O momento é
de prevenção!
AMAMENTAÇÃO:
sinônimo de imunidade, vínculo e amor Do outro lado dos benefícios da amamentação existe um mito que a sociedade ainda custa a deixar de lado: o de que amamentar é fisiológico e instintivo – o que não é verdade. “Nem a mãe sabe amamentar e nem o bebê sabe mamar ao nascer. Esse é um aprendizado de ambos, que necessita de muito estudo pela mãe. As pacientes perguntam muito sobre os preparativos, o que é preciso fazer na mama, se é necessário estimular o peito, passar pomadas ou cremes... Mas o que precisamos de verdade é nos informar a respeito da amamentação, pois assim, no momento em que a mãe estiver estressada, com o bebê chorando, ela terá tranquilidade para passar por esse momento e para confiar no seu corpo”, indica. Percebendo os medos e ansiedade das mães de primeira viagem, a Dra. Nathália passou a oferecer às suas pacientes, durante o pré-natal, uma consultoria em amamentação com a enfermeira obstétrica Carla Zorzo. “Ela conversa com as mães para tirar as dúvidas sobre os primeiros cuidados com o bebê e sobre a amamentação. Quando o bebê nasce a enfermeira também faz uma visita para auxiliar a mãe a amamentar, afinal, a teoria é muito bonita, mas na prática precisamos de auxílio para que tudo se encaixe e para que evitemos problemas como fissuras,
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dor, abcessos, que podem cursar durante a amamentação. Percebemos um índice muito maior de pacientes amamentando, e por muito mais tempo, depois que iniciamos essa prática no pré-natal”, salienta. Ao amamentar é importante que a mãe escolha um ambiente tranquilo, sem muito barulho e estímulos para o bebê. Ela também deve prestar atenção a sua postura, levando o bebê ao encontro da mama. “Na intenção de ajudar o bebê acabamos nos posicionando de forma errada e isso pode acabar resultando em dores na coluna e problemas como tendinite. Também passei por isso quando fui mãe, mas precisamos nos lembrar de primeiro estarmos confortáveis e bem posicionadas para então trazer o bebê ao encontro do seio”, compartilha Dra. Nathália. Uma dúvida bem comum das mães é: por quanto tempo amamentar? Porém, não existe um tempo certo sobre a duração da amamentação. O Ministério da Saúde preconiza que seja feita amamentação exclusiva até os 6 meses e que depois disso se inicie a introdução alimentar. “Quando a amamentação é prolongada, os seus benefícios também são! Entretanto, a amamentação deve durar até o momento em que seja boa para mãe e para o bebê”, finaliza Dra. Nathália.
FOTO | DANIEL TATSCH
M
uitos consideram o leite materno a bebida mais valiosa do mundo. Isso porque os seus benefícios são inúmeros, tanto para o bebê quanto para a mãe. O bebê que recebe o leite, desde o colostro, não se beneficia somente com o alimento. Ele recebe imunidade e o ato de mamar ajuda na diminuição de problemas respiratórios, alergias, auxilia também na regularização e na parte motora dos músculos da face. A médica ginecologista e obstetra Nathália Pacheco também acrescenta que existem cada vez mais estudos que relacionam maiores médias de QI em bebês amamentados no seio. Para as mães, além de criar um vínculo muito mais forte com o bebê, também existe o fator da praticidade, pois não é preciso aquecer o leite e nem mesmo utilizar mamadeiras ao dar de mamar no peito – sem falar que o leite materno é de graça! Os estudos também têm mostrado uma redução nos índices de câncer de mama nas mulheres que amamentam. “Outro fator que atrai muito as mães é o fato de a amamentação ajudar na perda de peso após a gestação, pois amamentar é um exercício físico e auxilia as mulheres a retornar seu peso normal de forma muito mais rápida”, complementa Dra. Nathália.