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Mar/Abr 2016
PILATES A RESTAURAÇÃO DA VITALIDADE FÍSICA
pesquisa e tratamento
ESCLERODERMIA vida saudável
OS BENEFÍCIOS DO CAFÉ
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expediente
saúde+
editorial
PRESIDENTE Dr. Oswaldo Cruz Franco
Conselho editorial
(
A
s dificuldades que nosso país está enfrentando tem provocado mudanças no comportamento das pessoas pertencentes a diferentes organizações, sejam elas de clubes de serviço, organizações religiosas ou profissionais, etc.; o que se tem observado é que as pessoas estão se desinteressando de seus clubes e muitas se desligando, levando essas organizações à grandes dificuldades para se manterem vivas. No entanto, na última reunião de delegados da APM, foi demonstrado aos participantes, resumo do balancete anual com resultado surpreendente, havendo crescimento geral de 19%, obtidos através de administração primorosa utilizando modernos métodos de gestão e controle rigoroso no qual se efetuou contenção de despesas sem prejuízo de suas atividades. Infelizmente não foi o que aconteceu com muitas de suas regionais, que passam por sérias dificuldades financeiras e onde se observa perda importante do número de sócios. Esse fato tem despertado na administração o desejo de procurar modificar esta realidade. O Centro Médico de Ribeirão Preto, que constitui regional da Associação Paulista de Medicina e compõe a 6ª Distrital junto com outras cidades da região, foi escolhido pela APM para um projeto piloto – todo ele custeado pela APM – em que uma empresa especializada em avaliação de situações conflitantes – estará atuando em nosso município, para entrevistar sócios da entidade, não sócios mas, com potencial para se tornarem
sócios, e ex-sócios. Pretendemos entender o por quê, sobretudo em época de crise profunda como esta que estamos vivendo, ocasião em que como manda a lógica, mais pessoas deveriam estar interessadas em obter apoio da Associação que sempre tem defendido seus interesses, sejam culturais, sociais ou trabalhistas, mas, estão se desligando ou – sobretudo os mais jovens – não estejam interessados em participar. Talvez possamos esclarecer quais são os anseios dos mais jovens que não estejamos atendendo. Talvez outros não estejam acompanhando o intenso trabalho que a APM vem desenvolvendo, tanto na busca de aumentar os recursos do SUS para melhorar o atendimento à população ( PEC 29 ), como, por exemplo, a tentativa de obter apoio dos Deputados Federais para a lei que estabelece a carreira de médico de estado, em que a semelhança o que ocorre com os juízes, os médicos teriam tranquilidade para trabalhar em locais distantes, com remuneração justa e todas as garantias de preservação de seus direitos trabalhistas. Também não devem estar acompanhando o trabalho constante da APM na negociação da atualização dos valores pagos pelas prestadoras de serviços médicos, no valor da consulta e do trabalho médico. Com esse trabalho piloto, temos forte convicção, de que poderemos chegar a conclusões importantes para assegurar em breve mudança no entendimento dos colegas e na conscientização da importância para suas vidas de pertencer ao Centro Médico e à Associação Paulista de Medicina.
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Dr.Oswaldo Cruz Franco Presidente
MARÇO/ABRIL 2016
Dra. Cleusa Cascaes Dias Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dra. Liyoko Okino Dra. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Oswaldo Cruz Franco Dra. Zaida Coelho Franco.
ASSES. DE COMUNICAÇÃO DO CENTRO MÉDICO Valéria Mosquiari – Com´Art Comunicações valeria@comartcomunicacoes.com.br
Editor ResPonsável Rogério Afonso da Silva
Jornalista Responsável Valéria Mosquiari
Reportagem
Nicholas Araújo - Com´Art
Projeto Gráfico e Editoração Franklin Guirra
Dep. Comercial Flávio Mammana (16) 98811-4654
José Geraldo Passos (16) 98236-3473 Rogério Almeida (16) 99392-7575 comercial@revistasaudemais.com Periodicidade: bimestral Circulação: Ribeirão Preto e Região: Altinópolis - Batatais - Barrinha Cajuru- Brodowski - Cravinhos - Dumont - Jardinópolis - Pontal - São Simão Sta. R. do Passa Quatro - Serra Azul Serrana - Sertãozinho
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R.A. da Silva Editora e eventos - ME Av. Anhanguera, 414 Sala Térrea Ribeirão Preto/SP (16) 3289.7462
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índice
14.
vital PILATES: a restauração da vitalidade física
18.
entrevista Dr.Isac Jorge Filho
36.
preventiva AVC: Sintomas, causas e tratamento
10.
vida saudável Os benefícios do café
26.
pesquisa e tratamento Esclerodermia
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20. S+eventos 22. S+artigo 24. S+news 30. S+news 32. S+nutricional 34. S+bucal 40. S+pet 42. S+news 44. S+clube de benefícios 46. S+informa
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vida saudável
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café, bebida mais consumida no mundo, só perdendo para a água, é tema constante de pesquisas quanto aos seus benefícios para a saúde. E não são poucos. Em um destes estudos, realizado pelos pesquisadores da Unidade de Pesquisa Café e Coração, do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), análises realizadas nos últimos cinco anos com 150 consumidores de café, revelaram maior atividade antioxidante no organismo e melhor desempenho em exercícios físicos. Segundo o médico Dr. Bruno Mahler Mioto, um dos cientistas envolvidos, os resultados mostram que o consumo habitual de café em doses moderadas pode trazer efeitos benéficos para a saúde e contribuir para a prevenção de doenças. Os participantes do estudo inicialmente ficaram 21 dias sem ingerir café. Em seguida, tomaram café continuamente, 450 mililitros (ml) por dia, em dois períodos de 28 dias, sendo que em cada um deles variava a intensidade da torra do café (média ou escura). Em cada fase foram realizados exames de holter, colesterol, pressão arterial, testes de esteira e de reatividade vascular, entre outros. “As análises do plasma sanguíneo revelaram maior atividade antioxidante nos consumidores de café, seja, com o café de torra média ou com o de torra escura”, destaca Mioto. Outro nome de suma importância ligado aos estudos do consumo do café é o do Dr. Darcy Roberto Lima, Ph.D. em Medicina pela Universidade de Londres. O médico, escritor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, gaúcho de Cruz Alta, falecido em 2015, deixou um vasto trabalho, dedicando-se a pesquisar os efeitos do café na saúde humana por mais de 20 anos. Começou estudando sobre dependências químicas, área que o levou a se interessar pelo café, ainda no início dos anos 80. Ele identificou que, além de cafeína, o café possuía substâncias como a lactona, que atuam nas células nervosas com uma ação antagonista opióide. A partir dessa constatação, passou a pesquisar os efeitos do consumo do café para bloquear o desejo de autogratificação, um dos principais motivos, até então conhecidos, que levava ao consumo de drogas legais (tabaco e álcool) e ilegais. No “Projeto Café e Memória”, realizado entre 1986 e 1994 por ele e um grupo de cientistas da UFRJ, foram analisadas mais de 10 mil pessoas, voluntárias normais e pacientes, sobre a relação entre memória, grau de inteligência, atenção, concentração, performance escolar e profissional, sono, humor, ansiedade e depressão com hábitos diários comuns, como horas de sono, horas de estudo e trabalho, horas de lazer e o consumo de café. A conclusão: o consumo diário e moderado de café era benéfico ao cérebro, pois, a bebida estimulava o sistema normal de vigília, aumentando a atenção, a concentração e a memória, melhorando assim a atividade intelectual normal. A partir destas primeiras evidências científicas, os estudos
prosseguiram durante a década de 90, contando com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). A constatação de que o café podia combater grandes males da humanidade, como alcoolismo, depressão e consumo de drogas, devido aos seus componentes, como os ácidos clorogênicos e derivados, e que o consumo contribuía também no aprendizado escolar e no estado de alerta, entusiasmaram a comunidade científica brasileira e internacional. O resultado foi a criação, em 1999, do Instituto de Estudos sobre Café, em Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos, instituição financiada por países produtores e consumidores (www.mc.vanderbilt.edu/ coffee).
“
O Consumo habitual de café em doses moderadas pode trazer efeitos benéficos à saúde e contribuir para a prevenção de doenças. ”
Em Ribeirão Preto, o Café Utam, há 46 anos desenvolvendo todo um trabalho envolvendo o cultivo e a produção de diversos tipos de café, também realiza parcerias com instituições da área médica. “Na verdade, a Utam sempre procurou divulgar os benefícios do consumo do café, através de notícias em nosso site e nas redes sociais. No ano passado, a Dra. Elisabeth F. Almeida, responsável pela produção da revista “Prato Saudável”, do Incor, falou-nos sobre estes benefícios para a saúde e se nós poderíamos passar algumas informações sobre os diversos métodos de preparo, o trabalho de cada um, de como se fazia o café. Eles tinham o conhecimento da questão médica, científica, mas não sobre a produção do produto”, explica Ana Carolina Soares de Carvalho, diretora presidente do Café Utam. Para o preparo ideal do café, alguns aspectos são essenciais. “Tudo depende da qualidade da água. Você pode ter tudo, um bom plantio, uma boa colheita, uma boa secagem, sova, preparar da melhor forma, mas colocou uma água não tratada, ou a esquentou demais, pode comprometer todo o processo. Tem que se ter cuidado em todas as etapas. Na lavoura, observar o local que você está plantando, a altitude, o tipo de solo, toda a preparação de adubo, o tipo de água, tudo isso vai influenciar na qualidade do café. A hora que se vai colher não pode estár muito seco, não pode cair no chão, como se vai secar esse café, como você vai limpá-lo, de que forma ele cresceu, tudo isso vai influenciar na qualidade do grão”, comenta Ana Carolina.
Fonte: www.abic.com.br
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vida saudável
ALGUMAS FORMAS DE CONSUMO DO CAFÉ NO MUNDO França: o produto, muitas vezes, é bebido juntamente com chicória; Áustria: pode-se beber o produto juntamente com figos secos, sendo que em Viena, a capital do país, é uma tradição o oferecimento de bolos e doces para acompanhar o café com chantilly; África e Oriente Médio: é comum acentuar
o sabor do café com algumas especiarias, tais como canela e cardamomo, alho ou gengibre;
Bélgica: o produto é servido com um pequeno pedaço de chocolate, colocado no interior da xícara, que se derrete quando entra em contato com o café; Itália: a preferência é pelo café expresso servido em xícaras pequenas; Grécia: o café é acompanhado por um copo de água gelada; Cuba: o café é consumido forte e adoçado, e em um só gole;
Sul da Índia: o café é misturado com açúcar e leite e servido com doces; Alemanha: em algumas regiões é servido com leite condensado ou chantilly;
Suíça: adiciona-se ao café um licor, o “kirsch”; México: em muitos lugares, o café é oferecido gratuitamente e pode ser consumido em grandes quantidades. O chamado café americano, como é conhecido no México, é o mais consumido e é uma cópia do que se bebia até poucos anos nos Estados Unidos: aguado e com pouco sabor.
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A partir de 2010, a Utam investiu em novos cursos para aperfeiçoar a qualidade dos seus baristas. “Até então, o café gourmet era trabalhado junto com o tradicional, mas depois nós criamos um setor separado dentro da empresa e qualificamos os profissionais para um atendimento por completo, preparo do café, da máquina, auxiliamos na montagem do cardápio, no preparo de drinques, o que o cliente precisar, com profissionais especializados para este suporte”, diz Ana Carolina. Com relação aos cuidados na preparação do café, o barista Éder Garcia enfatiza que a temperatura da água não pode passar de 94°C, “porque senão você queima o café. Não se pode, por exemplo, colocar o pó na água, vai sair um café com muita cafeína, pois, a cafeína sai com a água. Por isso, quando se prepara o café descafeinado, o grão é deixado de molho, então é retirada toda a cafeína para depois queimar e torrar, mas feito desta forma vai ficar muito amargo, pois, o café é oxidante. Quando a água começa a borbulhar, deixe até ferver a água, mas depois descansa um pouco, porém, sem escaldar. Uma dica é jogar a água no coador, antes de colocar o pó para não ficar o gosto de papel no café, principalmente para aqueles que tomam sem açúcar. Molha-se o coador, depois coloca-se o pó e vai jogando o restante da água em círculos”, explica Éder. “Tecnicamente, um bom café é aquele que não possui amargor, sendo desnecessário até mesmo o uso de adoçante ou açúcar para o consumo”, observa Ângelo Palocci, diretor executivo do Café Coração da Terra. “Sua acidez deve ser cítrica e não avinagrada, não pode possuir adstringência, e seu retrogosto (ou aftertaste) deve ser agradável. Nos cafés especiais estas características são muito mais amplas. O bom café é ainda aquele que essencialmente agrada aos nossos sentidos, e está intimamente ligado a uma boa matéria-prima, ou seja, o grão torrado, ou o grão torrado e moído, e como hoje temos vários métodos de extração, desde o tradicional, coado com filtros de papel, até os métodos mais modernos, como o French Press, o Syphon, o Aeropress, Chemex, dentre outros, podemos experimentar estes vários métodos, com grãos de várias origens, e assim explorarmos esta maravilha que é o mundo de cafés especiais”, salienta Ângelo.
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oseph Pilates criou o seu método, originalmente como Contrologia e após sua morte em 1967 mudaram o nome para Pilates, como uma forma de homenagem. O método pode ser encontrado nos estúdios na forma de Mat Pilates ou Pilates com Aparelhos, no estilo Clássico ou Contemporâneo. “Sou apaixonada pelo Método Pilates e os benefícios dessa técnica”, confessa Aline Guedes Biagi, Educadora Física, formada pela UFSCar, certificada pela PMA (Pilates Method Alliance). Ela já fez aula com discípulos diretos de Joseph Pilates, como Mary Bowen e Lolita San Miguel, como também com os renomados professores da nova geração como Benjamin Degenhardt, Brett Howard, Alycea Ungaro, Rael Isacowitz, entre outros. Nas conferências internacionais como em Chicago, Fort Lauderdale e outras cidades americanas, inclusive no Studio que pertenceu a Joseph e Clara Pilates em Nova York, vivenciando em alguns aparelhos projetados por Joseph, que ainda estão no estúdio, aulas com Roberta Kirschembaum que aprendeu tudo o que sabe com Romana Kryzanowska (falecida em 2013), que foi também uma das pessoas que mais fez aulas e aprendeu com Joseph Pilates, diretamente a técnica. Os princípios básicos do método Pilates são: Concentração, Controle, Respiração, Centralização da Força, Fluidez e Precisão. Segundo Aline, Joseph Pilates se inspirou em movimentos de artes marciais, ginástica artística, nos animais e nas crianças (que realizam movimentos naturais, dinâmicos e funcionais). “Como era muito estudioso, procurou desenvolver uma técnica inteligente que trabalhasse o equilíbrio do corpo e da mente de maneira uniforme, sempre respeitando as limitações de cada
aluno. Além disso, Joseph teve asma durante sua infância, talvez mais um motivo para priorizar a respiração durante os exercícios”, comenta. Sobre o trabalho muscular que o método desenvolve, Aline explica que por ser uma técnica que prioriza consciência corporal, a contribuição do Pilates para o realinhamento postural é fortalecer a musculatura de dentro para fora. “A técnica estimula os músculos a fortalecer alongando, sempre priorizando o alongamento axial da coluna. Ao deixar os músculos mais fortalecidos, colocamos a força no local correto ao realizar atividades do dia a dia e evitamos compensar em musculaturas mais fracas. Com o fortalecimento do Core (Centro do Corpo formado pelos músculos multifidios, o transverso abdominal, o assoalho pélvico e os glúteos), podemos garantir uma base mais estruturada para a coluna e direcionando a força para os músculos que poderão sustentá-la melhor”, diz Aline, que observa ainda que o Método Pilates também contribui para o alívio de dores musculares provenientes de má postura, pois, através do fortalecimento e do trabalho de flexibilidade, o praticante consegue por muitas vezes eliminar suas dores. “É importante lembrar, que nesse caso, toda atividade física deve ser realizada sob supervisão de um profissional capacitado na técnica e o praticante deve ter disciplina na frequência das aulas para obter resultados duradouros”, ressalta. Já Alexandre Ceniz, professor de Pilates e Treinamento Funcional na Academia Bodytech de Ribeirão Preto, comenta que nos últimos anos tem aumentado o número de pessoas que praticam corrida e com ela o aumento de lesões e inflamações na fáscia plantar. “Pode-se salientar alguns fatores agravantes dessas lesões como: tipo de pisada, musculatura ativada e má formação do arco medial
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Aline Guedes Biagi
ou mais conhecido como pé cavo ou pé chato. A prática do Pilates é realizada sem tênis, justamente para auxiliar no alongamento dessa musculatura (fáscia plantar), favorecendo assim uma pisada mais funcional”, disse. No âmbito de processos de reabilitação, o Pilates tem auxiliado muitos pacientes, pois, trabalha associado ao tratamento fisioterápico. “O método ajuda o retorno à prática de atividades da vida diária. Dependendo da lesão (AVC, lesão medular, Parkison, etc) os exercícios auxiliam na recuperação do desenvolvimento motor, propriocepção das articulações, melhora da concentração, da marcha e do equilíbrio, entre outros aspectos”, ressalta Aline. Com relação à indicação do método para quem busca perda de peso, Aline comenta que o Pilates pode e deve ser praticado por pessoas acima do peso ideal, pois auxilia no fortalecimento dos músculos e prepara as articulações para sustentar o peso do corpo. “Há sim gasto calórico por ser uma atividade física anaeróbia mas, deve ser praticado também associado a exercícios aeróbios como caminhada, corrida, natação, bike, etc. para obter melhores resultados. Isso tornará o programa de treinamento completo, com trabalho cardiorrespiratório e o estimulo da força, flexibilidade, resistência muscular, equilíbrio, coordenação motora, melhora da respiração, entre outros benefícios que o Pilates proporciona”, conclui. Para praticar o Pilates não há uma idade correta para começar, mas como qualquer outra atividade deve ser adaptada para a fase de desenvolvimento da criança ou do adolescente. “A técnica deve ser trabalhada de forma lúdica com as
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crianças, mas sempre respeitando os Princípios do Pilates. Crianças a partir de 7 anos podem vivenciar melhor a técnica e os benefícios do Pilates. As crianças abaixo dessa idade ainda estão desenvolvendo sua estrutura óssea, músculos e ligamentos, ja que esses ainda não estão completamente formados é interessante esperar mais um pouco para começar”, salienta Aline. Não há limite para quantidade de aulas semanais, mas, 2 vezes em 7 dias, durante o primeiro mês, já é possível sentir as mudanças no corpo. E de acordo com Joseph Pilates, “Com 10 sessões você perceberá a diferença, com 20 sessões os outros perceberam a diferença e com 30 sessões você terá um corpo novo.” “Por ser um sistema muito completo, podemos perceber esta mudança gradual no corpo, como a melhora do tônus muscular, diminuição de dores, melhora da postura e o aumento da consciência corporal”, acrescenta a educadora. Em termos de eventos, no Brasil há pouca variedade de Workshops e Congressos com grandes profissionais da área. Acontecem conferências como a Classical Pilates - Brasil, realizado no ano passado em São Paulo e alguns estúdios que promovem cursos com grandes profissionais nacionais e internacionais, mas ainda é pouca a oferta de cursos bons. “Nos Estados Unidos é mais fácil encontrar cursos de especialização e congressos como o Pilates on Tour, organizado pela Balanced Body, ou mesmo o Annual Meeting of the Pilates Method Alliance Conference (Conferência Anual da Aliança do Método Pilates), realizada a cada ano em uma cidade americana que traz os grandes nomes do Pilates no
vercesi
Para ajudar a cuidar da saúde de todos, tem sempre uma Documenta por perto.
As alunas Andrea Baratella e Mariana Shirozaki, orientadas por Aline Guedes Biagi
mundo. Além disso, é possível encontrar e trocar experiências com vários profissionais credenciados pela Pilates Method Alliance, organização mundial de Pilates. O profissional deve se atualizar a cada dois anos, através de workshops, ou cursos, se reciclar para desempenhar cada vez melhor a didática e elaboração de aulas, como também garantindo que quanto mais capacitado o profissional, mais o aluno poderá ficar seguro em relação a sua saúde e em alcançar seus resultados. Apesar da técnica ser muito antiga e os exercícios básicos serem os mesmos, podemos sempre melhorar nossa visão e adaptações necessárias para cada tipo de aluno. O profissional deve estar apto a avaliar o aluno fisicamente, podendo assim, conhecer e respeitar seus limites e elaborar um sistema de treinamento baseado em seus objetivos e necessidades, sempre garantindo sua segurança”, enfatiza Aline.
SERVIÇO Aline Guedes Pilates alineguedespersonal@hotmail.com Telefone: (16) 9 9741 4622 The Pilates Studio Brasil - Unidade Vera Scatena Endereço Av. Wladimir Meirelles Ferreira, nº 1900 – sala 22 - Bairro Jardim Botânico - Ribeirão Preto - SP Telefone (16) 3441-0544
Documenta Ribeirão Preto Unidade da Mulher Unidade Garibaldi Unidade Hospital São Francisco Unidade Hospital Sinhá Junqueira 16 3977 3000 Documenta Sertãozinho Unidade Hospital Netto Campello 16 3946 8308 Documenta Jaboticabal Unidade Hospital São Marcos 16 3204 8278 Seis unidades, uma só para a mulher
DOCUMENTA
BodyTech -Shopping Iguatemi Endereço: Av. Luiz Eduardo De Toledo Prado, 900 - 2014 - Vila do Golf, Ribeirão Preto - SP Telefone:(16) 3913-3705 Corpore Endereço: Av. Itatiaia, 1230 - Jardim Sumare, Ribeirão Preto - SP Telefone:(16) 3911-8833
Unidade Hospital São Francisco
Dr. Euclides do Carmo Passeto Diretor Técnico Médico CRM-SP 15290 / RQE 44355
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entrevista
Dr.Isac
Jorge Filho
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m entrevista à Revista Saúde+, Dr. Isac Jorge Filho, gastroenterologista, ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Cremesp e presidente do Departamento de Bioética do Centro Médico de Ribeirão Preto, fala da ética médica, de sua especialidade e da emoção de receber o Prêmio Benedicto Montenegro. Revista Saúde+ - Como o sr. avalia a XXVII JOPADDI - Jornada Paulista de Atualização em Doenças Digestivas, realizada de 7 a 9 de abril no Hotel JP, em Ribeirão Preto? DR. ISAC JORGE FiLHO - A Jopaddi/2016 superou todos os nossos objetivos e expectativas. Como nos 26 anos anteriores reuniu colegas que se dedicam ao diagnóstico e tratamento das doenças digestivas, fazendo um congraçamento entre profissionais e seus familiares. Pela segunda vez o evento foi feito no Hotel J.P. em Ribeirão Preto. Até então era realizado em Águas de Lindóia. Continuamos a mesma filosofia de trabalhar em uma única sala de aulas e de buscar atualização acompanhada de aplicações práticas. A partir do ano passado introduzimos, com sucesso, discussões de casos com ampla participação interativa. Quero cumprimentar a todos que se esforçaram para que chegássemos ao sucesso, incluindo os participantes, muitos deles vindo de outros estados.
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Revista Saúde+ - No segundo dia da jornada, o sr. foi o coordenador do debate com o tema: Formação, Especialização e os Processos de Avaliação do Médico. Como analisa esta questão nos dias atuais? DR. ISAC JORGE FiLHO - Entendemos que alguns dos problemas mais graves na limitação da qualidade do exercício profissional dos médicos está centrado na formação deficiente. Seja nos cursos básicos, nos colegiais, nos cursos médicos, e mesmo na Residência Médica, há um grande espaço de eficiência a ser preenchido. Os exames para graduandos têm mostrado essa deficiência com clareza, sejam eles feitos para Residências ou pelo Cremesp. A Mesa Redonda reuniu autoridades representativas de autoridades de ensino que ocupam cargos de entidades de especialidades e conselhos de medicina. As opiniões não variaram muito. É quase um consenso apontar falhas graves na falta de base, no descompromisso familiar na formação, nas dificuldades econômicas para frequência em cursos de qualidade, no “empurrar com a barriga” para os finais de cada etapa, no descompromisso para com os problemas socioeconômicos da população e com o saneamento básico, na excessiva valorização da alta tecnologia, e tantos outros temas e polêmicas que justificam a conclusão de que mesas redondas como esta deverão estar presentes em todos os eventos. Vale realçar a importância de que a orientação e ensino de conhecimentos e habilidades se faça acompanhar de atitudes de cidadania.
Revista Saúde+ - Ribeirão Preto é também uma referência em gastroenterologia? DR. ISAC JORGE FiLHO - Sem dúvida. Temos profissionais altamente diferenciados no diagnóstico e tratamento de doenças do sistema digestório e da nutrição. Vale, no entanto, lembrar que a Jopaddi não congrega apenas profissionais de Ribeirão Preto, mas também de outras cidades e estados, centrando suas atividades no interior paulista.
Revista Saúde+ - Nesta especialidade, as faculdades existentes no município correspondem às expectativas? DR. ISAC JORGE FiLHO - Temos um número grande de faculdades em nossa região. Na minha opinião é maior do que precisaríamos. Nem todas atingem aquilo que pessoalmente considero como uma boa estrutura formadora de profissionais capacitados para o exercício da Gastroenterologia, Cirurgia Digestiva, Endoscopia Digestiva e Nutrição. Esperamos que a Jopaddi tenha um papel catalisador nesse processo.
Revista Saúde+ - Há falta de novos profissionais com especialização em gastroenterologia? DR. ISAC JORGE FiLHO - Com especialização real eu diria que falta. Temos um número grande de profissionais que lidam com doenças digestivas sem uma formação específica. Ainda assim, podem ser bons profissionais, se tiverem uma formação séria baseada em conhecimento, habilidade e atitudes. Se entenderem que muitas vezes é mais importante tratar uma epidemia de parasitoses do que se preocupar apenas com um aparelho de última geração que vá servir a poucas pessoas e em poucas situações tem importância menor que uma boa relação médico-paciente, médico-família, médico-população...
Revista Saúde+ - O que pode-se dizer da Bioética nestes novos tempos? DR. ISAC JORGE FiLHO - Em 1971, o oncologista norte-americano Van Rensselaer Potter escreveu o livro: “Bioethics: bridge to the future”. Nele procura com sabedoria juntar dois componentes fundamentais para um futuro mais feliz: os conhecimentos e os valores. Políticos brasileiros já se apoderaram da tradução ao pé da letra do livro de Potter: “uma ponte para o futuro”. Será que pegaram bem o sentido da coisa? Quem sabe peguem também o que representa esse conceito? A Bioética busca fazer uma ponte entre a ciência e as humanidades. Estamos precisando muito da boa ciência e, mais ainda, das humanidades. E não é só para a Medicina...
Revista Saúde+ - Recentemente, no dia 31 de janeiro, o sr. foi condecorado com o Prêmio Benedicto Montenegro, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões do Capítulo de São Paulo (CBC). Como foi receber tal homenagem? DR. ISAC JORGE FiLHO - A Diretoria do Capítulo de São Paulo decidiu por unanimidade conceder-me o “Prêmio Benedicto Montenegro” , outorgado a um cirurgião que tenha atuado no Estado de São Paulo e contribuído de maneira inequívoca para o desenvolvimento da cirurgia brasileira.” Homenagem pelo trabalho de toda uma vida é o máximo que alguém poderia desejar. Mais ainda se for feita por seus colegas de atividades. Um prêmio concedido pelo maior órgão representativo dos Cirurgiões brasileiros é mais que um sonho. A saudação feita pelo colega e amigo Gaspar de Jesus Lopes Filho foi uma peça literária. A presença de minha família, capitaneada pela minha eterna musa Leila Maria, ficarão para sempre em minha memória. Penso que na ocasião foram homenageados também todas as pessoas e instituições que permitiram minha formação e meu trabalho. Obrigado a todos. Obrigado à Vida!
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eventos
Centro Médico de Ribeirão Preto
completa
82 anos Dra. Zaida Coelho Franco, delegada junto a APM, Dra. Maria Ivone Silva Marques, 2ª secretária do Centro Médico e delegada da APM, Dra. Cleusa Cascaes Dias, 2ª vice-presidente do Centro Médico e presidente da Distrital da APM Ribeirão Preto, Dr. Oswaldo Cruz Franco presidente do Centro Médico e Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz 1º vice-presidente da entidade.
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saúde+
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or ocasião do aniversário do Centro Médico de Ribeirão Preto (Distrital da Associação Paulista de Medicina - APM), no último dia 23 de abril, aconteceu a solenidade comemorativa dos 82 anos da entidade, com a participação de diretores, conselheiros e a apresentação do Coral do Centro Médico. Ao longo de sua história a entidade fundada em 25 de abril de 1934, sempre desenvolveu um papel importante na medicina de Ribeirão Preto e região, seja na participação efetiva das instituições de ensino, como na implantação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, seja na defesa dos interesses dos profissionais que ela representa. O Centro Médico, como Distrital da APM, congrega médicos de Ribeirão Preto e das cidades de Batatais, Brodowski, Cajuru, Cravinhos, Jardinópolis, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho, Pradópolis, Pontal, Dumont, Pitangueiras, Santa Rita do Passa Quatro, Barrinha e Altinópolis. O trabalho incessante de promover a entidade e lutar pela dignidade médica, sempre foi característica das diretorias que por ela passaram. Contribuíram com muito trabalho e dedicação para que cada vez mais a classe médica tivesse uma representação atuante.
“Prestar os melhores serviços, oferecendo assim atividades culturais, sociais, de lazer e esportivas, bem como defender os direitos da classe, em iniciativas e ações conjuntas em prol dos médicos da região, são aspectos do trabalho desta diretoria. Além destas ações já bem difundidas e conhecidas, é muito importante o trabalho que as entidades médicas, com a participação de nossa distrital, vem desenvolvendo no sentido de conseguir mais recursos para o SUS e poder melhorar o atendimento à população”, disse Dr. Oswaldo Cruz Franco, presidente do Centro Médico. O Centro Médico inaugurou mais uma sala com capacidade para 65 pessoas, para que seus associados e a comunidade possam ter mais uma opção de espaço para a realização de palestras, workshops e cursos. “Continuamos com nossa missão de trazer mais benefícios a nossa entidade, inclusive com relação à economia de energia, pois, em breve será implantado um sistema de painéis de células fotovoltaicas, captando a energia solar, interligados à rede elétrica pública, mas gerando uma energia limpa, com custos bem menores. O sistema de captação de água da chuva instalado, também faz parte da estratégia estabelecida para reduzir custos, muito importante na sustentabilidade do sistema,” comentou Dr. Franco.
Dra. Mônica Mayumi Okino Yoshikai
PÓS - GRADUAÇÃO MÉDICA (Advogada e Coordenadora - DERMATOLOGIA - COSMIATRIA (Medicina Estética) - CIRURGIA DERMATOLÓGICA
www.ipemce.com.br
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Novas turmas:
da Comissão da Mulher Advogada Curitiba: 12 de março 2016. da 12ª Subsecção da Ordem dos Ribeirão Preto: 09 de abril 2016 Advogados do Brasil).
Saiba mais: 0800-643-8831
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saúde+
artigo científico
A
gestação pode envolver doenças tanto pré-existentes a esse período, quanto que se desenvolvem durante o período gestacional, as quais acarretam maiores riscos de evolução desfavorável. Dentre as doenças obstétricas, os distúrbios do metabolismo da glicose constituem a alteração metabólica mais comum na gestação. A hiperglicemia consequente à deficiência insulínica caracteriza o Diabetes Mellitus (DM),
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distúrbio endócrino que pode ser decorrente de produção pancreática reduzida de insulina ou de resistência à sua ação nos diversos órgãos e tecidos do corpo humano. As principais complicações clínicas maternas decorrentes de DM são: hipoglicemia, piora de alterações da retina e renais pré-existentes, cetoac idose diabética, infecção urinária recorrente, trabalho de parto pré-termo e polidrâmnio (aumento excessivo do líquido amniótico). O DM também
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pode aumentar o risco de elevação da pressão arterial, traumatismos no parto e necessidade de resolução da gestação por cesárea. Hipoglicemia, icterícia, desconforto respiratório, aumento das células vermelhas do sangue são possíveis complicações neonatais associadas a DM. O Ambulatório de Endocrinologia Obstétrica (AENDOB) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRPUSP), sob a coordenação da Profa. Dra. Elaine Christine Dantas Moisés do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, oferece assistência às gestantes com diagnóstico de DM, através de uma equipe multidisciplinar composta por médicos obstetras, endocrinologistas, ultrassonografistas, alunos da graduação em medicina, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogas e equipe de enfermagem. O AENDOB conta com atuação de equipe médica especializada em atendimento de gestação de alto risco e medicina fetal que trabalha em parceria com a equipe de endocrinologistas, com objetivo primordial de controle adequado das alterações glicêmicas e de suas repercussões maternas e fetais, contribuindo significativamente para a melhoria do prognóstico gestacional destas mulheres. A gestação e o nascimento de um filho é uma experiência única e merece um olhar especial da equipe que a acompanha em seu pré-natal. Pensando nisso, o Grupo de Endocrinologia Obstétrica (GENDOB), foi criado para acolhimento e orientação às gestantes com diagnóstico de DM que recebem seguimento de pré-natal no AENDOB, desenvolvendo encontros semanais com um enfoque educativo e de troca de experiências. A equipe atua empenhada em proporcionar às gestantes ações de humanização da assistência que visam criar um ambiente receptível e agradável que minimize o estresse e tensão do ambiente hospitalar. Todas as gestantes com atendimento no ambulatório são convidadas a participar das reuniões, nas quais são trabalhadas tanto demandas trazidas pelas gestantes, como também propostas de atividades de esclarecimento sobre o tema central DM e Gravidez, buscando assim facilitar a compreensão da doença, sua relação com a gestação e favorecer comportamentos de adesão. O grupo oferece oportunidade para que a equipe de nutricionistas possa complementar o trabalho de atendimento individual prévio e propor um direcionamento para orientações sobre o tratamento dietético da doença, com exposição de conceitos básicos de nutrição, alimentação saudável, pirâmide dos alimentos e fracionamento alimentar. Cabe à equipe de psicologia abordar os aspectos psicossociais que podem
interferir na adesão ao tratamento e pré-natal, como compreensão do diagnóstico e do tratamento proposto, orientações da equipe e aspectos emocionais, tais como estresse, ansiedade, depressão, vinculação com o feto e suporte social. Da mesma maneira, a equipe de enfermagem aborda informações sobre exames, realização de perfil glicêmico domiciliar e hospitalar, manejo da insulina, aleitamento materno e contracepção. O estafe do Serviço Social orienta quanto aos direitos sociais e previdenciários da gestante, recursos a que podem ter acesso, políticas públicas e órgãos de garantia de direitos. A adesão é um processo dinâmico e multifatorial, que inclui responsabilização tanto por parte da equipe de saúde como do sujeito. Bons resultados, ou seja, gravidez e parto com o mínimo de intercorrências dependem da compreensão e aceitação do plano terapêutico. O Ministério da Saúde (2008) ressalta que é no processo de escuta que os contextos individuais específicos poderão ser apropriados pela equipe, favorecendo a abordagem adequada e resolutiva. Cabe aos profissionais de saúde informar e auxiliar a compreensão do indivíduo acerca da doença que o acomete, de seu tratamento e prognóstico, sempre considerando nível de escolaridade, condições emocionais e aspectos cognitivos. A equipe assistencial do AENDOB e do GENDOB do HCFMRP-USP prioriza essa visão holística da assistência obstétrica e busca favorecer a motivação e a disposição da pessoa em seguir as orientações propostas.
Profª Dra. Elaine Christine Dantas Moises - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (1999), Mestrado (2004) e Doutorado (2008) em Tocoginecologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Docente do Setor de Obstetrícia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMRP-USP, Coordenadora do ambulatório de Endocrinopatias em Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), Diretora Acadêmica do Centro de Referência da Saúde da Mulher de Ribeirão Preto / MATER (CRSMRP-MATER). Atua principalmente nos seguintes temas: Gestação de Alto Risco, Bioética, Farmacocinética de drogas em gestantes, Transferência placentária de drogas, Diabetes Mellitus em gestantes.
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news
SalomãoZoppi Diagnósticos promove palestra sobre saúde feminina para médicos em Ribeirão Preto
Dr. Silvio Franceschini, Dr. João Bosco Meziara, Dra. Adriana Campaner, Dra. Thais Heinke, Dr. Rodrigo Coelho Franco, Dra. Eloisa Nogueira Maudonnet e Dra. Cleusa Cascaes Dias
O SalomãoZoppi Diagnósticos promoveu, no último dia 22 de março, um evento para médicos convidados de Ribeirão Preto, no Restaurante Coco Bambu - Sabores do Brasil. A programação contou com palestras sobre novos exames e metodologias para a saúde feminina, como a colpocitologia oncótica (também conhecido como teste de Papanicolau) e a citologia em meio líquido, que em uma única coleta podem ser realizados vários testes de diagnósticos para diferentes enfermidades, como câncer cervical e suas lesões precursoras associadas ao HPV, clamídia, estreptococos, ureaplasma, herpes simples tipos 1 e 2, gonorreia e candidíase. A mesma amostra colhida durante o teste preventivo, ainda permite avaliar fatores de risco genético para o desenvolvimento da trombose. As palestras foram apresentadas pelas especialistas Profª Drª. Thais Heinke, Gerente Médica da Citopatologia Ginecoló-
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gica do SalomãoZoppi Diagnósticos e Vice-presidente do Departamento de Patologia da Escola Paulista de Medicina, e Profª. Drª. Adriana Campaner, Gerente Médica do Centro de Estudos e Pesquisas do SalomãoZoppi Diagnósticos e Chefe do Setor de Patologia Genital Inferior e Colposcopia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Dr. Davidson Valentim Alvarenga, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, foi o responsável pela moderação dos debates. Dra. Cleusa Cascaes Dias, presidente da 6ª Distrital da Associação Paulista de Medicina - APM e 2ª vice-presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto e Dr. Rodrigo Coelho Franco, conselheiro do Centro Médico de Ribeirão Preto, prestigiaram o encontro.
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Inaugurado o Hospital Unimed de Ribeirão Preto
Governador do Estado de São Paulo ,Geraldo Alckimin
Dr. Alvaro Truite, presidente da Unimed Ribeirão Preto e Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz, vice-presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto.
Construído em uma área de 20 mil metros quadrados na marginal da Rodovia Ribeirão - Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto, foi inaugurado, no último dia 6 de maio, o Hospital Unimed, de média e alta complexidade, que conta com 140 leitos, sendo 120 de internação e 20 de UTI, e 10 salas de cirurgia, além de pronto atendimento de urgência e emergência. Participaram da solenidade autoridades, médicos e associados. Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz, vice-presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, prestigiou o evento, representando a entidade. Na oportunidade, o governador Geraldo Alckmin disse que “o sistema de saúde suplementar é importante pois a tendência da população é melhorar a renda e também conseguir o seguro saúde. Aqui tem financiamento da agência Desenvolve SP. Esta é uma cooperativa de grande porte e o setor da saúde gera muito emprego e beneficia também os cooperados de toda a região”, concluiu. A unidade conta com serviço de diagnóstico por imagem, exames gráficos, serviço de oncologia, laboratório, fisioterapia e reabilitação. Na fase dois será construída a segunda unidade de internação. A sede administrativa está prevista para a fase 3 e, na última etapa do empreendimento, um “medical center”.
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pesquisa e tratamento
ra. Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, em entrevista à Revista Saúde+, fala sobre a esclerodermia, doença autoimune capaz de trazer sérias complicações à pele e a órgãos, de diagnóstico difícil e, no máximo, 300 casos por milhão no mundo. Formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Dra. Maria Carolina é especialista em reumatologia, transplante de células-tronco hematopoiéticas, mestrado e doutorado em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo, ambos na área de transplantes de células-tronco para tratamento de doenças autoimunes. É professora doutora da Divisão de Imunologia Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Desenvolve pesquisas na área de terapia celular para doenças autoimunes e inflamatórias. No período de maio de 2010 a setembro de 2011, desenvolveu projeto de pós-doutorado junto à University of South Florida, estudando efeitos de células de sangue de cordão umbilical sobre modelos animais de esclerose lateral amiotrófica. Participa de protocolos internacionais de terapia celular para doenças inflamatórias e autoimunes e integra o Grupo Europeu de Transplante de Células-Tronco para Doenças Autoimunes. Desde julho de 2012, faz parte do quadro de docentes do programa de pós-graduação em Clínica Médica da FMRP-USP, sendo coordenadora e colaboradora de disciplinas e com atividades de orientação de alunos de mestrado e doutorado.
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O que causa a esclerodermia? A esclerodermia é uma doença autoimune, que faz parte das doenças reumáticas. Não tem causa conhecida. Sabe-se que há influência de fatores genéticos (hereditários) associados a fatores ambientais, como infecções virais, gravidez, exposição à sílica e solventes orgânicos. Esses fatores provocam alterações no sistema imunológico do paciente que, com o tempo, desenvolve a doença. A influência genética, embora presente, é bastante fraca e em geral insuficiente como fator isolado para desencadear a doença. O risco dos filhos ou irmãos de um paciente com esclerodermia desenvolverem a doença é considerado baixo. Quais são os tipos de esclerodermia? A esclerodermia engloba um conjunto de formas de doença em que áreas da pele sofrem transformação, tornando-se endurecidas e espessadas, adquirindo a consistência de tecido cicatricial. Por um lado, existem as formas de esclerodermia que atingem somente algumas extensões da pele. São as formas localizadas, divididas em lineares ou em placa. Em geral são manifestações benignas, com comprometimento mais estético. Por outro lado, existem as formas de esclerose sistêmica, que por sua vez se dividem em limitada ou difusa. Na forma limitada, a pele é afetada nas mãos e braços, pés e pernas e face, mas não há envolvimento do tronco. Pode haver envolvimento de órgãos internos como pulmões, rins, trato digestivo e coração. Na forma difusa, que é a mais grave, a pele é comprometida por inteiro e costuma haver envolvimento dos órgãos internos, principalmente coração e pulmões. Existem ainda raros casos de esclerose sistêmica sine scleroderma, quando há envolvimento dos órgãos internos, mas sem alterações da pele. Em alguns casos raros, a esclerodermia localizada afeta extensões maiores de pele, podendo envolver todo o corpo, mas diferentemente das formas sistêmicas, poupa os órgãos internos. Como é diagnosticada a esclerodermia? Existem exames específicos? O diagnóstico é clínico. Em geral, a primeira manifestação da esclerose sistêmica é o fenômeno de Raynaud, quando os dedos das mãos e pés ficam pálidos e depois roxos ao contato com frio. Depois aparecem outros sinais como endurecimento da pele, inchaço das mãos, dor articular, conforme a doença evolui. A capilaroscopia de leito ungueal é um exame que avalia os vasos da base das unhas com um microscópio. É um exame não invasivo, que não dói ou machuca, em que o paciente coloca o dedo sob o microscópio e um médico especialista avalia o número, tamanho e forma dos vasos. Quando um paciente começa a apresentar o fenômeno de Raynaud, é bom avaliá-lo através da capilaroscopia, que permite estimar a probabilidade do quadro tratar-se de esclerose sistêmica. Isso porque nem todo paciente com fenômeno de Raynaud desenvolverá esclerose sistêmica. Outros exames que ajudam no diagnóstico, já com a doença um pouco mais avançada, são a manometria de esôfago, espirometria e
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tomografia de pulmões. Para os quadros de esclerodermia localizada, o diagnóstico em geral é feito através da avaliação clínica da lesão de pele ou por biópsia de pele, nos casos em que há dúvida. A capilaroscopia costuma ser normal nessa forma da esclerodermia. Quais são os principais sintomas de cada tipo? Tem cura? Quando tratamos de doenças autoimunes, como a esclerodermia, não podemos falar em cura, mas em controle da doença. Um paciente pode ter sua doença controlada através do tratamento, mas ela sempre poderá reativar em algum momento de sua vida. Na esclerose sistêmica, tanto forma limitada como difusa, a primeira manifestação costuma ser o fenômeno de Raynaud, geralmente nas mãos. Depois de alguns meses, a pele começa a ficar espessa e endurecida, podendo ser acompanhada por inchaço e dor articular. Em geral, o envolvimento da pele começa pelas mãos, podendo progredir para antebraços, pernas e face, na forma limitada, ou mesmo braços, coxas e tronco na forma difusa. Nessa fase, podem aparecer úlceras nas polpas digitais, que são pequenas feridas nas pontas dos dedos. Concomitante ao acometimento da pele, poderá haver lesão também nos órgãos internos. O trato digestivo é frequentemente afetado, tanto na forma limitada quanto difusa da esclerose sistêmica. O esôfago torna-se fibroso e endurecido e perde os movimentos peristálticos. O paciente pode queixar-se de dificuldade para engolir alimentos sólidos, precisando de líquidos para ajudar na alimentação. É comum haver refluxo gastroesofágico, quando o ácido do estômago volta para o esôfago, gerando sensação de queimação ou azia. Em alguns pacientes a esclerose sistêmica afeta também o estômago e intestino, havendo demora para digerir os alimentos, distensão da barriga e mesmo períodos de constipação alternados de diarreia. Outros órgãos frequentemente afetados são os pulmões e coração, que geralmente indicam doença mais grave. Pode haver falta de ar, tosse e arritmias. Por fim, também pode ocorrer envolvimento dos rins, com crises de pressão alta, urina espumosa e diminuição da função. Nas formas localizadas da esclerodermia, o prejuízo é mais estético, com áreas endurecidas e espessadas da pele, tanto em forma de linha, como de placas. Não há envolvimento de órgãos internos e o tratamento geralmente não requer uso de imunossupressores. Uma forma bastante característica de esclerodermia linear é a lesão em golpe de sabre (coup de sabre) quando o paciente desenvolve uma linha esclerodérmica afetando a pele desde a raiz dos cabelos descendo pela fronte. Qual a importância do diagnóstico precoce? E caso não seja tratada, quais problemas podem acarretar à saúde do paciente? O tratamento da esclerose sistêmica envolve principalmente prevenir o desenvolvimento de lesões irreversíveis. Uma vez instaladas, manifestações como contraturas e deformidades articulares, fibrose dos pulmões e coração, endurecimento do
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pesquisa e tratamento
trato digestivo, entre outras, são pouco ou nada reversíveis. Assim, é preciso tratar o paciente o mais precocemente possível, para evitar que essas manifestações se instalem. Grande parte dos pacientes requer uso de vasodilatadores para melhorar o fenômeno de Raynaud e evitar a formação de úlceras e o espessamento da pele. Outros requerem medicamentos mais potentes com ação sobre os vasos sanguíneos. Para aqueles em que a pele está afetada, alguns imunossupressores ajudam, como o metotrexato e, nos casos mais graves, outros ainda mais potentes. A ciclofosfamida, o micofenolato de mofetil, e o rituximab, entre outros, podem ser usados quando há envolvimento dos pulmões e coração. E tipos específicos de vasodilatadores quando os rins encontram-se afetados. Resumido, o tratamento é individualizado, acompanhando a gravidade da doença. Pacientes com doença mais graves requerem tratamento mais agressivo. Um paciente que recebe diagnóstico precoce e que é tratado cedo em geral vive melhor e durante mais tempo, com controle das lesões e da evolução da doença. Aqueles que descobrem a doença mais tarde, por outro lado, em geral têm que lidar com lesões já instaladas, que comprometem as atividades diárias e a qualidade de vida. Você desenvolve pesquisas na área de terapia celular para doenças autoimunes e inflamatórias. Tem realizado transplantes de células tronco para doenças autoimunes como: diabetes tipo 1; esclerose sistêmica; esclerose múltipla; lúpus eritematoso sistêmico e polirradiculopatia crônica desmielinizante (PIDC), entre outras. Como avalia os resultados desses transplantes? No momento, o transplante autólogo de células-tronco é o que temos de mais potente para tratar pacientes com doenças graves. No entanto, junto com a potência de um tratamento, vem o risco. Por isso, cada paciente precisa ser avaliado individualmente antes de submeter-se ao transplante. Em primeiro lugar, avaliamos se o paciente apresenta uma doença grave o bastante para requerer um transplante, em segundo lugar, se o transplante pode lhe proporcionar melhora, em terceiro lugar, se para aquele paciente os benefícios superam os riscos. Finalmente, discutimos com o paciente e familiares se o transplante é uma opção viável, considerando todos os fatores acima listados, vontade de transplantar, além das condições sociais e psíquicas. Nos últimos 12 anos, temos transplantado regularmente pacientes com doenças autoimunes. Inicialmente, a doença mais transplantada era a esclerose múltipla (uma doença neurológica). Chegamos a transplantar mais de cem pacientes com esclerose múltipla. Entretanto, nos últimos anos, surgiram diversas medicações novas para essa doença que têm atraído o interesse dos pacientes e neurologistas. Embora o transplante tenha se mostrado mais eficaz nos estudos comparativos, os novos medicamentos oferecem menos riscos e maior conforto na aplicação do que o transplante. Tendência semelhante foi observada nos casos de lúpus eritematoso sistêmico e poliradiculopatia idiopática desmielinizante crônica (PIDC, outra doença neurológica),
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em que os novos medicamentos disponíveis competem com o transplante. Para a esclerose sistêmica, no entanto, os recursos terapêuticos são ainda muito limitados e o transplante têm atraído interesse crescente. Recebemos mensagens de e-mail e ligações quase diárias de pacientes e reumatologistas perguntando sobre o procedimento. Atualmente, essa é a doença mais frequentemente transplantada em nosso centro e em muitos centros ao redor do mundo. Desde 2007, já transplantamos 78 pacientes com esclerose sistêmica, com resultados muito bons. Aproximadamente 70% dos pacientes mantem a doença controlada após mais de 5 anos do transplante. Considerando que são pacientes com doença grave e que estão piorando progressivamente, 70% é muito bom. É claro que gostaríamos de chegar aos 100%! Em alguns casos, há reativações da esclerose sistêmica após o transplante, mas esses pacientes costumam responder bem aos tratamentos administrados. Nosso centro ficou famoso, em 2007, pelos transplantes para diabetes do tipo 1. De 25 pacientes transplantados logo depois de descobrir o diabetes, 20 puderam suspender o uso de insulina. Na época, esses resultados foram extraordinários e surpreenderam a comunidade científica internacional. Entretanto, com o tempo, observamos que os pacientes voltaram a precisar de insulina. Hoje, temos quatro pacientes completamente livres de insulina há 4, 9, 11 e 12 anos pós-transplante. Todos os demais voltaram a usar as injeções de insulina. Os resultados continuam a ser impactantes, principalmente quando comparados a outros estudos de intervenção imunológica no diabetes do tipo 1, que têm resultados muito inferiores. Entretanto, é preciso discutir com cuidado a relação risco-versus-benefício do procedimento. Isso é muito debatido nos congressos internacionais. Como são realizados os transplantes? As doenças autoimunes são mediadas por células do sistema imunológico que encontram-se no sangue e na medula óssea. A ideia do transplante é destruir e renovar esse sistema imunológico, de modo que ele deixe de agredir os tecidos e órgãos do paciente, portanto estacionando a doença. Para tal, inicialmente colhemos as células-tronco da medula óssea, que não são doentes, e as congelamos. Depois, destruímos o sistema imunológico restante e reinjetamos as células-tronco que haviam sido congeladas. Essas células vão renovar o sangue, a medula óssea e o sistema imunológico do paciente, permitindo o controle da doença. O transplante envolve duas etapas. Na primeira, o objetivo é colher as células-tronco do paciente. Normalmente, as células-tronco circulam no sangue periférico (vasos sanguíneos) em número muito pequeno. Entretanto, é possível aumentar esse número através de medicamentos que estimulam tanto a sua multiplicação dentro da medula óssea, quando a sua mobilização (saída) da medula óssea para o sangue periférico. Uma vez circulantes nos vasos, é possível colher essas células através de um procedimento chamado de aférese, que dura algumas horas, sem necessidade de anestesia. Assim que colhidas, as células são criopreservadas (congeladas em baixas temperaturas) em nosso Hemocentro.
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Na segunda etapa, que se inicia cerca de duas semanas após a primeira, o paciente é internado em nossa unidade de transplante e recebe, durante 5 dias, uma combinação de medicamentos (quimio e imunoterápicos) que destrói o sangue e a medula óssea doentes. A seguir, as células-tronco são descongeladas e injetadas na veia do paciente. Essas células demoram cerca de 7 a 10 dias para funcionar, reconstituindo os sistemas hematopoiético (medula óssea e sangue) e imunológico (defesa). Enquanto essas novas células não funcionam, o paciente passa por um período de aplasia, durante o qual fica quase sem defesas. Durante essa fase, é preciso mantê-lo em isolamento protetor, vigiá-lo quanto a possíveis infecções e usar medicamentos profiláticos. Uma vez reconstituídas as contagens de células do sangue, o paciente é autorizado a deixar o hospital, permanecendo em Ribeirão Preto, sob nossa vigilância, durante algumas semanas. Só mais tarde é liberado para voltar para sua cidade de origem. Alguns efeitos colaterais são inevitáveis, como queda de cabelos, enjôos e às vezes vômitos. O cabelo cresce de novo e a equipe é treinada para minimizar os desconfortos. Outros efeitos colaterais podem ocorrer, como febre, infecções, sangramentos, também prontamente tratados pela equipe. Entretanto, embora eficaz, o transplante é considerado um procedimento de risco e eventos mais graves podem ocorrer. Por isso, cada paciente é considerado individualmente e a decisão de prosseguir ou não com o transplante é avaliada e discutida a cada etapa. Felizmente, a grande maioria dos pacientes se beneficia do transplante, atingindo controle da doença em longo prazo, com aumento da qualidade de vida, maior independência e muitas vezes com retorno às atividades domésticas e profissionais. Nas crianças, observamos recuperação do crescimento e do desenvolvimento e, geralmente, melhora do desempenho escolar.
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A forma mais grave da esclerodermia, a esclerose sistêmica, é uma doença que requer acompanhamento e tratamento pelo médico especialista, que é o reumatologista. Esse profissional saberá avaliar as manifestações da doença e antecipar possíveis evoluções e complicações. A maioria dos pacientes com esclerose sistêmica apresenta doença pouco agressiva e que responde aos tratamentos convencionais. Entretanto, alguns pacientes apresentam formas extremamente graves e de rápida progressão. Para esses, o transplante tem se tornado uma opção de tratamento eficaz e cada vez mais buscada. O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto oferece esse tratamento de forma ainda experimental (como protocolo de pesquisa). Pacientes de todo o país podem ser encaminhados e avaliados. O contato pode ser feito através do e-mail transplanteimuno@ gmail.com, ou pelo telefone (16) 3602-2769.
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Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz recebe Título de Cidadão Ribeirãopretano
Dr. Oswaldo Cruz Franco, presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, Dra. Cleusa Cascaes Dias, 2º vice-presidente do Centro Médico e presidente da Distrital Ribeirão Preto, da Associação Paulista de Medicina - APM, Jair Roberto Giorgenon, Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz, João Batista do Nascimento, vice-presidente do Conselho Deliberativo da Acrece e Carlos Roberto Ferriani, diretor social do Centro Médico e vice-presidente executivo da Acrece
No dia 26 de abril, o médico psiquiatra Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz recebeu o Título de Cidadão Ribeirãopretano na Câmara Municipal de Ribeirão Preto. “Dr. Alexandre é um grande ser humano que, ao longo dos anos, tem prestado relevantíssimo e incansável trabalho à sociedade ribeirão-pretana. Se há algum médico que levou ao extremo o lema de salvar vidas, Dr. Alexandre é um deles”, comentou o vereador Capela Novas, autor do projeto. Na ocasião, Dr. Alexandre também foi agraciado com um bottom da Associação dos Cidadãos Ribeirãopretanos e Cidadãos Eméritos - ACRECE, recebido como o mais novo associado da entidade. Médico formado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) em 1983, Dr. Alexandre é natural de São Paulo, capital. Sempre trabalhou atendendo em unidades de saúde pública, e efetivou-se como médico na rede municipal de saúde em 1989. Foi diretor do Sindicato dos Médicos de Ribeirão Preto por muitos anos, lutando por melhorias nas condições de trabalho da classe. Em 2006, assumiu a
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Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz, recebe o Título de Cidadão Ribeirãopretano, ladeado pelos vereadores Maurício Gasparini, André Luiz da Silva, Capela Novas, Bebé, Gláucia Berenice e Rodrigo Simões
coordenação da Saúde Mental de Ribeirão Preto, quando iniciou um trabalho com moradores de rua usuários de droga. Criou e mantem os Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, CAPS AD e CAPS infantil. Dr. Alexandre é também especialista em Gestão de Saúde pela Fundação Getúlio
Vargas, membro do grupo de gestão do Cartão Recomeço para Tratamento de Dependentes químicos em Ribeirão Preto, conselheiro do Conselho Municipal de Saúde pelo Centro Médico de Ribeirão, do Conselho Municipal para Álcool e Drogas e vice-presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto.
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XXVII JOPADDI - Jornada Paulista de Atualização em Doenças Digestivas
Dr. Isac Jorge Filho foi coordenador do debate com o tema “Formação, Especialçização e os Processos de Avaliação do Médico”, no segundo dia da Jornada. Participaram da mesa os debatedores Dr. Elias Jirjoss Jacob, Dr. Carlos Eduardo Jacob, Dr. Bráulio Luna Filho e Dr. Sidney Roberto Nadal
Entre os dias 7 e 9 de abril, no Hotel JP, em Ribeirão Preto, aconteceu a XXVII JOPADDI - Jornada Paulista de Atualização em Doenças Digestivas, numa realização do Serviço de Gastroenterologia e Nutrição da Santa Casa de Ribeirão Preto, Divisão de Gastroenterologia do Departamento de Clínica Médica da FMRP - USP, e Divisões de Cirurgia Digestiva e Cirurgia de Urgência e Trauma do Departamento de Cirurgia da FMRP - USP. O evento teve o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - Sobed, Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Capítulo de São Paulo, Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva,
Federação Brasileira de Gastroenterologia, Associação Brasileira de Nutrologia - Natran e do Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina - APM. A programação contou com a participação de diversos palestrantes das cidades paulistas de Ribeirão Preto, Botucatu, Catanduva, Campinas, São José do Rio Preto, São Paulo, além de outras, como Recife (PE), Curitiba (PR), Londina (PR) e Uberaba (MG). O encontro reuniu diversos profissionais, como: cirurgiões gerais e do aparelho digestivo, gastroenterologistas, endoscopistas, endocrinologistas, enfermeiros, colo-proctologistas, nutrólogos, nutricionistas, psicólogos, residentes e estudantes.
Novos associados DE MARÇO a MAIO A diretoria do Centro Médico de Ribeirão Preto dá as boas vindas aos novos associados. Promover a união da classe médica, bem como defender os interesses dos profissionais e propiciar benefícios são os principais objetivos desta entidade.
SÓCIOS EFETIVOS Antônio Carlos Leite de Barros Filho Bruna Lemes Ribeiro Carlos Henrique Mendes César Foroni Casas Gabriel dos Santos Tarquinio
Magda Maya Atala Maria Lícia Ribeiro Cury Pavão Carlos Eduardo Hellmeister Jr Felipe Lellis Valeri João Almiro Ferreira Filho Elessandro Ferreira Dutra
reinscritos Carlos Alberto dos Santos Pinto SÓCIOS RESIDENTES Marilda Aparecida Ribas (1º)
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nutricional
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s suplementos alimentares estão cada vez mais presentes na vida dos praticantes de esportes ou dos atletas de academia. Uma pesquisa encomendada em dezembro de 2015 entre a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) revelou que de 1.007 participantes maiores de 17 anos espalhados pelo Brasil, 54% afirmaram fazer uso de algum suplemento com objetivos estéticos ou de saúde. Normalmente utilizados para complementar a alimentação, muitas pessoas acabam substituindo o almoço ou o jantar pela suplementação, o que é um erro segundo o médico nutrólogo Dr. Antônio Augusto Paschoal. “Suplementos são
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produtos especialmente formulados para auxiliar e suprir suas necessidades nutricionais com o objetivo de rendimento. Esses produtos visam complementar a alimentação e não devem ser utilizados como substitutos de refeições ou única fonte alimentar”. No entanto, o profissional destaca que o consumidor, principalmente aquele que utiliza o suplemento para a prática de esportes, deve passar por uma avaliação médica para diagnosticar suas necessidades nutricionais e utilizar essas substâncias de maneira correta. “O desportista precisa ser avaliado quanto ao grau de hidratação, consumo de oxigênio, composição de gordura, massa magra, e ainda ter analisada a composição de nutrientes dentro do plano alimentar habitual. A partir desta avaliação e o período de treinos pode-se readequar a necessidade de consumo de energia, de água e nutrientes para evitar queda no desempenho esportivo”.
Observações
Dados do Comitê Olímpico Internacional (COI) realizados após análises de suplementos obtidos em 13 países e de 215 diferentes fornecedores mostram que das 624 amostras recolhidas 14,8% indicavam substâncias ilícitas como a nandrolona (anabolizante derivado da testosterona) e esteróides. O Comitê ampliou as investigações de doping para as Olimpíadas do Rio de Janeiro após denúncias envolvendo vários competidores de maratonas e saltos em distância. O nutrólogo explica que esse tipo de substância pode prejudicar a saúde e é amplamente proibido por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Muitos suplementos podem não trazer melhora do desempenho ou benefícios para a saúde, e alguns ainda podem prejudicar a performance e a saúde se tomados em altas doses e por períodos prolongados sem acompanhamento médico”, alerta. O Campeonato Brasileiro de futebol em 2016, por exemplo, fará um controle de dopagem fora-de-competição e também no decorrer das partidas, em uma parceria entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), também para reduzir os números de dopings e intensificar o trabalho de combate ao uso dessas substâncias.
Benefícios
Dr. Paschoal aponta que a suplementação é importante para melhor desempenho do atleta, mas que sua indicação deve ter a supervisão de um especialista. “Quase 100% dos atletas usam ou já usaram suplementação alimentar, e a avaliação da relação causa-efeito se torna essencial. Assim, é cada vez mais importante que nós médicos nutrólogos estejamos atentos aos riscos e benefícios desses suplementos, para garantir saúde e a melhor atividade aos esportistas e atletas”. O profissional também destaca a importância de uma boa hidratação e uma alimentação balanceada, pois o gasto de energia é maior com o uso dos suplementos. “Não se deve esquecer a reposição hidroeletrolítica (uso de isotônicos), pois a desidratação maior que 2% do peso corporal pode comprometer a performance endurance (tempertura do corpo, sistema cardiovascular e metabolismo) e nas atividades intermitentes e intensas (força, velocidade, tempo de reação, habilidades motoras, aspectos cognitivos e concentração), particularmente no clima quente e úmido”, finaliza.
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Avanços e cuidados no tratamento dentário para adultos
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Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, aliado a uma melhor qualidade de vida, a população aumentou a busca por uma saúde melhor, seja para prevenir ou tratar problemas de uma vida mais sedentária, ou mesmo por uma questão de estética corporal. Uma dessas vertentes que aumentaram nos últimos anos são os tratamentos ortodônticos para pessoas acima dos 40 ou 50 anos. O professor do curso de Odontologia da USP em Ribeirão Preto, Dr. Fábio Lourenço Romano confirma essa teoria em uma margem de 20 anos. “Realmente houve um aumento substancial de pacientes adultos no tratamento ortodôntico. Essa demanda se deve a fatores como aumento do
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poder aquisitivo da população, valorização da estética, campanhas ressaltando a importância do sorriso e também que, os adultos de hoje, quando eram crianças ou adolescentes, não tiveram acesso a este tipo de tratamento e na idade adulta, devido à melhora na condição financeira, procuram o procedimento”. Nesta mesma caminhada, os aparelhos ortodônticos também ganharam novos modelos e funções, para melhores correções da arcada dentária ou mesmo pela questão estética, pois segundo Romano, muitos pacientes querem deixar o aparelho “invisível”. “Apesar de não serem atuais, os aparelhos estéticos também ganharam notoriedade nos últimos anos. Cita-se, em especial, os bráquetes cerâmicos mono cristali-
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Mitos e verdades sobre ortodontia nos adultos Os especialistas Fábio Romano e Tarcísio Ferreira expõem alguns dos principais questionamentos de pacientes que procuram o tratamento dentário e explicam cada caso para a Revista Saúde Mais:
Mito:
Meu tratamento será realizado rapidamente
Verdade: Desconfie. O movimento dentário tem que ser lento e isto leva tempo necessário para obter resposta dos tecidos envolvidos nesta movimentação.
Mito:
Bráquete estético (cerâmico) é o melhor material
Verdade: Eles são mais estéticos, porém podem causar danos ao dente durante o tratamento e sua remoção. Além de quebrarem com mais facilidade, aumentam o tempo de tratamento e são mais caros.
Mito:
Não se usa mais bandas (anéis metálicos nos dentes de trás) durante o tratamento ortodôntico
Verdade:
Com o passar do tempo, o número de bandas tem diminuído, mas em muitos casos elas são essenciais.
Mito:
Grávidas não podem receber tratamento ortodôntico
Verdade: Gravidez não é doença e nem tampouco leva a impossibilidade para o tratamento.
Mito:
É possível tratar o paciente sem exames ortodônticos iniciais.
Verdade: Nenhum tipo de tratamento ortodôntico deve ser planejado e executado sem avaliação inicial das condições faciais e dentárias do paciente.
Mito:
A cor da ligadura elástica individual (borrachinha que prende o fio no aparelho) interfere no tratamento.
Verdade: De forma alguma. A ligadura elástica tem a única finalidade de prender o fio no bráquete (material colado nos dentes).
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nos (porcelana), que são quase imperceptíveis na visão social”, diz. O especialista destaca dois tipos de aparelhos que ganharam popularidade e também como eles devem ser usados nos tratamentos dentários. “Cabe ressaltar a popularização dos ditos ‘aparelhos invisíveis’ (placas transparentes) e da ‘Ortodontia Lingual’ (aparelho colocado atrás dos dentes). É importante lembrar que estes sistemas têm indicação específica para determinados tipos de má formação, não podendo, portanto, serem utilizados em todos os tratamentos propostos”.
Saúde Para o professor e doutor em ortodontia da USP em Ribeirão José Tarcísio Ferreira, os tratamentos poucos se diferem entre crianças, adolescentes e os adultos. “O paciente adulto pode ser submetido ao tratamento para correção de quase todo tipo de problema, levando-se em conta as características individuais. Será priorizada a regularização da função e estética, e alguns casos, o tratamento deve ser realizado de maneira associada a outras especialidades como cirurgia, periodontia, endodontia, entre outros” A duração do tratamento varia de acordo com as necessidades de cada paciente, e pode ser necessária a utilização de aparelhos fixos, com manutenção realizada mensalmente, e/ou aparelhos móveis, que neste caso, a manutenção varia de acordo com a necessidade do paciente. “A correção dentária no paciente adulto é mais demorada quando comparada com o tratamento no adolescente”, observa Ferreira.
Cuidados Romano alerta que o tratamento dentário, indiferentemente do problema diagnosticado no paciente, não pode ser executado de maneira incorreta e nem com rapidez. Com isso, o médico deixa um aviso para quem está à procura de um dentista. “Tratamentos mal planejados e conduzidos de maneira inadequada podem levar a grandes prejuízos não só aos arcos dentários, mas também a outras estruturas do crânio e face. Recomendo que os pacientes verifiquem se o ortodontista possui qualificação profissional certificada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), e se possui experiência clínica antes de iniciar o tratamento”, conclui.
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AVC: Sintomas, causas e tratamento
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r. Frederico Fernandes Alessio Alves - É médico neurologista assistente e preceptor na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, e membro do Laboratório de Neurologia Vascular e Neurossonologia - HCFMRP/USP. Está vinculado ao programa de pós graduação em Neurologia da FMRP-USP, dedicando-se a pesquisa clínica em acidente vascular cerebral (AVC), neuroimagem, e epidemiologia das doenças cerebrovasculares.
Quais os principais sintomas de quem está sofrendo um AVC? Nas últimas décadas, observamos um aumento exponencial dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) nos países em desenvolvimento, como o Brasil - aumento de até 100% de novos casos por ano. Dessa maneira, com o esforço intenso e ininterrupto dos profissionais da área através da Rede Brasil AVC e da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, campanhas e linhas de ação foram gradualmente inseridas no sistema de saúde e na comunidade para conscientizar profissionais de saúde e a população da gravidade do problema e da urgência do tratamento. O início dos sintomas de AVC é súbito e acontece em qualquer momento, sob qualquer circunstância, além de estes sintomas poderem se apresentar de maneiras variadas. Com a avalanche de informações disponíveis, uma maneira mnêmonica e simples para se lembrar dos principais é a sigla SAMU: S - Sorria! Observe se existe uma assimetria do sorriso, uma diferença de uma lado para o outro, que inclusive pode desviar a boca para o lado mais forte enquanto o outro está paralisado. A - Abrace! Ao se elevar os braços, observe se um deles está mais fraco, se tende a cair, ou até mesmo se não há nenhum movimento. M - Música! Ao se tentar cantar ou falar, observe se há mudança na fala tanto dificuldade de pronúncia, quanto dificuldade para reproduzir palavras, nomear objetos ou mesmo
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compreender comandos. U - Urgente! Se qualquer um dos itens acima forem observados, um AVC pode estar em evolução. Ligue para o 192 ou para o serviço de remoção de urgência do seu plano de saúde. Não adianta ir para qualquer hospital, deixe para a equipe de urgência definir onde o atendimento está disponível e de mais rápido acesso! Tempo é cérebro! Entretanto, apesar da apresentação dos sinais e sintomas ser de maneira súbita, convém lembrar que o evento do AVC é resultado de fatores de risco e/ou doenças que não foram devidamente controlados ao longo do tempo. Lembre-se que esperar em casa, pois está melhorando nunca é a opção, independentemente do tempo, gravidade ou melhora completa. Deixe essa interpretação para a equipe médica, sempre procure atendimento imediato. Há tratamentos especificos para quem sofre um AVC? O quanto antes se chega ao hospital, mais rápido poderá ser feito o diagnóstico que no primeiro momento se baseia em definir os défices (sinais clínicos) do paciente, estabilização clínica, e através da neuroimagem - tomografia computadorizada ou ressonância magnética, identificar o AVC isquêmico ou hemorrágico. Não há como diferenciar o tipo de AVC sem o exame de neuroimagem. No caso da suspeita isquêmica confirmada, a janela para agir é curta - 4,5 horas entre o início dos sintomas e o início da medicação (alteplase) que tem o intuito de dissolver o coá-
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gulo que impede o fluxo sanguineo na área do cérebro em questão. Existem variáveis que definem diferentes frentes de tratamento nesse momento, mas que serão definidas pelo neurologista a cada caso. O mais importante é que o tempo é curto para que tudo isso aconteça: 4,5 horas não é tempo de sobra então o processo deve ser extremamente ágil. Corra contra o tempo! No caso da suspeita hemorrágica confirmada, outra cadeia de condutas é tomada, que envolve controle pressórico, glicêmico, e manejo da causa do sangramento de acordo, dentre outros. Ambos tem a indicação de avaliação intrahospitalar. O AVC causa sequelas? Os sintomas que se iniciam subitamente ocorrem pois uma região do cérebro que controla aquela determinada função está literalmente em sofrimento. Tendo em vista sempre os tratamentos indicados a tempo e os cuidados intensivos sob supervisão de um neurologista, uma gama de diferentes evoluções podem acontecer - desde a reversão completa e imediata dos sintomas até a piora progressiva com aparecimento de novos défices. A primeira pergunta mais comum feita ao neurologista na admissão hospitalar é “vai deixar sequela?”, mas naquele momento, na fase mais crítica, não há como definir. O cérebro não é previsível nesse primeiro momento, nem se comporta de uma maneira 100% matemática, sendo necessário aguardar a evolução ao longo de horas e dias para que se estabeleça a área definitivamente comprometida e então se defina sequelas. Sim, AVC causa sequelas, as mais variadas possíveis. Imaginemos que qualquer atividade que façamos - seja abrir a boca, ler, compreender, falar, se movimentar, tenha áreas do cérebro responsáveis por cada mínimo processamento, e as quais interagem. Cada área necessita de suprimento, energia, para funcionar, e portanto qualquer uma delas pode estar sujeita a falta desse suprimento (tanto pelo AVC isquemico quanto pelo hemorrágico). A recuperação das sequelas dependerá de dois fatores principais: a capacidade de diferentes áreas recuperarem ou até mesmo assumirem funções e o processo intensivo de reabilitação precoce com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional ainda mesmo antes da alta hospitalar. Grande parte do desafio atual reside na compreensão pelas coordenações hospitalares e corporações da necessidade de uma equipe multiprofissional. Não é uma opção ou uma sugestão, é algo comprovadamente necessário. Quantos AVCs por ano na região de Ribeirão Preto? O AVC não é uma doença de notificação compulsória; portanto, exceto nos casos de internação hospitalar ou morte, muitos com certeza passam despercebidos e ignorados, seja pelo paciente ou pela própria equipe de saúde.
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No entanto, alguns números impressionam, assustam: Todo mês são internados cerca de 150 casos de AVC na macrorregião de Ribeirão Preto, sendo 100 destes somente na cidade de Ribeirão Preto. No Hospital das Clínicas, são 500 internações por ano. No mundo, são 15.000.000 de casos por ano. Um terço desses casos não sobrevivem, e um terço dos casos não retorna a sua função laboral prévia. É grave, 1 em cada 6 pessoas terão um AVC ao longo da vida. Olhe ao seu redor! AVC está ligado a alguma doença ou hereditariedade? O AVC é a ponta do iceberg, dos grandes. O evento súbito ocorre sempre associado a alguma doença, algum fator de risco, mesmo que desconhecido previamente, e que culmina ou no AVC isquêmico (redução do fluxo sanguineo em determinada região do cérebro) ou no AVC hemorrágico (sangramento no cérebro). Alguns pontos aumentam o risco de AVC e independem de qualquer mudança de atitude - exemplo, idade. O envelhecimento está associado a aumento no risco anual de AVC. Contudo, inúmeras doenças são as causas definitivas ou aumentam o risco de AVC - as verdadeiras vilãs, e podem ser tratadas, controladas, como: hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, dislipidemia (colesterol alterado - tanto LDL alto quanto HDL baixo), insuficiência cardíaca, arritmias, e até mesmo a síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono. Outras doenças são adquiridas por vontade própria e tem repercussões graves, como o tabagismo e o etilismo, e de maneira significativa e não menos importante o sedentarismo. Algumas doenças hereditárias podem estar relacionadas a um risco aumentado de AVC, como colagenoses, trombofilias. No entanto, o simples fato de um parente ter AVC não aumenta o risco individual, mas sim as doenças que o causaram podem ter traços genéticos. Quando tratadas e controladas as causas do AVC, há evidente redução no risco de recorrer, mas o risco de um novo AVC sempre existe e nele reside o esforço na prevenção. Em qual grupo de risco o AVC é mais frequente? Seria muito mais fácil abordar a doença se fosse claro um grupo específico. Infelizmente, todos estão suscetíveis nas devidas proporções. Mas se observarmos, claramente populações sedentárias tem um aumento do risco de doenças cardiovasculares, incluindo AVC e infarto agudo do miocárdio. Mova-se! A American Heart Association e a American Stroke Association definem bem a indicação de pelo menos 3-4 sessões por semana, de 40 minutos cada, de atividade aeróbica em moderada intensidade. Menos de 50% das pessoas aptas a
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desenvolver atividade física de fato a realizam. Uma rotina de moderada intensidade de atividade física reduz em até 30% a incidencia de AVC tanto em homens quanto em mulheres!
pórea (IMC), que leva em consideração o peso e altura do indivíduo, a partir do IMC 20(kg/m2), a cada aumento de 1 (um) ponto, há um aumento de até 5% no risco acumulativo de AVC. Faça suas contas!
O AVC tem alguma ligação com o infarto? Pode-se pensar de duas maneiras. A primeira é sob a perspectiva da causa de um infarto. Geralmente placas de gordura (ateromatose) nas artérias coronárias, que levam sangue para o próprio coração, progridem e eventualmente reduzem drasticamente ou mesmo interrompem o fluxo sanguineo, com consequente sofrimento do tecido do coração. É fácil de se imaginar que o corpo humano trabalha em harmonia contínua e os vasos sanguineos não são isolados, ou seja, uma doença presente nas artérias coronárias frequentemente acomete outras artérias também, incluindo as do pescoço (artérias carótidas e artérias vertebrais) e do próprio cérebro, sendo também a causa do AVC. Uma mesma doença favorece o risco de infarto e AVC. A segunda possibilidade é o próprio infarto modificar o mecanismo de funcionamento do coração, com áreas que deixam de contrair e, se extensas, podem inclusive favorecer a formação de trombos, coágulos, dentro do coração e que eventualmente migram para os vasos do cérebro. As alterações decorrentes do infarto seriam a causa imediata do AVC.
A USP realiza algum tipo de estudo sobre a doença atualmente? Tendo em vista as inúmeras facetas que envolvem o AVC, as doenças cerebrovasculares, e o fluxo de atendimento desses pacientes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, formou-se ao longo dos anos um dos maiores grupos de pesquisa do Brasil, liderado pelo Prof. Dr. Octávio Marques Pontes-Neto e composto por médico neurologistas e radiologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, psicólogas, nutricionistas, físicos médicos, biomédicos, bioestatísticos, entre outros. São inúmeras frentes de pesquisa de âmbito nacional e internacional, que têm moldado junto a outros centros do Brasil o atendimento ao paciente com AVC.
Quais os principais cuidados para se evitar um AVC? A essa altura, pode-se entender que as ações para se evitar um primeiro AVC ou evitar a recorrência após um evento se relacionam com o controle de hábitos e doenças que aumentam o risco. Definitivamente, o abandono do sedentarismo e vícios (tabaco, álcool) e manejo adequado da obesidade, dislipidemia, pressão arterial e diabetes são imperativos. O seguimento com seu médico irá definir o risco de acordo com cada doença envolvida. Obesidade pode ser um agravante para o AVC? De que maneira? Existe uma má interpretação global sobre a obesidade. Ela é resultado de um processo crônico com complicações acumulativas metabólicas e em praticamente todos os sistemas do corpo humano (cardiovascular, renal, hepático, pulmonar, etc). Isso significa que para qualquer situação a obesidade é um agravante, é um problema de saúde pública sem precedentes. Sem dúvida já podemos considerar senso comum que uma dieta adequada e não somente a perda de peso tem efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares incluindo o AVC. Um nutrologista e um nutricionista devem estar envolvidos no melhor manejo da dieta. A obesidade está presente em até 45% dos pacientes que apresentam AVC. Se considerarmos o índice de massa cor-
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Apenas em idosos? Crianças e jovens podem desenvolvê-lo? Quem possui mais chance de ter AVC: o homem ou a mulher? O envelhecimento está associado a aumento progressivo do risco de AVC, no entanto todas as faixas etárias apresentam risco nas suas devidas proporções, até mesmo durante o desenvovimento intra-uterino. Cerca de 10% dos AVCs ocorrem na população jovem, considerada em média abaixo de 55 anos de idade. É interessante notar que em adultos jovens, na faixa de 20 a 30 anos de idade, o AVC é mais frequente em mulheres, enquanto que em maiores de 35 anos de idade, é mais frequente em homens.
Dr. Frederico Fernandes Alessio Alves
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contrapontos para uma vida saudável
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ssim como os humanos, uma má alimentação ou o hábito de não se exercitar pode causar obesidade e prejudicar a saúde dos gatos. Desde filhotes, os felinos devem ser estimulados a prática de qualquer atividade física, como pegar uma bola, explorar o ambiente ou mesmo um passeio diário com o dono com o auxílio de uma coleira. De acordo com a professora Roberta Casale, responsável pela disciplina de Clínica Médica de Pequenos Animais do Centro Universitário Moura Lacerda, os felinos possuem uma facilidade em desenvolver a obesidade e que pode prejudicar o crescimento do animal. “A obesidade é a doença nutricional mais comum em gatos e leva a uma série de disfunções fisiológicas que comprometem a saúde do animal, como a diabetes mellitus [o tipo mais comum],
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alterações em articulações e ligamentos, cardiovasculares e respiratórias, hepatopatias e desordens digestivas”. O peso ideal dos gatos é calculado pelo IMC (Índice de Massa Corpórea), que também é utilizado para identificar a obesidade nos seres humanos, mas no caso dos felinos, o cálculo é baseado em vários fatores da raça, nas condições das medidas da circunferência do tórax e do membro inferior pélvico. Para a profissional, não existe uma única causa para o desenvolvimento do sobrepeso, mas fatores externos de vivência que podem causar a obesidade. “Entre as principais condições que favorecem o ganho de peso que podemos citar é a genética, a oferta, o tipo de alimentação que é oferecida, o sedentarismo e os hábitos de vida do proprietário”, destaca.
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Hábitos
Outro ponto importante é que a profissional destaca a alimentação do gato, que deve ser baseada de acordo com cada raça. No entanto, um felino que já possua obesidade ou sobrepeso deve passar por uma reeducação alimentar para retornar ao peso ideal e melhorar a saúde física. “O segredo da redução de peso é a reeducação alimentar aliada a um aumento das atividades físicas adequadas para aquele animal. O ideal é que essa redução seja gradativa e, para isso, costumamos reduzir aproximadamente 30% da ingestão calórica diária. O mercado pet encontrase em franco desenvolvimento e atualmente temos várias opções de dietas comerciais formuladas com redução da densidade calórica”, afirma.
A veterinária expõe que o estimulo às atividades e brincadeiras são benéficas para que o felino possa manter o seu peso ideal. “Gato é um animal que adora brincadeiras. Se estimularmos o hábito de dez minutos diários de atividades lúdicas que despertem seu interesse e aumentem sua atividade física, teremos um aumento significativo do seu gasto energético”. O dono também é responsável por manter o gato em constante atividade física, segundo Roberta. As interações entre humanos e felinos são importantes para o desenvolvimento do animal. “Alguns exemplos com ótima aceitação é o uso de laser point, pois eles adoram perseguir aquela luzinha em movimento, além de bolinhas, ratinhos, entre outros. A permissão de acesso a áreas externas também é uma excelente estratégia, pois desperta a curiosidade e aumenta o interesse em explorar o ambiente”. Já os passeios externos, onde o dono o realiza com auxílio da coleira, devem ser aplicados de acordo com a interação do felino com outros animais e pessoas. “Tratando-se de gatos adultos acostumados a viverem em casa e sem contato com pessoas e outros animais, esse tipo de estratégia pode se tornar estressante. O ideal é que esse hábito seja inserido na rotina do gato desde filhote, para evitar que esse tipo de passeio se torne uma experiência desastrosa e traumática, tanto para o proprietário como também para o animal”, observa.
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Presidente do TRF3 suspende obrigação de fornecimento de fosfoetanolamina sintética Ausência de comprovação científica da eficácia do medicamento e intervenção excessiva do Poder Judiciário nas políticas públicas de saúde fundamentam a decisão A desembargadora federal Cecília Marcondes, presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), suspendeu decisão liminar da Justiça Federal de São Carlos que determinava que a União e o Estado de São Paulo fornecessem a substância fosfoetanolamina sintética a um paciente de câncer. A decisão também vale para todos os casos semelhantes nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A magistrada explicou que não há prova científica capaz de atestar a eficácia da fosfoetanolamina sintética no tratamento do câncer e que a substância, que ainda não passou pelos testes clínicos necessários à sua utilização por seres humanos, não conta com o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Cuida-se de substância que vem sendo produzida e consumida sem um mínimo de rigor científico, pois não há pesquisas que atestem a sua eficácia no organismo humano. Não é demais lembrar, neste contexto, a relevante preocupação com os efeitos colaterais que podem advir do uso indiscriminado de novas drogas, haja vista o que ocorreu num passado recente com a talidomida, que depois de testada sem percalços em camundongos foi indicada para evitar enjoos em pacientes grávidas e provocou deformidades físicas em milhares de crianças no mundo todo. Portanto, o risco à saúde pública é manifesto”, escreveu a desembargadora federal. A presidente do TRF3 também ressaltou que a questão tem implicações na ordem e na economia pública, já que, diante das
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limitações materiais, a Administração Pública adota um plano estratégico em que prioriza atividades mais relevantes. “O Estado de São Paulo alocou verbas públicas para pesquisar a eficiência da fosfoetanolamina, garantindo assim um mínimo de produção da substância para uso exclusivo em estudos clínicos. Desse modo, não cabe, em princípio, ao Poder Judiciário tomar o lugar da Administração na escolha de quais sejam as ações prioritárias e, pior, fazer uso das substâncias destinadas à pesquisa, sob pena de prejudicar o trabalho e de se imiscuir na atividade administrativa, violando o fundamental princípio da separação dos poderes”, entendeu a magistrada. Como nenhum laboratório ainda produz a fosfoetanolamina sintética e o laboratório PDT Pharma produzirá a substância exclusivamente para a realização do estudo clínico, Cecília Marcondes concluiu que a decisão da Justiça Federal de São Carlos de obrigar a União e o Estado de São Paulo a fornecê-la coloca em risco a ordem administrativa e econômica. A presidente do TRF3 também questionou o fato de a União ser ré na ação, já que a ordem de fornecer o remédio obrigou unicamente o Estado de São Paulo. Para ela, a inclusão da União no processo serviu somente para definir a competência da Justiça Federal e, assim, afastar a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que impediu a distribuição da fosfoetanolamina sintética em todo o estado. Além disso, entendeu que a decisão liminar foi proferida por juiz incompetente para julgar a causa. Ela destacou que, embora o autor resida em Bauru, cidade sede de Justiça Federal, a ação foi ajuizada na subseção de São Carlos, distante aproximadamente 150
quilômetros. O fato da USP de São Carlos também figurar no processo não torna a subseção competente, pois não há previsão legal da universidade prestar serviços de saúde pública, como o fornecimento de substâncias. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, decidiu da mesma forma na Suspensão de Tutela Antecipada nº 828. Cecília Marcondes também destacou que não ignora “a relevância das ações e as esperanças depositadas na cura de uma doença que afeta milhões de cidadãos ao redor do mundo, cuja busca por tratamento muitas vezes foge da racionalidade e são depositadas na fé, na espiritualidade e em tratamentos experimentais”. Porém ressaltou que, embora a saúde seja direito de todos e dever do Estado, o Poder Público não é obrigado a assegurar tratamentos não convencionais e sem base científica. Com relação à Lei nº 13.269, de abril deste ano, que autorizou o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna, a magistrada explicou que a norma, ao mencionar que seu uso será por livre escolha do paciente, desautoriza a obrigação legal de fornecimento por parte da Administração Pública. “Compete ao paciente buscar o laboratório que produza, manufature, importe e distribua a substância, em relação tipicamente comercial e entre entes particulares, sem a presença estatal”, conclui a presidente do TRF3. A decisão teve seus efeitos estendidos a todas as liminares e antecipações de tutela supervenientes em ações idênticas e proferidas no âmbito de jurisdição do TRF3, que compreende os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. (Fonte - Assessoria de Imprensa do TRF3)
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Dr. Isac Jorge Filho recebe o Prêmio Benedicto Montenegro
Para ajudar a cuidar da saúde de todos, tem sempre uma Documenta por perto. Documenta Ribeirão Preto Unidade da Mulher Unidade Garibaldi Unidade Hospital São Francisco Unidade Hospital Sinhá Junqueira 16 3977 3000 Documenta Sertãozinho Unidade Hospital Netto Campello 16 3946 8308 Documenta Jaboticabal Unidade Hospital São Marcos 16 3204 8278
Dr. Isac Jorge Filho recebe o Prêmio Benedicto Montenegro das mãos do mestre do Capítulo (gestão 2014/2015), Dr. Cláudio José Caldas Bresciani
No último dia 31 de janeiro, durante a solenidade de posse da nova diretoria, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões do Capítulo de São Paulo (CBC), condecorou o Prof. Dr. Isac Jorge Filho, gastroenterologista, ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e presidente do Departamento de Bioética do Centro Médico de Ribeirão Preto, com o importante “Prêmio Benedito Montenegro”, outorgado a um cirurgião que tenha atuado no Estado de São Paulo e contribuído de maneira inequívoca para o desenvolvimento da cirurgia brasileira. O conselheiro do Cremesp e membro do CBC, Dr. Gaspar de Jesus Lopes descre-
Seis unidades, uma só para a mulher veu o amigo e colega de profissão, como o “Guerreiro Isac”, que teve uma trajetória muito rica como estudante, médico, líder associativo, educador e pesquisador. “O exímio cirurgião sempre soube que a essência da medicina é a solidariedade”, disse Dr. Gaspar, que fez um emocionante resumo da carreira do Dr. Isac, destacando os mais de mil textos publicados em jornais e revistas do interior de São Paulo – sobre humanismo, bioética e assunto diversos – além da carreira política e associativa, com participações no Cremesp, CFM, CBC, Sociedade de Gastroenterologia e a criação da Jopaddi (Jornada Paulista de Atualização em Doenças Digestivas).
DOCUMENTA
Unidade Hospital São Francisco
Dr. Euclides do Carmo Passeto Diretor Técnico Médico CRM-SP 15290 / RQE 44355
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Incorporação e Construção:
Arquitetura:
Projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto sob nº. 46063. Incorporação Registrada no 1° Oficial de Registro de Imóveis de Ribeirão Preto - SP sob nº. R.02/150.960 em 03 de dezembro de 2013. Imagens meramente ilustrativas, podendo sofrer alterações sem aviso prévio. Julho de 2015. CERTIFICAÇÕES TAP:
NBR ISO 9001
Sistema de Gestão da Qualidade Certificado
Nível A
OCO 0009
46
saúde+
informa PRESTAÇÃO DE CONTAS BALANCETE DO CENTRO MÉDICO DE RIBEIRÃO PRETO PERÍODO DE 01/01/2016 A 31/03/2016 PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS
Centro Médico de Ribeirão Preto - 2015/2017 DIRETORIA Presidente - Dr. Oswaldo Cruz Franco 1º Vice-Presidente - Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz 2º Vice-Presidente - Dra. Cleusa Cascaes Dias
REPRESENTANTES NO CONSELHO MUNICIPAL DA SAÚDE
BALANCETE DO CENTRO MÉDICO DE PRETO DE RIBEIRÃO PRETO BALANCETE DORIBEIRÃO CENTRO MÉDICO PERIODO DE 01/01/2016PERIODO A 31/03/2016 DE 01/01/2016 A 31/03/2016 Receitas DespesasReceitasSaldos Despesas
Drª. Cleusa Cascaes Dias Dr. Alexandre Firmo de Souza Associação Cruz Paulista de Medicina 58.846,29 Associação Paulista de Medicina
59.128,1358.846,29-281,84 59.128,13
Diretor Social
Aquisição Bens / Novos Equipamentos 0,00 Aquisição Bens / Novos Equipamentos
1º Tesoureiro - Dr. Flávio Barbosa Bernardes da Silva 2º Tesoureiro - Dr. Luiz Antonio Araújo Dias
Dr. Carlos Roberto Ferriani
Bancos
Secretaria
Acupuntura Reembolso de convênio pelos Funcionários 2.848,08 5.778,71 2.848,08-2.930,63 Reembolso de convênio pelos Funcionários 5.778,71 Dra. Liyoko Okino Coral Do Centro Médico Coral Do Centro Médico 0,00 1.800,00 0,00 -1.800,00 1.800,00 Bioética e História da Medicina Depto Jurídico C. M. 30.530,50 30.530,5030.530,50 0,00 30.530,50 Depto Jurídico C. M. Dr. Isac Jorge Filho Cirurgia Plástica Despesas Diretoria / Delegados 789,76 703,98 -85,78 789,76 Despesas Diretoria / Delegados 703,98 Dr. Carlos Roberto Ferriani Despesas Eventuais 0,00 226,71 0,00 -226,71 226,71 Despesas Eventuais Fitoterapia Despesas com Construção 5.186,35 24.127,325.186,35 -18.940,97 Despesas com Construção 24.127,32 Dr. Fábio Carmona Ginecologia e Obstetrícia Despesas Com Pessoal Despesas Com Pessoal 8.012,73 130.231,848.012,73 -122.219,11 130.231,84 Dr. Rodrigo Coelho Franco Débitos - Créditos Bancários 8.141,75 9.769,101.627,35 Débitos - Créditos Bancários 9.769,10 8.141,75 Ginecologia Psicossomática Eventos 532,00 28,79 532,00 503,21 28,79 Eventos Dr. Odilon Iannetta Mastologia Impostos - Taxas 0,00 157,10 Impostos - Taxas 0,00 -157,10 157,10 Dr. Ângelo do Carmo Silva Matthes Revista Centro Médico - Assessoria de Imprensa 0,00de Imprensa 4.500,00 0,00 -4.500,00 Revista Centro Médico - Assessoria 4.500,00 Medicina do trabalho Manutenção C.M. 0,00 18.186,04 0,00 -18.186,04 Manutenção C.M. 18.186,04 Dr. Leandro Guimarães Nefrologia Mensalidades AssociadosMensalidades Centro Médico 134.581,00 0,00 134.581,00 134.581,000,00 Associados Centro Médico Dr. Tufik José M. Geleilete Medicar 8.494,45 7.938,86 8.494,45 555,597.938,86 Medicar NUETO: Núcleo de Estudos do Tórax Outras Fontes de Renda 16.013,31 0,00 16.013,31 16.013,31 0,00 Outras Fontes de Renda Dr. Nelson Vega Nutrologia Seguro De Vida em Grupo 84.764,80 82.952,4384.764,801.812,37 Seguro De Vida em Grupo 82.952,43 Dr. José Eduardo Dutra Poliesportivo 49.227,75 44.900,4449.227,754.327,31 Poliesportivo 44.900,44 Ortopedia e Traumatologia 9.111,51 9.195,51 9.111,51 -84,009.195,51 Williams Seguros Dr. Leandro Calil de Lazari Williams Seguros Pediatria Total Geral 490.065,74 485.428,73 4.637,01 Total Geral 490.065,74 485.428,73 Dra. Andréa Ap. Contine Rodrigues Psicologia e Psicoterapia Médica Dr. Carlos Eduardo Rosa Psicossomática Centro Médico de Ribeirào Preto Dr. Luis Henrique Milan Novaes Distrital da Associação Psiquiatria Paulista de Medicina Dr. Marcos Hortes Nisihara Chagas Radiologia Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1275 Dr. Mário Muller Lorenzatto Jardim Irajá - CEP 14020-290 Ultra- Sonografia Ribeirão Preto - SP Dr. Adilson Cunha Ferreira Fone/Fax: (16) 3623-0999/3623-1656 www.centromedicorp.org.br contato@centromedicorp.org.br
Tesouraria
1º Secretária - Dra. Liyoko Okino 2º Secretária - Dra. Maria Ivone Silva Marques
CONSELHO DELIBERATIVO Dr. Camilo André Mércio Xavier Dr. Carlos César Montesino Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior Dr. Carlos Roberto Ferriani Dr. Celso Henrique Pagnano Paschoal Dr. Fábio Carmona Dr. Gustavo Salata Romão Dr. Isac Jorge Filho Dr. Jayme Nogueira Costa Filho Dr. José Alberto Mello de Oliveira Dr. José Álvaro Gonçalves Júnior Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega Dra. Margarida Maria Fernandes Silva Marques Dra. Maria Terezinha Infantosi Vannucchi Dr. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Roberto Baracchin Dr. Rodrigo Coelho Franco
CONSELHO FISCAL Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dr. Márcio Antônio Del Rosso Mobíglia Dr. Odilon Iannetta Dr. Sebastião Amaral Filho
DELEGADOS JUNTO A APM Dra. Liyoko Okino Dra. Maria Ivone Silva Marques Dra. Zaida Coelho Franco
MARÇO/ABRIL 2016
Bancos
5.576,37
Diretor de Esportes Comissões
Comissões
Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega
Correios
Correios
DEPARTAMENTOS
Convênios Saúde Associados Convênios Saúde Associados 56.388,30
457,16
0,00 -457,16 457,16
Saldos -281,84 -457,16
0,00
5.576,375.576,37 0,00
5.576,37
9.479,22
0,00
9.479,229.479,22 0,00
9.479,22
0,00
185,52
0,00 -185,52 185,52
56.172,1656.388,30216,1456.172,16
-185,52 216,14 -2.930,63 -1.800,00 0,00 -85,78 -226,71 -18.940,97 -122.219,11 1.627,35 503,21 -157,10 -4.500,00 -18.186,04 134.581,00 555,59 16.013,31 1.812,37 4.327,31 -84,00 4.637,01
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2133-9700 Av. Francisco Junqueira, 3.000
Ribeirão Preto/SP Fone (16)
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