Marxismo cultural - A Farsa Ateísta (Revista Cristã)

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MARXISMO CULTURAL A FARSA ATEÍSTA

POR CARLOS SILVA

O Tema que trataremos nesta revista é certamente indigesto para muitos cristãos atuais devido, ao enraizamento de muitas ideias que já estão (infelizmente) impregnadas na cultura de nosso país, e que são empurradas goela baixo desde nossa meninice. Seja pela TV, escola, universidades e até mesmo em muitas igrejas evangélicas. O Marxismo cultural é a tentativa de comunização da sociedade através da cultura, usando a estrutura herdada de nossos antepassados para a conquista do poder. Visando um mundo utópico de ´´igualdade´´ e prosperidade. Porém a experiência socialista nos países em que foi implantado se mostrou uma farsa tamanha, e somente produziu mais de 100 milhões de mortos e nações inteiras foram levadas a miséria.(exceto os dominadores, que enriqueceram grandemente e se tornaram milionários, às custas dos povos). Nesta edição trataremos deste assunto afim de nos vacinarmos contra esta doença que infelizmente esta sendo espalhada em nossa nação.


O Perigo do Marxismo Cultural POR BRUNO RAFAEL SOUZA

Nos tempos de efervescência política, onde a crise no país é notória, parece que todos viram especialistas em marxismo, terceira via, direita e esquerda. Outros batizam posições políticas, esquecendo que o cristão reformado vê na Escritura uma cosmovisão completa sobre a vida - incluindo a política. Não podemos comprar pacotes políticos completos. Pensando nisso, quero trazer para nosso texto a questão da cosmovisão cristã x marxismo cultural e suas perigosas consequências. As duas cosmovisões propõem a transformação do mundo. Uma vê essa transformação a partir de agora até a consumação e outra como transformação unicamente agora (isto, a grosso modo). Quando alguém adere qualquer uma das duas visões, será automaticamente amoldado por ela, ou seja, todo seu sistema de valores na vida será afetado. Antes de entrar no marxismo cultual, devemos conceituar o marxismo a partir de Marx. Ele tinha um pensamento de observar o fenômeno religioso demonstrando que através de mudanças na sociedade, tais como aumento da opressão, fome e outros, o ser humano criava um imaginário de fé para se apegar. Isto é normal para o homem na sociedade. Interpretando Marx, G. Reale e D. Antiseri dizem o seguinte: Marx não ironiza o fenômeno religioso, a religião não é para ele a invenção de padres enganadores, mas muito mais obra da humanidade sofredora e oprimida, obrigada a buscar consolação no universo imaginário da fé. Mas as ilusões não se desvanecem se não eliminarmos as situações que as criam e exigem.[1] O

modo

de

produto

da

vida

material

condiciona, em geral, o processo social, político e espiritual da vida.[2]

Segundo esse pensamento, as pessoas tem religião, por conta do produto da vida material, ou seja, o que é palpável socialmente. Logo, o social determina o senso religioso do homem. Então, sendo retiradas as distorções sociais de classes “proletariado e burguesia” que produzem a fome e desigualdade, a religião seria modificada ou finalizada. O contexto dos livros de Marx tem fatores diferentes do nosso tempo, no entanto servem para demonstrar o princípio que ele prega em seu Manifesto Comunista, ficando claro que a solução para as distorções sociais era a busca da transformação através da luta de classes, determinando o sentido de toda existência: Esboçando

em

desenvolvimento

linhas

gerais

proletário,

as

fases

descrevemos

do a

história da guerra civil mais ou menos oculta, que fermenta na sociedade atual, até a hora em que essa guerra explode numa revolução aberta e o proletariado

estabelece

sua

dominação

pela

derrubada violenta da burguesia.[3] Os comunistas não se rebaixam em dissimular suas ideias e seus objetivos. Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta de toda ordem social existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma


revolução comunista! Os proletários não tem nada a perder nela, a não ser suas cadeias. Têm muito a ganhar.[4] Esse é o pensamento Marxista na tese do materialismo científico, grosso modo. Esta é a sua cosmovisão: vê as coisas de baixo para cima, tudo sendo transformado por ela e ela engolindo o aspecto teleológico. O Perigo do Marxismo Cultural. O ponto que vamos salientar parte do pensamento da conquista do ideal comunista não numa guerra de movimento, luta de classes ou retirada do estado à força como pensava Marx, no qual expomos acima, mas numa guerra de posição para transformação do mundo como explicada no livro “A revolução Gramscista no ocidente” que reflete a evolução do pensamento Marxista ou Cosmovisão Marxista a partir de Gramsci: A revolução bolchevique foi vitoriosa na Rússia (Então sociedade oriental), aplicando a estratégia revolucionária Marxista Leninista, caracterizada pelo assalto direto ao Estado, com emprego de violência revolucionária (levante popular).

A

superação

empreendimento

do de

senso

comum

profunda

e

é

um

demorada

Para as sociedades do tipo ocidental, mais

transformação cultural e psicológica da sociedade

complexas e protegidas por forte sistema de

civil como um todo e das classes subalternas em

trincheiras

e

particular. Consiste em apagar certos valores

ideológicas, a guerra de movimento não se

tradicionais e uma parte significativa da herança

mostrará adequada. Nessas sociedades, a luta

cultural (intelectual e moral) da sociedade burguesa

teria que ser semelhante à guerra de posição,

e substituí-las por conceitos novos e pragmáticos,

longa e obstinada, conduzida no seio da

abrindo a mente das pessoas para as mudanças

sociedade

políticas, econômicas, e sociais que farão a transição

e

civil,

de

defesas

para

políticas

conquistar

cada

trincheira e cada defesa da classe dominante

para o socialismo.

burguesa.[5]

É preciso ainda estabelecer um amplo sistema

Como vimos, o pensamento Marxista ou a

orgânico e também espontâneo no interior da

cosmovisão Marxista na voz de Gramsci, vem

sociedade

com tons de transformação primeiramente na

informais, desligados das organizações políticas

sociedade civil, através da implantação de

(Partidos e Estado), por meio do qual se fará a

outro sistema de pensamento, ou seja, senso

penetração dos novos sentimentos, conceitos e

comum, que vem com valores, história e

expectativas. Dentre os canais de difusão do novo

tradições diferentes, e este por meio da

senso comum, em primeiro lugar os meios de

mídia, pensadores, por fim, chegando na

comunicação social (Imprensa, rádio e televisão),

formatação de partidos e tomada total de

mas não excluindo, como igualmente importantes, o

posição sem violência. Em sua totalidade, é a

setor editorial, a cátedra, o magistério, a expressão

troca de uma cosmovisão por outra. Vejamos:

artística e o meio intelectual tradicional.[6]

civil,

abrangendo

variados

canais


Em suma, a troca da cosmovisão atual para uma cosmovisão marxista, é uma mudança de cultura da sociedade perigosíssima, que acontece não pela luta de classes, mas silenciosamente no seio cultural, pois imputa valores sociais que aniquilam ou deixam sem alma a religião cristã. As universidades, a política, as artes, as ciências estão sendo definhadas por esse pensamento marxista. Temos uma troca dos conceitos da família, implantação das ideologias de gênero e casamento anticristão. Para barrar esse andamento, só uma volta da cosmovisão cristã, que seria o senhorio de Cristo em todas as esferas e a religião determinando e transformando o social. Cosmovisão Cristã Podemos fomentar, de início, que a religião deve voltar ao centro da sociedade, criá-la, transformá-la e não ser amoldada por ela. O correto não é o que Marx pensava, o social determinando a religião, mas a religião determinando o social. Kuyper sintetizou o contraveneno com maestria: O impulso religioso do Cristianismo também tem colocado debaixo da sociedade política uma concepção fundamental toda própria dele, precisamente porque ele não apenas podou os ramos e limpou o tronco, mas alcançou a própria raiz de nossa vida humana. Que isto deveria ser assim torna-se imediatamente evidente a todos que são capazes de apreciar o fato de que nenhum esquema político jamais se tornou dominante a menos que tenha sido fundado numa concepção religiosa específica ou numa concepção anti-religiosa.[7] Qualquer sistema político é fundado ou concebido religiosamente ou antireligiosamente. Marx e um dos analistas do seu pensamento – Gramsci - lutam por uma cosmovisão fundada na anti-religião, contra as liberdades humanas e soberania das esferas. Eles querem que todos sejam iguais na ditadura do proletariado, quer por violência armada ou por tomada de posição na implantação do marxismo cultural. Kuyper mais uma vez pode contribuir sobre a liberdade e o fundamento religioso dela habita na soberania de Deus: A Soberania do Deus Triuno sobre todo o Cosmos, em todas as suas esferas e reinos, visíveis e invisíveis. Uma soberania primordial que irradia-se na humanidade numa tríplice supremacia derivada, a saber,

1. A Soberania no Estado; 2. A Soberania na Sociedade; e 3. A Soberania na Igreja. “No Cristianismo encontra-se a origem e a garantia de nossas liberdades constitucionais.” Que o Cristianismo tem levado a lei pública a novos caminhos, primeiro na Europa Ocidental, então nos dois Continentes, e hoje mais e mais entre todas as nações civilizadas, é admitido por todos os estudantes científicos, se não ainda plenamente pela opinião pública.[8] Podemos concluir em cima do pensamento dos autores que colocamos em diálogo, que o Marxismo é uma cosmovisão contra as liberdades, contra a soberania das esferas, impondo valores anticristãos, reduzindo tudo a luta de classes e trazendo como consequência uma religião alienante. Os conceitos deles estão sendo inseridos pelo marxismo cultural e isto pode causar um dano irreparável. No entanto, a cosmovisão cristã é completa, trazendo liberdade, valores saudáveis e frutos de pacificação. Voltando, a questão não é o social determinando o religioso, mas o religioso determinando o social e transformando-o, isto por meio de uma cosmovisão que toque cada ponto da vida.


Contra a idolatria do Estado oferece ao leitor uma oportunidade singular de se posicionar de maneira ativa e consciente no atual cenário político nacional e internacional. Por meio da mensagem evangélica, a “religião do Estado” é confrontada e a ação política cristã é legitimada, ao mesmo tempo que qualquer autoridade humana é submetida à autoridade soberana de Deus, o único a quem devemos culto em todas as esferas de nossa vida. Um estudo embasado em fatos históricos e nas verdades bíblicas. Um livro que nos convida à reflexão ideológica e à tomada de posições políticas coerentes com princípios e valores cristãos" Rachel Sheherazade "O livro de Franklin Ferreira é exemplo de como a teologia pode dialogar com o pensamento público sem ter vergonha de dizer quem é, coisa rara hoje em dia." Luiz Felipe Pondé Saiba mais sobre Editora Vida Nova

o

livro

em: IDEOLOGIA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO ''Como esta doutrinação está sendo introduzida nas escolas e o que pode ser feito para proteger a criança e os pais" Este livro era muito aguardado, por dois motivos. O primeiro é que a autora se destaca no cenário nacional como uma importante ativista pró-mulher e pró-família e também pela luta incessante contra o avanço da ideologia de gênero na sociedade e nas escolas. O segundo é que ainda não se desenvolveu uma literatura desse tipo no Brasil, enquanto a doutrinação do gênero entope as livrarias e a grande mídia. Assim, pelo seu conteúdo, esta obra é única e estabelece um contraponto necessário nesse debate quase unilateral. Seus 18 capítulos desmascaram os propósitos da ideologia de gênero, que sob o pretexto de combater o preconceito e promover o respeito à diversidade, pratica a intolerância e incita o conflito entre pais e filhos. www.marisalobo.com.br


Por que o Marxismo odeia o Cristianismo? POR EGUINALDO HÉLIO SOUZA

O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matálo. Sempre foi assim e sempre será assim. E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?

No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Esta é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real. Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:

As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas. Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.

“O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução”.

E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.

E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo.


Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável. Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência. David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu: “(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé cristã”

É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.

Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista. Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”? “O comunismo é o inimigo satânico do cristianismo – A. W. Tozer”

Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”. (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru: “A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária” Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha. Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso.

Pr. Eguinaldo Hélio Souza

Pastor, jornalista, professor de teologia e história no Vale da Bênção. Palestrante nas áreas de apologética, seitas, escatologia, Israel e vida matrimonial. Colaborador da Bíblia Apologética de Estudos. Articulista das revistas Povos e Apologética Cristã. Criador do curso de Apologética Aplicada pela FAETESF e locutor da rádio Saber & Fé. Autor dos livros Lições de Amor e Novas Lições de Amor (casais), Israel Povo Escolhido, Visitação de Deus e Quem é o Perdido?


A heresia da ideologia Marxista

POR THOMAS MAGNUM

“heresia é a ortodoxia dos perdedores da história.” (Alister McGrath) É bem verdade que heresia é um termo empregado e originário da teologia e que trata de tudo que é contrário a ortodoxia cristã. O conceito de heresia tem sua origem nas Sagradas Escrituras inicialmente como partido ou escolha, facção ou seita, não necessariamente tinha um sentido pejorativo inicialmente, mas no desenvolvimento da própria narrativa neotestamentária temos já uma evolução do conceito para um discurso opositor a doutrina apostólica (Vide segunda epístola de Pedro capítulo 2). Esse termo foi empregado algumas vezes no Novo Testamento e tem uma história complexa ao estudarmos seu fenômeno na história do pensamento cristão ou história da teologia. Ao tratarmos então de ideologia estamos comumente palmilhando no campo das ideias, do conhecimento discorde, do partido optado, da escolha e da escola do discurso. O Conceito de heresia O conceito de heresia na patrística vai se desenvolver de forma mais sistemática e combativa, no que se refere ao corpus doutrinário do Novo Testamento. No entanto a questão herética não restrita ao ataque levantado a cristologia e a trindade que requereu a resposta do concílio de Niceia e os principais concílios da igreja em relação à Trindade e a pessoa de Cristo. Essa oposição é um ofuscamento da importância do cristianismo e do significado que a fé cristã traz a criação.

A fé cristã fornece um modo de “ver” o mundo, o que nos ajuda a dar-lhe sentido e agir dentro dele. O cristianismo faz sentido em si mesmo, e ao mesmo tempo dá sentido ao mundo. Ele nos oferece um modo de ver as coisas que ao mesmo tempo reflete e cria a coesão [...] Nosso modo de “ver” as coisas configura nosso comportamento perante elas. A teologia cristã tem o objetivo de dizer a verdade sobre o que ela vê – e ela vê o mundo de um modo específico: como a criação de Deus.1 Então quando esse ensino cristão é distorcido chamamos isso de heresia. A questão trata de tudo que for ofensivo ao dogma cristão. Ideologia Então ao tratarmos de ideologia como podemos conceituá-la e estabelecer um fio condutor de análise teológico/social do termo e procurar incorporá-lo dentro do espectro de exame de uma teologia filosófica que discirna e viabilize esclarecimento dos possíveis benefícios ou perigos da ideologia? Tratamos então ideologia como um arcabouço construído de ideias que formam uma,cosmovisão. A ideologia tem um fim redentor, o objetivo ideológico é escatológico. E esse ethos angaria canonicidade, tem uma conotação de ideia canônica para que adere o estudo de terminado pensamento o adotando como fonte real da verdade discursada. Há um sem número de correntes ideológicas que se denominam cristãs, será que de fato o cristianismo comunga com ideologias? A esquerda ou a direita política por exemplo? Será que a correta visão do Estado é a visão de um estado cheio, total? Ou de um Estado vazio, menor? Essas são perguntas que devem ser respondidas, porque toda ideologia busca estabelecer um trono, busca soberania ideológica. Minha intenção então é tentar estabelecer uma abordagem à ideologia que a mostre e a compare com a religião ou melhor com a ...


inclinação religiosa para a manutenção do bem ou da vida social, cívica e política. A discussão deve, sem dúvida, ter a teologia como árbitro. Se não utilizarmo-nos de fonte absoluta na regulação da análise, é improvável que consigamos chegar em algum lugar na discussão em pauta. O questionamento de que a teologia não pode ser árbitro de uma ciência política decente é falaciosa, porque se não for a teologia se terá uma outra fonte total de fundamentação que decorre de pressupostos. Logo, a argumentação a partir de um ponto inicial deve ser através da revelação de Deus, porque sem Deus e sua autorrevelação na Bíblia não há possibilidade de estabelecermos um discurso coerentemente decente sobre ordem criacional. A partida na criação nos mostrará o pensamento político que está engajado em teorizar sobre o interesse público com uma base na realidade estabelecida pelo que existe e não numa “nova criação” ideológica. Portanto, concluo que a visão cristã não se coaduna com ideologia com revelação e a visão de Estado é uma só. Não é verdade que a visão cristã de Estado se subdivida em um sem-número de interpretações tanto quanto há grupos ou movimentos políticos cristãos. Pelo contrário, essas distinções são fruto da união deletéria entre o cristianismo e os movimentos da nossa época, que são procedentes do espírito desse mundo. A ideia genuinamente cristã de Estado está arraigada na visão radical das Escrituras acerca da relação entre o reino de Deus em Cristo Jesus e as estruturas sociais temporais nas quais a graça geral ou comum de Deus enfraquece a decadência moral e espiritual causada pelo pecado.2 O discernimento Teológico e Filosófico O discernimento necessário para o cristão a tudo que se refere a política está na Escritura. As teorizações ideológicas são meras caricaturas da revelação especial de Deus. Mas ainda sobre uma questão conceitual de ideologia podemos dizer que:

Ideologia é um discurso que não compreende a realidade, mas motiva os homens a substituir uma realidade que compreenderam mal por outra da qual não vão compreender nada.3 Vejamos que a definição acima dada por Olavo de Carvalho é precisa do que é o cerne da ideologia. Seu núcleo é na verdade uma corrupção da realidade, ou uma má compreensão dela e pior ainda a substituição dessa ideia equivocada da verdade e da realidade por outra pior ainda. Essa substituição é sem sombra de dúvidas é redentora. A exemplo disso temos as ideologizações de correntes de pensamento sócio-político como o socialismo e comunismo e seus desdobramentos como fascismo e comunismo que enaltecem ou entronizam um deus ou um semi-deus. A presença de um profeta que foi o responsável pela difusão e sistematização das ideias e os arautos, os proclamadores ou pregadores da filosofia que é o que temos claramente no trabalho político de pensadores militantes da ideologia citada. E essa religião, como foi dito distorce a compreensão da realidade a exemplo disso temos: Inspirados pela ideologia do socialismo, os seguidores de Lenin substituíram a sociedade tzarista, da qual tinham uma compreensão falseada, pela monstruosidade incompreensível que foi a sociedade soviética. Inspirados nos falsos diagnósticos sociais de Hitler, os nazistas desmantelaram uma república que não compreendiam e puseram no lugar dela um pesadelo ininteligível. Guiados por pessoas que acham que mito fundador é ideologia, um povo que não compreende a raiz de seus males se prepara, neste país, para produzir males infinitamente maiores que, se vierem a se consumar, talvez já não possam ser compreendidos por nenhuma inteligência humana.4 O

juízo

sobre

a

Ideologia

Diante da conceituação de ideologia percebemos que é uma heresia do cristianismo, isso é claro, a substituição redentiva da realidade por uma proposta substituta para o bem da humanidade é uma


corrupção do ensino cristão sobre o que a filosofia cristã chama de motivo básico cristão – Criação, Queda, Redenção e Consumação. Essa estrutura do plano redentor de Deus nas Escrituras sempre é corrompido pela ideologia, os mecanismos usados por ideólogos terá uma estrutura redentora, caricaturando o cristianismo e estabelecendo seu discurso com fundamentação das bases cristãs, mas, o substituindo por uma outra ideia a respeito da restauração. A escatologia é o foco da ideologia. Tomemos como exemplo o marxismo que se desdobra num discurso cientificista, mas, apresenta bases religiosas de uma seita. Como em toda seita, no marxismo, a correção lógica, a rigidez filosófica ou a comprovação dos dados oferecidos são simplesmente dispensáveis. Se houverem, servirão para corroborar suas teses. Se não existirem, mais importante é a manutenção do fervor religioso e do apego emocional àquilo que é mais do que uma corrente de pensamento, mas uma verdadeira expressão religiosa.5 Religião e Marxismo Ao examinarmos a história do Dogma, notaremos que o conceito de ortodoxia e heresia era justamente essa ideia defendida por Marx e Engels de que a classe dominante era a ortodoxia e a oprimida a heresia. O que era necessário fazer, então? Revolução. O pensamento revolucionário é uma manifestação herética desse ponto de vista puramente histórico. Mas não fica somente nesse aspecto da analise herética historicamente pautada em uma sobreposição de poderes culturais, há uma manifestação herética teologicamente falando no marxismo. Como já mencionei anteriormente, a substituição escatológica de uma redenção em Cristo substituída pela utopia comunista irá vislumbrar um novo escaton. Reconhecendo que o Cristianismo tem dominado o Ocidente “ideologicamente” a revolução deve se dar contra essa cultura cristã ocidental.

E isso se dará pela instauração de uma guerra ideológica, sexual, religiosa, econômica e civil. Portanto, o que teremos para um estabelecimento de uma ideologia marxista? Pela lógica, uma tomada de poder. Uma subversão do adversário, uma aniquilação do inimigo dominante. A questão que deve se ressaltar, é, em primeiro lugar, com quem está a força dominante. Segundo, essa força deve ser tomada para que se domine. Terceiro, a substituição ideológica deve ser implantada e isso se dará também com a utilização (stricto senso, utilitarismo), instrumentalização da religião instaurando uma nova perspectiva escatológica da ideologia que se vale a afeição religiosa. Posta essa questão, defendo que a ideologia marxista é uma heresia, não apenas do ponto de vista sociológico de tomada do poder, mas, também, no âmbito teológico, quebrando o segundo mandamento do decálogo “não terás outros deuses além de mim” (Êx 20.2) e também quebra do sétimo, oitavo, nono e décimo mandamento do decálogo. Ao se defender uma ideologia que vai contra o motivo básico da Escritura de criação, queda, redenção e consumação, temos uma distorção e uma alteração da religião da Bíblia. Conclusão Minhas considerações sobre esse tema estão numa abordagem teológica. Essa linha de análise se vale da revelação de Deus e que Yhaweh é o único Deus e nenhuma ideologia pode substituir sua revelação. Se qualquer ideólogo sobrepor a ideologia em detrimento da revelação de Deus, é idolatria. E toda idolatria é heresia.

Thomas Magnum É ministro evangélico. Pastor auxiliar na Igreja Congregacional em Casa Amarela. Graduado em Teologia e Comunicação Social. Mestrando em Teologia e graduando em Filosofia.



Série Mártires

Mateus ou Levi “O Publicano” é apresentado nos evangelhos como sendo um dos primeiros discípulos de Jesus (Mateus 09:9) foi chamado a seguir o Mestre quando ainda era Publicano (Marcos 02:14) profissão que certamente lhe trazia grandes benefícios por um lado e muito desconforto por outro. Pois um Publicano era um coletor de impostos, que trabalhava para o opressor de Israel (os Romanos), era considerado pelo povo um traidor e oportunista. Amado pela elite Herodiana e desprezado por seus compatriotas, ouviu a voz do filho de Deus e passou a segui-lo sem reservas. Andou com Jesus quase todo o tempo em que o Mestre esteve na terra, presenciou a ressurreição, e após a ascensão de Cristo, pregou o evangelho em aramaico na judeia e cidades vizinhas. Segundo Orígenes (Teólogo Cristão do Início do segundo século) Mateus foi o autor do evangelho que traz o seu nome, que teria sido escrito em Hebraico e posteriormente traduzido em grego por Tiago o Menor. Após a dispersão dos discípulos, concentrou esforços em espalhar a palavra de Deus entre os etíopes, macedônicos, persas e partos. Foi martirizado no ano 60 DC, atravessado por uma lança em Nadaba na Etiópia.


A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Depois que Cristo ressurgiu dos mortos, os apóstolos saíram a pregar a Sua mensagem, e o que pregaram foi a cruz. E por onde quer que fossem pelo mundo, levavam a cruz, e o mesmo poder revolucionário ia com eles, A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de perseguidor dos cristãos em um terno crente e um apóstolo da fé. Seu poder mudou homens maus em bons. Sacudiu a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo ocidental. Fez tudo isso, e continuou a fazê-lo enquanto se lhe permitiu permanecer como fora originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudado de uma coisa de morte para uma coisa de beleza. Quando os homens fizeram dela um símbolo, penduraram-na nos seus pescoços como ornamento ou fizeram o seu contorno diante dos seus rostos como um sinal mágico para protegê-los do mal, então ela veio a ser, na sua melhor expressão, um fraco emblema, e na pior, um inegável feitiço. Como tal. é hoje reverenciada por milhões que não sabem absolutamente nada do seu poder.

A cruz atinge os seus fins destruindo o modelo estabelecido, o da vítima, e criando outro modelo, o seu próprio. Assim, ela tem sempre o seu método. Vence derrotando o seu oponente e lhe impondo a sua vontade. Domina sempre. Nunca se compromete, nunca faz barganhas, nunca faz concessão, nunca cede um ponto por amolda paz. Não se preocupa com a paz; preocupa-se em dar fim à sua oposição tão depressa quanto possível. Com perfeito conhecimento disso tudo, Cristo disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Assim a cruz não só põe fim à vida de Cristo; termina também a primeira vida, a velha vida. de cada um dos Seus seguidores verdadeiros. Ela destrói o velho modelo, o modelo de Adão, na vida do crente, e lhe dá fim. Então o Deus que levantou a Cristo dos mor¬tos levanta o crente, e uma nova vida começa. Isto, e nada menos que isto, é o cristianismo verdadeiro, embora não possamos senão reconhecer a aguda divergência que há entre esta concepção e a sustentada pelo tipo comum de cristãos conservadores hoje. Mas não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz ergue-se muito acima das opiniões dos homens e a essa cruz todas as opiniões terão que vir afinal para julgamento. Uma liderança superficial e mundana gostaria de modificar a cruz para agra¬dar os religiosos maníacos por entretenimento


que querem divertir-se até mesmo dentro do santuário; fazê-lo, porém, é cortejar a tragédia espiritual e arriscar-se à ira do Cordeiro feito Leão. Temos que fazer alguma coisa quanto à cruz, e só podemos fazer uma destas duas: fugir ou morrer nela. E se formos tão temerários que fujamos, com esse ato estaremos pondo fora a fé vivida por nossos país e faremos do cristianismo uma coisa diferente do que é, Neste caso, teremos deixado somente o vazio linguajar da salvação; o poder se irá juntamente com a nossa partida para longe da verdadeira cruz. Se somos sábios, faremos o que Jesus fez: suportaremos a cruz e desprezaremos a sua vergonha pela alegria que está posta diante de nós. Fazer isso é submeter todo o esquema da nossa vida, para ser destruído e reconstruído no poder de uma vida que não se acabará mais. E veremos que é mais que poesia, mais que doce hinologia e elevado sentimento, A cruz cortará fundo as nossas vidas onde fere mais, não nos poupando nem a nós mesmos nem as nossas reputações cultivadas. Ela nos derrotará e porá fim às nossas vidas egoístas. Só então poderemos elevar-nos em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida totalmente novo, livre e cheio de boas obras.

A modificada atitude para com a cruz que vemos na ortodoxia moderna prova, não que Deus mudou, nem que Cristo afrouxou a Sua exigência de que levemos a cruz; em vez disto, significa que o cristianismo corrente desviou-se dos padrões do Novo Testamento. Para tão longe nos desviamos que nada menos que uma nova reforma restabelecerá a cruz em seu lugar certo na teologia e na vida da igreja. A. W. Tozer (1897-1963) pastoreou igrejas da Aliança Cristã e Missionária por mais de 30 anos. Apesar de não ter freqüentado seminário, seu amplo conhecimento bíblico, o forte impacto de sua pregação e a prolífica criação literária (escreveu mais de 40 livros) renderam-lhe a concessão de dois doutorados honorários. Tozer é reputado entre os maiores pregadores de todos os tempos. Fonte: Voltemos ao Evangelho


ARQUEOLOGIA

Por que Jonas foi engolido por um grande Peixe? O relato bíblico de que um grande peixe engoliu e depois cuspiu o profeta Jonas tem sido apresentado por alguns como fato e por outros como mito ou uma simbologia bíblica. Se pensarmos qual sentido teria essa história, lendo do capítulo 1 ao 3 provavelmente não acharíamos. Na verdade, praticamente não vemos perguntas sobre o por que Jonas foi engolido pelo peixe, pois a própria narrativa da história já parece ser um tanto quanto fantástica demais. Porque Deus faria um grande peixe engolir Jonas e depois cuspir o profeta na cidade a qual receberia a profecia? Bastava apenas que Deus colocasse no caminho de Jonas um barco e soprasse o vento direcionando-o até a grande cidade Nínive. Mas, com Deus tudo tem um “porquê”, tudo tem um fundamento, pois Ele conhece e esquadrinha os corações e intelectos humanos, e vamos entender isso mais adiante!

Profeta Jonas

Porque esse povo pagão idólatra de Nínive acreditaria num simples pregador hebreu? Os ninivitas adoravam o deus-peixe Dagon, que na sua mitologia era parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele havia saído do mar e fundado sua nação – a Assíria, e que esse deus enviava mensageiros do mar de tempos em tempos. Então, seria mais razoável Deus enviar um profeta que trouxesse seu plano para o nível de conhecimento dos ninivitas, ou seja, mandando-lhes um profeta que saísse do mar. A Bíblia não relata se alguém testemunhou Jonas ser cuspido pelo grande peixe na terra, mas devido a grande aglomeração de pessoas que viviam e comercializavam no litoral da Assíria, provavelmente muitos viram Jonas sair do mar e acompanharam-no a Nínive, servindo de testemunha do fato inédito.


ARQUEOLOGIA

Imagem da Internet - Ilustração: Jonas e o Grande Peixe

Há dois argumentos suplementares que evidenciam esse acontecimento: O primeiro é o nome ‘Oannes’, que é o nome de uma das encarnações do deus-peixe. Esse nome, com J inicial, é a forma de escrever ‘Jonas’ no Novo Testamento. O segundo é que houve, por muitos séculos, uma colina assíria chamada ‘Yunnas’, nome assírio, que significa Jonas, e foi o nome dessa colina que deu aos arqueólogos a primeira pista de que possivelmente a antiga cidade de Nínive estivesse soterrada sob essa colina. O arqueólogo Paul Émile-Botta associou ‘Yunnas’ ou ‘Yunus’ (em árabe) com Jonas e, assim, começou o trabalho de escavação, e encontrou os muros da cidade por volta de 1841. Aprendemos com isso que Deus procura salvar o homem de todas as formas, sempre respeitando a nossa maneira de pensar e até mesmo as nossas debilidades e idolatrias, para que no final, entendamos que somente ..

Ele é o Senhor, e somente através dEle é que vem a salvação e a vida eterna. Foi assim com Nínive e é assim até hoje. Nota: Infelizmente, em 2014 o E.I (grupo terrorista Estado Islâmico) publicou que havia destruído o “Nebi Yunus”, ou seja, o túmulo do profeta Jonas que estava em uma mesquita na cidade de Nínive. A notícia foi confirmada alguns dias depois por autoridades internacionais. Fonte:Through the Bible Book by Book Old Testament, by Myer Pearlman, 1935 – edited for 3BSB by Baptist Bible Believer;

Disponibilizado por: Raciocínio Cristão


Ideologia de Gênero: Alerta às Lideranças Cristãs POR AUGUSTUS NICODEMUS

O tema ganhou um espaço enorme nas mídias sociais depois da prova do ENEM onde foi feita uma citação da feminista Simone de Beauvoir, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino (O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980)". Em outras palavras, uma mulher é definida, não pelo sexo biológico com que nasce, mas pela construção social da civilização. De acordo com os defensores da ideologia de gênero, existe uma diferença entre sexo e gênero. Sexo aponta para as determinações naturais e diferenças biológicas entre homem e mulher. Entende-se por gênero, o papel que ambos, homem e mulher, têm e exercem na sociedade. Na literatura secular acerca da sexualidade humana, gênero tem gradualmente substituído sexo. Ao invés de falar de diferenças de sexo, as pessoas agora falam em diferenças de gênero. Mas, então, qual seria a origem do termo gênero e como chegou a ser utilizado como substituto para sexo? Aparentemente, foi o psicólogo e sexista John Money o pioneiro no uso de gênero com sentido de sexo. Em suas obras ele postula que “o gênero é certo tipo particular de conduta do homem e mulher”. Depois dele, o psicanalista Robert Stoler escreveu em “Sexo e Gênero”(1968) que sexo é biológico, gênero é o que cada sociedade a ele atribui. Decorre a seguinte questão: se o gênero de uma pessoa não é determinado biologicamente, como o é o sexo, quem, então, o determina? A resposta é: gênero é algo atribuído, não natural: é socialmente determinado. Masculino e feminino são papéis definidos por cada sociedade. Em outras palavras, uma pessoa pode nascer homem – isto é sexo – mas em termos de gênero, ele pode ser feminino, tanto por escolha como por determinação social.

Pode-se também dizer que a ideologia de gênero tem seu ponto de partida na ideologia marxista, na qual é impossível haver qualquer conciliação entre classes. Como o marxismo, a ideologia de gênero reivindica a abolição de todas as diferenças de sexo e gênero, tanto na sociedade como na igreja. Para fazê-lo, é preciso desconstruir a influência da cosmovisão patriarcal perpetuada na cultura ocidental pela igreja cristã e sua Bíblia, subverter a dominação masculina presente e real na sociedade e igreja por meio da imposição de uma cosmovisão feminina, ou, no mínimo, a abolição de todas as distinções claras entre sexos e gêneros. Os apologistas da ideologia do gênero desenvolveram sistemas e métodos próprios para alcançar sua meta. Eles tem se mantido bastante ativos, influenciando e mudando as políticas governamentais, a educação pública (vide prova do ENEM), a mídia e a opinião pública, a fim de abolir tudo o que eles entendem que perpetua a dominação masculina e as distinções sexuais, e lhes impor a agenda homoafetiva. As questões de gênero têm causado um impacto global. Elas alcançaram as igrejas ao redor do mundo, não somente no contexto ocidental. Como cristãos, podemos perceber os diversos perigos sociais e consequências do crescimento contínuo da ideologia de gênero e sua influência social e cultural em todos os continentes. Primeiro: todas as diferenças sexuais naturais, criadas por Deus de acordo com a Bíblia, são abolidas.


Você pode se reinventar. Segundo, não é difícil de perceber que a instituição familiar e valores são desafiados. Da mesma forma, não existe mais certo e errado nestes assuntos. A ideologia do gênero representa, no fim das contas, um ataque severo à cosmovisão bíblica pela cosmovisão pagã. Não há dúvida sobre o fato de que, em muitos países, as mulheres têm sido abusadas, oprimidas, humilhadas e escravizadas. Mesmo nas culturas mais civilizadas, as mulheres continuam a ser abusadas e espancadas por seus maridos. A ideologia de gênero, contudo, não se contenta apenas em fazer justiça aos direitos das mulheres; ela deseja a subversão e reversão dos papéis tradicionais e a abolição de todas as distinções entre homem e mulher, até mesmo a sua identidade biológica. Qual deve ser a resposta bíblica a ser oferecida aos desafios da ideologia do gênero? Para responder, nós deveríamos compreender, antes de qualquer coisa, o que realmente está em jogo aqui. Eu creio que as questões do gênero não são de natureza secundária; elas são temas que lidam com pontos fundamentais da fé cristã, tais como a criação, família e igreja. Também precisamos compreender a relação entre a cultura e as Escrituras. As Escrituras, e não a cultura, devem ser o referencial nas igrejas evangélicas no tratamento das questões de gênero. Embora existam elementos culturais no texto bíblico, a compreensão cristã histórica é que a Escritura se encontra sempre acima da cultura e representa a verdade universal. Isto se também se aplica aos contextos do sexo e gênero. Assim sendo, uma resposta bíblica às questões de gênero começa com o fato de que Deus criou apenas dois sexos e gêneros. Nós podemos falar de sexo como algo determinado biologicamente da mesma forma que também dizemos que o gênero é a decorrência natural desta determinação. Aqueles que, por natureza, são homens, são machos (masculinos) conforme contempla o seu gênero. O mesmo se aplica às mulheres. Também podemos afirmar que o gênero, compreendido como a autoconsciência sexual de uma pessoa e o comportamento social dele ou dela, é bíblica, e não socialmente determinado, embora as culturas possam diferir acerca dos papeis tradicionais do homem e da mulher. Como forma estratégica de tratar com essas questões, as igrejas deveriam procurar e prepararc liderança masculina sólida e bíblica,

fortalecer o ministério feminino, apoiar grupos para que homens e mulheres cristãos aprendam sobre a masculinidade e a feminilidade bíblicas, e criar e sustentar grupos para aqueles que são tentados ou têm caído na homossexualidade. Além disso, os púlpitos das igrejas cristãs eventualmente deveriam ministrar ensino bíblico sólido e compassivo abordando o tema. Também deveriam promover eventos regulares, com palestrantes convidados para falar sobre família e questões de gênero. Tenho consciência de que é normal e compreensível haver certa resistência por parte da liderança da igreja em tocar no assunto. O resultado da omissão, contudo, é o crescimento do engano e do erro. Ensinos equivocados tendem a ocupar cada pequena brecha que possa existir na vida da igreja local. Se os membros da igreja não aprendem de seus pastores e líderes, eles aprenderão dos defensores da ideologia do gênero e ativistas. Um plano claro e definido para preparar os membros da igreja nestas áreas é uma necessidade. Eles precisam ser ensinados como enfrentar estas questões, tanto os jovens como os adultos. E o único modo de isso ocorrer é pelo ensino bíblico consistente. Artigo Publicado Originalmente no Facebook por: Rev. Augustus Nicodemus




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