de uma jornada de 15 anos, marcada pela bravura de abraçar novos desafios e pelo desejo de elevar a qualidade da gastronomia portuguesa, sempre a honrar a tradição de forma inesquecível.

Desde o início do seu percurso que António soube da importância de uma boa confeção do leitão e que é um processo que vai muito além do simples preparo da carne. Trata-se de uma arte culinária que exige atenção aos detalhes, conhecimento das técnicas e, acima de tudo um enorme respeito às tradições que envolvem esse prato, que é tão apreciado em diversas culturas. O leitão, quando bem feito, é sinónimo de sabor, textura e harmonização perfeita entre os ingredientes. No Dom Leitão são usados produtos da mais alta qualidade, apesar de já ter sido aliciado para usar produtos mais baratos o Sócio-Gerente não aceita alterar a autenticidade dos seus pratos. “Compro o melhor e mais fresco leitão, obviamente que não poderia, de forma alguma alterar com produtos de baixa qualidade”, confessa.

Satisfação na gestão

António demonstra-se feliz e realizado com tudo o que contruiu com o Dom Leitão, no panorama gastronómico de Lisboa e da Amadora, é convidado para diversos prémios que a atividade permite, mas para si a maior felicidade é “quando o dia termina e quando tudo corre bem”, conta o entrevistado. Depois há momentos diferentes, o Dom Leitão está aberto a todos, e apesar do coração de António ter a sua cor de eleição, todos os clubes são bem vindos aos seus espaços, e o gerente até costuma presenteá-los com chapéus dos respetivos clubes, um gesto simbólico que demonstra a autenticidade do seu caráter, mas confessa qual foi um dos momentos que mais o alegrou: “Fico radiante, quando o clube do qual sou sócio acaba de conquistar um título nacional, de se tornar o campeão nacional, e o treinador, o capitão e uma grande parte da equipa vem jantar ao meu restaurante, é uma festa, fico radiante. Portanto, a vida é isto, quando um cliente vem do norte, do sul, ou até de outra parte do mundo, e à saída diz que estava tudo bom, esses momentos são os nossos grandes troféus”.

Perspetivas futuras

Desde a infância que o Sócio-Gerente tem vindo a adotar uma abordagem bastante prudente, em que equilibra o desejo de avançar com a necessidade de sentir proteção. Esta mentalidade, que combina ambição com a cautela refletem na forma como a empresa foi gerida até agora, sempre de forma a garantir que cada passo em frente fosse dado com cautela.

Foi com base nesse princípio que António chegou aqui, e que pretende avançar. António quer continuar a explorar as oportunidades de crescimento, sempre com base em análises detalhadas, pretende continuar a inovar, tanto em produtos como em processos, para se diferenciar no mercado e aumentar a competitividade, e foi nesse sentido que incluiu pratos de peixe no seu menu. Pretende incorporar práticas sustentáveis nos negócios, e alinhar a empresa às expectativas dos consumidores.

António deixa claro continuar a reger-se pela filosofia do “passo em frente com almofada atrás” e continuar a guiar a empresa da melhor forma. Este equilíbrio entre o desejo palpitante de crescer e a prudência são chave para garantir um futuro estável, sustentável e promissor. Um dos grandes objetivos do Sócio-Gerente é a de abrir um espaço arquitetado de forma exclusiva para sua atividade “algo que gostaria de fazer sem dúvida era abrir um espaço meu do zero, exclusivamente desenhado para a minha atividade, mas não sei se o chegarei a fazer, acredito que sim, mas só o destino o dirá”, confessa António.

Dom Leitão Pina Manique

217 649 859 (chamada para rede fixa nacional)

Dom Leitão Venda Nova

214 742 727 (chamada para rede fixa nacional) domleitaoestadio@gmail.com

RITMO FRENÉTICO NO PRATA

Um bairro cheio de vida, perto do centro, do aeroporto, das melhores escolas e serviços de saúde, mas muito longe da confusão.

Venha visitar um bairro cosmopolita e vibrante, com lojas de artistas, cafés e restaurantes, onde o típico vive lado a lado com o moderno. Venha passear pelos jardins interiores, pelos espaços verdes que circundam as casas, pelo grande passeio ribeirinho, sem carros. Venha ver a luz que entra pelas amplas janelas, admirar a vista do Tejo a partir das grandes varandas e terraços. Venha surpreender-se com a arquitetura de Renzo Piano, com o design e escolha dos materiais dentro de casa e fora dela. Tudo isto e muito mais tem que ser visto. Esperamos pela sua visita.

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