Contra o aborto (A Favor da Vida)

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CONTRA O ABORTO A FAVOR DA VIDA

POR CARLOS SILVA

Nesta Edição o assunto tratado aqui é no mínimo urgente. Uma pesquisa realizada em um Instituto americano ano passado que pesquisou igrejas sobre o assunto, revelou um número assustador de Cristãos favoráveis ao Crime do Aborto. O que pode estar ocorrendo na mentalidade dos ''cristãos'' deste século? Será falta de instrução bíblica? Ou efeito da propaganda massiva de ativistas pró aborto na mídia secular? Acho, que as duas coisas. Portanto, é Necessário nestes dias buscarmos mais conhecimento bíblico e filosófico sobre temas como este. Saber a visão de Deus sobre o assunto e nos posicionarmos do lado certo. Esperamos sinceramente, poder através desta revista, contribuir para nosso conhecimento e tomada de posição. Em favor da Vida, dando voz aos que ainda não podem tê-la.


O Cristão e o Aborto. (As Raízes do Mal) POR: ANTÔNIO VITOR

A demanda por aborto não é exclusividade de um único país, mas é comum hoje a todo o mundo ocidental. De um lado, certamente, havemos de reconhecer – e é muito importante que se entenda – que políticas a favor da legalização do aborto têm sido cada vez mais impostas verticalmente, a partir de governantes que seguem agendas políticas conscientemente dentro do processo de subversão cultural do Ocidente; de outro lado, devemos reconhecer que tal demanda é apenas a consequência de um longo processo de entropia cultural do mundo outrora cristão. Falha quem resume o problema apenas ao primeiro aspecto, julgando que tudo não passa apenas de uma militância revolucionária em favor de modelos socialistas; nesse sentido, a igreja muito comumente falha ao negar que exista tal militância, entendendo o problema como exclusivamente cultural. Mas é fato que a agenda revolucionária tem o único propósito de forçar, de impulsionar os resultados desse descarrilamento intelectual e espiritual do Ocidente. Os revolucionários, de certa forma, querem acelerar o processo que muitos deles creem ser a consumação dos tempos do humanismo. A demanda por aborto não surgiu por coincidência: ela é fruto de uma cosmovisão. Deus está Morto Francis Schaeffer entendeu que a cosmovisão naturalista-materialista é incapaz de prover dignidade ao homem, ou mesmo de garantir o sonho iluminista de “direitos humanos”. Se Deus não existe, se o universo é movido por forças mecânicas impessoais, segue-se que não existe espaço para o indivíduo humano. O abandono de Deus significa também a desumanização do homem. Hoje, o homem não é mais Imago Dei; antes, ele é visto como ...

um animal, um macaco com cérebro avantajado, ou, como no caso das teorias comportamentalistas dos psicanalistas, uma espécie de “máquina biológica”. A definição de vida e de humano perdese nessa falta de padrão absoluto, e, por essa razão, vários abortistas desumanizam os bebês em gestação, tratando-os como “amontoados de células”. Cortá-los em pedaços com tesouras cirúrgicas acaba sendo como cortar uma laranja. Se há um grande evento que explique a demanda por aborto, é a “morte de Deus” percebida por Nietzsche. Ao contrário do que muitos conservadores costumam pensar, Nietzsche não “matou Deus”. Nietzsche jamais acharia que Deus realmente pode morrer, porque Deus não é físico ou mortal. O filósofo alemão simplesmente percebeu que Deus já estava “morto” para o homem de seu tempo: Deus, mesmo que exista, tornou-se irrelevante para o homem moderno. Isso necessariamente afeta todas as áreas da vida humana e o modo pelo qual o homem se relaciona com o próximo e com a própria realidade. Se o homem não presta contas a Deus e se nada no mundo funciona segundo um propósito por ele criado, é necessário reinterpretar todas as relações humanas. Na melhor das hipóteses, o casamento em um mundo onde Deus não existe acaba tendo uma função “social” de educar crianças para a vida em “sociedade” ...


algo que o marxismo há muito deseja corrigir com a possibilidade da tutela das crianças pelo próprio Estado em creches, como hoje acontece na Coréia do Norte. Mas à medida em que a religião se tornou cada vez mais irreal para o homem moderno, o casamento deixou de ser um pacto entre um homem e uma mulher que tornar-se-iam uma só carne diante do Deus Triúno, passando a ser um contrato: “você me dá prazer e felicidade e eu te dou o mesmo”. Se você não está feliz no casamento, divorcie-se. Este é o conselho oferecido pela nossa cultura. O casamento torna-se um objeto de consumo. Necessariamente, o mesmo efeito estende-se a todas as relações sociais, incluindo a maternidade. Num mundo extasiado pelo entretenimento e pela busca do prazer momentâneo e nauseante, o casamento e a maternidade tornam-se pouco atrativos. Na verdade, tornam-se mesmo empecilhos indesejáveis para as fracas mentes jovens. Isso envolve também um outro efeito da morte de Deus: a insegurança sobre o futuro, a ausência de Providência divina. É por isso que alguns abortistas argumentam que um filho em determinado momento da vida pode atrapalhar os planos futuros, as realizações profissionais, etc. Isso significa, em parte, negar a Providência de Deus. Devemos nos perguntar – e incluímo-nos nesta pergunta também – se essa mesma mentalidade ateísta não está hoje presente em parte da cultura contraceptiva de muitas famílias cristãs. Será que essa cultura que demanda por aborto, por uma vida livre de responsabilidades e esforço, tem algum reflexo na igreja de Cristo? Semelhantemente, sem Deus, o Estado toma o papel de predestinador da vida humana. Se Deus não é predestinador, o Estado assume a função divina de conduzir a humanidade a um propósito preordenado. O controle populacional torna-se necessário e desejável. Se o mundo está superpopuloso, como advoga a teoria malthusiana, liberemos o aborto em nome de “um mundo melhor”. Sabe-se que a Planned Parenthood, recentemente envolvida num escândalo de venda de órgãos de bebês abortados nos EUA, foi criada por uma nazista cujo objetivo era controlar o crescimento populacional de negros nos EUA. Se Deus está morto, o homem é livre para ser o predestinador de si mesmo.

PIXABAY - (Imagem da Internet)

A Escritura testemunha que o desejo de ser livres de Deus

tenta

a

humanidade

tempos:

mais

precisamente, desde o jardim do Éden. Em Gênesis 3, a serpente diz a Eva que Deus lhe proibira de comer o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal porque “Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus” (Gn 3:5). Esse é o conceito de liberdade da serpente: liberdade de Deus, para ser deuses para si mesmos. Eva e Adão desejaram ser deuses para si mesmos, descobrindo, sem Deus, o que era o bem e o mal. Mas a princípio, Eva precisou apartar-se da pressuposição de que o universo fora criado por Deus para uma possibilidade aprioristicamente antinomista: “é bom que eu seja livre para conhecer por mim mesma”. Eva lançou a determinação de Deus sobre a malignidade daquele ato para a esfera da mera “opinião”, crendo que os conceitos de bem e mal fossem ideias “platônicas” (anacronicamente falando) autoexistentes e independentes dEle. O desejo de ser livres de Deus foi herdado por toda a humanidade na depravação total que nos aborrece. Deus, sob esse ponto de vista, é o vilão, o tirano que tira do homem sua liberdade de autodeterminação.


E a “morte de Deus”, no Ocidente, nada mais é do que a manifestação do pecado original em nossos tempos. Nessa tendência, a Nova Esquerda e alguns libertários estão unidos (nem todos os libertários são favoráveis ao aborto). Segundo o argumento de Murray Rothbard, emThe Ethics of Liberty [A Ética da Liberdade], o feto deve ser visto (1) como um invasor que a mulher tem o direito ou não de permitir a estadia dentro de si; (2) como incapaz de ser o agente de um "contrato" (sic), de forma que o aborto não seria uma quebra de contrato; (3) razão pela qual exigir que a gestação seja mantida significaria prender a mulher num contrato de escravidão; (4) e que o feto, mesmo que seja considerado humano, não pode ser mantido exceto pelo consentimento da mãe, porque nenhum ser humano tem o direito de ser "parasita" [sim, ele usa este termo] de outro, i.e., se um ser humano adulto não tem esse direito, então o bebê em gestação também não tem. Rothbard, citando a professora Judith Thomson, chega a questionar a doutrina do "direito à vida", porque este pressuporia a obrigação de outrem prover o sustento para a vida de um indivíduo – virtualmente, todos –, e que ninguém tem essa obrigação absurda. Esse famoso libertário, a despeito de suas opiniões corretas e úteis no campo econômico, dá ao indivíduo o tipo de liberdade que a serpente ofereceu a Eva. Por isso, com propriedade, afirmamos que sua proposta é diabólica. As relações pessoais são vistas em termos de "contratos", não de Pacto com Deus, imanentizando a soberania e oferecendo ao indivíduo uma experiência atomística. A soberania humana sobre o próprio corpo na verdade é secundária; e trata-se de um equívoco dos próprios conservadores a retirada das esferas da vida do Estado para concedê-las à propriedade privada, pois, agindo assim, continuamos dentro do espectro iluminista, já que as esferas – todas elas – pertencem antes a Deus. A relação familiar, verdadeiro dom divino, é um símbolo da própria Trindade e não é vista dentro do escopo do direito de propriedade privada, mas dentro de um propósito criacional do qual o homem, degenerado por sua natureza totalmente depravada, quer sempre se desfazer.

''“Os cristãos”, diz ele, “criaram o hábito de ir imediatamente aos locais em que os bebês eram abandonados – para serem devorados por cães ferozes, como disse Tertuliano – para recolherem esses recém-nascidos e distribuí-los entre as famílias”. O teólogo afirma ainda que a vitória contra o aborto foi a primeira grande vitória do cristianismo. O aborto era a segunda questão mais importante da igreja, abaixo somente da disputa entre a soberania de Cristo e a soberania do imperador.''

O Sonho Familiar Imagem retirada da internet: Pixabay


Com relação à liberdade, é preciso ter em mente que as pessoas nem sempre se referem à mesma coisa quando se valem do termo. Como R. J. Rushdoony ensina em Roots of Reconstruction [Raízes da Reconstrução], o conceito de liberdade no Ocidente sofreu severas mudanças desde a Idade Média. Para Anselmo, a liberdade do homem consistia em liberdade para praticar o bem. O conceito cristão de liberdade na esfera das relações públicas era basicamente a de liberdade religiosa contra o Estado, resultado de um longo processo histórico de conflitos entre a igreja, príncipes e imperadores. Com o Renascimento, o Iluminismo e a Revolução Francesa, chegando até a Revolução Russa, cada vez mais a liberdade transformou-se numa liberdade contra Deus. Primeiramente, o homem deveria conformar-se com a natureza; e, por sua vez, a moral cristã, sendo “sobrenatural”, tornou-se logo um elemento estranho indigno de influenciar as decisões dos indivíduos e sociedades. Sem reconhecer a doutrina do pecado original, todos os desejos humanos começaram a ser vistos como “naturais”. Um dos primeiros a perceber isso, segundo Rushdoony, foi o Marquês de Sade. Depois dele, Max Stirner zombaria dos homens de seu tempo que, rejeitando a existência de Deus, ainda apegavam-se a qualquer ideia de lei moral. Stirner acusava-os de serem “cristãos enrustidos”. A única consequência lógica para a morte de Deus, então, seria a anarquia. Nietzsche percebeu o mesmo e sonhou com o seu super-homem (Übermensch), além do bem e do mal. Para Nietzsche, o cristianismo era o verdadeiro niilismo, que negava ao homem o desejo de “viver”, segundo sua vontade de poder. Novamente, entendam, Nietzsche inicia sua jornada com o desejo de “vida”. Para o cristianismo, a ideia de pecado aprisionava o homem, visto que a felicidade neste mundo configurar-se-ia como uma impossibilidade, devendo, antes, ser esperada somente no próximo mundo. Os reflexos de sua obra estão presentes em todas as artes no sécuo XX: na literatura, na pintura, no cinema e, como diz Rookmaaker, até mesmo no jazz e em seus descendentes musicais. Esse impulso por uma vida acima do bem e do mal enraizou-se na mentalidade ocidental.

''Igualdade'' A modernidade, como já temos visto, segue a lógica da emancipação. Albert Camus, emO Homem Revoltado, entende que os revolucionários franceses mataram o Rei Luís XVI como uma forma de matar o próprio Deus, porque a autoridade do rei provinha – segundo as doutrinas esposadas – de um direito divino. Luís XVI não era um tirano caricato, mas, nas palavras do mesmo Camus, um homem fraco e bondoso, que tinha o livro Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, como leitura pessoal. O absurdista francês escreveu que “o julgamento do rei é o ponto de partida de nossa história contemporânea. Ele simboliza a dessacralização dessa história e a desencarnação do Deus cristão”. E como cristãos, sabemos que as autoridades instituídas, todas elas, são levantadas por Deus. Matar Deus significa iniciar também uma crise de autoridade. Na perspectiva dos revolucionários, o rei – como o Deus cristão com sua lei sobrenatural – era um usurpador do poder do povo.


A democracia liberal surge, portanto, envolta nessa grande crise de autoridade, na qual Deus foi “morto”. Deus foi sacrificado para que “o povo” ficasse com sua divindade. O igualitarismo radical requer o fim de toda a autoridade, e aquela é a única justiça que o homem sem Deus idealizou. Novamente, voltemos nossos olhos para Adão e Eva no Éden: seu desejo era igualdade com Deus. Adão e Eva precisaram negar a autoridade de Deus em favor de seu desejo por divindade. Depois da muito justa abolição da escravidão – não pouco impulsionada por pregadores como John Wesley e o próprio Charles Spurgeon, já que ela ia de encontro à lei de Deus, e, afinal, concretizada pelo cristão William Wilberforce, na Inglaterra –, os emancipadores seguiram seu curso contra todas as relações sociais que funcionam com qualquer autoridade: a mulher deve ser emancipada do homem; o jovem, do ancião; o trabalhador, do empregador; e assim por diante. Se não há igualdade absoluta, não há liberdade verdadeira, mas opressão. Mas a igualdade absoluta, em si mesma, não passa de uma abstração. O cristianismo, que influenciou o liberalismo original, estabelece, como percebeu Abraham Kuyper, uma igualdade diante de Deus e o regime das leis. Trata-se apenas de um aspecto. No Antigo Testamento, os homens tinham uma quantidade maior de penalidades do que as mulheres em virtude de sua responsabilidade maior. As Escrituras reconhecem a diferença entre os sexos, embora de forma bem diferente do chauvinismo iluminista. A tentativa de igualar homens e mulheres em todos os aspectos acaba tornando-se uma luta contra a própria realidade. E, nesse ponto, a luta revolucionária assume um caráter mais explicitamente herético, deixando à mostra seu ancestral: o gnosticismo. Gnosticismo Um aspecto que devemos enfatizar na questão do aborto é sua proximidade cada vez maior do gnosticismo. Uma das diferenças entre homens e mulheres está justamente na maternidade. A maternidade impede uma “igualdade radical”: mães têm licença maternidade, acabam tendo que sacrificar tarefas ou estudos para cuidar dos bebês nos primeiros meses ou anos. A busca por “igualdade”, portanto, passa por uma negação da própria biologia, ...

das relações familiares e dos desejos maternais inatos, vistos como inferiores, escravizadores e malignos. Para muitas mulheres, o aborto é uma questão de liberdade: sobre o próprio corpo; sobre o mundo da necessidade (da obrigação maternal) para com o filho e a consequente necessidade do casamento. No fim das contas, a liberdade exigida pelas feministas torna-se uma luta contra a realidade criada por Deus: a realidade é má e a biologia é um fator desfavorável à mulher, como se ambas (a realidade e a biologia) tivessem sido criadas por um deus maligno. As semelhanças dessa mentalidade com o gnosticismo original não são poucas, tampouco são coincidências. Necessariamente, o movimento feminista se lança numa luta por androginia, a fim de retirar das mulheres a identidade materna; e os gnósticos, por seu turno, como vê-se no Evangelho de Tomé, defendiam a androginia como um ideal do asceta e criam num deus andrógino. De semelhante modo, os cátaros, que tinham um forte viés gnóstico, eram avessos à procriação. Portanto, os cristãos estão lidando com um problema, sobretudo, de natureza espiritual. A associação entre feminismo e gnosticismo está muito além do que a da mera aparência. Os teólogos liberais têm confessadamente buscado fontes gnósticas em sua reinvenção do cristianismo.


A teologia feminista por trás da ordenação de mulheres tem colocado os apócrifos como fonte de autoridade e retalhado o Antigo Testamento, também a exemplo dos primeiros gnósticos. A luta pela legalização do aborto e por liberdade absoluta nada mais é do que o efeito do pecado original nos nossos tempos. Essa luta é sobretudo uma luta contra Deus e sua Lei. Uma revolta primordial que diz respeito ao que há de mais básico no coração. Cristianismo e o Aborto R. J. Rushdoony, em O Ateísmo da Igreja Primitiva, descreve brevemente sobre a luta dos primeiros cristãos contra o aborto praticado no Império Romano como uma de suas grandes batalhas. “Os cristãos”, diz ele, “criaram o hábito de ir imediatamente aos locais em que os bebês eram abandonados – para serem devorados por cães ferozes, como disse Tertuliano – para recolherem esses recém-nascidos e distribuí-los entre as famílias”. O teólogo afirma ainda que a vitória contra o aborto foi a primeira grande vitória do cristianismo. O aborto era a segunda questão mais importante da igreja, abaixo somente da disputa entre a soberania de Cristo e a soberania do imperador. Precisamos ter em mente que a legislação que pune o aborto no Ocidente é única na história da humanidade. Rushdoony, em suas aulas, reiterava como todos os povos, embora tivessem algumas proibições à prática, não opunham-se a elas em princípio. Quando os inimigos de Cristo forçam a aprovação de leis pró-aborto, eles estão atacando uma bandeira tipicamente cristã. Agenda Revolucionária João Calvino disse que o verdadeiro pastor “tem duas vozes: uma para chamar as ovelhas e outra para espantar os lobos devoradores.” O cristão não pode fingir que essas ideias têm se espalhado por todo o Ocidente por acidente. Há uma estrutura comprometida com esse processo. O ministro do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso tem ligações com George Soros, recentemente denunciado por todo o mundo por financiar grupos de esquerda e influenciar políticas de seu interesse. A educação pública tem sido, há muito tempo, a maior arma na difusão da religião do homem caído.

Paralelamente, as artes têm servido como ponta de lança, ocupando uma esfera onde os cristãos não têm influência, defeito denunciado por Schaeffer e Rookmaaker. Cientistas e médicos como o dr. Drauzio Varela, que por vezes parece mais preocupado em envolver-se com questões éticas do que as que são de sua especialidade, têm sempre apelado ao esquema fato-valor denunciado por Nancy Pearcey, em A Verdade Absoluta. Eles julgam-se mais neutros, cobram-nos autoridade, mas quando dizem que o aborto é questão de “saúde pública”, ou que o aborto deve ser legalizado para o “bem” das mulheres que abortam clandestinamente, além de incorrerem em falácias grosseiríssimas, apelam eles mesmos conceitos de bem e mal que sua cosmovisão simplesmente não suporta! Se Deus não existe, não há bem algum em ajudar ou prejudicar quem pratica o aborto. Tal é sua inconsistência e sua falsa piedade! Os valores religiosos e cristãos são deixados fora do debate como subjetivos, particulares, sem legitimidade nas questões “éticas” dos nossos tempos. E os cristãos historicamente são corresponsáveis por isso – desde que, pela ascensão do pietismo, nos acomodamos na zona de conforto da “tolerância estatal” de nossa própria existência como um departamento de Estado encarregado de criar não bons cristãos, mas cidadãos obedientes ao deusEstado – por termos abandonado aquela vocação puritana que tanto influenciou os EUA e que até hoje serve como contrapeso aos abusos do estatismo.


Nossos países estão secularizados; nossas universidades,humanistas. Cornelius Van Til ressaltou a importância de educadores cristãos para enfrentarmos as presunções humanistas e trazer o cristianismo de volta à batalha. O homem ocidental está confuso, perdido por falsos messias, cego para o próprio pecado. Sobre a modernidade, é elucidativo o comentário de Guilherme Groen Van Prinsterer, intelectual e estadista holandês, que influenciou Abraham Kuyper, no livro “Incredulidade e Revolução”,-de-1845. “Para podermos medir o peso real da influência fatal deste século [século XVIII], devemos ter presente que o que ele fez foi converter o bem em mal. Me refiro a seu programa em favor da 'justiça', da 'liberdade', da 'tolerância', da 'humanidade' e da 'moralidade'. A princípio esta era se vestiu com estas ideias, assim como Satanás pode se disfarçar de anjo de luz. Estas ideias não foram cultivadas em seu próprio campo, mas em terreno cristão. Uma vez que a ortodoxia não foi capaz de preservar sua rica herança, caiu nas mãos dos filósofos, e o que eles fizeram com ela? Apesar de toda a jactância deles, estes tesouros arruinaram-se sob sua administração, coisa que não deve assombrar-nos. Querer reter as conclusões, abandonando as primeiras premissas; reter as águas enquanto tapam a fonte. Querer desfrutar da sombra, enquanto cortam os galhos da árvore. É de esperar-se que plantas que cresceram às margens da correnteza do evangelho se sequem se as transplantarmos para a terra seca. Pior ainda, em um terreno venenoso como o do ateísmo, as plantas se converteram em vegetais que, embaixo de suas cores brilhantes e doces fragrâncias, escondem toxinas mortais. As ideias de liberdade, tolerância, etc. – palavras mágicas que o homem pensou resumir como cume da sabedoria e da felicidade – foram destruídas, desmoronando como meras palavras. De tal forma que não apenas não se cumpriram as promessas, mas que ocorreu exatamente o contrário. A injustiça suplantou a justiça; a coerção, a liberdade; a perseguição, tolerância; a barbárie, a humanidade; e a decadência, a moralidade.”

''O aborto é a soma de dois crimes, pois não se limita à atrocidade de negar luz a uma existência, como também tenta legitimar a mais bárbara dentre as covardias, chegando ao ponto de bestializar a surda e cega consciência daqueles que o aprovam!'' Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor Promoção

Este livro é composto por uma coletânea formada de artigos inéditos e de uma seleção dos artigos mais relevantes que a autora já escreveu em seu prestigiado blog. Nele Norma Braga submete temas como politicamente correto, “cubanização”, “totalitarismo da vítima”, homofobia, sexualidade, casamento, justiça social, infanticídio, ateísmo, racismo, pedofilia e arte moderna a uma crítica rigorosa a partir do referencial dos valores cristãos e do bom senso. Ao analisar as mais estranhas ideias defendidas por líderes evangélicos em tempos recentes, Norma trata com imparcialidade conceitos similares e atuantes dentro do arraial evangélico. Para os evangélicos esquerdistas que acham que a crítica contra aborto, feminismo, lobby gay, socialismo, marxismo e outros itens caros à agenda da esquerda é coisa de pastores e teólogos machistas, este livro vai cair como uma bomba no quintal deles.


Dois pontos cruciais sobre o Aborto Por: Augustus Nicodemus Lopes

A Legislação sobre o Assunto O artigo 128 do Código Penal brasileiro (que é de 1940) permite o aborto quando há risco de vida para a mãe e quando a gravidez resulta de estupro. Porém, apenas sete hospitais no pais faziam o aborto legal. Esse ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a obrigatoriedade de o SUS (Sistema Único de Saúde) realizar o aborto nos termos da lei. O projeto, porém, permite ao médico (não ao hospital) recusar-se a fazer o aborto, por razão de consciência – um reconhecimento de que o assunto é polêmico e que envolve mais que procedimentos médicos mecânicos. Por exemplo, o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, disse ser contrário à lei e comparou aborto a um assassinato. Além disto, médicos podem ter uma resistência natural, pela própria formação deles (obrigação de lutar pela vida). “O juiz que autoriza o aborto é coautor do crime. Isso fere o direito à vida”, disse o desembargador José Geraldo Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo (22/09/97). Segundo ele, o artigo 128 do Código Penal não autoriza o aborto nesses casos, mas apenas não prevê pena para quem o pratica. No momento, existem projetos de ampliar a lei, garantindo o aborto também no caso de malformação do feto, com pouca possibilidade de vida após o parto. O Ensino Bíblico O assunto é particularmente agudo para os cristãos comprometidos com a Palavra de Deus. É verdade que não há um preceito legal na Bíblia proibindo diretamente o aborto, como "Não abortarás". Mas a razão é clara.

Era tão inconcebível que uma mulher israelita desejasse um aborto que não havia necessidade de proibi-lo explicitamente na lei de Moisés. Crianças era consideradas como um presente ou herança de Deus (Gn 33.5; Sl 113.9; 127.3). Era Deus quem abria a madre e permitia a gravidez (Gn 29.33; 30.22; 1 Sm. 1.19-20). Não ter filhos era considerado uma maldição, já que o nome de família do marido não poderia ser perpetuado (Dt 25.6; Rt 4.5). O aborto era algo tão contrário à mentalidade israelita que bastava um mandamento genérico, "Não matarás" (Êx 20.13). Mas os tempos mudaram. A sociedade ocidental moderna vê filhos como empecilho à concretização do sonho de realização pessoal do casal, da mulher em especial, de ter uma boa posição financeira, de aproveitar a vida, de ter lazer, e de trabalhar. A Igreja, entretanto, deve guiar-se pela Palavra de Deus, e não pela ética da sociedade onde está inserida. A Humanidade do Feto Há dois pontos cruciais em torno dos quais gira as questões éticas e morais relacionadas com o aborto provocado. O primeiro é quanto à humanidade do feto. Esse ponto tem a ver com a resposta à pergunta: quando é que, no processo de concepção, gestação e nascimento, o embrião se torna um ser humano, uma pessoa, adquirindo assim o direito à vida? Muitos que são a favor do aborto argumentam que o embrião (e depois o feto), só se torna um ser humano após determinado período de gestação, antes do qual abortar não seria assassinato.

Por exemplo, o aborto é permitido na Inglaterra até 7 meses de gestação. Outros são mais radicais. Em 1973 a Suprema Corte dos Estados Unidos passou uma lei permitindo o aborto, argumentando que uma criança não nascida não é uma pessoa no sentido pleno do termo, e portanto, não tem direito constitucional à vida, liberdade e propriedades. Entretanto, muitos biólogos, geneticistas e médicos concordam que a vida biológica inicia-se desde a concepção.


As Escrituras confirmam este conceito ensinando que Deus considera sagrada vida de crianças não nascidas. Veja, por exemplo, Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Jr. 1.5; Mt 1.18; e Lc 1.39-44. Apesar de algumas dessas passagens terem pontos de difícil interpretação, não é difícil de ver que a Bíblia ensina que o corpo, a vida e as faculdades morais do homem se originam simultaneamente na concepção. Os Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, reconheceram esta verdade, como aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente de Alexandria e outros. No Império Romano pagão, o aborto era praticado livremente, mas os cristãos se posicionaram contra a prática. Em 314 o concílio de Ancira (moderna Ankara) decretou que deveriam ser excluídos da ceia do Senhor durante 10 anos todos os que procurassem provocar o aborto ou fizesse drogas para provocá-lo. Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306) havia excluído até a morte os que praticassem tais coisas. Assim, a evidência biológica e bíblica é que crianças não nascidas são seres humanos, são pessoas, e que matá-las é assassinato. A Santidade da Vida O segundo ponto tem a ver com a santidade da vida. Ainda que as crianças fossem reconhecidas como seres humanos, como pessoas, antes de nascer, ainda assim suas vidas estariam ameaçadas pelo aborto. Vivemos em uma sociedade que perdeu o conceito da santidade da vida. O conceito bíblico de que o homem é uma criatura especial, feito à imagem de Deus, diferente de todas as demais formas de vida, e que possui uma alma imortal, tem sido substituído pelo conceito humanista do evolucionismo, que vê o homem simplesmente como uma espécie a mais, o Homo sapiens, sem nada que realmente o faça distinto das demais espécies. A vida humana perdeu seu valor. O direito à continuar existindo não é mais determinado pelo alto valor que se dava ao homem por ser feito à imagem de Deus, mas por fatores financeiros, sociológicos e de conveniência pessoal, geralmente utilitaristas e egoístas.

Em São Paulo, por exemplo, um médico declarou "Faço aborto com o mesmo respeito com que faço uma cesárea. É um procedimento tão ético como uma cauterização". E perguntado se faria aborto em sua filha, respondeu: "Faria, se ela considerasse a gravidez inoportuna por algum motivo. Eu mesmo já fiz sete abortos de namoradas minhas que não podiam sustentar a gravidez" (A Folha de São Paulo, 29 de agosto de 1997). Conclusão Esses pontos devem ser encarados por todos os cristãos. Evidentemente, existem situações complexas e difíceis, como no caso da gravidez de risco e do estupro. Meu ponto é que as soluções sempre devem ser a favor da vida. C. Everett Koop,ex-cirurgião geral dos Estados Unidos, escreveu: “Nos meus 36 anos de cirurgia pediátrica, nunca vi um caso em que o aborto fosse a única saída para que a mãe sobrevivesse”. Sua prática nestes casos raros era provocar o nascimento prematuro da criança e dar todas as condições para sua sobrevivência. Ao mesmo tempo, é preciso que a Igreja se compadeça e auxilie os cristãos que se vêem diante deste terrível dilema. Condenação não irá substituir orientação, apoio e acompanhamento. A dor, a revolta e o sofrimento de quem foi estuprada não se resolverá matando o ser humano concebido em seu ventre. Por outro lado, a Igreja não pode simplesmente abandonar à sua sorte as estupradas grávidas que resolvem ter a criança. É preciso apoio, acompanhamento e orientação.



Série Mártires

Nenhum cristão que se preze e tenha o mínimo de conhecimento da história da Igreja primitiva, pode negar que Paulo foi um dos homens mais importantes para o cristianismo. Isto é notório devido as diversas contribuições do Apóstolo, tanto na divulgação e propagação do evangelho quanto na produção de seus escritos. Dos 27 livros do Novo Testamento pelo menos 13 são atribuídos a ele. (Sha´ul) ou Saulo que era seu nome Hebraico, foi um árduo perseguidor da Igreja nos primeiros anos do cristianismo, tendo contribuído para a morte de Estevão o Diácono e a prisão de diversos outros irmãos (E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.)Atos 08:03 Após ter tido um encontro miraculoso com Cristo a caminho de Damasco, teve sua vida transformada, e passou de perseguidor a defensor e perseguido pela fé. (E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?) Atos-9:3,4. - (Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.) Atos 09:15,16 Fundou diversas igrejas em todo Império romano, e durante toda sua vida levou as marcas de Cristo, sofrendo perseguições e injúrias pelo nome de Cristo. Foi preso diversas vezes e entre 64 e 67 DC. Foi martirizado pelo Imperador Nero – decapitado à espada ''depois de ter orado, deu seu pescoço à espada'' (O livro dos Mártires – p/10)


Há algo maravilhosamente único acerca dos pais Cristãos. Pais Cristãos buscam manter uma tendência contracultural, até mesmo enquanto procuramos preparar nossos filhos para serem inseridos na cultura, como adultos plenamente funcionais. Eles buscam preparar seus filhos para a vida na terra, ao mesmo tempo em que procuram prepará-los para a vida no céu. Pais Cristãos enxergam seus filhos como dádivas concedidas, e também compreendem a sua responsabilidade como cuidadores (“mordomos”). Eles são “nossos filhos”, contudo, também reconhecemos que eles pertencem a outro – o seu Pai Celestial. Ser um pai ou uma mãe Cristãos é uma empreitada ímpar e singular, sendo eles um tipo raro. Aqui estão algumas das coisas que tornam os pais Cristãos algo único, neste mundo caído: 1. Pais Cristãos procuram amar seus filhos, mas não adorá-los ou venerá-los. Eles têm os nossos corações, mas eles não podem dominar as nossas almas. Nós vivemos para Deus, e não para os nossos filhos.

3. Pais Cristãos procuram encorajar um padrão, e não buscar a perfeição. Até mesmo quando nós lhes apontamos para a Lei de Deus, nós sabemos que eles irão falhar várias vezes. A graça de Deus transbordou sobre nós, e nós devemos transbordar graça sobre eles. 4. Pais Cristãos almejam ver seus filhos sendo bem sucedidos, mas não de acordo com os padrões estabelecidos pelo mundo. O sucesso, aos nossos olhos, difere do sucesso aos olhos do mundo. O sucesso que preenche as nossas almas com deleite é espiritual, acima de todos os outros. 5. Pais Cristãos olham para o futuro dos seus filhos, mas não para aquele que é meramente aqui, nesta terra. Conforme criamos nossos filhos, nós os estamos treinando para a eternidade. Nós temos nossos olhos na eternidade, e estamos buscando ajustar os olhos deles na eternidade.

inculcar apenas

6. Pais Cristãos desejam que seus filhos sejam felizes, mas não às custas da santidade.

Conformidade aparente não é o nosso objetivo. Nós desejamos ver os seus corações mudados e renovados no Senhor.

Que bênção é assistir os nossos filhos desfrutarem da vida, mas nós desejamos uma alegria que decorre da santidade e da vida piedosa.

2. Pais Cristãos procuram princípios morais, e não moralidade aparente ou externa.


7. Pais Cristãos querem que a vida dos seus filhos seja aliviada, mas não desprovida de provações. Os cuidados e preocupações do mundo são pesados, e nós gostaríamos, à medida do possível, que os ombros dos nossos filhos fossem aliviados deles, mas não às custas do seu crescimento em Cristo. Nós sabemos que as provações moldam o caráter e estamos dispostos a sofrer, conforme observamos os nossos filhos sofrerem, para que um fim maior seja realizado na nossa vida e na deles. 8. Pais Cristãos esperam que seus filhos se adaptem ao seu mundo, mas que não se sintam confortáveis nele. Os nossos filhos vivem neste mundo, mas esperamos que apenas como peregrinos e forasteiros. Pela graça de Deus, nós esperamos que eles estejam desconfortáveis aqui, pois eles estão em seu percurso para a cidade celestial. 9. Pais Cristãos encorajam os seus filhos a perseguirem a humildade, até mais do que a autoconfiança. A autoconfiança é boa, mas não se ela triunfa sobre a humildade. A humildade é boa, até mesmo quando ela triunfa sobre a autoconfiança.

10. Pais Cristãos ensinam os seus filhos a buscarem a resposta fora de si mesmos, ou seja, em Cristo, ao invés de olharem para dentro de si mesmos. Buscar a Deus, em Cristo, é a sua única esperança. 11. Pais Cristãos encorajam os seus filhos à independência, mas apenas conforme eles crescem na dependência do Senhor. Nenhum de nós é verdadeiramente independente, e precisamos ensinar esta verdade para os nossos filhos. Conforme eles crescem em independência, em relação aos seus pais, a nossa espectativa é que eles estejam crescendo em uma ardende dependência no Senhor. 12. Pais Cristãos valorizam a vontade de servir mais do que o seu anseio de liderar. A liderança Cristã revira tudo de cabeça para baixo. Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos. 13. Pais Cristãos valorizam o caráter mais do que as conquistas. O valor do caráter prevalece sobre o das conquistas na “economia” de Deus, e portanto também em nossa missão como pais Cristãos.


ARTIGOS

14. Pais Cristãos aprovam que os seus filhos olhem para o seu Pai no céu mais do que para o seu pai e mãe na terra. Nós prontamente apontamos para fora de nós mesmos. Eles têm um Pai Celestial mais seguro e fiel do que nós. 15. Pais Cristãos buscam treinar os seus filhos para colocar os outros antes de si mesmos. Amor sacrificial domina a nossa fé, e nós desejamos que isto também os domine. 16. Pais Cristãos oram por seus filhos. Ser um pai ou uma mãe Cristãos não é um empreendimento solitário. Se fosse, nós falharíamos. Ao invés disso, nós temos um Pai Celestial que cuida de nós, ouve as nossas orações, e ama conceder boas dádivas aos Seus filhos. Nós erguemos nossos filhos, em oração, na esperança deles serem os Seus filhos, e na expectativa de que Ele irá cuidar deles, assim como Ele cuida de nós. Autor: Jason-Helopoulos Fonte: The Christward Collective Tradução: Os Puritanos Promoção

Se você deseja ver seus filhos seguindo a Jesus, mas não sabe como liderar espiritualmente sua família, leia este livro. Ele foi escrito justamente para pais que desejam de todo o coração discipular seus filhos, mas não sabem como fazê-lo. Ao ler este livro, você entenderá quantas vezes ficou aquém do plano de Deus para o discipulado da família.

Imagem: Pixabay

“Eis aqui um livro prático e empolgante que incentiva os pais a conquistar o coração dos filhos com verdade e graça. Numa época em que a verdade é tão ignorada ou desprezada, é animador encontrar um livro escrito por pais comuns e desejosos de ver sua família santificada pela verdade. Thompson escreve com uma delicadeza que nos faz lembrar que a paternidade é fruto das suaves misericórdias de Cristo.” Joel Beeke, presidente do Puritan Reformed Theological Seminary. (Vida Nova Edições)


ABORTO

Imagem da Internet - Ilustração: Aborto

Aborto: Um Contrassenso Fatal

Por: Anderson Barbosa Paz

A prática do aborto é uma ação recorrente na sociedade. Sua repetição, porém, não a torna livre de controvérsia, mas lança luz sobre a necessidade de se investigar seus subsídios, científicos e filosóficos, que, supostamente, justificam tal atitude. Inicialmente, Geisler (2010, p. 153) explica que há três posições básicas sobre o aborto. A primeira diz que os nascituros são subumanos, o que possibilita a prática indiscriminada de aborto. Outros entendem que os nascituros são plenamente humanos e não aceitam a prática do aborto. Por fim, há os que argumentam que os nascituros são potenciais humanos, podendo o aborto ser praticado em situações específicas.

No presente texto, contrapor-se-á a primeira posição com a segunda, defendendo-se essa última, de que o feto é um ser humano que ainda não se desenvolveu de todo, mas que não pode ser abortado, isto é, sua vida deve ser-preservada. Em geral, os pró-aborto pressupõem que o nascituro não é uma pessoa humana real. Segundo Geisler (2010, p. 155), argumentam que o bebê não é um ser humano até possuir autoconsciência; que ele é uma extensão do corpo da mãe, de modo que ela tem o poder de decidir sobre seu corpo, inclusive sobre a do feto; que as mulheres devem ser protegidas da precariedade de clínicas abortivas ilegais; que as crianças não planejadas e indesejadas poderiam ser prevenidas de negligência; que fetos de má formação devem ser evitados para a preservação da raça humana; que se é impossível saber quando a vida começa; que o conceito de pessoa é um consenso social, implicando que o indivíduo só se torna pessoa quando a sociedade o aceita assim. Vejamos.


Da-vida-fetal É recorrente o argumento que a ciência prova que o feto não é pessoa. Mas qual a validade desse-argumento? Razzo (2016, p. 75) argumenta que o cientista que observa os processos biológicos de um feto não pode julgar, em termos científicos, a pessoalidade ou impessoalidade de um ente, já que esse é um debate filosófico. Ou seja, o feto não pode ser avaliado, em termos qualitativos, pelos processos biológicos que determinam a dignidade do homem ou seu valor como pessoa. O ponto crítico é a tentativa de se usar da biologia para se legitimar um posicionamento ético-moral. Abortar ou não é uma decisão humana, da bioética (ramo da ética filosófica), não é uma determinação que possa se sustentar sobre-argumentos-científicos. Com efeito, esse é um debate de valor, como aponta Razzo (2016, p. 77): A descrição em termos físicos e biológicos pode explicar como o ser humano funciona em termos físicos e biológicos. Mas não basta para explicar o que o ser humano é. E pela maneira como experimentamos a nós mesmos, podemos concluir que, no que diz respeito ao ser, está implícito um valor. Nesse sentido, os processos biológicos não abrangem a experiência humana subjetiva (consciência), de modo que reduzir a esfera de debate filosófica à biológica é inadequado. Julgar, biologicamente, que o embrião não tem consciência, enquanto valor antropológico, é inferir além do que os processos empíricos analisados podem oferecer. Por isso, “o alguém (a pessoa humana) nunca será um tema da biologia, mas tão somente da antropologia filosófica” (RAZZO, 2016, p. 81).

Com efeito, esse pensamento demonstra uma espécie cruel de seletividade. Ilustrativamente, quando, como pontua Platt (2016, p. 85), a princesa britânica Kate ficou grávida, as pessoas não se referiam a ele como uma “célula embrionária não diferenciada”, nem como “uma massa informe gelatinosa” ou “pedaço de tecido”, mas como um bebê-“real”-(da-realeza). Nessa esteira, pais poderiam ter o direito de abortar caso descubram no ventre da mãe que o filho tem Síndrome de Down, ou alguma doença rara, ou alguma inaptidão física. A permissão de se escolher fetos dentro de um padrão de qualidade tem antecedentes lógicos nas práticas nazistas, eugenista, que pregava uma raça pura, sem imperfeitos ou socialmente inconvenientes. Essa lógica é perversa.

Desse modo, é inválido dizer que o bebê não é, cientificamente, uma pessoa e que tal conceito é-um-consenso-social. Da-engenharia-social A prática abortiva constitui-se um elemento importante de uma “engenharia social”, em que se afirma que algumas pessoas são quem controlam a vida e a morte, de acordo com seus próprios parâmetros.

Como Carvalho (2013, p. 386) diz: Se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.


Como meio de controle de natalidade, apoiada, por vezes, pelos responsáveis de clínicas de aborto, que lucram muito onde tal prática é legalizada, a prática abortista serve a interesses escusos que se conglomeram na determinação do direito básico à vida. Nas palavras de Venâncio (2012, p. 113),A lógica do aborto é sempre reificadora. No limite, pronunciar sentença de morte sobre um feto ou um idoso por doença é condenar a humanidade inteira, imperfeita, ao aniquilamento. Assim é que, todos os dias, em países que acolheram o aborto e a eugenia, somos postos fora displicentemente, como aparelhos danificados que não prestam mais. Então, o aniquilamento de fetos mal formados para preservar a raça humana e a propagação de clínicas de aborto para sanar a precariedade do ato abortista são argumentos de finalidade obtusa e que servem a grupos que pensam em: ou remodelar a sociedade ou lucrar às custas de indefesos. Do-direito-de-escolha É sabido que o Estado deve intervir em situações de flagrantes ameaças contra a vida da alguém. Com isso, ninguém pode ter o direito de planejar sobre o modo de por fim a vida de outrem. Com a fecundação já existe um organismo vivo que, se for lhe dada a possibilidade de se desenvolver, tornar-se-á um adulto de sua espécie. Segundo Craig (2010, p. 126), o embrião humano tem autonomia completa do esperma e do óvulo não fertilizado. A combinação entre esses formam uma nova célula viva que é um indivíduo singular que nunca existiu antes e doutro modo jamais existiria. Conforme Geisler (2010, p. 160), a partir da concepção, o feto passa a ter seu próprio sexo. Dos quarenta dias da concepção, eles possuem as próprias ondas cerebrais individuais. Em poucas semanas da concepção, os fetos possuem seu próprio tipo de sangue e impressões digitais. O bebê em formação é um “totalmente outro” em relação à mãe, ainda que ligado a ela para sua sobrevivência. Como o desenvolvimento do feto é contínuo, não há ponto em que se possa alegar que o mesmo não é humano e pode ser interrompido. Traçar uma linha que defina um feto já ser humano de um que não é, constitui-se em uma arbitrariedade.

De acordo com Craig (2010, p. 129), “desde o momento de sua concepção e implantação na parede do útero da mãe, o feto nunca é uma parte do corpo da mãe, mas é um ser vivo biologicamente distinto e completo”. Ilustrativamente, Platt (2016, p. 87) conta a história de Rachel, descrita por Gregory Koukl: Rachel nasceu prematura na 24ª semana de gestação da mãe. De tão pequena cabia na palma da mão de seu pai. Se um médico entrasse no quarto do hospital e tirasse sua vida na hora da amamentação, configurar-se-ia o homicídio. Entretanto, se a mesma menina estivesse no útero de sua mãe, a centímetros de distância, ela poderia ser, de acordo com o pensamento próaborto, morta para ser retirada sem que houvesse ilegalidade.A contradição é que, por vezes, os defensores do aborto não o aceitam se forem aplicados aos animais, especialmente se estiverem ameaçados de extinção. O aborto é um assassinato silencioso para muitas pessoas. Segundo Platt (2016, p. 81), além dos fetos impossibilitados de se desenvolverem e nascerem sem nenhuma chance de defesa, muitas mães carregam feridas profundas e cicatrizes amargas em sua vida. De fato, o aborto legalizado é promovedor de mortes, de mães e fetos. Na realidade americana, por exemplo, o doutor Geisler (2010, p. 161) coloca que “o aborto tira a vida de aproximadamente 1.3 milhões de bebês nos Estados Unidos da América a cada ano desde o caso de Roe vs. Wade (1973)”. Agora, por que quem defende o aborto não se coloca no lugar dos fetos que pretende eliminar? Por que quem defende o aborto esquece que também já foi um feto? Na verdade, como argumenta Stott (2014, p. 422), “o aborto induzido é o assassinato de um feto, é a destruição deliberada de uma criança que ainda não nasceu, é um derramamento de sangue inocente”. Portanto, é ilegítimo argumentar que o bebê não é um ser humano por não ter consciência, ou que a mãe pode decidir por abortá-lo, ou que o aborto é um direito pró-liberdade da mãe. Esses argumentos promovem a morte do feto, e, muitas vezes, a morte psicológica ou física da mãe. {BEREIANOS}




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