Elphie #5

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TRICK-OR-TREAT O dia das bruxas é uma festividade que o Brasil vem adotando nos últimos anos. Mesmo que o tradicional halloween norte americano ainda seja a referência mais forte neste assunto, o nosso vasto mundo multicultural nos oferece uma grande diversidade para aqueles que são fãs de um susto. De filmes de terror à dramas bem humorados, se acomode e nos acompanhe nessa jornada na qual os fantasmas estão a solta e que a imaginação não poderá ser capturada. Não esqueça de alimentar os monstros debaixo da cama e, acima de tudo, lembre-se de temer aquilo que realmente pode te afetar.

SUMÁRIO 3 POEMA 4 KPOP 6 CAPA 8 ANIMES E MANGÁS 10 DRAMAS

ORGANIZAÇÃO ANA MARQUES JÚNIO MOREIRA

AUTORES JESIANNE DELFINO LETÍCIA RIBEIRO SAYLON SOUSA STÉFANY CHRISTINA

IMAGENS FREEPIK


Fuja!

O monstro dorme ao lado e você não pode fugir para debaixo da cama.

Não existe herói na outra porta só mais uma coleção de hematomas.

As vozes continuam como um disco arranhando "foi você que se enfiou nessa trama"

Mas, o monstro antes vivia amarrado e eu não sabia que era a minha vida na barganha.

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5 K-POPS QUE NÃO PODEM FALTAR NA SUA FESTA DE

HALLOWEEN Está pensando em fazer uma festa com os amigos todos fantasiados e com doces para todo lado? Com certeza terá aquela lis�nha básica com osprincipais hits da época, como Thriller. E para os k-poppers leitores não ficarem de fora da brincadeira, listamos abaixo cinco músicas que não podem faltar no Halloween com um extra bem legal.

5. Full Moon – Sunmi feat. Lena Essa é a música onde a yeppeun é uma vampira bem sensual que transforma um homem em um ser de sua espécie. Durante o mv vemos a ex-Wonder Girls sensualizados em alguns passos da coreografia junto com algumas dançarinas e apesar da música ser um pop não tanto sombrio com levadas de jazz e funk o mv transmite bem a áurea do Halloween fazendo esta ser a primeira a marcar presença nessa lista.

4. Hate You – Ladies’ Code Um ano antes de sofrerem um acidente fatal em uma van que matou duas de suas cinco integrantes, EunBi e RiSe, o Ladies’ Code lançou essa música maravilhosa que fala de um fim de relacionamento, onde o próprio eu lírico não sabe se ainda ama o outro ou se o odeia. O mid-tempo da música dá o ar sombrio necessário e o mv cheio de marionetes, bonecas e elas tentando irritar umas às outras completa a experiência dark. 3. Abracadabra – Brown Eyed Girls Agora um hino dos eventos de k-pop. É impossível ir a um e não tocar essa música e o pessoal tudo sair fazendo o ponto chave da coreografia. A música basicamente fala de um voodoo onde o eu lírico não quer que o amado fique com outra mulher. O mv passa um pouco disso mostrando as garotas do grupo seduzindo um homem para colocar uma bomba nele. 4


2. Trick or treat – Grace Para completar a cota de hip hop, trazemos a rapper Grace com sua música sobre “doces ou travessuras”, bem Halloween, não é mesmo? Os sinte�zadores bem pesados quase beirando o dark techno dão à música o clima sombrio. A letra basicamente fala dela conquistando alguém ques�onando se ele gosta de “trick or treat”, que é repe�do por diversas vezes no refrão o fazendo ser bem chiclete. E no mv Grace passeia pelas ruas escuras da Coreia com seu casaco brilhante.

1. Voodoo Doll – VIXX A cota masculina dessa lista fica por conta do grupo VIXX que é bem conhecido no fandom por fazerem atos darks, o que não é diferente de Voodoo Doll. Como o nome já fala, os meninos acabam sofrendo com um voodoo durante o mv, por conta de diversas torturas que uma garota faz com eles. Aqui como em Trick or Treat de Grace, os sinte�zadores mais pesados e as ba�das eletrônicas dão o clima trevoso à produção.

EXTRA - Trilogia Dreamcacther Uma lista para o Halloween não pode faltar o atual grupo Dreamcacther que debutou com o conceito dark e com o rock como principal es�lo musical. Aqui vou falar da trilogia de mvs lançados pelas garotas até agora que seguem uma história. Ainda não temos certeza, mas os mvs giram entorno da história de algumas garotas de um orfanato (pelo é o que parece). Elas se envolvem com magia negra e acabam morrendo. Anos depois um caçador de fantasmas faz uma visita ao orfanato para tentar descobrir o que atormenta o local. Ele acaba se deparando com as garotas, agora fantasmas, e consegue prender algumas que depois acabam sendo libertas pelas demais que no fim aprisionam o caçador em uma de suas armadilhas. Isso aí é um resumão de tudo o que ocorre em Chase Me, Good Night e Fly high. E vale lembrar que só uma teoria, então pode estar certa ou errada. Por Stéfany Christina 5


7 filmes de terror japonês Uma coisa que não podemos negar é que os japoneses produzem ó�mas histórias de horror. Nunca saberemos se é por conta das diversas lendas urbanas que existem por todo o país ou pela cria�vidade desse povo, o que sabemos é que o país possui grandes clássicos desse gênero. Então para quem vai passar o Halloween em casa, listamos sete filmes clássicos de terror japonês para passar a data.

ração para adaptações nos Estados Unidos e na Coreia do Sul e atualmente conta com três filmes japoneses oficiais, um filme bastardo, vários filmes na versão norte americana, que, aliás, lançará mais um filme nomeado “Chamados”, e um na versão coreana.

Extra. Sadako vs Kayako Por conta do grande sucesso das duas franquias Ju-On e Ringu, ano passado os japoneses decidiram colocar as duas en�dades para lutarem contra si enquanto tentam pegar suas presas.

1. JU-ON (O GRITO) Neste clássico, conhecido pela maioria das crianças dos anos 2000 como o “O Grito” por conta da versão americana do filme, é contado uma história folclórica japonesa, onde acredita-se que quando alguém morre em um momento de extremo ódio uma maldição nasce fazendo com que todos que entram no local amaldiçoado sejam perseguidos e mortos pelos espíritos cheios de ódio. A franquia japonesa dirigida por Takashi Shimizu foi “lançada” em 2003 possui atualmente quatro filmes.

3. TEKE TEKE Outra lenda urbana japonesa. Dessa vez conta a história fala de uma garota que trauma�zada por sofrer algum �po de abuso decide se suicidar em trilhos e acaba sendo cortada ao meio por um trem. Como ela acaba agonizando muito antes de morrer, ela se torna um espírito de vingança que passa a perseguir pessoas pelas ruas do Japão com uma foice u�lizada para cortar as pessoas ao meio. Lançado em 2008 o filme foi dirigido por Koji Shiraishi e é uma ó�ma forma de conhecer a lenda urbana.

2. RINGU (O CHAMADO) Poucas pessoas sabem, mas “O Chamado”, como é conhecido por aqui, é uma adaptação de um livro escrito por Koji Suzuki. A história conta sobre uma maldição que é passada através de uma fita de vídeo que possui um “filme” bem estranho. Todos que assistem ao filme recebem uma ligação ao final onde uma voz misteriosa fala que a pessoa possui somente sete dias de vida. Chegando ao sé�mo dia, nossa querida Sadako faz uma visi�nha à sua ví�ma e cumpre o que foi dito na ligação. A franquia serviu de inspi-

4. CHAKUSHIN ARI (UMA CHAMADA PERDIDA) Outro filme japonês que fez tanto sucesso nas terras nipônicas que ganhou sua versão americana, porém neste caso é melhor assis�r somente ao japonês, já que a adaptação deixa muito a desejar. O filme conhecido por aqui como “Uma ligação perdida” foi dirigido por Takashi Miike e

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para assistir 7. 1303-GOSHITSU (APARTAMENTO 1303)

conta a história de pessoas que recebem uma ligação estranha onde podem ouvir sua própria morte. Após receber a ligação uma garota tenta descobrir o que está acontecendo e acaba descobrindo coisas bem bizarras.

Lançado em 2007 sob a direção de Ataru Oikawa e com o nome 1303-goshitsu o enredo do filme conta a história de um apartamento no décimo terceiro andar de um hotel bem famoso, onde foi constatados diversos “suicídios” de garotas. E isso é apenas uma das peças de uma história cheia de abusos, violência e mais espíritos vinga�vos. O filme é adaptado de um livro de Kei Ohishi, que tamém serviu de inspiração para obras como Ju-on e Oldboy.

5. JISATSU SAKURU (SUICIDE CLUB) Também conhecido aqui no Brasil como “O Pacto”, este conta a história de uma equipe de dete�ves que devem descobrir o mo�vo para diversos suicídios cole�vos de adolescentes por todo o Japão, onde tudo começa com o suicídio de mais de cinquenta estudantes no metrô que provoca grande comoção na população. Dirigido e escrito por Sion Sono o filme foi lançado em 2002 e rendeu uma adaptação para mangás.

Extra. The Forest (Floresta Maldita) Agora um filme não japonês que fala sobre uma lenda japonesa. Este filme estadunidense lançado em 2016 e dirigido por Jason Zada conta a história de uma das florestas mais amaldiçoadas do Japão, a Aokigahara, que fica na base do Monte Fuji e é conhecida por ser a floresta dos suicidas. Na história do filme, uma garota norte-americana vai até a floresta para tentar descobrir os mo�vos de sua irmã gêmea ter ido até a floresta se matar, ela acaba descobrindo várias coisas e o final é bem surpreendente fazendo deste uma ó�ma pedida para uma noite silenciosa.

6. KUCHISAKE ONNA (CAVERD) Este é mais da cota de lendas urbanas japonesas transformadas em filmes. A lenda conta que moça bem bonita que usa máscara cirúrgica aborda as pessoas na rua e as pergunta “Watashi kirei?” (Você me acha bonita?). Se a pessoa responde que não ela �ra uma foice e corta a pessoa ao meio, se a responder que sim, ela re�ra a máscara e volta a perguntar aos gritos se mesmo assim ela é bonita. Se a pessoa responder que não ou tentar fugir, game over, se responder que sim ela corta o rosto da pessoa da mesma forma em que o dela está e fala “Agora estamos iguais”. Esta é uma lenda muito famosa nas terras do sol nascente e ganhou a adaptação cinematográfica 2007 através da direção de Koji Shiraishi, o mesmo de Teke Teke.

Por Stéfany Christina

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O MITO CONTINUA! O QUE ESPERAR DO UNIVERSO MIDIÁTICO DE SAINT SEIYA Quando o mestre Masami Kurumada anunciou nas páginas da Champion Red esse ano que novidades virão acerca de Saint Seiya é notório que sendo você fã já deve saber do que se trata. Ou não, pois ao que parece muito mais do que já foi divulgado pode vir a ser revelado até meados de novembro. Tudo isso em um ano completamente agitado para a franquia nascida do sucesso em mangá publicado inicialmente em 1986 ainda nas páginas da famosa Weekly Shonnen Jump. Saint Seiya, por aqui conhecido como os Cavaleiros do Zodíaco (ou CDZ pelo fã mais in�mista), é aquele �po de sucesso que se recicla constantemente muito graças ao seu apelo comercial, mas também por seu apelo narra�vo. Está certo que esse “apelo narra�vo” que me refiro acaba sendo ques�onado pelo simples fato de ser uma repe�ção da fórmula original nas sequelas e spin-offs do media-mix. E isso é engraçado quando ques�onado já que quando a TOEI Anima�on resolveu apresentar ao mundo Saint Seiya Ômega (2012-2014) vimos uma enxurrada de comentários nega�vos ao animê por – acreditem! – apresentar elementos novos ao universo da trama. Que piada! O fandom de CDZ estava caindo na mesma esparrela e repe�ndo o mesmo discurso que sempre cri�cou. Pois bem, mágoa superada. Hoje o Ômega é a ovelha negra da franquia e mesmo assim não foi excomungado. Ao menos a nível de Brasil se percebe que a fanbase da série ficou bem dividida nos laços afe�vos criados com Seiya e os outros (não poderia deixar de usar essa expressão clássica). Os mais novos aceitaram CDZ Ômega de braços abertos, os mais an�gos – por sua vez – rejeitaram de forma veemente. Sábios são aqueles que não impedem seus 8

gostos pessoais de marcar uma franquia inteira como ruim por causa de um ou outro posicionamento posi�vo/nega�vo a respeito de um animê ou mangá. Mas foquemos no que realmente interessa neste ar�go: o universo midiá�co de Saint Seiya, seu media-mix. Enquanto “canvetes” e “viúvas do clássico” discutem qual é o melhor, e o dilema de CDZ Ômega parece ter sido finalmente superado, Masami Kurumada, TOEI Anima�on, Bandai e demais envolvidos nesse media-mix con�nuaram buscando meios de alimentar a curiosidade dos fãs e lucrar com isso. A passos lentos o mangaká dava vazão à imaginação enquanto nos torturava com os enormes hiatos em Saint Seiya Next Dimension, que desde 2006, dá con�nuidade de forma canônica ao mangá original. Já são mais de 10 anos desde esse novo projeto e com isso a dúvida dos fãs era se a história poderia ser realmente considerada boa. Não é exagero dizer que mesmo se mantendo de forma mediana (a contragosto de quem odeia hiatos) a trama só ganhou força mesmo em 2017 e de uma forma muito especial. Masami Kurumada em fim dá novos contextos ao enredo confuso de Next Dimension e nos presenteia com o surgimento do Cavaleiro de Ouro de Serpentário, o 13° santo dourado. A aparição de Odysseu, a encarnação do deus Asclépio e novo combatente zodiacal, ainda está cheia de mistério visto que não se sabe seu verdadeiro papel (se mocinho ou vilão), embora alguns já tenham muitas teorias. Kurumada só fez reacender um hype que nunca morre. Saint Seiya é �po a fênix e sempre se renova. Os capítulos publicados


este ano de 2017 entre setembro e outubro despertaram a imaginação e o interesse do público que se viu mais uma vez envolvido de forma muito forte com a franquia. Isso porque os demais conteúdos a�vos no momento não foram tão unânimes na fanbase como está sendo esses acontecimentos. Saint Seiya Episode G Assassin e Saint Seiya Sain�a Shô (este úl�mo bastante recomendado por esse que escreve) sozinhos são incapazes de sustentar a franquia. Não à toa sempre que um novo volume de Next Dimension é encadernado nos úl�mos anos ele acaba sendo o que mais tem vendas contabilizadas entre os produtos a�vos sendo publicados. No Brasil o caminho é menos tenso e nem por isso menos interessante. A JBC investe duramente na publicação luxuosa (e cara!) do mangá original em formato kanzenban, além de publicar Sain�a Shô. Não é meu papel julgar os valores do kanzenban de CDZ. Sei que a editora tem seus mo�vos para trabalhar com esse �po de negócio que se repete em outras obras. Mas em 2017 quem ganha a disputa é a Panini ao publicar o Livro Ilustrado Oficial “Os Cavaleiros do Zodíaco”. Sim, um álbum de figurinhas! Surpreendentemente para muitos (mas não para a fanbase brasileira) bem recebido e quase que completamente esgotado em poucas semanas. Até mesmo Eduardo Miranda – o homem por trás da exibição de CDZ na TV Manchete – ficou bastante admirado e comentou o sucesso do álbum em seu canal no Youtube. Junta-se a isso os anúncios feitos pela TOEI e pela Ne�lix confirmando uma animação do mangá Sain�a Shô, um reboot em 3DCG da Saga das Doze Casas no serviço de streaming on-demand, e uma adaptação em live-ac�on da trama original. Esses anúncios – e as possíveis novidades a serem reveladas por Masami Kurumada – são a maior prova de que a franquia segue firme e o mito dos cavaleiros con�nua mesmo que 30 anos depois.

Para encerrar fica aqui apenas uma informação compar�lhada para despertar mais ainda a curiosidade. Membros mais a�vos da fanbase acreditam que Kurumada deve anunciar um animê do mangá Next Dimension. Isso porque segundo eles a recém lançada ac�on figure com o object da Armadura de Ouro de Serpentário produzido pela Tamashii Na�on não possui um rosto oficial. Os mais entendidos de cloth myth sabem isso ocorre unicamente pelo fato de os ac�on figures serem baseados nas fisionomias do animê e não do mangá (onde o traço de Kurumada é ques�onável para um produto de colecionador). Logo, a aparição de uma figure sem rosto seria a possível indicação de futura e não tardia adaptação deste projeto para o universo da animação. Que as teorias sejam favoráveis a isso. Até a próxima e... Sayonara! Por Saylon Sousa, Radialista e pesquisador voltado para a temática de Mídia e Cultura Pop

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oh my

ghostess

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Para fazer uma pequena pausa no terror raiz, vamos falar um pouco de um drama que você pode assis�r pela Ne�lix e relaxar neste dia das bruxas. Oh My Ghostess envolve fantasmas, mistérios e uma boa dose de romance e humor. Assim como na edição passada, a protagonista é interpretada por Park Bo-young, que faz um trabalho impressionante apresentando uma garota �mida, que tem uma mudança radical de comportamento ao ser possuída por uma fantasminha um pouco… ousada. Para os fãs de cultura sul-coreana já é evidente que eles possuem uma linguagem par�cular e um tanto conservadora se comparado ao entretenimento brasileiro. Mas, neste drama a protagonista quebra alguns tabus ao tratar da sexualidade feminina e violência contra a mulher, tudo com um viés de comédia de erros, no qual é impossível não torcer para a querida alma penada consiga seu final feliz. Como em todo bom drama, os momentos de gargalhadas se intercalam com aqueles que deixam o coração um pouco apertado. O desfecho é surpreendente e ao terminar você com certeza vai querer compar�lhar com toda a sua lista de contatos. Mas, o melhor de Oh My Ghostess é ver o desenvolvido da relação entre as duas personagens femininas Bong-sun e Soon-ae. É animador ver duas mulheres tão diferentes se apoiando e cul�vando uma relação de verdadeira amizade (mesmo estando em um triângulo amoroso). Nossa equipe amou Oh My Ghostess e temos certeza que você que não é fã de sustos e paranoias na madrugada irá compar�lhar dessa nossa opinião.

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