Saúde Mais 06

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Jan/Fev 2016

A R E V I S TA D O C E N T R O M É D I C O D E R I B E I R Ã O P R E T O D I S T R I TA L D A A S S O C I A Ç Ã O PA U L I S TA D E M E D I C I N A

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expediente

saúde+

editorial

PRESIDENTE Dr. Oswaldo Cruz Franco

Conselho editorial

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F

atos relativamente recentes ocorridos com a Unimed Paulistana fizeram-nos lembrar da crônica efetuada pelo prof. Dr. Tarcísio Trivino, titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Capítulo de São Paulo, publicado no Boletim Informativo deste Colégio, em Dezembro de 2015, nº 67, e que recomendo a todos lerem. Naquela crônica, iniciada com um texto de Carlos Drummond de Andrade que diz: E agora José A festa acabou, a luz apagou, a noite esfriou.E agora José? E agora você? Que fuja a galope você marcha, José! José, para aonde? Dr. Tarcísio após longos anos de convivência com estudantes do curso de Medicina, em que também exercia o papel de orientador vocacional, relembra das mudanças que ocorreram: Na década de 60, o egresso do curso médico era aconselhado a fazer residência de clínica, ou cirurgia nos cursos de especialização, e que após período de três anos, estava formado um bom profissional destinado à atenção à saúde, na clínica médica, cirúrgica, pediatria, ginecologia-obstetrícia ou ortopedia. Eram nove anos desde o início do curso médico. Hoje quase todos os formados no curso médico têm a sua disposição, e são induzidos a fazer, cursos de pós-

-graduação, mestrado e doutorado, que em geral são ainda direcionados a cursos de Marketing, Administração, Direito, etc, levando quase 20 anos de preparo, para serem considerados aptos pelo mercado. Então transformam-se em administradores, gestores, economistas ou advogados. Alguns dedicam-se a carreira política e se tornam vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores, etc. Vinte anos para formar profissionais da saúde, em que a sociedade arcou com os altos custos para esta formação, e o que menos fazem é atuar como médicos. Talvez este fato, diz o prof. Tarcísio, possa explicar em parte, a falta de médicos particularmente clínicos e de forma assustadora, de pediatras. Pior, diz ele, que alguns se tornam empresários da saúde que não cuidam de pacientes, mas deles se servem para enriquecer. Não raro descapitalizam suas empresas, levando-as à falência deixando centenas, ou milhares de brasileiros desassistidos, lesados por um sistema pré-pago. Também como decorrência desta conduta, aqueles que seguiram a orientação acadêmica mantendo o ideal universitário, têm poucas oportunidades, e muitas vezes são desrespeitados, mal remunerados e explorados pelo sistema. Dr. Tarcísio pergunta: E agora, José A festa acabou A luz apagou Você quer ser médico, ou …

)

Dr.Oswaldo Cruz Franco Presidente

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Dra. Cleusa Cascaes Dias Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dra. Liyoko Okino Dra. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Oswaldo Cruz Franco Dra. Zaida Coelho Franco.

ASSES. DE COMUNICAÇÃO DO CENTRO MÉDICO Valéria Mosquiari – Com´Art Comunicações valeria@comartcomunicacoes.com.br

Editor ResPonsável Rogério Afonso da Silva

Jornalista Responsável Valéria Mosquiari

Reportagem

Nicholas Araújo - Com´Art

Projeto Gráfico e Editoração Franklin Guirra

Dep. Comercial Flávio Mammana (16) 98811-4654

José Geraldo Passos (16) 98236-3473 Rogério Almeida (16) 99392-7575 comercial@revistasaudemais.com Periodicidade: bimestral Circulação: Ribeirão Preto e Região: Altinópolis - Batatais - Barrinha Cajuru- Brodowski - Cravinhos - Dumont - Jardinópolis - Pontal - São Simão Sta. R. do Passa Quatro - Serra Azul Serrana - Sertãozinho

Atendimento ao Leitor Opine sobre as reportagens publicadas na revista e sugira temas para as próximas edições. Envie sua mensagem para nossa redação: redacao@revistasaudemais.com Para informações, sugestões, elogios ou reclamações: contato@revistasaudemais.com Saúde+ é uma publicação bimestral com distribuição dirigida, produzida e editada pela R.A.F. Editora. A revista não autoriza a retirada, a negociação ou permuta de qualquer material utilizado, na produção da mesma, assim como texto e fotos. As pessoas que não constam no expediente não estão autorizadas a falar em nome da Saúde+. A revista não se responsabiliza pelos conteúdos das reportagens assinadas, informações provenientes de assessoria de comunicação ou imprensa, assim como créditos das fotos utilizadas para a divulgação dos produtos, dos anunciantes e das mensagens publicitárias que estão incluídos nesta edição. Todas as imagens contidas na revista são de responsabilidade das empresas envolvidas, utilizadas somente para divulgação.

R.A. da Silva Editora e eventos - ME Av. Anhanguera, 414 Sala Térrea Ribeirão Preto/SP (16) 3289.7462



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saúde+

índice

10.

vida saudável

22.

entrevista Dr. Leandro Guimarães

como aliado para uma vida saudável

36.

preventiva Os benefícios de uma boa noite de sono

14. inovação Radiologia Intervencionista: procedimentos minimamente invasivos

24.

vital Equoterapia: auxilia no tratamento de pessoas especiais e reabilitação

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18. S+classe médica 28. S+news 30. S+tecnologia 32. S+news 34. S+bucal 38. S+artigo 40. S+pet 42. S+news 44. S+clube de benefícios 46. S+informa

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saúde+

vida saudável

como aliado para uma vida saudável

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N

a história, a origem do chá ocorreu por volta de 2.800 a.C, onde o imperador chinês Shen Nung fervia água para beber debaixo de uma árvore. Em dado momento, algumas folhas caíram dentro da vasilha e, após sentir um agradável aroma, o imperador provou o líquido e achou muito saboroso, além de promover um bem estar. Nung passou a fazer experiências com outros tipos de folhas, passando a escrever diversos documentos sobre a utilização das plantas medicinais. Durante muito tempo, o chá foi a segunda bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água. Porém, posteriormente, a mesma acabou deixando a posição para o café, caindo assim para o terceiro lugar no ranking. Para manter uma vida saudável, muitas pessoas buscam dietas com calorias controladas e muitos desses cardápios sugerem um tipo de chá, que pode variar tanto os seus benefícios energéticos, quanto a sua forma de preparo. Segundo a nutricionista da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Aline Coelho Zordan, os chás trazem muitos benefícios para as pessoas que buscam uma vida mais saudável. “Eles possuem importantes compostos bioativos que tem ações diuréticas, digestivas, antibacterianas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Seu uso pode contribuir para prevenção do desenvolvimento de infecções, doenças cardiovasculares e crescimento de células tumorais”. A profissional explica que não há um melhor chá indicado para a população, que seu efeito varia de pessoa para pessoa. “Cada organismo é único e responde de maneira individualizada aos compostos fitoquímicos de cada planta. Além disso, é necessário considerar o estado de saúde e se o indivíduo faz uso de medicações, as quais podem ter seu efeito potencializado ou reduzido pelo uso incorreto do chá”. Dentre todos os tipos de chá existentes, a nutricionista destaca 22 opções importantes para uma vida saudável: silimarina, chá verde, alecrim, alcachofra, agrião, capim-limão, fucus, funcho-doce, guaraná, gengibre, hamamélis, hortelã, louro, macela, romã, própolis, sabugueiro, salsa, salsaparrilha, sálvia, tomilho e zimbro.

Indicações Há chás que estimulam o apetite, ajudam a acalmar e melhoram a função gastrointestinal, porém, segundo Fabiana Trovão, nutricionista clínica, especializada em nutrição funcional do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), os chás não devem ser usados de forma aleatória, sem indicação de um profissional, pois podem causar danos à saúde. Confira algumas indicações:

Estímulo do apetite: alecrim, agrião, camomila, melissa, dente-de-leão, sálvia, manjerona, alfavaca. Calmantes ou sedativos: capim-cidreira, maracujá, valeriana, hortelã, folha de laranja, melissa, alface e angélica. Melhora nos problemas estomacais e intestinais: erva-doce, hortelã, camomila, poejo, angélica, sálvia e funcho. Digestivos: hortelã, camomila, boldo, quássia, raiz de genciana, sálvia, carqueja, anis estrelado. Cicatrizantes: eucalipto, cavalinha, maracujá, couve, babosa, bálsamo-do-peru, cardo santo. Anti-inflamatórios: agrião, limão, hortelã, alecrim, cavalinha, dente-de-leão, urtiga, folha de abacate. Antissépticos: arnica, bardana, limão e malva branca. Antidiarreicos: casca ou polpa de maçã, broto ou polpa de goiaba e casca de romã. Estímulo do intestino: semente de linhaça, ameixa preta, cáscara sagrada, zimbro, hortelã, erva-doce e capim-cidreira. Combate aos radicais livres: chá-mate


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vida saudável

Dicas para um melhor preparo:

1 Encha um infusor com o chá de sua escolha (a medida é uma colher de chá por xícara) e coloque dentro de um bule, de preferência de porcelana. O metal pode alterar o gosto.

2 Esquente água mineral na chaleira, sem deixar ferver. Quando as primeiras bolinhas começarem a subir, desligue. A temperatura deve ficar em torno de 85°C. O ideal é que, ao tocar a chaleira, sinta que está bem quente, mas sem queimar as mãos. Os chineses dizem que, se não conseguimos tocar uma coisa, ela também não está boa para ser consumida.

3 Jogue a água no bule, sempre em movimentos circulares para permitir a entrada de maior quantidade de oxigênio.

4 Deixe a bebida descansar por 3 a 5 minutos. Para cada tipo de chá há a exigência de espera com tempo diferente.

5 Antes de servir, jogue água quente sobre a xícara para aquecê-la. Assim, é possível manter a temperatura da bebida por mais tempo.

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O chá possui importantes compostos bioativos que tem ações diuréticas, digestivas, antibacterianas, anti-inflamatórias e antioxidantes ”

Aline Zordan comenta que há três tipos de preparação dos chás, que varia de acordo com o tipo de planta: INFUSÃO: água fervente de 5 a 10 minutos. Dica: para obter o máximo de nutrientes do chá preto ou verde, deve-se usar água fervente e deixar a erva embeber durante 5 minutos. MACERAÇÃO: deixa-se a planta amassada com água fria de 7 a 24 horas. XAROPE: adicionar 2/3 do peso da planta ou fruto em açúcar ou mel. A especialista destaca ainda, que o chá não tem contra-indicação, mas deve-se tomar algumas preocauções. “Recomenda-se que nunca se inicie um tratamento medicinal, seja ele industrializado ou natural, sem o auxílio e orientação de um médico”. ESTUDOS - Segundo estudo feito pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o chá de camomila alivia dores de cabeça e tem efeito calmante. Já foi comprovado que a camomila é um dos aliados naturais contra a TPM. O estudo, que analisou 1.053 brasileiras, revelou que a erva e o chá de maracujá são indicados para aliviar crises nervosas e sintomas de ansiedade. Além disso, a camomila também ajuda a combater a olheira.

Em outro estudo, realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - USP de Ribeirão Preto, apontou que o alecrim tem propriedades que combatem a anemia, gripe ou dores por contusões. Também foi constatado o efeito anticáries que o alecrim do campo apresentou, além de propriedades antioxidantes, quando usado em poucas quantidades. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi comprovoado que a erva-mate combate o colesterol ruim em até 12%. Nos Estados Unidos, em 2007, outro estudo apontou que a erva utilizada para fazer o chimarrão no Sul do Brasil ou o tererê (versão fria do chimarrão) no Sul da Argentina pode evitar o envelhecimento precoce. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta o uso com fins terapêuticos por meio de uma resolução de 2005. Uma portaria informa as várias plantas e frutas que podem ser comercializadas e ingeridas na forma de chá e que são reconhecidas pela medicina tradicional brasileira. CONSUmO - O consumo do chá deve seguir a regularidade. A maior parte dos chás precisa ser consumida todos os dias para que seus efeitos possam ser percebidos. Um estudo publicado pelo jornal acadêmico Phytotherapy Research, dos Estados Unidos, demonstrou isto. A pesquisa foi realizada na universidade americana de Newcastle e mostrou que o consumo diário de chá-verde ou preto inibe a produção de enzimas cerebrais associadas à perda de memória, desde que não se interrompa o hábito de tomá-lo regularmente. Fabiana alerta ainda que, “mesmo com tantos efeitos funcionais, os chás não são medicamentos e não devem substituí-los. Também é muito perigoso comprar folhas em mercados populares, indicadas por leigos como tratamento de doenças. O fato de ser natural não elimina os efeitos colaterais. É preciso conhecer a planta e sua eficácia para então ter certeza de sua ação no organismo”, alerta a nutricionista.


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saúde+

inovação

Radiologia Intervencionista: procedimentos minimamente invasivos

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adiologia Intervencionista foi o tema da entrevista concedida por Dr. Ricardo Augusto de Paula Pinto à Revista Saúde+. Ele é graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade São Francisco (USF), com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pelo Programa Nacional de Residência Médica (CNRM), do Hospital Santa Marcelina/SP, em Angioradiologia e Radiologia Intervencionista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular - SOBRICE, da qual é presidente. Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. É também coordenador do Estágio de Emergências Clínicas e Cirúrgicas do Internato da Universidade de Taubaté, professor da Disciplina Optativa (Cirurgia Minimamente Invasiva Aplicada à Anatomia Humana), da Graduação da Universidade de Taubaté - UNITAU, coordenado da LRICE (Liga de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular), daquela instituição.

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Dr. Ricardo Augusto de Paula Pinto

O que é radiologia intervencionista? É uma especialidade, cujos os médicos que a fazem são treinados, habilitados e titulados a realizarem procedimentos ditos minimamente invasivos, ou cirurgia minimamente invasiva, guiada por imagem, utilizando ultrassom, tomografia e ressonância podendo tratar por dentro da luz dos vasos, os próprios vasos ou os órgãos que são irrigados por estes vasos. É possível também através da radiologia intervencionista tratar de maneira percutânea, ou seja, através da pele realizar biópsias de órgãos para diagnóstico e mesmo tratamento de tumores. Tumores malignos na região do fígado, na região do pulmão, dos rins, dos ossos, através de uma agulha que pode esquentar ou esfriar esses determinados tumores, auxiliando no tratamento junto com uma equipe multidisciplinar onde envolve a discussão entre vários médicos para o melhor tratamento daquele paciente. A vantagem da Radiologia Intervencionista é fazer com que o paciente tenha uma mínima invasão. Muitos procedimentos são feitos com uma anestesia local, ou mesmo uma sedação leve e eles têm uma recuperação mais rápida e um retorno também mais rápido para as suas casas, fazendo a chamada desospitalização e a desoneração no sistema de saúde, seja ele, público ou privado. Quais as diferenças entre Radiologia Intervencionista vascular e não vascular? Chamamos a de não vascular aquela que através das funções diretas dos órgãos, como fígado, baço, rim, pulmão, tireoide, entre outros, é realizada diretamente através da pele sem passar por dentro do vaso que nutre o órgão. Todo os demais procedimentos chamamos de radiologia vascular intervencio-

nista, porque acessa os órgãos por meio de artérias e veias que caminham por dentro da luz deste vaso. Quais são os procedimentos realizados por médicos Radiologistas Intervencionistas? A Radiologia Intervencionista atua em diversas áreas, são mais de 75 diferentes procedimentos que compõem desde a parte cerebral, intracraniana, chamada neuroradiologia intervencionista, tratando aneurismas intracranianos, tumores cerebrais e outras doenças que causam estreitamento dos vasos dentro do cérebro, ou na região do pescoço, tratando as carótidas que levam à má circulação. Também na região torácica tratam aneurismas, tumores e dilatação das artérias, que são os aneurismas, a talas chamadas percutâneas ou endovasculares, colocando endopróteses, que são estendes revertidos para corrigir esses defeitos. Também trata sangramento da parte respiratória, chamada hemoptise que são sempre muito graves e que pode ser feito através da artéria da virilha. Podemos acessar todos os vasos existentesno ser humano e com isso estancar o sangramento que está colocando o paciente em risco eminente de morte, para isso dá-se o nome de embolização. Também na parte abdominal tratamos não só os aneurismas das artérias, que vão para o baço, fígado e rins, como também a aorta que leva sangue para os membros inferiores, mas também tratamos os pacientes com tumores de fígado e que vão para um tratamento definitivo, por exemplo, como transplante hepático. Podemos frear o crescimento da doença fazendo a chamada quimioembolização de tumores hepáticos, onde ao mesmo tempo que ocluímos a circulação do tumor, injetamos também uma quimioterapia somente na área do tumor, com doses mais elevadas, com menores reações sistêmicas e com melhores resultados. Participamos também no tratamento multidisciplinar com os colegas da cirurgia oncológica de pacientes que tenham tumores do intestino e que


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inovação

já foram operados, mas apresentam a chamada metástase para o fígado, metástase hepática, e o segundo momento que é operar o fígado, mas lhe falta tamanho suficiente do órgão. Podemos também promover um redirecionamento do fluxo através da veia porta, fazendo nutrir o outro lado do fígado que não será operado, tudo por técnica minimamente invasiva através da rRadiologia Intervencionista, assim como a desobstrução das artérias que levam o sangue para os rins. A outra grande área é o tratamento dos miomas das mulheres que desejam gestar, ou mesmo não operar e retirar os úteros, a embolização dos miomas uterinos, fazendo com que a mulher preserve o útero e diminua as queixas de sangramento ou mesmo reduzindo o volume do útero que dá aumento ao abdomen. Nos homens podemos fazer a embolização da próstata, aqueles pacientes que tem risco cirúrgico para operação tradicional e convencional, através do cateterismo da artéria da perna ir até a artéria que nutre a próstata, ou seja, ocluir propositadamente o segmento dessa artéria que nutre a próstata reduzindo o seu tamanho e deixando sem sintomas, sem a necessidade de cirurgias com corte ou mesmo por dentro da luz do uretér. Atuamos também na situação de emergência e urgência de sangramentos do aparelho digestivo por úlceras, hemorragias, quando o paciente precisa ir para uma operação de emergência, numa situação crítica podemos fazer a chamada arteriografia, que é um desenho de toda a circulação dos intestinos, localizando o ponto sangrante e de acordo junto ao cirurgião médico que acompanha o paciente, promover o entupimento, a chamada embolização, que o paciente precise ir para uma mesa de cirurgia numa situação crítica. Trabalhamos também muito próximo com as equipes de transplante, em se tratando de uma cirurgia muito complexa, ela pode apresentar complicações no pós operatório, como as áreas de estreitamento entre as chamadas costuras anastomoses do doador e do receptor do órgão e ai Radiologia Intervencionista pode, quando houver a necessidade, promover a dilatação dessas áreas que sofreram estreitamentos depois de ocorrido os transplantes, seja ele renal, de fígado, entre outros, através das angioplastias, que é a colocação de um pequeno balão que dilata a área estreitada. Como surgiu a Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE)? Ela se originou através de uma reunião liderada pelo gaúcho, professor Renan Uflacker com demais colegas expoentes brasileiros que faziam discussões de casos clínicos. Essas discussões se tornaram muito famosas, originando o chamado Clube dos Angiografistas, onde cada médico levava casos clínicos desafiadores e depois isso transformou-senum encontro científico anual.A Sociedade surgiu em 1997, completando este ano 19 anos. Em 2017, no 20º ano de sua existência, será realizado um Congresso de alta excelência científica

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com professores renomados nacionais e internacionais que congrega toda a Sociedade de Intervencionistas no Brasil, é a sociedade oficial de intervencionistas, da qual sou o atual presidente para o biênio 2015-2016.Temos aproximadamente 320 sócios titulados para todo o Brasil, existindo médicos intervencionistas em todas regiões do Brasil. Oportunamente a SOBRICE este ano é convidada pela Sociedade de Intervenção Americana, a mais respeitada e maior do mundo, a ministrar aulas no Congresso Americano, que acontecerá em Vancouver, no Canadá,de 02 a 07 de abril, reunindo mais de seis mil especialistas intervencionistas do mundo todo, onde teremos uma sessão plenária de uma hora e meia apresentando o que o Brasil e a SOBRICE faz para todo o mundo.É uma oportunidade ímpar o Brasil ter este reconhecimento. De 14 a 16 de julho, será o realizado o congresso da SOBRICE, na cidade de São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças. Qual a importância de Ribeirão Preto, por ser um grande centro em diagnóstico nesta especialidade médica? A cidade conta com especialistas na área? Ribeirão Preto tem uma grande importância no cenário nacional, pois além de grande destaque no estado de São Paulo é também um pólo acadêmico dada as diversas universidades em especial a USP-RP que conta com um serviço de excelência em Radiologia Intervencionista tendo como Chefe o prof. Dr. Daniel Giansante Abud, vice-presidente da SOBRICE. A USP-RP é um dos centros de treinamento e capacitação para novos radiologista intervencionista do Brasil. Quais pacientes devem procuram por esta modalidade médica? Todos aqueles que são recomendados por outros especialistas (cirurgiões gerais, vasculares, torácicos e oncológicos, urologistas, ginecologistas e transplantadores, por exemplo) a fim de que estes pacientes possam se utilizar de técnicas minimamente invasivas como um recursos para o tipo específicos da doença que o acomete. Isto sempre discutido de maneira multidisciplinar priorizando sempre o melhor e o mais seguro para o paciente Há uma atualização tecnológica constante na radiologia intervencionista? Sim. A cada dia são feitas pesquisas em melhorias tecnológicas dos aparelhos aumentando a precisão não somente no diagnóstico (ultrassom, tomografia, ressonância magnética entre outros) servindo de planejamento estratégico para realização de tratamento percutâneo ou endovascular com aparelhos que permitem precisão milimétrica e a fusão (união e combinação de imagens, inclusive em 3D) nas salas de intervenção durante o tratamento.



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classe médica

As reivindicações dos médicos para

Valorização de honorários, carreira de Estado, financiamento da saúde e qualidade das escolas e residências médicas são os principais temas que norteiam as ações da Associação Paulista de Medicina

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radicionalmente no início de cada ano, as diretorias da Associação Paulista de Medicina e das demais entidades de defesa da profissão traçam pontos de luta em busca de uma Saúde de qualidade, na qual os pacientes dos sistemas público e suplementar sejam bem atendidos em todas as suas necessidades e os médicos e demais profissionais trabalhem em condições satisfatórias de infraestrutura e sendo remunerados com dignidade. Para 2016, há ao menos quatro pontos no centro dessa pauta: maior financiamento do Sistema Único de Saúde e Carreira de Estado para os médicos da atenção básica, no âmbito da saúde pública; valorização dos honorários de consultas e procedimentos, além de adequação dos contratos de acordo com a Lei 13.003, considerando a saúde suplementar; e qualidade das escolas e residências médicas, na parte da educação.

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2016

Valorização dos honorários Desde a regulamentação da Lei 13.003/14, a APM vem acompanhando de perto sua evolução e impactos para os prestadores de serviços da saúde suplementar. Entre as determinações da lei está a obrigatoriedade de contratos escritos entre planos de saúde e prestadores, contendo índices de reajustes periódicos para os serviços prestados. O principal objetivo da APM, nas reuniões de negociação que faz com as operadoras há mais de três anos, é garantir aumento anual dos valores de consultas e procedimentos, sempre tentando corrigir anos de estagnação nos valores. Com a Lei 13.003, o diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, explica que a ideia das reuniões com as operadoras é traçar uma estratégia conjunta para evitar prejuízos para a classe médica, de acordo com estes novos elementos, a exemplo do fator de qualidade. “Temos de buscar entendimento e acertar os pontos com os planos, para que eles inclusive nos consultem antes de tomarem suas decisões.” Florisval Meinão, presidente da APM, demonstra preocupação, pois muitas operadoras ainda não regularizaram os contratos conforme as regras atualizadas pela legislação: “Vários contratos continuam vindo com cláusulas vagas sobre reajuste. É preciso que a ANS fiscalize e exija o cumprimento da lei, para que ela não caia no vazio. Nós, os médicos, precisamos nos manter organizados e fazer pressão sobre os planos de saúde. Só dessa forma prosseguiremos avançando e recompondo as perdas do passado”.



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classe médica

Carreira e financiamento para o SUS

Qualidade das Escolas e residências médicas

A Proposta de Emenda Constitucional 454, criada em 2009 para estabelecer a carreira de Estado para médicos do Sistema Único de Saúde, com progressão e mobilidade semelhante à de juízes e promotores, precisa de 308 votos no Plenário da Câmara para finalmente ir à sanção presidencial. A ideia é aprovar o caput do projeto e escrever a carreira médica na Constituição para, depois, ter seu detalhamento feito por meio de regulamentação. No fim de 2015, diretores da APM e de suas Regionais se reuniram com dezenas de deputados federais para sensibilizá-los sobre a PEC. Em relação ao financiamento da saúde pública, a Associação Paulista de Medicina continua entendendo que são necessários ao menos 10% da Receita Corrente Bruta da União para a pasta, além de gestão correta dos recursos. “O País está vivendo uma crise financeira, houve cortes nos orçamentos de todos os ministérios, inclusive da Saúde. Desconhecemos o critério dos cortes, mas acreditamos que existem áreas prioritárias que deveriam ser mantidas”, declara Meinão. E em meio ao financiamento insuficiente e cortes de orçamentos ainda há o programa Mais Médicos, responsável por boa parcela da verba do SUS. “Uma quantidade valiosa do dinheiro vai para Cuba, em condições ainda não esclarecidas pelo Governo brasileiro, e o resultado do Mais Médicos até agora ainda não se fez ver. Provavelmente seria muito mais interessante priorizar outras áreas, com melhor relação entre custo e benefício”, argumenta o presidente da APM.

Além da vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a revalidação de diplomas, especialmente cubanos, o Mais Médicos também está permitindo a abertura de dezenas de faculdades de Medicina, particulares, e mais vagas em algumas já existentes. E o mesmo ocorre com a residência médica, para que todos os egressos da graduação tenham uma vaga. Roberto Lotfi Júnior, 1º vice-presidente da APM, considera irresponsável esta abertura absurda de escolas médicas, “indo na contramão da história de países desenvolvidos, que primam pela qualidade e não pela quantidade, o que sem dúvida é um caminho mais racional e sério”. “Existe a necessidade de se reavaliar as escolas existentes e ter critérios bem definidos para se abrir novas, contemplando obrigatoriamente a qualidade”, defende Florisval Meinão. No caso da ampliação das residências, o presidente da APM complementa: “Até o momento não estão definidas como serão as bolsas, e como será principalmente o padrão de formação desses médicos, quem fará a preceptoria, qual a qualidade dessa residência que vai ser oferecida, para que esses médicos não fiquem um ou dois anos fazendo residência em Medicina de Família e Comunidade sem qualquer estrutura de aprendizado, sendo utilizados como mão de obra barata”. Por fim, Lotfi não acredita que o Mais Especialidades vá ser implantado. “Se por azar isto acontecer, o desastre será maior que o do Mais Médicos, já que com especialistas malformados o risco de prejudicar os paciente passa a ser maior”, finaliza.

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entrevista

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m dezembro de 2015, o Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina, instituiu novo Departamento, o da Medicina do Trabalho, presidida por Dr. Leandro Guimarães. Em entrevista à Revista Saúde+, Dr. Leandro fala sobre os principais aspectos desta especialidade. Ele é médico do trabalho, ortopedista e traumatologista, subespecialista em ortopedia pediátrica e distúrbios neuromusculares, pós-graduado em ergonomia e perícias médicas judiciais, com MBA em gestão empresarial e MBA executivo internacional.

Revista Saúde+ - Quais os objetivos do recém criado Departamento de Medicina do Trabalho do Centro Médico de Ribeirão Preto? Dr. Leandro GuimarÃes - O Departamento de Medicina do Trabalho do Centro Médico de Ribeirão Preto (DMT-CMRP) tem por objetivo criar uma rede de relacionamentos entre os médicos que se dedicam à saúde ocupacional em Ribeirão Preto e região, promover reuniões e eventos científicos abrangendo todos profissionais que tem relação com a saúde dos trabalhadores, tais como engenheiros de segurança do trabalho, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, ergonomistas, técnicos de segurança do trabalho, técnicos de enfermagem, entre outros. Seremos um braço da Associação Paulista de Medicina do Trabalho (APMT) e da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), na região.

Revista Saúde+ - Como o profissional da Medicina do Trabalho atua? Dr. Leandro GuimarÃes - De acordo com a ANAMT, a Medicina do Trabalho é a especialidade médica que lida com as relações entre homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando não somente a prevenção dos acidentes e das doenças do trabalho, mas também a promoção da saúde e da qualidade de vida. Tem por objetivo assegurar, ou facilitar aos indivíduos e ao coletivo de trabalhadores a melhoria contínua das condições de saúde, nas dimensões físicas e mentais, e a interação saudável entre as pessoas e, estas, com seu ambiente social e o trabalho. A Medicina do Trabalho está construída sobre dois pilares: a Clínica e a Saúde Pública. Sua ação está orientada para a prevenção e a assistência do trabalhador vítima de acidente, doença ou de incapacidade relacionados ao trabalho e, também, para a promoção da saúde, do bem estar e da produtividade dos trabalhadores, suas famílias e a comunidade.

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O profissional de Medicina do Trabalho atua prioritariamente na prevenção de doenças relacionadas às atividades laborais e também em todos assuntos relacionados à qualidade de vida dos trabalhadores. O ser humano é um ser biopsiquicosocial, desta maneira a abordagem prevencionista e intervencionista na saúde dos trabalhadores devem envolver todos estes aspectos. Desta maneira, a atuação multidisciplinar é extremamente importante, especialmente na Medicina do Trabalho.

Revista Saúde+ - Há falta destes profissionais para atender a demanda? Dr. Leandro GuimarÃes - Esta é uma pergunta muito difícil de responder. Nem mesmo a ANAMT sabe ao certo quantos são os profissionais que atuam como Médicos do Trabalho no Brasil. Recentemente foi realizada uma pesquisa de âmbito nacional para que se possa realizar um censo demográfico e traçar o perfil dos médicos que atuam direta ou indiretamente nesta especialidade. Os resultados serão apresentados no 16º Congresso Nacional ANAMT, que será realizado em maio de 2016, em Foz do Iguaçú (PR). Além disso, há uma discussão muito grande sobre o exercício da Medicina do Trabalho. Esta discussão ficou ainda mais acirrada com a publicação da Portaria 590/2014 do Ministério do Trabalho e Emprego, alterando o item 4.4.1 da Norma Regulamentadora Nº 04 (NR-04) da Portaria 3.214/78, que passou a ter a seguinte redação: “Os profissionais integrantes do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, devem possuir formação e registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando existente”. De acordo com a ANAMT, esta alteração da NR-04 está em conformidade com os Princípios Fundamentais do Código de Ética Médica, que define a Medicina como uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, necessitando o médico ter boas condições de trabalho, devendo aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor prestígio da profissão. Na prática da Medicina do Trabalho que acontece em diversos campos ou áreas de atuação, que podem ser classificados segundo a natureza das atividades desenvolvidas, o local ou instituição e as relações de trabalho, esta alteração da NR-04 tem efeito sobre o exercício profissional dos Médicos do Trabalho como integrantes do SESMT. Estes devem possuir formação e registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo Conselho Federal e Regional de Medicina. Conforme o Decreto Lei Nº 5.452 de 1º de maio de 1943, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o Órgão de Âmbito Nacional competente em matéria de segurança e Medicina do Trabalho é o Ministério do Trabalho e Emprego, o qual estabelece, nos limites de sua competência (Art. 155 da CLT), as normas que serão aplicadas. De acordo com o disposto na Lei 3.268/57, em seu Artigo 2º, são o

Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica. A partir do pleno reconhecimento da Medicina do Trabalho como especialidade médica, principalmente após publicação da Resolução CFM 1.634/2002, quando foi celebrado o convênio firmado pelo Conselho Federal de Medicina, pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica, criando a Comissão Mista de Especialidades, consolida-se que a Medicina do Trabalho, como especialidade médica, deve ter uma formação mínima de dois anos e o reconhecimento do médico especialista é efetuado através do registro de seu diploma de Residência Médica ou do Título de Especialista emitido pela Sociedade Científica, no caso da Medicina do Trabalho, a ANAMT, que inclusive disponibilizou um e-mail para eventuais dúvidas, ou esclarecimentos: nr4@anamt.org.br.

Revista Saúde+ - No município há um histórico de doenças ocupacionais e profissionais? Dr. Leandro GuimarÃes - Cada empresa deve ter sua epidemiologia de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Na região há também o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST, que dentre suas inúmeras atividades também é responsável pelos dados epidemiológicos, no âmbito local e regional, sobre acidentes e doenças do trabalho contidas na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, que constam na Portaria 1339/GM de 18 de novembro de 1999, e dos agravos de notificação compulsória citados na Portaria GM 777, de 28 de abril de 2004.

Revista Saúde+ - Existem campanhas para conscientizar a população trabalhadora e empresarial da importância da prevenção? Dr. Leandro GuimarÃes - Sim, além das campanhas desenvolvidas pelo CEREST, Ministério do Trabalho, Previdência Soical, Ministério Público, dentre outros, em geral, as empresas compromissadas com a saúde dos trabalhadores, realizam campanhas sobre prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. As Normas Regulamentadoras nº 05 e 31 regem sobre as Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR), respectivamente. Estas comissões, formadas por representantes dos trabalhadores e dos empregadores, Social como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (SIPAT) é um exemplo de evento promovido nas empresas para abordar o assunto. Além disto, o SESMT e o SESTR (Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural) das empresas, realizam constantemente ações visando a segurança no trabalho e a promoção da saúde nas empresas.


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Equo terapia auxilia no tratamento de pessoas especiais e reabilitação

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uitas terapias são elaboradas e aplicadas para desenvolver o intelecto e a musculatura de pessoas com algum problema físico, ou mental, e também para a reabilitação desses pacientes que precisam superar a limitação. Essas pessoas ou buscam nessas terapias uma saída mais saudável para recuperar ou movimentos ou desenvolver o raciocínio. Uma dessas terapias é a equoterapia, do latim equus, que significa cavalo e therapeia, tratamento. Basicamente, a equoterapia consiste na prática de exercícios físicos e movimentos musculares em cima de um cavalo enquanto o mesmo realiza uma caminhada em aspecto de marcha. Segundo a Associação Nacional de equoterapia (Ande Brasil), a equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação,

buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e necessidades especiais. Ela emprega o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais. Na região de Ribeirão Preto, a prática é desenvolvida em quatro locais: pela cavalaria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, pelo Centro Hípico Guega, pelo Haras Manoel Leão e pela Associação de Equoterapia Vassoural (Alta), na cidade de Pontal. Os estudos dessa terapia começaram no Brasil em 1971, trazido pela Dra. Gabriele Brigitte Walter. Mais tarde, em 1989, a Associação Nacional de Equoterapia se oficializou no país e conseguiu, em 1997, reconhecer a equoterapia como prática terapêutica. De acordo com o capitão da PM e coordenador da Equoterapia do Regimento de Polícia Montada “9 de julho”, Syllas Jadach Lima, o método começou a ser desenvolvi-


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FOTO: Vinícius Saccochi

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do pelos policiais em 1993. “Um grupo de oficiais e praças do RPMon (Regimento de Polícia Montada) e Hospital da Polícia Militar (atual Centro Médico da Polícia Militar da Polícia Militar do Estado de São Paulo) fizeram uma viagem de estudos para a Europa a fim de conhecerem melhor sobre o método”. A prática então chegou a Polícia Militar e uma comissão foi designada para implantar o método junto a Polícia Montada. “Em 27 de fevereiro de 2008, a equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), como recurso terapêutico da fisioterapia e da terapia ocupacional. No ano seguinte, 2009, após retornar do curso de instrutor de Equitação na Escola de Equitação do Exército, fui convidado a trabalhar como voluntário na equoterapia”, conta o capitão Lima. Em 1996, a terapia se dissiminou para outras instituições em Ribeirão Preto como, por exemplo, com a biomédica Ivana Regina Leonardo, diretora do Equocenter Centro de Terapia. “Eu utilizava o espaço da hípica para a prática com crianças carentes, até que em 1997 realizei a parceria com o Centro Hípico Guega que dura até hoje”.

A praticante Silvia de Fátima Alves Dantas e o cavalo Diamante

O capitão Syllas detalha algumas técnicas utilizadas que auxiliam no desenvolvimento intelectual de jovens e adultos e também no fortalecimento de músculos e ossos: - Atividades assistidas por equinos (AAE): termo mundialmente utilizado que inclui todos os aspectos de atividades terapêuticas assistidas por equino; - Terapia assistida por equinos (TAE): tratamento que incorpora atividades com equinos e/ ou envolvimento com cavalos, cujos objetivos terapêuticos são colocados em função das necessidades do praticante;

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- Hipoterapia: abordagem física, ocupacional ou fonoaudióloga que utiliza o movimento do cavalo; - Equitação terapêutica: atividades a cavalo incluindo disciplinas de montaria tradicional ou adaptadas; - Volteio interativo: atividades de horsemanship, movimentos ao entorno, sobre e com o cavalo ou tambor e posições de ginástica sobre o cavalo ao passo, trote ou galope; - Psicoterapia facilitada por equinos: psicoterapia experimental com cavalos. Pode incluir a montaria, mas não se limita a ela.

MÉTODO - Segundo a fisioterapeuta Adriana Nogueira Bitar, que realiza a prática da terapia no Haras Manoel Leão, em Ribeirão Preto, ela conheceu o trabalho desenvolvido pela PM após sua graduação e explica como aplica o método com os praticantes. “Dividimos a terapia em aproxi-

SERVIÇO Polícia Montada regimento “9 de Julho” Rua Dr. Jorge Miranda, nº 238, São Paulo (SP) E-mail: equoterapia@policiamilitar.sp.gov.br 3º Batalhão de Polícia Militar do Estado de São Paulo Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, nº 1538, Jardim Independência, Ribeirão Preto (SP) Associação de Equoterapia Vassoural (Alta) Rodovia Maurílio Biagi Km 5,5, 57, Pontal (SP) Telefone: (16) 3953-1929 Haras Manoel Leão Rodovia Cândido Portinari, km 327, Jardinópolis (SP) Telefone: (16) 7811-2829 E-mail: contato@harasmanoelleao.com.br Centro Hípico Guega Rodovia Anel Viário - Contorno Sul, Km 317, s/n, Jardim Progresso, Ribeirão Preto (SP) - Telefone: (16) 3637-8841


mação e a montaria e realizamos conforme a necessidade dos praticantes. Praticante é o termo utilizado para o paciente, já que ele exerce a terapia”. A fisioterapeuta Adriana destaca que não há restrição quanto a raça de cavalo que pode ser apta ao tratamento, mas animais de grande porte são mais difíceis de manusear. “As raças que não são muito utilizadas são a Campo Limpo e Mangualarga Marchador, devido ao seu andar. A égua pode ser utilizada”. A profissional também recomenda que o praticamente deve estar com uma roupa leve e de calça comprida. De acordo com a Ande Brasil, “A equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro”. RESULTADOS - Segundo Elaine Cristina Leite, fisioterapeuta e coordenadora técnica da Associação de Equoterapia Vassoural (Alta), que iniciou o método no município de Pontal em 2003, a técnica beneficia os praticantes nos âmbitos emocionais e físicos. “Observamos melhoras evidentes no comportamento, na autoestima, na atenção e no convívio familiar devido à afetividade e o vínculo que tiveram com o cavalo. É possível ainda observar que alguns praticantes conquistaram independência motora, equilíbrio, flexibilidade e melhora na postura”. A biomédica Ivana disse que trabalhar com a crianças na equoterapia beneficia tanto o desenvolvimento da pessoa, seja motor ou psicológico, mas os profissionais também saem do tratamento realizados. “Você elimina o estresse, alguns indícios de depressão e o retorno é muito grande, é uma graça realizar esse trabalho”. A profissional explica que a convivência entre o animal e o ser humano é benéfico tanto para o praticante, quanto para a equipe. “A terapia traz melhoras evidentes, diferentes respostas em relação à evolução motora e psicológica, sendo estas de grande importância para a equipe envolvida no projeto, para as famílias que vivenciam as melhoras, bem como para outros profissionais que acompanham o praticante”. PONTOS ImPORTANTES - Os profissionais entrevistados pela reportagem também destacam que a equipe envolvida na atividade deve estar habilitada, bem como os cavalos serem aptos e treinados para a equoterapia. Se algo estiver em desacordo, o tratamento pode não trazer resultados positivos. A prática exige do ser humano a participação do corpo inteiro, pois o movimento realizado pelo cavalo é 95% semelhante ao do ser humano, segundo Elaine. “Isso contribui para o desenvolvimento muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo, concentração e aperfeiçoamento da coordenação e do equilíbrio”. Ivana explica que todo o trabalho é feito por equipe especializada na equoterapia, desde a avaliação clínica até a montaria no cavalo. “Em nossa equipe contamos com psicólogo, fisioterapeuta e no momento de colocar o praticante em cima do cavalo, três colaboradores acompanham o movimento tanto do animal, quanto da pessoa que está em cima dele. “A equoterapia precisa de mais incentivos públicos e privados para se consolidar. Ainda faltam patrocinadores e movimentos do poder público para mantermos a equoterapia em Ribeirão. O Serguei Fofanoff) foi importante nesse processo, pois ele acreditou no meu trabalho e no poder de transformação que a equoterapia traz ao ser humano”, finaliza.


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Rotinas em Terapia Intensiva Pediátrica Novos associados Dr. Fábio Carmona, professor doutor do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e presidente do Departamento de Fitoterapia do Centro Médico de Ribeirão Preto, lança novo livro intitulado “Rotinas em terapia intensiva pediátrica”, em coautoria com a Dra. Ana Paula de Carvalho Panzeri Carlotti, Professora Associada do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O livro retrata os protocolos de cuidados intensivos atualmente em uso no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Em Medicina Intensiva, o sucesso do tratamento depende do trabalho integrado e harmônico da equipe multidisciplinar. A adoção de protocolos de rotina reflete a integração e a organização da equipe. A principal

característica dos protocolos é propiciar que os clínicos tomem as mesmas decisões frente ao mesmo cenário clínico, permitindo que o tratamento varie de acordo com o paciente e não com o médico. A utilização de protocolos de cuidados em unidades de terapia intensiva evita condutas conflitantes, promove a continuidade do tratamento e minimiza erros. Além disso, possibilita que os resultados sejam medidos e comparados de forma mais consistente e que o conhecimento gerado pela pesquisa seja transferido ao cuidado à beira do leito com eficiência. Há evidências de que o uso de protocolos melhora o cuidado de pacientes gravemente doentes, diminuindo o tempo de internação hospitalar e na unidade de terapia intensiva, os custos do tratamento e a morbimortalidade. Entretanto, seguir protocolos não significa ser rígido ou deixar de lado o julgamento clínico. Podem ocorrer situações em que o protocolo não se aplica, e que devem ser tratadas de forma individualizada.

Cremesp reprova 48% dos estudantes em prova de medicina O exame do Conselho Região de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) reprovou 48% dos participantes. De 2.726 estudantes inscritos, 1.312 candidatos não alcançaram a nota mínima da prova, que avalia a qualidade da formação do médico recém-formado nas faculdades do Estado. Entre as maiores dificuldades, a clínica médica teve o menor número de acertos, alcançando 50,9%. Em seguida, veio a área da saúde pública com 52,8%. Mesmo a metade das 120 questões terem sido consideradas fácies, os participantes erraram questões consideradas básicas para o exercício da profissão, como o diagnóstico para tratamento inicial de infarto (63% de erros) ou as características de transtorno bipolar (72%), por exemplo.

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A diretoria do Centro Médico de Ribeirão Preto dá as boas vindas aos novos associados. Promover a união da classe médica, bem como defender os interesses dos profissionais e propiciar benefícios são os principais objetivos desta entidade. SÓCIOS EFETIVOS: Sérgio Batista Gibelli Jr Karla Arruda João Carlos Lopes Simão Ana Lucia Figuerôa Otake João Paulo Graciano SÓCIOS RESIDENTES: Edson Machado Sirai Missugiro(1º) Mateus Renno de Campos (1°) Nicoli Ferri Revoredo (1º) Rafael Toshio Morita (1º) ReadmissÃo: Maisa Viu Matheus Agregado: Taly Priscila Araújo Nascimento


II Semana Internacional do Autismo

Com o objetivo de democratizar e difundir informações sobre o Transtorno do Espectro Autista, a 2ª edição da Semana Internacional do Autismo - TEAbraço, já tem confirmada sua grade de palestras gratuitas. O evento, que acontece no Shopping Iguatemi de Ribeirão Preto, entre os dias 28 de março e 03 de abril, contará com uma intensa programação de atividades. No ciclo de palestras estão renomados especialistas no assunto que debaterão e apresentarão temas de grande importância para famílias que possuem crianças com TEA. Entre eles o neuropediatra Dr. Carlos Gadia, considerado um dos maiores especialistas em autismo no mundo, diretor associado do Dan Marino Center e diretor do Miami Children’s Hospital; o cientista brasileiro Alysson Muotri, biólogo e professor da Universidade da Califórnia e um dos fundadores da Tismoo - a primeira startup de biotecnologia do mundo com um laboratório exclusivamente dedicado a análises genéticas focadas em tratamentos para o TEA e outros transtornos neu-

rológicos -, além dos profissionais: Celso Goyos - psicólogo e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) -, Drª Margherita Midea Cuccovia - médica psiquiatra -, Marina Luisa Garbarino Nogueira - dentista e atualmente desenvolve atividades técnico-científicas no Centro Ann Sullivan do Brasil - Ribeirão Preto - , Claudia Romano e Leila Bagaiolo sócias e cofundadoras da Gradual (grupo de intervenção comportamental) e Adoniran Thomaz - zootecnista, adestrador e idealizador do Projeto KAOMA - trabalho social que realiza com sua cachorra com o objetivo de demonstrar aos outros animais como deve ser a relação com crianças especiais. A 2ª edição do TEAbraço também contará com outras programações, como espaço de convivência com oficinas criativas, exposição de Arte - com peças criadas por crianças com autismo -, túnel sensorial que simula os sentidos do Autista, mostra de filmes - com a exibição de clássicos sobre o tema, além do Workshop Internacional, que será a única atividade paga dentro do evento.


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Aferir pressão intracraniana pode ser feita de forma não invasiva

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azer um diagnóstico precoce de alteração da pressão intracraniana (PIC), pode ser avaliada de forma não invasiva. Um equipamento desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo em São Carlos (SP), liderados pelo coordenador do projeto, Sérgio Mascarenhas, permite a medição da PIC, sem a necessidade de perfurar o crânio dos pacientes. Segundo Mascarenhas o dispositivo é colado em cima do osso e emite sinais elétricos quando há deformações, apontando a mudança da pressão, neste método considerado minimamente invasivo. No não invasivo, um sistema acoplado a uma espécie de bandana é mantido em contato com a cabeça do paciente e compara as variações da pressão interna por meio das deformações da superfície do crânio e pode determinar quadros anormais. Os testes com os dispositivos foram realizados na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto FMRP/USP, na Universidade do Porto, em Portugal, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). “Os resultados foram positivos, registrando avanços, principalmente no monitoramento de pacientes com traumatismo craniano, epilepsia e hipertensão na gravidez”, ressaltou Mascarenhas, relatando ainda que, apesar dos equipamentos possuírem autorizações para pesquisas, espera-se que nos próximos meses a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emita a certificação para uso geral. O Professor Dr. Gerado Duarte, docente da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e chefe do setor de Ginecologia e Obstetrícia (GO) do Hospital das Clínicas (HC), destaca para a Revista Saúde+, os principais aspectos deste método, que alia Ciência e Saúde.

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Professor Dr. Geraldo Duarte


Este é um projeto perfeito de integração do conhecimento das várias áreas do saber científico, aplicadas à saúde! Espero que dê certo ”

Revista Saúde+ - Quais são os problemas de saúde que podem causar aumento da pressão intracraniana? Professor Dr. Geraldo Duarte - Na minha área as causas de aumento da PIC são lideradas pelos processo hipertensivos da gravidez, hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Em outras áreas o seu uso parece ser ilimitado, mas com ênfase especial em neurologia e traumas do segmento cefálico. Revista Saúde+ - O HC-FMRPUSP foi escolhido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para realizar testes com o equipamento que identifica precocemente as alterações da pressão intracraniana. Atualmente como podem ser avaliados os resultados? Professor Dr. Geraldo Duarte - São vários projetos para adequar o aparelho que afere a PIC às nossas necessidades como obstetras. Dentre as avaliações em curso destacam-se a construção das curvas de referência para gestantes consideradas normais ao longo da gravidez (para futuras comparações), controle do uso de medicações hipotensoras, diagnóstico precoce de alterações da PIC e a triagem para o uso precoce de sulfato de magnésio.

Revista Saúde+ - Como o sr. analisa a invenção do professor Sérgio Mascarenhas, da USP de São Carlos, que permite aferir a pressão intracraniana de gestantes sem a necessidade de perfurar o crânio? Professor Dr. Geraldo Duarte - Como um avanço tecnológico que pode ser aplicado em ciência e em saúde. Permite-nos avaliar a pressão intracraniana (PIC) de forma não invasiva, em uma série de agravos da saúde. No caso das síndromes hipertensivas durante a gravidez já sabemos que a alteração da PIC existe, mas agora poderemos quantificá-la sem invadir o crânio. Possibilitará também avaliar se estas alterações são precoces o suficiente para definir qual paciente precisa ser priorizada para encaminhamentos ou terapias mais específicas para evitar os casos de eclâmpsia e de acidentes vasculares cerebrais.

Revista Saúde+ - No Brasil, a pressão arterial é a principal causa de morte materna, fetal e perinatal? Há pesquisas na área para determinar um tratamento preventivo? Professor Dr. Geraldo Duarte - Sim, existem várias pesquisas neste sentido, avaliando fatores predisponentes e estratégias para enfrentamento. Neste tópico, um dos principais objetivos com o uso do aparelho para aferir a PIC é colaborar na redução dos coeficientes de mortalidade materna. Fazendo o diagnóstico precoce de alteração da PIC poderemos predizer a necessidade de transferir a paciente para centros com potencial de atendimento de casos de maior complexidade, que demandam tanto recursos humanos especializados, quanto recursos tecnológicos mais adequados. Mesmo em centros com menor potencial de resolutividade, os casos com PIC alterada devem iniciar o uso de sulfato de magnésio. Revista Saúde+ - Como é realizado o atendimento no HC? Quais os profissionais envolvidos? Professor Dr. Geraldo Duarte - No HC as pacientes hipertensas tem sua PIC aferida por profissionais obstetras, fisioterapeutas, biólogos e pessoal da enfermagem. Na interpretação dos resultados estão envolvidos matemáticos e físicos.


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25aJornada de Ginecologia e Obstetrícia Sinhá Junqueira

O Centro de Convenções Ribeirão Preto sediou entre os dias 2 e 5 de março, a 25ª edição da Jornada de Ginecologia e Obstetrícia, maior evento médico da cidade, promovido pela Maternidade Sinhá Junqueira. A programação científica teve início no dia 2, discutindo gestão de alto risco, assistência ao parto e pré-natal, planejamento familiar, endometriose, climatério, sexualidade, entre outros. Na abertura do evento, a mesa de trabalho foi composta por Dr. Oswaldo Cruz Franco, presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina, Dr. Marcos Felipe Silva Sá, diretor da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - Febrasgo, Dra. Susi Volpato Fábio, coordenadora do Programa de Assistência à Saúde da Mulher de Ribeirão Preto, Dr. Luiz Alberto Ferriani, presidente e coordenador geral da Jornada, Dr. Antonio Jorge Salomão, secretário geral da Associação Médica Brasileira (AMB), que realizou palestra sobre “Situação atual do médico no Brasil e as perspectivas”, Dr. Rui Alberto Ferriani, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo - Sogesp e André Luiz Junqueira Pessoa, presidente da Fundação Maternidade Sinhá Junqueira. “Com a mente aberta, a Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira aproximou a classe médica para deba-

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ter o presente e o futuro da especialidade e viver uma rica experiência a cada edição. 25 anos é um momento especial em nossa vida, por isso, planejamos um evento à altura dessa marca”, observou Dr. Luiz Alberto Ferriani, que recebeu diversas homenagens. Além de debater os avanços científicos, a Jornada reservou espaço para a apresentação das novidades do setor farmacêutico e de equipamentos médicos. A planta do evento foi elaborada para garantir a convivência e

fácil locomoção dos congressistas durante as várias atividades simultâneas. Nesses 25 anos, a iniciativa também é de fundamental importância para a consolidação de Ribeirão Preto como referência em turismo científico. Hoje, trata-se do evento realizado na cidade com maior repercussão dentro da indústria farmacêutica, hospitalar, entre médicos e outros profissionais dedicados à saúde da mulher. A Jornada insere-se entre os três principais eventos da especialidade no País.

Dr. Oswaldo Cruz Franco parabenizou Dr. Luiz Alberto Ferriani pelos 25 anos de sucesso da Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira


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Novo exame de sangue detecta problemas cardíacos ‘ocultos’

Um novo exame de sangue pode ajudar a diagnosticar problemas cardíacos hereditários, de acordo com a British Heart Foundation. Pesquisadores financiados pela instituição de caridade descobriram que, ao analisar um grupo específico de genes, conseguem detectar de forma segura problemas que paciente desconhecia. Os testes genéticos até então disponíveis analisam um pequeno número de genes e só podem identificar condições específicas, o que implica em custos mais altos e tempo de diagnóstico maior - uma grande barreira para disponibilizar o teste nos sistemas públicos de saúde. Mas pesquisadores do Imperial College London e MRC Clinical Sciences Centre dizem que o novo teste, que analisa 174 genes, é mais rápido e confiável. O método, já disponibilizado em dois hospitais na Inglaterra, vem testando, com sucesso, cerca de 40 pessoas por mês. “Sem um teste genético, normalmente temos que manter toda a família sob vigilância constante por muitos anos. Isso é altamente custoso tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde”, diz James Ware, cardiologista especialista em condições cardíacas hereditárias. “Por outro lado, quando um teste genético revela a anormalidade genética exata causando a condição em um membro da famí-

lia, se torna simples testar outros membros da família. Aqueles que não não tiverem o gene defeituoso podem ser tranquilizados e poupados de visitas intermináveis a hospitais”, diz. A pesquisa foi financiada pela British Heart Foundation e as descobertas publicadas no Journal of Cardiovascular Translational Research.

Combatendo problemas cardíacos hereditários - Estima-se que problemas cardíacos hereditários afetem mais de 500 mil pessoas no Reino Unido; - Há muitos tipos diferentes que podem afetar o coração e o sistema circulatório e são passados de geração em geração;

Para ajudar a cuidar da saúde de todos, tem sempre uma Documenta por perto. Documenta Ribeirão Preto Unidade da Mulher Unidade Garibaldi Unidade Hospital São Francisco Unidade Hospital Sinhá Junqueira 16 3977 3000 Documenta Sertãozinho Unidade Hospital Netto Campello 16 3946 8308 Documenta Jaboticabal Unidade Hospital São Marcos 16 3204 8278 Seis unidades, uma só para a mulher

DOCUMENTA

- Eles podem afetar pessoas de qualquer idade e representar risco de morte; - Para muitas pessoas, o primeiro sinal é quando um membro da família morre sem nenhuma explicação; - Testes genéticos em membros de uma família podem identificar quem a presença do gene defeituoso e, a partir daí, podem ser tomadas medidas para reduzir o risco de morte súbita, com cirurgia, medicação e mudanças no estilo de vida.

Unidade Hospital São Francisco

Dr. Euclides do Carmo Passeto Diretor Técnico Médico CRM-SP 15290 / RQE 44355


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saúde+

bucal

Pais devem ficar atentos a higiene bucal das crianças

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omo em todo tratamento médico, para que um problema seja identificado e resolvido da forma mais simples, devemos ir ao médico ou especialista assim que apresentamos alguns sintomas. E isso não é diferente quando falamos do tratamento da boca e dos dentes. Logo quando crianças, devemos consultar um dentista para realizar o tratamento preventivo ou mesmo para a manutenção dos dentes e manter a boca saudável. De acordo com o professor da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP) Dr. Paulo Nelson Filho, o tratamento deve acontecer logo na gravidez, para a gestante receber informações de prevenção e cuidados com a saúde bucal da mãe e do bebê. “Após o nascimento, a primeira consulta deve ser realizada antes dos seis meses de idade, para a realização de exame geral do bebê e aplicação e orientação de medidas preventivas”, conta. Em seguida, a escovação deve acontecer logo na aparição do primeiro dente, segundo o professor. “O procedimento deve ser realizado pelos pais ou responsáveis até que a criança adquira habilidade

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e coordenação motora. Entre 2 e 3 anos, a criança aprende muito por imitação, acompanhando os pais no momento da escovação”. O especialista destaca que alguns alimentos podem ajudar na manutenção da limpeza dos dentes, mas alerta por um hábito muito conhecido dos pais. “Alguns alimentos favorecem a limpeza dos dentes, por sua textura como a cenoura e a maça, por exemplo. No entanto, o uso da mamadeira noturna é o fator mais crítico, do ponto de vista dietético, de risco à cárie dentária em bebês. De um modo geral, deve-se evitar o consumo de todo tipo de carboidrato fermentável entre as refeições principais”. Dr. Paulo destaca que a visita ao dentista nessa idade deve acontecer de 6 em 6 meses, mas alerta para possíveis surgimentos de problemas. “Em situações de alto risco, a cárie ou outros problemas específicos, a ida ao dentista deve acontecer em períodos mais curtos. Consulte regularmente seu cirurgião-dentista, realize uma adequada escovação dentária, com uso do fio dental e consuma alimentos saudáveis”, finaliza.



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saúde+

preventiva

Os benefícios de uma

boa noite de sono

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sono é uma atividade essencial para o nosso organismo onde recompomos parte de substâncias perdidas durante as atividades cotidianas, como o trabalho ou a limpeza de nossa casa. Nesse período de descanso, o corpo relaxa e partes das funções nervosas e respiratórias trabalham em um ritmo menos acelerado. Segundo o neurologista da Universidade de São Paulo (USP/RP) Alan Luiz Eckeli, um sono considerado saudável deve ser feito entre 7 e 8 horas por dia. “O sono é essencial para mantermos nossas funções vitais ativas e equilibradas”. Ainda de acordo com o médico, nosso corpo pode reduzir a temperatura até em 1ºC durante a madrugada, alcançado os 35,5 graus. Nosso sono é dividido em cinco etapas, sendo que quatro estágios fazem parte do sono NREM (movimento não rápido dos olhos) e o estágio final é denominado sono REM (movimento rápido dos olhos), quando o corpo descansa totalmente e os batimentos cardíacos e movimentos musculares diminuem para o repouso. “Habitualmente o tempo para o sono REM é próximo de 90 minutos, porém podemos observar uma variação de 30 minutos”, diz o neurologista. DISTÚRBIOS Eckeli explica que um sono inadequado pode acarretar diversos problemas, principalmente de saúde e de comportamento. “Uma noite de sono ruim pode promover aumento de sonolência, redução dos níveis de atenção, comprometimento da memória, redução da motivação, aumento da impulsividade e de chance de acidentes”. Algumas doenças, como o ronco, bruxismo e apneia estão associados a fatores de genéticas, ou mesmo de problemas de saúde, como destaca o neurologista. “A apneia é uma doença de múltiplas causas, como a obesidade, a idade e também fatores genéticos. O bruxismo, assim como a apneia, tem origem por vários fatores genéticos, como problemas de oclusão (relação entre maxilar e mandíbula)”.

Higiene do Sono

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Prepare o ambiente, mantendo uma temperatura agradável e um ambiente escuro e quieto;

O especialista indica algumas maneiras de melhorar o sono e evitar os problemas citados acima. Confira as dicas:

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Evite uso de álcool e de cafeína pelo menos 6 horas antes do seu horário de dormir;

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Procure deitar e se levantar em horários regulares todas as noites; Vá para a cama somente quando estiver com sono; Não use a cama para leitura, ver televisão ou alimentarse. Prefira a sala, ou outro ambiente. A cama deve estar relacionada com o ato de dormir; Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia; Estabeleça um ritual de relaxamento antes de se deitar, como tomar um banho quente;

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Não se alimente próximo ao horário de dormir; Evite cochilos durante o dia. Eles atrapalham seu sono à noite; Procure se ocupar durante o dia, evitando o ócio; Faça atividades físicas regularmente, porém evite exercícios fortes no final do dia. Prefira os períodos da manhã ou almoço. No final do dia, os exercícios precisam ser mais leves como alongamento ou caminhadas, e pelo menos 4 horas antes de dormir. Não faça uso de medicamentos para dormir sem orientação médica. Não leve problemas para a cama. Resolva-os antes de deitar.

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saúde+

artigo científico

Osso normal

Osteoporose

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osteoporose é uma doença que leva à perda de massa óssea e à fragilização do osso, aumentando o risco de fraturas. A doença pode tornar os ossos tão frágeis, que uma queda, ou até mesmo leves impactos, como curvar-se ou tossir, podem causar uma fratura. Os ossos mais acometidos são os do quadril, punho e coluna. Embora possa acometer os homens, é mais comum nas mulheres. Estima-se que aos 60 anos, uma em cada quatro mulheres sofra de osteoporose e, aos 75 anos, duas em três. No homem, a perda de massa óssea é mais lenta que na mulher, sendo que a osteoporose manifestar-se-á, via de regra, somente após os 70 anos. O osso não é uma estrutura sem vida com função apenas de dar sustentação mecânica ao corpo. Os ossos estão em constante renovação, um processo necessário para correção de microlesões sofridas pelos traumatismos comuns do estresse mecânico diário. O organismo está o tempo todo destruindo e construindo ossos novos. Para se manter forte e saudável, o osso necessita do aporte constante de minerais como o cálcio e fósforo, níveis adequados de vitamina D e algum grau de estresse mecânico obtido por atividade física. Até os 30 - 35 anos o corpo consegue aumentar a massa óssea. A partir dos 30 - 35 anos, o processo de reabsorção óssea começa a ficar maior que o de produção de osso novo, o que ao longo de vários anos leva ao desenvolvimento da osteoporose. A osteoporose além de reduzir a densidade mineral do osso, também causa distúrbios na sua arquitetura natural, contribuindo ainda mais para sua fragilidade. SINTOMAS DA OSTEOPOROSE A osteoporose cursa de forma assintomática por longos períodos. As primeiras manifestações clínicas ocorrem em fases avançadas da doença quando já houve perda de 30% a 40% da massa óssea. Os principais sintomas são fratura, redução da estatura e dores ósseas decorrentes de fraturas das vértebras da coluna. A fratura do colo do fêmur é muito comum em indivíduos idosos e geralmente associados a quedas. Quanto mais idoso for o paciente e mais grave for a osteoporose, maior o risco. Outras fraturas que podem ocorrer são as do punho e das costelas.

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DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE O melhor teste para se fazer o diagnóstico de osteoporose é a densitometria óssea. Os resultados são fornecidos através da comparação com a densidade óssea de pessoas jovens (T-score ou desvio padrão) Os critérios para osteoporose segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): 1. Densidade óssea normal = T-score entre 0 e -1 2. Osteopenia = T-score entre -1 e -2,5 3. Osteoporose = T-score menor que -2,5 Quanto mais baixo for o T-score, maior a gravidade da osteoporose e maiores os riscos de fraturas. A osteopenia é uma redução da densidade óssea, porém, ainda não é considerado osteoporose. Podemos dizer que é uma pré-osteoporose. A densitometria óssea deve ser realizada em todas as mulheres acima de 65 anos ou naquelas em pós-menopausa que apresentem fatores de risco para osteoporose. E em todos os homens acima de 70 anos. Duas são as formas clássicas de Osteoporose: a fisiológica ou primária e outra, secundária, geralmente causada por outras doenças. A forma secundária está associada a uma grande variedade de condições ou doenças, que acarretam, em sua evolução, distúrbios na absorção intestinal de cálcio, diminuição precoce nos níveis de estrogeno (menopausa precoce), perda de massa muscular, diminuição da atividade do sistema enzimático citocromo P450 (diminuição do funcionamento do fígado), baixa absorção e metabolização da vitamina D. São causas de osteoporose secundária as enfermidades do sistema endócrino (tireoide, diabetes, paratireoide, etc), o câncer (metástases ósseas, tumores ósseos), as doenças inflamatórias crônicas intestinais (doença de crohn, retocoliteulcerativa), as cirurgias gástricas e do sistema digestivo, o sedentarismo, a ingestão de alguns medicamentos (heparina, corticosteróides, retinóides, extratos tireoideanos, lítio, cádmio, metotrexate, hidantoinatos e garde-

Osso com osteoporose

FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE - Mulheres após a menopausa (70% dos casos de osteoporose ocorrem em mulheres.) - Homens após os 65 anos; - Fumantes; - Consumidores de álcool ou/e café em excesso; - Diabéticos; - Sedentários; - Doenças cardíacas - Doenças endócrinas (especialmente na tireoide, paratireoide ou ovários); - Desordens nutricionais (não basta cálcio; vitamina D, proteínas, magnésio e fósforo também são essenciais pra ossos saudáveis) - Doenças gastrointestinais que prejudiquem a absorção de nutrientes; - Cirurgia gástrica - Histórico familiar de osteoporose e osteopenia; - Certos medicamentos (corticoides, alguns anticonvulsivantes, heparina, hormônio tireoidiano, etc) - Peso abaixo do ideal - Baixa exposição solar (menor produção de vitamina D) - Baixa ingestão de cálcio


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nal), as doenças renais crônicas, algumas doenças reumatológicas (artrite reumatóide, lupus), a síndrome de má absorção e a baixa ingestão de cálcio. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE Na osteoporose prevenir é essencial. Visto que os medicamentos não revertem a osteoporose, portanto, o tratamento tem como principal objetivo evitar a progressão da doença, e consequentemente, as fraturas. O tratamento medicamentoso está indicado em todos os pacientes que tenham critérios de osteopenia (T-score entre -1 e -2,5) com fatores de risco ou osteoporose (T-score menor que -2,5) na densitometria óssea. Tão importante quanto o tratamento com medicações, é a implementação de mudanças nos hábitos de vida. Deve-se abandonar o cigarro e evitar excesso de bebidas alcoólicas e refrigerantes. Deve-se praticar exercícios físicos, incluindo musculação. A ingestão adequada de cálcio é indispensável. Ele é um elemento fundamental para a formação do esqueleto. É recomendável ingerir 1 grama , ou seja, 1000mg de cálcio por dia. Um litro de leite tem 1000mg desse mineral. Pode ser leite integral ou desnatado, tanto faz. Tirar a gordura do leite não modifica a quantidade de cálcio nele contida. Tomar um litro de leite por dia, porém, não é qualquer indivíduo que consegue. Como incorporar, então, esses 1000mg necessários na dieta diária? Um copo de leite, pela manhã, representa 250mg. Outros 250mg, retiramos dos alimentos que ingerimos nas demais refeições. Os 500mg restantes podem vir dos outros derivados do leite. Uma fatia de ricota, de queijo branco ou um copo de iogurte fornecem aproximadamente 250mg de cálcio cada um. Já o queijo tipo suíço é muito mais rico nesse elemento. Portanto, porções menores desse laticínio podem garantir a quantidade adequada para a recomposição da estrutura óssea. Também é importante a exposição solar de 20 a 30 minutos de sol por dia para a produção de vitamina D. Apenas 25% do corpo precisam estar expostos. OS mEDiCAmENTOS mAiS USADOS SÃO: Reposição de cálcio e Vitamina D - A adequada ingestão de cálcio e níveis vitamina D são elementos fundamentais para o tratamento da osteoporose. Como já foi dito, a necessidade diária de ingestão de cálcio deve ser de 1000-1200mg. Caso o indívíduo não consiga essa ingestão por meio alimentar, e recomendável sua suplementação por meio de sais de cálcio comerciais (cápsulas, pastilha ou comprimidos). Dá-se preferência para o carbonato de cálcio. Em algumas situações, também pode-se utilizar o fosfato de cálcio e citrato de cálcio. Em geral, cada cápsula, pastilha ou comprimido contem entre 250-600mg de cálcio. A necessidade diária de vitamina D é de 800-1200 unidades por dia. Dosagens adequados desse elemento é indispensável para a absorção intestinal do cálcio. Existem no mercado apresentações líquidas e comprimidos para

reposição. Como é uma vitamina que se armazena no organismo, pode ser tomada diariamente, semanalmente ou mensalmente. BiFOSFONATOS - (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico) - São os medicamentos mais utilizados no tratamento e prevenção da osteoporose. Já existem há anos no mercado e o seu perfil de segurança e eficácia é bem conhecido. Os bifosfonatos em comprimidos devem ser tomados em jejum com um copo cheio de água, e o paciente não deve se deitar por pelo menos 3040 minutos, devido ao risco de grave refluxo e esofagite. O ácido zoledrônico é um bifosfonato administrado por via intravenosa, com administrações a cada 12 meses. RALOxiFENO - É um modelador seletivo do receptor de estrogênio. É um medicamento que age como se fosse estrogênio, mas não o é. Apresenta os seus benefícios sem efeitos colaterais. ESTROgÊNiOS E REPOSiÇÃO hORmONAL - Muito usado para tratar osteoporose até um passado recente, a reposição hormonal, apesar de apresentar excelentes resultados traz consigo um aumento do risco de doenças cardiovasculares, trombose e câncer de mama. Por isso, não é mais indicado como tratamento de primeira linha para osteoporose e só deve ser usado em casos selecionados. TERiPARATiDE - É um hormônio sintético (análogo do PTH) semelhante ao paratotormônio, hormônio produzido pela paratireoide e responsável pelo controle do cálcio e do fósforo nos ossos. É um dos medicamentos mais promissores no tratamento da osteoporose, sendo o único até o momento que parece reverter parte das lesões já existentes. Ainda não há estudos completos sobre o seu perfil de segurança a longoprazo e o seu uso ainda está limitado 2 anos. DENOSUmAb - O denosumab é um medicamento novo, que age reduzindo a absorção óssea e aumentando a formação de osso, o que resulta em uma maior densidade óssea e um risco reduzido de fraturas. A sua administração é também bastante confortável, sendo a posologia de apenas uma administração subcutânea a cada 6 meses.

Dr. Rodrigo de Oliveira - Reumatologista - CRM – 107.161 Mestre em Ciências Médicas - USP Médico-assistente e preceptor da residência de reumatologia - Hospital das Clínicas - FMRP/USP Membro da Sociedade Paulista de Reumatologia Membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia Membro do GRAPPA (Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis)


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pet

Visão dos animais: como reconhecer cada doença

JANEIRO/FEVEREIRO 2016


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s animais domésticos, sejam eles de porte pequeno ou grande, estão sujeitos a desenvolver problemas de visão, tanto nos primeiros anos de vida quanto na idade adulta. Os casos mais comuns são de conjuntivite, úlcera de córnea, catarata, glaucoma e ceratoconjuntive. Segundo a médica veterinária Dra. Mariana Amâncio, estes tipos de doenças podem aparecer por predisposição genética ou por traumas ocorridos durante a vida. “Em cães mais novos ou de olhos grandes como Pug, Shihtzu e Lhasa Apso, as doenças mais comuns são de origem traumática, já que filhotes são bem agitados, devido ao formato dos olhos e também por causa dos pelos longos. Já por herança genética, são comuns cães das raças Cocker, Basset e Chow-chow apresentarem glaucoma”. Quando identificado precocemente, os tratamentos disponíveis para as doenças de visão dos animais podem ter resultados significativos. De acordo com o veterinário Dr. Fabrício Mamede, algumas doenças como catarata e problemas na retina, devem ser detectadas logo no início e sempre possuir um acompanhamento médico. “As doenças da superfície ocular – úlcera, olho seco e conjuntivite - podem ser evitadas através de acompanhamentos periódicos por um oftalmologista, que poderá avaliar as possíveis anormalidades e trabalhar na prevenção da cegueira”, diz. A veterinária Mariana Amâncio conta que hábitos considerados comuns pelos donos podem ser um perigo para a saúde do animal. “As pessoas têm o costume de levar seus pets no carro com a cabeça para fora da janela. Além de não

Cuidados A veterinária destaca outros pontos importantes que podem agravar as doenças. “A falta de consultas de rotina no veterinário e de limpeza adequada podem aumentar as chances de doenças avançadas. O dono do animal é o primeiro a identificar sinais e comportamentos que podem indicar a necessidade de uma consulta com especialista”.

Prevenção

ser correto, o vento direto nos olhos do animal faz com que eles fiquem secos e irritados, podendo ser lesionados com o vento em excesso”. Confira algumas doenças e como identificá-las: CATARATA Caracterizada pela opacidade do cristalino, é uma das mais comuns verificadas tantos em cachorros quanto em gatos. Se não tratada, pode levar a cegueira completa do animal. O procedimento cirúrgico é indicado no início da doença para que o resultado possa ser positivo. CONJUNTiviTE Comum nos animais domésticos, pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, alergias ou corpos estranhos. Os principais sintomas são vermelhidão ao redor dos olhos, sensibilidade à luz (fotofobia) e secreção ocular. Em casos crônicos, pode levar a cegueira. ÚLCERAS A grande causa de úlceras nos animais são traumas ou problemas nos cílios. O dono pode identificar o problema quando o bicho fica com o olho mais fechado e não quer que ninguém encoste. Também pode se incomodar com a luz do dia e coçar constantemente a região. CERATOCONJUNTiviTE É caracterizada pelo desgaste da glândula lacrimal, quando o olho fica o tempo todo ressecado e é comum em raças de focinho curto. - Não jogar vento diretamente nos olhos do animal; - Não medicar sem a prescrição de um veterinário; - Em raças de pelos longos, a tosa deve ser frequente, para que mesmo mais comprido, os pelos não encostem nos olhos.

Tratamentos Mamede relata os principais tratamentos para cada doença e como o dono deve proceder quando perceber alguns sintomas.

Mariana aponta alguns cuidados necessários para que doenças como conjuntivite, úlcera e glaucoma possam ser evitados:

- A higienização ocular pode ser feito com solução fisiológica ou água filtrada;

- No caso dos animais que possuem as patologias, além do tratamento para garantir o estado de saúde adequado, o dono do pet deve manter os móveis no mesmo lugar no caso de perda de visão, reduzindo as possibilidades de impacto;

- A limpeza da secreção ocular deve ser feita uma vez ao dia. Observar o comportamento visual dos animais se possui dificuldade de locomoção, trombar com os móveis da casa;

- Não deixar os pelos caírem nos olhos; - Usar sempre xampus indicados para a espécie;

- Evitar ambientes com muita poeira, fuligem e arbustos; - E evitar brigas entre os animais, uma das principais causas de problemas oculares.


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news

Cobrança da taxa de resíduos de serviços da Saúde

O

presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina - APM, Dr. Oswaldo Cruz Franco, reuniu-se com o vereador Dr. Jorge Parada, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, para debater as questões relativas à Cobrança da taxa de resíduos de serviços da saúde. Confira os principais trechos da entrevista, concedida ao Centro Médico de Ribeirão Preto. Quais foram às mudanças na lei que regulamenta a cobrança da taxa de resíduos de Saúde? O que mudou? Dr. Parada - Esta lei existe desde 1999, mas em 2014 a cobrança da taxa veio alta, exorbitante e sem critério. Houve uma grande revolta e indignação dos profissionais liberais. Não dá pra você comparar, por exemplo, quem tem uma clínica, faz cirurgia em um hospital, com um médico que tem o seu consultório e faz uma consulta simples

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e às vezes usa pouco material no seu dia a dia. Então ninguém pagou, todo mundo ajuizou esta cobrança. O que nós vereadores fizemos, principalmente eu e o Bertinho, que somos da área da saúde? Começamos a fazer pressão junto a prefeitura para criar uma lei com critérios de cobrança, não que você deva ficar isento, porque não dá, pois, a Prefeitura paga e paga até um pouco mais pela a coleta do lixo hospitalar. Mas, depois de um estudo nosso, meu e do Bertinho, junto à Secretaria da Fazenda chegou-se a conclusão de que dava para fazer as mudanças necessárias, fazer pelo menos uma estimativa da quantidade destes resíduos que são produzidos por cada profissional. A ideia é que ele mesmo informe a quantidade e possa calcular o valor da taxa. Existe uma fiscalização nisto? Dr. Parada - Vai existir, não serão todos os profissionais fiscalizados, será aleatoriamente, por amostragem. A Lei


complementar nº 2.798, que foi sancionada recentemente, no final de 2015, altera aquela lei complementar anterior que tinha uma cobrança sem muitos critérios e cria uma tabela, que vai do número 01 ao número 29, com geração diária de resíduos, ou seja, desde 100 gramas até 900 quilos e tem aí a base de cálculos diários em quilogramas. E é com base nisto que será calculada a taxa a ser paga. E como é que vai acontecer isto? A Coderp criou um programa de computador, para que o médico entre on line, informe a quantidade produzida e consequentemente tenha a informação do valor da taxa, segundo a tabela. A assessoria de comunicação do Centro Médico de Ribeirão Preto, também apurou com Cássio Mello Marques, diretor de tributos mobiliários da Secretaria da Fazenda de Ribeirão Preto, como será o funcionamento do sistema. Segundo Cássio, o programa que calcula a TRSS - Taxa de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde, esteve em fase de teste no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto até 29

de fevereiro e, a partir de 10 de março, em caráter definitivo. Pelo sistema, o gerador de resíduos, através de sua inscrição municipal e CPF/CNPJ, informa os dados de coleta, como período e peso, e envia essas informações para a Fazenda. Um arquivo em PDF do documento é gerado para o usuário. A declaração atenderá também os contribuintes que tenham coleta centralizada (condomínios). Em relação àquelas especialidades da Saúde que não geram resíduos como, por exemplo, a Psiquiatria, Cássio esclareceu que a TRSS não será aplicada. No entanto, se algum profissional receber o carnê de pagamento, poderá recorrer. Estão obrigados a pagar a TRSS, todos os geradores de resíduos sólidos de saúde, proprietário, possuidor, ou titular de estabelecimento gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde como hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos.


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informa PRESTAÇÃO DE CONTAS BALANCETE DO CENTRO MÉDICO DE RIBEIRÃO PRETO PERÍODO DE 01/12/2015 A 31/12/2015

Centro Médico de Ribeirão Preto - 2015/2017 DIRETORIA Presidente - Dr. Oswaldo Cruz Franco 1º Vice-Presidente - Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz 2º Vice-Presidente - Dra. Cleusa Cascaes Dias

REPRESENTANTES NO CONSELHO MUNICIPAL DA SAÚDE Drª. Cleusa Cascaes Dias Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz

PRESTAÇÃO DE CONTAS BALANCETE DO CENTRO MÉDICO DE RIBEIRÃO PRETO PERIODO DE 01/12/2015 A 31/12/2015 Receitas Despesas

Associação Paulista de Medicina

19.883,47

19.189,55

Saldos 693,92

Diretor Social

Aquisição Bens / Novos Equipamentos

860,00

860,00

0,00

1º Tesoureiro - Dr. Flávio Barbosa Bernardes da Silva 2º Tesoureiro - Dr. Luiz Antonio Araújo Dias

Dr. Carlos Roberto Ferriani

Bancos

2.396,37

0,00

2.396,37

Diretor de Esportes

Comissões

7.965,59

0,00

7.965,59

Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega

Correios

0,00

121,78

-121,78

Secretaria

DEPARTAMENTOS

Convênios Saúde Associados

16.455,62

16.997,27

-541,65

Acupuntura Dra. Liyoko Okino Bioética e História da Medicina Dr. Isac Jorge Filho Cirurgia Plástica Dr. Carlos Roberto Ferriani Fitoterapia Dr. Fábio Carmona Ginecologia e Obstetrícia Dr. Rodrigo Coelho Franco Ginecologia Psicossomática Dr. Odilon Iannetta Mastologia Dr. Ângelo do Carmo Silva Matthes Medicina do trabalho Dr. Leandro Guimarães Nefrologia Dr. Tufik José M. Geleilete NUETO: Núcleo de Estudos do Tórax Dr. Nelson Vega Nutrologia Dr. José Eduardo Dutra Ortopedia e Traumatologia Dr. Leandro Calil de Lazari Pediatria Dra. Andréa Ap. Contine Rodrigues Psicologia e Psicoterapia Médica Dr. Carlos Eduardo Rosa Psicossomática Dr. Luis Henrique Milan Novaes Psiquiatria Dr. Marcos Hortes Nisihara Chagas Radiologia Dr. Mário Muller Lorenzatto Ultra- Sonografia Dr. Adilson Cunha Ferreira

0,00

1.901,69

-1.901,69

Tesouraria

1º Secretária - Dra. Liyoko Okino 2º Secretária - Dra. Maria Ivone Silva Marques

CONSELHO DELIBERATIVO Dr. Camilo André Mércio Xavier Dr. Carlos César Montesino Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior Dr. Carlos Roberto Ferriani Dr. Celso Henrique Pagnano Paschoal Dr. Fábio Carmona Dr. Gustavo Salata Romão Dr. Isac Jorge Filho Dr. Jayme Nogueira Costa Filho Dr. José Alberto Mello de Oliveira Dr. José Álvaro Gonçalves Júnior Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega Dra. Margarida Maria Fernandes Silva Marques Dra. Maria Terezinha Infantosi Vannucchi Dr. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Roberto Baracchin Dr. Rodrigo Coelho Franco

CONSELHO FISCAL Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dr. Márcio Antônio Del Rosso Mobíglia Dr. Odilon Iannetta Dr. Sebastião Amaral Filho

DELEGADOS JUNTO A APM Dra. Liyoko Okino Dra. Maria Ivone Silva Marques Dra. Zaida Coelho Franco

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Reembolso de convênio pelos Funcionários

0,00

600,00

-600,00

Departamentos Cientificos

Coral Do Centro Médico

1.250,00

1.200,00

50,00

Depto Jurídico C. M.

10.629,00

10.629,00

0,00

0,00

2.066,23

-2.066,23

Despesas Diretoria / Delegados Despesas com Construção

0,00

13.283,96

-13.283,96

Despesas Com Pessoal

1.901,69

60.498,42

-58.596,73

Débitos - Créditos Bancários

3.349,37

2.791,87

557,50

0,00

50,19

-50,19

Eventos Revista Centro Médico - Assessoria de Imprensa

0,00

1.981,74

-1.981,74

Manutenção C.M.

0,00

6.088,55

-6.088,55

Mensalidades Associados Centro Médico

45.284,75

0,00

45.284,75

Medicar

2.977,97

3.097,50

-119,53

Outras Fontes de Renda

7.869,00

0,00

7.869,00

50,00

0,00

50,00

Seguro De Vida em Grupo

28.995,24

28.574,94

420,30

Poliesportivo

18.060,75

16.895,37

1.165,38

Vendas na Secretaria

Williams Seguros Total Geral

Centro Médico de Ribeirào Preto Distrital da Associação Paulista de Medicina Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1275 Jardim Irajá - CEP 14020-290 Ribeirão Preto - SP Fone/Fax: (16) 3623-0999/3623-1656 www.centromedicorp.org.br contato@centromedicorp.org.br

3.304,34

3.013,15

291,19

171.233,16

189.841,21

-18.608,05



Novas instalações com entrada independente para pacientes externos, novos equipamentos e ampla recepção. Para realizar seu exame, o suporte de um hospital.

Atendemos

Unimed, Bradesco Cassi, Sassom, SulAmérica + 21 convênios

A MED - MEDICINA é um centro de diagnóstico por imagem independente. Sua localização estratégica permite realizar exames, principalmente os contrastados, contando com o suporte de um hospital. Possui ampla recepção e seus novos equipamentos estão instalados em ambientes renovados. Conta com equipe de médicos especializados e anestesistas.

Imagens diagnósticas e laudos no computador do médico que solicitou o exame Os médicos que desejarem acessar exames do seu computador devem solicitar um primeiro exame na MED e entrar em contato, por meio do e-mail contato@medmedicina.com.br, para solicitar cadastro no programa.

Ressonância Magnética de Alto Campo

Tomografia Computadorizada Multislice

(compacta e com ampla abertura para claustrofóbicos e obesos) (de 128 cortes, imagens em segundos e menor dose de radiação)

Ultrassonografia Agendamento 16 4009 0159 www.medmedicina.com.br

Radiologia Digitalizada Dr. César Roberto Camargo Diretor Técnico Médico CRM-SP 39997/RQE 38077

Localizada ao lado do Hospital São Lucas, com entrada própria pela rua Vicente de Carvalho esquina com rua Bernardino de Campos, 1426 . Ribeirão Preto . SP

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Na medicina como na vida é importante reciclar

MED-Medicina Diagnóstica.


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