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Gente Nossa

Cotidiano

MARCOS SÁ é consultor de mídia impressa, com especialização em jornais, na Universidade de Stanford, na Califórnia, EUA. Atualmente, é diretor de Novos Negócios do grupo RAC de Campinas.

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Marcos S Escreve Sobre Intelig Ncia Artificial

ELA CHEGOU PARA FICAR, é inevitável. Assim como muitos resistiram às facilidades tecnológicas e, depois, sucumbiram, a Inteligência Artificial (IA) vai entrar com tudo na sua vida, se é que já não entrou. Ela mudará o nosso futuro. Aí que mora o perigo. Qual o limite desse avanço? Atualmente, a forma é mais importante que o conteúdo. Temos dezenas de influencers medíocres que atraem milhões de seguidores com conteúdo vazio, de péssima qualidade, mas com apresentação atrativa com vídeos de qualidade, animação, música fácil e bem elaborada. O conteúdo é fútil, mas de fácil leitura e agradável de ver e ouvir. Aposto que os mais consagrados escritores da humanidade teriam poucas chances hoje, com seus excelentes conteúdos, se não soubessem produzir, usar filtros, Photoshop, turbinar, acelerar e usar os recursos disponíveis para ficarem nos trends topics. Os assuntos teriam que ser politicamente corretos, lacradores e, de preferência, sobre futilidades, senão seriam cancelados. A IA vai nessa direção, no sentido em que trabalha com o conceito de tornar as respostas padronizadas e coletivas, tirando a individualidade e criatividade dos humanos. Se não soubermos trabalhar bem com isso, seremos um bando de robôs automatizados pelos algoritmos da IA. Como exemplo, uma amiga recebeu do marido uma mensagem de amor no dia do seu aniversario. Ficou encantada com o texto e, ao mesmo tempo, intrigada. A mensagem era linda, mas não fazia o estilo do maridão. Ligou para agradecer e questionou como ele teve aquela inspiração. Resposta: "amor, fui ao ChatGPT." Ou seja, o texto não batia com o estilo do cara, mas era muito cativante. Então, temos os dois lados da moeda. A perda da identidade e o ganho da facilidade. Utilizo o app do ChatGPT, disponível nas lojas do seu celular. Mas uso com parcimônia. Como funciona? Você faz a pergunta e ele consulta todas as milhares de possibilidades disponíveis em várias plataformas sobre a sua consulta e elabora a resposta com inteligência, daí o nome IA, dando a mais completa explicação. Essa é a minha definição, agora vejam a resposta a essa mesma pergunta que fiz ao ChatGPT. Como funciona? Resposta da IA: “Inteligência artificial é uma área da ciência da computação que busca desenvolver máquinas com capacidade de aprender, raciocinar e realizar tarefas que, normalmente, requerem inteligência humana. Ela envolve a criação de algoritmos e modelos matemáticos que permitem que as máquinas analisem grandes quantidades de dados, identifiquem padrões e tomem decisões com base nessas análises. A inteligência artificial tem aplicações em diversas áreas, como robótica, saúde, finanças e jogos, e está cada vez mais presente em nossas vidas, desde assistentes virtuais até carros autônomos”. Ou seja, pelo andar da carruagem, em breve, os nossos trabalhos poderão ser substituídos pela IA. Perguntei a ela quais seriam as profissões mais afetadas por ela mesma e vejam a resposta: “1) Trabalhos de escritório, como processamento de dados, atendimento ao cliente e contabilidade, que podem ser automatizados através de assistentes virtuais e chatbots. 2) Motoristas, entregadores e operadores de máquinas que podem ser substituídos por veículos autônomos e robôs. 3) Profissionais da área de saúde, como radiologistas e patologistas, cujas funções podem ser automatizadas por meio de algoritmos de inteligência artificial. 4) Advogados, que podem ser substituídos em tarefas rotineiras de pesquisa e documentação por algoritmos de análise de dados. 5) Profissionais da área financeira, como analistas de investimentos e traders, que podem ser substituídos por algoritmos de negociação”. Será que, em breve, essa coluna pode estar sendo escrita pela IA? Até lá, ficamos por aqui.

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