Lidando com sentimentos difíceis F
Então o que pode ser feito? Aprender e ensinar as pessoas de convívio a vivenciar as emoções de uma maneira funcional. A aprendizagem por observação é uma das três formas de aprendizado. A criança pequena imita comportamentos adequados ou inadequados, sem pensar nas consequências do seu comportamento. Como os pais são uma forte referência para a criança, ela poderá entender que o comportamento dos seus pais seja um referencial a ser seguido. Por isso é importante falar sobre o que está sentindo no dia a dia e não esconder o que sente como se fosse algo vergonhoso ou feio. É importante os pais agirem de acordo com o que ensinam para os filhos. O exemplo fala mais alto
que as próprias palavras. A partir do momento em que os pais se autoconhecem, podem estar mais atentos aos modelos que estão passando para os filhos. Compartilho a seguir alguns trechos do Instrumento desenvolvido por Kingsley Mudd (http://contextualscience.org/), que sugere como enfrentar sentimentos difíceis. Goste ou não, sentimentos difíceis/dolorosos são uma experiência humana universal e a maioria de nós se encontra lutando contra ou tentando se livrar desses sentimentos com uma certa regularidade. Existe um pressuposto não-declarado de que felicidade significa sentir-se bem o tempo todo e, se não estamos nos sentindo bem, concluímos então somos defeituosos de alguma forma. Infelizmente, nossos esforços para evitar ou nos livrar de sentimentos desagradáveis tendem a ser um tiro pela culatra e, no fim das contas, geram mais sofrimento. Uma maneira mais produtiva de lidar com sentimentos difíceis é vê-los como “mensageiros” – como um sistema de alarme, primitivo e construído pela evolução, que nos alerta sobre o fato de que algo “não está certo” com o nosso mundo e que uma ação imediata talvez seja exigida para enfrentar a situação! As emoções também podem servir para nos lembrar do que realmente valorizamos em relação a uma situação em particular ou à vida em geral. A tabela a seguir ilustra brevemente esse conceito:
Emoção/Sentimento
Gatilho/Mensagem
Valor/Ação
Tristeza
Uma perda significativa
Cuidado/compaixão consigo mesmo e com outros; Necessidade de se ajustar e se adaptar à perda
Raiva
Dano ou injustiça
Proteger a si mesmo ou a entes queridos; Necessidade de lutar por seus direitos
Ansiedade/Medo
Perigo – real ou percebido
Se o perigo for real – defender-se ou fugir! Se o perigo for percebido, parar por um momento para considerar respostas adequadas!
Culpa/Vergonha
Um erro ou mal foi cometido
Refletir sobre e aprender com o evento; Pedir desculpas?; Fazer melhor na próxima vez!
Algo tóxico/contagioso
É necessário cuidado; garantir a segurança!
Nojo 54 | contatovip.com.br
No site da Revista Contato VIP você continua lendo sobre o tema e encontra uma técnica de Mindfulness, que ajuda a melhorar a habilidade de lidar efetivamente com sentimentos difíceis.
FOTO | DANIEL TATSCH
rente ao atual período conturbado, pontuado por incertezas e imprevisibilidades as emoções ficam a “flor da pele”, ou seja, as emoções superam a razão. Antes de falar mais sobre as emoções é importante lembrar sobre a analogia da máscara de oxigênio, quando viajamos de avião os comissários indicam: “Em caso de despressurização as máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Caso esteja acompanhado de alguém que necessite de sua ajuda, coloque sua máscara primeiro para em seguida ajudá-lo.” Se colocarmos a máscara primeiro no filho (ou em qualquer outra pessoa), quando formos colocar em nós mesmos é provável que fiquemos sem ar, e bem… talvez seja tarde, então fica a pergunta: Quem vai tomar conta da criança?
C���la V���r�
PSICOLOGIA E NEUROPSICOLOGIA I CRP 07I 14.855 Mestre em Cognição Humana. Especialista em Neuropsilogia. Formação em TCC infancia/adolescência. Av. Brasil Oeste, 560 - Sala 1701 Ed. Offices Bella Citta - Centro Passo Fundo/RS. cibila.vieira
psicologacibilavieira
(54) 99626-1028 (Agendamento das 8 às 18hs) cibila@terra.com.br