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EMPREENDEDORISMO

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Reconhecimento

Reconhecimento

Allan Costa

} É pai do Lucca e da Mariana. É motociclista, palestrante internacional, empreendedor serial, investidor-anjo, escritor e mentor de startups. É cofundador da plataforma AAA Inovação, ao lado de Arthur Igreja e Ricardo Amorim. É autor do livro "60 Dias em Harvard" e colunista de vários veículos de âmbito nacional. Possui experiência profissional em mais de 50 países. Ocupou a Superintendência e a Diretoria Técnica do SEBRAE/PR, a Diretoria Geral da Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná, a Presidência da Coopercard e, atualmente, contribui com a transformação do Paraná no Estado mais inovador do Brasil na presidência da Celepar - Companhia de Tecnologia do Estado.

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A MELHOR FORMA DE PREVER O FUTURO É CRIÁ-LO

PETER DRUCKER

Você quer construir o futuro?

Ajude a DISTRIBUÍ-LO!

Eu adoro a frase “O futuro já está aqui, só não está igualmente distribuído”, do autor de ficção científica William Gibson. Ele expõe de forma singular e em poucas palavras exatamente como penso. Quando falamos sobre inovação e futuro, é comum nos referirmos a eles como algo único.

A verdade é que não existe apenas um futuro. O que é considerado futuro para algumas pessoas, pode ser presente para outras e até passado para algumas outras. Um exemplo simples: comprar com cartão de crédito pode ser passado para alguém que usa a tecnologia NFC. Pode ser presente para alguém que ainda utiliza cartões para as compras e pode também ser futuro para alguém que nunca teve acesso a esta tecnologia, como ainda é o caso de boa parte da população brasileira.

O mesmo vale para qualquer outra tecnologia. Utilizar blockchain em processos governamentais pode ser algo distante para boa parte dos países, mas é algo já feito na Estônia desde 2012. Carros autônomos podem ser o futuro para boa parte do mundo, mas já são o presente em algumas regiões de San Francisco.

Agora, conectada com o ponto central deste artigo, uma outra frase clássica e até meio clichê, do pai da administração moderna, Peter

Drucker: “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. Assim como a frase de William Gibson, gosto bastante da visão de Drucker pois ela nos força a ver o futuro de forma ativa, não passiva. O futuro não é algo que simplesmente acontece. Ele é construído, todos os dias, por todos nós.

E uma das melhores formas de construir o futuro é distribuí-lo. Boa parte das grandes tecnologias que usamos a todo momento nos dias de hoje já foram coisas de nichos ultra específicos e tremendamente caras. Bill Gates com os computadores pessoais. Steve Jobs com os smartphones. Jeff Bezos com o e-commerce. Lá atrás tivemos Henry Ford com os carros.

Distribuir o futuro não é algo fácil. O primeiro passo é ser capaz de encontrar o futuro no presente. Assim como na frase de Gibson, o futuro já está aqui, só não está distribuído igualmente. Dessa forma, é importante saber ler o futuro que já chegou, mas ainda precisa ser distribuído. Este é o caso de diversas tecnologias e tendências, como blockchain, internet das coisas, inteligência artificial e cibersegurança.

Todos sabemos que elas serão indústrias cada vez mais demandadas e importantes nesta próxima década. E elas já estão aqui. A questão é que boa parte dessas aplicações ainda não estão distribuídas e disponíveis para boa parte da população em geral. Elas ainda estão em nichos específicos e, em sua maioria, são exclusivas para entusiastas ou grandes empresas.

Quer construir o futuro? Comece por encontrá-lo ainda no presente, enquanto ainda está presente em nichos e é utilizado por alguns usuários apaixonados, onde bastante dinheiro já é gerado, mas ainda sem chamar a atenção do público em geral. E então pense em como você pode distribuí-lo antes dos outros.

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