Jovens 1º Semestre • 2014 | 13ª edição
pesquisadores
incentivo a novos conhecimentos reflete em filhos mais críticos e com uma visão mais ampla
DIA A DIA
Saiba como uma viagem missionária pode contribuir nesse processo de amadurecimento da família.
COMO FAZER
Quando a questão é o uso da internet, os filhos precisam de acompanhamento. Entenda o papel dos pais e como lidar melhor com a situação.
Um amplo conceito de Educação, para alunos, famílias, professores e escolas crescerem juntos.
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Ampliando Futuros
Combinação única de bons valores e excelência.
O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que, diariamente, vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e dos jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da
educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente
BRASÍLIA Colégio Marista de Brasília - Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400
Superior Provincial Ir. Joaquim Sperandio Presidente do Grupo Marista Ir. Delcio Afonso Balestrin Superintendente Executivo do Grupo Marista Paulo Serino Diretor da Rede de Colégios Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos Diretor de Marketing E COMUNICAÇÃO Stephan Younes
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13ª Edição | 1º Semestre 2014 Periodicidade Semestral EDIÇÃO Diretoria de Marketing e Comunicação do Grupo Marista Eduardo Correa e Vivian Lemos REDAÇÃO Jornalista responsável: Rulian Maftum / DRT Nº 4646 Supervisão: Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação) Edição de arte: Julyana Werneck PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê | semduble.com
com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores e excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
Colégio Marista de Cascavel Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel-PR CEP 85812-011 | (45) 3036-6000 Colégio Marista de Londrina Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina-PR CEP 86060-000 | (43) 3374-3600 Colégio Marista de Maringá Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro Maringá-PR - CEP 87010-430 | (44) 3220-4224 Colégio Marista Pio XII Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho Ponta Grossa-PR - CEP 84015-440 | (42) 3224-0374 SANTA CATARINA Colégio Marista São Francisco Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó- SC CEP 89801-500 | (49) 3322-3332 Colégio Marista de Criciúma Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma-SC CEP 88811-503 | (48) 3437-9122 Colégio Marista São Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 - Centro Jaraguá do Sul-SC - CEP 89251-700 | (47) 3371-0313 Colégio Marista Frei Rogério Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba-SC - CEP 89600-000 (49) 3522-1144 GOIÂNIA Colégio Marista de Goiânia Avenida Oitenta e Cinco, 1440 - Santa Marista Goiânia-GO - CEP 74.160-010 | (62) 4009-5875
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Capa Arthur Gabriel Fauth,
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FOTO DE CAPA Gilberto do Rosário
estudante do Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR), e seu pai Marco Túlio Fauth.
© Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
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Saiba de que forma o incentivo dos pais à curiosidade do jovem contribui na formação do conhecimento, estimulando o desenvolvimento de um olhar crítico sobre o mundo.
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dia a dia
entrevista
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Ir. Vanderlei Siqueira, diretorexecutivo da rede Marista de Colégios, traz uma reflexão sobre a curiosidade, fator que contribui para a evolução do mundo, e como ela é despertada em sala de aula.
Uma hora, os filhos criam asas e voam para longe do ninho. Uma viagem missionária pode contribuir para esse processo de amadurecimento dos jovens e dos pais.
essência
solidariedade
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Irmãos Maristas comentam sobre os desafios da educação na contemporaneidade.
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Conheça as histórias da Dona Salete, do menino Geverson, do Seu Benjamin. Cidadãos de uma das localidades que recebeu, no começo deste ano, a Missão Solidária Marista.
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como fazer
compartilhar
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Saiba de que forma auxiliar os filhos a encontrar o equilíbrio quando a questão é o uso da internet.
Já sabe o que fazer nas férias? Veja alguns programas para serem feitos em família.
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Democratização de conteúdo educacional em plataforma digital é o assunto da entrevista com Caroline Serqueira, analista educacional do Grupo Marista.
Confira dicas de sites, livros e programas de TV indicadas pelos professores dos Colégios Maristas.
O escritor e psicólogo Marcos Meier lembra que pais também já foram adolescentes e que é preciso relembrar alguns caminhos já percorridos para entender os filhos.
seu colégio
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Você sabe como lidar com os medos dos seus filhos? Entenda mais sobre essa forma de reação e como ajudar crianças e adolescentes.
1ª impressão
A curiosidade nos move os porquês do universo, não teríamos alcançado o desenvolvimento das ciências e suas tecnologias; tampouco gozaríamos das facilidades e do conforto do estágio atual. Se a curiosidade e o encantamento constituírem as condições primordiais do desvelamento e do conhecimento da natureza pelo homem, também vão possibilitar e potenciar a educação do futuro; eis porque devem fazer parte da estratégia educacional. O entendimento de como é factível estimular crianças e jovens para o desenvolvimento da curiosidade constitui resiliente preocupação das famílias Maristas, que escolheram, por meio de votação, o tema pesquisa para ser destaque na nossa revista Em Família deste semestre. Para melhor entender esse tema em um contexto de complexidade, é necessário problematizar o seu significado, pois ultrapassa o senso comum, que o identifica com o simples uso do laboratório ou a realização de determinada experiência investigativa. Seu significado está em como as experiências e as práticas pedagógicas são exploradas pelos sujeitos-mores da educação: alunos e professores. A aprendizagem entendida na perspectiva da pesquisa rompe com uma organização do ambiente de aprendizagem centrada na transmissão de conhecimentos pela figura do professor ou por meio de exercícios repetitivos. Redefinir esse ambiente em comunidade permite às crianças uma participação legítima em práticas de superior aprendizagem, com crescente grau de liberdade para tentar, errar, corrigir e
escolher onde, quando, como e em quem investir sua curiosidade, inteligência e emoção. A pesquisa é facilmente relacionada ao Ensino Superior; no entanto, é prática que pode e deve ser estimulada desde os primeiros anos da vida escolar. As teorias científicas evidenciam que as crianças são cognitivamente competentes, intelectualmente ativas e socialmente comprometidas. O planejamento espaço-temporal com vistas à pesquisa propicia momentos para o fascínio e o despertar da curiosidade, além de corroborar e potenciar o empenho da criança no uso de sua habilidade de investigação. O trabalho realizado em sala de aula também pode ser complementado em casa. Estimular nossas crianças para o desenvolvimento da curiosidade sobre coisas simples, que estão à sua volta, e questões do dia a dia, eis uma boa e proficiente prática. O envolvimento das crianças, desde tenra idade, na discussão bem dosada de problemáticas sociais, políticas e ecológicas, por exemplo, é preciosa oportunidade de educação para um futuro mais sustentável; prepara-as para lidar com situações rotineiras, pensando global e criticamente e agindo local e pessoalmente.
ir. vanderlei Siqueira dos Santos diretor-executivo da Rede Marista de Colégios
© Foto: João Borges
Você já se viu diante de situações em que o excesso de informações ou a ausência delas o deixaram confuso sobre o que fazer? Ao contar sua experiência, a professora Isabel Alarcão argumenta sobre a razão de tal conflito: “Cheguei ao hotel, vinda do aeroporto. Eram duas e meia da tarde. Situado no característico nordeste brasileiro, o hotel era o exemplo bem acabado da globalização. Pela ausência, quase total, de marcas da civilização local, podia situar-se em qualquer parte do mundo”. Servimo-nos do relato para pensar e problematizar a necessária função da escola de educar para a vida, alicerçada no despertar da curiosidade e do encantamento, como estratégias para a leitura de mundo e o desenvolver da Ciência. Não é novidade que a escola moderna, transmissora dos conhecimentos acumulados, também se tornou distante da vida, porque pouco contribui para a interação crítica do ser humano com o mundo. Há inadequação cada vez mais ampla entre os saberes fragmentados e os desafios cada vez mais planetários. De fato, a estreiteza do olhar nos impede de ver o global, bem como o essencial. Além disso, todos os problemas particulares só podem ser enquadrados e pensados corretamente em seus contextos e circunstâncias; o próprio contexto desses problemas, por sua vez, deve enquadrar-se, cada vez mais, no universo planetário, como defende, entre outros, o sociólogo francês dos “problemas da cultura”, Edgar Morin. Por natureza, o ser humano é curioso. Sem essa vontade de querer entender
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© Foto: Michele Bravos
dia a dia
Com as
próprias asas Uma viagem missionária pode ser o ponto de partida para cortar o cordão umbilical com o filho e ainda incentivar o jovem a ter um amadurecimento mais profundo Por Michele Bravos
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Enquanto o filho adolescente Jackson Bortolotti, 17 anos, aluno do Colégio Marista São Francisco, de Chapecó (SC), fazia as malas para embarcar em uma experiência longe de casa por uma semana, a mãe, Neiva Bortolotti, 45 anos, assistia à cena ansiosa e com o coração apertado, mas com a consciência de que é preciso deixar ir. Em janeiro deste ano, Jackson subiu em uma Kombi e foi para Ponte Serrada, no oeste catarinense, para participar, junto com outros 100 jovens, da Missão Solidária Marista 2014. Ouve-se por aí que filho se cria para o mundo. Quando esse clichê bate à porta, os pais são desafiados a balancear seus sentimentos e pensamentos. De um lado, o instinto protetor, envolto por muitas preocupações decorrentes do mundo atual; de outro, um lado mais racional que en-
tende que a saída do filho contribuirá para seu amadurecimento. Ter como ponto de partida uma viagem missionária é um desafio positivo, afinal, além de o filho estar fora do ninho, em uma missão, ele se deparará com situações e pessoas muito diferentes do convívio habitual. Jackson conta que teve a oportunidade de conhecer pessoas com costumes e realidades diferentes. “Conhecemos alguns católicos, outros evangélicos, outros ateus. Ouvimos críticas, reclamações, agradecimentos. Escutamos sobre a falta de médicos treinados, de infraestrutura, de emprego, e a ida dos candidatos políticos aos bairros pobres somente para a compra de votos”. Para Neiva, são justamente essas diferenças que tornam uma saída como essa tão enriquecedora e necessária para os filhos. “O maior desafio dos pais é o entendimento do quanto uma missão vem a agregar positivamente na formação de um jovem. No momento em que o Jackson saiu, temporariamente, de casa para uma viagem missionária, eu, particularmente, fiquei feliz, pois sabia que ele estava na companhia de pessoas especiais, por uma missão”, diz. Na opinião da mãe, é na adolescência, quando o filho está gritando por independência, que esse cenário se faz mais presente. “Não podemos negar que na adolescência há um afastamento natural dos filhos. Eles estão buscando autonomia. Os pais, principalmente as mães, sofrem com essa fase. Para nós, eles ainda precisam e sempre precisarão de proteção e amparo”. Apesar desse sentimento protetor, Neiva acredita que para a construção da identidade, anseio que é muito forte nessa faixa etária, deixar com que o filho voe com suas próprias asas é fundamental. Emocionalmente, a pessoa só cresce quando assume a própria caminhada. “Minha vida mudou drasticamente. Passei a olhá-la de forma
diferente. Estou mais crítico e atento às outras realidades, e não só à minha ou de meus amigos”, conta Jackson. Neiva percebe que a convivência na semana das missões com famílias “estranhas” proporcionou ao filho um amadurecimento imensurável. “A realidade do Jackson, e que acre-
dito ser de outros tantos jovens, é de conforto e vida cômoda, ou seja, roupa lavada, comida pronta e, mesmo assim, às vezes até reclamam de tudo. O desafio de se organizar para ficar responsável pelos seus atos durante esse período o tornou uma pessoa melhor, com certeza”.
Na opinião deles Proporcional à ansiedade dos pais é a expectativa dos filhos. Saiba o que os jovens pensam e sentem diante do desafio de sair de casa para uma viagem missionária. Jackson Bortolotti, 17 anos Colégio Marista São Francisco, de Chapecó (SC) Nos dias que antecederam a Missão Solidária Marista, estive muito ansioso. Até pensei se poderia ser assaltado enquanto andasse pelas ruas de Ponte Serrada. Pensava também na minha mãe. Como ela ficaria sem mim? Finalmente, de malas prontas, pensei: “É agora!”. Já no primeiro dia lá, veio o choque. Não estávamos lá para mudar Ponte Serrada, mas para sermos mudados pela cidade e pelo povo dali. Com a MSM, acordei. Voltei de lá pensando em cuidar mais no resto do mundo, do meu prédio, da Pastoral da Juventude Marista, de alguém que está nas ruas. Letícia Pereira Zancanaro, 16 anos Colégio Marista Frei Rogério, de Joaçaba (SC) Durante as visitas aos bairros vulneráveis, fiquei pensando como aquelas famílias conseguiam viver daquela forma. Vendo as crianças brincarem na sujeira, fiquei inconformada com a prefeitura, que não dava importância. Em compensação, eu via nos olhos delas como estavam felizes com a nossa presença. Por mais que todos falassem da violência nessas comunidades, em momento nenhum eu senti medo. Sair do nosso conforto acende a chama da missão em nós. Sempre que eu me deparar com alguma situação precária, meu instinto missionário irá falar mais alto e eu irei ajudar a melhorá-la. Hercules Vinicius de Moraes, 17 anos Ex-aluno do Centro Social Marista Itapejara, em Itapejara D’Oeste (PR) Eu comecei a trabalhar uma semana antes da Missão Solidária Marista (MSM). Então, fiquei meio sem jeito de perguntar para meu chefe se ele me dispensaria, mas daí eu pensei que trabalho eu terei por muito tempo e a MSM, não. E ela ficará marcada para sempre. Eu participo da PJM há sete anos. Minha família admira o trabalho. Mas a primeira vez que fui para uma viagem missionária, eles ficaram meio indecisos sobre a minha ida. No entanto, quando voltei para casa e mostrei vídeos e fotos, eles ficaram impressionados. Este ano, eles me deixaram ir sem nenhuma preocupação. Uma das experiências que mais me marcou em Ponte Serrada foi ter conhecido uma senhora de 116 anos que estava sendo cuidada por sua filha. Foi marcante para mim ter ouvido que o genro dessa senhora havia pedido para que a filha escolhesse entre ele ou a mãe. A filha optou pela mãe. Vi ali cuidado e amor. Ana Cássia Ribeiro, 16 anos Colégio Marista de Cascavel (PR) Durante essa Missão, foi muito marcante para mim uma visita que fizemos ao bairro Cohab, um lugar bastante vulnerável em Ponte Serrada. Lá, a gente pôde observar a realidade das famílias. Eram pessoas muito simples e com pouquíssimas condições financeiras. Precisamos ter mais empatia pelos outros. Temos que nos colocar no lugar do próximo para perceber do que as pessoas necessitam. Saí de lá com sensação de que desperdiçamos demais. Temos tudo em nossa casa e, ainda assim, muitas vezes não damos a devida importância. Estando perto de realidades como essas, acho que a gente também consegue dar mais valor à vida que temos.
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Curiosidade © Fotos: Gilberto do Rosário
que transforma
O incentivo dos pais à curiosidade e à pesquisa contribui na formação de filhos ativos na construção do próprio conhecimento. Benefício que reflete durante toda a caminhada deles como estudantes e estimula o desenvolvimento de um olhar crítico sobre o mundo Por Julio Glodzienski
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Ser curioso é um processo comum da descoberta e construção da própria identidade. É importante incentivar crianças e jovens a essa curiosidade, pois com ela surge um potencial de construção do conhecimento que pode, e deve, ser explorado. Falar em incentivo à pesquisa é, a princípio, apoiar o desenvolvimento do instinto curioso dos filhos. Na família Fauth,, a curiosidade faz parte do dia a dia. Arthur Gabriel Fauth, estudante do 2º ano do Ensino Médio no Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR), é interessado em novas tecnologias, hábitos e culturas. “Já participei de campeonatos de robótica e do Projeto Grupo de Pesquisa Avançada (GPA), uma oportunidade em que você se confronta com realidades diversas e, depois de um tempo, você enxerga as coisas de uma maneira diferente”, completa. Conta o pai, o bancário Marco Túlio Fauth, que ele próprio também gosta de robótica e, juntos, procuram peças, informações sobre protótipos, para colocar em prática as ideias de Arthur. “Em uma viagem ao exterior, toda a família se engajou na busca e depois na negociação de um artigo para o protótipo”. Na opinião de Arthur, a pesqui-
desenvolve-se a habilidade de trabalhar em grupo, e os estudantes percebem que suas teorias são temporárias, porque estão em constante processo de negociação e de reflexão. Claudia Kochhann de Lima, Coordenadora psicopedagógica do Colégio Marista Criciúma (SC)
sa é também um meio pelo qual se estreitam laços de relacionamento. A potencialização do instinto curioso dos filhos está muito atrelada ao estímulo à pesquisa, o que também contribui e reflete em toda a caminhada deles como estudantes. Arthur confirma: “Ter curiosidade em pesquisar faz com que eu tenha mais facilidade nos meus estudos”. A pesquisa deve ser levada como um princípio do trajeto educativo, em que ocorre a produção dos saberes por meio de participação ativa e reflexiva. A assessora de área de Ciências da Natureza da Província Marista Rio Grande do Sul (PMRS), Porto Alegre (RS), Lisandra Catalan do Amaral, aponta que pesquisar – de assuntos mais corriqueiros a temáticas complexas – estimula a curiosidade, a autonomia e o desenvolvimento de atividades relacionadas com os objetos que estão sendo estudados. É também o que defende a coordenadora psicopedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Claudia Kochhann de Lima, do Colégio Marista de Criciúma (SC). “Pesquisar demanda capacidade de análise crítica dos problemas do mundo, formulação de perguntas e proposição de respostas, em um processo problematizador sempre passível de confirmação, revisão, modificação e reconstrução”, reforça. Arthur, além de se interessar por assuntos relacionados à tecnologia, também gosta de pesquisar sobre a árvore genealógica da família. O
pai se orgulha do fato: “Foi graças a esse espírito curioso do Arthur que a gente descobriu o registro de um antepassado nosso em um cartório lá na Itália”. Lisandra reforça que o gosto pela pesquisa pode começar pelas percepções intuitivas de cada um até chegar a níveis mais complexos de questionamentos. A exemplo da família Fauth, uma busca pela história dos antepassados pode ser uma boa forma de estimular a curiosidade e a pesquisa, além de integrar pais e filhos. Lisandra ainda complementa que é dessa intuição que decorrem inúmeras vantagens, como a possibilidade de resolução de problemas; o desenvolvimento de habilidades, potencialidades, pensamento lógico e raciocínio. Os filhos, ao serem incentivados a realizar pesquisas a partir de suas curiosidades, ganham um diferencial para toda a vida. O diretor geral do Colégio Marista de Brasília de Ensino Médio (DF), José Leão da Cunha Filho, observa que estimular é fundamental para a construção da cidadania em tempos de globalização, gerando “um olhar crítico sobre o mundo, uma autonomia intelectual, criticidade e espírito de inovação”. Ao se tornarem protagonistas do próprio conhecimento, “desenvolve-se a habilidade de trabalhar em grupo, e os estudantes percebem que suas teorias são temporárias, porque estão em constante processo de negociação e de reflexão”, completa Claudia.
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capa viSando o FUTUro O bancário Fauth vê nesse incentivo à pesquisa agora uma boa forma de inserção no mercado de trabalho amanhã. Por isso, ele defende a importância do apoio familiar. “O acompanhamento dos pais é fundamental, pois contribui na solidificação do conhecimento. Então, buscamos incentivar a curiosidade do Arthur e que ele corra atrás das respostas”. O diretor Cunha define que, “os pais devem estar presentes de duas maneiras: sendo exemplo de olhar científico sobre as coisas e escolhendo escolas que favoreçam a formação do espírito científico”. Para o pai de Arthur, na prática, o incentivo acontece com o estímulo a novas leituras, no interesse dos pais em saber o que os filhos estão aprendendo, de modo a incentivá-los a aprimorar seus conhecimentos. A coordenadora Cláudia completa, ao descrever o ambiente ideal de incentivo. "Deve-se criar um espaço de diálogo, de escuta na família, deve haver a busca em valorizar os questionamentos e reflexões dos filhos”, define. “Por meio das pesquisas, o jovem se sente valorizado, pois é um agente indutor dos estudos, e que contribui de forma expressiva para seu crescimento e amadurecimento”, explica Fauth.
© Foto: Acervo pessoal
LiÇÃo de CaSa Sabendo que é na prática que o jovem vai descobrir que aprender é prazeroso, a estudante Isadora Arlaque Flores,, do 4º ano do Colégio Marista Assunção, de Porto Alegre (RS), é orientada pelos pais para que descubra respostas lendo e pesquisando em diferentes materiais. É a proposta da professora Simone Arlaque Flores, mãe da Isadora: “Aqui em casa, o que a Escola solicita é prioridade, sempre acompanhamos e participamos das tarefas de casa e dos eventos no Colégio. O processo da pesquisa é muito
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FaMÍLia da CiÊnCia interessante. Mesmo que tenha sido uma solicitação do professor, a busca das respostas gera descobertas importantes”, aponta. Isadora é apaixonada pelo desconhecido e por isso virou pesquisadora, a partir do incentivo dos pais e da Escola. “É muito importante, a criança aprende muito e vai levar o conhecimento para a vida toda. Tudo o que pesquisamos e aprendemos com as nossas descobertas é inesquecível”, aponta a pequena curiosa, que vê a pesquisa como uma forma de desenvolvimento escolar. E foi a partir de uma dinâmica em grupo que surgiu o projeto de pesquisa de Isadora. “Eu, Felipe Moscon Salvo, Lucca Do Conto Almada, Octávio Kliar Araújo da Silva e Sérgio Eduardo dos Santos Becker éramos a equipe, e foi daí que saiu a pergunta: 'Professora, como o coração bate?'”, diz a estudante. Foi então que deram início às pesquisas para entender o funcionamento do órgão. A equipe de pequenos pesquisadores conquistou o destaque no Salão de Iniciação Científica da UFRGS, em 2013. “Após essa conquista, vi o quanto é bom ser pesquisador, com o trabalho e as descobertas que fizemos. Ver o reconhecimento das pessoas que aprenderam conosco é um grande incentivo”, completa Isadora.
É sendo valorizado e incentivado que Gabriel Philippini Ferreira Borges da Silva, de 14 anos, estudante do 9º ano do Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR), sabe a importância de ser pesquisador desde cedo. O apoio dos pais é fundamental, por isso Jeremias Borges da Silva, professor de Física na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), pai do Gabriel, dá todo o suporte. “Não é só observar a qualidade do ensino que a escola proporciona, mas também incentivar, apoiar e educar para que ele tenha compromisso e responsabilidade para com sua formação”, explica o professor. No caso da família Silva, o exemplo extrapola a teoria e Gabriel coloca a mão na massa atuando, por exemplo, como organizador de duas feiras de ciências regionais, tendo contribuição na avaliação do uso do método científico pelos estudantes no evento. Além disso, já participou da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira, o que lhe rendeu uma medalha de ouro pelo bom desempenho na avaliação de inscrição do evento, em 2013. Saber pesquisar é explorar novos campos e obter conhecimentos diferenciados: “Por meio das pesquisas, independentemente da facilidade que eu tenha em determinada área, sempre vou aprender algo a mais”, explica Gabriel. Por isso, Silva faz com que o filho se sinta à vontade em pesquisar, incentivando, mas sem pressão: “Procuro sempre destacar a importância da ciência para a evolução do ser humano. Acredito que conhecer a ciência e seus modos de evoluir dará a ele uma probabilidade maior de realização profissional”, completa o pesquisador.
SaLa de aULa: aMBienTe de
inveSTiGaÇÃo
O especialista em Metodologia, Jorge Santos Martins, em seu livro o Trabalho com projetos de pesquisa: do ensino fundamental ao ensino médio, define pesquisa como “um instrumento pedagógico destinado a melhorar a qualidade da aprendizagem [...], a romper a monotonia do enfadonho blábláblá diário e a tornar a sala de aula um espaço dinâmico, no qual os alunos sejam participantes ativos da sua própria formação” (2005, p. 75).
veJa aLGUnS ProJeToS de inCenTivo à PeSQUiSa ProMovidoS PeLoS CoLéGioS MariSTaS:
nhecer e de se relacionar”. Dar condições ao professor para trabalhar é imprescindível, como explica o diretor Cunha. “Sabemos que é fundamental investir na formação para a pesquisa no ensino, por isso oferecemos a eles condições de trabalho adequadas a essa prática”. A estudante Isadora defende o papel da escola. “É importante que a escola tenha todos os materiais para que as crianças aprendam e façam cada vez mais pesquisas, como salas de informática equipadas, laboratórios de ciências e uma biblioteca com livros atualizados”. © Foto: Tamíris Domingos
Para que a criança ou o adolescente pegue gosto pelo pesquisar e aprender, é preciso que o benefício seja significativo, com orientação de professores com escutas apuradas e atentas. "Ao assumir a pesquisa na escola, assume-se um perfil de estudante diferenciado que observa, pensa, elabora conceitos e estabelece comparações", explica Lisandra. A escola é o local no qual a pesquisa se consolida como oportunidade para a produção dos saberes. “Ela é fundamental para incentivar, promover e assumir uma proposta pedagógica que contemple a pesquisa. Muitas vezes, é o único espaço onde o estudante tem a oportunidade de experimentar”, conta Lisandra. Ela também defende que é missão do professor ser incentivador. “Cabe ao professor desencadear ações problematizadoras, incentivando o conflito cognitivo para, assim, ocorrer a argumentação, a interpretação, até a resolução do problema". No fazer pedagógico Marista, os estudantes são estimulados a realizar pesquisas, como aponta a coordenadora psicopedagógica Cláudia. “São criados ambientes de aprendizagem nos quais o aluno possa se expressar em diversas linguagens e, para estimular a pesquisa, é preciso construir um espaço de diversidade favorável aos modos de pensar, de ser, de co-
é importante que a escola tenha todos os materiais para que as crianças aprendam e façam cada vez mais pesquisas, como salas de informática equipadas, laboratórios de ciências e uma biblioteca com livros atualizados. Isadora Arlaque Flores, 4º ano, no Colégio Marista Assunção – Porto Alegre (RS)
Alunos do Colégio Marista de Criciúma (SC) presenciando resultados de pesquisa.
O desenvolvimento de ações didáticas possibilita o contato e a vivência das crianças com situações que ampliam seus conhecimentos sobre determinados temas que as rodeiam no dia a dia. Faz parte de projetos com esse objetivo, por exemplo, o projeto Como nasce o pinto?, desenvolvido com os alunos da Educação Infantil do Colégio Marista de Criciúma (SC). O objetivo era responder ao questionamento que surgiu em sala de aula, em um momento de contação de histórias. Foi quando as professoras identificaram a curiosidade, levantaram com as crianças as hipóteses de resposta ao questionamento e, então, acompanharam o processo do ovo em laboratório, trabalhando com histórias, viagens de estudos e várias outras ações. Depois de concluída a pesquisa, além de os alunos descobrirem como se desenvolve e nasce um pintinho, ainda organizaram uma exposição para toda a comunidade escolar.
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acredito que conhecer a ciência e seus modos de evoluir dará a ele uma probabilidade maior de realização profissional.
© Foto: João Borges
Jeremias Borges da Silva, professor de Física na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), pai de Gabriel Philippini Ferreira Borges da Silva, estudante do 9º ano do Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR)
Com o objetivo de estimular o interesse pela pesquisa, incentivando os jovens a desenvolver projetos com o uso de métodos científicos e oferecer a possibilidade de integração com colegas de outras instituições de ensino, de modo a ampliar suas relações e sua visão, o Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo (RS), criou a PioTeC – Mostra de Projetos de Tecnologia e Ciências. A partir do projeto, os estudantes têm a oportunidade de se familiarizar com os processos investigativos por meio de categorias de pesquisa como Ciência da Computação, Matemática, Física, Ciências Especiais e Terrestres, Engenharia, Mecânica, Medicina, Meio Ambiente e reciclagem. E é sabendo da importância para a formação das crianças e dos jovens que o projeto é voltado para a difusão e a promoção da investigação e da pesquisa científica em todos os níveis de ensino.
Alunos do Colégio Marista de Brasília de Ensino Médio (DF) em debate promovido pelo Programa Maristão Faz Ciência.
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Participação dos estudantes do Colégio Marista Pio XII (RS) na PioTeC – Mostra de Projetos de Tecnologia e Ciências.
© Foto: Acervo Colégio Marista Pio XII (RS)
Fazer iniciação científica ainda na escola é preparar os estudantes para o Ensino Superior e para o aproveitamento de programas governamentais de estímulo à pesquisa e inovação. Por isso, o Programa Maristão Faz Ciência, do Colégio Marista de Brasília de Ensino Médio (DF), tem como objetivos fortalecer o ideal de formação de pesquisadores, estimular e produzir trabalhos científicos compatíveis com as possibilidades de estudantes do Ensino Médio, por exemplo. O incentivo acontece no âmbito de uma linha de pesquisa ou de um observatório, como também nas variadas interfaces, dependendo do objeto da curiosidade dos alunos. Entre os 143 estudantes envolvidos, desde quando o projeto foi criado em 2011, surgiram 28 produções acadêmicas e dez publicações, mostrando o resultado do projeto de incentivo que pretende ampliar o interesse pela pesquisa em consonância com o Projeto Educativo Marista, que enfatiza a pesquisa como um dos pilares de sua proposta pedagógica.
Quando um aluno levou uma bola para a sala de aula, começaram a surgir vários questionamentos sobre sua cor, sua forma, de que material era feita, entre outros. Durante as pesquisas, os alunos mostraram o interesse pela Copa do Mundo. Foi quando deram início ao projeto A Copa do Mundo é Nossa, e uma investigação, com a interação dos pais, começou no Colégio Marista Pio XII, em Ponta Grossa (PR). Para enriquecer a pesquisa, os alunos trouxeram bandeiras, reportagens, fotos, chuteiras, uniformes da seleção, mapas e objetos de torcida. A sala de aula já não conseguia conter tanta informação e vontade de descobrir mais. Os alunos realizaram uma experiência na qual visitaram o estádio da cidade, Germano Kruger, e pôde-se perceber o quanto o projeto foi significativo, pois os pequenos demonstraram muita curiosidade durante o processo. A pesquisa proporcionou aos alunos a oportunidade de serem protagonistas da construção de novos conhecimentos.
© Foto: Acervo Colégio Marista Assunção (RS)
Alunos do Colégio Marista Assunção, de Porto Alegre (RS), são estimulados a desenvolver pesquisas científicas.
© Foto: Gilberto do Rosário
Com o objetivo de trabalhar com a construção do conhecimento a partir do questionamento, da argumentação, do aprofundamento de informações e da coleta de dados, os alunos do Colégio Marista Assunção, de Porto Alegre (RS), participaram de um projeto de iniciação científica. Os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio foram divididos em grupos e escolheram as linhas de pesquisa para realizarem o trabalho. Ética, consumo, diversidade, qualidade de vida e movimentos sociais foram algumas das temáticas propostas. Além de três encontros de orientação e dos plantões de dúvidas ao longo do 1º e do 2º trimestres, os grupos participaram da banca de defesa do projeto e da Mostra de Iniciação Científica. Encerrando o projeto, no 3º trimestre, os jovens elaborarão o relatório final. Os estudantes ainda terão a possibilidade de apresentar suas pesquisas em universidades como PUCRS e UFRGS. Um dos diferenciais da iniciativa é que cada grupo tem um professor orientador que acompanha o trabalho ao longo do ano. A iniciativa não se restringe à área das ciências da natureza, mas se destaca provocando reflexões atuais e ampliando os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Alunos do Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR), recebem visita dos jogadores do time da cidade.
Por meio das pesquisas, o jovem se sente valorizado, pois é um agente indutor dos estudos, e que contribui de forma expressiva para seu crescimento e amadurecimento. Marco Túlio Fauth, bancário, pai de Arthur Gabriel Fauth, estudante do 2º ano do Ensino Médio no Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR).
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© Fotos: Gilberto do Rosário
entrevista
Revolução do ensino Com nova plataforma, alunos, pais e professores da Rede de Colégios Maristas ganham uma nova possibilidade de democratizar os mais variados conteúdos e levar os debates para fora da sala de aula com a ajuda da internet Por Mahani Siqueira
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Não é segredo para ninguém que os livros digitais – que podem ser lidos em smartphones, tablets e computadores – são uma tendência irreversível do mercado editorial e ganham cada vez mais adeptos. As páginas em papel continuam insubstituíveis para muitos leitores, mas a tecnologia é uma aliada da leitura que não pode ser ignorada e que, se bem aproveitada, pode ser fundamental para incen-
O que é exatamente o iTunes U?
Para quem a plataforma está disponível?
tivar o hábito de ler e (por que não?) auxiliar estudantes de todo o mundo. Ciente da revolução digital dos livros, a Rede de Colégios do Grupo Marista colocou em prática um projeto que já é usado em algumas das maiores universidades do mundo. O iTunes U, plataforma virtual criada pela Apple, disponibiliza na internet uma variedade imensa de conteúdos didáticos e oferece uma experiência
Trata-se de uma plataforma criada pela Apple que disponibiliza recursos de aprendizagem e é utilizada pelas maiores instituições de ensino do mundo, como as universidades de Harvard, Yale e Stanford, nos Estados Unidos, e Oxford, na Inglaterra. As instituições distribuem conteúdo digital em seus canais gratuitamente. São palestras, vídeos, cursos, artigos, entre outros. A Apple apoiou o processo de implementação em todos os momentos, esclarecendo dúvidas sobre a plataforma.
O iTunes é um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente, em equipamentos com sistema operacional iOS ou Windows. Qualquer pessoa que acesse o iTunes pode ir até o canal “Colégios Maristas” e baixar todos os materiais disponíveis. O canal exclusivo dos Colégios do Grupo Marista oferece conteúdo de qualidade para uso não só dos nossos alunos, mas de todos. Estão disponíveis cursos completos com e-books, vídeo-aulas, podcasts, artigos inéditos e aplicativos desenvolvidos para auxiliar a aprendizagem.
sem precedentes na democratização de informação para alunos, pais e educadores. Em entrevista para a revista Em Família Marista, a analista educacional do Grupo Marista, Caroline Costa Serqueira, uma das responsáveis pela implantação do projeto, falou sobre o funcionamento do iTunes U e todos os benefícios que a iniciativa vai garantir aos envolvidos.
Quais os principais benefícios que alunos terão com o acesso ao iTunes U?
Qualquer canal que disponibilize conteúdo aberto é uma vantagem para todos nós. O iTunes reúne instituições de ensino do mundo todo que validam os materiais publicados, isso é, o canal passa a ser uma fonte segura de acesso à informação.
Como é o processo de elaboração dos materiais?
A partir da experiência com os livros de história, em que uma equipe trabalhou para construir os primeiros materiais, passamos a ter diversas experiências com livros digitais na rede de Colégios, sendo que cada unidade conduz o trabalho do seu jeito: o que melhor se adequa à sua realidade e principalmente às suas necessidades. Os livros estão partindo das necessidades de cada Colégio, que acabam encontrando uma nova forma de produzir seu próprio material.
O canal exclusivo dos Colégios do Grupo Marista oferece conteúdo de qualidade para uso não só dos nossos alunos, mas de todos.
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entrevista Os professores tiveram formação para a aplicação desses livros em sala de aula?
Estamos em um momento de descobertas e não vemos nos livros digitais uma solução ou sobreposição de práticas. Isso tem que acontecer naturalmente e precisa fazer sentido nos contextos, contribuindo para que os alunos aprendam cada vez mais e com mais significados. Não existe fórmula para que isso aconteça. Os professores procuram por formações e informações e essa escuta é a mais valiosa, pois a partir dela nasceram as experiências que estamos vivenciando. As formações acontecem de acordo com as necessidades.
Os professores procuram por formações e informações e essa escuta é a mais valiosa, pois a partir dela nasceram as experiências que estamos vivenciando.
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Quais foram os conteúdos mais acessados e bemsucedidos desde o início da utilização da plataforma?
Os primeiros livros, de História, idealizados por professores do Colégio Marista Arquidiocesano, certamente são os que tiveram mais visibilidade. Esse material teve mais de 22 mil downloads em menos de um ano, sendo 80% de usuários do Brasil e os outros 20% em outros países, como EUA, Espanha, Portugal, França e Alemanha Temos também releituras criadas pelos próprios alunos, histórias criadas por professores, reunião de materiais sobre algum tema específico, que não consta em materiais didáticos. As experiências estão acontecendo em todas as esferas.
Qual a importância desse tipo de projeto para o aprendizado dos alunos?
Em tempos em que as tecnologias nos trazem dúvidas e desafios impostos diariamente devido à sua rápida e constante evolução, sua apropriação nas escolas e por seus sujeitos passa a ter importância quando forem compreendidas como meios para um fazer pedagógico que problematiza, intervém, acompanha e contribui para mudanças, qualificando a formação integral.
índice
POR danieLa noGUeira
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Mesmo com uma árdua rotina de treinos, aluna top do voleibol não abre mão dos estudos.
destaque
com a palavra
ed. infantil
ens. fundamental
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ens. médio
diz aí
caleidoscópio
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O que pensa a Diretora Geral.
No Glória, a tecnologia é grande aliada do ensino e da educação.
Saiba quais são os desafios de ler e escrever na era digital.
Além de facilitar o aprendizado, novos recursos tecnológicos estimulam a busca pelo conhecimento.
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Pais e filhos dividem o mesmo espaço nas redes sociais. Saiba o que seu filho pensa sobre isso.
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você sabia?
gente nossa
ser melhor
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Ao longo de 112 anos, muitos funcionários e educadores ajudaram a construir a história do Colégio. Conheça alguns dos momentos mais inesquecíveis.
Formandas 2013 contam como conseguiram vencer desafios e chegar às principais instituições do país.
Relembre os principais acontecimentos do Colégio.
Conheça algumas ações da Pastoral.
com a palavra
Tecnologia como ferramenta de educação
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deos em nossas lousas virtuais. Assim, se o livro de biologia trouxer uma foto da germinação de uma semente, em sala de aula é possível acessar essa mesma imagem em forma de vídeo com o processo de germinação completo para visualização do estudante. Dessa forma, quando ele estiver em sua casa, estudando pelo livro, ao ver a foto da germinação terá consigo também a lembrança do vídeo. Há alguma coisa mais triste do que um aluno que, ao invés de brincar no pátio ou conversar com os colegas, fica grudado no smartphone? Ou uma família que, ao invés de conversar num restaurante, fica à mesa, como estranhos, cada um com o seu celular? Hoje em dia, há uma febre de tecnologia, muitas vezes em detrimento do contato pessoal. Nada contra as redes sociais, mas elas não podem ser as únicas ou as principais maneiras de socialização. Crianças e jovens que já nasceram com a tecnologia podem e querem que ela faça parte do seu dia a dia, mas cabe a nós, adultos e educadores, mediar esse contato e estabelecer formas de utilização, ao mesmo tempo que devemos sempre demonstrar que nada substitui um elogio ao vivo e a cores, um pedido de desculpas sincero, olho no olho, o calor de um abraço. Como tudo na vida, a tecnologia também deve seguir as regras do equilíbrio.
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
A tecnologia não pode ser apenas uma ferramenta de marketing, como fazem muitas escolas que prometem até dar tablets para seus alunos, mas que são ações completamente desvinculadas do processo de ensinoaprendizagem.
Miriam Bevilacqua Diretora e professora do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
© Foto: Acervo do Colégio
A cada ano, o Marista Glória vem incorporando novas tecnologias ao aprendizado de seus alunos. Neste ano, todas as salas de 2º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio já possuem lousas digitais, o que permite que os professores tragam para sala de aula textos, vídeos, imagens e, mais do que isso, possam atuar sobre todo esse conteúdo, seja incorporando observações suas ao que está sendo projetado, ou salvando a aula para que seus alunos a visualizem depois e quantas vezes desejarem. Um colégio não pode ser nunca um local de experimentação, pois lidamos com a formação de seres humanos. Assim, além dos mais de 100 anos de experiência em educação de qualidade que o Glória possui, estamos sempre abertos a inovações, desde que elas sejam testadas antes, planejadas e só então disponibilizadas e incorporadas ao ambiente educacional. A tecnologia não pode ser apenas uma ferramenta de marketing, como fazem muitas escolas que prometem até dar tablets para seus alunos, mas que são ações completamente desvinculadas do processo de ensino-aprendizagem. No Grupo Marista, a tecnologia é ferramenta de educação. A tecnologia também deve unir o mundo real e o virtual. Os alunos do Glória, por exemplo, utilizam livros da Editora FTD que trazem imagens diversas que se transformam em ví-
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© Foto: Acervo do Colégio
ed. infantil
O desafio de educar os
nativos digitais A tecnologia pode ser grande aliada ao ensino e na educação
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As crianças de hoje já nascem na era digital. Desde os primeiros anos de vida, sabem usar como ninguém o computador, tablets e smartphones. De acordo com dados do IBGE, já existem aproximadamente 85 milhões de nativos digitais no Brasil, formados por crianças e jovens que já nasceram plugados em computadores e conectados à internet. Além de entreter, a tecnologia vem sendo uma grande aliada do ensino. “Os pequenos já chegam despertos
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
e interessados, o que gera aprendizados mais dinâmicos, interativos e significativos para eles. O domínio que apresentam chega a dispensar explicações, favorecendo alguns dos nossos mais importantes objetivos: a valorização do conhecimento prévio e a autonomia”, conta a professora Nathalie Bueno de Brito. Para ampliar ainda mais o potencial das crianças, o Colégio Marista Nossa Senhora da Glória disponibiliza recursos como computadores, lousas
com apoio das tecnologias. Ele também tem a oportunidade de discutir o bom uso das ferramentas disponíveis e conscientizar o aluno sobre o uso racional da internet. “O uso da tecnologia educacional, de forma bem organizada e coerente com o planejamento dos conteúdos, traz como benefícios a agilidade e maior segurança – se as fontes de consulta forem idôneas – na transformação da informação em conhecimento”, explica Juliana. Já Nathalie acredita que, além de proporcionar um despertar para o aprendizado, o contato com as tecnologias acaba por inserir os alunos na sociedade de forma atuante, uma vez que já nasceram em um universo digital. “A partir de novas leituras e reflexões sobre avanços tecnológicos, é possível perceber que os estudantes saberão usufruir desses recursos com uma facilidade cada vez maior”, ressalta a educadora.
Cuidados com o excesso digitais, tablets, impressoras, escâneres, televisores LCD, internet via WiFi, computadores e datashow. Todas essas tecnologias já estão incorporadas na rotina dos alunos nas mais diversas atividades: releituras de obras de arte, exploração de jogos, escrita e até mesmo edição e criação de imagens. “É muito amplo o campo de interferência no aprendizado das crianças. Geralmente, os softwares têm como principais objetivos contribuir no desenvolvimento da atenção e da concentração de cada criança, facilitar o uso do raciocínio, servir de apoio no processo de alfabetização e despertar o valor das diversas formas de comunicação e socialização e, consequentemente, da vida em sociedade”, afirma a professora Juliana Alves Martins. Diante desse cenário, o professor assume o papel de mediador e facilitador da aprendizagem desenvolvida
O Colégio Marista Glória entende que o excesso no uso das novas tecnologias é prejudicial. “Acreditamos que o mais importante, principalmente em se tratando de crianças pequenas, é que sejam acompanhadas por seus pais e, gradativamente, depois de um processo de preparação, sejam liberadas para o uso independente, de acordo com a autonomia construída e as características individuais de cada criança. Também é muito importante a organização dos horários, não só para essa prática, mas para todas as demais atividades. O estabelecimento de certa rotina é saudável para as crianças”, recomenda Juliana. Nathalie orienta os pais a fazer monitoramentos corriqueiros, para participar e orientar a criança quanto ao uso do computador. “É interessante propor algumas possibilidades de acessos adequadas à faixa etária, mostrando e despertando interesses
nas crianças e para que, assim, não utilizem a ferramenta apenas como entretenimento e distração, mas também como fonte de conhecimento”, orienta.
Geralmente, os softwares têm como principais objetivos contribuir no desenvolvimento da atenção e da concentração de cada criança, facilitar o uso do raciocínio, servir de apoio no processo de alfabetização e despertar o valor das diversas formas de comunicação e socialização e, consequentemente, da vida em sociedade.
Como controlar o acesso Essa é uma preocupação constante dos pais. É possível criar filtros e até bloquear, nos navegadores, o acesso a sites que não devem ser visitados por crianças. O Internet Explorer, por exemplo, oferece uma ferramenta que permite uma navegação segura. O navegador tem um recurso próprio para controle de conteúdo. Ele está disponível no Painel de Controle, em “Opções da Internet”. Lá, a aba “Conteúdo” traz logo no início o “Supervisor de Conteúdo”. Por ali, é possível habilitar e configurar, de acordo com uma série de conteúdos que serão restritos ou bloqueados. Leia mais em: bit.ly/O7CKP1
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ens. fundamental
© Foto: Sxc.hu
Ler e escrever na era digital
O desafio de alfabetizar com o apoio da tecnologia
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Com o avanço dos computadores, tablets e smartphones, muitas vezes passamos mais tempo teclando do que escrevendo em papel. As crianças não são diferentes. “Elas aprendem a se comunicar e pensar, acompanhando um mundo mais ágil, interativo e dinâmico. Como têm uma necessidade de explorar para conhecer, as tecnologias acabam sendo portas de acesso para que isso ocorra”, acredita Mirlene Rezende de Medeiros, professora do 4º ano do Ensino Fundamental. Nas salas de alfabetização, a tecnologia traz contribuições como o acesso a uma grande diversidade de textos, essencial para alfabetizar, proporcionando mais autonomia ao aluno. “O uso de ferramentas que apontem as falhas na escrita, tais como os corretores ortográficos, reforça a ideia de que o educador e
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os livros didáticos não são a única fonte de informação”, diz a educadora. Para a professora Márcia Helena Araújo, do 3º ano do Marista Glória, a tecnologia em uma sala de alfabetização deve estar relacionada aos estímulos visual e fonético, tão necessários ao processo de aquisição da escrita. “Ela pode ser amplamente utilizada como meio para o trabalho de associação e fixação das letras aos seus respectivos sons, além da ampliação de vocabulário e uma infinidade de possibilidades para aumentar o repertório infantil. A apresentação de diversos recursos de forma lúdica e interativa, dinâmica e criativa somente tem a colaborar e acelerar o ritmo do desenvolvimento da escrita sem causar cansaço ou desânimo às crianças”, confirma Márcia Helena.
Cuidados Apesar de todos os benefícios, é preciso estar sempre atento à presença da tecnologia em sala de aula, pois, sozinha, ela não garante a aprendizagem. “Não bastam computadores, tablets e smartphones à disposição na sala se, por exemplo, eles só são usados para jogos. Esses aplicativos certamente chamam a atenção dos alunos, mas é preciso escolher os que proporcionam desafios e reflexões sobre a leitura e a escrita”, informa a professora Mirlene. Há, também, cuidados importantes que dizem respeito ao desenvolvimento da escrita. “Nesse aspecto, é fundamental garantir que a expressão das ideias atenda os critérios da norma culta, considerando-se que, nos primeiros estágios do processo de alfabetização, a exposição da criança ao letramento digital pode não ser conveniente. Já com o aprimoramento da escrita, entretanto, devemos chamar a atenção para os diferentes usos das linguagens, a fim de promover o discernimento na utilização de cada um deles”, recomenda Márcia.
Excesso de informação Ao mesmo tempo em que a criança olha para as coisas de forma diferente, o educador deve estar atento para que ela não perca a concentração e o foco devido ao excesso de informações. “Já que os alunos não aprendem só ouvindo, mas também fazendo, nós, educadores, nos preocupamos com a questão da concentração. Muitas crianças se desenvolvem fazendo mais de uma coisa ao mesmo tempo. Precisamos estar preparados para lidar com esse novo paradigma de aprendizagem”, comenta Mirlene.
Escrever ou digitar Quando a questão é digitar ou escrever, o desafio lançado aos educadores é ainda maior. “O treinamento motor, o uso de caderno, escritas es-
pontâneas, produções de textos manuscritos, registros formais de conteúdos e toda a conquista relativa à caligrafia são fundamentais e em nada se prejudicam diante da utilização das tecnologias. Portanto, fazem parte do desenvolvimento e devem ocorrer sistematicamente, uma vez que jamais deverão ser substituídos ou minimizados diante das inúmeras outras formas de representações comunicativas”, acredita Márcia. Mas, infelizmente, com a popularização da internet, a escrita no caderno está cada vez mais reduzida. “Muitas vezes, alunos são reprovados em vestibulares por não saberem a grafia de uma determinada palavra, porque perderam a essência e a identidade pessoal da escrita e da língua portuguesa, utilizando, de forma demasiada, as linguagens da internet, nem sempre apropriadas à comunicação nas áreas acadêmicas e profissionais. Desse modo, a lição de escrever é essencial para o desenvolvimento cultural do ser humano, despertando a motivação para elevar a sua intelectualidade. Afinal, as tecnologias da comunicação, apesar dos diversos benefícios, foram criadas apenas para nos auxiliar e nunca para nos substituir”, reforça a professora Mirlene.
Exposição à tecnologia Outro assunto que inquieta os educadores é o tempo de uso da tecnologia. Historicamente, a televisão foi uma das mídias que mais encantou – e ainda encanta – as crianças. Mas ela perdeu espaço quando os computadores, smartphones e tablets chegaram, trazendo a interação que não existe na tela colorida do televisor. “Em frente ao computador, a criança escolhe o que quer ver e, mesmo em um simples jogo, está recebendo estímulos. Esse é o fator de tanta atratividade e que exige o acompanhamento dos pais e professores. São
eles que introduzem possibilidades e referências sobre o que é bom e sobre o que não deve ser feito. Se isso não acontecer, a criança vai aprender sozinha, sem a orientação que é fundamental”, orienta Mirlene. Segundo ela, o tempo ideal de exposição às novas tecnologias varia de acordo com a faixa etária. “No caso das salas de alfabetização, no máximo uma hora, porque é uma fase em que a criança necessita se desenvolver física e socialmente. O brincar faz parte dessa aprendizagem”, explica a educadora.
Muitas crianças se desenvolvem fazendo mais de uma coisa ao mesmo tempo. Precisamos estar preparados para lidar com esse novo paradigma de aprendizagem.
Saiba mais Sites recomendados por educadores aos pais: new.netica.org.br/educadores/cartilhas www.internetresponsavel.com.br/criancas/guia www.safernet.org.br/site
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Tecnologia invade a sala de aula
Além de facilitar o aprendizado, novos recursos estimulam a busca pelo conhecimento A era digital chegou definitivamente às salas de aula, transformando os momentos de aprendizagem em situações mais atraentes, dinâmicas e enriquecedoras. Recursos como lousas digitais, tablets, datashow, redes sociais e sites educativos se tornaram grandes aliados dos professores na hora de ensinar. No Colégio Marista Glória, o contato com a tecnologia é diário, seja em apresentações, aulas expositivas ou outras propostas educacionais. “É interessante perceber a dinâmica de aulas que, alternadamente, traz momentos nos quais a lousa digital é usada, já faz parte da rotina dos nossos alunos. Há situações, inclusive, em que os alunos usam o recurso para apresentar trabalhos, seminários, e demonstram bastante intimidade e zelo com os aparelhos”, conta a professora Luciana Cannizza Santos. De fato, a tecnologia veio para ficar, mas, como qualquer outro recurso didático, precisa ser utilizada com cuidado. Para a professora Regina Umaras, ela não pode ser vista como única opção. “A tecnologia nunca substituirá o contato com o
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professor, mediador do processo de aprendizagem, mas ajuda a formar cidadãos para um mundo conectado e rápido e prepara os jovens para o mercado de trabalho com as necessidades atuais: dinamismo, capacitação e formação acadêmica”, acredita a educadora.
ele precisa ajudar no processo de autoconfiança e valorização do seu aluno. A disciplina e o equilíbrio na sala será uma consequência imediata dessa prática. Acrescento, ainda, que o papel do professor é ensinar a aprender”, afirma Regina.
PaPeL do ProFeSSor
Poder daS redeS SoCiaiS na edUCaÇÃo
Já se foi o tempo em que o professor era o único protagonista da aprendizagem. “Hoje, o estudante é levado a conhecer, refletir e atuar no meio social com a bagagem das experiências vividas na escola. Se, consciente de tudo isso, o professor incorpora a tecnologia em suas ações didáticas, ele capacita o aprendiz a articular o conhecimento”, diz Luciana. Na era digital, cabe ao professor dar ordem ao caos de informações e recursos atualmente oferecidos pelas mídias, tornando-se um facilitador do conhecimento e da pesquisa. “Para isso, é necessário que ele mostre não somente a complexidade da aprendizagem, mas também o prazer da descoberta. Além disso,
Manter o interesse dos jovens mergulhados nas mídias sociais pelas ferramentas utilizadas em sala de aula é um dos principais desafios do educador. “Não podemos negar o contato com as redes sociais, que são, dentre outras novidades do mundo virtual, uma realidade muito próxima do cotidiano dos estudantes. O interessante é mostrar a eles a possibilidade de utilizá-las para fins culturais. É possível buscar informações, notícias, argumentar e encontrar ideias para outras pesquisas ao navegar em algumas redes. Principalmente, conseguimos também julgar o que é verdade, útil e até mesmo importante se formos leitores críticos no universo digital”, finaliza Luciana.
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© Foto: Acervo do Colégio
ens. médio
diz aí
o que você pensa
dos seus pais
{ou parentes mais próximos}
? © Fotos: Acervo do Colégio
estarem nas redes sociais
GaBrieLa GonÇaLveS Ferreira 2ºB – EM
viCToria MaSSari 3ºB – EM
BeaTriZ GoULarT 2°A – EM
“Mesmo meus pais postando fotos ‘espontâneas demais’ e comentários muito engraçados, é muito boa a interação com eles nas redes sociais porque facilita muito a nossa comunicação quando não estamos juntos.”
“É bom ter os pais nas redes sociais porque eles podem acompanhar toda a atividade de seus filhos na internet. O meu pai não é muito de usar a rede, mas a minha mãe me acompanha sempre e eu interajo bastante com ela.”
“Acho muito legal os pais estarem nas redes sociais, pois eles se envolvem com assuntos do meu cotidiano e acabam entendo um pouco melhor os jovens, mas a privacidade deve ser respeitada por ambos os lados.”
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Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
Fabio Rodrigues M. Cassiano 3°A – EM
Mariana Alves 3ºA – EM
Luana Matsuda 8ºA – EF II
“É engraçado ver meus pais utilizando redes sociais: parecem crianças na manhã de Natal, descobrindo um brinquedo novo! Costumamos comentar nas fotos uns dos outros, mas conversamos muito pouco dessa forma.”
“Ano passado, minha mãe criou um Facebook porque ela é daquele tipo de pessoa que gosta de estar sempre por dentro de tudo! Eu, particularmente, não vejo problema em ela ver e curtir as minhas fotos e publicações. Acho importante ela ter contato com as novas tecnologias, já que é uma ciência que cresce cada vez mais.”
“Eu acho legal, até certo ponto, meus pais interagirem nas redes sociais. É superbacana eles terem as contas, postarem fotos. Eu converso com eles, interajo. Só não quero que invadam muito a minha privacidade.”
Opinião dO Educador Para o professor de Filosofia, Graziano Costa, o papel dos pais é fundamental na orientação sobre o uso das redes sociais. “Os pais não devem vigiar seus filhos, nem às escondidas. Devem, sim, se perceberem um incômodo ou algum problema com um comentário ou exposição sem limites, externar olho no olho – como uma correção fraterna nos momentos em que os filhos passaram dos limites. É bom lembrar que
os jovens não gostam dos constrangimentos públicos, sobretudo nas redes sociais. Os pais não devem abandonar, em hipótese alguma, uma boa conversa”, afirma o educador.
Graziano Costa
Professor de Filosofia
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
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caleidoscópio
Beleza e sensibilidade na performance das bailarinas.
Sustentabilidade foi o foco dos alunos em “A Fuga do Mundo Virtual”.
2014
DANÇA
CONQUISTA
© Fotos: Acervo do Colégio
Trabalho da Prática Solidária foi um dos finalistas do 13º Prêmio Escola Voluntária.
TEATRO
Crianças encantaram o público com suas apresentações.
Equipe do Colégio Marista Glória na entrega do 13º Prêmio Escola Voluntária.
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Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
Talento dos alunos encantou em “A Mansão de Miss Jane”.
Formandos da 3º Série do Ensino Médio – turma de 2013: conquista muito importante.
112 anos do Colégio Marista Glória: tradição e qualidade.
FORMATURA
FÉRIAS
ANIVERSÁRIO
ESTUDO DO MEIO
Diversão e entrosamento na turma do curso de férias.
Alunos do 4º ano em visita ao Museu do Castelo no projeto Estudo do Meio, em Paranapiacaba. Alunos da 1º Série do Ensino Médio em uma aula de geografia na nascente do rio Tietê, em Salesópolis.
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
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© Foto: Acervo do Colégio
destaque
Campeã nas quadras e na sala de aula Mesmo com uma árdua rotina de treinos, aluna top do voleibol não abre mão dos estudos A aluna Stefani Cristina Gamboa D'Amaro, do 9º ano, descobriu cedo sua paixão pelo voleibol. Desde os dez anos de idade, começou a jogar por hobbie e, hoje, não se vê fazendo outra coisa. Como capitã, levantou a taça de campeã estadual pelo São Caetano Esporte Clube e conquistou o primeiro lugar na Olimpíada Marista (Olimar). Ela também subiu ao pódio no Torneio Início. Atualmente, treina na categoria Mirim do São Caetano. Consegue, como ninguém, conciliar o esporte e a vida com os estudos. “Treino três vezes por semana, por mais ou menos três horas. É puxado, mas sempre consigo estudar um pouco todo dia e adiantar as lições. Como estudante, me considero uma boa aluna, me dedico bastante”, orgulha-se a jovem que gosta de Física, Matemática e Educação Física. Stefani começou jogando em uma escolinha do Clube Atlético Ypiranga por incentivo da mãe. “Hoje, sou apaixonada pelo esporte. Quando estou treinando, esqueço todos os meus problemas, fazendo aquilo que eu amo, que me realiza”, comenta. No Colégio Marista Glória, ela se prepara para disputar a Liga. “Sou aluna nova e o Colégio me recebeu muito bem, os professores me aco-
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lheram e sei que, quando preciso de alguma coisa, todos me ajudam da melhor forma possível”, conta a aluna, que reconhece o apoio do Glória em treinos e campeonatos, como a Olimar e a Oligloria.
LiÇÕeS do eSPorTe O vôlei é um jogo de paciência e persistência. A vitória só acontece quando uma das equipes alcança 75 pontos em três sets. Cada ponto é uma emoção única. Nada está perdido, mas também nada está ganho até o último momento. Por isso, o foco, a concentração e a determinação de ir em busca da vitória têm sido um grande desafio para Stefani. “Aprendi a ter disciplina, responsabilidade, pontualidade, respeito, amizade e humildade, valores que quero levar para toda minha vida”, afirma a jogadora, que também acredita que a união do time é fundamental para chegar à vitória. Como capitã, a motivação da estudante foi decisiva em algumas partidas, já que, dentro das quadras, muitas vezes precisou de uma dose extra de confiança para levar a equipe a acreditar no seu potencial. Para realizar seu sonho de se tornar uma jogadora profissional, Stefani se inspira na jogadora Camila
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
Brait, que surge como uma das maiores promessas do vôlei feminino para os Jogos Olímpicos de 2016. “Ela é líbero, uma das posições em que eu quero jogar, forte em recepção e defesa no fundo da quadra”, comenta a futura craque.
Sou aluna nova e o Colégio me recebeu muito bem, os professores me acolheram e sei que, quando preciso de alguma coisa, todos me ajudam da melhor forma possível.
você sabia?
Século dedicado à
educação
Ao longo de 112 anos, muitos funcionários e educadores ajudaram a construir a história do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória. Alguns deles se tornaram inesquecíveis.
deSBravadoreS Os Irmãos Maristas Luis Anastácio, Erasmo, Eustáquio e Pierre Austremoine, fundadores do Colégio, sempre se preocuparam em contribuir com o fortalecimento dos vínculos, a participação, o exercício da cidadania e a defesa dos direitos da infância e juventude.
PaLavra de ordeM O professor Miguel Bertolli coordenava o antigo Serviço de Integração Social na década de 1980 e zelava pela ordem no Colégio. Sua mera presença impunha respeito e carinho ao mesmo tempo.
QUeBroU? CHaMa o SeU JoÃo! João Villa dedicou mais de 40 anos de sua vida ao Colégio e o conservava como se fosse sua casa.
MeMÓria viva
© Fotos: Acervo do Colégio
A secretária Silvia Ianelli trabalha no Glória há 23 anos. Começou como telefonista e trabalhava na sala ao lado do laboratório onde o saudoso Irmão Leonardo trabalhava. Ao longo dos anos, acompanhou a formação dos filhos no Colégio, que ajudou a torná-los “bons cristãos e virtuosos cidadãos”.
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dediCaÇÃo e aMor Elvira Duram Palezi foi secretária do Núcleo Psicopedagógico por quase 20 anos. Sua dedicação ao Colégio Marista Glória era exemplo para os colegas de trabalho.
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© Fotos: Acervo pessoal
gente nossa
Elas brilharam nos
vestibulares 34
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
Formandas 2013 contam como conseguiram vencer desafios e chegar às principais instituições do país Elas conseguiram a aprovação em faculdades públicas e – o melhor – conquistaram a vaga criando suas próprias rotinas de estudos. Com foco, determinação, organização e uma dose extra de motivação, Gabriela Guilherme Monte e Débora Viana de Alencar venceram a ansiedade e chegaram ao topo. Gabriela foi aprovada na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Biologia Marinha e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em dois cursos: Química Industrial e Farmácia e Bioquímica. Acabou escolhendo Farmácia. Já Débora passou em Letras na Universidade de São Paulo (USP), em Radialismo na Unesp e em Ciências Sociais na Unifesp. Optou por Letras. Mesmo com escolhas profissionais tão diferentes, as duas têm em comum a vontade de vencer na vida. “Devemos sempre olhar para frente e nos imaginarmos vivenciando aquilo que nós planejamos. Essa é uma forma muito boa de superar o cansaço e de ser persistente”, conta Gabriela. Débora acredita que os resultados foram fruto de esforço e insistência. “A ansiedade foi uma grande inimiga antes, durante e depois do vestibular. Antes por causa do medo da prova; durante porque eu fiquei receosa quanto às minhas respostas; e depois pela agonia de esperar pelo resultado. Mas tudo valeu a pena”, alegra-se.
Maratona de estudos Sempre juntas nos estudos, as amigas se ajudavam dentro e fora da sala de aula. “O ano do vestibular foi o mais cansativo, mais puxado e o de maior pressão que eu já tive, mas também foi o que me trouxe
os resultados mais felizes da minha vida. Eu estudava aproximadamente quatro horas por dia além do horário de escola. Nos intervalos de aula, resolvia questões de primeira fase com a Débora, nós sempre nos ajudávamos. Estudar em pequenos grupos é muito eficiente, principalmente quando, nesses grupos, são reunidas pessoas que são melhores em áreas diferentes”, recorda-se Gabriela. A amiga também reconhece que a união faz a força. “No segundo semestre do ano, passei a aumentar as horas de estudo, além de fazer exercícios nos intervalos de aula com a Gabriela. O forte dela sempre foi a área de biológicas, então nos ajudávamos muito”, conta Débora.
Válvula de escape Mesmo com uma árdua rotina de estudos, elas não abriram mão de fazer o que gostam. Depois de estudar, Débora procurava fazer uma caminhada para relaxar e, em seguida, descansar para ter ânimo no dia seguinte. Gabriela continuou participando do Grupo Especial de Dança, da Pastoral e fazendo street dance. Todo esforço valeu a pena. Depois de ter superado o maior desafio de sua vida até então, Gabriela acredita que a organização é a chave do sucesso. “Defina metas, faça um cronograma de estudos com todas as atividades que pretende fazer no dia e vá riscando aquelas que já foram cumpridas. No final do dia, olhe esse cronograma. Ver todas as tarefas riscadas dá uma sensação de dever cumprido e até estimula a estudar”. E, claro, mantenha a calma. “Acredite no que você quer e no que você deseja ser no mundo. Não se deixe abalar pelas frustrações que acabam
surgindo. Siga sempre o seu coração: é o fator mais importante na escolha de uma profissão, afinal, tudo que é feito com o coração obtém reconhecimento”, recomenda Débora.
Acredite no que você quer e no que você deseja ser no mundo. Não se deixe abalar pelas frustrações que acabam surgindo. Siga sempre o seu coração: é o fator mais importante na escolha de uma profissão, afinal, tudo que é feito com o coração obtém reconhecimento.
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Solidariedade reconhecida
Marista Nossa Senhora da Glória é finalista do Prêmio Escola Voluntária
Jovens, professores e famílias unidos em torno de um mesmo ideal: o amor ao próximo. As manifestações de solidariedade e fraternidade de quem doou parte do seu tempo ao projeto Prática Solidária para transformar a vida de crianças carentes foram reconhecidas. O Marista Glória foi classificado entre as dez escolas finalistas da 13ª edição do Prêmio Escola Voluntária, criado pelo Grupo Bandeirantes de Rádio e TV e pela Fundação Itaú Social. “Concorreram mais de 500 escolas do Brasil todo e estar entre as dez finalistas foi um incentivo ao trabalho que desenvolvemos no Marista Glória, junto a instituições do nosso entorno que, há 14 anos, recebem nossos alunos”, orgulha-se Regina Aparecida Ianzini Pinheiro, gestora da Equipe de Solidariedade do Colégio. Para ela, a classificação reflete o trabalho solidário desenvolvido no Glória, iniciado na Educação Infantil, que tem como um dos pontos fortes a Prática Solidária, realizada na 1ª série do Ensino Médio.
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“O projeto apresentado no concurso tem um papel importantíssimo na construção do protagonismo juvenil, parte indispensável da filosofia Marista e do fortalecimento dos valores que permeiam nosso trabalho”, explica Regina. A apresentação dos projetos foi realizada em um evento patrocinado e transmitido pela Rádio Bandeirantes e pela Fundação Itaú Social, no teatro do Grupo Itaú, no segundo semestre de 2013. “Pudemos ver que os jovens podem e fazem a diferença nos dias de hoje. Vimos a alegria e o orgulho que tomaram conta de nossos alunos durante os meses de preparação para o evento. A comunidade do Marista Glória sentiu-se como o menino que pegava as estrelas na praia e as devolvia ao mar. Se cada um fizer a sua parte, tudo pode ser modificado”, recorda-se. Para que esse trabalho acontecesse, os alunos contaram com a parceria da direção, da Pastoral, dos professores, das famílias e de um grupo de mães que, voluntariamente, acompanham
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os jovens na aplicação do projeto. “Estar entre as dez finalistas foi uma vitória e o evento, uma oportunidade que os alunos tiveram de poder conviver, aprender e trocar experiências com os demais estudantes das escolas finalistas”, afirma a tesoureira da Equipe de Solidariedade e mãe de ex-alunas, Vera Lucia Giannini Gatti Miguel. Patricia Rezende Grotti, ex-aluna e mãe voluntária, também comemora a conquista. “Sou ex-aluna, mãe de dois jovens alunos e faço parte, com orgulho, da Equipe Marista de Solidariedade do Colégio. Então, nem preciso de mais motivos para torcer e acreditar, cada dia mais, que podemos e devemos fazer um pouquinho pelos menos privilegiados. Acho magnífico o trabalho que os jovens da 1ª série do Ensino Médio fazem diretamente nas instituições Nosso Lar, Início de Luz e Flos Carmeli. Temos a oportunidade de aprender muito e transmitir a cultura da solidariedade dentro e fora da nossa comunidade”.
© Foto: Acervo do Colégio
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© Fotos: Acervo pessoal
ir. virgílio Balestro Irmão Marista Colégio Marista Paranaense, de Curitiba (PR)
O desafio e a provocação
no ensino atual “A tua convicção é que te impele, porque escolha prepara escolha”, reitera o filósofo Epicteto (50-130). Se a falha está na vontade, cabe à inteligência apontar o caminho; quando é a inteligência que desconhece o caminho, cumpre haver alguma força externa que aponte a via e a solução. Zeferino Vaz ceifou o canavial, em Campinas, e implantou a Unicamp, a mais austera e competente das nossas universidades. Perguntado sobre a sua prioridade, respondeu que era o professor, e o repetiu três vezes. A sua prioridade constitui o trio do pódio: primeiro, segundo e terceiro lugares. Antes, porém, preveniu-se e preveniu as autoridades: se a política entra pela porta, a ciência foge pela janela. Há, acima do mestre, o comando, o diretor, o reitor, o dirigente, o coach. O comando precisa de liderança, cultura, responsabilidade e proficiência. Precisa de QI, mas nunca QI de “quem indica”. Mudando o que cumpre mudar, as ideias de Zeferino Vaz e Epicteto valem tanto para a escola pública quanto para a escola particular. Por quê? Justamente porque a corrida e o jogo substancialmente dependem
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de criteriosas escolhas sempre, com o seguinte dramático adendo: os alunos fazem o principal e o decisivo em sumo grau, e eles não pertencem propriamente ao exterior do comando e da escolha. Alunos são pessoas; são moral e intelectivamente atletas profissionais. Precisam mais de disciplina que os demais atletas pelo peso imenso da transformação que devem produzir em si próprios; na conta do bom resultado, só aprende quem quer; todos a todos educam; todo o bom ensino educa e toda a boa educação ensina. Se na escola Y nenhum mestre, nenhum funcionário e nenhum aluno atira papelucho no chão sagrado da escola e do pátio por um ano inteiro, o visitante sabe que aquela escola é excelente. Há países cujas escolas fazem literalmente isso: aí as escolas são excelentes e as poucas nações que lograram a proeza estão na primeira fila. Cumpre responder bem ao desafio revolucionário: “A quem vamos entregar a inteligência, a mente e o coração dos 50 milhões de crianças e jovens se não for aos 2% do melhor alunado em liderança, notas e habilidades escolares, tudo criteriosamente comprovado?”,
que Gustavo Ioschpe, que sabe tudo da educação do Brasil e do mundo, colocou na capa do livro “Que Quer o Brasil Quando Crescer?”. O leitor sabido percebe que não faltam peritos que conhecem a realidade profunda e apontam a solução. Nenhum deles prioriza o mero aumento do salário, sempre importante, mas nunca decisivo. Mais que profissão, o magistério é missão e apostolado.
As mudanças na educação
© Foto: Sxc.hu
Vivemos a pós-modernidade e, com ela, seus desafios. O fundador do Instituto Marista, São Marcelino Champagnat, tinha como um dos seus lemas que, para bem educarmos uma criança, é preciso, antes de tudo, amá-la! Esta máxima faz muito sentido nos dias de hoje. Somente amamos verdadeiramente aquilo que conhecemos, portanto, o papel de educar é conhecer o seu interlocutor, seu estudante!
Essa frase nunca me fez tanto sentido como agora que trabalhamos e convivemos com essas novas gerações. Para bem educarmos, é preciso conhecer a subjetividade do nosso estudante, sua historicidade e seus anseios e sonhos, para que, assim, em um processo diário de ambiente escolar, consigamos, apoiados por ferramentas pedagógicas, estimular o conhecimento das ciências peculiares à educação. Poderíamos parafrasear esse conceito com o universo tecnológico em que vivemos, onde nossas crianças e nossos jovens são nativos digitais e têm pouco presentes os conceitos nos quais seus atuais educadores foram educados e ensinados. Todo esse histórico no universo escolar faz com que nos adaptemos diariamente ao novo que chega. Contudo, nós, adultos e educadores, não nos esqueçamos de que nossos estudantes estão vivenciando um processo educativo, no qual a escola é um “laboratório”, permitindo acertos e erros, fazendo com que os ajudemos a serem melhores quando estiverem no mundo do trabalho e na vida adulta. Para reforçar o que temos trabalhado, vou me valer de um dos grandes pensadores brasileiros da área educacional, Paulo Freire, que afirmou: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Portanto, meus caros, para cativar é preciso conhecer, ir a fundo e ser apaixonado por aquilo que se faz, caso
contrário, se tornaria rotina e uma mera necessidade. O educador tem o papel de mediador e estimulador, contudo, o artífice e o protagonista é o estudante! Içami Tiba, nos seus vários escritos, nos fala da parceria que devemos ter entre família e escola, usando a metáfora das seis mãos: as da família, as do estudante e as da escola. Assim sendo, faremos um processo de construção no qual todos compreenderão o que é educativo e que temos um papel a cumprir.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Paulo Freire
ir. Gérson dresch Diretor do Colégio Marista Assunção, de Porto Alegre (RS)
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Legado de uma missão Durante uma Missão Solidária Marista, os papéis de doador e receptor se intercalam o tempo todo. Para a população que recebe a missão, fica uma semente de transformação para ser cuidada e poder continuar agindo na vida de cada um Por Michele Bravos
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© Fotos: Michele Bravos
solidariedade
No começo deste ano, cinco cidades brasileiras em situação de vulnerabilidade social receberam a Missão Solidária Marista. O evento é anual e tem como objetivo promover a vivência de valores e a transformação pessoal de jovens Maristas e dos cidadãos. Segundo o Ir. Joaquim Sperandio, superior provincial do Grupo Marista, o Grupo investe nisso porque acredita que os jovens – Maristas e não – precisam mudar individualmente. “É claro que vamos contribuir para melhorias físicas na cidade, mas, ao final de tudo, a transformação deve ser pessoal e interior”. Durante a MSM, missionários e comunidade local trabalham juntos o tempo todo. De um lado, os jovens propondo se doar à cidade, em visitas missionárias, fazendo melhorias concretas, como pintura de muros, restauração de praças, colônia de férias para as crianças, entre outras atividades. Do outro, a população aceitando receber essas ações, acolhendo os jovens missionários em suas casas, participando de uma procissão pela cidade. Os jovens Maristas não apenas saem de lá transformados (confira os depoimentos na pág. 7 desta edição), mas também deixam um legado para a população. Conheça alguns moradores de Ponte Serrada, uma das cidades que recebeu a MSM neste ano, e o que a passagem dos jovens por lá significou para eles. Eduardo Coppini é prefeito de Ponte Serrada e ex-integrante do grupo de jovens Eu me identifico muito com esse evento. Quando mais novo, eu fiz parte do grupo de jovens de Ponte Serrada, na época, comandado pela D. Maria de Almeida, a Mariazinha. Fazíamos trabalhos próximos a esses que estão sendo realizados aqui no município. Para a nossa cidade, esse é um evento que só tem a somar. Ele proporciona que os jovens da nossa cidade despertem cada vez mais para a importância que é de fazer o bem para o próxi-
A escolha das cidades mo e se envolver com causas sociais. Um evento como esse provoca até um despertar para a política. Essa é uma área que precisa de ideias novas, de pessoas que tragam consigo, nos seus corações, valores atrelados à solidariedade, para que se tenham resultados favoráveis para a população. Ilma Vicensi, 61 anos, é moradora da região de São Lourenço e vive da aposentadoria e da fabricação de vassouras Desde que nos mudamos para cá, já nos envolvemos com a igreja local. No começo, eu tinha vergonha, insegurança até mesmo de fazer uma leitura para todos durante a missa. Não achava que tinha instrução suficiente. Aos poucos, isso foi mudando. Fui me sentindo mais confiante. Quando o padre disse que nossa comunidade iria receber missionários, eu fiquei feliz, mas fiquei pensando se saberia receber alguém na minha casa. Então, tomei coragem e aceitei esse desafio. Para mim, receber um missionário foi um ato de coragem, que me ajudou a trabalhar questões pessoais. Salete Costa, 51 anos, abriu as portas de sua casa para acolher um missionário Eu sempre vi a minha mãe recebendo missionários em nossa casa. Era uma forma que tínhamos de contribuir para a missão. Para mim, é uma honra poder receber um jovem na minha casa. A gente cria um carinho por eles. É uma companhia diferente naquela semana. É como um filho. Eu não queria que ele fosse embora. João de Almeida, 46 anos, é pai de Isabela de Almeida, 5 anos, participante da colônia de férias da MSM no bairro COHAB Muitas crianças aqui não têm com o que brincar. Quando tem essas
atividades, elas podem participar e todo mundo se diverte. Os pais também ficam contentes. É uma alegria ver os missionários de fora da cidade trazerem felicidade para os nossos filhos. Ações assim são muito bonitas. É disso que nossa cidade precisa. Geverson Dave, 16 anos, é um jovem de Ponte Serrada e participa da Pastoral da Juventude Mesmo eu sendo morador de Ponte Serrada, vi situações na MSM que nunca tinha visto antes. Em um dos dias, fizemos uma caminhada pelo bairro Cohab, onde eu moro. Fiquei muito chocado quando passamos por uma rua em que as casas eram apenas uma barraca de lona. Eu mesmo nunca tinha andando por essa região do bairro, nem visto essa realidade. Ao me deparar com essa situação, eu repensei a forma como tenho valorizado o que tenho. Às vezes, reclamamos muito e deixamos de buscar o melhor.
Normalmente, as cidades que recebem uma Missão Marista possuem algum vínculo Marista, o que facilita a organização do evento. Em geral, há um diálogo entre o Setor de Pastoral e a Diretoria Executiva de Ação Social (DEAS). São eles que apontam sugestões de cidades e decidem os locais, levando em consideração diversos contextos sociais (metrópole, médio porte e cidades de interior) e de diferentes localizações geográficas. Esse foi o caso de Ponte Serrada neste ano. Em 2013, os jovens da Pastoral da Juventude contaram com um grande apoio da população para irem à Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Como forma de retribuição a tudo o que a população fez por eles, surgiu a ideia de trazer uma Missão Solidária Marista para a região. Em contato com o Ir. Alison Hufu, natural da cidade, mas que atualmente mora em Dourados (MS), a missão começou a ser construída.
Susineia Bassani é presidente da Pastoral da Juventude de Ponte Serrada No começo, achávamos que não seríamos capazes de ter uma obra tão grande, um momento de missão tão intenso, mas fomos assumindo e dizendo os nossos sins. A intenção de tudo isso era agradecer a nossa comunidade e tornar o rosto de Deus mais conhecido ainda. Agradecemos a todos pelo o que vivemos nessa semana. Momentos de intensa vivência com os jovens, com as famílias que os receberam – tanto nas visitas missionárias, quanto nas hospedagens. Nessa semana, uma semente foi plantada em nossa comunidade. Tanto pelos jovens daqui como de outras regiões. O desejo que fica é para que sejamos transformadores da nossa história, protagonistas em nossa essência. Que sejamos participativos.
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© Foto: Renata Salles
como fazer
acompanhamento é diferente de intromissão
As redes sociais já fazem parte da rotina dos adolescentes, mas todo esse universo de postagens, fotos e muito bate-papo deve ser acompanhado pelos pais. A tarefa não é fácil, mas a revista Em Família traz algumas dicas para que os pais consigam monitorar as interações dos filhos sem que pareça intromissão Por Elizangela Jubanski
As redes sociais tomaram conta da rotina dos adolescentes. Em casa, no celular ou na escola, acessar perfis on-line tornou-se “febre” entre esses internautas, que muitas vezes precisam de certo direcionamento no mundo virtual. E cabe aos pais executar essa empreitada com muita conversa e acompanhamento. O que deve acontecer – sem medo de parecer intruso – é um monitoramento mesmo. Ficar atento a postagens do filho, fotos, amizades recentes e até mesmo à superexposição na rede. Afinal, ninguém conhece tão bem a rotina desses internautas quanto os próprios pais. A advogada e pedagoga Cristina Sleiman é especialista em Direito Digital e alerta que os pais devem conversar com os filhos sobre a maneira de se comportar nas redes sociais. “Essa verificação nos perfis não deve
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ser negligenciada de forma alguma. É preciso explicar aos filhos que qualquer rede social deve ser entendida como a extensão da vida presencial, ou seja, nada de outro mundo ou coisa parecida. Tudo que se faz em uma rede social deve ser pensado e analisado exatamente como acontece em uma relação interpessoal na escola, por exemplo”. É exatamente assim que a família Magalhães media as publicações nas redes sociais. A escritora Cláudia Magalhães, mãe dos adolescentes João Pedro, 14 anos, 9º ano, e Alice, 12, 7º ano, ambos do Colégio Marista Paranaense, acredita que confiança e supervisão são elementos indispensáveis nessa relação. “Nada deve acontecer de maneira que sufoque a confiança que a gente deposita neles, mas, mesmo assim, pode ter certa inocência nas postagens e nossa
outra visão é que deve auxiliar nisso”, garante. Os irmãos adoram redes sociais. Embora, para eles, o Facebook já não seja tão acessado assim, outras redes como Instagram, Twitter e WhatsApp continuam fazendo parte das atividades do dia a dia. “Eles levam o celular para a escola, mas fica desligado: isso é regra. Em casa, Alice acessa mais pelo celular, já o João Pedro gosta mais do computador para jogos online”. Para as postagens, algumas recomendações da mãe. "A roupa tem que estar legal, nada muito chamativo, fotos de viagens só algumas, nada de ficar postando tudo que faz no dia”, esclarece. Cláudia não tem perfil em rede social e mesmo assim acompanha as postagens. Outra regra – na verdade chamada de “combinado” na família Magalhães – é quanto ao horário dedicado na
O pais precisam ficar atentos com o excesso de exposição e manter os perfis dos filhos de um modo restrito, para que apenas os conhecidos tenham acesso a fotos ou informações.
Quem responde?
rede. “Eles já têm horários com aulas em diversos dias da semana, acaba sobrando pouco tempo para fazer nada, mas, mesmo assim, hora de rede social é quando eles já fizeram tudo que tinham para fazer, ou pelo menos parte”, destaca. Na visão dos adolescentes, a preocupação é válida. João Pedro conta que esporadicamente aparecem pessoas de fora para interagir nas redes sociais. “A gente conversa bastante sobre isso e até mostro os vídeos que recebo para minha mãe, mas às vezes aparecem umas pessoas que eu nunca vi na vida”, reclama. Já Alice diz que também não se incomodar com as “investidas” da mãe. “Como eu já sei que ela gosta de ver e dar uns palpites, já mostro a foto que quero compartilhar e pronto”, brinca. Esses “combinados” que acontecem na família Magalhães são atitudes com as quais a especialista Cristina concor-
da. “O pais precisam ficar atentos com o excesso de exposição e manter os perfis dos filhos de um modo restrito, para que apenas os conhecidos tenham acesso a fotos ou informações”, alerta. O mesmo olhar atento, segundo ela, deve ser transferido quanto a postagens de viagens e tudo que possa chamar a atenção de pessoas que estão fora do contexto da família ou dos amigos. “A gente nunca sabe quem está por trás de um computador vendo fotos da nossa família”, diz a advogada. O pai dos adolescentes, o engenheiro José Magalhães, concorda com a especialista e acredita que a internet, assim como as rede sociais, tem muito a agregar, mas com regras. “A tecnologia tem que vir a nosso favor. Como tudo em excesso faz mal, assim é com as redes sociais. Não adianta proibir, principalmente porque, hoje, elas também são uma boa ferramenta para se informar”, defende.
O que os pais não podem esquecer é que qualquer postagem que tenha cunho ofensivo ou que fira a integridade de alguém pode ser levada à justiça. “É primordial entender que as leis regulamentam nossa conduta independentemente do meio, portanto, crimes contra a honra, por exemplo, independem do meio utilizado para sua configuração”, explica a advogada e pedagoga Cristina. Nesses casos, os adolescentes (menores de 18 anos) podem até mesmo cumprir medidas socioeducativas, enquanto os pais respondem processo civil. “Cada caso é analisado de maneira diferente, mas uma simples brincadeira, se mal interpretada, pode causar muita dor de cabeça e prejuízo financeiro”.
Na prática Poucas e boas atitudes já fazem a diferença: l Monitorar as postagens (textos, imagens e outros compartilhamentos). l Ver de que grupo de conversas o filho participa. l Ficar atentos aos horários que ele está online. l Estipular períodos de acesso às redes sociais.
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SeM FronTeiraS A minha sugestão de programa para alunos do Ensino Médio, especialmente para o terceirão, é o Sem Fronteiras, da Globonews. Esse programa traz discussões de temas polêmicos atuais, nacionais ou internacionais, no qual alguns especialistas são consultados acerca da temática. Favorece quem quer ter óticas de análise sobre a conjuntura atual. Maria dôres Makowski, professora do Ensino Médio no Colégio Marista Frei Rogério, em Joaçaba (SC).
PorTaL UniCaMP Gosto e indico o site http://m3.ime.unicamp.br/portal/ porque nele há a possibilidade de encontrar vídeos, simuladores e atividades ligadas à matemática. Os vídeos têm duração média de 10 minutos e abordam assuntos ligados ao cotidiano sem perder o foco na parte acadêmica. Vale a pena conferir. eder Miotto, professor do Ensino Médio no Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba.
QUaL é a TUa oBra?
O livro Qual é a Tua obra? inquietações Propositivas Sobre Gestão, Liderança e ética, de Mario Sergio Cortella, apresenta uma convocação a refletirmos a respeito de nossa verdadeira existência, uma motivação a compreendermos que nossa obra é muito maior que qualquer atividade por nós já realizada. Esse livro é um presente a todos que sentem as inquietações no processo de formação de liderança e que acreditam que o seu maior compromisso é a solidariedade e a alteridade. Carla klein, professora do Ensino Fundamental no Colégio Marista Cascavel (PR).
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HiSTÓria diGiTaL O História Digital foi criado pelo professor Michel Goulart com a intenção de divulgar o uso das mídias digitais na educação, assim como experiências criativas em sala de aula. Em pouco tempo, seu conteúdo se tornou referência no aprendizado de história, do Ensino Fundamental ao pré-vestibular. Considerado o melhor blog de história no país em 2012, o Guia do Estudante indicou os perfis da página no Twitter e no Facebook entre os melhores para estudar nas redes sociais. http://www.historiadigital.org Michel Goulart, professor do Ensino Fundamental e Médio no Colégio Marista Criciúma.
SoBrevivi Para ConTar
© Fotos: Divulgação
O livro trata de um depoimento de Immaculée Ilibagiza durante o genocídio que destruiu Ruanda em 1994. Ao longo da obra, ela conta como conseguiu sobreviver emocionalmente ao massacre de sua família e aos momentos aterrorizantes por que passou. É uma história comovente e que deixa aos leitores uma mensagem de amor e muita fé à vida. rute kuhn knaut, professora do Ensino Fundamental no Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa
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diversão
E aí,
o que fazer? Por Elizangela Jubanski
Com a chegada das férias escolares é preciso progra- desse cronograma tão apertado que os filhos possuem mação e, acima de tudo, manter os filhos envolvidos e nas horas vagas. Que tal propor alguns passeios além de ativos. Eles querem ir a todos os lugares possíveis, ex- shoppings e compras? perimentar um pouco de tudo, e cabe aos pais cuidar
GoiÂnia Quem passa na Rodovia dos Romeiros fica impressionado com a grandiosidade dos Painéis da Via Sacra, que possuem 16 quilômetros de extensão, a maior galeria a céu aberto do mundo. O artista plástico Omar Souto buscou retratar os principais momentos da Paixão de Cristo. Dando continuidade ao passeio, o Museu de Arte Contemporânea possui um acervo de 500 obras, com desenhos, gravuras, esculturas, pinturas e reproduções. E para os mais curiosos, o Museu Estadual Professor Zoroastro é uma boa pedida. Fundado em 1946, ele guarda documentos históricos, artefatos indígenas, arte sacra e popular, objetos da Revolução Industrial, folclore e muitas outras atrações. Vale a pena tornar as férias um programa cultural!
Que tal conhecer um pouco mais do lado cultural de Brasília? A Catedral Metropolitana, na Esplanada dos Ministérios, foi projetada em 1967 por Oscar Niemeyer e possui obras de Di Cavalcanti. Além de serem ligados por pontos claros, os vitrais coloridos mudam conforme a luz do sol, nos arcos de 18 metros de altura, no Santuário de Dom Bosco. Outra dica é conhecer o Memorial JK, local em que está enterrado o corpo do presidente Juscelino Kubitscheck e onde há uma exposição permanente de documentos e fotos que contam a história da construção da capital, além da biblioteca com mais de 3 mil exemplares. Conhecer o Museu de Valores do Banco Central é roteiro obrigatório, lá está a maior pepita de ouro encontrada no Brasil, em Serra Pelada, de 62 Kg, além de um total de 125 mil peças de moedas e cédulas nacionais e estrangeiras. Aliada a isso, o local abriga a maior coleção do mundo das obras de Portinari. Fica a dica!
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BraSÍLia
SÃO PAULO São Paulo reserva ótimas atrações para quem quer conhecer um pouco mais de história e cultura. O Museu de Arte Moderna, um presente de Oscar Niemeyer para os paulistanos, marcou e agitou a cultura brasileira e guarda ótimas exposições para quem é apaixonado ou curioso por arte nacional e internacional, contando no seu acervo com obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari, por exemplo. Que tal conhecer a arquitetura europeia do Museu do Ipiranga? O local possui um valioso acervo com peças da república e do império, uma boa aula de história que pode ser completa com uma visita à biblioteca que tem mais de 100 mil volumes. Para encerrar esse breve roteiro, a Estação da Luz é perfeita! Construída em 1901, projetada em estilo vitoriano e com material para sua construção trazido da Inglaterra, o local encanta até mesmo que mora em Sampa. Que tal essa aula de história e cultura com os pequenos?
SANTA CATARINA Santa Catarina também reserva ótimas visitas culturais. O Museu de Arte de Santa Catarina, fundado em 1949, instalado no Centro Integrado de Cultura e reserva um acervo que conta, além de outras coisas, a história do Estado, possui em seu acervo artistas como Di Cavalcanti, Portinari, Djanira, Emeric Marcier, Volpi, Tarsila do Amaral e outros, contabilizando aproximadamente 1775 obras. A Casa da Alfândega é um local que visa resgatar e dar continuidade ao artesanato do Estado, um recorte de história é guardado no local. Outra boa pedida é o Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras, onde estão disponíveis para visitação mais de 91 barcos em tamanho natural, cerca de 150 peças de modelismo e artesanato naval e a Coleção Alves Câmara, do século XXI. O local reserva, ainda, muitas outras atrações. Vale a pena a visita durante as férias ou em um fim de semana em família.
PARANÁ No estado do Paraná, conhecer o Museu Oscar Niemeyer é uma boa aula de arte, arquitetura, urbanismo e design. São 17 mil metros de área expositiva, considerada a maior da América Latina, que, além de expositora, realiza cursos e oficinas abertos ao público. Para quem gosta de saber como era o passado, o Museu Histórico Padre Carlos Weiss, que ocupa o belo prédio da antiga Estação Ferroviária de Londrina é ideal. Lá estão preservadas as memórias dos bons tempos da cafeicultura da região. Outra dica é a visita à Catedral de Nossa Senhora da Glória, em Maringá, que tem 114 metros de altura e tem um mirante com vista panorâmica. Para os aventureiros que queiram a experiência, é preciso subir 482 degraus pra chegar lá em cima. Com toda certeza, as férias deles estão garantidas com essas aulas de cultura e história!
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© Foto: Estúdio Cafeína
olhar
Você já teve
a minha idade
“Calma, isso vai passar! Já tive sua idade”. Quem nunca ouviu isso? Não era fácil ouvir, dava uma sensação de que a gente era incompetente, ingênuo, uma verdadeira “anta”. Mas o que ninguém dizia era que, exatamente por passar pela situação, nos tornaríamos mais maduros e experientes. Faz parte do crescimento. Como diria o Rei Leão, é “o interminável ciclo da vida”. Na opinião dos nossos filhos adolescentes, nós somos muito chatos e exigimos demais. Não compreendemos que é difícil desligar o celular na hora do jantar, que é quase impossível ir dormir na hora certa e deixar de lado aquelas conversas superimportantes, que é uma experiência de quase-morte não poder ir àquela festa sei lá onde com sei lá quem. Somos realmente insuportáveis. Talvez queiram nos dizer: “Se você já teve minha idade, por que não me compreende?”. É verdade. Já fomos adolescentes e já esquecemos as dores de cabeça que demos aos nossos pais. Só que, aos olhos maternos e paternos, nenhum dos nossos pecados era tão grande e nossas chatices eram “normais”, pois a “corujice” só consegue ver a “maravilha” na qual nos tornamos. Entretanto, não podemos deixar de lado nossa “pegação no pé”, pois as intermináveis orientações e correções de rumo são necessárias. Certa vez, uma adolescente me disse: “Minha mãe devia me proibir de ir àquela fes-
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ta, pois vou perder aula no dia seguinte e depois vou me ferrar estudando sozinha”. Admirado com a reação, perguntei por que ela iria à festa mesmo sabendo das consequências. A resposta me fez lembrar das aulas de psicologia do adolescente: “É que eu não posso dizer aos meus amigos que eu não vou pra ficar estudando. Você não entende. Eu sei que era isso que eu deveria fazer, mas eu ia ficar mal com a galera”. Os amigos são mais importantes que a escola. Além disso, o futuro profissional está longe demais para ser alvo de preocupação agora. O tempo corre diferente para eles. O que fazer? Vamos parar de sofrer com as inconstâncias e ser totalmente compreensivos? Não. Esse não é o caminho. Temos que sempre apontar as contradições e tudo aquilo que pode trazer perigo a eles, pois o sentimento de onipotência é próprio da fase. Afastar as figuras de autoridade, incluindo pai e mãe, com discussões, teimosia e outras posturas imaturas é próprio de quem está descobrindo um jeito particular de ser. Cópias são desnecessárias, cada um tem que assumir seu jeito especial de existir no mundo. E isso só ocorre com os confrontos entre pais e filhos. Resumindo tudo na linguagem adolescente: “É melhor ser chato agora e realizado depois, do que ser ‘legalzão’ agora e arrependido depois”.
Marcos Meier é psicólogo, escritor e palestrante. Seu próximo lançamento, “Desligue Isso e Vá Estudar – Orientações Práticas para Pais” traz orientações preciosas sobre educação de crianças e adolescentes.
Temos que sempre apontar as contradições e tudo aquilo que pode trazer perigo a eles, pois o sentimento de onipotência é próprio da fase.
Com crianças e jovens na promoção de um mundo com direitos.
A Rede Marista de Solidariedade atua na promoção e defesa dos direitos da infância e juventude nas quatro áreas de atuação do Grupo Marista. Com esse objetivo, realiza o atendimento contínuo a crianças, jovens e famílias por meio de projetos socioeducativos; desenvolve estratégias de incidência política e fomenta ações de educação para a solidariedade em todo o Grupo Marista. Conheça mais sobre a solidariedade no Grupo Marista. Acesse solmarista.org.br ou facebook.com/solmarista
antes de tudo, é preciso entender: o que é medo? Medo significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender, ainda, o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer. Ele interfere no modo de viver, pois causa reações quando estamos em estado de alerta.
e será que ele é de todo ruim? O medo é uma reação de alerta muito importante para a sobrevivência dos seres humanos, por isso pode ser considerado bom. Em muitos casos, faz com que as pessoas tenham cautela, pensem antes de agir. Uma pessoa que não tem medo de nada muitas vezes passa por situações que colocam sua vida em risco. Portanto, sentir medo pode ser algo positivo, quando gera reflexão, planejamento antes da tomada de qualquer atitude, protege vidas e evita consequências trágicas.
Já nascemos com medo? Não necessariamente, mas toda e qualquer emoção ou sentimento são construídos desde o instante da concepção, então, tudo aquilo que é vivenciado pela mãe durante a gestação afeta o bebê de algum modo, mesmo que inconscientemente.
Por que o medo do desconhecido? Todos os medos e traumas da mãe devem ser levados em consideração, mas lugares, sons e pessoas diferentes podem causar medo à criança, justamente como uma reação do organismo de alerta a possíveis situações de ameaça. Por isso, é comum a criança pequena ter medo de pessoas fantasiadas e de lugares barulhentos.
até que momento o medo é saudável? O medo só pode ser considerado tolerável quando ele não modifica a rotina do indivíduo. Há situações em que a pessoa, diante daquilo que a ameaça, paralisa, perde as condições de reagir, por exemplo. Pode-se chamar isso de fobia ou trauma. Nesses casos, a solução é procurar ajuda psicoterapêutica para tratamento, para que a pessoa possa falar e pensar sobre o assunto, além de, em alguns casos, vivenciar simulações com o objetivo de aumentar o enfrentamento diante da dificuldade.
o que fazer ao identificar que a criança ou o jovem tem determinado medo? Na família, sempre que a criança sente medo ou está assustada por alguma razão, é necessário acolher a criança e o seu medo, fazendo com que ela se sinta segura. Na escola, os professores devem tomar conhecimento de casos em que a criança tenha medo de algo e tentar amenizar, pois ele pode gerar insegurança e desestabilizar a criança, que deixará de ter foco na aprendizagem. Mas o acompanhamento de um profissional, quando o medo se torna excessivo, é fundamental, para que, desse modo, se evite que ele se intensifique e evolua para outros quadros.
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Algumas coisas não têm preço. A LIBERDADE é uma delas. O tema da Campanha da Fraternidade de 2014 é Fraternidade e Tráfico Humano. E a FTD entende que é fundamental ler, conversar e conscientizar os alunos sobre este tema tão importante, que infelizmente faz parte da nossa sociedade.
Confira as opções de leitura que oferecemos para você discutir este assunto na escola: Sumiço no Estádio Quando jogava bola, Dedê não prestava atenção em mais nada. Em uma tarde, enquanto acompanhava o pai, vendedor de pipocas na porta de um estádio, o garoto recebe um convite e... desaparece... O desfecho você fica sabendo em Estádio. Sumiço no Estádio Recomendado para o Ensino Fundamental I
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De Olho no Tráfico Humano Ao ler este livro desafiador, o leitor conhece mais sobre o que é tráfico humano e por que muitos jovens, especialmente mulheres, caem nessa terrível cilada.
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