Em Família | Marista Aparecida

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2015 | 15a edição

ENTREVISTA

Questionamentos sobre a sexualidade são naturais e devem ser encarados com normalidade.

CONTEÚDO EXCLUSIVO

A partir de agora, você tem acesso a 16 páginas produzidas especialmente para a sua unidade.

{PRE}conceito

venindo o

Para combater o julgamento, a convivência com o diferente é a melhor opção.


VAMOS JUNTOS CULTIVAR

NOVAS HISTÓRIAS A FTD Educação apresenta um projeto pensado para envolver escolas, professores e famílias na grande aventura de cultivar novos leitores.

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Às vésperas de completar 200 anos de presença mundial e há mais de 110 anos presente no Rio Grande do Sul, a atuação dos Colégios e das Unidades Sociais da Rede Marista se dá, atu-

Presidente das Mantenedoras Ir. Inácio Nestor Etges

almente, em 13 cidades gaúchas e em Brasília. São 26 colégios e dez centros sociais, que atendem 19 mil estudantes na Educação Básica e 30 mil pessoas nos projetos e nas Unidades Sociais.

Vice-Presidente das Mantenedoras Ir. Deivis Fischer

COLÉGIOS Colégio Marista Aparecida colegiomarista.org.br/aparecida | 54 3449 2600

Colégio Marista São Luís colegiomarista.org.br/saoluis | 51 3713 8500

COLÉGIOS E UNIDADES SOCIAIS

Colégio Marista Assunção colegiomarista.org.br/assuncao | 51 3086 2100

Colégio Marista São Marcelino Champagnat colegiomarista.org.br/ejachampagnat | 51 3584 8000

Superintendente Executivo Rogério Anele

Colégio Marista Champagnat colegiomarista.org.br/champagnat | 51 3320 6200

Colégio Marista São Pedro colegiomarista.org.br/saopedro | 51 3290 8500

Coordenador Jurídico Elder Filippe

Colégio Marista Conceição colegiomarista.org.br/conceicao | 54 3316 2700

Colégio Marista Vettorello colegiomarista.org.br/ejavettorello | 51 3086 2100

Coordenador de Comunicação e Marketing Tiago Rigo

Colégio Marista Graças colegiomarista.org.br/gracas | 51 3492 5500

Escola Marista Santa Marta colegiomarista.org.br/santamarta | 55 3211 5200

Gerente Educacional Ir. Manuir Mentges Gerente Social Ir. Luciano Barrachini Supervisão editorial Katiana Ribeiro, Sendi Spiazzi e Reinaldo Fontes Conselho editorial Luciano Centenaro, Patricia Saldanha e Simone Martins da Silva.

Colégio Marista Ipanema colegiomarista.org.br/ipanema | 51 3086 2200 Colégio Marista Irmão Jaime Biazus colegiomarista.org.br/jaimebiazus | 51 3086 2300 Colégio Marista João Paulo II colegiomarista.org.br/joaopauloii | 61 3426 4600 Colégio Marista Maria Imaculada colegiomarista.org.br/imaculada | 54 3278 6100 Colégio Marista Medianeira colegiomarista.org.br/medianeira | 54 3520 2400 Colégio Marista Pio XII colegiomarista.org.br/pioxii | 51 3584 8000

Sede Marista Rua. Ir. José Otão, 11 - Bonfim - Porto Alegre/RS cep: 90035-060 Tel.: 51 3314-0300 / 0800 541 1200

colegiomarista.org.br socialmarista.org.br

Colégio Marista Roque colegiomarista.org.br/roque | 51 3724 8100 Colégio Marista Rosário colegiomarista.org.br/rosario | 51 3284 1200 Colégio Marista Sant’Ana colegiomarista.org.br/santana | 55 3412 4288 Colégio Marista Santa Maria colegiomarista.org.br/santamaria | 55 3220 6300

EscolaS de Educação Infantil Marista Aparecida das Águas Marista Menino Jesus Marista Renascer Marista Tia Jussara colegiomarista.org.br

Centros Sociais Marista Aparecida das Águas Marista Boa Esperança Marista da Juventude Marista de Formação Tecnológica Marista de Inclusão Digital (Cmid) Marista Ir. Antônio Bortolini Marista Mario Quintana Marista de Porto Alegre (Cesmar) Marista Santa Isabel Marista Santa Marta socialmarista.org.br

Colégio Marista Santo Ângelo colegiomarista.org.br/santoangelo | 55 3931 3000

Polo Marista

Colégio Marista São Francisco colegiomarista.org.br/saofrancisco | 53 3234 4100

Polo Marista de Formação Tecnológica socialmarista.org.br

15a Edição | 2o Semestre 2015 Periodicidade Semestral

EDIÇÃO Supervisão editorial: Maria Fernanda Rocha Redação: Michele Bravos Edição de arte: Julyana Werneck PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê | semduble.com

Revisão Lumos | Bureau de Traduções Envie comentários, críticas e sugestões sobre a revista para o email conteudo@grupomarista.org.br

Capa

Aline Lopes

ILUSTRAÇÃO DA CAPA Julyana Werneck © Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.

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índice capa

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Para previnir o preconceito: exposição à diversidade desde cedo. Saiba como se dá a construção de um olhar preconceituoso e como dialogar com os filhos sobre essas questões.

1a impressão

Dia a dia

Entrevista

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6

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Rogério Anele fala sobre a reformulação da revista e reforça o posicionamento da nova campanha dos Colégios Maristas.

Saiba como as famílias devem se preparar ao receberem um intercambista em casa.

Olhar

Curiosidade

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Nesta edição, você confere uma reflexão sobre o sentido da vida - ou a ausência dele - na rotina da juventude atual.

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Índice

Solidariedade

Como fazer

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local Confira as matérias elaboradas especialmente para a sua unidade.

Para expandir a atuação social marista, novas propostas estão sendo pensadas e implementadas. Conheça algumas.

Grêmios Estudantis são um espaço de debates relevantes e de novas amizades. Conheça as histórias de quem está envolvido.

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Diversão

Essência

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Confira nesta edição as dicas de aplicativos sugeridas pelo supervisor de Tecnologias Educacionais dos Colégios Maristas, Silvio Augusto Langer.

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Música clássica pode influenciar no desenvolvimento da mente e em atividades vitais.

Especialista fala sobre o quão natural é se ter questionamentos sobre a sexualidade e como a família pode lidar com essa situação.

Saiba o que as brincadeiras mais antigas, como amarelinha, esconde-esconde desenvolvem nas crianças.

O Irmão Alvanei Finamor relembra os primórdios do Instituto Marista e reforça a importância de se doar ao próximo nos dias atuais.


A virtude da 1a impressão

diferença

É preciso trocar o julgamento pelo apoio, o individualismo pela coletividade, a descrença pela aceitação. É preciso valorizar, acima de tudo, o amor.

© Foto: Divulgação / Comunicação e Marketing

“Se o mundo é plural, por que as opiniões deveriam ser iguais?” Essa é a questão norteadora abordada na nova campanha dos colégios da Rede Marista, mas poderia ser aplicada em diversos outros contextos que resumem boa parte dos conflitos da sociedade. A intolerância à diferença, como retrata a matéria principal desta edição da revista Em Família, mostra os prejuízos irreversíveis que podem ser aplicados na formação da personalidade de crianças e jovens. A adoção do pensamento preconceituoso, que muitas vezes acaba passando despercebido pelos pais durante a educação dos filhos, faz parte de um grande ciclo nocivo que só tem a prejudicar o cultivo das relações humanas. Hoje, somos parte de um mundo em crise, e boa parte das resoluções dos problemas que enfrentamos depende de um olhar atento para a diversidade. É preciso trocar o julgamento pelo apoio, o individualismo pela coletividade, a descrença pela aceitação. É preciso valorizar, acima de tudo, o amor. Promover o aprendizado de diferentes formas é um dos caminhos desenvolvidos por nossas unidades para lidar com essa questão. Respeitar o encontro de dois ou mais pontos de vista é o primeiro passo para conviver com as diferenças e incentivar o protagonismo dos jovens desde cedo. Reconhecer a virtude da diferença é estimular o surgimento de transformações e a característica plural do mundo em que vivemos. Ao tratar este e outros assuntos decorrentes da proposta pedagógica marista na revista, também convidamos as famílias de nossos estudantes, educadores e demais leitores ao debate. A partir desta edição, a revista Em Família passa a entregar um conteúdo mais personalizado e completo, com o objetivo de dar mais visibilidade ao que acontece dentro e fora das nossas unidades. Nesta reformulação editorial, muitos serão os personagens, histórias e conceitos apresentados aos nossos leitores. Afinal, conhecer a pluralidade da vida, é o que faz do ser humano, único.

Rogério Anele Superintendente dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista

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dia a dia

© Foto: Fabio Melo

Um intercambista

em minha

casa Acolher o intercambista como um filho e deixar claras as regras da casa são fundamentais para uma experiência bem sucedida Michele Bravos

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Já pensou em adotar um filho estrangeiro? Calma, a gente explica. É comum e bastante incentivado por agências de intercâmbio que os adolescentes intercambistas se hospedem em casas de família para que a imersão na cultura do país para onde estão indo seja mais intensa e significativa. Abrir as portas de casa para um intercambista é como adotar um filho – mesmo que temporariamente. Para Celso Javorski, acolher o jovem Jacob Pritchard, 17 anos, da Nova Zelândia e que está estudando até o fim desse ano no Colégio Marista de Ribeirão Preto (SP), está sendo uma experiência enriquecedora. “É a primeira vez que estamos recebendo um intercambista e a troca cultural é muito rica. Temos dois filhos e um deles está fora do país, em intercâmbio também. Então, o Jacob, literalmente, está sendo tratado como um filho”. Para Guilherme Reischl, diretor comercial da Egali Intercâmbio (agência que também possui parceria com os Colégios Maristas do Rio Grande do Sul, uma vez que esta proposta demanda uma organização especializada), a consideração mais importante de um programa de intercâmbio em casa de família é que a 'família hospedeira' acolha o estrangeiro como um membro da família. “O intercambista tem que usufruir da mesma estrutura de um filho. Ele tem que se sentir integrado, acolhido. As atividades diárias têm que ser realizadas com o intercambista. No começo, isso


pode significar sair da rotina – e a família precisa estar ciente disso –, mas, aos poucos, todos se adaptam”. Jacob afirma que um ponto positivo dessa experiência tem sido passar tempo com sua família brasileira. “Eles são pessoas muito legais, que fazem eu me sentir bem-vindo na casa deles”. Uma boa adaptação depende bastante de regras claras. Reischl lembra que toda casa tem normas que, naturalmente, são cumpridas pelos membros da família. O intercambista precisa ser inserido nesse contexto também. “Ele precisa saber o que pode fazer na cozinha, o que deve fazer com as roupas sujas – se ele irá lavá-las ou se alguém fará isso para ele –, se existe um horário para o banho, se o secador é de uso comum...”. O diretor comercial complementa que isso tudo deve ficar claro já no primeiro dia. “Assim que o intercambista chegar, dê as boas-vindas, faça ele se sentir em casa. Em seguida, de forma gentil, apresente as regras do lar”. Javorski conta que Jacob respeita inclusive as normas de comportamento – por exemplo, com relação a sair para festas e dar satisfação quanto a para onde está indo e com quem. “Tínhamos muita expectativa com relação a essa convivência. É também nossa responsabilidade zelar pela segurança dele”.

Integrando Integrar não quer dizer fazer as vontades do intercambista. Ele precisa conhecer e se adaptar aos costumes do país em que está. Uma boa forma de integrar o jovem à cultura e à nova família é na hora das refeições. “O momento das refeições é muito importante para a integração. Por isso, pelo menos algumas devem ser feitas com a família reunida”. Javorski afirma que os hábitos alimentares certamente são muito diferentes e isso sempre rende bastante conversa. Outra forma de integrar é convidar o intercambista para passear. “É importante que a família esteja preparada para fazer 'programas de turista',

mesmo na sua cidade natal. É preciso lembrar que o intercambista também está interessado em conhecer lugares típicos e diferentes dos que ele está habituado a ver”.

Comunicação Na casa da família Javorski, apenas a filha fala inglês. Então, foi preciso desenvolver formas de comunicação até Jacob estar mais fluente no português. “Às vezes, o Google tradutor nos ajuda. A gente acaba tendo que ser criativo”, diz Javorski. Reischl aponta que é ideal que pelo menos um membro da família compartilhe de um idioma em comum com o intercambista. “Caso contrário, a comunicação fica nula e pode gerar desconfortos, como prejudicar a compreensão das regras da casa. Uma família monoglota poderia ser um problema”. As barreiras de comunicação na casa de Javorski têm sido vencidas com bom humor. “Nós falamos português e inglês em casa. Eu imagino que deve ser um quebra-cabeça para eles entenderem o que eu falo, às vezes, mas nós rimos disso”, diz Jacob. O quesito “comunicação” também deve se estender para a família no exterior, pois isso gera maior confiança para o intercambista. “A família que está recebendo deve fazer contato com a família do outro país, mesmo que não falem a mesma língua. Por meio de uma conversa por chamada de voz e vídeo, as famílias podem se ver, sorrir uns para os outros e dar um ‘tchauzinho’. Isso já faz diferença”, comenta Reischl.

PROJETO INTERCÂMBIO MARISTA Embora os Colégios Maristas do Rio Grande do Sul ainda não recebam intercambistas em suas unidades, desde 2011, os estudantes têm a possibilidade de trocarem os períodos de férias por experiências em outros países. Ficou interessado? Acesse mais informações do projeto Intercâmbio Marista – Novas culturas, novos saberes colegiomarista.org.br/intercambio.

dicas Seguindo essas dicas, a 'família hospedeira' terá uma grande experiência de vida recebendo um intercambista. l Tenha certeza de que sua casa tem condições de receber mais um membro. Pode ser que ele tenha que dividir o quarto com os seus filhos, mas é importante que o intercambista tenha um espaço apropriado para que ele possa realizar as atividades curriculares. l Conheça o intercambista antes de ele chegar à sua casa. Pode ser por e-mail, por chamada de voz e vídeo, etc. l Trate-o como um filho, tanto para as coisas legais, como passear em família, quanto para as regras. l Apresente as regras da casa. Elas precisam estar claras para o intercambista. l Pergunte o que ele gosta de fazer ou o que tem curiosidade em conhecer. Seja solícito, simpático, mas não extrapole, impondo a sua programação. l Tenha disposição para conviver com as diferenças – elas são enriquecedoras – e dialogue sempre!

Na foto: Maria Eduarda, Jacob, Anaisa e Celso Javorski.

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capa

{PRE}conceito

venindo o

Expor a criança desde cedo à diversidade do mundo contribui para a formação de um indivíduo menos preconceituoso Por Michele Bravos

VAMOS VER COMO NOS COMPORTAMOS? Esse é um teste, mas um teste do bem. Gostaríamos de saber como você vê a imagem ao lado, sem receio algum de utilizar os traço, elementos ou cores que considere mais adequadas aos seus olhos. Crie o restante dos elementos na figura da maneira que preferir (canetinha, colagem, etc.), tanto da personagem, quanto do cenário. Não hesite em desenhar o cabelo, a roupa, a maquiagem que quiser. Use a sua imaginação, e, se precisar ou preferir, peça ajuda. A ideia é, justamente, entender a maneira como as pessoas entendem as outras, mesmo com os esteriótipos que nos são referenciados durante a vida, sejam eles pessoais, sejam eles interpressoais.

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Quem é essa pessoa para você? O que você pensa dela? Como você imagina que ela seja?

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Em tempos de politicamente correto, o real preconceito que a produtora executiva, Aline Lopes (28), enfrenta é sutil. “Ninguém me chama de macaca ou fala que meu cabelo é ruim, mas enfrento indiferença e menosprezo em situações profissionais, por exemplo”. A frase de destaque nesta página ilustra com o que Aline tem de conviver. Ela conta que já foi ignorada em uma reunião de trabalho em que era a responsável pelo projeto apresentado. “A reunião era com uma universidade e a coordenadora com quem eu me reuni falava apenas com a estagiária. Simplesmente, não se reportava a mim”. Ela percebe que ainda há muitos estereótipos a serem quebrados para a existência de uma sociedade igualitária. Aline também ressalta a importância da autoaceitação nesse processo. Ela lembra o dia em que chegou em casa chorando, após a aula, por terem dito que o cabelo dela era feio e o nariz grande demais. “Minha mãe me colocou em frente ao espelho e ficamos lá umas duas horas. Eu olhei para cada detalhe de mim e aceitei todos eles. Sim. Eu sou negra, eu sou mulher! E daí?”

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© Foto: Renata Sales

capa


Ao olhar para as imagens ao lado, o que você vê? Segundo a psicóloga Marlene Strey, professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o conceito que lançamos sobre alguém é decorrente dos nossos aprendizados – que começam a se formar na infância. “A construção do preconceito se inicia a partir do momento em que nascemos. É uma ideia colocada em nossa mente a partir da observação dos mais velhos, principalmente daqueles que amamos e respeitamos, como pais e professores. A criança nasce sem preconceitos, mas ao perceber exemplos de discriminação, palavras ou atitudes, elas internalizam essa avaliação”. O neurocientista Naim Akel ressalta que é na infância que o cérebro conclui o processo básico do seu desenvolvimento e, portanto, é a hora de ajudar o indivíduo a organizar as suas ideias, exercitando áreas fundamentais para a consciência e o autocontrole. “Eu digo que é possível prevenir o preconceito. Para isso, é preciso que as crianças sejam sempre estimuladas a refletir; aprendam a construir suas próprias conclusões a partir do conhecimento e das informações; sejam convidadas a experimentar e conviver com o diferente, acostumando-se a uma enorme diversidade do mundo que a cerca”. É possível deduzir de diversos estudos e pesquisas neurocientíficas que experiências precoces alteram o funcionamento e a estrutura cerebral. Para o neurocientista, “de uma infância com situações agressivas e desfavoráveis deverá emergir um adolescente e adulto com forte tendência a percepções tendenciosas do mundo e com reações agressivas, destrutivas e de confrontação com os outros”. Especialistas apontam que mesmo ações sutis dos adultos que cercam essa criança interferem na construção da análise do outro. Por exemplo, quando uma mãe branca segura firme na mão do filho ao ver uma pessoa negra. Ela pode não ter falado nada, mas a insegurança passada naquele ato pode influenciar na

forma como a criança – futuramente, um adulto – irá perceber as pessoas que possuem uma cor de pele diferente da sua.

Convivendo com o diferente

Apesar de ser mais fácil conviver com tudo aquilo que se conhece e entende, o mundo é feito de diferenças e, em geral, o diferente assusta. Diante daquilo que causa medo, existem três possibilidades de ação, de acordo com a psicóloga:

Afastar-se Neste caso, a pessoa guarda os seus “pré-conceitos” para si e evita a convivência com pessoas ou situações com as quais não sabe lidar.

AGREDIR

Em defesa do próprio espaço, das próprias ideias e do seu jeito de viver, a pessoa agride o que destoa dos seus padrões de normalidade. Essa agressão pode ser verbal ou até chegar a uma violência física.

RESPEITAR

Pessoas que foram incentivadas a pensar antes de agir ou foram criadas em um ambiente – tanto familiar quanto escolar – onde há diversidade de raças, religiões e costumes tendem a se aproximar do diferente.

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capa

Às vezes, até esqueço que vocês são normais. Palavras da diretora de uma empresa à Aline

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Adaptação O preconceito também tem sua raiz atrelada a uma necessidade do ser humano de se adaptar e se sentir aceito. Segundo a psicóloga Marlene Strey, “a tendência da criança é imitar as pessoas do seu convívio. Logo, se um pai tem uma atitude preconceituosa, é provável que o filho siga o exemplo. Não por concordar, mas por entender que essa é forma como o grupo em que ele está inserido – no caso, a família – age”. A psicóloga ressalta que a questão da adaptação e aceitação também se dá em outros grupos. Há casos em que a família não é preconceituosa e o filho também não, porém, se na escola ele faz amizades com crianças que discriminam as diferenças, é possível que ele também passe a ter esse comportamento. Mais uma vez pelo fato de querer se sentir aceito e parte de algo. O neurocientista Naim Akel pondera que o inverso também pode acontecer, pelo mesmo motivo. “A capacidade de o cérebro mudar e se moldar às experiências é espetacular. Isso se faz mais presente no início da vida e vai diminuindo com o passar dos anos. Por isso, o que acontece nos primeiros anos de vida será decisivo para o futuro do sujeito”.

propõe que por meio de estímulos sonoros, durante o sono, estereótipos ligados à raça e gênero sejam quebrados e um novo conceito seja aprendido. Porém, Naim afirma que ainda são especulações. Para mudanças efetivas

de consciência é preciso bem mais que uma noite de sono. “Para mudar cérebros e mentes o trabalho é constante, persistente e de todos (pais, familiares, professores) e, preferencialmente, deve ocorrer desde os primeiros anos”.

Existem estudos atuais que apontam que é possível, através da neurociência, modificar os conceitos de alguém sobre outras pessoas. É o caso do estudo promovido pela Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, e publicado na revista Science. A pesquisa liderada pelo neurocientista Ken Paller

Cadastre-se no site goo.gl/4HmIOY e leia a pesquisa na íntegra.

A criança nasce sem preconceitos, mas ao perceber exemplos de discriminação, palavras ou atitudes, elas internalizam essa avaliação. Marlene Strey Psicóloga, professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

© Fotos: Renata Sales

Mudança de consciência

Primeira impressão A primeira impressão pode até não ser a que fica, mas, inevitavelmente, ela se forma rapidamente na mente de cada um. Meio segundo é o bastante para um “pré-conceito” ser concebido, segundo um estudo realizado em 2014 pela Universidade de Glasgow, na Grã-Bretanha. Ainda de acordo com a pesquisa, para a concepção de uma primeira impressão, às vezes, não é preciso nem olhar. Só de ouvir a voz de alguém, algumas pessoas já formam um conceito sobre o outro. Esta pesquisa está disponível aqui: goo.gl/gI0cJX

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Š Foto: Shutterstock

entrevista

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Interrogações

sobre

SEXUALIDADE Diante de questionamentos dos filhos sobre a sexualidade, pais devem estar atentos ao sofrimento que isso possa estar causando para poder orientá-los Por Michele Bravos

Desde a infância, os pontos de interrogação acompanham o ser humano. Apesar de nem sempre as respostas serem encontradas, a busca é constante. Com questões relacionadas à sexualidade isso não é diferente. Para falar sobre o tema, a entrevistada desta edição da Em Família é a psicóloga Maria Virgínia Cremasco, professora na Universidade Federal do Paraná, com estudos sobre sexualidade feminina e masculina pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado no Centro de Estudos em Psicopatologia e Psicanálise na Universidade de Paris VII.

Em uma situação em que a criança ou o adolescente tem questionamentos sobre a sua orientação sexual, qual deve ser a postura dos pais?

Permitir o diálogo. Se não conseguem ou não se sentem à vontade de fazer isso, devem procurar ajuda. Se os filhos desejarem ou apresentarem sofrimento com relação aos seus questionamentos ou vivências, a ajuda profissional poderá ser de grande valia. Sugerir ajuda não é tratar como doença, é oferecer ajuda, se for necessária, é claro. Não sugerir é que, talvez, seja tratar como uma doença – e dessas que não podem ser ditas.

Podemos considerar que a orientação sexual é pautada em uma escolha individual?

Na perspectiva em que eu trabalho, a psicanálise, não existe “uma escolha individual” no sentido de que as escolhas ou decisões do sujeito só dependem dele, desconsiderando-o como um ser social. Claro que é o sujeito quem faz as suas escolhas. Mas as condições que o levam a isso dependem, sobretudo, de sua história de vida. E isso tem a ver com todos os aspectos que concorreram para ele ser quem é. No entanto, a orientação sexual não é uma “escolha”. A orientação sexual é uma descoberta que se dá em determinado momento de nossas vidas, que se impõe a nós no sentido de pedir que respondamos a ela. Não assumi-la ou negá-la são também respostas.

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entrevista De que forma as relações familiares podem interferir na orientação sexual dos indivíduos? Podemos dizer que existe alguma influência direta?

© Foto: Shutterstock

Quais consequências podem ser geradas por um ambiente familiar homofóbico ou que se nega a se solidarizar com os questionamentos do filho ou da filha sobre sexualidade?

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As relações familiares estão na base da formação do sujeito, ou seja, ele se constitui a partir desse contato, sobretudo da qualidade afetiva do contato. No entanto, não existe absolutamente nada que possa ser afirmado quanto às relações familiares interferirem na orientação ou desejo sexual dos filhos. O contrário se pode dizer quanto a sua expressão.

A importância das relações familiares diz respeito à constituição do sujeito e seus recursos para enfrentar a realidade.

A partir de que idade o assunto sexualidade entra no universo da Pais muito repressivos e punitivos criança? podem dificultar a expressão da sexu-

alidade dos filhos. Um ambiente assim também pode criar filhos preconceituosos ou que não conseguem aceitar em si e nos outros as diferenças. A importância das relações familiares diz respeito à constituição do sujeito e seus recursos para enfrentar a realidade.

A curiosidade sexual que envolve a diferença ente os sexos e a gravidez acontece por volta dos 4 anos, quando a criança quer saber de onde vêm os bebês, como são feitos. No entanto, desde muito antes a curiosidade sexual dos bebês existe, envolvendo a descoberta de seu próprio corpo, suas sensações. Por isso, a psicanálise fala de uma sexualidade infantil – não genitalizada como nos adultos, que é voltada para a relação sexual –, mas uma sexualidade diluída em todo o corpo, o que envolve a importância dos primeiros contatos corporais que unificam o corpo e despertam a sensorialidade, que só depois fará parte das trocas sexuais.

Comportamentos de uma orientação sexual homossexual podem ser notados na infância?

Normalmente não, até porque a curiosidade sexual das crianças é polimorfa, sem direção de orientação, como os adultos entendem isso. Para a criança, explorar o próprio corpo e o corpo do outro é uma brincadeira, necessária, como já disse, da mesma ordem de outras brincadeiras. O adulto é quem sexualiza isso, dá um sentido genital a isso, padroniza e normaliza o que é pura expressão pulsional.

De que forma um acompanhamento psicológico nesse momento de questionamentos pode contribuir?

O papel de um acompanhamento psicológico é ajudar o indivíduo a compreender seu sofrimento e encontrar meios de lidar com ele. Quem sofre precisa procurar ajuda. Se não há sofrimento, não há necessidade. Se o sofrimento é dos pais, que o estão projetando no filho, são os pais que precisam de ajuda.


EXPEDIENTE COLÉGIO MARISTA APARECIDA R. Ramiro Barcelos, 307 Bento Gonçalves - RS Fone: 54 3449-2600 aparecida@maristas.org.br DIRETORa Silvia Pagot Marodin VICE-DIRETOR Ir. João Olide Costenaro Comunicação e Marketing Marilia Dalenogare do Carmo JORNALISTA RESPONSÁVEL Tiago Rigo (MTB 13919) PROJETO GRÁFICO Lumen Comunicação

Caleidoscópio EI

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Na Educação Infantil, a aprendizagem acontece de forma lúdica e divertida. Confira alguns desses momentos.

Com a palavra

Educação Infantil

Ponto de vista

18

Direção destaca o compromisso em cumprir a missão educativa marista.

19

22

Ensino Fundamental

Caleidoscópio

23

Saiba um pouco sobre as estratégias pedagógicas traçadas para fortalecer o aprendizado dos estudantes.

24 28

Gente nossa

Ensino Médio

Diz aí

26

Ex-aluna conta um pouco das quase três décadas em que o Marista faz parte da sua família.

27

Conheça as novas adequações pedagógicas feitas no currículo, com o intuito de estimular um aprendizado mais plural, colaborativo.

30

Em movimento

Construir conhecimentos

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32

Confira mais sobre a implantação do controle de acesso no colégio, o que possibilitará um melhor acompanhamento e segurança no ambiente escolar.

Saiba como o simples ato de brincar também contribui para o desenvolvimento das crianças.

EF EM

Paloma Vinhas Fracalossi, professora do EF, aborda o constante movimento das metodologias educacionais.

Relembre o primeiro semestre por meio de imagens dos principais projetos e atividades.

Aprenda de um jeito fácil, prático e superconectado! Confira algumas dicas e, se gostar, compartilhe os vídeos!

Veja de que forma os estudantes encaram as diferenças no dia a dia.


Com a palavra

Educação

acontece pela

confiança

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Colégio Marista Aparecida

Desejamos que a leitura desta revista proporcione motivação a todos e que, principalmente, educadores e estudantes se vejam reconhecidos em seus esforços diários.

Silvia Pagot Marodin Diretora do Colégio Marista Aparecida

© Foto: Acervo do colégio

É com alegria que nos dirigimos à comunidade educativa do Colégio Marista Aparecida para compartilhar, através da revista Em Família, nossos projetos, atividades e propostas de vivência educativa. A educação marista acontece quando educadores, estudantes e famílias confiam uns nos outros, se escutam e buscam diferentes maneiras de realizar as propostas de sala de aula. A participação de todos é fundamental para que o processo educativo se torne dinâmico, instigante e provoque mudanças em nosso dia a dia escolar. Nosso Planejamento Estratégico define nossos horizontes e tem a seguinte visão: “Seremos líderes em educação integral, na Serra Gaúcha, desenvolvendo processos inovadores e transformadores, comprometidos com os valores maristas e a sustentabilidade”. Por isso, temos investido fortemente na formação continuada de nossos educadores, buscando a excelência em nossos processos educativos. As Diretrizes da Educação Infantil e as Matrizes Curriculares são marcos a definir nossa atuação pedagógica, que busca atender as expectativas de novos tempos. A segurança é outro item importante em nossa ação, apontado na Avaliação Institucional. O investimento feito com a instalação do controle de acesso foi resultado da escuta atenta das necessidades de nossa comunidade em parceria com a Associação de Pais e Mestres (Apamea). Além disso, fortalecer o sentimento de pertença, a liderança e o protagonismo de nossos estudantes é o propósito que buscamos em todas as nossas ações educativas. Queremos compartilhar a participação voluntária da Pastoral Juvenil Marista (PJM), com o apoio da Apamea, no projeto Brasil sem Frestas. Essa iniciativa de caráter solidário busca fortalecer o compromisso de cidadania da educação marista. Todos esses esforços têm um único objetivo: cumprir a missão educativa marista, sonhada por Marcelino Champagnat e colocada em ação por Irmãos e leigos que atuam no nosso colégio. Desejamos que a leitura desta revista proporcione motivação a todos e que, principalmente, educadores e estudantes se vejam reconhecidos em seus esforços diários. Sonhamos juntos, todos os dias por um mundo fraterno e solidário, que somente irá acontecer quando nossa relação com os outros estiver repleta de respeito e solidariedade. Realizar tal experiência comunitária em nossas salas de aula e ambientes educativos é o nosso firme propósito com os momentos de formação e reflexão. Obrigada a todos pela confiança e dedicação.


© Foto: Acervo do colégio

Educação Infantil

O Ateliê das Luzes foi um dos destaques do 1o semestre na Educação Infantil do Marista Aparecida.

Brincar é ganhar tempo À primeira vista, brincar parece uma atividade simples e até corriqueira do cotidiano infantil. No entanto, “a brincadeira vem sendo cada vez mais discutida e entendida como um processo significativo para o desenvolvimento das crianças”, conforme apontam as Diretrizes da Educação Infantil Marista. Nesse documento inovador, lançado no primeiro semestre, são aprofundadas as concepções sobre as infâncias, com o intuito de nortear a ação pedagógica dos educadores que atuam na Educação Infantil dos colégios da Rede Marista. Definido como uma atividade lúdica, o brincar representa uma das primeiras formas que a criança tem de se relacionar com o mundo e de se expressar. Assim, estimula a socialização, a criatividade e a autonomia, entre outros tantos benefícios. O cenário atual, porém, demonstra que a rotina dos pequenos está cada vez mais atribulada, a exemplo da realidade dos adultos. Eis que surge o desafio das famílias e dos educadores: disponibilizar espaço e tempo para as brincadeiras. “Ainda que o brincar possa ser considerado um ato inerente à criança, exige um conhecimento, um repertó-

rio que ela precisa aprender”, explica o texto das Diretrizes. Nesse sentido, a coordenadora pedagógica da Educação Infantil Caroline Brandelli Garziera ressalta que o importante não é apenas brincar, mas brincar com qualidade. Para tanto, é importante o olhar das famílias e das professoras em casa e em sala de aula. “Antigamente, havia um espaço legitimado para brincar, havia a rua, pátios, espaços abertos que estimulavam a criatividade, o inventar. Hoje em dia, a criança está mais restrita ao seu apartamento, à sala de aula, e depende de nós para acrescentarmos mais elementos a esse brincar, para a ampliação do repertório de brincadeiras e interações”, salienta Caroline.

Atividades lúdicas promovidas com qualidade No Colégio Marista Aparecida, as brincadeiras são valorizadas e planejadas de acordo com a idade e perfil dos pequenos, respeitando a individualidade de cada um. Entre as iniciativas destacam-se os projetos da Classe Bebê Brincadeira e movimento, que trabalha questões espaciais e movimentação corporal com as crianças; Sabores, sons, cores e aromas, do nível

1, que propõe o aprendizado através de diversos estímulos; a iniciativa do nível 2, Explosão de cores, centrada nas diversas dimensões das cores e seus significados; e, por fim, o projeto Viagem ao corpo, do nível 3, que investiga todo o funcionamento do corpo humano, trabalhando com a imaginação, com o faz de conta. Além desses projetos, trabalhados por nível, as crianças tiveram contato com o Ateliê das Luzes, espaço de aprendizagem e descobertas, que trabalhou a partir da luz branca e da negra, as diversas formas, texturas e formatos, entre outros. Caroline destaca, ainda, que a proposta expressa nas Diretrizes respeita as múltiplas linguagens que as crianças utilizam para se comunicar, favorece a diversidade e estimula o protagonismo dos estudantes através do brincar, da liderança, da negociação e da troca. “Essa proposta vem em um tempo próprio, pois é urgente repensar as formas que trabalhamos dentro da escola. Tudo evolui, não podemos seguir com as mesmas práticas de vinte anos atrás”, enfatiza. Afinal, como escreveu Carlos Drummond de Andrade, “brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo”.

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Caleidoscópio EI A horta, cultivada no pátio da Educação Infantil, foi criada pelos estudantes do nível 1. Um dos principais conceitos trabalhados na atividade foi o cuidado.

Para celebrar a Páscoa, os estudantes colocaram a mão na massa e puderam ajudar na produção de pães, os quais foram consumidos durante as celebrações.

2015

© Fotos: Acervo do colégio

Com o Ateliê das Luzes, as crianças puderam interagir com diversas formas, texturas, sons e cores, trazendo novos conhecimentos para a sala de aula.

CELEBRAÇÕES Através da interação com as tintas, as crianças puderam criar suas próprias obras de arte.

No projeto Brincadeira e movimento, as crianças da Classe Bebê interagiram com diversas formas e tamanhos de caixas, trabalhando principalmente questões espaciais.

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Colégio Marista Aparecida

APRENDIZAGEM

CALOUROS

Uma das principais atividades do Turno Complementar é a contação de histórias, que leva as crianças a conhecer e explorar outros universos.


Uma das atividades do projeto Viagem ao corpo foi uma aula de escovação dentária para os estudantes do nível 3, com a dentista Flávia Savaris, mãe de estudante.

Foi com o projeto Sabores, sons, cores e aromas que os estudantes do nível 1 prestaram a sua homenagem ao Dia das Mães.

HOMENAGENS Foi durante um happy hour especial que a Classe Bebê homenageou as suas mães. Os estudantes do nível 3 celebraram o Dia dos Pais durante uma hora do conto especial, com o livro Pê de Pai, onde os pais e filhos demonstraram características dos diversos tipos de pai.

Para parabenizar as mães no seu dia, os estudantes do nível 2 realizaram atividades do projeto Explosão de cores junto com as homenageadas.

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© Foto: Acervo do colégio

Ponto de vista

O que queremos deixar para os nossos filhos Paloma Vinhas Fracalossi Professora do Ensino Fundamental do Colégio Marista Aparecida

vale ouro?

Percebe-se, hoje em dia, que as relações sociais são rápidas e velozes. Antigamente, o professor era aquele que organizava a fila, que detinha todo o saber, que exigia o silêncio em todas as suas aulas. Atualmente, em outro contexto, o professor caminha junto aos seus estudantes, permite que o conhecimento seja construído e está em um espaço de constante diálogo. A quebra de paradigmas não é algo fácil, mas os tempos mudam. Há a necessidade de se mudar as metodologias educacionais e nossa própria visão como família. Estamos em um mundo em que se aprende a todo momento e, assim, é importante que se esteja preparado para aprender junto com o outro. Esse movimento já é percebido pelas famílias quando, por exemplo, os filhos ensinam os pais a baixar um novo aplicativo no celular e, por isso, os pais devem estar preparados para aprender com seus filhos e perceber que proporcionar momentos de troca também é importante. Nesse contexto, as escolas também estão mostrando que é necessário dar um passo além e entender essa nova prática pedagógica colaborativa. O Colégio Marista Aparecida surge nesse novo tempo com uma série de novos documentos e formações que irão reger as práticas pedagógicas, da Educação Infantil ao Ensino Médio, trazendo os conceitos de aprender e ensinar modificados, plurais e sem um único dono, mostrando que todos têm algo a compartilhar, deixando o saber cada vez mais rico. Assim, a educação deixa de ser vista como apenas conteúdos transmitidos e passa a ter como foco a cidadania, em que valores como dignidade, solidariedade e convivência também são trabalhados. E a melhor maneira de se buscar esses valores é através do exemplo, das atitudes e do diálogo. Portanto, existe a necessidade da participação da família, pois “a maneira como a família convive com a comunidade dá à criança a oportunidade de conhecer e respeitar outras formas de viver, pensar e agir” (Unicef, 2010). O padre Antonio Vieira definiu a boa educação como “moeda de ouro: em toda parte tem valor”. Se quisermos deixar esse “ouro” para nossos filhos é importante o comprometimento de todos: da escola, que está buscando novos caminhos para uma formação cada vez mais íntegra; da família, que deve ser um apoio no processo da educação; e do estudante, uma vez que o aprender também envolve o querer e para querer é preciso empenhar-se.

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Hábitos de Estudo:

Ensino Fundamental

um projeto aliado da aprendizagem Internet, redes sociais, jogos, aplicativos, televisão, desenhos, séries, filmes, atividades extracurriculares... A lista de itens que fazem parte do dia a dia de crianças e jovens aumenta cada vez mais. É possível aprender com todos esses recursos e possibilidades, mas há também que se dedicar tempo exclusivo para os estudos. Nesse sentido, surgem dúvidas, como: qual é o melhor jeito de estudar? Sozinho ou em grupo? Escrevendo ou lendo? Não há respostas unânimes para essas perguntas, pois envolvem aspectos que variam de acordo com o perfil e o nível de ensino do estudante. O que se destaca, no entanto, é que estudar requer a criação de uma rotina por meio da organização individual. O projeto Hábitos de Estudo, do Marista Aparecida, reúne uma série de iniciativas realizadas de forma estratégica com apoio do Serviço de Orientação Educacional e da Coordenação Pedagógica. Segundo a orientadora educacional Vanessa Catuci, as ações buscam colaborar para que os estudantes reconheçam seu estilo de aprendizagem e saibam a melhor for-

ma de estudar. Também é uma forma de as famílias contribuírem, refletindo com os estudantes a rotina diária e o melhor período do dia para seus estudos. “Além disso, o projeto trabalha com os professores para que eles possam planejar suas aulas de uma forma que contemple todos os estilos de aprendizagem”, ressalta a orientadora. Ainda de acordo com Vanessa, o principal motivo do baixo aprendizado é a falta de organização da rotina de estudo. "Muitos dos estudantes têm diversos compromissos com várias atividades e acabam não tendo tempo de fazer as tarefas de casa nem de retomar os conteúdos, deixando para estudar somente um dia antes das provas”, pondera.

Estratégias por nível de ensino O trabalho de construção de hábitos de estudo normalmente é personalizado por nível de ensino. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as atividades centram-se na construção da autonomia e da responsabilidade com as tarefas e cuidados com materiais escolares. Nesse nível, os profes-

sores trabalham através das habilidades e competências dos estudantes. “O foco não é na dificuldade em si, mas no fortalecimento do que é visto em sala de aula. Além das oficinas de aprendizagem, há muita conversa com os pais, reflexões em grupo com as orientadoras educacionais, discussões sobre o uso correto da agenda, entre outros”, destaca a orientadora educacional Michele Zanatta. Nos Anos Finais do EF, as estratégias envolvem a organização em sala de aula, a sistematização dos momentos de estudos, a responsabilidade com temas e datas, os professores conselheiros, os líderes de turma, as mudanças de avaliação, entre outros. Alguns dos trabalhos executados nesse nível são palestras com profissionais, dinâmicas de grupo, dicas de estudo, construção de tabela de horário semanal de organização de atividades, estudos e temas, e murais com dicas, lembretes e autoavaliação. Dessa forma, os estudantes chegam ao Ensino Médio com mais foco nos estudos, evidenciando mais interesse e comprometimento com a vida acadêmica.

© Foto: Acervo do colégio

A organização do material e da rotina escolar é uma grande aliada dos estudantes na hora de estudar.

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Caleidoscópio EF Estimulando as diversas formas de ensinar e aprender, o Laboratório de Ciências é um dos principais espaços de descoberta e interação.

Para o 1o ano EF, uma das formas de celebrar a Páscoa foi através de formações, durante as quais eles puderam aprender o significado da data.

2015

© Fotos: Acervo do colégio

Recortes e colagens são algumas das formas com que o 2o ano EF aprende arte, criando através de diversos elementos uma peça única.

MOMENTOS

CRIATIVIDADE E APRENDIZAGEM CALOUROS

Uma das principais propostas do Interséries é promover a integração entre os estudantes do colégio.

Confeccionar peças que representem uma realidade, utilizando elementos locais, é uma das formas de conhecer as diferenças culturais das regiões do Brasil.

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Colégio Marista Aparecida

Que tal aprender a história de antigas civilizações pintando pedras no Laboratório de Ciências? Essa é uma das propostas realizadas com o 5o ano EF.


Durante o projeto Experimentando a Matemática, os estudantes puderam colocar em prática os assuntos vistos em sala de aula através de origamis.

Encenar obras de Shakespeare, como Macbeth e Romeu e Julieta, foi um dos desafios do 8o ano EF durante o projeto da área das linguagens Pelas trilhas da leitura.

Para celebrar o Dia das Mães, os estudantes do 1o ano EF confeccionaram junto com suas mães uma colcha de retalhos com a temática Família.

HOMENAGENS

Trabalhando com as diversas linguagens, os estudantes do 6o ano EF montaram maquetes representando cenas da série literária Percy Jackson.

Já o 4º ano EF celebrou o Dia dos Pais fazendo a releitura de uma obra de arte. Ninguém ficou sem colocar a mão na massa!

A Oficina de Robótica é um dos espaços em que os estudantes podem ser protagonistas do seu próprio aprendizado.

Colégio Marista Aparecida

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Gente nossa

A nossa história

MARISTA

© Foto: Acervo do colégio

Além de ex-aluna e mãe, Susana também integra a Associação de Pais e Mestres, a Apamea.

Com quase 30 anos de vivência marista, podemos ver muitos dos valores passados pelos educadores, como a solidariedade, gerando impacto na vida das pessoas

Nossa família descende de italianos. Meus bisavós chegaram a Bento Gonçalves em 1875, assim como outros tantos imigrantes, e traziam em sua bagagem muito mais que pertences – traziam “sonhos” de uma vida melhor, para si e para os seus. Eles tinham como valores a família, o trabalho e a fé, os mesmos que aprendi com os meus pais, Leonel e Paulina, e que tento passar para os meus filhos. Estudar no Colégio Marista Aparecida reforçou e ampliou essa crença. Muitos foram os ensinamentos do diretor e Irmão Nadir Bonini Rodrigues, o irmão “Bolinha”, como era chamado pelos estudantes, e do saudoso Irmão Samuel. Segui meus estudos em Porto Alegre, na PUCRS, onde cursei Letras, e, quando retornei a Bento Gonçalves, passei a trabalhar na empresa da nossa família. Casei-me com Clacir Rasador e constituímos uma linda família. Hoje, nossos três filhos, Bernardo, Arthur e Carolina, estudam no Colégio Marista Aparecida, assim como

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todos os nossos sobrinhos. Foi muito bom retornar à escola depois de tantos anos e ver meus filhos estudando nas mesmas salas de aula que estudei. Além de participar da rotina escolar por conta dos nossos filhos, meu marido e eu também fazemos parte da Associação de Pais e Mestres do colégio, a Apamea, pois cremos no benefício e na importância de fortificar os elos entre a família, os estudantes e o colégio. A parceria estabelecida entre o colégio, direção, pais, mestres e funcionários não abrange somente a comunidade escolar, mas também apoia e desenvolve atividades de cunho social. A iniciativa Brasil sem Frestas é um desses projetos, cujo objetivo é minimizar o frio dos menos favorecidos. Podemos fazer tanto com tão pouco: basta separar, lavar, abrir e recortar as caixas de embalagem de leite ou suco. Essas embalagens agrupadas formarão placas que serão grampeadas em casas de madeira, evitando que o frio e o vento passem pelas frestas dessas casas, proporcio-

Colégio Marista Aparecida

nando um pouco mais de conforto térmico para seus moradores. Os resultados dessa pequena ação são muitos: ajudamos o próximo, preservamos o meio ambiente e mostramos a importância do trabalho em equipe. Os estudantes do colégio estão mobilizados nessa campanha e a sala da Apamea já ficou pequena diante do volume de caixas recebidas. Isso tudo reflete, na prática, os muitos valores passados pela educação marista, desde a minha época como estudante até agora, que vemos dando frutos e transformando a nossa realidade. Quando a Carolina, minha filha mais nova, concluir o Ensino Médio, nós somaremos mais de três décadas de Colégio Marista Aparecida em nossa família.

Susana Tercila Giordani, ex-aluna marista, formada em Letras pela PUCRS e pósgraduada em Turismo pela UCS, é diretora administrativa da Transporte Coletivo Santo Antônio e da Giordani Turismo.


Ensino Médio

em constante movimento A sociedade está em constante transformação e o desafio da escola é manter-se atualizada e atenta às novas necessidades. Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica (PCNs), por exemplo, abriram caminho para o rompimento das fronteiras entre os componentes curriculares. Essa mudança refletiu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, desde 2009, passou a cobrar as competências em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Atentos a esses novos contornos da educação básica brasileira, a Gerência Educacional dos Colégios Maristas vem implementando um processo de reestruturação curricular, baseado no Projeto Educativo do Brasil Marista, documento norteador da ação pedagógica dos educadores. A nova concepção é dialógica, dinâmica e tem sido construída de forma coletiva entre gestores, professores e demais profissionais do cotidiano escolar. Trata-se de um currículo em movimento que perpassa a metodologia, os ambientes de aprendizagem e a qualificação de todos os processos educacionais (pedagógicos e administrativos), entre outros elementos que serão aprofundados posteriormente. Tendo em vista a excelência acadêmica e a formação humana, o objetivo é implantar efetivamente as Matrizes Curriculares, abordagem educativa que possibilita aos estudantes relacionar saberes, aplicando o conhecimento no seu cotidiano e,

© Foto: Acervo do colégio

Currículo

Uma das principais frentes de atuação no colégio são as reuniões de formação, momentos de estudo que mediam a apropriação dos educadores aos novos documentos.

futuramente, na vida profissional. “Um dos aspectos mais importantes dessa mudança na abordagem pedagógica, sem dúvida, é que os estudantes precisam/desejam aprender fazendo e o professor deve atuar como mediador nessa construção”, destaca a diretora do Marista Aparecida, Silvia Aparecida Pagot Marodin.

Formação continuada para os educadores Uma das principais ações referentes às matrizes que está em andamento é o Curso de Especialização em Gestão Curricular Marista, fruto da parceria com a PUCRS. As aulas são na modalidade EAD e tiveram início em maio, com previsão de término em 2016. Participam os gestores que fazem parte do Conselho Técnico, Administrativo e Pedagógico (CTAP) dos colégios. Momentos formativos e capacitações sobre as áreas do conhecimento também vêm sendo realizados com todos os profissionais das escolas. O foco desse trabalho no Marista Aparecida está na formação dos educadores, com o objetivo de “sair das aulas expositivas com os estudantes sentados, uns atrás dos outros, para uma perspectiva de construção coletiva de itinerários de aprendizagem através da resolução de problemas, contextualizando os conteúdos e colocando o currículo em movimento. Não é tarefa fácil, porém urgente e absolutamente necessária”, enfatiza Silvia. Um dos destaques desse trabalho é o projeto da área das linguagens, Pelas trilhas da leitura, que coloca o estudante como protagonista

na construção do conhecimento: eles foram atores no teatro, declamadores, organizaram cenários, decoraram o colégio, entre outras atividades. Para a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Gisele Mânica, essa adequação no currículo vem ao encontro das mudanças sociais e culturais, porém, por ser um processo complexo, é uma construção, que não será realidade de uma hora para outra. “Em sala de aula, o trabalho estará muito mais integrado, pois estaremos trabalhando as áreas do conhecimento, propondo a construção de competências com os diferentes componentes que a compõem, reorganizando o espaçotempo, alinhando planejamento e avaliação”, explica Gisele sobre alguns dos desafios. Há 33 anos em sala de aula, a educadora Elizabete Miele se questiona como os estudantes perceberão seu papel como protagonista, como gerador de conhecimento, e também quanto à atuação dos educadores, que vêm de uma formação mais tradicional, com visões específicas de cada disciplina, não com foco na multidisciplinaridade. Apesar das dúvidas, a professora destaca que as reformulações são necessárias para aproximar a realidade do cotidiano com a da sala de aula. “Os estudantes devem notar que o conteúdo trabalhado faz parte do seu dia a dia e que, simultaneamente, um mesmo fato deve ser estudado por diferentes áreas do conhecimento, tornando assim o ensino mais significativo para eles”, explica. Todas essas iniciativas caminham para um mesmo propósito: desenvolver nos estudantes diferentes competências, como autonomia, liderança, leitura de mundo, entre outras.

Colégio Marista Aparecida

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Caleidoscópio EM

2015

© Fotos: Acervo do colégio

Com aulas práticas no Laboratório de Ciências, os estudantes puderam testar algumas das teorias apresentadas em sala de aula, facilitando o aprendizado.

Com a campanha Páscoa Fraterna, os estudantes levaram um pouco de alegria e carinho para outras escolas do município.

Construir formas geométricas com balas de goma e palitos é uma das estratégias para facilitar o aprendizado de Física e Matemática.

APRENDIZADO Uma das propostas do Ensino Médio durante o projeto Experimentando a Matemática foi realizar atividades práticas com estudantes de outros níveis de ensino.

FRATERNIDADE Durante os encontros da PJM, os estudantes têm a oportunidade de conhecer ex-integrantes para discutir temas como projeto de vida e liderança estudantil.

Durante o Interséries, campeonato esportivo interno, os estudantes têm a oportunidade de praticar esportes, realizar trabalho em equipe, exercitar a liderança, entre outros benefícios.

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Colégio Marista Aparecida


O teatro foi uma das principais linguagens apresentadas no projeto Pelas trilhas da leitura, no qual os estudantes interpretam grandes clássicos da literatura.

O colégio recebeu a peça teatral Despertando para sonhar, sucesso de público e crítica, que discute temas importantes como família e futuro.

CULTURA

Os estudantes tiveram a oportunidade de dar uma nova cara para o trabalho de grandes poetas modernos em um circuito de poemas.

No projeto de orientação vocacional, voltado para o 3o ano EM, um psicólogo discutiu carreiras e escolhas.

CRESCIMENTO

Através do Simulado da FTD, os estudantes do 3o ano EM intensificaram a sua preparação e apontaram para os educadores as áreas que precisam ser trabalhadas de uma forma diferenciada.

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Diz aí

Como você encara as diferenças no dia a dia

© Fotos: Acervo do colégio

Aceitar, não aceitar, aprender a se adaptar, julgar... Qual a sua forma de se posicionar?

?

Roberta Poletto Camargo 1o ano do Ensino Médio

Júlia Lunelli 2o ano do Ensino Médio

Giovani Bruno Conzatti 3o ano do Ensino Médio

“Não sei por que a sociedade sempre bate na mesma tecla da ‘diferença’. Estamos em pleno século 21 e ainda vemos pessoas que se acham superiores ou, pior, inferiores. Que deplorável. Então, não sei como encaro as diferenças. Talvez com a maior neutralidade e paciência possíveis. No final das contas, somos todos iguais, mas com características que proporcionam um mundo com uma amplitude maravilhosa.”

“Falar, escrever, curtir e compartilhar não são a mesma coisa que tomar uma atitude quando a diferença aparece, sem aviso prévio. No nosso cotidiano, ninguém é totalmente livre de preconceitos e eu também não. Tento, da melhor forma possível, encarar as diferenças que surgem no meu dia a dia com olhos livres de julgamentos, com respeito e com empatia.”

“Dentre as diferenças em uma sala de aula, seja entre colegas ou até professores, deve-se aprender a lidar com elas, não fazendo ou esperando que os outros se adaptem, e sim se adaptando, a ponto de lidar tão bem e poder brincar com todos, sejam os mesmos, os brincalhões, sérios, sentimentais, felizes, etc. O jeito é estar feliz o tempo todo.”

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Colégio Marista Aparecida


Em movimento

Comunidade escolar elege como uma das

segurança

Ao todo, o colégio contará com cinco catracas, três na Recepção principal e duas na entrada da Educação Infantil.

© Foto: Acervo do colégio

prioridades

Pensando na segurança da comunidade escolar, o Colégio Marista Aparecida está investindo em mais um diferencial no ano letivo de 2015: a implantação do controle de acesso. Essa inovação vai ao encontro do anseio dos pais e educadores demonstrado na Avaliação Institucional: a melhoria da segurança no colégio. As obras começaram após o início do ano letivo, no mês de março. Até o fim das obras, foram realizadas diversas etapas na implantação do sistema, tais como: a reestruturação da Recepção, a instalação das catracas (com o braço abaixado, em um primeiro momento), a apresentação das orientações aos estudantes, a entrega dos cartões de acesso, a sensibilização da comunidade escolar e, por fim, a ativação das catracas. Ao todo, foram instaladas cinco catracas no colégio: três na Recepção principal, destinadas ao público

em geral e aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, e duas na Recepção da Educação Infantil. Com o sistema, não será permitida a entrada sem o cartão de acesso. Para cada público, será distribuído um cartão específico, que pode ser o de estudante, o de familiar, o de visitante ou o de terceirizados. Além do investimento, a obra de implantação do controle de acesso conta com uma grande parceira, a Associação de Pais e Mestres do Colégio Marista Aparecida (Apamea). A entidade está presente desde o início do processo, participando da eleição da demanda até a concretização do projeto. Além das mudanças estruturais, os educadores do colégio estão trabalhando com os diversos públicos a importância das catracas, que fornecerão um maior acompanhamento de entradas e saídas. Os estudantes, principalmente, estão sendo cons-

Aplicativo Marista Virtual Uma das principais funcionalidades do aplicativo Marista Virtual será ativada juntamente com as catracas. Quando o sistema estiver em pleno funcionamento, os pais receberão uma notificação no seu celular quando o estudante entrar ou sair do colégio, facilitando assim o acompanhamento da rotina escolar dos seus filhos.

cientizados de que o cartão de acesso é a "chave" do colégio e por isso deve ser usado com responsabilidade, para garantir um melhor acompanhamento dos acessos e, consequentemente, uma maior segurança no ambiente escolar.

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Construir conhecimentos

Fique por dentro! Aprenda de um jeito fácil, prático e superconectado. Confira algumas dicas e, se gostar, compartilhe os vídeos!

COMO JOGAR BASQUETE como fazer um brinco tribal O vídeo foi criado pela mãe Cassiane Paludo de Assis. Por ser empresária no ramo de joias e acessórios, Cassiane mostra como fazer uma das peças mais populares entre as meninas, o brinco tribal, de uma forma fácil e barata, acessível a todos os públicos. www.youtube.com/ watch?v=8AipuuzugI8

Os estudantes do Ensino Médio Mateus Rizzi e Giovani Conzatti ensinam as regras básicas do Basquete e também algumas das principais jogadas. Além disso, eles aproveitam o espaço para convidar os estudantes a praticar esportes e participar de um dos principais eventos da Rede, o Maristão. www.youtube.com/ watch?v=IRue04Xo3W0 COMO DESENHAR ROSTO

COMO FAZER SORVETE DE IOGURTE Juntamente com a professora Adriane Bussoloto, as estudantes do Ensino Fundamental Fernanda Selli e Elisa Braido ensinam uma receita simples e gostosa para se fazer sorvete de iogurte. A receita, própria para o verão, conta com frutas e ingredientes naturais, e pode ser feita por crianças, jovens e adultos. www.youtube.com/ watch?v=ALDYeD-q9Y8

Os estudante do Ensino Médio Luiz Pedro Guerra explica a técnica de como desenhar rostos masculinos e femininos com base em formas e pontos delimitados. Passo a passo, o jovem mostra como podemos fazer desenhos de faces mais simples até uma arte mais expressiva e detalhada. www.youtube.com/ watch?v=eDbHLrTEPC8

A estudante do Ensino Fundamental Lívia dos Santos Fracalossi mostra uma forma prática de fazer uma das receitas que mais fazem sucesso entre as crianças: o brigadeiro. De forma didática, Lívia mostra que executar a receita é uma questão de minutos. www.youtube.com/watch?v=NFZcVaBF5Mo

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Colégio Marista Aparecida

© Fotos: Reprodução YouTube

COMO FAZER BRIGADEIRO DE XÍCARA



olhar

Crise de sentido em um mar de

© Foto: Shutterstock

{des}informação

O crescente envolvimento de jovens ocidentais em movimentos radicais gera questionamentos sobre qual o propósito de vida da atual juventude 34

Em março deste ano, o governo nacional detectou intervenções do Estado Islâmico (EI) para aliciar jovens brasileiros à causa, por exemplo. Também, neste semestre, presenciou-se expressões de radicalismos por parte de jovens cristãos diante de fatos considerados por eles uma afronta às Escrituras Sagradas. Para refletir sobre o que leva um jovem a acreditar que vale a pena se envolver em um movimento radical, que, por vezes, propaga morte e destruição, o doutor em Sociologia Eurico Gonzalez propõe uma discussão sobre o sentido da vida nos dias de hoje.


Nosso tema é complexo, ou seja, tem muitas causas simultâneas, de modo que podemos nos concentrar apenas em algumas delas. Sugiro que reflitamos sobre duas coisas: o império da inteligência eletrônica e a crise de sentido pela qual passa hoje o Ocidente, em geral, e o Brasil, em particular. O que chamo de “império da inteligência eletrônica” significa o fato de que as ideias que hoje estão à disposição na sociedade não possuem critérios institucionalizados de filtragem, mas deveriam ter. Quando Lutero traduziu a Bíblia, no século 16, ocorreu algo semelhante: de uma hora para outra, um acervo completamente novo de pensamentos se distribuiu horizontalmente pela sociedade, podendo suas verdades ser interpretadas por cada um livremente, gerando, no curto prazo, crise de ordem e, no longo, ideias novas que originaram a modernidade. Vivemos, hoje, uma situação semelhante. Há enorme profusão de alheios à sociedade e a internet faz com que cada um tenha o direito de dizer como acha que o mundo deve ser. Acrescente a isso o poder de sedução da publicidade, que produz e inculca ideias afirmativas sobre o mundo, nas quais, secretamente, a sociedade não acredita, pois sabe que sua finalidade é a de seduzir a mente para que adquira esse ou aquele bem. Assim, temos uma situação cultural em que as ideias antigas são desacreditadas e novas não surgem com autoridade, muito menos por consenso. Além disso, como uma grande quantidade de vozes – umas roucas, outras possantes –, cada um tenta resolver sozinho (inclusive por solidão de sentido) os difíceis problemas da vida. Não devemos ficar apreensivos demais. O número dos que seguem procurando uma vida normal ainda é amplamente majoritário, mas as exceções de que tratamos aqui apontam para direções potencial-

mente perigosas que, se não forem contrabalanceadas com inteligência e amor, podem aumentar. A sociologia sabe que a consciência do sujeito é produzida pela sociedade – e sabe, então, que quando a sociedade se desorganiza, a consciência individual se ressente paralelamente, em uma relação causal forte. Como especificidade de nossa época, porém, há a crise de sentido que mencionei anteriormente. Os principais referenciais coletivos de sentido estão dessacralizados em nossa sociedade: religião, ideais morais e políticos, ideais estéticos ligados à beleza e o próprio e prosaico valor da vida. Nada mais deixa de poder se submeter ao cálculo dos prazeres e das vantagens, está livre o caminho para que os humanos adorem as coisas materiais. Mas quem dera a vida fosse assim fácil de resolver... O cálculo dos prazeres e das vantagens ignora o problema do sentido interior da vida de cada um – mas este não deixa de existir. Impedida publicamente de se manifestar, a demanda por sentido da vida segue pulsando, vindo a se manifestar de formas bizarras e, frequentemente, destrutivas. Na medida em que a sociedade tomou por saber o que era, na verdade, sua ignorância e omissão quanto ao problema do sentido, foram se desenvolvendo

Facilmente vê-se na destruição alguma espécie de prenúncio do novo e do bom [...], quando não se espera mais nada do mundo real, quando não se sabe gostar da vida real, presente.

respostas cegas, raivosas (pudera!), ilhadas e não compartilhadas ao problema do sentido interior. Assim, chegamos a algum lugar: se somarmos o império da inteligência eletrônica à crise de sentido, perceberemos que as respostas às mais difíceis questões, que dizem respeito a todos os seres humanos, estão sendo dadas de modo confuso e fraco, incapaz de fazer face à imensidão dos problemas da interioridade. Quando se tem condições excelentes, já é muito difícil atinar uma resposta às grandes questões; quando se fazem tais perguntas à internet, obtém-se como resposta algo que não é uma resposta, mas uma incrível zoeira. Alguns jovens estão se deixando seduzir pela violência porque ela gera certa ilusão de sentido. Facilmente vê-se na destruição alguma espécie de prenúncio do novo e do bom (como as ideias sacrificiais sugerem), quando não se espera mais nada do mundo real, quando não se sabe gostar da vida real, presente. Essa é uma síntese do que penso sobre as condições interiores da vida da juventude atual. Para um exame completo do assunto, que não pode ser feito aqui, deveríamos observar também as “condições exteriores” da adesão de jovens ao terrorismo internacional – facilidades de trânsito de pessoas e de informações, etc. Eurico Gonzalez Cursino é doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília e consultor legislativo do Senado Federal, onde responde pela área de Direitos Humanos e Cidadania. Cursino também tem realizado estudos em sociologia da religião e em sociologia política e do direito, bem como na intersecção desses temas.

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© Fotos: Renata Sales

O poder dos

clássicos Música erudita pode influenciar no desenvolvimento da mente e em atividades vitais Por Michele Bravos

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Ao som de Beethoven, Bach, moléculas de água assumem formas harmoniosas, enquanto que quando expostas a ruídos agressivos, tornam-se assimétricas, desconstruídas. É o que mostram os estudos professor Masaru Emoto, que ficou conhecido pelo seu livro A mensagem da água (publicado em dois volumes, em 1999 e 2001). Considerando que o corpo humano é formado, em média, por 70% de água, as pesquisas apostam que existe alguma influência da música clássica sobre o ser humano, tanto adultos quanto crianças.

Na prática, a professora de Música Helena Secco percebe que os alunos da classe de piano se tornam mais atentos e disciplinados com o passar das aulas. "Para tocar uma música clássica no piano, o aluno precisa fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que exige muita atenção. Já tive caso de alunos que eram muito agitados e motivo de reclamação nas aulas regulares, mas que hoje estão entre os melhores". O maestro Paulo Torres ressalta que "a música está enraizada nas camadas mais profundas de da personalidade, onde percepções senso-


riais, sentimentos e pensamentos se integram, por isso a música está relacionada com o desenvolvimento da mente humana e de questões reflexivas". Ele pontua que quanto mais experiências sensoriais a criança tem, ela percebe mais possibilidades no mundo, interferindo, inclusive na sua inteligência. Além desta relação, existe também uma explicação fisiológica para tantas interferências. "O nervo vago ou pneumogástrico está conectado ao nervo auditivo e é responsável pela inervação de praticamente todos os órgãos abaixo do pescoço: pulmões, coração, estômago, intestino delgado, o que significa que a música pode alterar a respiração e a pulsação, interferindo no desempenho em outras atividades". A professora percebe que o benefício não é restrito para quem executa a música. Ela afirma que a música clássica é mais intencional e, por isso, ativa diversos campos sensoriais do indivíduo para que ela seja interpretada, mesmo quando a pessoa é só ouvinte. Da mesma forma que a "boa música", como diz o maestro, pode equilibrar o corpo e a mente, uma música muito ruidosa pode provocar estresse, dores de cabeça, náusea, perda de audição, perturbação do sono, digestão deficiente, irritabilidade, falta de concentração, hiperatividade e até constrição do sistema circulatório. Torres cita o pesquisador David Noebel, lembrando que seus estudos afirmam que o ritmo da música rock cria uma secreção anormal nos hormônios sexuais e adrenalina. Para estabilizar os hormônios, o açúcar que está no sangue é direcionado para resgatar o equilíbrio, provocando uma redução na quantidade de açúcar que estaria sendo enviada para o cérebro. Consequentemente, isso diminui a atividade cerebral, uma vez que a massa cinzenta é nutrida por açúcar.

Ok! Já que a música erudita é tão benéfica, você deve estar se perguntando: "como fazer com que meu filho ou minha filha tenha algumas na playlist?" Helena afirma que o importante é desmistificar os clássicos e essa é uma tarefa que cabe aos pais também. "Primeiramente, é interessante que a criança seja apresentada à variedade musical existente, incluindo música clássica. Os pais também devem ouvir os compositores clássicos. A criança ou o adolescente precisa perceber que isso é algo tangível tanto quanto a trilha do desenho que ele gosta. E às vezes é preciso insistir um pouco. Mas, conforme ele vai tendo contato com esse universo, o gosto também vai surgindo naturalmente, vai sendo aprendido".

A música está enraizada nas camadas mais profundas de da personalidade, onde percepções sensoriais, sentimentos e pensamentos se integram, por isso a música está relacionada com o desenvolvimento da mente humana e de questões reflexivas. Paulo Torres Maestro

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Soluções

para o e-lixo

Iniciativa marista busca solucionar um dos problemas da atualidade: o excesso de lixo eletrônico Por Michele Bravos

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© Fotos: Acervo da Rede de Colégios

solidariedade


Cada cidadão brasileiro produz cerca de 7 kg de lixo eletrônico por ano. Ou seja, só neste ano de 2015, o país deve gerar 1,4 bilhão de toneladas de e-lixo, segundo dados levantados pela iniciativa Step – uma aliança entre as Nações Unidas, empresas e governos de diversos países, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de políticas que solucionem a questão do excesso de lixo eletrônico produzido no mundo. Preocupado com esse problema, o Polo Marista de Formação Tecnológica desenvolveu a iniciativa Recondicionar, que visa à conscientização da comunidade escolar sobre o direcionamento correto de resíduos eletrônicos. Em um ano, o projeto já coletou 4 toneladas de lixo. Pode parecer pouco perto do montante nacional, mas o número superou as expectativas iniciais dos idealizadores da proposta. O coordenador de Projetos do Polo, Ricardo Brodt Leistner Júnior, ressalta que o grande legado não diz respeito aos números, mas sim a conscientização da comunidade. “As nossas principais metas não estão relacionadas ao volume de arrecadação e sim à quantidade de educandos que conseguimos envolver com a disseminação da importância da reciclagem do lixo eletrônico”, comenta. A partir dos materiais recolhidos nos 23 pontos de coleta nos Colégios e Unidades Sociais (confira a lista de locais ao lado), eles utilizam e reaproveitam muitas peças em benefício da própria comunidade escolar. Os resíduos são utilizados pelos educandos como suplementos e para algumas atividades educativas do Polo. De acordo com o Irmão Odilmar Fachi, diretor do Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar), uma iniciativa como esta faz parte da essência da educação marista. “No Cesmar, crianças e jovens são incentivados desde o princípio a se vincularem a projetos voltados para a construção da cidadania. Esses valores estão intrínsecos à metodologia educacional que praticamos e permitem que os educandos pensem de forma coletiva a partir da autonomia que recebem”. Cerca de 90% do montante arrecado entre todas as unidades são encaminhados para reciclagem e possível retorno à indústria, evitando extração de recursos da natureza. No segundo ano de projeto, a equipe da unidade trabalha para estimular o uso dos ecopontos também nos ambientes empresariais. A iniciativa faz parte do Programa de Responsabilidade Socioambiental da instituição e premia com uma placa especial as organizações que adotam os pontos de coleta em suas sedes, entre outras ações.

LOCAL

CIDADE

TELEFONE

Dobil Engenharia

Alvorada

(51) 3412-1400

Marista Maria Imaculada

Canela

(54) 3278-6100

Ecoponto Eldorado

Eldorado

(51) 3499-6438

Marista Medianeira

Erechim

(54) 3520-2400

Ecoponto Guaíba

Guaíba

(51) 3480-0794

Marista Pio XII Novo Hamburgo

(51) 3584-8000

Marista Conceição

Passo Fundo

(54) 3316-2700

Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis CPCA

Porto Alegre

(51) 3319-1001

Colégio Bom Jesus Sévigné

Porto Alegre

(51) 3284-6200

Ecoponto Dataprev

Porto Alegre

(51) 3455-4000

Fertilizantes Piratini

Porto Alegre

(51) 2126-2306

Hospital Fêmina

Porto Alegre

(51) 3314-5200

Hospital Cristo Redentor

Porto Alegre

(51) 3357-4100

Hospital Conceição

Porto Alegre

(51) 3357-2000

Marista Assunção

Porto Alegre

(51) 3086-2100

Marista Champagnat

Porto Alegre

(51) 3020-6200

Marista Ipanema

Porto Alegre

(51) 3086-2200

Marista Ir. Jaime Biazus

Porto Alegre

(51) 3086-2300

Marista Rosário

Porto Alegre

(51) 3284-1200

Marista São Pedro

Porto Alegre

(51) 3290-8500

Porto Alegre

(51) 3079-3550

Viamão

(51) 3492-5500

Santo Ângelo

(55) 3931-3000

Thoughtworks - TW O Brasil produz Marista 7 kg de lixo Graças eletrônico por Marista Santo Ângelo habitante em um ano. Isso significa 1,4 milhão de toneladas no mesmo período.

Links: Confira aqui o quanto cada país tem produzido de lixo eletrônico no mundo: goo.gl/ZVq9iK

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© Foto: Acervo do colégio

como fazer

Vida longa aos grêmios estudantis Os grêmios reúnem estudantes para debater questões relevantes do dia a dia do colégio e da sociedade. Eles também representam um espaço para se fazer novas amizades Por Michele Bravos

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Ainda que tenham nascido já conectados, os atuais adolescentes não abrem mão do convívio social presencial e fazem valer sua opinião à moda antiga: em rodas de conversa, em debates olho no olho. Os grêmios estudantis são um exemplo de contato ao vivo que ainda perduram mesmo na nova geração. A Brenda Andrade, 16 anos, vice-presidente do grêmio

estudantil do Marista Irmão Jaime Biazus, de Porto Alegre (RS), afirma o quanto preza esse relacionamento mais próximo com seus colegas. "Eu gosto de ter o contato com os estudantes, poder entrar nas salas e falar com eles, dar avisos, saber o que eles estão achando das atividades". Ela ainda complementa que esse feedback é necessário para o crescimento do grupo.


Novas amizades

Alunos integrantes da gestão de 2015 do Grêmio Estudantil do Marista Ir. Jaime Biazus, de Porto Alegre (RS).

Brenda conta que sem o grêmio seus dias seriam muito monótonos. "Se não fosse pelo grêmio, estaria tendo minha rotina normal. Participar dele me fez uma pessoa muito mais comunicativa, com muito mais ideias, e ainda me prepara para um mundo profissional". A coordenadora pedagógica Cláudia Rocha lembra que estar à frente de um grêmio significa estar o tempo todo ouvindo as demandas dos alunos e depois defendê-las. Por isso a contribuição para o futuro dos envolvidos é tão grande. Ela afirma que o Marista Irmão Jaime Biazus faz questão de incentivar essa representação.

O grêmio também serve de ponte para novas amizades, uma vez que integrantes e demais alunos devem estar em constante troca de experiências e sempre em busca de melhorias para a convivência no colégio. "Logo que um estudante novo chega, o assunto grêmio estudantil já surge. A gente conta como fomos eleitos, o que temos feito. Aí, vão se criando laços. Aqueles com quem não tinha tanta intimidade, você passa a ter. Jamais iria conhecer as pessoas que conheço hoje se não fosse pelo grêmio", diz Brenda. A coordenadora pedagógica pontua que aqueles que participam do grêmio têm o papel fundamental de ser um exemplo para os colegas – novos e antigos. Ela ressalta a importância da relação entre todos os estudantes para que um perceba no outro que é possível sonhar e fazer. "É essencial que todos se envolvam de tal maneira para que todos sejam protagonistas e autônomos".

Responsabilidades Apesar de toda a responsabilidade em torno de "ser a voz de um grupo", os integrantes do grêmio não reclamam e veem o lado positivo disso. Brenda garante que representar um colégio não é fácil, muito menos os estudantes, mas acredita que isso a ajuda para além do ambiente escolar. "Não tenho explicação para definir o

Nós damos orientações, mas permitimos que tenham liberdade para agir. Cláudia Rocha Coordenadora pedagógica

que é o grêmio estudantil para mim. Adoro muito estar envolvida. É tudo tão grandioso, e tudo se encaixa, tudo se soma como conhecimentos, e por isso não desisto". Brenda, que está no grêmio desde 2014, quando fez parte da primeira chapa, pretende se reeleger no próximo ano.

© Foto: Acervo pessoal

"Foi em 2013 que surgiu o primeiro grêmio, com a ajuda do colégio. Desde então, fomentamos discussões e reflexões sobre maioridade penal, coleguismo, entre outros assuntos atuais ou que possam contribuir para o desenvolvimento dos alunos." Em geral, o colégio propõe junto com os adolescentes um tema a ser apresentado e uma forma de atuação. "Nós damos orientações, mas permitimos que tenham liberdade para agir", diz Claudia.

PARA LEMBRAR "Os debates que antecederam as eleições para a gestão do grêmio de 2015 foi algo muito marcante para mim. Eu fazia parte da chapa 1, que concorria com mais outras duas chapas. Pelo fato de nossas propostas serem bastante ousadas, os estudantes fizeram muitas perguntas e os professores questionaram a viabilidade de algumas delas. Mas nós permanecemos ali, fortes e focados nas propostas, tentando mostrar que tudo era possível de realizar. Foi difícil. Saímos do debate sem nenhuma esperança de vitória, mas no dia da votação veio a surpresa. A maioria dos alunos acreditaram em nosso potencial e hoje representamos um colégio". Brenda Andrade, 16 anos, vice-presidente do grêmio estudantil do Marista Ir. Jaime Biazus, de Porto Alegre (RS)

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compartilhar

Confira nesta edição as dicas de aplicativos sugeridas pelo supervisor de Tecnologias Educacionais dos Colégios Maristas, Silvio Augusto Langer

Casa Virtual FURNAS Este aplicativo simula o consumo dos seus aparelhos elétricos, permitindo descobrir quais deles gastam mais e gerar o valor aproximado de sua conta de luz. É possível adicionar cômodos e seus respectivos equipamentos. É gratuito e está disponível para o iOS e Android. iOS: goo.gl/qn1gjW

© Imagens: Divulgação

ANDROID: goo.gl/MNHVas

GEOGEBRA O GeoGebra (www.geogebra.org) é um software de Matemática voltado para estudantes e professores de todos os níveis de ensino. Ele integra geometria, álgebra, planilha eletrônica, gráficos, estatística e cálculo em um único ambiente fácil de usar. Atividades interativas criadas com este app podem ser compartilhadas e baixadas. É gratuito, está disponível para o iOS e Android e há uma versão web. iOS: goo.gl/4YMTha ANDROID: goo.gl/1lUSwW

GOOGLE EARTH O Google Earth é um aplicativo de mapas em três dimensões que permite passear virtualmente por qualquer lugar do planeta. O programa traz a integração com o Street View (recurso que permitem andar por ruas) e o Google Maps. Há também vídeos e mapas sobre oceanos, a Lua e Marte. É gratuito e está disponível para o iOS e Android. iOS: goo.gl/4YMTha ANDROID: goo.gl/1lUSwW

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TED

National Gallery, London HD Free Este app apresenta mais de 1,6 mil pinturas em alta resolução de 500 artistas, como Van Gogh, Monet, entre outros. As pinturas são classificadas por século, gênero e autor. Permite o envio das imagens por e-mail ou salvá-las em seu dispositivo. Possui uma versão grátis para dispositivos iOS; para Android, custa R$ 5,07.

Reunindo conferências e discursos de alguns dos melhores pensadores sobre diversos assuntos, Technology Entertainment and Design (TED) disponibiliza centenas de vídeos e áudios de palestras dos melhores pesquisadores e gênios da tecnologia, entretenimento e design. Contando com legendas para dezenas de idiomas, o aplicativo é a ferramenta ideal para ter um rápido e eficiente acesso aos conteúdos da TED. É gratuito e está disponível para o iOS e Android. iOS: goo.gl/14ZHgY ANDROID: goo.gl/c0HPeM

iOS: goo.gl/OJmABm ANDROID: goo.gl/620uOm

EVERNOTE Este aplicativo sincroniza suas anotações entre todos os seus dispositivos: celular, tablet e desktop. Com ele é possível criar divisões e dentro delas inserir páginas com suas notas, tarefas e checklists. Também serve para organizar documentos e fotos e compartilhá-las com outras pessoas, diretamente pelo aplicativo. É gratuito e está disponível para o iOS e Android. iOS: goo.gl/hLxPDO ANDROID: goo.gl/iiZXyX

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diversão

Desenvolver-se

Você pode não perceber, mas brincar de amarelinha, de esconde-esconde e de pular corda são atividades que também despertam habilidades nas crianças. Saiba o que cada uma dessas brincadeiras de antigamente desenvolve nos seus filhos

Por Michele Bravos

Cabra-cega batata quente

Com os olhos vendados, inibindo o sentido da visão, a criança é incentivada a aguçar a audição e o olfato. O controle do próprio corpo e a noção espacial são pontos despertados aqui. Nesta brincadeira, a autoconfiança da criança também é estimulada.

A criança aprende a controlar a ansiedade, percebendo a importância de manter a calma. Movimentos mais harmoniosos também são estimulados aqui.

© Foto: Renata Sales

BAMBOLÊ

Pular corda Pular corda desenvolve o equilíbrio, a coordenação e o condicionamento físico.

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Girar o bambolê em torno do corpo – na cintura ou, como os mais avançados, no pescoço, no braço e até no tornozelo – colabora para o desenvolvimento da concentração e o aprimoramento da noção de espaço e tempo.


brincando ESCONDE-ESCONDE No esconde-esconde é preciso mais que velocidade para sair vencedor. Essa brincadeira trabalha, principalmente, o domínio das próprias emoções e o controle de ações impulsivas. A integração com o grupo e a compreensão da competitividade são pontos importantes despertados aqui.

AMARELINHA Cada vez que a criança precisa mirar em um quadrado e depois percorrer o caminho pulando, o seu raciocínio lógico está sendo estimulado, assim como o seu equilíbrio.

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essência

© Foto: Acervo pessoal

(In)diferença Ir. Marcelo Bonhemberger

Intitula-se por (in)diferença paradoxal os processos que incidem sobre os indivíduos sociais imersos numa sociedade, se pensarmos em Lipovetsky, hiperconsumista. Um dos paradoxos com os quais se confrontam os jovens na atualidade diz respeito, de um lado, à indiferença e, de outro, ao preconceito. Este surge quando um conjunto de premissas aparentemente inquestionáveis origina conclusões inaceitáveis ou contraditórias. Enquanto a incerteza se apodera do nosso dia a dia, as assimetrias sociais se acentuam, os valores que dão dignidade às pessoas estão cada vez mais ausentes e assistimos à globalização da indiferença pela ausência de padrões éticos e morais. A revista Science (2014) publicou recentemente um estudo sobre a moralidade na vida cotidiana (Morality in everyday life), mostrando como as ações consideradas “moralmente corretas” ou “moralmente incorretas” afetam aspectos importantes da vida e contribuem, por exemplo, no aumento ou na diminuição da felicidade. A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos e no Canadá com 1.252 adultos, entre 18 e 68 anos. A análise demostra que os atos morais “bons” se associam a níveis mais elevados de felicidade do que atos imorais. Possivelmente, a educação, pelo exemplo, desde a tenra idade exerce um papel fundamental na formação da personalidade e do caráter da pessoa. Uma construção com sutis eventos, ou episódios preconceituo-

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paradoxal sos na infância, contribui na reprodução de atos futuros internalizados nessa época. Dado que o preconceito muitas vezes é desenvolvido pelos indivíduos na busca da dicotomia e na diferenciação entre o bem e o mal, porém, há um bloqueio da realidade, tornando-a deficitária por algo que foi impedido de enxergar (CHAUÍ, Marilena). Experimentar, conviver, sentir, conhecer e respeitar o outro como diferente e não indiferente é essencial no desenvolvimento atitudinal e operacional do sujeito. Em outras palavras, o filosofo francês Emmanuel Lévinas (19061995) acredita que através da face do outro toda a humanidade se torna presente. As necessidades, as preocupações, as dificuldades e os problemas do outro são também de todos em igual situação. Estabelece-se, então, uma relação de alteridade que implica acolhimento, aproximação, abertura, estender-lhe a mão, dar-lhe abrigo, ir ao encontro de respostas. Uma vez que estamos inseridos em um contexto paradoxal em que se sucedem conflitos relacionadas às (in)diferenças, sejam elas pessoais ou culturais, saber lidar com essas adversidades e respeitar o valor intrínseco de cada pessoa significa reconhecer

no outro aquilo que difere de mim, independentemente das disparidades sociais, étnicas e religiosas. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

Cada história é acompanhada por um número indeterminado de anti-histórias, cada uma das quais é complementar a outras. Claude Lévi-Strauss


plural,

se o mundo é por que as opiniões deveriam ser

iguais?

tem gente que tem um ponto de vista. tem gente que tem outro. e tem gente que tem um terceiro. e essa troca de opiniões é o que faz com que haja mudanças significativas nas pessoas e em tudo que as cerca. nós

acreditamos

nisso,

tanto

que

incentivamos

nossos estudantes, pais, professores a trocarem experiências e ideias na sala de aula e além dela. porque a vida ensina, o colega ensina e até quem não concorda com você ensina. só com essa troca é possível transformar o estudante em alguém capaz de também transformar o outro, o mundo e o futuro.

aprender de todos os jeitos muda você.

i n s c r i ç õ e s a b e r ta s pa r a 2 0 1 6 • c o l e g i o m a r i s ta . o r g . b r / m at r i c u l a



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